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Cego Aderaldo
O portador conversou
Almoou, deitou, dormiu
Depois selou o cavalo
Deu obrigado e partiu
Santa Helena-PB
O encontro ficou marcado
Pra primeiro de abril.
Todos sabem como foi
A vida de Lampio O cangao e o poder
Na histria que nos contam Representavam perigo,
Os mais velhos e o povo, Questo de terra e dinheiro
Malfeitor e cangaceiro S resolviam no tiro
Que atuou no serto. Quem no fosse um aliado
Logo seria inimigo.
Junto com outros do bando
Era uma corja completa, O bando em suas andanas
Tudo isso foi contado Nunca demonstrava medo
J nos livros dos poetas Pretendia ir bem longe
Bandidagem e conflitos Por isso sara sedo
Que aconteceram na poca. Queriam logo chegar
Na fazenda de seu Pedro.
Muitas foram a verses
E as histrias contadas Saram de madrugada
As brigas, as invases, O sol no tinha nascido,
As lutas, as emboscadas No foram pela estrada
Sem paixo nem inveno Pra no serem perseguidos,
Pra mim, sobraram piadas. Como a noite era escura
O chefe viu-se perdido.
Contarei umas histrias
Tidas como engraadas Andando desnorteado
Encontros e desencontros Sem saber se ia ou vinha
Que a mim foram contadas Meio atapalhados como
Do bando de Lampio Gente perdida caminha,
Que ocorreu nas estradas. Um deles olhou de lado
- 01 - Avistou uma casinha.
Aps o assassinato de seus pais, ocorrido por questes de disputas de terras, Virgulino
alista-se tropa de cangaceiros de Sinh Pereira e inicia sua vida no cangao para vingar
a morte de seus pais.
Em 1928, em uma batalha em Moross (RN), Lampio perde suas tropas e foge, com
apenas 5 companheiros, para a Bahia, onde reconstri seu bando.
Em 1930, enquanto estavam acampados na fazenda de um coitero (nome dado queles
que acolhiam os cangaceiros), Virgulino conhece Maria Dia Nenn, esposa de um
sapateiro local. Os dois se apaixonaram e ela se uniu ao bando, recebendo o apelido de
Maria Bonita. Aps a entrada dela no grupo, vrias outras companheiras dos cangaceiros
tambm foram incorporadas.