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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.

CAPÍTULO 1. Restrição orçamentária..

CAPITULO 1
RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA 2. Uma das reclamações mais freqüentes na Organização Mundial do Comércio, é
a adoção, por parte de alguns países, de políticas de subsídio à agricultura. No
1. Reconhecendo a situação de pobreza de parte de sua população, um país da entanto, essa política, além de propiciar frutos no comércio internacional,
América do Sul decide adotar políticas sociais. Vê-se, então, frente a duas modifica as possibilidades de consumo da população. Trace a restrição
possibilidades. Por um lado, pode reduzir os preços dos alimentos; por outro, orçamentária de um consumidor hipotético para uma situação com e outra sem
pode aplicar um programa de renda mínima. Desenhe a restrição orçamentária subsídios à agricultura, considerando a existência de bens de apenas dois tipos.
de um pobre nessa economia, comparando a sua situação inicial e final em cada
uma das duas políticas. Solução

Solução Subsídios à agricultura.

Opção 1: Redução preço dos alimentos (P*a<Pa) outros

outros RO sem subsídio à agricultura

RO com subsídio

-Pa/Po -Pa’/Po

Produtos agrícolas
m/Pa m/P*a Alimentos Pa’=Pa(1-s)

Opção 2: Incremento na renda. (m*>m)

outros
m*/Po 3. Visando atrair possíveis clientes, um supermercado decide vender fraldas
Johnsonn’s que normalmente custam R$ 6,00, por apenas R$ 4,00 por pacote.
m/Po Limita, no entanto, a compra de dois pacotes por cliente. Suponha que duas
famílias de mesmo orçamento, m = R$ 50,00, decidam comprar nesse
supermercado. A família A se faz representar apenas por seu chefe, Dona
Clementina, enquanto a família B decide fazer as compras representada pelo pai
e pela mãe. Apresente graficamente a restrição orçamentária dessas duas
famílias, sabendo que a família B pode comprar o dobro de fraldas da família A,
passando uma pessoa de cada vez no caixa (pense a existência de fraldas e
m/Pa m*/Pa
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CAPÍTULO 1. Restrição orçamentária..

cestas com composição de todos os outros bens). Esses conjuntos orçamentários x2= m/p2 – (1/3)x1
são convexos?
Estatística (x2)
Solução

Família A Família B 50
Outros Outros
40
10
30
30

30 60 150 micro (x1)

2 4 Os interceptos:
Fraldas Fraldas
a) Se só estuda Micro não dedica tempo a estatística. Temos que buscar o intercepto
Inclinação inicial: 4/Po (comprando até 2 pacotes) da reta com o eixo horizontal (x1) que é m/p1
Inclinação final: 6/Po (comprando + de 2 pacotes)
x1 = m/p1 – (3) x2; onde m/p1 = x1 + (3)x2
4. Marta é uma estudante do curso de Economia da UFRJ que está se preparando substituindo m/p1 = 30 + (3) 40 = 150
para as provas de Estatística e Microeconomia. Ela dispõe de tempo para ler 40
páginas do livro de Estatística e 30 páginas do livro de Micro. Com o mesmo b) Se só estuda Estatística não dedica tempo a Micro. Temos que buscar o intercepto
tempo, ela consegue ler 30 páginas de Estatística e 60 páginas de Micro. da reta com o eixo vertical (x2) que é m/p2.
x2 = m/p2 – 1/3 x1; onde m/p2 = x2 + 1/3 x1
a) Qual o número de páginas do livro de Microeconomia que Marta substituindo m/p2 = 40 + 1/3(30) = 50
poderia ler se ela decidisse usar todo o seu tempo para estudar Micro? (dica:
você dispõe de dois pontos da reta orçamentária de Marta, e assim é possível
determinar a equação da reta). 5. Se um estudante gastar toda a sua bolsa de estudos ele pode comprar 8 livros e 8
caixas de doces; ou ainda 10 livros e 4 caixas de doces por semana. O preço do
b) b) Quantas páginas ela conseguiria ler se dedicasse todo o seu livro é $0,5. Trace a restrição orçamentária do estudante. Qual o valor semanal
tempo para estudar Estatística? da bolsa de estudos.

Solução

Primeiro, calcula-se a equação da reta orçamentária;


 p1 x2  10 1
x2= m/p2 – (p1/p2) x1     
 p2 x1 30 3
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Solução Solução

Doces (x2) P1/p2 = 60/30=2; m/p2=60 e m/p1=30


a) X2= m/p2 – (p1/p2).X1 X2= 60 – 2.X1
b) m/p2=60; p2= m/60= 300/60=5

8
4 7. (Varian). A princípio, o consumidor defronta-se com a reta orçamentária p1x1 +
4 p2x2 = m. Depois, o preço do bem 1 dobra, o do bem 2 passa a ser 8 vezes
2 maior e a renda quadruplica. Escreva uma equação para a nova renda
orçamentária com relação aos preços e à renda originais.
8 10 livros (x1)
Solução
p1= 0,5 p2= 0,5/2 = 0,25
p1/p2 = 4/2= 2 2 p1 x1  8 p 2 x 2  4m
x2= m/p2 – (p1/p2).x1
8. (Varian). O que ocorre com a renda orçamentária se o preço do bem 2 aumentar
mas a renda e o preço do bem 1 permanecerem constantes?
4=m/ 0,25 – (0,5/0,25).10 m= 6.
Solução
6. (ANPEC 1993) A figura seguinte apresenta a linha de orçamento (AB) de um
consumidor que possui uma renda de $ 300. O intercepto vertical (eixo de x2) diminuirá, e o intercepto horizontal (eixo de x1)
permanecerá constante. A reta orçamentária tornar-se-á, pois mais plana.
Bem 2
60 9. (Varian). Se o preço do bem 1 duplicar e a do bem 2 triplicar, como ficará a reta
orçamentária: mais ou menos inclinada?

Solução
AB
Menos inclinada.

10. (Varian). Qual a definição de um bem numerário?


30 Bem 1
Solução
a) Qual a expressão algébrica da restrição orçamentária (AB)?
Aquele cujo preço ou valor monetário é 1. Exemplo: o dinheiro.
b) Qual o preço nominal do bem 2?
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11. (Varian). Imaginemos que o governo baixe um imposto de 0,15 $ sobre o galão De acordo com o visto na questão 1, os programas de rendas mínimas ampliam mais
de gasolina e depois resolva criar um subsídio para a gasolina a uma taxa de o conjunto orçamentário.
0.07 $por galão. Essa combinação equivale a que taxa líquida? 17. Comente as seguintes afirmações;

(i) O conjunto de possibilidades de consumo consiste em todas as cestas que o


consumidor deseja adquirir, aos preços de mercado e dada a sua renda.
Solução
Cestas Alimento(A) Vestuário(V) Despesa(D)
Consulte as soluções no varian
C1 0 40 R$80
12. (Varian). Suponhamos que a equação orçamentária seja dada por p1x1 + p2x2 =
m. O governo decide impor um imposto de montante fixo de u, um imposto t C2 20 30 R$80
sobre a quantidade do bem 1 e um subsídio s sobre a quantidade para o bem 2.
Qual será a fórmula da nova restrição orçamentária? C3 40 20 R$80

Solução C4 60 10 R$80

Consulte nas soluções do Varian C5 80 0 R$80

13. (Varian). Se, ao mesmo tempo, a renda de um consumidor aumentar e um dos


preços diminuir, estará ele necessariamente tão próspero quanto antes?
(ii) A linha orçamentária obtida com base nas informações da tabela acima apresenta
Solução o orçamento associado a uma renda de R$80,00 , um preço de alimentação de
R$1,00 por unidade e um preço de vestuário de R$2,00 por unidade. A inclinação da
Sim. Os dois movimentos levam a aumentar o conjunto orçamentário, pelo qual ele linha orçamentária é, portanto, -1/2.
será mais próspero.
(iii) Aumentos no preço do vestuário (tudo mais constante) fazem com que a linha
14. O governo de um município decide destinar uma quantidade Q de recursos para orçamentária fique mais inclinada. A medida que aumentamos o preço dos alimentos
a população com rendimentos inferiores a dois salários mínimos, composta de (tudo mais constante), que a linha orçamentária ficará menos inclinada.
1000 famílias com características muito parecidas – em média quatro pessoas,
com desvio padrão bastante baixo. Essas famílias consomem basicamente dois (iv) Mudanças na renda do consumidor (mantidos os preços dos bens constantes)
produtos: alimentos e habitação. A prefeitura pode destinar os recursos por deslocam a linha orçamentária paralelamente. Contudo, o conjunto dos bens que são
intermédio de um programa de renda mínima ou um programa de cesta básica factíveis para o consumidor não se altera.
de alimentos com preços subsidiados. Em que situação a população carente
seria mais beneficiada? Solução
Solução
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CAPÍTULO 1. Restrição orçamentária..

(i) O conjunto de possibilidades de consumo consiste em todas as cestas que o


consumidor PODE adquirir, não o que deseja. Cestas desejadas podem não estar
dentro do conjunto de possibilidades de consumo.

(ii) Correta. Por hipótese, o que o consumidor gasta é o total da sua renda porque
não há poupança. Logo m = 80= Despesa (D).
Por outro lado, sobre os preços se tem que:
C1; 0*1 + 40*2 = 80
C2; 20*1 + 30*2 =80
C3; 40*1 +20*2 = 80
C4; 60*1 + 10*2 = 80
C5; 80*1 + 0*2 = 80

Logo para os preços dados a inclinação é –1/2.

(iii) A primeira frase é verdadeira se o vestiário estiver no eixo horizontal, mas a


segunda é falsa sob a mesma consideração.

(iv) A primeira frase é verdadeira, mas a segunda é falsa dado que as possibilidades
de consumo se alteram para qualquer alteração da restrição orçamentária.
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CAPÍTULO 2. Preferências.

CAPITULO 2 mundo por parte de empresas transnacionais. Isso coloca uma questão bastante
PREFERÊNCIAS interessante para os países em desenvolvimento que apresentam uma relação de
troca entre os benefícios do investimento em termos de produto e emprego e os
1. Prove que um conjunto de preferências monótono implica curvas de malefícios da poluição. Desenhe curvas de indiferença que expressem essa
indiferença negativamente inclinadas. relação de troca.

Solução Solução

 Invest.
(y1y2)
(x1x2)
poluição
(z1z2)
Os paises em desenvolvimento estão dispostos a aceitar aumento de poluição se esse
ocasionar aumento dos investimentos. Do contrário o bem estar das economias
Monotonicidade: (x1x2) (y1y2) com y1x1 e y2x2 ; então (y1y2) (x1x2) pioraria.
(x1x2) (z1z2) com z1x1 ou z2x2; então (x1x2) (z1z2)

5. Em alguns processos de produção da siderurgia, uma empresa deve


2. Por que curvas de indiferença não podem se cruzar? misturar em quantidades fixas carvão e ferro, com o objetivo de obter aço, numa
razão de 1 para 4. Expresse as preferências dessa empresa com referência ao
Solução carvão e ao ferro.

Porque se elas se cruzam, estaria-se contradizendo o axioma da transitividade a Solução


cerca do comportamento racional do consumidor.
Ferro

3. Curvas de indiferença de um indivíduo saciado violam que axioma(s)


colocado(s) com referência ao consumidor bem comportado? 8

Solução
4
O da monotonicidade; mais é melhor. Carvão
1 2

4. Um dos temas mais colocados pela literatura de meio ambiente é a São complementares na proporção de 1 para 4, ou seja, a cada 1 unidade de carvão e
existência de investimentos diretos de plantas poluentes em países do terceiro 4 de ferro, será produzida uma unidade de aço.
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CAPÍTULO 2. Preferências.

6. Prove graficamente que uma taxa marginal de substituição positiva viola o a)


axioma da monotonicidade. (0,24)
(0,20) (1,16)
Solução

(x1x2) (x1+x1,x2+x2) (5,0)(6,0)

x1 c)
m = 9. p1 + 8 p2
m = 4.p1 + 12 p2 -
x2 -----------------------------
0 = 5 p1 – 4p2; 5 p1 = 4p2; p1 /p2 = 4/5
Se x2/x10 então x20 e x10 o que significa que quanto mais é indiferente e não
“quanto mais melhor” como formula a hipótese da monotonicidade. Assim, não pode
acontecer que dadas as cestas (x 1x2) e (x1+x1,x2+x2), então (x1+x1,x2+x2) > (x1x2) d) Sim. Porque qualquer segmento traçado entre duas cestas dentro da mesma curva
mas (x1+x1,x2+x2)~ (x1x2). de indiferença, são pontos tão bons quanto as cestas da curva de indiferença. As
preferências são convexas, embora não estritamente convexas.

7. Luciano consome apenas café e caramelo. A sua cesta de consumo referente


ao consumo de x unidades de xícaras de café e y unidades de caramelo por 8. Marina gosta de gastar parte do seu tempo estudando e a outra parte na
semana é representada pelo par (x,y). O conjunto de cestas de consumo (x,y) academia de ginástica. Na verdade, as curvas de indiferença traçadas entre
para o qual Luciano é indiferente entre (x,y) e (1,16) é o conjunto de cestas tal “horas por semana gastas com estudo” e “horas por semana gastas com
que y = 20 - 4 x. O conjunto de cestas (x,y) para o qual ele é indiferente em ginástica” são circunferências concêntricas em torno da sua combinação
relação a (6,0) é tal que y = 24 - 4 x. favorita: 20 horas de estudo e 15 horas de ginástica por semana. Quanto mais
próxima ela está da sua combinação favorita, mais satisfeita ela está; isto é as
a) Trace as curvas de indiferença que passam pelos pontos (1,16) e (6,0). suas preferências obedecem à relação de saciedade. Suponha que Marina esteja
b) Qual a inclinação da curva de indiferença que passa pelos pontos (9,8) e atualmente estudando 25 horas por semana e fazendo ginástica 3 horas por
(4,12)1? semana. Será que ela preferiria estar estudando 30 horas por semana e fazendo
c) As preferências de Luciano são convexas? Por que? ginástica 8 horas por semana? (dica: Lembre-se da fórmula para o cálculo da
distância entre dois pontos).
Solução
Solução
(x,y) = (café,caramelo)
y = 20 - 4x conjunto de cestas indiferentes a (1,16) Distância entre (25,3) e (20,15): h2=(15-3)2+(25-20)2=144+25=169 h= 169 =13
y = 24 - 4x conjunto de cestas indiferentes a (6,0)
1
Lembre-se dos recursos de Cálculo para determinar a inclinação de uma curva.
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CAPÍTULO 2. Preferências.

Distância entre (30,8) e (20,15): H2=(15-8)2+(30-20)2=49+100=149 h= 149 . descartar a nota mais baixa faz com que quanto maiores o valores da nota tirada
Esta é uma distância menor ,logo 30hs/semana de estudo e 8hs/semana de ginástica a numa prova, melhor a Joice estará.
deixarão mais satisfeita.
Nota do 2° teste
Horas de
Ginástica (20,70)
70
saciedade
(20,15) 60
15
(30,8) 50 (60,50)
8
(25,3) 20
3

20 25 20 50 60 70 Nota 1°teste
Horas de Estudo
b) Descartando a maior nota a melhor combinação é (60,50). Neste caso as
preferências são convexas. Combinações que se correspondem com valores médios
9. A nota final do curso de Microeconomia é calculada com base na maior deixariam a Joice mais satisfeita. Tirar 60,50 na primeira e segunda prova
das notas dos dois testes realizados durante o semestre. Joyce é uma aluna respetivamente, deixaria ela com uma nota de 50. Tirando 70,20 ela ficaria com nota
deste curso, e deseja maximizar a sua nota final. Considere x 1 como sendo a final de 20.
nota no primeiro teste e x2 a nota do segundo teste.

a) Qual das duas seguintes combinações é a melhor para Joyce: x 1 = 20 e x2 = 70;


ou x1 = 60 e x2 = 50? Trace as curvas de indiferença relativas a estas
combinações. Joyce possui preferências convexas?
b) Joyce também é aluna do curso de Econometria. O professor desta matéria
também aplica dois testes. Porém, ao invés de descartar a menor nota, ele
descarta a maior delas. Considere x1 como sendo a nota no primeiro teste e x 2 a
nota do segundo teste. Qual das seguintes combinações Joyce irá preferir: x 1=20 10. Mauro, um estudante de Economia, gosta de almoçar às 12:00hs. Todavia,
e x2=70; ou x1= 60 e x2 = 50? Joyce possui preferências convexas? ele gosta também de economizar dinheiro, para poder consumir outros bens, e
para isso ele procura aproveitar as promoções que a lanchonete realiza
Solução diariamente. Mauro possui R$15 por dia para gastar com a refeição e outros
bens. O almoço às 12:00hs custa R$ 5. Se ele atrasa seu almoço t horas depois
a) x1=20; x2=70 é a combinação preferida, dado que sua nota final será 70. de 12:00hs, ele paga R$5 - t. Da mesma forma, se ele almoça t horas antes das
12:00hs, ele paga R$ 5 - t.
Curvas de diferença no gráfico abaixo. As preferências de Joice não são convexas. a) Se Mauro almoça ao meio dia, quanto ele terá para gastar em outros bens? E se
Isto significa que as notas extremas são preferíveis a tirar notas médias, ou seja, ele almoça às 14:00 hs.?
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CAPÍTULO 2. Preferências.

b) Trace a curva que demonstra as combinações entre horas e dinheiro disponível construir curvas de indiferença. Com base nestas suposições, marque V ou
para o gasto em outros bens? F, justificando suas opções:
a) Duas cestas em que uma tenha mais de cada mercadoria do que a outra
Solução podem ser representadas pela mesma curva de indiferença.
b) Uma cesta qualquer de uma das curvas de indiferença será preferível não só
Outros bens a outra que tenha quantidades menores de cada mercadoria, mas também a cada
(5,10) cesta que seja indiferente à cesta de menores quantidades.
c) O cruzamento de duas curvas de indiferença é consistente com as
suposições (1) e (2) acima.
d) Com a suposição adicional de concavidade, a curva de indiferença, pela sua
inclinação, mostra a queda do valor atribuído a uma mercadoria quando
aumenta o seu consumo pelo indivíduo.
5 Almoço
Solução
a) Almoçando ao meio-dia x2=15-5=10
Almoçando às 14:00h x2=15-(5-t)=10+t=12 a) Falso. A cesta com maior mercadoria deverá melhorar (ser melhor) o nível de
b) satisfação do consumidor considerando que não atingiu o estado de saciedade.
12 b) Verdadeiro.
11 c)Falso.Viola o axioma sobre transitividade.
10 d) A curva de indiferença côncava também tem inclinação negativa. Como valos não
está associado com preço no estudo das preferências, o valor atribuído a um bem é
medido pela quantidade de bens aos quais se está disposto a renunciar para aumentar
o consumo de outro. Neste sentido, concavidade envolve relação negativa.

10 11 12 13 14
13. (ANPEC) Marque V ou F, justificando suas opções. Com relação à teoria
do consumidor, pode-se afirmar que:
11. Larry considera margarina e manteiga como sendo substitutos perfeitos. a) A hipótese de taxa marginal de substituição decrescente corresponde à hipótese
Será que tais curvas de indiferença seriam convexas? Por que? de que as curvas de indiferença são estritamente convexas em relação à origem.
b) A hipótese de taxa marginal de substituição decrescente significa admitir que o
Solução consumidor prefere diversificação à especialização no consumo de bens.

As preferências entre bens substitutos perfeitos são convexas, embora não Solução
estritamente convexas.
12. (ANPEC) A teoria ordinal do consumidor baseia-se nas suposições
principais de que: (i) o consumidor sempre prefere mais do que menos de
uma mercadoria; e, (ii) as ordenações das cestas de bens são transitivas.
Com a suposição adicional de indiferença entre certas cestas, é possível
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CAPÍTULO 2. Preferências.

a) Taxa marginal de substituição negativa significa primeira derivada menor que

dx2
zero (negativa) e segunda derivada positiva. Ou seja; 0 Inclinação negativa e
dx1 Neutros Formato convexo com
solução de canto
Males

d 2 x2
2
0 Taxa decrescente. Se a TMS é decrescente, então as preferências são
d x1 b) y Falso. Isto significa que o
estrictamente convexas (convexas curvadas). consumidor é neutro em
relação ao consumo de x.
b) A hipóteses de convexidade envolve que cestas com valores médios se
x
correspondem com níveis de satisfação maiores. A afirmativa é verdadeira.
c)x2 Verdadeiro.
x1
14. (ANPEC) Marque V ou F, justificando suas opções. Sobre a Teoria do
Consumidor é correto afirmar que:
a) Se as curvas de indiferença fossem convexas em relação à origem, o consumidor 15. V ou F, justificando suas opções. Sobre a Teoria do Consumidor é correto
compraria apenas um dos bens. afirmar que:
b) Se uma curva de indiferença é horizontal, supondo o bem X no eixo horizontal e a) A teoria da preferência do consumidor baseia-se na premissa de que as
o bem Y no eixo vertical, isso significa que o consumidor está saturado do bem pessoas não se comportam sempre de modo racional em sua tentativa de
Y. maximizar o grau de satisfação por meio da aquisição de uma determinada
c) Se uma cesta de bens A é indiferente a B e simultaneamente preferida a C, combinação de bens e serviços.
enquanto B é indiferente a C, então há um cruzamento de curvas de indiferença. b) As preferências do consumidor podem ser completamente descritas por um
conjunto de curvas de indiferença ou mapa de indiferença. Este mapa de
Solução indiferença oferece uma ordenação ordinal de todas as escolhas que um
consumidor poderia fazer.
a) Falso. As soluções de canto são preferíveis de acordo com o c) Um dos axiomas básicos sobre preferências do consumidor é que estas
pressuposto de concavidade, convexidade não estrita (substitutos perfeitos), devem ser completas, isto é, dadas as cestas A e B, o consumidor ordena A
neutros e males, e a determinadas formas que podem adquirir curvas de como sendo pelo menos tão boa quanto B, ou B sendo pelo menos tão boa
indiferença convexas como no exemplo abaixo. (o ponto grosso indica escolha quanto A, ou ambos (A e B são indiferentes para o consumidor).
ótima). Obviamente, os preços devem ser levados em consideração.
d) Um outro axioma básico sobre preferência diz que estas são transitivas, isto
é, dadas as cestas A, B e C, se A é pelo menos tão boa quanto B e B é pelo
menos tão boa quanto C, então A é pelo menos tão boa quanto C. Tal
axioma, contudo, não assegura que as preferências do consumidor sejam
racionais (coerentes).
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CAPÍTULO 2. Preferências.

e) Preferências “bem comportadas” são monotônicas (significa que mais é 17. (ANPEC) Marque V ou F, justificando suas opções. Sobre a Teoria do
melhor) e convexas (significa que a inclinação da curva de indiferença é Consumidor é correto afirmar que:
negativa). a) A TMS é a razão entre as UMG dos dois bens. A UMG com respeito ao
bem 1 é a derivada da função de utilidade com respeito a esse bem e sua
interpretação é o quanto o custo do consumidor com esse bem muda em função
Solução de mudanças na quantidade desse bem.
b) Ao observarmos uma escolha do consumidor para um dado conjunto de
a) Errada. A premissa é de que as pessoas se comportam de modo racional. preços, podemos obter a TMS. Se os preços mudam, podemos novamente obter a
b) Correta. TMS. À medida que essas mudanças de preços ocorrem, podemos aprender mais
c) Errado preferências não leva preço em consideração. sobre as preferências que geraram as escolhas observadas pelo consumidor.
d) Errado.Assegura sim. c) Na abordagem ordinal, se a TMS for decrescente haverá especialização do
e) Errada. Convexidade implica que o consumidor prefere as médias aos extremos. consumo em apenas um bem. As C. de I. seriam côncavas.

Solução
16. (ANPEC) Marque V ou F, justificando suas opções. Sobre a Teoria do
Consumidor é correto afirmar que: a) Falso. A UMG com respeito ao bem 1 é a derivada da função de utilidade com
a) Bens complementares perfeitos são consumidos sempre em proporções respeito a esse bem e sua interpretação é o quanto a utilidade do consumidor com
fixas. As C. de I. tem forma de L, com vértice sempre quando a quantidade esse bem muda em função de mudanças na quantidade desse bem.
de um dos bens é igual a quantidade do outro bem. b) Verdadeiro. No equilíbrio TMS=P1/P2, ou seja, a observação dos preços
b) Bens substitutos perfeitos são aqueles que o consumidor está disposto a relativos da informação sobre as preferências dos consumidores.
substituir um pelo outro a uma taxa constante. As C. de I. são retas com c) Falso. Uma TMS decrescente significa que a taxa à qual uma pessoa deseja
inclinação negativa, não necessariamente constante e também não trocar x1 por x2 diminui à medida que aumentamos a quantidade de x 1, ou seja,
necessariamente iguais a –1. que quanto mais temos de um bem, mais propensos estaremos a abrir mão de um
c) A TMS de A por V corresponde à menor quantidade de V à qual o pouco dele em troca de outro bem, o que se refere ao caso da diversificação – o
consumidor se dispõe a renunciar para que possa obter uma unidade consumidor consome nesse caso os dois bens.
adicional de A.
d) A TMS é a inclinação da C. de I.; ela vai sendo reduzida à media que nos 18. Marque V ou F, justificando suas opções. Sobre a Teoria do Consumidor é
movemos para abaixo ao longo da curva de indiferença. correto afirmar que:
e) Quando ocorre uma TMS crescente, as preferências são convexas. (i) A hipótese de monotonicidade implica que as curvas de
indiferença devem ter inclinação negativa e, portanto, a TMS sempre
Solução envolve a redução ou o aumento do consumo de ambos os bens. Assim, é
possível descrever a forma da curva de indiferença, descrevendo-se o
a) Errada. As quantidades podem ser diferentes. comportamento da TMS.
b) Errada, é necessariamente constante. (ii) No caso de bens perfeitos substitutos, as curvas de indiferença
c) Errada. Corresponde a maior. são caracterizadas por uma TMS constante e igual a 1.
d) Correta. (iii) As curvas de indiferença, no caso dos bens neutros, são
e) Errado. Quando ocorre uma TMgS decrescente. caracterizadas por uma TMS tanto igual a zero quanto igual a infinito e
nada entre os dois.
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CAPÍTULO 2. Preferências.

(iv) No caso de bens perfeitos complementares as curvas de


indiferença são caracterizadas por uma TMS tanto igual a 0 quanto igual a
infinito e nada entre os dois.

Solução

(i) Falso. A TMS é a taxa à qual o consumidor está propenso a substituir um


pouco mais de consumo de um bem por um pouco menos de consumo do
bem 1.
(ii) Falso. A TMS é constante, mas não necessariamente igual a um.
(iii) Falso. A TMS no caso dos “neutros” é infinita em qualquer ponto.
(iv) Verdadeiro. No caso de “complementares” a TMS é zero ou infinita, sem
meio-termo.
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Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
CAPITULOS 3-4 b) Determine também o nível de utilidade alcançado e o dispêndio total do
UTILIDADE E ESCOLHA consumidor quando X =6, sendo e py = 625 e px=27.

1. A função utilidade de Pedro é definida por U(x,y) = x2 + 2xy +y2. Solução


a) Calcule a sua taxa marginal de substituição (subtendendo-se que TMSy,x).
b) Calcule a taxa marginal de substituição de Luiz, irmão de Pedro, cuja a) Para preferências bem comportadas e funções diferenciáveis, são condições
função utilidade é definida por V(x,y) = y + x. Existem diferenças efetivas necessárias para o equilíbrio.
entre o padrão de preferências dos dois irmãos? Px
TMS = (1); X Px + Y Py = m
c) Avalie se os agentes estão maximizando sua utilidade quando o preço dos Py
dois bens é igual (isto é, px = py). 3 1 / 4 1 / 4
d) u(x1,x2) e v(x1,x2) representam as mesmas preferências ? Por que? y x
UMgx
 4
TMS = . A relação entre as quantidades efetivamente
Solução
UMgy 1 3 / 4 3 / 4
x y
UMgy 2 x  2 y 4
 1 adquiridas é TMS= 3
y
a) TMSy/x(Pedro)= UMgx 2 x  2 y x
.

y Px y
b) Se o consumidor estiver maximizando, então 3 = .3 = (27/625), onde
x Py 6
UMgy 1 y = 0,0864. O nível de utilidade alcançado é U(6, 0,0864) =10 X 3/4 Y1/4 = 10 6 3/4
 1 0,08641/4. O nível de despendio é m = X Px + YPy = 6*27 + 0,0864*625
b) TMSy/x(Luiz)= UMgx 1 . Não existem diferenças.
3. Admita que a função utilidade de um consumidor pode ser expressa na forma U =
XY, onde X e Y são as quantidades consumidas dos respectivos bens.
P1 a) Supondo que os preços dos bens são respectivamente px = 10 e py = 2, diga
c) TMS= P2
P1=P2 TMS=1 . Sim os agentes estão maximizando, porque a TMS quanto será adquirido de cada bem e qual será o gasto total do consumidor,
se iguala à relação de preços e é igual a 1 supondo que no nível de maximização U = 180.
b) Considere um aumento do preço do bem X para px = 20. Supondo que o
d) Representam as mesmas preferências pq a função de utilidade de Pedro é uma preço de y não se alterou e que o mesmo volume de gastos foi realizado,
transformação monotônica da fn de utilidade de Luis. identifique as novas quantidades que serão adquiridas dos dois bens e o
novo nível de utilidade atingido.
v(x, y) = y + x; u(x, y) = (y+x)2
Solução
y
a) TMS = = (10/2) Y = 5. X
2. Dada uma função utilidade U=10 X 3/4 Y1/4 , onde U é a utilidade obtida, e X e Y as x
quantidades dos dois bens adquiridos. Sendo dados px e py os preços dos bens: U = XY = 180, logo X.* 5X = 180, onde X = 6 e Y = 30, sendo estas as quantidades
a) Determine a relação entre as quantidades dos dois bens que serão consumidas por cada bem para este nível de utilidade.
efetivamente adquiridos.

13
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Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
b) Como o consumidor gasta toda sua renda (não há poupança), então o nível de (Pa/Pb). Se o consumidor aumentar a quantidade consumida de A sem reduzir a
gasto com os preços antes da subida de preços é: quantidade consumida de B, ele se desloca para um nível de utilidade maior (curvas
de indiferença à direita de U) até o ponto V, onde ele maximiza.
m = X Px + YPy = 6*10 + 30*2 = 120
y
Com o aumento de preços, TMS = = (20/2) Y = 10X
x
B
m = X Px + Ypy; ou seja, como o nível de renda (e de gasto) não se altera entre
períodos, então;
U
120 = 20X + (10X). 2, onde X = 3 e, substituindo Y = 30.
V
Observe que, como as preferências são Cobb-Douglas, as quantidades consumidas
do bem Y não se alteram.
A
4. Um determinado consumidor dispõe de 30 unidades monetárias para despender
5. Um consumidor pode adquirir dois bens a ou b no intuito de maximizar sua
em dois bens A e B. Os preços destes bens, as quantidades adquiridas dos mesmos e
utilidade, sendo que, na situação retratada: Umg (a) = 3; pa = $1; Umg (b) = 6; pb =
a avaliação sobre a utilidade proporcionada pelo consumo destes bens são
$4. O consumidor está efetivamente adquirindo combinações de a e b que
apresentados na tabela abaixo:
maximizam sua utilidade? Se não estiver, o que ela deveria fazer?
Produ- Preço Quantidade UtilidadeTotal Utilidade Marginal
to por adquirida do consumo última unidade Solução
unidade (unidades) (utils) adquirida (utils)
A $ 0,70 30 500 30 UMgA Pa
 TMS = UMgB  ; 3/6 > 1/4. Como no caso anterior, o consumidor
B $ 0,50 18 1.000 20 Pb
deveria aumentar as quantidades de A para chegar ao ponto de maximização onde a
Considerando estas informações, diga se o consumidor em questão está TMS se iguale à relação dos preços.
maximizando a utilidade proporcionada pelo consumo, dada a restrição de renda, e b
justifique sua resposta. Se ele não estiver maximizando a utilidade, explique o que o
consumidor deve fazer para tornar esta maximização possível.

Solução
UMgA Pa
As duas condições de equilíbrio são TMS = UMgB  (1) e A Pa + BPb = m
Pb
30 0. 7
(2). A partir de (1) , não é verdadeiro. O consumidor não maximiza a
20 0.5 1/2 1/4
3 7 a
utilidade. Como  , o consumidor deve aumentar a quantidade de A, desde que
2 5
preferências sejam convexas. 6. Um consumidor apresenta a função de utilidade U = xy e uma receita
orçamentária igual a 2x +4y = 120. Quais os consumos ótimos de x e y ?
O consumidor está numa situação como a que indica o ponto U, onde a tangente da
curva de indiferencia (TMS) é superior à inclinação da restrição orçamentária Solução

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Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
y satisfação. A TMS é sempre constante, ou seja, o consumidor renuncia a uma
TMS = = (2/4) 2Y = X unidade de bem x para adquirir uma unidade de bem y, o que só acontece quando os
x
bens são substitutos perfeitos.
2X + 4Y = 120; 2 (2Y) + 4Y = 120; Y = 15
e X = 2Y = 30
10. Suponha que a função utilidade para cada consumidor individual é dada por U =
2 10q1 + 5q2 +q1q2. Cada um deles tem uma renda fixa de 100 dólares. Suponha que o
7. Supondo-se um mapa de curvas de indiferença dado por X = 0,2Y - 50Y + U,
preço de Q2 seja 4 dólares.
onde: X e Y são dois produtos quaisquer e U é o nível de utilidade do consumidor Px
a) Qual a taxa marginal de substituição do bem 1 pelo bem 2?
= 25 e Py = 150 são os preços dos respectivos bens; R = 50.000, onde R é a renda do
b) Se p1 = $2, qual será a quantidade do bem 1 demandada pelo consumidor?
indivíduo, determine as quantidades dos bens X e Y que o consumidor irá
efetivamente adquirir.
Solução
Solução
a) Dois caminhos.
U = - 0.2Y 2 + 50Y + X é a função de utilidade (quase linear). Caminho 1: colocar U=10f 1 +5f 2 +q 1 q 2 em função de q 2 e derivar em relação
a f 1 , obtendo a TMS.
UMgA 1 25 UMg1
TMS =   , onde -10Y + 1250 = 150, Y = 110. Caminho 2: =TMS
UMgB  2( 0, 2Y )  50 150 UMg 2
10  q 2
Como a função de utilidade é quase-linear as escolhas não dependem da renda. O resultado de ambos deverá ser TMS =
Assim, a quantidade demandada de produto X será: 5  q1
10  q2 2
50.000 = 110*150 + 25 X, donde se obtém que X = 1340 b) = , onde q2 = (-15+q1)/2
5  q1 4
8. A função utilidade de um consumidor é dada por u = xy, onde u é o nível de Subsituindo na restrição orçamentária; 100 = 2q1 + 4 {(-15+q1)/2}, onde q1 = 32,5 e
utilidade, e y e x representam as quantidades dos dois bens adquiridos pelo q2 = 8,7.
consumidor. Calcule a taxa marginal de substituição do bem y pelo bem x quando as
quantidades consumidas forem iguais a x = 2 e y = 16 . 11. A função de utilidade de Fábio é U(x,y) = max x, 2y. Trace a curva de
indiferença tal que x = 10. Faça o mesmo para 2y = 10.
Solução a) Se x = 10 e 2y  10, determine U(x,y)
UMgx

y 16 b) Se x 10 e 2y = 10, determine U(x,y)
TMS= = = 8.
UMgy x 2 c) Trace a curva de indiferença tal que U(x,y) = 10. Fábio possui preferências
9. Para um indivíduo com uma função de utilidade U(x,y) = x + y, os dois bens x e y convexas ?
são substitutos perfeitos? Por que?
Solução
Solução
Para desenhar a curva de indiferença fixo o valo de U(x, y) = k, por exemplo k = 10.
Suponha U(x,y) = k, ou seja, uma curva de indiferença tal que x +y = k  y=k– Assim:
dy
x. A TMS = = -1 para qualquer valor de k, ou seja, para qualquer nível de - Se X = 10 e Y = 1 max (10, 2*1) = 10
dx

15
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Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
I

- Se X = 10 e Y =2 max (10, 2*2) = 10

As cestas contidas no segmento traçado entre duas cestas que se encontram na


5 mesma curva de indiferença de reta, são cestas melhores (estão em níveis de
3 utilidade maiores), cumprindo-se a hipóteses de preferência pela diversificação
2 (convexidade).
- Se X = 10 e Y = 3 1
max (10, 2*3) = 10 c) Verdadeiro. Como os bens são complementares perfeitos, o aumento da
quantidade de um bem, sem aumento de outro, não leva a aumento de utilidade.
10 X d) Falso. O consumidor escolhe as quantidades onde Xa = Xb, que é o ponto de
maximização, o que não necessariamente envolve escolher apenas quantidades
Fazendo o mesmo para 2y = 10 teríamos a mesma curva de indiferença, dado que se de B, mesmo sendo Pa > Pb.
2y = 10 então y tem que ser fixo em 5 e se obteria a linha vertical com valores de X
entre 1 e 10. B

a) U(x, y) = max {10, 2y<10} = 10

b) U(x,y) = max {x<10, 10} = 10

c) Fabio não possui preferências convexas. Como visto anteriormente, suas -2


preferências são côncavas. A

12. (ANPEC) Seja U = min Xa , Xb, a função de utilidade de um consumidor, R a 13. Ricardo gosta de promover festas em sua casa, sendo o número de homens igual
renda, e Pa e Pb os preços respectivos de A e B. Marque V ou F, justificando suas ao de mulheres. As suas preferências podem ser representadas pela função de
opções. utilidade U(x,y) = min 2x - y, 2y - x sendo x o número de mulheres e y o número
a) As curvas de indiferença não são convexas em relação a origem. de homens na festa.
b) A utilidade marginal de um dos bens é sempre igual a zero. a) Trace a curva de indiferença correspondente a utilidade de 10.
c) Para qualquer R > 0, se Pa > Pb, o consumidor escolhe apenas o bem B. b) Quando min 2x - y, 2y - x = 2y - x, o número de homens é maior do que o
número de mulheres, ou o contrário ?
Solução
Solução
a) a)
y

Conjunto de cestas 14
Preferíveis a X
12

16
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Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
m m
10
x2 = P 2  2 P1 e x1 = P 2  2 P1 . Quando x2 = 5 e P1 = 3 e P2 = 6  m =
10 11 12 80 e m = 20

2x - y = 10  y = 2x – 10 16. (ANPEC) Um consumidor tem suas preferências apresentadas pela função


2y – x  10  y  5 + x/2 utilidade U(a,v) = av onde a = quantidade de alimento e v = quantidade de
y vestuário, e os parâmetros   0 e   0. Marque V ou F, justificando suas opções:
a) Se o preço do alimento for maior que o preço do vestuário, então o consumidor
x = 
irá demandar uma quantidade maior de vestuário do que a de alimento.
10 10 10
b) Se  = , os dispêndios do consumidor com os dois tipos de bens são iguais, para
11 12 10,5
quaisquer níveis de preços não nulos.
12 14 11
c) Se  +   1, a função de utilidade é convexa, implicando que inexiste solução
de máxima utilidade do consumidor.
b) 2y – x  2x - y  3y  3x  y  x
d) Se  +   1, as utilidades marginais dos dois bens são crescentes.
14. (ANPEC). Admita que a função de utilidade de Dona Maria pode ser
Solução
representada por U = QAQV, onde U é sua utilidade, Q A é a quantidade de alimentos
que ela consome e QV é a quantidade de peças de vestuário. Suponha que a sua renda
Nas funções de utilidade Cobb-Douglas, os parâmetros  e  indicam a proporção
mensal de dez mil reais é gasta integralmente com os dois bens. O preço unitário dos
alimentos é quinhentos reais e do vestuário mil reais. A fim de maximizar o seu nível de gasto destinada à consumir cada produto sempre que  +  = 1.
de satisfação mensal, quantas unidades ela consumirá de cada um dos bens? No ponto de maximização:
UMga v Pa
 
Solução UMgv a Pv
a) Se Pa > Pb, então v > a, o que não necesariamente significa que v > a. O
Qv consumidor demanda mais vestiário se =.
 TMS = = (Pa/Pb) = (500/1000) = 1/2
Qa b) Falso. Só gastaria o mesmo se  +  =1.
Assim, 2Qv = Qa ; 10000 = 500 Qa + 1000 (1/2Qa); Qa = 10 e Qv = 5. c) Falso. A convexidade não envolve inexistência de solução máxima.
d) Verdadeiro.
15. (ANPEC) Um consumidor tem renda de 60 unidades monetárias e adquire as
quantidades x1=10 e x2=5 quando os preços dos dois bens são p1=3 e p2=6. Suponha 17. (ANPEC) Considere um consumidor residente em Recife, com preferências
que haja apenas dois bens, e que a função de utilidade do consumidor seja U(x 1,x2) = estritamente convexas. A renda total desse consumidor é constituída por um salário
min x1,2x2. Se p1 sobe para 5, qual o acréscimo de renda que o fará ficar mensal de $400, sendo que o mesmo consome 100 unidades do bem A e 200
indiferente entre a nova cesta demandada e a antiga cesta 9 i.e., x1 = 10 e x2 = 5) ? unidades do bem B, por mês, com PA = $2 e PB = $1, o que lhe fornece um nível de
utilidade de U = 40. A empresa onde ele trabalha pretende transferi-lo para São
Solução Paulo, onde PA = $1 e PB = $2. Caso isso ocorresse, ele passaria a consumir 200
m P1 unidades do bem A e 100 unidades do bem B, o que lhe propiciaria um nível de
 .x1 utilidade de U = 20. Marque V ou F, justificando suas opções:
Maximização ocorre quando x1 = 2 x2 e x2 =
P2 P2  x2 = a) Não se pode afirmar que ele é maximizador de utilidade, pois aos novos preços a
m 2 P1 sua escolha implica em redução de utilidade.
 .x 2
P2 P2

17
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
b) Dado que em Recife U = 40 e em São Paulo U = 20, pode -se afirmar que a sua c) Se Luiz tivesse somente 144 m 2 de jardim, quantas unidades de cravos ele
situação em Recife é duas vezes melhor do que aquela que obteria em São Paulo. plantaria ?
c) O consumidor estaria disposto a se mudar desde que ele obtivesse um aumento d) Para que Luiz plante cravos e begônias juntos, qual deve ser a área mínima do
de salário de $100. jardim?
d) O consumidor não estaria disposto a se mudar por um aumento de salário menor
que $100. Solução
UMGc
TSM =  (100 – 2c)/1 = PC / Pb = 4
Solução UMGb
100 – 2c = 4  c = 96/2 = 48. A restrição é 4c + 1b = 500; b = 500-4c  b = 500 –
a) Falso. Ter de reduzir a utilidade não significa que o consumidor não esteja sendo 4 * 48  b = 500 – 192 = 308
maximizador.
b) 100. Cravos não variam com m2 a partir de 192.
b) Falso. A função utilidade é ordinal, não tem a propriedade da cardinalidade.
c) 144/4 = 36
XB
400 d)  192 m2

19. Pablo considera guaraná tão bom quanto suco de laranja. Suponha que ele tenha
200 disponível a quantia de $30 para gastar entre os dois bens, e que o preço do
refrigerante seja de $0,75 e o do suco seja de $1.
100 a) A estes preços, qual das duas bebidas ele irá preferir? Ou será que ele consome
um pouco de cada ?
b) Suponha que o preço do suco de laranja permaneça em $1 e que o preço do
100 200 400 XA guaraná seja reduzido para $0,55. Ele consumirá mais refrigerante ?
c) Se o preço guaraná for reduzido para $0,40 , quantas garrafas de refrigerante
c) Verdadeiro. Com mais $100 a cesta inicial (100,200) custará aos preços finais Pablo iria consumir?
100*1 + 200 *2 = 500, o que significa que estará disponível. Se4 o consumidor d) Se o preço do copo de suco de laranja permanecer em $1, e admitindo que Pablo
escolher outra cesta, estará pelo menos tão bem quanto antes. consuma um pouco das duas bebidas, qual é o preço do guaraná?

d) Falso. Existe um conjunto de cestas que o consumidor pode consumir e que não Solução
estava disponível antes. Nada se pode afirmar.
Se considera um bem tão bom quanto o outro se trata de substitutos perfeitos.
18. A função de utilidade de Luiz é U(b,c) = b + 100c - c 2, sendo b o número de a) Consome o mais barato e somente o mais barato. (Lembre das soluções de canto).
begônias que ele planta no seu jardim, e c é o número de cravos. Ele possui uma b) Sim. (Novamente solução de canto).
área de 500 m2 para alocar entre plantações de begônias e cravos, sendo que cada c) 30/0,4 = 75.
begônia necessita de 1 m2 e cada cravo de 4 m2. d) $ 1,00. (Escolhe alguma quantidade ao longo da reta orçamentária)
a) Para maximizar sua utilidade, dado o tamanho do jardim, quantas begônias e
cravos Luiz deve plantar? 20. Carlos tem a seguinte função de utilidade U(x,y) = 3x + y sendo x o número de
b) Se ele adquire uma área extra de 100 m 2 para o seu jardim, quantas unidades revistas e y o número de ingressos para um show de rock. Se o custo total de x
adicionais de begônias ele deveria plantar? E quantas unidades de cravos? unidades de revistas é x2, py = 6 e m=100, quantas revistas ele lê ?

18
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
Solução u(x1,x2)= x1+x2; u(2;2)=2+2=4 em 1995 e u(3;5)=3+5=8 em 1996. Podemos afirmar
que a cesta (3,5) é preferida à cesta (2,2), mas não que é o dobro.
UMgx
 TMS = 3 = Px/Py, Assim Px = 3*6 = 18
UMgy
Como se trata de substitutos perfeitos, e o preço das revistas é maior, ele não 23. Suponha que um aluno deriva satisfação com os estudos desde que cada hora de
consumirá revistas. aula assistida seja acompanhada de duas horas de estudos em casa. Caso contrário,
sua satisfação não se altera. Construa uma função utilidade hipotética para esse
21. Determine se as seguintes transformações funcionais são monótonas: (i) f(u) = ln estudante.
u; (ii) f(u) = 1/u; f(u) = 2u; f(u) = u0; f(u) = -1/u.
Solução
Solução
1
u é a função de utilidade u = u(x1,x2), e f(u) é a transformação monotônica. Tem que U(x1;x2)=min{x1; 2 x2}
acontecer que se 1 1
f f (u 2)  f (u1) U(1;1)={1; }=
 , onde u é a função de utilidade. Para que f(u) seja uma 2 2
u u 2  u1 U(1;2)={1;1}=1 2
transformação monotônica, o numerador e o denominador deverão ter o mesmo 1 1
sinal. Assim, a taxa de variação da transformação monotônica tem que ser positiva U(2;1)={2; }= 1
(derivada). 2 2
1/2 1 2
1
f(u)=ln u ; f’(u)= >0  é monotônica.
u 24. Calcule a taxa marginal de substituição para as funções u(x 1, x2) = x1x2 e h(x1, x2)
1 1 = ln x1 + ln x02.
f(u)= ; f’(u)=- 2 ,0  não é monotônica.
u u
Solução
f(u)=2u; f’(u)=2>0  monotônica.

f(u)=u0; f’(u)=1>0; não é monotónica 1


1 1 UMgx1 x2 x1 x2
f(u)= ; f’(u)=  monotônica. - =TMS ; TMSu=- ; TMSh=
1
=-
u u2 UMgx2 x1 x1
x2
22. Suponha uma função utilidade de substitutos perfeitos, u(x 1, x2) = x1 + x2. Seria
correto afirmar, de acordo com a teoria da utilidade ordinal que um consumidor que
estivesse consumindo 2 unidades do bem 1 e 2 unidades do bem 2, no ano de 1995, e 25. A TMS de uma transformação funcional monótona deverá ser a mesma da
3 unidades do bem 1 e 5 unidades do bem 2, no ano de 1996, dobrou sua satisfação? função original. Verdadeiro ou falso.
Solução Solução

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Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
Verdadeiro. como visto no exemplo anterior, elas deverão ser iguais. O que não será (2x1  2x 2 )
igual é a utilidade marginal, dado que as funções de utilidade são diferentes, embora UMgx1= 2x1+ 2x2 e UMgx2= 2x1+ 2x2; TMSi= - =-1
se manterá a monotonicidade. (Ver no livro a relação entre utilidade marginal e (2x1  2x 2 )
TMS).
ii) u(x1,x2)= x11/2 +x2
26. Que lição se aprende do resultado da questão acima no que se refere à aplicação 1 1
da teoria da utilidade ordinal? 2 x1 2 x1
Umgx1= , UMgx2=1; TMSii=
Solução iii) u(x1,x2)=x1+2x2
1
UMgx1=1; UMgx2=2; TMSiii=-
Aprendemos que o comportamento de escolha revela apenas informações de como o 2
consumidor hierarquiza diferentes cestas de bens. A utilidade marginal depende da
função de utilidade específica que utilizamos para representar o ordenamento das
preferências e sua grandeza não tem nenhuma importância especial. 29. A melhor cesta que determinado consumidor consegue consumir será sempre
aquela em que a taxa marginal de substituição iguala a inclinação da restrição
orçamentária, no caso em que a escolha ótima envolver o consumo de um pouco de
27. Por que dadas preferências convexas, a taxa marginal de substituição, em ambos os bens. Verdadeiro ou Falso. Justifique sua resposta.
módulo, deverá ser decrescente?
Solução
Solução
Verdadeira. Nesse ponto a reta de restrição orçamentária tangencia a curva de
A TMS mede o quanto o consumidor está disposto a abrir mão de um bem para indiferença, ou seja, atinge a última curva de indiferença que o consumidor poderia
adquirir uma certa quantidade de um outro bem de acordo com suas preferências. A atingir dada sua restrição orçamentária, maximizando sua satisfação.
TMS varia de acordo com os diferentes níveis de consumo. Assim, quanto menos
temos de um bem, mais vamos querer do outro bem para abrir mão dele (sempre que
se cumpra acondição de convexidade: primeira derivada é negativa e a segunda 30. Dois tipos de caneta são substitutos perfeitos. Qual será a cesta consumida se a
positiva, ou seja, as quantidades demandadas decrescem a ritmos decrescentes). renda do consumidor destinada à compra de canetas for R$ 2,00. Demonstre que,
sempre a TMS >  p1 p 2 .
28. Calcule a taxa marginal de substituição das seguintes funções: (i)
Solução
u ( x1 , x 2 )  x12  2 x1 x 2  x 22 (ii) u ( x1 , x 2 )  x1  x 2 ; e (iii)
u ( x1 , x2 )  x1  2 x2 . 2 2
quando p1< p2  TMS<-1. x1= qualquer número entre 0 e quando p1 = p2
p1 p1
Solução
 TMS=-1; 0 quando p1>p2  TMS>-1 quando a relação de troca é de 1x1.
UMg1
TMS=-
UMg 2
i) u(x1;x2)= x12+2x1x2+x22

20
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
31. Um consumidor tem preferências quase-lineares que podem ser expressas por 32. Um aluno considera que diversão e estudos são complementos perfeitos, de
u ( x1 , x 2 )  x11 / 2  x 2 . Sendo o preço do bem 1 igual a R$ 3,00, o preço do bem 2, maneira que sua utilidade é expressa em u ( d , e)  min 2d , e . Sabendo que durante
R$ 1,50, e a renda do consumidor, R$ 30,00; os finais de semana, o seu tempo disponível para diversão e estudos fica restrito a 30
horas e que cada unidade de diversão custa 6 horas e cada unidade de estudos custa 3
a) Qual a quantidade consumida de cada bem. Suponha que os bens são horas, qual será a cesta escolhida pelo aluno.
perfeitamente divisíveis.
b) O que ocorrerá com o consumo do bem 1 se o seu preço for reduzido para Solução
R$ 1,00.
min{2d,e}=u(d,e)
Solução 2d=e
1 m=p1d+p2e; 30=6d+3 (2d), onde d=2,5 e = 5

a) u ' x1 2 x1 1 p , sujeito a m=x1p1+x2p2


   1 d 2 x2
u' x 2 1 2 x1 p 33. Sendo as curvas de indiferença côncavas, ou seja,  0 , a taxa marginal de
dx12
2

p2 p 22 substituição nunca se igualará à relação de preços relativos. Verdadeiro ou falso.


 x1 x1 
p2 = 2p1 1 x
,
2 p1
,
4 p12
Solução:
No caso de quase lineares essa é a função de demanda para x 1, que independe da
renda. Falso. Na estimação da escolha ótima a taxa marginal de substituição se iguala aos
1,5 2 2,25 preços relativos mas não no ponto de tangência interior. A escolha ótima é sempre
P1=3 x1    0,0625 um ótimo de fronteira. Nesse tipo de curva de indiferença, o consumidor não gosta
4. 9 36
de consumir os bens x1 e x2 juntos e sempre vai gastar sua renda comprando tudo de
P2=1,5
um bem ou de outro.
p22 p22
Para x2: m  p1.  p2 x2 m.  p2 x2
34. Supondo que todos os agentes da economia tenham curvas de indiferença
4 p12 4 p1
estritamente convexas e que acessem os produtos sempre aos mesmos preços. Então,
p22 m p22 a taxa marginal de substituição de equilíbrio para todos os agentes deverá sempre ser
m  p2 x2 x2  a mesma. Verdadeiro ou falso. Comente.
4 p1 p2 4 p1 p2
Solução
m p 30 1,5
x2   2 x2    19,875
p2 4 p1 1,5 12 Verdadeiro. No ponto de equilíbrio TMS = P1/P2. Se P1 e p2 são os mesmos para
todos os agentes, então a taxa marginal de substituição de equilíbrio será a mesma.

p22 1,52 2,25


x1  x1    0,5625 35. Na questão acima, as quantidades consumidas serão também as mesmas.
4 p12 4.1 4
b) , Verdadeiro ou falso. Comente.

Solução

21
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
Não necessariamente, pois as quantidades consumidas não dependem só das d) Suponha que João decide adquirir 3 itens de alimentação e 3 itens de
preferências e da relação de preços, dependem dos níveis de renda. Como as vestuário com o seu orçamento de R$ 12. Sua TMS de alimentação por
preferências são as mesmas (mesma TMS) e a relação de preços também, então os vestuário seria maior ou menor do que 1/3?
níveis de consumo de cada consumidor dependerá de seu nível de renda.
Solução
a. pa  1 pv  3 m = 12
36. Suponha um consumidor sujeito a saciedade, mas com preferências estritamente R.O.: 1A  3V  12 (1)
convexas. O que ocorrerá quando a taxa marginal de substituição se igualar aos
preços relativos?
Vestuário
Solução

p1 m
Se as preferências são convexas, quando a TMS   o consumidor estará em 4
p2 pv
seu ponto de escolha ótima, ou seja, estará maximizando sua utilidade.

m
 12 Alimentação
pa
37. Curvas de indiferença de substitutos perfeitos sempre geram soluções de canto.
Verdadeiro ou falso.
b.
Solução UMga V p V p V 1
TMS   ; TMS  a ;  a ;  ; A  3V (2)
UMgv A pv A pv A 3
A situação de saciedade geralmente gera solução de fronteira, mas se os preços dos
bens x1 e x2 forem iguais numa relação de troca 1x1, as curvas de indiferença de Substituindo (2) em (1):
substitutos perfeitos podem passar por toda a restrição orçamentária, nesse caso 3V + 3V = 12; 6V = 12; V = 2 A = 3(2); A = 6
haverá todo um segmento de escolhas – todas as quantidades dos bens 1 e 2 que (A*, V*) = (6, 2)
satisfazem a restrição orçamentária serão uma escolha ótima. c. Maximização da utilidade:
pa 1
TMS  
38. A utilidade que João obtém a través do consumo de alimentos (A) e vestuário (V) pv 3
pode ser expressa como: u (A, V) = A.V

a) Suponha que alimentação custa R$ 1 por item, que vestuário custa $R 3 e


que João dispõe de R$ 12 para gastar em estes dois bens. Desenhe a linha
do orçamento com a qual se defonta João. UMga V 3
TMS    1
b) Qual a escolha entre alimentação e vestuário que maximiza a utilidade de UMgv A 3
d)
João. 1
c) Qual a TMS entre alimentação e vestuário quando a utilidade é 1
3
maximizada?

22
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
39. Quando (Px, Py) = (10, 30) um consumidor compra (x, y) = (100, 50). Como  5 x  17 
são compradas 100 unidades de x e 20 de y, isto significa que o consumidor deve 5 x  2   500;5 x  5 x  17  500;10 x  517; x  51,7
 2 
estar disposto a trocar 2 unidades de de x por 1 de y e permanecer indiferente. Dados
os preços, 3 unidades de x podem ser substituídas para cada unidade de y ao longo 5(51,7)  17 258,5  17
y   120,75
da reta orçamentária. Por tanto, o consumidor não está maximizando sua utilidade. V 2 2
o F. Justifique. ( x*, y*)  (51,7;120,75)
Solução b) px =5 +1 = 6
R.O.: 6x + 2y = 500 (3)
Verdadeira. Se o consumidor está disposto a renunciar 2 unidades de x para obter 1 UMgx y  1 p y 1 px y 1 6
TMS   ; TMS  x ;  ; 
de y e o mercado troca 3 unidades de x por uma de y, o consumidor não estará UMgy x  3 py x 3 py x 3 2
maximizando sua utilidade nessa situação.
y  3 x  10 (4)
40. Seja u (x, y) – x.y + x – 3y a função de utilidade de Maria, onde x e y são os dois Substituindo (4) em (3):
únicos bens existentes nessa economia. Os preços destes bens são, respectivamente, 6 x  2(3 x  10)  500;6 x  6 x  20  500;12 x  520; x  43,33
(Px, Py) = (5, 2). A renda mensal de Maria é de 500 R$. y  3( 43,33)  10  119,99
a) Qual a escolha ótima da Maria? ( x*, y*)  ( 43,33;119 ,99)
b) Suponha agora que o governo, necessitando de dinheiro, decidiu taxar o
c)
bem x em 1 R$. Qual a nova escolha ótima da Maria por estes dois bens?
px x  py y  m
c) Suponha que, ao invés de taxar p bem x, o governo decidiu taxar
diretamente a renda dos consumidores. Ele quer arrecadar de cada ( p x  t)x  p y y  m
consumidor o mesmo montante que arrecadaria caso taxasse o produto x
(como item anterior). Qual a nova escolha ótima da Maria?
Qualquer que seja o caso, sabemos que a escolha ótima, (x*,y*), tem de satisfazer a
d) Mudou alguma coisa na escolha ótima da Maria? Qual das duas opções de
restrição orçamentária:
taxação seria melhor para Maria?
( p x  t ) x *  p y y*  m .
Solução A receita arrecadada por esse imposto será R* = tx*
Obs.: x* da restrição orçamentária com imposto (letra b).
R.O.: 5x + 2y = 500 (1) Um imposto sobre a renda que arrecade a mesma quantidade de receita, terá uma
px restrição orçamentária da seguinte forma:
a) Escolha ótima: TMS  px x  py y  m  R*
py
ou ,
UMgx y 1 p y 1 px y 1 5
TMS   ; TMS  x ;  ;  ;2 y  2  5 x  15; p x x  p y y  m  tx *
UMgy x  3 py x 3 py x 3 2
5 x  2 y  500  1( 43,33) (5)
5 x  17
y (2)
2 Substituindo, (2) em (5):
Substituindo (2) em (1):

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Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
 5 x  17  a. R.O.: m +2,5r = 100 (1)
5 x  2   500  1(43,33)
 2 
Requeijão
5 x  5 x  17  456,67
10 x  456,67  17
x  47,37 M 100
  40
5( 47,37)  17 pr 2,5
y  109,92
2
( x*, y*)  ( 47,37;109,92) M 100
  100 Margarina
pm 1
d) A escolha ótima de Maria mudou: b.
- com imposto sobre a quantidade:
UMgm 1 / 2m 1 / 2 .r 1 / 2 r p r p r 1
( x*, y*)  ( 43,33;119,99) TMS   1 / 2 1 / 2
 ; TMS  m ;  m ; 
UMgr 1 / 2r .m m pr m p r m 2,5
- com imposto de renda: ( x*, y*)  ( 47,37;109,92)
m  2,5r (2)
u ( x, y )  xy  x  3 y
Substituindo (2) em (1):
u ( 43,33;119,99)  4882,53 2,5r  2,5r  100;5r  100; r  20
u ( 47,37;109,92)  4924,52 m  2,5( 20)  50
u ( 43,33;119,99)  u ( 47,37;109,92) ( m*, r*)  (50;20)

A melhor opção de taxação para Maria é a do imposto de renda, uma vez c. Proporção da renda gasta com cada bem:
que ela se encontrará melhor do que numa situação com o imposto sobre a 1/2M com manteiga
quantidade, ou seja , a utilidade total obtida com a cesta ótima do primeiro tipo de 1/2M com requeijão
taxação é maior do que a obtida com a do segundo tipo.
d. Se os dois bens fossem substitutos, e para uma TMS = -1, o consumidor iria
gastar toda a sua renda com o bem mais barato, e no caso exposto seria a
41. Seja u(mr) = m ½ . r ½ a função utilidade de um consumidor onde m é margarina margarina, então a escolha ótima seria:
e r requeijão. Este consumidor tem uma renda mensal de R$ 100 e os preços destes 100
dois bens são, respectivamente, R$ 1 e R$ 2,50. m*   100
a. Desenhe a restrição orçamentária com a qual esse consumidor 1
se defronta. ( m*, r*)  (100;0)
b. Qual a sua escolha ótima por esses dois bens?
c. Qual a proporção de sua renda que gasta com cada um desses 42. Responda Verdadeiro ou Falso.
bens? (i) A função utilidade associa números às cestas de bens de tal
d. Se esse consumidor considerasse esses dois bens como sendo forma que a ordenação numérica gerada pela função utilidade representa a
perfeitos substitutos, qual seria a nova escolha ótima destes dois bens? ordenação ordinal das cestas do consumidor.
(ii) Na teoria ordinal, o valor que uma função de utilidade atribui
Solução a uma cesta pode ter um significado intrínseco na medida em que uma
transformação monotônica preserva a ordenação das cestas do consumidor.

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
(iii) Uma transformação monotônica é uma forma de transformar TMS u  TMS w  w(x,y) não é uma transformação monotônica
um conjunto de números num outro conjunto de números. A preservação da de u(x, y).
ordenação dos mesmos, no entanto, se dá nos casos em que a função
utilidade é linear. UMgx y 1
(iv) Uma transformação monotônica de uma função de utilidade (ii) Falso. TMS u  
representa a mesma função utilidade original e as mesmas preferências. UMgy x2
(v) Uma transformação monotônica na função utilidade afeta a UMgx 1 / 2
TMS u   1
TMgS. embora não afete as utilidades marginais com respeito a cada um UMgy 1 / 2
dos bens. TMS u  TMS w  w(x,y) não é uma transformação monotônica

Solução de u(x, y).

(i) Correta. (iii) Falso. A função u(x, y) não representa preferências quase-lineares.
(ii) Errada. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. (iv) Falso. A primeira é uma função de quase-linear e a segunda de
(iii) Errada. Uma transformação monotônica sempre preserva a ordenação. substitutos perfeitos.
(iv) .Errada. Uma transformação monotônica gera uma nova função de utilidade. UMgx 2 x
TMS u    2 xy
(v) Errada. Não afeta a TMgS. (v) Verdadeiro. UMgy 1
y
UMgx 4 x 3  4 x ln( y ) 4 x[ x 2  1(ln( y ))]
TMS u     2 xy
43. Responda Verdadeiro ou Falso UMgy 2x 2 2(ln( y )) 2 2
 [ x  (ln( y ))]
(i) Seja u(x,y)=(x+y)2. A função w(x,y)=x2+2xy-y2 é uma y y y
transformação monotônica da função u(x,y).
(ii) Seja u(x,y)= xy+x +2y. A função w (x,y)= 1/2x +1/2y é Uma TMS u  TMS w  w(x,y) é uma transformação monotônica de u(x, y).
transformação monotônica da função u(x,y). w(x,y) = [u(x,y)]2
(iii) A função u(x,y)= ln(x)+ln(y) representa preferências quase 44. Responda Verdadeiro ou Falso.
lineares e a função w(x,y)=x.y é uma transformação monotônica de (i) O consumidor maximiza sua utilidade respeitando sua restrição
u(x,y). orçamentária. A solução ótima desse problema (quantidades ótimas dos dois
(iv) As funções de u(x,y)=x1/2+y e w(x,y)=1/2x+1/2y representam bens a serem consumidas) pode estar situada sobre a restrição orçamentária
as mesmas preferencias. desse consumidor.
(v) A função u(x,y)= x2+ln(y) representa preferências quase- (ii) A solução ótima do problema de maximização de utilidade do
lineares e a função w(x,y)=x 4+2x2ln(y)+[ln(y)]2 é uma transformação consumidor requer que a inclinação da restrição orçamentária seja sempre
monotônica de u(x,y). tangente a inclinação da curva de indiferença. Na solução ótima do problema
de maximização de utilidade do consumidor a tangência entre a inclinação da
Solução restrição orçamentária e a inclinação da curva de indiferença passa a ser uma
condição necessária quando nos limitamos a soluções interiores.
UMgx 2( x  y ) (iii) Se a curva de indiferença for convexa e a solução do problema interior,
(i) Falso. TMS u   =1 então, a tangencia entre a restrição orçamentária e a curva de indiferença
UMgy 2( x  y )
passa a ser uma condição necessária e suficiente para obtermos uma solução
UMgx 2 x  2 y 2( x  y ) única para o problema.
TMS u   
UMgy 2x  2 y 2( x  y )

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
(iv) Se a curva de indiferença for convexa e a solução do problema
interior, então, a tangencia entre a restrição orçamentária e a curva de
indiferença passa a ser uma condição necessária e suficiente.

Solução (ii) Falso. Vai depender da relação entre os preços.


(iii) Falso. Se ela for decrescente estamos no caso de curvas convexas. Haveria
(i) Pode não, ela esta situada na RO. especialização se a taxa fosse crescente - curvas côncavas.
(ii) Errado. Se a curva de indiferença tiver quina ou tivermos uma solução (iv) Falso.
de canto há solução ótima mas não há tangência. (v) Verdadeiro - capítulo 5 (5.6).
(iii) Errado. Se a curva tiver uma quina não há tangencia.
(iv) Errada. Pode haver infinitas soluções. 46. Responda Verdadeiro ou Falso.
(v) Correta. (i) Seja a função utilidade u(x,y)=5x+2y 2. Sejam px=2 , py=4 e
m=50. A cesta que maximiza a utilidade desse consumidor é (x*,y*)=(20;2,5).
45. Responda Verdadeiro ou Falso. (ii) Seja a função utilidade u(x,y)=x.y2. Sejam px=2 , py=4 e
(i) Mesmo quando a TMgS é diferente da razão de preços, o consumidor m=60. . A cesta que maximiza a utilidade desse consumidor é (x*,y*)=(10,21).
ainda pode estar na escolha ótima. Isso ocorre quando as curvas de (iii) Seja a função utilidade u(x,y)=5x+2y. Sejam p x=2 , py=4 e
indiferença não são estritamente convexas. m=50. A cesta que maximiza a utilidade desse consumidor é (x*,y*)=(20;2,5).
(ii) Se os bens x e y são perfeitos substitutos, px e py são os respectivos
preços, e m é a renda do consumidor , então, a função demanda pelo bem x é Solução
m/px e pelo bem y é m/py.
(iii) Na abordagem ordinal, se a taxa marginal de substituição for (i) Verdadeiro.
decrescente haverá especialização do consumo em apenas um bem. As curvas R.O: 2x +4y = 50 (1)
de indiferença seriam côncavas. UMg x 5 p UMg x p 5 2
(iv) A TMgS é a razão entre as utilidades marginais dos dois bens. A TMS   ; TMS  x ;  x ;  ;10  4 y
UMg y 4y p y UMg y py 4y 4
utilidade marginal com respeito ao bem 1 é a derivada da função utilidade
com respeito a esse bem e sua interpretação é o quanto o custo do consumidor y  2,5 (2)
com esse bem muda em função de uma mudança na quantidade desse bem. Substituindo (2) em (1):
(v) Ao observarmos uma escolha do consumidor para dado conjunto de 2 x  4(2,5)  50;2 x  50  10; x  20
preços podemos obter a TMgS. Se os preços mudam podemos, novamente, ( x*, y*)  (20;2,5)
obter uma TMgS. A medida que essas mudanças de preços ocorrem podemos
aprender mais sobre as preferências que geraram as escolhas observadas do
consumidor. (ii) Falso.
R.O: 2x +4y = 60 (1)
Solução UMg x y2 y 2 y 1 y p UMg x p y 2
TMS     ; TMS  x ;  x ; 
UMg y 2 xy 2x 2x p y UMg y p y 2x 4
(i) Verdadeiro. Vejamos o caso de substitutos perfeitos, a C.I. não é yx
estritamente convexa, em que p1<p2 , em que o ponto ótimo ocorra no ponto (2)
em que o consumo de x2 seja zero, as inclinações da C.I. (TMS) e da R.O. (– Substituindo (2) em (1):
p1/p2) são diferentes.

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos3-4. Utilidade e escolha.
2 x  4( x)  60;6 x  60
x  10
y  10
( x*, y*)  (10,10)

(iii) Falso.
R.O: 2x +4y = 5 0 (1)
UMg x 5 p 5 2
TMS   ; TMS  x ; 
UMg y 2 py 2 4

Os dois bens são substitutos perfeitos, o consumidor irá consumir o bem com menor
preço, levando também em consideração a TMS, logo ele consumirá apenas x.
m 50
x   25
px 2
( x*, y*)  ( 25;0)

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 5. Demanda Individual.
CAPITULO 5. 1 1
DEMANDA INDIVIDUAL m = B.pb + C.pc m = B.pb + B.pc m = B (pb + pc)
2 2
1. Cláudio consome biscoito e mate. Sua função de demanda por biscoito é q B = m - m 20
20
30pB + 20pM, sendo m a renda, pM o preço do copo de mate, pB o preço do pacote de B= 1 B= 1 B= = 16
pb  pc 0,75  .(1) 1,25
biscoito e qB a quantidade consumida de pacotes de biscoito. 2 2
a) Mate e biscoito são bens complementares ou substitutos?
b) Determine a equação de demanda para o biscoito, considerando m=100 e pM = 1. 20 = 16 * 0,75 + C*1, onde C = 8
c) Determine a equação da demanda inversa por biscoitos. Para que preço Cláudio
consumiria 30 pacotes de biscoito? 20
40
b) B = 1 =
Solução pb  2 pb  1
2
a) Qb=m –30pb+20pm
dQ b x 1 3. (ANPEC) O gráfico a seguir mostra posições de equilíbrio alternativas de um
=20>0 , sendo assim, são substitutos. >0. consumidor. Marque V ou F justificando suas opções.
dpm p 2 a) A mudança de linha de orçamento BC para BG resulta de uma diminuição apenas
do preço do bem y.
b) Qb=m –30pb+20pm b) A mudança da linha de orçamento BC para HE resulta da diminuição apenas do
Qb= 100 –30pb+20(1) preço do bem y.
Qb= 120 –30pb c) A curva de Engel para o bem x, que relaciona a quantidade de equilíbrio deste
bem com a renda monetária, está representada no gráfico.
c) Qb= 120 –30pb d) A linha preço-consumo é representada por AF
30pb=120 - Qb
120 Q b y
pb=  E
30 30 F
30 G
pb= 4 - = 4 - 1= 3
30
C
2. Alex gosta de consumir café e biscoito juntos, e em proporções fixas, na razão de
duas unidades de biscoito para uma unidade de café. Ele possui uma renda de $20; p c
= $1; e, pb = $0,75. A
a) Nesta situação, quantas unidades de café e biscoito ele consumiria?
b) Determine a função de demanda por biscoito? B H x
Solução
Solução
a) Verdadeiro.
Ele consome 2 biscoitos com 1 café, sendo assim, a quantidade de biscoito b) Falso.
consumida é duas vezes a quantidade de café consumida (B=2C) c) Falso.
a) b=2c, ou seja, c = b/2; m=20; pc=1; pb=0,75 d) Verdadeiro.

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 5. Demanda Individual.

4. Carlos possui a seguinte função de utilidade U (X a, Xb) = Xa4Xb, sendo Xa a Mesmo procedimento para X:
quantidade de amoras Xb a quantidade de bananas. Seja p a o preço das amoras, pb o m
preço das bananas, e m a sua renda. Qual a equação de demanda por amoras? m m
 Y 120 1
X= 1 60 ;  
Solução px  py X m 2
2
60
Trata-se de uma função de utilidade Cobb-Douglas. De acordo com o apêndice
matemático do capítulo de escolha: 6. Flávia tem a seguinte função de utilidade U(a,b) = a 2 + 1,5 ab + 30b. Sendo p a =
1e pb = 1, desenhe a curva de Engel para níveis de renda entre 20 e 60.
c m
x1 = . ; onde “c” seria o expoente de X á (amoras) e “d” representaria o Solução
c  d p1
expoente de Xb (bananas). Assim a função por demanda de amoras seria X a = U(a,b)= a2+1,5ab +30b pa=1 pb=1
4 m 2a  1,5b 1
. Umg =  ; 2 a +1,5b = 1,5a +30; 0,5a = 30 – 1,5b
5 pa 1,5a  30 1
a
Uma outra forma de comprovar que esta é a função de demanda e a través da 1,5b = 30 - 0,5b; b = 20 -
resolução do problema de escolha ótima. 3
m pb a
UmgX b pb m = a.pa. + b.pb; a =  .b ; a= m – 1 (20 - )
U(Xa,Xb)= Xa4.Xb = pa pa 3
UmgX a pa
a 3m
a=m –20 + ; a=  30 ;
X a4 Xa pb m Xa 3 2
= = ; Xa=  .X b ; m= Xapa +Xbpb
4X 3a .X b 4X b pa pa 4X b 3(50)
m=50 a=  30  45
4m m pb 4m 2
4Xa=  Xa ; Xa=  .X b ; Xa=
pa pa pa 5pa 60
m=20 a=  30  0
2
5. Seja x o número de livros e y o número de discos. Se João tem a seguinte função 3(60)
de utilidade U(x,y) = min 7x , 2x + 10y, e considerando px = 20 e py = 80, qual a m=60 a=  30  30
2
razão entre as demandas por discos e livros?
3(30)
m=30 a=  30  15
Solução 2
3(40)
7x = 2x + 10y; 5x = 10y; x = 2y m=40 a=  30  30
2
m= Xpx + Ypy; m= 2Ypx + Ypy; m= Y(2px + py)
m m m
Y= =  curva de Engel
( 2px  py) 40  80 120 60
50

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 5. Demanda Individual.
40 m=x1p1+x2p2
30
20
15 30 45 60 p2
x1
p1
7 Suponha que um aluno de graduação de Direito cujo objetivo é completar seu p2
curso e conseguir uma vaga de Procurador Público por intermédio de um concurso m= p1+ x2p2 p1
p1
não enviesado. Esse aluno avança em seu conhecimento, e, por conseqüência, na m=p2+ x2p2
probabilidade de passar no concurso na medida em que estuda em casa e assiste m p2
aulas de direito, em uma relação constante de 2 para 1. Faça graficamente o caminho x2= 
de expansão da renda (horas disponíveis para estudo e aula) e a curva de Engel para p2 p2
esse aluno, especificando as inclinações.
x1
Solução
9.Suponha uma função utilidade u ( x1 , x 2 )  ( x1  1)( x 2  1) . Encontre a taxa
m marginal de substituição dessa função e determine a quantidade a ser consumida de
curva de renda consumo Curva de Engel cada um dos bens. Depois, encontre a curva de Engel e a curva de demanda para o
Estudo bem 1. Esse bem é inferior, necessário ou de luxo?
6
Solução
4
U(x1x2) = x1x2+x1+x2+1 m=x1p1+x2p2
2 x 2  1 p1
Umg1 P1 ( x1  1)
 
1 2 3 Aula Aulas Umg 2 x1 1 p 2 P2
TMS = = ; resolvendo fica que x2 = 1

Substituindo x2 na restrição orçamentária:


Inclinação curva de Engel= (pa+2pe); E=2 A
P1 ( x1  1)
m = Apa + Epe; m = Apa + 2Ape; m = A(pa+2pe) m = p1 x1 + p2 (  1), e operando, resulta a função de demanda para o
P2
8. Suponha uma função utilidade u ( x1 , x 2 )  ln x1  x 2 . Encontre a curva de m  p1  p 2
Engel e a curva de demanda para o bem 1. bem 1: x1 = .
2p 1
Solução
m
1 p1
Umg=  m Curva de Engel Curva de Engel
x1 p2
p2
x1=
p1

30
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 5. Demanda Individual.
12. Prove que, em um conjunto de n bens, pelo menos um entre eles não poderá ser
x1 bem de Giffen.
x1 1 Solução
A inclinação da curva de Engel é: = . Como p1 é um valor positivo, a
m 2 p1 Bem de Giffen é aquele que quando o preço diminui a demanda também diminui. Se
inclinação é também positiva, logo se trata de um bem normal. A inclinação maior todos os n bens forem bens de Giffen, quando o preço diminuir vai diminuir a
ou menor depende dos valores de p1. demanda e o consumidor não encontraria bens onde gastar toda a sua renda na
escolha ótima. Sendo assim, um dos n bens não pode ser bem de Giffen para compor
x1 1 p2 a demanda do consumidor que não é formada pelo bem Giffen.
A inclinação da função de demanda é =   , e como p1 e p2 são
p1 2 p12 p12
m1 / 2
valores positivos, a derivada é negativa, logo são bens comuns (não Giffen). 13. Suponha um consumidor com a seguinte função de demanda x  10 .
p
Sendo o preço do bem igual a 1, pode-se afirmar que se trata de um bem de luxo.
10. O que você entende por bem de Giffen? Apresente o caminho de expansão da Verdadeiro ou falso. Justifique sua resposta.
renda e a curva preço consumo de um bem de Giffen.
Solução
Solução
No caso dos bens de luxo, quando a renda aumenta o consumo aumenta numa
Bem de Giffen é um caso especial de bens inferiores em que variações de preço proporção maior que a renda. Para isto, observamos os valores da derivada:
levam a variações de demanda na mesma diereção.
Para P=1, a função de demanda fica x  10.m1 / 2 .
x2 x 5 2x 5
curva de renda consumo Curva de preço consumo Primeira derivada  1 / 2 e segunda derivada  é negativa
m m 2
 m 2m 3 / 2
para qualquer valor de m com m >0. Isto significa que as quantidades demandadas
variam positivamente com a renda, mas a taxas decrescentes. Assim, o incremento
de renda levará a um incremento das quantidades demandadas, sim, mas este
x1 x1 aumento será proporcionalmente menor.

11. Em determinado país, a construção de piscinas públicas gerou um aumento de 14. Desenhe o caminho de expansão e a curva de Engel para preferências côncavas e
utilização de piscinas para a população. Com isso se verificou um aumento na homotéticas.
demanda dos calções de banho. Pode-se portanto afirmar que calções de banho e
piscinas são bens substitutos? Solução

Solução Preferências Homotéticas


X2 m
Falso, o aumento da quantidade de piscinas levou a um aumento da quantidade de renda-consumo curva de Engel
calções de banho, o que caracteriza os bens como complementares. Se fossem x1 x1
substitutos um aumentaria e outro diminuiria. Preferências côncavas

31
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 5. Demanda Individual.
X2 m curva de Engel 17. Sobre a teoria da demanda podemos afirmar que:
m= x1 a) A curva de DA inversa mede o preço ao qual será demandada uma certa
quantidade.
b) A função demanda por um bem de um consumidor, em geral, depende
apenas dos preços dos bens em questão.
c) Um bem normal é aquele para o qual a demanda aumenta quando o preço
Renda consumo X1 x1 diminui. Um bem inferior e aquele para o qual a demanda aumenta quando
a renda aumenta.
d) Um bem de Giffen é aquele para o qual a demanda aumenta quando seu
15. Todo bem inferior é um bem de Giffen. Verdadeiro ou falso. Justifique. preço diminui.
e) A curva de Engel é o gráfico da demanda por um dos bens como função do
Solução seu preço, com todos os demais preços mantidos constantes.

Bem inferior é aquele que vê diminuir sua demanda quando a renda aumenta. Bem Solução
de Giffen é um tipo específico de bem inferior, onde, por causa do efeito renda que
tem lugar nas variações de preços, uma diminuição dos preços levará a diminuições a) Verdadeiro.
da demanda. Sendo assim, todo bem de Giffen é um bem inferior, mas nem todo b) Falso. Depende também da renda: x1 = (p1, p2, m).
bem inferior é um bem de Giffen. Em qualquer caso, os bens são inferiores ou c) Falso. Bem normal: a demanda pelo bem aumenta quando a renda aumenta.
Giffen de acordo com o comportamento do consumidor. Ex: ônibus é um bem x1
inferior e não é um bem de Giffen, quando o preço da passagem diminui a demanda 0
não diminui. m
Bem inferior: a demanda pelo bem diminui quando a renda aumenta.
16. Determine se dois bens são substitutos ou complementares para indivíduos com x1
0
funções utilidade u ( x1 , x 2 )  x1 x 2 . m
d) Falso. Bem de Giffen: a demanda pelo bem diminui quando seu preço
Solução diminui.
e) Falso. Curva de Engel: gráfico da demanda de um dos bens como função da
Trata-se de funções de utilidade Cobb-Douglas. Por tanto, renda, com os preços constantes.
m x1
x2 p
 1
 .x 2 m 18. Sobre a teoria da demanda podemos afirmar que:
p1 x 2
Umg = x 1 p2 x1= ; x1= 2p1
(i) A demanda de um consumidor por um bem pode ser obtida
m simplesmente a partir de informações sobre suas preferências pelos bens
m p1 m x2 existentes e a partir de sua restrição orçamentária.
 .x 1  .x 1 2p 2
X2= p 2 p2 x2 = p 2 x1 ; x2= (ii) Dois bens são substitutos quando uma redução no preço de
um deles ocasiona uma majoração na quantidade demandada do outro.

A quantidade do bem 2 não depende do preço do bem 1 e vice-versa, sendo assim Solução
são bens independentes.
(i) Correta. Sempre que as hipóteses relativas ao comportamento
maximizador forem cumpridas.

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 5. Demanda Individual.
(ii) Errada. Dois bem são substitutos quando a demanda de um dos bens (b) Os dois bens são normais ou inferiores?
subir quando o preço do outro aumentar.
x1 Solução
0
p2 (a) R.O: pxx +pyy =m (1)
UMgx y 1
19. Sobre a teoria do consumidor pode se dizer que: TMS  
UMgy x2
(a) Para um indivíduo com função de utilidade u(x,y)= x  y , os dois bens são Escolha ótima:
substitutos.
px y  1 px
(b) A curva de Engel de um bem normal é sempre uma linha reta. TMS  ;  ; p y  y  1  p x  x  2 ; p y y  p y  p x  x  2;
(c) Se as curvas de indiferença fossem convexas em relação a origem, o py x  2 py
consumidor compraria apenas uns dos dois bens. p x  x  2  p y
(d) As Curvas de Engel descrevem a relação entre a quantidade consumida de y (2)
uma mercadoria e a renda dos consumidores. py
(e) Um caso pouco comum mas interessante é aquele onde a quantidade Substituindo (2) em (1):
demandada varia na mesma direção da variação do preço (bem de Giffen). Isto  px  x  2  p y 
ocasiona uma inclinação crescente e depois decrescente na curva de demanda px x  p y  m
individual.  p 
 y 
px x  px  x  2  p y  m
Solução
px x  px x  2 px  p y  m
(a) Correto. u ( x, y )  x  y  ( x  y )1 / 2 é uma transformação monotônica 2 px x  2 px  m  p y
de w( x, y )  x  y , que é uma função de bens substitutos.
m  p y  2 px
(b) Errado. A curva de Engel será uma linha reta somente em casos de x
preferências homotéticas – a cesta demandada aumentará ou diminuirá na mesma 2 px
proporção do aumento/diminuição da renda, ou seja, se duplicarmos a renda x 1
duplicaremos também a demanda de cada bem, o que implica que as curvas de  0
p y 2 px
Engel sejam também linhas retas. Um bem poder ser normal e não
necessariamente apresentar uma linha reta como curva de Engel, exemplo bem de Os dois bens são substitutos, visto que quando py aumenta x também
luxo (sua demanda aumenta quando a renda aumenta, mais o aumento na aumenta .
quantidade demandada é maior proporcionalmente do que o aumento da renda).
(c) Errado. Convexidade: diversificação – se consome os dois bens juntos. x 1
(d) Correto. (b)   0  x é um bem normal, a demanda por x varia no mesmo
m 2 p x
(e) Correto. Bem de Giffen: quando o preço do bem diminui a quantidade
sentido da renda, quando a renda aumenta a quantidade demandada por x
demandada por ele também diminui.
também aumenta.
20. A função de utilidade de um consumidor é u ( x, y )  xy  x  2 y . Sabendo-se
que px e py são os preços dos bens 1 e 2 respectivamente, ambos positivos, pergunta-
se:
(a) Os dois bens são complementares ou substitutos?

33
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 5. Demanda Individual.
 m  p y  2 px 
p x   2   p y
 2 px 
y
py
 m  p y  2 px 
   py
 2 
y  
py
m  p y  2 px  2 p y
y
py
y 1
  0  y é um bem normal.
m py

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 6. Preferência Revelada.
CAPITULO 6.
PREFERÊNCIA REVELADA
A B C
(1) 75 70 80

1. Suponha que a cesta (x1, x2) tenha sido escolhida com preços (p1, p2) e renda (2) 70 68 67

m, sendo p1 x1  p 2 x 2  p1 y1  p 2 y 2 . Suponha ainda que a cesta (y1, y2) (3) 63 65 60


tenha sido escolhida quando os preços eram (q1,q2), sendo Marque V ou F, justificando sua resposta:
q1 z1  q 2 z 2  q1 y1  q 2 y 2 , mas p1 x1  p 2 x 2  p1 z1  p 2 z 2 . Pelo a) “A” é diretamente revelada como preferida à “C”.
axioma fraco da preferência revelada pode-se afirmar que a cesta (x1, x2) foi
revelada preferível à cesta (z1, z2). Verdadeiro ou falso. Justifique sua resposta. b) “A” é diretamente revelada como preferida à “B”.
c) A cesta “A” é a melhor de todas.
Solução
d) “B” e “C” nunca devem ser compradas.
Falso. Com as informações acima, temos que (x1,x2) é diretamente revelada como e) De acordo com a tabela, duas cestas são diretamente reveladas como preferidas
preferida à (y1,y2), e (y1,y2) é diretamente revelada como preferida à (z 1,z2). Logo, a e uma é indiretamente revelada como preferida.
cesta (x1,x2) é indiretamente revelada como preferida à cesta (z 1,z2). O Axioma Fraco
se refere apenas às cestas diretamente reveladas como preferidas. Somente o f) Caso o consumidor fique rico, ao sistema de preços tal que a cesta “C” seja a
princípio da transitividade, considerado pelo Axioma Forte da Preferência Revelada, mais cara, ele deveria comprar esta cesta.
nos garante que (x1,x2) é (indiretamente) revelada como preferida à (z 1,z2). Trata-se Solução
de uma situação como a seguinte:

(1) A B; (2) B C e A C; (3) as cestas não podem ser comparadas.
X
Y a) F (quando a cesta “A” foi escolhida, “C” não estava disponível).
b) V (quando “A” foi escolhida, “B” poderia ter sido escolhida).
Z c) F (só podemos dizer que ela é preferível, não melhor).
d) Falso. Apenas se a cesta “A” também estiver disponível. Dependendo do
orçamento e dos preços, elas podem ser escolhidas, sempre que a cesta A não
esteja disponível).
2. Considerando as seguintes informações: e) Verdadeiro. “A” é diretamente revelada preferida à “B”, “B” é diretamente
Quando o sistema (1) de preços vigora, a cesta “A” é escolhida; revelada pref. à “C” e “A” é indiretamente revelada preferida à “C”.
f) Falso. Como visto no item acima, a cesta “A” foi indiretamente revelada como
Quando o sistema (2) de preços vigora, a cesta “B” é escolhida; preferida à cesta “C”. Assim, quando ambas estiverem disponíveis, a cesta “A”
Quando o sistema (3) de preços vigora, a cesta “C” é escolhida. deverá ser a cesta escolhida. Sendo a cesta “C” a mais cara de todas, as três
cestas estarão disponíveis, logo “A” deverá ser adquirida).
E considerando a tabela abaixo onde constam as rendas necessárias para comprar
cada cesta,
3. Quando os preços são (p1;p2) = (3;5), um consumidor demanda (X1;X2) =
(15;20). Quando os preços são (q 1;q2) = (5;3), este mesmo consumidor demanda

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 6. Preferência Revelada.
(Y1;Y2) = (20;15). Esse comportamento é consistente com o modelo de 6. Dado três cestas de bens e serviços X, Y e Z. Um consumidor racional
comportamento maximizador? Por que? poderia gastar sua renda “m”, revelando X  >Y, Y >Z e Z >X  ? Ilustre
em um gráfico com dois bens.
Solução
Solução
Quando (x1,x2) é escolhida, ou seja, com os preços (P1, P2), temos:
P1X1+P2X2 = 3*15 + 5*20 = 145 Não. Não há nenhuma curva de indiferença que passe por Z que seja superior a
P1Y1+P2Y2 = 3*20 + 5*15 = 135 aquela que passa por X, para qualquer conjunto de preços. E se houver, ela cortaria
Então a cesta (x1,x2) é diretamente revelada preferida à cesta (y 1,y2), dado que X às CI anteriores, rompendo hipóteses sobre o comportamento maximizador expresso
foi escolhida quando as duas cestas estavam disponíveis. a través de CI.

Quando (y1,y2) é escolhida, ou seja, com os preços (Q1, Q2), temos: Bem 1
Q1X1+Q2X2 = 5*15 + 3*20 = 135
Q1Y1+Q2Y2 = 5*20 + 3*15 = 145 X
Então a cesta Y foi escolhida quando X estava disponível, logo (y 1,y2) é
diretamente revelada como preferível à (x 1,x2). Esse comportamento não pode
ser consistente com o modelo de comportamento maximizador. Ele não obedece Y
ao AFrPR.

4. Quais das relações abaixo podem ser utilizadas apenas para indicar que a cesta Z
X é diretamente revelada como preferida à cesta Y ?
Bem 2
i) P Y = P X  iii) P Y > P X
ii) P X ≥ P Y iv) P Y < P X
7. Considere X e Y como representações das quantidades de dois bens que estão na
Solução cesta de preferências de um consumidor individual. Qual dos gráficos abaixo
pode ser utilizado para explicar o Axioma Fraco da Preferência Revelada?
PY = PX  (fracamente preferida); PX ≥ PY e PY < Admita que os pontos “A” e “B” representem cestas que tenham sido
PX diretamente reveladas como preferidas às demais cestas disponíveis.
Y Y
5. Admita agora que existe uma outra cesta Z = ( z1 , z2 , z3 , . . . , zn ), que por sua
vez possa ser diretamente revelada como preferida à Y  = ( y1 , y2 , y3 , . . . , yn ).
Neste caso, pode-se estabelecer alguma relação entre as cestas X e Z ? A
Graf.
Solução
1
A B
Sim. Pelo princípio da transitividade, se X é diretamente revelada como preferida à
Y e Y é diretamente revelada como preferida à Y, X está sendo indiretamente
revelada como preferida à cesta Z. B
C
X X
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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 6. Preferência Revelada.
Solução
Quando (y1,y2) é escolhida, temos:
O gráfico 1 permite comparar cestas, revelando comportamento não maximizador. Q1X1+Q2X2 = 5
Q1Y1+Q2Y2 = 4
O gráfico 2 permite comparar cestas revelando o cumprimento do AFRPR. Então a cesta Y foi escolhida quando X não estava disponível.

Esse comportamento é coerente com o modelo de comportamento maximizador,


8. VARIAN. Quando os preços são (p1,p2) = (1,2), um consumidor demanda (x1,x2) embora não é possível tirar conclusões sobre PR pela impossibilidade de
= (1,2). Quando os preços são (q 1,q2) = (2,1), o consumidor demanda (y 1,y2) = comparar cestas.
(2,1). Esse comportamento é consistente com o modelo de comportamento
maximizador? Por que?
10. VARIAN. No exercício anterior, qual cesta é preferida pelo consumidor, a cesta
Solução X ou a cesta Y?

Quando (x1,x2) é escolhida, temos: Solução


P1X1+P2X2 = 5
P1Y1+P2Y2 = 4 Não podemos saber. As observações não permitem comparações entre as cestas, pois
Então a cesta (x1,x2) é diretamente revelada preferida à cesta (y 1,y2), dado que X no momento que uma era escolhida, a outra não estava disponível.
foi escolhida quando as duas cestas estavam disponíveis.

Quando (y1,y2) é escolhida, temos: 11. VARIAN. Vimos que o ajustamento da Previdência Social para as variações de
Q1X1+Q2X2 = 4 preços tipicamente fariam com que os beneficiários ficassem pelo menos tão
Q1Y1+Q2Y2 = 5 bem quanto estavam no ano-base. Que tipo de variações de preços deixaria os
Então a cesta Y foi escolhida quando X estava disponível, logo (y 1,y2) é beneficiários exatamente na mesma situação, independentemente de suas
diretamente revelada como preferível à (x1,x2). preferências?

Esse comportamento não pode ser consistente com o modelo de comportamento Solução
maximizador. Ele viola o AFrPR.
Variações nos preços onde os preços relativos do período atual coincidam (ou sejam
proporcionais) com os preços do período base da indexação.
9. VARIAN. Quando os preços são (p1,p2) = (2,1), um consumidor demanda (x1,x2)
= (1,2). Quando os preços são (q 1,q2) = (1,2), o consumidor demanda (y 1,y2) = 12. VARIAN. No mesmo contexto da questão anterior, que tipo de preferências
(2,1). Esse comportamento é consistente com o modelo de comportamento deixaria o consumidor exatamente como no ano-base, para todas as variações de
maximizador? Por que? preços?

Solução Solução

Quando (x1, x2) é escolhida, temos: Preferências aplicadas à bens complementares perfeitos, pois para qualquer nível de
P1X1+P2X2 = 4 preços relativos, ou seja, para qualquer inclinação da restrição orçamentária, o
P1Y1+P2Y2 = 5 consumidor não irá alterar seu nível de satisfação.
Então a cesta (x1,x2), mas a cesta (y1,y2) não estava disponível.

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 6. Preferência Revelada.
b) Sim. As cestas A e B são reveladas como preferidas às cestas C, D e E.
Bem 1 Quando A é escolhida, B não está disponível e, quando B é escolhida, A não está
disponível.
A cesta C é revelada como preferida às cestas D e E, mas quando C é
escolhida, A e B não estão disponíveis e, quando D e E são escolhidas, C não está
disponível.
Quando D ou E são escolhidas, nenhuma outra cesta está disponível. Então
esse comportamento é consistente com o AFrPR.

14. Suponha que Joyce e Ricardo gastem cada um $24 por semana com
entretenimentos de vídeo e cinema. Quando os preços de vídeo e cinema estão
Bem 2 em $4, Joyce e Ricardo alugam ambos 3 vídeos e compram cada um 3 entradas
de cinema. Após algum tempo, o preço do vídeo cai para $2 e a entrada de
cinema sobe para $6. Joyce passa então a alugar seis vídeos e comprar duas
13. Segue abaixo a tabela de preços e demandas de um consumidor cujo
entradas de cinema por semana. O Ricardo, entretanto, passa a comprar uma
comportamento foi observado em cinco diferentes situações:
entrada de cinema e alugar nove vídeos por semana.
a) Joyce estaria em uma situação pior ou melhor após a modificação nos preços ?
Situação p1 p2 x1 x2
b) Ricardo estaria em uma situação pior ou melhor após a modificação nos preços ?
A 1 1 5 35
B 1 2 35 10 Solução:
C 1 1 10 15
D 3 1 5 15 Período Pc Pv c v
E 1 2 10 10 T 4 4 3 3
Joyce
T+1 6 2 2 6
a) Trace cada uma das retas orçamentárias identificando os pontos escolhidos pelas T 4 4 3 3
letras A, B, C, D e E. Ricardo
T+1 6 2 1 9
b) O comportamento deste consumidor é consistente com o Axioma Fraco da
Preferência Revelada? - Joyce:
Solução:
Quando (ct, vt) é escolhida, ou seja, com os preços (pct, pvt), temos:
a) pct ct + pvt vt = 4-*3 + 4*3 = 24
pct ct+1 + pvt vt+1 = 4-*2 + 4*6 = 32
A cesta (ct, vt) foi escolhida quando (ct+1, vt+1) não estava disponível.
Quando (ct+1, vt+1) é escolhida, ou seja, com os preços (pct+1, pvt+1), temos:
pct+1 ct+1 + pvt+1 vt+1 = 6*2 +2*6 = 24
pct+1 ct + pvt+1 vt = 6*3 +2*3 = 24
Então a cesta (ct+1, vt+1) (ct, vt) é diretamente revelada preferida à cesta (c t, vt), dado
que (ct+1, vt+1) foi escolhida quando as duas cestas estavam disponíveis.
a) Joyce estaria numa situação melhor. Com a mudança de preços, ela se situa numa
curva de indiferença mais deslocada à direita.

38
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 6. Preferência Revelada.
a) Quando a cesta X0 é escolhida, ele gasta P 0X0’=1*4+3*2=10 para sua aquisição.
- Ricardo: No mesmo momento, a cesta X1 custaria P0X1’=1*3+3*1=6. Assim, dado que X 1
também estava disponível, podemos concluir que X 0 foi revelada como preferida a
Quando (ct, vt) é escolhida, ou seja, com os preços (pct, pvt), temos: X1. Porém, quando ele escolhe a cesta X1, ele gasta P1X1’=3*3+5*1=14 e o custo da
pct ct + pvt vt = 4-*3 + 4*3 = 24 cesta X0 seria de P1X0’=3*4+5*2=22. Logo, ele não viola o AFRPR, mas nada pode
pct ct+1 + pvt vt+1 = 4-*1+ 4*9 = 40 se dizer sobre suas preferências.
A cesta (ct, vt) foi escolhida quando (ct+1, vt+1) não estava disponível.
Quando (ct+1, vt+1) é escolhida, ou seja, com os preços (pct+1, pvt+1), temos: b) Seguindo o mesmo raciocínio do item anterior, quando X0 é escolhida,
pct+1 ct+1 + pvt+1 vt+1 = 6*1 +2*9 = 24 P0X0=1*10+6*5= 40 e P0X1=1*8+6*4=32, logo ele revela que X0 X1, dado que
pct+1 ct + pvt+1 vt = 6*3 +2*3 = 24 ambas poderiam ter sido compradas. Quando ele adquiriu a cesta X 1,
Então a cesta (ct+1, vt+1) (ct, vt) é diretamente revelada preferida à cesta (ct, vt), dado P1X1’=3*8+5*4=44 e P1X0’=3*10+5*5=55, logo a cesta adquirida antes não estava
que (ct+1, vt+1) foi escolhida quando as duas cestas estavam disponíveis. disponível. Assim, ele não viola o AFRPR, mas nada pode se dizer sobre suas
b) O mesmo ocorre com Ricardo. preferências.

c) Quando a cesta X0 foi comprada, P0X0=1*3+2*1=5 e P0X1=1*1+2*2=5, ou seja,


ambas estavam disponíveis. Assim, o consumidor nos revelou que X 0 X1. No
momento 1, P1X0=2*3+2*1=8 e P1X1=2*1+2*2=6, e mais uma vez a cesta X0 não
estava disponível quando X1 é escolhida, assim não podemos afirmar que o
consumidor viole o AFRPR, mas nada pode se dizer sobre suas preferências

d) No momento 0, P0X0=2*20+6*10=100 e P0X1= 2*18+6*4=60, portanto ambas as


cestas estão disponíveis e podemos concluir que X 0 X1, dado que ele poderia ter
adquirido a cesta X1, mas não o fez. Já no momento 1, ele gastou
P1X1=3*18+5*4=74 para adquirir a cesta X1 e a cesta X0 teria custado
P1X0=3*20+5*10=110. Mais uma vez apenas a cesta X1 estava disponível, logo não
15. (Jehle e
há violação do Axioma Fraco da Preferência Revelada, mas nada pode se dizer sobre
Peny) O
suas preferências.

consumidor compra cestas xi aos preços pi, i = 0,1. Em cada um dos casos
abaixo, verifique se as escolhas realizadas satisfazem o Axioma Fraco da 16. (Jehle e Peny) O consumidor compra cestas xi aos preços pi, i = 0,1,2 , onde:
Preferência Revelada. 1 5 1  12  1  27 
  0   1   1   2   2  
a) p0 = (1,3), x0 = (4,2); p1 = (3,5), x1 = (3,1) 0
p   1  x  19  p  1 x   12  p   2  x   11 
b) p0 = (1,6), x0 = (10,5); p1 = (3,5), x1 = (8,4)  2 9 1  22  1  2
c) p0 = (1,2), x0 = (3,1); p1 = (2,2), x1 = (1,2)            
d) p0 = (2,6), x0 = (20,10); p1 = (3,5), x1 = (18,4)
a) Mostre que esses dados satisfazem o Axioma Fraco da Preferência
Revelada.
Solução b) Ache a intransitividade nas preferências reveladas.

Solução

39
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 6. Preferência Revelada.
Solução
preços cestas Valor das Cestas
C0 C1 C2 a) Falso. Não é necessária a função de utilidade do consumidor para inferirmos a
0 1 1 2 5 9 17 48 68 42 respeito da escolha do consumidor. Pelo gráfico, claramente ele viola o AfrPr, ou
1 1 1 1 12 12 22 31 46 40 seja, suas preferências são inconsistentes com o comportamento de um consumidor
2 1 2 1 27 11 2 40 58 51 maximizador.

a) As escolhas foram xi ao Pi, ou seja, em P1 escolheu X1, em P2 escolheu X2 e em P3 b) Falso. Se as preferências fossem côncavas, teríamos soluções de canto, dado que
escolheu X3. C0  C2 ; C1  C0 ; C1  C2; C2 C0 . estas são as cestas maximizadoras.
c) Falso. Não se pode saber. Embora aos preços (q 1, q2), a cesta X2 esteja dentro de
b) Intrasitividade: Se C2 C0 e C1 seu conjunto orçamentário e aos preços (p 1, p2) esteja sobre o conjunto orçamentário,
 C , então
0 C1 C , 0 logo há transitividade.
o valor do orçamento é relativo aos preços vigentes.

d) Falso. Não há nada que impeça que as linhas orçamentárias se cruzarem, ao


17. ANPEC 94. Através da observação direta verificou-se que um consumidor fez
contrário das curvas de indiferença.
as seguintes escolhas:
(i) Quando os preços (p1,p2) prevaleciam, o consumidor escolhia a cesta x1.
18. ANPEC 94. Três indivíduos participam de um comitê encarregado de apreciar
(ii) Quando os preços (q1,q2) prevaleciam, o consumidor escolhia a cesta x2.
os projetos A, B e C. Sabe-se que o símbolo < representa a relação “é pior que” e
As retas orçamentárias AB e CD embutem os preços que prevaleciam nas situações
que as preferências dos indivíduos são as seguintes:
(i) e (ii), respectivamente. Sobre o comportamento observado podemos dizer que:
Indivíduo 1: A<B<C; Indivíduo 2: B<C<A; Indivíduo 3: C<A<B
a) Por não ter acesso à função de utilidade do consumidor, nada se pode
O processo decisório do comitê recomenda considerar as alternativas duas a duas,
afirmar sobre a consistência das escolhas feitas.
escolhendo o projeto vencedor por maioria simples. Nestas condições, pode-se
b) Pode-se afirmar que o consumidor teria feito escolhas consistentes se as
afirmar que:
curvas de indiferença fossem côncavas em relação à origem.
a) As preferências do comitê seriam completas.
c) Sabe-se que o custo da cesta x2 aos preços (p1,p2) é maior que o custo da b) As preferências do comitê não seriam transitivas.
mesma cesta aos preços (q1,q2). c) O comitê poderia ser considerado um núcleo decisório típico contemplado
d) Uma situação como esta não é usual posto que as linhas orçamentárias, em pela Teoria do Consumidor.
geral, não se cruzam. d) O ordenamento dos projetos pelo comitê é idêntico às preferências do
indivíduo 1.
Bem 2
Solução
A
Como o comitê considera as alternativas duas a duas, suas escolhas são: B>A, A>C
e C>B.

C x2 a) Verdadeiro. É possível compará-las duas a duas.


b) Verdadeiro. A>B e C>B, então A>B, mas de acordo com a escolha B>A
c) Falso. Pois não respeita a transitividade, violando o AFOPR.
x1 d) Verdadeiro. Se B>A e C>B, então A<B, e por tanto A<B<C, tal e como foi a
escolha do comitê.
B D Bem 1
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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 6. Preferência Revelada.
19. A tabela abaixo apresenta os preços em 1830, 1850, 1890 e 1913 para cereais, Solução
carne, leite e batatas na Suécia, coletados por Gunnar Myrdal da Universidade de
Estocolmo. Estas quatro mercadorias representaram 2/3 do orçamento sueco para Preços Quantidades
alimentação. 1830 1850 1890 1913 1850 1890
Cereais 0,14 0,14 0,16 0,19 165 220
Preço em Kg / coroa carne 0,28 0,34 0,66 0,85 22 42
1830 1850 1890 1913 leite 0,07 0,08 0,1 0,13 120 180
Cereais 0,14 0,14 0,16 0,19 batatas 0,032 0,044 0,051 0,064 200 200
Carne 0,28 0,34 0,66 0,85
Leite (l) 0,07 0,08 0,10 0,13
Valor da cesta 1850 aos preços de
Batatas 0,032 0,044 0,051 0,064
1830 1850 1890 1913
Cereais 23,1 23,1 26,4 31,35
A tabela abaixo apresenta as cestas de consumo típicas da classe trabalhadora em
1850 e 1890. carne 6,16 7,48 14,52 18,7
leite 8,4 9,6 12 15,6
Quantidades em Kg por ano batatas 6,4 8,8 10,2 12,8
1850 1890 Total 44,1 49,0 63,1 78,5
Cereais 165 220 Valor da cesta 1890 aos preços de
Carne 22 42 1830 1850 1890 1913
Leite (l/a) 120 180 Cereais 30,8 30,8 35,2 41,8
Batatas 200 200 carne 11,76 14,28 27,72 35,7
leite 12,6 14,4 18 23,4
a) Complete a tabela abaixo, que relata o custo anual das cestas de 1850 e 1890 aos batatas 6,4 8,8 10,2 12,8
vários preços dos anos considerados. Total 61,6 68,3 91,1 113,7

Custo Cesta de 1850 Cesta de 1890 a)


Custo a Preços de 1830 44,1 61,6 Sumatórios ou valores agregados das cestas
Custo a Preços de 1850 Custo Cesta de 1850 Cesta de 1890
Custo a Preços de 1890 Preço 1830 44,1 61,6
Custos a Preço de 1913 Preço 1850 48,98 68,3
Preço 1890 63,12 91,1
b) A cesta de 1890 é preferida à cesta de 1850? Por que?
Preço 1913 78,45 113,7
c) Calcule o índice de quantidade de Laspeyres da cesta de consumo de 1890,
considerando o ano de 1850 como base.
b) A cesta de 1890 é melhor porque aos mesmos preços (independentemente
d) Idem para o índice de quantidade de Paasche
de qual seja o ano escolhido) tem um valor maior, ou seja, em 1890 poderia ter sido
e) Calcule o índice de preços Laspeyres para 1890, considerando o ano base de
escolhida a cesta de 1850. Mas a escolhida foi a de 1890.
1850.

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 6. Preferência Revelada.
c) M = PtQt / PbQb = 5600 / 4000 = 1,4
c) d) Lp = PtQb / PbQb = 4480 / 4000 = 1,2
e) Pq = PtQt / PtQb = 5600 / 4480 = 1,25
f) Sendo Pq > 1 e PtQt>PtQb, então ele poderia ter escolhido a mesma cesta do
período base, mas não escolheu, logo, ele está numa situação melhor no período
d) atual.

21. Considere a matriz de quantidades e preços observados em dois períodos


consecutivos para uma cesta de mercadorias compostas nos seguintes itens:
e)
PERÍODO INICIAL PERÍODO FINAL
Bens e serviços Po Qo Pt Qt
Alimentação 2,00 10,00 2,50 8,00
Transporte 5,00 4,00 4,00 6,00
20. Considere as seguintes observações feitas em dois períodos consecutivos sobre Habitação 3,00 2,00 4,00 1,50
o comportamento de um indivíduo que gasta sua renda com uma cesta de Vestuário 4,00 3,00 5,00 2,50
mercadorias: Educação 2,50 3,00 2,00 3,50
Lazer 1,50 1,00 2,50 1,00
Despesa que teve no período inicial $ 4000,00
a) Qual o índice de preços de Paasche?
Despesa que teve no período final $ 5600,00
b) Qual o índice de quantidades de Laspeyres?
Despesa que teria com as quantidades iniciais aos preços finais $ 4480,00
c) Qual o índice de variação nominal da despesa do consumidor?
Despesa que teria com as quantidades finais aos preços iniciais $ 5600,00
d) Qual o índice de preços de Laspeyres?
a) Qual o índice de preços de Paasche? e) Qual o índice de quantidades de Paasche?
b) Qual o índice de quantidades de Laspeyres? f) O que se pode dizer sobre o nível de bem-estar dos indivíduos de um
c) Qual o índice de variação nominal da despesa do consumidor? período para outro? (explique em um gráfico com curvas de indiferença e o
d) Qual o índice de preços de Laspeyres? índice de quantidades de Laspeyres).
e) Qual o índice de quantidades de Paasche?
f) O que se pode dizer sobre o nível de bem-estar do indivíduo de um período para Solução
outro? (explique em um gráfico com curvas de indiferença e o índice de quantum de
Paasche ) ∑p0q0 = 67,00
∑p0q1 = 70,75
Solução ∑p1q0 = 72,50
∑p1q1 = 72,00
Pb x Qb = 4.000
Pt x Qt = 5.600 a) Pp = 72 / 70,75 = 1,02
Pt x Qb = 4.480
Pb x Qt = 5.600 b) Lq = 70,75 / 67 = 1,06
a) Pp = PtQt / PbQt = 5600 / 5600 = 1 c) M = 72 / 67 = 1,07
b) Lq = PbQt / PbQb = 5600 / 4000 = 1,4

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 6. Preferência Revelada.

d) Lp = 72,5 / 67 = 1,08

e) Pq = 72 / 72,5 = 0,99

f) No período base, a cesta consumida tinha valor inferior à do período atual, ou seja,
a cesta do período atual não estava disponível. Desse modo, não podemos afirmar
nada sobre o nível de bem-estar dos indivíduos de um período para o outro, dado que
as cestas não são comparáveis.

IQL =
PQ 0 t
= 1,06; PQ > P Q ; ou seja, 70,75 >
P Q
0 t 0 t
0 o
67,00

 Qt (valor da cesta = 70,75)

 Qo (valor da cesta = 67,00) P0 ou preços do


ano base

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos 7e 8. Tecnologia e Maximização de lucros
CAPITULOS 7 E 8
TECNOLOGIA E MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO  (1 )
Produto médio do fator K= AK L (1 )
 AK  1 L
K
1. Diga como se comportam o formato e a posição das curvas de isoquantas
envolvendo dois fatores nas seguintes situações:  (1 )
Produto médio do fator L= AK L  AK  L
a) fatores perfeitamente substitutos; L
b) fatores combinados em proporções fixas, dado o estado da técnica; Novamente, observa-se pelo sinal do  associado a K e L nos seus produtos médios,
c) existência de retornas constantes, crescentes ou decrescentes de escala. que quando estes aumentam, tanto K como L decresce. Uma outra forma de
demonstrar isto é calculando as suas derivadas (segunda ordem para produto
Solução marginal e derivada do produto médio) que deverão ser negativas.

x2 3. Trace as isoquantas para as seguintes funções de produção e calcule o produto


a) f(x1,x2) = x1+x2 3 marginal do fator 1:
2
x1 a) y  x11 / 2 x 12 / 4 ;
2 3
b) f(x1,x2) = Min{ x1,x2} b) y  2 x1  x 2
x2
x1
c) y  min x1 ,2 x 2 
c) retornos constantes; a + b = 1
2f(x1,x2)=f(2x1,2x2) Solução
Retornos crescentes=a+b>1
tf(x1,x2)< f(tx1,tx2) 1
1

Retornos decrescentes=a+b<1 a) Pmg1= .x 24 x2


tf(x1,x2)> f(tx1,tx2) 2 x1
y = 1 = x11/2. x21/4 1
1
2. Determine o produto marginal e o produto médio da função Y = A K L(1-) x2= 1/4
x 12
conhecida como função Cobb-Douglas, sendo 0<  < 1. Demonstre que as funções
associadas aos mesmos são decrescentes. (NÃO ENTENDI)! 1 2 x1
Para valores específicos de x1 são obtidos os valores de x2. Experimente.
Solução
b) PMG1 = 2
y = 10 = 2x1+x2 x2
α+1-α = 1, logo trata-se de função de produção com rendimentos constantes de x1=5- x2/2
escala. para 10
PMGk=AL(1-)α Kα-1 PMGL=A Kα (1-α)L1-α-1 = A Kα (1-α)L-α x1=5 x2 = 0
PMGk: como α -1<0, o valor de K α-1 está no denominador. Assim, quando K x1= 0 x2 =10 8
aumenta, seu produto marginal decresce (mantendo constante L).
PMGL: como –α < 0, o valor de Lα fica no denominador. Por tanto, quando L x1=1 x2 = 8 6
aumenta, seu produto marginal decresce (mantendo constante K). x1=2 x2 = 6

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos 7e 8. Tecnologia e Maximização de lucros
1 2 5 x1 d2y
c) O produto marginal do fator 1 fator é zero, dado que qualquer aumento da = (2/3). (-1/3) (x2) -4/3. (x1)1/2 < 0 para qualquer valor de x1>0, o que
quantidade de fator 1 não levaria a incrementos de produção se o outro fator d 2 x1
permanecer constante. demonstra que o PMG do fator 2 é decrescente.
x2
4
Y(x1;x2) = Min{x1,2x2} c) Falso.
Y(5;4) = Min{5;8}=5 2,5 1 2 7
  >1 a soma dos coeficientes é maior do que 1, por tanto, a firma opera
Y(10;2,5) = Min{10;5}=5 2 3 6
Y(5;2,5) = Min{5;5}=5 com rendimentos crescentes a escala.
5 10 x1
5. A função de produção y  x1a x 2b , sendo a e b>0, tem que produtos marginais?
4. Afirme se é verdadeiro ou falso, justificando sua resposta. Na função de produção
Determine a taxa marginal de substituição técnica? Em algum momento o produto
y  x11 / 2 x 22 / 3 : marginal de algum dos fatores se torna negativo? Para que valores de a e b a função
a) o fator 1 tem produto marginal decrescente; de produção terá retornos constantes de escala? Prove que as isoquantas dela
b) o fator 2 tem produto marginal crescente; provenientes são convexas em relação à origem.
c) os retornos de escala são decrescentes.
Solução
Solução

Pmg1=ax1a-1x2b
a) Verdadeiro. Pmg2=bx1ax2b-1
1 2/3 ax 1a -1 x b2 ax 2
PMG 1 = ( x1 ) 1 / 2 .x 2  0 para qualquer valor de x1>0 
2 TMST = . O produto marginal de x1 se torna negativo quando a<0
A condição de segunda ordem de convexidade é que a derivada segunda (do produto
bx 1a x b2 1 bx 1
marginal) deve ser < 0. ou b<0, o que não pode acontecer nunca porque são parâmetros positivos.

Para a + b = 1 a função terá retornos constantes de escala.


d2y
2 = (½). (-1/2) (x1) -3/2 (x2)2/3< 0 para qualquer valor de x1>0, o que demonstra
d x1 À medida que aumentamos a quantidade do fator 1 e ajustamos o fator 2 para
que o PMG do fator 1 é decrescente. permanecermos na mesma isoquanta, a taxa marginal de substituição técnica
diminui, ou seja, a diminuição da TMST significa que a inclinação de uma isoquanta
b) Falso. tem de diminuir em valor absoluto à medida que nos movemos ao longo da
2 isoquanta na direção do aumento de x1, e tem de aumentar à medida que nos
PMG 2 = ( x 2 ) 1 / 3 .( x1 )1 / 2  0 para qualquer valor de x1>0 movemos na direção do aumento de x2, o que significa que as isoquantas terão o
3 mesmo formato convexo das curvas de indiferença bem-comportadas.
A condição de segunda ordem de convexidade é que a derivada segunda (do produto
marginal) deve ser < 0
6. Para uma firma com uma função de produção Q(x,y) = x + y, os dois fatores x e y
são substitutos perfeitos ? Por que?

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos 7e 8. Tecnologia e Maximização de lucros
y(tx1,tx2)=t2v A [  (x1) – b . (1-) (x2) – b ] - v / b
Solução y(tx1,tx2)=t2v y
Rendimentos constantes de escala: y(tx1,tx2)=ty(x1,x2)
Sim, pois a quantidade total produzida depende apenas da soma entre x e y. Rendimentos crescentes de escala: y(tx1,tx2) > ty(x1,x2)
Mantendo constante o produto, se altero um fator tenho que alterar o outro numa Rendimentos decrescentes de escala: y(tx1,tx2) < ty(x1,x2)
proporção constante, que neste caso é 1 . Para v >0,5:
t2vy > ty (rendimentos crescentes de escala)
Logo se v >1, os rendimentos de escala são crescentes.
7. Que razões podem ser alinhadas para explicar que, no longo prazo, os
rendimentos de escala não seriam constantes?
9. Por que no curto prazo algumas firmas poderão operar com prejuízo?
Solução
Solução
- Os rendimentos não seriam constantes no caso em que uma empresa tornar-se tão
grande que não poderia operar de maneira efetiva, isso significa dizer que a empresa
não tem rendimentos constantes de escala em todos os níveis de produção, dado que, Porque no curto prazo alguns fatores tem de ser utilizados em quantidades
devido a problemas de coordenação, ela pode entrar numa região de rendimentos predeterminadas, sendo assim mesmo que a produção seja zero , vão existir custos
decrescentes de escala; fixos.

- a empresa poderia tornar-se tão grande que dominaria totalmente o mercado de seu 10. O que distingue os fatores quase-fixos dos fatores fixos?
produto e pararia de agir competitivamente;
Solução
- na verdade as firmas só podem obter retornos constantes de escala no longo prazo.
Se a firma obtiver rendimentos a escala para uma tecnologia dada, esta seria imitada,
a produção da indústria iria aumentar o que levaria a uma redução de lucros que Os fatores quase fixos são fatores de produção que têm uma quantidade fixa,
acabaria com os lucros. Todas as firmas operando com a mesma tecnologia é uma independente do nível de produção da empresa, desde que a produção seja positiva.
situação só compatível com rendimentos constantes a escala. Este efeito será Já os fatores fixos existem mesmo se a produção da empresa for zero.
analisado melhor no estudo do equilíbrio concorrencial do longo prazo.
11. A função de produção de uma firma é dada por Q = LK onde Q é o nível de
8. Demonstre que na função de produção y = A [  x1 – b . (1-) x2 – b ] - v / b , onde y produção, e L e K representam as quantidades dos dois fatores adquiridos para
é o nível de produção e x1 e x2 são as dotações dos fatores, se o parâmetro “v” é viabilizar a produção. Calcule a taxa marginal de substituição técnica entre os fatores
maior do que 1 os rendimentos de escala são crescentes. quando as quantidades contratadas de fatores forem iguais a L = 2 e K = 16. Nestas
Solução condições, se o preço do fator trabalho for pL= 10, qual será o preço do fator
capital?
Quando multiplicamos a produção por t (para t >1):
ty(x1,x2)=t A [  x1 – b . (1-) x2 – b ] - v / b =ty Solução
Ao multiplicarmos todos os insumos por t, teremos:
y(tx1,tx2)=A [  (tx1) – b . (1-) (tx2) – b ] - v / b Pmg L K 16
y (tx1,tx2)=A [  t– b (x1) – b . (1-) t– b (x2) – b ] - v / b TMSTLK=  
Pmg K L 2
y(tx1,tx2)=A [  t–2 b (x1) – b . (1-) (x2) – b ] - v / b
y(tx1,tx2)=t–2 b(-v/b) A [  (x1) – b . (1-) (x2) – b ] - v / b K=16 L=2 w=10

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos 7e 8. Tecnologia e Maximização de lucros
PmgL.p=w Pmgk.p=r d) PMG = PME = 20 para y = 80(NÃO ENTENDI)
K.p=w L.p=r
13. Suponha uma situação em que os mercados de produto e de fatores são
10 competitivos. O preço do bem produzido pela empresa é R$ 4,00 os preços do
16p=10 2. =r
16 insumo variável e fixo são R$ 1,00. A quantidade do insumo fixo é 2. A função de
p=
10
r=
20 produção é y  x11 / 2 x 2 . Calcule a quantidade de insumo utilizada, a quantidade de
16 16
produto vendido e o nível de lucros obtidos. No exercício acima, o que ocorreria se o
preço do insumo 1 fosse elevado para R$ 2,00? Demonstre graficamente.
12. Supondo uma função de produção representada pela tabela abaixo, responda aos
itens que se seguem: Solução
Terra Mão-de-Obra Produção Total 1 1 1
(fator fixo) (fator variável) PMG1= .x 2 ; p.PMG1 = w1; .x 2 .p = w1; .2.4  1
20 1 10 2 x1 2 x1 2 x1
20 2 30 2
x1 = 4 =16
20 3 60 y =x11/2x2 = 16 .2  8
20 4 80   y.p  x 1 .p x1  x 2 p x 2
20 5 95   8.4  16.1  2.1  32  18  14
20 6 102
20 7 105
1 1
20 8 105 Se w1=2; .x 2 .p = w1; .2 .4 = 2; x1 = 22 = 4
20 9 99 2 x1 2 x1
20 10 90 x1+x2 = 4 + 2 = 6
y = 4 .2  4
a) Qual a produtividade média da mão de obra quando a produção for 60?   4.4  4.2  2  6
b) Qual a produtividade marginal da mão de obra quando a produção for 102?  p x
c) Quando a produtividade marginal da mão de obra será igual a zero? intercepto =  x 2 2 ; intercepto 1= 14  2  4 ; Intercepto 2 = 6  2  2
d) Qual o nível de produção para o qual a produtividade média iguala a marginal? p p 4 4 4 4

Solução

a) Quando y = 60 x1=3 y inclinação=1/2


y 60
PME =   20 8
x1 3
y=f(x1,x2)=8
y 102  95 4
b) Y = 102; PMG= = 7
x1 65
2
c) PMG = 0 quando um variação no insumo não causar uma variação no produto. Ou
seja, quando x1 varia de 7 para 8.
X1

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos 7e 8. Tecnologia e Maximização de lucros
14. Uma importante fábrica de latas de cerveja de alumínio produz uma determinada função demanda de cada fator tem de ser uma função decrescente de seu preço. Em
quantidade do produto que pode ser definida por Q = 10.000L0,5, onde L representa a síntese maximizar lucros significa maximizar receita e minimizar custos.
quantidade de horas de trabalho. Suponha que a empresa opera em um ambiente
competitivo e o preço unitário de cada lata é de R$ 0,01. Na hipótese do salário dos 17. Suponha que a função de produção estimada do produto X é a seguinte:
trabalhadores ser igual a R$ 2,00/hora, qual é o número de horas de trabalho que a
empresa contratará? Q = K2 (2L – K)
L2
Solução Defina a taxa TMSTK,L num ponto e calcule os valores que assume para (L = 8,45; K
= 11) e (L = 30; K = 40).
1 5000
PMGL = 10000. ; p. PMGL = w; . .0,01  2 ; L=252 = 625 horas Solução
2 L L

15. Explique sinteticamente o significado dos seguintes conceitos: 4 KL  3K 2 K ( 4 L  3K )


PMGK=
2

a) Axioma Fraco da Maximização do Lucro; L L2
b) Produtividade marginal de um fator;
c) “Lei” dos rendimentos decrescentes”.  2 L2 K 2  2 LK 3 2 K 2 ( L  K )
PMG L  
L4 L3
Solução PMGK K ( 4 L  3K ) L3 L( 4 L  3K )
TMSTK , L   x 
a) Os lucros que a empresa obtém aos preços do período t têm de ser maiores PMGL L 2 2
2 K ( L  K ) 2 K ( L  K )
do que se ela utiliza-se o plano do período s e vice-versa. Se qualquer uma Para L = 8,45 e K = 11:
dessas desigualdades fosse violada a empresa não poderia ter sido L( 4 L  3K ) 6,76
maximizadora de lucros. A satisfação dessas duas desigualdades constitui o TMST 8 K , L    0,12
2 K ( L  K ) 56,1
axioma fraco de maximização de lucro.
Para L = 30 e K = 40:
b) O quanto vai variar a produção se aumentar a quantidade de um dos L(4 L  3K ) 0
TMST 8 K , L   0
insumos em uma unidade. 2 K ( L  K ) 800

c) O produto marginal de um fator diminui a medida que aumentamos mais e 18. As funções de produção relacionadas a seguir apresentam rendimentos
mais desse fator. Isso é chamado Lei do produto marginal decrescente. decrescentes, constantes ou crescentes de escala?
a) Q = 0,5KL
16. Discuta as condições genéricas que devem ser satisfeitas para que ocorra a b) Q = 2K + 3L
maximização do lucro da firma. c) Y = 3KL
d) Y = 2 K 1/4 L1/2
Solução e) Y = 0,5 K 1/2 L3/4
f) f (K,L) = (K+L)2
O valor do produto marginal de cada fator que é livre para variar tem de ser igual ao g) f (K,L) = 2K2 + 3L2
preço do fator. A lógica da maximização de lucros implica que a função oferta da h) f (K,L) = (KL) 0,5
empresa competitiva tem de ser uma função crescente do preço do produto e a i) f(K,L) = 3K/L + L2
j) f(K,L) = KL –K-1/2

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos 7e 8. Tecnologia e Maximização de lucros

Solução
K (t 2  t )
a) 0,5K(k) * L(k) = 0,5 K L . k2 > Q*k = (0,5 K L). k para todo k > 0, ou seja, 3    Retornos crescentes
L3 (1  t )
há rendimentos crescentes a escala.
b) 2Kk + 3Lk = k (2K + 3L) = k Q, ou seja, há rendimentos constantes a K (t 2  t )
escala. 3    Retornos constantes
L3 (1  t )
c) 3K(k) * L(k) = 3KL * k2 > kQ = 3KL . k para todo k > 0, ou seja, há
rendimentos crescentes a escala. K (t 2  t )
3   Retornos decrescentes
d) 2 (kK)1/4 * (kL)1/2 = 2 K 1/4 L 1/2 * k ½ + ¼ = Q k ¾ < kQ, logo ha rendimentos L 3
(1  t )
decrescentes a escala.
Neste caso, há diferentes tipos de rendimentos de escala segundo o nível de
e) 2 (kK)1/4 * (kL)3/4 = 2 K 1/4 L 3/4 * k 5/4 = Q k 5/4 > k Q, logo há rendimentos
produção.
crescentes a escala.
f) K2 k2 + 2 KL (k2) + Lk2 = (K+L)2 k2 = Q k2 > Qk, logo há rendimentos
crescentes a escala. f (tK , tL )  tKtL  t1 / 2 K 1 / 2
g) 2K2k2 + 3L2k2 = (2K2 + 3L2) k2 = Q k2 > Qk, logo há rendimentos crescentes tf ( K , L)  tKL  tK 1 / 2
a escala.
f (tK , tL )  tf ( K , L)  t 2 KL  tKL  t1 / 2 K 1 / 2  tK 1 / 2
h) = (KL) 0,5 = K 0,5 k 0,5 L 0,5 k 0,5 = (KL) 0,5 k = Qk, logo há rendimentos
constantes a escala.  KL (t 2  t )  K 1 / 2 (t  t1 / 2 )
i)
tK K KL (t 2  t )  K 1 / 2 (t  t 1 / 2 ) >/</=0
f (tK , tL)  3  (tL) 2  3  t 2 L2
tL L
K 2
tf ( K , L)  3t  tl Então:
L
KL (t 2  t )  K 1 / 2 (t  t1 / 2 )  0  Rendimentos crescentes
K  K 
f (tK , tL)  tf ( K , L)  3  t 2 L2   3t  tL2 
L  L  19. Por que a hipótese de produto marginal decrescente não pode ser aplicada ao
K K longo prazo?
 3  3t  t 2 L2  tL2  /  /  0
L L
Solução
K
3 (1  t )  L2 (t 2  t )  /  /  0 Porque no longo prazo todos os fatores de produção são variáveis. Sendo assim, a lei
L de rendimentos marginais decrescentes não acontece.
k  0; L  0; (1  t )  0(lembre  se  t  1); (t 2  t )  0
20. Suponha que um fabricante de bicicletas esteja produzindo no CP e que o
equipamento seja permanente. O fabricante sabe que à medida que o número de
funcionários utilizados no processo produtivo aumenta de 1 para 7, o número de
bicicletas produzidas varia da seguinte forma: 10, 17, 22, 25, 26, 25, 23.
K (t 2  t ) a) Calcule o produto marginal e o produto médio da mão de obra para esta
3  /  /  
L.L2 (1  t ) função de produção.

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulos 7e 8. Tecnologia e Maximização de lucros
b) Esta função de produção apresenta rendimentos crescentes, decrescentes ou Solução
constantes de escala? Explique o porque
c) Explique, de forma intuitiva, qual poderia ser a razão de o produto marginal a) Verdadeiro.
se tornar negativo. b) Falso. A monotonicidade (se aumentarmos a quantidade de pelo menos um
dos insumos, deverá ser possível produzir pelo menos a mesma quantidade
Solução produzida originalmente) e a convexidade (se tivermos duas formas de
produzir y unidades de produto, (x1,x2) e (z1,z2), a média ponderada dessas
a) duas formas produzirá, pelo menos, y unidades do produto) são
propriedades das isoquantas.
Mão-de-obra Produção Total PMg Pme c) Falso. A inclinação de uma isoquanta tem de diminuir em valor absoluto à
1 10 10 10 medida que há um movimento ao longo da isoquanta na direção do
2 17 7 8,5 aumento do x – pressuposto a TMST decrescente.
d) Falso. Seu lucro será zero.
3 22 5 7,33
e) Falso. A firma aumentará suas receitas aumentando a quantidade utilizada
4 25 3 6,25 de x, uma vez que o valor do produto marginal do fator excede o seu custo.
5 26 1 5,2
6 25 -1 4,17 22. Responda:
7 23 -2 3,29
a) O que é uma função de produção?
b) Como uma função de produção de longo prazo difere de uma função de
b) Rendimentos de escala ocorrem quando aumentamos a quantidade produção no curto prazo?
de todos os insumos da função de produção, e o caso em questão refere-se c) O que é uma isoquanta?
ao curto prazo, em que há algum fator fixo, o equipamento, logo não se d) O que nos diz a “Lei dos Rendimentos Decrescentes”?
pode falar em rendimentos de escala.
c) Ao aumentar o nº de funcionários mantendo fixo o equipamento, Solução
um funcionário a mais dificultará o trabalho dos demais, proporcionando
um PMg negativo. a) Uma função que relaciona insumos com produto.
b) No longo prazo todos os insumos são variáveis. Não existem mais
21. Sobre a teoria da firma podemos afirmar que: rendimentos marginais decrescentes e a firma se defronta com produção
a) Uma forma de descrever as restrições tecnológicas da firma é a través das crescente, constante ou decrescente a escala.
isoquantas. c) Uma função que representa as infinitas formas em que podem combinar-se
b) Geralmente, assume-se que as isoquantas são côncavas e monotônicas. os insumos para obter um determinado nível de produção.
c) A TMST mede a inclinação da isoquanta. Em geral, assumimos que a d) Quando um fator é fixo, o incremento de uso do fator variável levará a
TMST cresce quando nos movemos ao longo da isoquanta, aumentando a incrementos de produção cada vez menores, podendo ser inclusive
quantidade do insumo que está sendo representado no eixo X. negativos (a produção pode reduzir-se se, a partir de um determinado nível
d) Se uma firma apresenta retornos constantes de escala, então, no longo de produção, continua-se aumentando o insumo variável).
prazo, seu lucro será positivo.
e) Se p*PMG > w, então a firma aumentará seus lucros diminuindo a 23. Uma firma utiliza dois insumos no seu processo de produção: x e y. Se a taxa
quantidade utilizada de insumo. marginal de substituição técnica entre os dois insumos é –2 e a firma deseja produzir
o mesmo montante de produto mas com menos do insumo x, qual a mudança que
deve fazer na quantidade do insumo y?

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Capítulos 7e 8. Tecnologia e Maximização de lucros

Solução

y
TMSTx , y   2
x
Para continuar a produzir o mesmo montante, para cada unidade a menos do insumo
x, será necessário duas a mais do insumo y.

24. Sobre a teoria da produção podemos afirmar que:


(a) A função de produção descreve a produção máxima que uma firma pode obter
para cada combinação de insumos e custo.
(b) A isoquanta é uma curva que representa as combinações de insumos que
representam o mesmo custo de produção.
(c) De acordo com a “Lei dos rendimentos decrescentes, quando um ou mais
insumos são fixos, o insumo variável, provavelmente, apresentará um produto
marginal crescente a medida que o nível de produção aumentar.
(d) A função de produção de uma firma pode ser representada por uma série de
isoquantas associadas a diferentes níveis de produção.

Solução

a) Verdadeiro.
b) Falso. São combinações de insumos que representam o mesmo nível de
produção.
c) Falso. O insumo variável apresentará um produto marginal decrescente à
medida que a produção aumentar.
d) Verdadeiro. No caso de dois insumos variáveis.

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Capítulo 9. Minimização de custos
CAPITULO 9 100 L 120
MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS  L=4K Substituindo em y=100KL
100 K 30
10000= 100K(4K) 4K2=100 K= 25 K=5
1. Um bem pode ser produzido utilizando-se o insumo a ou o insumo b, sendo que, L=4(5)=20 C=20.30+5.120=1200
na situação retratada: Pmg (a) = 3; pa = $1; Pmg (b) = 6; pb = $4. A firma está Curto Prazo; K=2
utilizando as combinações de a e b que minimizam custos? Se não estiver, o que ela 10000=100KL 10000=100(2)L L=50
deveria fazer? C=50.30+120.2=1740

Solução Como agora o produtor só pode variar um dos fatores de produção, ele vai ter custos
maiores para o mesmo nível de produção.
Pmg(a)=3; pa=1; Pmg(b)=6; pb=4
Procedimento B:
x b Pmg a p a 3 1
  
x a Pmg b p b 6 4 Y=100KL r=120 w=30 y=10000
Não esta minimizando custo, para minimizar custos seria preciso aumentar a 100 100
10000=100KL K= L=
quantidade do insumo a e diminuir a quantidade do insumo b, para ficar no mesmo L K
1 100
nível de produção na proporção de . C=wL+ .r C=30L+12000L-1
4 L
dC 12000
2. A função de produção de um determinado produto é dada pela expressão Y = 100  30   0 30L2=12000 L2=400 L=20
KL. Sendo o custo do capital $ 120 por dia e o da mão-de-obra $30 por dia, diga dL L2
qual será o custo mínimo de produção para 10.000 unidades de produto, 100
C= .w+ K.r C=3000K-1+120K
especificando como ele se reparte na aquisição dos dois fatores. Em seguida, K
considere que, no curto prazo, a quantidade utilizada do fator capital é dada dC 3000
(constante) e igual a 2. Identifique o custo total nesta nova situação, especificando   120  0 120K2=3000 K2=25 K=5
como ele se reparte entre os dois fatores e compare o resultado com o da situação dK K2
anterior. C=L.w+K.r C=20.30+5.120=1200

Solução Curto Prazo


K=2
Procedimento A: iguala as produtividades marginais a relação de preço dos fatores. 100 100
Procedimento B: minimizo a função de custos com relação a restrição da função de L= =  50 C=L.w+K.r C=50.30+2.120=1740
K 2
produção.

Procedimento A: 3. Uma firma tem função de produção dada por f(x1, x2) = x1 + 2x2 . Se o preço do
y= 100KL r= 120 w=30 y=10000. fator 1 é w1 = 1 e do fator 2 é w2 = 3, qual será a combinação de x1 e x2 capaz de
C=Lw + Kr minimizar o custo de produção para que a quantidade de produto seja f(x1, x2) = 20?
Pmg K r
 PmgK=100L PmgL=100K
Pmg L w Solução

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Capítulo 9. Minimização de custos
1024
Como os dois fatores são substitutos perfeitos a empresa utilizará o fator mais 32=2K0,5L0,5 1024=K.L K= C=L.w+K.r
L
barato, mas TTS = -1/2, ou seja x2 =1/2x1
- Se só utilizar o fator x1 na produção, então: 1024 dC  1024 
C=2L+ .8  2  8. 2  =0 2L2=8.1024
y = x1; y =20; x1 = 20 L dL  L 
- Se só utilizar o fator x2 na produção, então: L2=4096 L=64
y = 2x2; y =20; x2 = 10
5. Uma firma possui a seguinte função de produção f(x 1,x2) = x11/3 x21/3. Se a firma
c(w1,w2,y) = min.{w1, 1/2w2}y vai produzir y unidades de produto ao menor custo possível, quais as expressões que
c(1;3;20) = min.{1, 1,5}20 = min.{20, 30}=20 representam as quantidades dos insumo x1 e x2 utilizadas ? Qual a expressão que
A combinação que minimizará o custo é (x1,x2) = (20;0). representa o custo que a firma possui ao produzir y unidades do produto aos preços
dos fatores w1 e w2?
4. A função de produção de uma empresa é dada por Q = 2K0,5L0,5, onde Q é o nível
de produção e K e L são as quantidades de dois insumos. Tais insumos são Solução
comprados competitivamente aos preços r = 8 e w = 2, respectivamente para K e L.
Calcule a quantidade de L que minimiza os custos de se produzir Q=64.
1 1 3 y3
f(x1,x2)= x y =x 1x2 x1=
Solução 13 x 2 3 x2
dC y3
Procedimento A: iguala as produtividades marginais a relação de preço dos fatores. y3   2 .w 1  w 2  0
Procedimento B: minimizo a função de custos com relação a restrição da função de dx 2 x2
C=x1w1+x2w2 C= x 2 w1+x2w2
produção.

Procedimento A: y 3 w1 yw1
x 2 2 .w 2  y 3 .w 1 x2  x2  y
w2 w2
Q=2K0,5L0,5 r=8 w=2 Q=64
1 0,5 1
PmgK= 2. L PmgL= 2. .K 0,5
2 K 2 L dC y3
y3 y3  w1  2 .w2  0
Pmg K r Pmg K L0,5 K 0,5 L r dx1 x1
  0, 5  0,5  = x2= x 1 C= x1w1+ x 1 w2
Pmg L w Pmg L K L K w
L 8 L y 3 w2 yw2
 L=4K K = Q=2K0,5L0,5 x12.w1=y3.w2 x1= x1=y
K 2 4 w1 w1
0 ,5
L L0,5 0,5 C= x1w1+x2w2
64=2   .L0,5 64=2. .L L=64
4 2 yw2 yw1 yw2 yw1 .w22
C=w1 y +w2.y C=y .w12  y
Procedimento B: w1 w2 w1 w2

C=2y yw1 w2
Q=2K0,5L0,5 r=8 w=2 Q=64

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 9. Minimização de custos
6. Seja a função de produção f (x) = x2, onde x é a quantidade do insumo utilizado. 3 1
3
1
Esta função apresenta retornos crescentes, decrescentes ou constantes de escala? Se 100= 5 5 Substituindo temos: 100=  15K  5 K 5
o preço do insumo é w por unidade, qual é o custo de se produzir y unidades com L K  4 
esta tecnologia? Qual é o custo médio? Qual é a relação existente entre retornos de 15K
escala da função produção e o custo médio? K=117,3 e substituindo em L= temos L=440.
4
Procedimento B: minimizo a função de custos com relação a restrição da função de
Solução
produção.
f(x)=x2. Retornos crescentes de escala, se varia x de 2 para 4 o y vai variar de 4 para 3 1
16, o insumo foi dobrado e o produto mais que dobrou. y=100 Q= w=4 r=5
wx
L5 K 5
Custo total =wx; custo médio= 5
y 5
y y3
Onde os retornos de escala da função produção são crescentes o custo médio é K= L= C=wL+Kr
decrescente, onde são constantes o custo médio é constante, e onde são decrescentes L3 1

o custo médio é decrescente. K3


y5 dC 15(100) 5
C=w.L+ r  4 0
L3 dL L4
7. Uma empresa sub-contratada do setor automobilístico deve produzir 100 unidades
de um determinado componente a cada mês, tendo suas possibilidades de produção 4L4=15(100)5
15(100) 5
definidas pela função; Q = L3/5K1/5. O salário pago aos trabalhadores é de R$ 4 por
L= 4  440,056
4
hora e o custo do fator capital é de R$ 5 por hora. Com base nestas informações, 5 5
identifique o tipo de função de produção (em termos de rendimentos de escala) e a
relação entre L e K que serão efetivamente adquiridos. Em seguida, identifique o y3 dC  4 (100) 3
C=wL+Kr C=w
1
+Kr  4
5
valor de K e L que será utilizado de maneira a minimizar o custo total da produção dK 3
de 100 unidades do componente. K3 K3
5 4
4 64 64(100) 5
Solução (100) 3  5K 3 (100) 5  125K 4 K= 4  117 ,348
3 27 27.125
Procedimento A: iguala as produtividades marginais a relação de preço dos fatores.
3 1 8. Dada uma função de produção Y = 10 k 1/4 L3/4 , onde Y é a quantidade do produto
y=100 Q= w=4 r=5 obtido, e K e L as quantidades dos fatores capital e mão de obra. Sendo dados r e w,
L K5
5

3 1 4 respectivamente, os preços dos fatores capital e trabalho, determine a relação entre


Rendimentos de escala=    1 rendimentos decrescentes. as quantidades dos dois fatores que serão efetivamente adquiridos. Determine
5 5 5 também o nível de produção a ser realizado e o custo total de longo prazo quando L
2 1 3 4
Pmg K r =9, sendo r = 27 e w = 256.
PmgL= 3 L 5 K 5 PmgK= 1 L 5 K 5 
5 5 Pmg L w
Solução
L 5 15K 3 1
 L= y=100 Q= 5 5
3K 4 4 L K Procedimento A: iguala as produtividades marginais a relação de preço dos fatores:

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Capítulo 9. Minimização de custos
3 3 1 1 Pmg K r
1 3 1 1 1 1
y=10 4 L4 PmgK= 10 K 4 L4 PmgL= 10.3 K 4 L 4  PmgK= PmgL= 2 2
K 4 4 Pmg L w K 2 L2 K L
3 3 Pmg K L r
10 r
K 4 L4   4= r=4w=4.1=4
Pmg K 4 L r 3Kr Lw Pmg L K w w
 1 1
  L= K=
Pmg L 3K w w 3r C=Lw + Kr
10.3 4 4 C=Lw+K4w
K L
4 16=8w+2.4w w=1
w=256 r=27 L=9
1
3
L .L.w L4 w 10. Touchie MacFeelie publica histórias em quadrinhos. Os únicos insumos de que
3
 Lw  4 4 necessita são velhas piadas e cartunistas. Sua função de produção é:
Y=10.  3r  .L 4
Y =10 4 3r Y4=104 3r
  Q = 0,1 J1/2L3/4,
onde J é o número utilizado de velhas piadas, L o número de horas de trabalho dos
w 256 cartunistas, sendo J e L os insumos e Q o número produzido de revistas em
Y=10L 4 Y=10.9 4  120
3r 81 quadrinhos.
256
C=Kr+Lw= .27  9.256  3072 (a) Este processo de produção indica rendimentos de escala crescentes,
9 decrescentes ou constantes? Explique sua resposta.
Procedimento B: minimizo a função de custos com relação a restrição da função de (b) Se for 100 o número de velhas piadas utilizadas, escreva a expressão do
produção. produto marginal do trabalho dos cartunistas como uma função de L
4 (c) O produto marginal do trabalho é crescente ou decrescente à medida que a
4 3
1 3 4 4 3
y y quantidade de trabalho aumenta?
y=10 4 y =(10) KL K= L=
K L4 (10) 4 L3 4 1
(10) 3 K 3 Solução
y4 dC  3y 4 r 3y 4 r (a)
C=Lw+r =w  0 L4
=
(10) 4 L3 dL (10) 4 L4 (10) 4 w tQ  t * 0,1J 1 / 2 L3 / 4
4 4
L (10) w w Q (tL, tJ )  0,1(tJ )1 / 2 (tL )3 / 4  t 5 / 4Q
Y4= y=10L 4
3r 3r t 5 / 4Q  tQ  Rendimentos de escala crescentes, se dobrarmos a quantidade
dos insumos, a produção mais que duplicará (t = 2, 25/4Q > 2Q , 2,38Q>2Q).
9. Uma firma tem a seguinte função de produção Q(K,L) = 2(KL) 1/2 e está utilizando
8 unidades de trabalho (L) e 2 unidades de capital (K). Se esta é a composição ótima (b)
dos insumos e o custo total é igual a R$ 16, quais são os preços do trabalho e do f ( L,100)  0,1(100)1 / 2 .L3 / 4
capital ? f ( L,100)  L3 / 4
3 1 / 4
Solução PMg L  L
4
1 1
Q(K,L)=2 2 L2 L=8 K=2 C=16
K

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 9. Minimização de custos
 2Q 13 3 5 / 4 Q  0,1J 1 / 2 L3 / 4
(c) 2
    L 5 / 4   L  0  PMgL é decrescente.
L 44 16 1  0,1J 1 / 2 (3 J ) 3 / 4
1  0,1J 1 / 2 .33 / 4 ( J ) 3 / 4
11. Touchie pede a seu irmão, Sir Francis MacFeelie, que estude e analise o quadro
1  0,1 * 33 / 4 J 5 / 4
de longo prazo. Sir Francis, que já havia se detido com grande atenção no apêndice
ao Capítulo 19 em nosso texto, preparou o seguinte relatório. 1
J5/4 
a) Se todos os insumos forem variáveis e se as velhas piadas custam 0,1 * 33 / 4
US$ 1 cada uma e o trabalho dos cartunistas custa US$ 2 por hora, a maneira J  3,26
mais barata de produzir exatamente uma revista em quadrinhos é utilizar _____
piadas e _____ horas de trabalho. (Piadas fracionadas são aceitáveis.). L  9,78
b) Isto custaria __________ dólares. b) c(w1,w2,y) = Jw1 + Lw2
c) Dada a nossa função de produção, as proporções de utilização de c(2;1;1) =3,26*2 + 9,78*1= 16,3
piadas e horas de trabalho da soluções mais barata se mantêm a mesma, não c) f(tL,tK) = t 5/4Q
importa quantas revistas em quadrinhos nós imprimimos. Mas, quando t=2
dobramos a quantidade de ambos os insumos, o número produzido de revistas f(2L,2K) = 2 5/4Q =2,38 Q
em quadrinhos se multiplica por _____________________. Resp.: 2,38

Solução 12. Assuma que uma firma produz 90 unidades de determinado produto utilizando 9
unidades do fator L e 9 unidades do fator K. As possibilidades tecnológicas da
a) produção podem ser expressas pela função de produção Q = 10 L1/2K1/2 . A partir
0,1 1 / 2 3 / 4 destas informações, responda aos seguintes itens:
PMg J  J L a) Se o preço de L é $ 8 e o preço de K é 16, a combinação de 9 unidades de L com
2 9 unidades de K é a maneira mais eficiente de produzir 90 unidades de produto?
3 Justifique sua resposta.
PMg L  0,1 * L1 / 4 J 1 / 2
4 b) Qual é a combinação dos preço de fatores que torna a combinação de insumos
3 anteriormente mencionada uma combinação eficiente?
3
0,1 L1 / 4 J 1 / 2 J c) Assumindo que o preço de L é $ 1 e que o preço de K é $2, identifique o menor
PMg L 4 0,2 3J custo de produção associado à produção de 400 unidades de produto.
TMST    
PMg J 0,1 1 / 2 3 / 4 L 2L d) Identifique uma expressão para o custo total (CT = f(Q)) a partir dos dados do
J L
2 problema.
Minimização de custos:
Solução
w1 PMg L w 3J 2
TMST  ;  1;  ; L  3J y=90 L=9 K=9 Q=10
1 1
w2 PMg J w2 2 L 1 L K2
2
1 1 1 1
a)PmgK=5 PmgL=5
Para a produção de uma revista (Q = 1): K 2 L2 K2L2
Pmg L 9 8
 K w  nao é eficiente.
Pmg K L r 9 16

56
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 9. Minimização de custos
9 w x 2  1; x 2  x 2
b)  w=r
9 r
1 1
c  w1 x1  w 2 x 2
c)w=1 r=2 y=400 Q(K,L)=10
K 2 L2
y  x11 / 2 x 2 1 / 3
Pmg L
 w K 1
 L=2K y  x11 / 2 x 2 1 / 3
Pmg K r L 2
y  x11 / 2 .11 / 3
Substituindo na função produção:
40 x1  y 2  este é o mínimo do fator x1 para produzir cada unidade de produto, para
400=2 K 2K 400=10K 2 K=
2 x2 = 1. Substituindo x1  y 2 na função de custos:
2 2
1 1 Q Q c  w1 x1  w2 x 2
e) Q=10 Q2=(10)2LK K= L=
L2 K 2 10 L 2 (10) K 2
c  3y 2  2
Q2 dC wQ 2
C=Lw+Kr C=w +Kr  r 0 No longo prazo:
(10) 2 K dK (10) 2 K 2
c  w1 x1  w 2 x 2
w .Q 2 Q w
y  x11 / 2 x 2 1 / 3
2
K= K= Denominador elevado ao quadrado na derivada
r (10) 2 10 r
(100 K)2 w1  3; w2  2
3
Q r  y  3
Repetindo o mesmo procedimento para L achamos L=
10 w x2   1/ 2   y
x  x1 3 / 2
Q
 1 
Q r Q w Q
CT=f(q) CT=w. +r. CT= 2 rw CT= rw
10 w 10 r 10 5 Substituindo x2 na função de custos:
 y3 
c  w1 x1  w 2  3 / 2 
13. Uma firma tem função de produção f ( x1 , x 2 )  x11 / 2 x 12 / 3 . Os preços unitários x 
 1 
dos insumos são w1  3 e w2  2 . Achar as funções de custos de longo e curtos  y3 
prazos (se x1 ou x 2 são constantes e iguais a 1). c  3x1  2 3 / 2   3x1  2 y 3 x1 3 / 2 
x 
 1 
Solução
c  w1 x1  w2 x 2 Minimização de custos:
1/ 2 1/ 3
yx 1 x2
w1  3
w2  2
No curto prazo:
57
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 9. Minimização de custos
c c p.PMg K ( K *, L)  r r
 0;  3  3 y 3 x 1 5 / 2  0 ; K*   função de demanda do fator K
x1 x1 1( 20 K *)  r 20
x1  y 6/5 b)
  py  K * r  w L
y3 y3 y3 6/5
x2    y 2
x1 3 / 2 y 
6/5 3/ 2 y9/5
  p (10 K 2  L )  K * r  w L
r2 2 r
  1(10 L ) r  wL
Substituindo x1 e x2 na função de custos, temos: 400 20
c  w1 x1  w2 x 2 w1  3 r 2 2 r2
Para:   10 L   wL
c  3y 6/5
 2y 6/5
 5y 6/5
w2  2 400 20
r 2 r2 2
    L  wL
40 20
14. Admita que uma função de produção de determinada firma pode ser representada r 2
por Q = LK. Suponha que o custo total associado à contratação dos dois fatores é de    L( L  w)
40
dez mil reais mensais. O preço unitário do fator trabalho é quinhentos reais e o do
fator capital mil reais. A fim de maximizar os seus resultados, quantas unidades ela  2r r
c)  
contratará de cada fator? r 40 20

Solução
16- Suponha a seguinte função de produção: Q = 100 KL. Sendo o custo do capital
Q=L.K C=10000 w=500 r=1000 R$ 120,00 por dia, e o da mão-de-obra de R$ 30,00 por dia, qual é o custo mínimo
10000=500L+1000K de produção para 1.000 unidades de produto?
Pmg L w K 1
20=L+2K   L=2K Solução
Pmg K r L 2
20=2K+2K K=5 L=10 Procedimento A:
y= 100KL r= 120 w=30 y=1000
C=Lw + Kr
15. Seja a função de produção f(K,L) = 10K 2 + L2, onde L é um insumo fixo. O Pmg K r
preço do produto foi normalizado em 1,00 e o preço do capital (K) é r.  PmgK=100L PmgL=100K
Pmg L w
a) Ache a função de demanda por fator, maximizando o lucro dessa firma. 100L 120
b) Obtenha a função lucro.  L=4K Substituindo em y=100KL
100K 30
c) Mostre que ao derivar a função lucro encontrada no item b com respeito a r,
obtemos a função de demanda pelo insumo K obtida no item a. 1000= 100K(4K) 4K2=10 K= 2,5 K=1,58
L=4( 2,5 )=6,32
Solução C=120 2,5 +30*4 2,5 =240 2,5 =379,2

a) Procedimento B:

58
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 9. Minimização de custos
Y=100KL r=120 w=30 y=1000
10 10
1000=100KL K= L=
L K
10
C=wL+ .r C=30L+1200L-1
L
dC 1200
 30  2  0 30L2=1200 L2=40 L=6,32
dL L
10
C= .w+ K.r C=300K-1+120K
K
dC 300
  120  0 120K2=300 K2=2,5 K=1,58
dK K2

C=L.w+K.r

C=120*1,58+30*6,32=379,2

59
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 10. Curvas de custo
CAPITULO 10. Solução
CURVAS DE CUSTO
a) C(y)= cY , onde: C(10)= 10c
1. Uma firma tem a função de custo total C (y) = 100 + 10 y. Achar as b) C(20)= 20c
equações para suas várias curvas de custo. c) C(y)= Yc
Solução d) CMe= Yc = c
Y
C(y)= 100 + 10y e) Em c.
f) CMg= C’(Y)= c
CMg= C’(y)= 10 g)
Cme= 100 + 10y = 100 + 10
Y y CMe
CFMe= 100 CMg
Y
CF= 100 20 CMe=CMg
CV= 10Y
CVMe=10=CMg

2. O Sr. Otto Carr, dono da Otto´s Autos, vende carros. Otto compra carros Y
por US$ c cada um e não tem quaisquer outros custos.
(a) Qual é o seu custo total quando ele vende 10 carros?
(b) E se ele vende 20 carros? 3. Suponha que o Sr. Otto tenha que pagar US$ b por terríveis comerciais de
(c) Enuncie a equação dos custos totais da Otto´s, admitindo que o Sr. Otto televisão.
venda y carros. (a) Qual a nova curva de custo total da Otto´s
(d) Qual é a função de custo médio da Otto´s ?. (b) Qual a nova curva de custo médio
(e) Para cada carro adicional que o Sr. Otto vende, de quanto aumenta seu (c) Qual a nova curva de custo marginal
custo? (d) Se b = US$ 100, utilize tinta vermelha para traçar a curva de custo
(f) Enuncie a função de custo marginal da Otto`s médio da Otto´s no gráfico acima.
(g) No gráfico abaixo trace as curvas de custo médio e marginal da Otto´s se c
= 20. Solução

CM, CMg 40 a) C(Y)= Yc + b


b) Cme= c + b/y
30 c) CMg= c
d) Cme(10)=30; Cme(20)=25;Cme(30)=23; Cme(40)=22.5
20

10

60
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 10. Curvas de custo
(a) Escreva as funções de custo total para os dois métodos, onde y é a produção por
26 ano (CT1 (y); CT2 (y)).
(b) Calcule a função de custo médio e a função de custo marginal para o primeiro e
25
para o segundo método respectivamente.
24 (c) Se Rex arrebenta 40 carros por ano, qual método deveria usar?
Cme

23 (d) Se Rex arrebenta 50 carros por ano, qual método deveria usar?
(e) Qual é o número mínimo de carros por ano a partir do qual vale a pena ele
22 adquirir o esmagador hidráulico?
21
20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Solução
Y
a) Método 1: CT(y) = Y + 200
Método 2: CT(y)= 5Y + 10

b) CMe1: 1 + 200/Y CMg1: 1


4. O irmão do Sr. Otto, Dent Carr, está no negócio de mecânica de automóveis. CMe2: 5 + 10/Y CMg2: 5
Dent, recentemente, parou para calcular suas condições de custo. Chegou à
conclusão que o custo total de conserto de s caros é CT (s) = 2s2 + 10. Acabou, c) CMe1(40)= 1+ 200/40= 6
porém, não terminando seu trabalho e é aí que você entra em cena. Por favor, CMe2(40)= 5+ 10/40= 5.25 , logo o método 2 é preferido.
complete o seguinte:
(a) Custos Variáveis Totais de Dent: d) Cme1(50)= 1 + 200/50= 5
(b) Custos Fixos Totais Cme2(50)= 5 + 10/50= 5.2, logo o método 1 é preferido.
(c) Custos Variáveis Médios
(d) Custos Fixos Médios e) Iguala as funções CMe1=CMe2
(e) Custos Marginais
1 + 200/Y =5 +10/Y
Solução 4y > 190
y> 47,5
a) CVT(s)= 2s²
b) CFT(s)=10 6. Mary Magnolia quer abrir uma loja de flores, com o nome de The Petal
c) CVMe(s)=2s Pusher, em um novo shopping. Ela tem a opção de três tamanhos diferentes de
loja: 200 pés quadrados (N.T. – Um pé quadrado é uma medida de superfície
d) CFMe(s)= 10/s próxima a 1/10 de metro quadrado.), 500 pés quadrados e 1000 pés quadrados.
e) CMg(s)= 4s O aluguel mensal será de US$ 1 por pé quadrado. Mary estima que se ela tiver
F pés quadrados de espaço e vender y buquês por mês, seus custos variáveis
5. Um terceiro irmão, Rex Carr, possui um ferro velho. Rex pode usar apenas serão cv (y) = y2 / F por mês.
dois métodos para destruir carros. O primeiro implica a aquisição de um esmagador (a) Se ela tiver 200 pés quadrados de espaço comercial, escreva sua
hidráulico de carros que custa US$ 200 por ano na compra e, depois, US$ 1 por cada função de custo marginal e sua função de custo médio.
carro esmagado até o desaparecimento. Já o segundo método implica a aquisição de (b) Qual é a quantidade de produto que minimiza o seu custo médio?
uma pá que terá a duração de um ano e custa US$ 10, além de pagar ao último dos (c) E, com este nível de produção, de quanto é o custo médio de Mary
irmãos Carr, de nome Scoop, para enterrar os carros a um custo de US$ 5 cada um. Magnolia?

61
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 10. Curvas de custo
CMg(y) = C’(y)= 2y/1000= y/500
Solução y 2  10002
Cme(y)= Y/1000 + 1000/y=
1000 y
CT= Y²/200 + 200
a) Cmg(y) =Cme(y)
a) CMg(y) = C’(y)= 2 y = y/100 y y 2  10002

200 500 1000 y
y  1000
b) Cme(y)= y²/200 + 200/Y= y/200 +200/Y b) Cme(1000)=2
Y
Y= 200 Buquês. 9. Use tinta vermelha para indicar a curva de custo médio de Mary e sua curva
c) 2 de custo marginal caso ela tenha 200 pés quadrados de espaço comercial. Use
tinta azul para indicar a curva de custo médio de Mary e sua curva de custo
7. Se Mary Magnolia tiver 500 pés quadrados de espaço comercial, escreva marginal caso ela tenha 500 pés quadrados de espaço comercial. E use tinta
sua função de custo marginal e sua função de custo médio. preta para indicar a curva de custo médio de Mary e sua curva de custo
(a) Qual é a quantidade de produto que minimiza o seu custo médio? marginal caso ela tenha 1000 pés quadrados de espaço comercial. Chame de
(b) Com este nível de produção, de quanto é o custo médio de Mary CM estas curvas de custo médio e de CMg as de custo marginal.
Magnolia?
Solução
Solução

CT= Y²/500 + 500 CMe


CMg(y) = C’(y)= 2y/500= y/250
y 2  500 2
Cme(y)= Y/500 + 500/y=
500 y
200
a) Cmg(y) =Cme(y)
y y 2  500 2

250 500 y
y  500 200 500 1000 y
b) Cme(500)=2
Use um marcador amarelo para mostrar a curva de custo médio de longo prazo de
Mary e sua curva de custo marginal de longo prazo no gráfico. Chame estas curvas
8. Se ela tiver 1000 pés quadrados de espaço comercial, escreva sua função de de CMLP e CMgLP.
custo marginal e sua função de custo médio.
(a) Qual é a quantidade de produto que minimiza o seu custo médio? Para tamanhos discretos de planta, a curva de custos médios de longo prazo é a
(b) Com este nível de produção, de quanto é o custo médio de Mary Magnolia? envolvente para cada tamanho discreto de planta.

Solução

CT= Y²/1000 + 1000

62
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 10. Curvas de custo
CMe (c) Qual o nível de produção que gera o menor custo médio de produção?
(d) Qual é a função de custo variável médio?
(e) Em que nível de produção o custo variável médio é igual ao custo marginal?
200
Solução
16
a) CMe( y )  4 y 
Y y
b) CMg ( y )  8 y
10. O irascível gerente do negócio de Touchie, o Sr. Gander MacGrope, c)
anuncia que paga US$ 1 por cada velha piada e que a taxa de salário (hora CMe( y )  CMg ( y )
trabalhada) correspondente aos cartunistas é US$ 2. 16
Q= 0.1J½. L¾ 4y   8y ; CVMe( y )  4 y ;
y
(a) Suponha que, no curto prazo, Touchie tenha que trabalhar com
exatamente 100 velhas piadas (pelas quais ele paga US$ 1 cada uma), mas que y 2
possa contratar tanto trabalho dos cartunistas quanto queira. Quantas horas de
trabalho ele teria que contratar para produzir Q revistas em quadrinhos? CVMe( y )  CMg ( y )
(b) Enuncie o custo total de curto prazo de Touchie como uma função 4y  8y
de sua quantidade produzida. y 0
(c) Qual sua função de custo marginal de curto prazo?
(d) Qual sua função de custo médio de curto prazo?
12. Desenhe o gráfico das seguintes funções de curto-prazo: custo total, custo
variável, custo fixo, custo médio total, custo variável médio e custo marginal
Solução
da função de produção Q = 3KL, onde K é fixo, igual a 2 unidades e representa
a quantidade de capital, r = 3 e w = 2, com r indicando a remuneração do
a)
capital e w o custo do trabalho.
CP  Q  0,1 100 L3 / 4  L3 / 4 ;
Re sp : L  Q 4 / 3 Solução
b)
CT (Q )  pQ  Lw  Jr K = 2, então Q = 6L, L = Q/6 (1)
CT (Q )  wL  rK
CT (Q )  Q  Q 4 / 3  100
CT (Q)  2 L  6 (2)
3 1/ 3
c) CMg (Q )  1  Q Como c ( w, r , Q ) , então substituiremos (1) em (2):
4
Q  Q 4 / 3  100 100
d) CMe(Q)   1  Q1 / 3 
Q Q

11. Considere a função de custo c(y) = 4y2 + 16.


(a) Qual é função de custo médio?
(b) Qual é a função de custo marginal?

63
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 10. Curvas de custo
Q Q 13. Dada a função de produção y = 10 . x10,25 . x2 0,25 . x3 0,5 e conhecendo-se
CT (Q )  2 6 6 os preços dos fatores como w1 = 2 e w2 = w3 = 4 , admitindo que o
6 3
Q fator x3 seja fixo em 9, determine as expressões das funções de custo abaixo ,
CV (Q )  ; CF (Q )  6 em relação ao nível de produção (y).
3
a) Custo total
Q Q b) Custo Médio
6
1 6 1
CMe(Q )  3    3  c) Custo Unitário Variável
Q 3 Q Q 3 d) Custo Marginal
1
CMg (Q )  Solução
3

8 x3  9
CT, CV, CF, CMe, CVMe,

7 y  10 x10, 25 x 2 0, 25 (9) 0,5


6 y  30 x1 0, 25 x 2 0, 25
4
5  y 
x2   
CMG

4  30 x 0, 25 
 1 
3 c  w1 x1  w2 x 2  w3 x3
2 c  2 x1  4 x 2  4(9)
4
1  y 
c  2 x1  4   36
0  30 x 0, 25 
 1 
0 1 2 3 4
Q 14. Marque V ou F, justificando sua opção. Com relação às curvas de custo sabe-se
CT CV CF Cme CVMe CMg que:
a) A curva de custo marginal sempre fica por baixo da curva de custo médio
b) A área abaixo da curva de custo marginal é igual aos custos variáveis
c) Custo marginal de curto prazo iguala-se ao custo marginal de longo prazo apenas
Q CT CV CF Cme CVMe CMg no ponto em que o custo médio de curto prazo é mínimo
0 6,00 0,00 6,00 - 0,33 0,33 d) Custo marginal iguala-se ao custo médio no ponto em que o custo médio é
1 6,33 0,33 6,00 6,33 0,33 0,33 mínimo.
2 6,67 0,67 6,00 3,33 0,33 0,33 e) A curva de custo médio de longo prazo é o envelope dos pontos de mínimo do
3 7,00 1,00 6,00 2,33 0,33 0,33 custo médio de curto prazo.
4 7,33 1,33 6,00 1,83 0,33 0,33
Solução

64
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 10. Curvas de custo
a) F. A curva de custo marginal tem de sirtuar-se abaixo da curva de custo variável cl ( q )  c c ( q )
médio, à esquerda do seu ponto de mínimo e acima dele , à direita.
B)V. Uma vez que o custo marginal mede o custo de produzir cada unidade adicional
5q  10  q 2  c f
de um bem, ao somarmos o custo de produzir cada unidade adicional de um bem, c f  5q  10  q 2
obteremos o custo total da produção - com exceção dos custos fixos.
C)V. O custo médio de curto prazo é mínimo no ponto em que a quantidade do fator
17. Considere a função custo C(y) = 4y2 + 16.
fixo é ótima, ou seja , é igual à quantidade requerida para produzir y no longo a) Ache as função custo médio e custo marginal.
prazo (todos os fatores são variáveis), visto que o custo marginal é igual ao custo b) Qual é o nível de produção que minimiza o custo médio?
médio no seu ponto de mínimo. c) Ache a função custo variável.
d)V. A curva de custo marginal localiza-se abaixo da curva de custo médio, quando d) A que nível de produção o custo variável médio se iguala ao custo marginal.
os custos médios diminuem e, acima, quando crescem. Logo, os custos marginais
têm de ser iguais aos custos médios no ponto de custo médio mínimo. Solução
E)F. A curva de custo médio de longo prazo é a envoltória inferior das curvas de 4 y 2  16 16
CMe( y )   4y 
custo médio de curto prazo. a) y y
CMg ( y )  8 y
15. Considerando a função custo C(y) = 2y 2 + 10, ache as expressões
correspondentes para: 1. custo variável; 2. custo fixo; 3. custo variável médio; 4. b) Custo médio mínimo:
custo fixo médio; 5. custo médio; 6. custo marginal. Represente graficamente as
curvas de custo. CMe( y )  CMg ( y )
16
Solução 4y   8y
y

1. CV ( y )  2 y 2 4 y 2  16  8 y 2

2. CF ( y )  10 4 y 2  16
2y2 y 2
3. CVMe( y )   2y
y
10 c) CV ( y )  4 y 2
4. CFMe( y ) 
y
d) CVMe(y) = CMg (y)
10
5. CMe( y )  2 y 
y 4y  8y
6. CMg ( y )  4 y y0

16. Os custos de longo e curto prazos de uma firma são cl (q )  5q  10 e


cc (q )  q 2  c f respectivamente. Achar o custo fixo de curto prazo c f .
18. Se o custo marginal da produção estiver aumentando, o custo variável médio
estaria aumentando ou diminuindo? Explique.
Solução
A empresa tem de conseguir sair-se pelo menos tão bem ajustando o tamanho da Solução
fábrica quanto mantendo-o fixo. Assim:

65
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 10. Curvas de custo
Depende. À esquerda do ponto de mínimo do CVMe, um aumento do CMg
permitirá que o CVMe continue diminuindo, porém a taxas decrescentes., já à direita
20. A função custo total de longo-prazo de uma firma é dada por CT = Q 3 -
do ponto de CVMe mínimo, o aumento do CMg será consistente com aumento no 2
40Q + 430Q, onde Q representa a quantidade produzida por semana;
CVMe.
a) qual o formato curva de custo total?
19. Na tabela abaixo são apresentados alguns dados sobre os custos da empresa A. b) calcule a função do custo médio para este produto. Qual é o formato? A que nível
Preencha o restante das informações; de produto a função custo médio atinge o ponto mínimo? Qual é o valor do custo
médio no seu ponto de mínimo?
Quantidade CT CF CV CME CMV CMF CMG c) mostre a função custo marginal. Mostre que a curva de custo marginal intercepta
a curva de custo médio no seu ponto mínimo;
0 24
1 16 d) faça o gráfico das curvas de custo médio e de custo marginal.

2 50
3 108 Solução
4 52 (sem resolver)
5 39,2
21. Sobre a teoria de Custos podemos afirmar que:
6 47

Solução a) O CME é composto do CMV mais o CMF. Tanto o CMF quanto o


CMV caem quando aumentamos a quantidade produzida.
Quantidade CT CF CV CME CMV CMF CMG b) Existe uma relação estreita entre retornos de escala e o
comportamento da função custo. Retornos crescentes de escala implicam CME
0 24 24(1) 0 0 0 0 0
crescente; Retornos decrescentes de escala implicam CME decrescentes e
1 40(2) 24 16(3) 40(4) 16(5) 24(6) 16 Retornos constantes de escala implicam CME constante.
2 74(7)
24 50 37 25 12 34 c) A área abaixo curva de CMG mede o Custo Variável.

3 108 24 84 36 28 8 34 Solução
4 160 24 136 40 34 6 52
a) Errado. Quando aumentamos a quantidade produzida o CMF cai,
5 220 24 196 44 39,2 4,8 60 o CMV poderá até decrescer no início, mas aumentarão uma vez que os fatores
fixos presentes acabarão por restringir o processo de produção.
6 282 24 258 47 43 4 62
b) Errado. Retornos crescentes de escala implicam CME
decrescentes – à medida que o produto aumentar, os custos médios de produção
(1)
tenderão a cair. Retornos decrescentes de escala implicam CME crescentes – os
CT(0) = CF; (2) CT(1) = (CT(0)+CMG)/1; CF = é o mesmo p/ todos os níveis de CME crescerão à medida que o produto cresce.
produção; (3)CMV(1) = CMG; (4) CME(1)=CT/1;(5) CMV(1) =CV(1)/1; c) Correto. A curva de CMg mede o custo de produzir cada unidade
(6)
CMF(1)=CF/1; (7)CT(2) = CF(2)+CV(2). Fazer o mesmo para os demais níveis de adicional de um bem, se somarmos o custo de produzir cada unidade adicional
produto. de um bem, obteremos o custo total da produção –com exceção dos CF.

66
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 10. Curvas de custo

A curva de Cmg é uma linha reta com inclinação de 2.


23. Considere a seguinte função custo: C(y) = (y+3)2 – 6y –7. Obtenha:
a) Custo variável CMg, CMe,CVMe
b) Custo fixo CMg
c) Custo variável médio CMe
d) Custo fixo médio
e) Custo médio CVMe
f) Custo marginal
g) Represente graficamente as curvas de custo marginal, custo médio e custo
variável médio.
y
Solução

A função de custos é: C(y)= 2y2 + 6y + 9 - 6y – 7 = 2y2 + 2

a) CV ( y )  y 2
b) CF ( y )  2
y2
c) CVMe( y )   y
y
2
d) CFMe( y ) 
y
y2  2 2
e) CMe( y )   y
y y
f) CMg ( y )  2 y

g)
CMg ( y )  CVMe( y )
2 y  y; ,3 y  0; , y  0

A curva de CMe alcança seu mínimo quando o CMe se iguala ao Cmg:


CMe( y )  CMg ( y )
2 y mín  2 ; CMe( 2 )  2 2
y  2y
y CMg ( 2 )  2 2
y  2  1,41

A curva de CVMe é uma linha reta com inclinação de 1.

67
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 11. A oferta da firma.
1. Você se lembra do irmão de Otto Carr, Dent, que está no negócio de oficina
CAPITULO 11. mecânica? Pois Dent concluiu que o custo total de conserto de s carros é c (s) = 2s2
A OFERTA DA FIRMA + 100.

Exemplo: (a) Isto implica que o custo médio de Dent é igual a ___________, seu custo
variável médio é igual a ____________ e seu custo marginal a ______________.
Desenhe as curvas acima e também a curva de oferta de Dent.
 Uma firma tem a função de custo de longo prazo c(y) = 2y2 + 200 para y > 0
e c (0) = 0. Qual sua curva de oferta de longo prazo.
(b) Se o preço de mercado é US$ 20, quantos carros Dent estará disposto a
O custo marginal da firma quando sua produção é y é CMg (y) = 4y. Se colocarmos
consertar? ______. E se o preço for US$ 40, quantos carros serão? ________.
a produção no eixo horizontal de um gráfico e os dólares no eixo vertical,
encontraremos que a curva de custo marginal de longo prazo é uma linha reta
(c) Suponha que o preço de mercado seja US$ 40 e que Dent maximize os seus
inclinada para cima que passa pela origem com a inclinação 4. A curva de oferta de
lucros. Indique no gráfico os custos totais,a receita total e os lucros totais.
longo prazo é a porção desta curva situada acima da curva de custo médio de longo
prazo. Quando a produção é y, os custos médios de longo prazo desta firma são
Solução
dados por CM (y) = 2y + 200/y. Trata-se uma curva em forma de U. À medida que
y se aproxima de zero, CM (y) vai-se tornando muito grande porque 200/y torna-se
a) C(s) = 2s2 + 100
muito grande. Quando y é muito grande, CM (y) torna-se também muito grande, já
CME (s) = 2s + (100/s); CVME(s) = 2s; CMG (s) = 4s
que 2y é muito grande.
Min CME = 2 – (100s2) = 0; s  7 ou CME = CMG 2s + (100/s) = 4s; s  7
 Em quais circunstâncias é que CM (y) < CMg (y) é válida?
Tal acontece quando 2y + 200/y < 4y. Simplifique esta inequação para achar que 120
CM (y) < CMg (y) quando y > 10. A curva de oferta de longo prazo, portanto, é a
porção da curva de custo marginal de longo prazo para a qual y > 10. Assim, a curva 100 CMg
de oferta de longo prazo tem como equação p = 4y para y > 10. Se nós quisermos
encontrar a quantidade ofertada como uma função do preço, devemos resolver esta 80
expressão para y como função de p. Temos, então, y = p/4 sempre que p> 40.
60 CMe

 Suponha que p < 40. Por exemplo, se p = 20, qual quantidade a firma 40
ofertará?
CVMe
Ao preço de 20, se a firma produz no ponto em que o preço iguala o custo marginal 20
de longo prazo, estará produzindo 5 = 20/4 unidades de produto. Quando a firma
0
produz apenas 5 unidades, seus custos médios são 2 x 5 + 200/5 = 50. Quando o y
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
preço é 20, portanto, o melhor que a firma pode fazer se ela produz uma quantidade
positiva é produzir 5 unidades. Mas, neste caso, terá custos totais de 5 x 50 = 250 e
receita total de 5 x 20 = 100. Estará perdendo dinheiro. Estaria melhor se não a) P = 20; P = CMG
produzisse quantidade alguma. De fato, para qualquer preço p < 40, a firma 20 = 4s; s=5
escolherá o nível zero de produção. CMV (5) = 2*5 = 10. Com um preço igual a 20 ele cobre os custos médios variáveis.
Ele produz para este preço 5 carros.

a) P = 40; P = CMG

68
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 11. A oferta da firma.
40 = 4s; s= 10
Área sombreada com listas = receita total. (f) A firma terá oferta igual a zero se o preço for menor do que _____________.

(g) A menor quantidade (positiva) que a firma em algum momento ofertará a


120 qualquer preço é ___________ A que preço a firma oferecerá exatamente 6 unidades
do produto?
100
CMg
80 Solução

60 CMe
a) CMG (y) = 3y2 – 16y + 30
40
CVMe b) CME (y) = y2 – 8y + 30 + (5/y)
20
c)
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 y 100

Custos Totais =CMe*y 80

Cmg, CMeV
60
CMg
Receita total = P*y 40 CMV

20
Lucros totais = RT -CT
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 y
2. Uma firma competitiva tem a seguinte função de custo de curto prazo:
c (y) = y3 - 8 y2 + 30y + 5.

(a) A função de custo marginal da firma é CMg(y) = ____________________. d) CMV = y2 – 8y + 30


Min CMV = 2y – 8 = 0; y = 4. Por tanto, o custo variável médio cai a medida
(b) A função de custo médio da firma é CM(y) = ____________________. [Dica: que a produção aumenta se esta for menor do que 4 e aumenta para um nível de
Observe que os custos variáveis totais são iguais a c (y) - c (0).] produção superior a 4.
(c) Trace um gráfico da função de custo marginal e da função de custo variável e) CMV = CMG na primeira unidade produzida e no ponto mínimo de custos
médio. médios variáveis. Assim:
y2 – 8y + 30 = 3y2 – 16y + 30, onde y = 0 e y = 4, onde está o ponto mínimo de
(d) O custo variável médio cai à medida que a produção aumenta se esta for menor CMV.
do que ___________ e aumenta quando a produção aumenta para um nível de
produção superior a ______________. f) P = CMG = CMV
CMV (4) = 14. A firma produzirá zero (y=0) se o P<14.
(e) O custo marginal é igual ao custo variável médio quando a produção é:

69
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 11. A oferta da firma.
g) A quantidade positiva que a firma ofertará a qualquer preço é 4 (no curto x = y2 / 100
prazo) porque para quantidades inferiores a 4 não cobre CMV. CT (x) = x . Px = (y2 / 100) . 1 = y2 / 100 = CT (y)
A curva de oferta da firma é a curva de CMG para P>14 e y > 4. Para y =6; CT (100) = 100
P(6) = 3(6)2 – 16 (6) + 30 = 42 Ou de outra maneira;
y = 10 x ; 100 = 10 x ; x = 100,
3. Antônio possui uma área de 5 acres (N.T. - Um acre é uma medida de superfície e como CT (x) = x.Px = 100 * 1 = 100.
equivalente a 0,405 hectare.) plantada com repolho. Ele força sua mulher, Maria, e
seu filho, José, a trabalhar no cultivo do repolho sem ganhar salário. Admita, por b) CMG = 2y/1000
ora, que a terra não possa ser usada para outra cultura que não a do repolho e,
também, que Maria e José não encontrem qualquer outra alternativa de emprego. O c) Py = 2
único insumo pelo qual o Antônio tem que pagar é o fertilizante. Se ele usar x sacos Py = CMG (y); 2y/100 = 2; y = 100
de fertilizante, a quantidade de repolhos que colhe é 10 √x. O fertilizante custa US$ Para y = 100; x = y2 / 100 = 1002 / 100 = 100
1 por saco.  = 2 . 100 – 100 = 100
(a) Qual é o custo total do fertilizante necessário para produzir 100 repolhos? d) Px = 1 e Py = 2; CT(y) = x = (y2 / 100) + 300
_____________ Qual é o custo total da quantidade de fertilizantes necessárias para
produzir y repolhos? ______________________ e) Py = CMG (y); 2y/100 = 2; y = 100
 = 2 . 100 – (100+300) = -200
(b) Se o único modo que Antônio tem para variar sua produção é pela variação na Antônio cultiva repolho se  (y) >  (o), e como –200 não é maior que 300
quantidade de fertilizante aplicada à sua área de repolhos, enuncie a expressão do ele não cultivará.
seu custo marginal como uma função de y. CMg(y) = _______________.
4. Severino, o cultivador de plantas medicinais, é famoso por seus produtos. Sua
(c) Se o preço do repolho é US$ 2 cada, quantos repolhos Antônio produzirá? função de custo total é c (y) = y2 + 10 para y > 0 e c (0) = 0. (Ou seja, seu custo de
__________________. Quantos sacos de fertilizante comprará neste caso? _____. produção de zero unidades de produto é zero.)
Qual será o seu lucro? ___________________________.
(a) Qual é a sua função de custo marginal? ______________E qual a sua função de
(d) Suponha que os preços dos fertilizantes e dos repolhos permaneçam como antes, custo médio? ___________________________
mas Antônio percebe que pode arranjar empregos no verão para Maria e José numa
lanchonete local. Juntos, Maria e José ganhariam US$ 300 pelo verão todo, soma (b) Com qual quantidade o seu custo marginal se iguala ao seu custo médio?
que Antônio poderia embolsar, mas eles ficariam sem tempo para trabalhar no ____________E qual quantidade minimiza o seu custo médio?_________.
cultivo do repolho. Sem a sua mão-de-obra, Antônio não colhe repolho algum.
Qual é agora o custo total do Sr. McGregor de produção de y repolhos? (c) Num mercado competitivo, qual é o menor preço ao qual ele oferecerá uma
___________________________________ quantidade positiva em um equilíbrio de longo prazo? ________. E se o preço for
este, qual quantidade dos seus produtos ele oferecerá? ___________________.
(e) Ele deveria continuar a cultivar repolhos ou simplesmente colocar Maria e José
para trabalhar na lanchonete? ____________________________ Solução
Solução a) CMG (y) = 2y se y>0
CMG (0) = 0 se y = 0
a) y = 10 x CME (y) = y + (10/y) se y>0
Px = 1$ CME (0) = 0 se y = 0

70
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 11. A oferta da firma.
f (x1, x2) = [ min {x1, 2 x2 }]1/2, onde x1 é a quantidade utilizada de plástico, x2 a
b) CMG (y) = CME (y) quantidade de trabalho empregada e f (x1, x2) é o número de ornamentos de jardim
2y = y + (10/y) se y>0 produzidos. Seja w1 o preço da unidade de plástico e w2 o salário por unidade de
2y2 = y2 + 10 , onde y = 10 o nível de produção onde CME = CMG. trabalho.
Ou também;
Min de CME (y) = 1 – (10/y2) = 0, onde y = 10 (a) A função de custo de Irma é c ( w1, w2, y) = _____________________.

(b) Se w1 = w2 = 1, então, para Irma, o custo marginal de produção de y unidades de


c) O menor preço ao qual ele oferecerá num equilíbrio competitivo de longo
produto é CMg( y) = ___________. O número de unidades de produto que ela
prazo será o equivalente ao ponto mínimo de custos médios.
ofereceria ao preço p é S (p) = _____________. Com esses preços de fatores, seu
CME ( 10 ) = 20 10 = P custo médio por unidade de produto seria CM( y) = _________________.
Para este preço a quantidade produzida é y = 10
(c) Se o preço competitivo de ornamentos de jardim que ela vende for p = 48 e w1 =
5. Peter vende limonada em Filadélfia. Sua função de produção é f (x1, x2) = x11/3x21/3, w2 = 1, quantas unidades ela produzirá? ______. E qual será o seu lucro? _____
onde x1 é o número de libras de limão que ele utiliza (N.T. - Uma libra equivale a
0,454 quilogramas) e x2 o número de horas que despende, espremendo-as. Como (d) De modo mais genérico, aos preços de fatores w1 e w2, o custo marginal de Irma
você já deve ter percebido, sua função de custo é c(w1, w2, y) = 2w11/2 w21/2 y3/2, onde é uma função CMg( w1, w2, y) = _________________. Com esses preços de fatores
y é o número de unidades produzidas de limonada. e um preço p para o seu produto, o número de unidades de produção que ela decidirá
ofertar é dado por S (p, w1, w2) = _____________________.
(a) De um modo geral, o custo marginal de Earl depende do preço dos limões e da
taxa de salários. Aos preços w1 para os limões e w2 para o trabalho, seu custo Solução
marginal, quando ele produz y unidades de limonada, é CMg( w1, w2, y) = _____. A
quantidade que Earl estará ofertando depende das três variáveis: p, w1, w2, Como a) (y)2 = [min{x1, 2x2}1/2]2
função dessas três variáveis, a oferta de Earl é S (p, w1, w2) = ________. y2 = min{x1, 2x2}; y2 = x1 ; y2 = 2x2
C(w1, w2, y) = x1w1+ x2w2 = y2w1+ (y2/2)w2
(b) Se os limões custam US$ 1 por libra, a taxa de salários é US$ 1 por hora e o C(w1, w2, y) = (w1+w2/2)y2
preço da limonada é p, a função de custo marginal de Earl é CMg(y) = ________ e b) CMg(y) =3 y; p =3y; S(p) = p/3
sua função de oferta é S (p) = ______. Caso os limões custem US$ 4 por libra e a CMe(y) = (3/2)y
taxa de salários seja US$ 9 por hora, sua função de oferta passa a ser S (p) = ____.
c) S(48) = 48/3 =16
Solução  = 48*16-(3/2)(16)2 = 384

(a) CMg(y) = 3w11/2w21/2y1/2 d) CMg(w1, w2, y) = 3y(w1+w2/2)


p = Cmg(y) S(p) = p/[3(w1+w2/2)]
S(p) = p2/(9w1w2)
(b) Cmg(y) = 3y1/2 7. O Professor Pardal consegue extrair sangue de pedra. Se ele tiver x pedras, o
S(p) = p2/9 número de bolsas de sangue que obtém delas é f (x) = 2 x1/3. As pedras custam para o
Professor US$ w cada uma e ele consegue vender cada bolsa de sangue por US$ p.
6. Como você pode bem lembrar do capítulo sobre as funções de custo, a produção
de peças de artesanato de Irma forma uma função de produção a) De quantas pedras o Professor Pardal precisa para obter y bolsas de sangue?
b) Qual é o custo de obtenção de y bolsas de sangue?

71
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 11. A oferta da firma.
c) Qual é a função de oferta do Professor Pardal quando as pedras custam, cada (e) Se a Refinaria não puder mais obter os primeiros 50 barris de petróleo cru ao
uma, US$ 8? E quando custam US$ w cada? preço de US$ 5, mas, ao invés, tiver que pagar US$ 15 por todo petróleo cru que
d) Se o Professor Pardal tiver 19 parentes com a mesma capacidade de extrair adquirir, de quanto variaria a sua quantidade produzida?
sangue de pedra, qual é a função de oferta agregada de bolsas de sangue quando as
pedras custam, cada uma, US$ w? (f) Suponha agora que é introduzido um programa oficial que permite ás refinarias
comprarem a US$ 5 cada qualquer barril de petróleo cru pelo qual antes pagariam
Solução US$ 15. Qual será agora a curva de oferta da Refinaria Miss Manners?
Admita que possa também comprar frações de barril. Marque esta nova curva de
a) y = f (x) = x 1/3, de onde x = (y/2)3 oferta no gráfico com tinta preta. Se a curva de demanda é horizontal a US$ 30 o
barril, qual quantidade de gasolina a Miss Manners passará a ofertar agora?
b) CT (x) = w.x = w . (y/2)3

c) CT (w=8) = y3 Solução
CMG (w=8) = 3y2 ; P =3y2 é a função de oferta e y = (p/3) 1/2 é a função de oferta
inversa. a) CMG (y, p0) = y + p0
CT (w=w) = w . (y/2)3
CMG (w=w) = (3w/8) . y2 = P é a função de oferta e y = (8p/3w) 1/2 é a função b)
de oferta inversa CT ( y  50)  y 2 / 2  5 y; CMg ( y  50)  y  5
n
d) Oferta inversa; S(p) =  Si( p) ; S(p) = 20 (8p/3w)1/2 CT ( y  50)  y 2 / 2  15 y; CMg ( y  50)  y  15
i 1
8. A Refinaria Miss Manners, em Dry Rock, Oklahoma, converte petróleo cru em c)
gasolina. Para cada barril de gasolina produzido, é necessário 1 barril de petróleo p  CMg
cru. Além do custo do petróleo, há outros custos envolvidos no refino da gasolina. p  CMg ( y  50)
Os custos totais de produção de y barris de gasolina são descritos pela função de
custo c (y) = y2/2 + p0 y, onde p0 é o preço do barril de petróleo cru. S ( p)  p  5
p  CMg ( y  50)
(a) Enuncie a expressão do custo marginal de produção de gasolina como uma S ( p)  p  15
função de p0 e de y.

(b) Admita que a refinaria possa comprar 50 barris de petróleo cru a US$ 5 o barril,
mas que deva pagar US$ 15 por barril adicional que comprar além desses 50. A
curva de custo marginal da gasolina será ____________________ até 50 barris de
gasolina e __________________ a partir daí.

(b) Trace a curva de oferta da Refinaria Miss Manners.

(d) Suponha que a Refinaria tenha uma curva de demanda horizontal por gasolina ao
preço de US$ 30 o barril. Assinale esta curva no gráfico. Qual será a quantidade de
gasolina que a Refinaria Miss Manners ofertará?

72
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 11. A oferta da firma.
S(P)
p 100
90 (a) Se o preço do milho for US$ 5 por bushel, de quanto será a produção de milho
80 deste fazendeiro?
70
60 (b) Qual é a curva de oferta de milho do fazendeiro como uma função do preço do
50 milho?
40
30 DA (c) O governo decide agora introduzir um programa de Pagamento em Espécie
20 (PES). Se o fazendeiro decidir produzir y bushels de milho, receberá, dos estoques
10 do governo, (40 – y)/2 bushels. Enuncie a expressão dos lucros do fazendeiro como
0 função de sua produção e do preço de mercado do milho, levando em consideração o
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 y valor do pagamento em espécie recebido.

(d) Ao preço de mercado p, qual será a produção de milho do fazendeiro que


maximiza o seu lucro? Trace um gráfico da curva de oferta do milho.
d) P = CMG
30 = y + 5; y = 25 (e) Se p = US$ 2, quantos bushels de milho ele produzirá? E quantos bushels ele
e) P =CMG obterá dos estoques do governo?
30 = y + 15; y = 15
y = 15-25 = -10 (f) Se p = US$ 5, qual a produção de milho que será ofertada? E quantos bushels de
milho o fazendeiro obterá dos estoques do governo, admitindo que ele decida por
f) A nova curva de oferta não seria mais descontínua em y = 50 sendo uma inscrever-se no programa PES?
função contínua P = y + 5 (linha descontínua no gráfico) e a quantidade de gasolina
ofertada para P=30 é 25. (g) Enuncie a fórmula para o tamanho do pagamento do programa PES para
qualquer preço entre p = US$ 2 e p = US$ 5.
p 90 S(P)
80 (h) Qual é a quantidade de milho que o fazendeiro ofertará ao mercado (contando
70 tanto com a sua produção como com o pagamento do programa PES) como uma
60 função do preço de mercado p?
50
40 (i) Trace um gráfico da curva de oferta total de milho – incluindo o milho do
30
DA
programa PES.
20
10 Solução
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 y
a) CMG (y) = (y/10) +1
P = CMG
9. Suponha que um fazendeiro tenha uma função de custo de produção de y bushels 5 = (y/10) + 1; onde y = 40
de milho (N.T. – Um bushel é uma medida de capacidade próxima a 35 litros.), dada
pela expressão c (y) = (y2/20) + y. b) P = (y/10) +1

73
Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 11. A oferta da firma.
S(p) = 10p – 10

c) = p y + [(40-y)/2] p - (y2/20 + y)

d
d) = p -1/2 p – y/10 - 1 = 0
dy
y=5 p - 10 é a quantidade que maximiza os lucros do produtor.

10. Considere uma função Custo Total dada pela equação:


C(y) = 15y2 + 6000 e responda:
i) Qual a equação da curva de oferta?
ii) A que nível de produção o custo médio total será minimizado?
iii) Qual o nível de produção a ser realizado quando P = 700?
iv) Qual a variação dos lucros quando y se eleva de 40 para 50?

Solução

i) P = 30 y
ii) CME = 15 y + 6000/y
e) Para P = 2 ele produz 0 bushels de milho. Ele receberá do governo (40-
iii)Min CME = 15 – 6000/y2 = 0, onde y =20
0)/2, ou seja, 20 bushels de milho que para um preço igual a 2 dólares será na
iv) 700 = 30 y, onde y = 23,3
sua receita 40 dólares.
v)  (40) = 700*40 – [ 15*402 + 6000] = 21.400
 (50) = 700*50 – [ 15*502 + 6000] = 28.250
f) Para P = 5 ele produzirá 15 bushels de milho. Ele receberá do governo
vi) variação de lucros = 6.850
(40-15)/2, ou seja 12,5 bushels de milho que a 5 dólares será um total de 62,5
dólares.

p +10)/2]2= (25 – 2,5 p )p 11. Considerando que a receita total de uma firma é dada pela equação: RT = 60q -
g) Pagamento = [(40 - 5
2q2 e que seu custo total é dado por CT = q 3 - 6q2, identifique as quantidades
relativas a:
h) i) Eficiência máxima (mínimo custo);
S Total ( p )  5 p  10 
 40  y   10 p  10 
[40  (5 p  10)] ii) Receita total máxima;
2 2 iii) Lucro máximo.
S Total ( p )  5 p  10  25  2,5 p
Solução
S Total ( p )  2,5 p  15
a) CME = q2 – 6q
i) Min CME ; 2q – 6 = 0, onde q=3. Os custos médios são os mínimos quando a
firma produz 3

b) RT = 60q – 2q2

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 11. A oferta da firma.
Max RT; 60 – 4q = 0, onde q = 15. A receita é máxima quando a firma produz y = 10 x1 1/2 . x31/2 = 100
15. PMG1 = 5(x3/x1)1/2
PMG3 = 5(x1/x3)1/2
c)  = 60q – 2q2 – q3 + 6q2 PMG1 x
d -   3 = 1 ; onde 2x3 = x1
= 60 – 4q – 3q2 + 12q = 0, onde q = 6 PMG3 x1 2
dq
y = 10. 21/2 . x31/2 . x31/2 = 100, de onde x3 = 501/2
12. Demonstre o seguinte teorema sobre a função de custo variável médio: “O ponto b)
de mínimo do Custo Variável Médio é igual ao custo marginal, sendo este
dy dy dy
crescente".
y 1 y 1 y 1
 ;  ; 
Solução dx1 4 dx 2 4 dx3 2
x1 x2 x3
Na região em que os custos variáveis médios estejam aumentando, os custos
marginais terão de ser maiores que os custos variáveis médios – são os custos
15. Em continuação da questão anterior admita que o fator x 3 =144 seja fixo nessa
marginais maiores que empurram a média para cima, ou seja a curva de custo
quantidade e determine abaixo as expressões de custo de curto prazo:
marginal tem de situar-se abaixo da curva de variável médio, à esquerda do seu
ponto de mínimo e acima dele, à direita, o que implica que a curva de custo marginal
a) Custo Total: C = C(y)
tem de cortar a curva de custo variável médio em seu ponto de mínimo.
b) Custo Fixo: CF = K
c) Custo Médio: CMe = C(y) / y
13. Demonstre analiticamente que a elasticidade do Custo Total C(y) em relação ao
d) Custo Unitário Variável: CUV = CV(y) / y
nível de produção é igual a razão entre o Custo Marginal e o Custo Médio.
d) Custo Marginal: CMg = dC(y) / dy
Solução
Solução
CMG dCT CT dCT Q dCT q
 :  .  . , sendo esta última expressão a
CME dq Q dq CT CT da
y  10x 1 1/4 .x 2 1/4
x3 1/2
elasticidade do Custo Total em relação ao nível de produção.
y  10x 1 1/4 x 2 1/4
1441/2

14. Dada a função de produção y = 10 x10,25 x2 0,25 x3 0,50 e conhecendo-se os preços y  120x 1 1/4 x 2 1/4

dos fatores como w1 = w2 =2 e w3=4 , respectivamente para x1 , x2 e x3: 4


 y 
a) Determine a posição de equilíbrio da firma, com as quantidades dos fatores (x 1, x2 a) x   
e x3) para uma produção y = 100.
2  120 x 1 / 4 
 1 
b)Calcule as elasticidades do produto (y) em relação aos fatores de produção (x 1, x2
e x3). C  w1 x1  w 2 x 2  w3 x3
C  2 x1  2 x 2  4(144)
Solução

a) y = 10x1 1/4. x2 1/4 .x3 1/2 = 100 Substituindo x2 na função de custos, temos:
w1 = w2 = 2 e w3 = 4, logo,

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 11. A oferta da firma.
4
 y   y 2
C  2 x1  2   4(144) 4   576
 120 x 1 / 4  C ( y)  120  y2 576
 1  CMe( y )   4 2

4 y y 120 y y
2  y 
C  2 x1     576 y 576
x1  120  CMe( y )  4 2

120 y
Minimização de Custos: d)
4 CV ( y ) y
dC 2  y  CUV ( y )  4
 2 2   0 y 120 2
x1 x1  120 
e)
4
2  y  8y
2   CMg ( y ) 
x1 2  120  120 2
1/ 2
 y  4   y 2
x1       16. Por que no curto prazo algumas firmas poderão operar com prejuízo?
 120    120 
Solução
Substituindo x1 em x2, temos:
4 Elas operarão com prejuízo na medida em que sejam capazes de cobrir seus custos
  4
  



variáveis médios. Neste sentido, a medida do prejuízo que é possível para uma firma
  2
x2


y  

y   y 
 
suportar no curto prazo é seu custo fixo, será melhor para a empresa encerrar suas
1/ 4  1/ 2 
  y  2   
120
 y 
 
  120  atividades quando:
 120     
  120  
    120  
  
 F  py  CV ( y )  F
Substituindo x1 e x2 na função de custos, temos: CV ( y )
CVMe( y )   p
y
C  2 x1  2 x 2  576
 y 2  y 2 Ou seja, se os custos variáveis médios forem maiores do que p, a empresa ficará
C ( y )  2   2   576 melhor se fabricar zero unidade de produto. (-F são os lucros de fabricar zero
 120   120 
unidade de um produto)
 y 2
C ( y )  4   576
 120  17. Em qual das seguintes situações a firma competitiva faz lucro zero?:

A) Se o preço de mercado for igual ao mínimo custo variável médio de produção;


b) CF  576 B) Se o preço de mercado for menor que o mínimo custo variável médio de
produção;
c) C) Se o preço de mercado for igual ao mínimo custo médio de produção;
A) Se a receita marginal for maior que o custo marginal.

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Caderno de Exercícios de Microeconomia I. Universidade Federal Fluminense.
Capítulo 11. A oferta da firma.
Solução

Na situação descrita pela letra C.

18. Em relação ao equilíbrio em concorrência perfeita podemos afirmar que:

A) As firmas no curto prazo sempre fazem lucros positivos;


B) No longo prazo algumas firmas podem fazer lucros estritamente negativos;
C) No longo prazo existem infinitas firmas produzindo quantidades estritamente
positivas do produto;
D) No longo prazo todas as firmas ativas fazem lucro zero.

Solução

Letra D.

19. A função custo de uma firma é c(q )  q 3  6q 2  13q  32 . Qual das


seguintes afirmações é INCORRETA?

A) Se o preço de mercado é menor que 4 a firma não produz;


B) Se o preço de mercado é 5 a firma produz 0,845 unidades;
C) A firma faz lucro positivo se o preço de mercado é maior que 13;
D) O custo marginal decrescente se a produção é inferior a 2.

Solução

B) p = CMg
p = 3q2-12q+13
para p=5, temos:
q = 3,155 e q =0,845
Como a curva de oferta da firma é a parte ascendente da curva de CMg que está
localizada acima da curva de CVMe, a quantidade produzida será 3,155 (esse
nível de produção encontra-se na parte ascendente da curva de CMg, enquanto o
nível de 0,845 na parte descendente)

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