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UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS- IPATINGA - 2009

GESIANE GONÇALVES FERREIRA


Embriologia – 2º Período Biomedicina.

GRAVIDEZ DE RISCO Classificação: De acordo com a relação entre a placenta


A gravidez por si só não é uma condição de alto risco, e sim cxervical interno (OCI), podemos classificar: Completa;
uma parte normal da reprodução humana. Parcial; Marginal; Lateral
A maioria das gravidezes são saudáveis, porém algumas são Diagnóstico: -Ultra-sonografia
complicadas devido a diversos fatores, entre eles, a saúde da
mãe, a saúde do feto ou às complicações próprias que só PRENHEZ MÚLTIPLA
acontecem na gravidez. Pode ser considerada como patologia obstétrica pela
Uma gravidez considerada de alto risco é quando a mãe ou o morbidez e mortalidade que a envolvem. Os mamíferos
feto está em perigo significantemente maior de perturbação superiores não estão biologicamente bem preparados para
(morbilidade) ou de morte (mortalidade). abrigá-la, de certa maneira, um retrocesso na escala
Características demográficas zoológica.
-Localização Geográfica; -Estado Sócio-Econômico Incidência: No Brasil a ocorrência de gêmeos foi de 1:68
-Nível de Instrução; -Estado Marital; -Idade Materna; partos e a de trigêmeos, de 1:5.846 partos. Ainda é comum
-Origem Étnica/Racial; -Perigos Ocupacionais a perda de um dos embriões na prenhez múltipla e ocorre
Características comportamentais por absorção do ovo ou por eliminação através de
-Abuso de Substâncias; -Estado Nutritivo sangramento no primeiro trimestre.
-Estressores Psicossociais; -Abuso/Violência Gêmeos fraternos e verdadeiros: Os fraternos oriundos
-Estado Médico; -Estado Obstétrico da fecundação de dois ovócitos por dois espermatozóides.
Os verdadeiros, ou idênticos, resultantes da fecundação
GRAVIDEZ ECTÓPICA de óvulo e espermatozóides únicos.
É o nome designado à ocorrência da implantação do Etiologia: Dizigótico ou Fraternos invocam-se vários
blastocisto fora da cavidade endometrial. Os sítios de uma fatores:
gravidez ectópica são: a trompa falopiana (95%), o ovário -Hereditariedade: o lado materno tem papel efetivamente
(1%), a cavidade abdominal (3% a 4%). maior 4%, enquanto antecedentes paternos, apenas1,7%.
Incidência: Gravidez múltipla, após os 30-35 anos de idade, -Idade: a incidência eleva-se coma idade, de 25 a 29
na raça negra, em nível socioeconômico baixo, adolescentes, (para alguns autores) ou de 28 a 34 anos (para outros
com antecedentes de infecção pélvica, nas usuárias de autores, mais recentes).
anticoncepção. -Paridade: maior freqüência de gestações aumenta a
Etiologia: Infecções tubárias anteriores; Cirurgia tubária ou possibilidade de prenhez múltipla.
pélvica anterior; Fatores hormonais; Falha de anticoncepcional; -Raça: É mais comum para a raça negra, seguida da raça
Estimulação da ovulação. branca e logo, a amarela.
Evolução: Morte ovular; Abortamento tubário; Ruptura da -É interessante ressaltar que a maior prevalência de
parede tubária pode causar morte da gestante por hemorragia. gêmeos dizigóticos dá-se em mulheres altas e obesas. É
Diagóstico: -Ultra-sonografia vaginal; -Ultra-sonografia possível que o predito se relacione mais com a nutrição que
abdominal com as características somáticas.
Curetagem Complicações no parto: No parto gemelar deparamos
A curetagem uterina é um procedimento médico realizado em com sérias dificuldades, dentre as quais destacamos:
unidade hospitalar, sob anestesia geral ou locorregional, que prematuridade, apresentações anatômicas, distorcias,
objetiva retirar material placentário ou endometrial da cavidade deslocamento prematuro da placenta, anoxia perinatal,
uterina por um instrumento denominado cureta. Tendo como tocotraumatismo, hemorragias dos 3º e 4º períodos de
função principal limpar os restos do aborto. parto.
Este método é necessário, quando existem complicações após
um aborto médico ou aborto espontâneo. Mesmo não existindo INCOMPATIBILIDADE HEMOLÍTICA
razões, médicos de alguns países costumam fazer uma Quando o organismo da gestante é sensibilizado para
curetagem por hábito. produzir anticorpos contra os eritrócitos fetais que
Tratamento Cirúrgico; Não cirúrgico (medicamentos). pertençam a outro sistema sanguíneo.
Se estes anticorpos alcançam a circulação fetal, podem
DESLOCAMENTO PLACENTÁRIO provocar destruição dos eritrócitos e subseqüente anemia
É a separação prematura, parcial ou total entre uma placenta fetal, com insuficiência hepática e insuficiência cardíaca
normalmente implantada e o revestimento tecidual do útero congestiva.
depois das 20 semanas de gestação.
Incidência: De 1 para 200 gestações, e o risco relativo parece ABORTO
ser três vezes maior a partir dos 35 anos. Portaria nº 070- Dispõe sobre a obrigatoriedade do
Etiologia atendimento médico na rede pública para a realização do
-Hipertensão crônica induzida pela gravidez abortamento, nos casos de exclusão de antijuricidade,
-Deslocamento anterior previsto no Código Penal.
-Trauma (mecânico); -Tabagismo Considerando o disposto no Art. 128 do Código Penal
-Cocaína; -Ruptura prematura das membranas. brasileiro: Não se pune o aborto praticado por médico;
Sinais e Sintomas Se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
-Sangramento vaginal escuro (80%) Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido
-Hipertonicidade uterina (17%) de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de ser
-Contrações uterinas (17%) representante legal.
-Dor abdominal ou dorsal baixa
-Sensibilidade uterina CONCLUSÃO
-Sinais de sofrimento fetal ou morte do feto Para alcançar um ótimo prognóstico pré-natal é essencial
-Sinais de hipovolemia além dos que uma meticulosa e continua avaliação pré-natal. Uma
-São previstos na base da perda de sangue. cuidadosa avaliação por profissionais especializados deverá
se focalizar em: atividades de promoção de saúde que
possam evitar as complicações e no reconhecimento precoce
das complicações em desenvolvimento, quando o tratamento
será mais eficaz.

BIBLIOGRAFIA
BENZECRY, Roberto. Tratado de obstetrícia Febrasg. Rio
de Janeiro: Revinter, 2001.
GILBERT, Elizabeth; HARMON, Judith. Manual Prático de
gravidez e parto de alto risco. 2ª ed. Rio de Janeiro:
Revinter, 2002.

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