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Atividade Contextualizada de Ciências dos Materiais

João Vitor Flor Fritz


36016127
Engenharia Elétrica

Olhe há sua volta e note que existem diversos tipos de materiais (metais,
cerâmicos, polimeros, materias compósitos, etc). O estudo “aprofundado”
desses elementos auxiliou, e auxilia até os dias de hoje, no processo de
desenvolvimento da civilização humana. Dentro desse conhecimento moderno,
a relação entre a composição e a organização da matéria revelou-se um dos
tópicos mais relevantes para o dominio dos materiais. No contexto dos cursos
de Engenharias, o que não falta são exemplos dessa importância, pois quando
um profissional controla tais assuntos é certo que um determinado projeto será
elaborado com enorme maestria, satisfazendo todos os quesitos ecônomicos,
ambientais, normativos, etc.
Nesta atividade o foco será detalhar o melhor possívél a organização dos
materiais metálicos.
Bem existem inúmeros sinônimos do termo “organização”, porém na displina de
Ciência dos Materiais, nada melhor do que os vocábolos “estrutura cristalina”.
“Quer dizer que uma Estrutura Cristalina é uma organização, certo?” Em parte
sim, entretanto não é apenas isso. Um reticulado cristalino é um conjunto de
átomos ordenados sobre uma certa rede atômica, em três dimensões. Para
auxiliar na compreenção do tema, vizualize a imagem a seguir:

No contexto da imagem, a rede é defenida pela geometria do material e a base


é uma associação dos átomos que compoêm o mesmo. Repere que essa rede
forma um cubo, e dentro desse cubo maior existem mais oito menores que o
constituem. Esses oito cubos menores são nomeados de Células Unitárias, seu
propósito é representar a simetria da Estrutura cristalina. Na maioria dos casos
os elementos metálicos dispoem suas células unitárias no formato de um cubo,
todavia existem outros metais que apresentam diversas configurações, mais
precisamente 6 combinações diferentes posiveis, desses estilos de células: o
triclínico, monoclínico, ortorrômbico, tetragonal, trigonal hexagonal (para além do
já mencionado cúbico). No caso das estruturas cristlinas mais presentes nesse
tipo de material, observa-se: (CCC) cúbica de corpo centrado, (CFC) cúbica de
face centrada e (HC) hexagonal compacta. Veja como essas são visulamente
representadas:

Para especificar as principais características dessas três estruturas, é


necessário compreender o tipo de ligação química que integra qualquer metal.
Resumidamente os metais são elementos extremamente eletronegativos, ou
seja, os mesmos possuem uma enorme tendência atômica de atrair e perder
elétrons ao seu redor (as cargas envolvidas são as mais externas da camada de
valência), dessa maneira estando sempre propensos a formação de cátions.
Esses elétrons não são capazes de deixar o reticulado cristalino, mas sim de
caminhar de um cátion para outro, afim de se tornarem nêutrons (íons de carga
neutra) criando assim uma espécie de nuvem eletrônica em torno dos cátions.
Acompanhe a imagem a seguir:

Sendo assim as cruciais características em comum dentre as três estruturas


cristalinas (CCC, CFC e HC) notadas, na maioria dos componentes metálicos,
são: o seu simples modo de se organizar; graças a isso, são um dos materiais
mais dúcteis e um dos que possuem alto índice de plasticidade, que se dá por
meio do deslizamento desses planos e a ligação química típica dessas estruturas
não é direcional, portanto não há nenhuma restrição quanto ao número e
posições dos átomos vizinhos.
Todo material metálico possui uma vasta variedade de defeitos ou imperfeições.
No geral defeitos cristalográficos não afetam, do ponto de vista negativo, a
capacidade das propriedades mecânicas de um metal, mas sim as alteram.
Exemplo disso é que sem o desenvolvimento dos defeitos nos metais,
provavelmente não existiriam componentes eletrônicos no estado sólido.
Existem 4 tipos de defeitos: os pontuais; os lineares; os superficiais e os
tridimensionais. As principais diferenças entre eles são suas dimensões e a
forma como surgem. Os erros pontuais ou erros de dimensão nula, se encontram
em todo e qualquer metal. Esses podem ser formados durante o processo de
solidificação da matéria podendo ser: uma lacuna ou vacância e um interstício.
Já os defeitos lineares/unidimensionais resultam, na maioria dos casos, de
deformações plásticas, por esse motivo os mesmos causam distorções de rede
ao longo de uma linha especifica. Há 3 tipos possíveis, dessa imperfeição,
conhecidas como: discordância em cunha, em hélice e discordância
cunha/hélice. Deformações Superficiais ou Bidimensionais são perceptíveis em
diferentes regiões do elemento com variadas estruturas cristalinas e/ou variadas
orientações cristalográficas. Acha-se os seguintes modelos de defeitos
superficiais: superfícies externas, contornos de fase; contorno de grão,
contornos de macla e defeitos de empilhamento. Irregularidades tridimensionais
ou volumétricas, geralmente acontecem durante etapas de fabricação e
processamento dos materiais. As mesmas classificam-se como poros,
precipitados e inclusões.
O fenômeno químico temperatura afeta de diversas maneiras as dimensões e
características cristalinas de um material, pois ela promove reações sofridas pela
matéria que acabam por modificar a sua composição e arquitetura. Por exemplo,
o aumento da temperatura faz com que as moléculas de um elemento metálico
se afastem, consequentemente aumentando a área, alterando o seu estado
físico, a sua velocidade de reação, o próprio número de defeitos, etc. Os mesmos
fatores são notados após um processo de resfriamento, porem essas
propriedades se manifestam de maneiras divergentes. Quando um metal passa
por um tratamento térmico controlado e atinge temperaturas abaixo de 0 graus
Celsius, é possível perceber que sua temperatura começa a decair e que a
energia de movimento dos átomos também irá diminuir. Os Parâmetros
mecânicos de uma estrutura cristalina metálica como a dureza e a resistência da
mesma acabam por aumentar suas propriedades quando o material está sujeito
a temperaturas mais frias.
Os materiais cristalinos, especialmente os metais, apresentam propriedades
anisotrópicas, em outras palavras, as propriedades de um elemento (com
exceção da densidade e do calor especifico) depende de ponto, direção e plano
de medida. Então de acordo com sua aplicação e de qual o propósito de nosso
metal, se torna viável o conhecimento de pontos, direções e de planos
cristalográficos em especifico, afim de corresponder aos objetivos desejados, de
um projeto. Os índices de Miller determinam essas singularidades anisotrópicas,
onde utiliza-se como modelo base uma célula unitária Cúbica Simples com
coordenadas x, y, z sobre um vértice qualquer, conhecido como origem. Os
valores dessas 3 dimensões relacionam-se, baseado no conceito de direções
equivalentes, isto é, espaçamento entre átomos ao longo de cada direção são
iguais. Considere a seguinte imagem, levando em conta um espaçamento entre
átomos máximo igual a 1 e um espaçamento mínimo entre os átomos, do meu
metal, igual a 0:
O fenômeno da difração está inteiramente relacionado com as propriedades de
ondas e intimamente associado ao fenômeno da interferência, ou seja, está
relacionada à interação de uma onda com um obstáculo. Também é relevante
saber que ondas transportam energia de um ponto a outro do espaço. O
processo usual de difração cristalina, ocorre quando há a empregarão de uma
amostra policristalina, composta por inúmeras partículas finas e orientadas
aleatoriamente. Por conta de tais propriedades desse mesmo processo, conclui-
se uma dependência muito grande a um método não tão eficaz. Por volta de
1912, Max von Laue descobriu o fenômeno de difração por meio dos raios X.
Sucintamente, o efeito de difração de raios x, resulta de um processo de
absorção e emissão de luz ou raios x, por parte dos elétrons dos átomos de um
cristal sem alteração no seu comprimento de onda.
Referências Bibliográficas:
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Jornal a Matéria. Disponível em:
https://www.jornalamateria.ufscar.br/news/explicando-a-materia-defeitos-em-
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Unioeste, Desconhecido. Defeitos Cristalinos. Disponível em:
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Disponível em:
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