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Revista EmbalagemMarca 026 - Setembro 2001
Revista EmbalagemMarca 026 - Setembro 2001
www.embalagemmarca.com.br
Os vencedores do Prêmio
Abre de Design de Embalagem
setembro 2001
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
Reportagem
15 CAPA
Documento Especial
mostra os destaques
32 PREMIAÇÃO
A lista das categorias e
todos os vencedores
redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
e todas as palestras do Prêmio guma@embalagemmarca.com.br
apresentadas na ABRE do Thays Freitas
3ª Semana ABRE Design de thays@embalagemmarca.com.br
Leandro Haberli
do Design de Embalagem, leandro@embalagemmarca.com.br
Embalagem, que que nesta
este ano foi edição contou Colaboradores
Josué Machado e Luiz Antonio Maciel
dedicada ao tema com cerca de
“A embalagem 300 inscrições, Diretor de Arte
como instrumento de divididas em Carlos Gustavo Curado
valorização da marca” 16 categorias Administração
Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
Eunice Fruet (Diretora Financeira)
8 ENTREVISTA:
EMERSON KAPAZ
O deputado federal e
Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br
Wagner Ferreira
relator da Comissão
Especial de Resíduos Circulação e Assinaturas
Claudia Regina Salomão
Sólidos na Câmara assinaturas@embalagemmarca.com.br
revela como a nova Assinatura anual (11 exemplares): R$ 60,00
política brasileira de
coleta e destinação de Público-Alvo
lixo poderá afetar o
mercado de embalagens 42 MAKING OF
Danone recoloca a
marca Paulista no
EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
e supervisão em empresas fornecedoras, con-
vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
mercado de iogurtes mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem
com nova como prestadores de serviços relacionados
identidade visual com a cadeia de embalagem.
CODIFICAÇÃO
39
Filiada ao
Equipamentos de
termotransferência
conquistam mercado
de marcação de
embalagens Impressa em papel
couché Image Mate 115 g/m2 (miolo) e
couché Image Art 145 g/m2 (capa) da
Ripasa S.A. Celulose e Papel
3 Editorial 46 Panorama
EMBALAGEMMARCA é uma publicação
A essência da edição do mês, Movimentação na indústria de mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
opinião - e mudanças embalagens e seus lançamentos Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo
Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP
4 Cartas 48 Display Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463
entrevista
D
discussão com seu projeto de lei
das Sociedades Anônimas, apro-
vado em março deste ano, com
alterações, o deputado federal
Emerson Kapaz (PPS/SP) volta
ao centro das atenções com nova proposi-
ção. Em agosto – na condição de relator da
Comissão Especial de Resíduos Sólidos,
formada na Câmara dos Deputados em 23
de maio último com o objetivo de elaborar
uma política nacional para orientar Estados
e Municípios no tratamento de todos os ti-
pos de lixo e resíduos – ele apresentou um
relatório preliminar que, tão logo divulgado,
começou a causar discussões.
Por ser a primeira tentativa abrangente de
instituir uma política de administração de
resíduos sólidos no Brasil, o relatório inclui
uma quantidade enorme de questões impor-
tantes, sendo de esperar que suscite dúvidas
e contestações em número infinitamente
maior. Nesta entrevista com o deputado,
DIVULGAÇÃO
os reuniu em um projeto que vem do Sena- duais. Iremos conversar com a indústria e
do, o projeto 203, da área de serviços de com a área de reciclagem, ouvir o setor de
saúde, que cria a demanda por uma política embalagem e, a partir daí, sair com uma
nacional de resíduos corrosivos. versão número 2 do relatório, depois prova-
velmente com as versões 3 e 4, até o substi-
Considerando precedentes de projetos que tutivo final. Quando ele chegar ao seu obje-
vagam eternamente no Legislativo, dá para to, já terá sido amplamente discutido, e não
prever quanto tempo demorará o andamen- criará uma polêmica para a aprovação final
to do seu? no plenário da Câmara, onde normalmente
Por ser especial, a comissão tem poder ter- a demanda por alterações acaba interferindo
minativo. Isso significa que o projeto ou o demais e o projeto vira um Frankenstein.
substitutivo final que sair da relatoria irá di-
reto para votação na Câmara. Aprovado na Qual é o prazo pretendido para o término
Câmara, ele volta a sua origem, o Senado, dessas discussões?
para ser referendado e aprovado ou rejeita- Pretendemos, e espero que a comissão con-
do. Não pode ser mexido. Temos aí siga dar suporte, que o projeto esteja
uma grande chance de construir um aprovado e preparado para votação na
projeto com os diversos segmentos Terá de haver Câmara até novembro próximo.
da sociedade e, principalmente, com uma taxa. Aprovado, ele segue para o Senado, e
os setores da área ambiental. É im- aí é muito mais rápido, porque não há
portante esclarecer isso porque, num
Ao fazer a coleta, tramitação em comissões. O Senado
primeiro momento, o setor de emba- a disposição e o recebe o substitutivo, coloca-o em
lagem teve uma reação a meu ver tratamento, a triagem pauta e vota sim ou não. Há grandes
desmesurada, pois o projeto é preli- chances de termos uma nova política
minar, para ser discutido mesmo.
e a contagem serão nacional de resíduos até o fim do ano.
possíveis. Aí a
Não tendo havido discussão sufi- indústria pode vir a O projeto cria uma sucessão de res-
ciente antes, não é natural a indús- ponsabilidades na coleta e na desti-
ter um papel impor-
tria achar que poderia haver injusti- nação dos resíduos sólidos. A pergun-
ças? tante, com parcerias ta que certamente todos farão é:
Sabia que alguns setores iriam le- para a destinação quem pagará a conta? O consumidor,
vantar discussões ou problemas, e e o tratamento a indústria usuária, a indústria fabri-
avisei antes vários setores com os cante, o comércio?
quais me reuni. Estamos construindo desse lixo O lixo custa para ser recolhido, trata-
um projeto novo, que vai dar um do, disposto no aterro final. A socie-
rombo. Esse rombo é necessário por- dade tem de entender isso e, como a
que o tema é tão extenso, tão profundo, que conta não é pequena, quanto melhor ela for
se o relator – no caso, eu – não fizesse um equacionada e distribuída, menos cada um
relatório preliminar, o tema viraria uma dis- de nós pagará. O encargo não pode ir inte-
cussão etérea, com um jogo de interesses gralmente para o usuário final, para a indús-
construído a priori que iria segmentar e fra- tria ou para a administração pública, para o
gilizar o relatório final. Por isso, ao contrá- orçamento, que por conta da Lei de Respon-
rio do que as relatorias fazem normalmente, sabilidade Fiscal tem limitações. Terá de ha-
apresentamos o relatório preliminar, sujeito ver uma taxa. Ao fazer a coleta, a disposição
a chuvas e trovoadas. Estou preparado, e es- e o tratamento, a triagem e a contagem se-
pero que os setores interessados também es- rão possíveis. Aí, entendo que a indústria
tejam, para construir, em cima disso, alter- pode vir a ter um papel importante, com
nativas melhores, e não destruir o projeto parcerias para a destinação e o tratamento
original. Vamos realizar agora audiências desse lixo. Na área de reciclagem, por
públicas, para que os setores dêem suas con- exemplo, é do interesse da indústria de em-
tribuições sobre o relatório, como foi o caso balagens que ela seja fortemente incentiva-
do Conama (Conselho Nacional do Meio da. Se houver separação do lixo nas residên-
Ambiente), das entidades ambientais esta- cias, entre úmido e seco, se esse lixo for re-
colhido pela administração municipal e as tação de um produto que vai ser usado em
empresas fizerem uma parceria na triagem uma embalagem futura ou que é importado
para reciclar, com incentivos, sem impostos, por um determinado segmento, depois é re-
o custo vai ser menor para o município e, passado dentro do país para um setor que
portanto, também para o usuário. A idéia é vai usá-lo como embalagem. O importador
tentar fazer uma gradação dos custos desse tem também uma responsabilidade solidária
processo, porque o lixo no Brasil sempre foi em conjunto com aquele envasador que vai
considerado coisa de domínio do poder pú- colocar outro produto dentro para destiná-lo
blico. O governo recolhe e não consegue ao usuário final. O importador não se exime
cobrar. A taxa fica embutida, escondida. Ela de responsabilidade só por ter sido o impor-
tem de ser explicitada. tador e repassado isso a outro segmento,
como também no caso da indústria que ven-
O projeto considera a embalagem um resí- de uma embalagem qualquer ou um produ-
duo especial, de modo que seu fabricante to final dentro de uma embalagem, distri-
teria de arcar com a responsabilidade de buída por uma rede de supermercados no
coleta. A indústria certamente resis- Brasil inteiro. Os supermercados, lá
tirá. na ponta, são co-responsáveis para re-
Isso foi um mal-entendido do projeto Mesmo sendo ceber isso de volta e montar um es-
inicial, que será modificado. Digo
usada como meio, a quema com aquela indústria a fim de
para muita gente para tomar cuidado recolher essa embalagem de volta
na análise, porque na avaliação de embalagem gera um para efeito da medição da reciclagem
um projeto como esse é preciso per- resíduo, que traz e das metas. A tentativa é estabelecer
ceber que se trata de algo sujeito a a responsabilidade solidária, quando
conseqüências
mutações. Não vejo problema em ir ela acontece, ou a responsabilidade
reconhecendo etapas e avançando, concretas ao individual, quando não houver a soli-
com conteúdo, com argumentos que ambiente. A escolha dária. Uma preocupação constante do
não são jogo de interesse, mas sim da embalagem, mais relatório é fazer a pontuação correta,
um jogo em prol da sociedade. pois a responsabilidade não é sempre
ou menos poluidora, solidária ou individual.
Por que a embalagem é vista no pro- com maior ou menor
jeto de forma isolada, um produto fi- ciclo de vida, tem Medidas para diminuição de produ-
nal, e não como um insumo? ção de embalagens, mesmo voltadas
Ela foi vista no projeto como um in-
uma consideração à redução do impacto ambiental, po-
sumo, só que é um insumo especial, diferenciada dem ser vistas como uma ameaça de
porque, mesmo sendo usada como freada econômica. Como tratar a
meio, tem como fim um resíduo, que contradição entre o desejo de cresci-
traz conseqüências concretas em relação ao mento econômico e seu oposto, que se pode
ambiente. Deve haver a consciência de que traduzir em estímulo ao consumo, geração
a escolha da embalagem, mais ou menos crescente de resíduos e esgotamento pro-
poluidora, com maior ou menor ciclo de gressivo de recursos naturais?
vida no meio ambiente, tem uma considera- Sobre esse tema, tive conversas muito inte-
ção diferenciada. Nossa idéia foi que, no ressantes com pesquisadores do Ital (Institu-
projeto da Política Nacional de Resíduos, a to de Tecnologia em Alimentos) sobre uma
questão da embalagem seja levada em con- questão básica que resolve esse impasse, o
sideração com cuidado. chamado ciclo de vida do produto. É ele
quem vai nos dar um norte claro de que tipo
No projeto, o conceito de poluidor pagador de embalagem nós precisamos, aquela que
compreende a indústria que fornece a em- ao mesmo tempo preserve o produto, o
balagem ou a indústria usuária dessa em- mantenha adequadamente garantido desde a
balagem? produção até a entrega final, que não seja
No relatório inicial fica clara a percepção de superdimensionada, para evitar desperdício
que a responsabilidade solidária, quando for de energia. Foi feito um estudo na Suécia do
o caso, acontece. Por exemplo, com impor- que é uma embalagem ideal. Nele, a emba-
lagem não é subdimensionada, o que preju- atingem metas de 78% ou 80%. Mas quan-
dicaria a manutenção e a garantia do produ- do fica em 15%, 20%, para onde vão os ou-
to, nem superdimensionada. Isso vai nos tros 80%? Para os rios, para os aterros, cuja
dar uma noção clara de que tipo de embala- vida útil diminui. Tentei, nesse projeto, es-
gem queremos. No projeto será preciso in- tabelecer um equilíbrio entre retornabilida-
cluir mecanismos que estimulem a educa- de e reciclagem. Sei que isso é polêmico.
ção ambiental e a consciência do designer e Em bares, restaurantes, lanchonetes e pada-
do consumidor. Este precisa ter noção do rias, por exemplo, poderia haver esse equi-
que é ambientalmente adequado e valorizar líbrio. Os outros canais de distribuição usa-
isso nas compras. riam apenas embalagens recicláveis.
DOCUMENTO
ESPECIAL
VEJA
TAMBÉM
Prêmio Abre
de Design de
Embalagem
26design-palestras 12/09/01 19:12 Page 2
documento especial
Mais que
embalagem,
um bem social
s resultados da 3ª Semana em 1998). Este é um dever social
CACALO KFOURI
Editor responsável: Wilson Palhares • Reportagem: Liliam Benzi (cobertura 3ª Semana), Guilherme Kamio, Leandro Haberli
Fotolitos e Impressão: Gráfica do Grande ABC • Impresso em papel couché Image Mate 115g/m2, da Ripasa.
Além dos 8 000 exemplares deste Documento Especial veiculados no corpo da edição nº 26 de EMBALAGEMMARCA (setembro de 2001),
foram impressos mais 2 000 exemplares em separado.
Uma publicação da Bloco Comunicação Ltda. – Rua Arcílio Martins, 53 - Chácara Santo Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP
Tel. (11) 5181-6533 - Fax (11) 5182-9463 - e-mail: embalagemmarca@embalagemmarca.com.br
www.embalagemmarca.com.br
26design-palestras 12/09/01 19:13 Page 3
documento especial
Mudanças no
Comitê de Design
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Fábio Mestriner Manoel Muller Gisela Schulzinger
documento especial
foco nas
pequenas e mé-
dias empresas
A criação da secretaria do Co-
mitê de Design da ABRE visa ba-
sicamente ampliar as conquistas
obtidas nestes quatro anos, além
de reforçar o caráter empresarial
do Comitê. Apesar dos inúmeros
avanços obtidos, deveremos con-
tinuar a trabalhar para fazer com
que a indústria nos veja como em-
presas especializadas, que não es-
Integração tão no mercado apenas para fazer Design bem-feito
com a indústria ‘desenhinhos’. Também investi- exige profissional
ainda é meta mos dinheiro, tempo e trabalho atualizado
A iniciativa de ter um comitê de nesse negócio. Portanto, é essen- Como é possível estimular o
design dentro de uma entidade de cial aprofundar a percepção de mercado de design de embalagem?
classe empresarial, com os desig- que as agências de design fazem Primeiramente, devemos entender
ners atuando efetivamente na sua parte da cadeia produtiva de em- que as agências precisam estar apa-
gestão, é pioneira no Brasil e está balagem. Afinal, hoje as empresas relhadas com bons recursos huma-
ajudando a tornar o design algo cor- investem fortunas na consolida- nos. Para isso, é necessário apoiar a
riqueiro, tanto nas empresas, como ção e na valorização de suas mar- formação de novos profissionais,
na própria ABRE. Hoje a indústria cas, e nossa atividade deve ser en- não só contratando-os, como tam-
de embalagem entende que o design tendida como um elo fundamental bém reciclando aqueles que já estão
é um componente estratégico de seu nesse esforço - e não como um no mercado. Sem essa postura, não
negócio, e não uma atividade aces- mero adendo. Por fim, precisamos há como acompanhar a evolução
sória. Por isso, o grande mérito do mostrar que, além de multinacio- tecnológica do setor e atender às
Comitê nestes quatro anos foi a in- nais e de grandes companhias, exigências de design de embala-
tegração do design com a indústria também podemos ajudar peque- gens. Por isso, o Comitê deverá
de embalagem, deixando claro que nas e médias empresas a agregar manter seus encontros técnicos,
o design é um componente do negó- valor a seus produtos por meio do para abrir novas oportunidades de
cio de embalagem – tanto quanto as design. O que o Brasil exporta formação profissional. Porém, o
matérias-primas e os equipamentos. hoje é basicamente matéria-prima êxito dessa estratégia depende de
Nós, designers, temos que estar e commodity. E o design pode e uma divulgação eficiente. Daí a in-
conscientes de que representamos a deve contribuir para mudar essa tenção de incrementar o site do Co-
vitrine do negócio de embalagem, a situação. mitê, além de utilizar os meios pu-
impressão visual e concreta da ativi- blicitários e as revistas especializa-
dade. Daí a importância dos work- das como mecanismos de comuni-
shops técnicos nos quais trabalha- cação. Isso é essencial para mostrar
mos durante esses últimos quatro ao mercado que há no Brasil agên-
anos. Igualmente relevante nesses cias de design competentes, capa-
período foi a elaboaração do estatu- zes, inclusive, de contribuir com o
to que compõe nosso código de éti- governo no lema “exportar para não
ca. Estabelecer parâmetros para que morrer”. O estímulo a novos merca-
as agências deixem de agir de forma dos também será uma de nossas li-
isolada, predatória ou duvidosa, e nhas de trabalho. E acreditamos que
incentivar uma diretriz de atuação a melhor maneira para atingir esse
em benefício da categoria é uma objetivo é mostrar às pequenas e
ação importante e que pode ajudar a médias empresas que elas também
fortalecer a categoria. podem ter um design de qualidade.
26design-palestras 12/09/01 19:13 Page 5
documento especial
Design e marketing
de mãos dadas
Abre - Associação Brasileira
Projetos devem estreitar relações com informações e estratégias do cliente
de Embalagem
Rua Oscar Freire, 379 ificilmente alguém discordará de que dutos. Nesse raciocínio, o bom design de em-
4º andar - Cj. 41 / 01426-001
São Paulo - SP
Fone: (11) 3082-9722
Fax: (11) 3081-9201
D atualmente o design deve ser visto balagem tem, para Acar, um potencial fantás-
pelas indústrias como um insumo tão tico inexplorado, pois só recentemente as em-
decisivo numa embalagem quanto o seu mate- presas começaram a perceber que tais projetos
www.abre.org.br rial ou mesmo a qualidade do produto que ela constituem uma ferramenta importante para
acondiciona. Mas até que ponto os projetos de agregar valor aos seus produtos e marcas.
embalagem podem influenciar as atividades O gerente geral da Strat ressaltou, porém,
finais e a imagem dos fabricantes? que “muitos se confundem quando tratam das
Para esmiuçar essa questão, Nelson Acar, possibilidades do design de embalagem como
gerente geral da Strat Marketing Estratégico, ferramenta de fidelização de consumidores”.
fez uma palestra sustentada em argumentação Para ele, há enormes diferenças entre os con-
que é a faceta mais formal da tão desejada in- ceitos de lealdade e de fidelidade de marca,
tegração de todos os elos da ca- “hoje banalizados e empregados
a10 design
Rua Helena, 170 - Cj. 41
deia de embalagem. Ele susten- “Fidelidade pode sem critérios por qualquer esta-
04552-050 ta que, mais do que nunca, os ser comprada, giário de marketing”. Acar é in-
São Paulo - SP profissionais do design preci- cisivo: “Fidelidade pode ser
Fone: (11) 3845-3503
sam estar sintonizados com os mas o consumidor comprada, já que algumas mar-
Fax: (11) 3845-3503
www.a10.com.br conceitos, e até neologismos, leal não troca de cas conseguem consumidores
saídos dos departamentos de marca nem quando fiéis quando baixam seus pre-
marketing das grandes empre- ços. Já o consumidor leal não
a concorrência
sas. Para provar isso, debruçou- troca de marca nem quando a
se sobre a famosa expressão baixa o preço” concorrência baixa o preço.”
“patrimônio tangível e intangí- O conferencista considera
vel das empresas”, que, segundo ele, está su- que uma embalagem bem desenvolvida pode
Abille Wow Design
jeito tanto aos brios quanto aos possíveis des- contribuir em inúmeros aspectos: reforçar a
Rua Tabapuã, 649 - Cj. 51
04533-012 lizes do design de uma embalagem. lealdade dos consumidores, despertar o desejo
São Paulo - SP Como patrimônio tangível, Acar definiu as de compra e ainda ressaltar as características
Fone: (11) 3078-6659 características dos produtos e da própria em- positivas tanto da marca quanto do produto.
Fax: (11) 3168-7134
www.abille.com.br presa sensíveis a uma observação superficial Para que isso aconteça, ele diz ser imprescin-
do consumidor. Exemplos: o visual e a quali- dível que o designer tenha contato com o
dade dos produtos, além do aroma, do sabor maior número possível de informações sobre
ou do valor nutritivo, caso se trate de um ali- o consumidor potencial do produto a ser lan-
mento. Já o patrimônio intangível “congrega çado ou reformulado, sobre suas característi-
valores mais instintivos, capazes de, mesmo cas estruturais, sobre os concorrentes que já
sem motivos palpáveis, fazer o consumidor atuam no mercado. Obviamente, segundo
relacionar determinada marca à idéia de tradi- Acar, o desenvolvimento das embalagens
ção e competência, e outras à falta de esmero deve estar em sintonia com as estratégias de
na qualidade de seus produtos”. divulgação e comunicação do produto e da
Ás Design
Av. Angélica, 2632 - Cj. 12
Acar passou a descrever o que chama de marca. “A embalagem é o instrumento de con-
01228-200 “nível de desejabilidade” dos produtos. Para o tato da marca com o mundo real”, ele destaca.
São Paulo - SP especialista, o ímpeto de compra seria tanto “Por isso, desenvolvê-la implica análise crite-
Fone: (11) 3120-2735
Fax: (11) 3120-2735
maior no consumidor quanto fossem positivos riosa, que deve ser seguida em todas as etapas
www.asdesign.com.br os valores intangíveis e tangíveis de seus pro- do processo de criação e produção.”
26design-palestras 12/09/01 19:13 Page 6
documento especial
Marcas próprias
em amadurecimento
Art Company
Rua Prudente Correia, 329
01450-030 Com maiores investimentos em tratamento visual, elas estão evoluindo
São Paulo - SP
Fone: (11) 3816-6768 crescimento das marcas próprias dro por duas fortes razões. A primeira é que
Fax: (11) 3815-5914
www.artcompany.com.br
O está, em grande parte, associado à la- um bom produto de marca própria aumenta a
cuna que as indústrias deixam por fidelização de sua clientela. Por outro lado,
não terem uma estratégia eficiente de reforço uma marca própria forte pode ajudar na nego-
e promoção de suas marcas. Isso explica tam- ciação com as indústrias fornecedoras de pro-
bém porque as marcas próprias representam dutos de outras marcas. Afinal, qual é o poder
ameaça muito maior às marcas de segunda li- de atração de um hipermercado, hoje, além do
nha. Marcas líderes dificilmente são afetadas, preço baixo?
pois já estão consolidadas na cabeça do con- O certo é que o varejo está num processo
sumidor. Essas foram as principais conclusões de evolução de suas marcas próprias. Num
extraídas da palestra de Fábio Pando, coorde- primeiro momento foram lançadas as marcas
B+G Designers nador do Comitê ABRAS de Marcas Próprias. genéricas, com embalagens brancas e, escrito
Av. Indianópolis, 201 - Segundo ele, um dos gran- sem grandes pretensões, o tipo
sobreloja
040603-000
des pecados do varejo, ao criar “Uma marca de produto nelas contido. De-
São Paulo - SP suas marcas, é justamente não desconhecida e mal pois vieram a “marca carimbo”,
Fone: (11) 5051-1446 saber como fazê-lo. “A cultura com embalagens iguais e o logo
Fax: (11) 5051-2377 do varejista é de negociação e, trabalhada acaba do varejista, e a marca exclusi-
www.bmaisg.com.br
como tal, não consegue enxer- não tendo nenhuma va, com embalagem e marca di-
gar benefícios subjetivos, como credibilidade – ao ferenciadas para cada categoria
os contidos numa boa embala- de produto. “Entre 1977 e 1978,
contrário, é vista de
gem”, diz. “Ele acaba traba- o Carrefour começou a traba-
lhando apenas com o fator pre- forma pejorativa” lhar essas marcas com a assina-
ço, o que justifica o fato de os tura de seu nome”, lembra Pan-
Dil Consultores em Design, produtos de marca própria serem identificados do. “Hoje as embalagens são bem diferencia-
Comunicação e Marca
Rua Oscar Freire, 379 -
pelo consumidor como ruins ou pobres.” das e respeitam os ícones de cada categoria de
Cj.162 / 01426-001 Mesmo assim, no Reino Unido, onde fo- produtos, entendidos pelo consumidor.”
São Paulo - SP ram criados em 1870, os produtos de marca Pando observa também que o consumidor
Fone: (11) 3086-2466 própria já respondem por mais de 50% das vê uma marca como um conjunto de benefí-
Fax: (11) 3086-2474
dilpackdesign@dil.com.br vendas do varejo. No Brasil, onde são traba- cios e propriedades que o fabricante está pro-
lhadas há apenas trinta anos, as marcas pró- metendo entregar. Assim, “uma marca desco-
prias conquistaram em 2000 uma participação nhecida e mal trabalhada acaba não tendo ne-
de 5% das vendas das dez maiores redes de nhuma credibilidade – ao contrário, é vista de
supermercados – e continuam crescendo. forma pejorativa.”
Um dos maiores desafios que o varejo en- Ele recomenda que, ao trabalhar uma mar-
frenta em relação às marcas próprias é o pre- ca própria, o varejo leve em consideração o
conceito. “Como esses produtos nasceram desenvolvimento da embalagem do produto,
sem nenhum tratamento de imagem ou de as necessidades do consumidor, defina o posi-
DY Office
marca, o consumidor não quer correr nem o cionamento dessa marca, tenha o fabricante
Av. Santo Amaro, 6550 risco técnico – de comprar algo que não seja do produto integrado ao processo e conte com
04702-002 de qualidade – nem o risco social – de ser ta- o apoio das lojas, além, é claro, de oferecer
São Paulo - SP
Fone: (11) 5183-4051
xado de ‘pobre’ – por não estar levando um qualidade e preço competitivo. “A função do
Fax: (11) 5181-2758 produto de marca.” varejo é conseguir baixar o preço, mas sem
dyodesign@uol.com.br O varejo está disposto a reverter esse qua- perder a qualidade”, finaliza.
26design-palestras 12/09/01 19:13 Page 7
setembro 2001
Embalagens para
produtos premium
Projetos para produtos nobres devem preconizar elementos sensoriais
a busca por produtos com maior cos normalmente remetem ao charme, ao so-
N rentabilidade, muitas empresas têm nho e ao glamour, e não existe o lindo se ele
cometido um erro gravíssimo: lan- não parecer lindo.”
çar itens rotulados como premium, mas que Segundo a palestrante, é importante lem-
Esboço Design e
Planejamento Visual
Av. Roque Petroni Jr., 234
de premium só têm mesmo o preço elevado. brar ainda que consumidores tidos como 04707-000
Ao descrever essa modalidade de miopia premium podem ter reações diferentes em São Paulo - SP
Fone: (11) 5542-2555
mercadológica, Márcia Camargo, diretora relação a um mesmo produto. “O que é pre- Fax: (11) 5542-2424
comercial da Kopenhagen, faz também uma mium para uma consumidora de classe mé- www.esbocodesign.com.br
recomendação para combatê-la – a qual, a dia na Itália talvez não seja para uma dona
rigor, deveria fazer parte natural do manual de casa brasileira”, lembra Márcia. Um bom
de conduta de todo profissional de marke- exemplo é o do macarrão vendido em cartu-
ting. Ela ressalta que o produto premium e cho de cartão no Brasil. Pelo fato de ser im-
sua embalagem devem ter sua portado da Itália e ostentar
criação baseada no conheci- “A embalagem pre- uma embalagem diferente da
mento claro do público a ser mium deve se des- categoria nacional, ele é visto
atingido. A partir daí, criar ca- como premium, e a consumi-
racterísticas específicas para virtuar do lado pura- dora se dispõe a desembolsar
atingir o consumidor, respei- mente técnico e ex- mais para comprá-lo. O mes- Haus Design
Rua Said Aiach, 122
tando os aspectos geográficos plorar o lado com- mo produto pode ser o “arroz 04003-020
e econômicos que influem em com feijão” para a consumido- São Paulo - SP
portamental, das Fone: (11) 3887-1838
seu comportamento. ra italiana.
“A embalagem e o produto emoções” Quanto aos modismos, Fax: (11) 3887-1838
www.hausdesign.com.br
têm uma função erótica, de Márcia alerta para o fato de
conquista”, Márcia Camargo descreve. “A eles não combinarem com produtos pre-
embalagem premium deve desvirtuar o lado mium. “O produto premium pode explorar
puramente técnico do desenvolvimento e ex- várias vertentes, desde que escolha uma úni-
plorar mais o lado comportamental, das ca para norteá-lo. Por exemplo, se for ousa-
emoções do consumidor”, ela ensina. O de- do ele não poderá ser tradicional, se for arro-
senvolvimento de uma embalagem para o jado não poderá carregar ostentação.”
público top, portanto, deve considerar me- A diretora comercial da Kopenhagen dei- Hi Design
Alameda Santos, 817
nos os elementos matemáticos e mais os xa uma mensagem especial para os desig- 01419-001
sensoriais. ners de embalagem. “Se vocês não soube- São Paulo - SP
Outro ponto fundamental é não acreditar rem tudo sobre o produto e seu mercado, não Fone: (11) 3171-0378
Fax: (11) 3171-0378
que o consumidor seja bobo. “Ele está dis- aceitem o trabalho, pois caso o produto não www.hi-design.com.br
posto a pagar mais por um artigo desde que dê certo a culpa será atribuída a quem proje-
seus benefícios sejam claramente percebi- tou a embalagem.” Com isso, Márcia refor-
dos”, diz a diretora comercial da Kopenha- ça a idéia de que a parceria no desenvolvi-
gen. “E essa percepção deve ser trazida à mento do produto e de sua embalagem é es- Inove Design Store
tona pela embalagem”. Em outras palavras, sencial e não pode mais ser deixada de lado. Rua Castro, 197
é fundamental que o consumidor acredite De resto, como ela recorda, a embalagem 80620-300
Curitiba - PR
que naquele produto premium estão embuti- premium deve sinalizar poder, desde que se Fone: (41) 342-5522
das características únicas que o tornarão saiba que tipo de status passar para o consu- Fax: (41) 342-5522
igualmente único. “Ingredientes psicológi- midor que se quer atingir em particular. www.inovedesign.com.br
26design-palestras 12/09/01 19:13 Page 8
documento especial
Keenwork Design
Rua Laplace, 96 - 4º andar
A embalagem faz
04622-000
São Paulo - SP
Fone: (11) 5561-6593
Fax: (11) 5561-6593
as vezes da marca
www.keenwork.com.br
xemplo clássico da relação entre emba- Coca-Cola, tem papel crucial. “Ela é o cora-
setembro 2001
O diferencial
Müller Associados
documento especial
Marca, embalagem e
Oz Design
propaganda globais
Av. Eng. Luiz Carlos
Berrini 1461 - 3º andar
04571-903 Marcas e embalagens fortes devem aproximar gostos e dissipar diferenças
São Paulo - SP
Fone: (11) 5506-2177 orna-se cada vez mais constante de- empresa que leva seu nome, explica que o
Fax: (11) 5506-2007
www.ozdesign.com.br T parar com a afirmação de que o con- objetivo central do trabalho foi entender
sumidor tem uma relação de confian- como o entrevistado associava esses elemen-
ça, para não dizer de cumplicidade e até de tos às marcas em questão. Uma das princi-
paixão, pelas marcas de sua preferência. Efe- pais conclusões foi que, independentemente
tivamente, numa época em que o acesso à do país em que estejam, existe grande simi-
tecnologia é relativamente aberto a todas as laridade entre as sensações passadas pelas
empresas, a marca se torna um diferencial vi- marcas pesquisadas.
tal para distinguir produtos – e os fabricantes Na interpretação de Jaime Troiano, isso
Packing Design e comerciantes tratam de trabalhar os cora- leva a concluir que “a intensidade das marcas
Av. Europa, 149 ções e as mentes dos consumidores para que está plantada no coração e na mente dos con-
01449-001
São Paulo - SP dentro deles estejam presentes suas marcas sumidores”. Ademais, segundo o diretor da-
Fone: (11) 3064-9822 no momento da compra. quela empresa especializada,
Fax: (11) 3088-7962 Mas como medir isso e sa- “Marcas globais são “marcas globais não são as que
www.packing.com.br
ber até onde vai a fidelidade à as que deixam si- usam a mesma linguagem em
marca? Como mensurar emo- todos os países ou que estão em
ções que ela possa desenca- nais de sua presen- vários mercados, nem as que
dear? Uma pesquisa inovadora ça na mente e no co- impõem políticas de marketing
realizada pela Jaime Troiano ração dos consumi- e de comunicação rígidas”. Ele
Consultoria de Marca e pela ensina que “marcas verdadeira-
dores de uma forma
Seragini Farné conseguiu de- mente globais são as que dei-
tectar as emoções que algumas semelhante” xam profundos sinais de sua
Pantani Criação Gráfica
marcas provocam nos consu- presença na mente e no coração
Rua Bernardino de midores, segundo os responsáveis pela coor- dos consumidores de uma forma semelhante,
Campos, 318 - Cj. 43 denação do trabalho. não importa o mercado em que estão”. Esses
04620-001
Valendo-se de uma metodologia que ex- sinais, disse o palestrante, “são transmitidos
São Paulo - SP
Fone: (11) 241-8184 plora os códigos visuais e sensitivos, e não o por elementos que ultrapassam os limites da
Fax: (11) 241-8184 racional expresso por palavras, a pesquisa, linguagem de cada país”.
pantani@macbbs.com.br denominada Sounds of Silence, teve seu foco No caso específico das quatro marcas
dirigido a quatro marcas de produtos com pesquisadas, a pesquisa evidenciou terem
forte presença em três países da América La- conseguido trabalhar o conjunto de valores
tina. Foram pesquisadas a Coca-Cola, a que são capitais entre os jovens latino-ameri-
Nike, a rede de restaurantes McDonald’s e o canos, como conservadorismo, individualis-
canal de televisão MTV. O universo de entre- mo, hedonismo e uma atitude existencial de
vistados foi composto por 700 jovens, dividi- usufruto, que poderia ser definida pela ex-
dos igualmente por sexos e assim distribuí- pressão “a vida é um videoclipe”.
dos: 300 pessoas no Brasil, 200 no México e “O grande mérito das marcas globais é a
Perez & Damiani 200 na Venezuela. capacidade de perceber no que as pessoas se
Rua Pelotas, 782 Os códigos visuais explorados foram as assemelham e aproximá-las a tal ponto que
04012-002 cores, as formas (linhas retas, formas regula- fica difícil dizer se estes jovens são mesmo
São Paulo - SP
Fone: (11) 5574-7811 res, rítmicas e linhas abertas), e fotografias parecidos por questões culturais ou se os
Fax: (11) 5549-4030 (que representavam diferentes atmosferas, conceitos contidos na marca é que ajudam a
www.perezdamiani.com.br climas e situações). Jaime Troiano, diretor da aproximá-los.”
26design-palestras 12/09/01 19:13 Page 11
documento especial
A cara do Brasil em
mercados externos
Design pode ajudar a gerar fidelidade internacional por marcas brasileiras
Segmento
Comunicação & Design ma das grandes saídas para a econo- ações de comunicação, como campanhas pu-
Praça Gastão Cruls, 26
05451-150
São Paulo - SP
Fone: (11) 3021-4566
U mia brasileira, como ultimamente blicitárias, patrocínios de eventos e promo-
decidiu alertar o presidente da Repú- ções.” Dessa forma, conseguiu-se aquilo que
blica, certamente seria a exportação de bens Bonfá entende ser “mais importante do que o
Fax: (11) 3021-5165
manufaturados. Hoje o Brasil vende para ou- consumidor comprar, ou seja repetir a compra,
www.segcom.com.br
tros países apenas 5,5% de seu PIB, sendo ser fiel à marca.”
que, desse total, 59% são produtos do setor Para ele, este é um momento particular-
primário, 39% do secundário e irrisórios 2% mente especial para as exportações brasileiras,
do terciário (basicamente, serviços e turismo). em função da desvalorização do Real. “Mas
“Mas para se tornar um país exportador o Bra- não basta um bom produto em uma boa emba-
sil deve entender os mecanismos dos vários lagem.” Na verdade, é necessário seguir uma
Seragini Design
mercados, e isso inclui desenvolver embala- série de regras, a começar pelo respeito aos
Rua Alves Guimarães, 951 gens compatíveis com as neces- hábitos e costumes de cada local
05410-001 sidades dos consumidores lo- “Para exportar, o e, principalmente, à legislação
São Paulo - SP
Fone: (11) 3088-0477
cais”, alerta Haroldo Bonfá, ge- Brasil deve entender internacional. “Ao desenvolver
Fax: (11) 5096-1483 rente comercial e de marketing uma embalagem, é necessário
www.seragini.com da Cia. Cacique de Café Solú- os mercados e criar pensar também na logística do
vel/Café Pelé. embalagens compa- produto, como ele será transpor-
Segundo ele, a embalagem tíveis com as neces- tado e armazenado, e na sua re-
deve manter uma relação de lação com o meio ambiente.”
sidades dos consu-
cumplicidade com o consumi- Ele se pergunta por que, sen-
dor, além de refletir a qualidade midores locais” do o maior produtor de café do
SPO Design
do produto. “Todo consumidor, mundo, com 40 milhões das 110
Rua Bandeira Paulista, 727 em qualquer lugar do planeta, espera qualida- milhões de sacas colocadas anualmente no
2º andar - Cj. 26 de daquilo que está comprando”, observa Bon- mercado, o Brasil ainda não conseguiu tornar
04532-012 fá. Nesse sentido, “o melhor produto é aquele seu café um produto exportável em larga esca-
São Paulo - SP
Fone: (11) 3846-5166 que o cliente quer, na hora que está disposto a la? O próprio Bonfá responde: “Trata-se de
Fax: (11) 3045-5311 comprar e no preço que pode pagar”. Talvez uma questão histórica. Há alguns anos as em-
www.spodesign.com.br não seja fácil, mas o único jeito de o fabrican- presas não se preocupavam em manter um pa-
te fazer isso é “ter sensibilidade para detectar drão de qualidade, ou seja, em criar uma tradi-
essa necessidade e atendê-la corretamente”, ção como exportadoras. Assim, o café brasi-
sintetiza o executivo da Café Cacique. leiro ficou marcado como um produto de qua-
Os resultados certamente serão melhores, lidade cíclica. É o oposto do que fez a Colôm-
ele considera, se o produto for avalizado por bia, que apesar de em alguns casos importar o
uma marca forte. O exemplo que ele apresen- café brasileiro é o maior exportador mundial.”
ta é o do próprio Café Cacique, vendido hoje Bonfá defende a criação de uma marca
em várias partes do mundo, incluindo a Rús- global, mas com enfoques específicos para
TW Design sia e o Japão, países em que a figura de um cada país. “É preciso criar uma identidade que
Rua Baronesa
de Bela Vista, 12 “cacique” (presente na logomarca) não quer possa ser sustentada ao longo do tempo”, ele
04612-000 dizer absolutamente nada. “Este foi um traba- diz. Exemplo: recentemente a Cacique lançou
São Paulo - SP lho típico de construção de marca baseado no o Pelezinho, personagem que dará continuida-
Fone: (11) 5535-6011
Fax: (11) 5535-6011 reforço do conceito de qualidade do produto e de ao ícone criado com o Pelé. “O importante
www.twdesign.com.br no contato com o público através de diversas é não perder as oportunidades”, conclui.
26design-palestras 12/09/01 19:13 Page 12
setembro 2001
Apadrinhamentos
e uniões eficazes Quadrante Design
Rua dos Abacateiros,
Aval de marcas fortes pode render boas estratégias de extensão de linhas Qd. 2, nº 12B
65076-010
os 5 400 novos produtos lançados roupas coloridas.” São Luis - MA
D anualmente no Brasil, cerca de dois Outro recurso é direcionar marcas para di-
terços são extensão de marca. É um ferentes públicos. O exemplo apresentado foi
número que fica longe do que ocorre nos Es- o da Arisco, que tem a azeitona Arisco (pa-
Fone: (98) 235-7810
Fax: (98) 235-7810
qtdesign@zaz.com.br
tados Unidos, onde 95% dos 20 000 lança- drão superior), a azeitona Beira Alta (padrão
mentos registrados a cada ano integram aque- intermediário) e a azeitona Petisco (padrão
le recurso de marketing, mas não deixa de mais popular). “Com essa estratégia a empre-
constituir uma verdadeira febre. Por que? sa não compromete a imagem de sua marca
Segundo Felipe Freitas Mendes, Grouper forte frente ao consumidor e ainda tem maior
Hellman’s – Unilever Bestfoods, por duas ra- poder de negociação com seus fornecedores.”
zões básicas: redução de custos e diminuição Quanto à estratégia de combinar marcas Usina Escritório de Desenho
de riscos sempre presentes na introdução de com forças específicas em suas categorias de Programação Visual
novas marcas num mercado produtos ou segmentos, como Rua Gandavo, 91
04023-000
crescentemente saturado de no- “Com essa estraté- Bis Laka, Clight com Nutras- São Paulo - SP
vidades. “Nos Estados Unidos, gia, a empresa não weet, IBM com Sucrilhos, com Fone: (11) 5571-6788
por exemplo, para consolidar o objetivo de que uma facilite Fax: (11) 5571-6788
uma marca hoje não são gastos compromete a ima- ou fortaleça a aceitação da ou-
usina@uol.com.br
menos de 250 milhões de dóla- gem de sua marca e tra, Freitas Mendes alerta: “A
res”, ele diz. “Além disso, a ex- tem maior poder de balança deve ficar claramente
tensão de marca facilita a entra- pendente para um dos lados,
negociação com
da do novo produto no mercado evitando conflito de interesses.”
e estimula a experimentação seus fornecedores” Mas o segredo de todas as
dos consumidores.” A extensão estratégias, segundo o pales- Whitecell
de marcas, ao contrário, capitaliza investi- trante, está em manipular a percepção do con- Rua Itápolis, 1480
01245-000
mentos já realizados. sumidor para que ele sinta o produto como São Paulo - SP
O uso de uma mesma marca para novos uma necessidade. “São as marcas, expostas Fone: (11) 3823-6544
produtos/categorias, porém, é apenas uma das pelas embalagens, que garantem um relacio- Fax: (11) 3661-9900
max@informare.com.br
quatro principais estratégias para o desenvol- namento durável com o produto, ao apelarem
vimento de novos produtos. As outras são a para a cabeça e para o coração do consumi-
multimarca (uma marca diferente para cada dor”, ele lembra.
produto, na mesma ou em outra categoria), a Para Freitas Mendes, o primeiro passo a
extensão de linha (itens adicionais numa mes- ser dado no processo de desenvolvimento de
ma linha de produtos) e as marcas combina- um produto/embalagem é enxergar aonde se
das (união de marcas com forças específicas quer chegar. “Depois, deve-se ser forte, po-
em suas categorias de produto ou segmentos). rém flexível, para conseguir atuar em vários
No caso da extensão de marca, Freitas mercados e segmentos”, recomenda. “Só
Mendes alerta para o perigo de canibalização não dá para, no meio do caminho, tentar des-
da marca mãe. “A extensão tem de casar com truir a imagem que o consumidor já consoli-
a imagem do produto original”, afirma, e dá dou.” Aí, o que dá é um antiexemplo: “Não
um exemplo: “Não dá para pensar em lançar é o caso de se criar uma margarina Bauduc-
um sabão em pó com a marca Cândida; no co, pois a marca certamente remete a produ-
mínimo o consumidor vai achar que só serve tos crocantes e de panificação, como biscoi- Comitê de Design
para lavar roupas brancas e que mancharia as to e panetone.” www.comitedesign.abre.org.br
26design-vencedores 13/09/01 12:38 Page 1
documento especial
documento especial
VENCEDOR: VARIG
Menção Honrosa: Emplal
setembro 2001
Ecodesign Tecnologia
VENCEDOR:
VIDE O VERSO
Menção Honrosa:
Guedes Embalagens
Se a cerimônia fosse o Oscar – como até sugeria a pre-
sença do mestre de cerimônias Rubens Ewald Filho – um
dos grandes vencedores da noite, como são invariavel-
A preocupação em de- mente chamados aqueles que levam mais prêmios, seria
senvolver um projeto grá- o Chandon Rouge. O produto, além do prêmio na catego-
fico atraente combinado ria Alimentos e Bebidas, fez com que a Sleever Internatio-
com uma embalagem to- nal abocanhasse o prêmio da categoria Tecnologia, pelos
talmente reciclada e reci- rótulos termoencolhíveis
clável, com custo acessí- que se amoldam com per-
vel e que transparecesse feição aos contornos sin-
uma proximidade e res- gulares da garrafa.
peito ao meio ambiente
rendeu à Vide o VENCEDOR: SLEEVER
Verso o prêmio
de Ecodesign,
com as embala-
gens para o em-
pório natural
Biosfera. A Gue-
des Embalagens
ficou com a
menção honro-
sa destinada ao
convertedor.
documento especial
Embalagem Especial
Promocional empresa do ano
VENCEDOR:
KRAFT FOODS BRASIL
No entendimento do cor-
É isso aí! Para o relançamento da garrafinha original da po de jurados, a empresa
Coca-Cola, a Contour, a TW Design criou uma embala- usuária de embalagem
gem secundária promocional que acabou seduzindo os que mais incentivou o
jurados do prêmio e levando o troféu da categoria Pro- aprimoramento da emba-
mocional. O estojo, que acondiciona o produto tal como lagem no Brasil em 2001
uma jóia, traz em seu visual publicidades antigas da foi a Kraft Foods Brasil.
marca em tom sépia e rele- O reconhecimento serviu
vo seco na parte superior. para fechar com chave
A Takano mereceu a men- de ouro a participação da
ção honrosa como conver- empresa no Prêmio, já
tedora da embalagem. que ela também arrema-
tou as categorias Case
VENCEDOR: TW DESIGN de Embalagem e Embala-
Menção Honrosa: Takano
gem Para Exportação.
O visual descontraí-
VENCEDORA:
do e o apelo de pre- MARIANA CÉSAR
sente/brinquedo fi-
zeram com que um
número expressivo
dos quase 2 000 vo-
tantes elegesse a
embalagem promo-
cional de Páscoa do
Guaraná Caçulinha
Antarctica como a
melhor. Troféu para
a M Design, respon-
sável pelo projeto visual e O projeto escolhido foi o da Cai-
pela inscrição do case. xa de Lápis de Cor Color Box,
Cada embalagem acondi- desenvolvido por Mariana César,
ciona três garrafas de aluna da PUC do Paraná. A em-
guaraná e um coelho de balagem é focada num público
pelúcia, e as 500 000 uni- alvo formado por crianças de 4 a
dades do conjunto foram 12 anos e sua principal inovação
distribuídas nacionalmen- é a possibilidade de ser utilizada
te em 15 dias. Menção como um brinquedo – suas pe-
para a Riverwood, que ças de encaixe formam figuras.
produziu a multipack pas-
cal.
VENCEDOR: M DESIGN
Menção Honrosa: Riverwood
codificação
Esquentando o ritmo
Empresas de marcação investem em termotransferência
FOTOS: DIVULGAÇÃO
o fôlego das empresas de mar-
cação de embalagens para con-
solidar a imagem de que seus
equipamentos podem fazer mais do que
apenas identificar a data de validade e o lote
dos produtos. Um dos fatores que reforçam
essa tendência é a crescente oferta de solu-
ções de impressão por termotransferência,
que, empregadas originalmente para marca-
ção de dados variáveis, começam a ser ven-
didas como inovadoras ferramentas de mar-
keting.
Também chamados de codificadores a Brady pretende estreitar a distribuição dos Impressora da
Zebra: não só para
quente, por possuírem cabeçotes de impres- equipamentos da Zebra, empresa norte-
códigos de barras
são aquecidos, os equipamentos de termo- americana que lhe fornece a maioria das so-
transferência estão mesmo ampliando suas luções de termotransferência, incluindo as
funções. Isso se explica porque, segundo da marca Eltron. “Reforçaremos nossa equi-
inúmeros especialistas, a tecnologia térmi- pe de suporte e assistência técnica dos equi-
ca, para aplicações específicas de marcação, pamentos da Zebra”, diz Fátima.
pode ser mais vantajosa do que sistemas de Aliás, a própria Zebra, sem alterar seus
impressão por jato de tinta ou laser. Assim, rigorosos critérios de terceirização de servi-
é perceptível no discurso das empresas de ços, pretende ampliar a participação do Bra-
marcação que suas máquinas de termotrans- sil em seu faturamento. Diego Rojas, geren-
ferência, mais do que imprimir datas de va- te de contas para América Latina, diz que a
lidade e códigos de barra, são capazes de re- empresa contratou um novo executivo, Car-
forçar o apelo de qualidade de uma marca. los Levenstein, para reforçar seu relaciona-
mento com os canais de distribuição brasi-
Novas possibilidades leiros. “Essa atitude decorre do amadureci- Hot Box 20,
Fátima Vercelli, diretora de marketing da mento do mercado de codificação no Brasil, da Lanin: preço
Brady, uma das grandes empresas de codi- que requer soluções modernas e suporte baixo mas com
qualidade de
ficação do Brasil, defende que as etiquetas competente”, declarou Rojas, em visita ao impressão
impressas com termotransferência são fer- Brasil para participar da Comdex, feira
a
e
ramentas de persuasão à compra. “Elas co- de tecnologia que aconteceu em agosto
m municam ao consumidor que aquele produ- último, em São Paulo.
to passou por um razoável controle de qua-
lidade”, argumenta. Além disso, segundo Para todos os bolsos
Fátima, com as novas tecnologias, o hot Também atuando como distribuidor de
stamping tem extrapolado a função de mar- impressoras, só que das marcas Sato,
car a data de validade e o dia de fabricação Diagraph e Wireless Mountain, a Euro-
dos produtos. “Já existem, por exemplo, pen está apostando na escalabilidade
empresas usando essa tecnologia para im- desses equipamentos como diferencial
pressão da composição de seus produtos no competitivo. Antonio Galván, diretor
verso das embalagens.” Nesse cenário, a comercial, explica que um dos carros-
making of
Retorno da tradição
Paulista volta com novo design para aquecer mercado de PLF
IMAGENS: DIVULGAÇÃO
P quando começou a se notabili-
zar distribuindo de porta em
porta seu leite em garrafas de
vidro, a Paulista havia saído “à francesa” do
mercado. Na onda das grandes aquisições,
a Danone absorveu a marca em dezembro
de 2000 e resolveu, por questões estratégi-
cas, retirá-la das gôndolas. Agora, para ele-
var a competitividade em iogurtes e sobre-
mesas lácteas, alimentos categorizados
como Produtos Lácteos Frescos, ou PLF, a
Paulista retorna à cena – com identidade vi-
sual nova e própria, para ser uma importan-
te marca guarda-chuva.
Para fortalecer a reestréia, a Danone Logotipos: no
tratou de investir forte em comunicação topo, o novo; logo
abaixo, o antigo.
apoiada nas embalagens, já que as fórmu- Ao lado, a estampa
las e os sabores dos iogurtes naturais, dos que resgata a gar-
que levam polpas de frutas e dos flans não rafa de vidro como
um símbolo de
sofreram inovações. A proposta, transmiti-
tradição. No canto
da à agência paulistana Sapien inferior esquerdo
Design, era que a nova rou- da página, o novo
pagem transmitisse os va- iogurte Batido
Nova razão
“Orelhinhas” são as estrelas
A área de negócios WET da Sasib,
A Tetra Pak está encampando uma pak.com.br. “A idéia desta campanha
recentemente adquirida pelo gru-
nova campanha publicitária, na qual é estimular o consumo e gerar experi-
po suíço SIG de equipamentos de
as “orelhinhas” (abas) de suas emba- mentação de todos os produtos enva-
embalagem, passa a operar mun-
lagens cartonadas as- sados nas embala-
dialmente como SIG Simonazzi. No
sépticas são as princi- gens da empresa, be-
Brasil, a antiga Sasib agora passa
pais personagens. As- neficiando toda a ca-
a ser SIG Simonazzi Brasil Ltda.
sinada pela agência deia de consumo –
Ogilvy, a campanha clientes, supermerca-
À frente das resinas
quer estimular os con- dos e distribuidores –
Jean Daniel Peter foi reeleito pre-
sumidores a comprar e premiando e fideli-
sidente do Siresp – Sindicato das
produtos envasados zando os consumido-
Indústrias de Resinas Sintéticas do
em embalagens carto- res finais”, diz Nélson
Estado de São Paulo. É o terceiro
nadas oferecendo prê- Findeiss, presidente
mandato de Peter, ex-Union Carbi-
mios. O consumidor deve juntar vinte da Tetra Pak. Outdoors, cartazes,
de, hoje na Unigel.
abas de qualquer embalagem com a postais, anúncios em revistas e inser-
marca Tetra Pak e enviá-las para um ções em programas de televisão irão
Alumínio para o sul
endereço respondendo à pergunta divulgar a campanha, que vai até 15
Maior fabricante de latas de alu-
“qual a embalagem que dá 20 000 de novembro.
mínio do país, a Latasa está inves-
reais?”. Maiores informações podem (11) 5501-3223
tindo no sul. Uma nova fábrica
ser conseguidas no site www.tetra- www.tetrapak.com.br
está sendo erguida em Viamão, na
Grande Porto Alegre (RS). Ela co-
meçará a operar em junho de 2002
com produção de 750 milhões de
Acondicionamento polivalente
latas/ano, podendo chegar a 1,6 O Padpak é a novidade que a Sunnyvale está trazendo com exclu-
bilhão no final de 2004. sividade ao Brasil. Fabricado pela americana Ranpak, o sistema
consiste numa máquina que converte rolos de papel kraft em cama-
Quinze dias... das acolchoadas, não apenas para envolver ou embalar peças e
A ABRE estará realizando entre os partes, mas também para oferecer proteção no transporte, preen-
dias 22/10 e 02/11 a 1ª Quinzena chendo espaços em caixas. “É ideal para embalar produtos eletrôni-
da venda eletrônica de excedentes cos, automotivos, farmacêuticos, cosméticos e de informática”, diz
da Indústria de Embalagem. Em- Renata Kortenhaus, gerente comercial da Sunnyvale. O Pad-
presas do ramo poderão vender pak reduz a quantidade de material usado para envolver os
seus excedentes através dos sites produtos e tem matéria-prima 100% biodegradável e reciclável.
da ABRE (www.abre.org.br) e do (11) 3048-0146 • www.sunnyvale.com.br
Excess Channel (www.ech.com.br).
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Almanaque
Solidificou-se no ar Parece que faz mais tempo
No final do século XIX, dia, por esquecimento, o Certas tecnologias hoje Garrafa descartável de
em Battle Creek, Michi- trigo cozido ficou expos- tão comuns no dia-a-dia vidro para refrigerante
gan, estudando dietas to ao ar durante vários das pessoas que sequer – Pré-rotulada, foi lança-
em que entravam ali- dias. O resultado foi merecem alguma aten- da em março de 1986
mentos nutritivos à base uma massa seca e oxida- ção foram saudadas pela Refrigerantes Arco
de cereais, os irmãos da da qual, após a moa- como fantásticas novida- Íris, de São José do Rio
Kellogg, John Harvey e gem, se obteve um floco. des não faz muito tem- Preto (SP), nos sabores
William Keith, fizeram Nascia, assim, em 1894, po. Alguns exemplos, to- guaraná, limão e laranja.
uma experiência que o primeiro floco de trigo, dos com menos de quin-
previa a obtenção de fi- semente da Battle Creek ze anos no mercado bra-
nas folhas de grãos de Toasted Corn Flake sileiro:
trigo. Eles ferviam, cozi- Company, fundada em
nhavam e prensavam a 1906. Em três anos, as Código de barras – In-
massa constituída pelo vendas mensais da em- troduzido no Brasil na
farelo, que tostavam e presa saltaram de 33 segunda metade da déca-
em seguida moíam. Um caixas para 83 000. da de 80 do século pas-
sado.
Garrafa de PET – A de
2 litros estreou com a
marca Coca-Cola no fi-
nal de 1988.