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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 02
CONCLUSÃO .................................................................................32
BIBLIOGRAFIA..................................................................................33
INTRODUÇÃO
A palavra Evangelho significa boa nova ou boa mensagem. Este termo designa
os quatro primeiros livros do Novo Testamento que relatam a vida e os
ensinamentos do encarnado Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo - tudo o
que fez para estabelecer uma vida reta e justa na terra e para salvar a
humanidade pecadora.
Antes da vinda de Cristo os homens entendiam Deus como o Criador Todo
Poderoso e implacável Juiz na Sua morada em inatingível glória. Jesus Cristo
nos abriu um novo entendimento sobre Deus, o Deus próximo a nós,
misericordioso e Pai que nos ama. Jesus Cristo disse a seus contemporâneos:
"quem me vê, vê também o Pai" De fato, a imagem de Jesus Cristo, cada
aspecto particular, cada palavra e gesto estavam impregnados de infinita
compaixão. Ele era o Médico para os doentes. As pessoas sentiam o Seu amor
e eram atraídas por Ele e seguiam-no aos milhares. Nunca ninguém soube de
alguma recusa. Cristo atendia a todos. Purificava as almas dos pecadores,
curava os doentes e cegos, confortava os desesperados e libertava os
possuídos pelos demônios. E, ao mesmo tempo, à sua ordem todos se
subjugavam, a natureza e até a própria morte.
Através deste módulo mostraremos ao leitor em que circunstâncias os
evangelhos foram escritos e apresentaremos ensinamentos selecionados do
nosso Redentor. É de nosso desejo que o leitor venha a se aprofundar na vida
e nos ensinamentos do Salvador, pois, quanto maior é nossa experiência
espiritual à medida que passamos a ler mais os evangelhos mais forte se torna
nossa fé e mais claramente passamos a entender o sentido da nossa vida
terrena. Também, quanto maior é nossa experiência espiritual, mais evidente
se torna a nossa proximidade com o Salvador. Ele verdadeiramente passa a
ser o nosso Bom Pastor que nos orienta para o caminho da salvação.
Nos dias de hoje principalmente, quando tantas opiniões contraditórias e
infundadas aparecem, seria mais sábio que fizéssemos dos evangelhos o
nosso livro de referência. Pois, enquanto todos os livros que lemos contêm
opinião de homens comuns os evangelhos revelam-nos as palavras eternas do
Senhor.
Capítulo I
A NATUREZA DOS EVANGELHOS
Capítulo II
OS EVANGELHOS SINÓPTICOS
Capítulo III
O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS
O evangelista Mateus, que também tinha o nome de Levi, era um dos doze
apóstolos de Cristo. Antes de ser chamado por Cristo ele era um publicano ou
coletor de impostos romanos, e, como tal, não era benquisto aos seus
compatriotas, os judeus. Os judeus desprezavam e odiavam os publicanos
porque eles serviam os governantes pagãos de seu povo e criavam privações
ao arrecadar impostos e muitas vezes praticavam extorsão neste processo.
São Mateus relata o seu chamado no capitulo 9 no seu evangelho, referindo à
sua pessoa como "Mateus," enquanto que Marcos e Lucas o chamam "Levi."
Os judeus tinham o costume de possuir vários nomes.
Profundamente comovido pela misericórdia do Senhor em não desprezá-lo,
não obstante o desprezo dos judeus e especialmente dos seus líderes, os
escribas e fariseus, Mateus de todo o coração acolheu os ensinamentos de
Cristo. Ele compreendeu profundamente a superioridade das mensagens de
Cristo sobre as opiniões mesquinhas e as tradições dos fariseus. Eles apenas
aparentavam retidão porém eram egoístas, cruéis e desprezavam pessoas
simples. É por isso que somente Mateus apresenta com tantos detalhes o
discurso acusatório do Senhor contra os escribas, fariseus e outros hipócritas
(veja o capítulo 23 deste evangelho). Supomos que por essa mesma razão ele
tão fervorosamente acolheu a idéia da salvação de seu povo, tão impregnado
de falsos conceitos e opiniões de fariseus e é por isso que escreveu o
evangelho para os judeus. Supõe-se que inicialmente ele escreveu em hebreu
e algum tempo mais tarde ele mesmo teria traduzido para o grego.
O objetivo principal de Mateus foi provar aos judeus que Jesus Cristo foi
realmente o Messias que os profetas previram no Antigo Testamento e que as
Escrituras Sagradas do Antigo Testamento tornam-se claras e assumem sua
totalidade ou integridade somente à luz dos ensinamentos de Cristo. Por esse
motivo ele inicia seu evangelho com a árvore genealógica de Cristo,
demonstrando aos judeus a sua descendência de Davi e Abraão. Ele faz
inúmeras referências ao Antigo Testamento (mais de 100) para provar que
Cristo corresponde às profecias do Antigo Testamento. Ao dizer que o seu
primeiro evangelho "é para os judeus " pode ser interpretado assim também
pelo fato de que São Mateus, ao contrário dos outros evangelistas, menciona
costumes judeus sem explicar suas razões ou significado. Da mesma forma ele
inclui alguns termos aramaicos usados na Palestina, sem explicar o seu
significado.
Em seu Evangelho Mateus deu especial ênfase às Suas relações e atividades
como Rei. O seu termo favorito para designar ......... foi a frase Reino dos Céus.
Mateus mostrou que o Messias inaugurou seu Reinado com toda a autoridade
no céu e na terra (cap. 28:18). O Reino deve ser entendido como a leal
submissão de Seu povo para Ele e obediência à Sua lei. O Seu Reino é
espiritual. Além do mais, Mateus assegurou que o Rei retornará
na(regeneração) e sentará no trono de Sua glória enquanto que "vós
(Apóstolos) que me acompanharam também sentarão em 12 tronos, e julgarão
as 12 tribos de Israel" (cap. 19:28).
Ele também avisou os leitores de que os benefícios do Reino se estenderão
além dos limites do povo judeu. Far-se-ão discípulos no tempo presente de
todas as nações (cap. 28:19), enquanto que o Reino cresce como a árvore da
mostarda de sua pequenina semente (cap. 13:31). No tempo que há de vir
todas as nações se juntarão diante do Rei e os que crêem serão convidados a
herdar o Reino (ch. 25:32-34), Neste reino o povo virá do oriente e do ocidente
e do norte e do sul e se sentará com os patriarcas enquanto que os filhos dos
incrédulos (os judeus descrentes) serão banidos (cap. 8:11-12). Certamente
Mateus teve em mente a intenção de impressionar os seus irmãos judeus que
a missão do Rei era salvar o povo de seus pecados - por isso o nome do Rei
era Jesus que significa "salvador " (cap. 1:21). A fim de salvar Seu povo o Rei
deu sua vida como resgate. Seu sangue foi derramado para a remissão dos
pecados (cap. 26:28). O seu poder para resgatar os homens de seu inimigo (o
Demônio) foi demonstrado primeiro ao vence-lo em todas as tentações
(cap.4:1-11) e segundo ressuscitar vitoriosamente da morte. (cap. 28).
Depois de pregar na Palestina por muito tempo, São Mateus viajou para outras
nações para divulgar o evangelho e terminou sua vida como mártir na Etiópia.
Autor: Mateus
Data: 60-70 A.D.
1. Autoria Mateus, que tinha por sobrenome Levi (Mc. 2:14), era um coletor de
impostos (publicano) judeu, trabalhando para o governo romano (Mt.9:9). Por
colaborar com os romanos, que eram odiados pelos judeus como dominadores
estrangeiros, Mateus (como todos os publicanos) era desprezado por seus
compatriotas. Apesar disso, Mateus positivamente à chamada singela que
Cristo lhe fizera para segui-Lo. Depois do relato do banquete que ofereceu a
seus colegas para que eles também pudessem conhecer a Jesus, ele não volta
ser mencionado, exceto na lista dos Doze Apóstolos (MT. 10:3; veja ainda At.
1:13). A tradição afirma que ele pregou na Palestina por doze anos depois da
ressurreição de Cristo, e que depois foi pregar em outras terras, mas quanto a
isso não há certeza.
Capítulo IV
O EVANGELHO SEGUNDO MARCOS
1- Autoria João Marcos era filho de Maria, uma mulher de riqueza e posição em
Jerusalém (At. 12:12). Barnabé era seu primo (Cl. 4:10). Marcos foi amigo
íntimo (e talvez um convertido) do apóstolo Pedro (I Pe. 5:13). Teve o raro
privilégio de acompanhar Paulo e Barnabé em sua primeira viagem
missionária, mas falhou em não permanecer com eles até o fim. Por isso, Paulo
recusou-se a levá-lo na Segunda viagem, de modo que Marcos acompanhou
Barnabé a Chipre (At. 15:38-40). Cerca de doze anos depois, está novamente
com Paulo (Cl. 4:10; Fm. 24), que, pouco antes de ser executado, manda
chamar João Marcos (II Tm. 4:11). Sua biografia prova que um fracasso na
vida não representa o fim da utilidade.
2- A abordagem Peculiar de Marcos (1) Marcos escreveu para leitores gentios
em geral e leitores romanos em particular. Por esta razão a genealogia de
Cristo não é incluída (quase não teria significado para gentios), o Sermão do
Monte não é mencionado e a condenação dos partidos judaicos recebe pouca
atenção. Como indicação adicional de que visava leitores gentios, Marcos
achou necessário interpretar palavras aramaicas (5:41; 7:34; 15:22) e usou
palavras latinas não encontradas nos demais Evangelhos (―executor‖, 6:27;
―quadrante‖, 12:42). (2) Há apenas 63 citações e/ou alusões ao Antigo
Testamento, em Marcos, comparadas com cerca de 128 em Mateus e entre 90
a 100 em Lucas. (3) Este Evangelho enfatiza o que Jesus fez, em lugar do que
Ele disse. É um livro de ação (a palavra ―imediatamente‖ ocorre mais de 40
vezes).
3- Marcos e Pedro É de aceitação geral que Marcos recebeu do apóstolo Pedro
boa parte das informações contidas no Evangelho. Com a autoridade
apostólica de Pedro subjazendo este Evangelho, ele jamais sofreu qualquer
contestação à sua inclusão no cânon das Escrituras.
4- Data Se alguém nega o fenômeno da profecia predita, terá de datar o livro
depois de 70 A.D., por causa de 13;2. Contudo, uma vez que o Senhor podia
prever o futuro, uma data assim tardia é inútil. De fato, se o livro de Atos
precisa ser datado por volta de 61, e se Lucas, que é o primeiro volume de
Atos, o precedeu, o Evangelho de Marcos deve ser ainda anterior, já que Lucas
aparentemente utilizou o livro de Marcos para escrever o seu Evangelho. Isto
aponta para uma data na década de 50. Muitos eruditos, entretanto, acreditam
que Marcos só foi escrito depois da morte de Pedro, depois de 67 mas antes
de 70.
5- Conteúdo O tema do livro é ―Cristo, o Servo‖. O versículo-chave é 10:45, que
divide o evangelho em duas partes principais: o serviço do Servo (1:1-10:52) e
o sacrifício do Servo (11:1 – 16:20).
Capítulo V
PANORAMA HISTÓRICO
DO NOVO TESTAMENTO
A Época Romana:
O poder dos romanos no oeste foi aumentando no decorrer dos séculos. Os
exércitos vitoriosos iam subjugando reinos ao longo da costa do Mediterrâneo e
em direção ao interior subjugando - os às leis romanas. O mesmo ocorreu com
o pequeno reino dos judeus. Uma disputa entre dois irmãos para o posto de
sumo sacerdote e trono judeu era a ocasião para os romanos tomarem o reino.
Quando Pompeu, o general romano, invadiu o reino cada um dos irmãos veio a
ele apelar por ajuda para defender o seu lado da disputa. Antes que Pompeu
tomasse uma decisão, o mais moço dos irmãos, o que era mais agressivo e
mais forte em diversos aspectos, tomou a cidade de Jerusalém e fortificou-a
contra os romanos. Depois de um longo e sangrento cerco os romanos
entraram na cidade e tomaram o ambicioso irmão mais novo e seus dois filhos
como prisioneiros e fazendo de Judéia uma província romana nomearam o
irmão mais velho e o mais pacífico, como o sumo sacerdote e etnarca. Este
título era mero rótulo pois o verdadeiro governante do pais era Antipater, um
astuto comandante idumeu que aproveitou todas as oportunidades para
aumentar seu próprio poder ou fazer prevalecer os interesses da família. Em
breve ele ganhou o título de procurador ou seja, guardião do país para os
romanos.
Com o assassinato de Antipater em 43 AC seu filho Herodes (conhecido na
História como Herodes o Grande) tornou-se governante. Depois de seis anos
de guerras sangrentas contra o último pretendente do trono macabeu e contra
os Partas, Herodes foi nomeado pelos romanos Rei da Judéia. Seu reinado foi
marcado por ciúme insano e matança cruel. Ele não hesitava em matar
qualquer um que se opusesse ou obstruísse o seu governo ou seus propósitos.
Dentre os assassinados estavam três de seus próprios filhos, sua mulher
favorita Mariana e o irmão dela que pouco antes Herodes tinha nomeado sumo
sacerdote. Era sob o seu reinado que nasceu Jesus Cristo. É bem conhecida a
matança dos recém-nascidos em Belém que Herodes ordenou para matar o
Rei dos Judeus. Herodes foi um construtor: ele reconstruiu muitas cidades
destruídas pelas guerras. O mais conhecido projeto de reconstrução foi para
substituir o templo de Zorobabel, construído cinco séculos antes, com a
magnifica estrutura que estava sendo usada na época de Cristo. Segundo a
vontade de Herodes o reino seria dividido entre seus três filhos: Arquelau seria
o rei na Judeia e Samaria, Antipas (que mandou decapitar João Bastista) seria
o tetrarca na Galiléia e Paraea e Felipe tetrarca na Etrúria e Traconitis, uma
região a leste do Mar da Galiléia. Quando morreu em 4 A.C. o senado romano
confirmou o acordo, exceto que Arquelau foi nomeado etnarca ao invés de rei
da Judéia.
Arquelau era um fraco, tão cruel quanto seu pai, mas não eficiente como
governante. Depois de dez anos de mau governo os romanos decidiram
destroná-lo e a pedido de muitos judeus Judéia passou a ser governada por um
procurador - ou governador, enviado diretamente de Roma. Poncio Pilatos, que
ordenou a sentença de morte para Cristo, foi o quinto governador enviado a
Judéia.
Situação política durante a pregação de Jesus Cristo: Em Lucas 3:1 há um
relato, mesmo que não muito completo, sobre a situação política durante a vida
ativa de Jesus Cristo. O território governado por Pilatos abrangia a Judéia e
Samária, terras localizadas entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Jordão, o
território governado por Herodes Antipas incluía a Galiléia oeste do vale do
Jordão e Peréia a leste deste vale (chamado nos Evangelhos como a região
além do Jordão). A tetraquia de Felipe estava a leste do Mar da Galiléia e o alto
Jordão. No território de Antipas e Felipe havia um grupo de cidades habitadas
na maior parte por gregos que estavam isentos das leis dos tetrarcas.
Originalmente eram dez delas, unidas com o nome de Decápolis. Todas se
encontravam a leste do Jordão.
Panorama Religioso:
O povo judeu era intensamente religioso. Sua história, como se apresenta no
Antigo Testamento tinha sido escrita sob o ponto de vista religioso. Seus mais
brilhantes heróis do período intertestamental tinham sido sacerdotes, que
conduziram a revolta contra tiranos estrangeiros por razões religiosas, e cujos
leais seguidores eram entusiastas religiosos. Nos anos de opressão e matança
durante a administração de Antipater como governante e o reinado de Herodes
muitos judeus devotos perderam as esperanças de que sua nação ganhasse
liberdade política e então passaram a se dedicar a estudos das profecias na
Bíblia e se apoiaram na esperança da vinda de um Messias-Rei. Sua vida
religiosa se expressava num sistema hoje conhecido como judaísmo que se
desenvolveu durante o período intertestamental, desde a Lei de Moisés e os
profetas e dos comentários interpretativos dos escribas.
Lugares de Adoração: O povo judeu mantinha duas instituições de veneração -
o templo e a sinagoga. Existia um templo localizado em Jerusalém onde os
sacerdotes executavam sacrifícios e oferecimentos. Mas também havia a
sinagoga onde eram lidas e interpretadas as Escrituras em todas as cidades,
vilarejos e cidades estrangeiras.
O templo: No Antigo Testamento, adoração significava oferecimento de
sacrifícios e ritos cerimoniais. Havia pouca veneração de congregação ou seja
canto ou leitura coletiva de orações ou leitura publica das Escrituras; e a
pregação formal era desconhecida. O primeiro lugar de adoração tinha sido o
tabernáculo móvel, construído no ermo, sob a supervisão de Moisés em aprox.
1497 AC. Seguiu-se o templo de Salomão (1012-586 AC) e em seguida o
templo de Zorobabel edificado em 516 AC que sobreviveu até que Herodes o
desmantelou em 23 AC para erguer um novo. Na estrutura nova o templo foi
completado em um ano e meio (22 AC) e os átrios oito anos depois. A estrutura
completa foi finalizada só em 64 AD, seis anos depois seria totalmente
destruída pelos romanos. A planta exata da construção não é conhecida
entretanto muitas reconstituições foram tiradas de informação achada em
Flávio Josefo e no Talmude. A área que incluía um átrio externo era
aproximadamente vinte e seis acres. Ela incluía um átrio dos gentios, um átrio
das mulheres, um átrio dos judeus, um átrio dos sacerdotes e o templo
propriamente dito. Esta edificação tinha sido o coração de toda a instituição,
que continha o santo e o santo dos santos como no tabernáculo e nos dois
templos que antecederam.
Ao entrar no templo de qualquer direção que se vinha a pessoa entrava no átrio
dos gentios através de um pórtico sustentado por colunatas de mármore que
circundavam a estrutura toda. O pórtico no lado sul chamado Pórtico Real era
formado por quatro fileiras de colunas sólidas, enquanto que as dos outros três
lados tinham apenas duas. A colunata do lado leste, encostada nos muros do
lado leste da cidade era conhecida como Pórtico de Salomão (João 10:23, Atos
3:11; 5:12). A área que abrangida por esses pórticos era chamada tribunal dos
gentios porque não-judeus podiam entrar nessa área e não mais além. Sem
dúvida foi no átrio dos gentios que o mercado de animais para sacrifício
funcionava onde também haviam os banqueiros que Jesus Cristo expulsou em
duas ocasiões. Havia quatro portões para este recinto, do lado oeste, lado
norte, lado leste e, segundo os estudiosos, do lado sul.
Dentro do tribunal dos gentios estava o recinto sagrado, acessado por nove
portões - um do lado leste, quatro no lado norte e quatro no lado sul. O portão
do lado leste levava ao tribunal das mulheres era a Porta Coríntia mencionada
nos Atos 3:2-10. Na entrada havia pilares com tábuas com a inscrição talhada
que advertia os gentios proibindo a entrada sob pena de morte. No lado leste
do complexo sagrado havia o átrio das mulheres num nível de dezenove
degraus acima do átrio dos gentios. Neste recinto estimado em um a três
quartos de acre havia a tesouraria e a câmara onde se armazenavam vasos
sagrados e paramentos do templo. Nesta área judeus homens e mulheres
podiam entrar, entretanto o altar ou a Casa de Deus era o ponto mais
avançado para o acesso das mulheres. A oeste do átrio das mulheres e em
nível mais alto era o átrio dos israelitas. Diante do Portão entre os dois átrios,
dentro do átrio das mulheres havia quinze degraus semicirculares. O átrio dos
Israelitas, ou átrio dos homens era um pouco mais que um corredor
contornando o átrio dos sacerdotes, do qual era separado por um muro baixo
de pedra. No átrio dos sacerdotes havia um grande altar dos holocaustos e a
grande bacia destinada às ablações dos sacerdotes.
Dentro do átrio dos sacerdotes no pico do monte Moriá doze degraus acima
estava a Casa de Deus o tempo propriamente dito. Consistia de três partes: o
pórtico e as câmaras, que em conjunto rodeavam as outras duas partes, o
santo acessado pelo pórtico e o santo dos santos, atrás do santo. As paredes
incluindo as do pórtico, dizia-se, tinham 150 pés de altura. O santo continha
mesas para os pães de proposição, candelabros de ouro e o altar dourado para
incenso, igual ao do tabernáculo de Moisés. Mas não havia a arca da aliança
no santo, pois esta provavelmente foi destruída no incêndio do Templo de
Salomão em 586 AC. No santo dos santos do templo de Herodes ou o templo
de Zorobabel, havia apenas uma placa de pedra na qual o sumo sacerdote
colocava o turíbulo e aspergia o sangue do pecado no dia do perdão uma vez
por ano, única ocasião quando entrava neste recinto, que era separado do
santo com uma cortina. Era esta cortina que se rasgou em dois quando Nosso
Senhor Jesus Cristo morreu na cruz.
Sendo um lugar de adoração o templo era designado a cerimônias de
sacrifício. Apenas em épocas de festividades as pessoas se reuniam nos átrios
em número considerável sendo que nenhuma provisão de reserva se fazia para
a adoração coletiva. Pessoas vinham para oração individual quando sentiam
necessidade (Lucas 18:10) e grupos combinavam se reunir para oração (Atos
3:1). Os ensinamentos aconteciam no templo normalmente quando grupos se
juntavam ao redor de um professor para fazer perguntas ou ouvir os
ensinamentos (Lucas 20:1).
A sinagoga: Nem tudo relativo a veneração acontecia no templo. Durante o
período intertestamental a sinagoga se formou como uma instituição local onde
judeus de cada comunidade vinham para orar, não com sacrifícios mas com
orações, leitura e interpretação das leis e dos profetas. Nenhuma menção da
sinagoga é feita no Antigo Testamento, mas no tempo de Cristo havia uma em
cada cidade da Palestina e em cidades estrangeiras - eram tantas quantas
casa judias. Os diretores do templo eram os sacerdotes mas haviam também
outras pessoas da sinagoga que era o administrador, os anciãos e o atendente.
O administrador organizava os serviços, ele designava o chefe para cada
serviço e escolhia quem iria fazer a leitura das leis e aquele que iria ler os
Profetas e aqueles que iriam recitar as interpretações das Escrituras. Os
anciãos formavam o quadro de consultores que assistiam o administrador. O
atendente combinava o trabalho de sacristão e professor e normalmente
executava as decisões dos diretores. A ordem dos serviços parece ter sido:
elogios, bênçãos, leitura e interpretação da lei, leitura e interpretação dos
Profetas, sermão e benção. As interpretações eram traduções estereotipadas
das Escrituras hebraicas para o aramaico da época. Habitualmente eram dadas
por um escriba se algum estivesse presente. Qualquer homem poderia ser
chamado para ler as diversas partes das Escrituras ou um sermão ou
exortação ou um homem podia pedir o privilégio de pregar. A benção
normalmente era proferida por um sacerdote se algum estivesse presente.
senão, por qualquer um. Nós sabemos disso através de Lucas 4:16 que Jesus
Cristo estava acostumado a freqüência regular na sinagoga de Nazaré e
poderia ser solicitado a tomar parte na veneração.
Tempos de Adoração:
Os tempos importantes de adoração para os judeus do Antigo Testamento
eram o sábado semanal e as festas anuais.
O sábado: Nos tempos de Jesus Cristo e através do período intertestamental
os judeus tinham profunda reverência pelo sábado como dia de adoração,
especialmente na sinagoga. Moisés entregou ao povo de Israel leis bastante
severas com relação ao dia de sábado (Êxo. 20:6-11; 31:14-17; 35:2-3;
Lev.23:3; Num 15:32-36), mas a ênfase destas leis tinha sido no descanso ao
invés de adoração. Na vida real parece que desde o estabelecimento nas
terras de Canaã até o exílio de Babilônia o povo estava relaxado, ou até
negligente na observância do sábado. Mas é bastante provável que durante o
Exílio grupos se reuniam no dia de sábado para o estudo das Escrituras, canto
dos salmos e oração. Após a volta do povo aos seus lares na Palestina as
reformas de Neemias reenfatizaram o sábado como o dia de descanso
(Neh.13:15-22) e com a instituição da sinagoga veio a ser um dia de adoração
também.
Antes da vinda de Jesus Cristo muitos escribas ao enfatizar a lei do sábado
chegaram a extremos como a proibição de carregar objetos e fazer qualquer
esforço físico nos dias de sábado e que eles próprios não as cumpriam, usando
expedientes ridículos. Um importante motivo de conflito entre Jesus Cristo e as
autoridades da sinagoga foi que Jesus Cristo tinha omitido estas
determinações de sábado, estabelecidas pelos escribas que, entretanto, não
constavam das leis de Moisés.
As Festas:
Os judeus do Novo Testamento cumpriam muitas festas religiosas e períodos
de jejum. Discutiremos aqui seis festas e um jejum. Quatro destas festas e o
jejum tinham sua origem nas leis de Moisés. As outras festas tinham origem
posterior.
A Festa da Páscoa Judaica: (Exo. 12:1-20; Lev. 23:5-8; Num 28:12-25). Esta
era a mais antiga das festas judaicas tendo seu início no Egito no tempo do
êxodo. Celebrava a libertação da escravidão egípcia. As pessoas eram
ordenadas a se encontrar cada ano na cidade do local central da adoração
(tabernáculo ou templo) e repetir os procedimentos da última noite no Egito.
Depois de se conferir que não havia nenhuma levedura na casa eles imolariam
um cordeiro no décimo quarto dia do primeiro mês (Abib ou Nisan), assariam e
o serviriam às pessoas acompanhado de pão ázimo e ervas amargas. Na
época do Novo Testamento os judeus fizaram algumas mudanças nos detalhes
na observância das festas. As pessoas comiam relaxadamente ao invés de
apressadamente o que significava que não se encontravam mais em
escravidão, eles passariam um copo de vinho à mesa em intervalos e cada um
tomaria um gole, a tradição de aspergir-se com sangue os umbrais e o
travessão da porta parece que deixou de ser usado, e eles cantariam trechos
dos Salmos 113-118 durante e depois da refeição.
Como o dia para os judeus se iniciava no por do sol a refeição se fazia nas
primeiras horas do décimo quinto dia do mês. A Festa do Pão Ázimo se seguia
à Páscoa propriamente dita e durava oito dias durante os quais havia refeições
sacras especiais e sacrifícios. O primeiro e o último dia eram convocações
santas, independendo em que dia da semana iam cair. Às vezes o evento todo
era considerado a Páscoa. A época desse evento era Março-Abril. Como Jesus
Cristo foi crucificado no tempo da Páscoa e ressuscitou no terceiro dia após, a
Páscoa judaica e a Páscoa cristã que celebra a ressurreição, vem na mesma
época do ano.
A Festa de Pentecostes:(Lev.23:15-20 Num.28:26-31). Esta foi uma festa dos
primeiros grãos, que chegam cinqüenta dias depois da Páscoa judaica. Tinha
sido uma ação de graças pelas colheitas prontas para ceifar e a apresentação
dos primeiros frutos para Nosso Senhor e para os sacerdotes. Às vezes é
assim chamada a Festa das Semanas, porque chegou sete semanas depois da
Páscoa judaica. A celebração era feita no tabernáculo ou templo e durava
apenas um dia. Este dia também era o aniversário da entrega dos
mandamentos de Deus no Monte Sinai. Para os cristãos é familiar pois neste
dia o Espírito Santo mostrou seu poder sobre os discípulos que formaram o
núcleo da primeira igreja de Jerusalém (Atos 2:1).
Festa dos Trombetas: (Lev. 23:23-25); Num.. 29:1-6). Toda vez que esta
ocasião é mencionada na Bíblia, diz-se que era o primeiro dia do sétimo mês,
mas desde longa data os judeus tinham observado como o Ano Novo (Rosh
Hashanah). Provavelmente até mesmo antes do êxodo do Egito tinha sido
celebrado como o início da primeira colheita do ano porque tinha chegado da
colheita do ano anterior e antes da ceifa da colheita do vindouro. De acordo
com o calendário civil era o início do ano mas de acordo com o calendário
religiosos era o inicio da segunda metade do semestre. Era observado um dia
de jejum em casa.
Dia do Perdão (Yom Kippur): (Lev. 16:1-34; 23:26-32; Num 29:7-11). Este dia,
provavelmente o mais sagrado do ano para um judeu devoto, era observado no
décimo dia do sétimo mês. As pessoas permaneciam em casa, fazendo
abstinência de alimento por um dia inteiro (ocupados com confissão,
arrependimento e oração) enquanto que o sumo sacerdote oferecia sacrifícios
pelos pecados cometidos pelas pessoas durante o ano. Era o único dia do ano
quando o sumo sacerdote entrava no santo dos santos levando o sangue
oferecido pelos pecados.
A Festa dos Tabernáculos: (Exo. 23:16; Lev. 23:34-44; Num. 29:12-40; Deut.
16:13-15 cf.Neh.8:13-18). Esta era uma festa de oito dias começando no
décimo quinto dia do sétimo mês pelo calendário religioso. Assim as pessoas
geralmente tinham o tempo suficiente para saírem de suas casas ao
tabernáculo ou templo depois do Dia do Arrependimento. O propósito era
duplo. Era um dia de ação de graças pela colheita já feita. Portanto as vezes
era chamada de Festa da Colheita (Êxo. 23:16; 34:22) Para essa festa eles
levariam os dízimos da da colheita do ano anterior e o aumento do gado.
Também celebrava a providência divina pelos israelitas durante os quarenta
anos que vagaram no deserto. Havia três práticas durante a semana que
comemoravam o zelo divino para com seus pais. Durante a semana as
pessoas habitavam em barracas para imitar os seus pais que habitavam em
suas tendas no ermo. (Lev. 23:40-43; Neh. 8:14-15) Grandes candelabros com
muitas luzes eram colocados no átrio das mulheres na comemoração da coluna
do fogo que guiou as pessoas no ermo da noite. No último dia um lança-águas
tinha sido trazido do poço de Siloan pela multidão e despejadas as águas com
grande cerimônia ao pé do altar no tribunal dos sacerdotes em comemoração à
água que os israelitas receberam de Nosso Senhor que brotou da rocha (Êxo.
17:5-6; Num. 20;11) O evangelista João relatou a Festa dos Tabernáculos que
Jesus Cristo tinha presenciado (ch.7).
As Escrituras
Os judeus do Novo Testamento, a determinação do próprio Cristo, viam o
Antigo Testamento como a palavra de Deus (João 10:35). Neste tempo eles
consideravam as suas Escrituras como compostas de três grupos de livros: a
Lei, os cinco livros de Moisés, os Profetas, incluindo muitos livros de história
bem como a maior parte dos livros de profecias; e as Escritas incluindo os
Salmos e muitos outros do nosso Antigo Testamento (Lucas 24:44). Em suas
mentes os livros vieram de Deus através de Moisés (João 7:19, 9:28-29).
Moisés insistia que os Mandamentos e outras escritas deveriam ser recebidas
e guardadas como vindas de Deus (Deut. 6:6, 31:9-13, 24-26) e pelo tempo do
estabelecimento na terra de Canaã estes livros de Moisés eram vistos como as
leis de Deus (Jsh.1:8, 8:32-36). Entretanto haviam grandes períodos de
negligência da lei. No tempo da escravidão os judeus tinham permissão de
levarem à Babilônia cópias das leis e outros livros preciosos - história e
profecias e os Salmos e livros da sabedoria. Um novo interesse despertou para
os estudos da lei durante o exílio na Babilônia. Neste tempo os judeus cativos,
estando em terras estrangeiros e privados de seu templo e o sistema de
sacrifícios se juntavam em grupos para estudo da lei, o canto dos salmos e
orações (Eze. 8:1; Ps.137).
Esdras que viveu primeiro na Babilônia e depois em Jerusalém pouco antes de
encerrar o Antigo Testamento, possivelmente ele teria juntado os livros do
Antigo Testamento. Ele era de família de sacerdotes e designou-se como o
sacerdote-escriba (Esdras 7:1-6, 12). Quando ele migrou para Jerusalém ele
despertou um vivo interesse para os estudos dos livros sacros, assim a partir
daí as Escrituras passaram a ter principal influência entre os judeus.
Originalmente o Antigo Testamento tinha sido escrito em hebreu exceto em
pequenos trechos de Jeremias, Daniel e Esdras que eram escritos em
aramaico - uma língua muito semelhante ao hebreu. Em torno de 250 AC uma
tradução para o grego foi feita em Alexandria (Egito) conhecida como
Septuaginta porque o trabalho tendo sido escrito por 70 estudiosos. Essa
tradução foi feita do texto hebreu que diferia ligeiramente em muitos pontos do
texto aceito pelos escribas (texto massorético) mas a Septuaginta era de muita
influência no Novo Testamento. Ao citar textos do Antigo Testamento Jesus
Cristo e os apóstolos se referiam algumas vezes ao texto hebreu e outras
vezes a Septuaginta isto por conta de algumas diferenças entre as citações do
Novo Testamento e do Antigo Testamento e a forma que essas passagens são
lidas no nosso Antigo Testamento.
Muitos judeus nos tempos de Cristo tinham dado à interpretação tradicional das
leis pelos escribas tanta importância quanto a própria lei. Estas são referidas
em Mat. 15:2 e Marcos 7:5 como a tradição dos anciãos. Esta tradição foi
formada no terceiro século da era cristã num texto chamado Mishnah. No fim
do quarto século ganhou tamanho com mais outro material que formou a
volumosa obra chamada Talmud que tem sido de autoridade para rabinos
judeus até a presente data.
Os quatorze livros conhecidos como apócrifos ou deuterocanônicos eram livros
existentes na época de Cristo. O primeiro Macabeus provavelmente expõe
história autentica e descreve exemplos que inspiram lealdade corajosa à
verdadeira religião; mas os outros livros desta coleção são de pouco valor
histórico ou religioso. É possível que eles influenciaram até certo ponto o
pensamento do povo da época do Novo Testamento. Os primeiros cristãos,
apesar de permitirem a leitura desses livros pelo seu sentido de edificação
considerava-os sem importância no sentido canônico.
A Esperança Messiânica
Muitas profecias sobre a vinda do Messias ou Cristo são encontradas no antigo
Testamento. Às vezes as profecias são obscuras mas compreensíveis para nós
quando as analisamos com o enfoque do Novo Testamento como por exemplo
em Gen. 3:15, onde se diz que "sua descendência te esmagará a cabeça e tu
lhe ferrarás o calcanhar," mas em muitas outras a promessa está clara e certa.
Um grande numero de profecias promete um reino glorioso presidido pelo Rei
enviado de Deus que libertaria Seu povo dos inimigos e reinaria em retidão; e
repetidamente foi predito que este rei seria da linhagem de Davi (Ps. 89:3-4;
Isa. 11:1-10; Jer. 23:5-6). Os judeus do período intertestamental sofrendo por
causa dos maus governantes e opressão dos gregos e romanos, encontram
conforto e inspiração na antecipação do prometido Rei e Seu Reino, e muitos
dos escribas se dedicaram a um estudo aprofundado dessas profecias. Como
resultado desse estudo alguns dos escribas delinearam um mapa da idade
messiânica. De Mateus 16:14 e João 1:21, é evidente que os seus estudos
incluiam o aparecimento de um profeta do Antigo Testamento, o
reaparecimento do profeta Elias e o aparecimento do Messias.
Antes do tempo de Jesus Cristo muitos falsos messias surgiram (Atos 5:36-37),
que enquanto atraindo multidões de seguidores chegavam a um fim
desastroso. Os escribas podiam prontamente informar a Herodes que Cristo
iria nascer em Belém (Mat. 2:5-6) e sem hesitar responderam a Jesus que o
Cristo seria um descendente de Davi (Mat. 22:42). No tempo da pregação de
João Batista o povo se encontrava na expectativa (Lucas 3:25) compartilhada
até pelos samaritanos. Havia muitos piedosos que esperavam pela redenção
do povo de Deus e notadamente Zacarias, pai de João Batista, Simão e Ana
(Lucas 2:25-38) e José de Arimatéia (Lucas 23:52).
Além dessas profecias que prometeram um Messias Real (da palavra Rei) há
outras (Ps. 22:1-21; Isa.53, e outros) que retrataram um sofredor que
carregaria os pecados do mundo. Os cristãos reconheceram com convicção
este sofredor como o Cristo, prometido para ser Rei e Salvador. Também vale
a pena notar que Sal. 22:22-31, Sal. 110:2-3 e Isa 53:10 sugere um Reino
espiritual em contraste com o glorioso Reino retratado em outras profecias.
Mas os fariseus que se designavam como os justos e os saduceus voltados à
política não reconheceram Jesus como o cumprimento de suas tão acalentadas
esperanças das profecias messiânicas. De comum acordo eles O condenaram
à morte e sem saber, fizeram concretizar-se as profecias sobre o Messias. Mas
os cristãos reconheceram Jesus de Nazaré como o cumprimento de todas as
profecias messiânicas — eles confiaram Nele como o Salvador, eles
reconheceram-No como o Senhor espiritual e Rei de suas vidas.
Capítulo VI
ENSINAMENTOS
SELECIONADOS DO SALVADOR
Amor:
Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de
todo o teu entendimento e de toda a tua força.... amarás o teu próximo como a
ti mesmo (Marcos 12:28-34). Misericórdia quero, e não holocaustos; pois não
vim chamar justos, e, sim, pecadores (ao arrependimento; Mateus 9:13).
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e
aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me
manifestarei a ele. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se
tiverdes amor uns aos outros (João 13:35). Ninguém tem maior amor do que
este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos (João 15:13, veja
também Mateus 5:42-48, João 13:34-35).
Arrependimento:
Arrependei-vos porque está próximo o reino dos céus! (Mateus 3:2). Ide porém,
e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não holocaustos, pois não vim
chamar justos e sim pecadores (ao arrependimento) (Mateus 9:13). Todo o que
comete pecado é escravo do pecado.(João 8:34-37). Se porém não vos
arrependerdes, todos igualmente perecereis (Lucas 13:3-5 também Mateus
4:17, João 5:14, Lucas 7:47, Lucas 13:1-5, Mateus 18:11-14, a parábola da
ovelha perdida, Lucas 15:11-32, a parábola do filho pródigo, Lucas 18:9-14, a
parábola do publicano e fariseu).
Boas ações:
Tudo quanto, pois quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós
também a eles; porque esta é a lei e os profetas (Mateus 7:12). Assim brilhe
também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus (Mateus 5:16); E quem der a beber
ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este
meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu
galardão" (Mateus 10:42). Também veja Lucas 19:11-27, Mateus 25:31-46,
Lucas 10:25-37, parábola do bom samaritano, também a parábola da figueira
sem frutos, Lucas 13:6-9.
Caminho-estreito:
Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz
para a perdição e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta
e apertado o caminho que o conduz para a vida, e são poucos os que acertam
com ela (Mateus 7:13-14). Desde os dias de João Batista até agora o reino dos
céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele (Mateus
11:12). E quem não toma a sua cruz e vem após mim, não é digno de mim
(Mateus 10:38, também Lucas 13:22-30, Marcos 8:34-38, Lucas 14:25-27, João
12:25-26).
Caridade:
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai!
entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.
Porque tive fome e me deste de comer tive sede e me deste de beber, era
forasteiro e me hospedastes, estava nu e me vestistes; enfermo e me
visitastes; preso e fostes ver-me (Mat. 25:34-36; e também Lucas 21:1-4).
Santa Comunhão:
Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu
nele. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e
eu o ressuscitarei no último dia (João 6:27-58; Lucas 22:15-20).
Coragem:
Estai de sobreaviso, vigiai (e orai) porque não sabeis quando será o tempo. É
como se um homem que, ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá
autoridade aos seus servos, a cada um a sua obrigação, e ao porteiro ordena
que vigie. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à
tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã.; para que, vindo
ele inesperadamente, não vos ache dormindo (Marcos 13:33-37; veja também
Lucas 11:24-26 e 21:34-36 e Mateus 8:28-33).
Fé:
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).
Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes tudo é possível ao que crê (Marcos
9:23) Disse-lhes Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não
viram e creram (João 20:29, também veja Mateus 16:17, Lucas 17:5-10 Marcos
16:16).
Fé em Deus:
Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto nenhum deles está
em esquecimento diante de Deus. Até os cabelos da vossa cabeça todos estão
contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais. (Lucas 12:6-7).
Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim. (João
14:1) Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus (Lucas 18:27).
Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido (Lucas 19:10).
Humildade:
Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus
(Mateus 5:3). Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha
será exaltado (Lucas 14:11). Pois todo o que se exalta será humilhado e o que
se humilha ser exaltado (Lucas 14:11). Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei
de mim, porque sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as
vossas almas (Mateus 11:29). Quem quiser tornar-se grande entre vós, será
esse o que vos sirva (Mateus 20:26, veja também Lucas 10:21, Lucas 18:9-14,
Marcos 10:42-45, João 13:4-17, Mateus 20:1-16, a parábola dos trabalhadores
na vinha).
Jejum:
Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum (Mateus
17:21; também veja Marcos 2:19-22, Mateus 6:16-18, Marcos 9:29).
Não-julgamento:
Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que
julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos
medirão também (Mateus 7:1-2).
Oração:
Pedi, e dar-se-vos-á, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, pois todo o que
pede recebe, o que busca, encontra e a quem bate, abri-se-lhe-á (Mateus 7:7-
11). E tudo que quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis (Mateus 21:22).
Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o
Pai em espírito e em verdade, porque são estes que o Pai procura para seus
adoradores, Deus é espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em
espírito em verdade (João 4:23-24). Veja também Mateus 6:5-15, Mateus
18:19-20, Marcos 11:23, João 16:23-27, Marcos 14:38, Lucas 11:9-10, Lucas
18:1-8, a parábola do juiz injusto.
Paciência:
É na vossa perseverança que ganhareis as vossas almas (Lucas 21:19). Sereis
odiados de todos por causa do meu nome, aquele, porém, que perseverar até
ao fim, esse será salvo (Mateus 10:22), A que caiu na boa terra são os que,
tendo ouvido de bom e reto coração, retém a palavra, estes frutificam com
perseverança (Lucas 8:15); ...disse, porém Abraão: Filho, lembra-te de que
recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente os males, agora
porém, aquele, ele está consolado, tu, em tormentos (Lucas 16:19-31, a
parábola do rico e Lázaro.).
Palavra:
Como podeis falar coisas boas, sendo maus? porque a boca fala do que está
cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o
homem mau do mau tesouro tira coisas más, digo-vos que de toda palavra
frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia de juízo; porque
pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado
(Mateus, 12:34-37, Mateus 5:22).
Preocupações terrenas:
Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas. (Mateus 6:19-34) Pois que aproveitará o
homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? ou que dará o homem
em troca da sua alma? (Mateus 16:26). Filhos, quão difícil é (para os que
confiam nas riquezas) entrar no reino de Deus! (Marcos 10:24, veja também
Lucas 10:41-42, Marcos 10:17-27, Lucas 12:13-21 parábola reprovando o rico
avarento).
Prudência:
Vede que ninguém vos engane (Mateus 24:4), veja também Lucas 14:28-33,
Lucas 16:1-13 a parábola do administrador infiel.
Pureza de coração:
Bem-aventurados os limpos de coração porque verão a Deus (Mateus 5:8).
Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios,
prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que
contaminam o homem, mas o comer sem lavar as mãos não o contamina
(Mateus 15:19-20). São os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a
palavra, estes frutificam com perseverança (Lucas 8:15). Vós já estais limpos,
pela palavra que vos tenho falado(João 15:3, Marcos 7:15-23).
Reconciliação e Perdão:
Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste
vos perdoará (Mateus 6:14). Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete
vezes, mas até setenta vezes sete. (Mateus 18:22, veja também Mateus 5:23-
26, Lucas 23:34, Mateus 18:23-35; a parábola do credor incompassivo.
Retidão:
Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça porque serão fartos
(Mateus 5:6). Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai.
Quem tem ouvidos (para ouvir) ouça. Portanto sede vós perfeitos como perfeito
é o vosso Pai celestial (Mateus 5:48).
Tentações:
E se tua mão te faz tropeçar corta-a pois é melhor entrares maneta na vida do
que tendo as duas mãos ires para o inferno, para o fogo inextinguível (Marcos
9:43-49). Aí do mundo, por causa dos escândalos, porque é inevitável que
venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo (Mateus
18:7, Lucas 17:1-2).
Unidade:
Então haverá um rebanho e um pastor (João 10:16). A fim de que todos sejam
um e como és tu, o Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós para
que o mundo creia que tu me enviaste (João 17:21). Porque onde estiverem
dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles (Mateus 18:20).
Verdade:
Então lhe disse Pilatos Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei.
Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da
verdade Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. (João 18:37 também
veja Mateus 13:44-46, a parábola do tesouro).
Virtudes:
O desenvolvimento de boas qualidades foi o ensinamento constante de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Por exemplo Seu Sermão da Montanha (Mateus cap. 5-7)
e as Bem-aventuranças nas quais é traçado o caminho para o total
cumprimento (ou realização?). A parábola do semeador (Mateus 13:3-23) e
especialmente na parábola dos talentos (Mateus 25:14-30) mostra-se a
importância do desenvolvimento das habilidades que nos são dadas por Deus.
A combinação dos dons agraciados com o desenvolvimento das habilidades
(talentos) compõe a riqueza básica do homem. É por isso que se diz que "o
reino de Deus está dentro em vós" (Interrogado pelos fariseus sobre quando
viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com
visível aparência. Nem dirão: ei-lo aqui! ou: Lá está! porque o reino de Deus
está dentro em vós (Lucas 17:21).
Vontade de Deus:
Faça-se a tua vontade assim na terra como no céu (Mateus 6:10). Nem todo o
que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai que está nos céus (Mateus 7:21).
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA