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TEMA GERAL: O AVIVAMENTO QUE ESPERAMOS

TEXTO BASE: Joel 2-3

TEMA BÍBLICO: O AVIVAMENTO QUE


ESPERAMOS VEM PELA CONVERSÃO

TEXTO BÍBLICO: Joel 2.12-17

ICT: Trata-se da chamada ao arrependimento não


pela lei, mas pelo coração.

OBJ GERAL: CONSAGRAÇÃO

OBJ ESP.: O avivamento que esperamos vem com


a conversão.

Data: 03 de junho
INTRODUÇÃO

Convertei-vos a mim de todo o coração! O


primeiro princípio para o avivamento que
esperamos vem pela CONVERSÃO. Não há
avivamento sem “trazer de volta”, “restaurar”, no
sentido de uma mudança de comportamento e
de uma volta completa ao Deus vivo e
verdadeiro. Deus deseja a conversão do coração
do homem para abençoá-lo e o santificá-lo.

Virar-se, ou “convertei-vos”, se descreve no


Antigo Testamento como um desviar-se do mal
(Jr 18.8) para o Senhor (Ml 3.7). O homem,
porém, pode ser tão permeado pelo mal (Os 5.4),
que resiste a uma conversão genuína e integral
ao Senhor (2Cr 36.13). Deus dá o impulso à
conversão; é Deus que inicia o movimento no
homem (Jr 31.18; Lm 5.21) para uma conversão
profunda de todo coração.

Convertei-vos a mim! É a declaração bíblica que


encontramos para um avivamento genuíno e
real. Rasgai o coração e não as vestes, isto é, não
quero que se rasquem por causa da lei (vestes),
mas por causa de seus corações voltados e
propensos ao mal. Quero um coração puro,
íntegro e sincero onde eu possa habitar e realizar
uma obra de restauração completa e duradoura.
O profeta do avivamento nos traz uma
declaração contundente de Deus para uma busca
que começa em retroceder, voltar, virar, desviar-
se do mal para uma vida de comprometimento e
de comunhão plena com o Senhor.

Convertei-vos a mim!
1. CONVERTEI-VOS A MIM... DE FORMA
SACRIFICIAL

Convertei-vos a mim de todo o coração, com


jejuns, com choro e com pranto. Convertei-vos a
mim! Não é uma conversão circunstancial e
momentânea é algo custoso, processual. A idéia
não é uma conversão ilusória, apelativa a
consciência e a emoção. É algo mais profundo e
sacrificial.

O primeiro ato sacrificial para uma conversão que


produza o “Desperta de Deus” em nossas vidas e
um avivamento da qual esperamos passa pela
abstinência de qualquer tipo de comida. É o
primeiro sacrifício. A idéia bíblica e dos tempos
antigos do jejum era de preparar o corpo para o
seu encontro com o Senhor, em outras palavras,
acreditava-se que o jejum contribuía para a
purificação do corpo das impurezas da glutonaria,
de alimentos sacrificados, entre outros.

Na concepção veterotestamentário, encontramos


o [sûm], “jejuar”, associada a [innâh nepes],
afligir-se, literalmente “afligir a sua alma” (Lv
16.29,31; 23.27,32; Nm 29.7; Is 58.3; Sl 35.13). O
jejum se praticava em Israel como preparativo
para uma conversa com Deus (Êx 34.28; Dt 9.9;
Dn 9.3).

a) Era praticado quando se sentia oprimido por


grandes cuidados (2Sm 12.16-23; 1Rs 21.27; Sl
35.13; 60.10);
b) Era praticado pela nação em perigos
iminentes de guerra e destruição (Jz 20.26;
2Cr 20.3; Et 4.16; Jn 3.4-10; Jz 4.9,13); durante
uma praga de gafanhotos (Jl 1 e 2); para trazer
sucesso ao retorno dos exilados (Ed 8.21-23);
como rito de expiação (Ne 9.1); e, finalmente,
em luto pelos mortos (Jr 14.11-12).

O jejum e a oração se acompanhavam (Jr 14.11-


12; Ne 1.4; Ed 8.21,23). O jejum perdurava desde
a manhã até ao por do sol (Jz 20.26; 1Sm 14.24;
2Sm 1.12). Em salmo 109.24, o jejum permite a
reflexão dos momentos de aflição e da própria
aflição, corroborando para uma conversão não
de palavras ou obras, mas de coração, isto é de
atitude, de realmente retornar e voltar.

O jejum bíblico tem um significado muito próprio


que é da humilhação do corpo, da alma e do
espírito. O jejum é o preparado para uma
conversa com Deus. Convertei-vos a mim com
jejuns, isto é, humilham-se, envergonham-se do
que fizeram, chorem, pranteiam, porque o
Grande e terrível dia do Senhor virá.

2. CONVERTEI-VOS A MIM... RASGANDO O


CORAÇÃO

Rasgai o coração e não as vestes! Parece


romântico e até sapiencial tal afirmação, mas no
mundo antigo, acreditavam que o coração
(kartia) era o centro físico da vida, das emoções,
do intelecto e a fonte da vida espiritual (Sl
38.10,11; Is 1.5. O coração, kartia, no sentido
metafórico, leb, é a sede da vida espiritual e
intelectual do homem, a natureza íntima da
pessoa (Js 22.5,1; Sm 2.35; Dt 6.5).
a) O coração é a sede das emoções, seja de
alegria (Dt 28.47) ou de dor (Jr 4.19), da
tranqüilidade (Pv 14.30), e da excitação (Dt
19.6).
b) O coração é a sede do entendimento e do
conhecimento, das forças e poderes racionais
(1Rs 3.12; 4.29), bem como de fantasias e
visões (Jr 14.14). Também é o centro da
estultície (Pv 10.20-21), e também dos maus
pensamentos).
c) A vontade tem sua origem no coração (1Rs
8.17), e a decisão que está pronta a ser
colocada em vigor (Êx 36.2).

O coração, kartia, leb, é a pessoa em sua totalidade (Sl


22.26,27; 73.26; 84.2,3). É um termo compreensivo
para a personalidade como um todo, sua vida interior,
seu caráter. É a atividade consciente e deliberada do
ego humano, contido em si mesmo.

Descobriram então o que Deus deseja de nós? Não é


uma declaração poética ou sapiencial. Deus quer que
rasguemos nossos desejos, emoções, intelecto, nossa
vontade. O que aprendemos aqui é de um significado
muito especial, se o coração para o mundo bíblico
representava o centro, a sede da vida, Deus não quer
uma mudança estereotipada de ser, mas uma
transformação de dentro para fora. CRIA EM MIM, Ó
DEUS, UM CORAÇÃO PURO E RENOVA EM MIM UM
ESPÍRITO ACEITÁVEL" (Sl 51:10).

3. CONVERTEI-VOS A MIM... SANTIFICAI A


COMUNIDADE

Reuni o povo, santificai a comunidade. A idéia básica


não é a de separação, mas sim, o conceito positivo de
um encontro que inevitavelmente exige certas
maneiras de resposta. O conceito (hagios, hagiazo) para
o mundo veterotestamentário, é um conceito que
postula valores éticos. Não uma ética da moralidade
humana, mas, sim, a expressão da santidade de Deus
num mundo de práticas sagradas tanto semelhantes
quanto diferentes. Por exemplo, as relações sexuais
não são imorais por si. Em comparação com a praxes
sagradas, porém, trata-se de um ato profano que torna
uma pessoa impura para entrar em contato com aquilo
que é santo (1Sm 21.4; Êx 19.15).

Tornar santo ou santificar é mudar o modo de vida. O


que Deus deseja é que mudemos nosso modo como
nos relacionamos com o mundo e com tudo aquilo que
nele há. Deus quer que santifiquemos o que está
impuro, isto é, limpe o que está sujo em você. Porque o
fazendo isso permitirá que ele desça com sua glória
sobre você.

Outra questão de santificar-se está puro, é imagine o


que os outros vão falar de vocês? Seu Deus não é
santo? Porque estão então todos sujos, impuros com as
coisas efêmeras do mundo. Por isso que Deus diz, “o
que diriam entre os povos” se eles encontrassem você
nessa situação? Certamente diriam: Onde está o seu
Deus? Isto é, onde está esse Deus que permite algo do
escuso, cruel e pecaminoso.

CONCLUSÃO
O avivamento que esperamos vem pela conversão por
meio do sacrifício, de uma vontade submissa e de um
espírito quebrantado, restaurado e santificado.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Bíblia. Português. Bíblia de referência Thompson.


Tradução João Ferreira de Almeida. São Paulo: Vida,
1993.

BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada edição pastoral.


Tradução do Centro Bíblico Católico. São Paulo: Edições
Paulinas, 1993.

BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada século 21. Tradução


João Ferreira de Almeida. São Paulo: Vida Nova, 2008.

Bíblia. Português. Bíblia Shedd. Tradução João Ferreira


de Almeida. 2 ed. São Paulo: Vida Nova, 1997.

BROW, Colin. O novo dicionário internacional de


teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova,
1983.

ELWELL, Walter A. Enciclopédia histórico-teológica da


igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, 1992.

GOWER, Ralph. Uso e costumes dos tempos bíblicos.


São Paulo: CPAD, 1992.

MOUNCE, William D. The analytical lexicon to the


greek New Testament. Michigan: Zondervan Publishing
House, 1992.

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