Este documento discute o diagnóstico organizacional da empresa Cargo, focada na venda de caminhões da Ford. Ele explica que o sucesso de uma empresa depende de sua capacidade de se adaptar às mudanças no ambiente externo, incluindo fatores políticos, econômicos e sociais. A crise no setor de caminhões está ligada não só à economia brasileira, mas também a escândalos políticos que afetaram a construção civil e a compra de novos caminhões.
Este documento discute o diagnóstico organizacional da empresa Cargo, focada na venda de caminhões da Ford. Ele explica que o sucesso de uma empresa depende de sua capacidade de se adaptar às mudanças no ambiente externo, incluindo fatores políticos, econômicos e sociais. A crise no setor de caminhões está ligada não só à economia brasileira, mas também a escândalos políticos que afetaram a construção civil e a compra de novos caminhões.
Este documento discute o diagnóstico organizacional da empresa Cargo, focada na venda de caminhões da Ford. Ele explica que o sucesso de uma empresa depende de sua capacidade de se adaptar às mudanças no ambiente externo, incluindo fatores políticos, econômicos e sociais. A crise no setor de caminhões está ligada não só à economia brasileira, mas também a escândalos políticos que afetaram a construção civil e a compra de novos caminhões.
A Auto Master uma concessionria de veculos que faz parte de um grupo
composto por duas outras empresas, a Cargo (caminhes) e a Matra (veculos agrcolas). A Auto Master atua no segmento de venda de carros novos e seminovos, assim como prestao de servios de manuteno e fornecimento de peas. uma empresa familiar, que mantm as caractersticas culturais e acredita na ideologia de manter a qualidade total de seus servios, honestidade e transparncia nas relaes com o cliente e colaboradores, se preocupa com a qualidade da relao entre empresa e empregados, e dedica esforos para que estes se tornem pessoas melhores a cada dia, no s no trabalho, mas na vida pessoal. Neste relatrio iremos tomar como foco a empresa Cargo, voltado para a venda de caminhes da Ford. Ao olharmos para uma empresa, necessrio compreender que existem duas realidades que interferem diretamente nas atividades da mesma, sendo o ambiente interno e externo. O ambiente interno representa as relaes que se do na empresa, estando relacionado aos trabalhadores, a estrutura fsica dessa empresa e forma como so realizados as atividades. Oliveira (2003), faz a diviso da organizao a partir das Pessoas, Estrutura e Tecnologia. As pessoas representam os indivduos que fazem parte daquela realidade, com suas necessidades, valores, ideologias. Em estrutura, o autor representa como a coluna dorsal da organizao, estabelecendo funes, cargos e hierarquias, afetando o grau de cooperao interna, liberdade para contatos externos, fluxo entre as fronteiras departamentais, intensidade e direo de comunicao entre liderana e subordinados, formas e estratgias de negociao e o processo decisrio, entre outros (OLIVEIRA, 2003, p. 40).
A tecnologia representa os meios pelos quais as pessoas realizam sua
atividade, afetando diretamente em sua produo. A tecnologia de uma empresa pode fazer com que a produo de seus colaboradores seja maior segundo a forma como este se relaciona com seu trabalho.
Carlos Magno Corra de Souza RA: 151523
Apesar destes trs fatores, necessrio compreender que uma organizao no se acaba em si, tambm se relaciona com um ambiente externo ao seu, sendo o macro ambiente. Assim como traz a autora, esse ambiente tem poder de afetar diretamente na forma como se do as relaes na empresa, na tecnologia utilizada, nas estratgias gerenciais, nas condies de trabalho, na forma como os colaboradores enxergam seu trabalho (OLIVEIRA, 2003). A autora afirma ainda que a falha na gesto do impacto que esse macro ambiente pode fazer com que as empresas venham a falncia, por no se adequarem s necessidades do mercado, assim, o sucesso de qualquer tipo de organizao depende, em grande medida, de sua capacidade de compatibilizar-se a adequar-se a este macroambiente em constante mudana e transformao, significando que ela tambm ter que se transformar para criar maior e melhor sinergia com este ambiente (p. 41). Por fim, para compreendermos a forma como esse ambiente externo influencia na realidade a ser estudada, preciso entender que esse macro ambiente configurado por foras polticas, demogrficas, sociais e econmicas, movimentando-se e interagindo constantemente, e nesse mesmo movimento, provocando mudanas nas organizaes. Trazendo tais questes tona para a realidade em questo, possvel ter um olhar mais amplo acerca dos fenmenos que afetam a empresa. Com isso, podemos afirmar que no uma novidade a crise no setor de automveis no Brasil, trazendo quedas desde o ano de 2014. A economia do pas interferiu diretamente na queda constante de tal setor, levando as empresas a realizarem grandes cortes de funcionrios, muitas chegando a fecharem as portas, porm, ao falarmos de veculos de mdio e grande porte, a relao com o ambiente externo apresenta questes mais pontuais. Durante o conhecimento da realidade do local de realizao do estgio e entrevista com o gerente de ps-venda, foi possvel conciliar a crise no setor de caminhes com a situao no apenas econmica, mas tambm com a situao poltica do Brasil. Segundo os relatos do gerente do local, escndalos na poltica, como a lava- jato e a lama asfltica, interferem no setor de caminhes, tanto na venda, quanto nos servios oferecidos pela empresa por estarem ligados principalmente construo civil, com a queda na construo civil, os caminhes utilizados nas obras ficam parados, e tambm no h a compra de caminhes novos. Ou seja, a parada em um setor, leva a estagnao no outro. Com isso, vemos que para compreender a situao da crise no setor de caminhes necessrio ter um olhar ainda mais amplo, olhando no s para a questo econmica, mas tambm como questes polticas interferem diretamente em tal setor. Buscar compreender como tais fenmenos interferem em um certo contexto est ligado prtica de diagnstico organizacional. Tal prtica diz respeito ao processo interpretativo associado s organizaes que realizado a partir da coleta sistemtica tratamento e interpretao teoricamente fundamentada da informao, quer sobre a organizao como um todo e sua interao com o ambiente, quer sobre algum ou alguns dos seus componentes ou sobre aspectos especficos de seu funcionamento (CAETANO; MENDONA; NEIVA, 2016, p. 9). Apesar da nomenclatura diagnstico, sua prtica no se assemelha ao carter mdico de busca por doenas, mas apresenta um carter dinmico, no se atendo apenas a reproduo de modelos e aplicao de testes, e tem por objetivo fornecer uma leitura mais aprofundada da organizao, em relao seus pontos fracos e fortes, assim como os desafios que enfrenta e as formas de superar os mesmos (CAETANO; MENDONA; NEIVA, 2016). Assim como apresenta Silva (2015), o conceito de diagnstico organizacional pode ser entendido segundo sua perspectiva. Na perspectiva objetivista, o diagnstico pode ser utilizado como instrumento que possibilita o mapeamento, por meio de mensurao quantitativa, do contexto interno e externo das organizaes, segundo a percepo dos gestores, trabalhadores, clientes, etc. Tal modelo pressupe a anlise da situao-problema, para que, em seguida, possam ser apresentadas alternativas para os problemas identificados (p. 296). Segundo uma lgica subjetivista da realidade, o diagnstico vem a ser concebido como a captura de percepes individuais e coletivas que necessitam ser compreendidas sob a perspectiva construcionista social e interacionista simblica, psicanaltica, cognitivista, fenomenolgica, entre outras orientaes interpretativistas da realidade social (SILVA, 2015, p. 296). Em tal lgica, o foco voltado estrutura, tecnologia, e s relaes humanas que se estabelecem naquele meio. A partir de uma lgica interpretativista, a interveno baseada nas percepes, sendo compartilhadas ou no, daqueles que atuam na organizao, permitindo compreender a realidade social a partir de diferentes faces (idem). Ainda, Caetano, Mendona e Neiva (2016) afirmam que existem vrias formas de estudar os fenmenos que afetam a organizao, apresentando diferentes focos segundo sua abordagem, dentre elas, a abordagem estrutural, a abordagem da arena poltica e a abordagem dos sistemas abertos. A abordagem estrutural tem o foco voltado ao dispositivo organizacional, incluindo os objetivos, a estrutura, os papis desempenhados e a tecnologia, analisando tambm a insero dos indivduos nessa estrutura. A aborda poltica v as organizaes como reas em que so evidenciados jogos de poder; Por ltimo a abordagem dos sistemas abertos, apresenta a natureza adaptativa das organizaes, trazendo consigo algumas variveis presentes em outras perspectivas. Caetano, Mendona e Neiva (2016) afirmam que a dinmica organizacional influenciada quer por variveis do seu contexto ambiental, quer por diversas variveis internas prpria organizao. As variveis do contexto ambiental mais relevantes dizem relevante dizem despeito tecnologia, aos recursos disponveis e competio por eles no quadro econmico da globalizao, bem como aos fatores culturais, simblicos e polticos nos pases em que uma organizao opera (p. 10).
Tal afirmao recai diretamente sobre a leitura previamente realizada sobre o
contexto em que se encontra a empresa Cargo, tendo sua dinmica (estagnao) afetada pelo quadro poltico (escndalos) do pas em que ela se encontra. Existem vrios modelos para realizao do diagnstico organizacional, porm, assim como Caetano, Mendona e Neiva afirmam, a maioria dos modelos utilizam a abordagem dos sistemas abertos, pode trazer em seu escopo elementos da abordagem estrutural e poltica. Ainda, afirmam que apesar da diversidade existente entre os modelos, assim como as semelhanas que mantm entre si, consideram que a interao entre os vrios subsistemas da organizao, bem como sua relao com o ambiente externo, determinante para a sua dinmica e eficcia (2016, p. 11). As etapas de um processo de diagnstico organizacional podem ser divididas em sete partes, segundo Silva (2015): 1. Contatos preliminares e insero; 2. identificao e formulao dos problemas; 3. construo de alternativas; 4. antecipao das consequncias; 5. elaborao de planos; 6. execuo; 7. avaliao e suporte.
A etapa inicial, sendo a insero na organizao tem como objetivo a coleta
de informaes, compreendendo os problemas apontados pelos gestores e colaboradores; aps isso, sero elaboradas as alternativas, visando tambm a antecipao de possveis consequncias; em sucesso, so elaborados planos de ao que sero postos em prtica posteriormente; por fim, avaliado o resultado da interveno, e sendo necessrio, disponibilizando suporte tcnico e comportamental (SILVA, 2014).
Caetano, Mendona e Silva (2016), prope um modelo composto por apenas
trs componentes, sendo eles:
1. entrada na organizao; 2. recolha e anlise; 3. devoluo.
A primeira etapa est relacionada necessidade de realizao do
diagnstico, buscando saber tambm se a partir de tal diagnstico pretendido realizar intervenes posteriores. Os autores salientam que o prprio processo de diagnstico j caracterizado como uma interveno, devido ao processo de recolha de dados e devoluo dos resultados. Ainda, afirmam que a experincia daquele que realiza o diagnstico, conciliado a seu conhecimento terico fundamental para compreender a forma como o sintoma se instala na organizao e assim determinar as tcnicas e instrumentos que mais se adequam situao e objetivos pretendidos (idem). A segunda etapa est relacionada a escolha dos mtodos e as tcnicas que sero utilizadas. Sobre a escolha dos mtodos, os autores afirmam que
na maior parte dos casos, conveniente utilizar uma abordagem
multimtodo (triangulao metodolgica) que permita conjugar anlises quantitativas e qualitativas, com recurso a mltiplas fontes de dados, combinando-as de modo a produzir uma evidncia emprica devidamente validada que fundamente as concluses e inferncias que podem dar origem a planos de mudana e interveno (CAETANO; MENDONA; NEIVA, 2016, p. 20-21, grifo do autor). A terceira etapa, diz respeito devoluo, onde os resultados podero ou no confirmar a hiptese levantada no incio do processo, nesta etapa necessrio prevenir ou reagir adequadamente a eventuais atitudes defensivas por parte dos responsveis da organizao e dos outros membros a quem os resultados so reportados (CAETANO; MENDONA; NEIVA, 2016, p. 21). Essa etapa pode resultar o fim do processo diagnstico, ou podendo ser seguido tambm por outras intervenes.
REFERNCIAS
OLIVEIRA, SILAS M. O impacto do macro-ambiente na estrutura organizacional de
bibliotecas universitrias. Informacin, cultura y sociedad, s. v., n. 8, p. 39-67, 2003.
SILVA, Narbal. Diagnstico organizacional. In: BENDASSOLLI, Pedro F.; BORGES-
ANDRADE, Jairo E (Org.).Dicionrio de psicologia do trabalho e das organizaes. So Paulo: Casa do Psiclogo, 2015. p. 295-301.
MENDONA, Helenides; FERREIRA, Marina C.; NEIVA, Elaine R. (Org.). Anlise e
diagnstico organizacional: teoria e prtica. s.l.:Vetor. 2016. p. 9-36.
1- Ambiente organizacional- Descreva a importância de compreender o ambiente das organizações e explicar como elas se relacionam com a dinâmica social, econômica, científica, tecnológica e política nas dimensões locais, nacionais e globais