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Resumo de Direito Previdenciário Esquematizado 2016 PDF
Resumo de Direito Previdenciário Esquematizado 2016 PDF
ATUALIZADO EM 06/01/2016
CONCURSO INSS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica,
exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze bem como as de saúde do trabalhador;
por cento);
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da saúde;
arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos
IV - participar da formulação da política e da execução das
recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e
ações de saneamento básico;
inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos
respectivos Municípios; V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento
científico e tecnológico e a inovação; (Redação dada pela
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da
Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos
recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o contro-
§ 3º. le de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para
consumo humano;
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a
cada cinco anos, estabelecerá: VII - participar do controle e fiscalização da produção, trans-
porte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoati-
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do §
vos, tóxicos e radioativos;
2º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de
2015) VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compre-
endido o do trabalho.
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à
saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Mu-
nicípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municí- Seção - III - DA PREVIDÊNCIA SOCIAL – Decorar
pios, objetivando a progressiva redução das disparidades Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de
regionais; regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das des- observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
pesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
municipal; I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão avançada;
admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo
com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisi- III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego invo-
tos específicos para sua atuação. luntário;
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos
profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira segurados de baixa renda;
e a regulamentação das atividades de agente comunitário de V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao
saúde e agente de combate às endemias, competindo à Uni- cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto
ão, nos termos da lei, prestar assistência financeira comple- no § 2º.
mentar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
para o cumprimento do referido piso salarial. § 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados
para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regi-
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º me geral de previdência social, ressalvados os casos de ativi-
do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça dades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a
funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados
de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em portadores de deficiência, nos termos definidos em lei com-
caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados plementar.
em lei, para o seu exercício.
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma com- inferior ao salário mínimo.
plementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes § 3º Todos os salários de contribuição considerados para o
deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. da lei.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios § 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para pre-
ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. servar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas critérios definidos em lei.
ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social,
nos casos previstos em lei. na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facili- de regime próprio de previdência.
tem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas § 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas
para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de
coleta, processamento e transfusão de sangue e seus deriva- cada ano.
dos, sendo vedado todo tipo de comercialização.
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previ-
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras dência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes
atribuições, nos termos da lei: condições:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos
de interesse para a saúde e participar da produção de medi- de contribuição, se mulher;
camentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta
outros insumos;
anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite
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para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e
exerçam suas atividades em regime de economia familiar, instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador discussão e deliberação.
artesanal.
Seção IV - DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – LER MUITO
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo ante-
rior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela
comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das necessitar, independentemente de contribuição à seguridade
funções de magistério na educação infantil e no ensino fun- social, e tem por objetivos:
damental e médio. I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adoles-
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem cência e à velhice;
recíproca do tempo de contribuição na administração pública e II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os di-
versos regimes de previdência social se compensarão finan- III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
ceiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do tra- deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitá-
balho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de ria;
previdência social e pelo setor privado. V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem
serão incorporados ao salário para efeito de contribuição pre- não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
videnciária e consequente repercussão em benefícios, nos provida por sua família, conforme dispuser a lei.
casos e na forma da lei. Art. 204. As ações governamentais na área da assistência
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previden- social serão realizadas com recursos do orçamento da seguri-
ciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles dade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e
sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao traba- organizadas com base nas seguintes diretrizes:
lho doméstico no âmbito de sua residência, desde que perten- I - descentralização político-administrativa, cabendo a coorde-
centes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a nação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e
benefícios de valor igual a um salário-mínimo. a execução dos respectivos programas às esferas estadual e
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistên-
trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores cia social;
às vigentes para os demais segurados do regime geral de II - participação da população, por meio de organizações re-
previdência social. presentativas, na formulação das políticas e no controle das
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter com- ações em todos os níveis.
plementar é organizado de forma autônoma em relação ao Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal
regime geral de previdência social, será facultativo, baseado vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até
na constituição de reservas que garantam o benefício contra- cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, ve-
tado, e regulado por lei complementar. dada a aplicação desses recursos no pagamento de:
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao I - despesas com pessoal e encargos sociais;
participante de planos de benefícios de entidades de previ-
dência privada o pleno acesso às informações relativas à II - serviço da dívida;
gestão de seus respectivos planos. III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamen-
§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as con- te aos investimentos ou ações apoiados.
dições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e
planos de benefícios das entidades de previdência privada
não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim HISTÓRICO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a Primeira lei de seguridade social 1601 - Inglaterra (lei de
remuneração dos participantes, nos termos da lei. amparo aos pobres). O qual regulamentou a instituição de
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência auxílios e socorros públicos aos necessitados. Tal documento
privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, criou uma contribuição obrigatória arrecada da sociedade pelo
suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades Estado.
de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qua- Foi na Alemanha que teve origem o primeiro ordenamento
lidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, legal que tratou sobre a Previdência Social. Tal ordenamento
sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. foi editado pelo então chanceler Otto Von Bismarck em 1883,
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, tendo, inicialmente, instituído o seguro-doença e, em um mo-
Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autar- mento posterior, incluído outros benefícios, tais como o seguro
quias, fundações, sociedades de economia mista e empresas contra acidente de trabalho, em 1884, e o seguro-invalidez e o
controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras seguro velhice, ambos em 1889.
de entidades fechadas de previdência privada, e suas respec-
tivas entidades fechadas de previdência privada. Foi a Constituição mexicana de 1917, considerada como a
primeira Constituição social do mundo, que incluiu em seu
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior apli- texto, de maneira até então pioneira, a Previdência Social
car-se-á, no que couber, às empresas privadas permissioná- propriamente dita não se devendo deixar de salientar, entre-
rias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, tanto, o caráter programático de todas as normas que previam
quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência direitos sociais (o que incluem as normas relativas à Previdên-
privada. cia Social).
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo
estabelecerá os requisitos para a designação dos membros Constituição brasileira 1394: A primeira constituição brasilei-
das diretorias das entidades fechadas de previdência privada ra a falar em seguro desemprego. Também estabeleceu a
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forma tríplice de custeio do sistema, envolvendo ente público, → 1960 – é promulgada a 1ª LOPS (lei orgânica da previdên-
empregado e empregador, e previu o caráter obrigatório da cia social – lei 3807 de 1960). Unificou o sistema de segurida-
contribuição. de brasileiro, contemplando o plano único de beneficio e servi-
ços. Trata-se de unificação legislativa.
Plano Beveridge (Inglaterra – 1942): é considerado por mui-
tos autores como o responsável pelo surgimento da Segurida- Embora e lei Eloy Chaves, de 1923, seja considerada, na
de Social propriamente dita, contemplando ações estatais no doutrina majoritária, o marco da previdência social no Bra-
âmbito da Saúde, Assistência e Previdência Social – influenci- sil, apenas em 1960, com a aprovação da Lei Orgânica da
ou a criação do sistema brasileiro. Previdência Social, houve a uniformização do regramento
de concessão de benefício pelos diversos institutos de
No Brasil, uma das primeiras manifestações de Segurida- aposentadoria e pensões existentes. CESPE/2014- consul-
de Social foram: tor legislativo. Certíssimo.
• as santas casas, em 1543, não tinha ligação com o Estado e • 3a fase – (1966) INPS: Instituto Nacional da Previdência
prestava assistência médica (saúde) aos necessitados. Social. Decreto-lei n.º 72/1966.
• em 1808 - O montepio para a guarda pessoal de D. João VI, • Criado a partir da fusão dos IAPs (centralizou os IAPs exis-
tente em um único órgão). Ele acaba com os IAPs com a unifi-
• 1835: Montepio Geral dos Servidores do Estado. (Mongeral). cação, mas não com as CAPs. Caiu na CESPE TRT8/2013.
Era um tipo de previdência privada, com contribuição dos
participantes. • Raiz do atual INSS.
• 1891: Primeira Constituição a conter a palavra “aposentado- Com a Lei n. 6.439/77, cria-se o Sistema Nacional de Previ-
ria”. Concedida aos funcionários públicos em caso de invali- dência e Assistência Social – o SINPAS (inovou com a assis-
dez. tência social) – sob a orientação, coordenação e controle do
Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS, com a
• 1919: Decreto legislativo 3724/19 - Seguro de acidentes de finalidade de reorganizar a previdência e assistência social, e
trabalho. Empregador deveria custear. integrar as funções atribuídas às entidades, as quais passa-
mos a descrevê-las:
Origem e evolução legislativa no Brasil - 3 Fases DATAPREV – Empresa de Processamento de Dados
D da Previdência Social. Função: prestar serviço de
• 1a fase – (1923) Lei Eloy Chaves decreto lei 4682 de processamento de dados. Existe até hoje.
24/01/1923 - cria caixas de aposentadorias e pensão (CAPs): INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica da
natureza privada, caráter voluntário, organizadas por empre- I Previdência Social. Função: prestar assistência médi-
sas, para os ferroviários. → Marco da seguridade social no ca. Atualmente, esta competência pertence ao Siste-
Brasil. Essa é a data celebrativa da Previdência Social no ma Único de Saúde (SUS).
Brasil. Não tinha recurso do poder público, mas através dessa FUNABEM – Fundação Nacional do Bem-estar do
lei se obrigou as empresas a criar essas caixas de pensões. F Menor. Função: prestar assistência ao bem-estar do
menor.
• Previa aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinária IAPAS – Instituto de Administração Financeira da
(equivalente à aposentadoria por tempo de contribuição), Previdência Social. Função: promover a arrecadação,
pensão por morte, medicamentos com preço especial e socor- fiscalização e cobrança das contribuições e demais
ros médicos (assistência médica). I recursos destinados à previdência e assistência social.
Ou seja, exercia a função do custeio, semelhante à
• Conhecida como marco inicial da previdência social. atual Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB),
no que diz respeito à arrecadação das contribuições
• Houve expansão a outras categorias.
previdenciárias.
CEME – Central de Medicamentos. Função: distribuir
• 2a fase – (1933) IAPs - Institutos de Aposentadorias e Pen-
C medicamentos às pessoas carentes. Atualmente, esta
sões.
competência pertence ao Sistema Único de Saúde
(SUS).
• Criados a partir do início da era Vargas • Autarquias organi-
INPS - Instituto Nacional da Previdência Social. Fun-
zadas por categorias profissionais, com atuação nacional (e
ção: conceder e manter os benefícios e outras presta-
não mais por empresas, como as CAPs). Com os IAPs houve I
ções em dinheiro. Ou seja, o INPS fica apenas com a
a unificação das CAPs em Instituto de Aposentadorias e Pen-
parte de concessão e manutenção de benefícios,
sões (IAPs).
semelhante ao que é o atual INSS.
- LBA – Fundação Legião Brasileira de Assistência.
• Consolida o controle público sobre a previdência social.
Função: prestar assistência às pessoas carentes.
L
Atualmente, esta função pertence ao Ministério do
Temos como primeiro IAP o dos marítimos, seguidos pelos
Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
bancários, comerciários, industriários, transportadores de
carga, ferroviários e empregados em serviço público. DIFICIL
A Constituição Federal de 1988, nossa atual, mostrou sua
• Os IAPs foram originados de Decretos e Leis diferentes. atenção com o bem-estar social, conferindo um capítulo que
Cada IAP operava de forma autônoma em relação aos outros. trata da Seguridade Social, nos artigos 194 a 204, referente à
saúde, a assistência e a Previdência Social.
IAPs: Possuía natureza autárquica e era vinculado ao Mi-
nistério do Trabalho, funcionava por categoria profissional e
• Em 1990, o SINPAS é extinto.
era de natureza compulsória.
→ 1946- Consolida o Seguro obrigatório contra acidente de • A Lei n. 8.029/90 cria o Instituto Nacional do Seguro
trabalho custeado pelo empregador, bem como o princípio da Social (INSS), como autarquia federal, mediante fusão do
pré-existência de custeio. Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assis-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 5
Em julho de 2005, a arrecadação, fiscalização, lançamento e • Será prestada a quem dela necessitar, independentemente
normatização de receitas previdenciárias foram unificados na de contribuição à seguridade social.
Secretaria da Receita Federal do Brasil, também chamada de
Super-Receita (instituída pela Medida Provisória nº 258/2005, • Provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto
posteriormente convertida na Lei nº 11.457/07). Tira da res- integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para
ponsabilidade do INSS a parte de fiscalização e arrecadação garantir o atendimento às necessidades básicas.
das contribuições previdenciárias.
• Criação da Secretaria da Receita Previdenciária - SRP.
SAÚDE
• A Lei 11.098 de 13 de janeiro de 2005 atribui ao Ministério da
Previdência Social competências relativas à arrecadação, Independentemente de contribuição, qualquer pessoa
fiscalização, lançamento e normatização de receitas previden- tem o direito de obter atendimento na rede pública de
ciárias. Autoriza, também, a criação da Secretaria da Receita saúde. A assistência a saúde é regionalizada.
Previdenciária no âmbito do referido Ministério.
É universal (para todos) e independe de contribuição, não é
• Consequentemente, o INSS (Instituto Nacional do Seguro vinculado ao INSS e sim ao SUS. É gratuita para todos
Social) passa a ser apenas responsável pelo benefício. (SUS). Inclusive para estrangeiro no Brasil, a passeio ou com
residência definitiva.
• Fusão da Secretaria da Receita Previdenciária com a Secre-
taria da Receita Federal. A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido medi-
ante políticas sociais e econômicas que visem à redução do
• A Lei 11.457 de 16 de março de 2007 extinguiu a Secreta- risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
ria da Receita Previdenciária e criou a Secretaria da Receita igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
Federal do Brasil, conhecida como a “Super-Receita”. Ela é recuperação.
agora responsável pela fiscalização e arrecadação das contri-
buições previdenciárias. • Independentemente de contribuição, qualquer pessoa tem o
direito de obter atendimento na rede pública de saúde.
SEGURIDADE SOCIAL • É de responsabilidade direta do Ministério da Saúde, por
meio do Sistema Único de Saúde – SUS.
O SUS deve ser financiando entre outras fontes, mediante Universalidade (pessoas) da cobertura (maior número de
aplicação de recursos mínimos estaduais, distritais e munici- pessoas) e do atendimento (número de casos).
pais derivados dos seus impostos e da repartição constitucio-
nal de receitas tributárias. FCC-TRT2/2014. Veja como a CESPE cobrou:
É competência privativa da União legislar sobre seguri- CESPE - TRF5/2015 – A universalidade da cobertura res-
dade social. Regras gerais. tringe ao aspecto objetivo da seguridade social, ao passo
que a universalidade de atendimento, ao aspecto subjetivo.
Competência concorrente entre a União, Estado e DF Assertiva errada, ela inverteu.
legislar sobre previdência social (regras suplementares),
não extensível aos municípios. →Cobertura de pessoas (sujeitos, aspectos subjetivos).
Os municípios só podem legislar sobre regime próprio local. →Atendimento: problemas sociais (coisas/objetos, aspecto
objetivo).
SEGURIDADE SOCIAL - Princípios Cons- AFT-2013-CESPE: A meta da universalidade na cobertura
e do atendimento a que se refere a CF é de ações destina-
titucionais das a assegurar os direitos à saúde, previdência e assis-
• Os princípios poderiam ser divididos em: tência social alcancem todas as pessoas residentes no
país, sem nenhuma distinção. Gabarito certo.
• Gerais, que se aplicam não só à Seguridade Social, como a Outro entendimento da CESPE foi que de acordo com esse
outras matérias; princípio (universalidade da cobertura), todas as situações
que configurarem risco devem estar compreendidas no
• Específicos, aplicados à Seguridade Social. âmbito de proteção do sistema de seguridade. Gabarito
certo.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 7
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às das contribuições sociais de trabalhadores e empregadores
populações urbanas e rurais; Somente com a Constituição de e o indireto, dos recursos orçamentários dos entes políti-
1988. Antes não eram equivalentes. Antes havia discriminação cos, além dos impostos pagos pela sociedade.
em favor dos urbanos.
Veja como isso foi cobrado.
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios
e serviços;
AFT – 2013 - A seguridade social será financiada por toda
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios (do valor nominal a sociedade, de forma indireta, nos termos da lei, mediante
na seguridade social); recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios. Gabarito Certo.
Segundo a jurisprudência majoritária do STF, o princípio da Viu que a questão não disse direta.
irredutibilidade do valor dos benefícios refere-se apenas ao
valor NOMINAL, desses benefícios, não resultando na • I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equipara-
garantia da concessão de reajustes periódicos, característi- da na forma da lei, incidentes sobre:
ca relativa à preservação do valor real. CESPE TRF1/2013.
Gabarito certo. • a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pa-
gos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe
preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
Não confundir:
→Seguridade social: irredutibilidade do valor nominal. • b) a receita ou o faturamento; Ex.: Contribuição social sobre
o faturamento das empresas – COFINS.
→ Previdência Social: irredutibilidade do valor real.
• c) o lucro; Ex.: Contribuição social sobre o lucro líquido. –
Isso sempre é alvo de questionamento. Vai depender do CSLL.
enunciado da questão.
• II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência
V - equidade na forma de participação no custeio; social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pen-
são concedidas pelo regime geral de previdência social de que
Em virtude do princípio da equidade na forma de participa- trata o art. 201;
ção do custeio, é possível, no âmbito do RGPS, a estipula-
ção de alíquotas de contribuição social diferenciada, de • III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
acordo com as diferentes capacidades contributivas. CES-
PE – 2013 AE/ES. Gabarito certo. • IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de
A instituição de alíquotas ou bases de cálculos diferentes, quem a lei a ele equiparar.
em razão da atividade econômica ou do porte da empresa,
entre outras situações, apesar de, aparentemente, infringir • CF, Art. 195, § 4º - A lei poderá instituir outras fontes desti-
o princípio tributário da isonomia, de fato atende ao coman- nadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade
do constitucional da equidade na forma de participação no social, obedecido o disposto no art. 154, I.
custeio da seguridade social. Gabarito certo.
• “Art. 154. A União poderá instituir:
VI - diversidade da base de financiamento;
• I - mediante lei complementar, impostos não previstos no
Veja como a FCC-Proc. AL/2013 cobrou isso: artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não te-
→A escolha de um plano compatível com a força econômi- nham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discrimina-
co-financeira do sistema e as reais necessidades dos pro- dos nesta Constituição”.
tegidos refere-se ao principio diversidade da base de finan-
ciamento. Difícil né, também achei. • Criação de novas contribuições sociais:
Cuidado: As pegadinhas nas provas dizem que é caráter • Não poderá utilizar-se de fato gerador ou base de cálculo de
centralizado e gestão tripartite, errado. contribuição social já existente, como, por exemplo, a COFINS.
Sobre esse princípio veja como a FCC cobrou:
Segundo o STF:
→Tem sua gestão organizada de forma democrática e
descentralizada, colegiada e quadripartite. Uma forma um → Criação de novas contribuições não prevista na CF:
pouco diferente de cobrar, mas também está certa. através de lei complementar;
mas não o fez, tem o direito assegurado da época. Agora tinadas à seguridade social ao respectivo orçamento.
se não cumpriu pode ser alterado. Lembre-se não há direito
adquirido sobre regime jurídico. • § 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será
elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis
→ A lei previdenciária tem eficácia imediata, a partir de sua pela saúde, previdência social e assistência social, tendo
vigência, alcança todas as situações em curso, desde que em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de
respeitado o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão
adquirido. de seus recursos.
A preexistência da fonte de custeio deve também ser • § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade so-
observadas pelos Estados, DF e Municípios – (STF). cial as entidades beneficentes de assistência social que
atendam às exigências estabelecidas em lei.
• Princípio da Anterioridade Nonagesimal ou Novente- • § 8º (SEGURADO ESPECIAL) O produtor, o parceiro, o
na (anterioridade mitigada): meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem
como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades
CF, Art. 195, § 6º - As contribuições sociais de que trata este em regime de economia familiar, sem empregados permanen-
artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias tes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplica-
da data da publicação da lei que as houver instituído ou modi- ção de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da
ficado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei;
A alteração do prazo de recolhimento não respeita o § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste
prazo de 90 dias (mesmo que antecipar). A alteração de artigo (contribuição da empresa) poderão ter alíquotas ou bases
alíquota respeita o prazo de 90 dias. de cálculo diferenciadas (não é unicamente ou exclusivamente a
cespe colocou apenas essas palavras em provas anteriores e
Não se aplica o princípio da anterioridade de exercício (no gabarito errado, cuidado com palavras que restringem ou que
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei ampliam), em razão da atividade econômica, da utilização
que os instituiu ou aumentou); ou seja, uma contribuição social intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da con-
criada ou majorada pode ser cobrada no mesmo exercício dição estrutural do mercado de trabalho.
financeiro, basta apenas observar o período de 90 dias.
PROGRESSIVIDADE DA ALÍQUOTA
A saber: P Porte da empresa
A Atividade da empresa
A contribuição social classifica-se como uma es- C Condição de mercado
pécie de contribuição especial. Acontece que U Utilização de mão-de-obra
alguns autores, em vez de usar o termo “contribuição PACU
especial”, chamam esta espécie tributária de
“contribuição parafiscal”. Caiu na ESAF 2009 – § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos
para o sistema único de saúde e ações de assistência social
Receita Federal - ATA.
da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva
• Princípio da Vedação de Contratar ou Receber Bene- contrapartida de recursos.
fícios
• § 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das
• Art. 195, § 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema contribuições sociais de que tratam os incisos I,
da seguridade social, como estabelecido em lei, não pode- a,(contribuição da empresa sobre a folha de salários) e II (con-
rá contratar com o Poder Público nem dele receber benefí- tribuição do empregado) deste artigo, para débitos em mon-
cios ou incentivos fiscais ou creditícios. tante superior ao fixado em lei complementar.
• § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os
• A seguir, citaremos demais parágrafos do art. 195 da quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b
C.F., que serão tratados no decorrer do material. (contribuição da empresa sobre o faturamento); e IV (contri-
buição do importador) do caput, serão não-cumulativas.
• § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios destinadas à seguridade social constarão dos • § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da Uni- substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente
ão. Este parágrafo diz respeito à vinculação das receitas des- na forma do inciso I, a, (contribuição da empresa sobre a folha
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 9
de salários) pela incidente sobre a receita ou o faturamento Parágrafo único. A participação referida no inciso VIII
deste artigo será efetivada a nível federal, estadual e muni-
Informações adicionais sobre financiamento: cipal.
VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do • Fontes Secundárias: Sendo também denominada fonte
salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do mediata, corresponde conforme Venosa, "às que não têm a
segurado não inferior ao do salário mínimo. Exceção: força das primeiras, mas esclarecem os espíritos dos aplicado-
res da lei e servem de precioso substrato para a compreensão
Salário Família e auxílio-acidente, esses podem ter valor
e aplicação global do Direito". Assim, as fontes secundárias
inferior ao mínimo, pois esse não substitui a renda do traba-
servem para explicar, explicitar, esclarecer as leis (fontes
lhador;
primárias). Nas fontes secundarias encontramos: os atos ad-
VII - previdência complementar facultativa, custeada por ministrativos do poder executivo (Instrução Normativa, Memo-
contribuição adicional; decore esse principio, pois ele faz rando, Ordem de Serviço, Orientação Normativa), a doutrina, a
parte dos princípios da previdência social e muito explorado jurisprudência.
em prova.
Aplicação das Normas Previdenciárias
Por previsão constitucional, o regime de previdência
privada, além de facultativo, é baseado na constituição
de reservas que garantam o benefício contratado. FCC- A norma previdenciária nunca volta no tempo.
TRT2/2014.
→ Hierarquia
Não esquecer que a previdência privada é regulada por
LC. • Norma específica prevalece sobre a genérica.
VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão ad- • In dubio pro misero: em caso de dúvida, a decisão deverá
ministrativa, com a participação do governo e da comunida- ser a mais favorável ao beneficiário.
de, em especial de trabalhadores em atividade, empregado-
res e aposentados. →Interpretação
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 10
• Ao interpretar um texto legal, o intérprete deve buscar, dentro ela se dirige e às exigências do bem comum. Desta forma, é
das opções existentes no texto legal, aquela que seja a mais importante que o intérprete busque qual o fim social da norma.
compatível com o caso concreto, não se limitando às situa- Integração (juntar, unir)
ções previstas pelo legislador quando da elaboração do texto.
Busca-se o preenchimento de lacunas do ordenamento jurídi-
Interpretação Gramatical ou Literal: co, pois o juiz não pode deixar de resolver o caso proposto
alegando inexistência de lei a respeito.
• Grande apego à forma.
• É situação excepcional, onde juiz atua atipicamente, como
• Busca-se o sentido da lei mediante o significado das pala-
legislador para o caso concreto.
vras utilizadas pelo legislador.
• Somente gera efeitos entre as partes envolvidas no proces-
Interpretação Lógica so.
• Busca compatibilizar o texto legal a ser interpretado com as • As ferramentas para integração são:
demais normas que compõem o ordenamento jurídico, visuali-
zando a lei objeto de interpretação como parte de um todo. • Analogia
• Equidade
Interpretação Finalística ou Teleológica:
• Costumes
• Busca-se o fim almejado pelo legislador. Só a finalidade. • Princípios gerais do direito.
• Portanto, toda esta estrutura deve ser analisada, comparan- • Têm força normativa desde que não sejam contrários à lei.
do-se vários dispositivos para se constatar o que o legislador
pretende dizer, utilizando diversas normas que tratam da Interpretação
mesma questão.
• RPS • Art. 309. Havendo controvérsia na aplicação de lei ou
Interpretação Histórica: de ato normativo, entre órgãos do Ministério da Previdência e
Assistência Social ou entidades vinculadas, ou ocorrência de
• Busca-se a análise do momento histórico da aprovação da questão previdenciária ou de assistência social de relevante
lei. interesse público ou social, poderá o órgão interessado, por
intermédio de seu dirigente, solicitar ao Ministro de Estado da
Interpretação Autêntica: Previdência e Assistência Social solução para a controvérsia
ou questão.
• É realizada pelo próprio Poder Legislativo, quando elabora
nova lei para dirimir dúvidas sobre lei já existente. • 1º - A controvérsia na aplicação de lei ou ato normativo será
relatada in abstracto e encaminhada com manifestações
• É feita pelas chamadas leis interpretativas. fundamentadas dos órgãos interessados, podendo ser instruí-
da com cópias dos documentos que demonstrem sua ocorrên-
Interpretação Extensiva: cia.
→ Fechadas:
• I - aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas
e aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, entes denominados patrocinadores; e
• a) Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à • j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem
empresa, em caráter não eventual, sob sua subordina- como o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de
cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja am-
ção e mediante remuneração, inclusive como diretor
empregado. parado por regime próprio de previdência social;
•l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal
• b) aquele que, contratado por empresa de trabalho tem- ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e fun-
porário, por prazo não superior a três meses, prorrogável, dações, por tempo determinado, para atender a necessi-
presta serviço para atender a necessidade transitória de subs- dade temporária de excepcional interesse público ,
tituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo ex- nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal;
traordinário de serviços de outras empresas, na forma da
legislação própria; • m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Municí-
pio, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de
• c) O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no emprego público;
Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em su-
cursal ou agência de empresa constituída sob as leis brasilei- • o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de
ras e que tenha sede e administração no País; serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro
de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de
• d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de
no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domi- 18 de novembro de 1994;
ciliada no exterior com maioria do capital votante pertencente
a empresa constituída sob as leis brasileiras, que tenha sede • p) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou
e administração no País e cujo controle efetivo esteja em municipal, desde que não vinculado a regime próprio de
caráter permanente sob a titularidade direta ou indireta de previdência social;
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 13
seis anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que • III – a participação em plano de previdência complementar
tratam as alíneas “a” e “b” deste inciso, que, comprovadamen- instituído por entidade classista a que seja associado, em
te, tenham participação ativa nas atividades rurais ou pes- razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em
queiras artesanais, respectivamente, do grupo familiar. De- regime de economia familiar;
creto 8499/2015
• IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem
Segurado ESPECIAL: algum componente que seja beneficiário de programa assis-
tencial oficial de governo;
• pescador artesanal - é aquele que, individualmente ou em
regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habi- • V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da
tual ou meio principal de vida, desde que: não utilize embarca- atividade, de processo de beneficiamento ou industrialização
ção; ou utilize embarcação desde que utilize embarcação de artesanal; e •
pequeno porte: quando possui arqueação bruta igual ou me-
nor que 20 (vinte). Atualizado em 2015. • VI – a associação em cooperativa agropecuária;
Entende-se por tonelagem de arqueação bruta a expressão da • VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima
capacidade total da embarcação constante da respectiva certi- produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada
ficação fornecida pelo órgão competente. matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal
obtida na atividade não exceda ao menor benefício de presta-
ção continuada da Previdência Social; e (Incluído pela Lei nº
A legislação entende como regime de economia fami- 11.718, de 2008)
liar a atividade em que o trabalho dos membros da família é
indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento A participação do segurado especial em sociedade empre-
socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições sária, em sociedade simples, como empresário individual
de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de ou como titular de empresa individual de responsabilidade
empregados permanentes. limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou
• O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados con- agroturístico, considerada microempresa nos termos da
o
tratados por prazo determinado ou trabalhador contribuinte Lei Complementar n 123, de 14 de dezembro de 2006,
individual, em épocas de safra, à razão de no máximo 120 não o exclui de tal categoria previdenciá-
(cento e vinte) pessoas/dia no ano civil, em períodos corri- ria, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural
dos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em ho- o
na forma do inciso VII do caput e do § 1 , a pessoa jurídica
ras de trabalho. componha-se apenas de segurados de igual natureza e
O segurado especial não pode ter empregado per- sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe
àquele em que eles desenvolvam suas ativida-
manente. des. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) (Produção de
Outro ponto importante é: Se o segurado especial em efeito).
regra exercer atividade remunerada que enquadre em
outra categoria deixa de ser segurado especial, Mas vamos • VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior
ver que têm exceções. ao menor benefício de prestação continuada da Previdência
Social.
De acordo com a jurisprudência pacificada do
STJ, o trabalho urbano de um dos membros do Pode exercer atividade artística, artística, desde que
ganhe até um salário mínimo por mês.
grupo familiar não descaracteriza, por si só, os
demais integrantes como- segurados especiais. B - Não é segurado especial o membro de grupo familiar que
Antes sim se um trabalhasse afetava os demais, possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de:
hoje não. Grave isso que a CESPE cobrou. • I – benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxí-
lio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de
• A interpretação que se dá a este dispositivo legal é que pode prestação continuada da Previdência Social; Limitado ao salá-
ser contratado trabalhador, mas no máximo por 120 dias rio mínimo.
por ano.
• II – benefício previdenciário pela participação em plano de
• Segundo o art. 9º, parágrafo 8º do RPS: previdência;
• “não se considera segurado especial o membro do grupo • III – exercício de atividade remunerada em período de en-
familiar que possui outra fonte de rendimento”. tressafra ou do defeso, não superior a 120 (cento e vinte)
dias, corridos ou intercalados, no ano civil;
Não descaracteriza a condição de segurado
• IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de
especial: organização da categoria de trabalhadores rurais;
• I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, • V – exercício de mandato de vereador do município onde
meação ou comodato, de até 50% (cinquenta por cento) de desenvolve a atividade rural, ou de dirigente de cooperativa
imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) mó- rural constituída exclusivamente por segurados especiais;
dulos fiscais, desde que outorgante e outorgado
continuem a exercer a respectiva atividade, indi- • VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições
vidualmente ou em regime de economia familiar; estabelecidas no inciso I do item “A” acima;
• II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, • VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima
inclusive com hospedagem, por não mais de 120 (cento e produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada
vinte) dias ao ano; Cuidado prazo em dias é dias e não em matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal
meses. Não são três meses, e sim 120 dias. obtida na atividade não exceda ao menor benefício de presta-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 15
ção continuada da Previdência Social; e provas colocam ele como segurado especial, errado.
• VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior c) o ministro de confissão religiosa e o membro de
ao menor benefício de prestação continuada da Previdência instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem
Social. religiosa;
• II – a contar do primeiro dia do mês subsequente g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de
ao da ocorrência, quando o grupo familiar a que capital e indústria;
pertence exceder o limite de: h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração
• a) utilização de trabalhadores, à razão de no máximo 120 decorrente de seu trabalho e o administrador não empregado
(cento e vinte) pessoas/dia no ano civil; na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana
• b) 120 dias em atividade remunerada em período de entres- ou rural;
safra ou do defeso conforme estabelecido acima no item III da i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa,
letra “B”, acima; e associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade,
bem como o síndico ou administrador eleito para exercer ativi-
• c) 120 dias de hospedagem a que se refere o item II da letra dade de direção condominial, desde que recebam remunera-
“A”, acima. ção;
j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;
É espécie genérica, ampla, comportando trabalhadores muito l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade
distintos entre si, mas com algo em comum: nenhum deles econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;
enquadra-se nas situações anteriores. Sendo aquele que não
possui vínculo empregatício com empresa. m) o aposentado de qualquer regime previdenciário
nomeado magistrado classista temporário da Justi-
Criada pela lei 9876/99, a qual reuniu 3 categorias: ça do Trabalho, na forma dos incisos II do § 1º do art. 111
• 1- empresário ou III do art. 115 ou do parágrafo único do art. 116 da Consti-
• 2- autônomo tuição Federal, ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral,
• 3- equiparado a autônomo. na forma dos incisos II do art. 119 ou III do § 1º do art. 120 da
Constituição Federal;
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL:
• a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade n) o cooperado de cooperativa de produção que, nes-
agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou ta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante
temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, remuneração ajustada ao trabalho executado;
quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais
ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por o) a pessoa física contratada por partido político ou
intermédio de prepostos. por candidato a cargo eletivo, para, mediante remu-
neração, prestar serviços em campanhas eleitorais,
Obs.: Quando o segurado especial é excluído em razão do disposto no art. 100 da Lei nº 9.504, de 1997.
desta categoria, em regra, tornar-se-á contribuin-
p) o Micro Empreendedor Individual – MEI de que
te individual. tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar no 123, de
14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora ativida- impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional
de de extração mineral - garimpo -, em caráter permanente em valores fixos mensais; (Incluído pelo Decreto nº 6.722, de
ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, 2008).
com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer
título, ainda que de forma não contínua. Cuidado que nas • Obs.: Estas duas alíneas são muito abrangentes. São os
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 16
É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência A competência administrativa para processar e deferir o
Social, na qualidade de segurado facultativo, de pes- seguro-defeso passou a ser do INSS com o advento da Lei
soa participante de regime próprio de previdên- 13.134/2015, devendo o pescador deverá apresentar à autar-
quia previdenciária os seguintes documentos:
cia social.
I - registro como Pescador Profissional, categoria artesanal,
A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato devidamente atualizado no Registro Geral da Atividade Pes-
voluntário, gerando efeito somente a partir da inscrição e queira - RGP, emitido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura,
do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e com antecedência mínima de um ano, contados da data do
requerimento do benefício;
não permitindo o pagamento de contribuições II - cópia do documento fiscal de venda do pescado a empresa
relativas a competências anteriores à data da adquirente, consumidora ou consignatária da produção, em
inscrição, salvo quando há pagamento trimestral. que conste, além do registro da operação realizada, o valor
da respectiva contribuição previdenciária, de que trata o §
Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá reco- 7º do art. 30 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, ou com-
lher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda provante do recolhimento da contribuição previdenciária,
da qualidade de segurado. caso tenha comercializado sua produção a pessoa física;
TRABALHADORES EXCLUÍDOS
III - outros estabelecidos em ato do Ministério Previdência
→Os servidores ocupantes de cargo público efetivo e os Social que comprovem:
militares: porém se não estiver coberto pelo regime pró- a) o exercício da profissão;
prio estará filiado ao RGPS.
b) que se dedicou à pesca, em caráter ininterrupto, assim
→Os estrangeiros: sem um domicilio (permanente) no Brasil. considerada a atividade exercida durante o período compre-
endido entre o defeso anterior e o em curso, ou nos doze
→Os brasileiros que trabalham para organismo internaci- meses imediatamente anteriores ao do defeso em curso, o
onal, mas desde que seja amparo pelo regime próprio do país que for menor;
do organismo.
c) que não dispõe de outra fonte de renda diversa da decor-
EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO rente da atividade pesqueira.
A Lei 13.134/2015 determina que o INSS, no ato 6GTSNB da
CONCEITO PREVIDENCIÁRIO habilitação ao benefício, deverá verificar a condição de segu-
Considera-se empresa: a firma individual ou a socieda- rado pescador artesanal e o pagamento da contribuição previ-
de que assume o risco de atividade econômica urbana denciária, nos termos da Lei nº 8.212, de 1991, nos últimos
ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os ór- doze meses imediatamente anteriores ao re-
gãos e as entidades da administração pública direta, querimento do benefício ou desde o último período de
indireta e fundacional. defeso até o requerimento do benefício, o que for menor.
Equiparam-se a empresa:
Os segurados serão identificados pelo NIT – Número de Ex.2. Antônio faz faxina voluntariamente na “Associação de
Identificação do Trabalhador, que é único, pessoal e intrans- Amigos da Escola”, de segunda à sexta. Na situação exposta,
ferível. Para os segurados já cadastrados no PIS/PASEP não trata-se de segurado não filiado ao RGPS.
cabe novo número de identificação (NIT), sendo identificados O segurado que exercer, ao mesmo tempo, mais de uma
pelo número do PIS ou pelo do PASEP. atividade remunerada sujeita ao RGPS será obrigatoria-
mente inscrito em relação a cada uma delas.
Existem dois tipos de inscrição: a inscrição do segurado e a Inscrição Pós Morte: admite‐ se a inscrição post mortem
inscrição do dependente, esta, somente promovida quando somente do segurado especial. Portanto, quanto ao
do requerimento do benefício a que tiver direito. segurado especial, este é o único caso em que a inscrição
O tempo de Filiação ao INSS pode ser maior que o de pode ser feita após a sua morte.
contribuição, por força do período de graça. Idade mínima:
I ‐ Simultaneamente com a inscrição no Cadastro Nacional da nanciamento a contribuição social do salário-educação, reco-
Pessoa Jurídica (CNPJ). lhida pelas empresas na forma da lei.
II ‐ perante a Secretaria da Receita Federal do Brasil, no As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
prazo de trinta dias contados do início de suas atividades, pios destinadas à seguridade social constarão dos respec-
quando não sujeita a inscrição no Cadastro Nacional da Pes- tivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
soa Jurídica.
• Estas pessoas receberão um número de matrícula chamado RECEITAS DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
“matrícula CEI” – Certidão Específico do INSS. Através deste
número é que elas poderão efetuar os recolhimentos. • Decreto 3.048/99 – Art. 195
Os 20% de contribuição das empresas será sobre 850 III – Segurado Especial.
reais e não sobre 1000.
Entre as receitas que custeiam a seguridade social
Outro ponto importante é: A cota patronal sobre a folha de incluem-se as provenientes das contribuições sociais
salário é pago proporcionalmente na admissão e na devidas:
dispensa do empregado.
→Pelos trabalhadores, incidentes so-
• b) a receita ou o faturamento;
bre o salário de contribuição. Caiu
Ex.: Contribuição social sobre o faturamento das empresas - CESPE TRF5/2015.
COFINS.
Empregado, Trabalhador Avulso e Empregado
• c) o lucro; Ex.: Contribuição social sobre o lucro líquido - Doméstico
CSLL.
Cota do empregador não tem limite (não tem teto). • Estes segurados possuem como característica comum, que
os distinguem dos outros, o fato de existir um “certo” víncu-
Além da cota patronal e empresa é responsável por reter a lo.
cota do empregado/avulso e o contribuinte individual e repas-
sar ao INSS até o dia 20 do mês subsequente. • O empregado com o empregador;
• O Trabalhador avulso com o OGMO e sindicato;
Lembrar que a cota patronal pode passar o teto do • O empregado doméstico com o empregador doméstico.
INSS, não tem limite. O desconto da contribuição sempre se presumirá
feito, oportuna e regularmente, pela empresa, pelo empre-
Não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão gador doméstico, pelo sindicato e pelo OGMO a isso obriga-
concedidas pelo regime geral de previdência social de dos, não lhes sendo lícito alegar qualquer omissão para se
que trata o art. 201; eximirem do recolhimento, ficando os mesmos diretamente
responsáveis pelas importâncias que deixarem de descontar.
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade A contribuição do segurado empregado, inclusive o domésti-
avançada; co, e do trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação
da correspondente alíquota, de forma não cumulativa, sobre o
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; seu salário‐de‐contribuição mensal.
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego Somente aqui, aplica‐se a tabela com alíquotas progressivas,
involuntário; conforme salário de contribuição.
mentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totali-
serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à dade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qual-
disposição do empregador ou tomador de serviços, nos quer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho,
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ga-
acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. MP nhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos
680/2015 decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetiva-
mente prestados, quer pelo tempo à disposição do emprega-
II - para o empregado doméstico: a remuneração regis- dor ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato
trada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observa- ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
das as normas a serem estabelecidas em regulamento para sentença normativa. Quem faz o recolhimento é a
comprovação do vínculo empregatício e do valor da remune- empresa/empregador e o OGMO.
ração; Empregado doméstico: a remuneração registrada na
III - para o contribuinte individual: a remuneração aufe- Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previ-
rida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua dência Social, observados os limites mínimo e máximo.
atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite Quem Recolhe é o empregador doméstico.
máximo a que se refere o § 5º; (Redação dada pela Lei nº Para os segurados empregados, inclusive o
9.876, de 1999). doméstico, e trabalhador avulso: ao piso salarial
legal ou normativo da categoria ou, inexistindo este, ao salá-
IV - para o segurado facultativo: o valor por ele declara-
rio mínimo (R$ 788 ano de 2015), tomado no seu valor men-
do, observado o limite máximo a que se refere o § 5º (Incluído
sal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de tra-
pela Lei nº 9.876, de 1999).
balho efetivo durante o mês.
§ 1º Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a O valor do limite máximo do salário‐de‐contribuição será
falta do empregado ocorrer no curso do mês, o salário-de- publicado mediante portaria interministerial do Ministério da
contribuição será proporcional ao número de dias de trabalho Previdência Social e Ministério da Fazenda, sempre que
efetivo, na forma estabelecida em regulamento. ocorrer alteração do valor dos benefícios.
poderá se aposentar, nestas condições, por tempo de contri- Cabe ao próprio contribuinte individual que prestar serviços,
buição. no mesmo mês, a mais de uma empresa, cuja soma das
remunerações superar o limite mensal do salário‐de‐
O contribuinte individual que presta serviços a em- contribuição, comprovar às que sucederem à primeira o valor
presas não pode contribuir no plano simplificado. ou valores sobre os quais já tenha incidido o desconto da
contribuição, de forma a se observar o limite máximo do salá-
II ‐ 5% (cinco por cento): rio‐de‐contribuição.
• a) no caso do microempreendedor individual(MEI), (...); e
Exemplo: Se Ele presta serviço no mês para 6 empresas
• b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedi-
(A,B,C,D,E e F) recebendo de cada uma dela R$ 1000. Aqui
que exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua
como haverá cota patronal. Nesse caso cada a empresa de A
residência, desde que pertencente a família de baixa renda.
a D, fará o desconto de 11% sobre os 1000 reais que cada
O segurado que tenha contribuído na forma do § 2º deste uma pagou para ele, porém a empresa E somente descontará
artigo e pretenda contar o tempo de contribuição correspon- 663,75, pois o teto em 2015 é R$ 4.663,75, somando 1000*4
dente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de + 663,75 = 4.663,75. Já a empresa F não descontará sobre o
contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contri- valor pago para ele, pois já chagou ao teto.
buição deverá complementar a contribuição mensal mediante
recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo → Porém a empresa E e F terá a cota patronal do valor inte-
mensal do salário‐de‐contribuição em vigor na competência a gral (20%). Lembre-se que não há limite ou teto para cota
ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o patronal.
de 20%, acrescido dos juros moratórios.
O segurado contribuinte individual é responsável pelo reco- Contribuinte individual – Caminheiro (condu-
lhimento da contribuição social previdenciária incidente sobre tor autônomo)
a remuneração auferida por serviços prestados por conta
própria às pessoas físicas, a outro contribuinte indi- • A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes indi-
vidual equiparado a empresa, a produtor rural pes- viduais.
soa física, à missão diplomática ou à repartição
• A remuneração paga ou creditada a condutor autônomo
consular de carreira estrangeiras. Aqui a Cota será de de veículo rodoviário, ou ao auxiliar de condutor autônomo
20%. de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de
A missão diplomática está excluída da obrigação de arre- colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30 de agosto
cadar a contribuição do Contribuinte individual, cabendo ao de 1974, pelo frete, carreto ou transporte de passageiros,
contribuinte recolher a própria contribuição. TRT/2010. realizado por conta própria, corresponde a vinte por
cento do rendimento bruto.
Estas pessoas têm a obrigação de recolher a parte patronal
(20%), mas não têm a obrigação de descontar e recolher a O valor da contribuição não será sobre o valor do frete e
parte do segurado, como ocorre nas demais empresas. sim sobre o valor do lucro do frete.
• Desta forma, cabe ao contribuinte individual recolher a pró-
Pois se um frete para determinado lugar de 1000 reais,
pria contribuição, sendo a alíquota, em regra, de:
estão incluídos custo com combustível, pedágio, desgaste
• 11% ‐ Houve a certeza do recolhimento da contribuição da do veículo, nesse caso não seria justo a contribuição de
empresa; 20% sobre 1000 reais. Geralmente considera-se lucro 20%
sobre o valor do frete. Nesse caso 200 reais. Aqui a contri-
• 20% ‐ Não houve a certeza do recolhimento da contribuição buição será de 20% sobre o valor de 200 reais.
da empresa.
• Quanto deverá ser recolhido por um contribuinte individual Salário‐de‐contribuição do Microempre-
que recebe R$ 1.000,00, prestando serviço ao consulado da
Alemanha, não tendo sido comprovado o recolhimento da
endedor Individual – MEI
quota patronal?
O Plano Simplificado de Inclusão Previdenciária incluiu o
• Resposta: R$ 1.000 x 20% = R$ 200,00. Microempreendedor Individual – MEI.
• Quanto deverá ser recolhido por um contribuinte individual É Micro Empreendedor Individual ‐ MEI aquele que opte
que recebe R$ 1.000,00, prestando serviço ao consulado da pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos
Alemanha, tendo sido comprovado o recolhimento da quota pelo Simples Nacional em valores fixos mensais. É consi-
patronal? derado MEI o empresário individual a que se refere o art.
966 do Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no
• Resposta: R$ 1.000 x 11% = R$ 110,00. ano‐calendário anterior, de até R$ 60.000,00, optante pelo
Relação do Contribuinte Individual com Cooperati- Simples Nacional.
va de Trabalho
• O MEI recolherá as contribuições previdenciárias como
→ O Cooperado é um contribuinte individual. ocorre no Plano Simplificado de Previdência Social, com
valor fixo.
→ A Cooperativa de Trabalho é equiparada a em-
presa, de modo que ela é obrigada a descontar 11% • A alíquota do MEI será de 5% sobre o valor mínimo.
do valor da quota distribuída ao cooperado por
serviços por ele prestados. • Neste caso, exclui‐se o direito ao benefício de aposen-
tadoria por tempo de contribuição e todas as regras do
→ Se o tomador de serviço for pessoa jurídica, a cota Plano Simplificado de Inclusão Previdenciária serão apli-
patronal será de 15%. cadas.
→ Em relação aos serviços prestados a pessoas físicas • As empresas que tomam serviços de Mi-
nesse caso a cooperativa desconta 20% do cooperado, pois
croempreendedor Individual não têm a obrigatorieda-
não há cota patronal.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 24
O MEI é isento das contribuições de terceiros. A contribuição obrigatória só existe quando o segurado espe-
cial vende seus produtos rurais, pois é neste momento que
Segurado Especial ocorre o fato gerador da contribuição. Não havendo venda,
não há obrigação de recolher contribuição.
Como vimos, o segurado especial traduz‐se, resumidamente,
no pequeno produtor rural e no pescador artesanal. Para efeito de concessão dos benefícios previdenciários ao
segurado especial, não é exigível a comprovação do reco-
O Segurado Especial os benefícios serão somente sobre o
lhimento das contribuições incidentes sobre a receita
valor mínimo.
bruta da comercialização da produção rural. Para receber
benefício previdenciário, o que o segurado especial deve
Não poderá se aposentar, nestas condições, por tempo de
comprovar é o tempo mínimo de efetivo exercício de
contribuição, somente por idade.
atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao
• Para o segurado especial não há salário de contribuição. número de meses necessário à concessão do benefício re-
Aqui a base de cálculo é simplesmente o valor de venda da querido (RPS, art. 26, § 1º).
produção rural (incluindo a pesqueira, para o pescador arte-
sanal). Imagine-se, por exemplo, uma segurada especial que com-
pletou 55 anos de idade. Para ter direito à aposentadoria por
• A alíquota de contribuição do segurado especial é de 2% da idade no valor de um salário mínimo, ela não precisa compro-
receita bruta proveniente da comercialização da sua produ- var recolhimento de contribuições previdenciárias. O que ela
ção. Acresce‐se a este o percentual de 0,1%, referente ao precisa comprovar é o exercício da atividade rural por pelo
GILRAT (grau de incidência de incapacidade laborativa de- menos 180 meses.
corrente dos riscos ambientais do trabalho) (esta é uma nova
denominação para o antigo SAT = seguro de acidente do Em suma, pode-se dizer que para efeito da relação tributária
trabalho). que o segurado especial mantém com a previdência social,
sempre que vender produtos rurais, ele será obrigado a reco-
• TOTAL = 2,1% sobre o valor bruto da comercialização rural. lher contribuições previdenciárias. Mas para receber benefício
previdenciário, ele não precisa comprovar o recolhimento de
• Ao contrário dos demais segurados, a contribuição do segu- tais contribuições, e sim o tempo necessário na atividade
rado especial não é, necessariamente, mensal. rural.
• Entretanto, nos meses em que não há contribuição, ele Além das contribuições obrigatórias incidentes sobre a receita
continua sendo segurado obrigatório do RGPS, com plena bruta da comercialização da produção, o segurado especial
cobertura previdenciária. poderá contribuir, facultativamente (como contribuinte
individual), com alíquota de 20% sobre o salário-de-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 25
contribuição (Lei nº 8.212/91, art. 25, § 1º). Neste caso, o c) de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de
salário-de-contribuição do segurado especial será o valor por produtos comercializados no imóvel rural, desde que em
ele declarado (IN RFB nº 971/2009, art. 55, V). Vale frisar que atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no
o recolhimento de contribuições facultativas sobre o salário- próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recep-
de-contribuição não desobriga o segurado especial de conti- ção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de
nuar contribuindo sobre a receita bruta da comercialização da visitação e serviços especiais.
produção rural.
O segurado especial é obrigado a arrecadar a contribuição de
Contribuindo, facultativamente, sobre o salário-de- trabalhadores a seu serviço e a recolhê‐la até o dia 20 do
contribuição, o segurado especial terá, além dos benefícios mês seguinte ao da competência.
que já lhes são assegurados, as seguintes vantagens: (a)
benefícios com valores superiores a um salário mínimo; e (b) O art. 30, parágrafos 7º, 8º e 9º, da Lei 8.212/91, incluído
aposentadoria por tempo de contribuição. pela Lei 11.718/08, traz regras quanto à comercialização
da produção rural do segurado especial:
Frise-se, contudo, que o recolhimento facultativo de contribui-
ções sobre o salário-de-contribuição não assegura ao segu- 7º- A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou
rado especial a percepção de duas aposentadorias, em virtu- consignatária da produção fica obrigada a fornecer ao segu-
de da proibição legal do recebimento de mais de uma apo- rado especial cópia do documento fiscal de entrada da mer-
sentadoria, razão pela qual somente terá renda mensal supe- cadoria, para fins de comprovação da operação e da respec-
rior ao salário mínimo se contribuir sobre salário-de- tiva contribuição previdenciária.
contribuição superior a um salário mínimo.
8º - Quando o grupo familiar a que o segurado especial esti-
O recolhimento de contribuições facultativas, incidentes sobre ver vinculado não tiver obtido, no ano, por qualquer motivo,
o salário-de-contribuição, não provoca a perda da qualidade receita proveniente de comercialização de produção deverá
de segurado especial. Vale dizer, o recolhimento destas con- comunicar a ocorrência à Previdência Social, na forma do
tribuições não transforma o segurado especial em segurado regulamento.
facultativo nem em contribuinte individual. Ele poderá usar a
faculdade de contribuir individualmente, mantendo a qualida- 9º - Quando o segurado especial tiver comercializado sua
de de segurado especial no RGPS (IN RFB nº 971/2009, art. produção do ano anterior exclusivamente com empresa ad-
10, § 10). Ou seja, ele contribui, facultativamente, como se quirente, consignatária ou cooperativa, tal fato deverá ser
contribuinte individual fosse, mantendo, porém, a condição de comunicado à Previdência Social pelo respectivo grupo fami-
segurado especial. liar.
O segurado especial é segurado obrigatório do RGPS (Lei nº Inscrição Pós Morte: admite‐ se a inscrição post mortem
8.213/91, art. 11, VII). Assim, o segurado especial não pode somente do segurado especial. Portanto, quanto ao
filiar-se ao RGPS como segurado facultativo, pois uma segurado especial, este é o único caso em que a inscrição
das condições para ser segurado facultativo é não ser segu- pode ser feita após a sua morte.
rado obrigatório (Lei nº 8.213/91, art. 13).
O trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito APENAS LER
à contribuição obrigatória sobre a produção rural comerciali-
zada, somente faz jus à aposentadoria por tempo de contri- Integram a produção, os produtos de origem animal ou vege-
buição, se recolher contribuições facultativas (Súmula 272 do tal, em estado natural ou submetidos a processos de benefi-
STF). ciamento ou industrialização rudimentar, assim compreendi-
dos, entre outros, os processos de lavagem, limpeza, desca-
A contribuição do Segurado Especial será recolhi- roçamento, pilagem, descascamento, lenhamento, pasteuri-
zação, resfriamento, secagem, socagem, fermentação, emba-
da:
lagem, cristalização, fundição, carvoejamento, cozimento,
• I ‐ pela empresa adquirente, consumidora ou consignatária destilação, moagem e torrefação, bem como os subprodutos
ou a cooperativa, que ficam sub‐rogadas no cumprimento das e os resíduos obtidos através desses processos.
obrigações do segurado especial, exceto nos casos do inciso
III; Art. 25, 11, Lei 8.212/91 ‐ Considera‐se processo de benefici-
amento ou industrialização artesanal aquele realizado direta-
• II ‐ pela pessoa física não produtor rural, que fica sub‐ mente pelo próprio produtor rural pessoa física, desde que
rogada no cumprimento das obrigações do segurado especi- não esteja sujeito à incidência do Imposto Sobre Produtos
al, quando adquire produção para venda, no varejo, a consu- Industrializados – IPI.
midor pessoa física; ou
Art. 25, 10, Lei 8.212/91 ‐ Integra a receita bruta de que trata
este artigo, além dos valores decorrentes da comercialização
• III ‐ pelo próprio segurado especial, caso comercializem sua
da produção relativa aos produtos a que se refere o 3º deste
produção com adquirente domiciliado no exterior, diretamen-
artigo, a receita proveniente:
te, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro produtor
rural pessoa física ou a outro segurado especial.
I – da comercialização da produção obtida em razão de con-
trato de parceria ou meação de parte do imóvel rural;
O próprio segurado especial será obrigado a reco-
lher, diretamente, a contribuição incidente sobre a II – da comercialização de artigos de artesanato de que trata
receita bruta proveniente: o inciso VII do 10 do art. 12 desta Lei;
a) da comercialização de artigos de artesanato elaborados • Obs.: Atividade artesanal desenvolvida com matéria‐ prima
com matéria‐prima produzida pelo respectivo grupo familiar; produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utiliza-
da matéria‐prima de outra origem, desde que a renda mensal
b) de comercialização de artesanato ou do exercício de ativi- obtida na atividade não exceda ao menor benefício de pres-
dade artística, conforme explicado anteriormente; e tação continuada da Previdência Social.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 26
III – de serviços prestados, de equipamentos utilizados e de • A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individu-
produtos comercializados no imóvel rural, desde que em ais.
atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no
próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recep- • B- Incidentes sobre remunerações de empregados e segu-
ção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de rados avulsos.
visitação e serviços especiais;
• C- Substitutivas, em relação à parte patronal da regra geral
IV – do valor de mercado da produção rural dada em paga- de custeio.
mento ou que tiver sido trocada por outra, qualquer que seja
o motivo ou finalidade; e • A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individu-
ais.
V – de atividade artística de que trata o inciso VIII do 10 do
art. 12 desta Lei. • A cota patronal da empresa que toma serviço de contribuin-
te individual, da mesma forma que dos empregados, é de
• Obs.: Inciso VIII do 10 do art. 12 da Lei 8.212/91: “atividade 20%.
artística, desde que em valor mensal inferior ao menor bene-
fício de prestação continuada da Previdência Social.” • Lembrando que, neste caso, a empresa é responsável pelo
Receitas do Empregador Doméstico desconto e recolhimento de 11% do contribuinte individual.
• (Decreto 3.048/99) Art. 211. A contribuição do empregador • A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individu-
ais.
doméstico é de Oito por cento do salário-de-
contribuição do empregado doméstico a seu serviço. • Considera-se remuneração do contribuinte individual que
trabalha como condutor autônomo de veículo rodoviário,
• O recolhimento deve ser feito até dia 07 do mês seguinte como auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário,
ao da prestação, pelo empregador doméstico. em automóvel cedido em regime de colaboração, nos termos
da Lei no 6.094, de 30 de agosto de 1974, como operador de
• Uma empregada doméstica foi contratada, com salário de trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelha-
R$ 1000,00.
dos, o montante correspondente a 20% (vinte por cento)
• A parte patronal será: 1000 x 8% = R$ 80,00 • A parte do do valor bruto do frete, carreto, transporte de passagei-
segurado descontada será: 1000 x 8% = R$80,00. ros ou do serviço prestado, observado o limite máximo a que
se refere o § 5o. (Incluído pela Lei nº 13.202, de 2015).
• Total recolhido: R$ 120,00 + R$ 80,00 = R$ 200,00.
• A- Incidentes sobre remunerações de contribuintes individu-
ais.
Contribuições patronais previdenciárias do
empregador doméstico • Por exemplo, o caminhoneiro recebeu R$ 1.000,00 pelo
Destinação Alíquota Base de cálculo frete, a base de cálculo para efeitos de contribuição previden-
Para a segurida- 8% Remuneração ciária será de: R$ 1.000,00 x 20% = R$ 200,00. E, a contri-
buição da empresa será de: R$ 200,00 x 20% = R$ 40,00.
de social paga ou devida
a cada • Da mesma forma, no nosso exemplo, esta base de cálculo
Para financia- 0,8% Empregado (R$ 200,00) será utilizada para empresa fazer o desconto e
recolhimento da parte deste segurado contribuinte individual:
mento do segu- doméstico, R$ 200,00 x 11% = R$ 22,00.
ro contra aci- incluída na re-
dentes do traba- muneração a • B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de 15% sobre
lho gratificação o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.
natalina
• Cooperado é contribuinte individual.
Receitas das Empresas (contribuição)
• Cooperativas de Trabalho se propõem a prestar serviços de
• (Decreto 3.048/99) Art. 201. A contribuição a cargo da em- cessão de mão-de-obra, através de contratos de obras, tare-
presa, destinada à seguridade social, é de: fas, trabalhos ou serviços públicos e particulares; coletiva-
mente por todos ou por grupo de alguns.
• I - 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou
creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segu- Cooperativas de Trabalho (15%)
rados empregado e trabalhador avulso, além das contribui-
ções previstas nos arts. 202 (GILRAT - grau de incidência de • B- Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de 15% sobre
incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.
trabalho) e 204 (contribuições provenientes do faturamento e
do lucro – COFINS e CSLL); • A contribuição a cargo da empresa, destinada à seguridade
social, é de 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da
• Por exemplo: Um empregado que recebe R$10.000,00, lhe nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a
será descontado sobre o teto, R$ 4.663,75 x 11%= R$ serviços que lhes são prestados por cooperados por intermé-
513,01. dio de cooperativas de trabalho.
• B-Cooperativas de Trabalho – A Contribuição de 15% sobre
• Já na parte da empresa não se limita a este valor, portanto o Valor Bruto da Nota Fiscal ou Fatura de Serviços.
esta recolherá: R$ 10.000,00 x20% = R$ 2.000,00. • Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco
pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de servi-
• Podemos, didaticamente, dividir as contribuições das em-
ços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente
presas em:
sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de
serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado per-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 27
• Sendo assim, a cooperativa de produção equipara-se a • III - 3% - para a empresa em cuja atividade preponderante o
empresa, devendo recolher os 20%, (cota patronal), sobre a risco de acidente do trabalho seja considerado grave.
remuneração paga ou creditada aos cooperados (que são
contribuintes individuais), como toda empresa o faz. • Considera-se preponderante a atividade que ocupa, na
empresa, o maior número de segurados empregados e traba-
• Adicional das Cooperativas de Produção. Entretanto, será lhadores avulsos.
devida contribuição adicional de doze, nove ou seis pontos
percentuais, a cargo da cooperativa de produção, incidente • O enquadramento no correspondente grau de risco é de
sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao coopera- responsabilidade da empresa, observada a sua atividade
do filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize econômica preponderante e será feito mensalmente, cabendo
a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou à RFB rever o auto enquadramento em qualquer tempo.
vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.
• A alteração do enquadramento estará condicionada à inexis- • Cota patronal: 20% + 3% (GILRAT) + 9% (adicional
tência de débitos em relação às contribuições sociais. do GILRAT) = 32%.
• 2.000 x 32% = R$ 640,00.
(Lei 10.666/03) Art. 10. A alíquota de contribuição de um,
• Desconto do José: 11% (conforme tabela).
dois ou três por cento, destinada ao financiamento do be- • 2.000 x 11% = R$ 220,00.
nefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos
em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa Lei 12.546/11
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser
reduzida, em até cinquenta por cento, ou aumentada, em até DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS
cem por cento, conforme dispuser o regulamento, em razão
do desempenho da empresa em relação à respectiva ativida- (SOMENTE COTA PATRONAL)
de econômica, apurado em conformidade com os resultados
obtidos a partir dos índices de frequência, gravidade e custo,
calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho • As Alíquotas Patronais dos:
Nacional de Previdência Social.
• empregados,
Máxima redu- Alíquota Máximo acrés- • trabalhadores avulsos e
ção alíquota normal cimo alíquota • contribuintes individuais.
GILRAT GILRAT GILRAT • Serão ZERADAS!!!
(50%) (100%) • Em contrapartida, será cobrada uma contribuição previden-
0,5% 1% 2% ciária sobre a receita bruta (descontando as receitas de ex-
1,0% 2% 4% portação) com alíquota de 1% ou 2%, conforme o caso.
1,5% 3% 6%
• A alíquota patronal será zerada, no caso de algumas em-
• As alíquotas referentes ao GILRAT(SAT) serão acrescidas
presas previstas na Lei 12.546/11, como exemplo:
de 12, 9 ou 6 pontos percentuais, respectivamente, se a ativi-
dade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a
• - Têxtil (1%);
concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos
• - Calçadista (1%);
de contribuição.
• - Móveis (1%);
• - Softwares (2%);
• Este acréscimo incide exclusivamente sobre a remuneração
• - Transporte rodoviário coletivo de passageiros (2%).
do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem
a saúde ou a integridade física.
• Somente são dispensadas as contribuições patronais sobre
a remuneração de empregados, avulsos e contribuintes indi-
APOSENTADORIA ACRÉSCIMOS
ESPECIAL APÓS PERCENTUAIS GILRAT viduais. A contribuição do GILRAT (1, 2, ou 3%) ainda per-
manece, assim como a incidência de 15% sobre a nota fiscal
15 anos 12%
ou fatura emitida por cooperativa de trabalho.
20 anos 9%
25 anos 6% • Os valores devidos aos terceiros (SESC, SEBRAE, SENAI)
são devidos da forma convencional.
• Este acréscimo (12, 9, 6%) incide exclusivamen-
te sobre a remuneração do segurado sujeito às • A contribuição dos empregados em tais atividades não é
condições especiais que prejudiquem a saúde ou alterada. Somente a cota patronal que é dispensada.
a integridade física.
• A retenção e recolhimento as contribuições previdenciárias
de seus empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes
• Por exemplo: numa empresa com 100 empregados, 5 traba-
individuais continuam a ser feitas da forma convencional.
lham em contato habitual e contínuo com substâncias tóxicas
que ensejam aposentadoria especial aos 20 anos de contri-
• As obrigações acessórias previdenciárias também perma-
buição. A maioria dos trabalhadores desta empresa exercem
necem na totalidade.
atividades que se enquadram como risco grave (3%).
• Caso a empresa tenha mais de uma atividade terá de efetu-
• Nesta situação, a empresa recolherá 3% sobre as remune-
ar um cálculo proporcional de sua receita para cada atividade.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 29
• Nessa condição, somente 60% de sua receita bruta sofrerá Dia 20 do mês seguintes: patrocínio, licenciamento de
a incidência de 1% e, também, somente 60% de sua folha de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e
pagamento será dispensada da cota patronal. Sobre os de- transmissão de espetáculos.
mais 40% da folha, haverá incidência da cota patronal, nor- 02 dias após realização do evento: Espetáculo ou
malmente. evento.
Contribuições Substitutivas
Vamos supor que o “melhor time do mundo”, o glorioso São
• Acabamos de ver as contribuições das empresas em geral: Paulo, jogue pelo campeonato paulista, cuja entidade promo-
os 20% sobre a folha de pagamento e o GILRAT (1%, 2% ou tora seja a Federação Paulista de Futebol.
3%).
• Neste caso, ela deve descontar e recolher os 5% sobre a
• Estas contribuições sociais, referentes à parte patronal da receita bruta do “espetáculo”. Assim como, o São Paulo deve-
regra geral de custeio, são obrigatoriamente substituídas em rá informar à Federação Paulista de Futebol, todas as recei-
situações especiais previstas em lei. tas auferidas no evento, discriminando-as detalhadamente,
visando a habilitar a entidade promotora a efetuar a retenção
• As contribuições substitutivas são: corretamente.
• A- do Clube de Futebol Profissional; • E se o São Paulo receber da Rede Globo pela transmissão
• B- do Produtor Rural. do espetáculo, caberá à Rede Globo a responsabilidade pela
retenção e recolhimento dos 5% da receita bruta decorrente
• Dec. 3.048/99 - Art. 205. A contribuição empresarial da desta transmissão.
associação desportiva que mantém equipe de futebol pro-
fissional, destinada à seguridade social, em substituição às • Suponha que o São Paulo tenha os seguintes empregados:
previstas no inciso I do caput do art. 201 e no art. 202 (con- • Jogador de futebol - salário R$ 100.000,00
tribuição patronal sobre empregados e avulsos e o GILRAT), • Jogador de voleibol – salário R$ 1.500,00
corresponde a 5% da receita bruta decorrente dos espe- • Secretária – salário R$ 600,00
táculos desportivos de que participe em todo território naci-
onal, em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos • Neste caso, apenas descontará a parcela referente ao segu-
internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licencia- rado, pois a cota patronal será paga substitutivamente, con-
mento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propagan- forme estudamos (5% sobre renda do espetáculo, etc.):
da e transmissão de espetáculos desportivos.
• Jogador de futebol - salário R$ 100.000,00.
Associações Desportivas que mantêm equipe de Futebol • R$ 4.663,75 x 11% = R$ 482,92.
Profissional (SOMENTE COTA PATRONAL + GILRAT)
• Jogador de voleibol – salário R$ 1.500,00.
• Dec. 3.048/99 - Art. 205. • R$ 1.500,00 x 9% = R$ 135,00.
• II - pela pessoa física não produtor rural, que fica sub- • Também, na Agroindústria, esta contribuição substitui so-
rogada no cumprimento das obrigações do produtor rural mente a parte patronal incidente sobre a remuneração dos
pessoa física, quando adquire produção para venda, no vare- segurados empregados e avulsos e o GILRAT (ou SAT),
jo, a consumidor pessoa física; ou inclusive seu adicional. Estão excluídas desta, as contribui-
ções sobre a remuneração de contribuintes individuais e a
• III – pelo próprio produtor rural pessoa física caso comercia- incidente sobre as faturas das cooperativas de trabalho.
lize sua produção com adquirente domiciliado no exterior,
diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro
• Esta forma de contribuição não se aplica às operações
produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial.
relativas à prestação de serviços a terceiros, cujas contri-
• Exemplo: Suponha que um produtor rural pessoa física buições previdenciárias continuam sendo devidas na forma
tenha um empregado cujo salário é de R$ 1.000,00. comum.
• O empregador deverá descontar do empregado e recolher o
• Caso isto ocorra, a receita bruta correspondente aos servi-
valor de R$ 1.000,00 x 8% = R$ 80,00.
ços prestados a terceiros será excluída da base de cálculo
• Já a parte patronal não será de 20% sobre o salário de seu deste tipo de contribuição substitutiva.
empregado, como nas empresas em geral. Será de 2,1%
sobre a comercialização de sua produção rural. Se o produtor • São excluídas desta forma de contribuição as agroindús-
rural vendeu, naquele mês, R$ 2.000,00 de sua produção ao trias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e
mercado da cidade, então este mercado deverá reter do
produtor rural e recolher o valor de R$ 2.000,00 x 2,1% = R$ avicultura.
42,00.
• Também, não se aplica na agroindústria que dedique-se
• Vamos supor que naquele mês não houve comercialização apenas ao florestamento e ao reflorestamento como fonte de
da produção rural, então, consequentemente, não haverá o matéria-prima para industrialização própria mediante a utiliza-
recolhimento dos 2,1%. Neste caso, somente a parte descon- ção de processo industrial que modifique a natureza química
tada do empregado deverá ser recolhida normalmente (pois da madeira ou a transforme em pasta celulósica.
esta não é contribuição patronal). Concurso de Prognósticos
• Decreto 3.048/99 - Art. 212. Constitui receita da seguridade
PESSOA JURÍDICA (2,6%) social a renda líquida dos concursos de prognósticos,
É a empresa legalmente constituída que se dedica à atividade excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito
agropecuária, pesqueira ou silvicultura, em área Educativo.
urbana ou rural, bem como a extração de produtos primários,
vegetais ou animais. § 1º Consideram-se concurso de prognósticos todo e qual-
quer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 31
símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no âmbito • As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigató-
federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovi- rio de danos pessoais causados por veículos automotores de
dos por órgãos do Poder Público ou por sociedades comerci- vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, de dezembro de
ais ou civis. 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% (cinquenta
por cento) do valor total do prêmio recolhido e destinado ao
§ 2º A contribuição de que trata este artigo constitui-se de: Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio da assistência
médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de
• I - renda líquida dos concursos de prognósticos realizados trânsito. Ou seja 50% do DPVAT.
pelos órgãos do Poder Público destinada à seguridade social
de sua esfera de governo; 100%da renda líquida. DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO
II - cinco por cento sobre o movimento global de apostas Ler várias vezes (lei 8213/91)
em prado de corridas; Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:
III - cinco por cento sobre o movimento global de sorteio de I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração
números ou de quaisquer modalidades de símbolos. auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totali-
IMPORTANTE dade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qual-
quer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho,
As receitas de contribuições oriundas de folhas de salá- qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ga-
nhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos
rios, as contribuições dos segurados e o SAT são ex- decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetiva-
clusivas para pagamentos de benefícios, não mente prestados, quer pelo tempo à disposição do emprega-
podendo ser usadas para outro fim. AS DEMAIS PO- dor ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato
DEM SER USADAS PARA OUTROS FINS, ALÉM DO ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
PAGAMENTO DE BENEFÍCIOS. sentença normativa;
II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada
→Previdência Social: Contribuição previdenciária, apenas na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as
para previdência social. normas a serem estabelecidas em regulamento para compro-
vação do vínculo empregatício e do valor da remuneração;
→Seguridade Social: Contribuição social, vai para toda a III - para o contribuinte individual: a remunera-
seguridade social.
ção auferida em uma ou mais empresas ou pelo
Receitas de Outras Fontes exercício de sua atividade por conta própria, du-
• Lei 8.212/91 rante o mês, observado o limite máximo a que se
refere o § 5o;
• Art. 27. Constituem outras receitas da seguridade social:
IV - para o segurado facultativo: o valor por ele
• I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios; declarado, observado o limite máximo a que se
refere o § 5o.
II - a remuneração recebida por serviços de arrecadação,
fiscalização e cobrança prestados a terceiros. § 1º Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a
falta do empregado ocorrer no curso do mês, o salário-de-
• Hoje, a Receita Federal do Brasil é quem arrecada e fiscali- contribuição será proporcional ao número de dias de trabalho
za as contribuições ditas de “terceiros”, são estes, aqueles efetivo, na forma estabelecida em regulamento.
participantes do sistema “S”, quais sejam: Sesi, Senac, Sesc,
Senai, Senar, etc. § 2º O salário-maternidade é considerado salário-de-
contribuição.
• Este inciso está tacitamente revogado pela Lei 11.457/07, § 3º O limite mínimo do salário-de-contribuição corresponde
art. 3º, parágrafo 4º. Por este serviço prestado, é a Receita ao piso salarial, legal ou normativo, da categoria ou, inexistin-
Federal do Brasil quem recebe 3,5% do montante arrecada- do este, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal,
do, que será creditado ao “Fundo Especial de Desenvolvi- diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho
mento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização”. efetivo durante o mês.
• III - as receitas provenientes de prestação de outros servi- § 4º O limite mínimo do salário-de-contribuição do menor
ços e de fornecimento ou arrendamento de bens; aprendiz corresponde à sua remuneração mínima definida em
lei.
• IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e financei-
ras; § 5º O limite máximo do salário-de-contribuição é de Cr$
170.000,00 (cento e setenta mil cruzeiros), reajustado a partir
• V- as doações, legados, subvenções e outras receitas even- da data da entrada em vigor desta Lei, na mesma época e
tuais; com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefí-
VI - 50% da receita obtida na forma do parágrafo único do cios de prestação continuada da Previdência Social. Em
art. 243 da Constituição Federal (apreensão de todo e qual- 2015: R$ 4.663,75 (teto).
quer bem de valor econômico proveniente do tráfico de § 6º No prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data
entorpecentes), repassados pelo Instituto Nacional do de publicação desta Lei, o Poder Executivo encaminhará ao
Seguro Social aos órgãos responsáveis pelas ações de pro- Congresso Nacional projeto de lei estabelecendo a previdên-
teção à saúde e a ser aplicada no tratamento e recuperação cia complementar, pública e privada, em especial para os que
de viciados em entorpecentes e drogas afins; possam contribuir acima do limite máximo estipulado no pa-
rágrafo anterior deste artigo.
• VII - 40% do resultado dos leilões dos bens apre-
endidos pela Secretaria da Receita Federal; e § 7º O décimo-terceiro salário (gratificação natalina) integra o
salário-de-contribuição, exceto para o cálculo de benefício,
• VIII - outras receitas previstas em legislação específica. na forma estabelecida em regulamento.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 32
Lembre-se que nenhum benefício que substitua a Qualquer outro valor pago com habitualidade, ou destinado a
renda ou rendimento mensal do trabalho pode ter retribuir o trabalho, deve integrar-se ao salário-de-
contribuição.
valor inferior ao mínimo.
Comissões e porcentagens, adicionais (hora extra,
Tem dois benefícios que não substitui a renda que são: o noturno, insalubridade, periculosidade); gorjetas, os
salário-família e auxílio-acidente. Esse dois podem ter valores
ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adian-
inferiores ao mínimo.
tamentos decorrentes de reajuste salarial, entre outros.
Limite Máximo
Contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre o
Será o teto do RGPS
valor pago a título de aviso prévio indenizado.
O valor do limite máximo do salário-de-contribuição será Eis a questão: Para a Receita Federal depois do Decreto nº
publicado mediante portaria do Ministério da Previdência 6.727, de 12/01/2009 incide contribuição, inclusive
Social e ministério da fazenda, sempre que ocorrer alteração
tem professores que dizem se cair na prova é para
do valor dos benefícios.
dizer que incide. Embora haja julgados falando que
não incide.
Parcelas NÃO Integrantes
Da mesma forma que o item anterior, o legislador achou por
bem explicitar algumas rubricas que não se incluem no salá-
rio-de-contribuição, em geral devido à ausência de natureza
remuneratória.
maternidade); em lei;
II - a ajuda de custo e o adicional mensal recebidos As indenizações como via de regra, não são
pelo aeronauta, nos termos da Lei nº 5.929, de 30 de outu- parcelas integrantes.
bro de 1973;
• Transferência provisória (deslocamento = ou < 28 dias): VI - a parcela recebida a título de vale-transporte, na for-
adicional nunca inferior a 25% do salário base ma da legislação própria; não paga em dinheiro.
• Transferência permanente: mínimo 4 meses de salário. Entendimento do STF e STJ, e que deve ser levado para
prova: Não incide contribuição previdenciária so-
III - a parcela in natura recebida de acordo com programa de
bre vale-transporte pago em dinheiro.
alimentação aprovado pelo Ministério do Trabalho e Em-
prego (PAT),
VII - a ajuda de custo, em parcela única, recebida
IV - as importâncias recebidas a título de férias indeniza- exclusivamente em decorrência de mudança de local
das e respectivo adicional constitucional(1/3), inclusive o de trabalho do empregado;
valor correspondente à dobra da remuneração de férias de
que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho; VIII - as diárias para viagens, desde que não excedam a
cinquenta por cento da remuneração mensal do empre-
Contribuição previdenciária não incide sobre gado;
terço constitucional de férias. A contribuição
previdenciária deve incidir apenas sobre as fé- a título de bolsa de com-
IX - a importância recebida
rias efetivamente usufruídas(gozadas) por um plementação educacional de estagiário, quando
trabalhador, com exclusão do abono constituci- paga nos termos da Lei nº 6.494, de 1977;
onal de 1/3.
X-a participação do empregado nos lucros ou re-
sultados da empresa, quando paga ou creditada de
Obs.: Férias em dobro incide contribuição. acordo com lei específica; no máximo 2 vezes no mesmo ano
civil.
V - as importâncias recebidas a título de:
É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou
• a) indenização compensatória de
quarenta por cento distribuição de valores a título de participação nos lu-
do montante depositado no Fundo de Garantia do cros ou resultados da empresa em periodicidade infe-
Tempo de Serviço, como proteção à relação de emprego rior a um semestre civil, ou mais de duas ve-
contra despedida arbitrária ou sem justa causa, conforme zes no mesmo ano civil.
disposto no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Consti- Não incide contribuições sobre os lucros distribuídos
tucionais Transitórias; aos sócios (somente no pró-labore).
• b) indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro XI - o abono do Programa de Integração Social/Programa de
de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia Assistência ao Servidor Público;
do Tempo de Serviço;
a transporte, alimenta-
XII - os valores correspondentes
• c)
indenização por despedida sem justa causa do ção e habitação fornecidos pela empresa ao em-
empregado nos contratos por prazo determinado, pregado contratado para trabalhar em localidade
conforme estabelecido no art. 479 da Consolidação das Leis distante da de sua residência, em canteiro de obras ou
do Trabalho;
local que, por força da atividade, exija deslocamento e esta-
• d) indenização do tempo de serviço do safrista, da, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo
quando da expiração normal do contrato, conforme disposto Ministério do Trabalho e Emprego;
no art. 14 da Lei n° 5.889, de 8 de junho de 1973; XIII - a importância paga ao empregado a título de comple-
• e) incentivo à demissão; mentação ao valor do auxílio-doença desde que este
direito seja extensivo à totalidade dos empregados da
• f) indenização por dispensa sem justa causa no perío- empresa;
do de trinta dias que antecede a correção salarial a que
XIV - as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da
se refere o art. 9º da Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984;
agroindústria canavieira de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870,
de 1º de dezembro de 1965;
• g) indenizações previstas nos arts. 496 e 497 da Consolida-
ção das Leis do Trabalho (indenização do empregado XV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa
“estável”); jurídica relativo a programa de previdência comple-
• h) abono de férias na forma dos arts. 143 (conversão de 1/3 mentar privada, aberta ou fechada, desde que dis-
do período de férias) e 144 (não excedente a 20 dias do
ponível à totalidade de seus empregados e dirigentes,
salário) da Consolidação das Leis do Trabalho;
observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da Consolida-
• i) ganhos eventuais e abonos expressamente desvinculados ção das Leis do Trabalho;
do salário por força de lei; XVI - o valor relativo à assistência prestada por serviço médi-
co ou odontológico, próprio da empresa ou com ela conveni-
• j) licença-prêmio indenizada; e ado, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos,
óculos, aparelhos ortopédicos, despesas médico-hospitalares
• l) outras indenizações, desde que expressamente previstas e outras similares, desde que a cobertura abranja a totalidade
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 35
XVII - o valor correspondente a vestuários, equipamentos e Os dois são reajustados via portaria interministerial
outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no (previdência e ministério da fazenda) Anualmente.
local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; Arrecadação e Recolhimento das
XVIII - o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do contribuições destinadas à Seguri-
empregado, quando devidamente comprovadas;
dade Social
XIX - o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de
estudo, que vise à educação básica de empregados e Obrigações da Empresa e Demais Contribuintes e
seus dependentes e, desde que vinculada às atividades Prazo de Recolhimento:
desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e tec-
nológica de empregados, nos termos da Lei nº 9.394, de 20 A Secretaria da Receita Federal do Brasil, subordinada ao
de dezembro de 1996, e: Ministério da Fazenda, é o sujeito ativo das contribuições
previdenciárias.
1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e
•O INSS é o gestor dos recursos provenientes das
2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, contribuições previdenciárias, tendo em vista o
considerado individualmente, não ultrapasse 5% (cinco pagamento dos benefícios.
por cento) da remuneração do segurado a que se destina ou
o valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite
mínimo mensal do salário-de-contribuição, o que for maior.
Portanto, a arrecadação, fiscalização e normatiza-
ção das contribuições sociais ficam por conta da
XXI - os valores recebidos em decorrência da cessão de Secretaria da Receita Federal do Brasil.
direitos autorais; e
XXII - o valor da multa paga ao empregado em decorrência Lei 8212/91; Art. 30. A arrecadação e o re-
da mora no pagamento das parcelas constantes do instru- colhimento das contribuições ou de outras
mento de rescisão do contrato de trabalho, conforme previsto importâncias devidas à Seguridade Social
no § 8º do art. 477 da Consolidação das Leis do Trabalho.
obedecem às seguintes normas:
XXIII - o reembolso creche pago em conformidade com a
• RPS; Art. 216.
legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos
de idade da criança, quando devidamente comprovadas as • I - a empresa é obrigada a:
despesas;
• a) arrecadar a contribuição do segurado empregado, do
XXIV - o reembolso babá, limitado ao menor salário-de- trabalhador avulso e do contribuinte individual a seu serviço,
contribuição mensal e condicionado à comprovação do regis- descontando-a da respectiva remuneração.
tro na Carteira de Trabalho e Previdência Social da emprega-
da, do pagamento da remuneração e do recolhimento da
contribuição previdenciária, pago em conformidade com a • Presume-se que tais contribuições foram
legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis retidas e recolhidas;
anos de idade da criança; e
XXV - o valor das contribuições efetivamente pago pela pes-
até dia 20 do mês se-
Regra do Prazo p/ empresa:
soa jurídica relativo a prêmio de seguro de vida em gru- guinte ao da competência a que se referir, antecipan-
do-se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior
po, desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de
quando não houver expediente bancário no dia 20.
trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e
dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da
Consolidação das Leis do Trabalho. Lei 10.666/2003.
or, a contribuição a que se refere o inciso IV do art. 22 ( 15% previdenciárias, com vencimento no dia quinze do mês se-
- cooperativa de trabalho), assim como as contribuições guinte ao de cada trimestre civil, prorrogando-se o vencimen-
a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devi- to para o dia útil subsequente quando não houver expediente
das ou creditadas, a qualquer título, aos segurados emprega- bancário no dia quinze.
dos, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu
serviço (cota patronal), até o dia 20 do mês seguinte ao da • Gratificação natalina (13º salário)
competência.
• Deverá ser calculada e recolhida até dia 20 de de-
II - O segurado contribuinte individual zembro (se não houver expediente bancário neste dia,
antecipa-se para o dia útil imediatamente anterior).
Quando exercer atividade econômica por conta própria ou
prestar serviço a pessoa física ou a outro contribuinte indivi- Relativamente aos que recebem salário variável, o recolhi-
dual, produtor rural pessoa física, missão diplomática ou mento da contribuição decorrente de eventual diferença da
repartição consular de carreira estrangeiras, ou quando tra- gratificação natalina (13º salário) deverá ser efetuado junta-
tar-se de brasileiro civil que trabalha no exterior para orga- mente com a competência dezembro do mesmo ano.
nismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efeti-
vo e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição
por iniciativa própria, até o dia 15 do mês seguinte ao da • Licença Maternidade
competência.
• O empregador deverá recolher a parcela da contribuição a
seu cargo, observando os prazos das empresas em geral e o
• Regra Prazo de recolhimento do Contribuinte prazo para o empregador doméstico.
Individual, Facultativo:
O desconto da contri-
Dec. 3048/99; art. 216, § 5º
Até dia 15 do mês seguinte àquele a que as contribuições
se referirem, prorrogando-se o vencimento para o dia útil
buição e da consignação legalmente de-
subsequente quando não houver expediente bancário no dia terminado sempre se presumirá feito, oportu-
quinze. na e regularmente, pela empresa, pelo empregador domésti-
co, pelo adquirente, consignatário e cooperativa a isso obri-
Empregador Doméstico: gados, não lhes sendo lícito alegarem qualquer omissão para
se eximirem do recolhimento, ficando os mesmos diretamente
responsáveis pelas importâncias que deixarem de descontar
O empregador doméstico está obrigado a arreca-
ou tiverem descontado em desacordo com este Regulamen-
dar a contribuição do segurado empregado a seu to.
serviço e a recolhê-la, assim como a parcela a seu
Prazo De Recolhimento:
cargo, até dia 07 do mês seguinte ao da compe-
tência. Antecipa-se para o dia útil subsequente, Dia 7
quando não houver expediente bancário naquele dia.
a) Contribuição do segurado empregado doméstico;
b) Contribuição patronal do empregador doméstico.
empresa adquirente, consumidora ou
III - a
consignatária ou a cooperativa são obrigadas a Até dia 7 do mês seguinte ao da competência, antecipa-se
recolher a contribuição de que trata o art. 25 (produtor para o dia útil subsequente, quando não houver expediente
rural pessoa física e segurado especial), até o dia bancário naquele dia.
20 do mês subsequente ao da operação de venda ou
Atenção: A competência de novembro deve ser recolhida até
consignação da produção, independentemente de es- 07 de dezembro e não mais até dia 20 de dezembro. Lei
tas operações terem sido realizadas diretamente com o 13202/2015.
produtor ou com intermediário pessoa física, na forma Dia 15
estabelecida em regulamento. Até dia 15 do mês seguinte ao da competência.
• Lei 8212/91; Art. 30. Ex.: Competência de Novembro deverá ser recolhida até
dia 15 de Dezembro.
• O produtor rural pessoa física e o segurado
especial – Dia 20 Somente Esses 2: Contribuinte individual e Facultativo. Esse
são os que recolhe.
São obrigados a recolher a contribuição sobre sua produção Quando o dia 15 cair num fim de semana ou feriado. Deverá
rural até dia 20 do mês subsequente ao da operação de ven- ser recolhido no primeiro dia útil imediatamente posterior a
da, caso comercializem a sua produção: essa data.
• a) no exterior;
• b) diretamente, no varejo, ao consumidor pessoa física;
Dia 20 (data Fatal)
• c) ao produtor rural pessoa física; Até dia 20 do mês seguinte ao da competência.
• d) ao segurado especial;
Ex.: Competência de Novembro deverá ser recolhida até
• Lei 8212/91; Art. 30. dia 20 de Dezembro.
Dec. 3.048/99; Art. 239. As contribuições sociais e outras As obrigações acessórias, na maioria, são ligadas à área
importâncias arrecadadas pela SRFB incluídas ou não em contábil, ou seja, lançamentos de pagamentos na contabili-
notificação fiscal de lançamento, pagas com atraso, objeto ou dade, elaboração de folhas de pagamento, escrituração dos
não de parcelamento, ficam sujeitas a: livros contábeis, etc.
• I - atualização monetária, quando exigida pela legislação de O art. 225 do Decreto n. 3.048/99 define as obrigações aces-
regência; sórias das empresas, conforme veremos a seguir:
• Os juros não possuem caráter punitivo; nada mais • III - destacar o nome das seguradas em gozo de salário-
são do que a remuneração do capital. maternidade;
Incidem para fatos geradores ocorridos a • IV - destacar as parcelas integrantes e não integrantes da
partir de janeiro de 1995, não pagos nos prazos pre- remuneração e os descontos legais; e
vistos na legislação.
• V - indicar o número de quotas de salário-família atribuídas
a cada segurado empregado ou trabalhador avulso.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 38
Obrigações Acessórias - Elaborar GFIP rado especial cópia do documento fiscal de entrada da mer-
cadoria, onde conste, além do registro da operação realizada,
(Somente Empregados e Avulsos) o valor da respectiva contribuição previdenciária. (Incluído
• GFIP = Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do pela Lei 11.718/08).
Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social. • A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profis-
siográfico previdenciário, abrangendo as atividades desen-
• A GFIP foi criada com o
objetivo principal de abas- volvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da resci-
tecer o Cadastro Nacional de Informações So- são do contrato de trabalho ou do desligamento do coopera-
ciais (CNIS) com informações relativas aos segurados e do, cópia autêntica deste documento, sob pena da multa.
empregadores. • A empresa é obrigada a comunicar, mensalmente, aos
empregados, por intermédio de documento a ser definido em
• A empresa é obrigada a declarar à Secretaria da Receita regulamento, os valores recolhidos sobre o total de sua re-
Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garan- muneração ao INSS. (Incluído pela Lei nº 12.692, de 2012).
tia do Tempo de Serviço - FGTS, na forma, prazo e condi-
ções estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a Obrigações Acessórias – Retenção de 11%
fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contri-
buição previdenciária e outras informações de interesse do • A empresa contratante (tomador) de serviços executados
INSS ou do Conselho Curador do FGTS. mediante cessão ou empreitada de mão-de-obra,
inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter
• As informações prestadas na Guia de Recolhimento do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à 11% do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de
Previdência Social (GFIP) servirão como base de cálculo das prestação de serviços e recolher a importância retida em
contribuições arrecadadas pela RFB, comporão a base de nome da empresa contratada (prestadora).
dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previ-
denciários, bem como constituir-se-ão em termo de confissão • A retenção é mera antecipação compensável, visando so-
de dívida, na hipótese do não-recolhimento. mente a garantir a arrecadação previdenciária, obrigando o
tomador de serviços a reter 11% sobre o documento fiscal e
Obrigações Acessórias - Órgão Gestor de Mão-
recolhê-lo em nome da prestadora de serviço.
de-Obra
• O órgão gestor de mão-de-obra deverá, quando exigido • Entende-se como cessão de mão-de-obra a colocação à
pela fiscalização da SRFB, exibir as listas de escalação diária disposição do contratante, em suas dependências ou nas de
dos trabalhadores portuários avulsos, por operador portuário terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos,
e por navio. relacionados ou não com a atividade fim da empresa, inde-
pendentemente da natureza e da forma de contratação, in-
• Caberá exclusivamente ao órgão gestor de mão-de-obra a clusive por meio de trabalho temporário.
responsabilidade pela exatidão dos dados lançados nas listas
diárias referidas no parágrafo anterior. • Não pode ser realizada nas dependências da contratada.
são obriga-
A cooperativa de trabalho e a pessoa jurídica • A empreitada é a contratação na qual as partes visam a
das a efetuar a inscrição no Instituto Nacional uma tarefa ou obra em sentido amplo. • Ex.: serviço de digita-
do Seguro Social dos seus cooperados e con- ção.
tratados, respectivamente, como contribuintes individuais, • O Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/99)
se ainda não inscritos. apresenta um rol exaustivo dos serviços sujeitos à retenção.
O Município, por intermédio do órgão competente, for- • Todos sofrem retenção quando contratados mediante ces-
necerá à RFB, para fins de fiscalização, mensalmente, rela- são de mão-de-obra.
ção de todos os alvarás para construção civil e documentos
de "habite-se" concedidos. • Somente os 5 primeiros sofrem retenção quando contra-
tados sob empreitada. • São eles (bom decorar):
• O titular de cartório de registro civil e de pessoas
naturais fica obrigado a comunicar, até o dia dez de cada • I - limpeza, conservação e zeladoria;
mês, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro • II - vigilância e segurança;
Social, o registro dos óbitos ocorridos no mês imediatamente
anterior, devendo da comunicação constar o nome, a filiação, • III - construção civil;
a data e o local de nascimento da pessoa falecida. • IV - serviços rurais;
• V - digitação e preparação de dados para
• No caso de não haver sido registrado nenhum óbito, deverá
o titular do cartório comunicar esse fato ao Instituto Nacional processamento;
do Seguro Social, no prazo estipulado no caput.
• Informar, anualmente, à Secretaria da Receita Federal do Serviços sujeitos à retenção dos 11% contratados
Brasil, na forma por ela estabelecida, o nome, o número de somente sob regime de cessão de mão-de-
inscrição na previdência social e o endereço completo dos
segurados contribuintes individuais na qualidade de comerci-
obra: Apenas dar uma boa lida
ante ambulante, por ela utilizados no período, a qualquer • VI - acabamento, embalagem e acondicionamento de produ-
título, para distribuição ou comercialização de seus produtos, tos;
sejam eles de fabricação própria ou de terceiros, sempre que
se tratar de empresa que realize vendas diretas. (Incluído • VII - cobrança;
pelo recente Decreto 6.722/08). • VIII - coleta e reciclagem de lixo e resíduos;
• A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou • IX - copa e hotelaria;
consignatária da produção fica obrigada a fornecer ao segu-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 39
• XIX - operação de transporte de passageiros, inclusive nos →Cabe também ao INSS gestão do fundo previdenciário.
casos de concessão ou sub-concessão;
• XX - portaria, recepção e ascensorista; →Cabe também ao INSS o cálculo para concessão de bene-
fícios.
• XXI - recepção, triagem e movimentação de materiais;
• XXII - promoção de vendas e eventos; Cuidado: O INSS é vinculado ao Ministério da Previdência
Social (não é subordinado, pegadinha).
• XXIII - secretaria e expediente;
• XXIV - saúde; e
Competência da Secretaria da Recei-
• XXV - telefonia, inclusive telemarketing.
ta Federal do Brasil
Nos serviços prestados, cuja atividade permita con- Art. 1º A Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB, órgão
cessão de aposentadoria especial após 15, 20 específico singular, diretamente subordinado ao Ministro da
ou 25 anos, a alíquota de retenção (11%) será acresci- Fazenda, tem por finalidade: Apenas ler
da de 4, 3, ou 2 pontos percentuais, respectivamente. • I - planejar, coordenar, supervisionar, executar, normatizar,
controlar e avaliar as atividades de administração tributária
APOSENTADORIA ADICIONAL sobre reten-
federal, inclusive as relativas às contribuições sociais desti-
ESPECIAL ção de 11% +
nadas ao financiamento da previdência social e de outras
15 anos 4% entidades e fundos, na forma da legislação em vigor;
20 anos 3% • II - propor medidas de aperfeiçoamento e regulamentação e
25 anos 2% a consolidação da legislação tributária federal;
• Empresas prestadoras
que sofreram desoneração • III - interpretar e aplicar a legislação tributária, aduaneira, de
na folha de pagamento. • No caso de contratação de custeio previdenciário e correlata, editando os atos normati-
empresas que sofreram desoneração na folha de pagamento vos e as instruções necessárias à sua execução;
para execução de serviços mediante cessão de mão de obra, • IV - estabelecer obrigações tributárias acessórias, inclusive
na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, a disciplinar a entrega de declarações;
empresa contratante deverá reter 3,5% do va-
• V - preparar e julgar, em primeira instância, processos ad-
lor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de ser- ministrativos de determinação e exigência de créditos tributá-
viços. (ao invés dos 11%). rios da União, relativos aos tributos e contribuições por ela
Reajustamento dos Benefícios (INPC) administrados;
• VI - acompanhar a execução das políticas tributária e adua-
• Lei 8212/91 - • Artigos 20 e 21, parágrafos 1º. neira e estudar seus efeitos na economia do País;
• “Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados, a • VII - dirigir, supervisionar, orientar, coordenar e executar os
partir da data de entrada em vigor desta Lei, na mesma épo- serviços de fiscalização, lançamento, cobrança, arrecadação,
ca e com os mesmos índices que os do reajustamento dos recolhimento e controle dos tributos e contribuições e demais
benefícios de prestação continuada da Previdência Social.” receitas da União, sob sua administração;
• Art. 2º - Além das competências atribuídas pela legislação • I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
vigente à Secretaria da Receita Federal, cabe à Secretaria da lançamento poderia ter sido efetuado;
Receita Federal do Brasil planejar, executar, acompanhar e
avaliar as atividades relativas a tributação, fiscalização, arre- • II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver
cadação, cobrança e recolhimento das contribuições sociais anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetu-
previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 da ado.
Lei 8.212/91 (contribuições previdenciárias), e das contribui- Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto
ções instituídas a título de substituição. aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever
Art. 3º - As atribuições de que trata o art. 2º desta Lei se de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
estendem às contribuições devidas a terceiros (ex. SESC, administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autorida-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 41
de, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo • II - em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou
obrigado, expressamente a homologa. passar em julgado a sentença judicial que tenha reformado,
anulado ou revogado a decisão condenatória.
• 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de 5 • Prestações ou restituições:
anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse
prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, • Prescreve em 5 anos, a contar da data em que deveriam ter
considera-se homologado o lançamento e definitivamente sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela
fraude ou simulação. previdência social, salvo o direito dos menores, incapazes e
ausentes, na forma do Código Civil.
TRT5/2013 – CESPE: Considerando-se que determinado
contribuinte tenha deixado de pagar uma contribuição previ- • Ações relativas a acidente de trabalho:
denciária relativa ao mês de novembro de 2008 e que essa
contribuição não tenha sido objeto de qualquer lançamento • As ações referentes às prestações decorrentes do acidente
tributário, é correto afirmar que o direito de a administração de trabalho prescrevem em 5 anos, contados da
pública constituir o respectivo crédito decairá em: data:
a) janeiro de 2014. • I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapaci-
b) novembro de 2018. dade temporária, verificada esta em perícia médica a cargo
c) dezembro de 2018. da previdência social; ou
d) janeiro de 2019.
e) dezembro de 2013. • II - em que for reconhecida pela previdência social a incapa-
cidade permanente ou o agravamento das sequelas do aci-
Com certeza quase todos marcaram a letra E. Mas a alterna- dente.
tiva certa é a A. Entenda porque:
O prazo começa a contar a partir do primeiro dia do exercício • Revisão do ato de concessão de benefí-
seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetu- cio:
ado, e não do vencimento. 01/01/2009 + 05 anos =
01/01/2014. Agora se houver lançamento por homologação
• É de 10 anos o prazo de decadência de todo e
começa a contar da data do fato gerador:
qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a
revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia
Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de 5 anos, a
primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira
contar da ocorrência do fato gerador.
prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar co-
nhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito ad-
A alternativa E estaria certa se a empresa tivesse homolo-
ministrativo. • Este prazo foi alterado de 5 para 10 anos pela
gado a dívida (reconhecido que deve, espontaneamen-
Lei 10.839/04.
te) ou se tivesse ocorrido um Auto de Infração (onde o
fiscal da fazenda a acusa de devedora). Nesse caso, o Prazo
Decadência começaria a contar da data do Vencimento da Anular atos administrativos:
Prestação (20 de Dezembro de 2008).
O direito da previdência social de anular os atos administrati-
Mas, não houve nem Homologação e nem Auto de Infra- vos de que decorram efeitos favoráveis para os seus benefi-
ção. Logo, começa a contar de 1º de Janeiro do Exercício ciários decai em 10 anos, contados da data em que
Seguinte (ou seja, 1º de janeiro de 2009).
foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efei-
tos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á
Logo, a resposta certa é a letra A.
da percepção do primeiro pagamento. Caiu CES-
Obs: Lembre-se das palavras chave Homologação e Auto de PE - AGU/2013.
Infração. CRIMES CONTRA A SEGURIDADE SOCIAL
Prescrição é a perda do direito, pela Fazenda
Com o objetivo claro de coagir as empresas a efetuarem suas
Nacional, de executar judicialmente o crédito previden-
contribuições corretamente, o legislador ordinário instituiu
ciário já constituído, em virtude de não tê-lo exercido tipos penais, visando àqueles que não cumprem as obriga-
dentro do prazo definido em lei. ções previdenciárias.
O prazo prescricional das contribuições
Naturalmente, a tipificação penal visa às pessoas
sociais é de 5 anos físicas encarregadas pelo adimplemento das obrigações
previdenciárias, e não a empresa.
• O prazo prescricional das contribuições sociais é de 5 anos
e está previsto no artigo 174 do Código Tributário Nacional: • Até a edição da Lei 9.983/2000, a tipificação das condutas
criminosas constava, na maior parte, do art. 95 da Lei
• “A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 8.212/91.
5 anos, contados da data da sua constituição definitiva.”
• Após a publicação daquele diploma legal, o art. 95 restou
• Restituição ou compensação: revogado (c exceção de seu parágrafo 2º e os ilícitos penais
previdenciários passaram a constar no corpo do Código Pe-
• O direito de pleitear restituição ou de realizar compensação nal Brasileiro.
de contribuições ou de outras importâncias extingue-se em 5
anos, contados da data: Lei 8212 – Art. 95 - § 2º - A empresa que transgredir as
normas desta Lei, além das outras sanções previstas, sujei-
• I - do pagamento ou recolhimento indevido; ou tar-se-á, nas condições em que dispuser o regulamento:
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 42
• I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de • Art. 636. É vedado ao INSS escusar-se de cumprir diligên-
oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social cias solicitadas pelo CRPS, bem como deixar de dar efetivo
previdenciária, inclusive acessórios; ou cumprimento às decisões definitivas daquele colegiado, redu-
zir ou ampliar o seu alcance ou executá-las de maneira que
• II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, contrarie ou prejudique o seu evidente sentido.
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência • Art. 648. O requerente poderá, mediante manifestação
social, administrativamente, como sendo o mínimo para o escrita e enquanto não decidido o processo de forma definiti-
ajuizamento de suas execuções fiscais. va, desistir do pedido formulado.
Sonegação de Contribuição Previ- • Art. 649. Conclui-se o processo administrativo com a deci-
denciária são administrativa não mais passível de recurso, ressalvado
o direito do requerente pedir a revisão da decisão no prazo
C.P. art. Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social decadencial previsto na lei de benefícios.
previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes
condutas: • Art. 650. É assegurado ao beneficiário ou ao seu represen-
tante legalmente constituído, mediante requerimento protoco-
• I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de docu- lado, o direito de vistas ao processo, no INSS, na presença
mento de informações previsto pela legislação previdenciária de servidor.
de segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou
trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem Recursos Ordinários Juntas de Recursos do
serviços;
CRPS (Conselho de Recursos da Previdência Social).
• II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 43
• É o caso do segurado em gozo de benefício; ele mantém a • IN 20, art. 13, Parágrafo único. O segurado facultativo, após
qualidade de segurado sem limite de prazo, enquanto durar o a cessação do benefício por incapacidade, terá o “período de
benefício. graça” pelo prazo de seis meses.
• Se um segurado obrigatório estiver suspenso da empresa O período de graça não conta como tempo de contribui-
onde trabalha ou tenha deixado de exercer uma atividade ção (salvo se durante esse período, o segurado receber algum
remunerada abrangida pelo RGPS, ou esteja gozando de uma benefício), também não conta como carência.
licença sem remuneração, ou tenha cessado o recebimento de
benefício por incapacidade, ele conserva todos os seus direi- PERÍODO DE GRAÇA
tos perante o INSS, independentemente de contribuir, por até Sem limite de prazo, en-
GOZO DE BENEFÍCIO
12 meses após a cessação das contribuições. quanto durar o benefício.
Até 12 meses
• Entretanto, caso tenha menos de cento e →menos 120c = 12 meses
→mais 120c = 24 meses
vinte contribuições, o prazo inicial de doze meses DESEMPREGO
será adicionado em mais doze meses, totalizando 24 Porém situação de desem-
meses. prego comprovada no MTE
adiciona mais 12 meses.
• Tendo pago mais de cento e vinte contribuições SEGREGAÇÃO COMPULSÓ- Até 12 meses
RIA
mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualida-
Até 12 meses após o livra-
de de segurado, este prazo será dilatado para 24 meses. DETENÇÃO
mento.
SEGURADO FACULTATIVO Até 6 meses após a cessa-
• Estando o segurado em situação de desem- ção das contribuições
prego, desde que comprovada essa situação pelo Até 03 meses após o livra-
FORÇAS ARMADAS
registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e mento.
Emprego, se tiver mais de cento e vinte contribuições, o
prazo de vinte e quatro meses será aumentado em PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
mais doze meses, totalizando 36 meses.
• A perda da qualidade de segurado importa
em caduci-
dade dos direitos inerentes a essa qualidade,
perde o direito aos benefícios.
→O reconhecimento da perda da qualidade de segurado no
termo final dos prazos fixados no art. 13 (período de graças)
ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do
contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior
ao término daqueles prazos.
Essa situação aplica-se, em sua totalidade, a um segurado • Entretanto, essa perda não prejudica o direito à aposentado-
que se desvincular de regime próprio de previdência social. ria, para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os
requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que
• Por exemplo, um servidor ocupante de cargo efetivo que estes requisitos foram atendidos.
perde o seu emprego, seja por exoneração, seja por demis-
são. •A aposentadoria por tempo de contribui-
ção e especial: nesses casos, cumpridos os requisitos
• 3ª situação: SEGREGAÇÃO COMPULSÓRIA para a concessão dos benefícios, em nenhuma hipótese será
considerada a perda da qualidade de segurado.
• O segurado acometido de doença de segregação compulsó- A aposentadoria por idade: nesse caso, a perda
ria conserva sua qualidade de segurado por até 12 meses,
após cessar a segregação. da qualidade de segurado não será considerada, desde
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 45
que o segurado conte com, no mínimo, o número de contribui- exigido é para preservar o equilíbrio financeiro e atuarial do
ções mensais exigido para efeito de carência na data do re- sistema.
querimento do benefício. Para os segurados inscritos após
25/07/1991, a carência para a aposentadoria por idade é de Ex.: Independente de o segurado iniciar o trabalho no dia 3
cento e oitenta contribuições mensais. ou 20 de março, o período de carência é contado a partir de 1º
de março em ambos os casos, para esse efeito a competência
• Não será concedida pensão por morte será março.
aos dependentes do segurado que falecer após a A data inicial para a contagem do período de carência
perda desta qualidade, salvo se preenchidos os depende do tipo de segurado, conforme veremos a seguir:
requisitos para obtenção de aposentadoria.
Empregado, empregado doméstico e Traba-
Ex.: Um segurado desempregado (desde janeiro de 2014) a lhador avulso:
mais de 12 meses sem comprovar a situação no MTE e me-
nos de 120 contribuições, ele continua coberto até janeiro de Data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social.
2015, mantendo qualidade de segurado. Grave isso! Aqui
ele mantém a qualidade segurado. Contribuinte individual; facultativo e segurado
especial (este, contribuindo como contribuinte
→Porém Perde a qualidade de segurado se não voltar a con-
tribuir em fevereiro, porém como a competência de fevereiro individual):
se dará o pagamento em março de 2015, se contribuir como
facultativo até 15 de março, ele perde a qualidade e não esta- Da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição
rá mais coberto pelo RGPS a partir de 15 de março de 2015. sem atraso, não sendo consideradas, para
Aqui ele perde a qualidade de segurado. esse fim, as contribuições recolhidas com atraso, referentes a
competências anteriores.
Cuidado que são duas coisas distintas, não devendo ser con-
fundidas. Segurado especial:
Grave assim: O período de carência é contado a partir do efetivo
→ Valor Teto criado: O auxílio-doença não poderá exceder a Lei n. 13.183 de 04 de novembro de 2015
média aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários-de-
contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, Regra 85/95 → 100/90 para o Fator Previdenciário:
se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética
simples dos salários-de-contribuição existentes. Lei Com a edição e publicação da LEI Nº 13.183/2015, que acres-
13135/2015. Decorar. Não confundir com o Teto do INSS. centou o Art. 29-C a Lei n.º 8.213/1991, tem-se que o segura-
do que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo
Questão certa na prova do INSS. de contribuição poderá optar pela não incidência do fator
Nos casos de Aposentadoria por idade e Apo- previdenciário (FP), no cálculo de sua aposentadoria, quando
sentadoria por tempo de contribuição o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de
contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da
• Média aritmética simples dos maiores salários-de- aposentadoria, for:
contribuição, correspondentes a oitenta por cento (80%) de
1. Igual ou superior a 95 pontos, se homem, observando o
todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previden-
tempo mínimo de contribuição de 35 anos, ou;
ciário.
No caso da aposentadoria por idade o fator previ- 2. Igual ou superior a 85 pontos, se mulher, observando o
denciário é facultativo. tempo mínimo de contribuição de 30 anos.
FATOR PREVIDENCIÁRIO É a conhecida, e amplamente divulgada, Regra 85/95!
Imagine que, em 2015, Joseph tenha esteja com 53 anos de
O fator previdenciário é um coeficiente matemático, que foi idade e 35 anos de contribuição. Neste caso, ele pode se
criado para tornar o sistema mais justo e equiparar a contri- aposentar por tempo de contribuição, entretanto, fica a per-
buição do segurado ao valor do benefício a ser pago, conside- gunta: Joseph pode optar pela não incidência do fator previ-
rando-se o período que ele irá usufruir da aposentadoria. denciário? Vamos as contas:
A título de curiosidade: Idade (53) + Tempo de Contribuição (35) = 88 pontos.
No caso, o Joseph não pode solicitar o afastamento da aplica-
Não decorar, apenas ter uma breve noção de como funciona. ção do FP em sua aposentadoria, pois não atingiu os 95 pon-
tos exigidos pela legislação previdenciária.
• Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria Idade (59) + Tempo de Contribuição (36) = 95 pontos.
(valor de tabela do IBGE);
Não obstante, o governo Federal optou e foi aprovado pelo
• Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria; congresso nacional convertendo a MP 676 na referida lei, pela
majoração em 1 ponto por ano das somas de idade e de tem-
• Id = idade no momento da aposentadoria; e po de contribuição para os próximos anos da seguinte manei-
• a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31. ra:
Ano A partir de: Soma (H) Soma (M)
Exemplificando: Regra atual Até 30/12/2018 95 85
2018 31/12/2018 96 86
José Aragão, com sessenta e sete anos de idade e trinta e 2020 31/12/2020 97 87
cinco de contribuição, solicitou sua aposentadoria por tempo
2022 31/12/2022 98 88
de contribuição. Neste caso, a utilização do fator previdenciá-
2024 31/12/2024 99 89
rio é obrigatória. Vamos calculá-lo:
2026 31/12/2026 100 90
Tc = 35 anos; Id = 67 anos De 31/12/2026 em diante, a Regra será 100/90.
Es = 15,9 (valor obtido na tabela de sobrevida, fonte IBGE); a
= 0,31 (valor fixo) f = [(35 x 0,31) / 15,9] x [1 + (67 +
Por fim, para efeito de aplicação do disposto acima, o tempo
(35x0,31)/100] = 1,21363
mínimo de contribuição do professor e da professora que
Imaginemos que o valor do salário-de-benefício de José Ara- comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de
gão foi de R$ 1.000,00. Então, o valor da renda mensal da magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
aposentadoria por tempo de contribuição será de R$ 1.213,63 médio será de, respectivamente, trinta e vinte e cinco anos, e
(R$ 1.000,00 x 1,21363). Atente que deve ser observado o serão acrescidos cinco pontos à soma da idade
limite máximo do valor do benefício. com o tempo de contribuição.
Quanto maior o Tempo de sobrevida, menor será o fator pre- Ao segurado que alcançar o requisito necessário ao exercício
videnciário. O inverso é verdadeiro. da opção de que trata o caput e deixar de requerer aposenta-
doria será assegurado o direito à opção com a aplicação da
Serão adicionados ao tempo de contribuição para cál- pontuação exigida na data do cumprimento do requisito nos
culo: termos deste artigo.
b) utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de Aposentadoria por tempo de contribuição para
crédito. aqueles que optarem por permanecer em ativi-
Art. 4º O art. 1º da Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012, dade
passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos, renume- Nos casos de aposentadoria por tempo de contribuição, ao
rando-se o atual parágrafo único para § 1º: segurado que optou por permanecer em atividade, se for mais
vantajoso, fica assegurado o direito a esta aposentadoria nas
§ 2º Os servidores e os membros referidos no caput deste
artigo com remuneração superior ao limite máximo estabeleci- condições legalmente previstas na data do cumprimen-
do para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, to de todos os requisitos previstos para tal aposentadoria.
que venham a ingressar no serviço público a partir do início da
vigência do regime de previdência complementar de que trata Para efeito do disposto no parágrafo anterior, o valor inicial da
esta Lei, serão automaticamente inscritos no respectivo plano aposentadoria será comparado com o valor da aposentadoria
de previdência complementar desde a data de entrada em calculada na forma da regra geral deste Regulamento, man-
exercício. tendo-se o mais vantajoso, considerando-se como data de
inicio do benefício à data da entrada do requerimento.
§ 3º Fica assegurado ao participante o direito de requerer, a
qualquer tempo, o cancelamento de sua inscrição, nos termos RPS, Art. 36. No cálculo do valor da renda men-
do regulamento do plano de benefícios. sal do benefício serão computados:
§ 4º Na hipótese do cancelamento ser requerido no prazo de I - para o segurado empregado e o trabalhador avul-
até noventa dias da data da inscrição, fica assegurado o direi- so, os salários-de-contribuição referentes aos meses de con-
to à restituição integral das contribuições vertidas, a ser
tribuições devidas, ainda que não recolhidas pela em-
paga em até sessenta dias do pedido de cancelamento, corri-
gidas monetariamente. presa, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação
das penalidades cabíveis (presunção de desconto).
§ 5º O cancelamento da inscrição previsto no § 4º não consti-
II - para o segurado empregado, o trabalhador avulso e
tui resgate.
o segurado especial, o valor do auxílio-acidente, conside-
§ 6º A contribuição aportada pelo patrocinador será devolvida rado como salário-de-contribuição para fins de concessão de
à respectiva fonte pagadora no mesmo prazo da devolução da qualquer aposentadoria, (...).
contribuição aportada pelo participante.” (NR).
Para os demais segurados somente serão computados
CORREÇÃO DOS SALÁRIOS-DE-CONTRI-
os salários-de-contribuição referentes aos meses de contri-
BUIÇÃO UTILIZADOS NO CÁLCULO
buição efetivamente recolhida.
Todos os salários-de-contribuição utilizados no cálculo do No caso de segurado empregado ou de trabalhador
salário-de-benefício serão reajustados, mês a mês, avulso que tenham cumprido todas as condições para a
de acordo com a variação integral do índice definido em lei concessão do benefício pleiteado, mas não possam compro-
para essa finalidade, de modo a preservar os seus valores var o valor dos seus salários-de-contribuição no período bási-
reais. Atendendo o princípio da irredutibilidade do valor real co de cálculo, considerar-se-á para o cálculo do benefício, no
dos benefícios. período sem comprovação do valor do salário-de-contribuição,
RECEBIMENTO DE BENEFÍCIO POR INCAPA- o valor do salário mínimo, devendo esta renda ser
CIDADE NO PERÍODO DE CÁLCULO recalculada quando da apresentação de prova dos salários-
de-contribuição.
Se, no período básico de cálculo do salário-de-benefício, o
segurado tiver recebido benefício por incapacidade, conside- Para o segurado empregado doméstico que, mesmo
rar-se-á como salário-de-contribuição, no período, o salário- tendo satisfeito as condições exigidas para a concessão do
de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda men- benefício requerido, não possa comprovar o efetivo recolhi-
sal, reajustado nas mesmas épocas e nas mesmas bases dos mento das contribuições devidas, será concedido o benefício
benefícios em geral, não podendo ser inferior ao salário míni- de valor mínimo, devendo sua renda ser recalculada quan-
mo nem superior ao limite máximo do salário-de-contribuição. do da apresentação da prova do recolhimento das contribui-
ções.
Por exemplo: o segurado, dentro do período básico de Reajustamento do Valor dos Benefí-
cálculo, recebeu auxílio-doença por dois anos (Obs.: a renda
mensal de benefício, no auxílio-doença, é de 91% do salário- cios - INPC
de-benefício).
RPS, Art. 40. É assegurado o reajustamento dos benefícios
O valor do benefício foi de R$ 910,00. Não será este valor a para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real da
ser utilizado no cálculo do novo salário-de-benefício, mas sim data de sua concessão.
R$ 1000,00, que era o salário-de-benefício da época.
Os valores dos benefícios em manutenção serão reajusta-
APOSENTADORIA PRECEDIDA DE AUXÍLIO-
ACIDENTE dos, anualmente, na mesma data do reajuste do
salário mínimo, pro rata (proporcionalmente), de acordo
É INCORPORADO À APOSENTADORIA com suas respectivas datas de início ou do último reajusta-
mento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumi-
Para fins de apuração do salário-de-benefício de qualquer dor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de
aposentadoria precedida de auxílio-acidente, o valor mensal Geografia e Estatística - IBGE.
deste será somado ao salário-de-contribuição antes da aplica-
ção da correção, não podendo o total apurado ser superior ao ABONO ANUAL
limite máximo do salário-de-contribuição.
Base: o valor da renda mensal do beneficio do mês de de-
Por exemplo: o segurado, ainda na ativa recebia R$ 500,00 de
remuneração mais R$ 250,00 de auxílio acidente. Seu salário- zembro de cada ano.
de-contribuição, somente para efeitos de cálculo do salário-de-
O abono anual corresponde ao valor da renda mensal do
benefício, será de R$ 750,00.
beneficio no mês de dezembro ou no mês da alta ou da ces-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 49
gratificação natali-
sação do beneficio. É, em verdade, a No RGPS, admite-se a acumulação de pensão por morte
com aposentaria por tempo de contribuição, desde que
na (equivale ao 13º salário) dos beneficiários do tenham sido cumpridas as formalidades para a concessão
RGPS. desses dois benefícios.
Será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratifi- • Auxílio-acidente com auxílio-doença, do mesmo acidente
cação natalina dos trabalhadores, tendo por base o valor da
ou da mesma doença que o gerou.
renda mensal do beneficio do mês de dezembro de cada ano.
• O abono anual é devido ao segurado e ao dependente que, • Auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em
durante o ano, recebeu: serviço do segurado, com auxílio-reclusão.
• auxílio-doença,
• auxilio-acidente, • Seguro Desemprego:
• aposentadoria,
• salário-maternidade, • É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego
• pensão por morte, com qualquer benefício de prestação continuada da previdên-
• auxilio-reclusão.
cia social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão e
• O recebimento de beneficio por período inferior a 12 meses, auxílio-acidente.
dentro do mesmo ano, determina o cálculo do abono anual de
forma proporcional.
LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA
• Segundo art. 19 da Lei 8213.91:
• Por exemplo, segurada que recebeu salário-maternidade
durante o ano, terá direito a 4/12 referente ao abono anual. • “Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do traba-
lho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos
• O valor do abono anual correspondente ao período de dura- segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturba-
ção do salário-maternidade será pago, em cada exercício,
juntamente com a última parcela do benefício nele devida. ção funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade
• O período igual ou superior a 15 dias, dentro do mês, será
para o trabalho.”
considerado como mês integral para efeito de cálculo
do abono anual. • Lei 8.213/91, Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho,
nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbi-
→Porém não é devido para quem recebe salário-família. das:
Cuidado: Não confundir com abono salário • I - doença profissional, assim entendida a produzida ou de-
que é: O valor referente ao abono salarial corresponde sencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada
ao valor de um salário mínimo vigente na época do pa- atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
gamento ao qual têm direito todos os trabalhadores
inscritos no Programa PIS/PASEP que se encaixem • II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou de-
nas condições previstas em lei. sencadeada em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, cons-
PROIBIÇÃO DE RECEBIMENTO EM CON- tante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
JUNTO DE DETERMINADOS BENEFÍCIOS Previdência Social.
•Como regra, o segurado tem direito ao recebimento • Esta relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
de um único benefício. A prestação previdenciária tem Previdência Social está discriminada no anexo II do RPS.
natureza eminentemente alimentar, razão pela qual, inclusive,
• A doença profissional é desencadeada pelo exercí-
possui teto máximo.
cio do trabalho peculiar a determinada atividade. Por
• Não é objetivo da previdência social provocar o enriqueci- exemplo, quem trabalha exposto a radiação ionizante (Raio
mento do segurado, mas somente trazer a este, meios neces- X) pode adquirir câncer de pele. Não é qualquer trabalhador
sários e suficientes para a sua manutenção. A concessão de que adquire câncer de pele causado pela exposição à radia-
mais de um benefício a mesma pessoa contraria a lógica pre- ção ionizante.
videnciária.
• Já a doença de trabalho pode ser adquirida por qual-
• Art. 167. Salvo no caso de direito adquirido, não é quer pessoa, mas será considerada acidentária em
permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefí- razão de condições especiais em que o trabalho é
cios da previdência social, inclusive quando decorrentes de
acidente do trabalho:
exercido. Por exemplo, qualquer pessoa pode adquirir
febre amarela, mas, caso um agente de saúde que trabalhe
• Aposentadoria com auxílio-doença; diretamente em contato com o mosquito transmissor e adquira
• Mais de uma aposentadoria, ainda que de regimes diferentes esta doença, será considerada doença do trabalho.
(próprio + RGPS) com exceção nas hipóteses em que a CF
permite art. 37, XVI; Doença profissional é diferente de doença do traba-
• Aposentadoria com abono de permanência em serviço; lho, ou seja, são conceitos distintos.
• Salário-maternidade com auxílio-doença;
• Mais de um auxílio acidente;
• Auxílio-acidente com qualquer aposentadoria;
• 1º Não são consideradas como doença do
• Mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro. trabalho:
• Obs.: •a) a doença degenerativa;
• Neste caso é facultado ao dependente optar pela pen- •b) a inerente a grupo etário; (ex.: osteoporose);
são mais vantajosa. •c) a que não produza incapacidade laborativa temporária ou
• Não há empecilho à acumulação de pensões, quando permanente;
oriundas de cônjuge e filho falecidos, por exemplo. •d) a doença endêmica (ex. dengue) adquirida por segurado
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 50
habitante de região em que ela se desenvolva, salvo compro- do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra ori-
vação de que é resultante de exposição ou contato direto gem, se associe ou se superponha às consequências do ante-
determinado pela natureza do trabalho (ex. saúde pública). rior.
• Art. 21. Equiparam-se também ao acidente • Art. 118 da Lei 8213/91: “O segurado que sofreu acidente
do trabalho, para efeitos desta Lei: do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de
doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho
• I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido na empresa, após a cessação do auxílio-doença aciden-
a causa única, haja contribuído diretamente para a tário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.”
morte do segurado, para redução ou perda da sua Porém: pode ser demitido com justa causa somente.
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que
exija atenção médica para a sua recuperação; Doméstico
Tem reconhecida pela legislação para o doméstico o aci-
• II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do dente de trabalho, porém ele não tem a estabilidade míni-
trabalho, em consequência de: ma de 12 meses, após a cessação do auxílio-doença aci-
dentário.
• a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por
terceiro ou companheiro de trabalho; → Sobrevindo acidente do trabalho, nos casos em que seja
identificada negligência quanto às normas padrão de
• b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo
de disputa relacionada ao trabalho;
segurança e higiene do trabalho relacionadas à prote-
ção individual e coletiva, a previdência social proporá ação
• c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de regressiva contra os responsáveis. Entendimento CESPE-
terceiro ou de companheiro de trabalho; AGU/2013.
• d) ato de pessoa privada do uso da razão;
Veja essa questão:
• e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos
ou decorrentes de força maior; A cobertura pelo risco de acidente de trabalho pode
ser atendida concorrentemente pelo regime geral de
• III - a doença proveniente de contaminação acidental do previdência social e pelo setor privado. Gabarito er-
empregado no exercício de sua atividade; rado. Ela tem um quê de verdade, mas não é.
• IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local Comentário do professor Hugo Gois.
e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a Assertiva duvidosa – Conforme o disposto no § 10 do art.
autoridade da empresa; 201 da Constituição Federal, “lei disciplinará a cobertura do
risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrente-
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa mente pelo regime geral de previdência social e pelo setor
para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; privado”.
Equiparam-se a acidente de trabalho, o acidente sofrido Sendo assim, quando a lei vier a disciplinar a matéria, as
pelo segurado na prestação espontânea de qualquer seguradoras privadas poderão, concorrentemente com o
serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar RGPS, participar do setor de Seguro de Acidente do Traba-
proveito, ainda que fora do local e horário de trabalho. lho. Mas enquanto tal lei não é editada, o seguro acidente
CESPE TRT8/2013. Saiba bem disso, pois pode causar de trabalho continua sendo operado em regime de monopó-
dúvida. lio estatal cujo atendimento é feito pelo RGPS, gerido pelo
INSS.
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo
quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor A vista do exposto acima, percebe-se que enunciado da
capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de alternativa “a” é ambíguo: a cobertura pelo risco de aciden-
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segu- te de trabalho poderá ser atendida também pelo setor pri-
rado; vado, mas ainda não pode.
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste
CAT
para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusi-
ve veículo de propriedade do segurado. (Obs. IN 20: 2º - Não →Imediato: Em caso de morte do segurado;
se caracteriza como acidente de trabalho o acidente de trajeto
→No dia útil seguinte: Nos demais casos sem morte.
sofrido pelo segurado que, por interesse pessoal, tiver inter-
rompido ou alterado o percurso habitual).
O Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciá-
Acidente trabalho rio (NTEP)
→Típico: Acidente no local e horário do trabalho. Tam- É uma metodologia que tem o objetivo de identificar
bém são considerados como típico, as doenças do trabalho quais doenças e acidentes estão relacionados com a prática
ou profissional. de uma determinada atividade profissional pe-
lo INSS no Brasil. Com o NTEP, quando o trabalhador adquirir
uma enfermidade inteiramente relacionada à atividade profis-
→Atípico: Acidente fora do local e horário do trabalho. sional, fica qualificado o acidente de trabalho.
• Art. 21. Nos casos em que houver relação estatística entre a doença
• 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ou lesão e o setor de atividade econômica do trabalhador, o
ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no nexo epidemiológico determinará automaticamente que se
local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado trata de benefício acidentário e não de benefício previdenciá-
no exercício do trabalho. rio normal.
• 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente Com a adoção dessa metodologia, é a empresa que deverá
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 51
provar que as doenças e os acidentes de trabalho não foram • II - os incapazes para os atos da vida civil, ressalvado o
causados pela atividade desenvolvida pelo trabalhador, ou disposto no art. 666 do Código Civil.
seja, o ônus da prova passa a ser do empregador e não mais
do empregado. A empresa tem até 30 dias para contestar a • Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos
partir da concessão do benefício. não emancipado pode ser mandatário, mas o mandante não
tem ação contra ele senão de conformidade com as regras
→Afastamento superior a 15 dias: Passa a receber o auxílio- gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por menores.
doença acidentário. Lembrando-se que até 15 dias a empre- Conselhos de Previdência Social – CPS
sas paga, depois de 15 dias o INSS.
Fica instituído o Conselho Nacional de Previdência Social–
→Estabilidade: Prazo mínimo de 12 meses. CNPS, órgão superior de deliberação colegiada, que terá
como membros:
Julgamento de acidente trabalho: Justiça comum.
I - seis representantes do Governo Federal;
Julgamento de outra natureza: Justiça Federal. Caráter
previdenciário. II - nove representantes da sociedade civil,
Litígios previdenciário: Justiça Federal. sendo:
Muito importante esse entendimento a seguir: a) três representantes dos aposentados e pensionistas;
A justiça comum estadual do foro do domicilio do segurado b) três representantes dos trabalhadores em atividade;
possuirá competência para processar e julgar ação previ-
c) três representantes dos empregadores.
denciária proposta contra o INSS, se na comarca em ques-
tão, não existir sede de justiça federal, exceto manda- Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes serão
do de segurança. Entretanto, nesse caso, o recurso nomeados pelo Presidente da República, tendo os represen-
cabível contra eventual decisão terá de ser dirigido ao tri-
bunal regional federal na área de jurisdição do juiz de pri-
tantes titulares da sociedade civil mandato de 2
meiro grau. Já caiu na cespe. (dois) anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma
única vez.
→ No caso de autoridade federal do Instituto Nacional do
Seguro Social indeferir ilegalmente benefício previdenciário Os representantes dos trabalhadores em atividade, dos apo-
a determinado cidadão, caberá o ajuizamento de mandado sentados, dos empregadores e seus respectivos suplentes
de segurança, devendo ser ajuizado na justiça Federal, serão indicados pelas centrais sindicais e confederações naci-
mesmo que na comarca não tenha sede de vara de juízo onais.
federal. Pois no caso de mandado de segurança contra
o INSS não cabe à justiça estadual, pois a mesma não O CNPS reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por
competência para julgá-lo. Já caiu na cespe. mês, por convocação de seu Presidente, não podendo ser
adiada a reunião por mais de 15 (quinze) dias se houver re-
PROCURAÇÃO PARA RECEBIMENTO DE querimento nesse sentido da maioria dos conselheiros.
BENFÍCIO
Compete ao Conselho Nacional de Previdência Social–
RPS, Art. 156. O benefício será pago diretamente ao be- CNPS: Apenas ler
neficiário, salvo em caso de ausência, moléstia contagiosa ou
impossibilidade de locomoção, quando será pago a procura- I - estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de
dor, cujo mandato não terá prazo superior a 12 meses, po- políticas aplicáveis à Previdência Social;
dendo ser renovado ou revalidado pelos setores de benefícios II - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão
do Instituto Nacional do Seguro Social. previdenciária;
• Parágrafo único. O procurador do beneficiário deverá III - apreciar e aprovar os planos e programas da Previdência
firmar, perante o Instituto Nacional do Seguro Social, termo de Social;
responsabilidade mediante o qual se comprometa a comunicar
IV - apreciar e aprovar as propostas orçamentárias da Previ-
ao Instituto qualquer evento que possa anular a procuração,
dência Social, antes de sua consolidação na proposta orça-
principalmente o óbito do outorgante, sob pena de incorrer nas
mentária da Seguridade Social;
sanções criminais cabíveis.
V - acompanhar e apreciar, através de relatórios gerenciais
• RPS, Art. 157. O Instituto Nacional do Seguro Social ape- por ele definidos, a execução dos planos, programas e orça-
nas poderá negar-se a aceitar procuração quando se manifes- mentos no âmbito da Previdência Social;
tar indício de inidoneidade do documento ou do mandatário,
sem prejuízo, no entanto, das providências que se fizerem VI - acompanhar a aplicação da legislação pertinente à Previ-
necessárias. dência Social;
• Art. 158. Na constituição de procuradores, observar-se-á VII - apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao
subsidiariamente o disposto no Código Civil. Tribunal de Contas da União, podendo, se for necessário,
contratar auditoria externa;
• RPS, Art. 159. Somente será aceita a constituição de pro- VIII - estabelecer os valores mínimos em litígio, acima dos
curador com mais de uma procuração, ou procura- quais será exigida a anuência prévia do Procurador-Geral ou
ções coletivas, nos casos de representantes credenciados de do Presidente do INSS para formalização de desistência ou
leprosários, sanatórios, asilos e outros estabelecimentos con- transigência judiciais, conforme o disposto no art. 132;
gêneres, nos casos de parentes de primeiro grau, ou, em
outros casos, a critério do Instituto Nacional do Seguro IX - elaborar e aprovar seu regimento interno.
Social.
• RPS, Art. 160. Não poderão ser procuradores:
• V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao • II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e
cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o dis- sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em
posto no § 2º. cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de am-
bos os sexos e para os que exerçam suas atividades em
•Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos
regime de economia familiar, nestes incluídos o pro-
seguintes princípios e objetivos:
dutor rural, o garimpeiro e o pescador arte-
• I - universalidade de participação nos planos previdenciá- sanal.
rios;
8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo
• II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços
anterior serão reduzidos em cinco anos, para o profes-
às populações urbanas e rurais;
sor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exer-
• III - seletividade e distributividade na prestação dos bene-
fícios;
na educação infantil
cício das funções de magistério
e no ensino fundamental e médio.
• IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-
de-contribuição corrigidos monetariamente; Homem: 30 anos de contribuição;
• V - irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a Mulher: 25 anos de contribuição.
preservar-lhes o poder aquisitivo;
9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a con-
• VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do tagem recíproca do tempo de contribuição na adminis-
salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do
tração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipó-
segurado não inferior ao do salário mínimo;
tese em que os diversos regimes de previdência social se
• VII - previdência complementar facultativa, custeada por compensarão financeiramente, segundo critérios estabele-
contribuição adicional; cidos em lei.
• VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão EX.: Pode levar do tempo contribuição do RGPS para o
administrativa, com a participação do governo e da comuni- regime próprio no caso de servidor público ocupante de
dade, em especial de trabalhadores em atividade, empre- cargo efetivo. E no caso de deixar o serviço público poderá
gadores e aposentados. contar o tempo do Regime próprio para o Regime geral.
• Parágrafo único. A participação referida no inciso VIII • 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do
deste artigo será efetivada a nível federal, estadual e muni- trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime
cipal. geral de previdência social e pelo setor privado.
art. 201 - § 1º É vedada a adoção de requisitos e cri- • 11. Os ganhos habituais do empregado, a qual-
térios diferenciados para a concessão de aposenta- quer título, serão incorporados ao salário para efeito
doria aos beneficiários do regime geral de previdência de contribuição previdenciária e consequente repercus-
social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob são em benefícios, nos casos e na forma da lei.
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a § 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão
integridade física e quando se tratar de segurados portado-
res de deficiência, nos termos definidos em lei complemen- previdenciária para atender a trabalhadores de
tar. baixa renda e àqueles sem renda própria que se dedi-
quem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de
Art. 201. § 2º Nenhum benefício que substitua o salário sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa
de contribuição ou o rendimento do trabalho do renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a
um salário-mínimo.
terá valor mensal inferior ao
segurado
• § 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que
salário mínimo. trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o às vigentes para os demais segurados do regime geral de
previdência social.
cálculo de benefício serão devidamente atualiza-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 53
• III - declaração do imposto de renda do segurado, em que • “A mulher que renunciou aos alimentos na separação judi-
conste o interessado como seu dependente; cial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-
marido, comprovada a necessidade econômica su-
• IV - disposições testamentárias;
perveniente.”
• V - anotação constante na Carteira Profissional e/ou na
RPS, Art. 114, II - para o pensionista menor de idade, ao
Carteira de Trabalho e Previdência Social, feita pelo órgão completar 21 anos, salvo se for inválido, ou pela emanci-
competente;
pação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a eman-
• VI - declaração especial feita perante tabelião; cipação for decorrente de colação de grau científico em
curso de ensino superior.
• VII - prova de mesmo domicílio;
• VIII - prova de encargos domésticos evidentes e existência RPS, Art. 17, III - para o filho e o irmão, de qualquer condi-
de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; ção, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se
inválidos, desde que a invalidez tenha ocorrido antes:
• IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
• X - conta bancária conjunta; • a) de completarem vinte e um anos de idade;
• XI - registro em associação de qualquer natureza, onde • b) do casamento; a lei não fala de união estável
conste o interessado como dependente do segurado;
• c) do início do exercício de emprego público efetivo;
• XII - anotação constante de ficha ou livro de registro de
empregados; • d) da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou
XIII - apólice de seguro da qual conte o segurado como da existência de relação de emprego, desde que, em função
instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua be- deles, o menor com dezesseis anos completos tenha eco-
neficiária; nomia própria; ou
A prova de tempo de contribuição é feita mediante documentos que trato de trabalho, o empregado não traba-
comprovem o exercício de atividade nos períodos a serem conta- lhou; entretanto, não deixa de receber sua
dos, devendo esses documentos ser contemporâneos dos fatos a remuneração, tendo contado esse período
comprovar e mencionar as datas de início e término e, quando se como tempo de contribuição. Como por
tratar de trabalhador avulso, a duração do trabalho e a condição em exemplo: as férias, a licença à gestante, as
que foi prestado. faltas justificadas, a licença por motivo de
doença nos primeiros 30 dias.
Podem ser utilizados, como prova, os seguintes documentos:
Não será computado como tempo de con-
• contrato individual de trabalho, a Carteira Profissional e/ou a Car- tribuição o já considerado para concessão
teira de Trabalho e Previdência Social, a carteira de férias, a cartei- de qualquer aposentadoria prevista no
ra sanitária, a caderneta de matrícula e a caderneta de contribui- RGPS ou por outro regime de previdência
ções dos extintos institutos de aposentadoria e pensões, a caderne- social.
ta de inscrição pessoal visada pela Capitania dos Portos, pela Su-
perintendência do Desenvolvimento da Pesca, pelo Departamento (Obs.: atualmente não é permitido o rece-
PROVA DE TEM- Nacional de Obras Contra as Secas e declarações da Receita Fe- bimento de mais de uma aposentadoria
PO DE CONTRI- deral; pelo RGPS).
BUIÇÃO
• certidão de inscrição em órgão de fiscalização profissional, acom-
panhada do documento que prove o exercício da atividade; Prova exclusivamente testemunhal
• contrato social e respectivo distrato, quando for o caso, ata de Não será admitida prova exclusivamente
assembleia geral e registro de firma individual; testemunhal para efeito de comprovação
• contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; de tempo de serviço ou de contribuição,
• certificado de sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra que agru- salvo na ocorrência de motivo de força
pa trabalhadores avulsos; maior ou caso fortuito, que é a situação na
qual se verifica ocorrência notória, tais
• comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e
como incêndio, inundação ou desmorona-
Reforma Agrária, no caso de produtores em regime de economia
mento, que tenha atingido a empresa na
familiar;
qual o segurado alegue ter trabalhado,
• bloco de notas do produtor rural; ou devendo ser comprovada, mediante regis-
• declaração de sindicato de trabalhadores rurais ou colônia de tro da ocorrência policial feito em época
pescadores, desde que homologada pelo Instituto Nacional do Se- própria ou apresentação de documentos
guro Social. contemporâneos dos fatos, e verificada a
• Na falta de documento contemporâneo, podem ser aceitos decla- correlação entre a atividade da empresa e
ração do empregador ou seu preposto, atestado de empresa ainda a profissão do segurado.
existente, certificado ou certidão de entidade oficial, desde que
extraídos de registros efetivamente existentes e acessíveis à fiscali-
zação.
→É vedado a conversão de tempo de serviço de magistério exerci- Para efeito de aposentadoria, é assegura-
do em qualquer época em tempo de serviço comum. da a contagem recíproca do tempo de
→ Não é permitida a contagem de tempo concomitante no serviço contribuição na Administração Pública e na
Público e privado (contagem em dobro). Também não pode ser atividade privada, rural e urbana, hipótese
contado o tempo que o segurado já utilizou para aposentar pelo em que os diversos regimes de previdên-
outro regime. cia social compensar-se-ão financeiramen-
te, segundo critérios estabelecidos em lei.
→Lembre-se que para aposentar pelo RPPS o segurado deve pelo
menos ter 10 anos de serviço público e 5 no cargo que vai se apo-
sentar.
→ Não será contado por um regime o tempo de contribuição utiliza-
do para concessão de aposentadoria por outro regime.
Coube à LEI Nº 13.183/2015, publicada em 04 de novembro de 2015, instituiu a regra alternativa 85(mulher)/95
(homem) para tornar facultativo o fator previdenciário nesta aposentadoria. O segurado que preencher o requisito
para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, no cál-
culo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, inclu-
ídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for:
Regra 85/96
I - igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta e
Torna-se faculta- cinco anos; ou
tivo,
II - igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observando o tempo mínimo de contribuição de trinta
anos. No entanto, as somas de idade e de tempo de contribuição mencionadas serão majoradas em um ponto
em: 31º de Dezembro de 2018; 31 de Dezembro de 2020; 31 de Dezembro de 2022; 31 de Dezembro de 2024 e
31 de Dezembro de 2026.
Logo, a aposentadoria por tempo de contribuição sem idade mínima e com aplicação compulsória do fator
previdenciário, foi criada regra de transição progressiva para a concessão de aposentadoria por tempo de con-
tribuição com aplicação facultativa do fator previdenciário, observado o tempo mínimo de contribuição (30 anos
mulher e 35 anos homem), desde que a soma com a idade do segurado atinja a:
Ano A partir de: Soma (H) Soma (M)
Regra atual Até 30/12/2018 95 85
2018 31/12/2018 96 86
2020 31/12/2020 97 87
2022 31/12/2022 98 88
2024 31/12/2024 99 89
2026 31/12/2026 100 90
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 58
Importantíssimo: Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do
professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educa-
ção infantil e no ensino fundamental e médio. Ou Seja, serão acrescidos 5 anos na soma dos pontos nesse caso.
Cuidado aqui: O tempo de contribuição mínima deve ser respeitado. Na atual regra 85/95, homem deverá ter no
mínimo 35 anos de contribuição e mulher no mínimo 30 anos de contribuição. A esse deve somar a idade para ver
se atinge os pontos exigidos para não aplicação do FP.
Se tiver os requisitos poderá optar para não aplicação do FP e o Salário de benefício será de 100%.
Grave essa informação: O fator previdenciário somente irá incidir sobre a aposentadoria por tempo de contribui-
ção, por idade e por deficiência. Porém nos casos de idade e deficiência ela será facultativa ,
somente incidindo se resultar valor do benefício maior, sendo obrigação do INSS fazer o cálculo nessas duas,
com e sem o fator.
Na prova leve o seguinte o fator previdenciário existe e é obrigatório, porém tem uma exceção na não aplicação
dele na aposentaria por tempo de contribuição, essa aí de cima.
→ Não existe aposentadoria por tempo de serviço (revogado pela EC 19/98) somente por tempo de contribui-
ção.
→ Conforme entendimento do STF, não devem ser consideradas para cômputo (cálculo) do
período de carência para a aposentadoria as contribuições previdenciárias recolhidas com atraso.
O “fator previdenciário é facultativo para aposentadoria por idade Também há redução de 5 anos na aposen-
taria por idade no caso de pessoa com
Na aposentadoria por idade e na aposentadoria da pessoa com deficiência física de acordo com a LC
deficiência, o fator previdenciário só será aplicado se resultar em 142/2013. Homem: 60 anos, mulher: 55.
renda mensal de valor mais elevado.
INÍCIO DO BE- • a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até 90 dias depois dela; ou
NEFÍCIO
• b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após
o prazo de 90 dias do desligamento.
A) Aposentadoria compulsória:
• A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado tenha cumprido a carên-
cia, quando este completar 70 anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 anos, se do sexo feminino, sendo
compulsória, caso em que será garantida ao empregado a indenização prevista na legislação trabalhista, conside-
INFORMAÇÕES rada como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria.
ADICIONAIS
• B) Proveniente da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença:
→O INSS não mais aceita essa transformação ou conversão. E isso ocorre desde a revogação do art. 55 do De-
creto 3.048, promovida pelo Decreto 6.722, de 30 de dezembro de 2008.
• C) Valor do salário-de-benefício:
• O valor do salário-de-benefício da aposentadoria por idade será a média aritmética simples dos maiores salá-
rios-de- contribuição, correspondente a 80% de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário,
facultativamente.
• D) Fator previdenciário:
• Fica garantida ao segurado com direito à aposentadoria por idade a opção pela não-aplicação do fator previden-
ciário, devendo o Instituto Nacional do Seguro Social, quando da concessão do benefício, proceder ao cálculo da
renda mensal inicial com e sem o fator previdenciário.
• E) Desligamento da empresa:
• Para o segurado empregado, não é exigido o desligamento da empresa para requerer o benefício.
• F) Retorno à atividade:
• Quando o segurado voltar a exercer atividade remunerada, ele tem que contribuir, obrigatoriamente, para o
INSS.
• Todo segurado que exerce atividade remunerada, inclusive o aposentado, deverá contribuir para com o INSS.
Lembre-se que não incide contribuição sobre a aposentadoria e pensões concedida pelo INSS, mas apenas
sobre a atividade remunerada que esse venha a exercer.
• A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria por idade, desde
que o segurado conte com, no mínimo, o número de contribuições mensais exigido para efeito de carência na
data do requerimento do benefício.
Se o solicitante cumpriu os requisitos (carência), mesmo que ele não tenha mais a qualidade de segurado, ou a lei mude para
pior, ele terá o direito, pois trata-se de direito adquirido.
A aposentadoria por idade só poderá ser renunciada até o recebimento da 1ª parcela ou até o saque do FGTS. Ou seja, a aposent ado-
ria por idade em regra é irrenunciável.
contributivo. Sendo facultativo o Fator previdenciário (FP), somente tes nocivos deverá ter ocorrido de
quando for vantajoso para o segurado. Não é obrigatório o FP.
modo habitual e permanen-
te, não ocasional nem intermiten-
• Para o segurado empregado:
te.
INÍCIO DO BE- • a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida
NEFÍCIO até noventa dias depois dela; ou •
• A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico previdenciário, abrangendo as atividades
desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica
deste documento.
Laudo técnico.
• Dele deverão constar informações sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que dimi-
nua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabele-
cimento respectivo.
Perícia médica.
• Para fins de concessão da aposentadoria especial, a perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social de-
verá analisar o perfil profissiográfico previdenciário e o laudo técnico, podendo, se necessário, inspecionar o local
de trabalho do segurado para confirmar as informações contidas nos referidos documentos.
Cessação da aposentadoria:
INFORMAÇÕES • O beneficiário de aposentadoria especial que retornar ao exercício de atividade ou operações que o sujeitem
ADICIONAIS aos agentes nocivos, ou nele permanecer voluntariamente, terá sua aposentadoria automaticamente cessada,
a partir da data do retorno.
• Entretanto, como aposentadoria é direito adquirido, se o segurado afastar-se das atividades nocivas, o bene-
fício deverá voltar a ser pago. Trata-se, portanto, de suspensão da aposentadoria. Mas ele pode trabalhar em
outras atividades que NÃO gere aposentadoria especial, pois a lei não proíbe nesse caso.
• Obs.:
• Caso o beneficiário de aposentadoria especial volte a trabalhar em atividade NÃO exposta a agente nocivo, não
sofrerá qualquer sanção, pois a Lei não o proíbe, neste caso.
• Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais
prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a
aposentadoria especial, os respectivos períodos serão somados após conversão, conforme tabela a seguir, con-
siderada a atividade preponderante: Não é necessário saber tabela.
Permite-se a conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum, obser-
vando os multiplicadores da tabela a seguir. Não é necessário saber tabela.
• Esta de conversão de tempo comum para especial não está prevista na legislação previdenciária. A solução,
neste caso, é converter o tempo especial em comum, aposentando-se por idade ou tempo de contribuição. Nesse
caso há previsão.
EPI Eficaz: Decisão do STF - NOVIDADE
O STF decidiu que o EPI eficaz afastaria o direito constitucional a aposentaria especial, nesse caso deve comprovar que o EPI não é
eficaz para a concessão da aposentaria especial. Com exceção nos casos de ruídos.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 61
B) Incapacidade permanente parcial ou total do segurado para Caso o segurado empregado, por motivo
de doença, afaste-se da atividade durante
o trabalho habitual por mais de 15 dias consecutivos, não sen-
um período menor do que de 15 dias, e se
do possível a recuperação do segurado para continuar desenvol-
dela voltar a afastar-se dentro de sessen-
vendo o trabalho habitual, mas plenamente viável a reabilitação
ta dias desse retorno, o segurado fará jus
profissional para outra atividade que lhe garanta a subsistência.
ao auxílio-doença, a partir do dia seguinte
ao que completar o período de quinze dias
anteriormente iniciado.
No caso do segurado empregado, a empresa paga os quinze Quando o acidentado não se afastar
primeiros dias de afastamento e o beneficio previdenciário somente do trabalho no dia do acidente,
é devido a partir do décimo sexto dia de afastamento.
os quinze dias de responsabilidade da
INÍCIO DO BE-
• Para os demais segurados a partir da data do início da incapaci- empresa pela sua remuneração integral
NEFÍCIO
dade ou a partir da data da entrada do requerimento, quando reque- são contados a partir da data do afasta-
rido após o 30º dia do afastamento da atividade. mento.
• O auxílio-doença do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela previdência social será devido, mesmo no caso de
incapacidade apenas para o exercício de uma delas, devendo a perícia médica ser conhecedora de todas as atividades que o mesmo
estiver exercendo. Neste caso, o auxílio-doença será concedido em relação à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado,
considerando-se para efeito de carência somente as contribuições relativas a essa atividade.
• Se, nas diversas atividades, o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de imediato o afastamento de todas.
• Quando o segurado que exercer mais de uma atividade incapacitar-se definitivamente para uma delas, deverá o auxílio-doença ser
mantido indefinidamente, não cabendo sua transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade não se
estender às demais atividades. Nesta situação, o segurado somente poderá transferir-se das demais atividades que exerce, após o
conhecimento da reavaliação médico-pericial.
Se a invalidez estender-se a todas as atividades, a aposentadoria por invalidez será calculada a partir do salário-de-benefício do
auxílio-doença recebido e os salários-de-contribuição das atividades ainda exercidas pelo segurado.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 62
• A previdência social deve processar de ofício o benefício, quando tiver ciência da incapacidade do segurado, sem que este tenha
requerido auxílio-doença.
→Obrigações do segurado:
• O segurado em gozo de auxílio-doença está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a
submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e trata-
mento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de
reabilitação profissional para exercício de outra atividade, não cessando o benefício até que seja dado como habilitado para o desem-
penho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não-recuperável, seja aposentado por invalidez.
→Cessação do benefício:
• O auxílio-doença cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho, pela transformação em aposentadoria por invalidez ou auxí-
lio-acidente de qualquer natureza, neste caso, se resultar sequela que implique redução da capacidade para o trabalho que habitual-
mente exercia.
→Licença remunerada:
• O segurado empregado em gozo de auxílio-doença é considerado pela empresa como licenciado. A empresa que garantir ao segura-
do licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe durante o período de auxílio-doença a eventual diferença entre o valor deste e a
importância garantida pela licença.
A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe durante o período de auxílio-doença a eventual
diferença entre o valor deste e a importância garantida pela licença. 91%(+9% a custa da empresa, quando ela garantir).
• - o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, entre períodos de atividade;
• - o período em que o segurado esteve recebendo benefício por incapacidade por acidente do trabalho, intercalado ou não.
→Estabilidade no emprego:
• O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de
trabalho na empresa após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Note que
esse caso aplica-se unicamente ao empregado em gozo de auxílio-doença decorrente de acidente do trabalho.
• Após a cessação do auxílio-doença decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, tendo o segurado retornado ou não ao
trabalho, se houver agravamento ou sequela que resulte na reabertura do benefício, a renda mensal será igual a noventa e um por
cento do salário-de-benefício do auxílio-doença cessado, corrigido até o mês anterior ao da reabertura do benefício, pelos mesmos
índices de correção dos benefícios em geral.
• De acordo com a art. 201, parágrafo 2º, da nossa Carta Magna, nenhum benefício que substitua o salário-de-contribuição ou o rendi-
mento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. Vimos que, entre os dez benefícios previdenciários,
somente o salário-família e o auxílio-acidente poderiam ter valor inferior ao salário mínimo, justamente porque ambos não substituem o
rendimento do segurado.
O valor do auxílio-doença poderá ser inferior ao salário mínimo, desde que, somado às demais remunerações recebidas pelo segurado,
resulte em valor superior a este. Esta nova possibilidade de benefício, inferior ao salário mínimo, ocorrerá quando o segurado tiver mais
de uma atividade abrangida pelo RGPS e sua incapacidade não atingir todas as suas atividades. Neste caso, o auxílio-doença será
concedido em relação somente à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado. Somando-se o valor da renda mensal do auxí-
lio-doença com as outras remunerações do segurado, caso ultrapasse o valor do salário mínimo, o valor do auxílio-doença poderá ser
inferior ao salário mínimo.
→Outras informações:
→Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante quinze dias, retornando à atividade no décimo
sexto dia, e se dela voltar a se afastar dentro de sessenta dias desse retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio
doença a partir da data do novo afastamento.
→Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão
invocada como causa para o benefício , salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa do-
ença ou lesão.
→O auxílio-doença será considerado como acidentário, independentemente da expedição da CAT – Comunicação de Acidente de
Trabalho, quando ocorrer o nexo epidemiológico entre o trabalho e o evento, gerando uma presunção relativa, podendo ser impugnada
pela empresa ou pelo empregador doméstico (artigo 21-A, da Lei 8.213/91). Isso influenciará na fixação do FAP – Fator Acidentário de
Prevenção para majorar a contribuição SAT – Seguro de Acidente do Trabalho (art. 202-A, do RPS).
→Para o empregado, a empresa deverá arcar com os primeiros 15 (quinze) dias de incapacidade (o STJ entende que não incidirá con-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 63
tribuição previdenciária patronal nesse período – AGRESP 1039260, de 04.12.2008); para os demais, em regra, o benefício será devido
desde a incapacidade, se requerido em até 30 dias.
→Se o segurado estiver trabalhando em mais de uma empresa ou se os 15 dias de afastamento não forem consecutivos, mas totaliza-
dos dentro de 60 dias, o Auxílio-doença deve ser requerido na Agência da Previdência Social mais próxima.
→Observados determinados requisitos e na forma do regulamento e sob a supervisão do INSS, a pericia poderá ser realizada por ór-
gãos ou entidades públicas ou integrante do SUS. Novidade da lei 13135/2015.
→Na hipótese do § 6º, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o
benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas.
→Valor Teto: O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 (doze) salários-de-contribuição, inclusive
em caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples dos salários-de-
contribuição existentes. Lei 13135/2015. Decorar.
Não acumula com: Aposentadoria (todas elas); com salário maternidade, auxílio-doença com auxílio-acidente (quando ambos se
referirem à mesma doença ou acidente que lhes deram origem).
Lei 13135/2015. Novidade: Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente,
assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da pre-
vidência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução
descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de
perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidades públicos ou
que integrem o Sistema Único de Saúde (SUS). Cuidado isso: só se aplica ao auxílio-doença e nenhuma outra hipótese além
dessa. Cuidado que tem gente afirmando que isso se aplica no caso de aposentadoria por invalidez, errado, a lei não diz e não cabe a
nós ampliar.
→§ 6 - O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício
cancelado a partir do retorno à atividade. Lei 13135/2015.
→Na hipótese do § 6º, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o
benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas. Lei 13135/2015.
→Se o segurado que estiver recebendo auxílio-doença e voltar a trabalhar voluntariamente terá seu benefício SUSPENSO (não é can-
celado) até que seja realizada a perícia médica da previdência social.
AUXÍLIO-RECLUSÃO (Xadrez)
CARÊNCIA Carência Zero Os dependentes só terão direito se o
cara preso for segurado do RGPS e
Não Acumula com aposentadoria ou auxílio doença e o preso não
além disso deve ser de baixa renda.
pode estar recebendo remuneração da empresa.
QUEM TEM DI- Os dependentes de todo segurado (empregado, empregado É necessário que o cidadão, na data do
REITO doméstico, avulso, contribuinte individual, segurado especial e faculta- recolhimento à prisão, possua qualida-
tivo) que for preso e for de baixa renda (até R$ 1.089,72 em 2015). de de segurado e que apresente o
atestado de recolhimento do segurado
à prisão.
É devido aos dependentes do segurado (baixa renda) das áreas urba- Se o segurado passar a receber apo-
na e rural. O benefício é pago enquanto o segurado estiver recolhido à sentadoria ou auxílio-doença (os
REQUSITOS prisão e enquanto nesta permanecer, em regime fechado ou se- dependentes e o segurado poderão
mi-aberto, ainda que não prolatada a sentença condenatória. Ou optar pelo benefício mais vantajoso,
seja a prisão provisória (temporária). mediante declaração escrita de ambas
as partes); nesse caso deve optar.
VALOR DO BE- O valor da aposentadoria por invalidez (100%). Lembrar que é benefício é devido
NEFÍCIO (Renda apenas aos dependentes do segu-
Se o segurado for aposentado os dependentes NÃO recebem o rado de baixa renda.
Mensal) auxílio-reclusão.
INÍCIO DO BE- Até 30 dias: data do recolhimento, após 30 dias: data do requerimento. Início do Benefício:
NEFÍCIO
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 65
→Não receberá mais no caso de fuga, liberdade condicional, transfe- • Será fixada, na data do efetivo reco-
rência para prisão albergue ou cumprimento da pena em regime aber- lhimento do segurado à prisão, se
OUTRAS INFOR- to. Obs. A prisão decorrente de pensão alimentícia não gera direito ao requerido até trinta dias depois desta,
MAÇÕES auxílio reclusão. ou na data do requerimento, se poste-
rior.
→Os filhos nascidos durante o recolhimento do segurado à prisão
possuem direito a partir da data do seu nascimento. • A) Pedido de auxilio-reclusão:
→Havendo realização de casamento durante o recolhimento do segu- • O pedido deve ser instruído com
rado à prisão, o auxílio reclusão não será devido, tendo em vista a certidão do efetivo recolhimento do
dependência posterior ao fato gerador. segurado à prisão, firmada por autori-
dade competente.
→Existindo mais de um dependente, o auxílio-reclusão será rateada
entre todos, em partes iguais, revertendo em favor dos demais à parte • No caso de qualificação de depen-
daquele cujo direito cessar. dentes após a reclusão ou detenção
do segurado, deve ser observada a
→A cada três meses deverá ser apresentado novo atestado de preexistência de dependência econô-
recolhimento do segurado à prisão, firmado pela autoridade competen- mica.
te, como prova de que o segurado permanece recolhido à prisão.
NOVAS REGRAS O auxílio-reclusão dispensa sempre a carência, a teor do artigo 26, B) Condição para recebimento do
Lei 13.135/2015 I, da Lei 8.213/91, tendo sido frustrada a tentativa da MP 664/2014 de benefício:
inserir carência, pois não aprovada na Lei 13.135/2015.
• O beneficiário deverá apresentar
Considerando que o auxílio-reclusão é pago nas mesmas condições trimestralmente, atestado de que o
da pensão por morte, conclui-se que, no que couber, as mudanças segurado continua detido ou recluso,
promovidas pela Lei 13.135/2015 na pensão por morte se estenderam firmado pela autoridade competente.
ao auxílio-reclusão.
• C) Ausência de contribuição no
A Lei 13.135/2015 em muito modificou a MP 664/2014, tendo as novas mês da prisão do segurado:
regras entrado em vigor em 18 de junho de 2015. As alterações sobre
o prazo para percepção da pensão por morte alcançaram os cônjuges, • É devido aos dependentes do segu-
companheiros e companheiras, e não os demais dependentes, nada rado, quando não houver salário-de-
mudando para o filho, os pais e os irmãos. Estas mudanças são contribuição na data do seu efetivo
aplicáveis ao auxílio-reclusão, devendo ser devidamente adapta- recolhimento à prisão, desde que man-
das. tida a qualidade de segurado.
Em regra, se a prisão ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 • D) Suspensão do benefício.
(dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável
tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do No caso de fuga, o benefício será
segurado, o auxílio-reclusão será pago por apenas 4 (quatro) meses suspenso e, se houver recaptura do
ao cônjuge, companheiro ou companheira. segurado, será restabelecido, a contar
da data em que esta ocorrer, desde
Logo, se o segurado foi preso com apenas 5 contribuições vertidas ou que esteja ainda mantida a qualidade
com menos de 2 anos de casamento ou união estável, o auxílio- de segurado.
reclusão durará, no máximo, por apenas 4 meses, podendo ser ces-
sado antes pela soltura do preso. Cuidado aqui: quando ele foge
passa a contar o período de graça (12
A Lei 13.135/2015 admitiu expressamente que o tempo de contribui- meses), se for recapturado depois
ção a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado desse período os dependentes não tem
na contagem das 18 (dezoito) contribuições mensais, acaso o segura- mais direito ao auxílio-reclusão.
do não possua 18 recolhimentos no Regime Geral de Previdência
Social no dia da prisão. • E) Exercício de atividade dentro do
período de fuga:
Por sua vez, transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de
acordo com a idade do dependente na data da prisão do segurado, se • Se houver exercício de atividade
a segregação prisional ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) dentro do período de fuga, o mesmo
contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início será considerado para a verificação da
do casamento ou da união estável, o auxílio-reclusão terá a seguin- perda ou não da qualidade de segura-
te duração máxima (pode ser menor se o segurado for solto antes, do.
obviamente), sendo de prazo indefinido apenas se o dependente tiver
44 anos de idade ou mais no dia da prisão do segurado: • F) Falecimento do segurado:
1) até 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; • O auxílio-reclusão que estiver sendo
pago será automaticamente convertido
2) até 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de em pensão por morte.
idade;
• Não havendo concessão de auxílio-
3) até 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos reclusão, em razão de o falecido não
de idade; ser considerado segurado de baixa
renda, será devida pensão por morte
4) até 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de aos dependentes, se o óbito do segu-
idade; rado tiver ocorrido dentro do prazo de
doze meses após o livramento, que é o
5) até 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) prazo durante o qual existe a manuten-
anos de idade; ção da qualidade de segurado.
6) prazo indefinido, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de
• H) Outras condições para a con-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 66
SALÁRIO FAMÍLIA
Salário-família é o benefício pago na pro-
CARÊNCIA Sem carência porção do respectivo número de filhos ou
As COTAS RECEBIDAS (NÃO SERÃO) incorporadas para qual- equiparados de qualquer condição até a
quer efeito ao salário de contribuição (Ex.: pensão por morte). idade de quatorze anos ou inválido de
→Empregado, empregado doméstico e Trabalhador Avulso, mesmo qualquer idade, independente de carência
quando aposentados por idade ou por invalidez ou em gozo de e desde que o salário-de-contribuição seja
auxílio-doença. inferior ou igual ao limite máximo permiti-
QUEM TEM DI-
do.
REITO
→Trabalhadores rurais aposentados por idade e aos demais apo-
sentados com idade mínima de 65 anos (homem) ou 60 anos (mu- Pode ser pago acima do teto da previ-
lher). dência, limitado ao teto do funcionalis-
mo público. STF.
Devido inclusive para Doméstico (LC 150/2015).
• Ter filho ou equiparado de qualquer condição, até quatorze anos Resumindo – Quem Paga:
de idade ou inválido; e ser de segurado de baixa renda.
REQUSITOS
Ser trabalhador (empregado ou avulso) de baixa renda (atualmente, →Empregado, a empresa na hora do
baixa renda significa renda mensal até R$ 1.089,72). salário;
Não precisa decorar valores. Ano base: 2015 →Domestico: o empregador doméstico na
Não superior a 725,02..........................................................R$.37,18 hora do salário;
Superior a 725,02 e igual ou inferior a 1089,72....................R$ 26,20 →Avulso: Sindicato na hora do salário;
Lembre-se que o salário-família junto com o auxílio-acidente pode →Aposentados: O INSS junto com o
ter valor menor que o salário mínimo, via de regra são somente benefício.
esses dois que podem ser inferiores ao mínimo. QUADRO SINTÉTICO – SALÁ-
Art. 82. O salário-família será pago mensalmente: RIO-FAMÍLIA
I - ao empregado, pela empresa, com o respectivo salário, e ao Cabimento: determinados segurados que
trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, tenham filhos/equiparados menores de 14
mediante convênio; anos ou inválidos, condicionado à apresen-
VALOR DO BE- tação do atestado anual de vacinação (até
II - ao empregado e trabalhador avulso aposentado por invali- 06 anos de idade) ou semestral de fre-
NEFÍCIO (Renda
dez ou em gozo de auxílio-doença, pelo lNSS, juntamente quência escolar (maiores de 07 anos).
Mensal)
com o benefício.
Beneficiários: será devido apenas aos
III - ao trabalhador rural aposentado por idade aos sessenta anos, segurados baixa renda especificamente ao
se do sexo masculino, ou cinquenta e cinco anos, se do sexo femi- segurado empregado, empregado domés-
nino, pelo INSS, juntamente com a aposentadoria; e tico, ao avulso, ao aposentado por invali-
dez, ao aposentado por idade e aos de-
IV - aos demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados mais aposentados com idade mínima de
aos sessenta e cinco anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 anos (homem) ou 60 anos (mulher).
sessenta anos, se do sexo feminino, pelo INSS, juntamente com a
aposentadoria. Carência: não há.
Por força da LC 150/2015, as cotas do salário-família serão pagas Valor: será pago em duas cotas fixas
pelo empregador doméstico, mensalmente, junto com o salário, atualizadas anualmente, de acordo com a
efetivando-se a compensação quando do recolhimento das contri- renda do segurado, por filho menor de 14
buições (cota patronal), conforme dispuser o Regulamento. anos ou inválido.
No caso das empresas e o OGMO que pagar o salário família aos
Outras informações:
empregados ou avulsos, essas também compensará da cota patro-
A) É possível a percepção de dois salá-
nal apenas.
rios-família por um filho, desde que ambos
A partir da data da apresentação da documentação necessá- os pais sejam responsáveis pelo infante.
ria à obtenção do benefício.
B) No caso de separação, divórcio ou
Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhado-
abandono, o segurado não receberá o
res avulsos, ambos têm direito ao salário-família.
benefício se não ficar com a guarda.
INÍCIO DO BE- A empresa paga, mas é reembolsada pelo INSS.
NEFÍCIO C) A DIB – Data de Início do Benefício
Deve guardar os documentos referente ao SF até 10 anos ou até será a data da apresentação da certidão
prescrição. de nascimento (art. 84, RPS).
Mas não basta ser segurado empregado, empregado doméstico,
trabalhador avulso ou aposentado (observada à espécie de aposen-
tadoria ou idade mínima) e ter filhos ou equiparados menores de 14
anos ou inválidos de qualquer idade para a percepção do salário-
família. Tem de ser segurado de baixa renda.
Importante:
OUTRAS IN- O pagamento do benefício será condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, no
FORMAÇÕES caso de crianças de até 06 anos de idade, e de comprovação semestral de frequência à escola do filho ou
equiparado, a partir dos 07 anos de idade, sob pena de suspensão, até que a documentação seja apresentada.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 68
A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade deve ser verificada em exame médico-pericial
a cargo da previdência social. Cuidado: A lei não diz deficiência grave, apenas invalidez. Cuidar com isso.
No entanto, no caso do empregado doméstico a LC 150/2015 apenas exige a apresentação da certidão de
nascimento ao seu empregador, não devendo ser exigidos os aludidos atestados.
→O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago integralmente pela
empresa, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, e o do mês da cessação
de benefício pelo Instituto Nacional do Seguro Social.
• I - ao empregado, pela empresa, com o respectivo salário, e ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra
(OGMO), mediante convênio;
• II - ao empregado e trabalhador avulso, aposentados ou em gozo de auxílio-doença, pelo Instituto Nacional do Seguro Social, junta-
mente com o beneficio;
• III - ao trabalhador rural aposentado por idade aos sessenta anos, se do sexo masculino, ou cinquenta e cinco anos, se do sexo fem i-
nino, pelo Instituto Nacional do Seguro Social, juntamente com a aposentadoria; e
• IV - aos demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados aos sessenta e cinco anos de idade, se do sexo masculino, ou
sessenta anos, se do sexo feminino, pelo Instituto Nacional do Seguro Social, juntamente com a aposentadoria.
• Quando o salário do empregado não for mensal, o salário-família será pago juntamente com o último pagamento relativo ao mês.
• O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento
corresponder ao valor integral da cota.
• Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família.
• Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar termo de responsabilidade, no qual se comprometa
a comunicar à empresa ou ao Instituto Nacional do Seguro Social qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao
benefício, ficando sujeito, em caso do não cumprimento, às sanções penais e trabalhistas.
A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família, bem como a prática, pelo empregado, de fraude de
qualquer natureza para o seu recebimento, autoriza a empresa, o Instituto Nacional do Seguro Social, o sindicato ou órgão gestor de
mão-de-obra, conforme o caso, a descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos ou, na falta delas, do próprio
salário do empregado ou da renda mensal do seu benefício, o valor das cotas indevidamente recebidas.
F) Suspensão do benefício:
• Se o segurado não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a comprovação de frequência escolar do filho ou equiparado, nas
datas definidas pelo Instituto Nacional do Seguro Social, o benefício do salário-família será suspenso até que a documentação seja
apresentada.
Levar para prova: A não apresentação dos documentos, acarreta a suspensão e não a perda do benefício.
Possível pegadinha.
• Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada pela falta de comprovação da frequência escolar e
o seu reativamento, salvo se provada a frequência escolar regular no período.
• A comprovação de frequência escolar será feita mediante apresentação de documento emitido pela escola, na forma de legislação
própria, em nome do aluno, onde conste o registro de frequência regular ou de atestado do estabelecimento de ensino, comprovando a
regularidade da matrícula e frequência escolar do aluno.
• A invalidez do filho ou equiparado maior de quatorze anos de idade deve ser verificada em exame médico-pericial, a cargo da previ-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 69
dência social.
• Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-
poder, o salário-família passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pes-
soa, se houver determinação judicial nesse sentido.
J) Cessação do benefício:
• II - quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de idade, salvo se inválido, a contar do mês seguinte ao da data do
aniversário;
• III - pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade; ou
Não esqueça que no período de graça: tem direito a todos os benefícios MENOS o sa-
lário família.
SALÁRIO MATERNIDADE
CARÊNCIA Sem carência para empregado e avulso e doméstico
10 contribuições para Facultativo, Segurado Especial e Contribuinte individual. Aqui será observado o teto do
INSS.
QUEM TEM DI-
TODOS SEGURADOS DO RGPS O único benefício que incide contribuição.
REITO
Empregados: Consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral.
Trabalhadora avulsa - consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral, equivalente a um
mês de trabalho.
Para ambas (empregadas e avulsa) não tem limite, pode ultrapassar o teto do RGPS. Limite máximo teto dos
VALOR DO BE-
NEFÍCIO (Renda ministros do STF. Renda mensal integral. Se passar do teto do STF a empresa que complementa .
Mensal)
Doméstico: Será último salário contribuição, limite o teto INSS.
Nos casos do empregado e avulso, quem paga é a empresa ou OGMO e reembolsado pelo INSS.
:
C.I e Facultativo consiste em um doze avo da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em
período não-superior a quinze meses.
A) Prorrogação do benefício:
• Em casos excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, median-
te atestado médico específico.
B) Parto antecipado:
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 70
• Em caso de parto antecipado ou não, a segurada tem direito aos cento e vinte dias.
• Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido em número de contribuições, equivalente ao número de meses em
que o parto foi antecipado. Retira-se um mês na carência para cada mês de adiantamento do parto . Para a facultativa, individu-
al e a Segurada especial.
C) Aborto não-criminoso:
• Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) sema-
nas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. Antes de 23 semanas.
D) Natimorto:
• Em caso de natimorto, desde que seja a partir do sexto mês (a partir de 23 semanas – 6 meses) de gestação, a segurada terá
direito a cento e vinte dias. Caso esse fato ocorra antes do sexto mês de gestação, será o caso de aborto não-criminoso.
E) Requerimento do benefício:
• Compete à interessada instruir o requerimento do salário-maternidade com os atestados médicos necessários. Quando o benefício for
requerido após o parto, o documento comprobatório é a Certidão de Nascimento, podendo, no caso de dúvida, a segurada ser sub-
metida à avaliação pericial junto ao Instituto Nacional do Seguro Social.
• O início do afastamento do trabalho da segurada empregada será determinado com base em atestado médico.
• O salário-maternidade da empregada será devido pela previdência social enquanto existir a relação de emprego. No caso de em-
pregos concomitantes, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego.
• Nos meses de início e término do salário-maternidade da segurada empregada, o salário-maternidade será proporcional aos dias de
afastamento do trabalho.
H) Acumulação com benefício por incapacidade: Não acumula auxílio-doença + salário maternidade
• O salário-maternidade não pode ser acumulado com beneficio por incapacidade. Quando ocorrer incapacidade em concomitância
com o período de pagamento do salário-maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o caso, deverá ser suspenso, en-
quanto perdurar o pagamento do salário-maternidade, ou terá sua data de início adiada para o primeiro dia seguinte ao término do
período de cento e vinte dias.
I) Pagamento do salário-maternidade:
•Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante, efetivando-se a com-
pensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a
folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço.
• O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, será pago diretamente pela Previdência Social.
J) Aposentada:
• A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento do salário-maternidade.
• A gestante goza de estabilidade provisória no emprego, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.
L) Adoção ou guarda judicial para fins de adoção (Lei 8.213/91). O benefício a ser pago é o Salário-maternidade, se
a guarda for concluída com a adoção, passa a ser filho e dependente da primeira classe. Outro ponto a saber: a data da
adoção é considerada a data de entrada de pedido da adoção (requerimento) e não a sentença judicial no final do proces-
so.
• Art. 71-A. Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. Deve constar que a guarda é para fins de adoção para
ter direito ao Salário maternidade.
• 1º O salário-maternidade de que trata este artigo será pago diretamente pela Previdência Social.
• Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será
pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade
de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade.
O pai terá 120 dias para requerer o benefício.
• Art. 71-B. § 1º - O pagamento do benefício de que trata o caput deverá ser requerido até o último dia do prazo previsto para o térmi-
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 71
no do salário-maternidade originário.
• § 3º- Aplica-se o disposto neste artigo ao segurado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.
RPS. Art. 93-A, § 1º - O salário-maternidade é devido à segurada independentemente de a mãe biológica ter recebido o mesmo bene-
fício quando do nascimento da criança.
• Art. 71-A, 2º - Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica e o disposto no art. 71-B (cônjuge ou companheiro
sobrevivente), não poderá ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guar-
da, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de Previdência Social.
• Art. 71-C. A percepção do salário-maternidade, inclusive o previsto no art. 71-B, está condicionada ao afastamento do segurado do
trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do benefício.
• O valor do benefício salário-maternidade pode ser superior ao teto imposto aos demais benefícios previdenciários. Entretanto, é apli-
cável a este benefício o limite, que é o subsídio mensal dos Ministros do STF.
• Se a segurada empregada perceber remuneração superior ao subsídio dos Ministros do STF, a empresa deverá pagar a diferença.
O) Mais de 1 criança:
• quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido um único salário- maternidade, relativo à
criança de menor idade. Em situação de adoção de mais de uma criança, simultaneamente, a(o) segurada(o) terá direito
somente ao pagamento de um salário maternidade.
• Para as que mantenham a qualidade de segurada na forma do art. 13, o salário-maternidade pago, diretamente pela previdência soci-
al, consistirá:
De em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em período não superior a quinze meses.
Já vimos que para o segurado especial, a carência é o número de meses de efetivo exercício da atividade rural, ainda que de forma
descontínua, necessário para a concessão de um benefício. Assim, para ter direito ao salário-maternidade, por exemplo, o segurado
especial não precisa comprovar o recolhimento de 10 contribuições mensais: basta comprovar 10 meses de efetivo exercício de ativi-
dade rural.
O salário maternidade (INSS) é uma coisa e licença maternidade é outra coisa (CLT). A CESPE cobrou isso.
No caso de demissão sem justa causa de uma empregada em gozo do salário-maternidade, a responsabilidade pelo pa-
gamento do benefício será do empregador.
Cuidado, não é irmão não emancipado foi retirado, também foi retirado que o torne absoluta
ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; ou seja foi retirada a incapacidade civil e a declaração
judicial Dessa incapacidade.
Havendo dependentes de um grupo, os demais não têm direito ao benefício. Dependentes do segundo e tercei-
ro grupos devem comprovar que dependiam economicamente do segurado falecido.
O valor da pensão por morte é dividido igualmente entre os Dependentes do mesmo grupo. Ex.: a pensão do
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 72
Duas regras se fazem de grande importância para a partilha da pensão por morte, são elas:
- A existência de dependente na classe anterior exclui os da posterior.
- Os dependentes da mesma classe, concorrem de forma igualitária ao rateio do benefício.
O cônjuge, o companheiro e o filho, possuem dependência econômica presumida, o que não acontece com
os demais dependentes, portanto os demais dependentes devem comprovar o vínculo de dependência econô-
mica.
• A contar da data do óbito, quando requerida:
• I - o óbito, quando requerida até noventa dias depois deste; (Incluído pela Lei nº 13.183, de 2015). Retro-
age e receberá a partir da data do óbito.
• II - do requerimento, quando requerida após 90 dias depois do óbito. Não retroagindo. Será a data do reque-
rimento.
• 1º - No caso do disposto no inciso II, a data de início do benefício será a data do óbito, aplicados os devidos
INÍCIO DO BENE- reajustamentos até a data de início do pagamento, não sendo devida qualquer importância relativa ao período
FÍCIO anterior à data de entrada do requerimento.
• III - da decisão judicial, no caso de morte presumida.
No caso de invalidez, ainda que emancipado, será considerado dependente, desde que a invalidez tenha ocor-
rido antes da emancipação.
Cuidado: A prescrição não corre contra os absolutamente incapazes (menores de 16 anos). Sendo assim
os efeitos financeiros da pensão por morte retroagirão a data do óbito, mesmo que o representando legal do
menor (dependente do falecido) requerer após 30 dias.
• óbito do segurado; Concorre em igualdade com os de-
REQUSITOS • qualidade de segurado do falecido; mais da classe 1, ex-cônjuge ou ex-
• qualidade de dependente do beneficiário. companheiro que comprovar depen-
Se for aposentado, a pensão será o valor da aposentadoria (100%); dência econômica com o falecido, o
VALOR DO BENE-
que pode ser facilmente demonstrado
FÍCIO (Renda Se não for, será o valor da aposentadoria por invalidez (100%). no caso de recebimento de pensão
Mensal) alimentícia arbitrada por ocasião do
Rateada em partes iguais entre os dependentes divórcio ou da separação
OUTRAS INFORMAÇÕES - LEI 13135/2015
A) Rateio: O menor tutelado e o enteado são
equiparados a filho, porém, deve
• A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em partes haver dependência econômica.
iguais, e será revertida em favor dos demais dependentes a parte daquele cujo direito à pen-
O menor sob guarda não é depen-
são cessar.
dente para fins previdenciários.
B) Falta de habilitação do dependente: QUADRO SINTÉTICO – PEN-
SÃO POR MORTE
• A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro pos-
sível dependente, e qualquer habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de Cabimento: óbito do segurado da
dependente somente produzirá efeito a contar da data da habilitação. Ou seja, caso uma pes- Previdência Social que deixar depen-
soa consiga provar que é filho do segurado falecido, fará jus ao benefício, a partir da data da dentes.
habilitação, não tendo direito de pleitear nenhum pagamento do benefício relativamente ao Beneficiários: os dependentes, ob-
período anterior à habilitação. servada a ordem preferencial das
classes do artigo 16, da Lei 8.213/91,
• O cônjuge ausente somente fará jus ao benefício, a partir da data de sua habilitação e medi-
ante prova de dependência econômica, não excluindo do direito a companheira ou o compa- ressaltando que a classe I tem pre-
nheiro. Atente que, para dependentes da primeira classe, há presunção de dependência sunção de dependência econômica (o
econômica; no entanto, cônjuge ausente deverá fazer prova de dependência econômica. cônjuge; a companheira; o compa-
nheiro; o filho não emancipado, de
C) Dependente inválido: qualquer condição, menor de 21 anos
ou inválido ou com deficiência intelec-
• A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido tual ou mental que o torne absoluta
antes da emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida ou ou relativamente incapaz, assim de-
comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do clarado judicialmente; o parceiro ho-
segurado. moafetivo; o ex-cônjuge ou ex-
companheiro que percebe alimentos).
• O pensionista inválido está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de sus-
pensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo Carência: dispensada.
de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamen- Valor: o mesmo da aposentadoria
te, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos. percebida pelo instituidor ou da que
teria direito se aposentado por invali-
D) Pensão em caráter provisório. A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, dez (100% do salário de benefício).
no caso de morte presumida: Outras informações:
• I - mediante sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária, a contar A) A condição de dependente será
da data de sua emissão; ou aferida no momento do óbito, e não
posteriormente.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 73
• II - em caso de desaparecimento do segurado, por motivo de catástrofe, acidente ou desas- B) Será devida desde o falecimento
tre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil. ou do requerimento, se postulada
após 30 dias; no caso de morte pre-
• Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente,
sumida, após a decisão judicial.
ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé.
C) Havendo mais de um dependente
da mesma classe, será dividida em
STJ – Súmula 340 (08/07):
partes iguais, excluídos os da classe
• A lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do inferior.
óbito do segurado. D) Com a morte, a cessação da inva-
lidez, a emancipação ou a maiorida-
Atualização Lei N.º 13.135/2015 de, a cota da pensão será revertida
para o outro dependente, não se
O pagamento da cota individual da Pensão por Morte cessa: transmitindo para os dependentes de
classe inferior.
1. Pela morte do pensionista; E) De acordo com o artigo 114, II, do
2. Para o filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos RPS, a emancipação por colação de
de idade, salvo se for inválido ou com deficiência; grau em curso superior antes dos 21
anos não faz cessar a pensão por
3. Para o filho ou o irmão inválido, pela cessação da invalidez; morte.
F) Súmula 340, STJ: A lei aplicável à
4. Para o filho ou o irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo concessão de pensão previdenciária
afastamento da deficiência, nos termos do regulamento; por morte é aquela vigente na data do
5. Para o cônjuge ou o companheiro: óbito do segurado.
G) Súmula 336, STJ: A mulher que
a) Se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da defici- renunciou aos alimentos na separa-
ência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”; ção judicial tem direito à pensão pre-
videnciária por morte do ex-marido,
b) Em 4 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 contribuições comprovada a necessidade econômi-
mensais OU se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 ca superveniente.
anos antes do óbito do segurado. PORÉM no caso de acidente de qualquer natureza ou
H) Súmula 416, STJ- É devida a
doença profissional ou do trabalho, não aplica essa regra, vai direto para o item c na pensão por morte aos dependentes
tabela. do segurado que, apesar de ter perdi-
do essa qualidade, preencheu os
requisitos legais para a obtenção de
aposentadoria até a data do seu óbi-
to.
c) Transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo OBS: O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social
com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito (RPPS) será considerado na contagem das 18 (dezoito) contribuições
ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais E pelo me- mensais de que tratam as alíneas “b” e “c”.
nos 2 anos após o início do casamento ou da união estável:
Observe, que após a edição da Medida Provisória n.º 664/2014, conver-
tida na Lei n.º 13.135/2015, a Pensão por Morte, em regra, é temporá-
ria, sendo vitalícia apenas em alguns casos muito específicos.
→ Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado (qualquer uns dos dependentes) pela práti-
ca de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado. Aqui é qualquer dependente que dolosamente tire ou faz
ato para tirar a vida do segurado. LEI 13.135/2015.
→ Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou
fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário,
apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa. LEI 13.135/2015.
→O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manuten-
ção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave. LEI 13.183/2015
O menor sob guarda não é dependente para fins previdenciários.
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 74
É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais
para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito.
Pais e irmão e menor tutelado ou enteado precisam comprovar dependência econômica do segurado.
• I - aos 25 anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e 20, se mulher,
no caso de segurado com deficiência grave;
REQUSITOS
• II - aos 29 anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e 24 anos, se
mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; e
• III - aos 33 anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, se homem, e 28 anos, se
mulher, no caso de segurado com deficiência leve.
HOMEM MULHER
GRAVE 25 20
MODERADA 29 24
LEVE 33 28
Pressuposto para concessão da Aposentadoria por IDADE:
• A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, cumprida a carência, é devida ao segurado aos sessenta
anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade, se mulher. (Art. 70-C, RPS)
• Obs.: o segurado deve contar com no mínimo quinze anos de tempo de contribuição, cumpridos na condição de
pessoa com deficiência, independentemente do grau. (Art. 70-C, § 1º)
O fator previdenciário é aplicado quando resultar maior benefício.
VALOR DO BENE- • Aplicam-se as mesmas regras das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade.
FÍCIO (Renda
Mensal) • Contudo, o Fator Previdenciário SOMENTE será aplicado se resultar em renda mensal de valor mais elevado.
INÍCIO DO BE- • Aplicam-se as mesmas regras das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade.
NEFÍCIO
Contudo, o Fator Previdenciário SOMENTE será aplicado se resultar em renda mensal de valor mais elevado.
• RPS. Art. 70-D. Para efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com deficiência, compete à perícia pró-
pria do INSS (...):
CONCESSÃO
• I - avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o seu grau; e
• II - identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos períodos em cada grau.
• Pessoa com deficiência
• RPS. Art. 70-D. § 3º - Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
• Proporcionalidade
OUTRAS IN- • Para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau alterado, os
FORMAÇÕES parâmetros mencionados, no caso da aposentadoria por tempo de contribuição, serão proporcionalmente ajusta-
dos e os respectivos períodos serão somados após conversão, conforme as tabelas seguintes, considerando o
grau de deficiência preponderante.
O grau de deficiência preponderante será aquele em que o segurado cumpriu maior tempo de contribuição, antes
da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo necessário para a aposentadoria por tempo
de contribuição da pessoa com deficiência e para a conversão.
• Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem deficiência e com deficiência, os
respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação da conversão.
• Não acumulação com aposentadoria especial • Art. 70-F. A redução do tempo de contribuição da pessoa com
deficiência não poderá ser acumulada, no mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 75
contribuição relativos a atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física.
• É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência, para fins da aposentadoria por tempo de
contribuição do segurado com deficiência, se resultar mais favorável ao segurado, conforme tabelas a seguir:
• Art.70-G. É facultado ao segurado com deficiência optar pela percepção de qualquer outra espécie de aposen-
tadoria do RGPS que lhe seja mais vantajosa.
• Art. 70-H. A critério do INSS, o segurado com deficiência deverá, a qualquer tempo, submeter-se a perícia pró-
pria para avaliação ou reavaliação do grau de deficiência.
• Art. 70-I. Aplicam-se à pessoa com deficiência as demais normas relativas aos benefícios do RGPS.
• Porém, há regras transitórias válidas somente para os segurados já filiados ao RGPS até 16/12/1998 (data
da publicação a EC nº 20/98).
• RPS. Art. 188.
• Por exemplo:
• Imagine que um segurado, na data de 16/12/98, tivesse 25 anos de contribuição.
• Para chegar a 30 anos de contribuição faltam 5 anos
• Art. 188, §2º. O valor da renda mensal da aposentadoria proporcional será equivalente a 70% do valor da apo-
sentadoria a que se referem as alíneas "a" e "b" do inciso IV do art. 39 (SB da aposentadoria por tempo de contri-
buição), acrescido de 5% por ano de contribuição que supere a soma a que se refere o inciso II (tempo faltante
com o pedágio) até o limite de 100%.
• Resumindo:
• 70% + 35% = 105%. Mas, como o limite é de 100%. Nesse caso, a aposentadoria proporcional será de 100% do
salário de benefício.
Serviço Social
Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjunta-
mente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno
da instituição como na dinâmica da sociedade.
O Serviço Social constitui atividade auxiliar do seguro social e visa a prestar ao beneficiário orientação e apoio, no que concerne à
solução dos problemas pessoais e familiares e à melhoria da sua inter-relação com a previdência social, para a solução de questões
referentes a benefícios, bem como, quando necessário, à obtenção de outros recursos sociais da comunidade.
Não é um benefício e sim um serviço
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 76
→ Aberto para pessoas com deficiências, mesmo não sendo segurado e dependente.
Cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social promover a prestação desse serviço aos segurados, inclusive aposentados, e, de acordo
com as possibilidades administrativas, técnicas, financeiras e as condições locais do órgão, aos seus dependentes, preferencialmente,
mediante a contratação de serviços especializados.
Os serviços de habilitação e reabilitação profissional serão prestados pelo INSS aos segurados, inclusive
aposentados, e, de acordo com as possibilidades administrativas, técnicas, financeiras e as condições locais
do órgão, aos seus dependentes. Analista INSS/2005.
• O processo de habilitação e de reabilitação profissional do beneficiário será desenvolvido por meio das funções básicas de:
• c) articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebração de convênio para reabilitação física restrita a segurados que cum-
prirem pressupostos de elegibilidade ao programa de reabilitação profissional com vistas ao reingresso no mercado de trabalho; e
• d) acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho, tendo como finalidade a comprovação da efetividade do processo
de reabilitação profissional.
• A execução dessas atividades será realizada, preferencialmente, mediante o trabalho de equipe multiprofissional especializada em
Medicina, Serviço Social, Fonoaudiologia, Psicologia, Sociologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e outras afins ao processo, sempre
que possível na localidade do domicílio do beneficiário, ressalvadas as situações excepcionais em que este terá direito à reabilitação
profissional fora dela.
• A programação profissional será desenvolvida mediante cursos e/ou treinamentos, na comunidade, por meio de contratos, acordos e
convênios com instituições e empresas públicas ou privadas.
• Quando indispensáveis ao desenvolvimento do processo de reabilitação profissional, o Instituto Nacional do Seguro Social fo rnecerá
aos segurados, inclusive aposentados, em caráter obrigatório, prótese e órtese, seu reparo ou substituição, instrumentos de auxilio
para locomoção, bem como equipamentos necessários à habilitação e à reabilitação profissional, transporte urbano e alimentação e, na
medida das possibilidades do instituto, aos seus dependentes.
• O treinamento do reabilitando, quando realizado em empresa, não estabelece qualquer vínculo empregatício ou funcional entre o
reabilitando e a empresa, bem como entre estes e o Instituto Nacional do Seguro Social.
• Obrigações do reabilitando.
• Compete ao reabilitando, além de acatar e cumprir as normas estabelecidas nos contratos, acordos ou convênios, pautar-se no regu-
lamento das empresas.
• Obrigações da empresa.
A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois a cinco por cento de seus cargos com beneficiários reabi-
litados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
Por força da Lei 13.146, publicada em 7 de julho de 2015, que aprovou o Estatuto da Pessoa com Deficiência e entrará em vigor em
180 dias após a sua publicação (início de janeiro de 2016), o artigo 93 da Lei 8.213/91 terá a sua redação modificada, passando a
prever que a dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo
determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após
a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social, assim como incumbirá ao
Ministério do Trabalho e Emprego estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de em-
pregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendo-os,
quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados, sedo que, para a
reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de
que trata a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.
Até janeiro de 2015 se mantém a atual redação, que prevê que a dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final
de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer
após a contratação de substituto de condição semelhante, assim como o Ministério do Trabalho e da Previdência Social (atual Ministé-
rio do Trabalho e Emprego) deverá gerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por reabilitados e deficientes
habilitados, fornecendo-as, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados.
Admite prestação de assistência social por particulares e • Art. 1º - A assistência social, direito do cidadão e
entidade beneficente e de assistência social vinculada ao dever do Estado, é Política de Seguridade Social não
SUAS. Vedada a contraprestação pecuniária de usuário ao
utilizar serviços dessas entidades, apenas permitido se for em contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada
caráter voluntario. através de um conjunto integrado de ações de iniciativa públi-
ca e da sociedade, para garantir o atendimento às necessi-
dades básicas.
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela
necessitar, independentemente de contribuição à seguridade • Art. 2º - A assistência social tem por objetivos: • I - a pro-
social, e tem por objetivos: teção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos
e à prevenção da incidência de riscos, especialmente:
• I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adoles-
cência e à velhice;
• a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à
adolescência e à velhice;
• II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; • b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes;
• III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; • c) a promoção da integração ao mercado de trabalho;
• IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de • d) a habilitação e reabilitação das pessoas com defici-
deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitá- ência e a promoção de sua integração à vida comunitá-
ria; ria; e
• V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à • e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que com-
não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê- provem não possuir meios de prover a própria manuten-
la provida por sua família, conforme dispuser a lei. ção ou de tê-la provida por sua família;
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 79
• Art. 2º - II - a vigilância socioassistencial, que visa a anali- participativo, denominado Sistema Único de Assistência
sar territorialmente a capacidade protetiva das famílias e nela Social (Suas), com os seguintes objetivos:
a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimiza-
ções e danos; • Art. 6º - I - consolidar a gestão compartilhada, o cofinanci-
amento e a cooperação técnica entre os entes federativos
• Art. 6º - A. Parágrafo único. A vigilância socioassistencial que, de modo articulado, operam a proteção social não
é um dos instrumentos das proteções da assistência social contributiva; caiu na CESPE/2014.
que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilida-
de social e seus agravos no território. • II - integrar a rede pública e privada de serviços, programas,
projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6º
• III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso -C;
aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais.
• III - estabelecer as responsabilidades dos entes federativos
• Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a na organização, regulação, manutenção e expansão das
assistência social realiza-se de forma integrada às políticas ações de assistência social;
setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condi- • IV - definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades
ções para atender contingências sociais e promovendo a regionais e municipais;
universalização dos direitos sociais.
• V - implementar a gestão do trabalho e a educação perma-
• Art. 3º - Consideram-se entidades e organizações de nente na assistência social;
assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou
cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento • VI - estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios;
aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que e
atuam na defesa e garantia de direitos. • VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de
direitos.
• Dos Princípios Saber bem sobre os princípios, diretrizes e objetivos, pois
• Art. 4º - A assistência social rege-se pelos seguintes as provas cobram isso.
princípios:
• Tipos de Proteção
• I - supremacia do atendimento às necessidades sociais
sobre as exigências de rentabilidade econômica;
• Art. 6º - A. A assistência social organiza-se pelos se-
• II - universalização dos direitos sociais, a fim de guintes tipos de proteção:
tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas
demais políticas públicas; • I - proteção social básica: conjunto de serviços, programas,
projetos e benefícios da assistência social que visa a pre-
• III - respeito à dignidade do cidadão, à sua auto- venir situações de vulnerabilidade e risco social
nomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições
bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários;
qualquer comprovação vexatória de necessidade;
• IV -
igualdade de direitos no acesso ao aten- • II - proteção social especial: conjunto de serviços, progra-
dimento, sem discriminação de qualquer natureza, garan- mas e projetos que tem por objetivo contribuir para a
tindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; reconstrução de vínculos familiares e comunitários , a
defesa de direito, o fortalecimento das potencialidades e
• V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o en-
programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos frentamento das situações de violação de direitos.
oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua con-
cessão. • Art. 6º -B. As proteções sociais básica e especial serão
ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada,
diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e
Das Diretrizes organizações de assistência social vinculadas ao Suas, res-
peitadas as especificidades de cada ação.
• Art. 5º - A organização da assistência social tem como
base as seguintes diretrizes: • Art. 6º - C. As proteções sociais, básica e especial, serão
ofertadas precipuamente no Centro de Referência de Assis-
• I - descentralização político-administrativa para tência Social (Cras) e no Centro de Referência Especializado
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando de Assistência Social (Creas), respectivamente, e pelas enti-
único das ações em cada esfera de governo; dades sem fins lucrativos de assistência social de que trata o
art. 3o desta Lei.
• II - participação da população, por meio de organi-
zações representativas, na formulação das políticas e no • Art. 6º -C. § 1º. O Cras é a unidade pública
controle das ações em todos os níveis; municipal, de base territorial, localizada em áreas com
maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à
• III - primazia da responsabilidade do Estado na articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de
condução da política de assistência social em cada esfera de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos
governo. socioassistenciais de proteção social básica às famílias.
• Da Organização e da Gestão
• Art. 6º - C. § 2º. O Creas é a unidade pública de
• Art. 6º - A gestão das ações na área de assistência social abrangência e gestão municipal, estadual ou regi-
fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e onal, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famí-
lias que se encontram em situação de risco pessoal ou social,
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 80
• Art.3º. O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS é • Art.4º - § 2º. Para fins do disposto no inciso VI do ca-
o responsável pela operacionalização do Be- put, não serão computados como renda mensal
nefício de Prestação Continuada, nos termos deste bruta familiar:
Regulamento.
• I - benefícios e auxílios assistenciais de natureza eventual e
temporária;
• Art.4º. Para os fins do reconhecimento do direito ao bene-
fício, considera-se:
• II - valores oriundos de programas sociais de transferência
• I - idoso: aquele com idade de 65 anos ou mais; de renda;
• III - bolsas de estágio curricular;
• II - pessoa com deficiência: aquela que tem impedi-
mentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual • IV - pensão especial de natureza indenizatória e benefícios
ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, de assistência médica, conforme disposto no art. 5º;
podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade
em igualdade de condições com as demais pessoas; • V - rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem regu-
lamentadas em ato conjunto do Ministério do Desenvolvimen-
• III - incapacidade: fenômeno multidimensional que to Social e Combate à Fome e do INSS; e
abrange limitação do desempenho de atividade e restrição da
• VI - remuneração da pessoa com deficiência na condição de
participação, com redução efetiva e acentuada da aprendiz.
capacidade de inclusão social, em correspondência à intera-
ção entre a pessoa com deficiência e seu ambiente físico e • Art.4º - § 3º. Considera-se impedimento de longo prazo
social; aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de dois
Incapacidade de longo prazo (físico, mental, intelectual anos.
ou sensorial), prazo mínimo de 2 anos. O benefício cessa
se a pessoa com deficiência exercer atividade remunera- • Art.5º. O beneficiário não pode acumular o Bene-
da, porém se ele afastar da dessa atividade poderá ser qualquer outro be-
fício de Prestação Continuada com
solicitado novamente. nefício no âmbito da Seguridade Social ou de
• IV - família incapaz de prover a manutenção da pessoa com
ressalva-
outro regime, inclusive o seguro-desemprego,
deficiência ou do idoso: aquela cuja renda mensal dos o de assistência médica e a pensão espe-
bruta familiar dividida pelo número de seus integran- cial de natureza indenizatória (ex. Pensão Hemodiá-
tes seja inferior a um quarto do salário mínimo; lise Caruaru), bem como a remuneração advinda de contrato
de aprendizagem no caso da pessoa com deficiência, obser-
vado o disposto no inciso VI do caput e no § 2º do art. 4º.
• V - família para cálculo da renda per capita:
conjunto de pessoas composto pelo requerente, o cônjuge, o • Art.5º. Parágrafo único. A acumulação do benefício
companheiro, a companheira, os pais e, na ausência de um com a remuneração advinda do contrato de aprendizagem
deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos
pela pessoa com deficiência está limitada ao prazo
e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que
vivam sob o mesmo teto; e máximo de dois anos.
• VI - renda mensal bruta familiar: a soma dos rendi- • Art.6º. A condição de acolhimento em instituições de
mentos brutos auferidos mensalmente pelos membros da longa permanência, como abrigo, hospital ou instituição con-
família (que vivam debaixo do mesmo teto) composta gênere não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com
por salários, proventos, pensões, pensões alimentícias, bene- deficiência ao Benefício de Prestação Continuada.
fícios de previdência pública ou privada, seguro-desemprego,
comissões, pró-labore, outros rendimentos do trabalho não • Art.7º. É devido o Benefício de Prestação Continuada ao
assalariado, rendimentos do mercado informal ou autônomo, brasileiro, naturalizado ou nato, que comprove domicílio e
rendimentos auferidos do patrimônio, Renda Mensal Vitalícia residência no Brasil e atenda a todos os demais critérios
e Benefício de Prestação Continuada, ressalvado o disposto estabelecidos neste Regulamento.
no parágrafo único do art. 19. (vide, a seguir, o art. 19).
• Da Habilitação e da Concessão
• Art. 19. O Benefício de Prestação Continuada será devido
a mais de um membro da mesma família enquanto atendidos • Art.8º. Para fazer jus ao Benefício de Prestação Continu-
os requisitos exigidos neste Regulamento.
ada, o idoso deverá comprovar:
• Parágrafo único. O valor do Benefício de Prestação
• I - contar com 65 anos de idade ou mais;
Continuada concedido a idoso não
será computado
no cálculo da renda mensal bruta familiar a que • II - renda mensal bruta familiar, dividida pelo núme-
se refere o inciso VI do art. 4o, para fins de concessão do ro de seus integrantes, inferior a ¼ (um quarto) do
Benefício de Prestação Continuada a outro idoso da mesma salário mínimo; e
família.
• III - não possuir outro benefício no âmbito da Seguridade
• Art.4º - § 1º. Para fins de reconhecimento do direito ao Social ou de outro regime, inclusive o seguro-desemprego,
Benefício de Prestação Continuada às crianças e adolescen- salvo o de assistência médica e a pensão especial de nature-
tes menores de dezesseis anos de idade, deve ser avaliada a za indenizatória, observado o disposto no inciso VI do caput
existência da deficiência e o seu impacto na limitação do e no § 2º do art. 4º.
desempenho de atividade e restrição da participação social,
compatível com a idade.
• Parágrafo único. A comprovação da condição prevista
Resumo de Previdenciário Esquematizado – 2016 - INSS 82
no inciso III poderá ser feita mediante declaração do idoso ou, §5º. Havendo dúvida fundada quanto à veracidade das in-
no caso de sua incapacidade para os atos da vida civil, do formações prestadas, o INSS ou órgãos responsáveis pelo
seu curador. recebimento do requerimento do benefício deverão elucidá-la,
adotando as providências pertinentes.
• Art.9º. Para fazer jus ao Benefício de Prestação Continu-
ada, a pessoa com deficiência deverá comprovar: § 6º. Quando o requerente for pessoa em situação
de rua deve ser adotado, como referência, o endereço
• I - a existência de
impedimentos de longo prazo de do serviço da rede socioassistencial pelo qual esteja sendo
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os acompanhado, ou, na falta deste, de pessoas com as quais
quais, em interação com diversas barreiras, obstruam sua mantém relação de proximidade.
participação plena e efetiva na sociedade em igualda-
de de condições com as demais pessoas, na forma §8º. Entende-se por relação de proximidade, para fins do
prevista neste Regulamento; disposto no § 6º, aquela que se estabelece entre o requeren-
te em situação de rua e as pessoas indicadas pelo próprio
• II - renda mensal bruta familiar do requerente, dividida pelo requerente como pertencentes ao seu ciclo de convívio que
número de seus integrantes, inferior a ¼ (um quarto) do salá- podem facilmente localizá-lo.
rio mínimo; e
§7º. Será considerado família do requerente em situação de
• III - não possuir outro benefício no âmbito da Seguridade rua as pessoas elencadas no inciso V do art. 4º, desde que
Social ou de outro regime, inclusive o seguro- convivam com o requerente na mesma situação, devendo,
neste caso, ser relacionadas na Declaração da Composição e
desemprego, salvo o de assistência médica e a pensão
Renda Familiar.
especial de natureza indenizatória, bem como a remuneração
advinda de contrato de aprendizagem, observado o disposto
no inciso VI do caput e no § 2o do art. 4º. • Art. 14. O Benefício de Prestação Continuada deverá ser
requerido junto às agências da Previdência Social ou aos
• Parágrafo único. A comprovação da condição prevista órgãos autorizados para este fim.
no inciso III poderá ser feita mediante declaração da pessoa
com deficiência ou, no caso de sua incapacidade para os atos • Art. 21. Fica o INSS obrigado a emitir e enviar ao
da vida civil, do seu curador ou tutor. requerente o aviso de concessão ou de indeferimento do
benefício, e, neste caso, com indicação do motivo.
• Art. 13. A comprovação da renda familiar mensal per
capita será feita mediante Declaração da Composição e
Renda Familiar, em formulário instituído para este fim, assi- • Da manutenção e da representação
nada pelo requerente ou seu representante legal, confrontada
com os documentos pertinentes, ficando o declarante sujeito • Art. 22. O Benefício de Prestação Continuada não está
às penas previstas em lei no caso de omissão de informação sujeito a desconto de qualquer contribuição e não gera direito
ou declaração falsa. ao pagamento de abono anual.
• Art. 13. § 1º. Os rendimentos dos componentes da famí-
lia do requerente deverão ser comprovados mediante a apre- • Art. 24. O desenvolvimento das capacidades cognitivas,
sentação de um dos seguintes documentos: motoras ou educacionais e a realização de atividades não
remuneradas de habilitação e reabilitação, dentre outras,
• I - carteira de trabalho e previdência social com as devidas não constituem motivo de suspensão ou ces-
atualizações;
sação do benefício da pessoa com deficiência.
• II - contracheque de pagamento ou documento expedido
pelo empregador; • Art. 25. A cessação do Benefício de Prestação Continua-
da concedido à pessoa com deficiência, inclusive em razão
• III - guia da Previdência Social - GPS, no caso de Contribu- do seu ingresso no mercado de trabalho, não impede no-
inte Individual; ou va concessão do benefício desde que atendidos os
requisitos exigidos neste Decreto.
• IV - extrato de pagamento de benefício ou declaração forne-
cida por outro regime de previdência social público ou previ-
dência social privada. • Art. 26. O benefício será pago pela rede bancária autori-
zada e, nas localidades onde não houver estabelecimento
bancário, o pagamento será efetuado por órgãos autorizados
• Art. 13. § 2º. O membro da família sem atividade remu- pelo INSS.
nerada ou que esteja impossibilitado de comprovar sua renda
terá sua situação de rendimento informada na Declaração da
Composição e Renda Familiar. • Art. 39. Compete ao INSS, na operacionali-
zação do Benefício de Prestação Continuada:
§3º. O INSS verificará, mediante consulta a cadastro espe-
cífico, a existência de registro de benefício previdenciário, de • I - receber os requerimentos, conceder, manter, revisar,
emprego e renda do requerente ou beneficiário e dos inte- suspender ou fazer cessar o benefício, atuar nas contesta-
grantes da família. ções, desenvolver ações necessárias ao ressarcimento do
benefício e participar de seu monitoramento e avaliação;
§ 4º. Compete ao INSS e aos órgãos autorizados pelo
• II - verificar o registro de benefícios previdenciários e de
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,
emprego e renda em nome do requerente ou beneficiário e
quando necessário, verificar junto a outras instituições, inclu-
dos integrantes do grupo familiar, em consonância com a
sive de previdência, a existência de benefício ou de renda em
definição estabelecida no inciso VI do art. 4º;
nome do requerente ou beneficiário e dos integrantes da
família.
• III - realizar a avaliação médica e social da pessoa com
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deficiência, de acordo com as normas a serem disciplinadas • IV - em caso de constatação de irregularidade na sua con-
em atos específicos; cessão ou manutenção.
• IV - realizar o pagamento de transporte e diária do requeren- • Parágrafo único. O beneficiário ou seus familiares são
te ou beneficiários e seu acompanhante, com recursos oriun- obrigados a informar ao INSS a ocorrência das situações
dos do FNAS, nos casos previstos no art. 17. descritas nos incisos I a III do caput.
• V - realizar comunicações sobre marcação de perícia médi- • Art. 49. Cabe ao INSS, sem prejuízo da aplicação
ca, concessão, indeferimento, suspensão, cessação, ressar- adotar as providências ne-
de outras medidas legais,
cimento e revisão do beneficio;
cessárias à restituição do valor do benefício pago
• VI - analisar defesas, receber recursos pelo indeferimento e indevidamente, em caso de falta de comunicação dos
suspensão do benefício, instruir e encaminhar os processos à fatos arrolados nos incisos I a III do caput do art. 48, ou em
Junta de Recursos; caso de prática, pelo beneficiário ou terceiros, de ato
• VII - efetuar o repasse de recursos para pagamento do com dolo, fraude ou má-fé.
benefício junto à rede bancária autorizada ou entidade con- Entendimento da CESPE de provas anteri-
veniada;
ores Sobre a LOAS
• VIII - participar juntamente com o Ministério do Desenvolvi-
mento Social e Combate à Fome da instituição de sistema de → Conforme a LOAS, é responsabilidade do Estado conduzir
informação e alimentação de bancos de dados sobre a con- a política de assistência social em cada esfera de governo,
cessão, indeferimento, manutenção, suspensão, cessação, cabendo ao Estado assegurar as condições financeiras, insti-
ressarcimento e revisão do Benefício de Prestação Continua- tucionais e políticas necessárias à materialização dessa polí-
da, gerando relatórios gerenciais e subsidiando a atuação dos tica.
demais órgãos no acompanhamento do beneficiário e na
defesa de seus direitos; → Consideram-se entidades de atendimento de assistência
social aquelas que de forma continuada, permanente e plane-
• IX - submeter à apreciação prévia do Ministério do Desen- jada, prestem serviços e concedam benefícios de proteção
volvimento Social e Combate à Fome quaisquer atos em social básica ou especial aos indivíduos e às famílias em
matéria de regulação e procedimentos técnicos e administra- situações de vulnerabilidàde ou risco social e pessoal.
tivos que repercutam no reconhecimento do direito ao aces-
so, manutenção e pagamento do Benefício de Prestação →A implantação do SUAS promoveu mudanças no modo
Continuada; transferência de recursos federais para estados e municípios.
Após a implantação desse sistema, o modelo de transferência
• X - instituir, em conjunto com o Ministério do Desenvolvi- pela via convencional, ou seja, convênio entre entidade soci-
mento Social e Combate à Fome, formulários e modelos de al, gestor federal e gestor municipal, foi substituído pelo mo-
documentos necessários à operacionalização do Benefício de delo de transferência de recursos fundo a fundo e na forma
Prestação Continuada; e de piso.
• XI - apresentar ao Ministério do Desenvolvimento Social e →Com relação à vigilância socioassistencial, entre as res-
Combate à Fome relatórios periódicos das atividades desen-
ponsabilidades específicas da União incluem-se organizar,
volvidas na operacionalização do Benefício de Prestação
normatizar e gerir, no âmbito da Política de Assistência Soci-
Continuada e na execução orçamentária e financeira dos
al, o sistema de notificações para eventos de violência e
recursos descentralizados.
violação de direitos, bem como estabelecer instrumentos e
fluxos necessários à implementação desse sistema e ao seu
• Art. 47-A. O Benefício de Prestação Continuada funcionamento.
será suspenso em caráter especial quando a
pessoa com deficiência exercer atividade remunerada, →O pacto de aprimoramento do SUAS firmado entre a União,
inclusive na condição de microempreendedor individual, os estados, o DF e os municípios é o instrumento pelo qual
mediante comprovação da relação trabalhista ou da atividade se materializam as metas e as prioridades nacionais para o
empreendedora. aperfeiçoamento da gestão, dos serviços, dos programas,
dos projetos e dos benefícios socioassistenciais.
• §1º. O pagamento do benefício suspenso na forma do →Constitui requisito para a obtenção de certificação de enti-
caput será restabelecido mediante requerimento do interes-
dade de assistência social que esta esteja inscrita no conse-
sado que comprove a extinção da relação trabalhista ou da
lho municipal de assistência social ou no Conselho de Assis-
atividade empreendedora, e, quando for o caso, o encerra-
tência do Distrito Federal, de acordo com o local de sua sede
mento do prazo de pagamento do seguro-desemprego, sem
ou município em que suas atividades estejam concentradas.
que tenha o beneficiário adquirido direito a qualquer benefício
no âmbito da Previdência Social.
→As entidades beneficentes de assistência social podem
prestar serviços nas áreas de assistência social, saúde
• Art. 48. O pagamento do benefício cessa: ou educação, cabendo ao Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, ao Ministério da Saúde e ao Minis-
• I - no momento em que forem superadas as condições que tério da Educação a certificação das entidades das respecti-
lhe deram origem; vas áreas.
• II - em caso de morte do beneficiário; →O SUAS, sistema público que organiza os serviços socio-
assistenciais no Brasil. Articula esforços e recursos dos três
• III - em caso de morte presumida ou de ausência do benefi- níveis de governo para executar e financiar a Política Nacio-
ciário, declarada em juízo; ou nal de Assistência Social (PNAS).