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Disciplina: Mecânica das Estruturas

Descrição do Programa
1. Sistemas de Forças Planas e Espaciais
Resultante de forças; Decomposição de Forças em suas componentes;
Momento de uma Força, Momento de um binário

2. Equilíbrio de uma sistema de forças


Reações vinculares; Equações de equilíbrio

3. Centro de Gravidade, Momento Estático e Momento de


Inércia de Áreas Planas
4. Tipos de ações: Forças concentrada e distribuída, momentos (exemplos
práticos)

5. Introdução à análise de estruturas: Esforços simples, vinculações,


reações de apoio, diagramas de esforços em vigas isostáticas
BIBLIOGRAFIA:
1. BORESI, A.P.; SCHMIDT, R.J. Estática. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003.
2. HIBBELER, R.C. Mecânica: estática. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC,
1999.
3. SHAMES, I.H. Estática: mecânica para engenharia. 4. ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2002.
4. BEER, F. P. JOHNSTON, E. R. Jr. Mecânica vetorial para
engenheiros – Estática – 5.ed.São Paulo: Makron, Mc Graw Hill (itens
1, 2 e 3) **livro texto
5*. MERIAM J. L., KRAIGE L. G. Mecânica – Estática 4. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 1999. (itens 1, 2 , 3 e 5)
6.* GERE J. M. Mecânica dos Materiais. São Paulo: Pioneira,
Thomson Learning, 2003. (item 3)
7*.HIBBELER R. C. Resistência dos Materiais, 5ª ed., São Paulo:
Prentice Hall, 2004. (item 3)
* - disponível na biblioteca
AVALIAÇÕES E CÁLCULO DA NOTA
1ª AVALIAÇÃO: 12/05/2014 – VALOR: 4 PONTOS
CONTEÚDO: Resultante de forças; Decomposição de Forças em suas
componentes; Momento de uma Força, Momento de um binário; Equilíbrio
de uma sistema de forças, Cálculo das reações de apoio com cargas
concentradas e distribuídas; cálculo de centróides e momento estático de
superfícies

2ª AVALIAÇÃO: 07/07/2014- VALOR: 5 PONTOS.


CONTEÚDO: Cálculo dos momentos polar e de inércia de superfícies,
cálculo de esforços em estruturas, reações de apoio e diagramas de esforços
em vigas isostáticas

TRABALHO: solução de vigas e pórticos analiticamente e através do


software Ftool. Entrega: 07/07/2014- VALOR: 1 PONTO

Atendimento: 3ª 13:10 – 16:30

Obs: durante a prova não pode ir ao banheiro, usar celular ou sair para tomar
água (portanto, se previnam!)
MÓDULO I

-INTRODUÇÃO (o que é mecânica, sistema


internacional de unidades)

-REVISÃO: COMPONENTES DE UMA FORÇA;


RESULTANTE DE FORÇAS
(no plano e no espaço)

- EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL


Introdução
Mecânica é a ciência que descreve e prediz as condições de repouso
ou movimento dos corpos sob a ação de forças.

A Mecânica dos Corpos rígidos é dividida em:


- Estática: trata dos corpos em repouso (será visto nesse curso)
- Cinemática
- Dinâmica tratam dos corpos em movimento (não será visto)

Os corpos serão considerados perfeitamente rígidos (não se


deformam). Na realidade, a estrutura se deforma sob a ação das cargas,
mas se as deformações forem pequenas elas não alteram as condições
de equilíbrio da estrutura. No entanto, essas deformações devem ser
levadas em conta quando elas puderem causar a ruptura do material
(será visto em resistência dos Materiais, que faz parte da Mecânica dos
corpos deformáveis).
Sistema Internacional (SI) de Unidades
Metro (m); quilograma (kg), segundo (s); Newton (N).

1N é a força que imprime aceleração de 1m/s2 à massa de 1kg.


Unidade de força: N
Unidade de distância: m
Unidade de tensão: Pascal (Pa) Pa = N/m2
Unidade de momento: N.m

Prefixos SI Fator de multiplicação Prefixo símbolo


109 giga G
106 mega M
103 quilo k

Ex: 1kN = 103 N; 1MPa = 106 Pa; 1GPa = 109 Pa


1Kgf = 9,82 N ≅ 10N
Forças
Força representa a ação de um corpo sobre outro . É caracterizada
por seu ponto de aplicação, sua intensidade, direção e sentido é
representada por um vetor. Graficamente é dada por um segmento
definido ao longo de sua linha de ação (reta onde a força atua)

Direção: é definida por sua linha de ação


Intensidade: comprimento do segmento (módulo do vetor)
Sentido: indicado pela seta r
A F = F = 10 N

10N linha de ação


r
F módulo
Resultante de Forças
v
Resultante ( R ) é uma única força que produz o mesmo
efeito de 2 ou mais forças.

Inicialmente será considerado que o tamanho e a forma dos


corpos não afetam a solução dos problemas todas as forças
que atuam no corpo serão considerandas atuando em um único
ponto (ponto material).

Na maioria das vezes um corpo não pode ser tratado como um


ponto material um corpo é um conjunto de grande número
de pontos materiais.

Vetores obedecem à lei do paralelogramo


Resultante de Forças no Plano
v r r
Lei do paralelogramo: a resultante ( R ) de duas forças ( F1 e F2 ) é dada
r r
pela diagonal do paralelogramo cujos lados são iguais às forças F1 e F2

r
v v r r
r
F1 F1
R R = F1 + F2
r r
F2 F2
v r r
Regra do Triângulo: R é obtida unindo o início de F1 com
r
o fim de F2
(parte
r
superior do paralelogramo) ou unindo o início de F2
com o fim de
F1 (parte inferior do paralelogramo) v
r R
r F r
2
F1 F 1
v r
R F2
Resultante de Forças no Plano
( )
Subtração de 2 forças: Pv − Qr = Pv + − Qr
r
r r −Q
P Q r
Q r
r v r P
P P −Q
r r v r
−Q Oposto de Q) P+Q
r r
v r r v r r
( ) Q S
Soma de 3 forças: P + Q + S = P + Q + S r
P v r r
P+Q+ S
v r
P+Q
aplica a lei paralelogramo ou regra do triângulo 2 vezes (não importa a
ordem que os vetores são somados)

Soma de 4 ou mais forças coplanares (forças que estão no mesmo


plano) e concorrentes (forças que passam pelo mesmo ponto):
aplica a lei do paralelogramo quantas vezes for necessário
Decomposição de uma força em
componentes
r
Uma força F que atua sobre um ponto pode ser substituída por 2 ou r
r
mais forças que tenham o mesmo efeito que F componentes de F
r
F é dada pela soma vetorial de suas componentes
Há um número infinito de conjuntos de componentes
r
Exemplo: decomposição de F em 2 componentes, segundo as direções
x1 e x2. r r r
P eQ Componentes de F
r r
F F
r
Nas extremidades de F
x1 r
P passam paralelas segundo as
r
x2 Q direções x1 e x2 encontra
r r
P e Q
Decomposição de uma força em
componentes
r
r F
F
x1 r
P r
x2 Q

Casos Comuns:
a) Se F e uma das suas componentes são conhecidas: a outrar
componente é obtida r pela regra do triângulo. Exemplo: se P é
r r
conhecida, obtém Q unindo a extremidade de P com a de F
(porque F é a soma de P e Q).
b) Se F e as linhas de ação das componentes são conhecidas:
a intensidade e sentido das componentes são obtidas pela lei do
paralelogramo ou regra do triângulo (porque F é a soma de P e Q)
Componentes cartesianas de uma força no
plano r
São as componentes de F nas direções dos eixos de coordenadas
cartesianas (x,y).
r r r r r r r
No plano F é decomposta em Fx e Fy Fx = Fx i Fy = Fy j
y
r
r y F
F ou
r r
Fy rotacionando x
Fy Fy θ
r
j
θ o sistema
r x r
i
r Fx
Fx
r
Fx e Fy componentes escalares de F (Fx e Fy podem ser
r r r positivas ou negativas)
Fx e Fy componentes vetoriais de F
r r r r v r r r
Fx = F cosθ Fy = F senθ F = Fx + Fy F = Fx i + Fy j
r2 r 2 r 2 r r 2 r
F = Fy + Fx
2
F = Fy + Fx
Resultante de forças no plano pela soma
das componentes em x e y
Cada força é decomposta em x e y
r r Soma das componentes
Rx Soma das componentes Ry
em x em y
r r r r r r
R Resultante das forças R = Rx + Ry R = Rx i + Ry j
r r r r r r r
Exemplo: resultante das forças P Q S R = P+Q+ S
R = Rx i + Ry j = (Px + Qx + S x )i + (Py + Qy + S y ) j = ∑ Fx i + ∑ Fy j
r r r r r r r

y y
r
r r Py j r r
Qy j Ry j R Ex 3, 1,
r P
Q r 2, 4, 5
Px i e6
r
S r r r
Qx i S xi x Rx i
x
r
Sy j
Componentes cartesianas de uma
força no espaço
r r r r r r v v
No espaço F é decomposta em Fx , Fy e Fz F = Fx + Fy + Fz
r r r r r r r r r r
Fx = Fx i Fy = Fy j Fz = Fz k F = Fx i + Fy j + Fz k
r
θ θ θ
Se x , y e z são os ângulos que F faz, respectivamente com os
r r r
eixos x, y e z: Fx = F cosθ x Fy = F cosθ y Fz = F cosθ z
y r
Fy y
y y r
r D Fy
r F A A
r F A
r j x r r θy
Fy r r
Fz r
r Fy θx D x F x θz F x
k
i r O O
Fx r r O r
Fx r Fx D Fx
r r
z z Fz
z
Fz Fz
z
r r 2 r 2 r 2
Ex 7, 8 9
F = Fy + Fx + Fz
Componentes cartesianas de uma
força no espaço (cont.)
Plano xy
y
Seja o plano OBAC que contém o eixo y e a
r
força F . A orientação de OBAC é definida B r
F
pelo ângulo φ que OBAC faz com o plano xy. θy
A

r
A orientação de F dentro do plano OBAC é x
r φ
θ
O
definida pelo ângulo y que F faz com o eixo C
y. z Plano xz
r r
r F
F pode ser decomposta em y e Fh (contida no plano xz):
y r y
Fy = F cosθ y Fx = Fh cosφ
B r r
r r F
r F
Fy Fh = F senθ y r Fy Fz = Fh senφ
θy
A
Decompondo
r r
Fh r
em Fx e Fz r Fx x
O x Fz φ
r r
Fh C Fh
z z
Forças no espaço (cont.)
Aplicando o Teorema de Pitágoras aos triângulos OAB e OCD:
y
r2 r 2 r 2
OAB F = Fy + Fh
B r
r F r 2 r 2 r 2
Fy θy A r OCD Fh = FX + FZ

r Fx x
Fz φ r2 r 2 r 2 r 2
O
r D Portanto: F = Fy + Fx + Fz
Fh C
z r r 2 r 2 r 2
F = Fy + Fx + Fz
Resultante de forças concorrentes no espaço
Cada força é decomposta em x, y e z
r r Soma das componentes
Rx Soma das componentes Ry
em x em y
r Soma das componentes r
Rz R Resultante das forças
em z
r r r r r r r r r r r
R = Rx + R y + Rz R = Rx i + R y j + Rz k = ∑ Fx i + ∑ Fy j + ∑ Fz k

r r r
Exemplo: resultante das forças P Q S y
r r r r
R = P+Q+ S r
Ry j r
R
R = (Px + Q x + S x )i + (Py + Q y + S y ) j + (Pz + Qz + S z )k
r r r r r
Rx i x
r
Rz k

Rx Ry Rz
z Ex 10
Equilíbrio de um ponto material
Um ponto está em equilíbrio quando a resultante de todas as
forças que agem sobre ele é nula. r r
R=0
Rx = ∑F x =0 Ry = ∑F y =0 Rz = ∑F z =0
Se o ponto está em equilíbrio, o efeito global de todas as forças
que agem nele é nulo.

1a Lei de Newton: Se a forca resultante que atua em um ponto


material tem intensidade igual a zero, esse ponto permanece em
repouso (se estava em repouso) ou se move ao longo de uma
reta com velocidade constante ( se estava em movimento).

Exemplo 1: 2 forças de mesma intensidade,


mesma direção, mas sentidos contrários
(As 2 forças estão em equilíbrio)
Equilíbrio de um ponto material

Exemplo 2: 4 forças agem no ponto A,r cuja soma dá


zero (no polígono,
r
a extremidade de F4 coincide com o
início de F1 )
y
F4=2000N

Regra do r r
polígono R=0
x
(graficamente)

Sistema de forças em
Analiticamente: equilíbrio
Rx = ∑F x = 1500 − 100 0 sen 30 º − 2000 sen 30 º = 1500 − 500 − 1000 = 0
Ry =∑F y = − 866 − 1000 cos 30 º + 2000 cos 30 º = − 866 − 866 + 1732 = 0
Ex 11 e 12

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