Este documento resume trechos de um livro sobre a filosofia da leitura. Ele discute como as palavras em um livro podem criar significados na mente do leitor e como diferentes interpretações podem surgir, embora o significado extraído seja exclusivo de cada leitor. A hermenêutica na tradição rabínica busca uma interpretação universal dos textos.
Descrição original:
Café Da Manhã Com Sócrates (Cáp. 12).
Título original
Fichamento - Café Da Manhã Com Sócrates (Cáp. 12).
Este documento resume trechos de um livro sobre a filosofia da leitura. Ele discute como as palavras em um livro podem criar significados na mente do leitor e como diferentes interpretações podem surgir, embora o significado extraído seja exclusivo de cada leitor. A hermenêutica na tradição rabínica busca uma interpretação universal dos textos.
Este documento resume trechos de um livro sobre a filosofia da leitura. Ele discute como as palavras em um livro podem criar significados na mente do leitor e como diferentes interpretações podem surgir, embora o significado extraído seja exclusivo de cada leitor. A hermenêutica na tradição rabínica busca uma interpretação universal dos textos.
CURSO DE FILOSOFIA DISCIPLINA: INTRODUO FILOSOFIA PROFESSOR: EDISON CASAGRANDA ACADMICA: BIANCA POSSEL
Fichamento
Pg. Livros Lendo um livro Caf da manh com Scrates
Segundo Agostinho, muitos textos no possuem um significado coerente. Pois, as palavras que esto nele esto soltas, ou seja, no se conectam a nada que seja real. 12 Como aqueles smbolos pretos impressos no papel so capazes de voar das pginas 8 como pequenos morceguinhos e entrar na sua cabea, onde criam um pandemnio silencioso para chate-lo, diverti-lo, emocion-lo, assust-lo e at mesmo excit-lo? As palavras derivam das coisas assim como uma criana descende dos pais. 12 9 No importa como se define mar em portugus, mandarim ou ingls, desde que o mar em si, seja a mesma coisa para todas as culturas. As palavras so, no mximo, lembranas de coisas que possuem significado, 13 enquanto perdem o prprio [...]. 0 Mas, se as palavras servem tambm para definir coisas abstratas como a verdade, como saber se a verdade legtima, se um conceito abstrato? A palavra histria pode se referir tanto aos conhecimentos relativos ao passado real como aos enredos ficcionais, e difcil relatar o passado sem apelar para as propriedades da narrativa. Quando algum est contando um acontecimento da prpria vida, pode, muitas 13 vezes dramatizar mais algumas partes, ridicularizar ou humorizar outras. Ou seja, 2 dando ou tirando a nfase nos acontecimentos. Porm, isso no quer dizer que aquilo no tenha ocorrido, mais no geral pelo menos. [...] toda a histria tem pinceladas de fico [...]. [...] o prprio ato de ler torna-se uma metfora para a fuga, uma renncia secular ao mundo. 13 Ler qualquer livro absorver o mgico, mas tambm muitas vezes tomar uma 3 dose de realidade [...]. Por toda a distncia das palavras em relao realidade, o mundo do livro que voc est lendo torna-se to real quanto aquele do lado de fora da sua janela. 13 Um livro ganha significado a partir de sua leitura, de sua ativao na mente do 4 leitor. Um livro e uma pessoa dependem da mesma coisa para terem significado de 13 compreenso: a mente do indivduo. E o significado extrado, exclusivamente da 5 pessoa, o que causa um imenso conforto. E quando o mesmo significado se torna comum duas pessoas ou mais, e estas dialogam, a leitura feita por ambos sai do papel e se torna viva. Compartilhar uma interpretao como compartilhar a prpria histria. A hermenutica na tradio rabnica, contradiz os fatos de cada um ter a sua prpria 13 interpretao. Pois ela tem o papel de tornar uma informao focada em apenas uma 6 interpretao universal. Em tais tradies religiosas, ler o livro no um convite ao livre exerccio da interpretao, mas uma obrigao de obedientemente enxergar a verdade da forma 13 como foi iluminada pelos doutores da lei. 7 [...] o bom leitor quem faz o bom livro [...].
Referncias
SMITH, Robert Rowland. Lendo um livro. In: ____ Caf da manh com Scrates: Filosofando no dia a dia. Rio de Janeiro: Rocco, 2010. p. 128-139.