Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Cristóvão
08 de outubro de 2017
1. PIB E PIB PER CAPITA
1.1. Definição
Tabela 1 - Produto Interno Bruto do Brasil e Regiões em bilhões de reais. Fonte IBGE.
Tabela 2 - Produto Interno Bruto per capita do Brasil e Regiões em reais. Fonte: IBGE.
Em 2014, Sergipe possuía o maior PIB per capita da região Nordeste com R$
16.818,9, sendo a média dessa região R$ 14.330,7, como mostra a Tabela 2. Apesar de
Aracaju concentrar a economia do estado, o maior PIB per capita é detido pela cidade de
Rosário do Catete, cidade localizada a 52 km da capital sergipana, com R$ 60.805,4.
Aracaju detinha de um PIB per capita de R$ 23.877,2. O PIB per capita de Sergipe oscila
bastante, algumas cidades interioranas possuem altos valores – maiores até que Aracaju-
, mas o que se nota é que poucos municípios possuem um grande montante e o restante
do estado fica à mercê com baixos índices.
2.1. Definição
É um índice utilizado desde 1993 pela ONU para avaliar, comparar e mensurar a
qualidade do desenvolvimento das condições dos países participantes. O IDH veio com a
proposta de ampliar a perspectiva utilizada por muito tempo para medir o
desenvolvimento dos países, o qual era determinado através de fatores econômicos, como
PIB (produto interno bruto), renda per capita ao decorrer dos anos. Diferente da visão de
crescimento econômico, não considera apenas a renda de um país, procura visar o bem-
estar da sociedade de forma direta, voltada para as pessoas, para as oportunidades e
capacidades disposta na sociedade, ou seja, tem um foco no desenvolvimento humano.
Desde então o IDH se tornou referência mundial calculado anualmente, e é
mensurado através de três fatores principais (renda, saúde e educação):
3. ÍNDICE DE GINI
3.1. Definição
∑ni=1(fi . ri . xi )
G= 2 −1
∑ni=1(fi . ri )
Onde:
𝑖
fi
xi = ∑(fi ) −
2
𝑗=1
pi
fi = n
∑i=1(pi )
E sendo:
0.554
0.57
0.537
0.524
0.516
0.515
0.508
0.503
0.501
0.498
0.494
0.479
0.479
0.478
0.478
0.476
0.472
0.469
0.466
0.466
0.466
0.465
0.464
0.463
0.451
0.5
0.438
Figura 3 - Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 15 anos
ou mais de idade com rendimento segundo as Unidades da Federação. Fonte: IBGE.
A partir do gráfico é possível inferir que, em 2013, Sergipe teve segundo o maior
Índice de Gini (0,554) dentre as unidades da Federação, ou seja, foi considerado o
segundo estado mais desigual do Brasil naquele ano, atrás apenas para o Distrito Federal.
No outro extremo está Santa Catarina, com o menor índice (0,438). Podemos comparar
esses dados entre si e com outros obtidos através do sistema Brasil em Síntese, agregador
de informações do IBGE sobre estados e municípios brasileiros, e tentar compreender o
fenômeno da desigualdade sergipana.
Por exemplo, pode-se atribuir como um dos fatores para a desigualdade presente
no estado os baixos salários recebidos pela população sergipana: em 2016 o rendimento
nominal mensal domiciliar per capita do estado era R$ 878, abaixo do salário mínimo no
ano, que era de R$880. Isso coloca o estado como 16º entre as outras 27 unidades
federativas neste indicador. Santa Catarina, por outro lado, tem um rendimento per capita
de R$ 1.458, o quarto maior do país.
O grande valor no Índice de Gini também pode ser explicado pelo índice de
desemprego do estado. Sergipe detinha 41,7% das pessoas de 16 anos ou mais alocadas
em trabalho formal, ocupando a 19ª posição no ranking do IBGE. Em comparação, Santa
Catarina tinha 75,6% das pessoas com 16 anos ou mais empregadas, ocupando a primeira
posição.
Segundo o censo de 2010 do IBGE, Aracaju é o município sergipano com maior
Índice de Gini do estado (0,6341). O Índice de Gini leva apenas a renda e a população em
consideração no seu cálculo, então não é errado afirmar que é um resultado esperado já
que, mesmo tendo o maior PIB do estado, Aracaju também concentra a maior população
(571.149 pessoas, no último censo), abrindo caminho para uma distribuição pior da renda.
Essa afirmação pode ser reforçada ao analisar o município do estado com maior
Índice de Gini, Divina Pastora. A cidade obteve 0,3997 nesse índice e tinha 4.326 pessoas
no último censo. Sua população baixa (65ª maior do estado) e sua renda média mensal
(2,4 salários mínimos por trabalhador) fazem seu coeficiente de desigualdade diminuir.
Figura 4 – Infográfico dos setores com maior participação no PIB industrial de Sergipe. Fonte:
Confederação Nacional da Indústria – CNI.