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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC

CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA – 5º SEMESTRE

ANDERSON FREITAS BRANDÃO DA SILVA

Resenha - Capítulo 4. Carl Orf – Um compositor em cena (Livro


Pedagogias em Educação Musical / Texto por Melita Bona)

Carl Orff foi um compositor alemão que ao longo de sua vida


desenvolveu um trabalho pedagógico bastante significativo para sua época,
usando a música, sempre interligada ao movimento, como uma ferramenta
educacional.

Sua obra pedagógica propõe não somente aprender música, mas


permitir a todo mundo “fazer música”, de modo em que o aluno “pudesse
expandir-se vivamente, explorando, desenvolvendo sua musicalidade, se
comunicando através dela” (CRUZ, 2012). A partir daí nasce a ideia de música
elementar, proposta por Orff: “música para si e feita por si próprio”, onde “o fato
de participar é mais importante que o resultado”, tudo isso servindo como
bagagem para desenvolvimento da autonomia e a formação da personalidade.

Nesse contexto, Orff enfatiza os seguintes elementos no fazer


musical:

- Linguagem: nomes, rimas, as canções infantis e poemas, com


exploração também de padrões rítmicos, improvisações melódicas e atividades
corporais.

- Música: motivos melódicos, começando com poucas notas e


aumentando gradativamente.

- Movimento: movimentos corporais embasados nas brincadeiras de


roda e danças folclóricas e com base no entendimento da música.
- Improvisação: criação de uma música própria de forma melódica
(vocal ou instrumental), rítmica (métrica e amétrica), improvisação idiomática
(criação de texto, invenção de palavras) e improvisação de movimentos.

Seus métodos, divido em cinco volumes, contém centenas de


músicas europeias, contemplando a linguagem, o canto e a prática instrumental,
sempre de forma gradativa, obedecendo os estágios de desenvolvimento da
criança. As temática abordadas nos livros incluem desde canções e brincadeiras
até harmonia e improvisação. É importante ressaltar que era exigido do professor
o mínimo de conhecimento em pedagogia e música. Além disso as temáticas
propostas no método serviam para nortear o trabalho do professor, portanto não
era uma obra autossuficiente, pronta e acabada.

Seus métodos faziam uso também de instrumentos musicais: flautas,


cordas, sinos, instrumentos percussivos e instrumentos de plaquetas. Orff
acreditava que os instrumentos eram como uma extensão, portanto o fazer
musical poderia ir além da dimensão do corpo.

É importante comentar que, acima de tudo, Orff queria que seus


alunos fossem conscientes das possibilidades de criação/improvisação e o
quanto essa experiência os tornariam mais autônomos, levando-os a exprimir
sua “eu” através da prática musical.

Referências Bibliográficas:
CRUZ, Leia. Pedagogia Orff. Disponível em: <
http://espacovivaarte.blogspot.com.br/2012/11/pedagogia-orff.html >. Acesso
em: 21 de março de 2016, às 14:06:00.
SANTIAGO, Glauber. Origens e desenvolvimento da educação musical: Uma
breve visão. UFSCAR Virtual, 2008. São Carlos-SP.

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