Você está na página 1de 6

Um olhar sobre o fetichismo

Um olhar sobre o fetichismo


Carlos Antônio Andrade Mello

Ó tosão que até a nuca encrespa-se em cachoeira!


Ó cachos! Ó perfume que o ócio faz intenso!
Êxtase! Para encher à noite a alcova inteira
Das lembranças que dormem nessa cabeleira
Quero agitá-la no ar como se agita um lenço! 1

Resumo
O texto põe em evidência uma visão ao mesmo tempo histórica e conceitual do fetichismo, não
só em sua relação mais particular com a perversão mas, também, no que se refere aos destinos da
sexualidade.

Palavras-Chave
Perversão – Fetichismo – Objeto fetiche – Desmentido – Recusa da castração – Clivagem do eu

O interesse de Freud pelo Fetichismo favor do objeto substituto e aqueles em


perpassa sua obra, desde “Três Ensaios que tal objeto deve preencher uma con-
sobre a Teoria da Sexualidade” (1905), até dição fetichista para que o objetivo sexu-
“A Divisão do Ego nos Processos de Defe- al seja atingido.
sa” e “Esboço de Psicanálise”, ambos de Citando textualmente, “Certo grau de
1938, distribuindo-se em inúmeras abor- fetichismo, portanto, está habitualmente pre-
dagens que, direta ou indiretamente, são sente no amor normal, especialmente naque-
contribuintes ao estudo do tema. les seus estágios em que o objetivo sexual nor-
Em “Três Ensaios”, após enunciar a mal parece inatingível ou sua consumação é
existência de situações em que o “... obje- impedida”. 3
to sexual normal é substituído por outro que São comuns situações como esta na
conserva alguma relação com ele, mas é in- vida amorosa e, na literatura, os exemplos
teiramente inadequado para servir ao objeti- são inesgotáveis. Mas, neste ponto, Freud
vo sexual normal” 2, denominando-o feti- vem marcar a diferença, advertindo que
che, Freud já estabelece duas condições “A situação só se torna patológica quando o
fundamentais em sua ocorrência: anseio pelo fetiche passa além do ponto em
Estabelece a diferença entre os casos que é meramente uma condição necessária
em que o objetivo sexual, considerado ligada ao objeto sexual e efetivamente toma o
normal, é inteiramente abandonado em lugar do objetivo normal, e, mais, quando o
fetiche se desliga de um determinado indiví-
duo e se transforma no único objeto sexual”.4
1. BAUDELAIRE, C. A cabeleira in As flores do mal
(edição bilíngüe) Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985
(Tradução e notas de Ivan Junqueira)
2. FREUD, S. Três ensaios sobre a teoria da sexualida- 3. Idem
de. ESB. Rio de Janeiro: Imago,1976, v.VII. 4. Idem

Reverso • Belo Horizonte • ano 29 • n. 54 • p. 71 - 76 • Set. 2007 71


Carlos Antônio Andrade Mello

Mas, em se tratando de normal e de titui, como uma peça de roupa, um ade-


patológico, de objeto e de substituto, é hora reço ou até um brilho no nariz, tomando o
de verificar-se, a esta altura da obra freu- exemplo com que Freud inicia o texto Fe-
diana, a que se referem tais posições. tichismo, em 1927 (Glance at the nose e
Aqui é considerado como objetivo Glanz auf der Nase).
sexual normal a união dos órgãos genitais Neste texto, vai-se direto ao estabe-
na cópula, que conduz ao alívio da tensão lecimento de que o fetiche é um substitu-
sexual. Porém, marca o texto, estas deno- to para o pênis e, para ser fiel ao autor,
minações de normal e patológico também “...não se trata de um substituto para qual-
podem servir de base para a sua classifica- quer pênis ocasional, e sim para um pênis es-
ção. “As perversões são atividades sexuais que pecífico e muito especial, que foi extremamente
a) se estendem, num sentido anatômico, além importante na primeira infância, mas poste-
das regiões do corpo que se destinam à união riormente perdido... Para expressá-lo de modo
sexual ou b) demoram-se nas relações imedi- mais simples: o fetiche é um substituto do pê-
atas com o objeto sexual, que devem normal- nis da mulher (da mãe) em que o menininho
mente ser atravessadas rapidamente no ca- outrora acreditou e que – por razões que nos
minho em direção ao objetivo sexual final”. 5 são familiares – não deseja abandonar. O que
Vê-se como Freud estava apenso ao sucedeu, portanto, foi que o menino se recu-
critério de normalidade quanto à anato- sou a tomar conhecimento do fato de ter per-
mia da sexualidade e, até, ao critério de cebido que a mulher não tem pênis”.7
tempo para o desenvolvimento do ato se- Um horror instalado que agia em cau-
xual, conferindo à perversão o equivalen- sa própria, pois, a partir de agora, seu pró-
te de uma conduta sexual desviante. O prio pênis corria risco semelhante de de-
catálogo das perversões era uma herança saparição.
do direito canônico para a medicina do Esta recusa, esta “negação” da percep-
século XIX e ele, Freud, estava coerente ção, em nada alterou sua crença de que
com o pensamento de sua época. as mulheres possuem, de fato, um pênis.
O que se pode dizer quanto ao objeto Segundo Freud, “No conflito entre o peso
e seu substituto? O termo fetiche, em sua da percepção desagradável e a força de seu
origem, refere-se a “Objeto a que se atribui contra-desejo, chegou-se a um compromisso,
poder sobrenatural ou mágico e se presta cul- tal como só é possível sob o domínio das leis
to, ou então, objeto inanimado ou parte do inconscientes do pensamento – os processos
corpo considerada como possuidora de quali- primários”.8
dades mágicas ou eróticas. Em sua origem A mulher teve um pênis e, agora, algo
mais remota, de 1605, sortilégio, amuleto, do substituto tomou seu lugar e o mesmo in-
português feitiço, do latim factitius”. 6 teresse que aquele merecia, desmentindo
Apropriado pela psicanálise, refere-se sua inexistência.
a algo que é colocado em lugar do objeto
sexual, podendo ser uma parte do corpo, “O horror da castração ergueu um mo-
inapropriada para as finalidades sexuais, numento a si próprio na criação deste
ou algum objeto inanimado que tenha re- substituto, fazendo do fetiche um indício
lação atribuível com a pessoa que ele subs- do triunfo sobre a ameaça da castração
e uma proteção contra ela... Na vida
5. FREUD, S. Três ensaios sobre a teoria da sexualida- posterior, o fetichista sente desfrutar de
de. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v.VII.
6. HOUAISS, A.; VILLAR, M.S. Dicionário Houaiss
da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. 7. Freud, S. Fetichismo. ESB. Rio de Janeiro: Imago,
6. FREUD, S. Três ensaios sobre a teoria da sexualida- 1976, v.XXI.
de. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v.VII. 8. Idem.

72 Reverso • Belo Horizonte • ano 29 • n. 54 • p. 71 - 76 • Set. 2007


Um olhar sobre o fetichismo

ainda outra vantagem de seu substituto de a esta função, não só pela sua associa-
de um órgão genital. O significado do ção com a anatomia genital mas, princi-
fetiche não é conhecido por outras pes- palmente, com o fato apaziguador de vol-
soas, de modo que não é retirado do feti- tarem a crescer quando cortados. Enfim,
chista; é facilmente acessível e pode pron- o fetiche é um objeto não sexual, mas que
tamente conseguir a satisfação sexual li- deve estar intimamente associado ao cor-
gada a ele. Aquilo pelo qual os outros po, visível e inanimado.
homens têm de implorar e se esforçar Dois aspectos devem agora ser exa-
pode ser tido pelo fetichista sem qualquer minados detidamente: Um deles é o pro-
dificuldade”. 9 cesso utilizado da recusa, rejeição, ou des-
mentido – Verleugnung. Freud já havia uti-
Freud, após admitir que nenhum in- lizado este conceito antes, em 1924, nos
divíduo do sexo masculino é poupado do textos “A Organização Genital Infantil”,
susto da castração diante da primeira vi- “A Perda da Realidade na Neurose e na
são do genital feminino, não consegue Psicose” e em “Algumas Conseqüências
explicar por que alguns se tornam homos- Psíquicas na Diferença Anatômica entre
sexuais, outros fetichistas e a grande mai- os Sexos” e vem a ser o modo de defesa
oria supera o fato. próprio da perversão.
O fetiche, assim, funciona como um Esta recusa da realidade tem um cor-
memorial que está no lugar de algo, do respondente no jargão jurídico que é a
vazio. Porém, ao colocar algo no lugar, Refutação, sendo estabelecido na lei que,
marca-se, mais que tudo, a existência da para se refutar, é preciso conhecer primei-
falta, operação da ordem do simbólico, ro. Não é um recurso exclusivo da estru-
como presença de uma ausência. tura perversa, mas de todos os seres sexu-
A natureza deste objeto substituto é ados, na medida em que teriam um eu
de uma variedade infinita, mas intima- perverso, a partir de sua clivagem, como
mente ligada à cena relatada acima, via preço da diferença sexual. O eu reconhe-
de regra tem relação de deslocamento a ce a realidade, mas faz de conta que não.
partir do olhar para o pênis faltante. É “Eu sei, mas mesmo assim...”10 Curiosa
então que a defesa é acionada, através do a gramática da Verleugnung. Só há mesmo
deslocamento do olhar, não só no espaço, assim, por causa do eu sei, ou seja, só há
mas também no tempo, recuando até o fetiche porque o fetichista sabe que a
último elemento vislumbrado, ilusório da mulher não tem o falo. Percebe-se, con-
completude. Neste aspecto, funciona centrado na adversativa mas, todo o ape-
como uma lembrança encobridora. Há o lo à recusa. Esta colocação vem ao encon-
congelamento da imagem que antecedeu tro do que se propõe abordar agora, a cli-
à descoberta da falta, representada por um vagem.
objeto qualquer, e seu estabelecimento Para introduzir o segundo aspecto
como fetiche. anunciado, a clivagem do eu, considera-
A partir da posição da criança, o foco se que, em termos da lógica aristotélica,
do seu olhar pode dirigir-se ao pé, ao sa- que obedece ao princípio da não contra-
pato, às roupas íntimas, aos pêlos pubia- dição, as questões são falsas ou verdadei-
nos, a qualquer objeto capturado por este ras, as coisas são ou não são. No entanto,
olhar desviante. É importante assinalar há outras modalidades lógicas que regem
como os cabelos se prestam com facilida-
10. MANNONI, O. Eu sei mas mesmo assim... in Psico-
se – uma leitura psicanalítica. 2. ed. Org. por Chaim
9. Idem. S. Katz. São Paulo: Escuta, 1992.

Reverso • Belo Horizonte • ano 29 • n. 54 • p. 71 - 76 • Set. 2007 73


Carlos Antônio Andrade Mello

o aparelho psíquico e o inconsciente não cionada ao fetichismo, afirma, em “Esbo-


segue, necessariamente, ou isto ou aquilo e ço de Psicanálise”:
sim, isto e aquilo, é e não é, comportando
tanto o excludente como o conjuntivo. “Convenci-me pela primeira vez disto nos
Duas proposições antitéticas coexistem casos de fetichismo. Esta anormalidade...
sem que uma anule a outra. baseia-se, como é bem sabido, em que o
Este segundo aspecto é alcançado paciente (que é quase sempre do sexo
através de um salto pela obra freudiana masculino) não reconhece o fato de que
até o ano de 1938, nos textos “A Divisão as mulheres não possuem pênis – fato que
do Ego no Processo de Defesa” e também lhe é extremamente indesejável visto tra-
no “Esboço de Psicanálise” (cap. VIII). tar-se de uma prova da possibilidade de
O primeiro, texto tardio, postuma- ele próprio ser castrado. Nega, portanto,
mente publicado, é o testamento freudia- a sua própria percepção sensorial, que
no em relação ao eu, afirmando que este, lhe mostrou que falta um pênis aos geni-
ao invés de ser o lugar da síntese, está ir- tais femininos, e aferra-se à convicção
remediavelmente dividido. É descrita a contrária. A percepção negada, contu-
suposição de um conflito entre uma exi- do, não fica inteiramente sem influência,
gência por parte do eu e uma proibição pois, apesar de tudo, ele não tem a cora-
por parte da realidade. Diante disto, o su- gem de afirmar que realmente viu um
jeito, no caso a criança, não toma nenhum pênis. Em vez disso, o paciente apodera-
desses rumos, ou melhor, toma ambos, si- se de alguma outra coisa – uma parte do
multaneamente. Responde ao conflito por corpo ou algum outro objeto – e lhe atri-
duas reações contrárias. Por um lado, uti- bui o papel de pênis sem o qual não pode
lizando certos mecanismos, desmente a passar... As duas atitudes persistem lado
realidade, pelo outro, reconhece o perigo a lado durante toda a vida, sem se influ-
dessa realidade e assume o medo desse enciarem mutuamente”. 12
perigo com um sintoma.
Portanto, o fetiche guarda essa dupla
“Ambas as partes envolvidas na disputa vertente no inconsciente: recusa e afirma
obtêm sua cota: permite-se que a pulsão a castração, a partir da clivagem do eu,
conserve sua satisfação e mostra-se um como duas correntes, contínuas, parale-
respeito apropriado pela realidade. Mas las e autônomas.
tudo tem de ser pago de uma maneira ou No desenvolvimento pós-freudiano,
de outra, e esse sucesso é alcançado ao esta coexistência de presença/ausência
preço de uma fenda no eu, a qual nunca reforçou a atenção para o caráter simbóli-
se cura, mas aumenta à medida que o co desta operação. Em a “Significação do
tempo passa. As duas reações contrárias Falo”, Lacan afirma que o pênis dá uma
ao conflito persistem como ponto central certa fachada equívoca ao falo, portanto
de uma divisão do eu”.11 é deste que se trata o tempo todo. No Se-
minário A Relação de Objeto, lembra de
Freud estava referindo-se à situação uma passagem em que Freud, referindo-
do menino ameaçado de castração pela se à posição fundamental de negação na
prática da masturbação. E como se con- relação com o fetiche, diz que se trata de
tinuasse sua exposição, desta vez já dire- fazer manter-se de pé (aufrecht zu halten)

11. FREUD, S. Divisão do ego no processo de defesa. 12. FREUD, S. Esboço de psicanálise. ESB. Rio de Ja-
ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v.XXIII. neiro: Imago, 1976, v.XXIII.

74 Reverso • Belo Horizonte • ano 29 • n. 54 • p. 71 - 76 • Set. 2007


Um olhar sobre o fetichismo

essa relação complexa, como se falasse de LOOKING AT FETISHISM


um cenário. Daí talvez tenha lhe ocorri-
do, a Lacan, a imagem de uma cortina, in- Abstract
terposta entre o sujeito e o objeto, vincu- A view of fetishism, both historical and con-
lado a um mais-além, que é falta, que é ceptual, not only in relation to that which is
falo que falta, que é símbolo. specific to perversion but, also, concerning the
vicissitudes of sexuality.
“O fetiche não é o falo, mas o véu por
trás do qual se deixa desenhar a possibi- Keywords
lidade de sua presença escondida”. 13 Perversion – Fetishism – Fetish – Denial cas-
tration – Splitting of ego
Véu que, como a cortina, ante uma
cena, mostra e esconde, vela e desvela. ϕ UN REGARD SUR LE
FÉTICHISME

Resumé
Le texte met en évidence un regard, à la fois,
historique et conceptuel sur le fétichisme, pas
seulement dans son rapport plus particulier à
la pérversion, mais aussi avec les autres des-
tins de la sexualité.

Mots-Clés
Pérversion – Fétichisme – Objet fétiche - Déni
de la castration – Clivage du moi

Bibliografia
ASSOUN, P-L. C’est, donc la Chose, toujours. In
La Chose sexuelle. Nouvelle Revue de Psychanalyse,
n.29, 1984.
BAUDELAIRE, C. A cabeleira. In As flores do mal
(edição bilíngüe). Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985 (Tradução e notas de Ivan Junqueira).
CESAROTTO, O. Apontamentos pessoais de Se-
minário, Belo Horizonte, l991.
FREUD, S. Três ensaios sobre a teoria da sexuali-
dade. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v.VII.
FREUD, S. Leonardo da Vinci e uma lembrança
da sua infância. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976,
v.XI.
FREUD, S. Uma criança é espancada – uma
contribuição ao estudo da origem das perver-
sões sexuais. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976,
XVII.
FREUD, S. A organização genital infantil: uma
13. VALAS, P. Freud et la pérversion. in Ornicar? Revue interpolação na teoria da sexualidade. ESB. Rio
du Champ Freudien, n.45, 1988 ( Trad. do autor) de Janeiro: Imago, 1976, XIX.

Reverso • Belo Horizonte • ano 29 • n. 54 • p. 71 - 76 • Set. 2007 75


Carlos Antônio Andrade Mello

FREUD, S. A perda da realidade na neurose e na


psicose. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v.XIX.
FREUD, S. Algumas conseqüências psíquicas da
distinção anatômica entre os sexos. ESB. Rio de
Janeiro: Imago, 1976, v.XIX.
FREUD, S. O problema econômico do masoquis-
mo. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v.XIX.
FREUD, S. Fetichismo. ESB. Rio de Janeiro: Ima-
go, 1976, v.XXI.
FREUD, S. Esboço de Psicanálise. ESB. Rio de Ja-
neiro: Imago, 1976, v.XXIII.
FREUD, S. A divisão do ego no processo de defe-
sa. ESB. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v.XXIII.
GRUNBERGER, B. Essai sur le fétichisme. In Re-
vue française de Psychanalyse, n.2, 1976.
LACAN, J. O seminário: livro 4: a relação de objeto.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.
LACAN, J. La significación del falo. In Escritos. 15
ed. Buenos Aires: Siglo Veintiuno, 1971.
MANNONI, O. Eu sei, mas mesmo assim… In
Psicose – uma leitura psicanalítica. Org.
Chaim S. Katz. São Paulo: Escuta, 1992.
STOLLER, R. La pérversion et le désir de faire mal.
In La Chose sexuelle – Nouvelle Revue de Psycha-
nalyse, n.29, 1984.
VALAS, P. Freud et la pérversion. In Ornicar?,
Revue du Champ Freudien, n.45, 1988.

RECEBIDO EM 15/06/2007
APROVADO EM 27/06/2007

SOBRE O AUTOR

Carlos Antônio Andrade Mello


Médico. Psicanalista. Membro do Círculo
Psicanalítico de Minas Gerais – CPMG.

Endereço para correspondência:


Av. Brasil, 283/1502 - Santa Efigênia
30140-000 - BELO HORIZONTE - MG
Tel.: (31) 3241-4647
E-mail: andrademello@terra.com.br

76 Reverso • Belo Horizonte • ano 29 • n. 54 • p. 71 - 76 • Set. 2007

Você também pode gostar