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Anuario86 Fausto PDF
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e as Desventuras da Etnografa*
CARLOS FAUSTO1
1. Agradeo a Otvio Velho e Eduardo Viveiros de Castro pela leitura cuidadosa que tize-
ram do texto e por seus comentrios valiosos. A Ruth Cardoso pelo emprstimo do livro
e a Brbara Sette, pela reviso das tradues.
* TAUSSIG, Michael T. 1986. Shamanism, Colonialism, and the Wild Man: Study in Terror
and Healing. Chicago: The University of Chicago Press, xxix + 517 pp.
Anurio Antropolgico/86
Editora Universidade de Braslia/Tempo Brasileiro, 1988
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han dicho en ingls suena muy fuerte, nosotros la usamos em espaol para
atraer una persona, conquistar sus simpatas" (:28). Mals do que um problema
de traduo, o fato que a verdade no estava nem na idia da pura violncia,
nem da pura seduo. Violncia havia muita; seduo, talvez menos. Mas
quem conhece a exata receita?
O padre Grlndilla relata um episdio por ele presenciado em 1912, quando
milhares de ndios foram estao de La Occidente para entregar a borra
cha coletada: durante cinco dias houve uma grande dana. Ento a borracha
foi entregue e os bens ocidentais adiantados3. Havia, contudo, um ndio que
se recusava a receber fosse o que fosse, dizendo j ter tudo o que precisava.
Diante da insistncia dos brancos ele finalmente cedeu:
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4. Sartre, registremos esta irnica coincidncia, compara esta atitude intelectual ao terror:
o mtodo id entifica -se com o T error pela sua recusa inflexvel de d ife ren ciar
(1966:44).
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5. Sobre o uso deste conceito em outro contexto ver Viveiros de Castro, 1986.
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8. Falta aqui, como alfas em todo o livro, urna perspectiva comparativa. Mal aires urna
categoria bastante difundida na Amrica espanhola e possui especificaes particulares
de acordo com os diferentes contextos. H que se considerar, tambm, o lugar das cos
mologas pr-hispnicas na formao deste conceito. Entre os Otomi (Mesoamrica),
por exemplo, o ar , sopro , um dos componentes da pessoa; aps a morte do indi
viduo volta a fazer parte de uma circulao cosmolgica mais geral qual esto asso
ciados os mal aires (J. Galinier, comunicao pessoal).
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10. Note que o autor no d muita ateno aos aspectos pragmticos do ritual, pois se de
tm quase que exclusivamente em seus aspectos expressivos.
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