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01 UMA VIAGEM PELO NOVO TESTAMENTO - Evangelhos PDF
01 UMA VIAGEM PELO NOVO TESTAMENTO - Evangelhos PDF
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Uma Viagem Pelo Novo Testamento
Evangelhos
Conteúdo
CAPÍTULO PRIMEIRO ...................................................................... 3
O PERÍODO INTERBÍBLICO ............................................................... 3
I. Recapitulando o AT ................................................................. 3
II. A importância do Período Interbíblico .......................................... 5
III. História do Período Interbíblico .............................................. 6
CAPÍTULO SEGUNDO ..................................................................... 8
SEITAS, INSTITUIÇÕES E OUTROS GRUPOS SOCIAIS .................................. 8
I. Seitas.................................................................................. 8
II. Instituições .......................................................................... 9
III. Outros grupos sociais ............................................................ 10
CAPÍTULO TERCEIRO .................................................................... 11
PANORAMA DOS EVANGELHOS ......................................................... 11
I. Introdução ao Novo Testamento ................................................. 11
II. Um salto pelos Evangelhos ....................................................... 11
CAPÍTULO QUARTO ...................................................................... 14
A VIDA DE CRISTO ....................................................................... 14
Consideração inicial .................................................................. 14
I. Cronologia da vida de Jesus ................................................ 14
II. Vida e ministério público de Jesus ....................................... 15
CAPÍTULO QUINTO....................................................................... 17
A VIDA DE CRISTO PARTE II ............................................................ 17
CAPÍTULO SEXTO ........................................................................ 20
A VIDA DE CRISTO PARTE III ............................................................ 20
CAPÍTULO SÉTIMO ....................................................................... 22
A VIDA DE CRISTO PARTE IV ............................................................ 22
Evangelhos
CAPÍTULO PRIMEIRO
O PERÍODO INTERBÍBLICO
I. Recapitulando o AT
CRIAÇÃO – QUEDA – DILÚVIO – BABEL
Gênesis 1‐11
2090 1844
1526 1446
Levítico
(26:46;27:34)
Nm 1‐10:10
1406
DO SINAI AO ISRAEL EM DE CADES (OUTRA NAS CAMPINAS DE
DESERTO DE PARÃ CÍRCULOS: VEZ) ÀS CAMPINAS DE MOABE: PREPARATIVOS
(Cades) SOB MOABE PARA A ENTRADA
JULGAMENTO
Deuteronômio
1406 1380
1043 931
JUÍZES REINO UNIDO: SAUL/ DAVI/ SALOMÃO
Jz – I Sm 9 I Sm 10‐31/ II Sm/ I Rs 1‐11
Rute
QUADRO COMPARATIVO
Após um ano e a morte do pai, a liderança do exército passou a Judas (Macabeu) que, depois
de uma série de brilhantes vitórias, entrou em Jerusalém e rededicou o templo em 25 de
dezembro de 165 a.C.
Depois da morte de Judas Macabeu, em 161 a.C, Jônatas e Simão sucederam‐no na liderança
e, graças à astuta diplomacia deste último, a independência judaica foi reconhecida em 142
a.C, permanecendo a Palestina livre até 63 a.C.
4. O Período Romano (63 a.C)
Um conflito causado pela sede de poder entre os irmãos João Hircano II e Aristóbulo II fez com
que Hircano apelasse à intervenção de Pompeu, general romano. Em 63 a.C Pompeu entrou
em Jerusalém e decidiu em favor de Hircano. Contudo a Judéia ficou sob o controle romano,
sendo que Antipater (idumeu e conselheiro de Hircano) foi nomeado procurador, e Hircano
como sumo‐sacerdote. Antipater designou seu filho Fasael a governador da Judéia, e seu filho
Herodes para ser governador da Galiléia.
Após a morte de Antipater e Fasael, Herodes recebeu de Antônio e Otávio, em 40 a.C, o título
de “Rei dos judeus”.
Herodes era astuto, invejoso e cruel. Assassinou duas de suas próprias esposas e pelo menos
três de seus próprios filhos. Augusto disse que era melhor ser porco ( ) do que filho
(U ) de Herodes.
Tentando ganhar o apoio dos judeus, Herodes iniciou uma ambiciosa reforma do templo, em
19 a.C, que ainda estava em progresso 46 anos mais tarde (Jo 2:20).
Foi Herodes o Grande quem ordenou a matança dos infantes de Belém, registrada em Mateus.
E, por ocasião de sua morte, de hidropsia e câncer nos intestinos (4 a.C), havia ordenado que
fossem executados líderes judeus para que tivessem de que lamentar, já que não lamentariam
por causa dele. Tal ordem nunca foi executada.
5. A dinastia dos Herodes
Destituídos das habilidades e ambições de seu pai, os filhos de Herodes passaram a governar
porções separadas da Palestina:
• Arquelau tornou‐se governador da Judéia, Samaria e Iduméia. Era homem cruel e
despótico.
• Herodes Filipe foi governador da Ituréia, Traconites, Gaulanites, Auranites e Bataméia
(Lc 3:1).
• Herodes Antipas governou a Galiléia e Peréia (Mc 6:17‐29; Mt 14:3‐12; Lc 13:32; 23:7‐
12).
• Herodes Agripa I, neto de Herodes o Grande, executou o Apóstolo Tiago e encarcerou
Pedro (Atos 12).
• Herodes Agripa II, bisneto de Herodes o Grande, ouviu Paulo em sua auto‐defesa (Atos
25 e 26).
6. Governadores Romanos
Após a remoção e exílio do cruel Arquelau por ordem de Augusto, em 6 dC, o território passou
a ser dirigido por governadores romanos. Pilatos foi o quinto procurador, o juiz de Jesus.
Herodes Agripa I (37‐44 d.C) despojou os procuradores e alcançou proeminência (ver At 12).
Após Herodes se sucederam Fadus (44‐46 d.C), Alexandre (46‐48 d.C), Cumanus (48‐52 d.C),
Félix (52‐60 d.C), Festo (60‐62 d.C), Albino (62‐64 d.C) e Floro (64‐66 d.C).
Floro saqueava cidades inteiras e permitia que ladrões pagassem suborno para o livre exercício
de sua “profissão”.
Por conseguinte, a nação judaica caiu numa situação intolerável. Desde 68 até 70 d.C os judeus
travaram uma guerra heróica que terminou em trágica derrota em 70 d.C, quando a cidade e o
templo foram invadidos e destruídos.
CAPÍTULO SEGUNDO
SEITAS, INSTITUIÇÕES E OUTROS GRUPOS SOCIAIS
I. Seitas
1. Fariseus (“Separatistas”)
Os fariseus surgiram como o desenvolvimento dos hassidim (“piedosos”), grupo que se opôs à
helenização da cultura judaica no período dos selêucidas. Compunham a mais numerosa seita
religiosa dos judeus, embora consistissem de tão‐somente seis mil membros.
Eles se opunham à dominação estrangeira, observavam escrupulosamente as leis rabínicas e
mosaicas. Eram igualmente escrupulosos quanto à guarda do Sábado. Por exemplo, proibiam
que se cuspisse no chão desnudo em dia de Sábado a fim de que o mover da areia não se
constituísse em aragem. As mulheres não deveriam olhar‐se num espelho em dia de Sábado
para evitar que, se vissem uma cã, fossem tentadas a arrancá‐la. Consistia num dilema se um
fariseu podia comer um ovo posto no Sábado.
Os fariseus são duramente acusados por Jesus de invalidarem a Palavra de Deus pela tradição
dos homens (Mc 7), de suas superficialidades e evasivas para escaparem à Lei de Deus (Mt 5) e
pelo seu desejo por glória humana (Mt 6;23), além do senso de justiça própria (Lc 18:9‐13).
2. Saduceus
A origem da seita está envolta em obscuridade. O nome pode ter‐se originado de Zadoque,
que sucedeu Abiatar como sumo‐sacerdote nos dias de Salomão, ou da palavra hebraica
“Saddiq” (“Justo”).
Eram mais políticos e menos religiosos que os fariseus. Tinham ainda a tendência de favorecer
ao domínio estrangeiro. Davam importância somente ao Pentateuco. Rejeitavam as doutrinas
da ressurreição (Mc 12:18), demônios, anjos, espíritos e advogavam a vontade livre em lugar
da preordenação divina, ao contrário dos fariseus. Ver Mt 16:5‐12.
3. Herodianos (Mt 22:16; Mc 3:6; 12:13)
Os herodianos não eram uma seita religiosa. Eram uma minoria de judeus influentes que
davam apoio à dinastia dos Herodes. Pareciam preferir um governo autônomo sob os Herodes
do que a supervisão de Roma. Outros estudiosos colocam sua origem em 6 dC, quando
Arquelau foi deposto por Augusto César e substituído por um procurador, Copônico.
4. Zelotes
Ao contrário dos herodianos e saduceus, os zelotes estavam interessados na independência e
autonomia da nação.
O líder zelote mais conhecido foi Judas, o Galileu (At 5:37), que liderou uma revolta malfadada
contra os romanos por ocasião do recenseamento de César Augusto (Lc 2:1).
Durante o tempo de Félix como procurador da Judéia (52‐60 dC) os zelotes formaram um
grupo radical conhecido como “os sicários” (“gente da adaga”), que circulavam pelas multidões
matando simpatizantes de Roma com adagas que traziam sob as vestes.
Um dos apóstolos foi zelote, Simão (Mt 10:4; Mc 3:18; Lc 6:15; At 1:13).
5. Escribas
Os escribas não eram nem uma seita religiosa nem um partido político. Eram um grupo de
profissionais que interpretavam e ensinavam a Lei do Antigo Testamento, aplicando‐a à vida
diária. Eram os escribas que deveriam responder a perguntas do tipo: “o que constitui trabalho
em dia de sábado?”.
Segundo a tradição, o “escribismo” iniciou‐se com Esdras. Eles ensinavam no templo e nas
sinagogas e não recebiam por esta tarefa. Tinham que garantir o seu sustento mediante
alguma outra ocupação.
6. Essênios
Esse grupo, que não é mencionado no NT, era um desenvolvimento radical dos “hassidim”,
portanto de origem comum dos fariseus, mas mais extremados que estes.
Alguns essênios viviam em comunidades monásticas como a de ‘Qumran’, ao redor do Mar
Morto.
A admissão requeria abandono das propriedades privadas e das riquezas, as quais eram
doadas a um tesouro comum. Os membros mais estritos se refreavam do casamento.
7. Samaritanos
Estes provinham de casamentos mistos entre judeus e colonizadores assírios. Daí que sua
própria existência era uma violação da Lei de Deus.
Adoravam a Deus no monte Gerizim, onde possuíam seu próprio templo com seu sistema
sacrificial.
Os samaritanos foram desprezados pelos judeus que voltaram do exílio (Ed 4). Eram chamados
“o povo estúpido que habita em Siquém” (Eclesiástico 50:25‐26).
Em 128 a.C João Hircano destruiu o templo do Monte Gerizim. Desse ponto em diante judeus e
samaritanos realmente não se davam (Jo 4:9; ver Lc 9:52‐54; 10:25‐37; 17:11‐19; At 1:8).
II. Instituições
1. Sinagoga
O mais provável é que as “sinagogas” (“reunidos juntos”) tenham iniciado durante o período
babilônico ou persa, tempo em que os judeus estavam espalhados em terra estranha e
distantes do templo central.
Criaram as sinagogas para orar, cantar e discutir a Torá. E, já que não podiam sacrificar no
templo, entenderam que a oração era o “sacrifício do coração”.
Os judeus exilados começaram a perceber a necessidade de perseverar no conhecimento de
Deus. Logo a sinagoga tornou‐se central à vida dos judeus da diáspora (“dispersão”).
Era fácil formar uma sinagoga; necessitava‐se apenas de 10 homens judeus. O livro de Atos
revela a importância da sinagoga na propagação do cristianismo primitivo (At 9:2,20; 13:5,15;
14:1; 17:1,10; 18:4,26; 19:8).
2. Sinédrio
Durante a maior parte do período romano o governo interno da Judéia estava nas mãos do
Sinédrio, o supremo tribunal dos judeus.
Era composto por mais de setenta membros, anciãos presididos pelo sumo‐sacerdote. Eles
tinham autoridade de decretar a sentença de morte, embora não pudessem executá‐la sem a
aprovação do governador romano, razão pela qual Jesus teve de ser julgado por Pilatos (Jo
18:31‐32). Por causa do seu prestígio, suas decisões eram honradas por toda a dispersão
judaica.
3. Templo
Com o retorno dos exilados, foi iniciado o trabalho de construção do templo sob a liderança
de Zorobabel, obra concluída pelo encorajamento de Ageu e Zacarias, em 516 a.C.
Com alguns poucos acréscimos o templo de Zorobabel durou até Herodes que, para obter o
favor dos judeus, iniciou o embelezamento do templo que excedia ao de Salomão. A obra foi
iniciada em 19 a.C e terminada somente em 65 dC, cinco anos antes de sua destruição pelas
legiões romanas.
CAPÍTULO TERCEIRO
PANORAMA DOS EVANGELHOS
I. Introdução ao Novo Testamento
“He Kaine Diatheke” (Novum Testamentum – Latim) significa “A Nova Aliança”. Nas páginas
desta segunda grande divisão das Escrituras Sagradas, temos a história da ratificação do pacto
da graça de Deus com o sangue de Cristo, pacto este acordado pelas pessoas da Trindade
antes que houvesse mundo, pelo qual salvaria o povo eleito, prometido nas páginas do Antigo
Testamento, e tornado real com a morte do Testador.
O Novo Testamento foi escrito em grego koinê (comum) em um período de aproximadamente
50 anos (45‐95 dC).
Dos autores neo‐testamentários, Lucas era o único gentio genuíno. Paulo escreve treze livros;
João cinco; Lucas e Pedro dois cada qual; Mateus, Marcos, Tiago, Judas e o autor de Hebreus –
cada um destes – escreveu um livro.
Uma classificação comum do NT é a tríplice divisão:
1. Livros Históricos. Estes livros descrevem os eventos‐chave na vida de Cristo (Mt, Mc,
Lc, Jo) e a difusão do cristianismo primitivo (At).
2. Epístolas Paulinas. Estas cartas desenvolvem as doutrinas que se acham em forma
embrionária nos evangelhos. Paulo escreveu nove cartas às igrejas (Rm, I e II Co, Gl, Ef,
Fp, Cl, I e II Ts) e quatro a indivíduos (I e II Tm, Tt e Fl).
3. Epístolas não‐paulinas e Apocalipse. Pedro, João, Tiago e o autor de Hebreus trataram
de uma porção de problemas que se infiltravam nas igrejas. Apocalipse é uma
adequada conclusão ao NT, e tem como propósito principal consolar e encorajar os
crentes demonstrando o triunfo final de Cristo e Sua Igreja e apontando para o estado
eterno nos novos céus e nova terra.
B. Um panorama dos Sinóticos:
Mateus Marcos Lucas
A tradição antiga é unânime Ver At 12:12,25; 13:5,13; 15:36‐ Lucas, provavelmente um
em atribuir autoria a Mateus. 41; Cl 4:10; II Tm 4:11; Fm 24; I médico grego (Cl 4:10‐14),
Eusébio (4o séc) cita Pe 5:13. A tradição da igreja companheiro fiel de Paulo
Clemente de Roma (c.101 primitiva é unânime em afirmar (Fm 24; II Tm 4:11), foi
d.C) e Papias (c. 130 dC) para a autoria de Marcos. Papias, autor de “Lucas/Atos”(cf. At
Autoria
e foi escrito, provavelmente, Roma mesmo, para instruir e Teófilo”, homem de
para cristãos de fala grega de encorajar os cristãos vivendo sob educação social nobre, para
origem judaica. Seu propósito a perseguição de Nero. Por isso mostrar ‐lhe que o
maior foi apresentar a Jesus interpreta palavras aramaicas cristianismo não era uma
como grande Messias, o Filho (3:17; 5:41; 7:34; 15:22) e usa seita subversiva (1:3‐4).
de Deus e esperado pela termos latinos em lugar de Traduz termos aramaicos
nação judaica. gregos (4:21; 6:27; 12:14,42; para gregos e explica
15:15‐16). costumes e geografia
judaicas para facilitar o
entendi‐ mento de leitores
gregos.
É apresentado como o Rei Jesus é retratado como Servo e Jesus é retratado como o
Perfil de Cristo
C. Um panorama de João: O Evangelho Suplementar.
Autoria:
João, irmão de Tiago e filho de Zebedeu e Salomé (Mc 3:17; 15:40‐41), era um dos galileus que
seguiram João Batista (1:19‐51), mas tarde contado com os doze (Lc 3:1‐11; 6:12‐16).
Após a ascensão de Cristo, tornou‐se um dos pilares da igreja em Jerusalém (Gl 2:9; At 3:1;
4:13; 8:14). A tradição diz que João se dirigiu a Éfeso mais tarde. Foi exilado, por certo tempo,
em Patmos (Ap 1:9).
Esse evangelho, como os outros, é anônimo. Contudo, a referência contida em Jo 21:24,25
aponta para “o discípulo a quem Jesus amava” (13:23; 19:26; 20:2; 21:7,20‐25).
A igreja primitiva é unânime em testemunhar autoria de João, filho de Zebedeu. A partir de
Irineu, ligado a Policarpo, que por sua vez era discípulo de João, sendo ratificado por
Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, etc.
Para nós, é importante saber que o autor é fiel quando afirma o que está em Jo 1:14.
Data:
John Rylands descobriu o papiro “P52”, datado de c. 125 AD, no Egito, contendo João
18:33,37,38. Esta descoberta lançou em terra a proposta liberal de que João era livro do
segundo século.
Uma data provável para João é até o ano 90 AD. Segundo a tradição, João teria escrito este
evangelho em Éfeso.
Propósito:
João expõe claramente seu propósito em Jo 20:31. Os milagres e os discursos são
propositadamente selecionados para gerar fé. Os que crêem têm a vida eterna, os que não
crêem já estão condenados (3:36; 5:24‐29; 10:27‐29).
Cristo em João:
Este livro apresenta o mais poderoso testemunho das Escrituras acerca da deidade de Jesus,
“O Filho do Deus Vivo” (6:69). Há sete afirmações do tipo “Eu Sou”: 6:35,48/ 8:12; 9:5/ 10:7,9/
10:11,14/ 11:25/ 14:6/ 15:1‐5.
Os sete sinais (1‐12) e os cinco testemunhos (5:30‐47 – João Batista [v.33]; as obras de Cristo
[v.36]; o Pai [v.37]; as Escrituras [v.39]; Moisés [v.46]), destacam Sua divindade.
Em algumas ocasiões Jesus Se equipara ao “EU SOU” do AT (4:25‐26; 8:24,28,58; 13:19; 18:5‐
6,8). Há algumas citações inquestionáveis de Sua deidade (1:1; 8:58; 10:30; 14:9; 20:28).
Esboço:
A encarnação do Filho de Deus (1:1‐18);
A apresentação do Filho de Deus (1:19‐4:54);
A oposição ao Filho de Deus (5:1‐12:50);
A preparação dos discípulos pelo Filho de Deus (13:1‐17:26);
A crucificação e ressurreição do Filho de Deus (18:1‐21:25).
CAPÍTULO QUARTO
A VIDA DE CRISTO
Consideração inicial
“Os escritos de Mateus, Marcos, Lucas e João falam‐nos do ministério de Jesus. Esses
escritores foram testemunhas oculares da vida do Mestre ou registraram o que testemunhas
oculares lhes contaram, todavia não escreveram dele uma biografia completa.
“Imaginemos alguém escrevendo uma carta a um amigo para apresentar‐lhe uma pessoa
importante. Estaria o autor da carta em condições de descrever tudo acerca da vida dessa
pessoa? Claro que não. Ele só podia escrever acerca daquilo que conhecia e, provavelmente,
não tentaria, também, escrever tudo que soubesse. Ele se concentraria no que, a seu ver, o
amigo deseja e precisa conhecer.
“Os homens que escreveram os Evangelhos fizeram a mesma coisa. Eles tinham em mira
explicar a pessoa e a obra de Jesus, registrando o que ele fez e disse. Os autores dos
Evangelhos não tentaram relatar todos os eventos da meninice de Jesus, porque não era esse
o motivo de escreverem. Não procuraram dar‐nos, tampouco, registro da vida cotidiana de
Jesus. Eles se ativeram ao que é pertinente à salvação e ao discipulado”. (O Mundo do Novo
Testamento; J.I.Packer, Merril C. Tenney, William White Jr.; págs. 17,18).
I. Cronologia da vida de Jesus
1. Herodes o Grande reinava na Judéia quando Jesus nasceu (Mt 2:1). Em sua obra
“Antigüidades” Josefo escreve que houve um eclipse da lua pouco antes da morte de
Herodes. Dos três eclipses ocorridos nos anos 5 e 4 a.C a melhor alternativa é o de 12
de março de 4 a.C. O historiador judeu declara ainda que o rei morreu pouco antes da
Páscoa, a qual ocorreu no dia 11 de abril de 4 a.C (Livro XVII, cap vi, Séc 4). Se Herodes
morreu nos primeiros dias de abril do ano 4 a.C, Jesus Cristo nasceu, obviamente,
antes deste ano.
2. A ordem da matança dos infantes de Belém de dois anos para baixo (Mt 2:16) põe o
nascimento de Jesus entre os anos 6 e 5 a.C, tendo sido ele levado para o Egito no ano
4 a.C.
3. Tibério César começou a governar com César Augusto por volta de 11 ou 12 dC e
governaram juntos por cerca de 2 anos. O ministério de João Batista teve início no ano
15o do Tibério César, o que corresponde ao ano 26 ou 27 dC (Lc 3:1‐3).
4. Lucas 3:23 nos informa que Jesus tinha cerca de 30 anos no início de Seu ministério.
5. O início do ministério de Jesus também é indicado pela data da reforma do templo por
Herodes. A história romana mostra que Herodes se tornou rei da Judéia em 37 a.C. Diz
Josefo que a reforma foi iniciada no ano 18 do seu reinado, ou em 19 a.C. Quando
Jesus esteve em Jerusalém para celebrar a Páscoa, a reforma estava no seu 46o
aniversário (Jo 2:13,20), o que colocaria a primeira visita de Jesus no ano 27 dC.
6. Observamos que acontecimentos judaicos indicavam a duração do ministério de Jesus.
O evangelho de João menciona três páscoas (Jo 2:13; 6:4; 12:1). Estudiosos ainda
asseveram que Jo 5:1 também se refere a uma festa de Páscoa.
7. Uma vez que Jesus iniciou Seu ministério antes da primeira das quatro páscoas, seu
ministério durou três anos e meio, iniciando em outono de 26 dC e concluindo na
Páscoa de 30 dC. Segundo o calendário judaico, esta Páscoa caiu no dia 7 de abril, na
noite de quinta‐feira, no dia 14 de Nisã.
Cronologia do Ministério de Jesus
Começo do Primeira Segunda Terceira Quarta
ministério Páscoa Páscoa Páscoa Páscoa
(15o ano (Jo (Jo 5:1) (Jo 6:4) (Jo 12:1)
Tibério) 2:13)
O O
o O
26 dC 27 dC 28 dC 29 dC 30 dC
Tabernáculos
(Jo 7:2)
Dedicação
(Jo 10:22)
II. Vida e ministério público de Jesus
1. Preâmbulo
A. O Cordeiro morto antes da fundação do mundo indica o decreto imutável de Deus (I Pe
1:18‐20; Ap 13:8; cf. 17:8; 20:12; At 2:23).
B. Cristo, o Criador deste mundo (Jo 1:1‐5; Hb 1:10; Cl 1:16).
C. Sua genealogia humana:
Mt 1:1‐17: De Abraão a Cristo.
A genealogia de Mateus inclui, contrariando a tradição, quatro mulheres: Tamar (uma
Cananéia – Gn 38); Raabe (uma meretriz – Js 2:1ss); Rute (uma moabita – Rt); e a esposa de
Urias, Bate‐Seba, a quem Davi seduziu (II Sm 11). A inclusão destas mulheres demonstra a
soberania da graça de Deus e aponta para a fé gentílica que figura no restante do evangelho
(Mt 28:18‐20).
Lc 3:23‐38: De Cristo a Deus.
Gilberto Pickering propõe a seguinte tradução para o verso 23: “Ora Jesus, começando Seu
ministério com cerca de trinta anos, sendo (assim se supunha) filho de José, era mesmo de
Heli, de Matã, de Levi, etc”. “Em outras palavras”, afirma Gilberto, “Jesus era neto de Heli, o
pai de Maria”.
2. Natividade do Senhor Jesus
A. O nascimento de João predito pelo anjo Gabriel (Lc 1:5‐25) a Zacarias, e a concepção
de Isabel (vv. 24,25). João Batista viria no poder de Elias (v. 17; Mt 17:11‐13). Seria
“Nazireu”, pessoa empenhada em negar a si próprio os luxos da sociedade em
demonstração de seu amor a Deus (v. 15; Nm 6; Jz 13:3‐5,14). João prepararia o
caminho para o Messias.
B. O nascimento de Jesus predito pelo mesmo anjo a Maria (Lc 1:26‐38) no sexto mês da
gravidez de Isabel.
C. Ao tomar conhecimento da gravidez de Isabel pelo anjo (vv. 36,37), Maria visita a
Isabel. Esta, cheia do Espírito Santo, disse (vv. 41‐43): “a mãe do meu Senhor!”. Maria
canta o “Magnificat” (vv. 46‐55) e permanece com Isabel por três meses (v. 56).
D. A reação de José (Mt 1:18‐25). Ao retornar Maria para a Galiléia, já grávida de três
meses, José fica chocado ao deparar‐se com o que parecia ser um fruto de terrível
pecado. É ali que um anjo lhe orienta.
E. O nascimento de João Batista e o “Benedictus” de Zacarias (Lc 1:57‐80).
F. Jesus nasce em Belém, cidade para a qual os recém‐casados foram chamados a
alistarem‐se por ordem do imperador César Augusto (Lc 2:1‐7), cumprindo‐se a
profecia de Mq 5:2.
G. O “anjo do Senhor” avisa aos pastores que “nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o
Senhor” (Lc 2:8‐20). Anjos e pastores (vv. 13,14,20) – estes, os primeiros a visitarem o
Senhor, glorificam a Deus.
3. A infância do Senhor Jesus
A. Circuncisão e apresentação (Lc 2:21‐24).
4. “Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido
sob a lei” (Gl 4:4). O Senhor foi circuncidado ao oitavo dia e apresentado no templo
para selar a circuncisão, ser “redimido” pelo pagamento de cinco ciclos de prata (v.
23. cf. Ex 13:12,13; Nm 3:47,48; 18:16).
5. Para efeito de purificação Maria fez a oferta dos pobres (Lv 12:8), afinal não tinham
ainda recebido a oferta dos magos. Ainda em Jerusalém: Simeão (Lc 2:25‐35) e Ana
(Lc 2:36‐38).
B. A visita dos magos, a fuga para o Egito e a matança dos infantes de Belém (Mt 2:1‐
18). Os magos já encontram a família numa casa (v. 11). Devem ter passado poucos
dias no estábulo. Fogem para o Egito (vv. 13‐15) e a matança acontece (vv. 16‐18).
C. Passam alguns meses no Egito até que Herodes morre. A presença do cruel Arquelau
e a divina revelação levam a família para Nazaré (Mt 2:19‐23; Lc 2:39) e o menino
cresce (Lc 2:40).
D. A viagem de Jesus com seus pais ao templo quando tinha 12 anos. Jesus passa três
dias com os doutores da lei no templo e não pede desculpas (Lc 2:41‐52). Como
jovem “crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os
homens” (Lc 2:52).
A Glória do Menino!
A narrativa conjunta dos evangelhos sobre a natividade e infância do nosso Senhor Jesus
apontam para a glória e para a autoridade, ou seja, para a divindade de Cristo. Nem
precisaríamos ir adiante para vermos, ainda nas primeiras páginas do Evangelho, que o nosso
Senhor é o “EMANUEL”, “Deus conosco” (Mt 1:23), é o Deus encarnado (Jo 1:1,14). Apenas
vejamos o testemunho do anjo ao comunicar a Maria (Lc 1:30‐33); a confissão de Isabel (Lc
1:41‐42); o cântico de Maria (Lc 1:46‐55); o cântico de Zacarias (Lc 1:67‐79); o anjo ao
anunciar aos pastores (Lc 2:10‐11); o louvor de uma multidão de anjos (Lc 2:13,14); o cântico
de Simeão (Lc 2:29‐32); o testemunho da profetisa Ana (Lc 2:37,38); a sabedoria do infante
Jesus (Lc 2:46,47,49); a adoração dos sábios do oriente (Mt 2:11).
CAPÍTULO QUINTO
A VIDA DE CRISTO PARTE II
4. O ministério de João Batista.
(Mt 3:1‐12; Mc 1:1‐8; Lc 3:1‐8; Jo 1:6‐8)
O ministério de João era único: preparar o caminho para o ministério do Senhor. Ele pregava
aos seus compatriotas que deviam se arrepender e ser batizados.
5. O batismo do Senhor Jesus.
(Mt 3:13‐17; Mc 1:9‐11; Lc 3:21‐22)
Perto dos 30 anos, Jesus procurou a João para ser batizado. Ele não se arrependeu de nenhum
pecado. Nele não havia pecado, mas, através do batismo, identificou‐se com os pecadores a
fim de ser aquele que levaria os pecados deles. Pelo menos Jesus e João (e talvez os
assistentes) ouviram a voz de Deus em aprovação de Jesus.
6. O Senhor é tentado por Satanás.
(Mt 4:1‐11; Mc 1:12‐13; Lc 4:1‐13)
O Espírito Santo de imediato conduziu Jesus ao deserto para ser tentado. O diabo tentava o
nosso Senhor a satisfazer sua própria fome, demonstrando por essa forma descrer no Pai. Não
conseguindo, tentou levar o Filho de Deus a provar o Seu Pai arrogantemente. Enfim, propôs
ao Senhor o domínio do mundo antes que o Pai lhe desse.
(Segundo Gilberto Pickering, Mateus dá a seqüência correta pelo uso de vocábulos gregos
seqüenciais).
7. Ministério inicial na Judéia.
(Somente o Evangelho de João descreve esse período da vida de Jesus)
A. João relata o relacionamento entre Cristo e João Batista. Este afirma não ser o Messias
(Jo 1:19‐27) e apresenta o Messias (Jo 1:28‐34).
B. Jesus começou a arregimentar seus discípulos (Jo 1:35‐51). André chamou Simão.
Jesus chamou Filipe. Filipe chamou Natanael.
C. Logo em seguida Jesus viajou para a Galiléia e participou do casamento em Caná,
onde realizou Seu primeiro milagre (Jo 2:1‐11).
D. Após um breve período em Cafarnaum (Jo 2:12), Jesus e Seus seguidores foram a
Jerusalém para a celebração da Páscoa. Aqui demonstra Sua autoridade e prediz Sua
morte e ressurreição pela primeira vez (Jo 2:13‐22). “Muitos... creram no Seu nome”,
mas Jesus “não confiava neles, porque a todos conhecia” (Jo 2:23‐25). Nesse período
dá‐se a conversa com Nicodemus (Jo 3:1‐21).
(Concluindo os primeiros meses de seu ministério nesta Páscoa, o Senhor ainda teria três anos
inteiros – consultar “Cronologia do Ministério de Jesus”).
E. Os próximos meses encontram Jesus servindo fora de Jerusalém, mas ainda na
Judéia. Aos poucos as pessoas deixavam João e passavam a seguir a Cristo. Isso
aborrecia aos discípulos de João, mas não ele próprio (Jo 3:22‐36): “É necessário que
Ele cresça e que eu diminua” (v.30).
F. Ao fim desses seis meses, João Batista foi lançado na prisão por denunciar os pecados
de Herodes Antipas, dentre eles o de tomar a esposa de seu irmão Filipe (Jo 3:24; Lc
3:19,20; Mt 14:3‐5; Mc 6:17‐20).
G. O Senhor Jesus deixa a Judéia e vai a Galiléia (Jo 4:1‐4; Lc 4:14,15; Mt 4:12; Mc 1:14),
talvez impelido pela prisão de João, para pregar alí. No caminho, conversou com uma
mulher samaritana (Jo 4:1‐42) na cidade de Sicar. Muitos samaritanos creram nele,
com os quais passou dois dias (v. 43) e seguiu para a Galiléia.
8. Ministério na Galiléia.
A. Na qualidade de “Messias”, Jesus teria sido supremamente honrado em Jerusalém, o
centro religioso do judaísmo. No entanto, “um profeta não tem honra na sua própria
pátria” (Jo 4:43‐45). A primeira parada de Jesus na Galiléia foi em Caná. Aqui Ele
curou o filho de um nobre, à distância (Jo 4:46‐54/ o segundo sinal na Galiléia).
B. Em Nazaré Jesus leu um texto de Isaías e o explicou. A princípio “se maravilharam das
palavras de graça” que Ele dizia. Mas depois se iraram por Ele ter se proclamado o
Messias e mencionado a ação da graça de Deus sobre gentios. “Ele, porém, passando
pelo meio deles, retirou‐se” (Lc 4:16‐30).
C. A seguir foi Jesus para Cafarnaum, que parece ter se tornado seu quartel‐general (Mt
4:13‐17): “deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum” (v. 13).
Em João já foi mencionado um contato inical com Pedro, André e João (por inferência). Aqui
são chamados para um ministério em tempo integral (Mt 4:18‐22; Mc 1:16‐20).
Em Cafarnaum Jesus expulsa demônios (Mc 1:21‐28; Lc 4:31‐37), cura a sogra de Pedro (Mc
1:29‐31; Lc 4:38‐39; Mt 8:14,15/ Marcos e Lucas escreveram obedecendo mais ou menos a
ordem cronológica, Mateus não!) e realiza muitas outras curas (Mc 1:32‐34; Lc 4:40‐41; Mt
8:16‐17). Depois afasta‐se para orar (Mc 1:35‐38; Lc 4:42‐43).
D. Após rejeitar aqueles que O queriam circunscrito ao ministério de cura, Jesus faz um
giro pela Galiléia e “pregava nas sinagogas” (Mc 1:39; Lc 4:44; Mt 4:23‐25) “porque
para isso vim” (Mc 1:38).
Nesse período Jesus profere o Sermão do Monte (Mt 5‐7). Só Mateus registra este discurso; Lc
6:17‐49 se deu em outra ocasião. Ele pode ser dividido assim:
Mt 5:1‐12: As bem‐aventuranças
Mt 5:13‐16: A influência dos discípulos
Mt 5:17‐20: A ratificação da lei
Mt 5:21‐48: A interpretação da lei
Mt 6:1‐18: Verdadeira justiça religiosa
Mt 6:19‐34: A relação correta com os bens materiais
Mt 7:1‐12: Relacionamentos (1‐5: com o irmão/ 6: com incrédulos/ 7‐11: com Deus/ 12:
com todos)
Mt 7:13‐14: Duas portas e dois caminhos
Mt 7:15‐23: Dois tipos de árvores
Mt 7:24‐27: Dois fundamentos
Mt 7:28‐29: A reação da multidão
Nesse circuito pela Galiléia acontece a cura de um leproso (Mc 1:40‐45; Lc 5:12‐15 [16]; Mt
8:1‐4), incidente que sublinha a submissão de Jesus à lei, uma vez que ordenou ao leproso que
fizesse a longa viagem a Jerusalém e se apresentasse no templo para a purificação prescrita (Lv
13,14).
E. De volta a Cafarnaum acontece a cura de um paralítico (Mc 2:1‐12; Lc 5:17‐26; Mt
9:1‐8) e o chamado de Mateus (Mt 9:9‐17; Mc 2:13‐22; Lc 5:27‐39).
F. Jesus viaja a Jerusalém para a celebração da Páscoa (Jo 5:1). Esta é a 2a Páscoa, no
ano 28 dC (ver “Cronologia do ministério de Jesus”). A partir desse período Jesus
começou a enfrentar crescente hostilidade. Em Jerusalém, Jesus cura o paralítico de
Betesda (Jo 5:2‐15) e dialoga com os judeus demonstrando Sua divindade (Jo 5:16‐
47).
G. Retornando a Galiléia, continuou a controvérsia acerca do Sábado, ao defender Jesus
Seus discípulos por colherem espigas nesse dia (Mc 2:23‐28; Mt 12:1‐8; Lc 6:1‐5) e
curar no Sábado (Mt 12:9‐13; Lc 6:6‐10; Mc 3:1‐5). Nesse período as autoridades
religiosas judaicas deram origem à trama para matá‐lO (Mt 12:14; Mc 3:6; Lc 6:11) –
fariseus e herodianos.
H. O Senhor cura à beira do mar (Mt 12:15‐21; Mc 3:7‐12) e escolhe os doze que
levariam avante o Seu ministério (Mc 3:13‐19; Lc 6:12‐16). Em seguida profere o Seu
sermão na planície (não no monte):
Lc 6:17‐19: Preâmbulo
Lc 6:20‐26: Bem‐aventuranças e ais
Lc 6:27‐36: Amor aos inimigos
Lc 6:37‐42: Juízos temerários
Lc 6:43‐44: Dois tipos de árvores
Lc 6:45: Dois tipos de homens
Lc 6:46‐49: Os dois fundamentos
Após o sermão na planície acontece a cura do servo de um centurião (Lc 7:1‐10; Mt 8:5‐13) e
foram a uma casa (Mc 3:20‐21).
I. Acontece a cura de um endemoninhado, a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt
12:22‐32; Mc 3:22‐30; Lc 11:14‐23) e os “sete outros piores” (Mt 12:43‐45; Lc 11:24‐
26 [27‐28]).
Jesus denuncia os fariseus (Lc 11:29‐36; Mt 12:33‐42), inclusive na casa de um fariseu (Lc
11:37‐54); elogia João Batista (Mt 11:2‐19; Lc 7:18‐35), denuncia as cidades impenitentes (Mt
11:20‐24) e convida ao discipulado pessoal (Mt 11:25‐30). Outro encontro com um fariseu (Lc
7:36‐50).
J. Depois de falar sobre novos relacionamentos (Mt 12:46‐50; Mc 3:31‐35; Lc 8:19‐21),
começa a ensinar por parábolas. As parábolas tinham duplo propósito: obscureciam a
verdade sobre o reino aos endurecidos e revelavam estas verdades aos discípulos (Mt
13:10‐17,34‐35; Mc 4:10‐12; Lc 8:9‐10):
- O Semeador (Mt 13:3‐9,18‐23; Mc 4:3‐9,13‐20; Lc 8:5‐8,11‐15);
- O Joio e o Trigo (Mt 13:24‐30,36‐43), onde os ceifeiros são os anjos (Mt 13:49‐50);
- A Candeia (Mc 4:21‐25; Lc 8:16‐18);
- A Semente (Mc 4:26‐29);
- O Grão de mostarda (Mt 13:31‐32; Mc 4:30‐32);
- O Fermento (Mt 13:33);
- E quatro outras parábolas (Mt 13:44/ 45‐46/ 47‐48/ 52).
CAPÍTULO SEXTO
A VIDA DE CRISTO PARTE III
K. Nesse período temos o encontro com o escriba (Mt 8:18‐22; Lc 9:57‐62) e outro
discípulo. Após esse encontro, Jesus atravessa o mar da Galiléia para o lado oriental.
Na travessia temos a tempestade (Mt 8:23‐27; Mc 4:35‐41; Lc 8:22‐25). Do outro lado,
Jesus liberta os endemoninhados de Gadara (Mt 8:28‐34; Mc 5:1‐21; Lc 8:26‐40).
L. Ao retornar a Cafarnaum somos informados da ressurreição da filha de Jairo e da cura
da mulher com o fluxo de sangue (Mt 9:18‐26; Mc 5:21‐43; Lc 8:40‐56).
M. Jesus faz um novo giro pela Galiléia. Na saída cura dois cegos (Mt 9:27‐31) e liberta um
endemoninhado (Mt 9:32‐34). Visita Nazaré e é rejeitado (Mc 6:1‐6; Mt 13:53‐58) e
continua Seu percurso (Mc 6:6; Mt 9:35‐38 e talvez Lc 8:1‐3). Nesta ocasião ainda
envia os doze de dois em dois, sendo o ministério deles a extensão do Seu próprio (Mt
10:1‐42; Mc 6:7‐13; Lc 9:1‐6).
N. Nesse ponto lemos acerca da morte de João Batista. A consciência culpada de Herodes
Antipas levou‐o a indagar se Jesus era o João ressurreto (Mt 14:1‐12; Mc 6:14‐29; Lc
9:7‐9). Depois do retorno dos doze (Mc 6:30‐31; Lc 9:10), sofrendo com a morte de
João e exausto do trabalho, Jesus e os doze cruzam para o outro lado antes do povo.
Aqui acontece a primeira multiplicação de pães (Mt 14:13‐21; Mc 6:32‐44; Lc 9:11‐17;
Jo 6:1‐14).
O. Jesus manda os doze de volta a Galiléia e se afasta para orar (Mt 14:22,23; Mc 6:45‐47;
Jo 6:15). Depois anda sobre as águas para apaziguar os discípulos assustados (Mt
14:24‐33; Mc 6:48‐52; Jo 6:16‐21). Tendo passado de Betsaida a Genesaré (Mt 14:34‐
36; Mc 6:53‐56), entrou em Cafarnaum e discursou à multidão que tinha sido
alimentada (Jo 6:22‐66), e provou Seus discípulos (Jo 6:67‐71). Nesse período estava
próxima a “terceira Páscoa” (Jo 6:4), tendo Jesus dois anos e meio de ministério
público (ano 29 dC – ver “Cronologia do ministério de Jesus”), estando a um ano exato
de Sua morte.
P. A censura contra os escribas e fariseus permanece (Mt 15:1‐9; Mc 7:1‐13). Jesus diz o
que contamina o homem (Mt 15:10‐20; Mc 7:14‐23). Depois o Senhor faz uma viagem
a Tiro e Sidom e encontra‐se com a mulher Cananéia (Mt 15:21‐28; Mc 7:24‐30) e vai
ao mar da Galiléia, na região de Decápolis (Mt 15:29‐31; Mc 7:31‐37). Marcos relata
um dos muitos casos que aconteceram ali. E acontece a segunda multiplicação dos
pães (Mt 15:32‐39; Mc 8:1‐10).
Q. De volta a Cafarnaum, viu‐se de novo sitiado pelas autoridades religiosas (Mt 16:1‐4;
Mc 8:11‐12). Para livrar‐se deles atravessou o mar da Galiléia. A caminho, advertiu
Seus discípulos acerca dos fariseus, dos saduceus e de Herodes (Mt 16:5‐12; Mc 8:13‐
21).
R. Passando por Betsaida, quando Jesus curou um cego (Mc 8:22‐26), dirigiu‐se a
Cesaréia de Filipe, onde Pedro confessou que Jesus é o Messias (Mt 16:13‐23; Mc 8:27‐
33; Lc 9:18‐22) e fala sobre o preço do discipulado (Mt 16:24‐28; Mc 8:34‐9:1; Lc 9:23‐
27). Pela 1a vez Jesus declara Sua morte.
S. Cerca de uma semana mais tarde, Jesus leva a Pedro, Tiago e João ao monte da
transfiguração (Mt 16:28‐17:13; Mc 9:1‐13; Lc 9:27‐36). Ao pé da montanha, Jesus
curou um rapaz possesso de demônio (Mt 17:14‐21; Mc 9:14‐29; Lc 9:37‐43).
T. Numa nova excursão pela Galiléia, Jesus fala novamente sobre Sua morte e
ressurreição (Mt 17:22‐23; Mc 9:30‐32; Lc 9:43‐45). Segunda declaração. A 1a foi em
Cesaréia de Filipe. Retornando a Cafarnaum, Jesus pagou o imposto (Mt 17:24‐27), deu
lição de humildade (Mt 18:1‐5; Mc 9:33‐37; Lc 9:46‐48), de aceitabilidade (Mc 9:38‐41;
Lc 9:49‐50), advertiu contra o escândalo (Mt 18:6‐9; Mc 9:42‐50), ensinou sobre o
cuidado com o irmão (Mt 18:10‐20) e sobre perdão (Mt 18:21‐35).
U. Passados muitos meses, Jesus deixa a Galiléia (Mt 19:1; Mc 10:1; Jo 7:10), depois de
haver recusado ir com a família a Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos (Jo 7:1‐10).
A caminho de Jerusalém é rejeitado em Samaria (Lc 9:51‐56) e faz exigências a um
discípulo (Lc 9:57‐62 – embora pareça com Mt 8:18‐22, pode ser uma ocasião distinta).
Na Festa dos Tabernáculos, Jesus discursou no templo (Jo 7:14‐24) e discutiu com os
judeus (Jo 7:25‐43). Há uma tentativa de prendê‐lO (Jo 7:44‐53). Não tendo êxito,
trouxeram‐lhe uma mulher apanhada em adultério e ele voltou o incidente por
completo contra eles (Jo 8:1‐11).
V. Ainda nesta ocasião, em Jerusalém, Jesus profere Seu discurso: “Eu sou a luz do
mundo” (Jo 8:12‐59); cura um cego de nascença (Jo 9:1‐41) e profere o Seu discurso
sobre o bom pastor (Jo 10:1‐21).
W. Decorreram cerca de dois meses enquanto Jesus voltava à Galiléia. Nessa ocasião ele
enviou os setenta (Lc 10:1‐16) e estes retornaram após intervalo [é lógico!] (Lc 10:17‐
24). Aqui ensina “quem é o próximo” (Lc 10:25‐37), visita Marta e Maria (Lc 10:38‐42),
ensina sobre oração (Lc 11:1‐13), adverte contra o fermento dos fariseus (Lc 12:1‐3),
contra o medo dos homens (Lc 12:4‐12) e contra o materialismo (Lc 12:13‐21); ensina
sobre a mentalidade do Reino (Lc 12:22‐34), diz que haverá prestação de contas (Lc
12:35‐48) e que veio para dividir (Lc 12:49‐53); denuncia os hipócritas (Lc 12:54‐59),
fala da necessidade de arrependimento (Lc 13:1‐5) e conta a parábola da figueira (Lc
13:6‐9); cura uma filha de Abraão (Lc 13:10‐17) e conta as parábolas do Reino (Lc
13:18‐21).
X. Acontece a Festa da Dedicação em Jerusalém (Jo 10:22‐23). Jesus discursa e há nova
tentativa de prendê‐lO (Jo 10:24‐39) [ver “Cronologia do ministério de Jesus”].
9. Ministério (principalmente) na Peréia.
A. Jesus retira‐Se para a Peréia (Jo 10:40‐42).
B. Viagem a Jerusalém (Lc 13:22). Lição a um homem sobre a porta estreita (Lc 13:23‐30).
Herodes é apenas uma raposa (Lc 13:31‐33). 1o Lamento sobre Jerusalém (Lc 13:34‐
35).
C. Na casa de um fariseu, Jesus cura no Sábado (Lc 14:1‐6), dá uma lição de humildade (Lc
14:7‐11), de generosidade (Lc 14:12‐14) e ilustra o Reino coma parábola da grande
ceia (Lc 14:15‐24).
D. Temos, neste período, a ressurreição de Lázaro (Jo 11:1‐46) e a reação dos fariseus (Jo
11:47‐54).
E. Ouvimos o que Jesus entende ser um discípulo (Lc 14:25‐35). Jesus é criticado (Lc
15:1,2) e responde com as parábolas da ovelha perdida (Lc 15:3‐7), da moeda perdida
(Lc 15:8‐10), do filho perdido (Lc 15:11‐32).
F. Aos discípulos ensina sobre mordomia (Lc 16:1‐13). Aos fariseus, denuncia sua avareza
e frouxidão moral (Lc 16:14‐31). Aos discípulos ensina sobre escândalo e perdão (Lc
17:5‐6). E “quando fizerdes tudo... dizei: Somos servos inúteis...” (Lc 17:7‐10).
G. De caminho a Jerusalém, o Senhor cura dez leprosos (Lc 17:11‐19) e fala aos fariseus
sobre o dia do Filho do Homem (Lc 17:20‐37); ensina sobre a necessidade de orar nos
dias de perseguição (Lc 18:1‐8), reprova o senso de justiça própria dos fariseus (Lc
17:9‐14), ensina sobre divórcio (Mt 19:2‐12; Mc 10:2‐12; Lc 16:18), abençoa crianças
(Mt 19:13‐15; Mc 10:13‐16; Lc 18:15‐17), encontra‐se com o jovem rico (Mt 19:16‐26;
Mc 10:17‐27; Lc 18:18‐27) e fala sobre a recompensa apostólica (Mt 19:27‐30; Mc
10:28‐31; Lc 18:28‐30).
H. O Senhor conta a parábola dos trabalhadores (Mt 20:1‐16) e prediz Sua morte pela
terceira vez (Mt 20:17‐19; Mc 10:32‐34; Lc 18:31‐34). Há, também, o pedido de Tiago e
João (Mt 20:20‐28; Mc 10:35‐45); com efeito, ambos morreram pelo evangelho, Tiago,
o primeiro e João, o último, dos apóstolos.
I. Ainda de caminho a Jerusalém, na passagem por Jericó, encontra‐se com os cegos (Mt
20:29‐34). Marcos e Lucas concentram‐se em Bartimeu (Mc 10:46‐52; Lc 18:35‐43). Em
Jericó encontra‐se com Zaqueu (Lc 19:1‐10; Ex 22:1,4).
J. Prosseguindo a Jerusalém, conta a parábola do rei desprezado (Lc 19:11‐27). A última
Páscoa vem aí (Jo 11:55‐57), em 30 dC (consultar “Cronologia do ministério de Jesus”).
CAPÍTULO SÉTIMO
A VIDA DE CRISTO PARTE IV
10. A última semana. A semana anterior à crucificação de Jesus ocupa grande parte do
registro dos Evangelhos.
A. No Sábado. Jesus está em Betânia e é ungido por Maria (Jo 12:1‐11).
B. No Domingo. Acontece a entrada triunfal do Senhor em Jerusalém (Mt 21:1‐11; Mc
11:1‐11; Lc 19:28‐40; Jo 12:12‐19) e, pela segunda vez, Ele lamenta sobre Jerusalém (Lc
19:41‐44). Naquela mesma noite volta para Betânia.
C. Na Segunda‐feira. Indo de Betânia para Jerusalém, amaldiçoa uma figueira e purifica o
templo pela segunda vez (Mt 21:12‐19; Mc 11:12‐19; Lc 19:45‐46). Lc 19:47‐48; 21:37‐
38 menciona a rotina do Senhor.
D. Na Terça‐feira. Tendo voltado a Jerusalém, Jesus é argüido sobre Sua autoridade para
purificar o templo (Mt 21:23‐27; Mc 11:27‐33; Lc 20:1‐8). Ele responde com várias
parábolas: A parábola dos dois filhos (Mt 21:28‐32), dos arrendatários perversos (Mt
21:33‐46; Mc 12:1‐12; Lc 20:9‐19), das bodas (Mt 22:1‐14).
Fariseus, herodianos e saduceus, inimigos entre si, reunidos em torno de um objetivo comum:
“apanhar” Jesus nalgum laço. Primeiro com a questão do imposto (Mt 22:15‐22; Mc 12:13‐17;
Lc 20:20‐26). Segundo com a questão da ressurreição (Mt 22:23‐33; Mc 12:18‐27; Lc 20:27‐40).
Terceiro com a questão do maior mandamento (Mt 22:34‐40; Mc 12:28‐34).
Em seguida Jesus parte para a ofensiva, dizendo que Davi chama o Cristo de Senhor (Mt 22:41‐
46; Mc 12:35‐37; Lc 20:41‐44), profere Seus “ais” contra os fariseus (Mt 23:1‐36), lamenta pela
terceira vez sobre Jerusalém (Mt 23:37‐39) e adverte Seus discípulos contra os escribas (Mc
12:38‐40; Lc 20:45‐47).
Neste dia há ainda o episódio da viúva pobre (Mc 12:41‐44; Lc 21:1‐4) e seu grande sermão do
Monte das Oliveiras (Mt 24 e 25; Mc 13; Lc 21:5‐38).
No fim da terça‐feira, Jesus afirma o dia exato do Seu aprisionamento para a crucificação (Mt
26:1‐2; Mc 14:1). Enquanto isso, o Sinédrio está buscando uma forma de matá‐lO (Mt 26:3‐5;
Mc 14:1‐2; Lc 22:1‐2).
E. Jesus passou a Quarta‐feira descansando em Betânia. Na casa de “Simão, o leproso”,
foi ungido pela segunda vez (Mt 26:6‐13; Mc 14:3‐9). Judas é contratado (Mt 26:14‐
16; Mc 14:10‐11; Lc 22:3‐6; Jo 13:2).
F. Os gregos procuram Jesus, provavelmente na Quinta‐feira (Jo 12:20‐26). O Pai é
glorificado (Jo 12:27‐36), o Príncipe deste mundo é julgado. A incredulidade dos
judeus (Jo 12:37‐43) e uma palavra final (Jo 12:44‐50).
11. A última noite.
Os acontecimentos começam na quinta‐feira e terminam na sexta‐feira. Segundo o cálculo
judaico, a transição do dia é às 18:00 h.
A. Cenáculo indicado e preparado (Mt 26:17‐19; Mc 14:12‐16; Lc 22:7‐13).
B. No cenáculo, somos informados da chegada (Mt 26:20; Mc 14:17; Lc 22:14) e da
palavra inicial do Senhor (Lc 22:15‐18). O traidor é indicado pela primeira vez (Mt
26:21‐25; Mc 14:18‐21; Lc 11:21‐23). O Senhor dissipa a contenda dizendo quem é o
maior (Lc 22:24‐30). Após uma refeição comum, era necessário lavar os pés para dar
prosseguimento à Páscoa. Havia água, bacia e toalha, mas nada de escravo que os
lavasse. Dentre os discípulos, ninguém queria assumir o lugar de servo, eles estavam
discutindo sobre quem seria o maior; daí o próprio Senhor dar o exemplo (Jo 13:2‐
20). Depois, o traidor é indicado segunda vez (Jo 13:21‐30) e abandona o grupo. O
Senhor fala sobre o novo mandamento (Jo 13:31‐35) e Pedro é avisado pela primeira
vez (Jo 13:36‐38).
C. A ceia do Senhor acontece (Mt 26:26‐29; Mc 14:22‐25; Lc 22:19‐20; I Co 11:23‐26).
Após a ceia Jesus profere Seu discurso magnífico para consolar os discípulos,
responde a algumas perguntas e promete o Outro Consolador (Jo 14‐16). Concluído o
discurso, ora por Si mesmo (Jo 17:1‐5), pelos discípulos (Jo 17:6‐19) e por todos os
crentes (Jo 17:20‐26).
D. Pedro é avisado segunda vez (Lc 22:31‐34) e depois partem para o jardim do
Getsêmani (Mt 26:30; Mc 14:26; Lc 22:39; Jo 18:1). Agora não mais no cenáculo,
Pedro é avisado pela terceira vez (Mt 26:31‐35; 14:27‐31).
E. Em seguida há a agonia no Getsêmane (Mt 26:36‐46; Mc 14:32‐42; Lc 22:40‐46),
seguida do beijo traidor (Mt 26:47‐50; Mc 14:43‐45; Lc 22:47‐48; Jo 18:2‐3), do
episódio em que os soldados caem por terra (Jo 18:4‐9), da reação abrupta de Pedro
(Mt 26:51‐54; Mc 14:47; Lc 22:49‐51; Jo 18:10‐11) e da prisão do Senhor (Mt 28:55‐
56; Mc 14:46,48‐50; Lc 22:52‐53; Jo 18:12). Somente Marcos registra o episódio do
jovem nu (Mc 14:51‐52). Ele próprio?
F. Jesus é levado a Anás (Jo 18:13‐14) e depois a Caifás (Mt 26:57‐68; Mc 14:53‐65; Lc
22:54; Jo 18:19‐23). Nesta ocasião Pedro nega ao Senhor, o galo canta e Pedro chora
amargamente (Mt 26:69‐75; Mc 14:66‐72; Lc 22:55‐62; Jo 18:15‐17, 25‐27). Naquela
noite ninguém foi dormir. Era madrugada já. Enquanto aguardavam o amanhecer da
sexta‐feira os guardas continuaram maltratando o Senhor (Lc 22:63‐65).
12. O dia da crucificação.
A. O Sinédrio se reúne ainda na casa de Caifás e condena ao Senhor (Mt 27:1; Mc 15:1; Lc
22:66‐71; Jo 18:28).
B. O Senhor é levado a Pilatos pela primeira vez (Lc 23:1‐6; Jo 18:29‐32) e escuta a
primeira acusação e a segunda (Mt 27:12‐14; Mc 15:3‐5; Jo 18:38). Em seguida Jesus é
levado a Herodes (Lc 23:7‐12) e retorna a Pilatos, que atende ao clamor do povo (Mt
27:15‐31; Mc 15:6‐20; Lc 23:13‐25; Jo 18:33‐19:16). O Senhor é levado a ser
crucificado. No caminho, Simão, cireneu, carrega a cruz (Mt27:32; Mc 15:21; Lc 23:26).
As “filhas de Jerusalém”seguem, lamentando pelo Senhor (Lc 23:27‐31).
C. O Senhor é crucificado no Gólgota e Sua acusação é escrita em três línguas: “Este é
Jesus de Nazaré, o rei dos judeus” (Mt 27:33‐37; Mc 15:22‐26; Lc 23:33,38; Jo 19:17‐
22). Aos lados do Senhor, dois malfeitores são colocados (Mt 27:38; Mc 15:27‐28; Lc
23:32).
D. Enquanto isso, soldados repartem Sua roupa (Mt 27:35; Mc 15:24; Lc 23:34; Jo 19:23‐
24; ver Sl 22:18) e espectadores blasfemam (Mt 27:39‐44; Mc 15:29‐32; Lc 23:35‐37).
E. O Senhor passa a responsabilidade pela sua mãe para João (Jo 19:25‐27). José está
morto, os irmãos de Jesus são incrédulos (Jo 7:5). E um dos malfeitores é chamado
pelo Senhor (Lc 23:39‐43).
F. Houve escuridão de 12:00 às 15:00 h (Mt 27:45; Mc 15:33; Lc 23:44). O Senhor clama
(Mt 27:46‐49; Mc 15:34‐36), sente sede (Jo 19:28‐29) e despede o Seu espírito (Mt
27:50; Mc 15:37; Lc 23:46; Jo 19:30).
G. “...dou a minha vida para tornar a tomá‐la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim
mesmo a dou...” (Jo 10:17‐18).
H. Nessa ocasião, o véu do templo se rasga (Mt 27:51; Mc 15:38; Lc 23:45) e os santos
ressurgem (Mt 27:52‐53) após a ressurreição do Senhor; aqui as covas foram abertas.
I. O centurião testifica (Mt 27:54; Mc 15:39; Lc 23:47), a multidão lamenta (Lc 23:48), as
mulheres observam (Mt 27:55‐56; Mc 15:40‐41; Lc 23:49). Nenhum osso quebrado
(Jo 19:31‐37; Ex 12:46; I Co 5:7).
J. O sepultamento acontece (Mt 27:57‐61; Mc 15:42‐47; Lc 23:50‐56; Jo 19:38‐42). O
traidor sente remorso (Mt 27:3‐10; At 1:18‐19) e as mulheres compram aromas (Lc
23:56; Mc 16:1) antes das 18:00 h da sexta, ou depois das 18:00 h do Sábado.
K. No dia seguinte o túmulo é selado (Mt 27:62‐66) – no Sábado.
13. O dia da ressurreição.
A. “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que
dormem” (I Co 15:20).
B. Mulheres vão ao túmulo (Mt 28:1; Mc 16:2‐3; Lc 24:1; Jo 20:1). Um anjo remove a
pedra para que a ressurreição fosse verificada. Jesus já estava fora (Mt 28:2‐4). Enfim,
as mulheres chegam ao local (Mc 16:4; Lc 24:2; Jo 20:1). Madalena corre a Pedro (Jo
20:2). Mulheres entram no túmulo e saem correndo (Mt 28:5‐8; Mc 16:5‐8) sem nada
dizer. Os guardas vão embora (Mt 28:11‐15).
C. Pedro e João chegam ao túmulo, vêem e retornam (Jo 20:3‐10). Madalena chega de
volta e Jesus lhe aparece (Jo 20:11‐17; Mc 16:9). Ele aparece segunda vez, agora às
mulheres (Mt 28:9‐10). As mulheres (Lc 24:9‐11) e Madalena (Mc 16:10‐11; Jo 20:18)
informam aos onze.
D. Os santos aparecem em Jerusalém (Mt 27:53). Jesus aparece a Pedro (I Co 15:5; Lc
24:34 – 3a aparição), e aos discípulos a caminho de Emaús (Mc 16:12‐13; Lc 24:13‐35
– 4a aparição). Sua 5a aparição é para os dez (Mc 16:14‐18; Lc 24:36‐49; Jo 20:19‐23).
Depois chega Tomé (Jo 20:24‐25), quando o Senhor já não estava.
14. Epílogo.
A. Oito dias depois, Jesus reaparece aos onze, com Tomé presente (Jo 20:26‐29 – 6a
aparição). Depois, no monte da Galiléia (Mt 28:16‐20), e à beira do mar da Galiléia (Jo
21:1‐23‐ 7a e 8a aparição).
B. O Senhor aparece a mais de 500 pessoas (I Co 15:6), a Tiago (I Co 15:7 – 9a e 10a
aparição), e ascende aos céus, do monte das Oliveiras (Mc 16:19; Lc 24:50‐51; At 1:4‐
11).
“... e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”
(Mt 28:20b).
É permitida a reprodução deste material para uso do Evangelho
Citações da Bíblia da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (ACF),
© 1994 1995, 1996, 1997. Novo Testamento © 1979‐1997.
Autoria: Pr. Ary Queiroz Vieira Junior