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BRASÍLIA
JULHO DE 2007
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SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO ........................................... 3
II. CRÍTICAS DO MÉTODO DE VALORAÇÃO CONTINGENTE .......... 8
Inconsistência com Escolha Racional ................... 11
Improbabilidade de Respostas .......................... 13
Ausência de Limitação Significativa de Orçamento ...... 14
Provisão de Informação e Aceitação .................... 15
Extensão do Mercado ................................... 16
Efeitos “Empenho” ..................................... 17
III. ASSUNTOS-CHAVE PARA O PROJETO DE INSTRUMENTOS DE
VALORAÇÃO CONTINGENTE ................................... 18
O Formato Plebiscito .................................. 18
Tratando do Problema Instalado ........................ 25
Dimensão Temporal de Perdas de Uso Passivo ............ 27
IV. DIRETRIZ DE PESQUISA ............................... 28
Diretrizes Gerais ..................................... 29
Diretrizes para Pesquisas de Obtenção de Valor ........ 30
Metas para Pesquisas de Obtenção de Valor ............. 33
V. RECOMENDAÇÕES PARA PESQUISA FUTURA .................. 35
VI. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................... 39
APÊNDICE ................................................ 43
Diretrizes Gerais ..................................... 43
Diretrizes de Pesquisas para Eliciação de Valores ..... 48
Objetivos de Pesquisas para Eliciação de Valores ...... 54
REFERÊNCIAS ............................................. 59
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I. INTRODUÇÃO
Sob o Decreto de Poluição de Óleo de 1990, ao
Presidente - agindo por meio da Subsecretaria de Comércio
para os Oceanos e a Atmosfera - foi requisitado para emitir
normas de estabelecimento de procedimentos, para avaliar os
danos (ou a destruição) dos recursos naturais, resultantes
de uma descarga de óleo coberta pelo Decreto. Estes
procedimentos são para garantir a recuperação dos custos de
restauração, bem como a diminuição, em valor, dos recursos
afetados e quaisquer custos razoáveis de conduzir a
avaliação da perda.
Alguns dos valores, pelo menos, que poderiam ser
reduzidos por tal descarga, são relativamente simples de
medir por meio de informações reveladas em transações de
mercado. Por exemplo, se tal descarga mata peixes e, assim,
reduz as rendas dos pescadores comerciais, as perdas destes
podem razoavelmente ser calculadas pela pesca reduzida,
multiplicada pelo preço de mercado dos peixes (menos,
naturalmente, quaisquer custos que eles tivessem sofrido).
Similarmente, se a descarga de óleo desencoraja a viagem de
turistas para uma área, as rendas perdidas pelos donos de
motéis, de casas de campo, ou de outras instalações podem
ser razoavelmente representadas pela diferença em
rendimentos entre o período afetado e a estação “normal”.
Até mesmo os prejuízos para aqueles que pescam por
passatempo, como barqueiros, nadadores, excursionistas, e
outros que fazem o uso ativo de áreas afetadas pela
descarga, podem ser incluídos na estimativa de valores
diminuídos, embora tais perdas sejam geralmente pouco mais
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Improbabilidade de Respostas
O método VC é geralmente usado para extrair valores
para um programa especifico a fim de prevenir danos
ambientais, sejam animais mortos, depredação de uma área de
selva primitiva, seja perda de visibilidade em uma área não
comumente muito aberta. Embora, em cada caso, os indivíduos
freqüentemente expressem disposição zero a pagar, a
disposição média a pagar sobre a amostra total é no mínimo
de $20 a $50. Com 100 milhões de famílias nos Estados
Unidos, estas respostas resultam em totais muito grandes,
freqüentemente acima de $1 bilhão. Alguns têm argumentado
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sobre a informação dada. Uma coisa que tem de ser dita aos
entrevistados é que a recuperação completa ocorrerá em, por
exemplo, dois anos. Tal fato servil para eles aceitarem
essa informação completamente e então incorporá-la em suas
respostas a questões difíceis.
Ao voltar-se ao exemplo antes citado, os entrevistados
que têm visão pessimista das prováveis conseqüências de um
vazamento químico são suscetíveis de demonstrar disposição
relativamente alta a pagar para prevenir a contaminação -
alta demais, de fato, se na realidade, tal evento tivesse
efeitos menos sérios. Entretanto, dos entrevistados com o
senso exagerado de capacidade assimilativa do rio ou de
poder de regeneração era de se esperar demonstração de
disposição a pagar que atenuasse sua verdadeira valoração
se lhes fosse fornecida uma descrição mais completa de
prováveis conseqüências.
Para repetir, mesmo quando pesquisas VC fornecem
informação detalhada e precisa sobre os efeitos do programa
sendo valorizado, os entrevistados têm de aceitar essas
informações ao fazer suas escolhas (hipotéticas). Se ao
invés disso, os entrevistados confiarem em um conjunto de
heurística (estes acidentes ambientais são freqüentemente
tão ruins quanto somos levados a acreditar), ou (as
autoridades quase sempre colocam uma “maquiagem” nestas
coisas). Com efeito, eles estarão respondendo uma pergunta
diferente daquela que está sendo feita; assim, os valores
resultantes que são extraídos não medirão confiavelmente a
disposição a pagar.
Extensão do Mercado
Processos por danos ambientais são imputados por
procuradores em favor de um grupo legalmente definido. Este
grupo limita a população que seja apropriada para
determinar danos, mesmo se indivíduos fora deste grupo
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Efeitos “Empenho”
Alguns críticos da técnica VC (por exemplo, Diamond e
Hausman, 1992) têm observado que a distribuição de
respostas a questões abertas sobre disposição a pagar
freqüente é caracterizada por uma proporção significante de
“zero” - pessoas que não pagariam nada pelo programa - e
também um número de relatórios mensuráveis. Esta
distribuição bi-modal também caracteriza a doação
individual: a maioria de nós não dá nada para a maioria das
entidades de caridade, mas dá quantias não comuns para as
que realmente apoiamos (no mínimo $10 ou $20). Isto tem
levado estes críticos a concluir que as respostas dos
indivíduos a questões VC fazem a mesma função das
contribuições de caridade - não apenas para apoiar a
organização em questão, mas também para sentir o “empenho”,
que resulta da doação de causas merecidas (veja Andreoni
1989). Se assim for, as respostas ao VC não deveriam ser
tomadas como estimativas confiáveis de verdadeira
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O Formato Plebiscito
O VC, ao ser considerado como uma pesquisa, é um
instrumento mais descritivo que explicativo. A descrição
pode ser tão simples quanto relatar médias de variação
única de um tipo ou de outro, tais como as porcentagens das
pessoas empregadas, as que estão procurando ou não trabalho
nos Estados Unidos, o número médio de cômodos ocupados por
famílias americanas, ou a proporção dos prováveis eleitores
em favor de outro candidato em uma eleição futura. Um
estudo de VC procura encontrar a disposição média a pagar
por um melhoramento ambiental específico. Contudo, como
será visto mais tarde, é freqüentemente desejável pedir a
entrevistados que especifiquem as razões para suas
escolhas.
Os resultados descritivos de variação única são
significativos, principalmente quando as respostas
alternativas a uma questão são simples, podem ser bem
especificadas e existe um alto consenso entre entrevistados
e investigadores sobre o significado exato das questões e
das respostas. Em alguns casos em que o consenso não seria
inicialmente adequado, definições simples podem ser
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Diretrizes Gerais
□ Tipo e Tamanho de Amostra: A amostragem de probabilidade
é essencial para uma pesquisa usada na avaliação de danos.1
A escolha do projeto e tamanho específico da amostragem é
uma questão técnica difícil que requer a orientação de um
estatístico de amostragem profissional.
1
Esta necessidade não previne o uso de amostras menos adequadas,
incluindo quota ou mesmo amostras convenientes, para teste preliminar
de variações experimentais específicas, tão logo que a ordem da
diferença de magnitude, ao invés de resultados invariáveis sejam os
focos. Mesmo assim, fontes óbvias de preconceito deveriam ser evitadas
(ex: estudantes graduados têm provavelmente grande diferença entre
suas idades e educação da população adulta heterogênea) para prevenir
uma base confiável de generalização mais ampla.
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APÊNDICE
Diretrizes Gerais
□ Tipo e Tamanho de Amostra: A amostragem de probabilidade
é essencial para uma pesquisa usada para avaliação de
danos.2 A escolha do projeto e tamanho específicos da
amostra é uma questão técnica difícil, a qual requer a
orientação de um estatístico profissional de amostragem.
2
Esta necessidade não previne o uso de amostras menos adequadas,
incluindo quota ou mesmo amostras convenientes para teste preliminar
de variações experimentais específicas; tão logo que a ordem das
diferenças de magnitude ao invés de resultados invariáveis que são o
foco. Mesmo assim, fontes óbvias de preconceito deveriam ser evitadas
(exemplo: estudantes graduados têm provavelmente grandes diferenças de
idade; e educação da população adulta heterogênea para prevenir uma
base confiável de generalização mais ampla).
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3
Como na pesquisa de fato realizada pelo Estado do Alaska depois do
derramamento de Valdez (Veja Carson et al., 1992).
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4
O fracasso em testar os efeitos de fotografias em respostas é uma
falha de Carson et al. (1992).
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REFERÊNCIAS