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AULAMODELO5 – Disciplina: Introdução à Ciência e Engenharia de Materiais

 Unidade de Ensino2–Defeito interfaciais e volumétricos nos sólidos

Carga Horária:03 horas

Objetivos da Unidade:Oferecer ao aluno um embasamento conceitual que lhe permita selecionar o


material mais adequado para uma determinada aplicação, de modo a atender às características de
desempenho esperadas, tanto no que se refere às características de serviço quanto de processamento
destes.

Competência:Espera-se que os alunos ao cursarem esta disciplina, tenham já adquirido uma boa
compreensão dos fundamentos de Cálculo, Física e Química.

Habilidades:ser capaz de tomar decisão com relação aos materiais mais adequados, raciocinar de forma
lógica, criativa e analítica no que tange a resolução de problemas em materiais.

Temas (ou assunto a ser discutido na aula):


Unidades 3 – Imperfeições nos sólidos
2.3 Introdução às imperfeições nos sólidos
Proposta Metodológica:
Proposta Metodológica:
1. Pré-Aula
2. Aula: Texto sobre o conteúdo programático
3. Pós-Aula
1-)Pré-Aula:
Para continuar incrementando seu entendimento do conteúdo da disciplina introdução à ciência e
engenharia de materiais e provocando sua curiosidade em relação aos conceitos posteriores vamos
fazer algumas perguntas que servirão mais como reflexão sobre as principais e indispensáveis questões
que envolvem a área de materiais aplicados a engenharia:
1) Existe mais algum tipo de defeito que pode ocorrer nos materiais sólidos alem dos defeitos
pontuais e lineares:
2) Por que a matéria apresenta defeitos e não é perfeita?
3) Qual teoria explica por que os materiais saem fora da idealidade estrutura? Como ela trata isso,
positivamente ou negativamente?

2-) Aula:
Leia o texto abaixo:

2.1-) Imperfeições ou defeitos interfaciais

Vimos em aulas anteriores que os defeitos ou imperfeições é algo natural e até desejável dentro
dos sólidos, e que existe defeitos pontuais e linares. Neste momento passamos a nos preocupar com
defeitos nos sólidos com maiores escalas e dimensões, a ponto de poderem ser vistos com o auxilio de um
microscópio eletrônico de varredura ou até por microscópicos ópticos mais sofisticados. As primeiras
imperfeições que iremos ver são defeitos do tipo interfaciais, que são aqueles contornos que têm duas
dimensões e normalmente separam regiões dos materiais que têm diferentes estruturas cristalinas ou
orientações cristalográficas. Os defeitos interfaciais são considerados as superfícies externas, contornos de
grão, contornos de macla e etc.

2.2-) Superfícies externas

Considerado o mais nítido dos defeitos interfaciais a superfície externa é vista como uma
imperfeição por que ela representa o contorno ao longo do qual a estrutura do cristal termina. Átomos
da superfície não estão ligados ao número máximo de átomos vizinhos mais próximos e estão, portanto,
num estado maior de energia do que os átomos nas posições dentro do interior do sólido. Os átomos da
superfície que não estão estáveis dando origem a uma energia de superfície, expressa em unidades de
energia por unidade de área (J/m2). No intuito de reduzir a energia, materiais tendem a minimizar, se for
possível, a área de superfície total.

2.3-) Contorno de grão

De certa forma um pouco menos nítido, mas nem por isso menos importante é o contorno de
grão que ocorre no interior do material. Considerado um defeito interfacial o contorno de grão separa
duas regiões ou grãos com diferentes orientações cristalográficas em materiais multicristalinos ou
policristalinos. Orientação cristalográfica nada mais é do que a direção no espaço que estão orientadas
as células unitárias de um grão. Esquematicamente este defeito é representado na figura abaixo e a
região do contorno é da largura de aproximadamente três átomos. Entretanto nessa região do contorno
de grão existe certa desordem atômica ao longo do qual existe uma transição a partir da orientação
cristalina de um grão para aquela de um grão vizinho. A figura abaixo ilustra este tipo de defeito:

No interior do contorno de grão os átomos não estão ligados a outros átomos como no interior do
grão. Isto gera nos átomos do interior do contorno de grão uma energia de contorno de grão similar aquela
da superfície externa do material. A magnitude desta energia é uma função do grau de desorientação,
sendo maior para contornos de grão de alto ângulo. Contornos de grão são quimicamente mais reativos do
que os grãos em si como uma conseqüência desta energia de contorno. Além disso, átomos de impurezas
às vezes se segregam preferencialmente ao longo destes contornos por causa do seu estado de maior
energia. A energia interfacial total é menor em materiais com grãos maiores do que em materiais com
granulação pequena.

2.4-) Contorno de grão

Um dos contornos de grão de alto ângulo é o contorno de macla através do qual existe uma
especifica simetria de rede especular, isto é, átomos de um lado do contorno estão localizados em posições
de imagem de espelho dos átomos que estão do outro lado. A região de material entre estes contornos é
apropriadamente denominada macla. O contorno de alto ângulo tipo macla esta representado na figura
abaixo:
2.4-) Defeitos volumétricos

Os defeitos em materiais com maiores escalas e com mais dimensões (tridimensionais) são
chamados defeitos volumétricos. Estes podem ser visto por microscópios ópticos ou até a olho nu. Estão
incluídos nestes defeitos os poros, trincas, precipitados e fases. Eles normalmente são introduzidos durante
as etapas de processamento e de fabricação. Alguns destes defeitos e seus efeitos sobre as propriedades
dos materiais serão discutidos em aulas modelos posteriores.

3-) Pós-Aula

Responda as questões:

1-) O que é defeito interfacial e como são classificados?

2-) O que é defeito volumétrico e como são classificados?

3-) Quais as diferenças principais entre os defeitos interfaciais e volumétricos?

4-) No que os contornos de alto ângulo são diferentes dos contornos de grão de baixo ângulo?

5-) O que é energia superficial e por que ela aparece?

6-) O que é energia interfacial e por que ela aparece?

7-) Numa micrografia de varredura eletrônica por que os contornos de grão aparecem mais nitidamente
do que o interior dos grãos?

8-) Defina o que contorno de macla.


Referências:

CALLISTER,W.D. Ciência e EngenhariadosMateriais:UmaIntrodução.


7ªedição. EditoraLTC,Riode Janeiro, 2008.CALLISTER,Van Vack, L. H.;
Princípios de Ciência e Tecnologia dos Materiais. 4ªedição.
EditoraCampus,1984

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