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Universidade Zambeze

Faculdade de Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais


Curso: Engenharia Ambiental

Cadeira: Ciência de Materiais

Tema: Cristalização dos metais, tratamento térmico e mecânica

Discente:

Fanuel Bento Bene

Docente:

Regina

Chimoio, Junho 2019


Índice
1. Introdução..................................................................................................................2

2. Objectivos..................................................................................................................3

2.1. Geral....................................................................................................................3

2.2. Específicos..........................................................................................................3

3. Metodologia de Trabalho...........................................................................................3

4. Cristalização dos Metais, tratamento térmica e mecânica.........................................4

4.1. Cristalização dos Metais.....................................................................................4

4.2. Contração de volume..........................................................................................5

5. Tratamento térmico e Mecânica.................................................................................6

5.1. Processos comuns de tratamento térmico...........................................................7

6. Conclusão...................................................................................................................9

7. Referências Bibliográficas.......................................................................................10
1. Introdução
O pressente trabalho ira abordar assuntos relacionados com a cristalização dos metais,
tratamento térmico e mecânica, visto que essa particularidade dos metais, durante sua
solidificação, já foi estudada, sob o ponto de vista geral. Consiste, como se viu, no
aparecimento das primeiras células cristalinas unitárias, que servem como "núcleos"
para o posterior desenvolvimento ou crescimento dos cristais, dando, finalmente,
origem aos grãos definitivos e à "estrutura granular" típica dos metais.

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2. Objectivos

2.1. Geral
 Falar em torno da cristalização dos metais, tratamento térmica e mecânica.

2.2. Específicos:
 Analisar como que é feita a cristalização dos metais;
 Analisar o tratamento térmico e mecânica;
 Verificar os processos comuns do processo de tratamento térmico.

3. Metodologia de Trabalho
Neste trabalho foi utilizada a metodologia de carácter qualitativo com procedimentos de
Pesquisa bibliográfico, esta é desenvolvida com base em material ou manuais já
elaborado, tas como livros, artigos científicos, e outros tirados da internet (GIL, 2002)

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4. Cristalização dos Metais, tratamento térmico e mecânica

4.1. Cristalização dos Metais


Consiste no aparecimento das primeiras células cristalinas unitárias, que servem como
núcleos, para o posterior desenvolvimento ou crescimento dos cristais, dando,
finalmente, origem aos grãos definitivos e à estrutura granular típica dos metais.
Esse crescimento dos cristais não se dá, na realidade, de maneira uniforme, ou seja, a
velocidade de crescimento não é a mesma em todas as direções, variando de acordo com
os diferentes eixos cristalográficos; no interior de um molde, o crescimento é limitado
pelas paredes deste. (CHIAVENINI, 1990)
Esse crescimento dos cristais não se dá, na realidade, de maneira uniforme, ou seja, a
velocidade de crescimento não é a mesma em todas as direções, variando de acordo com
os diferentes eixos cristalográficos; além disso, no interior dos moldes, o crescimento é
limitado pelas paredes destes.
Como resultado, os núcleos metálicos e os grãos cristalinos originados adquirem os
aspectos representados na Figura abaixo.

A Figura 1(a) mostra o desenvolvimento e a expansão de cada núcleo de cristalização,


originando uru tipo de cristal que poderia ser assimilado a uma árvore com seus ramos;
a esse tipo de cristal dá-se o nome de dendrita.
As dendritas formam-se em quantidades cada vez maiores até se encontrarem; o seu
crescimento é, então, impedido pelo encontro das dendritas vizinhas, originando-se os
grãos e os contornos de grãos, que delimitam cada grão cristalino, formando a massa
sólida.

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A Figura 1(b) mostra o caso particular da solidificação de um metal no interior de um
molde metálico, de forma prismática, chamado lingote, o qual vai originar uma peça
fundida chamada lingote.
A figura 1(c) mostra o efeito dos cantos na cristalização.
Nesse caso, a solidificação tem inicio nas paredes comas quais o metal líquido entra
imediatamente em contato; os cristais formados e em crescimento sofrem a interferência
das paredes do molde e dos cristais vizinhos, de modo que eles tendem a crescer mais
rapidamente na direção perpendicular às paredes do molde. Origina-se, então, uma
estrutura colunar típica, até uma determinada profundidade, como a Figura 1(b) mostra,
e que pode, nos cantos, produzir efeitos indesejáveis - Figura 1(c) - devido a grupos
colunares de cristais, crescendo de paredes contíguas, se encontrarem segundo planos
diagonais. (CHIAVENINI, 1990)
Os efeitos indesejáveis resultam do fato de essas diagonais constituírem planos de maior
fragilidade de modo que, durante a operação de conformação mecânica a que essas
peças são submetidas posteriormente - como laminação - podem surgir fissuras que
inutilizam o material. Esse inconveniente é evitado arredondando-se os cantos.

4.2. Contração de volume


Os metais, ao solidificarem, sofrem uma contração. Na realidade, do estado líquido ao
sólido, três contrações são verificadas:
Contração líquida - correspondente ao abaixamento da temperatura até o início da
solidificação;
Contração de solidificação - correspondente à variação de volume que ocorre durante a
mudança do estado líquido para o sólido;
 Contração sólida - correspondente à variação de volume que ocorre já no estado
sólido, desde a temperatura de fim de solidificação até a temperatura ambiente.

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A contração é expressa em percentagem de volume. No caso da contração sólida,
entretanto, a mesma é expressa linearmente, pois desse modo é mais fácil projetar-se os
modelos. No caso dos aços fundidos, por exemplo, a contração linear, devida à variação
de volume no estado sólido, varia de 2,18 a 2,47%, o valor menor correspondendo ao
aço de mais alto carbono (0,90%).
No caso dos ferros fundidos - uma das mais importantes ligas para fundição de peças - a
contração sólida linear varia de 1 a 1,5%, o valor de 1 % correspondendo a ferro
fundido cinzento comum e o valor 1,5% (mais precisamente de 1,3 a 1,5%) ao ferro
nodular.
Para os outros metais e ligas, a contração linear é muito variada, podendo atingir valores
de 8 a 9% para níquel e ligas cobre-níquel.

5. Tratamento térmico e Mecânica


Tratamento térmico é um termo usado para descrever todo o aquecimento controlado e
as operações de arrefecimento realizadas em um material no estado sólido com a
finalidade de alterar sua microestrutura e / ou propriedades. Também é usado em
cerâmicas e composições para modificar suas propriedades. (CHIAVENINI, 1990)
Os principais objetivos dos diferentes tipos de tratamentos térmicos são:
 Amolecer o material para melhor aplicabilidade.
 Aumentar a força ou a dureza do material.
 Aumentar a resistência ou resistência à fratura do material.
 Estabilizar propriedades mecânicas ou físicas contra as mudanças que possam
ocorrer durante a exposição à ambientes de serviços.
 Assegurar parte da estabilidade dimensional.
 Aliviar indesejáveis tensões residuais durante parte da fabricação.
Metais diferentes respondem ao tratamento em diferentes temperaturas. Cada metal tem
uma composição química específica, portanto, alterações nas propriedades físicas e
estruturais ocorrem em diferentes temperaturas críticas. Mesmo pequenas percentagens
de elementos na composição do metal, como carbono, determinam a temperatura,
tempo, método e taxa de resfriamento que devem ser usados no processo do tratamento
térmico. Dependendo do tratamento térmico utilizado, a estrutura atômica e / ou
microestrutura de um material pode mudar devido ao movimento de deslocações, um
aumento ou uma diminuição na solubilidade de átomos, um aumento no tamanho do
grão, a formação de novos grãos na mesma ou em diferentes fases, uma mudança na
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estrutura de cristalização, e outros mecanismos. Existem muitas maneiras dos metais
serem submetidos ao tratamento térmico, ficando difícil discutir todas elas.

Endurecimento por precipitação:

Ao projetar ligas para se tornarem resistentes, uma abordagem frequentemente tomada é


o desenvolvimento de uma liga com uma estrutura que consiste de partículas (que
impedem o movimento de deslocamento) dispersas em uma matriz dúctil. Como uma
dispersão pode ser obtida escolhendo uma liga que é uma fase única em temperatura
elevada, mas no resfriamento irá precipitar outra fase na matriz. Um processo térmico é
então desenvolvido para produzir a distribuição desejada de precipitação na
matriz. Quando a liga é reforçada por este tratamento térmico, é chamado de
fortalecimento de precipitação ou endurecimento.

O endurecimento por precipitação consiste em três etapas principais: tratamento de


solução, têmpera e envelhecimento. Tratamento de solução envolve o aquecimento da
liga a uma temperatura que permite que os átomos da liga (chamada de soluto) se
dissolvam na solução. Isso resulta em uma solução sólida homogênea de uma fase. A
têmpera rápida esfria a solução e congela os átomos na solução. Em termos mais
técnicos, a têmpera do material esfria tão rápido que os átomos dos elementos de liga
não têm tempo para difundir fora da solução. No estado de têmpera, o soluto é
supersaturado o que significa que a estrutura está estressada demais pelos átomos da
liga. Envelhecimento é o processo onde as partículas de soluto difundem para fora da
solução e em grupos que distorcem e fortalecem o material. (CHIAVENINI, 1990)

5.1. Processos comuns de tratamento térmico:


Alguns dos processos mais comuns usados no tratamento térmico são apresentados
abaixo. Deve-se notar que nem todos os processos são aplicáveis a todas as ligas.

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Endurecimento por tempo é um processo de tratamento térmico de baixa temperatura
que fortalece o material, causando a precipitação dos componentes ou as fases de uma
liga de uma solução sólida super saturada.

Recozimento é um processo de amolecimento em que os metais são aquecidos e, em


seguida, são arrefecidos lentamente. O propósito de recozimento é suavizar o material
para melhorar a usinabilidade, conformabilidade, e às vezes para controlar propriedades
magnéticas.

Normalização é muito parecido com o recozimento, mas o processo de resfriamento é


muito mais rápido. Isso resulta em aumento da força, mas menos ductilidade do
metal. Seu objetivo é aperfeiçoar a estrutura de grãos, produzir propriedades mecânicas
mais uniformes, e às vezes para aliviar as tensões internas e de superfície.

Tratamento térmico por precipitação é o processo onde o tratamento é feito de três


etapas, solução de tratamento, têmpera e endurecimento para aumentar a força ou a
dureza de uma liga.

Tratamento térmico de solução envolve o aquecimento do material a uma temperatura


que coloca todos os elementos em solução sólida e depois passa por um resfriamento
muito rápido para congelar os átomos no lugar.

Alivio de tensão é um processo de baixa temperatura de tratamento térmico que é usado


para reduzir o nível de tensões residuais em um material.

Têmpera envolve o aquecimento suave de um metal duro e permiti que ele resfrie
lentamente produzindo um metal de estrutura endurecida, menos frágil. Este processo é
conhecido como têmpera.

Extinção é o resfriamento rápido de um material quente. O meio utilizado para resfriar


o material pode variar de ar forçado, água, óleo e outros. Muitos aços são endurecidos
por aquecimento e resfriamento. Resultando em um metal que é muito duro, mas
também frágil. (CHIAVENINI, 1990)

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6. Conclusão
Findo o trabalho conclui- se que os tratamentos térmicos são um conjunto de operações
que têm por objetivo modificar as propriedades dos aços e de outros materiais através de
um conjunto de operações que incluem o aquecimento e o resfriamento em condições
controladas. Desta maneira conseguimos obter uma variada gama de propriedades que
permitem que tenhamos materiais mais adequados para cada aplicação, sem que com
isto os custos sejam muito aumentados. Como o aço é o material mais comumente
utilizado em engenharia todo o enfoque dado aqui residirá sobre este tipo de material,
embora os tratamentos térmicos aqui descritos possam ser aplicados a outros tipos.

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7. Referências Bibliográficas
 CHIAVENINI, V. (1990). Acos e ferros fundidos- Caracteristicas gerais e
tratamentos termicos (6ª ed.). ABMM.

 GIL, A. C. (2002). como elaborar projectos de pesquisa (2ª ed.). Sao Paulo: Atlas .

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