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RESUMO
Este artigo visa apresentar a definição de um diagnóstico organizacional como partida básica no
planejamento empresarial e na criação de estratégias, orientando a empresa estudada no
alinhamento de suas ações no dia a dia. Temos como início primeiramente a trajetória das teorias
administrativas a fim de entender as suas contribuições no estudo dos diferentes tipos de estruturas
para, após isso, definir aquela que melhor atende a necessidade apresentada. O plano de ação
consiste no uso de ferramentas organizacionais para auxiliar tanto no diagnóstico empresarial como
nas melhorias propostas.
Palavras-chave
1. INTRODUÇÃO
A organização estrutural de uma empresa torna-se uma estratégia competitiva indispensável uma
vez que alinha os recursos e aperfeiçoa os processos, garantindo a entrega de produtos e serviços
com excelência. Tendo em vista a pertinência de tal conhecimento, a proposta deste artigo consiste
em apresentar os diferentes tipos de estruturas organizacionais, enfatizando a contribuição das
mesmas no alcance da satisfação dos clientes e dos demais objetivos almejados pelos gestores.
O objeto de estudo trata-se de uma microempresa empresa Taveira Garden, a mesma atua com
consultoria e execução de projetos de paisagismo, decoração de interiores, revenda de produtos, e
insumos para praticas de jardinagem, cuidados e manutenção de área externa e serviços da área. O
instrumento que auxilia a formalização do pensamento estratégico, conforme Fernandes e Berton
(2005) denomina-se Planejamento Estratégico. Nesse sentido Estrada e Almeida (2007) propõem
um modelo de Planejamento estratégico que vai além da simples formalização do pensamento de
longo prazo.
Dentro da perspectiva do modelo citado, o tema deste artigo limita-se à avaliação organizacional,
que se pode denominar etapa pré-operacional. Esta fase pressupõe que, para a elaboração,
implementação e controle do plano estratégico, inicialmente devem ser levantados aspectos
qualitativos e quantitativos da organização, ou seja, sua cultura, relações de poder e posição que
contemple os pilares mais relevantes que a sustentam (ESTRADA E ALMEIDA, 2007).
Nesse sentido Kaufmman, Browne e Watkins (2003) afirmam que é necessário verificar a
prontidão da empresa para essa prática. Os autores referem-se à necessidade de possuir dados
confiáveis a respeito de práticas, cultura, poder e resultados na empresa, a fim de transformá-los
em informação, minimizando os impactos ou predizendo como a resistência à mudança deverá ser
tratada.
O diagnóstico organizacional consiste, então, na primeira etapa do processo de intervenção,
constituindo-se como um verdadeiro check-up, uma visão global que indica insuficiências, que
permite analisar instabilidades e avaliar os desequilíbrios (PEDROSA, 2004). Torna-se um
instrumento valioso para evidenciar a desarmonia entre as estruturas da empresa, ou entre ela e a
Assim o presente trabalho tem como objetivo principal: Desenvolver um Modelo de Diagnóstico
Organizacional, que avalie a organização, antes da execução do Planejamento Estratégico
Empresarial. Para tal, deverá descrever o modelo de planejamento estratégico de Estrada 2007;
estudar, descrever e analisar os modelos de diagnóstico organizacionais existentes e então
desenvolver um processo de diagnose empresarial através de um esquema estruturado de análise.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta ordem se colhem informações sobre o problema a ser tratado. Na terceira etapa se faz uma
reflexão sobre a informação, confrontando as diversas hipóteses, buscando a definição do problema.
A última etapa se compreendesse pelo levantamento do histórico das experiências e cenários
passados para uma comparação com o problema identificado com o intuito de corrigi-lo. Segundo
Chiavenato (2006, p. 438), o diagnóstico “inclui técnicas e métodos para descrever o sistema
organizacional, as relações entre seus elementos ou subsistemas e as maneiras para identificar
problemas e assuntos importantes”. Cavalcanti e Mello (1981) enumeram algumas vantagens com a
realização do diagnóstico organizacional.
Destacam as mais relevantes: 1. Identificar as necessidades importantes por ordem de prioridade
para resolvê-los; 2. Definir as dificuldades a serem superadas utilizando modelos e controle de
resultados, validando-os; 3. Desenvolver metodologias e adequá-las, para haver a implementação
real; 4. Através dos treinamentos ajudar na renovação de técnicas de trabalho, e aumentar a
qualidade das que já funcionam efetivamente.
Como etapas preliminares, Cavalcanti e Mello (1981) citam alguns aspectos primordiais para
realizar um diagnóstico empresarial de qualidade. Estes aspectos iniciam-se com o contato do
pesquisador com o responsável por ceder autorização de pesquisa na empresa. Em segundo é
essencial realizar visita técnica à empresa, e assim, através da observação direta colher informações
aparentes. Para elaboração do diagnóstico organizacional, o consultor deve obter ferramentas para o
levantamento de dados. Como por exemplo, temos: a entrevista, que permiti ao entrevistado colocar
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suas ideias em clima de informalidade, dando abertura para fazer críticas e/ou sugestões a respeito
das perguntas; a observação direta, em que o consultor verifica as condições físicas, ambientais e os
riscos de acidentes, as ferramentas necessárias para execução, os gargalos no processo, como
também observa em loco as atividades de trabalho; e a utilização de questionários, para coleta de
dados mais fidedignos. (CAVALCANTI; MELLO, 1981). Depois de o pesquisador coletar os
dados, é primordial o uso de outros instrumentos mais eficazes para análise dos dados buscando
melhores resultados. (CAVALCANTI, 2009).
3. METODOLOGIA
A pesquisa científica, em sua essência, é como qualquer outro tipo de pesquisa, como a de
pesquisar o preço de um relógio novo para presentear alguém, por exemplo. Toda pesquisa é
considerada como um processo formal com método de pensamento. Ao se ter o conhecimento de
quais critérios podem ser selecionados, a elaboração de uma pesquisa é mais fácil do que parece
“[…] qualquer ser humano pode fazer pesquisa e realizá-la corretamente, desde que aplique o
processo de pesquisa correspondente. O que precisamos é conhecer esses processos e suas
ferramentas fundamentais” (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, 2013, p. 20). Para a realização do
presente estudo foi feita inicialmente uma pesquisa bibliográfica buscando em livros e artigos
científicos, uma maior cobertura sobre o assunto. Os dados foram coletados por meio de entrevista,
através de um questionário com perguntas totalmente estruturadas, que conduziram o proprietário
da empresa a responder livremente as questões feitas. Pode ser classificado como pesquisa
qualitativa e estudo exploratório. Também pode ser definida como estudo de caso, de modo a se
obter o conhecimento das principais características concorrenciais, isto é, como são
comercializados os produtos, quais os diferenciais, preços praticados, estratégias de distribuição,
vendas e comunicação e outras informações relevantes.
A elaboração da pesquisa, tem como norte, a real causa dos problemas pertinentes a organização,
pois ao se fazer um levantamento preciso e minucioso, é possível chegar ao denomionador comum.
Sendo de suma importância , levantar os dados de maneira precisa e verdadeira , afim de se obter
dados reais da situação em que a empresa está alocada.
Assim levamos em consideração, dados reais, nos quais são essenciais para o sucesso do
diagnóstico empresarial. É preciso realizar uma abordagem analítica e estratégica, pois os
problemas decorrentes das maiorias das organizações, não são superficiais e sim enraizados em sua
cultura organizacional.
Para se ter êxito em fazer tal levantamento, a empresa precisa ter a consciência sobre em qual
posição está inserida, saber seu posicionamento é essencial, pontos fracos e fortes. E para isso
existem ferramentas que auxiliam essa análise, capazes de descrever qual o real potencial
competitivo da organização, uma delas é a Análise SWOT, sigla para sigla de “strenghts”,
“weakness”, “opportunities” e “threats”, que na tradução direta significa força, fraqueza,
oportunidades e ameaças.
Saber a sua força, identificar suas fraquezas, é essencial para se abrir as oportunidades e se blindar
contra as ameaças, e a função desta ferramenta, nada mais é que analisar o entorno desta empresa e
saber também como ela funciona internamente.
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Fonte: IBid(2023)
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após fazer uma análise da empresa juntamente com o gestor, foi realizado um
levantamento dos dados e através das informações coletadas fizemos a implantação do
diagnóstico estratégico empresarial em cada setor para enxergar as necessidades dos
mesmos, podendo aplicar assim um tratamento específico a sua realidade.
A empresa é de um segmento promissor, porém, vimos que as ameaças externas estavam
em grande crescimento e em constantes mudanças, mesmo com esse cenário que temos nos dias
atuais, em que o mercado que está sendo enfrentado, por conta dessa pandemia mundial, com
tudo, com a aplicação do diagnóstico de forma corretamente pode alavancar as vendas e
manter viva no negócio e consequentemente o sucesso como desejado.
Realizar a visita e entrevistar o gestor, foi essencial para saber detalhadamente, como se
desenrolava os processos da empresa, quais métodos de tomada de decisão eram usados e toda a
logística de maneira geral sobre o funcionamento da mesma.
A Empresa Taveira Garden, possui um ambiente interno amplo e bem acolhedor aos seus clientes,
diversas opções de plantas decorativas e ornamentais a disposição. Além de ferramentas para o
cuidado e manutenção das mesmas. O ambiente é climatizado, pelo menos no setor principal de
atendimento aos clientes, visto que está em uma região com uma média de tempentura alta, isso
conta como positivo. Colaboradores entendem do produto que estão ofertando, o clima
organizacional é leve e descontraído, existe a preocupação em saber como é o ambiente do cliente,
para que não haja um descontentamento posterior caso alguma planta venha a morrer por falta de
conhecimento ou informação do atendente. O Ambiente conta com agua gelada e natural para seus
clientes, assim como cafés e bolo de acompanhamento no período da manha, visando fornecer uma
experiência satisfatória ao real interessado, o cliente. Em relação aos produtos oferecidos temos
muitas variedades de plantas, naturais e artificiais, abraçando também o público que não tem certo
trato com plantas naturais. Essa diversidade em produtos atenta ao ponto positivo de tentar atender
não apenas um nicho especifico de clientes, mas sim abranger cada vez mais, clientes diferentes e
agradar todos os públicos. Em produção ficou claro que a empresa tem estrutura e instalações
adequadas, tem facilidade de negociação com fornecedores, tem frota própria e realiza as
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atividades com padronização; em finanças sempre calcula preço de venda e faz controle financeiro
de fluxo de caixa e por fim recursos humanos, mesmo sendo inexistente na empresa em estudo é de
grande interesse do proprietário implantá-lo e utilizar de práticas desse setor, o desempenho dos
colaboradores é satisfatório, há pouca rotatividade e poucas faltas.
A Empresa investe poucos recursos em tecnologia da área, tais como sistemas mais atualizados
para entrada e saída dos materiais e produtos comercializados. Outro ponto a ser levado em questão
é a falta de automação, principalmente na irrigação de algumas plantas comercializadas,
demandando todo um trabalho manual, o que toma mais tempo e necessidade de um colaborador
especifico para esta tarefa. Falta melhorias de acessibilidade ao local, assim como ampliação do
espaço de alimentação dos colaboradores, melhorias em bem estar dos funcionários, como já foi
compravado, pode ajudar na produtividade dos mesmos.
De acordo com a entrevista foi possível obter muitos dados e informações sobre a empresa; em
marketing é nítido que a empresa conhece seus concorrentes, clientes, o que compram, com que
frequência compram e que a empresa está bem localizada ao perfil do cliente. Falta um trabalho
mais efetivo de divulgação que resultaria na exposição a mais da organização, já que os principais
concorrentes , são de certa maneira mais agressivos nesse âmbito.
A fachada da empresa é de bom destaque, a avenida onde a mesma está localizada é de grande
movimento, investir em iluminação para deixa-la mais em evidencia é essencial. No âmbito de
mercado a empresa está num ramo promissor visto que a cultura verde vem sendo muito
estimulada no geral.
5. CONCLUSÃO
compreensão das informações trazendo o engessamento dos processos por parte da diretoria
e gerência, podendo apresentar dados errôneos e incompatíveis, causando grande prejuízo
para os negócios. Identificamos também que a falta de conhecimento técnico pela mão de obra
contratada, vem sendo uma dificuldade para a organização. Buscar investimentos para qualificação
dos funcionários está entre um dos desejos do gestor.
Foi observado a falta de sistemas para automação geral dos processos, tais como exemplo ,
lançamentos de notas fiscais em um sistema apropriado, permitindo, uma assertividade e controle
maior junto ao estoque, assim como sua precificação.
Entende-se que o uso desses sistemas provoca mudanças organizacionais bem como
uma maior integração entre os diversos setores da organização, possibilitando troca de
informações, além de ter uma visão ampla dos produtos e serviços oferecidos. Logo,
vimos que a empresa, com as ferramentas corretas e em mãos certas, não há dúvida do seu
sucesso.
REFERÊNCIAS
HAMMER, M.; CHAMPY, J. Reengineering the corporation. New York: HarperBusiness, 1994.
HOINASK, FÁBIO, ANÁLISE SWOT: O QUE É E COMO ELA PODE SER ÚTIL PARA SUA
EMPRESA, IBid, 2023. Disponível em https://ibid.com.br/blog/analise-swot. Acesso em 01 de
julho de 2023.
Manual de Consultoria Empresarial: Conceitos, metodologias e práticas. São Paulo: Atlas, 2006.
ROSA, J. A. Roteiro para análise e diagnóstico da empresa. São Paulo: STS, 2001.
SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Participação das Micro e
Pequenas Empresas na Economia Brasil. Brasília, 2014.
TAVARES, Mauto Calixta. Gestão Estratégica. 3.ed. São Paulo, Editora Atlas, 2010.
ZACCARELLI, Sérgio Baptista. Estratégia e sucesso nas empresas. 2 ed. São Paulo, Editora
Saraiva, 2012.