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Transformador de Corrente TC
Transformador de Corrente TC
Transformador de Corrente
Rio Branco – AC
Maio / 2015
Cíntia Peixoto Barreto
Transformador de Corrente
Rio Branco – AC
Maio / 2015
Sumário
1 Introdução..........................................................................................................................1
2 Sistemas de Proteção.........................................................................................................2
2.1 Transformadores........................................................................................................2
2.1.1.1 Classes..............................................................................................................3
2.1.1.3 Dimensionamento............................................................................................4
3 Exemplo aplicado...............................................................................................................6
4 Considerações.....................................................................................................................9
5 Referências.......................................................................................................................10
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1 Introdução
A proteção de sistemas e equipamentos de uma subestação, linha de transmissão,
usina, indústrias e outros, é feita por aparelhos capazes de mensurar determinadas grandezas
e, de acordo, com isto possam agir por conta própria ou sobre outros dispositivos para que
seja feita a proteção do trecho, aparelho ou sistema supervisionado. Os principais dispositivos
de proteção em sistemas de potência são os relés, porém por questões econômicas e de
segurança suas grandezas de entrada, tensão e corrente, não apresentam valores nominais
iguais aos dos sistemas de potência. Para assegurar grandezas de entradas com valores
nominais menores aos dispositivos de proteção, faz-se uso de equipamentos de transformação,
TC e TP, transformador de corrente e transformador de potencial, respectivamente. Tais
equipamentos, além de assegurarem grandezas a serem operadas em valores nominais
seguros, também isolam o circuito elétrico dos equipamentos de proteção do restante do
sistema, através do princípio de funcionamento de um transformador.
2 Sistemas de Proteção
Durante a operação de um sistema de potência é comum à ocorrência de falhas, estas
ocasionam interrupções do fornecimento de energia, resultando em redução da qualidade do
serviço prestado, a falha mais comum é o curto-circuito. Em geral, as correntes tendem a
elevar-se na ocorrência de um curto-circuito, podendo proporcionar danos irreparáveis aos
componentes do sistema. Além do curto-circuito, a sobrecarga é outra falha que pode ocorrer
em um sistema de potência. Existem também subtensões e sobretensões de natureza diversa
(descargas atmosféricas, manobra, etc.) que prejudicam o funcionamento normal do sistema.
Todos esses distúrbios podem ser considerados como inerentes ao sistema de potência, visto
que podem ser observados mesmo adotando-se os critérios e normas mais severas existentes.
Cabe ao sistema de proteção realizar a desconexão do elemento ou parte do sistema
submetido à anormalidade, protegendo os demais componentes.
2.1 Transformadores
Os transformadores de correntes (TCs) e os transformadores de potencial (TPs) são
transformadores de medida utilizados no sistema de proteção. Eles têm por finalidade
converter a corrente ou tensão nominal em níveis adequados ao funcionamento dos
equipamentos de medição.
2.1.1.1 Classes
Classe A – TC que possui alta impedância interna. Isto é, aquele cuja reatância de
dispersão do enrolamento secundário possui valor apreciável em relação à impedância total do
circuito secundário, quando este alimenta sua carga nominal;
Classe B – TC que possui baixa impedância interna, isto é, aquele cuja reatância de
dispersão do enrolamento secundário possui valor desprezível em relação à impedância total
do circuito secundário, quando este alimenta sua carga nominal.
Fator Térmico – Fator térmico é o fator pelo qual se deve multiplicar a corrente
primária nominal do sistema de um TC para se obter a corrente primária máxima que o
transformador deve suportar, regime permanente, sob frequência nominal e com a maior carga
especificada, sem exceder os limites especificados para sua classe de isolamento.
2.1.1.3 Dimensionamento
Quando a corrente nominal não for igual ou maior que a vigésima parte da corrente de
curto circuito trifásico, utilizar-se-á uma relação de transformação que suporte o valor da
vigésima parte da corrente de curto, visando a não saturação do TC.
Classe: 10A800
3 Exemplo aplicado
A partir do discorrido anteriormente, será realizado o cálculo para dimensionamento
de um TC para serviço de proteção de uma barra de 13,8 kV e 15 MVA de um subestação
abaixadora. Tal exemplo é referente ao projeto de uma subestação abaixadora para a cidade
universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ realizado por Haroldo Ennes
dos Santos Júnior. Como simplificação do exemplo, será desconsiderada a impedância dos
cabos no secundário do TC, a 2ª etapa de cálculo e adotada corrente de curto circuito trifásico
de 12942 A, que fora calculada por Haroldo Ennes dos Santos Júnior em seu projeto.
15 MVA
IN= =628,3 A
√ 3∗13,8 kV
7
IN
I n= =363,2 A
√3
I cc /20=647,1
a vigésima parte da corrente de curto circuito trifásico, pois A, logo a
Para classe de exatidão, tem-se 5 ou 10, no presente projeto, optar-se-á pela classe 10,
visto que se trata de uma barra de 13,8 kV com corrente de curto circuito maior que 10 kA,
logo os transformadores de classe de exatidão 10 são uma melhor opção para esta situação por
serem mais robustos e mais resistentes a saturação.
Para esta etapa, deve-se escolher a classe de impedância do transformador que para o
serviço de proteção deve ser de classe B.
Classe: 10B100
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4 Considerações
O dimensionamento de transformadores de corrente deve ser feito através das
especificações da NBR 6856, levando-se em consideração as grandezas nominais necessárias
para realização de tal projeto, tais como corrente e tensão nominal do primário do TC,
corrente de curto circuito trifásico, fator térmico, classe de exatidão, classe de impedância,
impedância e tensão nominal do secundário. Os resultados obtidos no exemplo aplicado do
presente projeto foram próximos aos obtidos no projeto de Haroldo Ennes dos Santos Júnior,
com diferença para a tensão nominal do secundário, no presente trabalho fora utilizado a
impedância de relés genéricos PL300 e desconsiderada a impedância dos condutores,
enquanto que no outro fora utilizado a impedância máxima permitida para TCs classe B que é
de 2 Ω.
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5 Referências
NBR 6856. Especificação de transformador de corrente. ABNT, 1992.
SANTOS, Haroldo Ennes dos. Anteprojeto da SE-UFRJ 138-13,8 kV. UFRJ, Mar, 2010.