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 Tipos de Sonda

1. Plataformas Fixas: Construída com pés de concreto ou de aço, são ancoradas


diretamente no fundo do mar, suportando uma plataforma com espaço para
sonda, facilidades de produção e alojamentos. São projetadas para uma vida muito
longa e são economicamente praticáveis para instalação em profundidades de
lâmina d’água de até aproximadamente 1700 pés (520 m).
2. Alto-Eleváveis: Consistem em uma balsa equipada com estruturas de apoio
(pernas) que são acionadas mecanicamente ou hidraulicamente para cima ou para
baixo até atingirem o fundo do mar. A partir dai inicia-se a elevação da plataforma
acima o nível do mar para operar com segurança. São estruturas móveis, versáteis,
podem ter propulsão própria ou serem rebocadas e são apropriadas para
plataforma continental com lâmina d’água de 5 a 200 metros. (Baixo custo
relativo).
3. Semissubmersíveis: São estruturas flutuantes composta de uma estrutura com um
ou mais converses, apoiada por colunas em flutuadores submersos. O sistema de
ancoragem é constituído por oito a doze âncoras e cabos ou corretes atuando
como molas que produzem esforços capazes de restaurar a posição da flutuante,
modificada pela ação das ondas, ventos e correntezas.
4. Navio-Sonda: Inicialmente eram adaptados, mas hoje são projetados
especialmente para a perfuração. Os sistemas de ancoragem e de segurança são
similares aos de uma plataforma semissubmersível, constituído por oito ou doze
ancoras e cabos ou correntes atuando como molas que produzem esforços
capazes de restaurar a posição do flutuante, modificada pela ação das ondas,
ventos e correntezas.
5. FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading): É um tipo de sistema de
tanques flutuantes utilizados pela indústria de produção de óleo e gás no mar. Ele
é projetado para armazenar todas as produções de óleo e de gás das plataformas
vizinhas, podendo processar ou não estes fluidos, estoca-los e serem escoados.

 Trajetória de poços

1. Vertical: É um poço que se pretende alcançar um alvo abaixo da superfície


localizado mais ou menos na projeção da locação em superfície.
2. Direcional: É aquele que tem a sua trajetória desviada propositalmente para atingir
um alvo abaixo da superfície distante da projeção da locação da superfície. (Usada
para desviar de domo salino por exemplo, evitar cidades, poço em chama).
3. Horizontal: É usado como poço produtor tendo sua finalidade de propiciar maior
exposição da zona produtora ao poço, geralmente em casos de formações
produtoras de pouca espessura, nas quais o poço vertical e mesmo o direcional
não seriam muito eficazes.
4. Multilateral: Neste caso, vários ramos são perfurados, pois os motivos para usar
este tipo de poço incluem alcançar maior eficiência de extração de
hidrocarbonetos de uma zona produtora ou operar de um mesmo poço em varias
zonas produtoras ou em vários reservatórios.
 Finalidade dos Poços

 Poços exploratórios ou pioneiro;


 Poços de desenvolvimento;
 Poços injetores.

 Condições contratuais para a perfuração do poço

 Função da profundidade;
 Função dos custos diários. (Sonda terrestre: ± U$$ 50mil. Sonda auto-elevável: ±
U$$ 100mil. Navio-sonda: ± U$$ 100mil.)

 Sistemas da sonda de perfuração

1. Sustentação de carga;
2. Geração e transmissão de energia;
3. Movimentação de carga;
4. Rotação;
5. Circulação;
6. Monitoração;
7. Segurança do poço.

 Equipamento de perfuração
 Sonda de perfuração: equipamentos empregados na perfuração de poços.
 Plataforma: suporte para o equipamento de perfuração que poderá ser:
o Plataforma fixa;
o Submersível;
o Semissubmersível;
o Navio.

UNIDADE DE PERFURAÇÃO
 Base da sonda e revestimento condutor.

1. Sistema de sustentação de carga

 Torre ou mastro: estruturas de forma piramidal, construída com elementos de aço


especial. Sustenta o peso das colunas de perfuração e revestimento.
 Subestruturas: são construções em aço especial instaladas sobre bases ou
fundações, propiciando a disponibilidade de espaço necessário para montagem da
cabeça do poço e dos equipamentos de segurança. A base ou fundação da sonda
pode ser de madeira, concreto armado ou em aço, apoiada sobre o solo.
 Estaleiro: é construído de uma estrutura metálica formado de vigas que se apoiam
sobre pilares. Os estaleiros servem para estocagem dos elementos tubulares,
todos estocados ao lado de uma passarela que precisam ser içados para a sonda
ou descarregados, facilitando o seu manuseio.

2. Sistema de geração e transmissão de energia

 Mecânica = motores de combustão (diesel);


 Diesel – Elétricas = sistemas elétricos.

3. Sistema de movimentação de carga


Permite a movimentação das colunas de perfuração, de revestimento, além de outros
equipamentos. Principais componentes:

1. Guincho: a função primordial do guincho numa sonda é a movimentação de


cargas resultantes das colunas de perfuração e de revestimento, bem como,
assegurar a frenagem destas cargas sempre que preciso. Pela sua importância
o guincho é considerado o coração da sonda.
2. Bloco de coroamento: é um conjunto de polias (4 a 7) localizado no topo da
torre ou mastro, por onde passa o cabo de perfuração. Suporta todas as
cargas aplicadas na torre.
3. Catarina: a catarina (literalmente um bloco viajante) é um conjunto de polias
(3 a 6) por onde passa o cabo de perfuração. Pela movimentação dos cabos
passados entre estas e o bloco, a catarina se movimenta ao longo da torre.
4. Gancho: o gancho é um equipamento complementar da catarina contendo
um sistema de amortização das cargas suspensas que facilitam o
enroscamento dos tubos.
5. Cabo de perfuração: trata-se de um cabo de aço cujas tranças, formadas por
fios de aço especial, são enrolados em torno de um outro cabo de aço,
denominado de alma.
6. Elevador: é um dispositivo mecânico utilizado para movimentação dos tubos
de perfuração, comandos e revestimentos. Trata-se de um anel de aço
bipartido com dobradiças e um sistema de fecho.

4. Sistema de rotação
Principais componentes são: mesa rotativa (1), kelly (2), cabeça de injeção ou swivel
(3).
 Sondas Convencionais: a coluna é guiada pela mesa rotativa
 Sonda com Top-Drive
 Sonda com motor de fundo

1. Mesa rotativa: transmite rotação á coluna de perfuração e permite o livre


deslizamento do kelly no seu interior
2. Kelly: kelly ou haste quadrada tem como principal função transmitir o torque
fornecido pela mesa rotativa, para a coluna, em forma de rotação. Como
parte integrante da coluna o kelly deve permitir a passagem de fluido em seu
interior. É ele que faz a ligação entre o Swivel (cabeça de injeção) e a coluna
de perfuração.
3. Swivel: elemento que liga as partes girantes ás fixas, permitindo livre rotação
da coluna; por um tubo na sua lateral permite a injeção de fluido no interior
da coluna de perfuração.

 Sonda com Top Drive: a rotação é transmitida ao topo da coluna de


perfuração por um motor acoplado à catarina.
o Dispensa o uso do kelly;
o Menor número de conexões;
o Perfuração mais ráida.

 Sonda com motor de fundo: motor acionado hidraulicamente, instalado no


fundo da coluna de perfuração, acima da broca. Esse motor aciona o giro da
broca sem movimentar a coluna de perfuração. (Mais utilizado para
perfuração direcional. A coluna não gira, apenas a parte interligada a broca.)

o Sistema convencional: eixo rotativo → mesa rotativa → kelly →


coluna → broca.
o Sistema Top Drive: top drive → coluna → broca
o Sistema com motor de fundo: coluna → motor de fundo → broca

5. Sistema de circulação

6. Sistema de Monitoração
Esse sistema é composto por equipamentos que são utilizados no controle da
perfuração, tais como:
 Manômetro;
 Indicador de peso sobre a broca;
 Indicador de torque;
 Tacômetro;
 Taxa de penetração da broca, etc.

7. Sistema de segurança do poço


O Sistema de segurança do poço é constituído de equipamentos complementares que
possibilitam o fechamento e o controle do poço. Tem como principal equipamento o
BOP (blowout preventer).
 Blowout Preventer (BOP): permite o fechamento do espaço anular e pode ser
de dois tipos: preventor anular e prevento de gaveta.
o O anular tem função de fechar o espaço anular de um poço por meio
de pistões que comprimem um elemento de borracha que se ajusta a
coluna.
o Já o de gaveta fecha o espaço anular do poço com pistões hidráulicos
que deslocam duas gavetas, uma contra a outra, transversalmente ao
eixo do poço.
 BOP – Principal função: impedir que os fluidos das formações atinjam a
superfície de maneira descontrolada.

Os preventores são acionados todas as vezes que houver um kick, que é um fluxo
indesejado do fluido existente num reservatório, para dentro do poço, durante a fase
de perfuração.

Se este fluxo não for controlado poderá transformar-se em um blowout, ou seja, poço
fluindo sem controle, além da possibilidade de acidentes pessoais e perda do
reservatório.

 Coluna de Perfuração
A coluna de perfuração é responsável pela transmissão da rotação e do peso
necessários para que a broca realize o trabalho de destruição das rochas.

 Funções da Coluna de Perfuração

1. Transmitir energia necessária para o funcionamento da broca (peso e rotação);


2. Guiar e controlar a broca na sua trajetória no subsolo;
3. Permitir a circulação do fluido de perfuração com o mínimo de perda de carga

 Componentes da Coluna de Perfuração

1. Kelly;
2. Comandos – Drill Collars (DC);
3. Tubos de perfuração pesados (Heavy Weight Drill Pipe);
4. Tubos de perfuração (Drill Pipe);
5. Equipamentos auxiliares:
i. Substitutos;
ii. Estabilizadores;
iii. Escareadores;
iv. Alargadores.

1. Kelly: kelly ou haste quadrada tem como principal função transmitir o torque
fornecido pela mesa rotativa, para a coluna, em forma de rotação. Como parte
integrante da coluna o kelly deve permitir a passagem de fluido em seu interior.
É ele que faz a ligação entre o Swivel (cabeça de injeção) e a coluna de
perfuração.
2. Comandos – Drill Collars (DC): são os principais tubos a ser colocados acima da
broca.
 São elementos tubulares fabricados em aço forjado, usinado e que
possuem alto peso linear devido a grande espessura de parede;
 Suas principais funções são fornecer peso sobre a broca e prover rigidez
à coluna, permitindo melhor controle da trajetória do poço;
 Externamente os comandos podem ser lisos ou espiralados, sendo
normalizados pelo API.
3. Tubos de perfuração pesados: Função: os HW’s são elementos de peso
intermediário, entre os tubos de perfuração e os comandos. Sua principal função
além de transmitir o torque e permitir a passagem de fluido, é fazer uma
transição mais gradual de rigidez entre os comandos e os tubos de perfuração.
4. Tubos de perfuração: são tubos sem costura feitos de aço especial, reforçado nas
extremidades para permitir que uniões cônicas sejam soldadas nestas
extremidades. Função: permitir circular o fluido de perfuração; transmitir o
torque e a rotação.
5. Principais acessórios:
i. Substitutos (sub’s): são pequenos tubos que desempenham varias
funções para fazer conexões com os principais componentes da coluna
de perfuração e ter propriedades compatíveis com os outros elementos
da coluna. (Conectam e carregam por ex. do estaleiro para a sonda). Os
principais sub’s em função de utilização são:
o Sub de içamento ou de elevação;
o Sub de cruzamento;
o Sub de broca;
o Sub do Kelly.
ii. Estabilizadores: são ferramentas que servem para centralizar a coluna de
perfuração, dando maior rigidez e afastando os comandos das paredes
do poço. Os estabilizadores também ajudam a manter o calibre do poço
e seu posicionamento na coluna é muito importante para a perfuração
direcional, pois suas posições controlam a variação da inclinação
iii. Escareadores: é uma ferramenta estabilizadora utilizada em formação
abrasiva, onde graças a presença de roletes consegue mais facilmente
manter o calibre do poço.
iv. Alargadores: são ferramentas que servem para aumentar o diâmetro de
um trecho já perfurado do poço. Existem basicamente dois tipos de
ferramentas:
o O Hole Opener é utilizado quando deseja-se alargar o poço desde
a superfície, tem braços fixos e é muito utilizado quando se
perfura para a descida do condutor de 30’’, neste caso se perfura
com um broca de 26’’ e um Hole Opener de 36’’ posicionado
acima da broca.
o Underreamer é usado quando deseja-se alargar um trecho do
poço começando por um ponto abaixo da superfície. São
utilizados com a finalidade de prover espaço livre para a descida
de revestimento e para akargamento da formação.
 Ferramentas de Manuseio da Coluna

1. Chave Flutuante: as chaves flutuantes são mantidas suspensas na plataforma


através de um sistema de cabo de aço, polia e contrapeso. São duas chaves que
permitem dar o torque de aperto ou desaperto nas uniões dos elementos
tubulares da coluna, são providas de mordentes intercambiáveis, responsáveis
pela fixação das chaves à coluna.
2. Iron Roughneck: possui as mesmas funções da chave flutuantes, porém sem o
contato humano nas conexões da coluna.
3. Cunha: as cunhas são os equipamentos que servem para apoiar totalmente a
coluna de perfuração na plataforma. São providas de mordentes intercambiáveis e
se encaixam entre a tubulação e a bucha da mesa rotativa. Existem tipos
diferentes para tubos de perfuração e comandos.

 Brocas
São equipamentos que tem a função de promover a ruptura e desagregação das
rochas ou formação.

A escolha da broca é uma tarefa técnica:


 Diâmetro do poço;
 Finalidade da broca;
 As características da formação.

A perfuração de um poço pode consumir dezenas de brocas. Há basicamente dois


tipos de brocas de perfuração:
 As que usam elementos cortantes fixos;
 As que usam elementos cortantes móveis. (mais usada hoje em dia)

 Brocas com partes fixas


As brocas com partes fixas empregam diamantes industriais ou de inserto de
carbureto de tungstênio ( são denominados PDC – Polycristaline Diamond
Compact).

São brocas formadas de material de extrema dureza. A broca cauda de peixe


opera por raspagem sendo mais adequada para perfurar formações bem mole.

 Brocas com partes móveis


As brocas com partes móveis ostentam cones que pela rotação e impacto
quebram as formações, produzindo cascalhos maiores que as brocas de
elementos cortantes fixos.

Existem vários tipos de brocas em termo de diâmetro, projeto e aplicação.

As brocas de dente de aço são mais robustas e resistentes a impactos, porém,


desgastam-se mais rapidamente, incluindo a quebra de dentes.
As brocas de diamante e de inserto de carbureto de tungstênio são mais
duráveis, perfuram trechos mais longos, porém, resistem menos a impactos.

O custo dessas brocas são muito variáveis, algumas podem custar acima de centenas
de milhares de dólares.

Decorre de tais fatores a importância que se deve dar à escolha da broca mais
adequada.

 As brocas são classificadas como

1. Broca de perfuração;
2. Broca de testemunhagem;
3. Broca de destruição.

1. Broca de Perfuração
As brocas para operação de perfurar as formações atuam pela ação de 3 fatores:
 Peso aplicado pelos comandos de perfuração;
 Rotação imposta pelo sistema de rotação;
 Impacto dos jatos de fluido de perfuração.

2. Brocas de Testemunhagem
Durante a perfuração do poço, são colhidas amostras das formações através de
brocas especiais, usualmente de diamantes, é vazada no centro de modo que a
medida que avança na formação deixa um cilindro de rocha no seu interior,
denominado de testemunho.

3. Broca de Destruição
As brocas de destruição são usadas para destruir objetos metálicos indesejáveis
dentro do poço, bem como para abrir uma janela no revestimento, quando se deseja
desviar um poço em um trecho já revestido.

 Rendimento da Broca
As brocas podem ser usadas por um tempo variado, algumas por muitas horas,
perfurando longos trechos do poço. Algumas brocas podem ser reutilizadas. Em certos
casos, porém, a broca tem de ser substituída precocemente.

 Hora correta para de retirar a broca do poço


 Baixa taxa de penetração;
 Aumento do torque;
 Coluna travando;
 Excesso de vibração;
 Tempo de broca no fundo;
 Término da fase.
 Custo
( ( ))

Onde: custo por metro perfurado (U$/m)


custo da broca (U$/h)
custo da sonda (U$/h)
tempo perfurando (h)
tempo manobrando (h)
comprimento perfurado (m)

 Fluidos de Perfuração
 Definições;
 Funções;
 Propriedades;
 Classificação.

 Definições
 A tudo que escoa chamamos de fluido independente da sua utilização e propriedades;
 Fluido de perfuração é um fluido circulante usado para tornar viável uma operação de
perfuração;
 São dispersões complexas de sólidos, líquidos e gases, usualmente constituídas de
duas fases: uma dispersante (aquosa ou orgânica) e outra dispersa, cuja complexidade
depende da natureza dos produtos dispersos, requisitos e funções necessárias.

Os fluidos de perfuração são vistos de diferentes maneiras por diferentes autores.

O Instituto Americano de Petróleo (API) considera fluido de perfuração qualquer fluido


circulante capaz de tornanr a operação de perfuração viável

Contudo, autores como Thomas consideram os fluidos de perfuração como misturas


complexas de sólidos, líquidos, produtos químicos e por vezes, até gases.

“O fluido de perfuração é como o sangue: flui, transporta, cicatriza, transmite força,


estabiliza as pressões internas, enfim, passa por todas as etapas da sondagem como se
fosse a extensão viva do ato de perfurara.”

A seleção de um fluido de perfuração adequado e o controle diário das suas propriedades


são preocupações de toda equipe de perfuração.

 Funções
... historicamente a primeira função dos fluidos de perfuração era agir como veículo para
remover os detritos gerados durante a perfuração de poços.
1. Remover os cascalhos gerados pela broca do fundo do poço e transportar para a
superfície;
2. Controlar as pressões de formação;
3. Estabilizar as paredes do poço;
4. Manter os cascalhos em suspensão sempre que houver parada da circulação do
fluido (tixotropia);
5. Resfriar e lubrificar a broca;
6. Lubrificar a coluna de perfuração, reduzindo seu atrito com o poço;
7. Proporcionar a formação de reboco fino e impermeável para proteger as
formações produtoras;
8. Permitir a coleta de informações sobre as formações através dos cascalhos, traços
de óleo e gás que são detectados na superfície;
9. Facilitar a realização de testes de formação, perfilagens, etc..
10. Custo na hora de escolher o fluido (deve ser com preço acessível).
11. Durante a perfuração, em virtude do constante contato da coluna de perfuração
com a formação geológica é gerada uma grande quantidade de calor. O fluido
ajuda a reduzir a temperatura da coluna de perfuração no fundo do poço.
12. Manter a estabilidade do poço
o Ph = Pf → equilíbrio desejável, mas perigoso (porque se Pf aumentar um
pouco o fluido pode invadir);
o Ph < Pf → podem ocorrer desmoronamentos, estreitamento do furo e kick;
o Ph > Pf → situação normal para estabilização do furo, o filtrado invade a
formação e forma o reboco;
o Ph >> Pf → danos a formação pelo excesso de pressão de fluido, podem
ocorrer faturamento da formação e fuga de fluido com perdas de circulação.
(Carbonatos, folhelho, gás).

 Propriedades
1. Densidade
2. Viscosidade
3. Forças Géis
4. Parâmetro de filtração
5. Teor de sólidos
6. Alcalinidade (pH)
7. Teor de bentonita ou de sólidos ativos
8. Lubricidade

A manutenção dessas propriedades é constante nas sondas e contribui para o sucesso da


perfuração

1. Densidade: por definição é a relação entre a massa do corpo e o seu volume em


condições definidas de pressão e temperatura. Ela é expressa em libras por galão
(lb/gal) ou (kg/m³). O aumento da densidade do fluido se faz mediante o acréscimo
de sulfato de bário (baritina), hematita e calcita. A redução da densidade se faz pela
diluição com água ou óleo diesel para os fluidos a base d’água. A densidade é uma
propriedade muito importante e deve ser mantida controlada de modo que a sua
pressão hidráulica seja suficiente para controlar os fluidos das formações.
2. Viscosidade: é a medida da resistência do fluido fluir. Em outras palavras mede a
consistência do fluido. A viscosidade deve ser suficientemente elevada para manter a
baritina em suspenção e assegurar o transporte dos cascalhos para fora do poço.
3. Força gel: a força gel é um parâmetro que indica o grau de tixotropia do fluido. Um
fluido tixotrópico é aquele que quando em repouso desenvolve uma estrutura
gelificada e que quando posto em movimento recupera a fluidez.
TIXOTROPIA
o Em repouso o fluido gelifica e mantém os detritos em suspensão;
o Ao iniciar bombeamento, o gel se quebra e começa a fluir transportando os
detritos á superfície.

 Classificação
De modo geral, os fluidos de perfuração são classificados de acordo com o seu constituinte
principal.

1. Fluidos a base água: são fluidos que tem a água como meio líquido contínuo, além
de componentes sólidos, como a argila (bentonita). Os fatores a serem considerados
são: Disponibilidade, custos de transporte e de tratamento; Usados nas fases iniciais
do poço.
2. Fluidos a base óleo:
A base óleo diesel: fora de uso na E&P – BC desde o final da década de 30 para
atender aos critérios de proteção ao meio ambiente.
Fluidos sintéticos: - são fluidos cuja fase líquida contínua é um líquido sintético;
- podem desempenhar as mesmas funções dos fluidos a base de
óleo, bem como serem utilizados em situações na quais os
fluidos à base de água sofrem limitações;
- são menos tóxicos que os fluidos a base de óleo. A decisão de
aplica-lo fica restringida à análise de viabilidade econômica;
- desvantagem: alto custo.
Quando usar?
o Poços de longo alcance
o Poços horizontais
o Poços com altas pressões e temperaturas (hp ht)
o Perfuração de intervalos salios

3. Fluidos a base ar: é o melhor fluido de perfuração sob o ponto de vista da taxa de
penetração da broca. Nele, é o ar ou o gás que é injetado no poço no lugar do fluido.
É ideal para perfuração em formações muito duras.
Vantagens:
o Perfuração com taxas de penetração elevada
o Perfuração de rochas duras
o Pode-se utilizar o N2 e perfurar sem risco de explosões
o Reduz o potencial de corrosão aos equipamentos envolvidos
Limitações:
o Risco de explosão quando se usa gás natural.
Assim sendo utiliza-se o fluido mais viável a fase a ser perfurada, levando-se em conta,
também, o fator econômico.

Caso contrário...
 Prisão de ferramenta;
 Desmoronamento das paredes e alargamento do poço;
 Baixo rendimento de perfuração;
 Perda de poço.

A ciência dos fluidos de perfuração é a área de trabalho do químicos e analistas de


laboratório, especialistas e encarregados da escolha e tratamento desse elemento tão
importante nas atividades de perfuração de poço.

O emprego de fluidos na perfuração de poços é a área de trabalho dos engenheiros de


petróleo, para calcular perdas de cargas, fazer o planejamento da hidráulica de perfuração
e dimensionar os equipamentos.

O fluido NÃO deve...


 Ser danoso a equipe e ao meio ambiente;
 Interferir no monitoramento do poço e avaliação das formações;
 Reduzir a produção do poço;
 Promover corrosão de quipamentos.

 Seleção de fluido de perfuração


Ao longo dos anos, várias formulações de fluidos de perfuração foram desenvolvidas para
atender as várias condições de subsuperfície.

A seleção do melhor fluido para satisfazer as condições de forma antecipada minimizará os


custos do poço e reduzirá o risco de catástrofes, como fluido de perfuração presos, perda
de circulação, etc.

Localização:
o Offshore: mais indicado base óleo
o Onshore: mais indicado base água

Rochas salinas
Para evitar que o sal se dissolva e, consequentemente, ocorra o alargamento do poço, um
fluido de base óleo ou uma salmora deve ser usada. A composição química de salmora
deve ser aproximadamente a mesma que aquele do domo salino.

Poço de alto ângulo


Em poços altamente desviados, torques e arrastos são um problema porque o tubo apoia-
se contra o lado inferior do poço e o risco de prisão do tubo é alto.
 Problemas de perfuração relacionados com fluidos de perfuração
Na perfuração de poços de petróleo, surgem vários problemas relacionados com as
propriedades dos fluidos de perfuração.

Alguns desses problemas, como a baixa velocidade de perfuração meramente tornam a


perfuração menos eficiente.

Outros, como tubo preso ou perda de circulação, podem interromper o progresso da


perfuração por semanas e as vezes levar ao abandono do poço.

1. Torque e arrasto da coluna de perfuração


Como nenhum poço é verdadeiramente vertical e como a coluna de
perfuração é flexível, o tubo de perfuração pressiona a lateral do poço em
inúmeros pontos.

A resistência e o atrito assim gerados podem exigir torque consideravelmente


maior do que o normalmente exigido para a broca se movimentar.

Torques e arrastes podem ser grandes o suficiente para causar uma perda de
potência.

A adição de determinados agentes lubrificantes ao fluido pode aliviar essa


perda de atrito.

2. Prisão diferencial da coluna de perfuração


Tubo preso é um dos riscos mais comuns nas operações de perfuração. As
vezes o problema é causado pela subida ou descida do tubo em uma seção do
poço com diâmetro abaixo do normal em uma região obturada por
desmoronamento.

Prisão diferencial ocorre depois que a circulação e rotação foram


temporariamente suspensa.

3. Taxa de perfuração lenta


Existe uma correlação entre a queda da taxa de penetração e a profundidade,
mesmo quando são levadas em consideração rochas mais antigas e mais duras
que são encontradas a medida que a profundidade do poço aumenta.

Se os cascalhos de perfuração não forem removidos de baixo da broca na


mesma velocidade em que eles são gerados, eles serão removidos e uma
camada de rocha quebrada irá acumular-se entre a broca e o fundo real do
poço.

4. Perda de circulação
A circulação em um poço de perfuração pode ser perdida nas fraturas
induzidas por pressões excessivas do fluido, em fraturas abertas preexistentes
ou em grandes aberturas com resistência estrutural (grandes poros, vugs).

5. Corrosão de tubo de perfuração


Embora os componentes dps fluidos de perfuração de base água não sejam
indevidamente corrosivos, a degradação dos aditivos pela alta temperatura
pode resultar em produtos corrosivos.

Além disso, a contaminação por gases ácidos (dióxido de carbono e sulfeto de


hidrogênio) e por salmoras das formações pode causar corrosões severas.

Em condições adversas, a substituição do tubo de perfuração corroído torna-se


um problema econômico.

 Operações de Perfuração
Independente de serem realizadas em terra ou mar, as operações de perfuração de
poços podem ser reunidas em três categorias:

1. As rotineiras, sempre, frequentemente;


2. As especificas, que também ocorrem sempre mas em momentos e condições
predeterminados;
3. As especiais, que podem ocorrer ou não, decorrente de problemas no poço.

1. Operações Rotineiras
a) Perfuração avante: a operação rotineira mais simples e mais adequada é a
de cortar as formações e avançar o aprofundamento do poço.
b) Manobra: em algumas situações, mais necessariamente ao final da vida útil
de cada broca, executa-se a retirada da coluna do poço para substituir a
broca desgastada.

2. Operações específicas
As operações específicas são aquelas que acontecem em todos os poços, porém, em
circunstancias predeterminadas, em momentos específicos da perfuração do poço.
a) Poço aberto e Poço revestido: a expressão poço aberto refere-se a qualquer
trecho do poço ainda não está protegido por uma coluna de revestimento.
b) Revestimento do poço: a descida e a cimentação de colunas de
revestimento é operação específica, uma vez que acontece em todos os
poços, mas em ocasiões particulares. As colunas de revestimentos são
formados pela junção de tubos metálicos manuseados individualmente na
plataforma da sonda de perfuração. A descida no poço é semelhante a
descida da coluna de perfuração. Os tubos de revestimento são fabricados
com grande variedade de diâmetros, espessuras de parede e graus de aço.
Função dos revestimentos:
o Prevenir o desmoronamento das paredes do poço;
o Evitar contaminação da água potável;
o Permitir o retorno do fluido de perfuração a superfície;
o Confinar a produção no interior do poço;
o Sustentar outra coluna de revestimento.
Características dos revestimentos:
o Ter resistência compatível com as solicitações;
o Ter dimensões compatíveis com as atividades futuras;
o Ser resistente à corrosão e a abrasão;
o Apresentar facilidade de conexões.
c) Cimentação de coluna de revestimento: uma vez descida e assentadas, as
colunas de revestimento são cimentadas ao poço através da colocação de
pasta de cimento no espaço anular entre o poço e a coluna de revestimento.
O serviço de cimentação de colunas é específica e costuma ser executado
por empresas especializadas.
Porque cimentar um poço?
o Isolar e suportar o revestimento;
o Proteger o revestimento da corrosão causada pela água e/ou gás da
formação.
Classificação da cimentação:
o Primária: é aquela realizada logo após a descida da coluna de
revestimento.
o Secundária: também denominada cimentação sobre pressão
(squeeaze). É o processo através do qual o cimento é forçado
através de orifícios aberto no revestimento preenchendo falhas ou
completando o isolamento de zonas produtoras..
d) Perfilagem

3. Operações Especiais
Além de impor riscos, os custos com operações especiais são imprevisíveis, sendo
certo que evitar, ou pelo menos, minimizar as indesejáveis deve ser preocupação
de:
a) Testemunhagem: consiste na perfuração de um trecho do poço com uma
broca especial.
b) Liberação de ferramenta presa: durante a perfuração do poço, a coluna de
perfuração pode ficar presa no poço. A prisão da ferramenta pode ocorrer
por vários motivos; desmoronamento de inchamento das paredes do poço;
pressão diferencial exercida pelo fluido de perfuração.
c) Vazamento nos conectores: outro problema é vazamento do fluido de
perfuração numa conexão qualquer, seja por defeito nas roxas massas nos
conectores ou fluido muito abrasivo.
d) Pescaria: é a operação para remover objetos indesejáveis do poço. O objeto
é denominado peixe. As operações de pescaria causam prejuízos elevados
em decorrência da perda de tempo, dano no poço, dano nas formações.
 Projetos de inicio de poço
Quando na locação, perfurando poço, a atividade de uma unidade de perfuração
acontece sete dias por semana, 24 horas por dia, ou seja é ininterrupta.

Um poço offshore custa em média U$$ 50 milhões. Desse modo, a unidade estará
operando de fato ou aguardando alguma coisa, como condições favoráveis de tempo,
reparo ou substituição de peças. Daí o conceito de tempo produtivo e tempo não
produtivo.

 Programa de perfuração
Descreve todas as operações importantes que serão realizadas, desde a cravação do tubo
condutor, que da inicio a perfuração, até o abandono* ou completação do poço.
*abandono permanente
*abandono temporário

O programa de perfuração contém informações necessárias à perfuração do poço, são


elas:
 Diâmetro do poço;
 Profundidade de cada trecho do poço;
 Colunas de revestimentos;
 Tipos e quantidades do fluido de perfuração;
 Perfis a serem corridos;
 Testeminhagem.

Tradicionalmente, a perfuração de um poço é apresentada em quatro* fases:


1. Assentamento do tubo condutor;
2. Perfuração do poço de superfície e descida e cimentação da coluna de
revestimento de superfície;
3. Perfuração de poço intermediário e descida e cimentação da coluna de
revestimento intermediário;
4. Perfuração do poço de produção.

1. Condutor:
 Primeiro revestimento a descer no poço;
 Profundidade da sapata: 10 a 80 m;
 Função: sustentar formações superficiais não consolidadas;
 Assentado por cravação ou perfuração;
 Diâmetros típicos: 32’’, 30’’, 20’’.

2. Superfície:
 Comprimento varia de 100 a 600 m;
 Funções: proteger lençóis freáticos, prevenir desmoronamentos de formações não
consolidados, servir como base de apoio para equipamentos de segurança de
cabeça de poço;
 Suportar o peso do BOP;
 Diâmetros típicos: 22’’, 20’’, 18 5/8’’, 16’’, 13 3/8’’, 10 3/4’’ e 9 5/8’’.

3. Intermediário:
 Tem a função de aumentar a resistência das formações de modo a garantir a
continuidade da perfuração;
 Diâmetros típicos: 13 3/8’’ 10 3/4’’.

4. Produção:
 Tem a função de permitir a produção do poço reportando as paredes e isolando os
intervalos produtores;
 Diâmetros típicos: 9 5/8’’, 7’’, 5 1/2’’.

As profundidades e os diâmetros de cada fase da perfuração de um poço podem variar


com as circunstâncias, entre elas a profundidade final do poço, ou seja, poços muito rasos
podem dispensas algumas dessas fases.

BOP:
Na perfuração de poço em terra, o BOP fica instalado logo acima da superfície do solo, no
espaço propiciado pela subetrutura da sonda, entre o fundo do ante poço e a plataforma
de trabalho na sonda.

Na perfuração de poço no mar, o BOP pode estar acima da superfície do mar no caso de
opções com plataformas fixas e unidade auto eleváveis ou no fundo do mar quando se
opera com plataformas flutuantes.

Este equipamento é composto, entre outras peças, por um conjunto operacional de


válvulas de segurança, como preventor contra erupção, sendo acionado da superfície ???

A principal função é impedir que os fluidos de formação atinja a superfície de maneira


descontrolada.

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