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7 PASSOS INFALÍVEIS PARA A VAGABUNDICE

Lendo o livro “A cabeça do brasileiro” de Alberto Almeida percebi uma


comprovação científica para a indisposição do brasileiro para fazer o que
é certo (em muitos aspectos – como o jeitinho brasileiro). Depois que li
algumas pesquisas interessantes, comecei a pensar em meus alunos e como
eles vivem, da casa para sala de aula e da sala de aula para casa.

Resolvi fazer uma pesquisa (no final de março deste ano) com meus alunos.
Várias das perguntas tinham que ver com a utilização do tempo, a pré-
disposição para estudar, entre outros assuntos. Não vou colocar todos os
resultados, mas apenas destacar alguns deles que nos ajudarão a desvendar
estes 7 passos para a vagabundice. Creio que alguns alunos são exemplos
ideais para este assunto, pois como estou na frente de batalha (sala de
aula) posso afirmar que a grande maioria cumpre pelo menos alguns destes
passos (se não todos).

Vamo ao que interessa:

PASSO 1 – Pense sempre em você e apenas no seu bem estar.

Se o vagabundo tivesse um verso ou uma frase de impacto para sua vida,


seria esta. Esta é a regra primordial: deseja ser vagabundo? Comece
pensando em você, viva pensando em você e morra fazendo apenas por você.
Se descumprir esta regra, poderá acabar perdendo o foco da vagabundice e
ficará tentado a adotar uma filosofia de vida mais empática…cuidado!

Vários alunos estão passando por esta fase. Creio que estão aprendendo a
viver. O triste é ver homens e mulheres formados colocando esta filosofia
de vida em prática.

PASSO 2 – Utilize-se de qualquer artifício para conseguir seu objetivo,


independente da integridade moral.

7 passos infalíveis para a vagabundiceQuando você pensa apenas em si


mesmo, começa a ter desejos. Portanto é hora de conquistá-los. Corra
atrás deles, passe por cima de quem precisar. É nesta fase que entra
bastante o “jeitinho brasileiro”. Os alunos também se utilizam desta
artimanha. Para você descobrir como está seu nível neste passo comece a
relembrar o tanto de desculpas que você dá para outros. O brasileiro é o
“rei” das desculpas – nunca assume seu erro – e se o faz, sempre tem que
lembrar da “caca” que o outro fez, culpando-o.

Você dá muitas desculpas e não tenta corrigir seus erros? Fica falando
dos erros dos outros e não tenta atingir a eficácia em você mesmo?
Parabens…você está se tornando um vagabundo!

PASSO 3 – Se torne um expert em escapismo.

7 passos infalíveis para a vagabundiceO vagabundo que é vagabundo sabe


muito bem a hora de cair fora. Se você deseja ter uma vida de paz, tenha
um bom plano para conseguir escapar na hora certo: pode ser um atestado
médico para emprego; uma desculpa esfarrapada para descumprir um
compromisso ou até mesmo mentir para não realizar a tarefa.
O ser humano parece que nasce com esta característica já de fábrica. Veja
os nenês: eles dão aquele show para se desvencilhar de alguma atividade
imposta a força por outros. Os alunos demonstram uma habilidade
extraordinária em arranjar desculpas. Você pode passar 120 anos dando
aula que sempre verá um aluno dando uma “nova” desculpa.

Se você quiser uma dica para este passo, aí vai: tenha em mãos sempre
alguém para culpar ou colocar como responsável. Você pode até “elevar” a
moral do cara para conseguir com que ele faça o favor, conquanto que você
escape, está tudo certo.

PASSO 4 – Aprenda a organizar seu tempo!

Você deve estar pensando:

– Mas como? Por que um vagabundo teria que saber organizar o tempo? Que
maluquice é essa?

Bom, primeiramente vamos definir a palavra ‘organização’ para um


vagabundo: “Organizar é o fator que altera o produto para acarretar mais
tempo na soma entre 0 trabalho + vida pessoal”. Portanto, o verdadeiro
vagal precisa meditar, se organizar para conseguir um verdadeiro
desperdício de tempo. O trabalho pode atrapalhar e os compromissos da
vida pessoal também. Por estes fatores é que a vagabundice se torna
praticamente uma arte.

Se você quer ser um artista neste sentido, invista tempo para se


orgnanizar – priorize o nada, aí sim será um ‘vencedor’.

O interessante é que muitos possuem esse talento nato, são ‘artistas’ por
natureza. Veja em sua volta e não vai precisar procurar muito para
encontrar pessoas que priorizam o nada, que pensam na organização do
tempo para a improdutividade (muitas vezes isso pode acontecer de forma
inconsciente - como acredito que acontece com muitos alunos).

PASSO 5 – Tenha atitude

Outro ponto interessante de se notar para conquista a eficácia na


vagabundice é a atitude. Vou dar um exemplo: Quando nós, professores,
chegamos na sala de aula, qual é o aluno que quer ter aula? Com certeza
poucos. Mas coloque uma bola de futebol, televisão, Big Brother, video
game e outras coisas interessantes mais na frente deles. Eles vão tirar
fôlego e ânimo do nada – vai aparecer uma chama que queima por dentro,
seus olhinhos vão brilhar e tudo vai parecer uma beleza. (diga-se de
passagem que eu amo dar aulas, apenas gosto de refletir sobre
comportamento).

Aprender a não controlar estes sentimentos (isso mesmo, aprender a não


controlar) é fundamental, pois assim você poderá deixar seus desejos de
libertinagem livre, leves e soltos para voarem como galinhas soltas de um
avião.

PASSO 6 – Mantenha o ciclo

É de extrema importância o vagabundo não perder o foco (já que o foco


está perdido mesmo, isso se torna fácil – mas é sempre bom avisar). Se
esse for seu desejo real, revise os 5 passos anteriores e sempre esteja
atento a todos os detalhes destas dicas. Pelo menos uma vez por semana
volte e reveja como você está indo.

PASSO 7 – Desfrute da vagabundice

Nada melhor do que depois de conquistar um sonho, desfrutá-lo. Mas corra,


porque se você seguir todos estes passos corretamente, com certeza sua
vida será curta, com poucos amigos, saúde precária, muitos inimigos…mas
pense pelo lado ‘positivo’: você é um vagabundo.

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