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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Educação e Comunicação

Nome: Franke Kantifola, GRH- Relação Laborais, 4o Ano, Diurno

Importância da análise do ambiente na definição e implementação de estratégia

Inicialmente, é evidente que estamos numa época onde as empresas são diariamente forçadas a
considerar os acontecimentos do ambiente para tomar certas decisões e formular estratégias como
sinônimo de adaptabilidade, flexibilidade, sobrevivência e prosperidade. É também notório, nos dias
de hoje, aliás, nessa estação de globalização e competitividade, apenas, ouvir e ver muitas
organizações, empresas e executivos gloriosos e celebrando sobre os resultados, conquistas e
patamares eventualmente alcançados resultantes das estratégias ou manobras por elas bem
circunscrevidas e executadas e não ou de igual modo, ouvi-las e vê-las invocando e mencionando
sobre o roteiro que antes percorreram e as ferramentas que utilizaram e lhes ajudaram desde a
definição até a implementação de tais estratégias e atingimento de tais metas, ou seja, sem dar ação de
graças o estudo do ambiente, ou seja, análise SWOT e PEST que se revelam importantes
instrumentos para este processo. É, por isso, que neste ensaio buscar-se-á descrever a importância da
análise do ambiente para a definição e implementação de estratégia nos limitando, especificamente
com a análise FOFA e analise PEST, consideradas forças competitivas. Para tal e por uma questão de
organização e elaboração, este ensaio foi realizado de acordo com as obras citadas e apresentadas no
final deste capitulo e está estruturado em três partes: contextualização, fundamentação e conclusão.

Em geral, a análise de ambiente se constitui a primeira e essencial etapa se não indispensável no


processo de definição e implementação de qualquer estratégia. Muitas literaturas são unanimes ao
referir que é muito importante uma organização estudar o ambiente porque este processo fornece a
organização dados ou informações relacionadas com os clientes, fornecedores, trabalhadores,
processos internos, com os concorrentes e com as tendências ou forças econômicas, legais, sociais e
tecnológicas. Dando continuidade, Morgan (2009), diz que estas informações traduzem-se em forças
e fraquezas ( fatores ou ambiente interno) e oportunidades e ameaças ( forças ou ambiente externo)
para as organizações, por isso, analisar os ambientes de forma particular ou separada constituem a
estratégia viável para melhor entender como a análise ambiental ajuda as organizações e gestores no
processo de definição e implementação de estratégia.

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Neste contexto, para Teixeira (2011), a análise do ambiente externo, em particular, envolve um
conjunto de fatores que estão fora da organização, mas que influenciam a sua performance ou a forma
como elas formulam e executam as suas estratégias. Ainda, o autor diz que, trata-se, portanto, de
fatores externos à organização, como os fatores econômicos, concorrentes, políticos, legais e
reguladoras, socioculturais e tecnológicos que ditam a maneira como as organizações irão se
comportar, se posicionar ou reagir ao desafios e exigências do governo, das tecnologias, da sociedade
consumidora e dos concorrentes no envolvente. Desta feita, é interessante notar que conhecer e
identificar as variáveis do ambiente externo é mais uma forma de poder monitorar o envolvente, por
isso importante considerar este como um processo rotineiro visto que as mesmas sofrem influencias
dos efeitos de mudanças. Não bastante, ambiente externo permite a empresa conhecer e monitorar
suas oportunidades - pontos positivos da organização que auxilia para o crescimento da vantagem
competitiva e suas ameaças- pontos negativos da organização que auxilia para a compreensão da
vantagem competitiva.

Pese embora todas estas variáveis tecnológicas, sociais, legais ou políticas, econômicas ou PEST, da
concorrência fazerem parte do ambiente externo e todas serem grandes impulsionadoras de negócios e
estratégias, é também relevante frisar que nem todas elas afetam do mesmo modo a vida de uma
organização nem também a vida de muitas organizações numa região ou mercado, ou, neste caso
particular, nem todas esses fatores podem ser uteis para servirem de base na definição e
implementação de uma estratégia, isto porque algum deles podem atuar de maneira positiva gerando
oportunidades para certas ou aquelas empresas e algumas delas atuar de um jeito desagradável
traduzindo-se em ameaças ou constrangimentos para outra ou outras organizações. No entanto, não
estamos a invalidar o seu indispensável papel no negócio e, especialmente, em contextos de
competitividade, o que estamos a tentar transmitir é que há um desafio na parte dos gestores e
organizações de possuir capacidades para fazer leitura as tendências e entender como estas vão
impactar no seu negócio ou estratégia, uma vez que os mesmo afetam cada estratégia e organização
de maneira diferente e particular.

Em relação a analise interna ou melhor Analise FOFA ( acrônimo de forças e fraquezas e


oportunidades e ameaças), é o estudo mais conhecido, praticado e reconhecido pelas organizações e
gestores não só pela sua simplicidade, rapidez ou eficiência e eficácia, mas também por permitir
primeiro revelar a situação estratégica interna e, por fim, demostrar a situação presente e até futura
dos concorrentes ( Teixeira, 2011). Ainda de acordo com Teixeira (2011), a análise do ambiente
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interno que diz respeito aos pontos fortes e fracos que residem nos colaboradores, nos departamentos,
na componente comunicação, nas práticas de recursos humanos e nos processos interno da
organização e oportunidades e ameaças transmitidas pelos concorrentes, ajuda as organizações a se
autoconhecer (isto é, conhecer-se assim mesmo, suas competências, recurso e outros pontos fortes) e
as fraquezas ou, os recursos, competências raras ou outros pontos que elas não possuem para, após
versadas as oportunidades e as ameaças do ambiente externo ponderar e propor a estratégia adequada
e que tratara proveitos ou agregara valor as competências internas ou a organização.

Ainda no que tange a importância de fazer uma análise interna, Dalmau e Tosta (2009), destaca que
um dos maiores benefícios da análise interna é que ela gera informações e visões que podem ser
disseminadas para nos demais sectores da empresa e que de forma superficial facilita o envolvimento
das pessoas no planejamento estratégico. Portanto, o estudo do ambiente interno é importante tanto
como o entendimento dos fatores ou forças externas à organização, uma vez que juntos desempenham
um papel de relações públicas, ou seja, de fornecer informações de cunho importância e que vão
orientar os executivos no processo de definição e execução de estratégias presentes ou futuras.

Contudo, com base nos argumentos acima deixados, fica necessário observar que para que uma
empresa defina e implemente estratégias que possam assegurar a sua vantagem competitiva, nesta
época que residem clientes mais exigentes, concorrentes por toda parte, mudanças ambientais cada
vez mais presentes e determinantes, é também fundamental que elas se tornem mais atentas e
interativas com o ambiente e mercado na qual se encontra, não somente para entender e achar as
variáveis externas, mas e parece muito pertinente, conhecer e familiarizar-se com os fatores internos
(com as suas forças e fraquezas), pois, constituem-se como ótimos fatores para tirar proveitos as
oportunidades do envolvente e reforçar a vantagem competitiva. Sintetizando, o sucesso, a
sobrevivência e prosperidade de qualquer organização que opera nesta sociedade moderna, depende
em boa parte e numa primeira instancia, de um estudo do ambiente quer interno quer externo e da
capacidade em definir e implementar estratégias através dos resultados obtidos do estudo conduzido.

Referencias bibliográfica

Dalmau, M. B. L. & Tosta, K. C. T. T. (2009). Estratégia de Gestão de Pessoas. São Paulo, Brasil:
UFSC

Morgan, G. (2009). Estratégia Empresarial. São Paulo, Brasil: Atlas.

3
Teixeira, S. (2011). Gestão Estratégica. Lisboa, Portugal: Editora Escolar.

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