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Trajetória de poços
Função da profundidade;
Função dos custos diários. (Sonda terrestre: ± U$$ 50mil. Sonda auto-elevável: ±
U$$ 100mil. Navio-sonda: ± U$$ 100mil.)
1. Sustentação de carga;
2. Geração e transmissão de energia;
3. Movimentação de carga;
4. Rotação;
5. Circulação;
6. Monitoração;
7. Segurança do poço.
Equipamento de perfuração
Sonda de perfuração: equipamentos empregados na perfuração de poços.
Plataforma: suporte para o equipamento de perfuração que poderá ser:
o Plataforma fixa;
o Submersível;
o Semissubmersível;
o Navio.
UNIDADE DE PERFURAÇÃO
Base da sonda e revestimento condutor.
4. Sistema de rotação
Principais componentes são: mesa rotativa (1), kelly (2), cabeça de injeção ou swivel
(3).
Sondas Convencionais: a coluna é guiada pela mesa rotativa
Sonda com Top-Drive
Sonda com motor de fundo
5. Sistema de circulação
6. Sistema de Monitoração
Esse sistema é composto por equipamentos que são utilizados no controle da
perfuração, tais como:
Manômetro;
Indicador de peso sobre a broca;
Indicador de torque;
Tacômetro;
Taxa de penetração da broca, etc.
Os preventores são acionados todas as vezes que houver um kick, que é um fluxo
indesejado do fluido existente num reservatório, para dentro do poço, durante a fase
de perfuração.
Se este fluxo não for controlado poderá transformar-se em um blowout, ou seja, poço
fluindo sem controle, além da possibilidade de acidentes pessoais e perda do
reservatório.
Coluna de Perfuração
A coluna de perfuração é responsável pela transmissão da rotação e do peso
necessários para que a broca realize o trabalho de destruição das rochas.
1. Kelly;
2. Comandos – Drill Collars (DC);
3. Tubos de perfuração pesados (Heavy Weight Drill Pipe);
4. Tubos de perfuração (Drill Pipe);
5. Equipamentos auxiliares:
i. Substitutos;
ii. Estabilizadores;
iii. Escareadores;
iv. Alargadores.
1. Kelly: kelly ou haste quadrada tem como principal função transmitir o torque
fornecido pela mesa rotativa, para a coluna, em forma de rotação. Como parte
integrante da coluna o kelly deve permitir a passagem de fluido em seu interior.
É ele que faz a ligação entre o Swivel (cabeça de injeção) e a coluna de
perfuração.
2. Comandos – Drill Collars (DC): são os principais tubos a ser colocados acima da
broca.
São elementos tubulares fabricados em aço forjado, usinado e que
possuem alto peso linear devido a grande espessura de parede;
Suas principais funções são fornecer peso sobre a broca e prover rigidez
à coluna, permitindo melhor controle da trajetória do poço;
Externamente os comandos podem ser lisos ou espiralados, sendo
normalizados pelo API.
3. Tubos de perfuração pesados: Função: os HW’s são elementos de peso
intermediário, entre os tubos de perfuração e os comandos. Sua principal função
além de transmitir o torque e permitir a passagem de fluido, é fazer uma
transição mais gradual de rigidez entre os comandos e os tubos de perfuração.
4. Tubos de perfuração: são tubos sem costura feitos de aço especial, reforçado nas
extremidades para permitir que uniões cônicas sejam soldadas nestas
extremidades. Função: permitir circular o fluido de perfuração; transmitir o
torque e a rotação.
5. Principais acessórios:
i. Substitutos (sub’s): são pequenos tubos que desempenham varias
funções para fazer conexões com os principais componentes da coluna
de perfuração e ter propriedades compatíveis com os outros elementos
da coluna. (Conectam e carregam por ex. do estaleiro para a sonda). Os
principais sub’s em função de utilização são:
o Sub de içamento ou de elevação;
o Sub de cruzamento;
o Sub de broca;
o Sub do Kelly.
ii. Estabilizadores: são ferramentas que servem para centralizar a coluna de
perfuração, dando maior rigidez e afastando os comandos das paredes
do poço. Os estabilizadores também ajudam a manter o calibre do poço
e seu posicionamento na coluna é muito importante para a perfuração
direcional, pois suas posições controlam a variação da inclinação
iii. Escareadores: é uma ferramenta estabilizadora utilizada em formação
abrasiva, onde graças a presença de roletes consegue mais facilmente
manter o calibre do poço.
iv. Alargadores: são ferramentas que servem para aumentar o diâmetro de
um trecho já perfurado do poço. Existem basicamente dois tipos de
ferramentas:
o O Hole Opener é utilizado quando deseja-se alargar o poço desde
a superfície, tem braços fixos e é muito utilizado quando se
perfura para a descida do condutor de 30’’, neste caso se perfura
com um broca de 26’’ e um Hole Opener de 36’’ posicionado
acima da broca.
o Underreamer é usado quando deseja-se alargar um trecho do
poço começando por um ponto abaixo da superfície. São
utilizados com a finalidade de prover espaço livre para a descida
de revestimento e para akargamento da formação.
Ferramentas de Manuseio da Coluna
Brocas
São equipamentos que tem a função de promover a ruptura e desagregação das
rochas ou formação.
O custo dessas brocas são muito variáveis, algumas podem custar acima de centenas
de milhares de dólares.
Decorre de tais fatores a importância que se deve dar à escolha da broca mais
adequada.
1. Broca de perfuração;
2. Broca de testemunhagem;
3. Broca de destruição.
1. Broca de Perfuração
As brocas para operação de perfurar as formações atuam pela ação de 3 fatores:
Peso aplicado pelos comandos de perfuração;
Rotação imposta pelo sistema de rotação;
Impacto dos jatos de fluido de perfuração.
2. Brocas de Testemunhagem
Durante a perfuração do poço, são colhidas amostras das formações através de
brocas especiais, usualmente de diamantes, é vazada no centro de modo que a
medida que avança na formação deixa um cilindro de rocha no seu interior,
denominado de testemunho.
3. Broca de Destruição
As brocas de destruição são usadas para destruir objetos metálicos indesejáveis
dentro do poço, bem como para abrir uma janela no revestimento, quando se deseja
desviar um poço em um trecho já revestido.
Rendimento da Broca
As brocas podem ser usadas por um tempo variado, algumas por muitas horas,
perfurando longos trechos do poço. Algumas brocas podem ser reutilizadas. Em certos
casos, porém, a broca tem de ser substituída precocemente.
Fluidos de Perfuração
Definições;
Funções;
Propriedades;
Classificação.
Definições
A tudo que escoa chamamos de fluido independente da sua utilização e propriedades;
Fluido de perfuração é um fluido circulante usado para tornar viável uma operação de
perfuração;
São dispersões complexas de sólidos, líquidos e gases, usualmente constituídas de
duas fases: uma dispersante (aquosa ou orgânica) e outra dispersa, cuja complexidade
depende da natureza dos produtos dispersos, requisitos e funções necessárias.
Funções
... historicamente a primeira função dos fluidos de perfuração era agir como veículo para
remover os detritos gerados durante a perfuração de poços.
1. Remover os cascalhos gerados pela broca do fundo do poço e transportar para a
superfície;
2. Controlar as pressões de formação;
3. Estabilizar as paredes do poço;
4. Manter os cascalhos em suspensão sempre que houver parada da circulação do
fluido (tixotropia);
5. Resfriar e lubrificar a broca;
6. Lubrificar a coluna de perfuração, reduzindo seu atrito com o poço;
7. Proporcionar a formação de reboco fino e impermeável para proteger as
formações produtoras;
8. Permitir a coleta de informações sobre as formações através dos cascalhos, traços
de óleo e gás que são detectados na superfície;
9. Facilitar a realização de testes de formação, perfilagens, etc..
10. Custo na hora de escolher o fluido (deve ser com preço acessível).
11. Durante a perfuração, em virtude do constante contato da coluna de perfuração
com a formação geológica é gerada uma grande quantidade de calor. O fluido
ajuda a reduzir a temperatura da coluna de perfuração no fundo do poço.
12. Manter a estabilidade do poço
o Ph = Pf → equilíbrio desejável, mas perigoso (porque se Pf aumentar um
pouco o fluido pode invadir);
o Ph < Pf → podem ocorrer desmoronamentos, estreitamento do furo e kick;
o Ph > Pf → situação normal para estabilização do furo, o filtrado invade a
formação e forma o reboco;
o Ph >> Pf → danos a formação pelo excesso de pressão de fluido, podem
ocorrer faturamento da formação e fuga de fluido com perdas de circulação.
(Carbonatos, folhelho, gás).
Propriedades
1. Densidade
2. Viscosidade
3. Forças Géis
4. Parâmetro de filtração
5. Teor de sólidos
6. Alcalinidade (pH)
7. Teor de bentonita ou de sólidos ativos
8. Lubricidade
Classificação
De modo geral, os fluidos de perfuração são classificados de acordo com o seu constituinte
principal.
1. Fluidos a base água: são fluidos que tem a água como meio líquido contínuo, além
de componentes sólidos, como a argila (bentonita). Os fatores a serem considerados
são: Disponibilidade, custos de transporte e de tratamento; Usados nas fases iniciais
do poço.
2. Fluidos a base óleo:
A base óleo diesel: fora de uso na E&P – BC desde o final da década de 30 para
atender aos critérios de proteção ao meio ambiente.
Fluidos sintéticos: - são fluidos cuja fase líquida contínua é um líquido sintético;
- podem desempenhar as mesmas funções dos fluidos a base de
óleo, bem como serem utilizados em situações na quais os
fluidos à base de água sofrem limitações;
- são menos tóxicos que os fluidos a base de óleo. A decisão de
aplica-lo fica restringida à análise de viabilidade econômica;
- desvantagem: alto custo.
Quando usar?
o Poços de longo alcance
o Poços horizontais
o Poços com altas pressões e temperaturas (hp ht)
o Perfuração de intervalos salios
3. Fluidos a base ar: é o melhor fluido de perfuração sob o ponto de vista da taxa de
penetração da broca. Nele, é o ar ou o gás que é injetado no poço no lugar do fluido.
É ideal para perfuração em formações muito duras.
Vantagens:
o Perfuração com taxas de penetração elevada
o Perfuração de rochas duras
o Pode-se utilizar o N2 e perfurar sem risco de explosões
o Reduz o potencial de corrosão aos equipamentos envolvidos
Limitações:
o Risco de explosão quando se usa gás natural.
Assim sendo utiliza-se o fluido mais viável a fase a ser perfurada, levando-se em conta,
também, o fator econômico.
Caso contrário...
Prisão de ferramenta;
Desmoronamento das paredes e alargamento do poço;
Baixo rendimento de perfuração;
Perda de poço.
Localização:
o Offshore: mais indicado base óleo
o Onshore: mais indicado base água
Rochas salinas
Para evitar que o sal se dissolva e, consequentemente, ocorra o alargamento do poço, um
fluido de base óleo ou uma salmora deve ser usada. A composição química de salmora
deve ser aproximadamente a mesma que aquele do domo salino.
Torques e arrastes podem ser grandes o suficiente para causar uma perda de
potência.
4. Perda de circulação
A circulação em um poço de perfuração pode ser perdida nas fraturas
induzidas por pressões excessivas do fluido, em fraturas abertas preexistentes
ou em grandes aberturas com resistência estrutural (grandes poros, vugs).
Operações de Perfuração
Independente de serem realizadas em terra ou mar, as operações de perfuração de
poços podem ser reunidas em três categorias:
1. Operações Rotineiras
a) Perfuração avante: a operação rotineira mais simples e mais adequada é a
de cortar as formações e avançar o aprofundamento do poço.
b) Manobra: em algumas situações, mais necessariamente ao final da vida útil
de cada broca, executa-se a retirada da coluna do poço para substituir a
broca desgastada.
2. Operações específicas
As operações específicas são aquelas que acontecem em todos os poços, porém, em
circunstancias predeterminadas, em momentos específicos da perfuração do poço.
a) Poço aberto e Poço revestido: a expressão poço aberto refere-se a qualquer
trecho do poço ainda não está protegido por uma coluna de revestimento.
b) Revestimento do poço: a descida e a cimentação de colunas de
revestimento é operação específica, uma vez que acontece em todos os
poços, mas em ocasiões particulares. As colunas de revestimentos são
formados pela junção de tubos metálicos manuseados individualmente na
plataforma da sonda de perfuração. A descida no poço é semelhante a
descida da coluna de perfuração. Os tubos de revestimento são fabricados
com grande variedade de diâmetros, espessuras de parede e graus de aço.
Função dos revestimentos:
o Prevenir o desmoronamento das paredes do poço;
o Evitar contaminação da água potável;
o Permitir o retorno do fluido de perfuração a superfície;
o Confinar a produção no interior do poço;
o Sustentar outra coluna de revestimento.
Características dos revestimentos:
o Ter resistência compatível com as solicitações;
o Ter dimensões compatíveis com as atividades futuras;
o Ser resistente à corrosão e a abrasão;
o Apresentar facilidade de conexões.
c) Cimentação de coluna de revestimento: uma vez descida e assentadas, as
colunas de revestimento são cimentadas ao poço através da colocação de
pasta de cimento no espaço anular entre o poço e a coluna de revestimento.
O serviço de cimentação de colunas é específica e costuma ser executado
por empresas especializadas.
Porque cimentar um poço?
o Isolar e suportar o revestimento;
o Proteger o revestimento da corrosão causada pela água e/ou gás da
formação.
Classificação da cimentação:
o Primária: é aquela realizada logo após a descida da coluna de
revestimento.
o Secundária: também denominada cimentação sobre pressão
(squeeaze). É o processo através do qual o cimento é forçado
através de orifícios aberto no revestimento preenchendo falhas ou
completando o isolamento de zonas produtoras..
d) Perfilagem
3. Operações Especiais
Além de impor riscos, os custos com operações especiais são imprevisíveis, sendo
certo que evitar, ou pelo menos, minimizar as indesejáveis deve ser preocupação
de:
a) Testemunhagem: consiste na perfuração de um trecho do poço com uma
broca especial.
b) Liberação de ferramenta presa: durante a perfuração do poço, a coluna de
perfuração pode ficar presa no poço. A prisão da ferramenta pode ocorrer
por vários motivos; desmoronamento de inchamento das paredes do poço;
pressão diferencial exercida pelo fluido de perfuração.
c) Vazamento nos conectores: outro problema é vazamento do fluido de
perfuração numa conexão qualquer, seja por defeito nas roxas massas nos
conectores ou fluido muito abrasivo.
d) Pescaria: é a operação para remover objetos indesejáveis do poço. O objeto
é denominado peixe. As operações de pescaria causam prejuízos elevados
em decorrência da perda de tempo, dano no poço, dano nas formações.
Projetos de inicio de poço
Quando na locação, perfurando poço, a atividade de uma unidade de perfuração
acontece sete dias por semana, 24 horas por dia, ou seja é ininterrupta.
Um poço offshore custa em média U$$ 50 milhões. Desse modo, a unidade estará
operando de fato ou aguardando alguma coisa, como condições favoráveis de tempo,
reparo ou substituição de peças. Daí o conceito de tempo produtivo e tempo não
produtivo.
Programa de perfuração
Descreve todas as operações importantes que serão realizadas, desde a cravação do tubo
condutor, que da inicio a perfuração, até o abandono* ou completação do poço.
*abandono permanente
*abandono temporário
1. Condutor:
Primeiro revestimento a descer no poço;
Profundidade da sapata: 10 a 80 m;
Função: sustentar formações superficiais não consolidadas;
Assentado por cravação ou perfuração;
Diâmetros típicos: 32’’, 30’’, 20’’.
2. Superfície:
Comprimento varia de 100 a 600 m;
Funções: proteger lençóis freáticos, prevenir desmoronamentos de formações não
consolidados, servir como base de apoio para equipamentos de segurança de
cabeça de poço;
Suportar o peso do BOP;
Diâmetros típicos: 22’’, 20’’, 18 5/8’’, 16’’, 13 3/8’’, 10 3/4’’ e 9 5/8’’.
3. Intermediário:
Tem a função de aumentar a resistência das formações de modo a garantir a
continuidade da perfuração;
Diâmetros típicos: 13 3/8’’ 10 3/4’’.
4. Produção:
Tem a função de permitir a produção do poço reportando as paredes e isolando os
intervalos produtores;
Diâmetros típicos: 9 5/8’’, 7’’, 5 1/2’’.
BOP:
Na perfuração de poço em terra, o BOP fica instalado logo acima da superfície do solo, no
espaço propiciado pela subetrutura da sonda, entre o fundo do ante poço e a plataforma
de trabalho na sonda.
Na perfuração de poço no mar, o BOP pode estar acima da superfície do mar no caso de
opções com plataformas fixas e unidade auto eleváveis ou no fundo do mar quando se
opera com plataformas flutuantes.