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Técnico de Administração - Petrobrás

PETROBRÁS
Técnico de Administração
e Controle Júnior
Língua Portuguesa
Matemática
Conhecimentos Específicos

Eventuais erratas e complementos referentes


a esta apostila estarão disponíveis em
nossas unidades e no site.

RIO DE JANEIRO
ALCÂNTARA: Rua Manoel João Gonçalves , 414 / 2º andar * (21) 2603-8480
CINELÂNDIA: Praça Mahatma Gandhi, 2 / 2º andar * (21) 2279-8257
CENTRO: Rua da Alfândega, 80 / 2º andar * (21) 3970-1015
COPACABANA: Av. N. Sra. Copacabana, 807 / 2º andar * (21) 3816-1142
DUQUE DE CAXIAS: Av. Pres. Kennedy, 1203 / 3º andar * (21) 3659-1523
MADUREIRA: Shopping Tem-Tudo / Sobreloja 18 * (21) 3390-8887
MÉIER: Rua Manuela Barbosa , 23 / 2º andar * (21) 3296-8857
NITERÓI: Rua São Pedro, 151 / Sobreloja * (21) 3604-6234
TAQUARA: Av. Nelson Cardoso, 1141 / 3º andar * (21) 2435-2611
SÃO PAULO
SÃO PAULO: Rua Barão de Itapetininga, 163 / 6º andar * (11) 3017-8800
SANTO ANDRÉ: Av. José Cabalero, 257 * (11) 4437-8800
SANTO AMARO: Av. Santo Amaro, 5860 * (11) 5189-8800
ALPHAVILLE: Calçada das Rosas, 74 * (11) 4197-5000
GUARULHOS: Av. Dr. Timóteo Penteado, 714 - Vila Progresso * (11) 2447-8800
OSASCO: Av. Deputado Emílio Carlos, 1132 * (11) 2284-8800

Degrau Cultural 1

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Técnico de Administração - Petrobrás

PETROBRÁS
Técnico de Administração
e Controle Júnior

EDITORA EXECUTIVA
Andréa Martins

GERENTE DE EDITORAÇÃO
Rodrigo Nascimento

SUPERVISÃO DIDÁTICA E PEDAGÓGICA


Claudio Roberto Bastos
Marceli Lopes
Rosangela Cardoso

DIAGRAMAÇÃO
Mariana Gomes

CAPA
Marcelo Fraga
Igor Marraschi

E-MAIL
apostilas@degraucultural.com.br

Proibida a reprodução no todo ou em partes, por qualquer meio ou processo,


sem autorização expressa. A violação dos direitos autorais é punida como crime: Código
Penal, Art nº 184 e seus parágrafos e Art nº 186 e seus incisos. (Ambos atualizados pela Lei
nº 10.695/2003) e Lei nº 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais.

2 Degrau Cultural

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Técnico de Administração - Petrobrás

Prezado(a) Candidato(a),

A equipe pedagógica da Degrau Cultural elaborou este material para auxiliar a


todos aqueles que pretendem prestar o concurso da Petrobrás, para o cargo de
Técnico de Administração e Controle Júnior. Este material possui noções de Língua
Portuguesa, Matemática e Conhecimentos Específicos.

Esperamos que nosso material possa ser útil na conquista de seus objetivos e,
desde já, desejamos-lhe sucesso na sua empreitada.

Aproveitamos o ensejo para solicitar-lhe a gentileza de, ao término de seus es-


tudos, preencher a carta-resposta que se encontra ao final da apostila e entregar em
qualquer agência dos Correios, pois sua opinião é fundamental para que possamos
trabalhar de modo a atender, cada vez mais, às suas expectativas.

Atenciosamente,

Os Editores.

Sumário

05 Língua Portuguesa

79 Matemática

159 Conhecimentos Específicos

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Técnico de Administração - Petrobrás

4 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

Língua Portuguesa

07 Compreensão e Interpretação de Textos


26 Ortografia
31 Morfossintaxe
58 Concordância Nominal e Verbal
64 Regência Verbal e Nominal
71 Colocação Pronominal
72 Crase
75 Pontuação
77 Semântica

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Língua Portuguesa

6 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

I. Tipologia Textual

Narração

Descrição

Obs.: Às vezes, um fragmento pode apresentar características que o assemelham a uma descrição e também a uma
narração. Nesse caso, é interessante observar que em um fragmento narrativo a relação entre os fatos relacionados é
de anterioridade e posterioridade, ou seja, existe o fato que ocorre antes e aquele que ocorre depois. Em uma narração
ocorre a progressão temporal. Já na descrição a relação entre os fatos é de simultaneidade, ou seja, os fatos relacio-
nados são concomitantes, não ocorrendo progressão temporal.

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Língua Portuguesa

Dissertação

Classifique os trechos abaixo. Marque:


(A) Narração
(B) Descrição
(C) Dissertação

1. Ocorreu um pequeno incêndio na noite de ontem, em um apartamento de propriedade do Sr. Marcos da Fonseca.
No local habitavam o proprietário, sua esposa e seus dois filhos. O fogo despontou em um dos quartos que, por
sorte, ficava na frente do prédio.

2. O mundo moderno caminha atualmente para sua própria destruição, pois tem havido inúmeros conflitos interna-
cionais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico e, além do mais, permanece o
perigo de uma catástrofe nuclear.

3. Qualquer pessoa que o visse, quer pessoalmente ou através dos meios de comunicação, era logo levada a sentir
que dele emanava uma serenidade e autoconfiança próprias daqueles que vivem com sabedoria e dignidade.

4. De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade de um pai que cada pessoa gostaria de ter e de quem a nação tanto
precisava naquele momento de desamparo.

5. Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na possibilidade de estarmos a caminho do nosso
próprio extermínio. É desejo de todos nós que algo possa ser feito no sentido de conter essas diversas forças
destrutivas, para podermos sobreviver às adversidades e construir um mundo que, por ser pacífico, será mais
facilmente habitado pelas gerações vindouras.

6. O homem, dono da barraca de tomates, tentava, em vão, acalmar a nervosa senhora. Não sei por que brigavam,
mas sei o que vi: a mulher imensamente gorda, mais do que gorda, monstruosa, erguia os enormes braços e, com
os punhos cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com medo de que ela destruísse a barraca
— e talvez o próprio homem — devido à sua fúria incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva
crescente e ficando cada vez mais vermelha, assim como os tomates, ou até mais.

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Língua Portuguesa

Texto para a questão 7 • fazer anotações à margem


(...) em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglo-
III.Entendimento do Texto
meração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns após outros,
O que deve ser observado para chegar à melhor com-
lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que
preensão do texto?
escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se.
As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas
1. PALAVRAS-CHAVE
para não as molhar, via-se-lhes a tostada nudez dos braços e
Palavras mais importantes de cada parágrafo, em
do pescoço que elas despiam suspendendo o cabelo todo
torno das quais outras se organizam, criando uma
para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam
ligação para produzirem sentido. As palavras-chave
em não molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem
aparecem, muitas vezes, ao longo do texto de diver-
debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as
sas formas: repetidas, modificadas ou retomadas
barbas, fossando e fungando contra as palmas das mãos. As
por sinônimos. As palavras-chave formam o alicer-
portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar
ce do texto, são a base de sua sustentação, levam o
de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demo-
leitor ao entendimento da totalidade do texto, dando
ravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou saias;
condições para reconstruí-lo.
as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-
se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estala- • atenção especial para verbos e substantivos;
gem ou no recanto das hortas. • o título é uma boa dica de palavra-chave.
(Aluísio Azevedo, O Cortiço) Observe o texto de Bertrand Russel, “Minha Vida”, a fim de
compreender a forma como ele está construído:
7. O fragmento acima pode ser considerado:
a) narrativo, pois ocorre entre seus enunciados uma 1 Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, go-
progressão temporal de modo que um pode ser con- vernaram minha vida: o desejo imenso do amor, a procura
siderado anterior ao outro. do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofri-
b) um típico fragmento dissertativo em que se obser- mento da humanidade. Essas paixões, como os fortes ven-
vam muitos argumentos. 5 tos, levaram-me de um lado para outro, em caminhos capri-
c) descritivo, pois não ocorre entre os enunciados uma chosos, para além de um profundo oceano de angústias,
progressão temporal: um enunciado não pode ser chegando à beira do verdadeiro desespero.
considerado anterior ao outro. Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase – êxtase tão
d) descritivo, pois os argumentos apresentados são grande que sacrificaria o resto de minha vida por umas
objetivos e subjetivos. 10 poucas horas dessa alegria. Procurei-o, também, porque
abranda a solidão – aquela terrível solidão em que uma
8. Filosofia dos Epitáfios consciência horrorizada observa, da margem do mundo, o
Saí, afastando-me dos grupos e fingindo ler os epitáfios. E, insondável e frio abismo sem vida. Procurei-o, finalmente,
aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, porque na união do amor vi, em mística miniatura, a visão
uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o 15 prefigurada do paraíso que santos e poetas imaginaram.
homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra Isso foi o que procurei e, embora pudesse parecer bom
que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que demais para a vida humana, foi o que encontrei.
sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a Com igual paixão busquei o conhecimento. Desejei com-
podridão anônima os alcança a eles mesmos. preender os corações dos homens. Desejei saber por que
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas) 20 as estrelas brilham. E tentei apreender a força pitagórica
pela qual o número se mantém acima do fluxo. Um pouco
Do ponto de vista da composição, é correto afirmar que disso, não muito, encontrei.
o capítulo “Filosofia dos Epitáfios” Amor e conhecimento, até onde foram possíveis, con-
duziram-me aos caminhos do paraíso. Mas a compaixão
a) é predominantemente dissertativo, servindo os da- 25 sempre me trouxe de volta à Terra. Ecos de gritos de dor
dos do enredo do ambiente como fundo para a di- reverberam em meu coração. Crianças famintas, vítimas
gressão. torturadas por opressores, velhos desprotegidos – odiosa
b) é predominantemente descritivo, com a suspensão do carga para seus filhos – e o mundo inteiro de solidão, po-
curso da história dando lugar à construção do cenário. breza e dor transformaram em arremedo o que a vida huma-
c) equilibra em harmonia narração e descrição, à me- 30 na poderia ser. Anseio ardentemente aliviar o mal, mas não
dida que faz avançar a história e cria o cenário de posso, e também sofro.
sua ambientação. Isso foi a minha vida. Achei-a digna de ser vivida e vivê-
d) é predominantemente narrativo, visto que o narrador la-ia de novo com a maior alegria se a oportunidade me
evoca os acontecimentos que marcaram sua saída. fosse oferecida.
(RUSSEL, Bertrand, Revista Mensal de Cultura,
II. Roteiro para Leitura de Textos Enciclopédia Bloch, n. 53, set.1971, p.83)
• ler atentamente o texto, tendo noção do conjunto
• compreender as relações entre as partes do texto O texto é constituído de cinco parágrafos que se encadei-
• sublinhar momentos mais significativos am de forma coerente, a partir das palavras-chave vida e
paixões do primeiro parágrafo:

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Língua Portuguesa

palavras-chave e) “dessas” (l.14) refere-se a “deficiências da fiscaliza-


• 1º parágrafo – vida / paixões ção oficial” (l.8-9).
• 2º parágrafo - amor
• 3º parágrafo - conhecimento 2. IDEIAS-CHAVE
• 4º parágrafo - compaixão Se houver dificuldade para chegar à síntese do texto
• 5º parágrafo – vida só pelas palavras-chave, deve-se buscar a ideia-
As palavras-chave vida e paixões prolongam-se em: amor, chave, que deve refletir o assunto principal de cada
conhecimento e compaixão. Cada parágrafo irá ater-se a parágrafo, de forma sintetizada.
cada uma dessas paixões. • A partir da síntese de cada parágrafo, chega-se à
ideia central do texto.
Leia o texto abaixo para responder às questões 9 e 10.
Observe o texto:
1 É universalmente aceito o fato de que sai mais cara a repa- Existem duas formas de operação marginal: a que toma a clas-
ração das perdas por acidentes de trabalho que o investi- sificação genérica de economia informal, correspondente a mais
mento em sua prevenção. Mas, então, por que eles ocorrem de 50% do Produto Interno Bruto (PIB), e a representada pelos
com tanta frequência? trabalhadores admitidos sem carteira assinada. Ambas são por-
5 Falta, evidentemente, fiscalização. Constatar tal fato exige tadoras de efeitos econômicos e sociais catastróficos.
apenas o trabalho de observar obras de engenharia civil, A atividade econômica exercida ao largo dos registros oficiais
ao longo de qualquer trajeto por ônibus ou por carro na frustra a arrecadação de receitas tributárias nunca inferiores
cidade. E quem poderia suprir as deficiências da fiscaliza- a R$ 50 bilhões ao ano. A perda de receita fiscal de tal porte
ção oficial – os sindicatos patronais ou de empregados – torna precários os programas governamentais para atendi-
10 não o faz; se não for por um conformismo cruel, a tomar por mento à demanda por saúde, educação, habitação, assistên-
fatalidade o que é perfeitamente possível de prevenir, terá cia previdenciária e segurança pública.
sido por nosso baixo nível de organização e escasso inte-
Quanto aos trabalhadores sem anotação em carteira, formam
resse pela filiação a entidades de classe, ou por desvio
um colossal conjunto de excluídos. Estão à margem dos bene-
dessas de seus interesses primordiais.
fícios sociais garantidos pelos direitos de cidadania, entre os
15 Falta também a educação básica, prévia a qualquer treina-
quais vale citar o acesso à aposentadoria, ao seguro-desem-
mento: com a baixíssima escolaridade do trabalhador brasi-
prego e às indenizações reparadoras pela despedida sem
leiro, não há compreensão suficiente da necessidade e be-
justa causa. De outro lado, não recolhem a contribuição previ-
nefício dos equipamentos de segurança, assim como da
denciária, mas exercem fortes pressões sobre os serviços
mais simples mensagem ou de um manual de instruções.
públicos de assistência médico-hospitalar.
20 E há, enfim, o fenômeno recente da terceirização, que pode
A reforma tributária poderá converter a expressões tolerá-
estar funcionando às avessas, ao propiciar o surgimento e
veis a economia informal. A redução fiscal incidente sobre as
a multiplicação de empresas fantasmas de serviços, que
micro e pequenas empresas provocará, com certeza, a regu-
contratam a primeira mão de obra disponível, em vez de
larização de grande parte das unidades produtivas em ação
selecionar e de oferecer mão de obra especializada.
clandestina. E a adoção de uma política consistente para per-
(O Estado de S.Paulo – 22 de fevereiro de 1998 – adaptado) mitir o aumento do emprego e da renda trará de volta ao mer-
cado formal os milhões de empregados sem carteira assina-
9. Assinale a opção que apresenta as palavras-chave da. É preciso entender que o esforço em favor da inserção da
do texto. economia no sistema mundial não pode pagar tributo ao de-
a) aceitação universal – constatação – benefício – semprego e à marginalização social de milhões de pessoas.
escolaridade.
(Correio Braziliense – 13.7.97)
b) investimento em prevenção – deficiências – entida-
des – equipamentos. 1º parágrafo:
c) falta de fiscalização – organização – benefício – mão palavras-chave: economia informal e trabalhadores ad-
de obra. mitidos sem carteira assinada
d) prevenção de acidentes – fiscalização – educação – o último período do primeiro parágrafo apresenta uma
terceirização. informação que vai nortear todo o texto: “Ambas são por-
e) crescimento – conformismo – treinamento – empresas. tadoras de efeitos econômicos e sociais catastróficos.”
Ideia-chave: Economia informal e trabalhadores admiti-
10. Assinale a opção incorreta em relação aos elemen- dos sem carteira assinada trazem prejuízos econômicos
tos do texto. e sociais.
a) O pronome “eles” (l.3) refere-se a “acidentes de tra-
balho” (l.2). 2° parágrafo:
b) A expressão “tal fato” (l.5) retoma a ideia anteceden- palavra-chave: economia informal
te de “falta de fiscalização” (l.5). efeitos econômicos - perda de receitas tributárias
c) Para compreender corretamente a expressão “não efeitos sociais - precariedade dos programas sociais do
o faz” (l.10), é necessário retomar a ideia de “suprir governo
as deficiências da fiscalização oficial” (l.8-9). Ideia-chave: A perda de receitas tributárias causada pela
d) A palavra “primordiais” (l.14) vincula-se à ideia de economia informal prejudica os programas sociais do
“básicos, principais”. governo.

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Língua Portuguesa

3° parágrafo: - Cidade-Luz (Paris)


palavra-chave: trabalhadores admitidos sem carteira - Rainha da Borborema (Campina Grande)
assinada - Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro)
efeitos econômicos - não recolhem contribuição previ- Observação: existe também um tipo especial de perífra-
denciária se que se refere somente a pessoas. Tal figura de estilo
efeitos sociais – não têm garantia de direitos sociais é chamada de antonomásia e baseia-se nas qualidades
Ideia-chave: Trabalhadores admitidos sem carteira assi- ou ações notórias do indivíduo ou da entidade a que a
nada causam prejuízos econômicos por não recolherem expressão se refere.
contribuição previdenciária e sofrem os efeitos sociais,
por não terem seus direitos assegurados. Exemplos:
- A rainha do mar (Iemanjá)
4º parágrafo: - O poeta dos escravos (Castro Alves)
há uma proposta de solução para cada um dos proble- - O criador do teatro português (Gil Vicente)
mas apresentados no texto:
para a economia informal: reforma tributária – redução 4.2 Coesão Referencial
fiscal para micro e pequenas empresas Os dois processos mais comuns desse tipo de coesão são:
para os trabalhadores sem carteira assinada: política
Anáfora: é o uso de um recurso gramatical ou semântico
consistente para aumento do emprego e da renda
para referir-se a algum elemento já citado no contexto a
Ideia-chave: A reforma tributária poderá minimizar os efei-
fim de retomá-lo.
tos da economia informal e uma política consistente para
aumento do emprego e da renda pode provocar a forma- Ex.: O carteiro trouxe a correspondência de hoje?
lização de contratos legais para milhões de empregados. Não, ainda não a trouxe.
Catáfora: é o processo contrário ao da anáfora.
Ideia-central do texto: Ex.: Só queremos isto: sua felicidade.
A economia informal tem efeitos econômicos e sociais pre-
judiciais ao indivíduo e ao sistema, mas ações políticas, 11. “Primeira noite ele conheceu que Santina não era
como a reforma tributária, poderão estimular a regulariza- moça.” Neste período, o pronome ele é usado an-
ção de empresas, beneficiado, também, os trabalhadores. tes do nome a que se refere, Bento. Denomina-se
catáfora esse processo. Sublinhe os termos catafó-
3. COERÊNCIA ricos das frases a seguir.
Coerência é perfeita relação de sentido entre as diversas
palavras e/ou partes do texto. Haverá coerência se for 1. Nós o chamamos rei das selvas e Tarzan merece
mantido um elo conceitual entre os diversos segmentos bem o nome.
do texto. ___________________________________________________________

4. COESÃO 2. Maria compreendeu tudo: ela poderia sair quando


Quando lemos com atenção um texto bem construído, quisesse.
percebemos que existe uma ligação entre os diversos ___________________________________________________________
segmentos que o constituem. Cada frase enunciada deve
manter um vínculo com a anterior ou anteriores para não 3. Aproximei do meu, seu rosto coberto de luz.
perder o fio do pensamento. Cada enunciado do texto ___________________________________________________________
deve estabelecer relações estreitas com os outros a fim
de tornar sólida sua estrutura. A essa conexão interna 4. O senhor sabe muito bem disso: a verdade sempre
entre os vários enunciados presentes no texto dá-se o aparece.
nome de coesão. Diz-se, pois, que um texto tem coesão ___________________________________________________________
quando seus vários enunciados estão organicamente
articulados entre si, quando há concatenação entre eles. 5. Convidei estas pessoas: Pedro, Maria e Cecília.
__________________________________________________________
4.1. Perífrase
Observe:
O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente. 12. Numere o conjunto de sentenças de acordo com o
primeiro, de modo que cada par forme uma sequ-
Utilizou-se a expressão “povo lusitano” para substituir “os ência coesa e lógica. Identifique, em seguida, a le-
portugueses”. Esse rodeio de palavras que substituiu um tra da sequência numérica correta (Baseado em
nome comum ou próprio chama-se perífrase. Délio Maranhão).
Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio (1) Cumpre, inicialmente, distinguir a higiene do traba-
por um expressão que a caracterize. Nada mais é do que lho da segurança do trabalho.
um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras. (2) Na evolução por que passou a teoria do risco profis-
Outros exemplos: sional, abandonou-se o trabalho profissional como
- astro rei (Sol) ponto de referência para colocar-se, em seu lugar, a
- última flor do Lácio (língua portuguesa) atividade empresarial.

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Língua Portuguesa

(3) Há que se fazer a distinção entre acidentes do traba- Leia o texto para solucionar as questões 14 e 15.
lho e doença do trabalho.
(4) O Direito do Trabalho reconhece a importância da 1 Cientistas de diversos países decidiram abraçar, em 1990,
função da mulher no lar. um projeto ambicioso: identificar todo o código genético con-
(5) Motivos de ordem biológica, moral, social e econô- tido nas células humanas (cerca de três bilhões de caracte-
mica encontram-se na base da regulamentação le- res). O objetivo principal de tal iniciativa é compreender
gal do trabalho do menor. 5 melhor o funcionamento da vida, e, conseqüentemente, a
forma mais eficaz de curar as doenças que nos ameaçam.
( ) A culminação desse processo evolutivo encontra-se Como é esse código que define como somos, desde a cor
no conceito de risco social e na ideia correlata de dos cabelos até o tamanho dos pés, o trabalho com amos-
responsabilidade social. tras genéticas colhidas em várias partes do mundo está
( ) Daí as restrições da jornada normal e ao trabalho 10 ajudando também a entender as diferenças entre as etnias
noturno. humanas. Chamado de Projeto Genoma Humano, desde o
( ) A necessidade de trabalhar não deve prejudicar o seu início ele não parou de produzir novidades científicas. A
mais importante delas é a confirmação de que o homem
normal desenvolvimento de seu organismo.
surgiu realmente na África e se espalhou pelo resto do
( ) Enquanto esta é inerente a determinados ramos
15 planeta. A pesquisa contribuiu também para derrubar ve-
de atividade, os primeiros são aqueles que ocor-
lhas teorias sobre a superioridade racial e está provando
rem pelo exercício do trabalho, provocando lesão
que o racismo não tem nenhuma base científica. É mais uma
corporal.
construção social e cultural. O que percebemos como dife-
( ) Constitui aquela o conjunto de princípios e regras
renças raciais são apenas adaptações biológicas às condi-
destinados a preservar a saúde do trabalhador.
20 ções geográficas. Originalmente o ser humano é um só.
A sequência numérica correta é: (ISTO É – 15.1.97)
a) 1, 3, 4, 5, 2.
b) 3, 2, 1, 5, 4. 14. Assinale o item em que não há correspondência
c) 2, 5, 3, 1, 4. entre os dois elementos.
d) 5, 1, 4, 3, 2. a) “tal iniciativa” (l.4) refere-se a “projeto ambicioso”.
e) 2, 4, 5, 3, 1. b) “ele” (l.12) refere-se a “Projeto Genoma Humano”.
c) “delas” (l.13) refere-se a “novidades científicas”.
13. As propostas abaixo dão seguimento coerente d) “A pesquisa” (l.15) refere-se a “Projeto Genoma
e lógico ao trecho citado, exceto uma delas. Humano”.
Aponte-a: e) “É mais” (l.17) refere-se a “Pesquisa”.
“Provavelmente devido à proximidade com os perigos e
a morte, os marinheiros dos séculos XV e XVI eram 15. Marque o item que não está de acordo com as idei-
muito religiosos. Praticavam um tipo de religião popular as do texto.
em que os conhecimentos teológicos eram mínimos e a) O Projeto Genoma Humano tem como objetivo pri-
as superstições muitas.” mordial reconhecer as diferenças entre as várias
(Janaína Amado, com cortes e adaptações) raças do mundo.
b) O ser humano tem uma estrutura única independen-
a) Entre essas, figuravam o medo de zarpar numa te de etnia e as diferenças raciais provêm da neces-
sexta-feira e o de olhar fixamente para o mar à sidade de adaptação às condições geográficas.
meia-noite. c) O código genético determina as características de
b) Cristóvão Colombo, talvez o mais religioso entre to- cada ser humano, e conhecer esse código levará os
dos os navegantes, costumava antepor a cada coi- cientistas a controlarem doenças.
sa que faria os dizeres: “Em nome da Santíssima d) As amostras para a pesquisa do Projeto Genoma
Trindade farei isto”. Humano estão sendo colhidas em diversas partes
c) Apesar disso, os instrumentos náuticos representa- do mundo.
ram progressos para a navegação oceânica, facili- e) O racismo não tem fundamento científico; é um fe-
tando a tarefa de pilotos e aumentando a segurança nômeno que se forma apoiado em estruturas soci-
ais e culturais.
e confiabilidade das rotas e viagens.
d) Nos navios, que não raro transportavam padres, pro- 16. Numere os períodos na ordem em que formem um
moviam-se rezas coletivas várias vezes ao dia e, nos texto coeso e coerente, e marque o item corres-
fins de semana, serviços religiosos especiais. pondente.
e) Constituíam expressão de religiosidade dos mari- ( ) Essa mudança é trazida pela nova Medida Provisó-
nheiros constantes promessas aos santos, indivi- ria (MP) do Cadastro Informativo de Créditos não
duais ou coletivas. Quitados (Cadin)

12 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

( ) Esse esforço se traduz na modificação de um dispo- 17. Indique a ordem em que as questões devem se
sitivo legal que torna mais atraente às empresas a organizar no texto, de modo a preservar-lhe a
desistência de algumas ações judiciais que são, na coesão e coerência (Baseado no texto de José
verdade, casos considerados perdidos. Onofre).
( ) O que a Fazenda Nacional quer com essa nova re- 1. O País não é um velho senhor desencantado com a
dação é transformar em caixa os valores deposita- vida que trata de acomodar-se.
dos em juízo pelas empresas nas batalhas judiciais 2. O Brasil tem memória curta.
que já tiveram decisão desfavorável ao contribuinte 3. É mais como um desses milhões de jovens mal nas-
em julgamento no Supremo Tribunal Federal. cidos cujo único dote é um ego dominante e predador,
( ) De acordo com a nova redação do artigo 32 dessa que o impele para a frente e para cima, impedindo que
Medida Provisória, a Fazenda Nacional abre mão de a miséria onde nasceu e cresceu lhe sirva de freio.
seus honorários (10% a 15% sobre os valores envol- 4. “Não lembro”, responde, “faz muito tempo”.
vidos nas ações perdidas) caso as empresas desis- 5. Lembra o personagem de Humphrey Bogart em
tam de algumas brigas tributárias contra a União. Casablanca, quando lhe perguntaram o que fizera
( ) A Fazenda Nacional está investindo em mais uma na noite anterior.
arma para reduzir o volume de ações tributárias 6. Mas esta memória curta, de que políticos e jornalis-
na Justiça. tas reclamam tanto, não é, como no caso de Bogart,
(Gazeta Mercantil – 17.7.97. com adaptações) uma tentativa de esquecer os lances mais penosos
a) 5, 3, 1, 2, 4 de seu passado, um conjunto de desilusões e per-
b) 2, 4, 3, 1, 5 das que leva ao cinismo e à indiferença.
c) 5, 2, 3, 1, 4 a) 1, 2, 6, 5, 4, 3. b) 2, 5, 4, 6, 3, 1.
d) 3, 2, 5, 4, 1 c) 2, 6, 1, 3, 5, 4. d) 1, 5, 4, 6, 3, 2.
e) 4, 1, 5, 3, 2 e) 2, 5, 4, 1, 6, 3.

4.2 Conexões
Os conectivos também são elementos de coesão. Uma leitura eficiente do texto pressupõe, entre outros cuidados,
o de depreender as conexões estabelecidas pelos conectivos.

Principais Conectivos
Conjunções Coordenativas

Conjunções Subordinativas Adverbiais


(também locuções conjuntivas, preposições e locuções prepositivas)

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Língua Portuguesa

Pronomes Relativos

18. A alternativa que substitui, correta e respectiva- IV. Mesmo que tenham sido só esses dois, (...) já não
mente, as conjunções ou locuções grifadas nos se configuraria a roubalheira (...)? (CONCESSÃO)
períodos abaixo é: A classificação dessas relações está correta somente
I. Visto que pretende deixar-nos, preparamos uma fes- nos períodos
ta de despedida. a) I, II e III. d) II, III e IV.
II. Terá sucesso, contanto que tenha amigos influentes. b) II e IV. e) I, III e IV.
III. Casaram-se e viveram felizes, tudo como estava c) I e III.
escrito nas estrelas.
IV. Foi transferido, portanto não nos veremos com mui- 21. Os princípios da coerência e da coesão não foram
ta frequência. violados em:
a) porque, mesmo que, segundo, ainda que. a) O Santos foi o time que fez a melhor campanha do
b) como, desde que, conforme, logo. campeonato. Teria, no entanto, que ser o campeão
c) quando, caso, segundo, tão logo. este ano.
d) salvo se, a menos que, conforme, pois. b) Apesar da Sabesp estar tratando a água da Repre-
e) pois, mesmo que, segundo, entretanto. sa de Guarapiranga, portanto o gosto da água nas
regiões sul e oeste da cidade melhorou.
19. Assinale a alternativa em que o pronome relativo c) Mesmo que os deputados que deponham na CPI e
“onde” obedece aos princípios da língua culta escrita. ajudem a elucidar os episódios obscuros do caso dos
a) Os fonemas de uma língua costumam ser repre- precatórios, a confiança na instituição não foi abalada.
sentados por uma série de sinais gráficos denomi- d) O ministro reafirmou que é preciso manter a todo
nados letras, onde o conjunto delas forma a palavra. custo o plano de estabilização econômica, sob pena
b) Todos ficam aflitos no momento da apuração, onde de termos a volta da inflação.
será conhecida a escola campeã. e) Antes de fazer ilações irresponsáveis acerca das
c) Foi discutida a pequena carga horária de aulas de medidas econômicas, deve-se procurar conhecer as
Cálculo e Física, onde todos concordaram e dese- razões que, por isso as motivaram.
jam mais aulas.
d) Não se pode ferir um direito constitucional onde visa As questões 22 e 23 referem-se ao texto que segue.
a garantir a educação pública e gratuita para todos.
e) Não se descobriu o esconderijo onde os seques- Imposto
tradores o deixaram durante esses meses todos. A insistência das secretarias estaduais de Fazenda em
cobrar 25% de ICMS dos provedores de acesso à Internet
20. Nos períodos abaixo, as orações sublinhadas es- deve acabar na Justiça. A paz atual entre os dois lados é
tabelecem relações sintáticas e de sentido com apenas para celebrar o fim do ano. Os provedores argumen-
outras orações. tam que não têm de pagar o imposto porque não são, por lei,
I. Eles compunham uma grande coleção, que foi se considerados empresas de telecomunicação, mas apenas
dispersando à medida que seus filhos se casavam, prestadores de serviços. Com o caixa quebrado, os Estados
levando cada qual um lote de herança. (PROPORCI- permanecem irredutíveis. O Ministério da Ciência e Tecnologia
ONALIDADE) alertou formalmente ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, que
II. Mal se sentou na cadeira presidencial, Itamar Fran- a imposição da cobrança será repassada para o consumidor
co passou a ver conspirações. (MODO) e pode prejudicar o avanço da Internet no Brasil. Hoje, pagam-
III. Nunca foi professor da UnB, mas por ela se aposen- se em média 40 reais para se ligar à rede.
tou. (CONTRARIEDADE) (Veja – 8/1/97, p. 17)

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Língua Portuguesa

22. Infere-se do texto que Sinônimos Imperfeitos - Se os significados são próximos,


a) as empresas caracterizadas como prestadoras de porém não idênticos.
serviço estão isentas do ICMS. Exemplos: córrego – riacho
b) todas as pessoas que desejam ligar-se à Internet belo – formoso
devem pagar 40 reais de ICMS.
c) os provedores de acesso à Internet estão proces- Antônimos: São palavras que apresentam significados
sando os consumidores que não pagam o ICMS. opostos, contrários.
d) os Estados precisam cobrar mais impostos dos pro- Exemplo:
vedores para não serem punidos pelo Ministério da Precisamos colocar ordem nessa baderna, pois já está
Ciência e Tecnologia. virando anarquia.
e) o desenvolvimento da Internet no Brasil está sendo Cinco jurados condenaram e apenas dois absolveram
prejudicado pela cobrança do ICMS. o réu.
Homônimos: São palavras que apresentam a mesma
23. A conjunção mas no texto estabelece uma relação de pronúncia ou grafia, mas significados diferentes.
a) tempo. d) causa. Exemplo:
b) adição. e) oposição. Eles foram caçar, mas ainda não retornaram.
c) consequência. (caçar – prender, matar)
Vão cassar o mandato daquele deputado.
24. Assinale a única conjunção incorreta para com- (cassar – ato ou efeito de anular)
pletar a lacuna do texto.
Os homônimos podem ser:
A partir do ofício enviado pelo fisco, começou-se a levantar Homônimos homógrafos;
informações sobre a sonegação de imposto de renda no mun- Homônimos homófonos;
do do esporte no Brasil. “O futebol já é o quarto maior mercado Homônimos perfeitos.
de capitais do mundo”, diz Ives Gandra Martins, advogado
tributarista e conselheiro do São Paulo Futebol Clube, Homônimos homógrafos: São palavras iguais na grafia
______________ só agora a Receita começa a prestar aten- e diferentes na pronúncia.
ção nos jogadores. Em outros países não é assim. Nos Esta- Exemplos:
dos Unidos, ano passado, a contribuição fiscal do astro do Almoço (ô) – substantivo
basquete Michael Jordan chegou a 20,8 milhões de dólares. Almoço (ó) – verbo
Jogo (ô) – substantivo
(Exame – 27 de agosto de 1997)
Jogo (ó) – verbo
a) todavia. Para – preposição
b) conquanto. Pára – verbo
c) entretanto.
d) não obstante. Homônimos homófonos: São palavras que possuem o
e) no entanto. mesmo som e grafia diferente.
Exemplos:
Cela – quarto de prisão
IV. Semântica
Sela – arreio
Coser – costurar
1. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
Cozer – cozinhar
Sinônimos: São palavras que possuem significados Concerto – espetáculo musical
iguais ou semelhantes. Conserto – ato ou efeito de consertar
Exemplo:
O faturista retificou o erro da nota fiscal. Homônimos perfeitos: São palavras que possuem a
mesma pronúncia e mesma grafia.
O faturista corrigiu o erro da nota fiscal.
Exemplos:
A criança ficou contente com o presente.
Cedo – verbo
Eles ficaram alegres com a notícia.
Cedo – advérbio de tempo
Eufemismo: Alguns sinônimos são também utilizados Sela – verbo selar
para minimizar o impacto, normalmente negativo, de al- Sela – arreio
gumas palavras (figura de linguagem conhecida como Leve – verbo levar
eufemismo). Leve – pouco peso
Exemplos: gordo - obeso
morrer - falecer Parônimos: São palavras que possuem significados di-
ferentes e apresentam pronúncia e escrita parecidas.
Sinônimos Perfeitos e Imperfeitos: Os sinônimos podem Exemplos:
ser perfeitos ou imperfeitos. Emergir – vir à tona
Imergir – afundar
Sinônimos Perfeitos - se o significado é idêntico. Infringir – desobedecer
Exemplos: avaro – avarento;
Infligir – aplicar
léxico – vocabulário;
falecer – morrer; Relação de alguns homônimos
escarradeira – cuspideira; Acender – pôr fogo
língua – idioma. Ascender – subir
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Língua Portuguesa

Acento – sinal gráfico Fruir - aproveitar


Assento – tampo de cadeira, banco Incidente – circunstância acidental
Aço – metal Acidente – desastre
Asso – verbo (1ª pessoa do singular, presente do indicativo) Inflação – aumento geral de preços, perda do poder
Banco – assento com encosto aquisitivo
Banco – estabelecimento que realiza transações finan- Infração – violação
ceiras. Intercessão – intervenção
Cerrar – fechar Interseção ou Intersecção – corte, cruzamento
Serrar – cortar Mal – opõe-se a bem. É também sinônimo de doença.
Cessão – ato de ceder Mau – opõe-se a bom.
Sessão – reunião Nenhum – antônimo de algum.
Secção/seção – divisão, repartição Nem um – nem um sequer, nem um único.
Cesto - cesta pequena Ótico – relativo ao ouvido
Sexto – numeral ordinal Óptico – relativo à visão
Cheque – ordem de pagamento Peão – homem que anda a pé
Xeque – lance no jogo de xadrez Pião – brinquedo
Xeque – entre os árabes, chefe de tribo ou soberano Plaga – região, país
Concerto – sessão musical Praga – maldição
Conserto – reparo, ato ou efeito de consertar Precedente – anterior, antecedente
Coser – costurar Procedente – originárrio
Cozer – cozinhar Preeminente – superior
Expiar – sofrer, padecer Proeminente – que sobra
Espiar – espionar, observar Prescrição – ordem, vencimento do prazo
Estático – imóvel Proscrição - banimento
Extático – posto em êxtase, enlevado Pleito – disputa eleitoral
Estrato – tipo de nuvem Preito – homenagem
Extrato – trecho, fragmento, resumo Ratificar – confirmar
Incerto – indeterminado, impreciso Retificar – corrigir
Inserto – introduzido, inserido Sanção – aprovação
Chácara – pequena propriedade campestre Sansão – herói bíblico
Xácara – narrativa popular Soar – fazer-se ouvir
Suar – transpirar
Relação de parônimos Sob – debaixo de
Absolver – perdoar Sobre – em cima de, a respeito de
Absorver – sorver Trás – atrás
Acostumar – habituar-se Traz – flexão do verbo trazer
Costumar – ter por costume Vultoso – volumoso
Acurado – feito com cuidado Vultuoso – com a face congestionada
Apurado – refinado
Afear – tornar feio SAIBA MAIS
Afiar – amolar Existem também expressões que apresentam semelhan-
Amoral – indiferente à moral ças entre si, e têm significação diferente. Tal semelhança
Imoral – contra a moral, devasso pode levar os usuários da língua a usar uma expressão
Cavaleiro – que anda a cavalo em vez de outra.
Cavalheiro – homem educado
Comprimento – extensão Ao invés de: ao contrário de: O preço subiu, ao invés
Cumprimento – saudação de cair.
Deferir – atender Em vez de: em lugar de. Se estiver em dúvida, prefira em
Diferir – adiar, retardar vez de, que serve para os dois casos. Foi ao cinema em
Delatar – denunciar vez de ficar em casa.
Dilatar – estender, ampliar
Eminente – alto, elevado, excelente A par: ciente: Estou a par do assunto.
Iminente – que ameaça acontecer Ao par: de acordo com a convenção legal, sem ágio, sem
Emergir – sair de onde estava mergulhado abatimentos (câmbio, ações, títulos, etc.): O real está ao
Imergir – mergulhar par do dólar.
Emigrar – deixar um país
À-toa (adjetivo): ordinário, imprestável. Vida à-toa.
Imigrar – entrar num país
À toa (advérbio): sem rumo. Andar à toa.
Estádio – praça de esporte
Estágio – aprendizado Onde: empregado em situações estáticas (com verbos
Flagrante – evidente que não dão ideia de movimento): Onde moras?
Fragrante – perfumado Aonde: empregado em situações dinâmicas (com ver-
Fluir – proceder, escorrer bos de movimento). Equivale a “para onde”: Aonde vais?

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Língua Portuguesa

Afim de: semelhante, da mesma natureza: O espanhol é 29. Preencha as lacunas com a forma adequada das
afim do português. palavras indicadas.
A fim de: para, finalidade: Estude a fim de ser aprovado. 1.
a) Era considerado____________ em selos brasileiros.
Polissemia: É o fato de uma palavra pode assumir mais b) Era_______________ o bastante para escapar.
de uma significação. (experto – esperto)
Exemplo: 2.
Estou com uma dor terrível na minha cabeça. a) Todos devemos _______________ nossas culpas.
(parte do corpo) b) Não devemos ______________ pelas fechaduras.
Ele é o cabeça do projeto. (chefe) (espiar – expiar)

Graves razões fizeram-me contratar esse advo- 3.


gado. (importante) a) O Brasil ainda depende de auxílio __________.
O piloto sofreu um grave acidente (trágico) b) A radiografia mostrava o _______________. (esterno
Ele comprou uma nova linha telefônica. (conta- – externo)
to ou conexão telefônica) 4.
Nós conseguimos traçar a linha corretamente. a) O___________ foi servido às cinco.
(traço contínuo duma só dimensão) b) O ________ da Pérsia viveu em Paris. (chá – xá)

5.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO a) O ___________ foi devolvido pelo banco.
b) O ___________ árabe comprou o hotel. (cheque –
25. Na frase “O carreto que contratei para transportar xeque)
minhas coisas...” a palavra coisas pode ser subs-
6.
tituída por que palavra mais específica?
a) O povo reclamava das altas _________ impostas.
_______________
b) As ______________ perfuram o pneu do caminhão.
(tacha – taxa)
26. “A mesa é velha, me acompanha desde menino:
destas antigas, com uma gradinha de madeira em 7.
volta...” Qual a diferença de significado entre velha a) Convinha______________ as mercadorias de ime-
e antiga? diato, antes de abrirmos a loja.
b) Devemos ______________ os produtos para que
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ cheguem a tempo. (apreçar – apressar)

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8.
a) Quem tem bom __________ não casa.
27. “...no cumprimento da humilde profissão. . .” A pala- b) O último __________ mostrou que somos cento e
vra destacada tem um parônimo, a palavra compri- quarenta e cinco milhões. (censo – senso)
mento. Preencha as lacunas das frases a seguir com
9.
uma das palavras colocadas entre parênteses.
a) Devemos ___________ o cereal antes das chuvas.
a) Algumas lembranças do cronista ____________ de
b) Quis ____________ o animal durante a luta.
seu passado. (emergiram - imergiram)
(segar – cegar)
b) Algumas coisas passaram ______________ ao cro-
nista. (despercebidas - desapercebidas) 10.
c) A mudança partiu ______________ chegar. (em vez a) Puxou o fio de alta _________ sem sofrer danos.
de – ao invés de) b) Tinha a ___________ de levá-Io à festa. (tensão –
tenção)
28. Algumas palavras podem ser escritas com s ou
z, possuindo significados diferentes. Complete 11.
as lacunas com a forma adequada das palavras a) O monge vivia em sua _______________
indicadas. b) O cavalo sentia o espinho embaixo da __________.
1. (sela – cela)
a) Maria pretendia _____________ todo o milho de 12.
uma vez. a) O___________ do carro demorou duas horas.
b) Deveria _______________ toda a roupa antes de b) O___________ da Orquestra Sinfônica não agradou
viajar. (coser – cozer) ao público. (conserto – concerto)

2. 13.
a) O cão comeu o____________da porta. a) Não havia __________ suficientes no teatro.
b) O carpinteiro pretendia ______________ a porta. b) Os __________ traziam-Ihes problemas na aula.
(alisar – alizar) (acento – assento)

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Língua Portuguesa

14. Observar, então, que algumas palavras têm cargas se-


a) Em suas provas não havia muitos ____________. mânticas que sugerem muito mais do que a princípio
b) Não foram ouvidos seus__________ na tribuna. (as- apresentam.
sertos – acertos) Metáfora: É uma comparação abreviada: Minha vida era
15. um palco iluminado.
a) Foi necessário ________ os títulos dos campo- Exercício 31:
neses. Coloque nos parênteses D ou C, indicando os sentidos
b) Os camponeses não podiam mais _________ os Denotativo ou Conotativo:
animais. (caçar – cassar).
01. ( ) Ninguém suportava os gemidos do enfermo.
02. ( ) O cachorro mordeu a menina.
30. “... ele conheceu que Santina não era moça.” Mui-
03. ( ) Assisti ao desfile das escolas de samba.
tas vezes, para atenuar uma expressão, em lugar
04. ( ) Suas palavras soavam gemidas.
de dizê-la na forma afirmativa, negamos o seu con-
05. ( ) Ele me mordeu em dez reais.
trário (não era moça = era mulher). Proceda da
mesma forma nas frases a seguir, fazendo as 06. ( ) As estrelas desfilavam no céu.
adaptações necessárias. 07. ( ) Ele nadava em dinheiro.
08. ( ) Seu coração parecia de pedra.
1. José era corrupto. 09. ( ) Em 1888, libertaram-se os escravos.
________________________________ 10. ( ) O atleta quebrou a perna.
11. ( ) As águas dos rios estavam poluídas.
2. O político dizia mentiras. 12. ( ) O burro é um animal de grande utilidade no interior.
________________________________ 13. ( ) O rapaz era chamado de burro pelos amigos.
14. ( ) O jovem quebrou o silêncio.
3. O marido desprezava a mulher. 15. ( ) Os cometas são astros luminosos.
________________________________

4. O operário descansou no domingo. CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS COM


________________________________ DETERMINADOS VOCÁBULOS E EXPRESSÕES
No que diz respeito ao aspecto semântico, algumas
5. O acusado emudeceu diante do juiz. observações devem ser levadas em consideração.
________________________________ Substantivo:
a) Nem sempre aumentativos e diminutivos nos dão ideia
de tamanho. Podem exprimir carinho, ternura, afetivida-
2. ESTILÍSTICA de, desprezo, depreciação, intensidade.
2.1 SIGNIFICAÇÃO LITERAL E CONTEXTUAL DOS Exemplos: narigão, livreco, filhinho, amarelão, supermer-
VOCÁBULOS cado, minicalculadora.
Como vimos, as palavras são polissêmicas e para que b) Outras formas aumentativas e diminutivas, com o tem-
consigamos entender o significado assumido por elas po, adquiriram significados especiais, dissociados das
nos textos, basta que atendemos ao contexto. Observe o palavras de origem.
exemplo: Exemplos: cartão, portão, folhinha ( calendário ), lingueta.
“Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase - êxtase tão Artigos:
grande que sacrificaria o resto de minha vida por umas a) O artigo definido pode ser usado com força distributiva.
poucas horas dessa alegria.”
Exemplo: A carne já está custando dez reais o quilo.
Alegria e êxtase não são sinônimos, mas nesse contexto
(= cada)
alegria é o êxtase trazido pelo amor, portanto são sinôni-
mos contextuais. b) O artigo definido, anteposto a nome de pessoas, apre-
senta um tom de afetividade ou de familiaridade.
Além disso, as palavras podem ser usadas em sentido
que não é próprio, como veremos a seguir. Exemplo: Compare:
Antônio faltou à reunião. / O Antônio faltou à reunião.
2.2 A DENOTAÇÃO E A CONOTAÇÃO (no segundo exemplo, o sujeito goza de certa intimidade
Os vocábulos podem ser empregados no sentido próprio junto ao emissor)
(denotativo) ou no sentido figurado (conotativo). c) Há profunda modificação de sentido na frase quando a
Observe os exemplos seguintes: artigo definido antecede a palavra “todo”.
A jovem, no leito, gemia de dor. (sentido próprio) Exemplo: Compare:
O diretor gemeu um discurso. (sentido figurado) Todo prédio deve ser vistoriado. (todos, em geral)
Denotação: É a palavra empregada em seu sentido real, Todo o prédio deve ser vistoriado. (um prédio específico)
próprio, dicionarizado. d) Há modificação significativa quando o artigo definido
Conotação: Sentido subentendido, às vezes de teor sub- vem anteposto a um pronome substantivo possessivo.
jetivo, que uma palavra ou expressão pode apresentar Exemplo: Compare:
paralelamente ao sentido em que é empregada. Este é meu livro. (ideia de posse)

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Língua Portuguesa

Este é o meu livro. (ideia de distinção de outros de mes- Este é um anel de ouro. (matéria)
ma espécie. Dentre outros, este é o meu.) Fui ao cinema com ela. (companhia)
e) Os artigos indefinidos “uns”, “umas” antepostos a nu- Fiz o trabalho a caneta. (instrumento)
merais indicam aproximação numérica. Voltaremos a qualquer momento. (tempo)
Exemplo: Ela devia ter uns vinte anos. Ele morria de fome. (causa)
f) Os artigos indefinidos antes de nomes próprios indi- Compras só em dinheiro. (condição)
cam semelhança, elemento pertencente a determinada
família; podem, ainda, designar obras de um artista. Exercício 32:
Estabeleça a diferença de sentido, existente entre os pa-
Exemplos:
res abaixo:
Provou ser um Judas. ( = traidor )
Ele era um verdadeiro Silva. 1.
Trata-se de um Picasso. Todo morro merece atenção governamental.
Todo o morro merece atenção governamental.
Adjetivos:
a) Algumas formas aumentativas e diminutivas equiva- 2.
lem a superlativos. João é um bom rapaz.
Exemplos: O João é um bom rapaz.
Menina branquinha = muito branca. 3.
Doce gostosão = gostosíssimo. Esta é minha caneta.
b) Outras formas de obtenção de superlativos de um modo Esta é a minha caneta.
não convencional:
- O café é extrafino. 4.
(através da prefixação) Estes livros são seus.
- As pernas da menina eram brancas, brancas. Ele deve ter seus quinze anos.
(através da repetição do adjetivo) 5.
- Ele é forte como um touro. Meu filho é estudioso.
(através de uma comparação)
Meu filho, seus pais não aprovariam o que você fez.
- O dono da escola é podre de rico.
(através de uma expressão idiomática) 6.
- Ele não é apenas uma cantora, é a cantora. Simples exemplo.
(através da repetição do artigo e do substantivo, dando- exemplo simples.
se ênfase ao artigo)
7.
Pronomes: Único trabalho.
Os pronomes possessivos podem indicar afetividade, Trabalho único.
carinho.
Compare: 8.
Esta é a minha casa. (posse) Pobre mulher.
Minha filha, disse o professor, você melhora a cada dia. Mulher pobre.
(afetividade)
Podem, ainda, indicar aproximação numérica. Exercício 33:
Exemplo: Ele deve ter seus dezoito anos. O que indicam as frases seguintes?
Numerais: 01. Ele está superalimentado.
Indicam também superlativação: 02. A pobre mulher era gorda, gorda.
Exemplo: Já assisti a este filme mais de mil vezes. 03. Isto é claro como a água.
04. Ela é uma pianista de mão cheia.
Conjunções e Locuções Conjuntivas: 05. Pelé não foi apenas um jogador de futebol, foi o jogador.
Deve-se estudar a equivalência que há entre elas.
Exemplos:
Quebrei a cabeça, porque fui imprudente. V. Paráfrase
Como fui imprudente, quebrei a cabeça. (Causa) O texto é reescrito de formas diversas, mantendo o sentido.
Irei ao cinema se você pagar o ingresso.
Irei ao cinema caso você pague o ingresso. (Condição) 34. Assinale a opção que mantém o mesmo sentido do
Fui à praia embora chovesse. trecho sublinhado a seguir:
Fui à praia apesar de chover. (Concessão)
Uma das grandes dificuldades operacionais encontradas
Preposições: em planos de estabilização é o conflito entre perdedores e
Deve-se estudar o valor semântico que uma preposição ganhadores. Às vezes reais, outras fictícios, estes confli-
apresenta. tos geram confrontos e polêmicas que, com freqüência,
Exemplos: podem pressionar os formuladores da política de estabiliza-
Ele foi a São Paulo. (destino, direção) ção a tomar decisões erradas e, com isto, comprometer o
Ele veio de São Paulo. (procedência) sucesso das estratégias antiinflacionárias.
Ele saiu a seu pai. (semelhança) (Folha de S.Paulo, 7/5/94)

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Língua Portuguesa

a) Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confrontos 36. A linguagem do texto é predominantemente deno-
e polêmicas que, frequentemente, podem pressio- tativa, empregando-se as palavras em sentido pró-
nar os formuladores da política de estabilização a prio, na alternativa:
tomar decisões erradas, sem, com isso, compro- a) Editores, escritores, professores e alunos têm opi-
meter o sucesso das estratégias antiinflacionárias. niões divididas. A maioria, no entanto, concorda: o
b) O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode acordo é inoportuno e, não raro, contraditório.
ficar comprometido se, pressionados por conflitos, b) O brasileiro gosta muito de ignorar as próprias virtu-
reais ou fictícios, os formuladores da política de es- des e exaltar as próprias deficiências, numa inversão
tabilização tomarem decisões erradas. do chamado ufanismo. Sim, amigos, somos uns Nar-
c) Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que po- cisos às avessas, que cospem na própria imagem.
dem pressionar os formuladores da política de es- c) Poluído por denúncias de corrupção, (...) Luiz Anto-
tabilização a confrontos e polêmicas, comprometem nio de Medeiros é considerado fósforo riscado.
o sucesso das antiinflacionárias. d) Incumbidos de animar a explosão hormonal da ju-
d) O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode ventude uberabense, Zezé Di Camargo e Luciano
ficar comprometido se os formuladores da política levaram 30 mil reais por sua apresentação.
de estabilização, pressionados por confrontos e po- e) Levou o nome de “fúria legiferante” o período entre
lêmicas decorrentes de conflitos, tomarem deci- 1964 e 1967, que cimentou com profusão de leis o
sões erradas. edifício institucional da nova ordem econômica.
e) Os formuladores da política de estabilização podem
tomar decisões erradas se os conflitos, gerados por Leia o texto para responder às questões 37 e 38.
confrontos e polêmicas os pressionarem; o suces-
so das estratégias antiinflacionárias fica, com isto 1 Não faz muito tempo assim, um deputado-cartola disse para
comprometido. quem quisesse ouvir que quando vendeu um craque para o
La Coruña, da Espanha, ele teve um trabalhão para depositar
35. Marque a opção que não constitui paráfrase do numa conta na Suíça parte do dinheiro devido ao jogador,
segmento abaixo: 5 como havia sido combinado. Comunicou o fato a telespecta-
“O abolicionismo, que logrou pôr fim à escravidão nas Anti- dores de uma mesa-redonda com a mesma tranqüilidade com
lhas Britânicas, teve peso ponderável na política antinegrei- que sonegou a informação à Receita. Quem tem dinheiro,
ra dos governos britânicos durante a primeira metade do poder, notoriedade ou um bom advogado não costuma pas-
século passado. Mas tiveram peso também os interesses sar por grandes apertos. No retrato da nossa pátria-mãe tão
capitalistas, comerciais e industriais, que desejavam ex- 10 distraída, jogadores de futebol são os adventícios que che-
pandir o mercado ultramarino, de produtos industriais e viam gam aos andares de cima da torre social, como recompensa
na inevitável miséria do trabalhador escravo um obstáculo por um talento excepcional, o que convenhamos, é mérito
para este desiderato.” raro. Mas isso não lhes confere isenções fiscais.
(P. Singer, A formação da classe operária, Se o Leão ficar arisco para repentinos sinais exteriores de
São Paulo, Atual, 1988, p.44) 15 riqueza, vai empanturrar-se de banquetes fora dos gramados.
(Flávio Pinheiro, VEJA, 27 de agosto de 1997,
a) Na primeira metade do século passado, a despeito
com adaptações)
da forte pressão do mercado ultramarino em criar
consumidores potenciais para seus produtos indus-
37. Assinale o item incorreto em relação ao texto.
triais, foi o movimento abolicionista o motor que pôs
a) O pronome “ele” (l.3) refere-se a “deputado-cartola” (l.1).
cobro à miséria do trabalhador escravo.
b) O substantivo “jogador” (l.4) se refere a “um craque” (l.2).
b) A política antinegreira da Grã-Bretanha na primeira
c) O agente dos verbos “Comunicou” (l.5) e “sonegou”
metade do século passado foi fortemente influenci-
(l.7) é o mesmo dos verbos “disse” (l.1), “vendeu”
ada não só pelo ideário abolicionista como também
(l.2) e “teve” (l.3).
pela pressão das necessidades comerciais e in-
dustriais emergentes. d) As palavras “trabalhão” (l.3) e “apertos” (l.9) contri-
c) Os interesses capitalistas que buscavam ampliar o buem para conferir informalidade ao texto.
mercado para seus produtos industriais tiveram peso e) A expressão “devido ao” (l.4) indica relação sintática
considerável na formulação da política antinegreira de causa.
inglesa, mas teve-o também a consciência liberal
antiescravista. 38. Assinale o item incorreto em relação ao texto.
d) Teve peso considerável na política antinegreira bri- a) A expressão “andares de cima da torre social”
tânica, o abolicionismo. Mas as forças de mercado (l.11) está sendo utilizada em sentido figurado ou
tiveram também peso, pois precisavam dispor de metafórico.
consumidores para seus produtos. b) Uma paráfrase correta para o último período do texto
e) Ocorreu uma combinação de idealismo e interes- seria: “Se a Receita Federal fiscalizar rigorosamen-
ses materiais, na primeira metade do século XIX, na te aqueles que mostram sinais de enriquecimento
formulação da política britânica de oposição à es- súbito, vai aumentar sua arrecadação em outras áre-
cravidão negreira. as que não apenas o futebol”.

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Língua Portuguesa

c) A palavra “adventícios” (l.10) significa, no texto, “per- Mas cuidado. Essa fase de ressaca pode ser justamente a
severantes, obstinados, místicos.” mais perigosa, porque, em meio a eufóricos e deprimidos, há
d) O uso do “se” em “Se o Leão ficar arisco” (l.14) esta- um terceiro grupo. Seus integrantes não ignoram as mudan-
belece uma relação sintática de condição. ças que a tecnologia da informação pode ajudar a acelerar.
e) O uso do “se” em “empanturrar-se” (l.15) tem função Nem acreditaram nas promessas mirabolantes de dinheiro
reflexiva. abundante, rápido e fácil. São essas empresas, espécies de
camaleões corporativos, que estão se preparando para dei-
VI. Erros Clássicos de Interpretação de Textos xar a concorrência comendo poeira num futuro bem próximo.
Uma das poucas certezas em torno da Grande Rede – talvez
1. Extrapolação: Ir além dos limites do texto. Acres-
a única – é que ela veio para ficar, e um dos seus principais
centar elementos desnecessários à compreensão
efeitos é a revolução que está promovendo nas empresas.
do texto.
Apesar do fim da especulação com ações de fumaça e dos
2. Redução: Ater-se apenas a uma parte do texto, que-
jovens desiludidos com promessas frustradas, elas continu-
brar o conjunto, isolar o texto do contexto.
am a investir em processos como o comércio eletrônico, a
3. Contradição: Chegar a uma conclusão contrária à
gestão do conhecimento e o estreitamento das relações com
do texto, invertendo seu sentido.
seus fornecedores e clientes. Algumas delas – poucas, na
verdade – já conseguiram usar a Internet como uma potente
39. Leia o poema:
ferramenta de reconstrução de seus negócios.
Já sobre a fronte vã se me acinzenta (InfoExame online, junho-2001)
O cabelo do jovem que perdi.
Meus olhos brilham menos. 40. A proposta do texto é discutir a Internet do ponto
Já não tem jus a beijos minha boca. de vista
Se me ainda amas por amor, não ames: a) dos grandes prejuízos que causou a todos os gran-
Trairias-me comigo. des investidores.
(Ricardo Reis/Fernando Pessoa) b) do grande faturamento que têm todas as empresas
A ideia principal que o texto nos mostra é: que a utilizam.
a) um amante que encontra uma antiga paixão, dos c) do desencanto de jovens desiludidos com promes-
seus tempos de mocidade. sas frustradas.
b) um amante que fica lembrando as emoções no pa- d) das inovações que vêm revolucionando muitas em-
pel e confessa que nunca a esqueceu. presas.
c) um amante que já está com os cabelos grisalhos e) Da sua influência na bolsa Nasdaq, com queda
em sua fronte. de 39%.
d) um amante pedindo que o amor continue, como an-
tes, senão ele vai ser traído. 41. Assinale a alternativa em que a frase, no contexto,
e) a autodescrição do amante, revelando o seu enve- está associada à ideia contida no verbo transfor-
lhecimento e sua perda de vitalidade. mando, que aparece no título.
a) ... jovens desiludidos com promessas frustradas ...
VII. Questões de Provas Anteriores b) Essa fase de ressaca pode ser justamente a mais
perigosa, ...
Texto para responder às questões 40 a 49. c) ... ajudando a revolucionar os negócios, ...
d) ... vamos falar aqui sobre a Internet.
Como a Internet está transformando (de verdade) a
e) Depois, a depressão.
vida nas empresas
Sim, caro leitor, vamos falar aqui sobre a Internet. Não a Internet 42. De acordo com o texto, é correto afirmar que
dos modelos de negócios delirantes das ponto-com. Não da pro- a) muitas empresas consideram os prós e contras para
messa de dinheiro fácil e rápido, vindo da especulação com poderem tirar maior proveito da Internet.
ações de companhias sem vendas, sem lucro, sem clientes. b) todas as empresas se recusam a utilizar a Internet
Vamos falar da Internet que vem, de verdade, ajudando a revo- atualmente.
lucionar os negócios, a aumentar os lucros, baixar os custos, c) os investidores eufóricos sempre têm prejuízos com
incrementar a produtividade, acelerar o desenvolvimento de no- a Internet.
vos produtos, encantar o cliente – inovar radicalmente. d) todos os investidores aceitam, sem nenhuma restri-
É verdade que, hoje, poucas pessoas se atrevem a acrescen- ção, a Internet.
tar a letra “e” (de eletrônico) antes de qualquer novo negócio. É e) as empresas não querem investir porque fracassam
como se ela tivesse se transformado numa espécie de estigma, com promessas frustradas na Internet.
a negação de tudo, inclusive de todos os inegáveis benefícios
que a era digital pode nos trazer. A história recente da Internet 43. A ideia de que a Internet é capaz de proporcionar
ficou marcada por uma certa ciclotimia. Primeiro, veio a euforia, muitas vantagens ao homem moderno está conti-
alimentada pelo espetacular ganho de 86% nas ações cotadas da no seguinte trecho de texto:
na Nasdaq em 1999. Depois, a depressão. Em 2000, o índice a) Essa fase de ressaca pode ser justamente a mais
registrou queda de 39%. Neste ano, já acumula menos 12%. perigosa.

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Língua Portuguesa

b) É como se ela tivesse se transformado numa espé- Leia o texto abaixo para responder às questões 50 a 59.
cie de estigma.
c) ... vindo da especulação de companhias sem ven- A invasão dos bárbaros
das, sem lucro, sem clientes. Nos países desenvolvidos, há uma neurose nova: a invasão
d) ... inclusive de todos os inegáveis benefícios que a dos bárbaros. Não é mais aquele temor que no passado aco-
era digital pode nos trazer. metia as cidades-Estado, a confrontação dos impérios com as
e) Uma das poucas certezas em torno da Grande Rede hordas desconhecidas que avançam para o saque e a des-
– talvez a única – é que ela veio para ficar. truição. Não são os hunos, nem os turcos, nem os mongóis:
são os emigrantes fugitivos da miséria, desejosos de melhor
44. As expressões de verdade e talvez a única, des- futuro, que se esgueiram pelos aeroportos, se escondem nas
tacadas no texto, exprimem, respectivamente, estradas, atravessam, sorrateiros, rios e cercas de arame
ideias de farpado, enfrentam policiais, leis de restrição à imigração (...).
a) exagero – condição. A Europa está ferida por essa face das migrações humanas.
b) possibilidade – dúvida. Nos Estados Unidos, a sociedade fracionada, de tantos gru-
c) exagero – afirmação. pos e etnias, recusa-se a aceitá-los, repelindo suas culturas
d) dúvida – certeza. e suas crenças. Nessa paisagem humana, o exemplo da Amé-
e) afirmação – dúvida. rica Latina é diferente. Nossas raízes ibéricas trouxeram a
capacidade de promover a miscigenação cultural (...).
45. Os altos e baixos dos negócios na Internet influ- Quando ocorreu o encontro entre as civilizações pré-colombia-
enciaram as empresas, fazendo com que, atual- nas e pré-cabralinas, os colonizadores foram capazes de supe-
mente, elas rar a tragédia do enfrentamento e de começar um processo de
a) optem por pequenos investimentos apenas. assimilação e mestiçagem que construiu a sociedade racial que
b) tenham cautela para investimentos na Internet. temos, com valores próprios, expressão da nova identidade.
c) não desenvolvam atividades via Internet. Com eles resistimos à uniformização da globalização (...).
d) façam, com euforia, apenas grandes investimentos. A globalização econômica é incomparável com a globaliza-
e) sintam-se mais atraídas pelos negócios via Rede. ção das raças. Aquela quer um mundo de ricos e faz com
que os outros se afastem e fiquem presos à miséria, ao
46. No trecho – a negação de tudo, inclusive de todos os desemprego e à fome.
inegáveis benefícios que a era digital pode nos trazer O Brasil, particularmente, já venceu o gargalo da segregação
–, a palavra destacada pode ser substituída por racial. Temos uma sociedade democrática, fora das superiori-
a) exceto. dades (?) étnicas.
b) pelo menos. Nossas discriminações são outras: a maior de todas é a da
c) somente. concentração de renda, que gera problemas sociais. Esses,
d) até mesmo. sim, nos separam, o que é uma coisa bárbara, mas sem a
e) menos. fobia de bárbaros.
(Folha de S.Paulo, 15.06.01)
47. Em – vindo da especulação com ações de compa-
nhias sem vendas, sem lucro, sem clientes –, a ideia 50. Segundo o texto,
expressa pelas preposições destacadas é de a) em muitos países desenvolvidos, há a propagação
a) lugar. da doença nervosa, gerada pela globalização.
b) modo. b) os bárbaros voltaram a invadir os países desenvol-
c) ausência. vidos para defender os fugitivos da miséria.
d) tempo. c) somente nos países desenvolvidos, as migrações
e) causa. humanas causaram a segregação racial.
d) grupos marginalizados em seus países se estabe-
48. No trecho – Essa fase pode ser justamente a mais lecem em outros para ter uma vida digna.
perigosa, porque, em meio a eufóricos e deprimi- e) a invasão dos bárbaros promoveu e continua a pro-
dos, há um terceiro grupo –, a conjunção destaca- mover união entre espanhóis e portugueses.
da pode ser substituída por
a) já que. 51. De acordo com o texto, a globalização econômica
b) porém. a) congrega pessoas independentemente de origem
c) por isso. e raça.
d) portanto. b) neutraliza, de forma irreversível, as diferenças raciais.
e) à medida que. c) ressalta a fobia dos países ricos em relação aos
países pobres.
49. Assinale a alternativa em que a expressão em des- d) manipula dados em favor dos ricos.
taque está empregada em sentido conotativo. e) acentua a distância entre as classes sociais.
a) ... vamos falar aqui sobre a Internet.
b) ... ajudando a revolucionar os negócios, ... 52. Segundo o texto, as migrações
c) Em 2000, o índice registrou queda de 39%. a) promovem a miscigenação cultural entre os ricos.
d) ... para deixar a concorrência comendo poeira ... b) prejudicam a Europa porque causam o desemprego.
e) Neste ano, já acumula menos 12%. c) representam a busca de um futuro promissor.

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Língua Portuguesa

d) apontam trajetórias marcadas por lutas vitoriosas. 59. Assinale a alternativa em que a expressão grifada
e) geram identificação estreita com a pátria escolhida. está empregada em sentido conotativo.
a) Nos Estados Unidos, a sociedade fracionada, de
53. É correto afirmar que, na América Latina, grupos e etnias, recusa-se a aceitar os emigrantes.
a) as raízes comuns dos povos levaram a uma fusão b) O Brasil, particularmente, já venceu o gargalo da
de culturas. segregação racial.
b) a rejeição aos imigrantes tem sido uma constante c) Nossas raízes ibéricas trouxeram a capacidade de
ao longo de sua história. promover a miscigenação cultural.
c) a população vivem em grupos fechados, sem comu- d) Os espanhóis e os portugueses aprenderam a con-
nicação entre eles. viver com a divergência.
d) a convivência entre pessoas de origens diversas e) Nos países desenvolvidos, há uma neuroses nova:
nunca foi tranquila. a invasão dos bárbaros.
e) um nacionalismo arraigado impede a circulação dos
bens culturais. Leia o texto abaixo para responder às questões 60 a 66.

54. Os latino-americanos resistem à uniformidade da Os prejuízos do Aedes Aegypti no século 19


globalização por causa Velho Conhecido
a) das características dos povos pré-colombianos. Que as autoridades andam um pouco perdidas com o mosqui-
b) da capacidade de assimilação das diferenças raciais. to transmissor de dengue, todo mundo já sabe. Que elas te-
c) da busca incessante de uma identidade cultural. nham sido pegas de surpresa, isso é que é surpreendente. O
d) do espírito de aventura dos colonizadores. Aedes Aegypti é um velhíssimo conhecido no Brasil: em mea-
e) das políticas nacionalistas dos governos. dos do século 19, o veterano inseto causou enormes proble-
mas ao empresário Irineu Evangelista de Souza, o Barão de
55. Em relação às emigrações, o Brasil Mauá, quase inviabilizando a construção da primeira compa-
a) apresenta um comportamento hostil para os emi- nhia de gás do Rio de Janeiro. O episódio está descrito no livro
grantes. Mauá, Empresário do Império, de Jorge Caldeira:
b) restringe o acesso às classes de baixa renda. “Justamente quando as obras começavam, aportou no Rio de
c) abre-se, exclusivamente, às chamadas etnias su- Janeiro um navio vindo de Havana com doentes a bordo. En-
periores. quanto durava a quarentena (...), uma nova doença se alas-
d) submete-se a políticas ditadas pelos países desen- trou pelo país: a febre amarela. Só muitos anos mais tarde se
volvidos. saberia que a doença era transmitida por um mosquito, o Ae-
e) supera, em função de um modelo democrático, os des Aegypti, que se cria em águas paradas – e para o qual o
problemas raciais. pântano da usina era o paraíso. Não demorou muito e os ope-
rários começaram a morrer. Em menos de dois meses, a equi-
56. Com o adjetivo bárbara na frase – Esses, sim, nos pe foi devastada. Havia 11 engenheiros e técnicos ingleses
separam, o que é uma coisa bárbara, mas sem a nos canteiros em funções essenciais. Na primeira onda da
fobia de bárbaros. –, o autor doença, dez morreram de febre. Sobrou apenas o chefe. Wi-
a) reconhece que os emigrantes são perigosos. lliam Gilbert Ginty. Ele só se convenceu a ficar porque o patrão
b) admite que há povos bárbaros em todas as épocas aumentou o seu salário a níveis compatíveis com o risco, pa-
da História. gando-se mais do que ganhavam os ministros brasileiros, do-
c) considera uma indignação a injusta distribuição de nos dos maiores salários do país. Ao mesmo tempo, em cartas
renda. desesperadas para a Inglaterra, Irineu pedia a seus sócios
d) confessa o velado preconceito racial brasileiro. que encontrassem substitutos para os mortos. Como a notícia
e) expressa admiração pela democracia brasileira. da febre já havia atravessado o oceano, também esses ho-
mens lhe custaram muito caro”.
57. Na frase – Quando ocorreu o encontro entre as (Exame, 03.2002)
civilizações pré-colombianas e pré-cabralinas, os
colonizadores foram capazes de superar a tragé- 60. Segundo o texto,
dia do enfrentamento ... –, a conjunção grifada pode a) o Aedes Aegypti foi descoberto pelo Barão de Mauá, que
ser substituída, sem alteração do sentido, por realizava grandes empreendimentos no século 19.
a) assim que. b) muitos operários da antiga companhia de gás do
b) contudo. Rio de Janeiro permaneceram em quarentena num
c) sempre que. navio para Havana.
d) à medida que. c) depois de muito tempo, o Aedes Aegypti foi associ-
e) antes que. ado aos episódios descritos, ocorridos durante a
construção da primeira companhia de gás.
58. O sinônimo de sorrateiros, em destaque no texto, é d) a periculosidade do mosquito Aedes Aegypti tinha
a) rápidos. sido constatada à época da construção da primeira
b) medrosos. companhia de gás.
c) agitados. e) a febre amarela se alastrou de maneira surpreen-
d) espertos. dente, aniquilando todos os operários estrangeiros
e) deprimidos. que trabalhavam para o Barão de Mauá.

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Língua Portuguesa

61. De acordo com o texto, é certo dizer que o mosquito 67. Leão – de 20-07 a 22-08
a) ainda não foi estudado devidamente pelos cientistas. Aquele seu primo do Imposto de Renda anda de olho em você.
b) foi transportado nos navios ingleses durante o sé- Da próxima vez que trouxer muamba do Paraguai, cuidado
culo passado. para não acabar atrás das grades, no zoológico da 5a. D.P.
c) inviabilizou a construção da companhia de gás. Desista desta vida de sacoleiro e vê se arruma um emprego
d) atravessou o oceano, causando mortes na Europa. decente! Você pode começar como leão-de-chácara em algu-
e) foi um grande obstáculo à construção da companhia. ma boate e depois, quem sabe, até virar garota propaganda
de Chá Mate!!!
62. No trecho – ... e para o qual o pântano da usina era
o paraíso. –, a palavra em destaque se refere No trecho – ... até virar garota propaganda de Chá Mate!!!
a) ao local onde eram sepultados os operários ingleses. – o termo em destaque enfatiza
b) ao hábitat ideal para a reprodução do mosquito. a) desconfiança.
c) às vantagens da construção em área com custo baixo. b) impaciência.
d) ao estágio mais avançado do empreendimento do c) possibilidade.
Barão. d) distanciamento.
e) ao período de acontecimentos sombrios durante a e) dificuldade.
obra.

63. De acordo com o texto, o problema causado pelo


mosquito nos último tempos é
a) temporário
b) inédito.
c) recorrente.
d) insolúvel.
e) regional.

64. No trecho – Ele só se convenceu a ficar porque o


patrão aumentou seu salário a níveis compatíveis
com o risco ... – o fator determinante no aumento
salarial é
a) a insalubridade
b) a experiência.
c) o tipo de empresa.
d) o desempenho.
e) o nível técnico.

65. No trecho – Que elas tenham sido pegas de sur-


presa, isso é que é surpreendente... – o termo em
destaque expressa
a) indecisão.
b) incerteza.
c) satisfação.
d) indignação.
e) apatia.

66. Assinale a alternativa em que o termo em desta-


que introduz uma ideia de oposição.
a) Muito se investiu no combate à doença, incluindo
um grande contingente de agentes comunitários.
b) Como as bolsas no mundo inteiro despencaram,
também a brasileira teve desempenho sofrível.
c) O engenheiro concordou em ficar porque lhe foi ofe-
recido um polpudo salário durante a construção.
d) Os cientistas conseguiram identificar o agente trans-
missor, contudo estão distantes de um tratamento
eficaz.
e) Fechamos um grande contrato internacional, logo
teremos fluxo de caixa para pagar os salários dos
engenheiros.

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Língua Portuguesa

Gabarito 06.
Pouco importante.
1. A 2. C 3. B 4. B 5. C Acessório singelo, comum.
6. A 7. C 8. A 9. D 10. E 07.
Um só trabalho.
11. 1. o; 2. tudo; 3. meu; 4. disso; 5. estas pessoas.
Trabalho exclusivo, excepcional.
12. E 13. C 14. E 15. A 16. D
08.
17. B 18. B 19. E 20. E 21. D Infeliz.
22. A 23. E 24. B25. Pertences. Sem recursos.

33.
26. Velha representa algo que tem muitos anos e antiga
01. Superlativação, através da prefixação.
refere-se a algo que adquiriu certa qualidade estética.
02. Superlativação, através da repetição de adjetivo.
27. a – emergiram; b – despercebidas; c – ao invés de. 03. Superlativação, através de uma comparação.
04. Superlativação, através de uma expressão idiomática.
28. 1. a – cozer / b – coser. 05. Superlativação, através da repetição do artigo e do
2. a – alizar / b – alisar. substantivo.

29. 1. a – experto / b – esperto. 34. D 35. A 36. A 37. E 38. C


2. a – expiar / b – espiar.
3. a – externo / b – esterno. 39. E 40. D 41. C 42. A 43. D
4. a – chá / b - xá. 44. E 45. B 46. D 47. C 48. A
5. a – cheque / b – xeque. 49. D 50. D 51. E 52. C 53. A
6. a – taxas / b –tachas.
7. a - apreçar / b – apressar. 54. B 55. E 56. C 57. A 58. D
8. a – senso / b – censo. 59. B 60. C 61. E 62. B 63. C
9. a – segar / b – cegar.
64. A 65. D 66. D 67. C
10. a – tensão / b – tenção.
11. a – cela / b – sela.
12. a – conserto / b – concerto.
13. a – assentos / b – acentos.
14. a – acertos / b – assertos.
15. a – cassar / b – caçar.

30. 1. José não era honesto.


2. O político não dizia verdades.
3. O marido não dava atenção à mulher.
4. O operário não trabalhou no domingo.
5. O acusado não falou nada diante do juiz.

31.
D: 1, 2, 3, 9, 10, 11, 12, 15.
C: 4, 5, 6, 7, 8, 13, 14.

32.
01.
Qualquer morro.
Um morro específico.
02.
A segunda frase, diferentemente da primeira; indica grau
de amizade, conhecimento.
03.
Na primeira frase, o vocábulo indica posse.
Na segunda, “dentre outras, esta é a minha.”
04.
Na primeira frase, há a ideia de posse.
Na segunda, o vocábulo indica “aproximadamente”.
05.
Na primeira, posse;
Na segunda, “aproximadamente”.

Degrau Cultural 25

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Língua Portuguesa

ORTOGRAFIA
1. Conceito Quanto ao uso do hífen:
A grafia de uma palavra pode ter caráter: Quando o prefixo ou falso prefixo terminar em vogal e o
- fonético: que leva em conta a pronúncia. segundo elemento começar com r/s suprime-se o hífen
e dobra-se a consoante do segundo elemento (antisse-
- etimológico: levando-se em conta a sua origem.
mita, minissaia, biorritmo...).
Quando o prefixo ou falso prefixo terminar em vogal e o
2. Novo Acordo Ortográfico
segundo elemento começar com vogal diferente supri-
Introdução me-se o hífen formando um só elemento (autoescola,
antiaéreo, aeroespacial...).
Atualmente o nosso idioma é o quinto mais falado no
mundo e abrange mais de 260 milhões de falantes, como Emprega-se o hífen nas formações em que o segundo
língua nativa. elemento começa com a mesma vogal que termina o
primeiro (micro-onda, contra-almirante...).
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa abrange os
países lusófonos (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e sur- 3. Dificuldades Ortográficas
giu a partir da necessidade de fortalecer a unidade da
Uso do “S”:
língua portuguesa diante do cenário mundial.
a) depois de ditongos:
Foi assinado em Lisboa em 16 de dezembro de 1990
e, após inúmeros ajustes e alterações, teve decretado coisa, faisão, mausoléu, maisena, lousa
um período de transição entre 1º de janeiro de 2009 e b) em nomes próprios com som de /z/:
31 de dezembro de 2012, após o qual passa a vigorar Neusa, Brasil, Sousa, Teresa
oficialmente.
c) no sufixo –OSO (cheio de):
Acompanhe as principais mudanças para o caso do Bra-
cheiroso, manhoso, dengoso, gasoso
sil e, como existe muitos casos que podem gerar dúvi-
das, procure sempre consultar um dicionário oficial como d) nos derivados do verbo querer:
VOLP - Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa da Aca- quis, quisesse
demia Brasileira de Letras. e) nos derivados do verbo pôr:
pus, pusesse
Principais Alterações
f) no sufixo –ENSE, formador de adjetivo:
O alfabeto, que era formado por 23 letras, passa a ter 26,
incluindo: k -w -y. canadense, paranaense, palmeirense
Essas letras serão usadas para nomes estrangeiros de g) no sufixo –ISA , indicando profissão ou ocupação femi-
pessoas e lugares e seus derivados e também para sím- nina:
bolos, siglas e medidas internacionais. papisa, profetisa, poetisa
Os dígrafos no final dos nomes hebraicos mantêm-se, h) nos sufixos –ÊS/ESA, indicando origem, nacionalida-
eliminam-se ou simplificam-se. de ou posição social:
Também mantêm-se ou eliminam-se as consoantes fi- japonês, marquês, camponês
nais de origem bíblica ou espanhola. japonesa, marquesa, camponesa
i) nas palavras derivadas de outras que possuam S no
Quanto à acentuação: radical:
Não se acentuam mais os ditongos abertos éi, ói, éu casa = casinha, casebre, casarão, casario
paroxítonos (ideia, jiboia...), mas continua-se acentuan-
atrás = atrasado, atraso
do os ditongos abertos finais (anéis, herói...).
paralisia = paralisante, paralisar, paralisação
Não se acentuam mais os encontros oo - ( voo, perdoo..)
análise = analisar, analisado
Não se acentuam os verbos ver, ler, crer, dar e seus
derivados na 3ª pessoa do plural. j) nos derivados de verbos que tragam o encontro ND:
suspender = suspensão
Não se acentuam o i/u tônico pós-ditongo nas paroxíto-
nas (feiura, baiuca...), nos oxítonos tônicos continuam com expandir = expansão
acento (teiú...).
Uso do “Z”
Não se acentuam o a/e/o em paroxítonas homógrafas
(acento diferencial: pelo, pera, polo...) a) nas palavras derivadas de primitiva com Z:
cruz = cruzamento
Atenção: Mantem-se o acento obrigatório para pôr e pôde.
deslize = deslizar
Fica abolido o uso do trema, exceto para nomes próprios b) no sufixo –EZ/EZA, formadores de substantivos abs-
estrangeiros e seus derivados (mülleriano, de Müller...). tratos, a partir de adjetivos:

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Língua Portuguesa

altivo = altivez Observação: Mecha e seus derivados são com CH.


macio = maciez
Uso do “CH”
belo = beleza
Não há regras para o emprego do dígrafo CH.
c) no sufixo –IZAR formador de verbos:
hospital = hospitalizar Uso do “SS”
social = socializar Emprega-se nas seguintes relações:
catequese = catequizar a) ced – cess
d) nos verbos terminados em –UZIR e seus derivados: ceder – cessão
conduzir, conduziu, conduzo conceder – concessão – concessionário
deduzir, deduzo, deduzi b) gred – gress
e) no sufixo –ZINHO, formador de diminutivo: agredir – agressão
cãozinho, pezinho, paizinho, mãezinha, pobrezinha regredir – regressão
c) prim – press
Observação: Se acrescentarmos apenas –INHO, apro-
imprimir – impressão
veitamos a letra da palavra primitiva:
oprimir – opressão
casinha, vasinho, piresinho, lapisinho, juizinho
d) tir – ssão
Uso do “H” discutir – discussão
permitir – permissão
O emprego do H é regulado pela etimologia.
a) o H inicial deve ser usado quando a etimologia o justi- Uso do “Ç”
fique: a) nas palavras de origem árabe, tupi ou africana:
hábil, harpa, hiato, hóspede, açafrão, açúcar, muçulmano, araçá,
húmus, herbívoro, hélice Paiçandu, miçanga, caçula
Observação: Escreve-se com H o topônimo Bahia, quan- b) após ditongo:
do se aplica ao Estado. louça, feição, traição
b) o H deve ser eliminado do interior das palavras, se c) na relação ter – tenção:
elas formarem um composto ou derivado sem hífen: abster – abstenção
desabitado, desidratar, desonra, reter – retenção
inábil, inumano, reaver
Uso do “G”
Observação: Nos compostos ou derivados com hífen, o H a) nas palavras terminadas em –ágio, égio, ígio, ógio,
permanece: úgio:
anti-higiênico, pré-histórico, super-humano pedágio, colégio, litígio, relógio, refúgio
c) no final de interjeições: b) nas palavras femininas terminadas em –gem:
ah!, oh!, ih! garagem, viagem, escalagem, vagem

Uso do “X” Observação: Pajem e lambujem são exceções à regra.

a) normalmente após ditongo: Uso do “J”


caixa, peixe, faixa, trouxa a) na terminação –AJE:
ultraje, traje, laje
Observação: Caucho e seus derivados (recauchutar, re-
b) nas formas verbais terminadas em –JAR e seus deri-
cauchutagem) são com CH.
vados:
b) normalmente após a sílaba inicial EN: arranjar, arranje, viajar, viajaremos,
enxaqueca, enxada, enxoval, enxurrada c) em palavras de origem tupi:
Observação: Usaremos CH depois da sílaba inicial EN pajé, jenipapo
caso ela seja derivada de uma com CH: d) nas palavras derivadas de outras que se escrevem
de cheio = encher, enchimento, enchente com J:
de charco = encharcado, encharcamento ajeitar, laranjeira, canjica
de chumaço = enchumaçado Uso do “I”
c) depois da sílaba inicial ME: a) no prefixo ANTI, que indica oposição:
mexer, mexilhão, mexerica antibiótico, antiaéreo

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Língua Portuguesa

b) nos verbos terminados em –AIR, –OER, –UIR e seus d) Palavras compostas que designem espécies zoológi-
derivados: cas e botânicas:
sair – saio, sai, sais erva-doce, bem-te-vi
moer – mói, móis e) Advérbio mal quando o segundo elemento comece por
retribuir – retribui, retribuis h ou vogal:
mau-educado, mal-afortunado
Uso do “E”
f) Advérbio bem dependendo da situação:
a) nas formas verbais terminadas em –OAR e –UAR e
bem-humorado, bem-estar
seus derivados:
perdoar – perdoe, perdoes Exceções: benfeitoria, benfeito, benfeitor, Benfica...

continuar – continue, continues g) Com os elementos além-, aquém-, recém-, sem-:

b) no prefixo –ANTE, que expressa anterioridade: além-mar, aquém-mar, recém-casado


anteontem, antepasto, antevéspera h) Quando o segundo elemento começa com h:
pré-história, super-homem
Uso do “SC” i) Quando o segundo elemento começar com a mesma
Não há regras para o emprego do dígrafo SC. vogal que termina o primeiro:
micro-onda, arqui-irmandade
Formas Variantes
Algumas palavras admitem dupla grafia correta, sem Observação prefixo co-:
alteração de significado. São as formas variantes. coordenar, cooperação...
aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, j) Com circum- e pan-, quando o segundo elemento co-
bêbado/bêbedo, bílis/bile, cãibra/câimbra, meçar com m, n ou vogal:
carroceria/carroçaria, catorze/quatorze, laje/lajem, circum-navegação, pan-africano
cota/quota, cociente/quociente, flecha/frecha,
cotidiano/quotidiano, infarto/enfarte, enfarto, k) Nos prefixos inter-, hiper- e super-, quando o segundo
elemento começar com r:
chimpanzé/chipanzé, percentagem/porcentagem,
super-revista, hiper-requintado
espuma/escuma, crisântemo/crisantemo,
toucinho/toicinho, taverna/taberna
l) Com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice-, vizo-:
Merecem Atenção Especial: ex-presidente, vice-reitor, soto-mestre
Tome cuidado com a grafia de certas palavras. Algumas m) Com os prefixos pós-, pré-, pró- tônicos:
que no quotidiano apresentam problemas são: pós-operatório, pré-história, pró-ecologia.
Aterrissar - Beneficência - Beneficente - Chuchu - Observação: Os prefixos pos, pre, pro quando átonos,
Cabeleireiro - De repente - Disenteria - Empecilho - admitem duas situações:
Exceção - Êxito - Hesitar - Jiló - Manteigueira - 1. Sem hífen, formando um único vocábulo.
Mendigo - Meritíssimo - Misto - Prazerosamente -
posposto, previsto, probiótico
Por isso - Privilégio - Salsicha
2. Admitem duas grafias.
4. Emprego do Hífen preeleito, pré-eleito
Emprega-se o hífen: n) Com os prefixos ab-, ad-, ob-, sob-, sub-:
a) Palavras compostas por justaposição, cujos elemen- ad-rogar, sob-roda, sub-raça, ob-repção.
tos mantenham unidade sintagmática e semântica, e
conservando a acentuação própria. Observação: O prefixo sub- também se separa por hífen
antes de palavras iniciadas por B (sub-base...).
médico-cirúrgico, norte-americano
Exceções: girassol, madressilva, paraquedas e todos o) Palavras que combinam formando encadeamento vo-
aqueles em que se perdeu a noção de composição. cabular:
b) Nos topônimos iniciados por: Ponte Rio-Niterói, voo Rio-São Paulo
grão-/grã- Grã-Bretanha p) Com sufixos tipi-guarani quando o primeiro elemento
verbos Passa-Quatro termine em vogal acentuada ou a pronúncia exija dis-
tinção:
c) Nos topônimos ligados por artigo:
anajá-mirim, capim-açu
Baía de Todos-os-Santos
q) Na ênclise e tmese:
Observação: Os demais casos sem hífen exceto Guiné-
Bissau. amá-lo, amá-lo-ei

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Língua Portuguesa

Observação: Com o presente do indicativo do verbo haver Então:


nas formas monossilábicas ligadas a preposição, não pomar, anzol, jornal, maciez
se usa hífen ( hei de, hão de...).
saci, caqui, anu, urubu
r) Nas formas pronominais enclíticas ao advérbio eis:
eis-me, ei-lo 3. Paroxítonas: as terminadas em l, i(s), n, u(s), r, x, ã(s),
ão(s), um(uns), ps, ditongo:
Não se emprega hífen: fácil, útil, júri, táxi, lápis, tênis, hífen, pólen, elétron,
a) Quando o prefixo ou falso prefixo terminar em vogal e nêutron, meinácu, vírus, Vênus, revólver, mártir,
o segundo elemento começar com r/s suprime-se o ímã, ímãs, órfã, órfãs, sótão, órgão, órfãos,
hífen e dobra-se a consoante do segundo elemento. álbum, médium, fóruns, pódiuns, pônei,
antissemita, minissaia, biorritmo fórceps, bíceps, água, história, série, tênues
b) Quando o prefixo ou falso prefixo terminar em vogal e o
segundo elemento começar com vogal diferente su- Observações:
prime-se o hífen formando um só elemento. a) palavras terminadas em N, no plural:
autoescola, antiaéreo, aeroespacial ONS: com acento
c) Nas seguintes locuções elétrons, nêutrons.
Substantivas: sala de aula, fim de semana... ENS: sem acento
Adjetivas: cor de rosa, cor de vinho... hifens, polens.
Pronominais: ela mesma, nós mesmos... b) prefixos paroxítonos terminados em i ou r não são acen-
Adverbiais: à parte, à vontade... tuados:
Prepositivas: abaixo de, acima de... anti, multi, super, hiper
Conjuncionais: ao passo que, visto que...
4. Proparoxítonas: Todas são acentuadas:
d) Frases nominalizadas: Deus nos acuda...
lânguido, física, trópico, álibi, déficit, lápide
5. Acentuação Gráfica
Regras Especiais
Acentos Gráficos: 1. I e U tônicos:
Marcam a sílaba tônica: Recebem acento se cumprirem as seguintes determinações:
a) grave — para indicar crase. a) devem ser precedidos de vogal.
b) agudo — para som aberto: café, cipó. b) devem estar sozinhos na sílaba (ou com o s).
c) não devem ser seguidos de nh.
c) circunflexo — para som fechado: você, complô.
saída, juízes, saúde, viúva, caíste, saístes, balaústre
Observação 1: o til (~) não é acento gráfico e sim sinal Então:
gráfico nasalizador de vogais. Raul, ruim, ainda, sair, juiz, rainha
romã, maçã, ímã, órfão Observação: não se acentua a vogal do hiato quando pre-
cedida de outra idêntica:
Observação 2: o til substitui o acento gráfico quando os
dois recaem sobre a mesma sílaba. xiita, paracuuba
2. pôr (verbo)
irmã, romãs por (preposição)
3. porquê (substantivo)
Regras Gerais
porque (conjunção)
1. Monossílabas Tônicas: terminadas em a(s), e(s), o(s):
4. quê (substantivo, interjeição ou pronome no fim da frase)
pá, já, má, lá, trás, más, chás
que (conjunção, advérbio, pronome ou partícula expletiva)
pé, fé, Sé, mês, três, rés
pó, só, dó, cós, sós, nós Formas variantes
Então: hábitat ou habitat
mar, sol, paz, si, li, vi, nu, cru acróbata ou acrobata
me, lhe, mas (conjunção), ti amnésia ou amnesia
2. Oxítonas: recebem acento as terminadas em a(s), e(s), homília ou homilia
o(s), em (ens): ortoepia ou ortoépia
sofá, maracujá, Paraná, ananás, marajás, atrás
projetil ou projétil
Pelé, café, você, freguês, holandês, viés
complô, cipó, trenó, retrós, compôs, avós réptil ou reptil
amém, também, armazém sóror ou soror
parabéns, reféns, armazéns xérox ou xerox

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Língua Portuguesa

6. Uso do PORQUÊ

Por que
preposição + pronome
Em frases interrogativas (diretas ou indiretas):

Por que não veio?


Gostaria de saber por que lutamos.
Ela não veio por quê?
Obs.: a palavra que em final de frase, acompanhada de
ponto (. ! ? ...) recebe acento circunflexo:
Você precisa de quê?

Por que
preposição + pronome relativo
Equivale a pelo qual (e suas variações).

Ela é a mulher por que me apaixonei.


Não conheço as pessoas por que espero.

Porque
conjunção
Equivale a pois.

Eu não fui à escola porque estava doente.


Venha depressa, porque sua presença é indispensável.

Porquê
substantivo
Vem sempre acompanhado de uma palavra que o
caracteriza (artigo, pronome, adjetivo ou numeral).

Deve haver um porquê para ele se atrasar tanto.


Qual o porquê da sua revolta?

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Língua Portuguesa

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS


1. Estrutura da Palavra Tema
Morfologia é o estudo das palavras quanto a sua estrutu- É o radical acrescido da vogal temática.
ra e classificação. beb radical
TEMA
A palavra não é a menor unidade portadora de significado e vogal temática
dentro da língua. Ela própria é formada de vários elemen-
mos desinência número-pessoal
tos também dotados de valor significativo.
A essas formas portadoras de significado damos o nome Afixos
de Morfemas ou Elementos Mórficos. Elementos de significação secundária que aparecem
Tomemos como exemplo a palavra Alunas. Ela é consti- agregados ao radical.Podem ser:
tuída de três morfemas. a) Prefixos: morfemas que se antepõem ao radical.
ALUN Morfema que é base do significado. RE prefixo EX prefixo
A Morfema que indica o gênero feminino. luz radical por radical
S Morfema que indica o número plural. b) Sufixos: morfemas que se pospõem ao radical.
Assim, de acordo com a função na palavra, os fonemas moral radical leal radical
são classificados em: ISTA sufixo DADE sufixo

Radical ou Morfema Lexical Vogal e Consoante de Ligação


Elemento que contém a significação básica do vocábulo. São elementos que, desprovidos de significação, são usa-
dos entre um morfema e outro para facilitar a pronúncia.
LIVR o
Exemplo:
LIVR aria
gás
LIVR eiro
Ô vogal de ligação
radical
metro
Desinência ou Morfema Flexional
cha
São elementos terminais do vocábulo.
L consoante de ligação
Servem para marcar:
eira
a) gênero e número nos nomes (desinências nominais)
b) pessoa/número e tempo/modo nos verbos (desi- 2. Formação de Palavras
nências verbais) Para criar-se palavra nova em português existem, princi-
MENIN radical palmente, cinco processos diferentes.
A desinência nominal de gênero feminino
Derivação
S desinência nominal de número plural
Forma palavras pelo acréscimo de afixos.
Vogal Temática a) Prefixal ou Prefixação: pela colocação de prefixos.
É o elemento que, nos verbos, serve para indicar a conju- REler, INfeliz, INTERvir,
gação. São três: ULTRAvioleta, SUPER-homem.
A – verbos de 1ª conjugação b) Sufixal ou Sufixação: pela colocação de sufixos.
fal + A + r boiADA, canalIZAR, felizMENTE, artISTA.
E – verbos de 2ª conjugação c) Prefixal/Sufixal: pela colocação de prefixo e sufixos
numa só palavra.
varr + E + r
DESlealDADE, INfelizMENTE
I – verbos de 3ª conjugação
d) Parassíntese ou Parassintética: pela colocação si-
part + I + r multânea de prefixo e sufixo numa mesma palavra.
Ob.: O verbo pôr e seus derivados (compor, repor, impor ENtardECER, ENtristECER,
etc.) incluem-se na 2ª conjugação. e) Regressiva: pela redução de uma palavra primitiva.
A vogal temática também pode aparecer nos nomes. Nes- sarampão (sarampo) pescar (pesca)
se caso, sua função é preparar o radical para receber as f) Imprópria: pela mudança da classe gramatical da
desinências. palavra.
cas radical os bons (subst.) bom (adj.)
A vogal temática o jantar (subst.) jantar (verbo)
s desinência de número o belo (subst.) belo (adj.)

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Língua Portuguesa

Composição Principais Radicais Gregos


Forma palavra pela ligação de dois ou mais radicais. AEROS (ar): aeronáutica
ACROS (alto): acrofobia
a) Justaposição: quando os radicais se unem sem ne-
nhuma alteração. AGOGOS (conduzir): demagogo
passatempo, girassol ALGIA (dor): nevralgia
b) Aglutinação: quando na união dos radicais há altera- ANTROPO (homem): antropologia
ção de pelo menos um deles. ARQUIA (governo): monarquia
fidalgo filho + de + algo AUTO (si mesmo): autobiografia
embora em + boa + hora BIBLIO (livro): biblioteca
planalto plano + alto BIO (vida): biosfera
você vossa + mercê CACO (mau): cacofonia
vinagre vinho + acre CALI (belo): caligrafia
CEFALO (cabeça): acéfalo
Hibridismo
COSMO (mundo): cosmopolita
Forma palavra pela união de elementos de línguas dife-
CLOROS (verde): clorofila
rentes.
CRONOS (tempo): cronologia
automóvel auto – grego / móvel – latim
CROMOS (cor): cromoterapia
abreugrafia Abreu – português / grafia – grego
DACTILOS (dedo):datilografia
monocultura mono – grego / cultura – latim
DEMOS (povo): democracia
burocracia bureau – francês / cracia – grego
DERMA (pele): epiderme
Onomatopeia DOXA (opinião); ortodoxo
Palavra que reproduz de sons ou ruídos e vozes de animais. DROMOS (corrida): hipódromo
tic tac - relógio EDRA (lado): poliedro
au au - latido FAGO (comer): antropófago
zzz - zumbido FILOS (amigo): filósofo
FOBOS (medo): acrofobia
Abreviação
FONOS (som, voz): telefone
Forma palavra pela redução de um vocábulo até o limite
que não cause dano à sua compreensão. GAMIA (casamento): polígamo
moto por motocicleta GEO (terra): geografia
pneu por pneumático GLOTA (língua): poliglota
foto por fotografia GRAFO (escrever, descrever): geografia
Itaquá por Itaquaquecetuba HELIOS (sol): heliocêntrico
quilo por quilograma HIDRO (água): hidrografia
HIPO (cavalo): hipopótamo
Obs.: Não confunda abreviação com abreviatura.
ICONOS (imagem): iconoclasta
1. Abreviatura: é a redução na grafia de determinadas LOGO (discurso): monólogo
palavras, limitando-se à letra ou letras iniciais e/ou finais. MEGALOS (grande): megalópole
p. ou pág. – página MICRO (pequeno): micróbio
min. – minuto(s) MIS (ódio): misantropo
Sr. – Senhor MORFE (forma): morfologia
NEOS (novo): neologismo
2. Sigla: é a redução das locuções substantivas às letras
ODOS (caminho): método
ou sílabas iniciais.
PIROS (fogo): pirosfera
A sigla que se forma com a primeira letra de cada palavra
deve ser escrita toda com letras maiúsculas: POLIS (cidade): metrópole
PSEUDO (falso): pseudônimo
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
PSIQUE (alma): psicologia
VASP – Viação Aérea de São Paulo
POTAMO (rio): hipopótamo
A sigla que se forma com mais de uma das primeiras
letras de cada palavra deve ser escrita com apenas a SACARO (açúcar): sacarose
primeira maiúscula. SOFOS (sábio): filósofo
Banespa – Banco do Estado de São Paulo TELE (longe): televisão

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Língua Portuguesa

TEOS (deus): teologia Principais Prefixos Gregos


TOPOS (lugar): topônimo A(AN) (negação): anônimo
XENO (estrangeiro): xenofobia ANA (inversão): anagrama
ZOO (animal): zoologia ANFI (duplo): anfíbio
ANTI (contrário): antiaéreo
Principais Radicais Latinos
ARCE, ARQUI (posição superior): arquiduque, arcebispo
AGRI (campo): agrícola
DIS (dificuldade): disenteria
ARBORI (árvore): arborizar
DI (dois): dissílabo
AVI (ave): avícola
ENDO (para dentro): endoscopia
BIS (duas vezes): bisavô
EPI (em cima de): epicentro
CAPITI (cabeça): decapitar
EU (bem, bom): eufonia
CIDA (que mata): homicida
HEMI (metade): hemisfério
COLA (que cultiva ou habita): vinícola
HIPER (excesso): hipertensão
CRUCI (cruz): crucificar
HIPO (inferior, deficiente): hipoderme
CULTURA (cultivar): apicultura
META (para além): metamorfose
CURVI (curvo): curvilíneo
PARA (proximidade): parágrafo
EQUI (igual): equidade
PERI (em torno de, cerca de): período
FERO (que contém ou produz): mamífero
FICO (que produz): benéfico Principais Prefixos Latinos
FIDE (fé): fidelidade ABS, AB (afastamento): abjurar
FRATER (irmão): fraternidade AD, A (aproximação): adjunto
FUGO (que foge): centrífugo AMBI (duplicidade): ambidestro
IGNI (fogo): ignívomo ANTE (anterior): antedatar
LOCO (lugar): localizar CIRCUN (movimento em torno): circunferência
LUDO (jogo): ludoterapia EX (movimento para fora): exportar, ex-ministro
MATER (mãe): maternidade I, IN, IM (negação): ilegal
MULTI (muito): multinacional INTRA (movimento para dentro): intravenoso
ONI (todo): onisciente INTER, ENTRE (entre, reciprocidade): intervir, entrelinhas
PARO (que produz): ovíparo JUSTA (ao lado de): justaposição
PATER (pai): paternidade PEN (quase): penúltimo
PEDE (pé): pedestre PER (através de): percorrer
PISCI (peixe): piscicultura POS (posterior): pospor
PLURI (vários): pluricelular SOBRE, SUPRA (posição superior): supracitado, sobreloja
PLUVI (chuva): pluvial TRANS (através, além): transatlântico
PUERI (criança): puericultura VICE (no lugar de): vice-reitor
QUADRI (quatro): quadrilátero
Principais Sufixos Nominais
RÁDIO (raio): radiografia
ADA: boiada
RETI (reto): retilíneo
ARIA: livraria
SAPO (sabão): saponáceo
IA: advocacia
SEMI (metade): semicírculo
EZ (A): altivez, beleza
SESQUI (um e meio): sesquicentenário
URA: doçura
SILVA (floresta): silvícola
ANTE, ENTE: estudante, combatente
SONO (que soa): uníssono
DOURO: bebedouro
TRI (três): tricolor
URA: formatura
UMBRA (sombra): penumbra
ACO: maníaco
UNI (um): uníssono
AR: escolar
VERMI (verme): verminose
ÊS, ESA: camponês, camponesa
VOMO (que expele): ignívomo OSO: cheiroso
VORO (que come): carnívoro VEL: amável

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Língua Portuguesa

IÇO: quebradiço Eu quero jantar em sua casa hoje.


ISMO: realismo (jantar – verbo)
AGEM: folhagem O jantar que você fez estava delicioso.
EIRO: barbeiro (jantar – subst.)
DADE: lealdade
Eu quero um vestido amarelo.
ICE, ÍCIE: meninice, calvície
(amarelo – adj.)
ANCIA, ANÇA: vingança, tolerância
Eu gosto muito do amarelo.
DOR: jogador
(amarelo – subst.)
SÃO, ÇÃO: extensão, exportação
TÓRIO: lavatório
3.1. Substantivo
MENTO: ferimento
É a palavra que dá nome aos seres em geral, às qualida-
ADO: barbado des, às ações, aos estados e aos sentimentos.
ANO: corintiano Pode ser classificado:
ESTRE: campestre
INTE: constituinte 1. Quanto à Significação:
IVO: pensativo a) Próprio: refere-se a um determinado ser da espécie:
ÓRIO: preparatório Europa
ISTA: realista b) Comum: nomeia todos os seres ou todas as coisas
de uma mesma espécie:
Principais Sufixos Verbais menino
EAR: folhear c) Concreto: não depende de outro ser para ter existência:
ICAR: bebericar escola
IZAR: utilizar d) Abstrato: depende de outro ser para ter existência:
EJAR: gotejar tristeza
ITAR: saltitar
ECER, ESCER: amanhecer, florescer 2. Quanto à Formação:
a) Simples: é formado por uma só palavra:
Principal Sufixo Adverbial
roupa
MENTE: suavemente
b) Composto: é formado por duas ou mais palavras
guarda-roupa
3. Classes Gramaticais
c) Primitivo: não se origina de outra palavra:
As palavras da língua portuguesa podem ser colocadas em
dez classes diferentes, de acordo com sua classificação abacate
gramatical. A isso damos o nome de Classes Gramaticais. d) Derivado: tem origem em outra palavra:
Primeiramente podemos separá-las em dois grandes abacateiro
grupos:
Variáveis: são as classes de palavras que se flexionam: 3. Coletivo:
Substantivo dá ideia de conjunto, reunião, coleção:
Adjetivo manada
Artigo Flexão de Gênero
Pronome Quanto ao gênero os substantivos podem ser classi-
Numeral ficados em:
Verbo Biformes
Invariáveis: são as classes de palavras que não se Quando mudamos as desinências para formarmos o
flexionam: feminino.
Advérbio conde – condessa
Preposição moço – moça
Conjunção Obs.: Quando usamos as palavras com o radical total-
mente diferente para formar o feminino, chamamo- las
Interjeição
de heterônimos.
Obs.: A mesma palavra pode ser colocada em mais de bode – cabra
uma classe, de acordo com o modo como é usada. cavaleiro – amazona

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Língua Portuguesa

Uniformes a cabeça (parte do corpo)


Quando usamos uma mesma palavra para designar o capital (dinheiro)
tanto o masculino quanto o feminino.
a capital (cidade)
Subdividem-se em:
Epicenos: designam animais e alguns vegetais. o moral (ânimo)
Exemplos: a moral (ética, bons costumes)
o sabiá (macho e fêmea) o grama (medida de peso)
a cobra (macho e fêmea) a grama (vegetal)
o jacaré (macho e fêmea) c) Deve-se também observar que algumas palavras
o mamão (macho e fêmea) comumente são usadas no gênero errado.
Comuns de dois gêneros: designam pessoas. São masculinos:
Exemplos o ágape
o dentista – a dentista o anátema
o viajante – a viajante o aneurisma
o artista – a artista o champanha
o jornalista – a jornalista o dó
Sobrecomuns: designam pessoas. o eclipse
Exemplos: o gengibre
a criança o guaraná
(do sexo masculino ou do sexo feminino) o plasma
Formação do Feminino: São femininos:
1. trocando-se o -o ou -e do masculino por -a: a alface
aluna, menina, giganta, hóspeda a apendicite
2. acrescentando-se -a ao final dos masculinos termina- a cataplasma
dos em -l, -r, -s ou -z: a comichão
fiscala, oradora, deusa, juíza. a omoplata
3. com as terminações -esa, -essa, -isa, -eira e -triz: a ordenança
consulesa, condessa, papisa, arrumadeira, embaixatriz a rês
4. masculinos terminados em -ão fazem o feminino em - a sentinela
ã, -oa e -ona: a usucapião
anã, patroa, foliona
5. outras formas: Flexão de Número
rapaz – rapariga Quanto ao número os substantivos podem ser:
herói – heroína a) Singular: um ser ou um grupo de seres:
grou – grua ave, bando
avô – avó b) Plural: mais de um ser ou grupo de seres:
réu – ré aves, bandos
Particularidades do Gênero Para colocarmos os substantivos no plural devemos
separá-los em simples (um único radical) e composto
Há várias particularidades, quanto ao gênero dos subs-
(dois ou mais radicais).
tantivos, que devem ser observadas.
a) Veja, por exemplo, algumas palavras para as quais a Formação do Plural dos Substantivos Simples
gramática não fixa um gênero: a) Terminados em -ão:
o diabete - a diabete anciãos, mãos, órfãos, cidadãos
o personagem - a personagem anões, espiões, botões, limões
o pijama - a pijama pães, capitães, alemães, cães
b) Outra dificuldade é a mudança de significação da pa- Obs.: Alguns admitem duas ou três formas:
lavra quando mudamos o gênero: corrimãos, corrimões
o cisma (a separação) sacristãos, sacristães
a cisma (desconfiança) anciãos, anciães, anciões
o cabeça (o líder) vilãos, vilães, vilões

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Língua Portuguesa

b) Terminados em -s: abdomens


- monossílabos e oxítonos recebem -es: germens
gás – gases elétrons
mês – meses prótons
freguês – fregueses
país – países Plural dos Diminutivos Terminados em -zinho ou -ZITO
- outros ficam invariáveis: Faz-se da seguinte forma:
o lápis – os lápis
o ônibus – os ônibus fogãozinho fogõe(s) + zinho + s fogõezinhos
c) Terminados em -r ou -z recebem -es: raizinha raíze(s)+ zinha + s raizezinhas
mulheres cãozito cãe(s) + zito + s cãezitos
oradores barrilzinho barri(s) + zinho + s barrizinhos
trabalhadores
Particularidades do Número
cruzes
a) determinados substantivos são usados apenas no
juízes plural:
arrozes anais
d) Terminados em -m trocam por -ns:
alvíssaras
garagens
arredores
armazéns
cãs
homens
condolências
álbuns
férias
e) Terminados em -al, -el, -ol, -ul trocam o -l por -is:
núpcias
jornais
b) alguns substantivos tomam significados diferentes
papéis quando no singular ou plural:
faróis bem (virtude)
pauis bens (propriedades)
f) Terminados em -il: costa (litoral)
- oxítonas trocam o -l por -s: costas (dorso)
funis liberdade (livre escolha)
barris liberdades (regalias, intimidades)
- paroxítona trocam o -il por -eis: vencimento (fim de prazo)
fósseis vencimentos (salário)
répteis
projéteis Formação do Plural dos Substantivos Compostos
Cuidado: mal / males
Composto sem hífen:
cônsul / cônsules
Variam como os substantivos simples.
mel / meles ou méis
aguardente – aguardentes
g) Terminados em -x ficam invariáveis:
os tórax girassol – girassóis
os sílex vaivém – vaivéns
as fênix Composto com hífen:
as xerox Observa-se a classe gramatical de cada um dos termos
h) Terminados em -n: formados do composto: se ela for variável, vai para o plu-
ral. Caso contrário, continuará da mesma forma.
- acrescenta-se -es:
Vão para o plural:
hífenes
abdômenes Substantivos
gérmenes Adjetivos
líquenes Pronomes
- acrescenta-se -s: Numerais
hifens Ficam invariáveis:

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Língua Portuguesa

Verbos b) como sufixos:


Advérbios São variáveis.
Interjeições altar-mor altares-mores
Prefixos capitão-mor capitães-mores
Veja como flexioná-los:
Casos Especiais
abelha-mestra abelhas-mestras
os arco-íris
= abelha (subst.) / mestra (subst.)
os joões-ninguém
amor-perfeito amores-perfeitos os terra-novas
= amor (subst.) / perfeito (adj.)
Flexão de Grau
padre-nosso padres-nossos O grau dos substantivos exprime uma “variação” no
= padre (subst.) / nosso (pron.) tamanho do ser, podendo também dar-lhe um sentido
desprezível:
quinta-feira quintas-feiras
bocarra, velhota
= quinta (num.) / feira (subst.)
ou afetivo:
guarda-roupa guarda-roupas gatão, velhinha
= guarda (verbo) / roupa (subst.) Temos os graus:
sempre-viva sempre-vivas a) Normal:
= sempre (adv.) / viva (adj.) boca, velha, gato, pedra, corpo
b) Aumentativo:
ave-maria ave-marias
boca grande / bocarra
= ave (interj.) / Maria (subst.)
gato enorme / gatão
c) Diminutivo:
Observação:
boca pequena / boquinha
1. Varia apenas o primeiro elemento quando:
pedra minúscula / pedrinha
a) ligados por preposição:
Há dois processos para se obter os graus aumentativo e
pé-de-moleque pés-de-moleque
diminutivo:
mula-sem-cabeça mulas-sem-cabeça
1. analítico: juntando à forma normal um adjetivo que
b) compostos formados por substantivo + substantivo, indique aumento ou diminuição:
em que o segundo determina o primeiro:
obra gigantesca, obra mínima
navio-escola navios-escola
menino grande, menino pequeno
manga-rosa mangas-rosa
2. sintético: anexando-se à forma normal sufixos
2. Varia apenas o segundo elemento quando: denotadores de aumento ou redução:
a) formado por palavras repetidas: bocarra (aumentativo sintético)
quero-quero quero-queros pedregulho (aumentativo sintético)
corre-corre corre-corres estatueta (diminutivo sintético)
tico-tico tico-ticos pedrisco (diminutivo sintético)
ruge-ruge ruge-ruges São muitos os sufixos indicadores de grau:
Mas se as palavras repetidas forem verbos, ambas po- Aumentativo:
dem variar:
aça barca – barcaça
corre-corre corres-corres
ão cachorro – cachorrão
(corre = verbo correr)
arra boca – bocarra
ruge-ruge ruges-ruges az prato – pratarraz
(ruge = verbo rugir) ázio copo – copázio
3. Com adjetivos reduzidos: ona mulher – mulherona
a) como prefixos: uça dente – dentuça
São invariáveis.
Diminutivo:
bel-prazer bel-prazeres
acho rio – riacho
grão-duque grão-duques
ebre casa – casebre

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Língua Portuguesa

ejo lugar – lugarejo Flexão de Gênero


eta sala – saleta a) adjetivo simples: sua flexão de gênero é igual à dos
inho livro – livrinho substantivos simples.
isco chuva – chuvisco homem bom / mulher boa
ulo globo – glóbulo rapaz trabalhador / moça trabalhadeira
b) adjetivo composto: varia apenas o último elemento.
3.2. Adjetivo hospital médico-cirúrgico / clínica médico-cirúrgica
É toda palavra que caracteriza o substantivo, indicando- sapato amarelo-claro / blusa amarelo-clara
lhe qualidade, estado, aspecto ou modo de ser. homem luso-brasileiro / mulher luso-brasileira
O adjetivo pode ser: Exceção:
a) uniforme: possui uma única forma para os dois gêneros: surdo-mudo / surda-muda
feliz, alegre
b) biforme: possui uma forma para cada gênero: Flexão de Número
bom / boa a) adjetivo simples: sua flexão de número é igual a dos
substantivos simples:
mau / má
homem bom / homens bons
bonito / bonita
rapaz trabalhador / rapazes trabalhadores
c) simples: constituído de apenas um radical:
Obs.: Qualquer substantivo usado como adjetivo fica in-
vermelho, social, claro, escuro, financeiro variável:
d) composto: constituído de dois ou mais radicais: homem monstro / homens monstro
vermelho-claro vestido laranja / vestidos laranja
sócio-financeiro b) adjetivo composto: varia apenas o último elemento:
verde-escuro hospital médico-cirúrgico / hospitais médico-cirúrgicos
blusa amarelo-clara / blusas amarelo-claras
Adjetivo Pátrio
posição sócio-político-econômica
É aquele que se refere a continentes, países, cidades,
regiões. posições sócio-político-econômicas
Exemplos: Obs.: Se o último elemento do composto for um substan-
tivo, fica invariável.
Brasil – brasileiro
blusa verde-garrafa / blusas verde-garrafa
Brasília – brasiliense
tecido amarelo-ouro / tecidos amarelo-ouro
Calábria – calabrês sapato marrom-café / sapatos marrom-café
Espírito Santo – espírito-santense ou capixaba Exceções:
Europa – europeu surdos-mudos e surdas-mudas
Rio de Janeiro – (est.) – fluminense São invariáveis:
Rio de Janeiro (cid.) – carioca azul-marinho / azul-celeste / cor de ...
Rio Grande do Sul – sul-rio-grandense ou rio-grandense-
do-sul ou gaúcho Flexão de Grau
Rio Grande do Norte – potiguar ou rio-grandense-do-nor- São dois os graus de adjetivo:
te ou norte-rio-grandense a) Comparativo: compara dois seres diferentes.
Salvador – soteropolitano b) Superlativo: fala da qualidade de um único ser.
Sergipe – sergipano
Grau Comparativo:
Locução Adjetiva 1) de igualdade: a qualidade aparece na mesma intensi-
É a expressão formada de preposição mais substantivo dade para ambos os seres que se comparam:
(ou advérbio) com valor de adjetivo. João é tão alto quanto José.

Exemplos: 2) de superioridade: a qualidade aparece mais intensifi-


cada no primeiro elemento de comparação:
dia de chuva dia chuvoso
João é mais alto que (ou do que) José.
atitudes de anjo atitudes angelicais
3) de inferioridade: a qualidade aparece menos intensifi-
luz do sol luz solar cada no primeiro elemento de comparação:
estrela da tarde estrela vespertina João é menos alto que (ou do que) José.
menino do Brasil menino brasileiro Obs.: Veja o Grau Comparativo de Superioridade com os
ar do campo ar campestre adjetivos:

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Língua Portuguesa

bom
mau / ruim Alguns Superlativos Absolutos Eruditos
grande amargo amaríssimo
pequeno célebre celebérrimo
Temos duas formas para usá-los: cruel crudelíssimo
a) Analítica: doce dulcíssimo
mais bom, mais ruim, mais grande, mais pequeno frio frigidíssimo
b) Sintética: geral generalíssimo
melhor, pior, maior, menor humilde humílimo

Comparativo de superioridade analítico: usado quando incrível incredibilíssimo


se comparam duas qualidades de um único ser: livre libérrimo
Minha casa é mais grande que confortável. magro macérrimo
João é mais bom que ruim. negro nigérrimo
Comparativo de superioridade sintético: usado quando nobre nobilíssimo
se compara uma qualidade entre dois seres diferentes: pio pientíssimo
Minha casa é maior que a sua. preguiçoso pigérrimo
João é melhor que José. sábio sapientíssimo
Grau Superlativo: soberbo superbíssimo
1) Relativo: qualidade de um ser em relação a um con- tenro teneríssimo
junto de seres. tétrico tetérrimo
a) de superioridade: velho vetérrimo
João é o mais alto da turma. veloz velocíssimo
b) de inferioridade: visível visibilíssimo
João é o menos alto da turma. voraz voracíssimo
2) Absoluto: qualidade de um único ser absolutamente.
a) analítico: quando a alteração do grau é feita através de
3.3. Artigo
alguma palavra que modifique o adjetivo:
É a palavra variável em gênero e número que define o
João é muito alto.
substantivo.
Minha casa é bastante confortável. a) Artigo Definido: O, A, OS, AS
b) sintético: quando acrescentamos sufixos para marcar O jornal comentou a notícia.
o grau: b) Artigo Indefinido: UM, UMA, UNS, UMAS
João é altíssimo. Um jornal comentou uma notícia.
Minha casa é confortabilíssima.
Particularidades do Artigo
O Superlativo Absoluto Sintético é formado pelo acrésci- 1) Substantivar qualquer palavra:
mo dos sufixos: O “não” é uma palavra que expressa negação (não -
-íssimo subst.)
-imo Quem ama o feio, bonito lhe parece (feio - subst.)
-rimo 2) Evidenciar o gênero e o número dos substantivos:
O dó (masculino)
Na língua coloquial usamos sempre -íssimo: A coleta (feminino)
belíssimo, amiguíssimo, agudíssimo O lápis (singular)
Na língua culta devemos acrescentar o sufixo às formas Os lápis (plural)
eruditas dos adjetivos: 3) Revelar quantidade aproximada quando usado o inde-
finido diante de numerais:
amicus + íssimo = amicíssimo
Uns dez quilos.
pauper + rimo = paupérrimo Umas trezentas pessoas.
acutus + íssimo = acutíssimo 4) Combinar-se com preposições:
No = em + o
Das = de + as
À=a+a
Numa = em + uma

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Língua Portuguesa

3.4. Pronome

Classe de palavras que normalmente precedem o substantivo ou nome e que dão indicações sobre aquilo que este
expressa, limitando ou concretizando o seu significado. Concordam sempre em gênero com o substantivo.

Pronome Possessivo
Subclasse de palavras variáveis que exprimem a posse em relação às três pessoas gramaticais.

Pronomes Pessoais
Subclasse de palavras que representam no discurso as três pessoas gramaticais, indicando, por isso, quem fala,
com quem se fala e de quem se fala.

Pronomes de Tratamento Emprego dos Pronomes de Tratamento


São usados no trato formal, quando não deve haver 1. Vossa Excelência (V.Exª), para as seguintes autori-
intimidade. dades:
Os pronomes de tratamento apresentam certas peculiari- a) do Poder Executivo:
dades quanto à concordância verbal, nominal e pronomi- Presidente da República; Vice-Presidente da República;
nal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à Ministros de Estado; Governadores (e Vice) de Estado e
pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunica- do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Forças Arma-
ção), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o das; Embaixadores; Secretários-Executivos de Ministéri-
verbo concorda com o substantivo que integra a locução os e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o subs- Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Prefei-
tituto”; “Vossa Excelência conhece o assunto”. tos Municipais.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a b) do Poder Legislativo:
pronomes de tratamento são sempre os da terceira pes-
Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal
soa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não
de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais;
“Vossa ... vosso...”).
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presi-
Quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gê- dentes das Câmaras Legislativas Municipais.
nero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a
c) do Poder Judiciário:
que se refere, e não com o substantivo que compõe a
locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o corre- Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribu-
to é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria nais; Juízes; Auditores da Justiça Militar.
deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência 2. Vossa Senhoria (V.Sª) é empregado para as demais
está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”. autoridades e para particulares.

40 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

3. Vossa Magnificência (V.Magª) é empregado por for- 8. Vossa Reverência (V.Reva) é empregado para sacer-
ça da tradição, em comunicações dirigidas a reitores de dotes, clérigos e demais religiosos.
universidade. 9. Vossa Alteza (V.A.) é empregado para arqueduques,
4. Vossa Santidade (V.S), em comunicações dirigidas duques e príncipes.
ao Papa. 10. Vossa Majestade (V.M.) é empregado para reis e
5. Vossa Eminência (V.Emª) ou Vossa Eminência imperadores.
Reverendíssima (V.EmªRevma), em comunicações aos
Cardeais. Observação: As formas acima são usadas para falar
diretamente com a pessoa. Quando queremos falar de-
6. Vossa Excelência Reverendíssima (V.ExªRevma) é las (e não com elas) trocamos VOSSA por SUA: Sua
usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos. Excelência (S.Exª).
7. Vossa Reverendíssima (V.Revma) ou Vossa Senhoria
Reverendíssima (V.SªRevma) para Monsenhores, Cône-
gos e superiores religiosos.

Pronomes Demonstrativos
Subclasse de palavras que, substituindo ou acompanhando os nomes, indicam a posição dos seres e das coisas
no espaço e no tempo em relação às pessoas gramaticais.

Pronomes Relativos
Subclasse de palavras que estabelecem uma relação entre uma palavra antecedente que representam e aquilo
que a seu respeito se vai dizer na oração que introduzem, ou que estabelecem uma relação entre um nome que
determinam e um antecedente.

1. Cujo – é utilizado como determinante relativo com sentido equivalente a do(a, os, as) qual, de quem, de que. Visto ser
um determinante, concorda sempre em gênero e em número com o substantivo (nome) que o sucede:
Esta senhora, cujo nome desconheço, tem uma reclamação a fazer.
Este é o rio Douro cujas águas banham a cidade do Porto.

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Língua Portuguesa

2. Quanto – tem por antecedentes os pronomes indefini- Flexão dos Numerais


dos todo(a, os, as) e tanto(a, os, as) embora estes este- Alguns numerais são variáveis em gênero e número, ou-
jam omitidos (subentendidos): tros apenas em gênero ou apenas em número.
Emprestei-te quanto dinheiro tinha. (Antecedente suben-
tendido tanto). Gênero e Número
primeiro, primeira
Pronomes Interrogativos primeiros, primeiras
Subclasse de palavras que, substituindo ou acompanhan-
do os nomes, são empregadas para formular uma per- Gênero
gunta direta ou indireta. um / uma
dois / duas
trezentos / trezentas
ambos / ambas
Número
um terço / dois terços
um quinto / cinco quintos
1. Quanto – pode referir-se a pessoas ou a coisas. En-
quanto determinante interrogativo, usa-se em concordân- Emprego dos Numerais
cia com o substantivo: a) emprego do numeral cardinal e ordinal: na indicação
Quantos irmãos tens? de reis, príncipes, papas, anos, séculos, capítulos etc.,
usa-se ordinal até 10 e daí em diante emprega-se o
2. Qual – pode referir-se a pessoas ou a coisas. Usa-se
cardinal:
geralmente como determinante, embora nem sempre
junto ao substantivo: Henrique VIII (oitavo)
Qual foi o filme que viste ontem? Luís XV (quinze)
3. Que – é determinante quando é equivalente a que es- Paulo VI (sexto)
pécie de, podendo referir-se a pessoas ou a coisas: João XXIII (vinte e três)
Que livro andas a ler? Capítulo X (décimo)
Mas que mulher é essa? Capítulo XI (onze)
Obs.: Se o numeral vier anteposto ao substantivo, usa-
Pronomes Indefinidos mos o ordinal:
Subclasse de palavras que designam ou determinam a
3ª pessoa gramatical (seres ou coisas) de modo vago e XX Salão do Automóvel = Vigésimo Salão do Automóvel
impreciso. Se o numeral vier posposto ao substantivo, usamos o
cardinal:
Casa 2 = casa dois
página 23 = página vinte e três
(subentende-se aqui a palavra número: casa (número)
dois)
b) primeiro dia do mês: Na indicação do primeiro dia do
mês usamos o numeral ordinal:
primeiro de abril
primeiro de julho
c) leitura do numeral cardinal: Coloca-se a conjunção e
entre as centenas e dezenas e também entre a deze-
na e a unidade:
6.069.523 = seis milhões sessenta e nove mil quinhen-
tos e vinte e três.
d) leitura do numeral ordinal: inferior a 2.000º , lê-se nor-
malmente como ordinal:

3.5. Numeral 1.856º = milésimo octingentésimo quinquagésimo sexto.

É a palavra que dá ideia de quantidade (um, dois, três superior a 2000º, lê-se o primeiro como cardinal e os
etc.), sequência (primeiro, segundo, terceiro etc.), multi- outros como ordinais:
plicação (dobro, triplo etc.) e divisão (metade, um terço, 2.056º = dois milésimo quinquagésimo sexto
três quartos etc.). 5.232º = cinco milésimo ducentésimo trigésimo segundo

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Língua Portuguesa

Mas se for número redondo: Observação: Houve alteração nas desinências.


10.000º = décimo milésimo
2.000º = segundo milésimo
5.000º = quinto milésimo
3.6. Verbos
Definição
É a classe de palavra que designa um estado, uma ação
ou um fenômeno natural.
Ana é feliz. (estado)
Ana comeu mamão. (ação) A irregularidade pode também ocorrer no radical, como
Neva todo inverno no país de Ana. (fenômeno natural) no caso do verbo ouvir na 1a pessoa do Presente do
Indicativo – eu ouç – o:
A conjugação verbal é feita através da desinência (veja
Estrutura do Vocábulo).
Exemplo:
VIÉSSEMOS
S S E – desinência modo-temporal
M O S – desinência número-pessoal
Classificação dos Verbos
a) Regulares:
São os que seguem o modelo de sua conjugação.
Exemplo: c) Anômalos:
Estudar
São aqueles que sofrem profundas modificações:
Observação: Exemplos:
Para saber se um verbo é regular, basta conjugá-lo no ser: sou, fui, era...
Presente do Indicativo e no Pretérito Perfeito do Indicativo.
ir: vou, fui, irei...
Se não houver mudanças no radical ou nas desinências
nesses dois tempos, não haverá em nenhum outro.
d) Defectivos:
São aqueles que não se conjugam em todas as formas:
Exemplo:
abolir, reaver

b) Irregulares:
São aqueles cujo radical e/ou terminações se alteram,
não seguindo o modelo de sua conjugação.
Exemplos: Observação:
Dar e Ouvir Há mais adiante uma lista de defectivos notáveis.
e) Abundantes:
São aqueles que apresentam mais de uma forma com o
mesmo valor.
Exemplos:
haver: vós haveis ou heis
construir: tu construis ou constróis
A abundância acontece principalmente no particípio.

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Língua Portuguesa

2ª pessoa – quem ouve: Cantas, cantais.


3ª pessoa – de quem se fala: Canta, cantam

II. Número
Refere-se à flexão de singular e plural:
Singular: refere-se a apenas uma pessoa.
Canto, cantas, canta
Plural: refere-se a duas ou mais pessoas.
Cantamos, cantais, cantam.
f) Auxiliares:
São aqueles que, desprovidos de sentido próprio (parcial III. Modo
ou totalmente), juntam-se a outros verbos, formando o
Refere-se à maneira como anunciamos um estado, uma
que chamamos de Locução Verbal.
ação ou um fenômeno natural.
Exemplo: A chuva está caindo.
São três os modos verbais:
a) Indicativo: expressa certeza.
Eu canto. Nós cantaremos. Vós cantastes.
b) Subjuntivo: expressa dúvida.
Que eu cante. Se nós cantássemos. Quando vós
Nas Locuções Verbais, o verbo auxiliar está sempre cantardes.
conjugado e o verbo principal (o que dá sentido à locução) c) Imperativo: expressa ordem, pedido ou súplica.
deve ficar no infinitivo (-r), gerúndio (-ndo) ou particípio (-do): Cante você. Cantemos nós. Não canteis vós.
-infinitivo: Eu vou falar.
-gerúndio: Eu estou falando. IV. Tempo
-particípio: Eu tenho falado. Situa a ideia expressa pelo verbo dentro de determinado
momento:
Observações
Presente – enuncia um fato que ocorre no momento em
1) Nas Locuções Verbais formadas de particípio devemos
que se fala.
optar pelo regular ou irregular, de acordo com a seguinte
regra: Pretérito – enuncia um fato anterior em relação ao
momento em que se fala.
a) Com auxiliares ter ou haver:
Futuro – enuncia um fato posterior em relação ao momento
particípio regular (-do):
em que se fala.
Eu tenho pagado minhas contas em dia.
Ele havia acendido a vela. Eu cantei Eu canto Eu cantarei
b) Com outros auxiliares: Pretérito Presente Futuro
particípio irregular:
V. Voz
A conta foi paga.
ndica se o sujeito está praticando ou sofrendo a ação
A vela está acesa. expressa pelo verbo (ou se ambos ao mesmo tempo).
2) Quando o particípio possui uma única forma, não te-
São três:
mos por que optar:
a) Voz Ativa:
fazer – feito:
Apresenta o sujeito praticando uma ação verbal.
Eu tenho feito o trabalho sozinho.
Ani comeu a deliciosa maçã.
O trabalho foi feito por mim.
b) Voz Passiva:
vender – vendido
Apresenta o sujeito sofrendo uma ação verbal.
Eu tenho vendido muitas roupas.
A deliciosa maçã foi comida pela Ani.
Estas roupas já foram vendidas.
c) Voz Reflexiva:
Flexão dos Verbos Apresenta o sujeito praticando e sofrendo, ao mesmo
tempo, uma ação verbal.
I. Pessoa
Obs.: Voz Reflexiva Recíproca:
Refere-se à pessoa do discurso:
Abraçamo-nos
1ª pessoa – quem fala: Canto, cantamos.

44 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

Ani cortou-se com a faca. Formação dos Tempos Verbais


Vejamos tudo mais detalhadamente. Quanto à formação, classificamos os tempos como
primitivos e derivados:
Voz Ativa:
Quando o sujeito pratica a ação verbal é o agente, executa
a ação expressa pelo verbo.
Exemplos:
Eles saíram.
O macaco comeu a fruta.
Maria colheu a rosa.

Voz Passiva:
Quando o sujeito sofre a ação verbal é o paciente, receptor
da ação expressa pelo verbo.
Há dois tipos de Voz Passiva: Derivação

a) Analítica: constitui-se da locução verbal formada pelo Acompanhe a progressão da explicação em relação ao
verbo auxiliar + verbo principal no particípio. quadro acima:

A fruta foi comida pelo macaco. Primitivo:

A rosa foi colhida por Maria. 1a Pessoa do Singular do Presente do Indicativo:


Observação: 1a conjugação (terminados em -AR) – eu cant o
Na Voz Passiva Analítica, aquele que pratica a ação é 2a conjugação (terminados em -ER) – eu vend o
chamado Agente da Passiva (no caso dos exemplos 3a conjugação (terminados em -IR) – eu part o
acima temos, então, macaco e Maria como agentes de
passiva). Derivado:
b) Sintética: constitui-se do verbo principal na 3ª pessoa Presente do Subjuntivo
(singular ou plural concordando com o sujeito) + a partícula
apassivadora se. – 1a conjugação troca o -O por -E.
Comeu-se a banana. – 2a e 3a conjugações trocam o -O por -A.
Comeram-se as bananas.
Acrescentando as desinências número-pessoais.
Colheu-se a rosa.
Colheram-se as rosas.
Observação:
1. Neste tipo de Voz Passiva não aparece o agente da
passiva.
2. O se também pode ser chamado de pronome
apassivador.

Voz Reflexiva:
Quando o sujeito, ao mesmo tempo, pratica e sofre a Observação:
ação verbal, é agente e paciente, executa e recebe a ação
expressa pelo verbo. O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, pois surgiu na
Língua Portuguesa como POER.
Exemplos:
O macaco feriu-se. Derivado:
Maria cortou-se. Imperativo Negativo
Eu, ontem, olhei-me no espelho. – Idêntico ao Presente do Subjuntivo. Basta acrescentar a
Nós nos abraçamos. negação.

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Língua Portuguesa

Derivado:
Futuro do Subjuntivo
- Tira-se a terminação -AM e acrescentam-se as
desinências número-pessoais

Observação:
Nesse tempo, por uma questão de pronúncia, fizemos
algumas adaptações às desinências número-pessoais
Derivado: para que elas se liguem perfeitamente aos verbos. Essas
adaptações servirão para todos os verbos da Língua
Imperativo Afirmativo Portuguesa, nesse tempo.
– As segundas pessoas (tu e vós) obtêm-se das segundas
pessoas do Presente do Indicativo sem a letra S. Derivado:
– As demais pessoas são idênticas ao Presente do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Subjuntivo.
- Tira-se a terminação -RAM e acrescentam-se:
desinência modo-temporal -SSE
desinências número-pessoais

Observação:
No Imperativo não existe a 1ª pessoa do singular (eu).

Primitivo:
3ª Pessoa do Plural do Pretérito do Indicativo Primitivo:
Infinitivo Impessoal
CANTARAM VENDERAM PARTIRAM CANTAR VENDER PARTIR

Derivado:
Derivado:
Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo
Futuro do Presente do Indicativo
- Tira-se a terminação -M e acrescentam-se as desinên- - Acrescentam-se as desinências número-pessoais:
cias número-pessoais:
-ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão

Observação:
Derivado:
Nesse tempo, todos os verbos trocam -A por -E na 2ª
pessoa do plural (vós) por apresentarem dificuldades Futuro do Pretérito do Indicativo
com a pronúncia. - Acrescentam-se as desinências número-pessoais:

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Língua Portuguesa

ia, ias, ia, íamos, íeis, iam Tempos Compostos


Os Tempos Compostos são formados pelos auxiliares
TER ou HAVER mais o verbo principal no particípio.

Formação dos Tempos Compostos:


Presente (Indicativo / Subjuntivo) dá origem a:
- Pretérito Perfeito do Indicativo Composto:
tenho amado, tenho vendido, tenho partido.
Observação: Os verbos dizer, fazer e trazer fazem o futu- - Pretérito Perfeito do Subjuntivo Composto:
ro do presente e o futuro do pretérito da seguinte forma: tenha amado, tenha vendido, tenha partido.
dizer – direi – diria
Pretérito Imperfeito (Indicativo / Subjuntivo) dá origem a:
fazer – farei – faria
- Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo Composto:
trazer – trarei – traria
tinha amado, tinha vendido, tinha partido.
Derivado: - Pretérito Mais-que-Perfeito do Subjuntivo Composto:
Pretérito Imperfeito do Indicativo tivesse amado, tivesse vendido, tivesse partido.
- Para verbos da 1a conjugação acrescenta-se ao tema
a desinência modo-temporal -VA, mais as desinências Futuro do Presente do Indicativo dá origem a:
número-pessoais. - Futuro do presente do Indicativo Composto:
- Para os verbos da 2a e 3a conjugações acrescenta-se terei amado, terei vendido, terei partido.
ao radical a desinência modo-temporal -IA, mais as
desinências número-pessoais.
Futuro do Pretérito do Indicativo dá origem a:
- Futuro do Pretérito do Indicativo Composto:
teria amado, teria vendido, teria partido.

Futuro do Subjuntivo dá origem a:


- Futuro do Subjuntivo Composto:
tiver amado, tiver vendido, tiver partido.

Observação: Formas Nominais


1. Nesse tempo, todos o verbos trocam A por E na 2ª Recebem esse nome porque assumem valor de nomes
pessoa do plural (vós), por apresentarem problema com da língua:
a pronúncia.
Infinitivo – valor de substantivo:
2. Tema (relembrando!) é o radical acrescido da vogal
temática. Amar é bom.
Particípio – valor de adjetivo:
Derivado: A ave era morta.
Infinitivo Pessoal Gerúndio – valor de advérbio:
- Acrescentam-se, simplesmente, as desinências Amanhecendo, partiremos.
número-pessoais.
As formas nominais são usadas, geralmente, em
locuções verbais:
Quero amar. Tenho amado. Estou amando.

Emprego dos Tempos Verbais


Presente do Indicativo
a) exprime um fato que ocorre no momento em que se
fala:
Observação:
Vejo a lua no céu.
As adaptações são necessárias aqui, da mesma
forma que utilizamos no futuro do subjuntivo. b) exprime um axioma, uma verdade científica:

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Língua Portuguesa

A Terra é redonda. É preciso viajar.


Por um ponto passam infinitas retas. b) quando faz parte de uma locução verbal:

c) exprime uma ação habitual: Nós podemos ir ao cinema hoje.

Não como nada aos domingos. c) quando complemento de algum nome (virá sempre
preposicionado):
d) para dar atualidade a fatos ocorridos no passado:
Nós estamos aptos para trabalhar.
Há 40 anos, a televisão chega ao Brasil.

e) exprime um fato futuro muito próximo, quando se tem Alguns Verbos de 1ª Conjugação que Merecem Destaque
certeza de sua realização: a) Aguar
Amanhã faço a lição. Presente do indicativo: águo, águas, água, aguamos,
aguais, águam
Pretérito Perfeito do Indicativo Presente do subjuntivo: águe, águes, águe, aguemos,
agueis, águem
exprime um fato passado concluído, em relação ao
momento em que se fala: Imperativo afirmativo: água (tu), águe (você), aguemos
(nós), aguai (vós), águem (vocês)
Ontem eu fiz a lição.
Imperativo negativo: não águes (tu), não águe (você),
não aguemos (nós), não agueis (vós), não águem ( vocês)
Pretérito Imperfeito do Indicativo
Observação:
exprime um fato passado não concluído, em relação ao
momento em que se fala: Nos demais tempos, segue o modelo dos verbos
regulares da 1ª conjugação. Conjugam-se como aguar:
Eu sempre cantava no chuveiro. enxaguar, desaguar e minguar.

Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo b) Apaziguar


exprime um fato passado concluído, em relação a outro Presente do indicativo: apaziguo, apaziguas, apazigua,
fato passado: apaziguamos, apaziguais, apaziguam
Quando Pedro chegou à casa, eu já chegara. Presente do subjuntivo: apazigue, apazigues, apazigue,
Observação: apaziguemos, apazigueis, apaziguem
Na linguagem contemporânea prefere-se usar o pretérito Imperativo afirmativo: apazigua (tu), apazigue (você),
mais-que-perfeito composto. apaziguemos (nós), apaziguai (vós), apaziguem (vocês)
Quando Pedro chegou à casa eu já tinha chegado. Imperativo negativo: não apazigues (tu), não apazigue
(você), não apaziguemos (nós), não apazigueis (vós), não
Futuro do Presente do Indicativo apaziguem (vocês)
Observação:
Exprime um fato posterior em relação ao momento em
que se fala. Nos demais tempos, segue o modelo dos verbos regulares
da 1ª conjugação. Conjuga-se como apaziguar: averiguar.
Hoje estou aqui, amanhã estarei na Europa.
c) Passear
Futuro do Pretérito do Indicativo
Indicativo
a) exprime um fato posterior em relação a um fato passado:
Presente: passeio, passeias, passeia, passeamos,
Ontem você garantiu que o dinheiro estaria aqui hoje. passeais, passeiam
b) exprime uma incerteza: Pretérito imperfeito: passeava, passeavas, passeava,
Seriam dez ou doze horas quando ele chegou? passeávamos, passeáveis, passeavam
c) usa-se no lugar do presente do indicativo ou do Pretérito perfeito: passeei, passeaste, passeou,
imperativo quando se faz um pedido: passeamos, passeastes, passearam
Você me faria um favor? Pretérito mais-que-perfeito: passeara, passearas,
passeara, passeáramos, passeáreis, passearam
Gostaria de falar com você.
Futuro do presente: passearei, passearás, passeará,
passearemos, passeareis, passearão
Infinitivo Pessoal
Futuro do pretérito: passearia, passearias, passearia,
quando tem sujeito próprio: passearíamos, passearíeis, passeariam
O remédio é ficarmos em casa.
Subjuntivo
Infinitivo Impessoal Presente: passeie, passeies, passeie, passeemos,
a) quando não estiver se referindo a nenhum sujeito. passeeis, passeiem

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Língua Portuguesa

Pretérito imperfeito: passeasse, passeasses, Observação:


passeasse, passeássemos, passeásseis, passeassem Seguem esse modelo os verbos mediar, ansiar,
Futuro: passear, passeares, passear, passearmos, remediar e incendiar.
passeardes, passearem Os demais verbos terminados em –iar são regulares.
Imperativo
Alguns Verbos de 2ª Conjugação que Merecem Destaque
Afirmativo: passeia (tu), passeie (você), passeemos
(nós), passeai (vós), passeiem (vocês) a) Caber
Negativo: não passeies (tu), não passeie (você), não Indicativo
passeemos (nós), não passeeis (vós), não passeiem Presente: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem
(vocês) Pretérito imperfeito: cabia, cabias, cabia, cabíamos,
cabíeis, cabiam
Formas Nominais Pretérito perfeito: coube, coubeste, coube, coube-mos,
Infinitivo impessoal: passear coubestes, couberam
Infinitivo pessoal: passear, passeares, passear, Pretérito mais-que-perfeito: coubera, couberas, coubera,
passearmos, passeardes, passearem coubéramos, coubéreis, couberam
Gerúndio: passeando Futuro do presente: caberei, caberás, caberá, caberemos,
Particípio: passeado cabereis, caberão
Observação: Futuro do pretérito: caberia, caberias, caberia,
caberíamos, caberíeis, caberiam
O verbo passear serve de modelo a todos os verbos
terminados em –ear, tais como: balear, barbear, basear, Subjuntivo
bobear, branquear, bronzear, cear, chatear, delinear,
encadear, folhear, frear, golpear, homenagear, manusear, Presente: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam
massagear, nortear, recear etc. Pretérito imperfeito: coubesse, coubesses, coubesse,
coubéssemos, coubésseis, coubessem
d) Odiar
Futuro: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes,
Indicativo couberem
Presente: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam
Pretérito imperfeito: odiava, odiavas, odiava, odiávamos, Imperativo
odiáveis, odiavam Não é usado no imperativo.
Pretérito perfeito: odiei, odiaste, odiou, odiamos,
odiastes, odiaram Formas Nominais
Pretérito mais-que-perfeito: odiara, odiaras, odiara, Infinitivo impessoal: caber
odiáramos, odiáreis, odiaram Infinitivo pessoal: caber, caberes, caber, cabermos,
Futuro do presente: odiarei, odiarás, odiará, odiaremos, caberdes, caberem
odiareis, odiarão Gerúndio: cabendo
Futuro do pretérito: odiaria, odiarias, odiaria, odia-ríamos, Particípio: cabido
odiaríeis, odiariam b) Dizer
Subjuntivo Indicativo
Presente: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem Presente: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem
Pretérito imperfeito: odiasse, odiasses, odiasse, Pretérito imperfeito: dizia, dizias, dizia, dizíamos, dizíeis,
odiássemos, odiásseis, odiassem diziam
Futuro: odiar, odiares, odiar, odiarmos, odiardes, odiarem Pretérito perfeito: disse, disseste, disse, dissemos,
Imperativo dissestes, disseram
Afirmativo: odeia (tu), odeie (você), odiemos (nós), odiai Pretérito mais-que-perfeito: dissera, disseras, dissera,
(vós), odeiem (vocês) disséramos, disséreis, disseram
Negativo: não odeies (tu), não odeie (você), não odiemos Futuro do presente: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão
(nós), não odieis (vós), não odeiem (vocês) Futuro do pretérito: diria, dirias, diria, diríamos, diríeis,
diriam
Formas Nominais
Subjuntivo
Infinitivo impessoal: odiar
Presente: diga, digas, diga, digamos, digais, digam
Infinitivo pessoal: odiar, odiares, odiar, odiarmos,
odiardes, odiarem Pretérito imperfeito: dissesse, dissesses, dissesse,
disséssemos, dissésseis, dissessem
Gerúndio: odiando
Futuro: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes,
Particípio: odiado
disserem

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Língua Portuguesa

Imperativo Futuro do pretérito: poria, porias, poria, poríamos, poríeis,


Afirmativo: diz/dize (tu), diga (você), digamos (nós), dizei poriam
(vós), digam (vocês)
Subjuntivo
Negativo: não digas (tu), não diga (você), não digamos
(nós), não digais (vós), não digam (vocês) Presente: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais,
ponham
Formas Nominais Pretérito imperfeito: pusesse, pusesses, pusesse,
Infinitivo impessoal: dizer puséssemos, pusésseis, pusessem
Futuro: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes,
Infinitivo pessoal: dizer, dizeres, dizer, dizermos, dizerdes,
puserem
dizerem
Imperativo
Gerúndio: dizendo
Afirmativo: põe (tu), ponha (você), ponhamos (nós),
Particípio: dito
ponde (vós), ponham (vocês)
c) Fazer Negativo: não ponhas (tu), não ponha (você), não
ponhamos (nós), não ponhais (vós), não ponham (vocês)
Indicativo
Presente: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem Formas Nominais
Pretérito imperfeito: fazia, fazias, fazia, fazíamos, fazíeis, Infinitivo impessoal: pôr
faziam
Infinitivo pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem
Pretérito perfeito: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram
Gerúndio: pondo
Pretérito mais-que-perfeito: fizera, fizeras, fizera,
Particípio: posto
fizéramos, fizéreis, fizeram
Futuro do presente: farei, farás, fará, faremos, fareis, farão e) Prover
Futuro do pretérito: faria, farias, faria, faríamos, faríeis, Presente do indicativo: provejo, provês, provê, provemos,
fariam provedes, proveem
Presente do subjuntivo: proveja, provejas, proveja,
Subjuntivo
provejamos, provejais, provejam
Presente: faça, faças, faça, façamos, façais, façam
Imperativo afirmativo: provê (tu), proveja (você),
Pretérito imperfeito: fizesse, fizesses, fizesse, provejamos (nós), provede (vós), provejam (vocês)
fizéssemos, fizésseis, fizessem
Imperativo negativo: não provejas (tu), não proveja (você),
Futuro: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem não provejamos (nós), não provejais (vós), não
Imperativo provejam (vocês)
Afirmativo: faz/faze (tu), faça (você), façamos (nós), fazei
(vós), façam (vocês), Observação:
Negativo: não faças (tu), não faça (você), não façamos Nos demais tempos, segue o modelo dos verbos
(nós), não façais (vós), não façam (vocês) regulares da 2ª conjugação.
Formas Nominais f) Querer
Infinitivo impessoal: fazer Indicativo
Infinitivo pessoal: fazer, fazerdes, fazer, fazermos, fazerdes,
Presente: quero, queres, quer, queremos, quereis,
fazerem
querem
Gerúndio: fazendo
Pretérito imperfeito: queria, querias, queria, quería-mos,
Particípio: feito queríeis, queriam
Pretérito perfeito: quis, quiseste, quis, quisemos,
d) Pôr
quisestes, quiseram
O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, pois sua antiga
Pretérito mais-que-perfeito: quisera, quiseras, quisera,
forma era poer.
quiséramos, quiséreis, quiseram
Indicativo
Futuro do presente: quererei, quererás, quererá,
Presente: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem quereremos, querereis, quererão
Pretérito imperfeito: punha, punhas, punha, púnha-mos, Futuro do pretérito: quereria, quererias, quereria,
púnheis, punham quereríamos, quereríeis, quereriam
Pretérito perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, puses-
tes, puseram Subjuntivo
Pretérito mais-que-perfeito: pusera, puseras, pusera, Presente: queira, queiras, queira, queiramos, queirais,
puséramos, puséreis, puseram queiram
Futuro do presente: porei, porás, porá, poremos, poreis, Pretérito imperfeito: quisesse, quisesses, quisesse,
porão quiséssemos, quisésseis, quisessem

50 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

Futuro: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, Futuro: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes,
quiserem trouxerem

Imperativo Imperativo
Afirmativo: quere/quer (tu), queira (você), queiramos Afirmativo: traz/traze (tu), traga (você), tragamos (nós),
(nós), querei (vós), queiram (vocês) trazei (vós), tragam (vocês)
Negativo: não queiras (tu), não queira (você), não Negativo: não tragas (tu), não traga (você), não tragamos
queiramos (nós), não queirais (vós), não queiram (vocês) (nós), não tragais (vós), não tragam (vocês)
Formas Nominais Formas Nominais
Infinitivo impessoal: querer Infinitivo impessoal: trazer
Infinitivo pessoal: querer, quereres, querer, querermos, Infinitivo pessoal: trazer, trazeres, trazer, trazermos,
quererdes, quererem trazerdes, trazerem
Gerúndio: querendo Gerúndio: trazendo
Particípio: querido Particípio: trazido

g) Requerer Alguns Verbos de 3ª Conjugação que Merecem Destaque


Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer ou a) Possuir
requere, requeremos, requereis, requerem Indicativo
Pretérito Perfeito: requeri, requereste, requereu, Presente: possuo, possuis, possui, possuímos, possuís,
requeremos, requerestes, requereram. possuem
Pretérito mais-que-perfeito: requerera, requereras, Pretérito imperfeito: possuía, possuías, possuía,
requerera, requerêramos, requerêreis, requereram. possuíamos, possuíeis, possuíam
Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, Pretérito perfeito: possuí, possuíste, possuiu,
requeiramos, requeirais, requeiram. possuímos, possuístes, possuíram
Imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, Pretérito mais-que-perfeito: possuíra, possuíras,
requeresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem. possuíra, possuíramos, possuíreis, possuíram
Futuro do subjuntivo: requerer, requeres, requerer, Futuro do presente: possuirei, possuirás, possuirá,
requerermos, requererdes, requererem. possuiremos, possuireis, possuirão
Imperativo afirmativo: requer ou requere (tu), requeira Futuro do pretérito: possuiria, possuirias, possuiria,
(você), requeiramos (nos), requerei (vós), requeiram (vocês) possuiríamos, possuiríeis, possuiriam
Imperativo negativo: não requeiras (tu), não requeira
(você), não requeiramos (nós), não requeirais (vós), não Subjuntivo
requeiram (vocês) Presente: possua, possuas, possua, possuamos,
possuais, possuam
Observação:
Pretérito imperfeito: possuísse, possuísses, possuísse,
Nos demais tempos, segue o modelo dos verbos possuíssemos, possuísseis, possuíssem
regulares da 2ª conjugação.
Futuro: possuir, possuíres, possuir, possuirmos,
possuirdes, possuirem
h) Trazer
Indicativo Imperativo
Presente: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem Afirmativo: possui (tu), possua (você), possuamos (nós),
Pretérito imperfeito: trazia, trazias, trazia, trazíamos, possuí (vós), possuam (vocês)
trazíeis, traziam Negativo: não possuas (tu), não possua (você), não
Pretérito perfeito: trouxe, trouxeste, trouxe, trouxe-mos, possuamos (nós), não possuais (vós), não possuam (vocês)
trouxestes, trouxeram
Pretérito mais-que-perfeito: trouxera, trouxeras, trouxera, Formas Nominais
trouxéramos, trouxéreis, trouxeram Infinitivo impessoal: possuir
Futuro do presente: trarei, trarás, trará, traremos, trareis, Infinitivo pessoal: possuir, possuíres, possuir,
trarão possuirmos, possuirdes, possuírem
Futuro do pretérito: traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, Gerúndio: possuindo
trariam Particípio: possuído

Subjuntivo Observação:
Presente: traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam O verbo possuir serve de modelo a todos os verbos
Pretérito imperfeito: trouxesse, trouxesses, trouxesse, terminados em –uir, tais como: distribuir, retribuir,
trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem contribuir, diminuir, concluir etc.

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Língua Portuguesa

b) Agredir Futuro do presente: irei, irás, irá, iremos, ireis, irão


Presente do indicativo: agrido, agrides, agride, Futuro do pretérito: iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam
agredimos, agredis, agridem
Presente do subjuntivo: agrida, agridas, agrida, agrida- Subjuntivo
mos, agridais, agridam Presente: vá, vás, vá, vamos, vades, vão
Imperativo afirmativo: agride (tu), agrida (você), Pretérito imperfeito: fosse, fosses, fosse, fôssemos,
agridamos (nós), agredi (vós), agridam (vocês) fôsseis, fossem
Imperativo negativo: não agridas (tu), não agrida (você), Futuro: for, fores, for, formos, fordes, forem
não agridamos (nós), não agridais (vós), não agridam (vocês)
Imperativo
Observação: Afirmativo: vai (tu), vá (você), vamos (nós), ide (vós), vão
Nos demais tempos, segue o modelo dos verbos (vocês)
regulares da 3ª conjugação como agredir: denegrir, Negativo: não vás (tu), não vá (você), não vamos (nós),
prevenir, regredir, etc. não vades (vós), não vão (vocês)
c) Divergir Formas Nominais
Presente do indicativo: divirjo, diverges, diverge, Infinitivo impessoal: ir
divergimos, divergis, divergem
Infinitivo pessoal: ir, ires, ir, irmos, irdes, irem
Presente do subjuntivo: divirja, divirjas, divirja, divirjamos,
Gerúndio: indo
divirjais, divirjam
Particípio: ido
Imperativo afirmativo: diverge (tu), divirja (você),
divirjamos (nós), divergi (vós), divirjam (vocês)
f) Medir
Imperativo negativo: não divirjas (tu), não divirja (você),
Presente do indicativo: meço, medes, mede, medimos,
não divirjamos (nós), não divirjais (vós), não divirjam
(vocês) medis, medem
Presente do subjuntivo: meça, meças, meça, meçamos,
Observação: meçais, meçam
Segue esse modelo o verbo convergir. Os verbos Imperativo afirmativo: mede (tu), meça (você), meçamos
emergir, imergir e submergir seguem esse modelo com (nós), medi (vós), meçam (vocês)
as seguintes ressalvas: 1) a 1ª pessoa do singular do Imperativo negativo: não meças (tu), não meça (você),
presente do indicativo é emerjo, imerjo e submerjo; 2) não meçamos (nós), não meçais (vós), não meçam
apresentam duplo particípio: emergido e emerso, (vocês)
imergido e imerso, submergido e submerso.
Observação:
d) Ferir
Nos demais tempos, segue o modelo dos verbos
Presente do indicativo: firo, feres, fere, ferimos, feris, regulares da 3ª conjugação. Conjugam-se como medir:
ferem ouvir e pedir.
Presente do subjuntivo: fira, firas, fira, firamos, firais, firam
Imperativo afirmativo: fere (tu), fira (você), firamos (nós), g) Vir
feri (vós), firam (vocês) Indicativo
Imperativo negativo: não firas (tu), não fira (você), não Presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes,
firamos (nós), não firais (vós), não firam (vocês) vêm
Pretérito imperfeito: vinha, vinhas, vinha, vínhamos,
Observação: vínheis, vinham
Nos demais tempos, segue o modelo dos verbos Pretérito perfeito: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
regulares da 3ª conjugação. Conjugam-se como o verbo Pretérito mais-que-perfeito: viera, vieras, viera, viéramos,
ferir: aderir, competir, conferir, desferir, digerir, diferir, inferir, viéreis, vieram
ingerir, inserir, interferir, preferir, referir, refletir, repelir, Futuro do presente: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão
revestir, ressentir, sentir, sugerir, vestir etc.
Futuro do pretérito: viria, virias, viria, viríamos, viríeis,
viriam
e) Ir
Indicativo Subjuntivo
Presente: vou, vais, vai, vamos, ides, vão Presente: venha, venhas, venha, venhamos, venhais,
Pretérito imperfeito: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam venham
Pretérito perfeito: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram Pretérito imperfeito: viesse, viesses, viesse, viéssemos,
Pretérito mais-que-perfeito: fora, foras, fora, fôramos, viésseis, viessem
fôreis, foram Futuro: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem

52 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

Imperativo c) Precaver
Afirmativo: vem (tu), venha (você), venhamos (nós), vinde Indicativo
(vós), venham (vocês) Presente: (nós) precavemos, (vós) precaveis
Negativo: não venhas (tu), não venha (você), não Pretérito imperfeito: precavia, precavias, precavia,
venhamos (nós), não venhais (vós), não venham (vocês) precavíamos, precavíeis, precaviam
Formas Nominais Pretérito perfeito: precavi, precaveste, precaveu,
Infinitivo impessoal: vir precavemos, precavestes, precaveram
Infinitivo pessoal: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem Pretérito mais-que-perfeito: precavera, precaveras,
precavera, precavêramos, precavêreis, precaveram
Gerúndio: vindo
Futuro do presente: precaverei, precaverás, precaverá,
Particípio: vindo
precaveremos, precavereis, precaverão
Futuro do pretérito: precaveria, precaverias, precaveria,
Verbos Defectivos que Merecem Destaque
precaveríamos, precaveríeis, precaveriam
a) Adequar
Indicativo Subjuntivo
Presente: (nós) adequamos, (vós) adequais Presente: Não é usado no presente do subjuntivo.
Pretérito imperfeito: adequava, adequavas, adequava, Pretérito imperfeito: precavesse, precavesses,
adequávamos, adequáveis, adequavam precavesse, precavêssemos, precavêsseis,
Pretérito perfeito: adequei, adequaste, adequou, precavessem
adequamos, adequastes, adequaram Futuro: precaver, precaveres, precaver, precavermos,
precaverdes, precaverem
Pretérito mais-que-perfeito: adequara, adequaras,
adequara, adequáramos, adequáreis, adequaram
Imperativo
Futuro do presente: adequarei, adequarás, adequará,
Afirmativo: precavei (vós)
adequaremos, adequareis, adequarão
Negativo: Não é usado no imperativo negativo.
Futuro do pretérito: adequaria, adequarias, adequaria,
adequaríamos, adequaríeis, adequariam
Formas Nominais
Subjuntivo Infinitivo impessoal: precaver
Presente: Não é usado no presente do subjuntivo. Infinitivo pessoal: precaver, precaveres, precaver,
precavermos, precaverdes, precaverem
Pretérito imperfeito: adequasse, adequasses,
adequasse, adequássemos, adequásseis, adequassem Gerúndio: precavendo
Futuro: adequar, adequares, adequar, adequarmos, Particípio: precavido
adequardes, adequarem
d) Reaver
Imperativo Indicativo
Afirmativo: adequai (vós) Presente: (nós) reavemos, (vós) reaveis
Negativo: Não é usado no imperativo negativo. Pretérito imperfeito: reavia, reavias, reavia, reavíamos,
reavíeis, reaviam
Formas Nominais
Pretérito perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos,
Infinitivo impessoal: adequar
reouvestes, reouveram
Infinitivo pessoal: adequar, adequares, adequar,
Pretérito mais-que-perfeito: reouvera, reouveras,
adequarmos, adequardes, adequarem reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram
Gerúndio: adequando Futuro do presente: reaverei, reaverás, reaverá,
Particípio: adequado reaveremos, reavereis, reaverão
Futuro do pretérito: reaveria, reaverias, reaveria,
b) Falir reaveríamos, reaveríeis, reaveriam
Presente do indicativo: (nós) falimos, (vós) falis
Presente do subjuntivo: Não é usado no presente do Subjuntivo
subjuntivo. Presente: Não é usado no presente do subjuntivo.
Imperativo afirmativo: fali (vós) Pretérito imperfeito: reouvesse, reouvesses, reouvesse,
Imperativo negativo: Não é usado no imperativo negativo. reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem
Futuro: reouver, reouveres, reouver, reouvermos,
Observação: reouverdes, reouverem
Nos demais tempos, é um verbo regular da 3ª
Imperativo
conjugação. Conjugam-se como falir: combalir, comedir-
se, foragir-se, remir e puir. Afirmativo: reavei (vós)

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Língua Portuguesa

Negativo: Não é usado no imperativo negativo. – Outros verbos que expressam ideias que não se
atribuem a seres humanos: soar (soava, soavam),
Formas Nominais acontecer (aconteceu, aconteceram) etc.
Infinitivo impessoal: reaver
Verbos Pronominais
Infinitivo pessoal: reaver, reaveres, reaver, reavermos,
reaverdes, reaverem São aqueles que se conjugam com pronomes oblíquos.
Gerúndio: reavendo Dividem-se em dois grupos:
Particípio: reavido a) essencialmente pronominais: só existem com
pronomes:
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas suicidar-se, queixar-se, arrepender-se etc.
Formas rizotônicas são aquelas que, no presente (do b) acidentalmente pronominais: podem ser usados com
indicativo/do subjuntivo), apresentam o acento tônico em ou sem pronomes:
uma das sílabas do radical do verbo. lembrar-se (ou lembrar), esquecer-se (ou esquecer),
Amo, amas, ama, amam. enganar (ou enganar-se) etc.
- 1ª, 2ª e 3ª pessoas do singular (eu, tu, ele) + a 3ª pessoa
do plural (eles) do presente (do indicativo/do subjuntivo) 3.7. Advérbio
são formas rizotônicas. Palavra invariável que funciona como modificador de um
verbo ou um adjetivo, outro advérbio ou uma oração intei-
Formas arrizotônicas são aquelas que apresentam o ra. Como modificador de verbo atribui circunstância; como
acento tônico na desinência. modificador de outro advérbio atribui intensidade; como
Amamos, amais. modificador de adjetivo pode atribuir tanto circunstância
quanto intensidade.
- 1ª e 2ª pessoas do plural (nós e vós), do presente (do
indicativo/do subjuntivo) e todos os outros tempos, são Como modificador de uma oração também atribui cir-
formas arrizotônicas. cunstância.

1. Classificação dos Advérbios


Locução Verbal
Conforme a circunstância que expressam, os advérbios
É a reunião de um verbo auxiliar com um verbo em forma
classificam-se em:
nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). A função do
verbo auxiliar é expandir a significação do principal. a) de Afirmação: sim, certamente, efetivamente,
realmente, etc.
Exemplo:
b) de Dúvida: talvez, provavelmente, possivelmente,
Preciso sair agora. — preciso é verbo auxiliar, sair é verbo quiçá, etc.
principal.
c) de Intensidade: muito, demais, bastante, pouco, menos,
Estou cantando bem? — estou é verbo auxiliar, cantando tão, etc.
é verbo principal. d) de Lugar: aqui, ali, aí, cá, atrás, perto, abaixo, acima,
Tenho falado muito! — tenho é verbo auxiliar, falado é dentro, fora, além, adiante, etc.
verbo principal. e) de Tempo: agora, já, ainda, sempre, nunca, cedo,
tarde, etc.
Observação: A locução formada de infinitivo pode ter pre-
f) de Modo: assim, mal, bem, devagar, depressa e grande
posição entre o auxiliar e o principal:
parte dos vocábulos terminados em –mente:
O bebê começou a falar hoje. alegremente, calmamente, afobadamente, etc.
João está para chegar. g) de Negação: não, tampouco, etc.

Verbos Auxiliares 2. Advérbios Interrogativos


São aqueles que se esvaziam de seu significado próprio As palavras onde, como, quanto, e por que, usadas em
e tomam parte na formação do tempo composto ou da frases interrogativas (diretas ou indiretas), são chamadas
locução verbal. advérbios interrogativos.
Os verbos auxiliares mais frequentes são: ser, estar, ter, - Onde expressa circunstâncias de lugar.
haver, andar, deixar, tornar, poder, ir, começar, dever, Ex.: Onde você mora? (interrogativa direta)
acabar, querer, precisar e pretender. - Como expressa circunstância de modo (de que maneira)
Ex.: Não sei como ele fez isso. (interrogativa indireta)
Verbos Unipessoais
- Quando expressa circunstância de tempo.
São aqueles que aparecem apenas na 3ª pessoa do Ex.: Quando você volta? (interrogativa direta)
singular ou do plural.
- Por que expressa circunstância de causa.
– Verbos que exprimem as vozes dos animais: latir (late,
Ex.: Queria saber por que ela não veio. (interrogativa
latem), miar (mia, miam) etc.
indireta)

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Língua Portuguesa

- Quanto ( e flexões, quanta, quantos, quantas) expressa circunstância de quantidade (número, frequência, preço, etc)
Ex.: Quanto custou a mercadoria? (interrogativa direta)

Grau dos Advérbios

(1) Os comparativos regulares mais mal e mais bem devem usar-se antes de adjetivos particípios. Ex.: Este filme está
mais bem realizado do que ...

Há advérbios que não se flexionam em grau porque o próprio significado não admite variação de intensidade.
Exemplo: aqui, ali, lá, hoje, amanhã, anualmente.

Locuções Adverbiais

3.8. Preposição

Palavra invariável que exprime relações entre duas partes de uma oração que dependem uma da outra.

Contração das Preposições com Artigos

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Língua Portuguesa

Contração das Preposições com Pronomes

(1) Dá-se a contração de preposições em outros pronomes: esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, aquilo, ele(s),
ela(s).

Locuções Prepositivas
Desempenham função idêntica à das preposições.

3.9. Conjunção
Palavra invariável que liga partes de termos compostos ou orações no período.

Conjunções e Locuções Conjuncionais Coordenativas

(1) Que é conjunção aditiva quando equivale a e. Bate que bate.


(2) Que é conjunção adversativa quando equivale a mas. O trabalho deves fazê-lo tu que (mas) não eu.

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Língua Portuguesa

Conjunções e Locuções Conjuncionais Subordinativas

3.10. Interjeição

Palavra invariável que exprime emoções e sensações.

Locuções Interjectivas

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Língua Portuguesa

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL


A concordância é o processo sintático segundo o qual b) substantivo no plural – basta acrescentar os adjetivos:
certas palavras se acomodam, na sua forma, às palavras
de que dependem. Essa acomodação formal se chama Estudo as línguas inglesa e portuguesa.
flexão, e se dá quanto a gênero e número (nos nomes) e Os poderes temporal e espiritual.
número e pessoa (nos verbos). Daí a divisão: concordân-
4. Substantivo usado como Adjetivo
cia nominal e concordância verbal.
Se a palavra que funciona como adjetivo for originalmen-
Concordância Nominal te um substantivo, ficará invariável.
É chamada de concordância nominal a relação de con- Ele comprou camisas pérola e ternos cinza.
cordância que se estabelece entre: substantivos e adje-
tivos, artigos, pronomes, numerais. 5. Adjetivo composto
Quando houver adjetivo composto, apenas o último ele-
Os nomes se flexionam em gênero (masculino e femi- mento concordará com o substantivo a que se refere; os
nino) e em número (singular e plural). demais ficarão na forma masculina, singular.
A Concordância e os Determinantes Encontrei várias mulheres luso-franco-brasileiras.
Os termos determinantes da oração (artigos, adjetivos, Não li as crônicas sócio-político-econômicas.
numerais e pronomes) sempre acompanham um nome
(substantivo ou pronome substantivo). Assim, os deter- Obs.: Se um dos elementos for originalmente um subs-
minantes terão as mesmas características de gênero e tantivo, todo o adjetivo composto ficará invariável.
número que os substantivos ou pronomes substantivos
Gosta das plantas com folhas verde-musgo.
possuírem.
Comprei várias camisas verde-mar.
A concordância entre os determinantes e o substantivo é
obrigatória na nossa língua. Atenção:
1. 2 ou mais Substantivos + 1 Adjetivo a) azul-marinho, azul-celeste, “cor de ...” são sempre
invariáveis.
Quando o adjetivo posposto se refere a dois ou mais
substantivos, concorda com o último ou vai facultativa- Camisas azul-marinho.
mente para o plural, no masculino, se pelo menos um Ternos azul-celeste.
deles for masculino; ou para o plural, no feminino, se Sapatos cor de palha.
todos eles estiverem no feminino.
b) surdo-mudo tem os dois elementos flexionados.
Ternura e amor humano.
Rapaz surdo-mudo.
Amor e ternura humana.
Garota surda-muda.
Ternura e amor humanos.
Rapazes surdos-mudos.
Carne ou peixe cru. Garotas surdas-mudas.
Peixe ou carne crua.
Carne ou peixe crus. Casos Especiais de Concordância Nominal

2. 1 Adjetivo + 2 ou mais Substantivos 1. Muito, Bastante, Meio


Quando o adjetivo anteposto se refere a dois ou mais a) quando modificarem substantivo, concordarão com
substantivos, concorda com o mais próximo. ele, por serem pronomes indefinidos adjetivos ou
numerais.
Exemplos:
Mau lugar e hora. b) quando modificarem verbo, adjetivo, ou outro advérbio,
ficarão invariáveis, por serem advérbios.
Má hora e lugar.
Bastantes funcionários ficaram bastante revoltados com
3. 1 Substantivo + 2 ou mais Adjetivos a empresa.
Quando dois ou mais adjetivos se referem a um substan- Há provas bastantes de sua culpa.
tivo, temos duas opções: Elas saíram bastante apressadas.
a) substantivo singular – coloca-se artigo nos adjetivos, a As meninas estão bastante nervosas.
partir do segundo: Elas comeram muitas maçãs.
As maçãs estavam muito maduras.
Estudo a língua inglesa, a portuguesa e a chinesa. Elas gostaram muito das maçãs.
O poder temporal e o espiritual. As garotas beberam meias garrafas de vinho.
Elas ficaram meio tontas.
As garotas chegaram a casa meio tarde.

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Língua Portuguesa

2. Anexo, Só, Junto, Incluso, Excluso, Próprio, Quite, Se o sujeito vier determinado por artigo, numeral ou prono-
Obrigado me, a concordância do verbo ser e do adjetivo será regular,
Esses adjetivos concordam com o substantivo a que se ou seja, concordarão com o sujeito em número e pessoa.
referem.
Caminhada é bom para a saúde.
Obs.: EM ANEXO, A SÓS, JUNTO A, JUNTO COM, JUNTO Esta caminhada é boa para a saúde.
DE são invariáveis.
É proibido entrada.
Anexas, seguem as fotocópias dos documentos solicitados. Está proibida a entrada.
Estou-lhe mandando anexas as fotografias do suspeito.
Tardes felizes é necessário.
Araci está só com José na sala. Algumas tardes felizes são necessárias.
Araci e José estão sós na sala.
Pimenta é bom.
Araci está a sós, na sala.
A pimenta é boa
Araci e José estão a sós, na sala.
As irmãs continuam juntas. 6. Menos, Pseudo
As irmãs estão junto aos carros. Essas duas palavras são sempre invariáveis.
As irmãs estão junto com a mãe. Os escoteiros devem estar sempre alerta, para servir
As irmãs estão junto dos pais. ao próximo.
As cópias estão inclusas na taxa de registro do imóvel. Houve menos reclamações dessa vez.
Os atletas foram exclusos do campeonato, pois xin- As pseudo-escritoras foram desmascaradas.
garam o juiz.
7. Grama
Os rapazes arrumarão as próprias camas.
Quando a palavra “grama” representar unidade de
Eu estou quite com o banco.
massa, será masculina.
Deixarei as promissórias quites, para não haver pro-
blemas. Comprei duzentos gramas de mozarela.
As meninas disseram “Muito obrigadas”.
8. Silepse
3. Mesmo Concordância irregular, também chamada concordância
a) como pronome adjetivo, liga-se a um substantivo ou ideológica; é a que se faz não com o termo expresso,
pronome – varia: é sinônimo de “próprio”. mas com o sentido que a palavra significa.
As meninas mesmas farão o bolo. a) Silepse de gênero:
b) como advérbio, liga-se a um verbo – não varia: é sinô- São Paulo é linda.
nimo de “realmente”. b) Silepse de número:
Elas farão mesmo o bolo?! Estaremos aberto neste final de semana.
4. A expressão “o mais/menos (adjetivo) possível” c) Silepse de pessoa:
Existem as seguintes possibilidades de concordância: Todos estudamos para a prova.
a) os artigos (o/a) que iniciam a expressão, assim como
a palavra possível, devem concordar em gênero e nú- 9. Casa cinco, Página treze
mero com a palavra que está sendo intensificada; ou Numeral utilizado após substantivo, é cardinal (um, dois,
três...). Do contrário, usa-se o numeral ordinal (primeiro,
b) a expressão o mais/menos ... possível deve se manter segundo, terceiro...). Exemplos:
fixa no masculino singular independentemente do nú-
mero e do gênero da palavra intensificada. Estamos na terceira página.
Quero dez pães claros, o mais possível. Arrancaram a página cinquenta.
Quero dez pães os mais claros possíveis. 10. Tal qual
Comprei doze rosas abertas, o mais possível. Tal concorda com o substantivo anterior.
Comprei doze rosas o mais abertas possível. Qual concorda com substantivo posterior.

Gostaríamos de uma resposta o menos ambígua O filho é tal qual o pai.


possível. O filho é tal quais os pais.
Os filhos são tais qual o pai.
5. Verbo Ser + Predicativo do sujeito
Os filhos são tais quais os pais.
Quando o sujeito for tomado em sua generalidade, sem
qualquer determinante, o verbo ser e o adjetivo que o Obs.:
acompanha ficarão no singular masculino. Se o elemento referencial for um verbo, tal fica invariável.

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Língua Portuguesa

Se o elemento referencial for um verbo, qual fica invariável. Concordância Verbal


Eles estudam tal quais as recomendações do professor. Regra geral:
Eles estudam tal qual foram as recomendações do O verbo concorda com seu sujeito em pessoa (1a., 2a. e
professor. 3a.) e número (singular e plural).
Os novos recrutas mostraram muita disposição.
11. 2 ou mais Numerais Ordinais + Substantivo
1. Sujeito Simples
Quando dois ou mais ordinais vêm antes de um substan-
tivo, determinando-o, este concorda com o mais próximo Se o sujeito for simples, isto é, se tiver apenas um núcleo,
ou vai para o plural. com ele concorda o verbo em pessoa e número:
O Chefe da Seção pediu maior assiduidade.
A primeira e segunda lição.
A inflação deve ser combatida por todos.
A primeira e segunda lições.
Os servidores do Ministério concordaram com a proposta.
12. 1 Substantivo + dois ou mais numerais ordinais
a) Sujeito Substantivo Coletivo
Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um subs-
sem determinante: verbo no singular.
tantivo, determinando-o, este vai para o plural.
com determinante plural: verbo no singular ou no plural:
As cláusulas terceira, quarta e quinta. A multidão invadiu o campo depois do jogo.
13. Um e outro, Nem um nem outro + Substantivo A multidão de torcedores invadiu / invadiram o campo
depois do jogo.
Quando as expressões “um e outro”, “nem um nem ou-
tro” são seguidas de um substantivo, este permanece no b) Nome Próprio no plural
singular. sem artigo – verbo singular.
Um e outro aspecto. com artigo – verbo concorda com o artigo.
Nem um nem outro argumento. Alpes fica na Europa.
De um e outro lado. Os Alpes ficam na Europa.
Estados Unidos domina o mundo.
14. Um e outro + Substantivo + Adjetivo
Os Estados Unidos dominam o mundo.
Quando um substantivo e um adjetivo vêm depois da ex-
pressão “um e outro”, o substantivo vai para o singular e Obs.: Se o artigo fizer parte do nome próprio, pode-se
o adjetivo para o plural. usar verbo no singular ou plural:
Um e outro aspecto obscuros. “Os Lusíadas” conta / contam uma bela história.
Uma e outra causa justas. c) Pronome indefinido + Nós / Vós
15. Particípio + Substantivo Com os pronomes indefinidos no plural (alguns, quan-
tos, muitos, quais etc.) seguidos das expressões de nós
O particípio concorda com o substantivo a que se refere.
ou de vós:
Feitas as contas ... o verbo concorda com o indefinido plural.
Vistas as condições ... o verbo concorda com nós ou vós.
Restabelecidas as amizades ... Alguns de nós farão / faremos o teste.
Postas as cartas na mesa ... Quantos de vós podem / podeis ajudar Pedro em sua
Salvas as crianças ... tarefa?

Obs.: Obs.: Se o indefinido estiver no singular, a concordância


será feita obrigatoriamente no singular.
“Salvo”, “posto” e “visto” podem ser também conjunções,
então serão invariáveis:
Algum de nós fará o teste.
Salvo honrosas exceções.
Qual de vós pode ajudar Pedro em sua tarefa?
Posto ser tarde, irei.
d) QUE
Visto ser longe, não irei.
O sujeito vem representado pelo pronome relativo que –
16. Plural de Modéstia: Nós + verbo + adjetivo o verbo concorda com o antecedente do pronome.
Quando um adjetivo modifica os pronomes “nós”, empre- Fui eu que escrevi.
gado no lugar de “eu”, fica no singular. Foste tu que escreveste.
Nós fomos acolhido muito bem.
e) QUEM
(Eu fui acolhido muito bem)
O sujeito vem representado pelo pronome relativo quem
Nós seremos breve em nossa apresentação. – o verbo concorda com o antecedente do pronome ou
(Eu serei breve em minha apresentação. com o quem (3a pessoa do singular).

60 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

Fui eu quem resolveu a questão. e) Sujeito resumido por pronome


ou: Com sujeito seguido de “tudo”, “nada”, “ninguém”, “ne-
Fui eu quem resolvi a questão. nhum”, “cada um” (aposto resumitivo), o verbo concorda
com esse pronome.
f) Um dos que Desvios, fraudes, roubos, tudo acontecia naquela
No emprego da locução um dos que, admite-se dupla cidade.
concordância: verbo no singular ou verbo no plural:
f) Núcleos do Sujeito ligados por COM
Um dos fatores que influenciaram (ou influenciou) a • O verbo pode ir para o plural, concordando com o sujei-
decisão foi a urgência de obter resultados concretos. to composto:
A adoção da trégua de preços foi uma das medidas • O verbo pode ficar no singular, então o COM introduz
que geraram (ou gerou) mais impacto na opinião um adjunto adverbial de companhia:
pública.
O diretor com todos os professores resolveram alterar
2. Sujeito Composto as ementas.
a) Pessoas Gramaticais Diferentes O diretor com todos os professores resolveu alterar as
Quando o sujeito for composto, ou seja, possuir mais de ementas.
um núcleo, o verbo vai para o plural e para a pessoa que
tiver primazia, na seguinte ordem: a 1a pessoa tem priori- Obs.: Se vier separado por vírgulas, não será mais parte do
dade sobre a 2a e a 3a; a 2a sobre a 3a; na ausência de sujeito, será com certeza adjunto adverbial de companhia:
uma e outra, o verbo vai para a 3a pessoa. O diretor, com todos os professores, resolveu alterar
as ementas.
Eu e Maria queremos viajar em maio.
Eu, tu e João somos amigos. g) Núcleos do Sujeito ligados por OU
O Presidente e os Ministros chegaram logo. • quando a ação verbal se referir a todos os elementos
do sujeito: verbo no plural.
Obs.: Por desuso do pronome vós e respectivas formas ver-
bais no Brasil, tu e ... leva o verbo para a 3a pessoa do plural: Laranja ou mamão fazem bem à saúde.
Tu e o teu colega devem (e não deveis) ter mais calma. • numa retificação: verbo concorda com o último elemento.
b) Verbo Anteposto ao Sujeito Composto O ladrão ou os ladrões não deixaram vestígio.
Concordância facultativa com o núcleo do sujeito mais • quando a ação verbal se aplica a um dos elementos,
próximo: quando o sujeito composto figurar após o verbo, com exclusão dos demais: verbo no singular.
pode este flexionar-se no plural ou concordar com o ele-
mento mais próximo. João ou Antônio chegará em primeiro lugar.

Venceremos eu e você. • quando os elementos forem sinônimos: verbo no


ou: singular.
Vencerei eu e você. A Linguística ou a Glotologia é uma ciência recente.
ou, ainda: h) Termos ligados por: Não só ... mas também – Tanto ...
Vencerá você e eu. quanto – Não só ... como
O verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais
c) Termos Sinônimos
próximo.
Quando o sujeito composto for constituído de palavras
sinônimas (ou quase), formando um todo indivisível, ou Tanto João como Antônio participaram / participou do
de elementos que simplesmente se reforçam, a concor- evento.
dância é facultativa, ou com o elemento mais próximo ou
com a ideia plural contida nos dois ou mais elementos: Casos que Merecem Atenção
A sociedade, o povo une-se para construir um país mais 1. Oração Sem Sujeito
justo. Há três casos de oração sem sujeito com verbo obrigato-
ou então: riamente na 3a pessoa do singular:
A sociedade, o povo unem-se para construir um país a) com verbos que expressam fenômenos climáticos:
mais justo. Nevou ontem.
d) Termos em gradação ou enumeração b) em que o verbo haver é empregado para expressar
O verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais existência, acontecimento ou tempo transcorrido:
próximo.
Haverá descontentes no governo e na oposição.
Um mês, um ano, uma década de ditadura não calou / Houve brigas na festa
calaram a voz do povo.
Havia cinco anos não ia a Brasília.

Degrau Cultural 61

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Língua Portuguesa

c) o verbo fazer expressando tempo transcorrido ou tem- A maioria dos condenados acabou (ou acabaram) por
po climático: confessar sua culpa.
Faz dez dias que não durmo. Um grande número de Estados aprovaram (ou aprovou)
a Resolução da ONU.
Semana passada fez dois meses que se iniciou a
apuração das irregularidades. Metade dos deputados repudiou (ou repudiaram) as
Faz verões muito quentes aqui no Caribe. medidas.
Antigamente fazia dias mais frios. 6. Concordância do Infinitivo
Observação: Uma das peculiaridades da língua portuguesa é o infini-
tivo flexionável: esta forma verbal, apesar de nominaliza-
Os verbos haver e fazer em locuções verbais (ou seja,
da, pode flexionar-se concordando com o seu sujeito.
quando acompanhados de verbo auxiliar) transmitem sua
impessoalidade ao verbo auxiliar: Simplificando o assunto, controverso para os gramá-ti-
cos, valeria dizer que a flexão do infinitivo só cabe quando
Vai fazer cinco anos que ingressei no Serviço Público. ele tem sujeito próprio, em geral distinto do sujeito da
Depois das últimas chuvas, pode haver centenas de oração principal:
desabrigados. Chegou ao conhecimento desta Repartição estarem a
Deve haver soluções urgentes para estes problemas. salvo todos os atingidos pelas enchentes. (sujeito do in-
finitivo: todos os atingidos pelas enchentes)
2. Um e outro
O substantivo que se segue à expressão um e outro fica Não admitimos sermos nós... Não admitem serem eles...
no singular, mas o verbo pode empregar-se no singular O Governo afirma não existirem tais doenças no País. (su-
ou no plural: jeito da oração principal: o governo; sujeito do infinitivo: tais
Um e outro decreto trata da mesma questão jurídica. doenças)
ou: Observação:
Um e outro decreto tratam da mesma questão jurídica. O infinitivo é inflexionável nas combinações com outro
verbo de um só e mesmo sujeito – a esse outro verbo é
3. Um ou outro; Nem um, nem outro que cabe a concordância:
As locuções um ou outro, ou nem um, nem outro, segui-
das ou não de substantivo, exigem o verbo no singular: As assessoras podem (ou devem) ter dúvidas quanto
à medida.
Uma ou outra opção acabará por prevalecer. Os sorteados não conseguem conter sua alegria.
Nem uma, nem outra medida resolverá o problema. Queremos (ou Precisamos) destacar alguns pormenores.
4. SE – Partícula Apassivadora Nas combinações com verbos factitivos (fazer, deixar,
Verbo apassivado pelo pronome se deve concordar com mandar...) e sensitivos (sentir, ouvir, ver...) o infinitivo pode
o sujeito que, no caso, está sempre expresso e vem a ser concordar com seu sujeito próprio, ou deixar de fazê-lo
o paciente da ação ou o objeto direto na forma ativa cor- pelo fato de esse sujeito (lógico) passar a objeto direto
respondente: (sintático) de um daqueles verbos:
Vendem-se apartamentos funcionais e residências O Presidente fez (ou deixou, mandou) os assessores
oficiais. entrarem (ou entrar).
Para obterem-se resultados são necessários sacrifícios.
Sentimos (ou vimos, ouvimos) os colegas vacilarem
Compare: apartamentos são vendidos e resultados são (ou vacilar) nos debates.
obtidos; vendem apartamentos e obtêm resultados.
Naturalmente, o sujeito semântico ou lógico do infinitivo
Obs.: que aparece na forma pronominal acusativa (o,-lo, -no e
Verbo transitivo indireto (aquele que exige preposição) fica flexões) só pode ser objeto do outro verbo:
na terceira pessoa do singular; o se, no caso, não é apas- O Presidente fê-los entrar (e não entrarem)
sivador pois verbo transitivo indireto não faz voz passiva:
Sentimo-los (ou Sentiram-nos, Sentiu-os, Viu-as) vacilar
Assiste-se a mudanças radicais no País. (e não vacilarem).
Precisa-se de homens corajosos para mudar o País.
7. Parecer + Infinitivo
Trata-se de questões preliminares ao debate.
As estrelas parecem brilhar no céu.
5. Expressões Quantitativas ou
Expressões de sentido quantitativo: grande número de, As estrelas parece brilharem no céu.
grande quantidade de, parte de, grande parte de, a mai-
oria de, a maior parte de etc. acompanhadas de com- Os pingos d´água parecerão cair do céu.
plemento no plural admitem concordância verbal no ou
singular ou no plural. Os pingos d´água parecerá caírem do céu.

62 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

8. Verbo SER
Concordância do verbo ser: segue a regra geral (concor-
dância com o sujeito em pessoa e número), mas nos
seguintes casos é feita com o predicativo:
a) quando inexiste sujeito:
Hoje são dez de julho.
Agora são seis horas.
Do Planalto ao Congresso são duzentos metros.
Hoje é dia quinze.
b) quando o sujeito refere-se a coisa e está no singular e
o predicativo é substantivo no plural:
Minha preocupação são os despossuídos.
O principal erro foram as manifestações extemporâneas.
c) quando os pronomes demonstrativos tudo, isto, isso,
aquilo ocupam a função de sujeito:
Tudo são comemorações no aniversário do município.
Isto são as possibilidades concretas de solucionar o
problema.
Aquilo foram gastos inúteis.
d) quando a função de sujeito é exercida por palavra ou
locução de sentido coletivo: a maioria, grande número,
a maior parte etc.
A maioria eram servidores de repartições extintas.
Grande número (de candidatos) foram reprovados no
exame de redação.
A maior parte são pequenos investidores.
e) quando um pronome pessoal desempenhar a função
de predicativo:
Naquele ano, o assessor especial fui eu.
O encarregado da supervisão és tu.
O autor do projeto somos nós.
f) nos casos de frases em que são empregadas as ex-
pressões é muito, é pouco, é mais de, é menos de o
verbo ser fica no singular:
Três semanas é muito.
Duas horas é pouco.
Trezentos mil é mais do que eu preciso.

9. É QUE
Partícula expletiva, de realce – não varia.
Eu é que fiz o bolo.
Nós é que preparamos o jantar.

10. Haja vista


São as seguintes as possíveis construções:
Haja vista os casos. – sem preposição.
Haja vista aos casos. – com a preposição A.
Haja vista dos casos. – com a preposição DE.
Hajam vista os casos. – concordando com o termo
seguinte, sem preposição.

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Língua Portuguesa

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL


Sintaxe de Regência Lista de nomes com suas preposições mais frequentes:
A regência trata das relações de dependência que as
obrigado a empenho de, em, por
palavras mantêm entre si.
adequado a fácil a, de, para
É o modo pelo qual um termo rege outro que lhe comple-
afável com, para com falho de, em
ta o sentido.
aflito com, por favorável a
Temos:
agradável a feliz com, de, em, por
a) Termo Regente: aquele que pede um complemento. alérgico a fértil de, em
b) Termo Regido: aquele que completa o sentido de outro. alheio a, de hábil em
Exemplos: aliado a, com habituado a, com
O homem está apto para o trabalho. alusão a horror a
O nome “apto” não possui sentido completo, precisa de amoroso com, para com hostil a, para com
um complemento. ansioso de, por impróprio para
O termo “para o trabalho” aparece completando o sentido antipatia a, contra, por imune a, de
do nome “apto”. apto a, para, atenção a incansável em
atencioso com, para com incapaz de, para
Assistimos ao filme.
aversão a, para, por invasão de
O verbo “Assistimos” não tem sentido completo, ele ne- avesso a junto a, de
cessita de um outro termo que lhe dê completude. ávido de, por lento em
O termo “ao filme” está completando o sentido do verbo certeza de morador em
“assistir”. certo de ódio a
Os termos “apto” e “Assistimos” são os regentes, pois exi- compaixão de, para com, por orgulhoso de, com
gem complemento; já os termos “para o trabalho” e “ao compatível com peculiar a
filme” são os regidos, pois funcionam como complemento. comum a, de, em, entre, para precedido a, com, de
A Regência divide-se em: conforme a, com preferível a
a) Regência Nominal: quando o termo regente é um nome consulta a pródigo de, em
(substantivo, adjetivo ou advérbio). constituído com, de, por próximo a, de
contente com, de, em, por residente em
O homem está apto para o trabalho.
contíguo a respeito a, com, de, para com, por
b) Regência Verbal: quando o termo regente é um verbo. convicção de simpatia a, para, com, por
cruel com, para, para com situado a, em, entre
Assistimos ao filme.
curioso de, por suspeito a, de
Os complementos colocados na frase receberão nomes desgostoso com, de último a, de, em
específicos. desprezo a, de, por união a, com, entre
Complemento Nominal, quando completa o sentido de devoção a, para com, por útil a, para
um nome. O complemento nominal é sempre introduzido devoto a, de vizinho a, com, de
por preposição. dúvida acerca de, de, em, sobre
Complemento Verbal, quando completa o sentido do ver-
bo. O complemento verbal pode ser ou não introduzido por
preposição. Nesse caso teremos que renomeá-lo como: Regência Verbal
a) Objeto Direto: é complemento diretamente ligado ao Nesse tipo de regência é o verbo que pede um complemen-
verbo, sem o auxílio de preposição. to, que pode ou não ligar-se a ele através de preposição.
b) Objeto Indireto: é o complemento indiretamente ligado A escolha da preposição adequada depende da signifi-
ao verbo, com o auxílio de uma preposição. cação do verbo. Devemos observar as possibilidades de
utilização de uma ou outra forma de regência.
Vejamos agora algumas particularidades para cada uma
delas. a) Existem verbos que admitem mais de uma regência
sem mudar seu significado.
Regência Nominal Exemplos:
Não há regras para o uso de determinada preposição Cumpriremos o nosso dever.
junto ao nome. Alguns deles admitem mais de uma re-
Cumpriremos com o nosso dever.
gência. A escolha de uma ou outra preposição deve ser
feita com base na clareza, na eufonia e também deve José não tarda a chegar.
adequar-se às diferentes formas de pensamento. José não tarda em chegar.

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Língua Portuguesa

Esforcei-me por não contrariá-la. - ser de direito – VTI – preposição: a


Esforcei-me para não contrariá-la. Férias é um direito que assiste a todos.

b) Existem verbos que mudam seu significado quando - morar – VI – preposição: em


se altera a regência. Ele assistem em São Paulo.

Exemplos: - ajudar, auxiliar – VTD – sem preposição


Aspirei o aroma das flores. O médico assiste o paciente.
(aspirar = sorver, respirar)
Atender
Aspirei a um bom cargo.
- receber, responder – VTD – sem preposição
(aspirar = desejar, almejar, objetivar)
O diretor atenderá os alunos.
Olhe para ele. Deus atende nossas preces.
(olhar = fixar o olhar)
- dar atenção – VTI – preposição: a
Olhe por ele.
Vou atender ao que me pede.
(olhar = cuidar)
Avisar
Lista de Alguns Verbos e Suas Regências - informar – VTDI – sem e com preposição: a/de/sobre
Relacionaremos aqui alguns verbos e suas regências,
cujas particularidades seguirão o seguinte esquema: Observação: Esse verbo pode ter a pessoa como Obj.
Direto e a “coisa” como Obj. Indireto ou vice-versa. Se
- o verbo;
você puser preposição na “coisa”, use DE ou SOBRE, e
- o sentido que assume na frase; se você puser preposição na pessoa, use A.
- sua transitoriedade: VI, VTD, VTI, VTDI;
Avisei João do ocorrido.
- a preposição exigida;
- exemplo. Avise o ocorrido a João.

Assim: Certificar
Aspirar - ver o verbo Avisar.
- sorver – VTD – sem preposição Chamar
Aspiro o perfume das flores. - convocar, denominar, cognominar – VTD – sem prepo-
- desejar – VTI – preposição: a sição

Aspiro a uma boa posição. O gerente chamou os funcionários para a reunião.


Observação: O verbo chamar admite várias construções
Abdicar
como corretas:
- renunciar – VI – sem preposição
Chamei Pedro.
Ela abdicou em 1990.
Chamei a Pedro de herói.
- renunciar – VTD – sem preposição Chamei Pedro de herói.
Ele abdicou a coroa. Chamei por Pedro.
- renunciar – VTI – preposição: de Chegar
Ele abdicou da coroa. - vir de – VI – preposição: a
Agradar Cheguei a casa.
- satisfazer, contentar – VTI – preposição: a Cheguei ao colégio.
A peça não agradou ao público. Comunicar
- acariciar, ser agradável – VTD – sem preposição - avisar – VTDI – sem e com preposição: a
João procurou agradar o filho. “coisa” – sem preposição
pessoa – com a preposição: a
Agradecer Comuniquei o fato a Pedro.
- ser grato – VTDI – sem e com preposição: a
Observação: Apesar de ser sinônimo do verbo avisar, o
João agradeceu o presente a José. verbo comunicar não pode fazer a troca de preposição
entre complementos como fez aquele.
Assistir
- ver, presenciar – VTI – preposição: a Custar
Ele assistiu ao espetáculo. - ser difícil – VTI – com preposição: a

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Língua Portuguesa

Custa-me entender a lição. - empregar dinheiro – VTDI – sem e com preposição:


Fazer o trabalho custará a todos. em
João investiu todo o seu dinheiro em ações.
Observação: Na linguagem do dia a dia, costuma-se
empregar esse verbo de forma incorreta. - atacar – VTD – sem preposição
Veja a seguinte construção: A onda investe a praia.
Eu custei a entender. (ERRADA) - atacar – VTI – preposição: com/contra
Nela percebemos o pronome “eu” como sujeito e o verbo Pedro investiu com os árabes.
no infinitivo “a entender” como objeto indireto. Isso é in- Pedro investiu contra os árabes.
correto, pois o difícil foi entender, e tal coisa foi difícil para
alguém, no caso, para mim. Ir
- ir – VI – preposição: a
Desobedecer
Fui ao colégio.
- desacatar – VTI – preposição: a
Os filhos desobedecem aos pais. Lembrar
- ver o verbo Esquecer.
Esquecer
- esquecer – VTD – sem preposição Morar
Esqueci o caderno. - residir – VI – preposição: em
- esquecer-se – VTI – preposição: de Eu moro na Rua do Lago.
Esqueci-me do caderno.
Namorar
Observação: - namorar – VTD – sem preposição
1. Repare que o verbo esquecer pode ser usado com ou
Eu namoro o Pedro e João namora a Maria.
sem pronome reflexivo. Se estiver com pronome reflexivo,
ele estará também com preposição DE. Se ele não estiver Observação: Não se deve usar o verbo namorar com a
com pronome reflexivo, ele estará sem preposição. preposição com, como muito frequentemente se ouve.
2. Tome cuidado, pois algumas vezes ele aparece com São erradas as construções:
pronome, mas esse não é reflexivo. Observe o seguin- ERRADA: Eu namorei com ele durante dois anos.
te exemplo:
ERRADA: Quer namorar comigo?
Ela lembrou-me a reunião. ERRADA: Com quem você namora?
Esta é uma construção comumente usada, na qual o su- Corrijam para:
jeito é “ela” e o pronome “me” representa o objeto indire- CERTO: Eu o namorei durante dois anos.
to, logo “a reunião” é objeto direto (sem preposição). CERTO: Quer me namorar?
CERTO: Quem você namora?
Implicar
- ser chato com – VTI – preposição: com Notificar
Ana sempre implica com todos.
- ver o verbo Avisar.
- envolver-se – VTI – preposição: em
Ana implicou-se em casos de vandalismo. Obedecer
- ver o verbo Desobedecer.
Aqui o verbo implicar é pronominal.
- acarretar – VTD – sem preposição Pagar
Sua atitude implica demissão.
- pagar “coisa” – VTD – sem preposição
Observação: Muitas pessoas utilizam esse verbo (nesse Eu paguei a dívida.
sentido) com a preposição EM, o que é errado! Veja uma
dessas construções, mas lembre-se: ESTÁ ERRADA! - pagar – VTI – preposição: a
Eu paguei ao médico.
Brigar com o patrão implica em demissão.
Observação: É possível colocarmos os dois complemen-
Informar tos numa mesma frase, então o verbo pagar deve ser
- ver o verbo Avisar. classificado como VTDI:
Paguei a conta ao açougueiro.
Investir
- empossar – VTI – preposição: em Perdoar
João foi investido em cargo público. - ver o verbo Pagar.

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Língua Portuguesa

Pisar Responder
- pôr os pés em – VTD – sem preposição - dar resposta – VTD – sem preposição
O artista pisou o palco com vontade! Responda os testes de geografia.
- pôr os pés em – VTI – preposição: em - dar resposta – VTI – preposição: a
O artista pisou no palco com vontade! Responda aos testes sobre geografia.
Observação: No passado, apenas a primeira construção Observação: Podemos também classificá-lo como VTDI:
se admitia como correta; hoje, ambas o são. Respondi a João que não fiz a lição.

Preferir Simpatizar
- gostar mais de – VTD – sem preposição - gostar de – VTI – preposição: com
Prefiro água. Eu simpatizei com o novo professor.
- desejar algo em detrimento de outra coisa – VTDI – Observação: Este verbo não é pronominal, portanto está
sem e com preposição: a errada a construção:
Prefiro água a café. ERRADA: Eu não me simpatizei com ele.
Observação: Muitos usam as seguintes construções.
Visar
Prefiro mais tomar uma cerveja. (ERRADA!)
- mirar – VTD – sem preposição
Prefiro água do que café. (ERRADA!)
O atirador visou o alvo.
Prefiro antes água a refrigerante. (ERRADA!)
- pôr visto – VTD – sem preposição
O verbo preferir significa gostar mais, portanto não se
usa ao lado dele outras expressões superlativas como Ele visou o documento.
MAIS, ANTES, MUITO e outros! - desejar, almejar – VTI – preposição: a
Veja também que a expressão “do que” não é uma prepo- Ele visa a um bom salário.
sição, então seu uso como tal é absurdo!
Particularidades
Prevenir
A estrutura oracional da Língua Portuguesa permite que
- ver o verbo Avisar. se altere a posição dos termos dentro da frase e também
autoriza a utilização de um ou outro termo para que se
Proceder evite a redundância, a repetição.
- ter fundamento – VI – sem preposição Quando utilizamos esses processos facultados pela lín-
Tal comentário não procede. gua, devemos ter o cuidado de não trocar a regência dos
termos (o que é muito comum).
- originar-se – VI – preposição: de
Veja estes exemplos:
Eu procedo do Paraná.
O que você mais gosta em mim? (ERRADO)
- dar início, realizar – VTI – preposição: a Esta frase está errada! O pronome interrogativo QUE está
Eles procederam a uma rápida leitura da ata da reu- no lugar do complemento do verbo gostar. O verbo gostar
nião passada. pede a preposição DE antes do seu complemento, por-
tanto deve aparecer essa preposição antes do pronome
Puxar interrogativo QUE. A frase correta é:
- arrastar – VTD – sem preposição Do que você mais gosta em mim?
Ele puxou a cadeira e sentou-se. Esse foi apenas um exemplo, vejamos agora os vários
fatos notáveis dentro da regência.
- ser parecido – VTI – preposição: a
Ele puxou ao pai. Um Único Complemento para Dois ou Mais Verbos
Veja as frases:
Querer Comi e saboreei a fruta.
- desejar – VTD – sem preposição O objeto direto “a fruta” se liga tanto ao verbo comer quan-
Eu quero o sorvete de morango. to ao verbo saborear, e está correta.
Comi e gostei da fruta. (ERRADO)
- estimar, amar – VTI – preposição: a
Perceba que o objeto indireto “da fruta” se liga tanto ao
Eu quero a meus primos.
verbo comer quanto ao verbo gostar, e está errada! Como
isso pode acontecer? No primeiro exemplo, tanto o verbo
Residir comer quanto o verbo saborear são Verbos Transitivos
- ver o verbo Morar. Diretos, ou seja, têm a mesma regência.

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Língua Portuguesa

REGRA: verbos de regência idêntica podem ter um com- Observação: o advérbio interrogativo ONDE admite o
plemento único comum. mesmo uso dos pronomes interrogativos. Veja:
Observe agora os verbos do segundo exemplo: Comer é Onde você foi ontem? (ERRADO!)
VTD, gostar é VTI, ou seja, são verbos de regências dife- Aonde você foi ontem?
rentes.
O verbo “ir” exige a preposição A, que deve ser colocada
REGRA: verbos de regências diferentes pedem comple- antes do advérbio interrogativo onde.
mentos distintos.
A correção será: Regência com Pronome Relativo
“Que”, “qual”, “quem”, “onde” e “cujo” são pronomes rela-
Comi a fruta e gostei dela. tivos quando substituem termo já mencionado anterior-
Leia estes outros exemplos: mente. Veja:

Entrei e saí da sala (ERRADO!) Ela é a mulher.


Entrei na sala e dela saí. Eu amo a mulher.
Ela é a mulher que eu amo.
Li e refleti sobre o texto. (ERRADO!)
Li o texto e refleti sobre ele. Observação: Repare no uso:

Amo e obedeço meu pai. (ERRADO!) a) QUE – substitui nomes de pessoas, animais e coisas.
Amo meu pai e obedeço-lhe. Ana é a secretária que eu contratei.
Cão é o animal que eu lhe darei.
Ana gosta e confia em Raí. (ERRADO!)
Comprei a camisa que você me pediu.
Ana gosta de Raí e confia nele.
b) QUAL – substitui nomes de pessoas, animais e
Regência com Pronome Interrogativo coisas.
“Que”, “qual”, “quem” e “quanto” são pronomes interroga- Esse pronome sempre é usado com artigo antecedente
tivos, quando usados em frases interrogativas. (o qual, a qual, os quais, as quais).

Observação: Há dois modelos de frase interrogativa: Ana é a secretária da qual eu lhe falei.
Cão é o animal do qual gosto.
a) direta: quando a frase termina em ponto de interrogação.
Comprei as camisas das quais você falou.
Que horas são agora?
c) QUEM – substitui nomes de pessoas.
b) indireta: quando a frase termina em ponto final, mas
dá ideia de pergunta. Todos são pessoas em quem confio.

Gostaria de saber que horas são. d) ONDE – substitui nomes de localidades (lugar).

Os pronomes interrogativos substituem os complemen- Aquela é a casa onde moro.


tos verbais ou nominais, portanto estão sujeitos à regên- Visitei a cidade onde nasci.
cia como qualquer outro termo nessa função.
e) CUJO – substitui nomes de pessoas, animais e coi-
REGRA: se o pronome interrogativo é usado com um ver- sas desde que expressem ideia de posse.
bo ou nome que peça preposição, essa preposição deve
ser colocada antes do pronome interrogativo. Esse pronome sempre concorda com o termo posterior a
ele. Não pode haver artigo entre o pronome “cujo” e o
Qual perfume você falou? (ERRADO!) substantivo com o qual ele concorda.
De qual perfume você falou? Esta é a fazenda cujo pasto secou.
(O pasto da fazenda secou)
Veja outros exemplos incorretos do dia a dia e suas cor-
reções: Conheço o homem cujas filhas estão na tevê.
O que o senhor, ao concorrer a uma vaga, aspira? (As filhas do homem estão na tevê)
(ERRADO!)
Os pronomes relativos substituem termos que podem
A que o senhor, ao concorrer a uma vaga, aspira? funcionar como complementos verbais (objeto direto e
objeto indireto) ou como complemento nominal. Sendo
Que filme você assistiu ontem? (ERRADO!)
assim, eles acatarão qualquer particularidade regencial
A que filme você assistiu ontem? dos complementos que substituem.
Quanto você precisa para ir à feira? (ERRADO!) REGRA: se o pronome relativo é usado com verbo ou
nome que peça preposição, essa preposição deve ser
De quanto você precisa para ir à feira?
colocada antes do relativo.

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Língua Portuguesa

Eu não conheço a marca de margarina que você gosta. - LHE, LHES – são sempre Objeto Indireto, ou seja,
(ERRADO) só podem substituir complementos verbais com pre-
Não conheço a marca de margarina de que você gosta. posição.

Repare: o verbo gostar pede a preposição DE, que Exemplos:


aparece antes do pronome relativo, pois este é o seu Ela obedece aos pais.
complemento. Ela lhes obedece.
Não conheço a marca de margarina. Nós agradecemos a Pedro o jantar.
Você gosta da marca de margarina. Nós lhe agradecemos o jantar.

Regência com Pronome Pessoal do Caso Oblíquo Paguei às costureiras.


Átono Paguei-lhes.

Pronome Oblíquo como Complemento Verbal Observações:


Os complementos verbais podem ser substituídos por Gosto da Maria.
pronomes pessoais do caso oblíquo. Gosto-lhe. (ERRADO!)
Gosto dela.
Observação: Os pronomes pessoais do caso oblíquo áto-
nos são: Simpatizei com o novo professor.
me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes. Simpatizei-lhe. (ERRADO!)
Simpatizei com ele.
Os pronomes serão classificados como Objeto Direto ou
Objeto Indireto de acordo com a regência do verbo a que Eu acreditei na simpática garota do balcão de infor-
se ligam. Assim: mações.
Ela me procurou. Eu acreditei-lhe. (ERRADO!)
Eu acreditei nela.
ME – objeto direto, pois o verbo procurar pede um comple-
mento sem preposição. Atenção: Os verbos
Ela me obedeceu. - ASSISTIR (no sentido de ver)
ME – objeto indireto, pois o verbo obedecer pede um com- - ASPIRAR (no sentido de desejar)
plemento com preposição. - VISAR (no sentido de desejar)
O mesmo acontecerá com os pronomes TE, SE, NOS, VOS. - OBEDECER (coisa)
Os pronomes O, OS, A, AS, LHE, LHES têm usos especí- não admitem LHE(S) como complemento.
ficos, porque todos se referem à 3a pessoa. Veja:
Assisti ao filme – Assisti a ele.
- O, A, OS, AS – são sempre Objeto Direto, ou seja, só po- Aspirei ao cargo – Aspirei a ele.
dem substituir complementos verbais sem preposição.
Visei ao cargo – Visei a ele.
Exemplos: Obedeci à lei – Obedeci a ela.
Comi as frutas.
Há uma construção clássica na Língua Portuguesa que
Comi-as. permite a substituição de dois complementos verbais di-
Observei o paciente. ferentes ao mesmo tempo.
Observei-o. Exemplos:
Eu entreguei o presente ao menino.
Não vi as meninas hoje.
o presente = objeto direto = o
Não as vi hoje.
ao menino = objeto indireto = lhe
Obs.:
Eu lho entreguei. (lhe + o)
Verbos terminados em:
Ela trouxe água para mim.
a) R; S; Z + lo, la, los, las
água = objeto direto = a
Comprar a casa. Comprá-la. para mim = objeto indireto = me
Pus o casaco. Pu-lo. Ela ma trouxe. (me + a)
Traz as tortas. Trá-las.
Dou os cadernos para ti.
b) M; (~) + no, na, nos, nas os cadernos = objeto direto = os
Compraram as casas. Compraram-nas. para ti = objeto indireto = te
Põe o casaco. Põe-no. Dou-tos (te + os)

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Língua Portuguesa

Pronome Oblíquo como Complemento Nominal OU


Os pronomes oblíquos átonos ME, TE, LHE, NOS, VOS, Informei-lhes que sairia mais cedo.
LHES podem ser usados como Complementos Nominais. lhe = objeto indireto
Para tanto, basta que nós os coloquemos como substitu-
que sairia mais cedo = objeto direto
tos de termos preposicionados que se ligam a nomes.
Exemplos:
Seu conselho foi útil para o menino.
Seu conselho foi-lhe útil.
O termo “para o menino” completa o sentido do nome
“útil”, portanto é um complemento nominal e, se o prono-
me “lhe” o substitui, ele terá a mesma classificação.
O passeio ser-nos-á agradável.
O passeio será agradável para nós.

O Problema do Sujeito Precedido de Preposição


O sujeito, em Língua Portuguesa, jamais poderá estar
preposicionado!
Exemplos:
Já era hora dela chegar. (ERRADO!)
Já era hora de ela chegar.
Perceba que o pronome “ela” é sujeito do verbo chegar;
se unimos a preposição ao pronome, teremos um sujei-
to preposicionado, daí o erro.
Ela saiu apesar do pai pedir que não saísse.
(ERRADO!)
Ela saiu apesar de o pai pedir que não saísse.
Antes da dor bater, tome logo uma aspirina.
(ERRADO!)
Antes de a dor bater, tome logo uma aspirina.

O Problema com Verbos que Pedem Dois Complementos


Os verbos que pedem dois complementos (VTDI) de-
vem sempre apresentar um complemento sem prepo-
sição e outro com. Caso isso não aconteça, a frase
estará incorreta.
Exemplos:
O pai autorizou aos filhos a irem ao cinema.
(ERRADO!)
O pai autorizou os filhos a irem ao cinema.
os filhos = objeto direto
a irem ao cinema = objeto indireto
OU
O pai autorizou aos filhos irem ao cinema.
aos filhos = objeto indireto
irem ao cinema = objeto direto
Informei-os que sairia mais cedo. (ERRADO!)
Informei-os de que sairia mais cedo.
os = objeto direto
de que sairia mais cedo = indireto

70 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Trata da colocação dos pronomes clíticos: e) Nas orações subordinadas:
me, te, se, o(s), a(s), lhe(s), nos, vos. Quando me viu, sorriu para mim.
Ela virá, se a convidarmos.
São três as posições que assumem:
a) antes do verbo – próclise: f) Com advérbios ou pronomes indefinidos (sem pausa
entre eles e o verbo):
Não me abandone.
Aqui se aprende Português. (mas: Aqui, aprende-se
b) no meio do verbo – mesóclise: Português.)
Receber-vos-emos para o jantar, amanhã. Aquilo nos agrada.

c) depois do verbo – ênclise: g) Com a preposição EM + verbo no gerúndio:


Entregou-nos os presentes. Em se comentando o caso, seja discreto.

Ênclise: Caso Especial:


Usa-se: Com verbo no INFINITIVO, precedido de preposição ou
palavra negativa, usa-se próclise ou ênclise:
a) Com verbos no INFINITIVO:
Viver é adaptar-se. Estou aqui para te servir.
Estou aqui para servir-te.
b) com verbos que iniciam oração:
Meu desejo era não o incomodar.
Mostrou-me o livro, retirou-se calado, deixando-me só
Meu desejo era não incomodá-lo.
na sala.
Obs.: Nas orações intercaladas, o pronome pode apare- Com Locuções Verbais
cer também antes do verbo: 1. Auxiliar + Infinitivo
Tão lindos, disse-me a mulher, são os teus olhos.
a) ênclise ao infinitivo:
Tão lindos, me disse a mulher, são os teus olhos.
O diretor quer ver-te agora.
Mesóclise:
b) ênclise ao auxiliar:
Usa-se com verbos no futuro do presente ou futuro do
O diretor quer-te ver agora.
pretérito:
Devolver-me-á o livro amanhã. Obs.: com ênclise ao auxiliar, o hífen é facultativo.
Deixar-te-ia sozinha se você pedisse... O diretor quer te ver agora.

Próclise: c) próclise ao auxiliar:


Usa-se: O diretor te quer ver agora.
a) Nas orações negativas (sem pausa entre a palavra de 2. Auxiliar + Gerúndio
negação e o verbo):
a) ênclise ao gerúndio:
Não me abandone.
Os aluno foram retirando-se.
Nunca me deixe só.
Ninguém me viu aqui. b) ênclise ao auxiliar:
Nada me fará mudar de ideia. Os alunos foram-se retirando.
Não veio nem me telefonou. Obs.: com ênclise ao auxiliar, o hífen é facultativo.
b) Nas orações exclamativas: Os alunos foram se retirando.
Macacos me mordam! c) próclise ao auxiliar:
c) Nas orações optativas: Os alunos se foram retirando.
Deus nos ajude! 3. Auxiliar + Particípio
d) Nas orações interrogativas iniciadas por pronomes ou a) ênclise ao auxiliar:
advérbios interrogativos. As meninas tinham-se arrumado.
Quem me chamou? Obs.: com ênclise ao auxiliar, o hífen é facultativo.
Onde me viste? As meninas tinham se arrumado.
b) próclise ao auxiliar:
As meninas se tinham arrumado.

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Língua Portuguesa

CRASE
Introdução a ela
É a fusão de vogais idênticas, e aparecem marcadas a todas
pelo acento grave (`). a cavalo
Em Língua Portuguesa fundimos a vogal A, que pode ser a pé
preposição, artigo, ou o A inicial do pronome demonstra- a você
tivo aquele — e suas variações.
a mulheres
Veja: a pessoas
Eu fui à farmácia. a outras
Nessa frase temos a preposição A exigida pelo verbo ir e,
também, o artigo A do nome farmácia. Pronome Demonstrativo A(s):
Quando substitui um substantivo feminino.
Refiro-me à que está de azul.
Conheço a que está de azul.
Nessa frase temos a preposição A exigida pelo verbo
referir-se e, também, o pronome demonstrativo A, que Conheço a garota que está de azul.
está no lugar de um substantivo feminino qualquer. Vi a de cabelos loiros na feira ontem.
Vi a mulher de cabelos loiros na feira ontem.
Assisti àquele filme.
Nessa frase temos a preposição A exigida pelo verbo Crase com Pronome Demonstrativo
assistir e, também o A inicial do pronome demonstrativo
a) pronome demonstrativo A(s):
aquele.
A crase com o pronome demonstrativo A(s) depende ape-
Atenção: nas da regência.
Não confunda A (artigo), A (preposição) e A (pronome de-
Veja:
monstrativo).
Comi a que estava madura.
Artigo A(s): Comi a (fruta) que estava madura.
Usado antes de substantivo feminino e diante de alguns Sem crase, pois o verbo comer não exige preposição.
pronomes, concordando em número (singular e plural). Assim sendo, o A da primeira oração é apenas o prono-
a menina me demonstrativo.
a rua
Refiro-me à de cabelos loiros.
a felicidade
Refiro-me à (garota) de cabelos loiros.
a saudade
as casas Com crase, pois o verbo referir-se exige a preposição A.
as ações Assim sendo, o A da primeira oração é, ao mesmo tempo,
as tristezas preposição e pronome demonstrativo.
as belezas
Sua casa é igual à do Pedro.
a senhora
a outra Sua casa é igual à (casa) do Pedro.
as mesmas (garotas) Com crase, pois o nome igual exige a preposição A.
as senhoritas Sendo assim, o A da primeira oração é, ao mesmo tem-
po, preposição e pronome demonstrativo.
Preposição A:
Diante de outras palavras que não admitam artigo, ou Conheço a dos olhos azuis.
com as quais não concorde, indicado subordinação en- Comprei a que você recomendou.
tre os termos. Entreguei à do guichê 1 todos os papéis solicitados.
a partir Confiei à que sorriu para mim o meu amor eterno.
a começar b) pronome demonstrativo Aquele (e suas flexões):
a garantir A crase com o pronome demonstrativo Aquele (e suas
a falar flexões) depende apenas da regência.
a João Veja:
a Pedro Comi aquela fruta que você trouxe.
Sem crase, pois o verbo comer não exige preposição.

72 Degrau Cultural

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Língua Portuguesa

Assim sendo, o A inicial do pronome é apenas o A inicial Para ficar mais fácil:
do pronome demonstrativo. VIM DA, CRASE HÁ!
Refiro-me àquele rapaz de cabelos loiros. VIM DE, CRASE PRA QUÊ!?!?!?!?!

Com crase, pois o verbo referir-se exige a preposição A. Viagem à Lua.


Assim sendo, o A inicial do pronome é, ao mesmo tempo, Chegaremos à Áustria em poucos minutos.
preposição e A inicial do pronome demonstrativo. Viajaremos a Roma.
Seus cães são iguais àqueles que vi ontem no veteri- Voltarei a Campinas.
nário.
Observações:
Com crase, pois o nome igual exige a preposição A.
a) As localidades África, Ásia, Europa, Espanha, Holan-
Sendo assim, o A inicial do pronome é, ao mesmo tempo, da, França e Inglaterra recebem ou não artigo, assim
preposição e pronome demonstrativo. sendo, recebem ou não crase:
Conheço aquela mulher dos olhos azuis.
Vou a África. ou Vou à África.
Comprei aquele carro que você recomendou.
Vou a Europa. ou Vou à Europa.
Entreguei àquele funcionário do guichê 1 todos os
papéis solicitados. b) Se o nome da localidade estiver determinado de algu-
Confiei àquela linda menina o meu amor eterno. ma maneira, haverá crase obrigatória.

Crase com Artigo Viajaremos à Roma antiga.

Da mesma forma que nos casos anteriores, a regência é Voltarei à Campinas de Carlos Gomes
fator fundamental para o reconhecimento da crase. Vou à África das muitas civilizações.
Basicamente, basta observar se há um termo solicitando 2. Com as palavras CASA, TERRA e DISTÂNCIA:
preposição e outro que admita artigo ligados entre si.
a) sem determinante, sem crase:
Veja:
Cheguei a casa.
Eu obedeço a meu pai.
Voltei a terra.
A preposição (exigida pelo verbo obedecer), antes de
nome masculino. Olhei tudo a distância.
b) com determinante, com crase:
Eu amo a mamãe. Cheguei à casa querida.
A artigo, diante de palavra feminina, e o verbo amar não
Voltei à terra natal.
admite preposição.
Olhei tudo à distância de 10 metros.
Nas duas frases não há acento grave, pois não há fusão.
Em cada uma delas o A desempenha apenas uma função. 3. Com nomes próprios femininos a crase é facultativa:
Se juntarmos a parte da primeira frase que pede preposi- Refiro-me a Maria.
ção com a parte da segunda que admite artigo, teremos:
Refiro-me à Maria.
Eu obedeço à mamãe.
Obs.: se houver determinante, a crase será obrigatória:
A preposição (exigida pelo verbo obedecer) + A artigo, di-
ante de substantivo feminino. Refiro-me à Maria da farmácia.

Esse preceito deve nortear todo o estudo da crase. 4. Diante de pronomes:

Atenção: a) com pronome que admite artigo feminino, há crase:

Nunca se esqueça de observar - antes de qualquer outra Refiro-me à senhora.


coisa - se há verbo ou nome exigindo preposição. Falei à mesma garota de ontem.

b) com pronome que não admite artigo feminino, não há


Regras que facilitam a observação: crase:
1. Com nomes próprios de localidades: Refiro-me a Vossa Senhoria.
colocar o nome da localidade depois das expressões:
Falei a todas as garotas.
VIM DA
VIM DE c) com pronome possessivo a crase é facultativa:
Refiro-me a sua irmã.
Se você utilizou VIM DE, é porque o nome da localidade
Refiro-me à sua irmã.
não admite artigo, logo não admite crase.
Se você utilizou VIM DA, é porque o nome da localidade Falei a sua secretária.
admite artigo, logo admite crase. Falei à sua secretária.

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Língua Portuguesa

5. Haverá crase nas locuções femininas:


a) adverbiais (de modo, tempo ou lugar):
à vontade, à toa, às pressas, às escuras
à tarde, à noite, às 12 horas, à meia-noite
à direita, à esquerda

b) prepositivas:
à espera de, à procura de, à margem de

c) conjuncionais (proporcionais):
à medida que, à proporção que

6. Após a palavra ATÉ a crase é facultativa:


Fomos até à farmácia.
Fomos até a farmácia.

7. Não há crase:
a) antes de nomes masculinos:
Refiro-me a José.
Andei a cavalo.

Obs.: Se for nome próprio e ocultar as expressões “à


moda de” ou “ao estilo de”, haverá crase obrigatória:
Escrevo à Eça de Queirós.
Comi bacalhau à Gomes de Sá.

b) Com nomes de personagens históricas ou mitológi-


cas, não há crase:
Refiro-me a Joana D´Arc.
Eles prestavam homenagem a Afrodite.

c) antes de verbos:
Eles começaram a aprender inglês.

d) entre palavras repetidas:


cara a cara
gota a gota

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Língua Portuguesa

PONTUAÇÃO
1. Pausas que indicam que a frase ainda não acabou: A casa, disse Asdrúbal, precisa de reforma.
vírgula (,) A casa – disse Asdrúbal – precisa de reforma.
travessão (–) A casa (disse Asdrúbal) precisa de reforma.
parênteses ( )
j) para separar as orações coordenadas assindéticas:
ponto e vírgula (;)
dois pontos (:) Maria foi à feira, José foi ao mercado, Pedro preparou o
almoço.
2. Pausas que indicam final de período:
l) para separar as orações coordenadas ligadas por con-
ponto final (.) junções:
3. Pausas que indicam intenção ou emoção: Maria foi ao mercado, mas não comprou leite.
ponto de interrogação (?)
m) para separar as orações subordinadas adjetivas ex-
ponto de exclamação (!)
plicativas:
reticências (...)
O homem, que pensa, é um ser racional.
Vírgula
n) para separar as orações subordinadas adverbiais:
Separa termos dentro da oração ou orações dentro do
período. Ela fazia a lição, enquanto a mãe costurava.
O uso da vírgula é mais uma questão de estilo, pois vai
o) para separar as orações reduzidas:
ao encontro da intenção do autor da frase.
De modo geral, usa-se: Somente casando com José, você será feliz.
a) para separar o aposto explicativo:
2. Ponto e Vírgula
João, meu vizinho, bateu com o carro.
Usa-se:
b) para separar o vocativo: a) para separar as partes de um enunciado que se equi-
Mãe, eu estou com fome. valem em importância:

c) para separar os termos de mesma função: A borboleta voava; os pássaros cantavam; a vida se-
guia tranquila.
Comprei arroz, feijão, carne, alface e chuchu.
b) para separar séries frásicas que já são interiormente
d) para assinalar a inversão dos adjuntos adverbiais (fa- separadas por vírgula:
cultativa):
Em 1908, vovô nasceu; em 1950, nasceu papai.
Na semana passada, o diretor conversou comigo.
c) para separar itens de leis, decretos etc.
e) para marcar a supressão de um verbo:
“Art. 12. Os cargos públicos são providos por: I - nome-
Uma flor, essa menina! ação; II – promoção; III – transferência (...).”
f) nas datas:
3. Dois-Pontos
São Paulo, 21 de novembro de 2004.
Usam-se:
g) nos objetos deslocados para o começo da frase, repe- a) antes de uma citação:
tidos por pronome enfático:
Exemplo: “Esta minha a que chamam prolixidade, bem
A rosa, entreguei-a para a menina. fora estaria de merecer os desprezilhos que nesse
vocábulo me torcem o nariz.” (Rui Barbosa)
h) para isolar expressões explicativas, corretivas, conti-
nuativas, conclusivas, tais como: b) antes de aposto discriminativo:

por exemplo, além disso, isto é, a saber, aliás, digo, min- A sala possuía belos móveis: sofá de couro, mesa de
to, ou melhor, ou antes, outrossim, demais, então, com mogno, abajures de pergaminho, cadeiras de veludo.
efeito etc.
c) antes de explicação ou esclarecimento:
i) para isolar orações ou termos intercalados (aqui se
usam também, no lugar das vírgulas, travessões ou Todos os seres são belos: um inseto é belo, um ele-
parênteses): fante é belo.

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Língua Portuguesa

d) depois de verbo dicendi (dizer, perguntar, responder,


falar etc.):

Maria disse: – Meu Deus, o que é isso!?

4. Ponto Final
Usa-se:
a) no final do período, indicando que o sentido está com-
pleto:
A menina comeu a maçã.

b) nas abreviaturas:
Dr., Sr., pág.

5. Ponto de Interrogação

Usa-se nas interrogativas diretas:


O que você esconde aí?

6. Ponto de Exclamação
Usa-se:
a) depois de qualquer palavra ou frase, na qual se indi-
que espanto, surpresa, entusiasmo, susto, cólera, pi-
edade, súplica:

Tenha pena de mim! Coitado sou eu! Ai!

b) nas interjeições:

Ah! Vixe!

c) nos vocativos intensivos:

Senhor Deus dos desgraçados! Protegei-me.


Colombo! Veja isso...

7. Reticências

Usam-se:
a) para indicar supressão de um trecho nas citações:
“...a generosidade de quem no-la doou.” (Rui Barbosa)

b) para indicar interrupção da frase:


Ela estava... Não, não posso dizer isso.

c) para indicar hesitação:


Acho que eram... 12h... não sei ao certo, disse Jocasta.

d) para deixar algo subentendido no final da frase:


Deixa o seu coração dizer a verdade...

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Língua Portuguesa

SEMÂNTICA
1. Sinônimo
Palavra que tem com outra uma semelhança de signifi-
cação que permite que uma seja escolhida pela outra em
alguns contextos, sem alterar a significação literal da sen-
tença.
Por exemplo: alegre/feliz; diminuto/pequeno; falar/dizer;
branco/alvo.

2. Antônimo
Unidade significativa da língua (morfema, palavra, locu-
ção, frase) cujo sentido é contrário ou incompatível com o
de outra.
Por exemplo: feio/bonito; grande/pequeno.

3. Homônimos
Vocábulos que possuem o mesmo som (homófonos) e/
ou a mesma grafia (homógrafos), mas com sentidos dís-
pares.
Por exemplo: sede (lugar)/sede (vontade de beber); buxo
(arbusto)/bucho (estômago); são (santo)/são (sadio)/são
(verbo ser).

4. Parônimos
Vocábulos que possuem som ou grafia parecidos, mas
com sentidos díspares.
Por exemplo: flagrante (no ato)/fragrante (que tem chei-
ro); iminente (prestes a ocorrer)/eminente (excelente); in-
fligir (aplicar)/infringir (violar).

5. Polissemia
É a multiplicidade de sentidos que uma palavra pode
apresentar, dependendo do contexto em que está inseri-
da.
Por exemplo: braço – o menino quebrou o braço; o braço
da cadeira é macio; península é um braço de terra que
avança no mar.

6. Estilística
Disciplina linguística que estuda a expressividade de uma
língua, isto é, a sua capacidade de sugestionar e emoci-
onar mediante determinados processos e efeitos de es-
tilo. Ela trata do estilo, dos diversos processos expressi-
vos próprios para despertar o sentimento estético. Esses
processos resumem-se no que chamamos de figuras
de linguagem. A estilística visa ao lado estético e emocio-
nal da atividade linguística, em oposição ao aspecto inte-
lectivo e científico. O texto abaixo explica bem isso.

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Língua Portuguesa

78 Degrau Cultural

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Matemática

Matemática

81 Conjuntos
85 Funções e Equações Polinomiais e Transcendentais
114 Análise Combinatória, Progressão Aritmética, Progressão Geométrica e Probabilidade Básica
129 Matrizes, Determinantes e Sistemas Lineares
137 Geometria Plana: Áreas e Perímetros
142 Geometria Espacial: Áreas e Volumes
145 Números Complexos
149 Estatística Básica
227 Matemática Financeira
228 Aritmética

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Matemática

80 Degrau Cultural

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Matemática

TEORIA DOS CONJUNTOS

INTRODUÇÃO CONJUNTO UNITÁRIO


A noção de conjunto é intuitiva. Primitivamente, enten- É o conjunto formado por um só elemento.
de-se por conjunto todo agrupamento bem determina- Ex.: Conjunto dos antecessores do número natural 1
do de coisas, objetos, pessoas etc. A = { 0 } ⇒ formado, apenas, pelo zero.
Ex.: Conjunto das vogais.
CONJUNTO VAZIO
ELEMENTOS É o conjunto que não possui elementos.
São os componentes do conjunto. Ex.: Conjunto dos números naturais entre 5 e 6.
Ex.: No conjunto das vogais, os elementos são: a, e, i, o, u. B = { } ou B = Ø

REPRESENTAÇÃO CONJUNTO UNIVERSO


Podemos representar um conjunto de dois modos: en- É um conjunto que admitimos existir para o desenvolvi-
tre chaves ou através de uma linha fechada (Diagrama mento de certo assunto em matemática. É representa-
de Venn). do por U.
Ex.: Conjunto das vogais: Ex.: {segunda-feira, sexta-feira, sábado} é o conjunto
dos dias da semana que começam com a letra “s”.
V = { a, e, i, o, u } ou Neste caso, o conjunto universo é: U = { x / x é dia da
semana }

SUBCONJUNTO
Os subconjuntos de um conjunto A são todos os que
podem ser formados com os elementos de A.
Ex: Sendo, por exemplo, A = { 1, 3, 5} os seus subcon-
juntos são: Ø, {1}, {3}, {5}, {1, 3}, {1, 5}, {3, 5}, {1, 3, 5}

Obs:
Nomeamos os conjuntos através de letras maiúsculas. a) o conjunto vazio é subconjunto de qualquer con-
junto.
CARACTERIZAÇÃO b) todo conjunto é subconjunto dele mesmo
Podemos caracterizar um conjunto por: Um conjunto A é subconjunto de um conjunto B se, e so-
a) Extensão: através da designação de todos os ele- mente se, todo elemento de A pertence, também, a B.
mentos que compõem o conjunto. Ex.: A = { 1, 2, 3 } e B = { 1, 2, 3, 4, 5 }
Ex.: A = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 } A é subconjunto de B.
b) Compreensão: através da indicação de uma propri-
edade comum a todos os elementos do conjunto. No diagrama
Ex.: { x / x é algarismo indo-arábico }
Obs: / (lê-se assim: tal que).

RELAÇÃO DE PERTINÊNCIA
Para indicar que um elemento x pertence ou não a um
conjunto A qualquer, escrevemos, simbolicamente, as-
sim:
x A ⇒ { x pertence ao conjunto A }
x A ⇒ { x não pertence ao conjunto A }
Ex.: Dado o conjunto A = { 1, 2, 3, 4, 5 }, podemos dizer
que: 3 A ; 1 A ; 7 A
Para relacionar subconjuntos com conjuntos, usare-
TIPO DE CONJUNTOS mos os símbolos: ⊂ (está contido); ⊄ (não está conti-
a) Finito: quando possui um número limitado de ele- do); ⊃ (contém); ⊄ (não contém)
mentos: Se A é subconjunto de B, então: A ⊂ B; B ⊃ A
Ex.: { a, e, i, o, u }
{ 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 } Obs:
01. A ordem dos elementos não altera o conjunto.
b) Infinito: quando possui um número ilimitado de ele- Ex.: A = { 3, 7, 8 } é o mesmo que A = { 7, 8, 3 }
mentos.
Ex.: { 1, 3, 5, ... } → { x N / x é ímpar } 02. Os elementos do conjunto não devem ser repe-
{ 0, 1, 2, 3, ... } → { x N / x é natural } tidos.
Ex.: B = { 1, 4, 4, 5, 4, 9 } é o mesmo que B = { 1, 4, 5, 9 }

Degrau Cultural 81

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Matemática

03. Representamos os conjuntos por letras maiúscu- A - B = { 1 } ⇒ elementos ∈ A e ∉ B


las: A, B, C, ... B - A = { 4, 5 } ⇒ elementos ∈ B e ∉ A
Obs.: A - B ≠ B - A
04. Os elementos são indicados por letras minúscu-
las: a, b, c, ...

IGUALDADE DE CONJUNTOS
Dois conjuntos A e B são iguais, se, e somente se,
simultaneamente A é subconjunto de B e B é subcon-
junto de A.

Ou seja, dois conjuntos são iguais quando possuem


os mesmos elementos.
Ex.:
Se A = { 3, 2, 1} e B = { 1, 2, 3}, então A = B

OPERAÇÕES COM CONJUNTOS d) Conjunto das Partes de um Conjunto


Chama-se conjunto das partes de um conjunto, e indi-
a) União (∪) ca-se por P(A), ao conjunto formado por todas as par-
Dados dois conjuntos A e B, chama-se união de A com tes (subconjuntos) do conjunto dado.
B, o conjunto formado pelos elementos que pertencem Ex.: Se A = { a, b }, então são partes de A os conjuntos: Ø,
a A ou a B. { a }, { b }, { a, b }
Ex.: A ∪ B = { x / x ∈ A ou x ∈ B }
Se A = { 1, 2, 3 } e B = { 3, 4, 5 } Logo, P(A) = { Ø, {a }, { b }, { a, b } }
então A ∪ B = { 1, 2, 3, 4, 5 } Ex.: B = { 1, 2, 3 }, então:

n (B) = 3 (número de elementos de B é igual a 3) e


n P[(B)] = 8 (número de elementos do conjunto das
partes de B é 8)

P(B) = { Ø, { 1 }, { 2 }, { 3 }, { 1, 2 }, { 1, 3 }, { 2, 3 }, { 1, 2,
3}}
b) Intersecção (∩)
Dados dois conjuntos A e B, chama-se intersecção de A De modo geral:
com B ao conjunto formado pelos elementos que per- se n (A) = x, então n [ P (A) ] = 2x
tencem a A e a B. n (B) = 3, então n [ P (B) ] = 23 = 8
Ex.: A ∩ B = { x / x ∈ A e x ∈ B }
Se A = { 1, 2, 3 } e B = { 2, 3, 4, 5 } Ex.: De um total de 800 rapazes, 500 gostam de futebol,
então A ∩ B = { 2, 3 } 200 de cinema e 130 gostam dos dois. Quantos não
gostam nem de futebol e nem de cinema?

c) Diferença
Dados dois conjuntos A e B, chama-se diferença entre A
e B, e indica-se por A - B, ao conjunto formado pelos
500 gostam de futebol mas 130 gostam dos dois, logo
elementos que pertencem a A e não pertencem a B.
gostam apenas de futebol: 500 - 130 = 370 e
Ex.: A - B = { x / x ∈ A e x ∉ B }
gostam apenas de cinema: 200 - 130 = 70
Se A = { 1, 2, 3 } e B = { 2, 3, 4, 5 }, então:
O total dos que gostam de futebol ou de cinema é:
370 + 130 + 70 = 570
O total dos que não gostam nem de futebol e nem de
cinema: 800 - 570 = 230

82 Degrau Cultural

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Matemática

e) Complementar
Dados dois conjuntos A e B, tais que A é subconjunto de
B, chama-se complementar de A em relação a B, e indi-
ca-se por , ao conjunto dos elementos que perten-
cem a B e não pertencem a A ⇒ o que falta ao conjunto
A para ser igual ao conjunto B.

=B-A
Ex.: A = { 1, 2, 3 } e B = { 1, 2, 3, 4, 5 }
= B - A = { 4, 5 }

f) Conjuntos Disjuntos
Dados os conjuntos A e B

São disjuntos, pois não há elemento comum.


A ∩ B = Ø ou A ∩ B = { }

Degrau Cultural 83

01a_Conjuntos.pmd 83 22/12/2010, 11:12


Matemática

CONJUNTOS NUMÉRICOS
• Conjuntos dos números Reais: d) Conjunto dos inteiros positivos:

R = {x | x é racional ou x é irracional}
e) Conjunto dos inteiros negativos:
• Relação de inclusão entre os principais subcon-
juntos de R:

• Conjunto dos números racionais (Q): Número ra-


cional é todo número que pode ser colocado na

forma de uma razão , com p ∈ Z e q ∈ Z*, ou

seja:

• Outros subconjuntos importantes de R:

a) R * = R - {0}
b)
c)
d)
e)

• Conjunto dos números naturais:

• Subconjuntos importante de N:

• Conjunto dos números inteiros:

• Subconjuntos importantes de Z:

a) Conjunto dos inteiros não-nulos:

b) Conjunto dos inteiros não-negativos:


Z+ = {0, 1, 2, 3, ...}

c) Conjunto dos inteiros não-positivos:


Z- = {..., -2, -1, 0}

84 Degrau Cultural

01b conjuntos numericos.pmd 84 22/12/2010, 11:12


Matemática

FUNÇÕES
• Par ordenado (a, b) em que a é o primeiro elemento • Domínio da função: D(ƒ) = A
e b é o segundo. • Contradomínio da função: CD(ƒ) = B
• Conjunto imagem da função:
• Igualdade de pares ordenados: Im(ƒ), com Im(ƒ) ⊂ B
(a, b) = (c, d) ⇔ a = c e b = d
Identificação de uma função através do gráfico:
• Representação geométrica de um par ordenado.

a é a abscissa de P; b é a ordenada de P

• Produto cartesiano de A por B:


A X B = {(x, y) | x ∈ A e y ∈ B} Seja uma relação de A em B, representada no gráfico ao
lado. Trace retas paralelas ao eixo 0y, de modo que cada
• Número de elementos de um produto cartesiano uma passe por um ponto de abscissa x de A.
A X B: n( A X B) = n(A) . n(B)
O gráfico é de uma função se cada uma dessas retas
• Relação binária é todo subconjunto IR de um pro- intercepta-lo em um único ponto.
duto cartesiano A X B, isto é: IR ⊂ A X B. • Zero ou raiz de uma função é o valor de x do domí-
nio onde o gráfico da função intercepta o eixo das
• Domínio é o conjunto de todos os primeiros ele- abscissas, isto é, os valores de x para os quais se
mentos dos pares ordenados (x, y) ∈ IR. Indica-se tem f(x) = 0.
por D(IR). • Sinais de uma função: Para estudar o sinal de uma
função, precisamos determinar para quais valores do
• Conjunto imagem é o conjunto de todos os se- dominio a função é positiva, nula e negativa.
gundos elementos dos pares ordenados (x, y)
∈ IR. Indica-se por Im(IR). 2. Função par e função ímpar:

• Todos os elementos de A estão associados a ele- • ƒ é função par se, e somente se:
mentos de B.

• Cada elemento de A está associado a um único • ƒ e função ímpar se, e somente se:
elemento de B.

1. Definição de função: 3. Função crescente e função decrescente

• Notação de função: ƒ: A → B, y = ƒ(x) • ƒ é função crescente quando:

Lê-se: ƒ de A em B, em que x assume valores no con-


junto A e y assume valores no conjunto B. • ƒ e função decrescente quando:

• Função real de variável real é a função:


ƒ: A → B em que A ⊂ IR e B ⊂ IR. Definição de função composta

Domínio, contradomínio e conjunto imagem: Dadas as funções ƒ: A → B, g: B → C, denomina-se


função composta de g com ƒ a função h: A → C, tal
que h(x) = g(f(x)).

A composição de g com ƒ será indicada por g B ƒ.

g B ƒ lê-se “g composta com f” ou “g bola f”


De modo geral, escrevemos: (g B ƒ) (x) = g(f(x))

Degrau Cultural 85

02_funcao.pmd 85 22/12/2010, 11:12


Matemática

Função injetora: FUNÇÃO AFIM

Todo elemento de Im(ƒ) ⊂ B e extremidade de uma única Lei de formação: ƒ de IR em IR tal que f(x) = ax + b,
flecha. Não importa que em B “sobrem” elementos. como a, b reais e a ≠ 0.

Função sobrejetora: Gráfico: Reta não-paralela ao eixo 0x nem ao eixo 0y.

Todos os elementos do contradomínio (B) devem ser Essa reta intercepta o eixo 0x no valor quando y
imagens de um ou mais elementos do domínio (A). = 0, e o eixo 0y no valor b, quando x = 0.
Im(ƒ) = CD(ƒ)

Função bijetora:

É simultaneamente injetora e sobrejetora.

4. Definição

Sendo f:A → B uma função bijetora, chamamos de fun-


ção inversa de f, e representamos por f -1, a função f -1: B
→ A tal que:

f -1(x) = y ⇔ f(y) = x

Exemplo: a<0eb>0 a<0eb<0


• f -1 (a) = 3 ⇔ f(3) = a
• f -1 (b) = 1 ⇔ f(1) = b
• f -1 (c) = 2 ⇔ f(2) = c
• f -1 (d) = 4 ⇔ f(4) = d

OBTENÇÃO DA INVERSA D(f) = R e Im(f) = R

Seja f: A → B uma função bijetora tal que y = f(x). Para • Função linear é a função do 1º grau definida por
encontrarmos a lei de f -1, devemos: f(x) = ax (a ≠ 0).

a) trocar x por y e y por x, na lei de f. • Função identidade é a funçao linear definida por
b) Isolando-se y, encontramos f -1. f (x) = x, x ∈ IR.

PROPRIEDADE GRÁFICA • Zero (ou raiz) de uma função f é o valor de x para


o qual f(x) = 0.
Se o ponto P(x, y) pertence ao gráfico de f(x), então o
ponto P´(y, x) pertencera ao gráfico de f -1(x). Acontece que Sinais da função do 1º grau:
P e P´ são pontos simétricos em relação a bissetriz dos
quadrantes ímpares (reta y = x). Daí, temos: a > 0 Função crescente a < 0 Função decrescen-
O gráfico de f -1(x) e o simétrico do gráfico de f(x) em te
relação a reta y = x.

Exemplo:

FUNÇÃO QUADRÁTICA

86 Degrau Cultural

02_funcao.pmd 86 22/12/2010, 11:12


Matemática

Função Quadrática é uma função de IR em IR cuja Como


lei é f(x) = ax2 + bx + c, sendo a, b e c números reais P(3) = 8 ⋅ 3 + 9 ⋅ 32 - 33,
e a ≠ 0. ou seja,
P(3) = 78 unidades,
Gráfico: É uma parábola.
então
P(4) - P(3) = 112 - 78 = 34 unidades

02. Dadas as funções f(x) = x2 - 5x + 6 e g(x) = 2x + 1,


resolva a equação:

Resolução:
Cálculos auxiliares:
Vértice e eixo de simetria f(1) = 12 - 5 ⋅ 1+ 6 = 1 - 5 + 6 = 2
f[g(2)] = f[2 ⋅ 2 + 1] = f(5) = 52 - 5 ⋅ 5 + 6 = 6
Vértice: f(2) = 22 - 5 ⋅ 2 + 6 = 0
f(0) = 02 - 5 ⋅ 0 + 6 = 6
• A função assume um valor mínimo yv.
• A função assume um valor Máximo yv. Substituindo-se na equação dada, vem:

Zeros ou raízes são os valores de x que anulam a 2 - 2x - 1 = 0


função, isto é, os valores de x para os quais f (x) = 0.
-2x + 1 = 0
Os zeros ou raízes são as soluções reais da equa-
ção ax2 + bx + c = 0.

• Para ∆ > 0, a função tem duas raízes reais e dis-


tintas. 03. Sabendo que a função f(x) = mx + n admite 5
• Para ∆ = 0, a função tem duas raízes reais e iguais. como raiz e f(-2) = -63, o valor de f(16) é:
• Para ∆ < 0, a função não admite raízes reais.
Resolução:

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS f(x) = mx + n f(16) = ?


f(5) = 5m + n = 0 I
01. A produção diária de um certo produto, realiza- f(-2) = -2m + n = -63 II
da por um determinado operário, é avaliada por
Produção = 8 ⋅ x + 9 ⋅ x2 - x3 unidades, I e II
x horas após as 8 horas da manhã, quando co-
meça o seu turno.
a) Qual é a sua produção até o meio-dia?
b) Qual é a sua produção durante a quarta hora de f(x) = 9x - 45
trabalho? f(16) = 9 ⋅ 16 - 45 = 99

Resolução: Resposta: f(16) = 99


a) Dado que a produção P(x) é
P(x) = 8x + 9x2 - x3 (unidades), 04. Considere a função f: IR → IR, definida por f(x)
das 8 horas ao meio-dia temos x = 4, logo = 2x - 1. Determine todos os valores de m ∈ IR
P(4) = 8 ⋅ 4 + 9 ⋅ 42 - 43 e portanto, para os quais é válida a igualdade
P(4) = 112 unidades
f(m2) - 2f(m) + f(2m) = .
b) A produção durante a quarta hora é dada por
P(4) - P(3). Resolução:
Dado que f(x) = 2x - 1,
a igualdade f(m2) - 2 ⋅ f(m) + f(2m) =

Degrau Cultural 87

02_funcao.pmd 87 22/12/2010, 11:12


Matemática

pode ser escrita como: b)


2 ⋅ (m2) - 1 - 2 ⋅ (2m - 1) + 2(2m) - 1 =

2m2 - 1 - 4m + 2 + 4m - 1 =
4m2 = m
4m2 - m = 0

08. Ao resolver a inequação , um aluno


05. Se f(x + 1) = , calcule f(x). apresentou a seguinte solução:
2x + 3 > 5(x - 1)
2x + 3 > 5x - 5
Resolução: 2x - 5x > - 5 - 3
Fazendo-se x + 1 = y, vem: - 3x > - 8
x+1=y x=y-1 3x<8
Logo:

Substituindo agora y por x, temos: Conjunto solução:

A solução do aluno está errada.


a) Explique por que a solução está errada.
b) Apresente a solução correta.
06. Dadas as funções f(x) = 4x + 2 e g(x) = 3x - 1,
calcule x de modo que: Resolução:
f(g(x)) + g(f(x)) = f(g(1)) - g(f(0)) a) Eliminando o denominador, dessa forma, o alu-
no multiplicou os membros da desigualdade por
Resolução: x - 1 e manteve o sentido da desigualdade: as-
Fazendo os cálculos individualmente, temos: sim, está considerando apenas x - 1 > 0.
f(g(x)) = f(3x - 1) = 4(3x - 1) + 2 = 12x -2
g(f(x)) = g(4x + 2) = 3(4x + 2) - 1 = 12x + 5 b)
f(g(1)) = f(3 × 1 - 1) = f(2) = 4 × 2 + 2 = 10
g(f(0)) = g(4 × 0 + 2) = g(2) = 3 × 2 - 1 = 5

Substituindo-se na equação dada, vem:


12x - 2 + 12x + 5 = 10 - 5 24x = 2 Fazendo-se y1 = -3x + 8 e y2 = x - 1, vem:
-3x + 8 = 0 x-1=0
07. Determine a inversa das funções:
x=1
a) f(x) = 4x -1

b) , com x ≠5

Resolução:

a) f(x) = 4x -1 y = 4x -1
x = 4y - 1
4y = x + 1

Resposta:

88 Degrau Cultural

02_funcao.pmd 88 22/12/2010, 11:12


Matemática

09. Seja f: IR → IR uma função quadrática tal que e)


f(x) = ax2 + bx + c, a ≠ 0, . Sabendo que
x1 = -1 e x2 = 5 são as raízes e que f(1) = -8
Pede-se:
a) Determinar a, b, c;
b) calcular f(0);
c) verificar se f(x) apresenta máximo ou mínimo,
justificando a resposta;
d) as coordenadas do ponto extremo;
e) o esboço do gráfico.

Resolução:
a) f(1) = -8
Se -1 e -5 são raízes, então:
f(-1) = 0
f(5) = 0

f(1) = a + b + c = -8 I
f(-1) = a - b + c = 0 II
f(5) = 25a + 5b + c = 0 III 10. (UFGO) Um homem-bala é lançado de um canhão
I e II e sua trajetória descreve uma parábola. Conside-
rando que no instante do lançamento (t = 0) ele
está a 2 metros do solo, 1 segundo após ele atin-
IV ge a altura de 5 metros e 2 segundos após o lan-
çamento ele atinge o solo, pede-se:
a) a equação h(t) da altura em relação ao tempo,
5 ⋅ II e III descrita pela sua trajetória;
b) o esboço do gráfico de h(t);
c) quais os instantes após o lançamento ele atin-
ge metros?

Resolução:
IV e V
a) h(t) = ax2 + bx + c
h(0) = c = 2
c=-5
em I : 1 + b - 5 = - 8 b=-4

b) f(x) = x2 - 4x - 5 f(0) = 0 - 4 ⋅ 0 - 5 = - 5

c) a > 0, logo a parábola tem concavidade para cima


ˆ f(x) apresenta mínimo.
d) ponto extremo = vértice h(t) = -4t2 + 7t + 2

b)

Degrau Cultural 89

02_funcao.pmd 89 22/12/2010, 11:12


Matemática

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01. Considere a relação f de M em N, representada


no diagrama abaixo:
c)

11. Seja f(x) =


Para que f seja uma função de M em N, basta:
a) apagar a seta  e retirar o elemento s;
a) Dê o conjunto solução da inequação f(x) # 2
b) apagar as setas  e  e retirar o elemento k;
Resolução: c) retirar os elementos k e s;
d) apagar a seta  e retirar o elemento k;
a) f(x) $ 2
e) apagar a seta  e retirar o elemento k.

02. Seja a função f, de IR em IR, definida por

A soma é igual a:
a) 4 d) 6
Quadro resolução:
b) 5 e) 7,5
c) 5,5

03. A função f satisfaz a relação:


f(x + 1) = xf(x), x > 0.

Se , o valor de é:

Logo: S = {x 0 IR | x # -1 ou 0 < x < 4 ou x $ 10}


a) d)
b) Se
b) e)

c)
Logo: S = {-1, 5, 6, 7, 8, 9, 10}

Resposta: 04. Em uma experiência com camundongos foi obser-


a) S = {x 0 IR | x # -1 ou 0 < x < 4 ou x $ 10} vado que o tempo requerido para uma camundon-
b) S = {-1, 5, 6, 7, 8, 9, 10} go percorrer um labirinto era dado pela função

minutos. Com relação a essa ex-

periência, pode-se afirmar que um camundongo:


a) consegue percorrer o labirinto em menos de três
minutos;
b) gasta cinco minutos e 40 segundos para percor-
rer o labirinto na quinta tentativa;
c) gasta oito minutos para percorrer o labirinto na
terceira tentativa;
d) percorre o labirinto em quatro minutos na déci-
ma tentativa;
90 Degrau Cultural

02_funcao.pmd 90 22/12/2010, 11:12


Matemática

e) percorre o labirinto, numa das tentativas, em três 12. Seja f a função f de IR em IR , definida por f(x) =
minutos e 30 segundos. ax + b, com a, b 0 IR e a … 0. Se os pontos (-1;
3) e (2; -1) pertencem ao gráfico de f, então f(x)
05. Suponhamos que a população de uma certa ci- $ 0 se, e somente se:
dade seja estimada, para daqui a x anos, em
a) x#0 d) x$
1 000 habitantes. Estima-se
b) x# e) x$5
que, durante o 3º ano, essa população:
a) Se manterá constante; c) x$0
b) aumentará em até 125 habitantes;
c) aumentará em até 250 habitantes; 13. O trinômio y = ax2 + bx + c está representado
d) diminuirá de até 125 habitantes; na figura.
e) diminuirá de até 250 habitantes.

06. Uma função f: IR→ IR é tal que f(5x) = 5f(x) para


todo o número real x. Se f(25) = 75, então o valor
de f(1) é:
a) 3 d) 25
b) 5 e) 45
c) 15 A afirmativa CERTA é:
a) a > 0, b > 0, c < 0 d) a < 0, b > 0, c > 0
07. Se f: IR→IR é uma função definida pela expres- b) a < 0, b < 0, c < 0 e) a < 0, b < 0, c > 0
são f(x - 2) = x3, então o valor de f(3) é igual a: c) a < 0, b > 0, c < 0
a) 1 d) 125
b) 27 e) 0 14. Sabe-se que o gráfico abaixo representa uma
c) 8 função quadrática. Esta função é:
08. Se f(x) = x - 3, o conjunto de valores de x tais a)
que f(x2) = f(x) é:
a) {0, 1} d) {-2, 3}
b) {-1, 0} e) {3, 4} b)
c) {1}

09. Considere as funções: c)


f(x) = 2x + 1 e g(x) = x2 -1
Então, as raízes da equação f[g(x)] = 0 são: d)
a) inteiras; d) inversas uma da outra;
b) negativas; e) opostas. e)
c) racionais não inteiras;
15. Uma parede de tijolos será usada como um dos
10. Considerando as funções f(x) = x + 4 e lados de um curral retangular. Para os outros
lados iremos usar 400 metros de tela de arame,
g(x) = , julgue os itens abaixo. de modo a produzir a área máxima. Então o quo-
(0) g(f(9)) = -5 ciente de um lado pelo outro é:
(1) O domínio de (g B f) é [0, 4) a) 1 d) 3
(2) f(g(9)) = 1 b) 0,5 e) 1,5
(3) g(x2) = (g(x))2, x pertencente ao domínio de g c) 2,5

Marque os itens certos na coluna 1 e os itens 16. Um menino está à distância 6 de um muro de
errados na coluna 2. altura 3 e chuta uma bola que vai bater exata-
mente sobre o muro. Se a equação da trajetória
da bola em relação ao sistema de coordenadas
indicado pela figura é y = ax2 + (1 - 4a)x, a altura
máxima atingida pela bola é:
a) 5
b) 4,5
11. A função f de IR em IR é definida por c) 4
f(x) = mx + p. Se f(2) = -5 e f(-3) = -10, então d) 3,5
f(f(18)) é igual a: e) 3
a) -2 d) 4
b) -1 e) 5
c) 1
Degrau Cultural 91

02_funcao.pmd 91 22/12/2010, 11:12


Matemática

17. Na figura abaixo tem-se um quadrado inscrito


em outro quadrado. Pode-se calcular a área do Logo:
quadrado interno, subtraindo-se da área do qua-
drado externo as áreas dos 4 triângulos. Feito
isso, verifica-se que A é uma função da medida
x. O valor mínimo de A é:
a) 16 cm2
b) 24 cm2 Mas ; portanto:
c) 28 cm2
d) 32 cm2
e) 48 cm2

18. O conjunto solução de:


x2 - 4x + 4 # 0 é: Resposta: alternativa C.
2
a) {x 0 IR | x > 0}
b) {x 0 IR | -2 # x # 2} 04. Resolução:
c) {2}
d) {4} a) É falsa, pois .
e) {x 0 IR | |x| $ 2} b) É falsa, pois f(5) = 5 min 24 s.
c) É falsa, pois f(3) = 7 min.
19. O menor inteiro positivo N tal que: d) É falsa, pois f(10) = 4 min 12 s.
e) É verdadeira, pois f(24) = 3 min 30 s.
é:
a) 5 d) 8 Resposta: alternativa E.
b) 6 e) 9
c) 7 05. Resolução:

20. O lucro de uma empresa é dado por L(x) =


100(10 - x)(x - 2), onde x é a quantidade vendi-
da. Podemos afirmar que:
a) o lucro é positivo qualquer que seja x;
b) o lucro é positivo para x maior do que 10;
c) o lucro é positivo para x entre 2 e 10;
d) o lucro é máximo para x igual a 10;
e) o lucro é máximo para x igual a 3.

GABARITO

01. Resolução: Logo, a variação do 3º ano será:


Uma relação é uma função se para todos os ele- f(3) - f(2) = 19875 - 19750 = 125
mentos de M associamos um só elemento de N.
Resposta: alternativa D. Portanto, a população aumentará em 125 habi-
tantes.
02. Resolução: Resposta: alternativa B.
Cálculos auxiliares:
06. Resolução:
Fazendo-se x = 5, vem:
f(5 ⋅ 5) = 5f(5) f(25) = 5 ⋅ f(5)
f(0) = -2 ⋅ 0 + 1 = 1
f(1) = 1 + 1 =2 Mas f(25) = 75; logo:
75 = 5 ⋅ f(5) f(5) = 15
Substituindo-se na expressão dada, vem:
Fazendo-se x = 1, vem:
f(5 ⋅ 1) = 5f(1) f(5) = 5f(1); logo:
15 = 5 ⋅ f(1) f(1) = 3

Resposta: alternativa A.
Resposta: alternativa B.
07. Resolução:
Cálculos auxiliares: x - 2 = 3 x=5
03. Resolução: Fazendo-se x + 1 = , vem x =

92 Degrau Cultural

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Matemática

Logo, para x = 5, temos f(5 - 2) = 53 f(3) = 125

Resposta: alternativa D.

08. Resolução: Resolvendo o sistema, temos


f(x2) = f(x)
x2 - 3 = x - 3 x2 - x = 0
Logo,
Resolvendo a inequação:

Resposta: alternativa A.

09. Resolução:
f[g(x)] = 0 Resposta: alternativa B.
f[x2 - 1)] = 0
2(x2 - 1) + 1 = 0 13. Resolução:
Olhando o gráfico, temos:
a < 0 (a parábola é voltada para baixo)
c < 0 (a parábola corta o eixo y num ponto me-
Logo, as raízes são opostas. nor que zero)
b < 0 (as raízes são negativas)
Resposta: alternativa E. Resposta: alternativa B.

10. Resolução: 14. Resolução:


(0) g(f(9)) = -5 • Como o gráfico é uma função quadrática, temos:
f(9) = 9 + 4 = 13 f(x) = ax2 + bx + c
g(13) = (errado) • A função f(x) passa pelos pontos:

(1) (g B f)(x) = g(f(x)) = g(x + 4) =


= Domínio x + 4 > 0
x > - 4 (errado)

(2) f(g(9)) = 1 Multiplicando I por -1 e somando com III, temos:

g(9) = = -3 f(-3) = -3 + 4 = 1 (certo)

(3) g(x2) = =-x


2
g(x ) = = x (errado)
Substituindo, temos

Logo:
Resposta:

Resposta: alternativa B.
11. Resolução:
Vamos calcular os valores de m e p. 15. Resolução:

Logo: f[f(18)] = f[18 ⋅ 1 - 7} = f[11] = 11 ⋅ 1 - 7 = 4

Resposta: alternativa D.

12. Resolução:
Cálculo de a e b:

Degrau Cultural 93

02_funcao.pmd 93 22/12/2010, 11:12


Matemática

Resposta: alternativa D.

18. Resolução:
x2 - 4x # 0

S = {2}

Resposta: alternativa C.

19. Resolução:

Resposta: alternativa B.

16. Resolução:

Logo, o menor inteiro é o nº 7.


Resposta: alternativa C.

20. Resolução:
L(x) = 100(10 - x)(x - 2)
O ponto (6, 3) pertence ao gráfico, logo: L(x) = 100(10x - 20 - x2 + 2x)
3 = a(6)2 + (1 - 4a) ⋅ 6 L(x) = 100(- x2 + 12x + 20)
L(x) = -100x2 + 1200x - 2000)
3 = 36a + 6 - 24a

Substituindo na função: y = x2 + 2x
Logo, o lucro é positivo entre 2 e 10

Calculando a altura máxima: Resposta: alternativa C.

Resposta: alternativa C.

17. Resolução:

94 Degrau Cultural

02_funcao.pmd 94 22/12/2010, 11:12


Matemática

POLINÔMIOS
Polinômio na variável x é total função do tipo P( )=4( )3 - ( )2 + -1
P(x) = anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a1x + a0 P( )=4 -2+ -1
Sendo:
P( )=8 -2+ -1
• an, an – 1, …, a1 e a0 os coeficientes de P(x) em C
P( )=9 -3
• n um número natural
• x a variável, com x ∈ C Resolução:
b) P(1) = 4 - 1 + 1 - 1 = 3
Valor numérico de um polinômio é o valor P(a) que se
P(-1) = -4 - 1 - 1 - 1 = -7
obtém quando se substitui x por a (a ∈ C) em P(x).
P(0) = 0 - 0 + 0 - 1 = -1
Se P(a) = 0, dizemos que a é raiz do polinômio. Logo:

Grau de um polinômio P(x) não-nulo é o maior expoente


da variável x, dos termos com coeficientes não-nulos.
Indica-se por gr(P).
Resposta: a) 9 - 3 ; b)4
Polinômios idênticos: Dizemos que dois polinômios
são idênticos se os coeficientes dos termos de mesmo 02. Calcule m ∈ IR de modo que o polinômio
grau são iguais. P(x) = (m3 - 1)x4 + (m2 -1) x2 + 5x -7
seja do 1º grau em relação a x.
Adição e subtração de polinômios: Devemos somar Resolução:
ou subtrair os coeficientes dos termos de mesmo grau. Devemos ter:
m3 - 1 = 0 e m2 - 1 = 0
Multiplicação de polinômios: Devemos multiplicar cada m3 = 1 m2 = 1
termo de um dos polinômios por todos os termos do m=1 m=±1
outro: depois disso, somam-se os termos de mesmo Logo: m = 1
grau. Resposta: m = 1

03. Ache o polinômio P(x) do 2º grau em x, sabendo


Divisão de polinômios – método de Descartes: Consiste
que admite 2 como raiz e P(1) = -2 e P(3) = 4.
na obtenção dos coeficientes do quociente Q(x) e do resto
R(x), a partir da igualdade: Resolução:
Como P(x) é do 2º grau, temos:
P(x) = D(x) . Q(x) + R(x), com D(x) ≠ 0 P(x) = ax2 + bx + c
Logo:
Divisão por (x – a) P(2) = 0 ⇒ 4a + 2b + c = 0 À
P(1) = -2 ⇒ a + b + c = -2 Á
Teorema do resto: O resto da divisão de um polinômio P(3) = 4 ⇒ 9a + 3b + c = 4 Â
P(x) pelo binômio do tipo (x – a) é o valor numérico de De À, vem:
P(x), para x = a 4a + 2b + c = 0 ⇒ c = -4 - 2b Ã
Substituindo em Á e  , vem:
Teorema de D´Alembert: Um polinômio P(X) é divisível
por (x – a) se, e somente se, P(a) = 0.

Divisão de um polinômio por (x – a) (x – b)


Se um polinômio P(x) é divisível por (x – a) e (x – b), sendo
a ≠ b, então P(x) é divisível por (x – a) (x – b).

De -3a - b = -2 ⇒ -3 - b = -2
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS b =-1

01. Dado o polinômio P(x) = 4x3 - x2 + x - 1, calcule: Substituindo em Á, vem:


C = -4a -2b ⇒ c = -4 + 2b
a) P( ) c = -2
Logo: P (x) = x2 -x- 2
b) Resposta: P (X) = x2 - x - 2

Resolução: 04. Quais devem ser os valores de A, B e C para que


a) P(x) = 4x3 - x2 + x + 1

Degrau Cultural 95

03_polinomios.pmd 95 22/12/2010, 11:12


Matemática

seja uma identidade? Resolução:


Resolução:
Devemos ter:

+m-4=0
m - 1 + 4m - 16 = 0
5m = 17

m=

b) Devemos ter:
x + 1 = 0 ⇒ x = -1
Logo: Logo:
P (-1) = 1 ⇒ (m - 1) (-1)2 + 2m (-1) - 4 = 1
m - 1 - 2m - 4 = 1
-m = 6
m = -6
c) Fazendo x - 2 = 0 ⇒ x = 2
De À vem: Logo:
A+B+C=2⇒1+B+C=2 P(2) = 3 ⇒ (m - 1) . 22 + 2m . 2 - 4 = 3
B+C=1 4(m - 1) + 4m - 4 = 3
Portanto: 4m - 4 + 4m - 4 = 3

8m = 11 ⇒ m =

Resposta: a) m = ; b) m = -6; c) m =

B+C=1⇒B+3=1
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
B = -2
01. Sendo P(x) = Q(x) + x2 + x + 1 e sabendo que 2 é raiz
Respostas: A = 1, B = -2 e C = 3 de P(x) e 1 raiz de Q(x), então P(1) - Q(2) vale:
a) 0 d) 6
05. Determine a e b de modo que o polinômio b) 2 e) 10
c) 3
P (x) x3 + ax + b seja divisível por (x - 1)2.
02. O grau do polinômio (x + 2)2 (x - 4)4 (x + 6)6 (x - 8)8 ... (x
Resolução: + 18)18 é:
Sabendo que (x - 1)2 = x2 - 2x + 1, temos: a) 2 . 9! d) 180
b) 90 e) 18!
c) 29 . 9

03. O polinômio P(x) = (m - 4)x3 + (m2 - 16)x2 + (m + 4)x


+ 4 é de grau 2:
a) se e somente se m = 4 ou m = -4
b) se e somente se m ≠ 4
c) se e somente se m ≠ -4
O resto deve ser nulo. d) se e somente sem m ≠ 4 e m ≠ -4
Logo: e) para nenhum valor de m
(a + 3) x + b - 2 = 0 ⇒ a + 3 = 0 e b - 2 = 0
a = -3 b=2 04. Seja P(x) um polinômio do 2º grau tal que:
P(0) = -20
P(1) + P(2) = -18
Resposta: a = -3 e b = 2 P(1) - 3P(2) = 6

06. Determine o valor de m de modo que o polinômio Então, o conjunto de todos os x para os quais P(x) <
P(x) = (m -1)x2 + 2mx - 4 0 é:
a) (x ∈ IR | x < -2 ou x > 10)
a) seja divisível por 2x - 1;
b) (x ∈ IR | x < 4 ou x > 5)
b) dividido por x + 1 dê resto 1; c) (x ∈ IR | 4 < x < 5)
c) dividido por x - 2 dê resto 3. d) (x ∈ IR | -2 < x < 10)
e) (x ∈ IR | x < -20 ou x > 1)

96 Degrau Cultural

03_polinomios.pmd 96 22/12/2010, 11:12


Matemática

05. Os polinômios P(x) = px2 + qx - 4 e Q(x) = x2 + px + q


são tais que P(x + 1) = Q(2x) para todo x real. Os
valores de p e q são:
a) p = 1 e q = -4 d) p = 4 e q = 0 P(x) = ax2 + bx - 20
b) p = 2 e q = 4 e) p = -4 e q = 0
c) p = 4 e q = -4

06. A igualdade é verdadeira para


À + Á = - 18 ⇒ 5a + 3b - 40 = -18 ⇒
todo x real. Então, a soma a + b + c vale: À + Á = 6 -11a - 5b + 40 = 6
⇒ a = -1 e b = 9
a) d) 0 ∴ P(x) = -x2 + 9x - 20
Para P(x) < 0 temos:
{x ∈ IR | x < 4 ou x > 5}
b) e) -
05. Resolução:

c)

07. Sendo a e b tais que é


uma identidade, a expressão b - 2a vale:
a) -3 d) 0
b) -2 e) 1
c) -1

08. Para que o polinômio x3 + 4x2 - px + 6 seja divisível


por x + 2 é necessário que p seja igual a:
a) 7 d) -7
b) 15 e) n.r.a.
c) -15 06. Resolução:

GABARITO
01. Resolução:
P(x) = Q(x) + x2 + x + 1
P(2) = 0 e Q(1) = 0 ax2 + bx - 3 = 4x2 - 2x - 2c
P(1) = Q(1) + 12 + 1 + 1 = 0 + 1 + 1 + 1 = 3
Q(2) = P(2) - (2)2 - (2) - 1 = 0 - 4 - 2 - 1 = -7
P(1) - Q(2) = 3 - (-7) = 10

02. Resolução:
O grau de um polinômio é dado pelo seu expoente
máximo.
Portanto: a + b + c = 4 - 2 + =
07. Resolução:

Devemos ter numeradores idênticos ⇒


⇒ 5x - 2 = (a + b)x + 2a - 2b ⇒
03. Resolução:
P(x) = (m - 4)x3 + (m2 - 16)x2 + (m + 4)x + 4 tem grau 2.
Logo:
b - 2a = 3 - 4 = -1

08. Resolução:
x3 + 4x2 - px + 6 divisível por x + 2 ⇒
Portanto m | gr(P) = 2
⇒ P(-2) = 0
-8 + 16 + 2p + 6 = 0 ⇒ p = -7
04. Resolução:
P(x) = ax2 + bx + c

Degrau Cultural 97

03_polinomios.pmd 97 22/12/2010, 11:12


Matemática

EQUAÇÕES POLINOMIAIS
Equação Algébrica: RELAÇÕES DE GIRARD

• Para uma equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0 (a ≠ 0):


sendo
r1 + r 2 = ⇒ r1r2 =

• Para uma equação do 3º grau ax3+ bx2 + cx + d = 0 (a ≠ 0)

r1 + r 2 + r 3 =
Grau de uma equação algébrica P(x) = 0 é o mesmo do
polinômio P(x). r1r2 + r1r3 + r2r3 =
Raízes de uma equação algébrica são os valores de x
tais que P(x) = 0 (U = C). r1r2r3 =
Teorema fundamental da álgebra: Toda equação algé-
brica de grau n (n ≥ 1) admite pelo menos uma raiz • Para uma equação do 4º grau ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0
complexa. (a ≠ 0):
Toda equação algébrica a uma variável de n (n ≥ 1) terá
no Máximo n raízes, distintas ou não. r1 + r 2 + r 3 + r 4 =

• Teorema da decomposição: Todo polinômio P(x), de


grau n, pode ser decomposto no produto: r1r2 + r1r3 + r1r4 + r2r3 + r2r4 + r3r4 =

r1r2r3 + r1r2r4 + r1r3r4 + r2r3r4 =

r1r2r3r4 =

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Multiplicidade de uma raiz: Na decomposição de um
01. Calcule m de modo que o número seja raiz
polinômio P(x) em fatores do primeiro grau, observa-
mos que o fator (x – a) pode aparecer uma vez, duas da equação: x3 - 4x2 + mx + 2 = 0.
vezes, ..., m vezes. Então, podemos dizer que a raiz da
equação tem multiplicidade 1, 2, ..., m, respectivamen- Resolução:
te.
Se é raiz da equação, temos:
Teorema das raízes conjugadas: Se o número comple-
xo z = a + bi é raiz de uma equação algébrica com coefi- x3 - 4x2 + mx + 2 = 0
cientes reais, então seu conjugado = a – bi é também
raiz dessa equação.
• Em uma equação algébrica com coeficientes reais,
o numero de raízes complexas, não-reais, e sempre
par.
• Toda equação algébrica de coeficientes reais que tiver
grau impar terá pelo menos uma raiz real.
• Se a raiz (a + bi) de uma equação algébrica tem mul- 1 - 8 + 4m + 16 = 0 ⇒ 4m = -9 ⇒ m =
tiplicidade k, então seu conjugado (a – bi) também
será raiz de multiplicidade k.
Resposta: m =

Raízes racionais: Se o número racional , com p e q


02. Dada a equação x3 - 7x + p = 0, determine p de
primos entre si e q ≠ 0, é raiz de uma equação algébrica modo que uma das raízes seja o dobro da outra.
de coeficientes intei- Resolução:
ros, então p é divisor de a0 e q é divisor de an. Supondo que as raízes sejam a, 2a e b, temos:
x3 - 0x2 - 7x + p = 0

98 Degrau Cultural

04_equacoes polinomiais.pmd 98 22/12/2010, 11:12


Matemática

Da equação À vem:
α1+ α2 + α3 = 15 ⇒ a - r + a + a + r = 15
3a = 15
a=5
Da equação  vem:
De  vem: α1α2α3 = 105 ⇒ (5 - r) . 5 (5 + r) = 105
3a + b = 0 ⇒ b = -3a  25 - r2 = 21
Substituindo  em , vem: r2 = 4
2a2 + 3ab = -7 ⇒ 2a2 - 9a2 = -7 r=±2
7a2 = 7 Se a = 5 e r = 2:
a=±1
Se a = 1 ⇒ b = -3a
b = -3
Se a = -1 ⇒ b = 3
Substituindo na equação , vem:
Se a = 5 e r = -2:

a = -1
b=3 ⇒ p = -2a2b
p = -2 . 1 . 3 Logo:
p = -6 S = {3, 5, 7}
Resposta: S = {3, 5, 7}
Resposta: p = -6 ou p = 6

03. Sabendo que a, b e c são as raízes da equação 2x3


EXERCÍCIOS PROPOSTOS
- 30x2 + 15x - 3 = 0, calcule o valor de:
01. Uma equação algébrica possui como raízes os va-
lores 4, 3 e 2. Esta equação é:
a) 2x3 - 3x2 + 4x - 4 = 0
Resolução: b) x3 - x2 + 2x - 8 = 0
Temos que: c) x3 - 2x2 - x + 2 = 0
d) x3 - 9x2 + 26x - 24 = 0
e) 4x3 + 3x2 + 2x = 0

02. Na equação: x 4 + px 3 + px 2 + px + P = 0, sabendo-


se que 1 é raiz, então:

Mas: a) p= d) p =1 ou p = -1

b) p = 0 ou p = 1 e) p =
c) p = 0 ou p = -1
Substituindo em À, vem:
03. O número de raízes reais do polinômio P(x) = (x2 + 1)
(x - 1) (x + 1) é:
a) 0 d) 3
b) 1 e) 4
c) 2
Resposta: 1
04. Ache as raízes da equação x3 - 15x2 + 71x - 105 = 0, 04. Sabe-se que -1 é uma das raízes da equação: x2 - 5x
sabendo que elas estão em P.A. + 3m = 0. O valor de m2 é:
a) 4 c) 16
Resolução: b) 9 d) 36
Utilizando as relações de Girard, temos:
05. A soma e o produto das raízes da equação x3 - 6x2 +
11x - 6 = 0 são:
a) (-6, -6) d) (-6, 6)
b) (6, -6) e) n.r.a.
c) (6, 6)

Degrau Cultural 99

04_equacoes polinomiais.pmd 99 22/12/2010, 11:12


Matemática

06. Os números complexos 1 e 2 + i são raízes do poli- m2 = 4


nômio x3 + ax2 + bx + c, onde a, b e c são números
reais. O valor de c é: 05. Resolução:
a) -5 d) 5 x3 - 6x2 + 11x - 6 = 0
b) -3 e) 9 Sejam {a, b, c} suas raízes.
c) 3
S=a+b+c= =6
07. A soma dos inversos das raízes da equação 2x3 -
5x2 + 4x + 6 = 0 é:
P = abc = =6
a) d)
06. Resolução:
P(x) = x3 + ax2 + bx + c
b) e)
a, b, c ∈ IR
1 é raiz.
c) 2 + i é raiz ⇒ 2 - i também é.
(2 + i) (2 - i) . 1 = -c ⇒ c = -5
07. Resolução:
08. Se as raízes da equação x2 + bx + 12 = 0 são, cada 2x3 - 5x2 + 4x + 6 = 0
uma, 7 unidades maiores do que as raízes de x2 + βx Sejam a, b e c suas raízes.
+ 12 = 0, então:
a) β = -5;
b) β = 5;
c) β = -7; Temos:
d) β = 7;
e) faltam dados para determinar β.

09. Sendo a, b e c as raízes da equação x3 - 4x2 + 5x +

3 = 0, o valor da expressão é:
08. Resolução:
a) -3 d) -2
À x2 + bx + 12 = 0 ⇒ V = {m +7, n + 7}
b) e) n.r.a. Á x2 + βx + 12 = 0 ⇒ V = {m, n}

c)
(m + 7) (n + 7) = 12 ⇒
⇒ mn + 7m + 7n + 49 = 12
GABARITO ⇒ 12 + 7 (m + n) + 49 = 12
-7β = -49
01. Resolução: β=7
(x - 4) (x - 3) (x - 2) = 0
(x2 - 7x + 12) (x - 2) = 0 09. Resolução:
x3 - 2x2 - 7x2 + 14x + 12x - 24 = 0 x3 - 4x2 + 5x + 3 = 0
x3 - 9x2 - 26x - 24 = 0

02. Resolução:

P(1) = 1 + p + p + p + p = 0 ⇒ 1 + 4 p = 0 ⇒ p =
Como a, b e c são raízes, temos:
03. Resolução:
P(x) = (x2 + 1) (x -1) (x + 1)
Raízes reais:
x2 + 1 = 0 ⇒ x ∉ IR
x-1=0⇒ x=1
x + 1 = 0 ⇒ x = -1
Logo:
04. Resolução:
Se -1 é uma raiz ⇒ P(-1) = 0.
(-1)2 - 5 (-1) + 3m = 0 ⇒
⇒ 1 + 5 + 3m = 0 ⇒ m = -2

100 Degrau Cultural

04_equacoes polinomiais.pmd 100 22/12/2010, 11:12


Matemática

FUNÇÃO EXPONENCIAL
• Equações exponenciais são igualdades cuja incóg- 03. Resolva as equações:
nita figura como expoente de uma ou mais potências a) 2x . 3x = 216
de bases positivas e diferentes de 1. Em geral, são b)
x
32 = 6561
resolvidas aplicando a seguinte propriedade:
ax1 = ax2 ⇔ x1 = x2 (0 < a ≠ 1) Resolução:
• Inequações exponenciais são desigualdades em a) 2x . 3x = 216 ⇒ (2 . 3)x = 63
que a variável x figura no expoente de uma ou mais 6x = 63
potências de base positiva e diferente de 1. São re- x=3
x x
solvidas usando as seguintes propriedades: b) 32 = 6561 ⇒ 32 = 38
2x = 8
• Para base maior que 1 2x = 23
ax2 > ax1 = ⇔ x2 > x1 x=3
• Para base positiva e menor que 1 04. Seja a função f: IR → IR definida por f (x) = 3x. Determi-
ax2 > ax1 = ⇔ x2 < x1 ne os valores de x ∈ IR tais que f (x + 1) + f (-x + 4) = 36.
Função exponencial é uma função ƒ : R → tal que
Resolução:
ƒ(x) = ax, em que a é a base (a ∈ e a ≠ 1).
3x + 1 + 3-x + 4 = 36 ⇒ 3x . 3 + = 36
• D(ƒ ) = R e Im(ƒ ) =
• A curva passa pelo ponto (0, 1). Fazendo 3x = y, temos:

• A curva fica acima do eixo 0x. 3y + = 36

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 3y2 + 81 = 36y

01. Resolva as equações: 3y2 - 36y + 81 = 0


2
a) 3x + 1 = 243
y2 - 12y + 27 = 0
-x2 - 2x + 8
b) 2 =

Resolução:
2+1 2+1 Se 3x = y e 3x = 3
a) 3x = 243 ⇒ 3x = 35 ⇒ x2 + 1 = 5
3x = 32 e x = 1
x2 = 4 ⇒ x = ±
x=2
x=±2
Logo: S = {-2, 2} 05. Resolva a inequação: 3x + 1 ≥ 81
Resolução:
2 - 2x + 8 2 - 2x + 8
b) 2-x = ⇒ 2-x = 2-3
Preparando a inequação, temos:
- x - 2x + 8 = -3 ⇒ x + 2x - 11 = 0
2 2 3x + 1 ≥ 34 ⇒ x + 1 ≥ 4
x≥3
∆ = 4 + 44 = 48 ⇒ = =4
Resposta: S = {x ∈ R / x ≥ 3}

x2 - x
06. Resolva a inequação: (0,1) 1≤1
Resolução: Preparando-se a inequação, vem:
Logo: S = {-1 - 2 , -1 + 2 } (0,1)x2 - x ≤ (0,1)0 x2 - x ≥ 0

02. Resolva a questão: 8x - 2 = 8


Resolução: raízes x2 - x = 0
Preparando-se a equação, vem:
(23)x - 2 = 23 . 2 ⇒ 23x - 6 = 23 +

23x - 6 = 2 ⇒ 3x - 6 =

3x = +6 ⇒ 3x = ⇒x= Resposta: S = {x ∈ R/ x ≤ 0 ou x ≥ 1}

Degrau Cultural 101

05_funcao exponencial.pmd 101 22/12/2010, 11:12


Matemática

EXERCÍCIOS PROPOSTOS Logo:

01. Dada a expressão , então (abc)12 vale:

a) o maior valor da expressão é 1;


b) o menor valor da expressão é 1;

c) o menor valor da expressão é ; 02. Resolução:


Por definição, a função exponencial f(x) = ax, com a
> 0 e a ≠ 1, só assume valores positivos.
d) o maior valor da expressão é ;
∴ alternativa a

e) o menor valor da expressão é .


03. Resolução:

02. A função definida por f (x) = ax, com a > 0 e a ≠ 1: = 23 ⇒ =3⇒x= = 16 ⇒ S = {16}
a) só assume valores positivos;
b) assume valores positivos somente se x > 0; 04. Resolução:
2
c) assume valores negativos para x < 0; 3x - 3x = 3-2 ⇒ x2 - 3x + 2 = 0
d) é crescente para 0 < a < 1; Teremos x` = 1 ou x” = 2
e) é decrescente para a > 1. S = {1, 2}
03. A solução de = 8 é:
05. Resolução:
a) um múltiplo de 16;
b) um múltiplo de 9;
c) um número primo;
d) um divisor de 8;
⇒ 2x - 6 = -x ⇒ 3x = 6 ⇒ x = 2
e) um primo com 48. S = {2}
2
04. Se 3x - 3x
= , então os valores de x são:
06. Resolução:
a) 1e3 d) 1e4 2
2x +1
b) 2e3 e) 2e4 22 = 256 ⇒
c) 1e2 2
42x + 1
= 44 ⇒ 2x2 = 3 ⇒ x2 = ⇒
05. A solução da equação é um nú-
mero racional x, tal que: Teremos:
a) -1 ≤ x < 0 d) 2≤x<3
b) 0≤x<1 e) 3≤x<4 07. Resolução:
c) 1≤x<2 10x = 10- 2 . 103 ⇒ 10x = 10- 2 + 3 ⇒
2
2x +1 ⇒ x = -2 + 3 ⇒ (x + 2)2 = (3 )2 ⇒
06. A equação 22 = 256:
a) não admite soluções reais; ⇒ x2 + 4x + 4 = 9x ⇒
b) admite 0 como solução;
c) admite duas soluções reais positivas.
d) admite uma única solução real, que é negativa.
e) admite duas soluções reais, cuja soma é 0. Teremos: 4 + 1 = 5
07. A soma dos valores reais que satisfazem a equa-
ção 10x = 0,01 . (1000) é:
a) 1 d) 4
b) 2 e) 5
c) 3

GABARITO
01. Resolução:
Como o expoente é uma função do 2º Grau, o
valor da expressão é mínimo quando o expoente
é máximo.

102 Degrau Cultural

05_funcao exponencial.pmd 102 22/12/2010, 11:12


Matemática

LOGARITMO
Definição de logaritmo: Resolução:
logab = x ⇔ ax = b (a, b ∈ R*+ e a ≠ 1) log5 1 + 4log45 + log3 (log5 53) =
0 + 5 + log3 3 = 0 + 5 + 1 = 6
Condição de existência do logaritmo:
• logaritmando b > 0 Resposta: 6
• base 0 < a ≠ 1
02. Calcule A, sendo:
Propriedades: A = 49log72 - 25log53
Resolução:
loga1 = 0 loga(bc) = logab + logaC
A = (72)log72 - (52)log53
2 2
A = 7log72 - 5log53
logaa = 1 loga = logab – logaC
A = 22 - 32
A=4-9
logaam = m logabm = m . logab
A = -5
a
alog b = b
Resposta: A = -5
logab = logac ⇔ b = c, sendo a, b, c reais positivos,
com a ≠ 1 e m ∈ R 03. Resolva a equação:
log5 (x2 + 3) = log5 (x + 3)
Mudança de base: logab = (a, b e c positivos,
Resolução:
com a ≠ 1 e c ≠ 1)

Cologaritmo de um número:

cologab = - loga b = log a (a > 0 e a ≠ 1, b > 0) log5 (x2 + 3) = log5 (x + 3)


x2 + 3 = x + 3 x2 - x = 0
Equações logarítmicas apresentam a incógnita no
logaritmando, na base do logaritmo ou em ambos.
Para resolvê-las, devemos observar:
• a condição de existência de cada logaritmo (base
Como x = 0 e x = 1 satisfazem as condições de
e logaritmando);
existência, temos S = {0, 1}
• se os valores encontrados para a incógnita satis-
fazem a condição de existência.
Resposta: S = {0, 1}
Inequações logarítmicas são desigualdades que
04. Determine o domínio da função y = logx-1 (x2 - 5x)
envolvem logaritmos. Para resolve-las devemos:
• estabelecer a condição de existência de cada lo-
Resolução:
garitmo;
• aplicar as propriedades operatorias, quando ne- Devemos ter:
cessário;
• aplicar um dos casos a seguir:

I. Se a > 1, então logax1 < logax2 ⇔ x1 < x2 I x2 - 5x > 0


II. Se 0 < a < 1, então logax2 < logax1 ⇔ x2 > x1 raízes x2 - 5x = 0

Função logarítmica é uma função ƒ: R*+ → R tal


que ƒ(x) = logax, com a > 0 e a ≠ 1.

• D(ƒ) = R*+ e Im(ƒ) = R II x - 1 > 0 e x -1 ≠ 1


• O gráfico não intercepta o eixo 0y. x>1 x≠2
• O gráfico intercepta o eixo 0x no ponto (1, 0).

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

01. Calcule o valor da expressão:


log5 1 + 4 log45 + log3 (log5 125) Resposta: D = {x 0 IR | x > 5}

Degrau Cultural 103

06_logaritmo.pmd 103 22/12/2010, 11:12


Matemática

05. Resolva a equação: 08. Resolva a equação:


Resolução:
CE x > 0
Resolução:
CE x2 - 4x + 4 > 0 Fazendo log4 x = y, vem:
y2 - 15 = 2y y2 - 2y -15 = 0
Aplicando a definição de logaritmo, temos: = 4 + 60 = 64

x2 - 4x + 4 = 1 ⇒ x2 - 4x + 3 = 0 Logo: log4 x = 5 ou log4 x = -3


= 16 - 12 = 4 x = 45 x = 4-3

x = 1 024 x=

Como x = 3 ou x = 1 satisfazem a condição de Como x = 1 024 e x = satisfazem a condição


existência, temos: S = {1, 3}

Resposta: S = {1, 3} de existência, temos: .

06. Resolva a equação: logx (14 - 5x) = 2


Resposta: S = .
Resolução:
09. Se log 2 = 0,301 e log 7 = 0,845, calcule log

Resolução:
Aplicando-se a definição de logaritmo, vem:
logx (14 - 5x) = 2 ⇒ 14 - 5x = x2 ⇒
Decompondo 140 em fatores primos, temos:
⇒ x2 + 5x - 14 = 0 ⇒ ∆ = 25 + 56 ⇒ = 81

Logo, S = {2} ⇒ Resposta: S = {2}


Logo:
07. Sabendo que log a = 2, log b = 3 e log c = -6,

calcule :

Resolução: Fazendo M = , temos:

Resposta: 1,073

Resposta:

104 Degrau Cultural

06_logaritmo.pmd 104 22/12/2010, 11:12


Matemática

10. Resolva a equação: log2 (x - 3) + log2 (x - 4) = 1


02. O valor de é:
Resolução:
d)

e) 1
Aplicando-se a propriedade do logaritmo de um
produto, vem:
log2 (x - 3)(x - 4) = 1
(x - 3)(x - 4) = 2
x2 - 4x - 3x + 12 = 2 ⇒ x2 - 7x + 10 = 0 03. O valor da expressão log 2 0,5 + log 3 +
∆ = 49 - 40 = 9 log 4 8 é:
a) 1 d) 2
b) -1 e) 0,5
c) 0

04. O logaritmo, em uma base x, do número


Resposta: S = {5} é 2. Então x = :
11. Dados: log 2 = 0,30 e log 3 = 0,48, resolva a a) d) 5
equação: 9x - 7 ⋅ 3x + 10 = 0
b) e)
Resolução:
Preparando a equação, temos: 32x - 7 ⋅ 3x + 10 = 0 c) 2
Fazendo-se 3x = y, vem:
y2 - 7y + 10 = 0 05. Se b = , c = 0,04 e d = 2, a expressão
∆ = 49 - 40 = 9 vale:
a) -3 d) 5
b) -1 e) 5,5
c) 1,5

Logo: 06. Se 16x -1 = , então log8x é igual a:


3x = 5
log 3x = log 5
d)

e)
ou 3x = 2
log 3x = log 2 07. O domínio de definição da função f(x) = logx-1
(x2 - 5x + 6) é:
a) x < 2 ou x > 3
b) 2 < x < 3
c) 1 < x < 2 ou x > 3
Resposta: S = {0,625, 1,458} d) x < 1 ou x > 3
e) 1 < x < 3
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
08. O conjunto solução da equação logx (10 + 3x) =
01. Se N(t) = N0 ⋅ ekt, t $ 0 e N(2) = 3 N0, então o 2, em IR, é:
valor de k é a) i d) {-2, 5}
b) {-2} e) {-5, 2}
c) {5}
a) d)
09. O conjunto solução da equação (log x)2 - 2 log
b) e) x + 1 = 0, no universo IR, é:
a) {0} d) {10}
b) {0, 1} e) {100}
c)
c) {1}

Degrau Cultural 105

06_logaritmo.pmd 105 22/12/2010, 11:12


Matemática

10. A solução da equação log3 (3 - log2 x) = 0, em IR, é 02. Resolução:


um número: log0,01 =x
a) fracionário
b) primo (0,01)x =
c) divisível por 5
d) múltiplo de 3 10-2x =10 = -2x = =x=
e) divisível por 2

11. Se x + y = 20 e x - y = 5, então log 10 (x 2 - y 2) 03. Resolução:


é igual a:
a) 100 d) 12,5 log2 + log3 3 + log4 23 = -1 + + =1
b) 2 e) 15
c) 25
04. Resolução:
12. Um estudante quer resolver a equação 2x = 5,
utilizando uma calculadora que possui a tecla
log x. Para obter um valor aproximado de x, o
estudante deverá usar a calculadora para obter
os seguintes números:
a) log 2, log 5 e log 5 - log 2
b) log 2, log 5 e log 5 : log 2
c) log 2, log 5 e log 25

d) e log

e) e log
05. Resolução:
13. Sendo log 2 = 0,301 e log 7 = 0,845, qual será o
valor de log 28?
a) 1,146 d) 2,107
b) 1,447 e) 1,107
c) 1,690

14. Se e supondo log 2 = 0,3,

então o valor de k tal que f(k) = 12 000 é: 06. Resolução:

07. Resolução:
15. Considerando-se log10 2 = 0,30 e log10 3 = 0,47, x-1>0 x>1
pode-se afirmar que o valor de log10 60 é: ou x - 1 ≠ 1 x≠2
a) 0,141 d) 1,77
b) 0,77 e) 10,77
c) 1,41 ou x2 - 5x + 6 > 0 x < 2 ou x > 3 

GABARITO De  ∩∩ 1 < x < 2 ou x > 3


01. Resolução:
N (t) = N0ekt 08. Resolução:
N (2) = N 0 e2K = 3 N0 x2 = 10 + 3x
e2K = 3
logee2k = loge3
2k = loge3
S = {5}
k= loge3

106 Degrau Cultural

06_logaritmo.pmd 106 22/12/2010, 11:12


Matemática

09. Resolução:
Fazendo log x = y, obteremos:
y2 - 2y + 1 = 0 y’ = y” = 1
log x = 1 x = 10
S = {10}

10. Resolução:
3 - log2x = 30 3 - log2 x = 1
log2 x = 2 x=4
S = {4}
4 é divisível por 2

11. Resolução:

log (x2 - y2) = log = log 100 = 2


uma solução mais simples
x2 - y2 = (x + y)(x - y) = 20 ⋅ 5 = 100
log10 100 = 2

12. Resolução:
2x = 5 log2 5 = x

O aluno deverá obter:


log 2, log 5 e log 5 : log 2.

13. Resolução:
log 2 = 0,301 e log 7 = 0,845
log 28 = log 22 ⋅ 7 = 2 log 2 + log 7 =
= 2 (0,301) + 0,845 = 1,447

14. Resolução:

15. Resolução:
log10 60 = log10 (10 ⋅ 2 ⋅ 3) =
= log10 10 + log10 2 + log10 3 =
= 1 + 0,30 + 0,47 = 1,77

Degrau Cultural 107

06_logaritmo.pmd 107 22/12/2010, 11:12


Matemática

FUNÇÃO TRIGONOMÉTRICA
Arcos e ângulos Funções circulares
Arco de circunferência é cada uma das partes em que
Para o estudo das funções circulares, marcaremos,
uma circunferência fica dividida por dois de seus pon-
tos (A e B). no ciclo trigonométrico, quatro eixos:
Se A = B eles determinam dois arcos: um nulo e outro
de uma volta.
As unidades usuais de arcos (ou ângulos) são:

Grau – é o arco unitário equivalente a da circunfe-


rência que contém o arco a ser medido.
Grado – é o arco unitário equivalente a da circun-
ferência que contém o arco a ser medido.
Radiano – é o arco equivalente ao do raio da circunfe-
rência que contém o arco a ser medido.
eixo Sentido positivo Origem
Dos senos De O para B O
Conversão das unidades
Dos cos De O para A O
Das tang De A para C A
Grau Grado Radiano Das cotang De B para C B
900 100gr π/2 rd
1800 200gr π rd A extremidade de um arco x está no:
2700 300gr 3π/2 rd 1º quad. Quando 0 + K.2π ≤ x ≤ π/2 + K.2π
_________________________________________________
3600 400gr 2π rd 2º quad. Quando π/2 + K.2π ≤ x ≤ π + K.2π
_________________________________________________
3º quad. Quando π + K.2π ≤ x ≤ 3π/2 + K.2π
_________________________________________________
Ciclo trigonométrico ou circunferência trigonomé-
4º quad Quando 3π/2 + K.2π ≤ x ≤ 2π + K.2π
trica
É uma circunferência orientada de raio igual à unidade
Obs:
sobre a qual fixamos um sentido positivo. (fig. 1)
1) Os eixos dos senos e dos cosenos dividem o ciclo
Para a trigonometria o sentido positivo é o anti-horário.
trigonométrico em quatro partes iguais que são cha-
madas quadrantes.
Arco trigonométrico 2)
É o conjunto de números a tal que: a = a0 + K.2π (fig. 2)
a0 – é a medida em radianos, no sentido anti-horário
do arco AB tal que 0 ≤ a0 ≤ 2π
K – é um número inteiro

Assim, por exemplo:


K=0 a =a 1ª determinação positiva Função Seno: y = sen x
K=1 a = a0 + 2π 2ª determinação positiva
K=2 a = a0 + 4π 3ª determinação positiva sen x =
K=-1 a = a0 - 2π 1ª determinação negativa onde x é um real qualquer
K=-2 a = a0 - 4π 2ª determinação negativa OP = r = 1

logo sen x = , seno x é a ordenada do ponto P

Sinais: Se x é do: Sen x é:


(observe Iº quad. positivo
os sinais IIº quad. positivo
da IIIº quad. negativo
ordenada) IVº quad. negativo

Arcos côngruos Domínio: R


São dois arcos cujas medidas diferem de um múltiplo Imagem: { y ∈ R | -1 ≤ y ≤ 1}
de 3600 . A função é crescente no Iº e IVº quadrante e decrescen-
Ex: 600 e 600 + 3600 te no IIº e IIIº quadrante.
600 e 600 + 23600 Período: 2π (a partir de 2π a função repete seu valor)

108 Degrau Cultural

07_FUNCAO TRIGONOMETRICA.pmd 108 22/12/2010, 11:12


Matemática

Observe: Observe:

I) I)

II) Gráfico: II) Gráfico:

III) A função cosseno é par, pois cos x = cos (-x)

Função Tangente: y = tg x

III) A função seno é ímpar, pois sen x = -sen (-x) tg x = onde x é um real qualquer

Função Cosseno: y = cos x = r = 1; é a tangente

cos x = logo tg x = , tg x =

onde x é um real qualquer


Sinais: Se x é do: tg x é:
Iº quad. positiva
OP = r = 1
IIº quad. negativa
logo
IIIº quad. positiva
cos x = , cosseno x é a abscissa do ponto P IVº quad. negativa

Sinais: Se x é do: cos x é: Domínio: { x ∈ R | x ≠ π/2 + Kπ}


(observe Iº quad. positivo Imagem: R
os sinais IIº quad. negativo A função é crescente em todos os quadrantes.
da IIIº quad. negativo Período: π
abscissa) IVº quad. positivo
Observe:
I)
Domínio: R

Imagem: { y ∈ R | -1 ≤ y ≤ 1}
A função é crescente no IIIo e IVo quadrante e decres-
cente no Io e IIo quadrante.

Período: 2π (a partir de 2π a função repete seu


valor)

Degrau Cultural 109

07_FUNCAO TRIGONOMETRICA.pmd 109 22/12/2010, 11:12


Matemática

II) Gráfico: III) A função cotangente é ímpar, pois cotg x = -cotg (-x)

Função Secante: y = sec x


sec x =
onde x é um real qualquer

sec x =

Sinais: Se x é do: sec x é:


Iº quad. positiva
IIº quad. negativa
III) A função tangente é ímpar, pois tg x = -tg (-x) IIIº quad. negativa
IVº quad. positiva
Função Cotangente: y = cotg x
cotg x = Domínio: { x ∈ R | x ≠ π/2 + Kπ}
onde x é um real qualquer Imagem: { y ∈ R | y ≤ -1 ou y ≥ 1}
A função é crescente no Iº e IIº quadrantes e decrescen-
cotg x = , cotg x = te no IIIº e IVº quadrantes.
Período: 2π
Observe:
I)
Sinais: Se x é do: cotg x é:
Iº quad. positiva
IIº quad. negativa
IIIº quad. positiva
IVº quad. negativa

Domínio: { x ∈ R | x ≠ Kπ}
Imagem: R

A função é decrescente em todos os quadrantes.


Período: π
II) Gráfico:
Observe:
I)

III) A função secante é par, pois sec x = sec (-x)

Função Cossecante: y = cossec x


cossec x =

II) Gráfico: onde x é um real qualquer

cossec x =

Sinais: Se x é do: cossec x é:


Iº quad. positiva
IIº quad. positiva
IIIº quad. negativa
IVº quad. negativa
Domínio: { x ∈ R | x ≠ Kπ}
Imagem: { y ∈ R | y ≤ -1 ou y ≥ 1}

110 Degrau Cultural

07_FUNCAO TRIGONOMETRICA.pmd 110 22/12/2010, 11:12


Matemática

A função é crescente no IIº e IIIº quadrantes e decres- C otangente e tangente têm sinais iguais pois,
cente no Iº e IVº quadrantes.
cotg x =
Período: 2π
Redução ao primeiro quadrante
Observe:
I) Do IIº quadrante para o Iº quadrante
I)
Basta achar o suplemento do ângulo (subtrair de 1800)

sen (π - x) = sen x cotg (π - x) = -cotg x


cos (π - x) = -cos x sec (π - x) = -sec x
tg (π - x) = -tg x cossec (π - x) = cossec x

II) Do IIIº quadrante para o Iº quadrante


Basta subtrair 1800 do ângulo dado
sen (π + x) = -sen x cotg (π + x) = cotg x
cos (π + x) = -cos x sec (π + x) = -sec x
tg (π + x) = tg x cossec (π + x) = -cossec x
II) Gráfico:
III) Do IVº quadrante para o Iº quadrante

Basta achar o replemento do ângulo (subtrair de 3600)


sen (2π - x) = -sen x
cos (2π - x) = cos x
tg (2π - x) = -tg x
cotg (2π - x) = -cotg x
sec (2π - x) = sec x
cossec (2π - x) = -cossec x
Observe:
sen (π/2 + x) = cos x
cos (π/2 + x) = -sen x
tg (π/2 + x) = -cotg x
cotg (π/2 + x) = -tg x
sec (π/2 + x) = -cossec x
cossec (π/2 + x) = sec x

III) A função cossecante é par, pois cossec x = cossec (-x) Relações Fundamentais
1º) sen2 x + cos2 x = 1
RESUMO DOS SINAIS DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉ-
2º) tg x =
TRICAS

quadrante Iº IIº IIIº IVº 3º) cotg x = =

funções
seno + + − − 4º) sec x =
cosseno + − − +
tangente + − + − 5º) cossec x =
cotangente + − + − Outras relações
secante + − − + 6º) sec2 x = 1 + tg2 x
cossecante + + − − 7º) cossec2 x = 1 + cotg2 x

8º) cos2 x =
Observe:
Cossecante e seno têm sinais iguais pois,

cossec x = 9º) sen2 x =

Secante e cosseno têm sinais iguais pois,


Equações Trigonométricas
sec x = As equações elementares são:
I) sen x = a (a = sen α)
sen x = sen α ⇒ x = α + 2Kπ ou x = (π - α) + 2Kπ
Ex:
Degrau Cultural 111

07_FUNCAO TRIGONOMETRICA.pmd 111 22/12/2010, 11:12


Matemática

02. Calcular a 4ª determinação positiva do arco π/4.


Solução:
a4 = a0 + 6π = π/4 + 6π = (π + 24π)/4 = 25π/4
Resp: 25π/4

03. Calcular a 3ª determinação negativa de 450 .


a-3 = a0 - 6π ⇒ a-3 = 450 - 6π
a-3 = 450 – 6 . 1800 = 450 – 10800 = -10350
Resp: -10350

04. Reduza ao 10 quadrante:


II) cos x = a (a = cos α) a) sen 1500 ; tg 2π/3 rd
cos x = cos α ⇒ x = α + 2Kπ ou x = - α + 2Kπ Solução:
x = ± α + 2Kπ a) sen 1500 = sen (1800 –1500 ) = sen 300
Ex: Obs: 1500 está no IIº quadrante
Resp: sen 300

b)
Obs.: 2π/3 rd está no IIº quadrante

Resp.:
III) tg x = a (a = tg α)
tg x = tg α ⇒ x = α + 2Kπ ou x = π + α + 2Kπ 05. Reduza ao 1º quadrante:
x = α + Kπ a) sen 4π/3 rd; b) tg 225º
Ex:
Solução:
a)
Obs.: 4π/3 está no IIIº quadrante

Resp.:

Transformações:
06. Calcule as funções trigonométricas do arco de 3150
cos (a + b) = cos a . cos b – sen a . sen b
cos (a - b) = cos a . cos b + sen a . sen b Solução:
sen (a + b) = sen a . cos b + sen b . cos a 3150 está no IVº quadrante.
sen (a - b) = sen a . cos b - sen b . cos a 3600 – 3150 = 450

sen 3150 = – sen 450 = ; cos 3150 = cos 450 =

cos 2a = cos2 a – sen2 a; cos 2a = 2 . cos2 a – 1


cos 2a = 1 – 2 . sen2 a; sen 2a = 2 sen a . cos a tg 315º = - tg 45º = = -1

cotg 315º = - cotg 45º =

sec 315º = sec 45º =

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
cossec 315º = - cossec 45º =
01. Calcular a 1ª determinação positiva do arco trigono-
métrico de 3900.
Solução:
3900 corresponde a 1 volta (3600) + 300
Resp: 300

112 Degrau Cultural

07_FUNCAO TRIGONOMETRICA.pmd 112 22/12/2010, 11:12


Matemática

07. Dado cos x = com π/2 < x < , calcular as

demais funções.
Solução:
sen2 x + cos2 x = 1

sen2 x + ( )2 = 1 ⇒ sen2 x + =1

sen2 x = 1 - ⇒ sen x = 1/2

Degrau Cultural 113

07_FUNCAO TRIGONOMETRICA.pmd 113 22/12/2010, 11:12


Matemática

ANÁLISE COMBINATÓRIA
Princípio fundamental da contagem: Considerando n 02. A placa de um automóvel é formada por duas letras
o numero de etapas em que ocorre determinado evento seguidas por um número de quatro algarismos.
e sabendo que k1, k2, k3, ... kn indicam o numero de pos- Com as letras A e R e os algarismos ímpares, quan-
sibilidades de cada etapa, então o numero total de ma- tas placas diferentes podem ser constituídas, de
neiras pelas quais o evento ocorre é: k1 . k2 . k3 . ... . kn. modo que o número não tenha algarismo repeti-
do?
Fatorial de um número: n! = n . (n – 1) . (n – 2) . ... . 3 . 2 Resolução:
. 1, sendo n ∈ N e n > 1.
Placa ⇒
Arranjos simples: São agrupamentos que diferem en-
tre si ao mudarmos a ordem de seus elementos.
Pelo princípio fundamental da contagem, temos:
Um arranjo simples de n elementos distintos agrupados 2 . 2 . 5 . 4 . 3 . 2 = 480

p a p e dado por: Resposta: 480 placas

Permutações simples: Todos os elementos participam 03. Com os algarismos de 1 a 9, quantos números de
em cada agrupamento. Diferem entre ao mudarmos a telefone podem formar-se com 6 algarismos, de
ordem de seus elementos. maneira que cada número tenha prefixo 51 e os
restantes sejam números todos diferentes, inclu-
Uma permutação simples de n elementos distintos e indo-se os números que formam o prefixo?
dada por: Pn = n !
Resolução:
Combinações simples: São agrupamentos que não di- Algarismo: 1, 2, 3, ,4, 5, 6, 7, 8 e 9
ferem entre si ao mudarmos a ordem de seus elemen-
tos.

Uma combinação simples de n elementos distintos


agrupados p a p é dada por:
Colocando-se o prefixo 51, restam 7 algarismos,
logo: 7 . 6 . 5 . 4 = 840
Arranjos com repetição: (AR)n.p= np
Resposta: 840 números
Permutações com repetição:
04. Um automóvel comporta dois passageiros nos
Pn (n1, n2, ...., np) = bancos da frente e três no detrás. Calcule o núme-
ro de alternativas distintas para lotar o automóvel
com pessoas escolhidas dentre sete, de modo que
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
uma dessas pessoas nunca ocupe um lugar nos
bancos da frente.
01. Existem 3 linhas de ônibus ligando a cidade A à
cidade B, e 4 outras ligando B à cidade C. Uma
Resolução:
pessoa deseja viajar de A a C, passando por B. De
O número total de pessoas é igual a 7, logo:
quantos modos diferentes a pessoa poderá fazer
essa viagem?

Resolução: Fixando a pessoa A no banco detrás, restam 6 pes-


soas para os quatro lugares restantes, isto é: A 6.4 .
Como a pessoa A pode ser colocada em três luga-
res no banco detrás temos:
3 . A 6.4

de A para B ⇒ 3 possibilidades Logo 3 . = 3 . 6 . 5 . 4 . 3 = 1080


de B para C ⇒ 4 possibilidades
Logo, pelo princípio fundamental da contagem, te- Resposta: 1080 alternativas
mos:
3 . 4 = 12 05. Uma empresa é formada por 6 sócios brasileiros e
4 japoneses. De quantos modos podemos formar
Resposta: 12 modos
uma diretoria de 5 sócios, sendo 3 brasileiros e 2
japoneses?

114 Degrau Cultural

08_analise combinatoria.pmd 114 22/12/2010, 11:12


Matemática

Resolução:

Logo, n = 3
Resposta: n = 3

08. Considere os números obtidos do número 12345,


Logo:
efetuando todas as permutações de seus algaris-
mos. Colocando esses números em ordem cres-
Resposta: 120 modos cente, qual é o lugar ocupado pelo número 43521?

06. Sobre uma circunferência tomam-se 7 pontos distin- Resolução:


tos. Calcule o número de polígonos convexos que se Escrevendo os números em ordem crescente, te-
pode obter com vértices nos pontos dados. mos:
O próximo número é:
Resolução:
número de triângulos ⇒ C7,3 = 35
número de quadriláteros ⇒ C7,4 = 35
número de pentágonos ⇒ C7,5 = 21
número de hexágonos ⇒ C7,6 = 7
número de heptágonos ⇒ C7,7 = 1
Logo, o número total de polígonos é:
35 + 35 + 21 + 7 + 1 = 99

O próximo número é:

Resposta: 99 polígonos ⇒ 89º

Resposta: 89º
07. O número de comissões diferentes de 2 pessoas
que podemos formar com os n diretores de uma EXERCÍCIOS PROPOSTOS
firma é k. Se, no entanto, ao formar essas comis-
sões, tivermos que indicar uma das pessoas para 01. Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 são formados
presidente e a outra para suplente, poderemos for- números inteiros de quatro algarismos distintos.
mar k + 3 comissões distintas. Calcule n. Dentre eles, a quantidade de números divisíveis
por 5 é:
Resolução: a) 20 d) 120
Devemos ter: b) 30 e) 180
cargos indefinidos ⇒ ➀ Cn,2 = k comissões c) 60
cargos definidos ⇒ ➁ An,2 = k + 3 comissões
Substituindo ➀ em ➁, vem: 02. Se uma sala tem 8 portas, então o número de ma-
An,2 = k + 3 ⇒ An,2 = Cn,2 + 3 neiras distintas de se entrar nela e sair da mesma
por uma porta diferente é:
a) 8 d) 48
b) 16 e) 56
c) 40

03. Em um computador digital, um bit é um dos algaris-


mos 0 ou 1 e uma palavra é uma sucessão de bits.
O número de palavras distintas de 32 bits, é:
a) 2 (232 - 1) d) 32 2
32
2 n (n - 1) = n (n - 1) + 6 b) 2 e) 2 x 32
n (n - 1) = 6
c)

Degrau Cultural 115

08_analise combinatoria.pmd 115 22/12/2010, 11:12


Matemática

04. Uma moto tem combustível suficiente para somen- 09. As diretorias de 4 membros que podemos formar
te três voltas num circuito. Pedro, Manoel e Antônio com os 10 sócios de uma empresa são:
disputam, através do lançamento de uma moeda, a) 5040 d) 210
a oportunidade de dar cada volta, do seguinte modo: b) 40 e) n.r.a.
I) o lançamento da moeda é efetuado antes de cada c) 2
volta;
II) se coroa, a vez é de Manoel; 10. Uma organização dispõe de 10 economistas e 6
III) se cara, a vez é de Pedro; administradores. Quantas comissões de 6 pesso-
IV) se a mesma face ocorrer consecutivamente, a vez as podem ser formadas, de modo que cada comis-
é de Antônio; são tenha no mínimo 3 administradores?
a) 2400 d) 60
Pode-se dizer, então, que Antônio dará:
b) 675 e) 3631
a) pelo menos uma volta.
b) no máximo uma volta. c) 3136
c) pelo menos uma volta, se a primeira for dada por
Manoel. 11. Um campeonato de futebol é disputado por 20 equi-
d) no máximo duas voltas, se a primeira for dada por pes, de acordo com o esquema seguinte:
Pedro. 1) Formam-se 4 grupos de 5 equipes. Em cada grupo
as equipes jogam entre si. Obtém-se assim um
05. Um dia pode ter uma das 7 classificações: MB (mui- campeão em cada grupo.
to bom). B (bom), R (regular), O (ótimo), P (péssi- 2) Os 4 campeões de grupo jogam todos entre si,
mo), S (sofrível) e T (terrível). Os dias de uma se- surgindo daí o campeão.
mana são: domingo, segunda-feira, terça-feira, O número total de jogos disputados é:
quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado. Duas a) 20 d) 46
semanas se dizem distintas se dois dias de mes- b) 24 e) 190
mo nome têm classificações distintas. Quantas c) 40
semanas distintas, segundo o critério dado, exis-
tem? 12. Em uma reunião social havia n pessoas; cada uma
a) 7 ! d) 7 7 saudou as outras com um aperto de mão. Saben-
b) 7 2
e) 77 ! do-se que houve ao todo 66 apertos de mão, pode-
c) 7 . 7! mos afirmar que:
a) n é um número primo.
06. Seis pessoas - A, B, C, D, E e F - ficam em pé uma b) n é um número ímpar.
ao lado da outra para uma fotografia. Se A e B se c) n é um divisor de 100.
recusam a ficar lado a lado e C e D insistem em d) n é um divisor de 125.
aparecer uma ao lado da outra, o número de possi- e) n é um múltiplo de 6.
bilidades distintas para as 6 pessoas se disporem
é: 13. Dois prêmios devem ser distribuídos entre n pes-
a) 120 c) 144 soas, de modo que uma mesma pessoa não rece-
b) 72 d) n.d.a. ba mais que um prêmio. Se os prêmios forem
iguais, a distribuição poderá ser feita de k + 20
maneiras, mas, se os prêmios forem distintos, a
07. Quantos números ímpares de 4 algarismos, sem
distribuição poderá ser feita de 4k - 10 maneiras. O
repetir algarismos num mesmo número, podemos
número é:
formar com os dígitos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8: a) 8 d) 25
a) 210 d) 840 b) 10 e) 40
b) 7 ! e) 1680 c) 15
c) 200
14. Quantos aos anagramas da palavra ENIGMA, se-
08. Para abrir certa maleta é necessário abrir duas tra- jam as afirmações:
vas, independentes uma da outra. Para abrir cada I. O número total deles é 720.
trava é preciso acertar a senha (ou combinação), II. O número dos que terminam com a letra A é 25.
que é formada por três algarismos distintos. Uma III. O número dos que começam com EN é 24.
pessoa que, não conhecendo as senhas, queira Então, apenas:
abrir a maleta fará tentativas que podem, no máxi- a) a afirmação I é verdadeira.
mo, ser em número de: b) a afirmação II é verdadeira.
a) 518400 d) 360 c) a afirmação III é verdadeira.
b) 1440 e) 180 d) as afirmações I e II são verdadeiras.
c) 720 e) as afirmações I e III são verdadeiras.

116 Degrau Cultural

08_analise combinatoria.pmd 116 22/12/2010, 11:12


Matemática

15. Num programa transmitindo diariamente, uma


emissora de rádio toca sempre as mesmas 10
músicas, mas nunca na mesma ordem. Para es-
gotar todas as possíveis seqüências dessas mú-
sicas serão necessários aproximadamente:
a) 100 dias d) 10 séculos
b) 10 anos e) 100 séculos
06. Resolução:
c) 1 século
grupos em que CD estão juntos em qualquer
GABARITO odem:

01. Resolução:
Para ser divisível por 5 deve terminar em 5

5 . 4 . 3 = 60
02. Resolução:
Para entrar temos 8 opções, pois são 8 portas.
Como não podemos sair pela mesma porta, te-
mos então 7 opções; logo, pelo PFC temos:
8 . 7 = 56 modos para entrar e sair

03. Resolução:

Logo: 240 - 96 = 144

07. Resolução:
elementos disponíveis: {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
números ímpares de 4 algarismos:

04. Resolução: , Logo: 840


Supondo C para cara e K para coroa

08. Resolução:
1ª trava 10 . 9 . 8
2ª trava 10 . 9 . 8
720 . 720 = 518400 tentativas

09. Resolução:

10. Resolução:
Podemos ter:

05.

11. Resolução:
Como a ordem dos times não importa, temos:
1ª FASE

Degrau Cultural 117

08_analise combinatoria.pmd 117 22/12/2010, 11:12


Matemática

2ª FASE

Logo: serão 40 + 6 = 46

12. Resolução:
Se A aperta a mão de B, B aperta a mão de A. Te-
mos então:

Cn , 2 = 66 ⇒ = 66 ⇒
⇒ n2 - 2n - 132 = 0 ⇒
⇒ n = 12 ou n = -11; como
n ≥ 2, n = 12, que é múltiplo de 6

13. Resolução:
Temos: prêmios iguais ⇒ Cn,2 = k + 20 ➀
prêmios diferentes ⇒ An,2 = 4k - 10 ➁
➀ ⇒ n (n - 1) = 2 (k + 20)

➁ ⇒ n (n -1) = 4k - 10
⇒ 4k - 10 = 2k + 40 ⇒ k = 25
n (n - 1) = 90 ⇒
⇒ n2 - n - 90 = 0 ⇒
⇒ n = 10 ou n = -9 e n ≥ 2
Logo: n = 10

14. Resolução:
ENIGMA
total ⇒ P6 = 720

Logo, I e III são verdadeiras.

15. Resolução:
O número de dias necessários para esgotar todas
as possíveis seqüências é: 10!

∴ 10! ≅ 1000 anos = 100 séculos

118 Degrau Cultural

08_analise combinatoria.pmd 118 22/12/2010, 11:12


Matemática

PROGRESSÃO ARITMÉTICA
Progressão aritmética é uma sequência numérica
b)
(a1, a2, a 3, ..., an – 1, an) em que:
a2 – a1 = a3 – a2 = ... = an - an –1 = r (razão)

Classificação quanto a razão:


• Crescente, se r > 0
• Decrescente, se r < 0
• Constante, se r = 0
Termo geral: an = a1 + (n – 1) . r
Propriedades:
• A soma de dois termos eqüidistantes dos extremos de c)
uma P.A. e igual a soma desses extremos.
• Cada termo de uma P.A., excluindo os extremos, e 31n = 20n + 10n + 10
media aritmética entre seu termo anterior e o pos- 31n = 30n + 10
terior. n = 10
Resposta:
Soma de n de primeiros termos:
a) a4 = e a6 =

b)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
c) décimo termo
01. Dada a sucessão de números reais definida pelo
03. Calcule o primeiro termo e a razão de uma P.A.
termo geral: cujo termo geral é:
an = 5 + 2n
Calcule a1, a2 e a10.

Resolução: Resolução:
an = 5 + 2n ⇒ a1 = 5 + 2 = 7
a2 = 5 + 4 = 9
a3 = 5 + 6 = 11
Logo, a P.A. é (7, 9, 11, ...) cuja razão é:
r = 9 - 7 = 2.
Resposta: a1 = 7; r = 2

04. A sequência (4x +1, x - 2, x2 - 5) é uma P.A.


Resposta: a1 = 1; a2 = 0; a10 = Calcule x.
Resolução:
Devemos ter:
02. Dado o termo geral: (x - 2) - (4x + 1) = (x2 - 5) - (x - 2)
x - 2 - 4x - 1= x2 - 5 - x + 2
de uma sucessão de números reais: x2 + 2x = 0
a) calcule o quarto e o sexto termo;
x (x + 2) = 0
b) determine ;
Logo: x = 0 ou x + 2 = 0
c) verifique se é termo da sucessão e, em caso x = -2
Resposta: x = -2 ou x = 0
afirmativo, indique a sua ordem.
Resolução: 05. Determine o trigésimo termo da P.A. (3, 7, 11, 15,...).
a) Resolução:
a1 = 3
r = a2 - a1 = 7 - 3 = 4
dados n = 30
a30 = ?

Degrau Cultural 119

09a_progressao aritmetica.pmd 119 22/12/2010, 11:12


Matemática

an = a1 + (n - 1)r Resolução:
a30 = 3 + (30 - 1) . 4 Os números são: x - r, x, x + r. Logo:
a30 = 3 + 29 . 4 x - r + x + x + r = 15 
a30 = 3 + 116 (x - r)2 + x2 + (x + r)2 = 93 
a30 = 119 De , vem:
Resposta: a30 = 119 x - r + x + x + r = 15 ⇒ 3x = 15
x=5
06. Determine a quantidade de números naturais Substituindo x = 5 em , vem:
menores que 200, sabendo que divididos por 7 (5 - r)2 + 52 + (5 + r)2 = 93
deixam resto 2. 25 - 10r + r2 + 25 + 25 + 10r + r2 + 93
2r2 + 75 = 93
Resolução:
2r2 = 18
Os números são: r2 = 9
(9, 16, 23, ..., 198) r=±3
a1 = 9
Logo: x - r, x, x + r,
r=7 x=5
an = 198 ⇒ 2, 5 e 8
r=3
an = a1 + (n - 1)r ⇒ 198 = 9 + (n - 1) . 7 x=5
198 = 9 + 7n - 7 ⇒ 8, 5 e 2
r = -3
7n = 196
n = 28 Resposta: 2, 5 e 8
Resposta: 28
10. Calcule a soma dos vinte primeiros múltiplos de 5.
07. Interpole 4 meios aritméticos entre 14 e 49. Resolução:
Resolução: A seqüência é: (0, 5, 10, 15, 20, ...)
a1 = 0
r=5
n = 20
Interpolar meios aritméticos significa completar a
seqüência de tal forma que 14 e 49 sejam os
extremos de uma P.A.; logo, precisamos determi- a20 = a1 + 19r
nar a razão. a20 = 0 + 19 . 5
a1 = 14 an = a1 + (n - 1)r a20 = 95 S20 = 950
dados an = 49 49 = 14 + (6 -1)r
Resposta: 950
n=k+2=4+2=6 49 = 14 + 5r
r=7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Resposta: (14, 21, 28, 35, 42, 49)
01. Sabendo que a seqüência (1 - 3x, x - 2, 2x + 1) é
uma P.A., determine o valor de x.
08. Três números estão em P.A. de tal forma que a soma
a) -2 d) 4
entre eles é 15 e o produto é 80. Calcule os três b) 0 e) 6
números. c) 2
Resolução:
a1 = x - r 02. O décimo oitavo termo da progressão (5, 8, 11, 14, ...) é:
a) 18 d) 56
Fazendo a2 = x
b) 26 e) 5 . 318
a3 = x + r c) 46
a1 + a2 + a3 = 15 ⇒
temos x - r + x + x + r = 15
a1 . a2 . a3 = 80 03. Três irmãos tem atualmente idades que estão em
(x - r) . x . (x + r) = 80 uma P.A. de razão 5. Daqui a três anos, suas ida-
3x = 15
x(x2 - r2) = 80 des:
Resolvendo o sistema, temos x = 5 e r = ± 3 a) estarão em uma P.A. de razão 2.
b) estarão em uma P.A. de razão 3.
Para r = 3 Para r = -3
c) estarão em uma P.A. de razão 5.
a1 = 5 - 3 = 2 a1 = 5 - (-3) = 8 d) estarão em uma P.A. de razão 8.
a2 = 5 a2 = 5 e) não estarão em P.A.
a3 = 5 + 3 = 8 a3 = 5 - 3 = 2
Resposta: 2, 5 e 8
04. O primeiro termo de uma P.A. é a1 = 1,4 e a razão é
0,3. O menor valor de n, tal que an > 6, é:
a) 15 d) 21
09. Ache três números em P.A. de modo que sua soma b) 17 e) 23
seja 15 e a soma de seus quadrados seja 93.
c) 19

120 Degrau Cultural

09a_progressao aritmetica.pmd 120 22/12/2010, 11:12


Matemática

05. Interpolando-se 7 termos aritméticos entre os nú- 05. Resolução:


meros 10 e 98, obtém-se uma P.A. cujo termo cen- 10 ............... 98
tral é: a1 = 10
a) 45 d) 55 an = 98
b) 52 e) 57 an = a1 + (n - 1)r
c) 54 98 = 10 + (9 - 1)r
98 = 10 + 8r
06. Três números positivos estão em P.A. A soma de- 88 = 8r
les é 12 e o produto é 18. O termo do meio é: r = 11
a) 2 d) 4
Termo central = a5
b) 6 e) 3
a5 = a1 + 4r
c) 5
a5 = 10 + 44 = 54
07. Se o número 225 for dividido em 3 partes, forman-
06. (x - r, x, x + r)
do uma P.A. de maneira que a terceira parte exce-
x - r + x + x + r = 12 ➀
da à primeira de 140, essas partes serão: Logo:
(x - r) . x . (x + r) = 18 ➁
a) primas entre si
De ➀ vem que:
b) múltiplas de 5 e 10 ao mesmo tempo.
c) números cujo produto é 54375.
3x = 12
d) múltiplas de 5 e 3 ao mesmo tempo.
x = 4, que é o termo médio
e) indeterminadas.
07. Resolução:
08. (UFPA) Numa P.A. temos a7 = 5 e a15 = 61. Então, a
x - r, x, x + r
razão pertence ao intervalo:
a) [8, 10[ d) [2, 4[
3x = 225 ⇒ x = 75
b) [6, 8[ e) [0, 2[
x + r = x - r + 140
c) [4, 6[
2r = 140 ⇒ r = 70
GABARITO Logo:
x = 75
01. Resolução: ⇒ 5, 75, 145
r = 70
Devemos ter:
Portanto, o seu produto é:
(x - 2) - (1 - 3x) = (2x + 1) - (x - 2)
5 . 75 . 145 = 54375
x - 2 - 1 + 3x = 2x + 1 - x + 2
3x = 6 08. Resolução:
Logo, x = 2

02. Resolução:
an = a1 + (n - 1)r
Logo, vamos considerar uma outra seqüência,
a18 = 5 + (18 - 1) . 3
tal que:
a18 = 5 + 51
a18 = 56

03. Resolução:
Portanto:
Vamos representar as idades de:
an = a1 + (n - 1)r
x - 5, x, x + 5
61 = 5 + (9 - 1)r
Daqui a três anos, teremos: 8r = 61 - 5
x - 5 + 3, x + 3, x + 5 + 3 8r = 56
Logo: x - 2, x + 3, x + 8 que é uma P.A. de razão 5
pois: r= ⇒r=7
r = (x + 3) - (x - 2) = 5 Logo, a razão pertence ao intervalo [6, 8[.
e r = (x + 8) - (x + 3) = 5

04. Resolução:
an = a1 + (n - 1)r
6 < 1,4 + (n - 1) . 0,3
6 < 1,4 + 0,3n - 0,3
-0,3n < -4,9
n > 16,33...
Logo, n = 17

Degrau Cultural 121

09a_progressao aritmetica.pmd 121 22/12/2010, 11:12


Matemática

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA
Progressão geométrica é uma seqüência numérica a5 = a1q4 ⇒ 70000 = 7 . q4
(a1, a2, a3, ..., an –1 , an ) em que: q4 = 10000
q=
q = ± 10 ⇒ q = 10

Resposta: q = 10
Classificação quanto a razão:
03. Inserir cinco meios geométricos entre 1 e 64.
a1 > 0 e q > 1 a1 = 1
Crescente para
a1 < 0 e 0 < q < 1 Resolução: dados an = 64
n=k+2=7
a1 > 0 e 0 < q < 1
Decrescente para
a1 < 0 e q > 1

Constante para q = 1 an = a1qn-1 64 = 1 . q7-1


64 = q6
Oscilante para q < 0
26 = q6
q=±2
Termo geral: an = a1 . qn – 1
Se q = 2 ⇒ (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64)
Propriedades Se q = -2 ⇒ (1, -2, 4, -8, 16, -32, 64)
• Cada termo de uma P.G., excluindo os extremos é
media geométrica entre seu termo anterior e o Resposta: Temos duas soluções: (1, 2, 4, 8, 16,
posterior. 32, 64) ou (1, -2, 4, -8, 16, -32, 64).
• O produto dos termos eqüidistantes dos extremos
de uma P.G. é igual ao produto desses extremos. 04. Numa P.G. de números reais, a2 = 4 e a6 = 1024.
Calcule a1 e q.
Soma dos n primeiro termos:
Resolução:
Sabemos que:
a2 = a1q ⇒ a1q = 4 
Soma dos termos de uma P.G. infinita: a6 = a1q5 a1q5 = 1024 
Dividindo a equação  por  :

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
q4 = 256
01. Sabendo que x, x + 9 e x + 45 formam, nessa ordem, q=±4
uma P.G. de termos não-nulos, determine x. q = 4 ⇒ a1 q = 4
Resolução: 4a1 = 4
Se os termos da P.G. são diferentes de zero, temos: a1 = 1
q = -4 ⇒ -4a1 = 4
a1 = -1

(x + 9)2 = x(x + 45)


x2 + 18x + 81 = x2 + 45x Resposta: q = 4 e a1 = 1 ou q = -4 e a1 = -1
27x = 81
x=3 05. Numa P.G. de 5 termos, a soma dos dois primei-
ros é 32 e a soma dos dois últimos é 864. Qual o
Resposta: x = 3 terceiro termo da P.G.?

02. Numa P.G. crescente, temos a1 = 7 e a5 = 70000. Resolução:


Calcule q. Fazendo (a1, a2, a3, a4, a5):
Resolução: a1 + a2 = 32 ⇒
Sabemos que: a4 + a5 + 864

122 Degrau Cultural

09b Progressao geometrica.pmd 122 22/12/2010, 11:12


Matemática

a1 + a1q = 32 ⇒ a1 (1 + q) = 32  08. Sabendo-se que os termos do primeiro membro



a1q3 + a1q4 = 864 ⇒ a1q3 (1 + q) = 864  da equação 3 + 6 + ... + x = 381 formam uma P.G.,
calcule x.
Fazendo , vem: Resolução:
Cálculo de n:
a1 = 3
q=2
an = x
q3 = 27 Sn = 381
q=3
Substituindo q = 3 em , vem:
2n - 1 = 127
a1(1 + 3) = 32 ⇒ 4a1 = 32 2n = 128
a1 = 8 2n = 27
Logo: a3 = a1q ⇒ a3 = 8 . 32
2 n=7
Cálculo de x:
a3 = 72 an = a1qn-1 ⇒ x = 3 . 27-1
x = 3 . 26
x = 3. 64
Resposta: 72 x = 192
Resposta: x = 192
06. Dada a P.G. (2, 4, 8, 16, ...) calcule:
09. Calcule, em cada caso, o limite da soma dos ter-
a) a soma dos oito primeiros termos;
mos da progressão geométricas:
b) o valor de n para que a soma dos n primeiros
termos seja 4094. a)
Resolução:
a1 = 2 b)
n=8 c) (10-1 + 10-2 + 10-3 + ...)
a) Dados
q= =2 Resolução:

a) (12 + 4 + + ... )
⇒ S8 = 510
b) a1 = 12

q=
b)
2n = 2048
2n = 211
n = 11
Resposta: a) 510; b) 11 b)
07. Ache a soma dos dez primeiros termos da P.G.
(3, 6, 12, ...). a1 =

Resolução:
q=
a1 = 3
a) Dados q=2 c) (10-1 + 10-2 + 10-3 + ...)
n = 10 a1 = 10-1 =

⇒ S10 = 3069 q = 10-1 =

Resposta: 3069
Resposta: a)18; b) 5/9; c) 1/9

Degrau Cultural 123

09b Progressao geometrica.pmd 123 22/12/2010, 11:12


Matemática

10. Determine x na igualdade: b) um número natural maior que 5.


c) um número irracional.
d) um número natural múltiplo de 3.
Resolução: e) um número divisível por 4.
O primeiro membro da equação é uma P.G. infinita.
06. Cada golpe de uma bomba de vácuo extrai 10% do
Logo: ar de um tanque; se a capacidade inicial do tanque é
a1 = x de 1 m3, após o quinto golpe, o valor mais próximo
para o volume do ar que permanece no tanque é:
q=
a) 0,590 m3
b) 0,500 m3
c) 0,656 m3
d) 0,600 m3
e) 0,621 m3
Sn = 2x
07. Em um certo tipo de jogo, o prêmio pago a cada
acertador é 18 vezes o valor de sua aposta. Certo
Como a soma dos termos da P.G. infinita é igual
apostador resolve manter o seguinte esquema de
ao segundo membro da equação, temos: jogo: aposta R$ 1,00 na primeira tentativa e, nas
2x = 20 ⇒ x = 10 seguintes, aposta sempre o dobro do valor anteri-
or. Na 11ª tentativa ele acerta. Assinale a alternativa
Resposta: x = 10 que completa a frase:
“O apostador ...”
EXERCÍCIOS PROPOSTOS a) nessa tentativa apostou R$ 1000,00.
b) investiu no jogo R$ 2048,00.
c) recebeu de prêmio R$ 18430,00.
01. O trigésimo termo da seqüência:
d) obteve um lucro de R$ 16385,00.
é: e) teve um prejuíxo de R$ 1024,00.

a) d) 08. A soma dos termos de uma P.G. infinita é 3. Saben-


do-se que o primeiro termo é igual a 2, então o
quarto termo dessa P.G. é:
b) e)
c) 5 a) d)

02. Se a seqüência (4x, 2x + 1, x - 1) é uma P.G., então b) e)


valor de x é:
c)
a) d) 8

b) -8 e) 09. Um funcionário de um repartição inicia um traba-


lho. Conseguindo despachar no primeiro dia 210
c) -1 documentos, percebe que seu trabalho no dia se-
guinte tem um rendimento de 90% em relação ao
03. Se x e y são positivos e se x, xy, 3x estão, nessa dia anterior, repetindo-se este fato dia após dia. Se,
ordem, em P.G., então o valor de y é: para terminar o trabalho, tem de despachar 2100
a) d) 3 documentos, pode-se concluir que:
a) o trabalho estará terminado em menos de 20 dias.
b) 2 e) 9 b) o trabalho estará terminado em menos de 26 dias.
c) c) o trabalho estará terminado em 58 dias.
d) o funcionário nunca terminará o trabalho.
04. Adicionada a mesma constante a cada um dos e) o trabalho estará terminado em 60 dias.
números 6, 10 e 15, nessa ordem, obtemos uma
P.G. de razão: 10. Sabe-se seqüência , na qual a> 0, é uma
a) 5/4 d) 4 P.G. e a seqüência (x, y,z), na qual x + y + z = 15, é
b) 3/2 e) 31 uma P.A. Se as duas progressões têm razões
c) 2/3 iguais, então:
a) x = -4
05. Em uma P.G. de 7 termos, a soma dos dois primei- b) y=6
ros é 8 e a soma dos dois últimos é 1944. A razão c) z = 12
da progressão é: d) x = 2y
a) um número par, não-divisível por 4. e) y = 3x

124 Degrau Cultural

09b Progressao geometrica.pmd 124 22/12/2010, 11:12


Matemática

GABARITO 07. Resolução:


01. Resolução: (1, 2, 4, 8, 16, 32, ...)
an = a1 . qn-1 an = a1 . qn-1
a11 = 1 . 211-1
⇒ a11 = 210 = 1024
∴ a11 = 1024,00

02. Resolução: Logo, nesta aposta lucrou: 18 . 1024 = 18432,00


Mas o apostador gastou:

Sn = = 2047,00
(2x + 1)2 = (x - 1) . 4x
Portanto, o apostador obteve um lucro de:
18432,00 - 2047,00 = 16385,00
8x = -1 ⇒ x =
08. Resolução:

03. Resolução: Sn =

3= ⇒ 3(1 - q) = 2
(xy)2 = x . 3x
3 - 3q = 2

ou y = - (Não serve, pois y deve ser positivo.) 3q = 1 ⇒ q =

04. Resolução:
a4 = a1 . q4-1 = ⇒ a4 =

09. Resolução:
(10 + x)2 = (6 + x) (15 + x)

-x = -10 ⇒ x = 10
Logo, a P.G. será:
(6 + 10, 10 + 10, 15 + 10) ⇒ (16, 20, 35)

Portanto:
Logo, o funcionário nunca terminará o trabalho.
05. Resolução:
10. Resolução:

a) é P.G. ⇒ a2 = . 27 ⇒ a2 = 9 ⇒ a =
3, pois a > 0

b) A razão da P.G. é =9
c) (x, y, z, ...) é uma P.A. de razão 9 tal que x + y
+ z = 15. Logo x + x + 9 + x + 18 = 15 ⇒ x = -4
: q5 = 243
q5 = 35
q=3

06. Resolução:
Se cada golpe extrai 10% de ar, temos: 100% - 10% =
90% = 0,9 do total
Logo:
an = a1 . qn-1
a5 = 0,9 (0,9)5-1
a5 = (0,9)4 . 0,9
a5 = 0,590 m3

Degrau Cultural 125

09b Progressao geometrica.pmd 125 22/12/2010, 11:12


Matemática

PROBABILIDADE
Probabilidade de um evento: Espaço amostral U: alunos que realizam a prova
n (U) = 80 + 120 + 20 + 10 = 230
Portanto a probabilidade pedida é:

Resposta:
Propriedades:
• A probabilidade do evento certo é igual a 1. 03. Uma urna contém 3 bolas: uma verde, uma azul e
• Para todo evento E, tem-se 0 ≤ P(E) ≤ 1. uma branca. Tira-se uma bola ao acaso, registra-
se a cor e coloca-se a bola de volta na urna. Repe-
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS te-se essa experiência mais duas vezes. Qual a
probabilidade de serem registradas três cores dis-
01. Qual a probabilidade de se obter um número divi- tintas?
sível por 2, na escolha ao acaso de uma das per-
mutações dos algarismos 1, 2, 3, 4, 5? Resolução:
A probabilidade de serem registradas 3 cores dife-
Resolução: rentes é o produto das probabilidades:
Se o número é divisível por 2, ele termina em 2 ou
4, logo:

O número de elementos do evento divisível por 2 é:


n (A) = 24 + 24 = 48
O número de elementos do espaço amostral é
dado por:

Resposta:
Logo, a probabilidade pedida é:
04. Um fichário tem 25 fichas, etiquetas de 11 a 35.
⇒ P= ou P = 20% a) Retirando-se uma ficha ao acaso, qual probabili-
dade é maior: de ter etiqueta par ou ímpar? Por
quê?
Resposta:
b) Retirando-se ao acaso duas fichas diferentes, cal-
cule a probabilidade de que suas etiquetas tenham
02. Em uma prova caíram dois problemas, A e B. Sa- números consecutivos.
bendo-se que 200 alunos acertaram A, 90 erraram
B, 120 acertaram os dois e 100 acertaram apenas Resolução:
um problema. Qual a probabilidade de que um alu-
no escolhido ao acaso não tenha acertado nenhum a)
problema?
Resolução:
No diagrama a seguir, temos:

`
b) Sendo E o espaço amostral e A o evento citado,
temos:

n(E) = C25,2 ⇒ n (E) = ⇒ n(E) = 300


A = {{11, 12}, {12, 13}, ..., {34, 35}} ⇒ n(A) = 24

Evento A: não acertaram nenhum problema


n (A) = 10 ⇒ P(A) = 0,08 ⇒ P(A) = 8%

126 Degrau Cultural

10_probabilidade.pmd 126 22/12/2010, 11:12


Matemática

Resposta: 2) o total de aluno do sexo masculino é 50, dos quais


a) De ter etiqueta ímpar. 10 destinam-se à Química;
b) 8% 3) existem 10 moças que se destinam ao curso de
Química.
Nestas condições, sorteando-se um aluno, ao aca-
05.
so, do grupo total e sabendo-se que é do sexo
a) Uma urna contém três bolas pretas e cinco bolas feminino, a probabilidade de que ele se destine
brancas. Quantas bolas azuis devem ser coloca- ao curso de Matemática vale:
das nessa urna de modo que, retirando-se uma
bola ao acaso, a probabilidade de ela ser azul seja
a) b) c) d) e) 1
igual a ?
b) Considere agora outra urna que contém uma bola 02. Um colégio tem 400 alunos. Destes:
preta, quatro bolas brancas e x bolas azuis. Uma 100 alunos estudam Matemática
bola é retirada ao acaso dessa urna, a sua cor é 80 estudam Física
observada e a bola é devolvida à urna. Em seguida, 100 estudam Química
retira-se novamente, ao acaso, uma bola dessa 20 estudam Matemática, Física e Química
urna. Para que valores de x a probabilidade de que 30 estudam Matemática e Física
30 estudam Física e Química
as duas bolas sejam da mesma cor vale ? 50 estudam somente Química
A probabilidade de um aluno, escolhido ao acaso,
Resolução: estudar Matemática e Química é:
a) Sendo x o número de bolas azuis, o número total
de bolas na urna será 3 + 5 + x = 8 + x. A probabilida- a) b) c) d)
de de se retirar da urna uma bola azul é se, e

03. Você faz parte de um grupo de 10 pessoas, para


somente se, ⇔ 3x = 2x + 16 ⇔ x =16 três das quais serão distribuídos prêmios iguais.
A probabilidade de que você seja um dos premia-
b) O número total de bolas agora é 5 + x. Nas condições dos é:
dadas, a probabilidade de se retirar bolas pretas duas
a) b) c) d) e)
vezes é , a probabilidade de

se retirar bolas brancas duas vezes é 04. Dois jogadores, A e B, vão lançar um par de da-
dos. Eles combinam que, se a soma dos núme-
e a probabilidade de se retirar ros dos dados for 5, A ganha, e se essa soma for
8, B é quem ganha. Os dados são lançados. Sabe-
se que A não ganhou. Qual a probabilidade de B
bolas azuis duas vezes é . ter ganhado?
Como a probabilidade de serem retiradas duas
bolas da mesma cor, isto é, duas pretas ou duas a) d)

brancas ou duas azuis, é , temos:


b)
e) Não se pode calcu-
c) lar sem saber os nú-
meros sorteados.
05. Os 240 cartões de um conjunto são numerados con-
secutivamente de 1 a 240. Retirando-se ao acaso
um cartão desse conjunto, a probabilidade de se
obter um cartão numerado com um múltiplo de 13 é:
Resposta: a) 16; b) 9 ou 1
a) b) c) d) e)
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. De um total de 100 alunos que se destinam aos
cursos de Matemática, Física e Química, sabe-se 06. Uma urna contém 8 bolas, sendo que 6 delas são
que: marcadas com números pares distintos e as res-
1) 30 destinam-se à Matemática e, destes, 20 são do tantes com números ímpares distintos. Retiran-
sexo masculino; do-se, simultaneamente, 3 bolas da urna, a pro-

Degrau Cultural 127

10_probabilidade.pmd 127 22/12/2010, 11:12


Matemática

babilidade de que sejam sorteadas 2 com núme-


ros pares e 1 com número ímpar é:

a) b) c) d) e) 04. Resolução:
Se A não ganhou, então não ocorreu soma 5
{(1,4) (2,3) (3,2) (4,1)} ⇒ 4 pares cuja soma é 5
07. O jogo da Loto consiste em sortear 5 dezenas em
100 dezenas possíveis. Alguém, querendo jogar Logo, no universo tem-se:
nessa loteria, pode escolher de 5 até 10 dezenas. 36 - 4 = 32
Se alguém que escolhe 5 dezenas tem probabilida- somam-se 8, temos:
de x de ganhar, então quem escolhe 7 dezenas tem
que probabilidade de ganhar? {(2,6) (3,5) (4,4) (5,3) (6,2)} ⇒ 5 pares cuja soma
é8
a) 7x d) 28x
b) 14x e) 35x
P=
c) 21x
05. Resolução:
GABARITO
A ⇒ evento: múltiplo de 13 entre 1 e 240
01. Resolução:
13, 26... 234
234 = 13 + (n - 1) . 13

= n - 1 ⇒ n = 18

n (A) = 18 ⇒ n (U) = 240

P= =

A ⇒ evento: sexo feminino e do curso de Matemáti- 06. Resolução:


ca n (U) = C8,3 = 56
n (A) = 10 A ⇒ evento: 2 bolas pares e 1 bola ímpar
n (U) = 50

P= =

n (A) = C6,2 . C2,1 = 30


02. Resolução:

07. Resolução:
A probabilidade de quem escolhe 5 dezenas é:

A probabilidade de quem escolhe 7 dezenas é:

P=

03. Resolução:
Casos possíveis ⇒ C10,3 = 120
Casos favoráveis ⇒ C9,2 = 36

128 Degrau Cultural

10_probabilidade.pmd 128 22/12/2010, 11:12


Matemática

MATRIZES E DETERMINANTES
MATRIZES Condição de existência do produto de duas matrizes:
O produto A x B é possível se, e somente se, o número
Representação de uma matriz genérica do tipo m x n: de colunas da matriz A for igual ao número de linhas da
matriz B.

Matriz inversa: Dada uma matriz quadrada A de ordem


A= ou A = (aij)mxn n, chamamos matriz inversa de A a matriz B que satisfaz
A . B = B . A = I.A. Notação B = A-1.

DETERMINANTES
Sendo m o número de linhas e n o número de colunas
da matriz A.
Determinante de uma matriz de ordem 1:
Matriz linha é aquela formada por uma única linha. A = [a11] ⇒ det A = |a11| = a11
Matriz coluna é aquela formada por uma única coluna.
Determinante de uma matriz de ordem 2:
Matriz quadrada é aquela em que o número de linhas é
igual ao número de colunas. A= ⇒ det A = = a11 . a22 - a12 . a21
Matriz diagonal é uma matriz quadrada em que os ele-
mentos não pertencentes a diagonal principal são iguais Determinante de uma matriz de ordem 3 (regra de
a zero. Sarrus):

Matriz identidade é uma matriz quadrada A = (aij) em


que aij = 1, se i = j e aij = 0, se i ≠ j
A= ⇒ det A =
Matriz nula é aquela em que todos os elementos são
iguais a zero.
= a11 . a22 . a33 + a12 . a23 . a31 + a13 . a21 . a32 – a13 . a22 . a31 – a11
Matriz oposta de uma matriz A é aquela que se obtém . a32 – a12 . a21 . a33
quando trocamos os sinais de todos os elementos de
A. Notação: - A Menor complementar de um elemento ai j é o determi-
T nante da matriz quadrada de ordem (n – 1) que se ob-
Matriz Transposta (A ) é uma matriz que se obtém tro-
tém suprimindo a linha e a coluna da matriz A, que con-
cando ordenadamente as linhas pelas colunas da tém o elemento ai j.
matriz dada.
Matriz simétrica é uma matriz quadrada A em A = AT. Cofator ou complemento algébrico:
Aij = (-1)1 + j . Dij
Igualdade de matrizes: Duas matrizes do mesmo tipo
são iguais se seus elementos correspondentes forem Propriedades dos determinantes:
iguais. • Toda matriz quadrada que possui uma fila nula tem
Adição de matrizes: Dadas duas matrizes A e B, do determinante nulo.
mesmo tipo, chamamos matriz soma de A e B a matriz • O determinante de uma matriz quadrada é igual ao
A + B, do mesmo tipo, que se obtém quando somamos determinante de sua matriz transposta.
• O determinante muda de sinal quando se troca a po-
os elementos correspondentes de A e B.
sição de duas filas paralelas.
Subtração de matrizes: A diferença entre duas matri- • Toda matriz que possui duas filas paralelas iguais
zes A e B, do mesmo tipo, e a matriz A – B que se obtem tem determinante nulo.
quando somamos a matriz A com a matriz oposta de B. • Multiplicando ou dividindo uma fila de uma matriz qua-
drada por um número real k(k ≠ 0) ,seu determinante
Multiplicação de um número real por uma matriz: O
fica respectivamente multiplicado ou dividido por k.
produto de um numero real k por uma matriz A e a matriz
• Uma matriz quadrada que possui duas filas parale-
k. A que se obtém quando multiplicamos todo elemento las proporcionais tem seu determinante nulo.
de A por k. • O determinante do produto de duas matrizes é igual
Multiplicação de matrizes: O produto entre duas matri- ao produto dos determinantes dessas matrizes.
zes A = (aij)m x n e B = (bij)n x p e a matriz C = (cij)m x p, em que • Uma matriz quadrada em que todos os elementos de
cada elemento Cij e a soma dos produtos, ordenada- um mesmo lado da diagonal principal são iguais a
mente, dos elementos da i-ésima linha de A pela j-ési- zero tem determinante igual ao produto dos elemen-
tos da diagonal principal.
ma coluna de B.

Degrau Cultural 129

11_matrizes e determinantes.pmd 129 22/12/2010, 11:12


Matemática

• Uma matriz quadrada em que todos os elementos de 03. Dadas as matrizes:


um mesmo lado da diagonal secundária são iguais a
zero tem determinante igual ao produto dos elementos
da diagonal secundaria multiplicado por (-1).
Teorema de Laplace: O determinante de uma matriz
quadrada A = (ai j), de ordem n, é a soma dos produtos calcule x e y de modo que A = B
dos elementos de uma fila qualquer da matriz pelos Resolução:
respectivos cofatores. Se A = B, temos:
Teorema de Jacobi: O determinante de uma matriz não x+y=3
se altera, se adicionarmos aos elementos de uma fila x - y = -1
qualquer uma outra fila paralela, multiplicada por uma Resolvendo o sistema, temos:
constante.
Matriz de Vandermonde e seu determinante:

Substituindo x = 1 em x + y = 3, temos:
y=3-1⇒y=2
Resposta: x = 1 e y = 2

04. Sendo:

V (a1, a2, ..., an) = (a2 - a1) . (a3 - a1) . (a3 - a2) . ... . (an - an-1)

Matriz inversa: A-1 = . adj A (det A ≠ 0)

obtenha A . B.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Resolução:
01. Ache a matriz A do tipo 2 x 3 definida por aij = i . j onde Cálculo de A . B:
i indica a linha e j, a coluna.
Resolução:
a11 = 1 . 1 = 1 a21 = 2 . 1 = 2
a12 = 1 . 2 = 2 a22 = 2 . 2 = 4
a13 = 1 . 3 = 3 a23 = 2 . 3 = 6
Portanto:

A= ⇒A=

Resposta: A =
Resposta: A . B =

02. Dada a matriz A = (aij) 2x3


definida por:

determine o valor de a22 . a13 - a12 . a21


Resolução:
Cálculo dos elementos de A:
a12 = 3 . 1 + 2 = 5 a21 = 22 + 1 = 5
a13 = 3 . 1 + 3 = 6 a22 = 7
Portanto:
a22 . a13 - a12 . a21
= 17
Resposta: a22 . a13 - a12 . a21
7 . 6 - 5 . 5 = 17

130 Degrau Cultural

11_matrizes e determinantes.pmd 130 22/12/2010, 11:12


Matemática

05. Calcule a inversa da matriz: 02. A matriz A = (a ij ) 3x3 é definida de tal modo que

, então, A é igual a:

Resolução:

a) d)

b) e)

c)

03. Dada as matrizes:

e sendo 3A = B + C, então:
a) x + y + z + w = 11
b) x + y + z + w = 10
c) x+y-z-w=0
d) x + y - z - w = -1
e) x + y + z + w > 11

04. Dada as matrizes reais

A= eB=

analise as afirmações
I. A = B ⇔ x = 3 e y = 0

Logo: II. A + B = ⇔x=2ey=1

Resposta:
III. A = ⇔x=1

EXERCÍCIOS PROPOSTOS e conclua:


a) apenas a afirmação II é verdadeira;
01. Seja X = (Xij) uma matriz quadrada de ordem 2, b) apenas a afirmação I é verdadeira;
c) as afirmações I e II são verdadeiras;
onde
d) todas as afirmações são falsas;
e) apenas a afirmação I é falsa.

05. Se A, B e C são matrizes do tipo 2 x 3, 3 X 1 e 1 X 4,


respectivamente, então o produto A . B . C:
a) é matriz do tipo 4 X 2;
A soma dos seus elementos é igual a: b) é matriz do tipo 2 X 4;
a) -1 d) 7 c) é matriz do tipo 3 X 4;
b) 1 e) 8 d) é matriz do tipo 4 X 3;
c) 6 e) não é definido.

Degrau Cultural 131

11_matrizes e determinantes.pmd 131 22/12/2010, 11:12


Matemática

06. A matriz A é do tipo 5 X 7 e a matriz B, do tipo 7 X 5. 02. Resolução:


Assinale a alternativa correta: Cálculo dos elementos de A:
a) A matriz AB tem 49 elementos; a11 = 0
b) A matriz BA tem 25 elementos; a12 = (-1)3 = -1
c) A matria (AB)2 tem 625 elementos; a13 = (-1)4 = 1
d) A matriz (BA)2 tem 49 elementos; a21 = (-1)3 = -1
e) A matriz (AB) admite inversa. a22 = 0
a23 = (-1)5 = -1
07. Seja A = (aij)3x2 a matriz definida por: a31 = (-1)4 = 1
a32 = (-1)5 = -1
a33 = 0

O valor do determinante da matriz AB é:


a) -3 d) 3 03. Resolução:
b) 0 e) 5 Sendo 3A = B + C, temos:
c) 1

08. O conjunto verdade da equação:

Da igualdade, temos:
3x = x + 4 ⇒x=2
= 1 é: 3y = 6 + x + y ⇒ 2y = 6 + 2 ⇒ y = 4
3w = 2w + 3 ⇒w=3
3z = z + w - 1 ⇒ 2z = 2 ⇒z=1
a) {1} d) IR
b) { -1} e) ∅ Portanto:
c) (1, -1) x + y + z + w = 2 + 4 + 1 + 3 = 10

09. 04. Resolução:


 x=3
y=0
x=1
A inequação < 0 tem por conjunto x = 3 (F)

solução:
a) {x ∈ IR | 0 < x < 1}  A+B= =
b) {x ∈ IR | x > 1 ou x < 0}
c) IR
d) ∅ x+3=5⇒x=2
y=1
10. O valor de um determinante é 42. Se dividirmos a x+1=3⇒x=2 (V)
primeira linha por 7 e multiplicarmos a primeira
coluna por 3, o valor do novo determinante será:
a) 2 d) 21 
b) 14 e) 42
c) 18
05. Resolução:
11. Sabe-se que M é uma matriz quadrada de ordem 3 Dados A . B . C, temos:
e que det (M) = 2. Então, det (3M) é igual a:
a) 2 c) 18
b) 6 d) 54

GABARITO
01. Resolução: 06. Resolução:
Pelo enunciado, temos:
a) Falsa. A matriz AB é do tipo 5 x 5; logo, possui 25
elementos.
a11 = 2 b) Falsa. A matriz BA é do tipo 7 x 7; logo, possui
a12 = 1 49 elementos.
a21 = 0
c) Falsa. a matriz (AB)2 é do tipo 5 x 5; logo, possui
a22 = 4
Soma = 2 + 1 + 0 + 4 = 7 25 elementos.

132 Degrau Cultural

11_matrizes e determinantes.pmd 132 22/12/2010, 11:12


Matemática

d) Verdadeira. A matriz (BA)2 é do tipo 7 x 7; portanto,


possui 49 elementos.
e) Falsa. Se A = 0, por exemplo, a matriz AB = 0 não é
inversível.

07. Resolução:

A= eB=

AB = =

= 50 + 36 + 36 - 32 - 45 - 45 = 0

08. Resolução:
Cálculo do conjunto verdade:
-1 + 2x + 1 - x2 = 1
-x2 + 2x - 1 = 0
Resolvendo-se a equação, vem:
x’ = 1
Logo: S = {1}

09. Resolução:
Cálculo do conjunto solução:

x2 + 1 - 1 - x < 0
x2 - x < 0
Resolvendo a inequação, temos:
x = 0 e x =1

Portanto:
S = {x ∈ IR | 0 < x < 1}

10. Resolução:

det A = 42 ⇒

11. Resolução:
det (M) = 2 ⇒ det (3M) = 33 . det (M)
det (3M) = 27 . 2
Portanto:
det (3M) = 54

Degrau Cultural 133

11_matrizes e determinantes.pmd 133 22/12/2010, 11:12


Matemática

SISTEMAS LINEARES
Quanto a sua solução, os sistemas lineares podem Resolução:
ser classificados em: Temos:
• Possível: Quando o sistema admite pelo menos uma
solução. Temos dois casos:
1º) Possível e determinado: Quando existe uma única escalonando
solução.
2º) Possível e indeterminado: Quando existem infinitas
soluções.
• Impossível: Quando o sistema não tem solução

O esquema a seguir nos possibilita visualizar facilmente


a classificação de um sistema linear: b=2 a=1
a+b+c=6
Resposta: 6

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01. Existem dois valores de m para os quais tem solu-


ção única o sistema:

A soma desses dois valores de m é:


a) -2 d) 2
b) -2 e) 2
c) 0

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 02. O valor de k para que os sistemas

01. Calcule o valor de m para que o sistema admita


soluções diferentes da trivial:
sejam equivalentes, é um valor pertencente ao in-
tervalo:
a) ]- , [ d) ]3, 3 ]
b) [0, ] e) ]- , 0]
c) [3, 3 ]
Resolução:
Para que um sistema homogêneo admita outras 03. Os valores de x e y que satisfazem a equação ma-
soluções diferentes da trivial, o determinante dos tricial
coeficientes das incógnitas deve ser igual a zero.

D= =0 são respectivamente:
a) -2 e -1 d) 1 e 2
b) 1 e -2 e) 2 e 1
- 3m + 3 = 0 ⇒ m = 1 c) -1 e -2
Resposta: m = 1
04. Os valores reais de a e b para que o sistema
02. Sejam a, b e c números tais que:

seja indeterminado são:


a) a = 5 e b = 10 d) a = 7 e b = 11
b) a = 4 e b = 10 e) a = 10 e b = 11
Determine o valor de a + b + c. c) a = 6 e b = 10

134 Degrau Cultural

12_sistemas lineares.pmd 134 22/12/2010, 11:12


Matemática

05. O sistema linear

Portanto:
k ∈ [3, 3 ]
não admite solução se α for igual a:
a) 0 d) 2 03. Resolução:
b) 1 e) -2 Transformando a equação matricial num sistema
c) -1 de equações, temos:

06. A equação matricial

admite mais de uma solução se, e somente se, λ


for igual a:
a) 0 d) ±
b) ± e) ±
c) ±3

07. Para que o sistema

04. Resolução:
admita solução única, deve-se ter:
a) m≠1 d) m ≠ 3
b) m≠2 e) m ≠ -3
c) m ≠ -2
deve se indeterminado ⇔ D = 0 e Dx = Dy = 0
08. O valor de k, para que o sistema:

admita soluções próprias, é:


a) k=0 d) k ≠ 0
b) k=1 e) k ≠ 1
c) k = -1

GABARITO 05. Resolução:

01. Resolução:

O sistema tem solução única se  tem solu-


ção única, o que ocorre se ∆ = 0, isto é, (-2m) 2 -
4 . 2 . (m 2 - 4) = 0 ⇔ m = -2 ou m=2 .A Logo, se α = -2, o sistema pode ser indeterminado
soma destes valores é zero. ou impossível.
Verficando Dx, temos
02. Resolução:
Sendo equivalentes, os sistemas têm o mesmo
conjunto solução. Logo (2; 3) é solução de ambos;
portanto, substituindo, temos:

Degrau Cultural 135

12_sistemas lineares.pmd 135 22/12/2010, 11:12


Matemática

Portanto, tem-se:
D = 0 e Dx ≠ 0
Logo, sistema impossível.

06. Resolução:
Transformando em sistema:

Para admitir mais de uma solução, deve-se ter D = 0

07. Resolução:

admite solução única ⇔ D ≠ 0

08. Resolução:
Dizemos que um sistema homogêneo admite so-
luções próprias, quando admite outras soluções
além da trivial, ou seja, é possível e indetermina-
do. Logo, devemos ter D = 0.

136 Degrau Cultural

12_sistemas lineares.pmd 136 22/12/2010, 11:12


Matemática
GEOMETRIA PLANA: ÁREAS E PERÍMETROS
NOÇÃO DE EQUIVALÊNCIA ÁREA DO QUADRADO
Você sabe que o polígono é uma figura fechada e, Seja um quadrado cujo lado mede l em uma unidade
como conseqüência, divide o plano em duas regiões: qualquer e chamemos A a sua área. Como o quadra-
a exterior e a interior. A região interior de um polígono do é um retângulo de mesma base e mesma altura,
tem uma certa extensão. sua área é:
A extensão da região interior de um polígono ou de
uma curva fechada constitui a sua superfície. A = b . h ⇒ A = l x l ⇒ A = l2
Como poderemos comparar as superfícies de duas
figuras planas?
Dois polígonos podem não ser congruentes, mas ter
a mesma superfície, dizem-se equivalentes. Repre-
senta-se: P ≅ P’.

MEDIDA DE SUPERFÍCIE
Para medir uma superfície, usamos as unidades do ÁREA DO PARALELOGRAMO
Sistema Métrico Decimal.
PARALELOGRAMO ABCD
A área do Brasil é de 8.511.996 km2. O continente
Todo paralelogramo de base b e altura h.
sul-americano, onde está situado o Brasil, tem uma
superfície superior a 42.000.000 km2. Pela figura obtivemos um retângulo (CDEF).
Quando trabalhamos com superfícies muito grandes, Portanto, a área do paralelogramo é b x h
expressamos através da notação cientifica. SABCD = b x h ou A = b . h
Exemplo: A superfície da Lua é aproximadamente
38.000.000 km2.
1 km = 1.000 m = 103m, vamos escrever essa medi-
da em metros quadrados.
38.000.000 = 3,8 x 107 km2 = 3,8 x 107 (1 km)2 = 3,8
x 107 x (103 m)2 = 3,8 x 107 x 106 m2
Superfície da Lua = 3,8 x 1013 m2.
A medida da superfície de uma figura denomina-se
área da figura. A área de um paralelogramo é dada pelo produto das
As unidades usadas para medir áreas são: o centí- medidas da base e da altura desse paralelogramo.
metro quadrado (cm2); que é a superfície de um qua-
drado de lado igual a 1cm. ÁREA DO TRIÂNGULO
A área do triângulo será dada pelo semiproduto das
medidas de sua base pela sua altura.
Traçando a diagonal , dividimos o retângulo em
dois triângulos
Para determinarmos a área é verificar “quantas vezes
cabe” um padrão (u). Figuras equivalentes são as que
têm áreas iguais

ÁREA DO RETÂNGULO
A figura acima representa o retângulo ABCD, a base
do retângulo ( ) está dividida em 8u e a altura
está dividida em 3u. SABCD = 8u x 3u = 24u2
Se o triângulo for equilátero
SABCD = base x altura
base = l
A área de um retângulo é dada pelo produto
das medidas da base e da altura
S = b x h ou comprimento x largura
S=cxl

Aplicando o teorema de Pitágoras


A área pode ser representada pela letra S (superfície)
ou A (área), S = b x h ou A = b x h

Degrau Cultural 137

13_AREA_COM_PERIMETRO.pmd 137 22/12/2010, 11:12


Matemática

ÁREA DO TRAPÉZIO
A área de um trapézio é igual ao produto da semi-
soma das medidas das bases pela medida da altura.
B → base maior do trapézio
b → base menor do trapézio
h → altura

ÁREA DE UM TRIÂNGULO, CONHECIDAS AS


MEDIDAS DOS LADOS
Área do ∆ABC pela fórmula de Heron

A área do trapézio é igual à soma de dois triângulos,


um de base B e altura h e outro de base b e altura h.

A área de um trapézio é igual ao produto da semi-


soma das medidas das bases pela medida da altura.
Sendo 2p a medida do perímetro, temos p como semi-
perímetro ÁREA DO CÍRCULO
Se imaginarmos um polígono regular de n lados,
inscrito em um círculo, à medida que aumentamos o
número de lados, o valor do perímetro do polígono
mais se aproxima do comprimento da circunferência
e, a medida do apótema do polígono mais se
aproxima da medida do raio do círculo.
ÁREA DO LOSANGO
A área do losango é igual ao semiproduto das medidas Perímetro do polígono = 2p
de suas diagonais. 2p = C ⇒ 2p = 2 π r
S=p.a
O losango abaixo tem a diagonal maior D e a diagonal Como a = r
menor d.
S=

PERÍMETRO DE UM POLÍGONO - é a soma das


medidas de seus lados.

A figura ficou dividida em 4 triângulos congruentes.


A área do losango é 4 vezes a área do triângulo

retângulo de catetos .
2P = 5+ 3 + 3 + 5 = 16 m

PERÍMETRO DE UMA CIRCUNFERÊNCIA - é igual


ao produto do dobro do raio (diâmetro) pelo número
irracional π (pi) que é aproximadamente 3,14.

Área do losango: . A área


do losango é igual ao semi-produto das medidas de
suas diagonais. 2P = 2πR

138 Degrau Cultural

13_AREA_COM_PERIMETRO.pmd 138 22/12/2010, 11:12


Matemática

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

01. Dois triângulos são semelhantes. Os lados


do primeiro medem: 4 cm, 6 cm e 8 cm, en-
quanto os lados homólogos do segundo me-
dem, respectivamente 12 cm, 18 cm e 24 cm.
Calcular a razão entre a área do primeiro e a
área do segundo.
S∆AOB = . R ; S∆BOC = . R ; S∆COD = .R;

S∆DOE = . R ; S∆EOA = .R
= K2 → razão entre as áreas ou
Somando todas as áreas dos triângulos que formam
o polígono.
então: Resposta:
. R → área do polígono

02. Calcular a área de um círculo cujo diâmetro = 2p (perímetro do


mede 6 cm.
Área do círculo é A = π r2, então:
polígono) ⇒ S = R⇒S=p⋅R

D = 6 cm r= r = 3 cm “A área de um polígono qualquer circunscrito a


um círculo é o produto do semiperímetro do
polígono pela medida do raio do círculo.”
A = π (3)2 A = 3,1415 x 9 A = 28,27 cm
Resposta: 28,27 cm2 RESUMO DA ÁREA DOS PRINCIPAIS POLÍGONOS
CIRCUNSCRITOS
S=p⋅R
ÁREAS DAS PRINCIPAIS FIGURAS PLANAS
Polígono - Triângulo eqüilátero
ÁREA DOS POLÍGONOS REGULARES
Todo polígono regular de n lados se decompõe em n
triângulos congruentes entre si.
A área do polígono será a soma das n áreas dos
triângulos.
p é o semi-perímetro do polígono
a é o apótema do polígono

área - S3 = 3R2

Polígono – Quadrado

ÁREA DE POLÍGONO CIRCUNSCRITO


Seja o polígono ABCDE circunscrito ao círculo de
centro O e raio R. Seus lados são tangentes à cir-
cunferência e, dessa forma , perpendiculares aos rai-
os traçados pelos respectivos ponto de contato.

Degrau Cultural 139

13_AREA_COM_PERIMETRO.pmd 139 22/12/2010, 11:12


Matemática

Polígono - Hexágono regular QUADRADO

diagonal = diâmetro = 2R
d = l4 ⇒ l4 = 2R

l4 = =R
S4 = l ∴ S4 = 2R2
2

RAZÃO ENTRE AS ÁREAS DE DOIS POLÍGONOS


ÁREA DE POLÍGONO INSCRITO SEMELHANTES
TRIÂNGULO A razão das áreas de dois polígonos semelhantes é
igual ao quadrado da razão de semelhança.

ÁREA DO SETOR CIRCULAR

∆AOC ∼ ∆BOC ∼ ∆BOA

S3 = l3 = R

h = a3 = (cada triângulo)

S∆AOC = S∆BOC = S∆BOA = .R . A área do setor circular é diretamente proporcional à


medida do ângulo central.
Para uma certa amplitude a (medida em graus),
S3 TOTAL =
calculamos a área por regra de três.

HEXÁGONO área Ângulo central (graus)


Setor S α
Círculo πr2 360o

“A área de um setor circular é igual ao semipro-


duto do comprimento do arco pelo raio do cír-
culo no qual o setor está inscrito”.

SSETOR = onde l =

140 Degrau Cultural

13_AREA_COM_PERIMETRO.pmd 140 22/12/2010, 11:12


Matemática

ÁREA DO SEGMENTO CIRCULAR 02. Um polígono é circunscrito a um círculo e seu pe-


A área de um segmento circular de n graus é a rímetro é de 19 cm. Sabendo que a medida do raio
diferença entre a área do setor de n graus e a área do do círculo é de 2 cm, calcular a área do polígono
triângulo que tem para lados dois raios e a corda por
eles subtendida 2 p = 19 cm p = 19 : 2 = 9,5
A=pxr A = 9,5 x 2
A = 19 cm2
Resposta: 19 cm2

03. Dois triângulos são semelhantes. Os lados do


primeiro medem: 4 cm, 6 cm e 8 cm, enquanto
os lados homólogos do segundo medem, respec-
tivamente 12 cm, 18 cm e 24 cm. Calcular a ra-
zão entre a área do primeiro e a área do segundo.

a3 = h =

Sseg = Ssetor - S∆AOB = - = K2 → razão entre as áreas ou

Sseg = ( l - h ) lAB =
então:

COROA CIRCULAR
Considere os círculos : (O, r) e (O, R) onde r < R. Resposta:

04. Calcular a área de um círculo cujo diâmetro mede


6 cm.

Área do círculo é A = π r2, então:

D = 6 cm r= r = 3 cm
A = π (3)2 A = 3,1415 x 9
A = 28,27 cm Resposta: 28,27 cm2

05. Calcular a área do setor circular de 1400 numa


A área da coroa é a diferença entre as áreas de (O,R) circunferência cujo raio mede 6 cm. (π = 3,14)
e (O,r). A= el=
Dos círculos com centro O e raio R , centro O e raio r.
Scoroa = π R2 - π r2
Scoroa = π (R2- r2) l= ⇒l= ⇒ l = 14,65 cm

A= = 43,95 cm2 Resposta: 43,95 cm2


EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
06. Dois círculos concêntricos têm raios que me-
01. O perímetro de um hexágono inscrito em um cír- dem, respectivamente 5 cm e 4 cm. Calcular a
culo é de 18 cm e a medida do seu apótema é área da coroa circular correspondente.
de 2,6 cm. Calcular a área do polígono.
A = π (R2 - r2) ⇒ A = 3,1415 (52 - 42) ⇒ A = 3,
A área do polígono é A = p . r 1415 (25 - 16) ⇒ A = 3,1415 x 9 = 28,27 cm2
2p = 18 p = 18 : 2 p=9 Resposta: 28,27 cm2
a6 = r A=pxr A = 9 x 2,6
A = 23,40 cm2
Resposta: 23,40 cm2

Degrau Cultural 141

13_AREA_COM_PERIMETRO.pmd 141 22/12/2010, 11:12


Matemática
GEOMETRIA ESPACIAL
POSIÇÕES RELATIVAS DE RETAS E PLANOS b) a reta tem apenas um ponto em comum com o plano.
A reta é concorrente com o plano.
1) Posições relativas de duas retas no espaço

a) as retas não possuem pontos em comum. Essas


retas são paralelas ou reversas.
Paralelas quando existir um plano que as contenha.
Reversas quando não existir plano que as contenha.

r ∩ α = {P} ⇒ r é concorrente com α

c) a reta tem dois pontos em comum com o plano.


Logo, a reta está contida no plano.
r e s são paralelas (r // s)

b) as retas possuem apenas um ponto comum. A ∈ r; A ∈ α; B ∈ r; B ∈ α ⇒ r⊂α


São chamadas retas concorrentes.
3) Posições relativas de dois planos

a) os planos não têm ponto comum


Esses planos são chamados de planos paralelos.

r ∩ s = {P} ⇒ r e s são concorrentes

c) as retas possuem todos os pontos em comum.


Nesse caso são chamadas de retas coincidentes.

α∩ β={} ⇒ α // β

b) os planos possuem apenas uma reta comum.


Neste caso são chamados planos secantes.

Se ∈ r ⇒ P ∈ s, então r e s são retas coincidentes.

POSTULADO DE EUCLIDES

Se P ∉ r, então ... c) os planos possuem todos os pontos em comum.


Os planos serão chamados de planos coincidentes.

existe uma e uma só reta s // r, com P ∈ s.

2) Posições relativas de uma reta e um plano

a) a reta não tem ponto comum com o plano.


A reta é paralela ao plano. POLIEDROS

Poliedro é a região do espaço limitada por polígonos


planos, de tal modo que cada uma das arestas desses
polígonos pertence a dois e somente dois deles.
Os polígonos são chamados faces, os vértices dos
polígonos são os vértices dos poliedros e os lados dos
r ∩ α = { } ⇒ r // α polígonos são as arestas do poliedro.

142 Degrau Cultural

14_GEOMETRIA_ESPACIAL.pmd 142 22/12/2010, 11:12


Matemática

c) a área total
At = Al + Ab
At = 96 + 2 . 24 = 96 + 48 = 144 cm2

c) paralelepípedo retângulo
A área total do paralelepípedo retângulo é determinada
Prismas – área pela soma das áreas dos seis retângulos que o
a) prisma triangular regular constituem.
O retângulo de dimensões a e b tem área: A1 = ab.
Dado um prisma triangular regular, onde uma aresta O retângulo de dimensões a e c tem área: A2 = ac.
da base mede 6 cm e uma aresta lateral 5 cm, vamos O retângulo de dimensões b e c tem área: A3 = bc.
calcular:
a) a área da base (Ab)
b) a área lateral (Al)
c) a área total (At)

Solução:
a) a área da base
A base é um triângulo eqüilátero de lado 6 cm. Logo, a
área é:
Ex.: Calcular a área total do paralelepípedo retângulo
de dimensões 6 cm, 9 cm e 10 cm.

Solução:
At = 2.(ab + ac + bc) = 2 (6 . 9 + 6. 12 + 9 . 12)
b) a área lateral At = 2 . (54 + 72 +108) = 2 . 234 = 468 cm2

Prismas – volume

O volume de um prisma é igual ao produto da área da


base pela medida da altura.
Ex:
1) As dimensões de um paralelepípedo retângulo são
Al = ( 6 + 6 + 6 ) . 5 = 18 . 5 = 90 cm2 5 cm, 6 cm e 7 cm. Calcular seu volume.
c) a área total Solução:
V = a . b . c, onde a = 5 cm, b = 6 cm e c = 7 cm.
At = Al + 2Ab = 90 + 2 . 9 = 90 + 18 V = 5 . 6 . 7 = 210 cm3
At = 18 (5 + ) cm2
2) A aresta da base de um prisma triangular regular
b) prisma hexagonal regular mede 6 cm e a aresta lateral 8 cm. Calcular o volume
Dado um prisma hexagonal regular, cuja altura mede desse prisma.
4 cm e uma aresta da base 4 cm, vamos calcular: Solução:
a) a área da base (Ab)
b) a área lateral (Al) Área da base =
c) a área total (At)
Volume (V) = Ab . h = 9 . 8 = 72 cm3
Solução:
a) a área da base
A base é um hexágono regular, cuja área é igual a seis Pirâmides – volume
vezes a área do triângulo eqüilátero, que tem por lado a
O volume de uma pirâmide é igual a um terço do produto
mesma medida do lado do hexágono. da área da base pela medida da altura.
Ex:
Calcular o volume de uma pirâmide regular
hexagonal cuja aresta da base mede 8 cm e a aresta
lateral 4 cm.
Solução:
Cálculo de h:
h2 + r2 = l2 ⇒ h2 + 82 = (4 )2
h2 + 64 = 80 ⇒ h2 = 16 ⇒ h = 4 cm

b) a área lateral
A área lateral é igual a seis vezes a área de uma face
lateral:
Al = 6. (4 . 4 ) = 6 . 16 = 96 cm2

Degrau Cultural 143

14_GEOMETRIA_ESPACIAL.pmd 143 22/12/2010, 11:12


Matemática

Área da base: Cálculo da área total:


At = π . r (g + r) = π . 6 (10 + 6) = 96π cm2

Cone – volume
Cálculo do volume:
Sendo Ab a área da base de um cone de raio r, temos

que Ab = π . r2. Logo: V = π . r2 . h

Cilindro – área Ex: Calcular o volume de um cone reto cuja área lateral
é 24 π m2 e o raio da base é 2 m.
A área do cilindro é igual a soma da superfície lateral Solução:
com as superfícies das bases.

At = Al + 2Ab Cálculo da geratriz: Al = π . r . g


Como Ab = π . r2 e π.2 . g = 24 π ⇒ g = 12
Al = 2 . π . r . h
Cálculo da altura: g2 = h2 + r2
At = 2 . π . r (h + r)
122 = h2 + (2 )2 ⇒ 144 = h2 + 44
h2 = 100 ⇒ h = 10
Cilindro – volume
Sendo Ab a área da base de um cilindro de raio r, então Cálculo do volume:
Ab = π . r2 , logo o volume do cilindro é V = π . r2 . h
Ex: V= π . r2 . h = π . (2 )2 . 10 = m3
A área lateral de um cilindro equilátero é 100π cm 2.
Calcular a área total (At) e o volume (V) desse cilindro.
Esfera – volume

O volume da esfera de raio r é dado por: V = .


Ex: Achar o volume de uma esfera cujo raio mede 18 cm.
Solução:

Cálculo do raio da base e da altura: Usando π = 3,14 temos: V = 24416,64 cm3


Al = 2.π.r.h = 100π ⇒ r.h = 50
Como h = 2r, vem: r . 2r = 50 ⇒ r2 = 25 ⇒ r = 5 Superfície esférica – área
Portanto: h = 2 . 5 = 10
A área da superfície esférica de raio r é dada por:
Cálculo da área total: A = 4 . π . r2
At = 2. π . r. h + 2 . π .r2 Ex: Achar a área de uma superfície esférica de raio 5
At = 2 π . 5 . 10 + 2 . π . 25 = 100π + 50π = 150π cm.
cm2 Solução:A = 4 . π . r2 = A = 4 . π . 52 = 100 π cm2

Cálculo do volume:
V = π . r2 . h = π . 25 . 10 = 250π cm3

Cone – área

A área total é a soma da área lateral com a área da


base.
At = Al + Ab = π .r.g + π . r2 ⇒ At = π . r (g + r)
Ex:
Um cone circular reto tem 6cm de raio e 8cm de altura.
Determinar a área lateral e a área total desse cone.

Solução:
Cálculo da geratriz:
g2 = h2 + r2
g2 = 82 + 62 = 64 + 16 = 100
g = 10

Cálculo da área lateral:


Al = π . r . g = π . 6 . 10 = 60π cm2

144 Degrau Cultural

14_GEOMETRIA_ESPACIAL.pmd 144 22/12/2010, 11:12


Matemática

NÚMEROS COMPLEXOS
Unidade imaginária: i = ⇒ i2 = -1 Operações na forma trigonométrica:
Dados z1 = p1 . (cos ϕ1 + i . sen ϕ1) ,
potências de i: z2 = p2 . (cos ϕ2 + i . sen ϕ2)
e z = p(cos ϕ + i . sen ϕ), temos:
I0 = 1 I1 = i I2 = -1 I3 = -1 …In = ir
Multiplicação:
sendo r o resto da divisão de n por 4, com z1 . z2 = p1 . p2 . [cos(ϕ1 + ϕ2) + i . sen (ϕ1 + ϕ2)]
r ∈ {0, 1, 2, 3} Divisão:

Forma algébrica de um número complexo: . [cos(ϕ1 - ϕ2) + i .sen(ϕ1 - ϕ2)], com z2 ≠ 0


Z = a + bi
Potenciação:
Sendo a e b números reais e i a unidade imaginária zn = pn(cos nϕ + i . sen nϕ), com n ∈ N (primeira fórmula
. Se a = 0, então z = bi (número imaginário puro) de De Moivre)
. Se b = 0, então z = a (número real)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Igualdade de números complexos:
z1 = z2 ⇔ a + bi = c + di ⇔ a = c e b = d 01. Calcule o valor de x para que o número complexo z
= (3 - 6i) (2 - xi)
Conjugado de z = a + bi: = a – bi a) seja um número real
b) seja um imaginário puro
Divisão na forma algébrica: Dados z1 e z2 temos:
Resolução:
a) aplicando-se a propriedade distributiva, temos:
z = (3 - 6i) (2 - xi)
z = 6 - 3xi - 12i + 6xi2
Representação geométrica de um número complexo: z = 6 - 3xi - 12i - 6x
P é o afixo de x z = 6 - 6x + (-3x - 12)i
Para que z seja um número real, devemos ter:
-3x - 12 = 0 ⇒ 3x = -12
x = -4

b) Para que z seja um imaginário puro, devemos ter:


6 - 6x = 0 ⇒ 6x = 6 e -3x -12 ≠ 0
x=1 3x = -12
x ≠ -4

Módulo e argumento de um número complexo: Resposta: a) x =-4; b) x = 1

02. Calcule a e b para que se verifique:


(3 + 2i) (a - i) = b + 5i
Resolução:
Aplicando a propriedade distributiva, temos:
(3 + 2i) (a - i) = b + 5i
3a - 3i + 2ai - 2i2 = b + 5i
(2a - 3)i + 3a + 2 = b + 5i
(3a + 2) + (2a - 3)i = b + 5i

Módulo: p

P = |z| = Da equação , vem:


Argumento: ϕ 2a - 3 = 5 ⇒ 2a = 8
a=4
cos ϕ = e sen ϕ = Substituindo a = 4 na equação‚ vem:
3a + b = 2 ⇒ 12 + b = 2
b = -10
Forma trigonométrica de:
z : z = p(cos ϕ + i . sen ϕ) Resposta: a = 4 e b = -10

Degrau Cultural 145

15_nos complexos.pmd 145 22/12/2010, 11:12


Matemática

03. Calcule a soma S:


S = i + i2 + i3 + i4 + ... + i100
Resposta: a)
Resolução:
0 2º membro da igualdade representa a soma dos b) 25 = (-1 + i)
100 primeiros termos de uma P.G., em que:
06. Dado o número complexo

a) represente z na forma trigonométrica;


b) prove que z6 é um número real.

Resolução:
Logo: a) Temos:

S=0
Resposta: S = 0

04. Sendo z1 = -1 + 2i, z2 = 2 - i e z3 = 4i, determine:


a) (z1 + z2) z3
b) z1 1 + z2 2 - z3 3
Resolução:
a) (z1 + 2) z3 = (-1 + 2i + 2 + i) 4i
(z1 + 2) z3 = (1 + 3i) 4i b) Cálculo de:
(z1 + 2) z3 = 4i + 12i2
(z1 + 2) z3 = -12 + 4i

b) z1 1 + z2 2 - z3 3 =
= (-1 + 2i) (-1 - 2i) + (2 - i) (2 + i) - (4i) (-4i) =
= 1 - 4i2 + 4 - i2 - (-16i2) = 1 + 4 + 4 + 1 - 16 = -6

Resposta: a) -12 + 4i; b) -6


05.
a) Expresse o número complexo z = 1 + i sob a forma
trigonométrica.
b) Calcule o número complexo (1 + i)11. Mas:
Resolução: Zn = pn (cos nθ + i senθ)
a) |z| = =

z6 = 1 (cos 11π + i sen 11π)


z6 = (-1 + i . 0)
z6 = -1, que é um número real.

Resposta: a)

b) z6 = -1
Portanto:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
b) z11 = |z|11 . (cos 11θ + i sen 11θ)
z11 = ( )11 01. Seja a igualdade 1 + (y + x)i = 2y - x - 4i, onde i é a
unidade imaginária. Os números reais x e y, que
satisfazem essa igualdade, são tais que:
a) y = 3x d) x - y = 2
b) x = 3y e) x + y = 2
c) xy = -3

146 Degrau Cultural

15_nos complexos.pmd 146 22/12/2010, 11:13


Matemática

02. Qual é o valor de m, real, para que o produto (2 + mi) (3 a) 4 (cos 3000 + i sen 3000)
+ i) seja um imaginário puro? b) 4 (cos 600 + i sen 600)
a) 5 d) 8 c) 16 (sen 3300 + i cos 3000)
b) 6 e) 10 d) 2 (sen 3000 + i cos 3000)
c) 7 e) cos (-600) + i sen (-600)

03. O valor de (1 + i)10, onde i é a unidade imaginária, 10. Dados os números complexos:
é:
z = 8 (cos 750 + i sen 750) e
a) 64i d) -32i
b) 128i e) nenhuma das anteriores w = 2 (cos 150 + i sen 150), pode-se dizer que:
c) 32i a) zw = 16
b) =2+2 i
04. A divisão dá como resultado o número:
c) = 4 (sen 600 + i cos 600)

a) d) d) zw = - 16i
e) n.r.a.

b) e) -1 + 3i
11. Seja a igualdade:

c) , onde i é unidade

05. Sendo i a unidade imaginária, o valor de imaginária. Se a e b são números reais, então o
produto a . b é igual a:
é:
a) -3 d)
a) i d) -1
b) -i e) 1 - i
c) 1 b) e) 2

c)
06. Simplificando , obtém-se:

a) 1 d) 5
b) 2+i e) -5 12. O menor n > 0, de modo que seja real
c) 2-i
positivo, é:
07. O valor de (1 + i)12 - (1 - i)12, onde i2 = -1, é igual a: a) 2 d) 8
a) -128i d) 128i b) 3 e) 12
b) -128 e) 0 c) 4
c) 128
GABARITO
08. Seja a um número real tal que o número complexo
01. Resolução:
é imaginário puro. Comparando a parte real e a parte imaginária, te-
a) a = 1 ou a = -1 d) a = mos:

b) a = 2 ou a = -2 e) a = -
c) a=0
Logo:
09. Na figura abaixo, o ponto P é o afixo de um comple-
xo z no plano de Argand-Gauss. A forma trigono-
métrica de z é:

Logo: x = -3 ⇒ x = 3y

02. Resolução:
Imaginário puro parte real igual a zero.
Logo:
(2 + mi) (3 + i) = 6 + 2i + 3mi - m = 6 - m + (2 + 3m)i
Portanto: 6 - m = 0 ⇒ m = 6

Degrau Cultural 147

15_nos complexos.pmd 147 22/12/2010, 11:13


Matemática

03. Resolução: Logo: z = |z| . (cos θ + i sen θ)


(1 + i)2 = 2i z = 4 (cos 3000 + i sen 3000)
(1 + i)10 = ((1 + i)2)5 = (2i)5 = 25i5 = 32i
10. Resolução:
04. Resolução:
(cos (750 - 150) + i sen (750 - 150)
= 4 (cos 600 + i sen 600)

05. Resolução:
Lembrando para k ∈ IN, que
i4k + i4k + 1 + i4k + 2 + i4k + 3 =
= 1 + i - 1 - i = 0, concluímos que: = 2 (1 + i) = 2 + 2 i
i + i2 + i3 + ... + i502 =
= 1 + i2 + i3 + i4 + ... + i500 + i501 + i502= 11. Resolução:
= i501 + i502 = i + i2 = -1 + i e
i + i2 + ... + i103 =
= i + i2 + ... + i100 + i101 + i102 + i103
= i101 + i102 + i103 = i - 1 - i = -1

Assim a fração equivale a

06. Resolução:

Logo:

07. Resolução:
(1 + i)12 - (1 - i)12 = [(1 + i)2]6 - [(1 - i)2]6 =
= (2i)6 - (-2i)6 = 64i6 - 64i6 = 0

08. Resolução: Portanto: ab = (-1) (-2 )=2

12. Resolução:

Fazendo z = i, temos:

Para ser imaginário puro, temos:

= 0 ⇒ 2 - 2a2 = 0 ⇒
⇒ a2 = 1 ⇒ a = ± 1

09. Resolução:
Temos: Re(z) = 2 ⇒ Im(z) = -2
Assim: Logo:

Para ser real e positivo, temos:

∴ θ = 3000 (pois 00 ≤ θ ≤ 3600)


Portanto, o menor valor de n positivo é 12.

148 Degrau Cultural

15_nos complexos.pmd 148 22/12/2010, 11:13


Matemática

ESTATÍSTICA
MEDIDAS DE POSIÇÃO Quando uma seqüência de valores apresenta mais
do que duas modas, diremos que a distribuição é
1. Introdução polimodal.
A Média Aritmética é considerada a mais importante
As Medidas de Posição são valores que nos auxili- de todas as mensurações numéricas descritivas.
am na análise da posição da distribuição em relação
aos valores observados da variável em estudo. Vantagens da Média Aritmética:

Essas medidas, por terem uma tendência a se acu- (i) é de fácil cálculo e manuseio;
mularem na direção de um mesmo valor no intervalo (ii) para cada distribuição existe uma e apenas uma
total, são também chamadas de Medidas de Ten- média aritmética, permite o cálculo das médias dos
dência Central. subgrupos e, através destas, a média do grupo.

Estudaremos a Moda(Mo), a Mediana(Md) e a Desvantagens da Média Aritmética:


Média Aritmética( ).
(i) deve-se usar apenas para distribuições simétricas,
Para o cálculo da Média Aritmética, da Mediana e da a fim de obtermos uma média típica.
Moda de um grupo de valores, devemos observar dois (ii) é influenciada pelos valores extremos da distri-
fatores importantes, se os elementos estão agrupa- buição, podendo resultar no cálculo de uma média
dos ou não estão agrupados, e o tipo de variável atípica.
considerada (discreta ou contínua).
Cálculo da Média Simples ( ):
No caso da forma de agrupamento dos elementos,
eles poderão estar agrupados em uma tabela de A Média Aritmética Simples será igual ao somatório
distribuição de freqüência, por pontos ou por in-
tervalos. dos dados observados , dividido pelo número
Começaremos a estudar Moda(Mo), Mediana(Md) de elementos (n)
e a Média Aritmética ( ) pelo caso dos dados não
agrupados.

2. Dados não agrupados

(Moda, Média e Mediana) O símbolo representa um somatório de valores


A Moda (Mo) de um conjunto de números é o valor que
ocorre com maior freqüência, é o valor mais comum. cujas posições começam no 1 e terminam no n

 A moda pode não existir e, mesmo que exista, pode


não ser única.
Vamos calcular qual seria a Média Aritmética das
Uma seqüência de valores não apresentará moda, notas de um aluno, que durante o ano, foi de: 3,5;
quando todos os seus elementos tiverem a mesma 5,0; 6,5; 9,0.
freqüência, então diremos que a distribuição é amo-
dal (sem moda). Essa seqüência apresenta 4 elementos, portanto a
Média Aritmética das notas será dada por:
Na seqüência 1, 1, 3, 3, 4, 4, todos elementos apresen-
tam freqüência 2, logo a seqüência é amodal.

 Quando uma seqüência de valores apresenta uma A Mediana (Md) é o valor que se encontra situado
moda, diremos que a distribuição é unimodal. na posição central da distribuição, quando os valo-
res são colocados em ordem crescente ou decres-
Na seqüência 6, 6, 9, 10, 10, 10, 11, 12, 14, 15, o ele- cente (rol).
mento de valor 10, apresenta freqüência 3, que é a maior
freqüência entre os elementos, logo a seqüência é uni- Cálculo da Mediana (Md)
modal e a moda é Mo = 10.
I) No caso de uma quantidade ímpar de elementos, a
Quando uma seqüência de valores apresenta duas Mediana será o valor que se encontra situado na
modas, diremos que a distribuição é bimodal. posição central da distribuição.

Degrau Cultural 149

16_Estatistica.pmd 149 22/12/2010, 11:13


Matemática

Para os seguintes valores 5, 13, 10, 2, 18, 15, 10, Para calcularmos a Mediana, vamos determinar ini-
14, 8, vamos determinar a Mediana. cialmente a sua posição.

Passo 1: Organizar os dados (Rol) Como a série tem 6 elementos (n = 6), o elemento
2, 5, 8, 10, 10, 13, 14, 15, 18 procurado estará ocupando a posição
Essa seqüência apresenta 9 elementos.

Passo 2: Determinar a posição e o valor da Mediana.


Para uma quantidade ímpar de elementos a posição
Logo, o elemento está entre o 3º e 4º valor, então a
da Mediana será: Mediana da série será a média aritmética do 3º ele-
mento (8) e do 4º elemento (10) da série.
A Mediana será o 5º elemento do Rol, neste caso o
elemento de valor 10 (Md = 10).

II) No caso de uma quantidade par de elementos, a A Média Aritmética da série será igual a:
mediana será representada pela média aritmética dos
dois elementos centrais.

Para os seguintes valores: 5, 13, 10, 2, 18, 15, 14, 8,


vamos determinar a Mediana. Alternativa: C

Passo 1: Organizar os dados (Rol) EF1 (ICMS_SP_02) Considere o seguinte conjunto


2, 5, 8, 10, 13, 14, 15, 18 de medidas: 21, 18, 26, 37, 23, 43, 24, 47, 18, 24.
Então, a mediana e a média são, respectivamente,
Essa seqüência apresenta 8 elementos.

Passo 2: Determinar a posição da Mediana. a) 33 e 30.


Para uma quantidade par de elementos as posições b) 24 e 28,1.
c) 23 e 30,3.
dos dois elementos centrais serão: d) 24 e 28,5.
e) 33 e 28,9.
Logo, os dois elementos centrais ocupam a 4ª e 5ª
posições no rol, ou seja 10 e 13 3. Dados agrupados

Passo 3: Determinar o valor da Mediana. 1º Caso - Variável discreta


A Mediana será a Média Aritmética dos dois valores
Estando os dados sob a forma de distribuição de fre-
qüência por valores, veremos como calcular a Moda,
a Mediana e a Média Aritmética da distribuição.
ER1. (TTN_85) Assinale a alternativa correta, consi-
derando a série: 8, 5, 14, 10, 8 e 15 Cálculo da Moda
a) A média aritmética é 10 e a mediana é 12
b) A amplitude total é 7 e a moda é 8 A Moda, caso exista, representa o elemento ou ele-
c) A mediana é 9 e a amplitude total é 10 mentos de maior freqüência.
d) A média aritmética é 1 e a amplitude total é 7
e) A mediana é 12 e a amplitude total é 7 Assim se os valores estiverem tabelados, basta iden-
tificar o elemento de maior freqüência.
Resolução:
Para calcularmos a Amplitude Total e determinarmos
Vamos identificar a Moda para os valores da tabela.
a Moda, vamos inicialmente colocar os dados em
ordem (Rol).
ROL: 5; 8; 8; 10, 14, 15

Para identificarmos a Moda, vamos determinar o va-


lor com a maior freqüência.
O elemento de valor 8 apresenta freqüência 2

Logo, a Moda é 8 (Mo = 8).


Nesse caso a Moda será o elemento de valor 3 que
A Amplitude Total (R) será a diferença entre o valor aparece com freqüência 8 (Mo = 3).
máximo e o valor mínimo. Logo,

R = 15 – 5 R = 10

150 Degrau Cultural

16_Estatistica.pmd 150 22/12/2010, 11:13


Matemática

Cálculo da Mediana O cálculo da Média Aritmética será feito por:

Quando os valores estão agrupados em tabelas de


freqüência, ficará mais fácil identificar a Mediana atra-
vés da sua posição.
Vamos calcular a Média Aritmética, dos valores da
Para facilitar o cálculo da Mediana, é ideal construir tabela
uma coluna na tabela para a Freqüência Acumula-
da (Fi).
Para a distribuição dada pela Tabela de Freqüências
abaixo, vamos determinar o valor da Mediana:

Vamos calcular os produtos xifi e completar a tabela

Vamos determinar a posição da Mediana: A Média Aritmética será igual a:

Para n = 23, a posição da Mediana


A Mediana será o 12º elemento, que corresponde ao
elemento de valor 8 (Md = 8) (TTN_94) A distribuição dos salários de uma empre-
sa é dada na tabela abaixo:
Média Aritmética Ponderada ( ):
Às vezes, associam-se os números x1, x2, ...., xn, a
certos fatores de ponderação ou peso p1, p2, ...., pn
que dependem do significado ou importância atribuí-
da aos números. Nesse caso a média aritmética será
calculada pela fórmula:

ER2. O salário modal, a média e a mediana dos sa-


Considere a tabela abaixo com as notas de um aluno, lários dessa empresa valem respectivamente:
para a disciplina Estatística. Vamos calcular a Média
Aritmética Ponderada das notas para esse aluno. a) 2.000,00 e 1.500,00; 500,00 e 1.000,00
b) 1.500,00 e 2.000,00; 1.500,00 e 2.000,00
c) 2.000,00 e 2.000,00; 2.000,00 e 2.000,00
d) 1.500,00 e 1.500,00; 1.500,00 e 1.500,00
e) 500,00 e 2.000,00; 2.000,00 e 1.500,00
A Média Aritmética Ponderada será igual a: Resolução
Para determinarmos a Moda, vamos determinar o
valor com a maior freqüência.
Nesse caso teremos dois salários que serão consi-
derados como modais.
Os salários de $ 500,00 e $ 2.000,00 aparecem com
freqüência 10 cada um.
Cálculo da média aritmética
A Média Aritmética dos salários, será igual a:
Estando os dados sob a forma de distribuição de fre-
qüência por valores, podemos calcular a média da
distribuição ponderando os valores pelas freqüên- = 2.000
cias simples correspondentes.

Degrau Cultural 151

16_Estatistica.pmd 151 22/12/2010, 11:13


Matemática

Para determinarmos a Mediana, vamos localizar ini-


cialmente a sua posição.

Como a série tem 31 elementos (n = 31), o elemento


procurado estará ocupando a posição:

Logo, a Mediana, corresponde ao elemento que ocu-


pa a 16ª posição, que é o valor 1.500,00

EF2. (AFC_94_adaptado) Os valores da mediana, da Completando a tabela anterior com os novos valores,
moda e da média aritmética da série estatística abai- teremos:
xo são, respectivamente:

a) 4 ; 15 e 8,00 d) 7 ; 13 e 8,15 Logo a Média Aritmética dos valores será igual a:


b) 6 ; 13 e 8,12 e) 9 ; 13 e 8,15
c) 7 ; 12 e 8,15

2º Caso - Variável contínua


4. Propriedades da Média Aritmética
Estando os dados sob a forma de distribuição em clas-
ses de freqüência, veremos como calcular a Moda, a A Média Aritmética apresenta várias propriedades.
Mediana e a Média Aritmética da distribuição. Com a intenção de criarmos um Processo Breve de
cálculo para a Média Aritmética de valores agrupa-
Cálculo da Média Aritmética dos em classes de freqüências, vamos, por enquan-
to, citar duas delas.
Se os dados estiverem sob a forma de distribuição
de freqüência por classes de valores, podemos cal- i) Somado-se ou subtraindo-se uma constante (c) em
cular a média da distribuição pela média pondera- todos os valores de uma variável, a média do conjun-
da dos pontos médios de cada intervalo pelas to fica aumentada ou diminuída dessa constante.
respectivas freqüências.

O cálculo da média aritmética será feito por: Na seqüência de valores 3,5; 5,0; 6,5; 9,0, a Média
Aritmética é igual a 6

Somando-se 2 a cada valor da seqüência anterior,


teremos uma nova seqüência formada pelos núme-
onde xi é o ponto médio do intervalo. ros 5,5; 7,0; 8,5; 11,0
Para a tabela abaixo, vamos calcular a Média Arit-
A Média Aritmética da nova seqüência é igual
mética dos valores.
a8
Como yi = xi + 2, então = + 2

ii) Multiplicando-se ou dividindo-se todos os valores de


uma variável por uma constante (c) , a média do con-
junto fica multiplicada ou dividida por essa constante:

Vamos inicialmente calcular o ponto médio do inter-


valo de cada classe.

Na seqüência de valores 3,5; 5,0; 6,5; 9,0, a Média


Aritmética é igual a 6

152 Degrau Cultural

16_Estatistica.pmd 152 22/12/2010, 11:13


Matemática

Multiplicando-se por 2, a cada valor da seqüência Passo 3: Calculando e completando a tabela anteri-
anterior, teremos uma nova seqüência formada pelos or com os novos valores, teremos:
números 7,0; 10,0; 13,0; 18,0

A Média Aritmética da nova seqüência é igual a


12

Cálculo simplificado da média

Com o intuito de eliminarmos o grande número de cál-


culos que às vezes se apresentam na determinação da
média é que empregamos o processo breve, base-
ado em uma mudança da variável por outra , tal que:
Passo 4: Calculando a média aritmética da variável

z, por , teremos:
onde x0 é uma constante arbitrária escolhida conve-
nientemente dentre os pontos médios da distribui-
ção (de preferência o de maior freqüência).

A média aritmética da variável x será dada por:


Passo 5: Calculando a média aritmética da variável
x, pela relação:

Vamos calcular a Média Aritmética dos valores da


tabela.

EF3. (AFRF_00) Quer-se estimar o salário médio anu-


al para os empregados da Cia. Alfa. Assinale a opção
que representa a aproximação desta estatística calcu-
lada com base na distribuição de freqüências.

Passo 1: Vamos inicialmente calcular o ponto mé-


dio do intervalo de cada classe, e, completando a
tabela anterior com os novos valores, teremos:

a) 9,93
b) 15,00
c) 13,50
d) 10,00
e) 12,50

Passo 2: Para fazermos a transformação para a Cálculo da Moda


variável z, escolheremos como valores de transfor-
mação x0 e h, valores arbitrários. Para valores agrupados em classes de freqüências,
a Moda será calculada através de fórmulas.
x0 = 170 e h = 4
Teremos a Moda Bruta, e as Modas calculadas pe-
Logo, a equação de transformação será: las fórmulas de King e Czuber.

Degrau Cultural 153

16_Estatistica.pmd 153 22/12/2010, 11:13


Matemática

Moda Bruta Calcularemos a Moda pela a fórmula de Czuber.


É o ponto médio da classe que contém a moda. Tra- Vamos identificar os seguintes elementos:
ta-se de um cálculo bruto, sem precisão.
limite inferior da classe modal (lMo = 4)
freqüência simples da classe modal(fmod) = 15
freqüência simples da classe anterior (fant) = 12
freqüência simples da classe posterior(fpost) = 13
Moda de King amplitude do intervalo da classe modal (h) = 2
É menos preciso do que a Moda de Czuber, seu cál-
culo será feito pela seguinte fórmula. Vamos calcular a Moda usando a seguinte fórmula:

Moda de Czuber Substituindo os valores, teremos:

A fórmula de Czuber apresenta o valor mais preciso


para o cálculo da Moda.

Vejamos os procedimentos de cálculo da Moda de


uma distribuição pela fórmula de Czuber.

1º Passo: Determinar a classe modal e o limite infe- Alternativa: C


rior, do intervalo que representa a classe modal.
2º Passo: Identificar esses elementos: Cálculo da Mediana

freqüência simples da classe modal(fmod) Para valores agrupados em classes de freqüências,


a Mediana será calculada através de uma fórmula.
freqüência simples da classe anterior (fant) Vejamos os procedimentos de cálculo da Mediana
de uma distribuição em classes de freqüências.
freqüência simples da classe posterior(fpost)
amplitude do intervalo da classe modal (h) 1º Passo: Completar a tabela criando a coluna para
as Freqüências Acumuladas, caso não haja essa
3º Passo: Usar a fórmula de Czuber coluna.

2º Passo: Identificar a classe da Mediana, procuran-


do o elemento que ocupa a posição.
ER3. (FCC) A tabela abaixo apresenta a distribuição Para uma quantidade par de elementos a posição da
de freqüências das notas, obtidas num teste de múl-
tipla escolha de matemática, onde cada questão certa Mediana será
vale um ponto, realizado por 50 estudantes. Para uma quantidade ímpar de elementos a posição
da Mediana será

3º Passo: Identificar esses elementos relativos à clas-


se mediana:

Limite inferior da classe que contém a mediana (Lint)

A moda é igual a: Freqüência acumulada anterior à classe da mediana


(Fant)
a) 4,8 b) 5,0 c) 5,2 d) 5,5 e) 5,8
Amplitude da classe que contém a mediana (hmd)
Resolução:
Freqüência simples da classe da mediana (fmd)
Vamos inicialmente achar a classe modal, isto é, a
classe de maior freqüência absoluta. 4º Passo: Usar a fórmula

A maior freqüência encontrada (f = 15) ocorre na


Classe 3, portanto a Moda se encontra no intervalo
→ 4 |--- 6.

154 Degrau Cultural

16_Estatistica.pmd 154 22/12/2010, 11:13


Matemática

ER4 (FCC) A tabela abaixo apresenta a distribuição EF4. O levantamento de dados sobre os salários de
de freqüências das notas, obtidas num teste de múl- 100 funcionários de uma determinada empresa for-
tipla escolha de matemática, onde cada questão certa neceu os seguintes resultados
vale um ponto, realizado por 50 estudantes.

Com base nesses valores, a média, a mediana e a


A nota mediana desses estudantes é moda valem respectivamente:

a) 4,8 b) 5,0 c) 5,2 d) 5,5 e) 5,8 a) 5,80; 5,43; 4,80 d) 6,85; 5,43; 3,12
b) 6; 5; 4 e) 7,85; 5,43; 4,80
c) 5; 6; 7
Resolução:
Vamos inicialmente completar a tabela criando a co- 5. Outros tipos de média
luna para as Freqüências Acumuladas
Quando é pedido para calcular a média de uma série
de dados, esse valor se refere à média aritmética;
outros casos de média, como a Geométrica ou a Har-
mônica, deverão ser solicitados pelo nome completo.

Média harmônica
É utilizada quando os fenômenos envolvidos variam
de forma inversamente proporcional a outros consi-
derados.
Iremos agora identificar a classe da Mediana, procu-
rando o elemento que ocupa a posição. Na Bolsa de Valores, onde a média aritmética das
cotações de títulos deve corresponder à média har-
Como a distribuição tem 50 elementos, para essa mônica das taxas de juros do mercado.
quantidade par de elementos (n = 50) a posição da
Mediana será ou seja, o 25º elemento. Nas populações, onde a média aritmética da taxa de
mortalidade corresponde à média harmônica da du-
O 25º elemento, se encontra na Classe 3, portanto a ração de vida.
Mediana se encontra no intervalo → 4 |--- 6.
 Dá mais importância aos valores menores da dis-
Identificaremos esses elementos relativos à classe
tribuição.
mediana:
Limite inferior da classe que contém a mediana (linf = 4)
Freqüência acumulada anterior à classe da  Não é definida quando pelo menos um valor da
mediana(Fant = 16) série for nulo.
Amplitude da classe que contém a mediana (hmd = 2)
Freqüência simples da classe da mediana (fmd = 15)
 A Média Harmônica é o inverso da média aritméti-
Calcularemos a Mediana aplicando a fórmula: ca dos inversos dos valores observados.

Se os dados não estiverem agrupados, à Média Har-


mônica Simples será:

Se os dados estiverem agrupados sob a forma de


Alternativa: C distribuição por classe de valores, a Média Harmôni-
ca Ponderada será:

Degrau Cultural 155

16_Estatistica.pmd 155 22/12/2010, 11:13


Matemática

O primeiro quartil (Q1) separa a seqüência ordenada,


deixando à sua esquerda 25% de seus valores, e
MÉDIA GEOMÉTRICA 75% à sua direita.
Quando uma variável tende a crescer ou decrescer
geometricamente, recomenda-se o uso da média ge-  O segundo quartil é igual à mediana (Q2 = Md)
ométrica, que é definida como sendo a raiz n-ésima
do produto dos n valores da série observada. III) DECIL
Divide a série ordenada em dez partes iguais. Há,
Ao contrário da média aritmética, a média geométri- portanto, nove decis.
ca não é muito influenciada pelos valores ex-
tremos de uma seqüência numérica. O primeiro decil (D1) separa a seqüência ordenada,
deixando à sua esquerda 10% de seus valores e 90%
A Média Geométrica Simples será calculada por: à sua direita.

 O quinto decil é igual à mediana (D5 = Md = Q2) .


A Média Geométrica Ponderada será calculada por:
IV) PERCENTIL
Divide a série ordenada em 100 partes iguais. Há,
portanto, noventa e nove percentis.

O primeiro percentil (P1) separa a seqüência ordena-


Comparação entre as médias da, deixando à sua esquerda 1% de seus valores e
99% à sua direita.
Considerando uma série de valores, as médias cal-
culadas seguem:  O qüinquagésimo percentil é igual à mediana
(P50 = Md = Q2 = D5)

Cálculo dos Valores Separatrizes


EF5. (ISS) Dada a variável x que assume os valores
4 e 9, podemos afirmar que: Dados não agrupados

a) a média geométrica é igual a 5,55 Basta ordenar os dados, ou seja, obter um Rol e em
b) a média harmônica é igual a 6,00 seguida dividir conforme a posição.
c) as médias geométrica e aritmética valem, respec-
tivamente, 6,50 e 6,00. Vamos obter o primeiro quartil dos dados da seqüência
d) as médias harmônica e aritmética valem, respecti- X: 3, 4, 7, 4, 4, 9, 1, 10, 10, 11, 12, 15
vamente, 5,54 e 6,50.
e) a média harmônica é maior que a média aritmética. Passo 1: Ordenar a seqüência (Rol).
Rol: 1, 3, 4, 4, 4, 7, 9, 10, 10, 11, 12, 15
6. Valores separatrizes
Passo 2: Como queremos o Q1, devemos dividir a
São números reais que dividem a seqüência ordena- quantidade de valores da seqüência (12 valores) por
da da distribuição em partes que contêm a mesma quatro (4), ou seja, 25% de 12.
quantidade de valores.
0,25 x 12 = 3 (será o terceiro valor do Rol).
I) MEDIANA
Divide a distribuição em duas partes iguais. Temos:
Q1 = 4 (25% dos valores são menores ou iguais a 4).
 Geometricamente a mediana é o ponto tal que
uma vertical por ele traçada divide a área sob o histo- Dados agrupados
grama em duas partes iguais.
1º caso – Variável discreta
II) QUARTIL
Divide a série ordenada em quatro partes iguais. Há, Vamos observar os passos, para se obter o terceiro
portanto, três quartis. quartil da série.

156 Degrau Cultural

16_Estatistica.pmd 156 22/12/2010, 11:13


Matemática

Limite inferior da classe do elemento a ser calcula-


do (linf).

Freqüência absoluta simples da classe do elemento


a ser calculado (f).

Freqüência acumulada anterior do elemento a ser


calculado (Fant).
Passo 1: Construir a coluna das freqüências acumu-
ladas na tabela. Amplitude da classe do elemento a ser calculado h).

ER5. Em um ensaio para o estudo da distribuição de


um atributo financeiro (X) foram examinados 100 itens
de natureza contábil do balanço de uma empresa.
Esse exercício produziu a tabela de freqüências abai-
xo. A coluna Classes representa intervalos de valo-
res de X em reais e a coluna f representa a freqüên-
cia simples. Assinale a opção que corresponde à
Passo 2: Como queremos o Q3, devemos calcular: estimativa do décimo percentil da distribuição de X.

(será o 18º valor), basta encon-


trar a freqüência acumulada imediatamente superior
a 18, isto é, F4 = 21 é o valor correspondente à quarta
classe.
x18 = 7

2º caso – Variável Contínua a) 10,56 b) 10,60 c) 11,00 d) 11,20 e) 11,50


Nesse caso iremos adaptar a fórmula da Mediana
para valores agrupados em classes de freqüências Resolução:
para o cálculo dos quartis, dos decis e dos per- Passo 1: Construir a coluna das freqüências acumu-
centis.
ladas na tabela.
I) MEDIANA

II) QUARTIS

Passo 2: Como queremos o P10, devemos localizar


esse elemento. A sua posição será:

O elemento é o 10º valor da distribuição, que se en-


III) DECIS contrar na 2ª classe de intervalo 10 |--- 20.
Sendo uma variável contínua, devemos utilizar a fór-
mula empregada no cálculo da mediana, com as devi-
das alterações.

IV) PERCENTIS (CENTIS)

Para cada Medida Separatriz que se está calculando


deveremos determinar:

Degrau Cultural 157

16_Estatistica.pmd 157 22/12/2010, 11:13


Matemática

FANT freqüência acumulada anterior à classe do dé-


cimo percentil: 9
h amplitude da classe décimo percentil: 10

Temos:

Alternativa: A

Observação:

Os valores separatrizes também poderão ser usadas


como medidas de tendência central.
No caso dos quartis, a relação será usada
como medida de tendência central.

No caso dos decis, a relação será usada


como medida de tendência central.
No caso dos percentis, a relação será usa-
da como medida de tendência central.

Elas podem ser consideradas como medidas de ten-


dência central, pois numa distribuição simétrica te-
mos que = Md = Q2 = D5 = P50.

E nas distribuições simétricas, teremos:

158 Degrau Cultural

16_Estatistica.pmd 158 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

Conhecimentos
Específicos
Processos Administrativos
162 Noções de Recursos Humanos
172 Treinamento, Desenvolvimento e Educação
174 Redação Oficial
188 Recursos Materiais e Patrimoniais
190 Nível de Serviço
191 Função Administração Patrimonial
193 Conceitos Gerais de Compras
196 Aspectos Relevantes do Decreto nº 2745/98
208 Modalidades de Transporte
209 Noções de Gestão, Planejamento, Previsão e Controle de Estoques
213 Noções de Armazenagem

Matemática Financeira
228 Razão e Proporção
233 Capitalização e Descontos
233 Juros Simples
235 Juros Compostos
238 Valor Presente Líquido
238 Valor Futuro Líquido
240 Fluxos de Caixa

Noções de Informática
242 Conceito de Internet e Intranet e Principais Navegadores
244 Principais Aplicativos Comerciais para Edição de Textos e Planilhas, Correio Eletrônico,
Apresentações de Slides e para geração de Material Escrito, Visual e Sonoro, entre outros
290 Rotinas de Proteção e Segurança
295 Conceitos de Organização de Arquivos e Métodos de Acesso

Degrau Cultural 159

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Conhecimentos Específicos

160 Degrau Cultural

00_Sumario Espec.pmd 160 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

Processos
Administrativos

Degrau Cultural 161

00_Rosto Processos Administrativos.pmd 161 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

O PAPEL DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS


O setor de Recursos Humanos era um mero departa- do funcionário, compatível com as necessidades da Ins-
mento mecanicista que cuidava da folha de pagamento e tituição e com os recursos disponíveis; Desenvolver ações
da contratação do profissional que exigia desse profissi- no sentido da formação de gerentes com postura partici-
onal apenas experiência e técnica, não havia um progra- pativa, capacitando-os para o exercício do papel de orien-
ma de capacitação continuada do profissional. tador e estimulador do desenvolvimento e desempenho
dos colaboradores; Possuir instrumentos de avaliação
A Gestão de Pessoas é caracterizada pela participação,
da satisfação dos funcionários e indicadores organizaci-
capacitação, envolvimento e desenvolvimento do bem
onais, bem como ações para identificação, análise e so-
mais precioso de uma organização que é o Capital Hu-
lução de problemas e melhoria dos serviços.
mano que nada mais são que pessoas que a compõe.
Cabe a área de Gestão de Pessoas a nobre função de Em linhas gerais, uma organização não será capaz de
humanizar as empresas. Gestão de Pessoas é um as- demonstrar respeito por seus consumidores se não pra-
sunto tão atual na área de Administração, mas que ainda ticar este mesmo princípio internamente, até porque são
é um discurso para muitas organizações, ou pelo menos os recursos humanos da empresa que possuem contato
não se tornou uma ação prática. direto com os públicos externos.
Compete ao Departamento de Recursos Humanos pro- A vantagem de existir uma política é que ela explicita, para
mover, planejar, coordenar e controlar as atividades de- todos os membros da organização, o que se espera de
senvolvidas relacionadas à seleção, orientação, avalia- cada pessoa, seja ela ocupante de cargo técnico, admi-
ção de desempenho funcional e comportamental, capa- nistrativo ou de direção. Desta forma, cada um tem a chan-
citação, qualificação, acompanhamento do pessoal da ce de saber seus direitos e deveres, o que é esperado
instituição num todo, assim como as atividades relativas como contribuição individual, por que razões seu desem-
à preservação da saúde e da segurança no ambiente de penho está sendo avaliadas positivamente ou não, for-
trabalho da Instituição. mas de superar eventuais dificuldades e assim por dian-
te. O importante, então, é que haja uma política de recur-
O setor de gestão de pessoas tem uma grande respon-
sos humanos e não que esta política esteja difusa, por-
sabilidade na formação do profissional que a instituição
quanto só existente na cabeça de uma pessoa ou de um
deseja, objetivando o desenvolvimento e crescimento da
grupo restrito de pessoas.
instituição como o do próprio funcionário, tido como cola-
borador para adquirir os resultados esperados. Para isso Não só nas instituições mas na própria vida, o comporta-
a gestão de pessoas procura conscientizar esse colabo- mento ético vem sendo muito requisitado, por questões
rador de que suas ações devem ser respaldadas nos simples, confiança e respeito, tal comportamento é uma
seguintes princípios: grande necessidade para crescimento da empresa e tam-
bém pessoal, tal atitude trás junto de si a questão da
• Desenvolvimento responsável e ético de suas atividades;
responsabilidade social, também muito debatida, requi-
• Capacidade de atuação baseada nos princípios da sitada e presente na sociedade, a fim de evitar conflitos
gestão empreendedora; pessoais que possam atrapalhar o bom andamento da
• Capacidade de realização de tarefas que incorporem vida da pessoa e também da própria vida da empresa. O
inovações tecnológicas; gestor na área de Gestão de pessoas deve ser nesse
• Capacidade de trabalhar em rede; sentido um facilitador para que as relações ocorram den-
tro dos princípios e missão da instituição.
• Capacidade de atuar de forma flexível;
Certamente será este o diferencial que vai motivar a pes-
• Conhecimento da missão e dos objetivos institucio-
soa, que vai fomentar nela o espírito de socialização, de
nais das organizações em que atuam;
trabalho em grupo e por ai vai, gerando crescimento tanto
• Dominar o conteúdo da área de negócio da organização; pessoal como social e para a própria empresa também.
• Capacidade de atuar como consultor interno das or- Tal ação vai fazer com que as pessoas se tornem parcei-
ganizações em que trabalham, entre outros. ros da empresa e não apenas funcionários, conduzindo a
Para desenvolver essas ações o gestor também deve ter: empresa ao sucesso, criando ai laços pessoais, tornando
Visão sistêmica, Trabalho em equipe, bom relacionamen- ativa na instituição e ate mesmo na sociedade, enfim dan-
to inter-pessoal, Planejamento, Capacidade empreende- do um novo sentido ao trabalho, a vida e as coisas.
dora, Capacidade de adaptação e flexibilidade, Cultura Um dos grandes obstáculos para o crescimento corporati-
da Qualidade, Criatividade e comunicação, Liderança, vo e conseqüentemente da empresa é a falta de pessoas
Iniciativa e dinamismo. eficientes, a perda de entusiasmo, a falta de motivação,
O treinamento é provavelmente a função de gestão de que a meu ver em muitos casos pequenas ações de valori-
pessoal mais destacada na literatura teórica e prática zação do quadro pessoal já seria significativo. Não pode-
sobre a melhoria da qualidade. Na chamada Era do Co- mos esquecer que estamos trabalhando com pessoas
nhecimento, o treinamento é apresentado como o mais humanas e não com instrumentos ou máquinas.
importante fator crítico de sucesso. Para isso acontecer é
necessário Formular e coordenar a execução de um pla- Fonte:
no de capacitação anual voltado para o desenvolvimento www.Via6.com/topicos.php

162 Degrau Cultural

01_Recursos Humanos.pmd 162 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
O Processo de Recrutamento e Seleção - Prepare o anúncio: Redija o anúncio com cautela e o
O recrutamento é uma ação necessária e é um con- máximo de informações que sejam claro e objetivo o
junto de procedimento que atraem candidatos qualifi- que você procura nos candidatos. Dependendo do
cados e capazes de ocuparem cargos da organiza- cargo é conveniente contratar uma agência de publici-
ção. Recrutamento são as formas que a empresa irá dade. O anúncio deve informar claramente:
utilizar para chamar e atrair os candidatos para a se- - Responsabilidades e deveres do cargo
leção, portanto podemos afirmar que o recrutamento - Experiência e qualificações exigidas
é uma foma de comunicação com o ambiente externo.
Organização → Comunidade. - Qualidades pessoais desejadas
O recrutamento exige planejamento: é necessário ter a - Local de trabalho
certeza que existe uma vaga a ser preenchida; Observar a - Indicação de salário
descrição da vaga, caso haja necessário realizar altera-
- Forma de resposta exigida (curriculum vitae)
ções, ou seja, reconfigurar o cargo já existente; Conside-
re que em todos os locais possíveis você pode encontrar - Informações adicionais estão disponíveis e de que
um profissional. forma
É um processo demorado, que exige tempo e calma, po- - Preparar uma lista de candidatos: Selecionar as soli-
dendo provocar o atraso no preenchimento do cargo. citações de emprego. Decida a quantidade de pesso-
as. Busque opiniões de outras pessoas sobre os can-
Algumas ações necessárias para o recrutamento:
didatos.
- Decidir se você possui uma vaga: Determine a neces-
- Responder aos candidatos: Os candidatos que não
sidade de que essa atividade seja executada ou se
participarão da entrevista devem ser comunicados o
poderia ser incorporada ao trabalho de outro colabo-
quanto antes e tratados com cortesia. Aqueles que par-
rador. Um funcionário temporário, ou tempo integral,
ticiparão da entrevista também devem ser contatados
ou meio período, qual seria mais importante para as
rapidamente para ver se ainda há interesse no empre-
tarefas que serão executadas? Lembre-se que você
go para marcar data e horário para uma entrevista.
pode usar empresas de consultorias especializadas
em seleção e recrutamento. Realizando um recrutamento corretamente você trará para
a empresa profissionais capacitados e qualificados para
- Consultar o pessoal envolvido: Consulte a Alta Admi-
o cargo, contribuindo para o crescimento da organização.
nistração. Converse com as pessoas com quem o novo
colaborador irá trabalhar diretamente. Você pode aca- “O êxito de uma empresa no futuro depende da sua ha-
tar opiniões e sugestões de ex-ocupantes do cargo, bilidade em selecionar hoje as pessoas com potencial
que tenham mais experiências. para terem desempenhos com alto nível de qualidade”.
Charles Flory
- Definir a pessoa de que você precisa: Relacione as
atribuições, responsabilidades e as pessoas que en- A base do sistema de recursos humanos é uma avalia-
volvem a atividade. É importante estar claro as qualifi- ção feita a partir da complexidade gerada por um organis-
cações que você busca nos candidatos, suas qualida- mo individual ou coletivo, podendo ser social ou organi-
des pessoais, qual o tempo de experiência que é exi- zacional.
gido e o tipo de experiência. Atualize o cargo e suas Por sistema, na linguagem direta, podemos entender
funções. Estabeleça o tempo de treinamento que o como o “1. conjunto de elementos entre os quais há uma
funcionário deverá estar apto. relação. 2. disposição das partes ou dos elementos de
- Verificar suas expectativas: Comece a pensar se as um todo, coordenados entre si, e que formam uma estru-
pessoas querem entrar na sua empresa, como fazer tura organizada. 3. Reunião dos elementos naturais da
para atraí-las? Quais os locais que você poderá bus- mesma espécie.” Dicionário Aurélio
car candidatos com o perfil desejado? Defina o salário O sistema como conhecemos nos dias atuais teve sua
e seus benefícios. divulgação datada do século XIX pelo filósofo Herbert Spen-
- Planejar a procura de candidatos: Você pode começar cer que o enxergou da seguinte forma:
dentro da empresa, verificando se há possíveis profis- a) o crescimento;
sionais com o perfil escrito para o cargo a ser preenchi-
do, mesmo que aparentemente não tenha, não deixe b) a medida que cresce torna-se mais complexo;
de anunciar a vaga internamente, porque eles podem c) sendo mais complexo, suas partes exigem uma cres-
passar a informação adiante, para amigos ou parentes cente interdependência mútua;
interessados. Faça valer seus contatos em diferentes
d) em ambos os casos há crescente integração acom-
locais para utilizar como forma de recrutamento, boca-
panhada por crescente heterogeneidade.
a-boca também pode ser uma boa opção, feiras de
empregos e utilizar a internet como ferramenta para Outra declaração do sistema é relatada na década de 30
anunciar a vaga. E então, decida onde anunciar. pelo então filósofo e cientista Clause Lévi-Strauss, que

Degrau Cultural 163

02_Recrutamento e Seleção.pmd 163 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

dizia: “uma estrutura oferece um caráter de sistema, con- Essa avaliação estará mensurada em relação ao
sistindo em elementos combinados de tal forma que qual- salário versos o nível de atividades a serem desen-
quer modificação num deles implica uma modificação de volvidas. É importante destacar que para esse fim já
todos os outros” deveríamos ter pronto o parâmetro de cargos e sa-
Podemos remeter tal análise ao sistema organizacional lários da organização.
da empresa, razão está que nos leva a interpreta-la como c) O recrutamento e seleção de profissional deve ser
tendo uma cultura que assimila as bases fundamentais: seguido com eficiência, pois seu direcionamento ine-
ficiente é conseqüência de resultados negativos como:
a) filosofia administrativa;
a) alto índice de giro de pessoal; b) aumento substan-
b) políticas de atuação; cial dos custos de recrutamento; c) baixa qualidade de
c) tradição e imagens; e nível profissional.
d) Para se atingir um nível de qualidade no recrutamento e
d) processos
seleção deve-se seguir um acompanhamento dos
Para que a estrutura de recursos humanos interaja den- meios pelos quais busca-se contratar um profissional,
tro do sistema, devemos avaliar os subsistemas que a assim destacamos: a) a fonte – empresas de consulto-
compõe. ria, anúncio (aberto ou fechado), interno; b) a forma –
Dados internos: testes, psicotécnico, dinâmica de grupo, entrevista; c) o
tempo – urgente, breve, médio prazo, longo prazo; d)
a) Filosofia empresarial;
custo – disponibilidade financeira para a contratação.
b) Objetivos da empresa junto ao RH; e) É importante considerar que a área de RH desenvolve
c) Políticas de RH. suas atividades em função do que o mercado de tra-
balho fornece naquele momento. Essa consideração
Dados externos:
leva-se em conta a situação econômica, política, soci-
a) Atividade econômica; al e educacional pela qual o país se encontra naquele
b) Mercado de trabalho; exato momento.
c) Tecnologia; e
Como enfrentar um processo de Recrutamento e
d) Legislação. Seleção?
Procedimentos: Quem lê esse título talvez transborde de esperança pen-
a) Administração de cargos e salários; sando que vai encontrar a fórmula mágica para enfrentar as
feras chamadas “recrutadores” e “selecionadores” das
b) Recrutamento e seleção de pessoal;
empresas de RH ou afins. Mas pode tirar o seu currículo da
c) Treinamento e desenvolvimento profissional; chuva. Não existem fórmulas - existem conceitos que, apli-
d) Avaliação de desempenho; cados ou não, poderão definir um pouco da sua vida ante
esse mais que costumeiro desafio de vida corporativa!
e) Administração participativa; e
Vamos começar falando do termo “Recrutamento”. CARA,
f) Negociações. VOCÊ PRECISA SER ACHADO. Então, vamos combinar:
Realização: onde você anda divulgando o seu talento? Pense nisso!
a) Integração de RH ao negócio; Só irão te recrutar se te acharem...
b) Força de trabalho motivada; Quanto ao processo de seleção... Bom, acho que é por
isso que se chama “processo”... A coisa fica um pouco
c) Aumento da produtividade;
feia, pois por mais que você estude, pesquise todos os
d) Maior integração no trabalho; e “googles” da vida em busca de dicas, roteiros, bola de
e) Consecução dos objetivos de RH cristal, como se comportar, conhecer todas as dinâmi-
cas, preparar um currículo digno de ser uma autobiogra-
Partindo da ótica desses subsistemas devemos anali-
fia best de vendas, etc,etc, e etc...ainda assim parece que
sar o funcionamento de cada um na estrutura do RH, e
o nervosismo toma conta e o nosso entrevistador mais
conseqüentemente persuadi-los a integrar o sistema or-
parece o maior e letal arqui-inimigo de tudo e todos os
ganizacional.
que sentam a sua frente...

- Recrutamento e Seleção de Pessoal: Portanto, em dicas rápidas e bem simples, além de tudo
o que você considerar prudente, não esqueça dos se-
a) Recrutar e selecionar profissionais deve servir para a guintes lembretes gerais:
empresa como função estratégica do seu objetivo fi-
nal. O ato em si é uma ferramenta importante, que 1. Aprenda a montar um CV atraente, conciso e sobre-
pode direcionar o segmento da empresa para o su- tudo PERFEITO, sem exageros e mentiras...
cesso ou fracasso, podendo essa avaliação variar 2. Distribua esse currículo APENAS às empresas que
dentro de um departamento ou setor. você REALMENTE quer trabalhar, isso inclui que você
b) Se temos um posto de trabalho disponível na em- pelo menos visite o site dela;
presa, devemos avaliar e classificar suas funções. ...e durante a entrevista:

164 Degrau Cultural

02_Recrutamento e Seleção.pmd 164 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

3. NÃO chegue atrasado, jamais. Não existe desculpa


ou motivo para isso! Na prática isso pode ser critério
de desempate!
4. Use uma roupa digna, barba feita, cabelo coerente...
5. Sempre, sempre, sempre e sempre: leve caneta, se
possível duas, três...
6. Desligue o celular, para garantir que ele não toque
durante a entrevista, que tal jogá-lo na lata de lixo
antes de começar a entrevista?
7. Tenha cópia do CV em mãos;
8. Nunca, nunca, nunca e nunca minta, nem exagere,
nem fale demais...nem de menos;
9. Nunca implore pelo emprego evocando questões
emocionais, do tipo: “preciso do emprego pois sou o
único que sustenta a casa com 8 irmãos pequenos”...
10. Não ache que vai conseguir um emprego se não es-
tiver preparado para uma vaga. Vá estudar!

Essas são dicas básicas. Quer aprender mais? Estude.


Pesquise. Saia na frente!

Fonte:
www.guiatrabalhista.com.br/obras/cargosesalarios

Degrau Cultural 165

02_Recrutamento e Seleção.pmd 165 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

BENEFÍCIOS
Fornecimento de Benefícios A Qualidade de Vida no Trabalho/QVT como diferencial
para a Empresa
a) Os benefícios como conhecemos hoje não é uma tra-
dução de algo que tenha evoluído a partir da origem de O cenário de rápidas e contínuas transformações em
outro, eles são a conquista da classe dos trabalhado- questão inseridas nas organizações provocou aumento da
res através da concorrência que o mercado de traba- competitividade e, em decorrência, a necessidade de revisão
lho criou ao longo dos anos, são visionários do mer- dos paradigmas de gestão e das estratégias de inserção e
cado externo e instigados pelos incentivos fiscais. manutenção nesse contexto turbulento e mutável. Aspectos
ético-legais, ergonômicos, de saúde e segurança, entre
b) Hoje temos diversas formas de benefícios que visam
outros, foram sendo implantados e atualizados segundo as
atrair a atenção do profissional, e quando os novos
novas demandas advindas do processo e das relações de
benefícios vão se tornando hegemonia nas organiza-
trabalho. A problemática vivenciada pelo homem trabalhador
ções, outros vão sendo criados.
foi sendo cada vez mais estudadas e para dar conta da sua
c) Podemos destacar alguns: prevenção ou resolução, muitas áreas das ciências
a. Décimo quarto salário; envolveram-se com o estudo da qualidade de vida no
trabalho. As ciências exatas, humanas, sociais e da saúde
b. Décimo quinto salário; contribuíram para que a harmonia e o equilíbrio na relação
c. Bônus mensal em dinheiro; homem-trabalho pudessem ser almejados. Hoje, todas as
d. Distribuição de lucro (Lei 10.101/2000); áreas das ciências dedicam-se a investigar a vida no
trabalho para agregar mais qualidade, entendendo-a como
e. Prêmio (viagens, títulos, cursos, bens móveis ou a uma variável que contempla dimensões impregnadas da
imóveis, dinheiro, etc.); subjetividade humana.
f. Vale combustível, refeição, desconto, transporte; Existe a percepção de que a Gestão da Qualidade de Vida
g. Pagamento de faculdade; no Trabalho/GQVT possa ser tanto mais eficaz quanto maior
a correlação entre as políticas e ações para melhoria da
h. Entre outros
Qualidade de Vida no Trabalho/QVT e nas necessidades e
d) Junto aos benefícios é importante considerarmos qual expectativas dos trabalhadores. Assim, essa premissa
é a função que eles exercem na organização. Poden- caracteriza o pressuposto que originou este estudo. Sabe-
do ser motivadora, concorrência, melhor remuneração, se que, de modo geral, as organizações apresentam
participativa. políticas e ações para GQVT, contudo questiona-se a
e) É sabido que a forma direta de pagamento para o coerência, efetividade e resolutividade das mesmas,
profissional tem sua carga tributária muito alta, inibin- quando elas são planejadas, propostas e implantadas
do que as empresas possam elevar o pagamento ao sem fundamentar-se em um diagnóstico que retrate o que
patamar merecido pelo trabalhador, em razão disso o trabalhador entende por QVT e que necessidades e
criou-se um sistema indireto de retribuição ao traba- expectativas ele quer ver atendidas.
lhador, que são os benefícios. No desenvolvimento de Programas e Ações de Qualidade
f) O governo por seu turno procurou impedir que essa de Vida no Trabalho/PAQVT é necessária a identificação
prática se tornasse um hábito que desvirtuasse o que de indicadores a partir de um bom instrumento de
na verdade seria salário, editando leis que proíbem diagnóstico.
forma indireta de fornecimento de benefícios, caracte- Em maioria das pesquisas de PAQVT, em empresas, os
rizando o chamado salário “in natura”. seguintes aspectos chamam a atenção, considerando
g) A justiça por diversas vezes definiu que certos benefí- uma análise da compilação de dados da pesquisa, que
cios fornecidos de forma habitual ou irregular são na justificam a criação de uma metodologia de sistemas
verdade salários e integram a remuneração do em- para Qualidade de Vida no Trabalho/QVT: 96,3% dos
pregado para todos os fins. respondentes concordam que toda empresa deve ter um
Programa de Qualidade de Vida no Trabalho, sendo que
h) Fornecer benefícios requer observar a lei, atender às 59,9% conhecem claramente o tema. 33% reconhecem
exigências do mercado de trabalho e as condições da as ações de QVT, como investimento e não simples
organização. É uma grande jogada de marketing mer- “despesas” no resultado das empresas. 50,2% acreditam
cadológico, que deve ser conduzida com cautela, pes- que os programas devem ser alinhados às principais
quisa, simulação e avaliação da necessidade. estratégias do negócio; 89,5% concordam que os
i) Uma organização que resolve incentivar o fornecimento programas de QVT contribuem positivamente em 92,8%
de determinado benefício e não tem condição de guar- da produtividade do negócio; 66,4% afirmam que os
necer o futuro, poderá ter surpresa desagradável junto resultados das ações e programas de QVT são
aos seus profissionais, que poderão interpretar com mensuráveis; 49,8% conhecem modelos gerenciais para
um sinal negativo e bem provável, por mais explicação implantação de Programas de QVT; 98,6% acreditam que
que haja, que será traduzido com a posição na empre- os programas de QVT são importantes para a
sa de cada um; ou seja, haverá várias interpretações. Administração das Empresas.

166 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Da amostra; 62,2% discordam, quando se afirma que as


ações de QVT são desnecessárias; 89,0% acredita que o
tema QVT deve ser melhorado; 76,5% são unânimes em
afirmar que existem pressões externas, para implantação
de Programas de QVT, exercidos principalmente pelos
sindicatos e outras empresas que se mostram mais
competitivas; 36,9% acredita que o pessoal de operações
são os que mais precisam das ações de QVT; 71,9%
sabem que empresas no Brasil possuem programas
abrangentes de QVT e 97,2% acredita em melhorias de
produtividade, oriundas das ações de QVT.
Apesar dos aspectos positivos, na prática, percebe-se
que ainda existe muito a fazer pelo tema QVT nas
empresas brasileiras: existem ações que são
extremamente pontuais e não estão alinhadas, em uma
política macro de gestão, o que poderia trazer uma grande
diferencial competitivo para as empresas.
Claro que algumas já são espertadas e investem
massivamente no tema, principalmente as empresas
modelo EXAME – Melhores Empresas para se Trabalhar,
que apresentam uma política organizada de gestão do
tema qualidade de vida. Outro fato que é importante citar,
é que nem sempre os programas implantados são
adequadamente planejados e mensurados. Por exemplo:
é super importante a implantação de um Programa de
Ginástica Laboral/PGL na empresa, porém, a falta de
correção dos aspectos de Ergonomia no ambiente de
trabalho continuará causando problemas físicos aos
trabalhadores, como também, interferem nos resultados
o descomprometimento dos trabalhadores em
absorverem as práticas e entenderem o quanto são
primordiais para o bem estar do indivíduo.

Fonte:
www.unicamp.br

Degrau Cultural 167

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Conhecimentos Específicos

BENEFÍCIOS E SERVIÇOS
Refletindo Sobre Remuneração, Benefícios e Incentivos: Como explicado na sessão anterior, a remuneração total,
concedida aos trabalhadores, como forma de pagamento
Remuneração inclui o retorno financeiro e os serviços e é composta, via de regra, de salário, benefícios e incenti-
benefícios tangíveis que os empregados recebem como vos. Até aí não tem mistério. O que tem acontecido, e isto
parte de pagamento de uma relação de trabalho (Milkovi- sim tem gerado sérios problemas de entendimento e erro
ch e Boudreau, 2000: 381). de conceituação e, por conseguinte, sérios problemas na
correta gestão dos subsistemas de RH, é a distinção entre
Entendendo de Remuneração Total. o primeiro frente ao segundo, e vice-versa.
Segundo Chiavenato (2004), ninguém trabalha de gra- Esta confusão, em minha percepção, é por conta do uso
ça. Dito de outra forma, as pessoas trabalham nas orga- indevido de termos sinônimos (ou próximos) que geram
nizações com determinadas expectativas, bem como um significativo mau entendimento e/ou de entendimen-
estão dispostas a trabalhar nessas organizações des- to dúbio, que possa melhor diferir um do outro.
de que sejam observadas as justas contrapartidas pelo
Melhor explicando, está ocorrendo um grande equívoco
seu esforço. Ou seja, ainda segundo Chiavenato (idem),
conceitual nas organizações na medida em que se no-
desde que a organização dê ao trabalhador algum retor-
meia, erradamente, um benefício chamando-o de incenti-
no pelo esforço empreendido, os trabalhadores estarão
vo, e vice-versa. E, como não poderia ser diferente, o resul-
dispostos a se dedicar ao trabalho e às metas da orga-
tado desse equívoco pode gerar significativos contratem-
nização. Na verdade, esta contrapartida é fruto de uma
pos visto que cada um tem a sua função e o seu objetivo; e,
reciprocidade (256).
ambos, se complementam e são importantes na gestão
Dessa forma, podemos concluir que remuneração é uma global das organizações, no que diz respeito ao RH.
contrapartida dada pelas organizações às pessoas ( seus
Assim, e sem aprofundar neste tema, nossa preocupa-
trabalhadores ). Ou melhor, segundo o mesmo Chiave-
ção será a de conceituar o que é benefício e incentivo e,
nato (idem), remuneração é um tipo de recompensa a
também de forma rala, apontar possíveis desdobramen-
partir da contribuição do trabalhador para o alcance dos
tos pelo seu mau uso, bem como os problemas que po-
objetivos traçados pelos empresários. Ainda, segundo
deremos encontrar com este uso equivocado.
este autor, a remuneração total concedida ao funcionário
é constituída, na contemporaneidade, de três componen-
tes principais: (i) a remuneração básica que é o paga- A - Benefícios
mento fixo que o funcionário recebe todos os meses (sa- Assim, e conforme já foi explicado na sessão anterior,
lário); (ii) incentivos salariais que são os componentes vamos começar conceituando benefícios que podem ser
desenhados exclusivamente para recompensar os funci- entendidos como uma espécie de remuneração indireta.
onários pelo bom desempenho. (bônus, participação nos Ou seja, aquela que o trabalhador recebe a fim de satis-
resultados e nos lucros etc..); e (iii) os benefícios. Ou, fazer às suas necessidades individuais, proporcionando
como é também conhecido, remuneração indireta (féri- um ambiente mais harmonioso e com significativo bem-
as, décimo terceiro, seguro de vida etc..) (Chiavenato, estar. Ratificando, portanto, o papel de um programa de
2004: 257-258). benefícios é o de levar aos trabalhadores bem-estar.
Assim, repetindo o conceito central, para terminar esta Na era pós-industrial, a despeito de percepções equivo-
sessão e melhor clarificar o entendimento sobre este cadas quanto à sua função e a seus usos, os benefícios
tema controverso, remuneração total é o pacote de re- têm se mostrado um importante aliado à gestão dos
compensas, quantificável, concedido ao trabalhador pelo RH, na busca, retenção, parceirização e na satisfação
desempenho de suas funções (Chiavenato, 2004: 258). do colaborador.
Ou seja, e ainda se apropriando de Chiavenato (idem),
Os Benefícios Sociais (Legais e Espontâneos) os benefícios têm como meta, tornar a vida do trabalha-
versus Incentivos. dor mais fácil e agradável. Ou melhor, os benefícios são
regalias e vantagens a título de pagamento adicional dos
Benefícios são regalias e vantagens concedidas pelas
salários. Ainda, e é bom que se diga, os benefícios, além
organizações, a título de pagamento adicional dos salári-
do aspecto pecuniário ou financeiro servem para livrar os
os à totalidade ou a parte de seus funcionários. Constitu-
funcionários de uma série de transtornos. Dessa forma,
em geralmente um pacote de benefícios e serviços que os benefícios estão ligados ( associados ) com aspectos
faz parte da remuneração pessoal. Os benefícios e servi- da responsabilidade social da organização (314-315).
ços sociais incluem uma variedade de facilidades e van-
tagens oferecidas pela organização, como assistência Porém, há que se ressaltar e grifar com todas as letras,
médico-hospitalar, etc. (...) Na verdade, os benefícios além de antemão, que os programas de benefícios não tem
do seu aspecto pecuniário ou financeiro servem para li- como função aumentar a produtividade do trabalhador,
vrar os funcionários de uma série de transtornos, (...). Os como se acredita corriqueiramente. Inclusive pela pró-
benefícios sociais estão intimamente relacionados como pria área de RH. Não é para isto que eles existem!
aspectos da responsabilidade social da organização (Chi- Sua existência tem outra função e objetivo. Daí muitas
avenato, 2004: 314-315). dúvidas e controvérsias quanto ao tema em destaque,

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Conhecimentos Específicos

mormente no âmbito do RH; e, por parte da gestão geral seus custos de produção etc.. Sem nenhuma crítica, este
das organizações que, via de regra, tem este entendi- modelo remuneratório complementar ( pacote de incen-
mento e/ou querem que os benefícios atuem com este tivos ) vem ganhando adeptos e espaço nas organiza-
fim (o de aumentar a produtividade do trabalhador). Esta ções, em função de que ele passa a ser uma via de mão
intenção equivocada vem provocando enganos, desmoti- dupla. Ou melhor, ele nada mais é do que um contrato de
vação e erro conceitual sérios, em alguns casos. risco entre o trabalhador e o empregador. Se o emprega-
Estas interpretações equivocadas, quanto ao entendimento dor atingir suas metas gerais ou setoriais pré-estabele-
conceitual do uso dos benefícios, vem gerando longos cidas e pactuadas, os trabalhadores se beneficiam des-
debates não só nas organizações, como nos sindicatos ta situação. Assim, ambos ficam felizes.
de classe, no governo, como também, na academia. Ou
seja, há que se melhor compreender o que vem a ser Implantando uma Política de Incentivos
remuneração total, para que, só depois, venha a se ter à
Administrar pessoas não é como administrar cabras,
correta percepção / entendimento do tema benefícios, bem
estoque físico etc.. Administrar pessoas requer algumas
como sua concepção, concessão e administração.
expertises que, via de regra, não atentamos e desconsi-
Assim, e repetindo para registrar e tentar não deixar qual- deramos na equação organizacional.
quer dúvida, a primeira coisa que se deve dessacralizar é
Isto porque, ao que parece, os empresários, nesses ca-
isto: os benefícios não são (ou não servem) para au-
sos, só levam em consideração as variáveis econômico-
mentar a produtividade do trabalhador. A natureza (ou a
financeira, tecnológica e de produção; e, esquecem a va-
sua eficácia; ou a sua função) passam pelo aumento da
riável incontrolável: gente.
qualidade de vida do trabalhador e/ou seu bem-estar.
Pessoas não gostam de ser manipuladas e/ou tratadas
B - Os incentivos como crianças ou seres apatetados! Ou melhor, pesso-
as não são seres passivos; ou, como alguns gostam de
Já no caso dos pacotes de incentivos não. Sua natureza, pensar, seres facilmente controláveis.
função e justificativa são outros. Ou melhor, não basta re-
munerar um trabalhador para que ele atinja determinado Se fosse assim não haveria a necessidade de se ter uma
ponto / meta. Ou seja, isto é necessário, mas não é, em área de RH. Se fosse assim, tudo seria controlável e o
alguns casos, o suficiente. Assim, a área de RH criou, na mundo não seria tão imprevisível como é.
era pós-industrial, o que se convencionou chamar de um Na verdade, quando criamos um novo pacote de incenti-
programa de incentivos ( ou pacotes ) que, via de regra, vos em nossas organizações, estamos, por definição,
tem este escopo e missão: incentivar continuamente o estabelecendo mecanismos de recompensas e/ou puni-
trabalhador para, que ele ultrapasse o seu desempenho ção. Ou melhor, quando implantamos sistemas de incen-
atual e alcance as metas e os resultados desafiantes tivos pretendemos aumentar nossa produção, produtivi-
formulados pelas organizações. Em contrapartida, o em- dade, margem de lucro e, no que diz respeito ao trabalha-
presário gratifica o trabalhador através de mecanismos dor, estamos acenando com algum tipo de gratificação.
amplamente conhecidos e divulgados: bônus, participa-
ção no lucro etc. (Chiavenato, 2004: 288-292). Se quisermos usar uma metáfora. Poderíamos dizer que
as organizações são como balanças. As pessoas contri-
A remuneração fixa (salários e benefícios) funciona, nes- buem e, as organizações, recebem sua contrapartida pela
te caso, como fator higiênico. Ou seja, não tem como
contribuição. A contribuição das pessoas é em termos de
objetivo alcançar este patamar de incentivo e de supera-
trabalho, dedicação, tempo e esforço e, a retribuição re-
ção. Não foi para isto que eles foram criados. No caso
cebida por este desempenho, deve ser em forma de re-
dos pacotes de incentivos, não! Via de regra, tal modelo
compensa, promoções, prêmios e reconhecimento (Chi-
complementar remuneratório, destina-se a induzir que
avenato, 2004: 288-291).
os trabalhadores trabalhem em benefício da organiza-
ção. Que superem obstáculos e alcancem novos pata- Assim, a concessão de um pacote de incentivos deve
mares de desempenho. respeitar alguns pontos importantes que devem ser ob-
servados a fim de que não tenhamos sérios problemas
Por que Incentivos? de diversas naturezas: (i) o incentivo deve ser percebido
como desejável pelos trabalhadores e que gere uma
Assim, em função do exposto acima, peço licença para mudança duradoura não só no ambiente organizacional,
fazer um parêntese neste instante. Não há espaço aqui, mas também no trabalho desempenhado pelo emprega-
neste artigo, para se criar nenhum juízo de valor quanto do; (ii) a gestão de RH deve cuidar para que esta conces-
ao mundo capitalista que vivemos e/ou a política econô- são não se esvazie com o tempo; (iii) a gestão de RH
mica adotada pelas nações. O que se percebe é que a deve cuidar para que esta ação não provoque quebra da
concorrência é perversa e acirrada, e que a questão ética motivação e que não haja boicotes nem conflitos inter-
tem sido esquecida nas gavetas dos grandes escritórios pessoais entre as equipes de trabalho. Isto porque, in-
das grandes corporações e nações por todo o planeta. centivos devem atuar como estímulo e não como instru-
Assim, ao que parece, as empresas procuram, dentro de mentos de disputas internas; (iv) os pacotes de incenti-
artifícios criativos, como os pacotes de incentivos, por vos devem estar ligados às atividades simples e repetiti-
exemplo, aumentar as suas margens de lucro, bem como vas. Ou melhor, atividades que não exijam dos trabalha-
aumentar a sua produtividade sem, contudo, aumentar dores raciocínio.

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Conhecimentos Específicos

Portanto, as atividades consideradas interessantes, Do contrário não saberemos que medida tomar. Assim,
este investimento é desnecessário e ineficaz; (v) Os transcreverei algumas dessas pressões e partirei para a
profissionais de RH têm que ter em mente que, nos pla- conclusão do artigo, propriamente dito.
nos de incentivos (quer queiramos ou não) punem. Ou As pressões externas: (i) o mundo e as organizações
melhor, a punição esta embutida; e, (vi) os planos de têm intensificado a competição de forma generalizada;
incentivos, mesmo com todos os aspectos positivos, não (ii) há uma tendência global com vistas à modificação
são naturais, são controladores e manipuladores (Kohn, da política industrial das nações; (iii) há uma crescente
1998: 47-69). (e acirrada) disputa pelos mercados externos e por no-
Portanto, e sem aprofundar visto que o espaço não permi- vas políticas voltadas ao comércio exterior, na busca
te, a moderna gestão de RH, no limite, deve estimular um incessante por novos mercados e parceiros estratégi-
ambiente de trabalho em equipe, equilibrado, produtivo e cos; (iv) o consumidor dessa nova ordem ganha o es-
de cooperação. Cabe ao RH criar mecanismos em que o paço da centralidade; e (v) a relação com a comunida-
desenvolvimento das habilidades e os conhecimentos de ganha novos contornos e importância (Wood Jr. e
permeiem as organizações e estas produzam melhores Picarelli Filho, 2004: 30).
produtos e serviços para uma vida melhor a todos. No outro lado da moeda, ou melhor, no âmbito das pres-
A crítica de alguns pesquisadores quanto a alguns pro- sões internas: (i) há um aumento significativo dos confli-
gramas de incentivos se prende ao fato de que algum tos internos por poder; (ii) há uma maior exigência, por
desses pacotes está calcado na suposição de que a parte dos trabalhadores, por maior autonomia e indepen-
eficácia está na soma dos desempenhos. O que é um dência no trabalho; (iii) a demanda por atividades mais
erro crasso. criativas e motivadoras estão em alta no seio da classe
Porém, e para concluir esta sessão, devemos apontar e trabalhadora; (iv) a tecnologia da informação é uma reali-
significar esta ação de RH (os pacotes de incentivos) dade em todos os escritórios e/ou nos locais onde o tra-
como importantes e não lesivos às organizações da era balho é produzido e desenvolvido; e, (v) a formação esco-
pós-industrial. O que devemos refletir é o como, onde, de lar do trabalhador está aumentando gradativamente nos
que maneira e com que transparência poderemos adotar países em desenvolvimento (Wood Jr. e Picarelli Filho,
2004: 30). Com uma ressalva, não a qualidade do ensi-
tais procedimentos. Dessa forma teremos empresas
no, mas a escolarização média.
mais justas, inclusivas e cidadãs.
Está claro para qualquer um que os antigos modelos de
trabalho, relações de trabalho, sistemas de controle e ou-
III - Reflexões Conclusivas
tros, estão sendo substituídos por modelos mais apropri-
Temos que entender que o mundo mudou. Isto é inesca- ados à nova ordem econômica, social, cultural e política.
pável e inquestionável!
Dito de outra forma, o modelo burocrático clássico de
Por outro lado, temos que estar sensíveis ao contexto administrar e gerir RH, está em franca fase de transfor-
das mudanças e as implicações dessas transformações mação e mutação. Assim, a modernização da gestão
sistêmicas, nos subsistemas de RH. Isto porque é ine- empresarial e a adoção de novos modelos de organiza-
gável e impossível de que não ocorram, impactos nessa ção do trabalho tendem a tornar as formas tradicionais
relação, já que tudo está interligado. de remuneração anacrônicas e ultrapassadas e devem
ser repensadas, bem como novos modelos remunerató-
Assim, quero terminar este artigo apresentando uma re- rios devem ser implantados no sentido de dar uma me-
flexão interessante, apresentada pelos consultores Wood lhor dinâmica à relação capital versus trabalho.
Jr. e Picarelli Filho (2004) em um livro intitulado: Remune-
ração Estratégica, de autoria destes consultores. Dessa Remunerar da forma clássica (salários e benefícios) é
forma, penso que melhor concluirei minha reflexão quan- um modelo que não agrega mais valor nem, por outro
lado, atrai talentos e os parceiriza. É um modelo que
to ao que escrevo ao longo dessas linhas.
está sendo deixado para trás por todas as empresas do
Segundo estes consultores, como afirmo no início desta novo milênio.
conclusão, estamos vivendo mudança sobre mudança.
Assim e para concluir, e sem esgotar o assunto, remu-
Estas mudanças, de tantas, agora ocorrem de fora-para- nerar corretamente virou importante / imprescindível para
dentro em nossas organizações e de dentro-para-fora as organizações que pretendem surfar na frente das
em velocidade estonteante. demais empresas que concorrem em seu mesmo ni-
Nossas empresas, diuturnamente, são convocadas a cho de mercado.
administrá-las. Assim, estes dois consultores apresen- Para que isto seja possível, as organizações estão sendo
taram neste livro, que cito acima, um esquema que, em forçadas a substituir seus antigos modelos mecanicistas
parte, será reproduzido a seguir e que atesta bem o de remuneração impostos pela ótica taylorista-fordista, do
paradigma atual que vivemos; e, que de certa forma nos início do século passado, para migrar para modelos mais
leva a crer que remunerar á fator estratégico e impres- modernos e que consigam melhor flexibilizar (de forma
cindível realmente. equilibrada) a multiplicidade do mundo moderno.
Assim, segundo estes autores, estamos sendo vítimas Ou melhor, as organizações deverão substituir seus sis-
de pressões externas e internas. Estas pressões preci- temas de remuneração por modelos mais flexíveis e
sam ser conhecidas por nós. mais alinhados à nova realidade econômica da era pós-

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Conhecimentos Específicos

industrial, bem como estes novos modelos remunera-


tórios (salários, benefícios e incentivos) deverão estar
alinhados aos objetivos estratégicos da organização.
Por conta disto, estes objetivos deverão ser factíveis e ao
mesmo tempo desafiadores e inteligentes; e, no limite,
terão de atender e conseguir abraçar as expectativas dos
trabalhadores visto que, como sabemos, eles são o novo
nexo com o cliente.

Fonte:
www.planalto.gov.br

Degrau Cultural 171

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Conhecimentos Específicos

TREINAMENTO, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO


a) Treinamento e desenvolvimento na organização em- Amplia-se ser fundamental separar o que é escolar e o
presarial é equivalente a aperfeiçoamento. Esse aper- que é educativo. O pedagogo pode atuar em todas as áreas
feiçoamento baseia-se na idéia de que o profissional que requerem um trabalho educativo, sabe-se que a
teve sua formação acadêmica, mas no dia-a-dia da educação é uma tarefa que se realiza como resposta as
empresa novas experiências vão se agregando, de exigências sociais; as aspirações e expectativas dos
forma a trazer informações que devem ser organiza- alunos, ou educandos, decorrentes de seu meio familiar e
das num processo cognitivo de produção positiva. social; aos conflitos existentes entre os diferentes grupos
da sociedade, os que detêm o poder desejam garanti-lo
b) Capacitar um profissional nas necessidades da em- através da educação; os que buscam alcançar o poder
presa busca atingir um aperfeiçoamento adequado do vêem na educação um instrumento para conseguir tal fim.
subsistema, visando atender o objetivo maior que é o A educação, por sua vez, responde, ainda, ao
complexo funcionamento do sistema organizacional. desenvolvimento produtivo cultural de um povo, bem como
c) Saber quando aplicar o aperfeiçoamento é tão impor- ao tipo de sua organização econômica. A forma de pensar
tante quando à sua efetiva aplicação. Se determinado educação está intimamente relacionada com a visão de
num momento impróprio, os resultados poderão ser mundo que se tenha. Se considerarmos que as mudanças
desanimadores e o projeto desenvolvido pode ficar sociais ocorrem por um acúmulo acidental de fatos,
comprometido com a confiança. isolados e independentes, e que tais mudanças sociais
d) Dessa forma o RH deve acompanhar a trajetória dos ocorrem por um conjunto acidental de fatos, isolados e
profissionais através de pesquisas junto ao grupo (re- independentes, e que tais mudanças são lentas e graduais,
latório, entrevista, questionário, etc), detectando evolu- a educação visa a transmitir o saber organizacional social
ção ou monotonia técnica que existam. Também deve e culturalmente, de geração a geração, no sentido de
pesquisar os objetivos da empresa, sua forma e cam- preservar um patrimônio cultural universal.
po de atuação naquele momento, disponibilidade fi- Observamos que já passou a época em que o pedagogo
nanceira, etc. Com esses dados colhidos o RH deve ocupava-se somente da educação infantil. Vivencia-se que
cruzar as informações e extrair qual o ponto de aperfei- hoje dispõe de uma vasta área de atuação que inclui, além
çoamento a ser trabalhado, o tempo que dispõe e a de ensino, empresas dos mais variados setores. Amplia-
forma como vai realizar. se ser fundamental separar o que é escolar e o que é
Ex.: Uma empresa com atividade desenvolvida em fa- educativo. O pedagogo pode atuar em todas as áreas que
bricação de telefone resolve informatizar o seu depar- requerem um trabalho educativo, sabe-se que a educação
tamento de pedidos. Deve-se extrair um relatório com é uma tarefa que se realiza como resposta as exigências
as variações que determinam a capacidade interna sociais; as aspirações e expectativas dos alunos, ou
para treinar e o tempo que se disponibilizará para isto. educandos, decorrentes de seu meio familiar e social; aos
conflitos existentes entre os diferentes grupos da
e) O treinamento poderá se dar na própria dependência sociedade, os que detêm o poder desejam garanti-lo
da empresa ou de forma terceirizada, com a contrata- através da educação; os que buscam alcançar o poder
ção de empresas que atuam especificamente naque- vêem na educação um instrumento para conseguir tal fim.
la área a ser aperfeiçoada, com programas fora do A educação, por sua vez, responde, ainda, ao
nicho da empresa. desenvolvimento produtivo cultural de um povo, bem como
ao tipo de sua organização econômica. A forma de pensar
Contribuição do Pedagogo no Processo de Treinamento educação está intimamente relacionada com a visão de
e Desenvolvimento nos Recursos Humanos. mundo que se tenha. Se considerarmos que as mudanças
É importante ressaltar que quando nos referimos a sociais ocorrem por um acúmulo acidental de fatos,
atuação pedagógica na área detreinamentoe isolados e independentes, e que tais mudanças sociais
desenvolvimento na área de RH, precisamos entender ocorrem por um conjunto acidental de fatos, isolados e
primeiramente como ocorre a aprendizagem independentes, e que tais mudanças são lentas e graduais,
organizacional. Analisamos que a atuação do pedagogo a educação visa a transmitir o saber organizacional social
na empresa é de vital importância, porque ele precisa ser e culturalmente, de geração a geração, no sentido de
visionário, este profissional deve conhecer os setorese preservar um patrimônio cultural universal.
as tarefas desenvolvidas nestes. Deve acompanhar, por O pedagogo empresarial deve-se focar no mercado de
um certo tempo a adaptação do novo funcionário com trabalho atual, investindo seus conhecimentos em duas
seu chefe e colegas. direções: no funcionário e no produto, ou seja resultado
Compreendemos que o treinamento e o desenvolvimento final da empresa. No primeiro caso trata-se da atuação
da empresa é uma das principais áreas de atuação do no departamento de Recursos Humanos (RH), realizando
pedagogo. Sabemos que já passou a época em que o atividades relacionadasao treinamento e desenvolvimento
pedagogo ocupava-se somente da educação infantil. do trabalhador, ou seja, o pedagogo é o responsável pela
Vivencia-se que hoje dispõe de uma vasta área de criação de projetos educacionais que visam facilitar o
atuação que inclui, além de ensino, empresas dos mais aprendizado dos funcionários. Para tanto, realiza
variados setores. pesquisas para verificar quais as necessidades de

172 Degrau Cultural

05_Treinamento. Desenv. Educação.pmd 172 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

aprimoramento de cada um e qual o método pedagógico A formação de uma subjetividade abnegada, moldável,
é mais adequado, a partir daí, trabalha-se em conjunto competitiva, tendo como objetivo tornar eficiente e eficaz o
com os outros profissionais de RH na aplicação e processo de extração da mais valia é o principal requisito.
coordenação de projetos.Estuda-se que em um primeiro Este modelo evoca uma construção ideológica com
momento, o Pedagogo era contratado para atuar nos objetivo de adequar produtividade e competitividade à
famosos Centros de Treinamento das Empresas. Estes lógica de produção e reprodução do sistema. No quadro
espaços eram específicos em treinar o funcionário nas da empresa atual encontra-se o pedagogo no espaço
diversas tarefas que eles teriam de realizar no seu predominantemente pedagógico.
trabalho, os cursos funcionavam quase como um Logo em função de toda a mudança, o pedagogo tem que
adestramento. Nestes contextos os Pedagogos definiam ser uma pessoa mais crítica e visionária, muito capaz de
horários, métodos de ensino e avaliação, e orientavam se adaptar a mudança, muito mais flexível, que contribua
os instrutores operacionais leigos em didática, como efetivamente para o processo empresarial, com objetivo
“treinar”. A eficácia era o quanto os funcionários sabiam primordial de Apresentar de forma prática e teórica a função
fazer a tarefa, com rapidez e qualidade.Verifica-se que a da área de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal,
preocupação da empresa naquele momento era a de ter bem como sua utilização para atingir os objetivos
um trabalhador que tivesse uma escolaridade básica, o organizacionais. Transmitir técnicas de levantamento de
conhecimento técnico da atividade que iria desenvolver e necessidades, elaboração, mensuração, dos programas
que não promovesse conflitos. Por isso, dentro da área de treinamento. Compreender e elaborar formas de
de treinamento, existia a preocupação com a adaptação mensurar resultados em treinamento e desenvolvimento.
pacífica do empregadoao posto de trabalho. Transmitir técnicas de levantamento de necessidades,
Dessa maneira, dentro do processo de treinamento elaboração, mensuração, dos programas de treinamento.
estavam os cursos de relações humanas, que na maioria Compreender e elaborar formas de mensurar resultados
das vezes eram ministrados pelo Pedagogo em parceria em treinamento e desenvolvimento.
com o Psicólogo. No primeiro instante da presença do
Pedagogo na empresa a sua atuação estava voltada para
a coordenação de programas educativos, como a
viabilização de programas de ensino normal que
proporcionassem a escolaridade básica aos empregados
que não tinham; a condução dos programas de
treinamentos, o planejamento, a organização, a avaliação
dos treinamentos, a formação de instrutores, e ainda
ministrava cursos de relações humanas, motivação e
liderança. A ênfase da sua prática estava no pedagógico,
no sentido de trabalhar com o processo de aprendizagem
dentro dos programas de ensino formal e dos treinamentos,
para atender as necessidades que a empresa tinha de
possuir um trabalhador que soubesse ler, escrever, contar
e ser especialista em determinada função.
O modelo flexível atual paradigma do setor produtivo, exige
um novo perfil de trabalhador, no qual as capacidades
subjetivas do indivíduo são essenciais. Este modelo
apresenta uma outra lógica de utilização da força de trabalho:
divisão menosacentuada do trabalho, integração mais
pronunciada de funções. Palangana & Bianchetti(1995)
destacam que as exigências intelectuais são maiores e
distintas das que predominavam durante o modelo taylorista-
fordista. Em função da prática produtiva, da automação e
flexibilização, há uma apelação para o saber fazer,
principalmente para a capacidade de dominar vários
segmentos de uma linha produtiva, sendo a palavra de ordem
polivalência da mão-de-obra: maior versatilidade na ocupação
do posto de trabalho, formação geral ampliada, formação
técnica, envolvimento com a qualidade e atenuação de
barreiras entre diferentes categorias de trabalhadores.
Um momento em que a capacidade manual não é mais
imprescindível, mas a capacidade cognitiva e emocional
são os fatores de desenvolvimento e produtividade a
empresa reivindica a “mente e o coração” do indivíduo, e
essa captura exige uma ação pedagógica muito
Fonte:
contundente com vista no controle do trabalhador e do
processo de trabalho. www.fbr.br/adm.caldas

Degrau Cultural 173

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Conhecimentos Específicos

REDAÇÃO OFICIAL
Correspondência • requisição
• termo
Correspondência é qualquer forma de comunica-
ção escrita entre duas pessoas ou entidades. Isso inclui O que é o
um simples bilhete informal, despreocupado e íntimo, Manual de Redação da Presidência da República
até o ofício com suas formalidades e seu tom grave.
Em 1991, criou-se uma comissão para simplifi-
São inúmeros os tipos de correspondência, mas car, uniformizar e atualizar as normas da redação dos
podemos citar três como os mais importantes: oficial, atos e comunicações oficiais, pois eram utilizados os
comercial e particular. mesmos critérios desde de 1937. A obra, denominada
Manual de Redação da Presidência da República, divi-
Nos concursos públicos, temos questões referen- diu-se em duas partes: a primeira trata das comunica-
tes à correspondência oficial. Por isso trataremos dela ções oficiais, a segunda cuida dos atos normativos no
nesta apostila. âmbito Executivo. Os responsáveis pelas duas partes
foram, respectivamente, o diplomata Nestor Forster Jr.
Correspondência Oficial e o, então, Ministro Gilmar Mendes.
Muito freqüente entre órgãos públicos e entre pes- Em 2002, uma revisão adequou o manual aos avan-
soas ou empresas e órgãos públicos, a correspondên- ços da informática.
cia oficial tem um aspecto para o qual poucos atentam:
ela inclui textos que têm caráter documental e jurídico Esta apostila é uma síntese dos fatos mais im-
mesmo que tramitem apenas entre pessoas. É o caso portantes desse manual. É nessa obra revista que se
da declaração, da ata, do atestado, do parecer etc. baseiam os comentários aqui feitos.
Existem as mais variadas divisões sobre os tipos Caso o leitor se interesse pelo texto na íntegra,
de correspondência oficial, que podem ser vistas em deve acessar o site www.presidenciadarepublica.gov.br.
vários livros que tratam do assunto. A divisão mais didá-
tica e completa foi dada pelo Prof. Cauby de Souza em Redação Oficial
Normas sobre Correspondência, Comunicação e
Atos Oficiais (MEC-1972): Impessoalidade, uso de padrão culto da linguagem,
clareza, concisão, formalidade e uniformidade, essas são
• abaixo-assinado as características de toda redação oficial. Elas estão no
• acórdão Artigo 37 da Constituição “A administração pública direta,
• alvará indireta, ou fundacional, de qualquer dos Poderes da
• ato União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
• auto obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalida-
• boletim de, moralidade, publicidade e eficiência (...)”.
• certificado
• citação É inconcebível que uma comunicação oficial não
• comunicação: apostila, ata, aviso, certidão, circu- possa ser entendida por qualquer cidadão, assim sen-
lar, contrato, convênio, curriculum-vitae, declaração, do a publicidade citada na Constituição implica neces-
decreto, edital, ementa, exposição de motivos, informa- sariamente clareza e concisão.
ção, instrução, lei, memorando, mensagem, ofício, or-
dem de serviço ou instrução, parecer, petição, portaria, Outro aspecto importante é a interpretação do tex-
regulamento, relatório, requerimento, resolução, tele- to oficial. Ela deve ser sempre impessoal e uniforme,
grama, telex, voto. para que possa ser única; isso pressupõe o uso de
• consulta certo nível de linguagem: o padrão culto.
• convenção
• decisão A uniformidade da redação oficial é imprescindí-
• diploma vel, pois há sempre um único emissor (o Serviço Públi-
• ementa co) e dois possíveis receptores (o próprio Serviço Pú-
• estatuto blico ou os cidadãos).
• fórmula
• guia Isso não quer dizer que a redação oficial deva ser
• indicação árida e infensa à evolução da língua. A sua finalidade
• manifesto básica – comunicar com impessoalidade e máxima
• memorial clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz
• moção da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do
• norma texto jornalístico, da correspondência particular etc.
• notificação
• procuração Características da Redação Oficial
• proposição
• protocolo Impessoalidade
• provisão
• recomendação A comunicação se efetiva pela presença de três
• registro
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Conhecimentos Específicos

pessoas: Ressalte-se ainda que o jargão burocrático, como


todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua com-
a) alguém que comunique – emissor; preensão limitada.
b) algo a ser comunicado – mensagem;
c) alguém que receba essa comunicação – receptor. Formalidade e Padronização

Na redação oficial, o emissor é sempre o Serviço As comunicações oficiais devem ser sempre for-
Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departa- mais: são necessárias certas formalidades de trata-
mento, Divisão, Serviço, Seção). mento. Isso diz respeito:

A mensagem é sempre algum assunto relativo às a) ao correto emprego do pronome de tratamento


atribuições do órgão que comunica. para uma autoridade de certo nível;
b) à polidez;
O receptor dessa comunicação ou é o público, o c) à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto
conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Exe- do qual cuida a comunicação.
cutivo, do Legislativo ou do Judiciário.
A formalidade de tratamento vincula-se à idéia de
A impessoalidade que deve ser característica da a administração federal ser una, portanto as comunica-
redação oficial decorre: ções devem seguir um determinado padrão.

a) da ausência de impressões individuais de quem A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes


comunica: obtém-se, assim, uma desejável padroniza- para o texto definitivo e a correta diagramação do texto
ção, que permite que comunicações elaboradas em são indispensáveis para a padronização.
diferentes setores da Administração guardem entre si
certa uniformidade; Concisão e Clareza
b) da impessoalidade de quem recebe a comuni-
cação: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre con- Uma das qualidades de um texto é a concisão.
cebido como público, ou a outro órgão público – em um Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo
e outro casos temos um destinatário concebido de for- de informações com um mínimo de palavras.
ma homogênea e impessoal;
c) do caráter impessoal do próprio assunto trata- Existe um princípio de economia lingüística, e a
do: o tema das comunicações oficiais se restringe a concisão atende a esse princípio. Não se deve de for-
questões que dizem respeito ao interesse público. ma alguma entendê-la como economia de pensamen-
to. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis,
Na redação oficial não há lugar para impressões redundâncias, passagens que nada acrescentem ao
pessoais, ela deve ser isenta da interferência da indivi- que já foi dito.
dualidade de quem a elabora.
A clareza deve ser a qualidade básica de todo tex-
Linguagem das Comunicações Oficiais to oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que
possibilita imediata compreensão pelo leitor. Ela de-
Deve empregar linguagem padrão nos expedien- pende estritamente das demais características da re-
tes oficiais, cuja finalidade primeira é a de informar com dação oficial.
clareza e objetividade. Os atos oficiais ou estabelecem
regras para a conduta dos cidadãos ou regulam o fun- Para que haja clareza é necessário:
cionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado
se em sua elaboração for empregada a linguagem ade- a) a impessoalidade;
quada. b) o uso do padrão culto de linguagem;
c) a formalidade e a padronização;
As gírias, os regionalismos vocabulares, os jar- d) a concisão.
gões técnicos, ou qualquer outro tipo de linguagem de
um grupo específico são proibidos, pois as comunica- As Comunicações Oficiais
ções que partem dos órgãos públicos devem ser com-
preendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Não Além de seguir os preceitos de impessoalidade,
há dúvida de que qualquer texto que apresente tais lin- formalidade, padronização, clareza, concisão e uso do
guagens terá sua compreensão dificultada. padrão culto de linguagem, a Redação Oficial tem ca-
racterísticas específicas para cada tipo de expediente.
A língua escrita compreende diferentes níveis, de Outros aspectos comuns a quase todas as modalida-
acordo com o uso que dela se faça. Não podemos nos des de comunicação oficial são o emprego dos prono-
esquecer de que o texto oficial deve ser claro e objetivo mes de tratamento, a forma dos fechos e a identifica-
e por seu caráter impessoal, por sua finalidade de in- ção do signatário.
formar com o máximo de clareza e concisão, ele requer
o uso do padrão culto da língua. Pronomes de Tratamento

O padrão culto é aquele em que: O uso de pronomes de tratamento é a forma res-


peitosa de nos dirigirmos às autoridades civis, milita-
a) se observam as regras da gramática formal; res e eclesiásticas.
b) se emprega um vocabulário comum ao conjun-
to dos usuários do idioma.

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Conhecimentos Específicos

Concordância com os Pronomes de Tratamento Senhor Senador;


Senhor Juiz;
Os pronomes de tratamento apresentam certas Senhor Ministro;
peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal Senhor Governador.
e pronominal: No envelope, o endereçamento das comunicações
dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelên-
a) referem-se à segunda pessoa gramatical (à cia, obedecerá à seguinte forma:
pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comu-
nicação); A Sua Excelência o Senhor
b) concordam com a terceira pessoa (aquele de Fulano de Tal
quem se fala). Ministro de Estado da Justiça
70.064-900 – Brasília. DF
Assim sendo, os pronomes possessivos referi-
dos a pronomes de tratamento são sempre os da ter- A Sua Excelência o Senhor
ceira pessoa: “Vossa Senhoria levará seu secretário” (e Senador Fulano de Tal
não “vosso”). Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF
Os adjetivos que se referem a esses pronomes
concordam com o sexo da pessoa a quem se dirigem, A Sua Excelência o Senhor
e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, Fulano de Tal
se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Juiz de Direito da 10a Vara Cível
Excelência está preocupado”, “Vossa Senhoria será elei- Rua ABC, no 123
to”; se for mulher, “Vossa Excelência está preocupada”, 01.010-000 – São Paulo. SP
“Vossa Senhoria será eleita”.
Fica abolido o uso do tratamento digníssimo (DD)
Emprego dos Pronomes de Tratamento às autoridades arroladas acima. A dignidade é pressu-
posto para que se ocupe qualquer cargo público, sen-
Vossa Excelência, em comunicações dirigidas do desnecessária sua repetida evocação.
às seguintes autoridades:
Vossa Senhoria é empregado para as demais
a) do Poder Executivo: autoridades e para particulares. O vocativo adequado é
Presidente da República; Senhor seguido do cargo do destinatário:
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado; Senhor Chefe da Divisão de Serviços Gerais.
Governadores (e Vice) de Estado e do Distrito Fede-
ral; No envelope, deve constar do endereçamento:
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores; Ao Senhor
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupan- Childerico Namor
tes de cargos de natureza especial; Rua Embaixador Cavalcante Lacerda, no 386
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; 05591-010 – São Paulo – SP
Prefeitos Municipais.
Como se depreende do exemplo acima, fica dis-
b) do Poder Legislativo: pensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as
Deputados Federais e Senadores; autoridades que recebem o tratamento de Vossa Se-
Ministro do Tribunal de Contas da União; nhoria e para particulares. É suficiente o uso do prono-
Deputados Estaduais e Distritais; me de tratamento Senhor.
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. Acrescente-se que doutor não é forma de trata-
mento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscrimi-
c) do Poder Judiciário: nadamente. Seu emprego deve ser restrito apenas a
Ministros dos Tribunais Superiores; comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau
Membros de Tribunais; por terem concluído curso universitário de doutorado.
Juízes; Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a de-
Auditores da Justiça Militar. sejada formalidade às comunicações.

O vocativo a ser empregado em comunicações di- Mencionemos ainda a forma Vossa Magnificên-
rigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, cia, empregada, por força da tradição, em comunica-
seguido do cargo respectivo: ções dirigidas a reitores de universidade. Correspon-
de-lhe o vocativo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Na- Magnífico Reitor,
cional;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribu- Para a hierarquia eclesiástica, os pronomes de
nal Federal. tratamento são:

As demais autoridades serão tratadas com o vo- Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao
cativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Papa. O vocativo correspondente é:

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Conhecimentos Específicos

Santíssimo Padre, com a edição do Manual de Redação da Presidência da


República busca-se racionalizar e padronizar a reda-
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reveren- ção das comunicações oficiais, pela atualização da lin-
díssima, em comunicações aos Cardeais. Correspon- guagem nela empregada e uniformização das diver-
de-lhe o vocativo: sas modalidades de expedientes; e tendo em vista que
é meta do Governo Federal modernizar a Administra-
Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou ção, permitindo acelerar o andamento de comunica-
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, ções e processos e reduzir despesas.

Vossa Excelência Reverendíssima é usado em RESOLVE:


comunicações dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa
Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima baixar esta Instrução Normativa com a finalidade
para Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. de consolidar as regras constantes no Manual de Re-
Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clé- dação da Presidência da República, tornando obrigató-
rigos e demais religiosos. ria sua observação para todas aquelas modalidades
de comunicação oficial comuns que compõem a Admi-
Fechos para Comunicações nistração Federal.

O fecho das comunicações oficiais possui, além Padrão Ofício


da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o
destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo Há três tipos de expedientes que se diferenciam
utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministé- antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o avi-
rio da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. so e o memorando. Com o fito de uniformizá-los, pode-
Com o fito de simplificá-los e uniformizá-los, a Instrução se adotar uma diagramação única, que siga o que cha-
Normativa nº 4, de 6 de março de 1992, estabelece o mamos de padrão ofício. As peculiaridades de cada
emprego de somente dois fechos diferentes para todas um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas
as modalidades de comunicação oficial: semelhanças.

a) para autoridades superiores, inclusive o Presi- Partes do documento no Padrão Ofício


dente da República:
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as
Respeitosamente, seguintes partes:

b) para autoridades de mesma hierarquia ou de a) tipo e número do expediente, seguido da sigla


hierarquia inferior: do órgão que o expede:

Atenciosamente, Exemplos:

Identificação do Signatário Mem. 123/MF


Aviso 123/SG
Excluídas as comunicações assinadas pelo Pre- Of. 123/DP
sidente da República, todas as demais comunicações
oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade b) local e data em que foi assinado, por extenso,
que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A com alinhamento à direita:
forma da identificação deve ser a seguinte:
Exemplo:
(espaço para assinatura) Brasília, 15 de março de 1991.
AUSTRAGÉSILO DE OLIVEIRA
Ministro da Fazenda c) assunto: resumo do teor do documento
Exemplos:
Instrução Normativa 4/92
Assunto: Produtividade do órgão em 2002.
O Diário Oficial da União publicou, em 9 de março Assunto: Necessidade de aquisição de novos
de 1992, Decreto nº 486, de 6 de março de 1992, em computadores.
que o Presidente estabeleceu regras para a redação
de atos normativos do Poder Executivo. No mesmo dia, d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a
a Secretaria de Administração Federal baixou a Instru- quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício deve
ção Normativa nº 4, tornando obrigatória, nos órgãos ser incluído também o endereço.
da administração federal, a observação das modalida-
des de comunicação oficial, constantes no Manual de e) texto: nos casos em que não for de mero enca-
Redação da Presidência da República. Eis a instrução minhamento de documentos, o expediente deve conter
Normativa. a seguinte estrutura:

Instrução Normativa nº 4, de 6 de março de 1992. – introdução, que se confunde com o parágrafo de


abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva
O SECRETÁRIO DA ADMINSITRAÇÃO FEDERAL no a comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra
uso da atribuição (que lhe confere o art. 10 da Lei nº de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”,
8.057, de 29 de junho de 1990), e considerando que empregue a forma direta;

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Conhecimentos Específicos

– desenvolvimento, no qual o assunto é detalha- invoca o destinatário, seguido de vírgula.


do; se o texto contiver mais de uma idéia sobre o as-
sunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distin- Exemplos:
tos, o que confere maior clareza à exposição;
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmen- Excelentíssimo Senhor Presidente da República
te reapresentada a posição recomendada sobre o as- Senhora Ministra
sunto. Senhor Chefe de Gabinete

Os parágrafos do texto devem ser numerados, ex- Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofí-
ceto nos casos em que estes estejam organizados em cio as seguintes informações do remetente:
itens ou títulos e subtítulos.
– nome do órgão ou setor;
Já quando se tratar de mero encaminhamento de – endereço postal;
documentos a estrutura é a seguinte: – telefone e endereço de correio eletrônico.

– introdução: deve iniciar com referência ao expe- Memorando


diente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa
do documento não tiver sido solicitada, deve iniciar com O memorando é a modalidade de comunicação
a informação do motivo da comunicação, que é enca- entre unidades administrativas de um mesmo órgão,
minhar, indicando a seguir os dados completos do do- que podem estar hierarquicamente em mesmo nível
cumento encaminhado (tipo, data, origem ou signatá- ou em nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma
rio, e assunto de que trata), e a razão pela qual está de comunicação eminentemente interna.
sendo encaminhado, segundo a seguinte fórmula:
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser
“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, empregado para a exposição de projetos, idéias, dire-
encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril trizes, etc. a serem adotados por determinado setor do
de 1990, do Departamento Geral de Administração, que serviço público.
trata da requisição do servidor Fulano de Tal.”
Sua característica principal é a agilidade. A trami-
ou tação do memorando em qualquer órgão deve pautar-
se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do
cópia do telegrama no 12, de 1o de fevereiro de 1991, número de comunicações, os despachos ao memo-
do Presidente da Confederação Nacional de Agricul- rando devem ser dados no próprio documento e, no
tura, a respeito de projeto de modernização de caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse
técnicas agrícolas na região Nordeste.” procedimento permite formar uma espécie de proces-
so simplificado, assegurando maior transparência à
– desenvolvimento: se o autor da comunicação tomada de decisões, e permitindo que se historie o
desejar fazer algum comentário a respeito do documento andamento da matéria tratada no memorando.
que encaminha, poderá acrescentar parágrafos de de-
senvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos Quanto a sua forma, o memorando segue o mode-
de desenvolvimento em aviso ou ofício de mero enca- lo do padrão ofício, com a diferença de que o seu desti-
minhamento. natário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.

f) fecho (ver pág. 16); Exemplos:

g) assinatura do autor da comunicação; e Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

h) identificação do signatário (ver pág. 16). Exposição de Motivos

Aviso e Ofício Exposição de motivos é o expediente dirigido ao


Presidente da República ou ao Vice-Presidente para:
Aviso e ofício são modalidades de comunicação
oficial praticamente idênticas. A única diferença entre a) informá-lo de determinado assunto;
eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Mi-
nistros de Estado, Secretário-Geral da Presidência da b) propor alguma medida; ou
República, Consultor-Geral da República, Chefe do
Estado-Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete c) submeter a sua consideração projeto de ato
Militar da Presidência da República e pelos Secretários normativo.
da Presidência da República, para autoridades de
mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao
para e pelas demais autoridades. Ambos têm como Presidente da República por um Ministro de Estado ou
finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór- Secretário da Presidência da República. Nos casos em
gãos da Administração Pública entre si e, no caso do que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a
ofício, também com particulares. exposição de motivos deverá ser assinada por todos
os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, cha-
Quanto à sua forma, aviso e ofício seguem o mo- mada de interministerial ou conjunta.
delo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que

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Conhecimentos Específicos

Formalmente, a exposição de motivos tem a apre- • valor a ser despendido em moeda corrente;
sentação do padrão ofício. O anexo que acompanha a
exposição de motivos que proponha alguma medida 5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido
ou apresente projeto de ato normativo, segue o modelo somente se o ato proposto for medida provisória ou
descrito adiante. projeto de lei que deva tramitar em regime de urgência)

A exposição de motivos, de acordo com sua finali- Mencionar:


dade, apresenta duas formas básicas de estrutura: uma
para aquela que tenha caráter exclusivamente informa- • se o problema configura calamidade pública;
tivo e outra para a que proponha alguma medida ou • por que é indispensável a vigência imediata;
submeta projeto de ato normativo. • se se trata de problema cuja causa ou agrava-
mento não tenham sido previstos;
No primeiro caso, o da exposição de motivos que • se se trata de desenvolvimento extraordinário de
simplesmente leva algum assunto ao conhecimento situação já prevista.
do Presidente da República, sua estrutura segue o
modelo antes referido para o padrão ofício. 6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato
ou medida proposta possa vir a tê-lo)
Já a exposição de motivos que submeta à consi-
deração do Presidente da República a sugestão de al- 7. Alterações propostas
guma medida a ser adotada ou a que lhe apresente
projeto de ato normativo – embora sigam também a Texto atual Texto proposto
estrutura do padrão ofício –, além de outros comentári-
os julgados pertinentes por seu autor, devem, obrigato- 8. Síntese do parecer do órgão jurídico
riamente, apontar:
A falta ou insuficiência das informações prestadas
a) na introdução: o problema que está a reclamar pode acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos
a adoção da medida ou do ato normativo proposto; Jurídicos da Casa Civil, a devolução do projeto de ato
normativo para que se complete o exame ou se refor-
b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela mule a proposta.
medida ou aquele ato normativo o ideal para se soluci-
onar o problema, e eventuais alternativas existentes para O preenchimento obrigatório do anexo para as ex-
equacioná-lo; posições de motivos que proponham a adoção de al-
guma medida ou a edição de ato normativo tem como
c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser finalidade:
tomada, ou qual ato normativo deve ser editado para
solucionar o problema. a) permitir a adequada reflexão sobre o problema
que se busca resolver;
Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à b) ensejar mais profunda avaliação das diversas
exposição de motivos, devidamente preenchido, de causas do problema e dos efeitos que pode ter a ado-
acordo com o seguinte modelo previsto no Anexo II do ção da medida ou a edição do ato, em consonância
Decreto no 4.176, de 28 de março de 2002. com as questões que devem ser analisadas na elabo-
ração de proposições normativas no âmbito do Poder
Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Executivo.
Ministério ou órgão equivalente) no , de de de 200. c) conferir perfeita transparência aos atos propos-
tos.
1. Síntese do problema ou da situação que reclama
providências Dessa forma, ao atender às questões que devem
ser analisadas na elaboração de atos normativos no
2. Soluções e providências contidas no ato normativo âmbito do Poder Executivo, o texto da exposição de
ou na medida proposta motivos e seu anexo complementam-se e formam um
todo coeso: no anexo, encontramos uma avaliação pro-
3. Alternativas existentes às medidas propostas funda e direta de toda a situação que está a reclamar a
adoção de certa providência ou a edição de um ato nor-
Mencionar: mativo; o problema a ser enfrentado e suas causas; a
solução que se propõe, seus efeitos e seus custos; e
• se há outro projeto do Executivo sobre a matéria; as alternativas existentes. O texto da exposição de mo-
• se há projetos sobre a matéria no Legislativo; tivos fica, assim, reservado à demonstração da neces-
• outras possibilidades de resolução do problema. sidade da providência proposta: por que deve ser ado-
tada e como resolverá o problema.
4. Custos
Nos casos em que o ato proposto for questão de
Mencionar:· pessoal (nomeação, promoção, ascensão, transferên-
cia, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegra-
• se a despesa decorrente da medida está prevista na ção, recondução, remoção, exoneração, demissão, dis-
lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas pensa, disponibilidade, aposentadoria), não é neces-
para custeá-la; sário o encaminhamento do formulário de anexo à ex-
• se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extra- posição de motivos.
ordinário, especial ou suplementar;

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Conhecimentos Específicos

Ressalte-se que: ção congressual sobre as leis financeiras em sessão


conjunta, mais precisamente, “na forma do regimento
– o anexo à exposição de motivos deve ter todas comum”. E à frente da Mesa do Congresso Nacional
as páginas rubricadas pelo(s) Ministro(s) da(s) Pasta(s) está o Presidente do Senado Federal (Constituição, art.
proponente(s); 57, § 5o), que comanda as sessões conjuntas.
– a síntese do parecer do órgão de assessora-
mento jurídico não dispensa o encaminhamento do As mensagens aqui tratadas coroam o processo
parecer completo; desenvolvido no âmbito do Poder Executivo, que abran-
– o tamanho dos campos do anexo à exposição ge minucioso exame técnico, jurídico e econômico-fi-
de motivos pode ser alterado de acordo com a maior ou nanceiro das matérias objeto das proposições por elas
menor extensão dos comentários a serem ali incluí- encaminhadas.
dos.
Tais exames materializam-se em pareceres dos
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha pre- diversos órgãos interessados no assunto das proposi-
sente que a atenção aos requisitos básicos da reda- ções, entre eles o da Advocacia-Geral da União. Mas,
ção oficial (clareza, concisão, impessoalidade, formali- na origem das propostas, as análises necessárias
dade, padronização e uso do padrão culto de lingua- constam da exposição de motivos do órgão onde se
gem) deve ser redobrada. A exposição de motivos é a geraram – exposição que acompanhará, por cópia, a
principal modalidade de comunicação dirigida ao Pre- mensagem de encaminhamento ao Congresso.
sidente da República pelos Ministros. Além disso, pode,
em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congres- b) encaminhamento de medida provisória.
so Nacional ou ao Poder Judiciário ou, ainda, ser publi-
cada no Diário Oficial da União, no todo ou em parte. Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da
Constituição, o Presidente da República encaminha
Mensagem mensagem ao Congresso, dirigida a seus membros,
com aviso para o Primeiro Secretário do Senado Fede-
É o instrumento de comunicação oficial entre os ral, juntando cópia da medida provisória, autenticada
Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as men- pela Coordenação de Documentação da Presidência
sagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao da República.
Poder Legislativo para informar sobre fato da Adminis-
tração Pública; expor o plano de governo por ocasião c) indicação de autoridades.
da abertura de sessão legislativa; submeter ao Con-
gresso Nacional matérias que dependem de delibera- As mensagens que submetem ao Senado Fede-
ção de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agra- ral a indicação de pessoas para ocuparem determina-
decer comunicações de tudo quanto seja de interesse dos cargos (magistrados dos Tribunais Superiores,
dos poderes públicos e da Nação. Ministros do TCU, Presidentes e Diretores do Banco
Central, Procurador-Geral da República, Chefes de Mis-
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pe- são Diplomática etc.) têm em vista que a Constituição,
los Ministérios à Presidência da República, a cujas no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àquela Casa do
assessorias caberá a redação final. Congresso Nacional competência privativa para apro-
var a indicação.
As mensagens mais usuais do Poder Executivo
ao Congresso Nacional têm as seguintes finalidades: O curriculum vitae do indicado, devidamente assi-
nado, acompanha a mensagem.
a) encaminhamento de projeto de lei ordinária,
complementar ou financeira. d) pedido de autorização para o Presidente ou o
Vice-Presidente da República se ausentarem do País
por mais de 15 dias.
Os projetos de lei ordinária ou complementar são
enviados em regime normal (Constituição, art. 61) ou
Trata-se de exigência constitucional (Constituição,
de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1o a 4o). Cabe lem-
art. 49, III, e 83), e a autorização é da competência priva-
brar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime tiva do Congresso Nacional.
normal e mais tarde ser objeto de nova mensagem,
com solicitação de urgência. O Presidente da República, tradicionalmente, por
cortesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15
Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos dias, faz uma comunicação a cada Casa do Congres-
Membros do Congresso Nacional, mas é encaminha- so, enviando-lhes mensagens idênticas.
da com aviso do Chefe da Casa Civil da Presidência da
República ao Primeiro Secretário da Câmara dos De- e) encaminhamento de atos de concessão e reno-
putados, para que tenha início sua tramitação (Consti- vação de concessão de emissoras de rádio e TV.
tuição, art. 64, caput).
A obrigação de submeter tais atos à apreciação do
Quanto aos projetos de lei financeira (que com- Congresso Nacional consta no inciso XII do artigo 49
preendem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, da Constituição. Somente produzirão efeitos legais a
orçamentos anuais e créditos adicionais), as mensa- outorga ou renovação da concessão após deliberação
gens de encaminhamento dirigem-se aos Membros do do Congresso Nacional (Constituição, art. 223, § 3o).
Congresso Nacional, e os respectivos avisos são en- Descabe pedir na mensagem a urgência prevista no
dereçados ao Primeiro Secretário do Senado Federal. A art. 64 da Constituição, porquanto o § 1o do art. 223 já
razão é que o art. 166 da Constituição impõe a delibera- define o prazo da tramitação.

180 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a – pedido de autorização para declarar guerra e
mensagem o correspondente processo administrativo. decretar mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
– pedido de autorização ou referendo para cele-
f) encaminhamento das contas referentes ao exer- brar a paz (Constituição, art. 84, XX);
cício anterior. – justificativa para decretação do estado de defesa
ou de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4o);
O Presidente da República tem o prazo de ses- – pedido de autorização para decretar o estado de
senta dias após a abertura da sessão legislativa para sítio (Constituição, art. 137);
enviar ao Congresso Nacional as contas referentes ao – relato das medidas praticadas na vigência do
exercício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exa- estado de sítio ou de defesa (Constituição, art. 141,
me e parecer da Comissão Mista permanente (Consti- parágrafo único);
tuição, art. 166, § 1o), sob pena de a Câmara dos Depu- – proposta de modificação de projetos de leis fi-
tados realizar a tomada de contas (Constituição, art. 51, nanceiras (Constituição, art. 166, § 5o);
II), em procedimento disciplinado no art. 215 do seu – pedido de autorização para utilizar recursos que
Regimento Interno. ficarem sem despesas correspondentes, em decorrên-
cia de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orça-
g) mensagem de abertura da sessão legislativa. mentária anual (Constituição, art. 166, § 8o);
– pedido de autorização para alienar ou conceder
Ela deve conter o plano de governo, exposição terras públicas com área superior a 2.500 ha (Consti-
sobre a situação do País e solicitação de providências tuição, art. 188, § 1o); etc.
que julgar necessárias (Constituição, art. 84, XI).
As mensagens contêm:
O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil
da Presidência da República. Esta mensagem difere a) a indicação do tipo de expediente e de seu núme-
das demais porque vai encadernada e é distribuída a ro, horizontalmente, no início da margem esquerda:
todos os Congressistas em forma de livro.
Mensagem no
h) comunicação de sanção (com restituição de
autógrafos). b) vocativo, de acordo com o pronome de trata-
mento e o cargo do destinatário, horizontalmente, no
Esta mensagem é dirigida aos Membros do Con- início da margem esquerda;
gresso Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro
Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Fe-
Nela se informa o número que tomou a lei e se restitu- deral,
em dois exemplares dos três autógrafos recebidos, nos
quais o Presidente da República terá aposto o despa- c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
cho de sanção.
d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do
i) comunicação de veto. texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com
a margem direita.
Dirigida ao Presidente do Senado Federal (Cons-
tituição, art. 66, § 1o), a mensagem informa sobre a A mensagem, como os demais atos assinados
decisão de vetar, se o veto é parcial, quais as disposi- pelo Presidente da República, não traz identificação de
ções vetadas e as razões do veto. Seu texto vai publica- seu signatário.
do na íntegra no Diário Oficial da União, ao contrário
das demais mensagens, cuja publicação se restringe Fax
à notícia do seu envio ao Poder Legislativo.
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simi-
j) outras mensagens. le) é uma forma de comunicação que está sendo me-
nos usada devido ao desenvolvimento da Internet. É
Também são remetidas ao Legislativo com regu- utilizado para a transmissão de mensagens urgentes
lar freqüência mensagens com: e para o envio antecipado de documentos, de cujo co-
– encaminhamento de atos internacionais que nhecimento há premência, quando não há condições
acarretam encargos ou compromissos gravosos de envio do documento por meio eletrônico. Quando
(Constituição, art. 49, I); necessário o original, ele segue posteriormente pela
– pedido de estabelecimento de alíquotas aplicá- via e na forma de praxe.
veis às operações e prestações interestaduais e de
exportação (Constituição, art. 155, § 2o, IV); Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo
– proposta de fixação de limites globais para o mon- com cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo
tante da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI); papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente.
– pedido de autorização para operações financei-
ras externas (Constituição, art. 52, V); e outros. Os documentos enviados por fax mantêm a forma
e a estrutura que lhes são inerentes.
Entre as mensagens menos comuns estão as de:
É conveniente o envio, juntamente com o docu-
– convocação extraordinária do Congresso Nacio- mento principal, de folha de rosto, isto é, de pequeno
nal (Constituição, art. 57, § 6o); formulário com os dados de identificação da mensa-
– pedido de autorização para exonerar o Procura- gem a ser enviada, conforme exemplo a seguir:
dor-Geral da República (art. 52, XI, e 128, § 2o);

Degrau Cultural 181

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Conhecimentos Específicos

Telegrama Ata

Com o fito de uniformizar a terminologia e sim- Documento de valor jurídico, em que se regis-
plificar os procedimentos burocráticos, passa a rece- tram ocorrências, resoluções e decisões de um as-
ber o título de telegrama toda comunicação oficial ex- sembléia, sessão ou reunião.
pedida por meio de telegrafia, telex, etc.
Sua estrutura se compõe de:
Por tratar-se de forma de comunicação dispen-
diosa aos cofres públicos e tecnologicamente supera- a) título;
b) data (por extenso) e local da reunião;
da, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àque-
c) finalidade da reunião;
las situações que não seja possível o uso de correio d) dirigentes: presidente e secretário;
eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utiliza- e) texto: narração cronológica dos assuntos trata-
ção e, também em razão de seu custo elevado, esta dos e suas decisões. A escrita é seguida, sem
forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. rasuras, emendas ou entrelinhas. As abreviatu-
ras devem ser evitadas e os números são escri-
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a tos por extenso;
forma e a estrutura dos formulários disponíveis nas f) encerramento e assinaturas.
agências dos Correios e em seu sítio na Internet.
Atestado
Correio Eletrônico
Documento assinado por uma ou mais pesso-
O correio eletrônico (e-mail), por seu baixo custo as a favor de outra, declarando a veracidade de um fato
e celeridade, transformou-se na principal forma de co- do qual tenha conhecimento ou quando requerido. Este
municação para transmissão de documentos. fato pode afirmar a existência ou inexistência de uma
situação de direito.
Um dos atrativos de comunicação por correio
eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa de- Sua estrutura se compõe de:
finir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-
a) título: Atestado (ou Atestado de ...);
se evitar o uso de linguagem incompatível com uma
b) texto: identificação do emissor – essa identifica-
comunicação oficial. ção pode ser dispensada no texto se for feita na
assinatura –, finalidade, o fato que se atesta e a
O campo assunto do formulário de correio ele- respeito de quem, e algumas vezes o período de
trônico mensagem deve ser preenchido de modo a fa- validade;
cilitar a organização documental tanto do destinatário c) local e data;
quanto do remetente. d) assinatura (e identificação do signatário).

Para os arquivos anexados à mensagem deve Circular


ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A
mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer Circular é um meio de correspondência oficial,
informações mínimas sobre seu conteúdo. através do qual uma autoridade dirige-se a várias pes-
soas ou a departamentos ou a um órgão, simultanea-
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso mente. Normalmente, as circulares são de caráter ge-
de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, ral, contendo instruções emitidas por superiores hie-
deve constar da mensagem pedido de confirmação de rárquicos na instituição, e destinadas a pessoal subor-
recebimento. dinado. Por caráter geral, subentende-se que as circu-

182 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

lares têm objetivos básicos de emissão de algum es- O texto do requerimento é sempre escrito em 3a
clarecimento sobre um assunto ou tópico (por exem- pessoa.
plo, uma lei), divulgação de matéria de interesse geral,
recomendações, informações e esclarecimentos so- Relatório
bre atos e fatos administrativos.
É a modalidade de comunicação pela qual se
A circular pode, pelo assunto e pela forma, apre- faz a narração ou descrição, ordenada e mais ou me-
sentar o caráter de aviso, de ofício, ou de comunicação nos minuciosa, daquilo que se viu, ouviu ou observou.
interna, não se fazendo, assim, muita distinção quanto
à estrutura entre estas correspondências, em geral uni- Sua estrutura se compõe de:
direcionais, e as circulares (multidirecionais).
a) local e data;
Portanto, as circulares visam à emissão de or- b) vocativo;
dens de serviço e são uma correspondência multidireci- c) introdução – apresentação do observador e do
onal – são redigidas a vários destinatários. Podem ser fato observado;
impressas, datilografadas, mimeografadas ou digitadas d) texto – exposição cronológica do fato observado;
e transmitidas através de telegramas ou e-mail. e) fecho;
f) assinatura (e identificação do signatário).
A circular é composta pelas seguintes partes:
Parecer
a) numeração: número do Ato e data de expedição.
b) ementa: assunto da circular. Não é obrigatória. É a forma de comunicação pela qual um especi-
c) vocativo: destinatários da circular, geralmente con- alista emite uma opinião fundamentada sobre determi-
tendo o tratamento e o cargo dos mesmos. Não é nado assunto.
parte obrigatória.
d) texto: é o conteúdo da circular, propriamente dito. Sua estrutura se compõe de:
O texto, se composto por mais de um parágrafo,
deve ser numerado com algarismos arábicos no a) vocativo;
início de cada parágrafo, exceto no primeiro. O b) identificação do especialista;
segundo parágrafo tem sua numeração valendo c) introdução – apresentação do assunto;
dois, o terceiro valendo três, e assim por diante. d) texto – exposição de opinião e seu fundamento;
e) fecho: fechamento do texto na forma de uma corte- e) local e data;
sia. Por exemplo, “Atenciosamente,”. f) assinatura (e identificação do signatário).
f) assinatura: é o nome de quem emite a circular
(normalmente uma autoridade), seguido pelo car-
go ocupado e pela função exercida.

Declaração

Muito semelhante ao atestado, a declaração di-


fere dele apenas quanto ao objeto: enquanto aquele é
expedido em relação a alguém, esta é sempre feita em
relação a alguém quanto a um fato ou direito; pode ser
um depoimento, explicação em que se manifeste opi-
nião, conceito, resolução ou observação.

Sua estrutura se compõe de:

a) título: DECLARAÇÃO;
b) texto: nome do declarante – identificação pesso-
al ou profissional (ou ambas), residência, domi-
cílio, finalidade e exposição do assunto;
c) local e data;
d) assinatura (e identificação do signatário).

Requerimento

Petição escrita, feita por pessoa física ou jurídi-


ca, na qual se solicita a uma autoridade um direito de
concessão de algo sob o amparo da lei.

Sua estrutura se compõe de:

a) vocativo: cargo da autoridade a que se dirige (omi-


te-se o seu nome);
b) texto: preâmbulo (identificação do requerente),
teor (solicitação em si e disposição legal em que
se baseia o pedido);
c) fecho: “Nestes termos, pede deferimento.” ou
“Termos em que pede deferimento.”;
d) local e data;
e) assinatura.
Degrau Cultural 183

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Conhecimentos Específicos

MODELOS Modelo de Aviso

Modelo de Ofício
Aviso no 35/SSP-PR
[remetente: nome do órgão ou setor, endereço postal, Brasília, 17 de fevereiro de 2000.
telefone e endereço de
correio eletrônico]

A Sua Excelência o Senhor


Ofício no 435/2000 - SG-PR [Nome e cargo]
Brasília, 30 de abril de 2000.

Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor


A Sua Excelência o Senhor público.
Deputado [Nome]
Câmara dos Deputados Senhor Ministro,
70.160-900 – Brasília – DF
Convido Vossa Excelência a participar da sessão de
abertura do Primeiro Seminário Regional sobre o Uso
Assunto: Demarcação de terras indígenas Eficiente de Energia no Setor Público, a ser realizado em
5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola
Senhor Deputado, Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no
Setor de Áreas Isoladas Sul, nesta capital.
1. Em complemento às observações transmitidas pelo
telegrama no 154, de 24 de abril último, informo Vossa O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do
Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta Programa Nacional das Comissões Internas de Conser-
no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão vação de Energia em Órgão Públicos, instituído pelo De-
amparadas pelo procedimento administrativo de demarca- creto no 99.656, de 26 de outubro de 1990.
ção de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4
de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
Atenciosamente,
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a
necessidade de que – na definição e demarcação das
terras indígenas – fossem levadas em consideração as
características sócio-econômicas regionais. [nome do signatário]
[cargo do signatário]
3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de ter-
ras indígenas deverá ser precedida de estudos e levanta-
mentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § Modelo de Memorando
1o, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os
aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e Mem. 119/DJ Em 21 de maio de 2000.
fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito
conjuntamente com o órgão federal ou estadual compe- Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
tente.
Assunto: Administração. Instalação de microcom-
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais putadores
deverão encaminhar as informações que julgarem perti-
nentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada 1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solici-
a manifestação de entidades representativas da socieda- to a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam
de civil. instalados três microcomputadores neste Departamento.

5. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedi- 2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescen-
mento estabelecido assegura que a decisão a ser baixa- to, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse do-
da pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a tado de disco rígido e de monitor padrão VGA. Quanto a
demarcação de terras indígenas seja informada de todos programas, haveria necessidade de dois tipos: um proces-
os elementos necessários, inclusive daqueles assinala- sador de textos, e outro gerenciador de banco de dados.
dos em sua carta, com a necessária transparência e agi-
lidade. 3. O treinamento de pessoal para operação dos micros
poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do Depar-
Atenciosamente, tamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu
acordo a respeito.
[Nome]
[cargo] 4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos
trabalhos deste Departamento ensejará racional distribui-
ção de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma
melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

[nome do signatário]
[cargo do signatário]

184 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Modelo de Exposição de Motivos de Modelo de Ata


caráter informativo

Paredex – Indústria Têxtil S.A.


EM no 23495/2000-MIP Brasília, 30 de maio de 2000. CGC-MF nº 51.000.009/0001-51 – Companhia Aberta
Ata da Reunião Extraordinária do Conselho
de Administração.

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Aos cinco de junho de dois mil e três, às nove horas, na
sede social da empresa na Rua das Flores nº 328, Jardim
das Rosas, em São Paulo – Capital, com a presença da
O Presidente George Bush anunciou, no último dia totalidade dos membros do Conselho Administrativo da
13, significativa mudança da posição norte-americana nas Sociedade, regularmente convocados na forma do pará-
negociações que se realizam – na Conferência do Desar- grafo 1o do Art. 19 do Estatuto Social, presidida por Sr.
mamento, em Genebra – de uma convenção multilateral de Fernando Jorge Bento Pires, secretário: Carlos Alberto
proscrição total das armas químicas. Ao renunciar à ma- Libertti, de acordo com a ordem do dia, apreciou-se o
nutenção de cerca de dois por cento de seu arsenal quí- pedido de renúncia de membro do conselho, solicitado
mico até a adesão à convenção de todos os países em pelo Sr. António Neves e designou-se seu substituto, nos
condições de produzir armas químicas, os Estados Uni- termos do parágrafo 4o do Estatuto Social, o Sr. Paulo
dos reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta Peres. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a ses-
países participantes do processo negociador, inclusive o são com a lavratura da presente ATA que, após lida e
Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o tratado achada de acordo, segue assinada pelos presentes.
venha a ser concluído e assinado em prazo de cerca de
um ano. (...) Fernando Jorge Bento Pires Carlos Alberto Libertti
António Neves Paulo Peres
Fernando Lima Sobrinho Derci Sousa
Respeitosamente,

[Nome] Modelo de Atestado


[cargo]

ATESTADO
Modelo de Mensagem

Atesto, para fins de prova junto ao Fórum da cidade


Mensagem no 298 de Cabreúva-PR, que o Sr. Armando Montes, ocupante do
cargo de diretor de comunicação do Sindicato dos Profes-
sores de Cabreúva-PR, para o qual foi nomeado por De-
creto nº 10 de 1o de abril de 2004, não reponde a proces-
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal, so administrativo.

Comunico a Vossa Excelência o recebimento das Men-


sagens SM no 106 a 110, de 1991, nas quais informo a
promulgação dos Decretos Legislativos nos 93 a 97, de
1991, relativos à exploração de serviços de radiodifusão.
Crabreúva, 30 de maio de 2004.

______________________________
Brasília, 1o de abril de 2000. António Guedes
Presidente do Sindicato dos Professores
Cabreúva-PR

Degrau Cultural 185

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Conhecimentos Específicos

Modelo de Circular - 1 Modelo de Requerimento

CIRCULAR NÚMERO 55, DE 29 DE JUNHO DE 1973 Magnífico Reitor da Universidade de São Paulo

Prorroga o prazo para recolhimento, sem multa, da Taxa


de Cooperação incidente sobre bovinos. Dolores Matos, brasileira, solteira, estudante de enge-
nharia, matrícula nº 098.765-4, residente na Rua das Flo-
O DIRETOR-GERAL DO TESOURO DO ESTADO, no uso res nº 386, Jardim das Rosas, São Paulo, solicita a Vossa
de suas atribuições, comunica aos Senhores Cobradores Magnificência atestado de que freqüenta o 3o ano do Cur-
de Impostos e Contribuições que, de conformidade com o so de Engenharia Civil, para fim de pedido de Bolsa-Uni-
Decreto número 22.500, de 29 de junho de 1973, publica- versidade, como previsto pela Portaria 1002, de 13 de
do no Diário Oficial da mesma data, fica prorrogado, até 30 julho de 1966, do Ministério da Educação.
de setembro do corrente exercício, o prazo fixado na Lei
número 4.948, de 28 de maio de 1965, para o recolhimen- Nestes termos,
to, sem a multa moratória prevista no artigo 71 da Lei Pede deferimento
número 6.537, de 27 de fevereiro de 1973, da Taxa de
Cooperação incidente sobre bovinos. São Paulo, 30 de maio de 2004.

Lotário L. Skolaude,
Diretor-Geral. —————————————

Modelo de Circular - 2 Modelo de Relatório

CIRCULAR NÚMERO 4, DE 21 DE MAIO DE 1968 São Paulo, 13 de abril de 2004.

De ordem do Excelentíssimo Senhor Presidente da Re- Senhor Professor,


pública, recomendo aos Senhores Ministros de Estado
que determinem providências no sentido de serem presta- Na qualidade de aluno do curso preparatório para o
das, rigorosamente dentro do prazo estabelecido, as in- concurso de Auditor-Fiscal do INSS, fui designado para a
formações solicitadas para defesa da União em manda- escritura do relatório da 1a aula de Redação Oficial, minis-
dos de segurança impetrados contra ato presidencial. trada em 1o de abril de 2004, período noturno, na Central
de Concursos – unidade Barão de Itapetininga SP, sala D.
2. Recomenda-se, outrossim, que a coleta das infor-
mações seja coordenada pelo Gabinete do Ministro em Regida pelo Professor Diógenes de Ataíde, a aula co-
Brasília, que se responsabilizará pela observância do pra- meçou às 19h00. O professor apresentou-se ao grupo e
zo legal. em seguida fez uma explanação a respeito do que será a
prova de Redação Oficial. Distribuiu material impresso aos
3. O texto original das informações, nas quais consta- alunos. Falou do estilo de questão e esclareceu que não
rá, sempre que possível, pronunciamento do órgão setori- se escreverá um texto, os candidatos apenas haverão de
al de assessoria jurídica, deverá ser imediatamente trans- reconhecer modalidades de comunicação oficial em lín-
mitido à Presidência da República para o devido encami- gua portuguesa.
nhamento ao Excelentíssimo Senhor Presidente do Supre-
mo Tribunal Federal. Na seqüência, o mestre apresentou aos alunos as qua-
lidades das comunicações oficiais (impessoalidade, cor-
Rondon Pacheco, reção gramatical, clareza e concisão), mostrou vários
Ministro Extraordinário para os Assuntos do Gabinete exemplos, solicitando a participação de todos em afirma-
Civil. rem se as frases na lousa estavam certas ou erradas,
corrigiu-as e chamou-nos à atenção para o fato de que
isso aparece sempre nas provas.
Modelo de Declaração
Houve um intervalo para café.

DECLARAÇÃO Após o intervalo de 15 minutos, a aula prosseguiu com


a apresentação dos pronomes de tratamento e seus usos
na correspondência oficial. Os alunos participaram com
Eu, Agamenom Soares, CPF nº 098.765.432-10, brasi- perguntas.
leiro, solteiro, professor, residente e domiciliado na Rua
das Flores nº 386, Jardim das Rosas – São Paulo, declaro, Como último assunto do dia, o professor apresentou
sob as penas da lei, ter entregado à Secretaria da Receita cinco comunicações oficiais: ofício, aviso, memorando,
Federal em 20 de maio de 2004 os documentos compraba- mensagem e exposição de motivos. Falou-se das particu-
tórios de rendimentos tributáveis na fonte, conforme soli- laridades de cada uma e qual a sua finalidade.
citação 328-2004 expedida pelo Ministério da Fazenda em
1o de abril de 2004. Encerrou-se a aula às 21h57, com recomendações para
estudos em casa.

São Paulo, 30 de maio de 2004. Respeitosamente,

_______________________ ——————————————
Agamenom Soares

186 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Modelo de Parecer

Senhor diretor do CESPE – UnB

Austregésilo de Hollanda,
professor de Língua Portuguesa,
registrado no MEC sob nº 13.209

O Sr. Aldo Baccarat, candidato à vaga de Auditor-Fis-


cal da Previdência Social, inscrito no concurso realizado
em 1o de abril de 2004, sob nº 098.765, afirma que a ques-
tão doze da prova azul apresenta problema no gabarito
(opção A, oficialmente).

Na opção D, há a seguinte frase: “Os atletas america-


nos tem se saído melhor que brasileiros, nos Jogos Olím-
picos.” (sic), que está errada. Vejam-se a seguir os pro-
blemas do período em questão.

• têm – esse verbo se refere ao sujeito “os atletas ame-


ricanos”, assim sendo deveria estar no plural – com acen-
to circunflexo, como recomendam as regras de acentua-
ção gráfica para os diferenciais dos verbo TER e VIR (ele
tem – eles têm, ele vem – eles vêm).
• melhor – essa palavra, na frase acima, representa um
advérbio, pois liga-se ao termo saído (particípio do verbo
sair); e, como recomenda a norma culta, advérbio é inva-
riável.
• que os brasileiros – na frase percebe-se a ausência
do pronome demonstrativo OS, que representa na segun-
da oração do período o termo ATLETAS, sem o qual a
frase torna-se ambígua.

Visto que a frase está realmente com problemas, solicita-


se a revisão da nota do candidato.

São Paulo, 26 de abril e 2004.

————————————

Degrau Cultural 187

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Conhecimentos Específicos

RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS


Administração de Material1 Uma técnica básica da política de materiais é a padroni-
Administração de material é uma ramificação da adminis- zação dos materiais em uso na organização. Esta padro-
tração geral, constituindo-se em um importante fator no nização se dá pela aplicação de especificações técnicas
seu conjunto. Dentro de uma conceituação moderna, ad- e pela existência de um programa de classificação e ca-
ministração de material é uma atividade que abrange a talogação de materiais.
execução e gestão de todas as tarefas de suprimento, Outra política básica é o acompanhamento do ciclo dos
transporte e manutenção do material de uma organização. materiais. Este programa visa preparar e programar a
A administração do material corresponde, portanto, no introdução dos materiais na organização. Com isso evi-
seu todo, ao planejamento, organização, direção, coor- ta-se dispêndio excessivo de recursos, paralisação da
denação e controle de todas as tarefas necessárias à empresa pela falta do referido material, além da elimina-
definição de qualidade, aquisição, guarda, controle e apli- ção de estoques mortos e sucatas excessivas ao fim da
cação, destinados às atividades operacionais de organi- vida útil do material.
zações públicas ou privadas. O transporte faz parte das preocupações básicas do ad-
A administração de materiais tem como objetivos básicos: ministrador de materiais. Seja ele interno ou externo, um
baixo desempenho na sua execução pode comprometer
• Preços baixos; a atividade fim da organização. Deve-se estar sempre
• Alto giro de estoques; atento às modernas técnicas e equipamentos de trans-
porte, além da evolução das relações comerciais com
• Baixo custo de aquisição e posses;
aquelas empresas prestadoras de serviço nesta área e
• Continuidade de suprimento; que podem vir a serem empregadas como uma impor-
• Consistência de qualidade; tante maneira de economia de tempo e recursos.

• Pouca despesa com pessoal; A armazenagem de materiais também é uma preocupa-


ção constante do administrador. A armazenagem, embo-
• Relações favoráveis com os fornecedores; ra não se aperceba, facilmente tem um custo (posse e
• Aperfeiçoamento do pessoal; conservação da área, conservação dos próprios materi-
ais, custo de pessoal etc), além do próprio custo do esto-
• Bons registros.
que imobilizado. Assim pela padronização e pelo plane-
A administração de material embora seja uma área de jamento deve-se procurar reduzir a quantidade de materi-
atividade específica, nas empresas é uma atividade inte- al armazenado e aumentar a velocidade com que ele en-
grada à logística empresarial que abrange a execução e tra e sai dos locais de armazenagem. Deve-se também
gestão de todas as tarefas de suprimento, transporte e estar atento às modernas técnicas e equipamentos de
manutenção. Os materiais podem ser classificados con- armazenagem e embalagem, para aumento da eficiên-
forme a necessidade e cultura de cada empresa, poden- cia e redução de custos.
do existir classificações segundo diversos critérios.
A administração de estoques é também uma tarefa da
Quanto à utilização podem se classificar em: equipamen- qual o administrador de materiais não deve se descuidar.
tos, material de consumo, matérias-primas e insumos. Sua eficiência leva à redução de materiais armazenados,
Quanto ao valor econômico (não é necessariamente o citada acima, permite uma previsão de consumo e aqui-
preço), os materiais podem ser classificados segundo sições, além de permitir todo o planejamento do ciclo de
diversos aspectos, tais como facilidade de obtenção, pro- materiais da empresa.
dução nacional ou estrangeira, possibilidade de substi- Porém, pouco adianta a atenção a todas as técnicas da
tutivos, multiplicidade de emprego etc. administração de materiais numa empresa que esteja de-
Quanto ao valor estratégico, pode ser classificado dife- sorganizada, sem coordenação em seus órgãos internos,
rentemente se sua utilização está ligada à segurança sem condições de processar adequadamente seus da-
nacional, se sua existência está ligada à escassez ou dos, suas estatísticas e que não consiga motivar suficiente-
abundância de jazidas minerais ou vegetais. mente seu pessoal para a realização de um bom trabalho.

A política de material de cada empresa varia conforme É evidente que as organizações não são iguais, uma vez
estão classificados os seus materiais e conforme seu que possuem objetivos e recursos - financeiros, huma-
ramo de atividade, embora algumas técnicas básicas nos e materiais - diferentes entre si. Atuando em campos
sejam comuns. distintos, a administração de cada uma se caracterizará
por ênfases díspares, embora o processo de evolução
empresarial se apresente dependente de fatores comuns
e inerentes à eficiência e eficácia do modelo de adminis-
tração escolhido.
1
Este texto contém partes de estudo publicado no endereço Numa tipologia bastante sintética, é possível agrupar as
eletrônico abaixo. Acessado em 05/01/2008. http:// organizações em: governamentais, privadas com fins de
www.esao.ensino.eb.br/paginas/cursos/mb/publicacoes/tex- lucro e privadas sem fins lucrativos.
tos/n_aula_funao_log_supri/cap01.pdf

188 Degrau Cultural

07_Recursos Materiais e Patrimoniais.pmd 188 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

As organizações governamentais têm o objetivo de É fato, então que tem havido de maneira mais acentu-
atender as necessidades públicas e de gerir o funciona- ada revisões sistemáticas nas estruturas, nos proces-
mento do Estado. Como necessidades e prioridades são sos e na cultura das organizações. Especificamente, no
definidas a partir do jogo político de forças da sociedade, que se refere às organizações públicas, essas revisões
pode-se dizer que os princípios clássicos que regem a estão vinculadas à reforma do Estado, ou seja, um con-
administração pública – impessoalidade, hierarquia, re- junto de medidas que busca rever o papel do Estado e
gras estabelecidas etc. – apresentam-se de forma distin- suas formas de atuação.
ta em cada ambiente cultural tratado. Como parte desse contexto de mudanças, seja em
Já as empresas privadas são caracterizadas por aten- organizações privadas ou públicas, destacam-se as mu-
der as necessidades de grupos de consumidores, es- danças culturais promovidas nessas organizações atra-
tando inseridas num contexto maior ou menor de compe- vés de novos valores e de práticas gerenciais que se
tição em mercados. Isto faz com que tenham que estar concretizam por meio de decisões e ações para a trans-
organizadas a partir da idéia de conquistar um lugar no formação da realidade e para o alcance de suas metas.
mercado em meio a outras empresas que oferecem pro- Tem-se, então, um cunho catalisador de potenciais
dutos ou serviços semelhantes. para favorecer a disponibilização de conhecimentos em
Quanto maior a competitividade do setor, maiores de- prol dos objetivos organizacionais, caracterizadas pela
vem ser as estratégias de diferenciação perante os con- implementação de um modelo de administração geren-
sumidores para responder às iniciativas da concorrência cial, e pelos impactos que esses processos de reestru-
e antecipar-se para captar tendências de futuro. O plano turação trazem para a organização.
cultural irá caracterizar tanto sua atuação no mercado
quanto sua relação com a sociedade em geral, especial-
mente nas relações de trabalho e na influência que exer-
cem junto a políticas de caráter público.
As organizações sem fins lucrativos atuam no âmbito
da sociedade civil, onde aspectos políticos têm papel de
destaque. São pautadas por interesses que podem vari-
ar desde um conjunto de membros, um sindicato, por
exemplo, até propostas mais amplas de transformação
social, como é o caso das ONG’S, passando pelas pro-
postas de assistência aos carentes através de entidades
beneficentes. Sua atuação tem por finalidade fins públi-
cos a partir da utilização de recursos privados e públicos.
O ambiente cultural irá condicionar seus objetivos e as
estratégias para realizá-los.
Diante desta multiplicidade de organizações, as no-
ções de eficiência, eficácia e efetividade, assim como os
processos básicos da administração – planejamento, or-
ganização, direção e controle – vão assumir característi-
cas específicas em cada tipo de organização. Importa
ressaltar que estas quatro funções gerais são inerentes
à existência de qualquer uma delas, formando uma tota-
lidade que deve estar ajustada à missão organizacional
para que se obtenha o seu melhor desempenho. Não
existem fórmulas pré-estabelecidas para a administra-
ção das organizações.
A existência de uma extensa base teórica sobre admi-
nistração proporciona aos membros das organizações a
possibilidade de se dedicarem a estabelecer procedi-
mentos, a partir dessas teorias, adequando para suas
organizações aquela que lhes proporcione melhores re-
sultados aos objetivos traçados.
As transformações ocorridas no contexto mundial nas
últimas décadas estão marcadas pelo acirramento da
competitividade, pelo desenvolvimento tecnológico ace-
lerado, pelo avanço da informatização e dos meios de
comunicação. Essa mudança de paradigmas, promovi-
da pela evolução, implicou em processos de reestrutura-
ção dos sistemas de gestão não só nas organizações
privadas, mas também nas organizações públicas.

Degrau Cultural 189

07_Recursos Materiais e Patrimoniais.pmd 189 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

NÍVEL DE SERVIÇO

Existem inúmeras maneiras para se avaliar e interpre- - Um complexo de atividades envolvendo todas as áreas
tar o grau de competitividade de uma empresa perante do negócio que se combinam para entregar e faturar
suas concorrentes. Para Prahalad (1995), por exem- os produtos da companhia de uma maneira que seja
plo, a inovação é o caminho para o sucesso empresa- percebida como satisfatória pelo cliente e que demons-
rial: como os produtos tendem a tornar-se cada vez tre os objetivos da companhia.
mais próximos em temos de especificações e vanta- - O total de entradas de pedidos, todas as comunica-
gens para o cliente (tendem a transformar-se em “com- ções com os clientes, todas as remessas, todos os
modities”), a capacidade de criar novas necessidades fretes, todas as faturas e controle total dos reparos dos
de mercado e atendê-las antes da concorrência é o produtos.
grande diferencial. Slack (1993), por outro lado, apre- - Entrega pontual e exata dos produtos pedidos pelos
senta uma visão mais segmentada, afirmando que as clientes, com um acompanhamento cuidadoso e res-
organizações podem concorrer em custo, qualidade do posta às perguntas, incluindo o envio pontual da fatura.
produto, flexibilidade (capacidade de fornecer uma
gama ampla de produtos distintos) e tempo (agilidade
no atendimento de um pedido do cliente).
Dentre todas as abordagens teóricas, porém, talvez a
mais completa seja a de Michael Porter (1985), que
distingue dois grandes vetores estratégicos de com-
petitividade: custo e diferenciação. Assim, a médio pra-
zo, uma empresa pode escolher entre oferecer um pro-
duto padronizado a um custo muito baixo (menor que a
concorrência) ou diferenciá-lo, criando valores agrega-
dos que justifiquem dispêndios extras para sua aqui-
sição. A longo prazo, porém, a empresa deve unir estes
dois fatores de competitividade, oferecendo produtos
baratos e diferenciados.
No Cadeia de Suprimento, o modelo estratégico de Mi-
chael Porter traduz-se pela seguinte frase: o sistema lo-
gístico deve, ao mesmo tempo, gerar transações de me-
nor custo total, e maximizar o serviço ao cliente. No que
se refere a este último fator, Cristopher (1997) apresenta
uma análise bastante lúcida de quais deveriam ser os
reais objetivos de uma organização: “...O fato evidente é
que toda organização tem o serviço ao cliente como meta.
Em verdade, muitas empresas bem sucedidas começa-
ram a examinar os padrões de seus serviços internos
para que todas as pessoas que trabalhem no negócio
compreendessem que elas deveriam prestar serviço para
alguém - se não for assim, porque elas estariam na folha
de pagamento? O objetivo deve ser o estabelecimento de
uma cadeia de clientes que liga as pessoas de todos os
níveis da organização direta ou indiretamente ao merca-
do. O gerenciamento da cadeia de serviços ao cliente ao
longo da empresa, e daí por diante, é a função principal
refletida no gerenciamento logístico”.
O que é, então, serviço ao cliente? Em um estudo de
1976, La Londe e Zinzer levantaram uma boa amostra do
que se constituía o “serviço ao cliente”. Alguns exemplos
estão demonstrados abaixo:
- Todas as atividades necessárias para receber, pro-
cessar, entregar e faturar os pedidos dos clientes e
fazer o acompanhamento de qualquer atividade em
que houve falha.
- Pontualidade e confiabilidade na entrega de materiais,
de acordo com a expectativa do cliente.
Fonte:
http://www.empreenderparatodos.com.br

190 Degrau Cultural

08_Nivel de Serviço.pmd 190 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL


ADMINITRAÇÃO E MANUTENÇÃO DE IMÓVEIS E Conheça os tipos de manutenção mais utilizados:
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS GERAIS
Manutenção Preventiva
É entendido como serviço geral todo trabalho não qualifi-
cado com ensino superior que seja terceirizado e que com- Você já deve ter ouvido a seguinte frase: “É melhor preve-
ponha a base empregatícia de uma determinada empre- nir do que remediar”. A palavra prevenção é abrangente e
sa. São serviços oferecidos em apoio a outras empresas, utilizada em várias áreas. Na área médica muito se fala
podendo ser contratados de forma integral ou parcial, apre- na prevenção de determinadas doenças que se diagnos-
sentando o serviço por dias, horas ou semanas. ticadas antecipadamente aumentam as chances de cura
e, conseqüentemente, a vida do paciente.
Dentro deste campo, estão incluídos serviços de limpe-
za, de portaria, de transporte, de segurança e de recep- Na manutenção predial acontece o mesmo. A manuten-
ção, por exemplo. Estes serviços são disponibilizados ção preventiva é baseada na estatística CTMF (Curva de
por empresas que oferecem estes serviços a outras, atra- Tempo Médio para Falha), que programa reparos ou re-
vés de contratos autônomos ou não, temporários ou per- condicionamentos de máquinas, equipamentos e siste-
manentes. Apesar de algumas áreas disponibilizadas mas, que estima a possibilidade de falha tanto no mo-
dentro dos serviços gerais exigirem algum tipo de espe- mento seguinte ao início do funcionamento, que podem
cialização no tipo de formação, tais como eletricista, car- ocorrer devido à falhas na instalação, ou ainda após um
pinteiro, manuntenção de computadores etc, a grande longo período de utilização dos equipamentos.
maioria não exige muita qualificação do funcionário, jus- Os programas de manutenção preventiva podem ser sim-
tamente pela simplicidade do serviço. ples (resumidos a lubrificações e ajustes menores) ou
Justamente por esta característica, muitas pessoas que mais abrangentes, com a programação de reparos, lubri-
não possuem alto nível de instrução procuram trabalhar ficação, ajustes e recondicionamentos de máquinas para
para empresas que oferecem serviços gerais, uma vez todos os equipamentos críticos de uma unidade predial
que dentro da empresa é possível trabalhar em diversas ou industrial.
áreas de acordo com o interesse do contratante. Esta Manutenção Preditiva
flexibilidade é igualmente boa e ruim para o funcionário,
pois ao mesmo tempo que tem mais oportunidades de A manutenção preditiva é uma filosofia ou atitude que usa
conseguir serviços para fazer e conseqüentemente ga- a condição operacional real de equipamentos e siste-
nhar mais dinheiro, ao mesmo tempo nunca conseguirá mas para otimizar a operação total. Trata-se de um meio
ter a oportunidade de se especializar em apenas uma de se melhorar a produtividade, a qualidade do produto, o
área e desenvolver uma profissão nela. lucro e a efetividade global, principalmente, em plantas
industriais de manufatura e de produção.
Nem por isso deve-se enxergar os serviços gerais como
um trabalho de menor importância ou irrelevante: sua O monitoramento regular da condição mecânica real, o
necessidade é tão reconhecida que até mesmo o Minis- rendimento operacional e outros indicadores da condição
tério do Planejamento do Brasil possui um departamento operativa das máquinas e sistemas de processo forne-
especial chamado Sistema de Serviços Gerais – o SISG cem os dados necessários para assegurar o intervalo
– que tem como função administrar toda prestação de máximo entre os reparos e minimizar o número e os cus-
serviço realizada no Ministério. É uma prova de que todo tos de paradas não-programadas ocasionadas por falhas.
serviço, por menor que seja, tem a sua importância. Um programa abrangente de manutenção preditiva utili-
za uma combinação de técnicas não-destrutivas (monito-
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ramento de vibração, monitoramento de parâmetro de
processo, termografia, tribologia e inspeção visual) que
A prestação de serviços é entendida como a realização permite identificar problemas em máquinas e sistemas
de trabalho oferecido ou contratado por terceiros (comu- antes que se tornem sérios, já que a maioria dos proble-
nidade ou empresa), incluindo assessorias, consultori- mas podem ser minimizados se forem detectados e re-
as e cooperação interinstitucional. A prestação de servi- parados com antecedência.
ços se caracteriza pela intangibilidade, inseparabilidade
(produzido e utilizado ao mesmo tempo) e não resulta na As técnicas específicas dependerão do tipo de equipa-
posse de um bem. Quando a prestação de serviço for mento da planta industrial ou unidade predial, seu im-
oferecida como curso ou projeto de extensão, ela é regis- pacto sobre a produção e outros parâmetros chaves da
trada como tal (cursos e projetos). operação do local, além dos objetivos que se deseja que
o programa de manutenção preditiva atinja.
SISTEMAS PREDIAIS: MANUNTEÇÕES PREVENTIVA , Manutenção Corretiva
CORRETIVA E PREDITIVA Este tipo de manutenção é simples e direto: somente
Existem vários tipos de manutenção, e a decisão pela quando algum equipamento ou sistema quebra ou fa-
adoção, ou mesmo a combinação dos tipos de manuten- lha é que ele é consertado. O gerenciamento da manu-
ção, requer uma análise mais profunda dos objetivos tenção corretiva não investe em manutenção preventi-
desejados e depende também da relação custo-benefí- va ou preditiva até o momento que um equipamento ou
cio para cada aplicação. sistema falhe.

Degrau Cultural 191

09_Função Adm Patrimonial.pmd 191 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

A manutenção corretiva é uma técnica reativa e na maio-


ria das vezes é o método mais caro de gerência de ma-
nutenção, pois em muitos casos envolvem custos com
estoques de peças sobressalentes, altos custos de tra-
balho extra e elevado tempo de paralisação ou disponi-
bilidade de uma unidade predial. Esta paralisação pode
impactar no desempenho econômico de uma empresa,
como por exemplo, a perda de produtos perecíveis (como
vacinas, etc.) armazenados sob temperatura controla-
da, ou a perda de conforto no caso de uma quebra do
sistema de ar condicionado, ou ainda a perda momen-
tânea de clientes insatisfeitos com a paralisação geral
dos serviços.

Fontes:
www.prestaçao.net
www.ufmg.br

192 Degrau Cultural

09_Função Adm Patrimonial.pmd 192 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

CONCEITOS GERAIS DE COMPRAS


Compras nas Organizações porque “imprevistos” apontaram potenciais fragilidades
Em muitas organizações públicas, as atividades relaci- ou despreparo do setor para lidar com estes.
onadas ao planejamento de compras (planejamento das Uma vez, devidamente autorizado, em conformidade com
quantidades, seleção e avaliação de fornecedores, ne- a previsão orçamentária e a disponibilidade financeira,
gociação etc.) estão dissociadas das atividades relati- o gestor de patrimônio também poderá antecipar suas
vas ao processamento dessas compras (atividades de compras, visando obter ganhos de oportunidades (ofer-
licitação, documentação e registro), bem como, de seu tas de mercado ou pela tendência de alta dos preços do
recebimento. Tal fato, por muitas vezes, gera problemas produto), o que em empresas privadas poder-se-ia cha-
entre as reais necessidades do solicitante e do que efe- mar de compras especulativas. Por fim, quando são
tivamente é entregue à organização. A falta de entrosa- necessárias compras, devido à obsolescência de ma-
mento entre estas atividades (compras, licitação e al- teriais, pode-se dizer que ocorreram falhas anteriores
moxarifado) pode comprometer o suprimento de materi- no planejamento, resultando aquisições de quantida-
ais para a empresa. des desnecessárias ou excessivas.
Uma boa compra é aquela que atende, ao mesmo tem- Através do planejamento de compras, que a organiza-
po, as exigências técnicas do solicitante e de quem vai ção busca estabelecer a maximização da utilização dos
recebê-la (que devem estar expressas como especifica- recursos disponíveis em atendimento às demandas,
ções), os requisitos legais de sua aquisição (licitação, estabelecendo as quantidades, os locais e as datas para
por exemplo) e de sua entrega (locais, prazos e datas). as entregas de cada material, que foi adquirido.
Para que isso possa ser alcançado necessário se faz, Assim, para evitar a perda dos materiais adquiridos, por
que as pessoas, que exercem atividades associadas a deterioração, é importante que o responsável pelas com-
tais funções trabalhem de forma integrada, diferentemen- pras conheça as condições disponíveis para a armaze-
te, do que ainda acontece hoje em muitas organizações nagem, pois que este poderá decidir sobre as embala-
públicas, conforme fora falado no início deste tema. gens e sobre os meios de transporte, o que poderá con-
Para que o planejamento de compras seja bem realiza- tribuir para a redução dessas perdas.
do, é importante que o responsável por esta função bus- A demanda e a oferta de materiais podem concentrar
que ao máximo introduzir em sua rotina o estabelecimen- em certos períodos do ano, ou terem um comportamen-
to de previsões. Antecipar-se sobre possíveis necessida- to irregular. Então, o gestor deverá adotar estratégias de
des de materiais e das necessidades associadas a esta ação específica para cada situação, de modo que, ape-
(área e condições requeridas à sua armazenagem, pes- sar da ausência de estabilidade na demanda e na ofer-
soal para a distribuição, recursos, à sua aquisição, entre ta, o que seria ideal para o seu trabalho, ele consiga
outras) é de fundamental importância para o pleno funci- aplicar adequadamente os recursos disponíveis e as-
onamento da empresa pública. Todavia, nem sempre é segurar o atendimento das necessidades de material
possível ter previsões confiáveis sobre determinadas em sua organização. Quanto mais conhecimentos o
necessidades. Por outro lado, também podem ocorrer gestor detiver sobre o seu papel, estará melhor prepara-
imprevistos que alterem a regularidade das compras. do para lidar com esta variação de situações. Isto impli-
As compras devem ser regulares, o que significa um pla- ca em dizer que a melhoria de seu desempenho e do
nejamento estruturado (com as suas respectivas previ- resultado que seu trabalho representará para a sua or-
sões) e um bom funcionamento do setor. A ocorrência de ganização, dependerá de sua contínua atualização pro-
compras emergenciais dará elementos para o gestor de fissional, obtida pela constante leitura e pela troca de
patrimônio repensar o seu planejamento, seja pela iden- experiência com outros profissionais do seu ramo de
tificação e levantamento de falhas ocorridas neste, seja atividades.

Gráficos que mostram comportamento de consumo:

Consumo horizontal

Degrau Cultural 193

10_Compras.pmd 193 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

Tendência

Comportamento Sazonal

Fornecedores Contratos
Para evitar problemas indesejáveis é interessante que Significa a convenção estabelecida entre duas ou mais
a organização mantenha em seu poder um cadastro pessoas para constituir, regular ou extinguir entre elas
atualizado sobre potenciais fornecedores. Assim, uma relação jurídica”. Esta definição é bem interessan-
poderá em pouco tempo ter informações sobre estes te, porque coloca em poucas linhas a orientação sobre
e proceder a um julgamento justo sobre as alternati- todos os elementos que devem constar em um contrato
vas disponíveis para o fornecimento, quando pertinen- bem elaborado. São eles:
te. Esta condição mínima para que uma empresa · a qualificação das partes envolvidas e de seus
possa se candidatar a fornecedor denomina-se qua- representantes legais para aquele efeito;
lificação. Por sua vez, a ordem de prioridade para o · o objeto – que apresenta a motivação da elaboração
fornecimento entre aqueles considerados habilitados do contrato, aquilo que deverá ser buscado ou
intitula-se de classificação. atingido;
A fim de evitar abusos, por parte de fornecedores, cada · a constituição – que formaliza os interesses de cada
unidade poderá formalizar sanções relativas a falhas uma das partes, a duração e os meios necessários
ou problemas em fornecimentos sucessivos. De para tanto;
acordo com a gravidade das falhas (atrasos, trocas · a regulação – que estabelece os direitos e obriga-
no material entregue, faltas nas quantidades, etc), po- ções de cada uma das partes em relação ao outro e a
dem ser estabelecidos pontos negativos (ou deméri- terceiros, bem como orientações para a resolução de
tos) e ao total de uma quantidade limite de deméritos conflitos que, porventura, venham a se estabelecer;
para um certo intervalo de tempo (20 pontos acumula- · a extinção – que determina os motivos para o encer-
dos em um ano, por exemplo) estará, devido a esse ramento do contrato, seja pelo atingimento de seus
conjunto de falhas, proibido de concorrer ao forneci- propósitos, seja pelo descumprimento dos termos
mento por um certo período ou, ainda, poderá ser des- da regulação ou, ainda, pela limitação de tempo
qualificado, o que implicará efetivamente na impossi- prevista em sua constituição.
bilidade de fornecimento. Tal providência pode ser exe- Quando o contrato envolve, como uma das partes, o
cutada, através do condicionamento de cada forneci- poder público, este recebe o nome de contrato adminis-
mento, à qualificação prévia. Uma opção, para tanto, trativo e se caracteriza pela predominância deste em
é exigir, quando cabível, a qualificação do pretenso relação às demais partes, face à finalidade do atendi-
fornecedor junto ao Cadastro Geral de Contribuintes mento de interesses públicos.
do Estado, ou, ainda, junto ao Cadastro de O gestor de patrimônio ou o responsável pela elaboração
Fornecedores do Ministério de Planejamento (SICAF), dos contratos administrativos, como representante do
que faz parte de um sistema integrado de informações poder público, no momento da contratação da aquisição
relativas a compras disponibilizadas na Internet de bens e serviços, deve sempre considerar que estes
(www.comprasnet.gov.br). contratos têm como principais características:

194 Degrau Cultural

10_Compras.pmd 194 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

· licitação prévia – visa maximizar a utilização do recur- A fim de evitar julgamentos diferentes para um mesmo
so público (ou a seleção da proposta mais vantajosa produto, por diferentes recebedores ou por um mesmo,
para o Estado), e que, para tanto, deve ser realizado o em datas diferentes, faz-se necessário que se
processo com a respectiva documentação estabeleça um procedimento padrão, contendo as for-
necessária; mas de inspecionar o material a ser recebido, bem como
· publicidade – dar a mais ampla ciência a possíveis verificar sobre quais os aspectos este deve ser avaliado
interessados no processo de licitação e, também, para (pontos de inspeção no produto).
caracterizar a transparência e a isenção do agente
público, em relação a esta, o que garantirá o princípio
de isonomia de direitos;
· prazo determinado – que todos os contratos tenham
um prazo de vigência definido, visando criar a
oportunidade de novas ofertas ao Estado e, assim,
otimizar os recursos empregados na contratação, bem
como impossibilitar a transferência de responsabili-
dades sobre esta, com o advento da Lei de Responsa-
bilidade Fiscal (Lei Complementar 101, de 04/05/2000);
· prorrogabilidade – apesar do que reza o parágrafo
anterior, haverá ocasiões onde o contrato poderá ser
prorrogado, visto que a sua continuidade se constituirá
como vantagem adicional, através da obtenção de
preços e condições mais vantajosas. Todavia, tal
condição deverá ser prevista quando da contratação
inicial, assim como limitações de tempo em confor-
midade com o item acima;
· cláusulas exorbitantes – são aquelas que caracteri-
zam a predominância do poder público neste tipo de
contrato. Entre elas mencionam-se:
· Modificação e rescisão unilateral dos contratos – em
nome do interesse público, há a possibilidade da
alteração das quantidades, inicialmente, previstas
para o fornecimento, dentro de limites previstos na
legislação e mesmo do encerramento do
anteriormente contratado por aquele;
· Fiscalização – compete aos representantes do poder
público realizar a fiscalização das competências
técnica e administrativa dos contratados, bem como
do próprio fornecimento de materiais e serviços. Cabe
ressaltar que cláusulas, referentes à fiscalização,
devem constar do termo de contrato, inclusive quanto
à extinção deste;

Rcebimento e Aceitação
Uma das mais importantes etapas do trabalho do ges-
tor de patrimônio é o recebimento dos materiais em sua
organização. Para tanto, uma série de pré-requisitos. O
primeiro deles, diz respeito à competência para este
recebimento: significa dizer que o gestor de materiais,
sozinho ou em equipe, terá plenas condições de julgar a
conformidade daquilo que lhe é entregue. Este
julgamento tem duas dimensões: o aspecto quantitativo
e o qualitativo, ou seja, as quantidades e as característi-
cas ou especificações do material em recebimento.
Além disso, deve ser observada a regularidade desse
material, no que se refere aos aspectos fiscais, (docu-
mentação emitida pelo fornecedor, nota fiscal ou simi-
lar) e à compatibilidade do que é entregue com a
documentação que originou o pedido (licitação, empe-
nho, autorização de despesa etc.).

Degrau Cultural 195

10_Compras.pmd 195 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

DECRETO Nº 2.745, DE 24 DE AGOSTO DE 1998


Aprova o Regulamento do Procedimento Licitatório 1.4 Nenhuma compra será feita sem a adequada
Simplificado da Petróleo Brasileiro S.A. - PETRO- especificação do seu objeto e indicação dos
BRÁS previsto no art . 67 da Lei nº 9.478, de 6 de recursos financeiros necessários ao pagamento.
agosto de 1997. 1.4.1 As compras realizadas pela PETROBRÁS deverão
ter como balizadores: a) o princípio da
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que padronização, que imponha compatibilidade de
lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição Federal, e especificações técnica e de desempenho,
tendo em vista o disposto no art. 67 da Lei nº 9.478, de 6 observadas, quando for o caso, as condições de
de agosto de 1997, manutenção, assistência técnica e de garantia
DECRETA: oferecidas; b) condições de aquisição e pagamento
Art 1º Fica aprovado o Regulamento do Procedimento semelhantes às do setor privado; e c) definição
Licitatório Simplificado da Petróleo Brasileiro S.A. - das unidades e quantidades em função do
PETROBRÁS, na forma do Anexo deste Decreto. consumo e utilização prováveis.
Art 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua 1.5 Estarão impedidos de participar de licitações na
publicação. PETROBRÁS firma ou consórcio de firmas entre cujos
dirigentes, sócios detentores de mais de dez por
cento do Capital Social, responsáveis técnicos, bem
Brasília, 24 de agosto de 1998; 177º assim das respectivas subcontratadas, haja alguém
da Independência e 110º da República. que seja Diretor ou empregado da PETROBRÁS.
1.6 Ressalvada a hipótese de contratação global (turn
- key), não poderá concorrer à licitação para
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
execução de obra ou serviço de engenharia pessoa
Raimundo Brito física ou empresa que haja participado da
elaboração do projeto básico ou executivo.
1.6.1 É permitida a participação do autor do projeto ou
ANEXO da empresa a que se refere o item anterior, na
REGULAMENTO DO PROCEDIMENTO licitação de obra ou serviço ou na sua execução,
LICITATÓRIO SIMPLIFICADO como consultor técnico, exclusivamente a serviço
DA PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRÁS da PETROBRÁS.
1.7 O ato de convocação da licitação conterá, sempre,
CAPÍTULO I
disposição assegurando à PETROBRÁS o direito
DISPOSIÇÕES GERAIS de, antes da assinatura do contrato
1.1 Este Regulamento, editado nos termos da Lei nº 9.478, correspondente, revogar a licitação, ou, ainda,
de 6 de agosto de 1997, e do art. 173, § 1º, da recusar a adjudicação a firma que, em contratação
Constituição, com a redação dada pela Emenda nº 19, anterior, tenha revelado incapacidade técnica,
de 4 de junho de 1998, disciplina o procedimento administrativa ou financeira, a critério exclusivo da
licitatório a ser realizado pela PETROBRÁS, para PETROBRÁS, sem que disso decorra, para os
contratação de obras, serviços, compras e alienações. participantes, direito a reclamação ou indenização
1.2 A licitação destina-se a selecionar a proposta mais de qualquer espécie.
vantajosa para a realização da obra, serviço ou 1.8 No processamento das licitações é vedado admitir,
fornecimento pretendido pela PETROBRÁS e será prever, incluir ou tolerar, nos atos convocatórios,
processada e julgada com observância dos cláusulas ou condições que: a) restrinjam ou
princípios da legalidade, da impessoalidade, da frustrem o caráter competitivo da licitação; b)
moralidade, da publicidade, da igualdade, bem
estabeleçam preferências ou distinções em razão
como da vinculação ao instrumento convocatório,
da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes.
da economicidade, do julgamento objetivo e dos
que lhes são correlatos. 1.8.1 A licitação não será sigilosa, sendo públicos e
acessíveis a todos os interessados os atos de
1.3 Nenhuma obra ou serviço será licitado sem a
aprovação do projeto básico respectivo, com a seu procedimento.
definição das características, referências e demais 1.9 Sempre que economicamente recomendável, a
elementos necessários ao perfeito entendimento, PETROBRÁS poderá utilizar-se da contratação
pelos interessados, dos trabalhos a realizar, nem integrada, compreendendo realização de projeto
contratado, sem a provisão dos recursos financeiros básico e/ou detalhamento, realização de obras e
suficientes para sua execução e conclusão integral. serviços, montagem, execução de testes, pré-
1.3.1 Quando for o caso, deverão ser adotadas, antes da operação e todas as demais operações
licitação, as providências para a indispensável necessárias e suficientes para a entrega final do
liberação, utilização, ocupação, aquisição ou objeto, com a solidez e segurança especificadas.
desapropriação dos bens, necessários à execução 1.10 Sempre que reconhecida na prática comercial, e
da obra ou serviço a contratar. sua não utilização importar perda de

196 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

competitividade empresarial, a PETROBRÁS g) para a compra de materiais, equipamentos ou


poderá valer-se de mecanismos seguros de gêneros padronizados por órgão oficial, quando
trasmissão de dados à distância, para fechamento não for possível estabelecer critério objetivo para
de contratos vinculados às suas atividades o julgamento das propostas;
finalísticas, devendo manter registros dos h) para a aquisição de peças e sobressalentes
entendimentos e tratativas realizados e arquivar as ao fabricante do equipamento a que se
propostas recebidas, para fins de sua análise pelos destinam, de forma a manter a garantia técnica
órgãos internos e externos de controle. vigente do mesmo;
1.11 Com o objetivo de compor suas propostas para i) na contratação de remanescentes de obra,
participar de licitações que precedam as serviço ou fornecimento, desde que aceitas as
concessões de que trata a Lei nº 9.478, de 6 de mesmas condições do licitante vencedor,
agosto de 1997, a PETROBRÁS poderá assinar inclusive quanto ao preço, devidamente
pré-contratos, mediante expedição de cartas- corrigido e mediante ampla consulta a
convite, assegurando preços e compromissos de empresas do ramo, participantes ou não da
fornecimento de bens ou serviços. licitação anterior;
1.11.1 Os pré-contratos conterão cláusula resolutiva de j) na contratação de instituições brasileiras, sem
pleno direito, sem penalidade ou indenização, a fins lucrativos, incumbidas regimental ou
ser exercida pela PETROBRÁS no caso de outro estatutariamente da pesquisa, ensino,
licitante ser declarado vencedor, e serão desenvommento institucional, da integração de
submetidos à apreciação posterior dos órgãos de portadores de deficiência física, ou programas
controle externo e de fiscalização. baseados no Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069, de 13 de Julho de
CAPÍTULO II 1990), desde que detenham inquestionável
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DA LICITAÇÃO reputação ético-profissional;
2.1 A licitação poderá ser dispensada nas seguintes k) para aquisição de hortifrufigrangeiros e gêneros
hipóteses: perecíveis, bem como de bens e serviços a
a) nos casos de guerra, grave perturbação da serem prestados aos navios petroleiros e
ordem ou calamidade pública; embarcações, quando em estada eventual de
b) nos casos de emergência, quando caracterizada curta duração em portos ou localidades
a urgência de atendimento de situação que diferentes de suas sedes, por motivo ou
possa ocasionar prejuízo ou comprometer a movimentação operacional, e para equipes
segurança de pessoas, obras, serviços, sísmicas terrestres.
equipamentos e outros bens; 2.2 A dispensa de licitação dependerá de exposição
c) quando não acudirem interessados à licitação de motivos do titular da unidade administrativa
anterior, e esta não puder ser repetida sem interessada na contratação da obra, serviço ou
prejuízo para a PETROBRÁS, mantidas, neste compra em que sejam detalhadamente
caso, as condições preestabelecidas; esclarecidos:
d) quando a operação envolver concessionário de a) a caracterização das circunstâncias de fato
serviço público e o objeto do contrato for justificadoras do pedido;
pertinente ao da concessão; b) o dispositivo deste Regulamento aplicável à
e) quando as propostas de licitação anterior tiverem hipótese;
consignado preços manifestamente superiores c) as razões da escolha da firma ou pessoa física
aos praticados no mercado, ou incompatíveis a ser contratada;
com os fixados pelos órgãos estatais incumbidos d) a justificativa do preço de contratação e a sua
do controle oficial de preços; adequação ao mercado e à estimativa de custo
f) quando a operação envolver exclusivamente da PETROBRÁS.
subsidiárias ou controladas da PETROBRÁS, 2.3 É inexigível a licitação, quando houver inviabilidade
para aquisição de bens ou serviços a preços fática ou jurídica de competição, em especial:
compatíveis com os praticados no mercado, bem a) para a compra de materiais, equipamentos ou
como com pessoas jurídicas de direito público
gêneros que possam ser fornecidos por
interno, sociedades de economia mista,
produtor, empresa ou representante comercial
empresas públicas e fundações ou ainda
exclusivo, vedada a preferência de marca;
aquelas sujeitas ao seu controle majoritário,
exceto se houver empresas privadas que b) para a contratação de serviços técnicos a seguir
possam prestar ou fornecer os mesmos bens e enumerados exemplificadamente, de natureza
serviços, hipótese em que todos ficarão sujeitos síngular, com profissionais ou empresas de
a licitação; e quando a operação entre as notória especialização:
pessoas antes referidas objetivar o fornecimento - estudos técnicos, planejamento e projetos
de bens ou serviços sujeitos a preço fixo ou tarifa, básicos ou executivos;
estipuladas pelo Poder Público; - pareceres, perícias e avaliações em geral;

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Conhecimentos Específicos

- assessorias ou consultorias técnicas e k) nos casos de competitividade mercadológica,


auditorias financeiras; em que a contratação deva ser iminente, por
- fiscalização, supervisão ou gerenciamento de motivo de alteração de programação, desde que
obras ou serviços; cornprovadamente não haja tempo hábil para a
- patrocínio ou defesa de causas judiciais ou realização do procedimento licitatório,
administrativas, em especial os negócios justificados o preço da contratação e as razões
jurídicos atinentes a oportunidades de negócio, técnicas da alteração de programação; l) na
financiamentos, patrocínio, e aos demais cujo aquisição de bens e equipamentos destinados
conteúdo seja regido, predominantemente, por à pesquisa e desenvolvimento tecnológico
regras de direito privado face as peculiaridades aplicáveis às atividades da PETROBRÁS.
de mercado; 2.3.1 Considera-se de notória especialização o
- treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; profissional ou empresa cujo conceito no campo
c) para a contratação de profissional de qualquer de sua especialidade, decorrente de desempenho
setor artístico, diretamente ou através de anterior, estudos, experiências, publicações,
empresário, desde que consagrado pela crítica organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de
especializada ou pela opinião pública; outros requisitos relacionados com suas
atividades, permita inferir que seu trabalho é o mais
d) para a obtenção de licenciamento de uso de
adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
software com o detentor de sua titularidade
autoral, sem distribuidores, representantes 2.3.2 Considera-se como produtor, firma ou
comerciais, ou com um destes na hipótese representante comercial exclusivo, aquele que seja
de exclusividade, comprovada esta por o único a explorar, legalmente, a atividade no local
documento hábil; da contratação, ou no território nacional, ou o único
inscrito no registro cadastral de licitantes da
e) para a contratação de serviços ou aquisição de
PETROBRÁS, conforme envolva a operação custo
bens, em situações atípicas de mercado em
estimado nos limites de convite, concorrência ou
que, comprovadamente, a realização do
tomada de preços.
procedimento licitatório não seja hábil a atender
ao princípio da economicidade; 2.4 A Diretoria da PETROBRÁS definirá, em ato
específico, as competências para os atos de
f) no caso de transferência de tecnologia, desde
dispensa de licitação.
que caracterizada a necessidade e
essencialidade da tecnologia em aquisição; 2.5 Os casos de dispensa (item 2.1) e de
inexigibilidade (item 2.3) de licitação deverão ser
g) para a compra ou locação de imóvel destinado
comunicados pelo responsável da unidade
ao serviço da PETROBRÁS, cujas características
competente à autoridade superior, dentro dos cinco
de instalação ou localização condicionem a sua
dias seguintes ao ato respectivo, devendo constar
escolha;
da documentação a caracterização da situação
h) para a formação de parcerias, consórcios e outras justificadora da contratação direta, conforme o
formas associativas de natureza contratual, caso, a razão da escolha do fornecedor ou
objetivando o desempenho de atividades prestador de serviço e a justificativa do preço.
compreendidas no objeto social da PETROBRÁS;
i) para a celebração de “contratos de aliança”,
CAPÍTULO III
assim considerados aqueles que objetivem a
soma de esforços entre empresas, para MODALIDADES, TIPOS E LIMITES DE LICITAÇÃO
gerenciamento conjunto de empreendimentos, 3.1 São modalidades de licitação:
compreendendo o planejamento, a a) A CONCORRÊNCIA
administração, os serviços de procura, b) A TOMADA DE PREÇOS
construção civil, montagem, pré-operação, c) O CONVITE
comissionamento e partida de unidades, d) O CONCURSO
mediante o estabelecimento de preços “meta” e) O LEILÃO
e “teto”, para efeito de bônus e penalidades, em 3.1.1 CONCORRÊNCIA - é a modalidade de licitação
função desses preços, dos prazos e do em que será admitida a participação de
desempenho verificado; qualquer interessado que reuna as condições
j) para a comercialização de produtos decorrentes exigidas no edital.
da exploração e produção de hidrocarbonetos, 3.1.2 TOMADA DE PREÇOS - é a modalidade de licitação
gás natural e seus derivados, de produtos de entre pessoas, físicas ou jurídicas previamente
indústrias químicas, para importação, cadastradas e classificadas na PETROBRÁS, no
exportação e troca desses produtos, seu ramo pertinente ao objeto.
transporte, beneficiamento e armazenamento, 3.1.3 CONVITE - é a modalidade de licitação entre
bem como para a proteção de privilégios pessoas físicas ou jurídicas, do ramo pertinente
industriais e para opeações bancárias e ao objeto, em número mínimo de três, inscritas ou
creditícias necessárias à manutenção de não no registro cadastral de licitantes da
participação da PETROBRÁS no mercado; PETROBRÁS.

198 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

3.1.4 CONCURSO - é a modalidade de licitação entre h) desempenho, qualidade e confiabilidade


quaisquer interessados, para escolha de trabalho exigidos para os materiais e equipamentos;
técnico ou artístico, mediante a instituição de i) conhecimento do mercado fornecedor de
prêmios aos vencedores. materiais e equipamentos específicos da
3.1.5 LEILÃO - é a modalidade de licitação entre indústria de petróleo, permanentemente
quaisquer interessados, para a alienação de bens qualificados por mecanismos que verifiquem e
do ativo permanente da PETROBRÁS, a quem certifiquem suas instalações, procedimentos e
oferecer maior lance, igual ou superior ao da sistemas de qualidade, quando exigíveis.
avaliação. 3.4 Sempre que razões técnicas determinarem o
3.2 De acordo com a complexibilidade e fracionamento de obra ou serviço em duas ou mais
especialização da obra, serviço ou fornecimento a partes, será escolhida a modalidade de licitação
ser contratado, as licitações poderão ser dos que regeria a totalidade da obra ou serviço.
seguintes tipos: 3.5 Obras ou serviços correlatos e vinculados entre si
a) DE MELHOR PREÇO - quando não haja fatores serão agrupados e licitados sob a modalidade
especiais de ordem técnica que devam ser correspondente ao conjunto a ser contratado.
ponderados e o critério de julgamento indicar 3.6 Nos casos em que a licitação deva ser realizada
que a melhor proposta será a que implicar o sob a modalidade de convite, o titular da unidade
menor dispêndio para a PETROBRÁS, ou o administrativa responsável poderá, sempre que
maior pagamento, no caso de alienação, julgar conveniente, determinar a utilização da
observada a ponderação dos fatores indicados concorrência.
no ato de convocação, conforme subitem 6.10;
b) DE TÉCNICA E PREÇO - que será utilizada CAPÍTULO IV
sempre que fatores especiais de ordem técnica, REGISTRO CADASTRAL, PRÉ-QUALIFICAÇÃO
tais como segurança, operatividade e qualidade
E HABILITAÇÃO DE LICITANTES
da obra, serviço ou fornecimento, devam guardar
relação com os preços ofertados; 4.1 A PETROBRÁS manterá registro cadastral de
empresas interessadas na realização de obras,
c) DE MELHOR TÉCNICA - que será utilizada para
serviços ou fornecimentos para a Companhia.
contratação de obras, serviços ou fornecimentos
em que a qualidade técnica seja preponderante 4.1.1 Para efeito da organização e manutenção do
sobre o preço. Cadastro de Licitantes, a PETROBRÁS publicará,
periodicamente, aviso de chamamento das
3.2.1 O tipo da licitação será indicado pela unidade
empresas interessadas, indicando a documentação
requisitante interessada e constará, sempre, do
a ser apresentada, que deverá comprovar:
edital ou carta-convite.
a) habilitação jurídica;
3.2.2 Nos casos de utilização de licitação de Técnica e
Preço e de Melhor Técnica, a unidade administrativa b) capacidade técnica, genérica, específica e
interessada indicará os requisitos de técnica a operacional;
serem atendidos pelos licitantes na realização da c) qualificação econômico-financeira; d)
obra ou serviço ou fornecimento do material ou regularidade fiscal.
equipamento. 4.2 As firmas cadastradas serão classificadas por
3.3 Para a escolha da modalidade de licitação serão grupos, segundo a sua especialidade.
levados em conta, dentre outros, os seguintes 4.3 Os registros cadastrais serão atualizados
fatores: periodicamente, pelo menos uma vez por ano.
a) necessidade de atingimento do segmento 4.4 Os critérios para a classificação das firmas
industrial, comercial ou de negócios cadastradas serão fixados por Comissão integrada
correspondente à obra, serviço ou fornecimento por técnicos das áreas interessadas, indicados
a ser contratado; pelos respectivos diretores e designados pelo
b) participação ampla dos detentores da Presidente da PETROBRÁS e serão estabelecidos
capacitação, especialidade ou conhecimento em norma específica, aprovada pela Diretoria.
pretendidos; 4.5 Feita a classificação, o resultado será comunicado
ao interessado, que poderá pedir reconsideração,
c) satisfação dos prazos ou características
desde que a requeira, no prazo de cinco dias,
especiais da contratação;
apresentando novos elementos, atestados ou
d) garantia e segurança dos bens e serviços a outras informações que justifiquem a classificação
serem oferecidos; pretendida.
1. velocidade de decisão, eficiência e presteza da 4.5.1 Decorrido o prazo do subitem anterior, a unidade
operação industrial, comercial ou de negócios administrativa encarregada do Cadastro expedirá
pretendida; o Certificado de Registro e Classificação, que terá
f) peculidaridades da atividade e do mercado de validade de doze meses.
petróleo; 4.6 Qualquer pessoa, que conheça fatos que afetem a
g) busca de padrões internacionais de qualidade e inscrição e classificação das firmas executoras de
produtividade e aumento da eficiência; obras e serviços ou fornecedoras de materiais e

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Conhecimentos Específicos

equipamentos, poderá impugnar, a qualquer b) composição do consórcio;


tempo, total ou parcialmente, o registro, desde que c) objetivo da consorciação;
apresente à unidade de Cadastro as razões da d) compromissos e obrigações dos consorciados,
impugnação. dentre os quais o de que cada consorciado
4.7 A inscrição no registro cadastral de licitantes da responderá, individual e solidariamente, pelas
PETROBRÁS poderá ser suspensa quando a exigências de ordem fiscal e administrativa
firma: pertinentes ao objeto da licitação, até a
a) faltar ao cumprimento de condições ou normas conclusão final dos trabalhos que vierem a ser
legais ou contratuais; contratados com consórcio;
b) apresentar, na execução de contrato celebrado e) declaração expressa de responsabilidade
com a PETROBRÁS, desempenho considerado solidária de todos os consorciados pelos atos
insuficiente; praticados sob o consórcio, em relação à licitação
c) tiver títulos protestados ou executados; e, posteriormente, à eventual contratação;
d) tiver requerida a sua falência ou concordata, ou, f) compromisso de que o consórcio não terá sua
ainda, decretada esta última; composição ou constituição alteradas ou, sob
e) deixar de renovar, no prazo que lhe for fixado, qualquer forma, modificadas, sem prévia e
documentos com prazo de validade vencido, ou expressa anuência, escrita, da PETROBRÁS, até
deixar de justificar, por escrito, a não participação a conclusão integral dos trabalhos que vierem a
na licitação para a qual tenha sido convidada. ser contratados;
4.8 A inscrição será cancelada: g) compromissos e obrigações de cada um dos
a) por decretação de falência, dissolução ou consorciados, individualmente, em relação ao
liquidação da firma; objeto de licitação.
b) quando ocorrer declaração de inidoneidade da 4.10.2 A capacidade técnica e financeira do consórcio,
firma; para atender às exigências da licitação, será
definida pelo somatório da capacidade de seus
c) pela prática de qualquer ato ilícito;
componentes.
d) a requerimento do interessado;
4.10.3 Nos consórcios integrados por empresas
4.9 A suspensão da inscrição será feita pela unidade nacionais e estrangeiras serão obedecidas as
encarregada do Cadastro, por iniciativa própria ou diretrizes estabelecidas pelos órgãos
mediante provocação de qualquer unidade da governamentais competentes, cabendo, sempre,
PETROBRÁS. O cancelamento da inscrição será a brasileiros a representação legal do consórcio.
determinado por qualquer Diretor, ou pela Diretoria
4.10.4 Não se aplicará a proibição constante da letra “ f “
da PETROBRÁS no caso da letra “ b “ do subitem
do subitem 4.10.1 quando as empresas
anterior, com base em justificativa da unidade
consorciadas decidirem fundir-se em uma só, que
administrativa interessada.
as suceda para todos os efeitos legais.
4.9.1 O ato de suspensão, ou de cancelamento, que será
4.10.5 Aplicar-se-ão aos consórcios, no que cabíveis, as
comunicado, por escrito, pela unidade encarregada
disposições deste Regulamento, inclusive no
do Cadastro, fixará o prazo de vigência e as
tocante ao cadastramento e habilitação de licitantes.
condições que deverão ser atendidas pela firma,
para restabelecimento da inscrição. 4.10.6 O Certificado do Registro do Consórcio será
4.9.2 A firma que tiver suspensa a inscrição cadastral expedido com a finalidade exclusiva de permitir a
não poderá celebrar contratos com a PETROBRÁS, participação na licitação indicada no pedido de
nem obter adjudicação de obra, serviço ou inscrição.
fornecimento, enquanto durar a suspensão. 4.10.7 O edital de licitação poderá fixar a quantidade
Entretanto, poderá a PETROBRÁS exigir, para máxima de firmas por consórcios e estabelecerá
manutenção do contrato em execução, que a firma prazo para que o compromisso de consorciação
ofereça caução de garantia satisfatória. seja substituído pelo contrato de constituição
4.10 Para o fim de participar de licitação cujo ato de definitiva do consórcio, na forma do disposto no
convocação expressamente o permita, admitirse-á art. 279 da Lei nº 6.404 de 15/12/76, sob pena de
a inscrição de pessoas físicas ou jurídicas reunidas cancelamento da eventual adjudicação.
em consórcio, sendo, porém, vedado a um 4.11 A PETROBRÁS poderá promover a pré-qualificação
consorciado, na mesma licitação, também concorrer de empresas para verificação prévia da habilitação
isoladamente ou por intermédio de outro consórcio. jurídica, capacidade técnica, qualificação
4.10.1 As pessoas físicas ou jurídicas consorciadas econômico-financeira e regularidade fiscal, com
instruirão o seu pedido de inscrição com prova de vista à participação dessas empresas em
compromisso de constituição do consórcio, certames futuros e específicos.
mediante instrumento, do qual deverão constar, em 4.11.1 O edital de chamamento indicará, além da(s)
cláusulas próprias: obra(s), serviço(s) ou fomecimento(s) a ser(em)
a) a designação do representante legal do contratado(s), os requisitos para a pré-qualificação
consórcio; e o seu prazo de validade.

200 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

4.11.2 Uma vez pré-qualificadas, a convocação das e) preço de aquisição das especificações
empresas interessadas será feita de forma técnicas e demais documentos da licitação,
simplificada, mediante carta-convite. quando for o caso.
4.12 O Certificado fornecido aos cadastrados substituirá 5.2.1 Quando exigido como requisito para a participação,
os documentos exigidos para as licitações o capital social mínimo não será superior a dez por
processadas dentro do seu prazo de validade, cento do valor estimado para a contratação.
ficando, porém, assegurado à PETROBRÁS o 5.2.2 A Comissão de Licitação poderá solicitar da
direito de estabelecer novas exigências, bem como unidade administrativa requisitante quaisquer
comprovação da capacidade operativa atual da elementos e informações que entender
empresa, compatível com o objeto a ser contratado. necessários para a elaboração do edital ou carta-
convite da licitação. A Comissão restituirá à unidade
CAPÍTULO V requisitante o pedido de licitação que não contiver
PROCESSAMENTO DA LICITAÇÃO os elementos indicados no subitem anterior, bem
5.1 As licitações da PETROBRÁS serão processadas por assim os que não forem complementares com os
Comissões Permanentes ou Especiais, designadas dados e informações adicionais requisitados.
pela Diretoria ou, mediante delegação desta, pelo titular 5.3 As licitações serão convocadas mediante edital
da unidade administrativa interessada. assinado e feito publicar pelo titular da unidade
5.1.1 O procedimento da licitação será iniciado com o administrativa interessada, ou através de carta-
ato do titular da unidade administrativa interessada, convite expedida pela Comissão de Licitação ou
que deverá indicar o objeto a ser licitado, prazo por servidor especialmente designado.
para a execução da obra, serviço ou fornecimento 5.3.1 Na elaboração do edital deverão ser levados em
desejado, bem como os recursos orçamentários conta, além das condições e exigências
aprovados ou previstos nos programas plurianuais técnicas e econômico-financeiras requeridas
correspondentes. para a participação, os seguintes princípios
5.1.2 Quando for o caso, o pedido de licitação deverá vir básicos de licitação:
acompanhado do ato de designação da Comissão a) igualdade de oportunidade e de tratamento a
Especial que a processará. todos os interessados na licitação;
5.2 O pedido de licitação deverá conter, dentre outros, b) publicidade e amplo acesso dos interessados
os seguintes elementos: às informações e trâmites do procedimento
I - NO CASO DE OBRA OU SERVIÇO: licitatório;
a) descrição das características básicas e das c) fixação de critérios objetivos para o julgamento
especificações dos trabalhos a serem da habilitação dos interessados e para avaliação
contratados; e classificação das propostas.
b) indicação do prazo máximo previsto para a 5.4 A concorrência será convocada por Aviso publicado,
conclusão dos trabalhos; pelo menos uma vez, no Diário Oficial da União e
c) indicação do custo estimado para a execução, em jornal de circulação nacional, com antecedência
cujo orçamento deverá ser anexado ao pedido; mínima de trinta dias da data designada para
d) indicação da fonte de recursos para a apresentação de propostas.
contratação; 5.4.1 O aviso de convocação indicará, de forma resumida,
e) requisitos de capital, qualificação técnica e o objeto da concorrência, os requisitos para a
capacitação econômico-financeira a serem participação, a data e o local de apresentação das
satisfeitos pelas firmas interessadas na propostas e o local onde poderão ser adquiridos o
participação; edital e os demais documentos da licitação.
f) local e unidade administrativa onde poderão ser 5.4.2 O edital da concorrência deverá conter o número
obtidos, pelos interessados, elementos e de ordem em série anual, a sigla da unidade
esclarecimentos complementares sobre a obra administrativa interessada, a finalidade da
ou serviço, bem como o preço de aquisição das licitação, a menção de que será regida por esta
especificações técnicas, plantas e demais Norma e, mais, as seguintes indicações:
elementos da licitação. a) o objeto da licitação, perfeitamente caracterizado
II - NO CASO DE COMPRA: e definido, conforme o caso, pelo respectivo
a) descrição das características técnicas do projeto, normas e demais elementos técnicos
material ou equipamento a ser adquirido; pertinentes, bastantes para permitir a exata
b) indicação da fonte de recursos para a aquisição; compreensão dos trabalhos a executar ou do
fornecimento a fazer;
c) indicação, quando for o caso, dos requisitos de
capacitação econômico-financeira, qualificação b) as condições de participação e a relação dos
e tradição técnica a serem satisfeitos pelos documentos exigidos para a habilitação dos
fornecedores interessados; licitantes e seus eventuais sub-contratados, os
d) indicação ou requisitos de qualidade técnica quais serão relativos, exclusivamente, à habilitação
exigidos para o material ou equipamento a ser jurídica, qualificação técnica, qualificação
fornecido; econômico-financeira e regularidade fiscal;

Degrau Cultural 201

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Conhecimentos Específicos

c) o local, dia e horário em que serão recebidas a 5.4.7 Mediante despacho fundamentado, a Diretoria
documentação de habilitação preliminar e as poderá autorizar a redução do prazo de publicação
propostas e o local, dia e hora em que serão do edital, para, no mínimo, vinte dias, quando essa
abertas as propostas; providência for considerada necessária pela
d) o critério que será adotado no julgamento das urgência da contratação.
propostas; 5.5 A tomada de preços será convocada por Aviso
e) o local e a unidade administrativa onde os publicado no Diário Oficial da União e em jornal de
interessados poderão obter informações e circulação nacional, com a antecedência mínima
esclarecimentos e cópias dos projetos, plantas, de quinze dias da data designada para recebimento
desenhos, instruções, especificações e outros das propostas.
elementos necessários ao perfeito 5.5.1 O edital de tomada de preços conterá, além dos
conhecimento do objeto da licitação; requisitos do subitem anterior, que forem cabíveis,
f) a natureza e o valor da garantia de propostas, as seguintes indicações mínimas:
quando exigida; a) a descrição detalhada do objeto da licitação, as
g) o prazo máximo para cumprimento do objeto da especificações e demais elementos
licitação; indispensáveis ao perfeito conhecimento, pelos
h) as condições de reajustamento dos preços, interessados, dos trabalhos que serão
quando previsto; executados, ou dos materiais ou equipamentos
a serem fornecidos;
i) a declaração de que os trabalhos, ou
b) o local, data e horário em que serão recebidas
fornecimento deverão ser realizados segundo
as propostas e as condições da apresentação
as condições estabelecidas em contrato, cuja
destas;
minuta acompanhará o edital;
c) a informação de que somente poderão participar
j) as condições de apresentação das propostas,
da licitação firmas já inscritas no registro
número de vias e exigências de serem
cadastral de licitantes da PETROBRÁS;
datilografadas e assinadas pelo proponente,
d) especificação da forma e o valor da garantia de
sem emendas ou rasuras, com a indicação do
proposta, quando exigida, e indicação do local e
respectivo endereço;
a unidade administrativa da PETROBRÁS onde
k) as condições para aceitação de empresas
os interessados obterão informações
associadas em consórcio e para eventual
complementares, cópias das especificações,
subcontratação;
plantas, desenhos, instruções e demais
l) esclarecimento de que a PETROBRÁS poderá, elementos sobre o objeto da licitação;
antes da assinatura do contrato, desistir da e) o critério de julgamento das propostas, com o
concorrência, sem que disso resulte qualquer esclarecimento de que a PETROBRÁS poderá,
direito para os licitantes; antes da assinatura do contrato, revogar a
m) prazo de validade das propostas; licitação, sem que disso resulte qualquer direito
n) outras informações que a unidade requisitante para os licitantes.
da licitação julgar necessária. 5.5.2 Mediante despacho fundamentado, o Diretor da
5.4.3 Nas concorrências haverá, sempre, uma fase inicial área a que estiver afeta a licitação poderá autorizar
de habilitação preliminar, destinada à verificação a redução do prazo de publicação do edital, para
da plena qualificação das firmas interessadas. dez dias, quando essa providência for considerada
Para a habilitação preliminar os interessados necessasária pela urgência da contratação.
apresentarão os documentos indicados no edital, 5.6 O convite será convocado por carta expedida pelo
além do comprovante de garantia de manutenção Presidente da Comissão de licitação ou pelo servidor
da proposta, quando exigida. especialmente designado, às firmas indicadas no
5.4.4 A habilitação preliminar antecederá a abertura das pedido da licitação, em número mínimo de três,
propostas e a sua apreciação competirá à selecionadas pela unidade requisitante dentre as do
Comissão de Licitação. ramo pertinente ao objeto, inscritos ou não no registro
cadastral de licitantes da PETROBRÁS.
5.4.5 O edital da concorrência poderá dispensar as firmas
5.6.1 A carta-convite será entregue, aos interessados,
inscritas no cadastro da PETROBRÁS e de órgãos
contra recibo, com antecedência mínima de três
da Administração Pública Federal, Estadual ou
dias antes da data fixada para a apresentação das
Municipal, da apresentação dos documentos de
propostas. A carta-convite será acompanhada das
regularidade jurídico-fiscal exigidos para a características e demais elementos técnicos da
habilitação, desde que exibido o Certificado de licitação e deverá conter as indicações mínimas,
registro, respectivo. necessárias à elaboração das propostas.
5.4.6 Quando prevista no edital, a exigência de capital 5.6.2 A cada novo convite, realizado para objeto idêntico
mínimo integralizado e realizado, ou de patrimônio ou assemelhado, a convocação será estendida a,
líquido, não poderá exceder de dez por cento do pelo menos, mais uma firma, dentre as
valor estimado da contratação. cadastradas e classificadas no ramo pertinente.

202 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

CAPíTULO VI convocação, os fatores de qualidade e rendimento


JULGAMENTO DAS LICITAÇÕES da obra ou serviço ou do material ou equipamento
6.1 As licitações serão processadas e julgadas com a a ser fornecido, os prazos de execução ou de
observância do seguinte procedimento: entrega, os preços e as condições de pagamento.
a) abertura dos envelopes contendo a 6.11 A Comissão fará a análise, avaliação e classificação
documentação relativa à habilitação, e sua das propostas rigorosamente de conformidade
apreciação; com o critério estabelecido no ato de convocação,
b) devolução dos envelopes fechados aos desclassificando as que não satisfizeram, total ou
licitantes inabilitados, desde que não tenha parcialmente, às exigências prefixadas.
havido recurso ou após a sua denegação; 6.12 Não serão levadas em conta vantagens não
c) abertura dos envelopes contendo as propostas previstas no edital ou carta-convite, nem ofertas de
dos licitantes habilitados, desde que redução sobre a proposta mais barata.
transcorrido o prazo sem interposição de 6.13 No caso de discordância entre os preços unitários
recurso, ou tenha havido desistência expressa, e os totais resultantes de cada item da planilha,
ou após o julgamento dos recursos interpostos; prevalecerão os primeiros; ocorrendo discordância
d) verificação da conformidade de cada proposta entre os valores numéricos e os por extenso,
com os requisitos do instrumento convocatório, prevalecerão estes últimos.
promovendo-se a desclassificação das 6.14 Na falta de outro critério expressamente
propostas desconformes ou incompatíveis; estabelecido no ato de convocação, observado o
e) classificação das propostas e elaboração do disposto no subitem anterior, a licitação será
Relatório de Julgamento; julgada com base no menor preço ofertado, assim
considerado aquele que representar o menor
f) aprovação do resultado e adjudicação do objeto
dispêndio para a PETROBRÁS.
ao vencedor.
6.15 Na avaliação das propostas, para efeito da
6.2 A abertura dos envelopes contendo os documentos
classificação, a Comissão levará em conta todos os
de habilitação e as propostas, será realizada sempre
aspectos de que possa resultar vantagem para a
em ato público, previamente designado, do qual se
PETROBRÁS, observado o disposto no subitem 6.25.
lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes
presentes e pela Comissão de Licitação. 6 16 As propostas serão classificadas por ordem
decrescente dos valores afertados, a partir da mais
6.3 Todos os documentos de habilitação e propostas
vantajosa.
serão rubricados pelos licitantes e pela Comissão
de Licitação. 6.17 Verificando-se absoluta igualdade entre duas ou
mais propostas, a Comissão designará dia e hora
6.4 O disposto no item 6.1 aplica-se, no que couber,
para que os licitantes empatados apresentam
ao leilão e ao convite.
novas ofertas de preços; se nenhum deles puder,
6.5 O concurso será processado com a observância ou quiser, formular nova proposta, ou caso se
do procedimento previsto no respectivo instrumento verifique novo empate, a licitação será decidida por
convocatório. sorteio entre os igualados.
6.6 Ultrapassada a fase de habilitação dos 6.18 Em igualdade de condições, as propostas de
concorrentes e abertas as propostas, não cabe licitantes nacionais terão preferência sobre as dos
desclassificá-las por motivo relacionado com a estrangeiros.
habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes
6.19 Nas licitações de MELHOR PREÇO será declarada
ou só conhecidos após o julgamento.
vencedora a proponente que, havendo atendido às
6.7 É facultada à Comissão ou autoridade superior, exigências de prazo de execução ou de entrega e
em qualquer fase da licitação, a promoção de às demais condições gerais estabelecidas no ato
diligência destinada a esclarecer ou a de convocação, ofertar o menor valor global para a
complementar a instrução do procedimento realização da obra ou serviço, assim considerado
licitatório, vedada a inclusão posterior de aquele que implicar o menor dispêndio para a
documento ou informação que deveria constar PETROBRÁS, ou o maior pagamento, no caso de
originariamente da proposta. alienação.
6.8 Após a fase de habilitação, não cabe desistência 6.20 Nas licitações de TÉCNICA E PREÇO e MELHOR
de proposta, salvo por motivo justo decorrente de TÉCNICA o julgamento das propostas será feito
fato superveniente e aceito pela Comissão. em duas etapas.
6.9 É assegurado a todos os participantes do 6.20.1 Na primeira, a Comissão fará a análise das
procedimento licitatório o direito de recurso, na propostas com base nos fatores de avaliação
forma estabelecida no Capítulo IX deste previamente fixados no edital, tais como: qualidade,
Regulamento. rendimento, assistência técnica e treinamento,
6.10 O critério de julgamento das propostas constará, prazo e cronograma de execução, técnica e
obrigatoriamente, do edital ou carta-convite. Na sua metodologia de execução, tradição técnica da firma,
fixação levar-se-ão em conta, dentre outras equipamentos da firma, tipo e prazo da garantia de
condições expressamente indicadas no ato de qualidade oferecida, podendo solicitar dos

Degrau Cultural 203

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Conhecimentos Específicos

licitantes as informações e esclarecimentos classificação técnica, desde que atendidas as


complementares que considerar necessários, condições econômico-financeiras estabelecidas
vedada qualquer alteração das condições já no edital. Entretanto, o edital conterá, sempre, a
oferecidas. ressalva de que a PETROBRÁS poderá recusar a
6.20.2 Concluída a avaliação das propostas técnicas, a adjudicação, quando o preço da proposta for
Comissão convocará os licitantes, por escrito, e, considerado incompatível com a estimativa de custo
no dia, hora e local designados, em sessão pública, da contratação.
divulgará o resultado da 1ª etapa do julgamento e 6.23 Qualquer que seja o tipo ou modalidade da licitação,
proclamará as propostas classificadas poderá a Comissão, uma vez definido o resultado
tecnicamente. Após a leitura do Relatório Técnico, do julgamento, negociar com a firma vencedora
o Presidente da Comissão prestará aos licitantes ou, sucessivamente, com as demais licitantes,
os esclarecimentos e justificativas que forem segundo a ordem de classificação, melhores e
solicitados. As indagações dos licitantes e os mais vantajosas condições para a PETROBRÁS. A
esclarecimentos prestados pelo Presidente negociação será feita, sempre, por escrito e as
constarão da ata da sessão. Em seguida, o novas condições dela resultantes passarão a
Presidente da Comissão fará a abertura dos integrar a proposta e o contrato subseqüente.
envelopes das propostas financeiras, cujos 6.24 O resultado das licitações, qualquer que seja o
documentos serão lidos e rubricados pelos tipo ou modalidade, constará do RELATÓRIO DE
membros da Comissão e pelos licitantes. Serão JULGAMENTO, circunstanciado, assinado pelos
restituídos, fechados, aos respectivos prepostos, membros da Comissão, no qual serão referidos,
os envelopes de preços dos licitantes cujas resumidamente, os pareceres técnicos dos órgãos
propostas técnicas tenham sido desclassificadas. porventura consultados.
6.20.3 O Presidente da Comissão não fará a abertura dos 6.25 No Relatório de Julgamento a Comissão indicará,
envelopes de preços das firmas cujas propostas detalhadamente, as razões da classificação ou
técnicas tenham sido objeto de impugnação, salvo desclassificação das propostas, segundo os
se, decidida, de plano, a improcedência desta, o fatores considerados no critério pré-estabelecido,
impugnante declarar, para ficar consignado na ata, justificando, sempre, quando a proposta de menor
que aceita a decisão da Comissão e renuncia a preço não for a escolhida.
recurso ou reclamação futura sobre o assunto. 6.26 Concluído o julgamento, a Comissão comunicará,
6.20.4 Também não serão abertos, permanecendo em por escrito, o resultado aos licitantes, franqueando-
poder da Comissão, os envelopes de preços das lhes, e a qualquer interessado que o requeira por
firmas cujas propostas técnicas tenham sido escrito, o acesso às informações sobre a tramitação
desclassificadas e que consignarem em ata o e resultado da licitação.
propósito de recorrer contra tal decisão, bem assim 6.27 Decorrido o prazo de recurso, ou decidido este, o
os daquelas contra as quais tenha sido impugnada Relatório de Julgamento será encaminhado pelo
a classificação, até a decisão final sobre o recurso Presidente da Comissão ao titular do órgão
ou impugnação. interessado, para aprovação e adjudicação.
6.20.5 O resultado da avaliação das propostas técnicas 6.27.1 O titular da unidade competente para a aprovação
constará de RELATÓRIO TÉCNICO, no qual deverão poderá converter o julgamento em diligência, para
ser detalhadamente indicados: que a Comissão supra omissões ou esclareça
a) as propostas consideradas adequadas às aspectos do resultado apresentado.
exigências de ordem técnica da licitação; 6.27.2 Mediante decisão fundamentada, a autoridade
b) as razões justificadoras de eventuais competente para a aprovação anulará, total ou
desclassificações. parcialmente, a licitação, quando ficar comprovada
6.20.6 Na segunda etapa do julgamento, a Comissão irregularidade ou ilegalidade no seu
avaliará os preços e sua adequação à estimativa da processamento.
PETROBRÁS para a contratação, bem assim as 6.28 Os editais e cartas-convites conterão, sempre, a
condições econômico-financeiras ofertados pelos ressalva de que a PETROBRÁS poderá, mediante
licitantes e fará a classificação final segundo a ordem decisão fundamentada da autoridade competente
decrescente dos valores globais, ou por item do para a homologação do julgamento, revogar a
pedido, quando se tratar de licitação de compra. licitação, a qualquer tempo, antes da formalização
6.21 Nas licitações de TÉCNICA E PREÇO será do respectivo contrato, para atender a razões de
proclamada vencedora da licitação a firma que tiver conveniência administrativa, bem como anular o
ofertado o melhor preço global para a realização procedimento, se constatada irregularidade ou
da obra ou serviço, ou o melhor preço final por item ilegalidade, sem que disso resulte, para os
do fornecimento a ser contratado, desde que licitantes, direito a reclamação ou indenização.
atendidas todas as exigências econômico- 6.29 As licitações vinculadas a financiamentos
financeiras estabelecidas no edital. contratados pela PETROBRÁS com organismos
6.22 Nas licitações de MELHOR TÉCNICA será internacionais serão processadas com
proclamada vencedora a firma que obtiver a melhor observância do disposto nas recomendações

204 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

contidas nos respectivos Contratos de Empréstimos, 7.2 Os contratos regidos por este Regulamento
e nas instruções específicas dos órgãos federais poderão ser alterados, mediante acordo entre as
competentes, aplicando-se, subsidiariamente, as partes, principalmente nos seguintes casos:
disposições deste Regulamento. a) quando houver modificação do projeto ou das
6.30 Os editais para essas licitações indicarão os especificações, para melhor adequação técnica
requisitos a serem atendidos pelas firmas aos seus objetivos;
estrangeiras eventualmente interessadas na b) quando necessária a alteração do valor
participação. contratual, em decorrência de acréscimo ou
diminuição quantitativa de seu objeto,
CAPÍTULO VII observado, quanto aos acréscimos, o limite de
CONTRATAÇÃO vinte e cinco por cento do valor atualizado do
7.1 A execução de obras e serviços e a aquisição ou contrato;
alienação de materiais, na PETROBRÁS, serão c) quando conveniente a substituição de garantia
contratados com o concorrente classificado em de cumprimento das obrigações contratuais;
primeiro lugar na licitação correspondente, d) quando necessária a modificação do regime ou
ressalvados os casos de dispensa desta, modo de realização do contrato, em face de
estabelecidos neste Regulamento. verificação técnica da inaplicabilidade dos
7.1.1 Os contratos da PETROBRÁS reger-se-ão pelas termos contratuais originários;
normas de direito privado e pelo princípio da e) quando seja comprovadamente necessária a
autonomia da vontade, ressalvados os casos modificação da forma de pagamento, por
especiais, obedecerão a minutas padronizadas, imposição de circunstâncias supervenientes,
elaboradas com a orientação do órgão jurídico e respeitado o valor do contrato.
aprovadas pela Diretoria. 7.3 A inexecução total ou parcial do contrato poderá
7.1.2 As minutas dos contratos e dos respectivos ensejar a sua rescisão, com as consequências
aditamentos serão previamente analisadas pelo contratuais e as previstas em lei, além da aplicação
órgão jurídico da PETROBRÁS, na forma do ao contratado das seguintes sanções:
disposto nas normas operacionais internas. a) advertência;
7.1.3 Os contratos deverão estabelecer, com clareza e b) multa, na forma prevista no instrumento
precisão, os direitos, obrigações e convocatório ou no contrato;
responsabilidades das partes e conterão cláusulas c) suspensão temporária de participação em
específicas sobre: licitação e impedimento de contratar com a
a) a qualificação das partes; PETROBRÁS, por prazo não superior a dois anos;
b) o objeto e seus elementos característicos; d) proibição de participar de licitação na
c) a forma de execução do objeto; PETROBRÁS, enquanto perdurarem os motivos
d) o preço, as condições de faturamento e de determinantes da punição ou até que seja
pagamento e, quando for o caso, os critérios de promovida a reabilitação, perante a própria
reajustamento; autoridade que aplicou a pena.
e) os prazos de início, de conclusão, de entrega, 7.3.1 Constituem motivo, dentre outros, para rescisão
de garantia e de recebimento do objeto do do contrato:
contrato, conforme o caso; a) o não cumprimento de cláusulas contratuais,
f) as responsabilidades das partes; especificações, projetos ou prazos;
g) as que fixem as quantidades e o valor da multa; b) o cumprimento irregular de cláusulas
contratuais, especificações, projetos ou prazos;
h) a forma de inspeção ou de fiscalização pela
PETROBRÁS; c) a lentidão no seu cumprimento, levando a
PETROBRÁS a presumir a não-conclusão da
i) as condições referentes ao recebimento do
obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos
material, obra ou serviço;
estipulados;
j) as responsabilidades por tributos ou
d) o atraso injustificado no início da obra, serviço
contribuições; k) os casos de rescisão; ou fornecimento;
l) o valor do contrato e a origem dos recursos; e) a paralisação da obra, do serviço ou do
m)a forma de solução dos conflitos, o foro do fornecimento, sem justa causa e prévia
contrato e, quando necessário, a lei aplicável; comunicação à PETROBRÁS;
n) estipulação assegurando à PETROBRÁS o f) a subcontratação total ou parcial do seu objeto,
direito de, mediante retenção de pagamentos, a associação da contratada com outrem, a
ressarcir-se de quantias que lhes sejam devidas cessão ou transferência, total ou parcial, exceto
pela firma contratada, quaisquer que sejam a se admitida no edital e no contrato, bem como a
natureza e origem desses débitos. fusão, cisão ou incorporação, que afetem a boa
7 1.4 A Diretoria Executiva definirá, em ato interno execução deste;
específico, as competências para a assinatura dos g) o desatendimento das determinações regulares
contratos celebrados pela PETROBRÁS. do preposto da PETROBRÁS designado para

Degrau Cultural 205

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Conhecimentos Específicos

acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim CAPÍTULO IX


como as de seus superiores; RECURSOS PROCESSUAIS
h) o cometimento reiterado de faltas na sua 9.1 Qualquer interessado, prejudicado por ato de
execução, anotadas em registro próprio; habilitação, classificação ou julgamento, praticado
i) a decretação da falência, o deferimento da pela Comissão de Licitação, ou por representante
concordata, ou a instauração de insolvência civil; autorizado da PETROBRÁS, em função deste
j) a dissolução da sociedade ou o falecimento do Regulamento, poderá recorrer, mediante:
contratado; a) Pedido de Reconsideração;
k) a alteração social ou a modificação da finalidade b) Recurso Hierárquico.
ou da estrutura da empresa, que, a juízo da 9.1.1 O Pedido de Reconsideração será formulado em
PETROBRÁS, prejudique a execução da obra requerimento escrito e assinado pelo interessado,
ou serviço; dirigido à Comissão de Licitação ou à unidade
l) o protesto de títulos ou a emissão de cheques responsável pelo ato impugnado e deverá conter:
sem suficiente provisão de fundos, que a) a identificação do recorrente e das demais
caracterizem insolvência do contratado; pessoas afetadas pelo ato impugnado;
m)a suspensão de sua execução, por ordem escrita b) a indicação do processo licitatório ou
da PETROBRÁS por prazo superior a cento e vinte administrativo em que o ato tenha sido praticado;
dias, salvo em caso de calamidade pública, grave c) as razões que fundamentam o pedido de
perturbação da ordem interna ou guerra; reconsideração, com a indicação do dispositivo
n) a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, deste Regulamento ou, quando for o caso, da
regularmente comprovada, impeditiva da legislação subsidiariamente aplicável.
execução do contrato. 9.1.2 O Pedido de Reconsideração será apresentado
7.3.2 A rescisão acarretará as seguintes conseqüências no protocolo local da PETROBRÁS, instruído com
imediatas: os documentos de prova de que dispuser o
a) execução da garantia contratual, para recorrente. Quando assinado por procurador,
ressarcimento, à PETROBRÁS, dos valores das deverá vir acompanhado do correspondente
multas aplicadas e de quaisquer outras instrumento do mandato, salvo quando este já
quantias ou indenizações a ela devidas; constar do processo respectivo.
b) retenção dos créditos decorrentes do contrato, 9.1.3 Mediante o pagamento do custo correspondente,
até o limite dos prejuízos causados à a parte poderá requerer cópias das peças do
PETROBRÁS. processo da licitação, ou de quaisquer outros
7.4 O contrato poderá estabelecer que a decretação documentos indispensáveis à instrução do recurso.
da concordata implicará a rescisão de pleno direito, 9.1.4 Quando o interessado o requerer, o Pedido de
salvo quando a firma contratada prestar caução Reconsideração poderá converter-se em Recurso
suficiente, a critério da PETROBRÁS, para garantir Hierárquico, na hipótese de indeferimento da
o cumprimento das obrigações contratuais. Comissão de Licitação ou da unidade
administrativa à qual tenha sido dirigido.
CAPÍTULO VIII 9.1.5 O Recurso Hierárquico, formulado com
LICITAÇÃO PARA ALIENAÇÃO DE BENS observância do disposto no subitem 9.1.1, será
81 Observado o disposto no Estatuto Social, a dirigido à unidade administrativa imediatamente
alienação de bens do ativo permanente, superior àquela responsável pelo ato impugnado.
devidamente justificada, será sempre precedida 9.1.6 Quando se referir a ato praticado em processo de
de avaliação e licitação, dispensada esta nos licitação, o requerimento do Recurso Hierárquico
seguintes casos: será apresentado, através do protocolo local da
a) dação em pagamento, quando o credor PETROBRÁS, à Comissão de Licitação, que o
consentir em receber bens móveis ou imóveis encaminhará a unidade administrativa competente,
em substituição à prestação que lhe é devida; com as informações justificativas do ato praticado,
caso decida mantê-lo.
b) doação, exclusivamente para bens inservíveis
ou na hipótese de calamidade pública; 9.1.7 Interposto o recurso hierárquico, a Comissão de
Licitação comunicará aos demais licitantes, que
c) permuta;
poderão impugná-lo no prazo comum de cinco
d) venda de ações, que poderão ser negociadas dias úteis.
em bolsa, observada a legislação específica;
9.1.8 A Comissão de Licitação, ou a unidade
e) venda de títulos, na forma da legislação administrativa responsável pelo ato impugnado,
pertinente. decidirá sobre o Pedido de Reconsideração no
8.2 A alienação será efetuada mediante leilão público, prazo de três dias úteis, contados do término do
ou concorrência, quando se tratar de imóveis, prazo para impugnação e, em igual prazo,
segundo as condições definidas pela Diretoria comunicará o resultado ao interessado, ou
Executiva, indicadas no respectivo edital, encaminhará o processo ao superior hierárquico,
previamente publicado. na hipótese prevista no subitem 9.1.4.

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Conhecimentos Específicos

9.1.9 O Recurso Hierárquico será decidido pela unidade


administrativa competente no prazo de cinco dias
úteis, contados da data em que receber,
devidamente instruído, o processo respectivo.
9.2 É de cinco dias corridos, contados da data de
comunicação do ato impugnado, o prazo para
formulação do Pedido de Reconsideração e do
Recurso Hierárquico.
9.2.1 Quando se tratar de ato divulgado em sessão
pública do procedimento licitatório, o prazo para
recorrer contar-se-á da data da realização da
sessão.
9.2.2 Nos demais processos vinculados a esta Norma,
o prazo para recorrer contar-se-á da data em que a
parte tomar conhecimento do ato.
9.2.3 Quando o recurso se referir ao resultado final da
licitação, o prazo de recurso será contado da data
da notificação do resultado, feita pela Comissão
de Licitação aos interessados.
9.2.4 Na contagem do prazo de recurso excluir-se-á o
dia do início e incluir-se-á o do vencimento,
prorrogando-se este para o primeiro dia útil, quando
recair em dia em que não haja expediente na
PETROBRÁS.
9.3 Os recursos terão efeito apenas devolutivo.
Entretanto, quando se referirem à habilitação de
recorrentes, ou ao resultado da avaliação e
classificação de propostas, os recursos
acarretarão a suspensão do procedimento
licitatório, mas apenas em relação à firma, ou a
proposta, atingida pelo recurso.
9.3.1 A seu exclusivo critério, a autoridade competente
para apreciar o recurso poderá suspender o curso
do processo, quando isso se tornar recomendável,
em face da relevância dos aspectos questionados
pelo recorrente.
9.3.2 A parte poderá, a qualquer tempo, desistir do
recurso interposto. Responderá, entretanto,
perante a PETROBRÁS, pelos prejuízos que,
porventura, decorram da interposição de recurso
meramente protelatório.

CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
10.1 A disciplina estabelecida neste Regulamento
poderá ser complementada, quanto aos
aspectos operacionais, por ato interno da
Diretoria Executiva da PETROBRÁS, previamente
publicado no Diário Oficial da União, inclusive
quanto à fixação das multas a que se refere a
alínea “ g “ do subitem 7.1.3.
10.2 Quando da edição da lei a que se refere o § 1º do
art. 173 da Constituição, com a redação dada pela
Emenda nº 19, de 4 de junho de 1998, o
procedimento licitatório disciplinado neste
Regulamento deverá ser revisto, naquilo que
conflitar com a nova lei.
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/
D2745.htm
Acessado em: 20/12/2010

Degrau Cultural 207

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Conhecimentos Específicos

MODALIDADES DE TRANSPORTE

Transporte intermodal - refere-se a uma mesma opera- É apropriado para mercadorias agrícolas a granel, miné-
ção que envolve dois ou mais modos de transporte, onde rio, derivados de petróleo e produtos siderúrgicos. Com-
cada transportador emite um documento e responde in- porta também o tráfego de contêineres.
dividualmente pelo serviço que presta. Transporte marítimo: representa quase a totalidade dos
Transporte multimodal - vincula o percurso da carga a serviços internacionais de movimentação de carga. É o
um único documento de transporte, independente das meio mais utilizado por seu baixo custo. Nas operações
combinações de meios, como, por exemplo, ferroviário e CFR (cost and freight) e CIF (cost, insurance and frei-
marítimo. O Consignatário, designado pelo Consignador ght), a indicação do navio é feita pelo exportador, caben-
(que representa o interessado no transporte da carga, do ao importador tal indicação no caso das operações
entrega à mercadoria ao Operador de Transporte Multi- FOB (free on board).
modal mediante contrato), recebe a mercadoria no ponto
A Consolidação da Carga Marítima (boxrate) é o embar-
de desembarque final, encerrando a operação multimo-
que de diversos lotes de carga, mesmo que de diferentes
dal. Apresenta uma série de vantagens em relação ao
agentes, sob uma única documentação. Os consolida-
intermodal: permite movimentação mais rápida da carga;
garante maior proteção à carga; diminui os custos de dores fracionam o custo total do contêiner entre os inte-
transporte; dá mais competitividade internacional ao ex- ressados, e o embarcador arca apenas com a taxa refe-
portador; melhora a qualidade do serviço. rente ao espaço utilizado. Essa prática confere mais efi-
cácia ao transporte e reduz seu custo para o exportador.
Transporte rodoviário - recomendável para curtas e mé-
dias distâncias, caracteriza-se pela simplicidade de fun- As companhias de navegação oferecem diversos tipos
cionamento e flexibilidade. Permite em qualquer ocasião de serviço, como: conferenciado (fazem parte da Confe-
embarques urgentes, entregas diretas, manuseio míni- rência de Fretes, rotas regulares, tarifas únicas, etc); out-
mo da carga e embalagens mais simples. Os países do siders regulares (não fazem parte da Conferência, linhas
MERCOSUL, Bolívia, Chile e Peru assinaram um Convê- fixas, sem regularidade); tramps irregulares (linhas vari-
nio sobre Transporte Internacional Terrestre. áveis, tarifas combinadas entre o armador e o proprietá-
rio da mercadoria); bilaterais (em que há, por acordo co-
Transporte ferroviário - não tem a agilidade do transpor-
mercial, obrigatoriedade e reciprocidade de transporte
te rodoviário, mas apresenta algumas vantagens: menor
de navios entre dois países). Há ainda navios exclusivos
custo de transporte, frete mais barato que o rodoviário,
dos fabricantes dos produtos que transportam.
sem problemas de congestionamentos, existência de
terminais de carga próximos às fontes de produção, trans- A tarifa de frete é baseada no peso (tonelada) ou no volu-
porta grande quantidade de mercadoria de uma só vez. me (cubagem).

Fonte: http://www.global21.com.br

208 Degrau Cultural

12_Modalidades de Transporte.pmd 208 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

NOÇÕES DE GESTÃO, PLANEJAMENTO, PREVISÃO


E CONTROLE DE ESTOQUES
Noções Administração de Materiais Processo de distribuição-recebimento
Conhecimentos sobre técnicas de recebimento, Esse processo consiste no recebimento físico do produto
estocagem, distribuição, registro e inventariação de ou material, passando pela inspeção de qualidade para
matérias-primas e mercadorias recebidas finalmente ser armazenado em local apropriado.
O processo de distribuição está associação a O recebimento de produtos em um centro de distribuição
movimentação física de materiais normalmente de um pressupõe procedimentos de alimentação de estoque
fornecedor para um cliente. Esse processo envolve baseados normalmente em ponto de pedido ou
atividades internas e externas, acompanhadas de demanda firme, dependendo dos tipos de produção e
documentos legais. Podem se divididas em funções mais distribuição adotados. Dois modelos existentes na
nucelares como recebimento e armazenagem, controle manufatura influenciam diretamente a alimentação do
de estoques, administração de frotas e fretes, separação estoque: empurrar o produto ou puxar o produto.
e produtos, cargas de veículos, transportes, devoluções Empurrar – o conceito de empurrar um produto está
de mercadorias e produtos entre outras. associado quase sempre a um ponto de pedido. Em
Distribuir é uma função dinâmica e bastante diversa, função da demanda, o estoque vai sofrendo um
variando de produtos para produto, de empresa para decréscimo e quando atinge uma quantidade predefinida
empresa. Dessa forma, a distribuição precisa ser efetua-se o reabastecimento.
extremamente flexível para enfrentar as diversas Puxar – esta associado a demanda. O estoque será
demandas e restrições que lhe são impostas, sejam abastecido, e os produtos serão produzidos com base
elas físicas ou legais. na necessidade ditada pelo consumo. Técnicas como
A vantagem competitiva de uma empresa pode estar na Just in Time e Kanbam são aplicada com o objetivo de
forma de distribuição a maneira com que faz o produto abastecer o estoque no momento m que realmente é
chegar rapidamente à gôndola, na qualidade do seu necessário.
transporte e na eficiência de entrega de um material a
um fabricante. Noções Sobre Gerenciamento de Estoque
O gerenciamento de estoque é um ramo da
Distribuição Física administração de empresas que está relacionado com
A distribuição física consiste basicamente em três o planejamento e o controle de estoques de materiais
elementos globais: ou de produtos que serão utilizados na produção ou na
- recebimento comercialização de bens ou serviços. Preocupar-se
efetivamente com os estoques pode interferir nos
- armazenagem e resultados estratégicos de uma empresa. Definir o
- expedição momento correto da compra, a quantidade ideal a ser
comprada, os melhores preços, os níveis de segurança,
Recebimento – a função recebimento se inicia quando
a qualidade do bem ou do serviço, são características
o veículo é aceito para descarregar um produto ou
importantes nesse processo. O balanceamento da
material que está destinado ao armazém ou centro de
demanda real de consumo com a produção também é
distribuição. O produto é contado ou pesado, e o
elemento fundamental para evitar estoques elevados.
resultado é comparada com o documento de transporte.
Os recebimentos, quanto à sua origem, podem ser O capital investindo em estoque e o impacto que exerce
classificados em importação, transferências entre sobre as atividades operacionais das organizações são
fábricas e armazéns ou centros de distribuição, razões essenciais para que as empresas estabeleçam
transferências provenientes de terceiros e devolução prioridades efetivas na sua administração.
de clientes. A estratégia de estoque sofrerá variações de empresa
Armazenagem – após o recebimento, os itens são para empresa, dependendo do foco estratégico a ser
armazenados em locais específicos no armazém ou no adotado.
centro de distribuição, em prateleiras, estantes, tanques, É evidente que toda organização deve estabelecer e
entrados ou até mesmo acondicionados no solo, muitas manter uma estratégia adequada para administrar o
vezes sobre protetores de unidades. estoque. Uma estratégia bem aplicada e bem conduzida
Expedição – a expedição ou despacho corresponde ao não só assegurará o desempenho apropriado dos
processo de separar os itens armazenados em um diferentes processos e funções empresariais, bem como
determinado local, movimentando-os para um outro lugar poderá minimizar custos.
com o objetivo de atender a uma demenda específica, Controles não adequados podem levar a organização a
que pode ser o envio do produto a um cliente ou a um possuir elevados estoques incorrendo em altos valores
terceiro com objetivos de agregar valor ao item. de investimento.

Degrau Cultural 209

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Conhecimentos Específicos

Definindo a estratégia de Estoque c) Acurácia de estoque – é determinada pela relação


entre a quantidade física existente no armazém e aquela
As organizações devem definir e manter uma estratégia
existente nos registros de controe.
de estoques, que, conduzida adequadamente,
assegurará o balanceamento dos processos de Acurácia de estoque = (quantidade física x quantidade
produção e distribuição, além de minimizar os custos teórica) X 100
de estoque.
O posicionamento estratégico dos produtos interferirá Funções do Estoque
sobremaneira na forma em que os estoques serão Por que existe estoque?
administrados. Organizações como foco na produção
A formação de estoque está relacionada ao desequilíbrio
de bens de consumo de alta rotatividade devem manter
existentes entre a demanda
estoques balanceados nos pontos de compra, caso
contrário, correm o risco de perder vendas. E o fornecimento. Quanto o ritmo de fornecimento é
maior que a demanda, o estoque aumenta. Quanto o
Outra característica importante da estratégia é o enfoque
ritmo da demanda supera o fornecimento, o estoque
de classificação priorização dos materiais e produtos.
diminui, podendo faltar material ou produto.
As negociações, o planejamento, o acompanhamento
dos materiais devem ser diferenciados por classe. Se a taxa de fornecimento fosse igual à taxa de demanda
não haveria a necessidade da formação de estoque.
Muitos são os fatores que interferem nos processo e
que afetam a maneira de administrar os estoques, como:
Tipo de Estoque
a) utilização do conceito de lote;
Estoque de antecipação – é aplicado para produtos com
b) estoque de segurança; comportamento sazonal de demanda. Fabricantes de
c) níveis de serviço ao cliente; sorvetes, ovos de Páscoa, calendários, equipamento de
ar-condicionado, brinquedos, panetone. Normalmente,
d) estoque de antecipação para situações de
as organizações não dimensionam os recursos para
sazonalidade.
atender aos picos de demando. Portanto, os estoques
são feitos previamente e consumidos durante os
Objetivos e políticas de estoque períodos de pico.
A compreensão dos objetivos estratégicos da existência Sazonalidade – O conceito de sazonalidade está ligado
e do gerenciamento dos estoques é fundamental para às ocorrências não constantes de um determinado
se definir metas, funções, tipos de estoque e forma como período. A procura por sorvetes acontece em períodos
eles afetam as organizações em suas atividades produ- de temperaturas elevadas.
tivas e de relacionamento de mercado.
As empresas enfrentam problemas bastantes sérios
O investimento em estoques tem dois objetivos com o desequilíbrio entre a demanda e o fornecimento.
estratégicos principais:
Estoque de flutuação ou estoque de segurança – A
1. maximizar os recursos da empresa função do estoque de segurança é proteger a empresa
2. fornecer um nível satisfatório de serviço ao cliente ou contra imprevistos na demanda e no suprimento. Atrasos
consumidor. na entrega de materiais e produtos ou aumentos
inesperados no consumo podem gerar falta de produtos.
Indicadores de Desempenho Estoque por tamanho de lote ou estoque de ciclo – O
Medir o desempenho do estoque é extremamente salutar estoque de ciclo existe quando os pedidos exigem um
lote mínimo de produção ou venda normalmente maior
para a organização uma vez que um dos aspectos
que a quantidade para satisfazer uma demanda
fundamentais da administração moderna enfatiza a
imediata. Essas condições podem estar vinculadas ao
redução dos estoques. O aumento ou a redução dos
tamanho mínimo do lote em função da produção, do
níveis de estoques geram forte impacto nas finanças de fornecimento ou do transporte.
qualquer empresa.
Exemplo característico são os produtos fabricados aos
a) Giro de estoque – corresponde ao número de vezes milhares, como tijolos, telhas, pias, cerâmicos, azulejos
em que o estoque é consumido totalmente durante um e pães. Há uma necessidade de se produzir uma
determinado período (normalmente um ano). quantidade mínima desses produtos por causa dos
Giro de estoque = vendas anuais($)/estoque médio($). custos e do tempo envolvido.
b) Cobertura do estoque – está relacionada à taxa de Estoque de proteção (hedge) – nesse caso, o objetivo é
uso do item e baseia-se no cálculo da quantidade de proteger-se contra eventualidades que envolvem
tempo de duração do estoque, caso este não sofra um especulações de mercado relacionadas às greves,
ressuprimento. Essa cobertura é normalmente indicada aumento de preços, situação econômica e política
em número de semanas ou meses, dependendo das estáveis, ambiente inflacionário e imprevisível.
características do produto. O estoque hedge guarda uma certa semelhança com o
Cobertura do estoque = estoque médio (unidades) / estoque de segurança. No entanto, essa proteção contra
demanda (unidades). possíveis instabilidades tem uma duração temporária,

210 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

enquanto o estoque de segurança, cujo objetivo é atender DEMANDA INDEPENDETE – determinada pela
às oscilações de consumo e fornecimento, é perene. condições de mercado, a demanda independente não é
afetada pelas necessidade de produção. É gerada
Estoque em trânsito ou estoque no canal de distribuição diretamente pelo consumidor ou cliente. Seus estoques
– esse tipo de estoque corresponde à movimentação incluem:
física de materiais e produtos. Materiais movimentando- * atacadista e varejistas
se de um fornecedor até a planta, de uma operação para
* indústria de serviço
outra, de uma planta a um centro de distribuição, do
centro de distribuição ao cliente são considerados como * bens de consumo e peças de substituição para
estoques no canal. Existem três estágios de estoque empresas de manufatura
em trânsito: DEMANDA DEPENDENTE – é determinada pelas
a) suprimento – nesse estágio, todos os recebimentos decisões de produção e está vinculada a uma demanda
programados em trânsito e já pagos são independente. Um exemplo de demanda dependente é
considerados como estoques no canal, uma vez que o pneu de um automóvel.
ainda não estão disponíveis para serem usados.
b) Processamento interno – dentro da fábrica, todos Conceituação de Material e Patrimônio
os estoques em processo, que de alguma forma Na classificação de despesa orçamentária, para a iden-
exigem movimentação, correspondem ao estoque em tificação do material permanente, são adotados os se-
trânsito. guintes parâmetros:
c) Entrega do produto – correspondem aos produtos Durabilidade – quando o material em uso normal perde
que estão sendo transportados e que ainda não ou tem reduzidas as suas condições de funcionamento,
foram pagos pelos clientes. no prazo máximo de dois anos;
Fragilidade – quando a estrutura do material está sujei-
Fatores que Afetam o Estoque ta à modificação, por ser quebradiço ou deformável, ca-
Fatores que afetam significativamente o comportamento racterizando-o pela perda e/ou irrecuperabilidade de sua
dos estoques. identidade;
a) ‘Sazonalidade e variação de demanda Perecibilidade – quando o material está sujeito a modi-
ficações em sua natureza (química ou física), sendo
b) ‘Diversidade ou variedade de produtos
passível de deterioração ou perda de suas característi-
c) ‘Tempo de vencimento ou período de vigência ou cas normais de uso;
validade
Incorporabilidade – quando o material for destinado a
d) ‘Tempo de produção ser incorporado a outro bem. Assim, este não pode ser
retirado sem prejuízo das características do principal;
Categorias de Estoque Transformabilidade – quando adquirido para fins de
As categorias de estoques estão vinculadas ao fluxo de transformação, produção ou fabricação de partes, ele-
material e à forma em que pode ser encontrado nas mentos ou de outros bens completos.
diferentes etapas do processo. O gestor de patrimônio precisa desempenhar adequa-
1. MATÉRIA-PRIMA damente suas funções e é de fundamental importância,
que ele seja conhecedor das características dos materi-
2. PRODUTO EM PROCESSO
ais sob seus cuidados, dando assim subsídio ao pro-
3. PRODUTO SEMI-ACABADO cesso decisorial. O gestor deve ser um profissional com
4. PRODUTO ACABADO formação específica, pois cuidará do patrimônio públi-
co, sob seus cuidados, bem como o meio ambiente e a
5. ESTOQUE DE DISTRIBUIÇÃO – corresponde ao item
sociedade.
já inspecionado e testado, transferindo ao centro de
distribuição por necessidades logísticas.
O patrimônio material custa e vale dinheiro.
6. ESTOQUE EM CONSIGNAÇÃO – são estoques
normalmente de produto acabado ou de peças de Segundo a Lei 6.404/76 os estoques são classifica-
reposição de manutenção que permanecem no dos como ativo circulante, que rapidamente pode ser
cliente sob a sua guarda, mas continua sendo, por transformado em capital; e pela Lei 4.320/64, em ativo
meio de acordos mútuos, de propriedade do permanente, devendo, portanto, ser tratado como se
fornecedor até que seja consumido. dinheiro fosse. Servem, por vezes, como garantia de
empréstimos aplicados para o desenvolvimento local.
Daí, a necessidade de bem conhecê-los para o seu
Os Sistemas de Estoques
uso adequadamente.
Os estoques são elementos reguladores no contexto da
O reconhecimento de um profissional não está relacio-
cadeia de valor.
nado à função que desempenha na sociedade, mas pela

Degrau Cultural 211

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Conhecimentos Específicos

forma como ele a desempenha. Afinal, a todos os profis- Alfanumérico – numa tentativa de ampliar as vantagens
sionais tornam-se necessária a convivência harmonio- dos dois métodos, anteriormente descritos, foi criado o
sa da sociedade, sem a qual seria quase impossível a sistema alfanumérico, agregando letras e números. RM30
própria existência dela. poderá significar régua de madeira de 30 cm. RM50 po-
derá significar régua de madeira de 50 cm e assim por
Atividades Básicas da Administração de Materiais diante. Contudo, apesar do ganho evidente nas possibili-
dades deste novo sistema de codificação, as desvanta-
Cadastramento de Materiais gens dos sistemas originais ainda permanecem.
O gestor de materiais pode ordenar, adequadamente,
os seus conhecimentos sobre os materiais e as suas Inclusão em Carga
características utilizando uma sistemática que resulte Quando um material passa a integrar o patrimônio de
em uma lógica para a diferenciação destes e do trata- uma organização uma das primeiras atividades, após a
mento que deve ser dispensado a cada um. verificação de sua regularidade (física e fiscal), é o seu
Tal instrumento para a estruturação dessa diferenciação, registro na relação geral de patrimônio, anotando-se a
pode ser obtido através do cadastramento de materiais. data e o valor de sua incorporação, a forma e a docu-
mentação de sua origem, a sua destinação, bem como
Através de um exemplo de solicitação de materiais a
o número pelo qual deverá ser localizado nessa relação
um gestor de patrimônio, poder-se-á explicar esta
(o seu cadastro ou registro propriamente dito).
sistemática.
Toda transferência de materiais, em uma organização,
Codificação dos Materiais deve dar origem a um novo termo de carga, quando hou-
ver a mudança de responsabilidade sobre estes. Pode-
Os materiais, através do cadastramento, podem ser se dizer que a carga é condição obrigatória para esta
organizados em classes ou categorias. transferência, sendo que, para a sua realização, o bem
deverá estar perfeitamente caracterizado e avaliado,
Esta divisão dará origem ao sistema de codificação, que
quanto ao seu estado ou condição de uso, bem como,
servirá como um meio rápido e eficiente de recuperar o
devidamente, valorado, a fim de que se possa estabele-
conjunto de especificações que caracteriza cada materi-
cer a dimensão da responsabilidade que assume o novo
al. Nesta assertiva, quando qualquer característica for
consignatário.
relevante na diferenciação de dois materiais, implica di-
zer que estes são distintos no tratamento a ser dispen-
sado e que, portanto, devem ter códigos diferentes. Descarga
Em resumo, o código será a melhor forma de comunica- Descarga também ocorrerá quando o material se tornar
ção para a apresentação das características de um dado irrecuperável pelas perdas de sua funcionalidade, por
material. consumo e demais transferências (cessão, venda, per-
muta, doação, inutilização e abandono) e, ainda, por fur-
Sistemas de codificação de materiais: to ou roubo, observadas as particularidades do caso.

Alfabético – utiliza o conjunto de algarismos do alfabeto Eventualmente, partes ou peças de um conjunto podem
para a diferenciação de um conjunto de materiais. Por ter a sua descarga isolada, fazendo-se as devidas ano-
exemplo, RM pode significar régua de madeira. RMA tações no registro patrimonial, e, ainda, a atualização do
poderá significar régua de madeira de 30 cm. RMB po- valor desse bem.
derá significar régua de madeira de 50 cm e assim por
diante. Tem como principais restrições: a possibilidade
de erros de transcrição e o reduzido número de varia-
ções que podem ser obtidas a partir da combinação das
letras. (Além do fato da difícil memorização de um nú-
mero elevado de códigos e do agrupamento de novos
materiais similares a outros já cadastrados e que ve-
nham a ser inseridos posteriormente na relação geral
de patrimônio).
Numérico – podem-se tecer considerações semelhan-
tes. Por exemplo, material da classe 1000 pode signifi-
car régua de madeira. Material 1030 poderá significar
régua de madeira de 30 cm. Material 1050 poderá signi-
ficar régua de madeira de 50 cm e assim por diante.
Tem como principais restrições: a possibilidade de er-
ros de transcrição e a eventual dificuldade do agrupa-
mento de novos materiais similares a outros já cadas-
trados e que venham a ser inseridos, posteriormente,
na relação geral de patrimônio.

212 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

NOÇÕES DE ARMAZENAGEM
A armazenagem é importante para a disponibilidade dos Esse controle é fundamental para que não ocorram
materiais, em atendimento às demandas. É, através dela, excessos ou falta de materiais de qualquer natureza. A
que se busca manter a integridade das características otimização da relação, entre a disponibilidade dos
dos materiais, onde os locais reservados para esta função materiais e o custo desta, também é obtida por esse
– os almoxarifados – tenham as condições necessárias, controle. A compra ou renovação de estoques,
ou seja, se possível, tenham sido edificados para tal igualmente, deve ser orientada por seu controle.
propósito ou adequadamente adaptados. Caso contrário, Existem dois métodos básicos de acompanhamento e
a tarefa de conservar as características dos materiais, controle de estoques, segundo os quais o gestor
poderá ser prejudicada colocando-os em risco para a realizará avaliações das quantidades disponíveis:
finalidade a que se destinam.
O método periódico que consiste na avaliação do estoque
Junto à função de armazenar os materiais em um em intervalos regulares de tempo (semanal, mensal,
almoxarifado, também cabe ao gestor tomar todos os semestral ou outra freqüência apropriada para as
cuidados requeridos para a preservação do patrimônio. características do material), independente das
Deste modo, todas as unidades deverão contar com movimentações realizadas no período.
programas de manutenção e conservação. A realização
contínua dessas atividades contribuirá para que o Este método tem como vantagem o fato de concentrar a
patrimônio público seja transferido, em boas condições, atividade de avaliação do estoque em datas únicas,
às gerações futuras. Para que tal expectativa seja servindo para o planejamento das datas e da duração
alcançada, é necessário que o material possa ser, dessa avaliação, bem como para o estabelecimento dos
prontamente, localizado no almoxarifado; isto é, possa recursos necessários para tanto (pessoas e meios).
ser identificado dentre os demais, em pouco tempo, o Todavia, em função da quantidade de itens a serem
que implica a adequada organização dos espaços avaliados (variedade ou diversidade), este método pode
destinados para este fim. representar concentração significativa de esforços. Tal
Os cuidados na armazenagem, que se iniciam com a situação é muito comum, na realização de inventários
perfeita localização dos materiais, devem-se estender anuais, quando não houver a atualização dos saldos e
aos aspectos de segurança que, no trato com os valores do estoque. Apresenta ainda a desvantagem de
materiais, assume dois caminhos. dar margem a uma maior probabilidade de falta de
materiais, vez que estes serão verificados apenas em datas
Observações: fixas. Isto pode sinalizar um grande risco de paralisação
das atividades da organização, em função da importância
Segurança das pessoas, que trabalham no almoxarifado,
do material para os processos produtivos desta.
nas atividades de movimentação de materiais, devendo
para isso serem observadas regras como: materiais
pesados devem ser armazenados no piso ou nas Método de Controle Periódico:
prateleiras inferiores, visando reduzir a possibilidade de
quedas destes, quando da sua movimentação; materiais
Representação Gráfica
de maior volume serem estocados próximo à entrada do
almoxarifado, para facilitar a sua retirada; a compatibilidade
entre materiais (por exemplo, não estocar inflamáveis junto
a combustíveis); os cuidados necessários para o trato de
materiais tóxicos ou venenosos (por exemplo, o uso de
equipamentos de proteção – luvas, máscaras, botas etc.);
Outro aspecto refere-se à segurança das pessoas, que
usarão o material, após a sua armazenagem. Se o produto
for deteriorado, durante uma armazenagem inadequada,
poderá ocorrer um acidente, quando de seu uso.
O gestor de materiais poderá ser responsabilizado pelos Intervalo entre levantamento dos estoques (t1 = t2 = t3 = ... = tn).
danos que possam vir a ocorrer por falta de adequada
conservação dos materiais. Poderá responder pela
perda dos materiais em si e pelos danos decorrentes Os inventários são feitos em intervalos de tempo
de seu uso em condições deterioradas, o que pode regulares – t1 / t2 / t3
ensejar complicações de maior gravidade. Obs: quanto a reta do consumo toca o eixo X indica o
Após o devido registro do bem no patrimônio, com a ponto de ruptura – o estoque chega a zero.
respectiva atualização de seu valor, cabe ao gestor o
contínuo acompanhamento desse material, bem como O método de controle por níveis de estoques, em que o
o de seus similares, verificando todos os eventos gestor utiliza, como elemento de tomada de decisão,
relativos a estes (entradas e saídas), isoladamente ou quantidades, que lhe servirão como referências,
em conjunto, enquanto pertencentes à organização. independente de quanto tempo levem para ser atingidas.

Degrau Cultural 213

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Conhecimentos Específicos

A utilização deste método implica na dispersão de INVENTÁRIOS


esforços desse controle ao longo do período, podendo O inventário é o instrumento através do qual os gestores
resultar num elevado número de aquisições e custo de de patrimônio verificam características específicas dos
compras pela colocação de sucessivos pedidos, o que materiais sob os seus cuidados. Podem, através deste,
não ocorre quando do controle por períodos fixos. levantar os saldos e a disponibilidade dos estoques, as
condições de guarda e conservação, bem como obter,
Método de Controle por Níveis de Estoque: após a execução destas atividades, os meios
necessários para a valoração dos estoques. Estes
devem ser continuamente realizados, visando manter
atualizadas as informações, acima descritas, para a
tomada de decisões pelo gestor e por seus superiores.
A atualização das informações dos estoques facilita a
rotina do gestor de patrimônio, sendo, inclusive, a única
forma efetiva de evitar a concentração dessas atividades,
em curto período de tempo, o que comumente acontece
em organizações, que não mantêm esse hábito. Além
disso, é conveniente que se lembre, de que a legislação
coloca a obrigatoriedade da apresentação do inventário
Legenda: anual, como forma de o Estado manter controle sobre a
(a) – Estoque mínimo ou de segurança. variação de seu patrimônio, ano após ano, representado
(b) – Ponto de pedido. pelas quantidades de materiais e seus respectivos
(c) – Estoque máximo. valores individuais e/ou em conjunto.
(d) – Tempo de reposição ou de ressuprimento. Realizam-se os inventários, a fim de uma verificação
(e) – Intervalo entre reposições consecutivas. integral ou parcial das características dos materiais, no
(f) – Lote de compras ou de encomenda. que tange à sua totalidade ou apenas parte do estoque,
em razão dos objetivos a que este visa atender. Podem,
de acordo com esses objetivos, ser realizados pelo próprio
FÓRMULAS:
gestor ou por uma equipe especialmente designada.
Estoque Máximo = Estoque mínimo + Lote Econômico
de Compras Responsabilidade Ambiental do Gestor de Patrimônio
Estoque Mínimo = Estoque de Reserva + Demanda x A responsabilidade do gestor de patrimônio vai além de
Tempo de Ressuprimento suas atribuições diretas com os materiais, sob os seus
Ponto de Pedido = Estoque Mínimo + Demanda x Tempo cuidados. Sua atenção deve-se estender também aos
de Ressuprimento possíveis impactos, que o trato inadequado destes pode
causar ao meio ambiente e, assim, à própria humanidade.
Custo de Armazenamento = Custo de Armazenar + Cus-
to de Pedir Cuidados com as embalagens, a armazenagem e a
disposição final dos materiais, entre outras atividades
do cotidiano desse gestor, devem ser orientadas nesse
LOTE ECONÔMICO DE COMPRA sentido.
Suas ações têm, por princípio, ser orientadas quanto à
redução da geração de resíduos, a fim do
reaproveitamento e da reciclagem dos materiais.

Perguntas e Respostas
Com quais setores da organização o setor de compras
se relaciona com maior freqüência?
Compras são de fundamental importância para a
organização e, através de suas atribuições ou
necessidades, relaciona-se com os setores de
planejamento, almoxarifado e licitação, contábil e
financeiro, bem como com as demais atividades fim da
empresa pública.
CT = Custo Total Quais as vantagens da centralização e da
Q = quantidade do pedido, em unidades descentralização do setor de compras?
D = Demanda do período, em unidades
Centralização:
P = Custo de pedir, por pedido
C = Custo de manter estoque no período, por unidade Oportunidade de negociar maiores quantidades de
materiais;

214 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Homogeneidade da qualidade dos materiais adquiridos; Quais as medidas a serem tomadas na aquisição, em
Controle de materiais e estoques. casos de emergências?
Descentralização: Compra direta, tendo as justificativas dentro das
Distância geográfica; medidas legais.
Tempo necessário para a aquisição de materiais; Na aquisição, quais as principais formas para a
Facilidade de diálogo. descrição de bens?
Descritiva: identifica com absoluta clareza, vez que
Como se dá a operação do setor de compras?
caracteriza o bem, através de suas especificações
Em princípio, as compras não podem ser realizadas por (técnica, estética, histórico-cultural, etc).
iniciativa própria do gestor de patrimônio. Isto é, devem
ser provocadas pela necessidade de algum setor que Referencial: identifica, indiretamente, o item (nome,
encaminhará uma comunicação interna a apresentando. símbolo, etc).
Assim, caso não haja a disponibilidade imediata do Na aquisição, com Recurso Próprio, qual a legislação
material a ser entregue, o gestor providenciará a a ser seguida: Federal ou Estadual?
apresentação de fornecimento ou pedido de compras.
Deverá ser seguida a Legislação Federal.
Para investimentos e bens permanentes deverá ser
formalizado o pedido prévio de autorização para estas Quais as modalidades de licitação para aquisição de
despesas. Em seguida, conforme o caso, são tomadas materiais e serviços?
as providências relativas à licitação, que encerra o ciclo Carta Convite – modalidade de licitação mais simples,
de atividades relacionadas a compras pela qualificação visa à contratação de pequenos valores referentes à
e classificação de fornecedores. aquisição de materiais e serviços, bens ou obras. Devem
Que elementos fazem parte das condições de compra? ser buscadas, pelo menos, ofertas de três fornecedores.
Fazem parte das condições de compras, além das Valores: materiais e serviços – de R$ 8.000,00 a R$
quantidades e preços contratados, as formas e prazos 80.000,00; obras e serviços de engenharia – até R$
de pagamento, inclusive quanto ao recebimento de 150.000,00.
outros bens como parte do capital devido, o local e a Tomada de preços – licitação junto a fornecedores,
programação das entregas (seqüência e datas), bem previamente, cadastrados (qualificados), publicação no
como as informações pertinentes às embalagens, meios
Diário Oficial e em jornal de grande circulação.
(rodoviário, ferroviário, aéreo, etc.), frete e demais
elementos referentes ao transporte dos materiais dos Valores: materiais e serviços – até R$ 650.000,00; obras
fornecedores até as unidades do Poder Público. e serviços de engenharia – até R$ 1500.000,00.
Como avaliar bem os fornecedores? Concorrência – licitação que admite a participação de
quaisquer interessados, previamente, cadastrados ou não.
Os fornecedores devem ser avaliados segundo dois
aspectos: o técnico e o administrativo. A qualidade Valores: materiais e serviços – acima de R$ 650.000,00;
técnica de um fornecedor representa a competência obras e serviços de engenharia – acima de R$
de fornecer um bom produto e deve ser verificada 1500.000,00
através da qualificação do seu quadro profissional e,
Concurso – permite a seleção e a escolha de trabalho
em alguns casos, da tecnologia do fornecedor. Por
técnico ou artístico, onde a predominância é a
sua vez, a qualidade administrativa diz respeito à
intelectualidade.
competência com que a empresa é gerenciada
(preços, regularidade e entregas de acordo com o que Leilão – utilizada especificamente na venda de bens
foi pedido etc.), sendo possível que esta influencie móveis e imóveis.
negativamente a qualidade técnica. Pregão – É uma modalidade de licitação em que a
Como a organização pública pode obter redução de obtenção pelo fornecimento de bens e serviços comuns,
custos através do setor de compras? é realizada em sessão pública, por meio de propostas
Compras bem realizadas significa que o recurso de de preços escritos e verbais, que garantam por meio de
capital foi bem empregado. Como uma organização pleito justo entre os interessados, a compra mais
pública não visa lucro com a aquisição de bens e econômica, segura e eficiente.
serviços, não há como recuperar o capital Nas autorizações de despesas referentes a serviços,
desperdiçado em compras mal realizadas, o que materiais, bens ou obras, antes do ato de empenhar
implica a premente necessidade da maximização do faz-se necessário enquadrá-las, no que prescreve
recurso público utilizado em suas compras. Compras, os artigos 14, 15 e 16 da Lei nº. 8.666/93, de 21 de
então, contribuirá com tal finalidade através de seu junho de 1.993, alterada pela Lei 9.648/98, de 27 de
adequado planejamento e negociação com maio de 1.998, que rege as Licitações e Contratos
fornecedores visando a obtenção do fornecimento Administrativos no Brasil.
mais vantajoso ao interesse público.

Degrau Cultural 215

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Conhecimentos Específicos

Quando a licitação poderá ser dispensada? Uniformidade – os procedimentos de avaliação devem


Com valor inferior a R$ 8.000,00; em caso de emergên- ser uniformes, de preferência padronizados e realiza-
cias, sinistro ou calamidade pública, conforme previsto dos, integralmente, pela mesma equipe, visando a as-
no art. 24 da Lei 8.666/93, incisos I a XXIV. Sempre se segurar os mesmos critérios e resultados similares para
apresentando a justificativa pertinente no respectivo materiais em condições semelhantes;
processo. Instantaneidade – itens similares devem ser avaliados
Quais os períodos mínimo e máximo de duração de em um menor espaço de tempo entre o início e o final de
um contrato? sua contagem e valoração, se possível, nas mesmas
datas, com vistas a assegurar que o tempo não influirá
Ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orça- nessa avaliação e resultará em diferenças sensíveis para
mentários; exceto: aos projetos cujos produtos estejam o conjunto;
contemplados nas metas estabelecidas no plano
plurianual, os quais poderão ser prorrogados, desde Integridade – preferencialmente, deve ser avaliada a
que isso tenha sido previsto no ato convocatório. A pres- totalidade dos itens em estoque. Todavia, por dificulda-
tação de serviços a serem executados, de forma contí- des de ordem econômica, de tempo ou de pessoal
nua, está limitada a 60 meses. podem ser tomadas, como expressão da realidade,
aproximações como a amostragem;
Quais as principais prerrogativas do contrato?
Especificação – os materiais devem ser identificados e
Segurança ao contratante e contratado, em caso de não avaliados pelo conjunto de características que formam
cumprimento de uma das partes. a sua especificação.
Quais medidas a serem tomadas quando uma deter- O que é inventário analítico?
minada quantidade dos produtos adquiridos apresen-
tarem defeitos? É a forma de controle em que se devem figurar todas as
informações necessárias para a perfeita identificação e
Existem duas possibilidades para a detecção desses caracterização do material.
defeitos. A primeira quando o material é entregue. Ou
seja, uma parte está adequada para consumo imediato Quais são as providências do gestor de patrimônio,
e a outra não (a que apresentou defeitos). Para a devida caso o Órgão possua estoque de materiais comprova-
solução desse problema recomenda-se adotar a do fisicamente como suficiente para atender a uma
recepção provisória para a conferencia da qualidade e demanda de 3 meses, mais o encarregado de com-
da quantidade dos produtos entregues. Tal condição deve pras ou ordenador de despesas determinar a abertura
estar previamente estabelecida no edital de fornecimento. de novas licitações?
A outra oportunidade é quando se percebe o defeito Verificar, antes de tudo, o estado do material, observan-
algum tempo após a entrega e já tendo sido consumida do as suas características (perecibilidade, prazo de
parte do material recebido. Nesta última, a comprovação validade etc). Em seguida, comunicar a posição do es-
de uma possível má intenção do fornecedor pode ficar toque ao setor de compras ou ordenador de despesas,
prejudicada devido à, entre outros fatos, armazenagem incluindo opinião sobre a possibilidade de emprego
indevida, mistura entre lotes oriundos de diferentes indevido de recursos públicos.
fornecedores etc. Sempre que possível, deve-se verificar Os inventários gerenciais devem ser feitos por um
amostras do produto entregue na presença do gestor apenas?
fornecedor e fazer constar cláusulas sobre penalidades
para o fornecimento de materiais defeituosos, inclusive Não, devido às suas características em ter uma finalida-
com a restrição de fornecimento ou da participação de de específica (verificação de saldos e qualidades,
certames licitatórios. identificação de desvios etc.), deverão ser efetuados por
uma comissão, especialmente, designada.
O que é inventário físico?
Quais os prazos máximo e mínimo para a entrega do
É a tomada de todas as providências, visando obter a material?
avaliação ou valoração dos estoques. Para isso, devem
ser levantados as quantidades e o estado (condição de Os prazos mínimos e máximos deverão estar fixados
uso ou conservação dos materiais em análise), para a em Edital.
sua posterior avaliação individual ou em conjunto. Quais as informações obrigatórias nas notas fiscais,
O inventário deve ter data programada para o início e que deverão ser observadas pelo gestor quando do
fim de suas atividades? recebimento de materiais?
Sim, deve ser em datas programadas, visando a Data de emissão;
contribuir para o seu melhor planejamento e execução. Descrição do material;
Que orientações a seguir quando da realização de Quantidades;
inventários?
Unidades de medida (dúzia, quilo, etc.);
Oportunidade – os inventários devem ser realizados em
Preços (unitários e total);
época planejada, oportuna, visando a não causar
transtornos ao andamento normal das atividades da Bem como o destaque das alíquotas dos impostos (ICMS
unidade; e IPI);

216 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Caracterização do fornecedor (CGC, inscrições estadu- Qual o procedimento a ser adotado pelo setor de almo-
al e municipal, entre outras). xarifado para saída de mercadorias, quando o Órgão
Quais os principais sistemas de estocagem? tiver cronograma de encerramento para a elaborar do
movimento de almoxarifado?
Sistema de estocagem:
A maioria dos problemas relacionados à gestão de
a) Fixa onde se determina número de áreas de estoca-
estoques está relacionada com a falta do estabeleci-
gem para um tipo de material, definindo-se, assim,
mento prévio de condições para a sua entrega e rece-
que somente material deste tipo poderá ser estocado
nos locais marcados. bimento. Ou seja, ainda na contratação do fornecimento.
Para que sejam sanados estes problemas o contrato
b) Sistema de estocagem livre – em o qual não existem
deve prever claramente quais as condições necessári-
locais fixos de armazenagem, a não ser, é óbvio, para
as para que o fornecimento seja realizado de modo a
materiais de estocagem especial.
atender todas as expectativas do órgão ou unidade a(o)
Quais as formas de classificação de estoques? qual se destina. Para evitar problemas numa unidade
São as seguintes: que tiver que apresentar mensalmente relatórios de
movimentação, devem ser adotados procedimentos
Estocagem de matéria-prima – que pode ser armaze-
como o recebimento de entregas no máximo até o 2°
nagem centralizada, onde facilita o planejamento da
dia útil anterior ao final do mês (ou outra antecedência,
produção, pois que permite um melhor controle sobre
as peças ou produtos defeituosos, tornando o ato de conforme necessidade da unidade) e recebimento pré-
rejeição mais simples. vio para posterior processamento, seguindo as mes-
mas diretrizes de quaisquer outros fornecimentos com
A armazenagem descentralizada – possibilita um in- esta condição.
ventário mais rápido, por meios visuais, e, por estar lo-
calizada junto aos pontos de utilização, minimiza os atra- Em que consiste o inventário rotativo?
sos ocasionados, por enganos no envio de materiais a Consiste no levantamento contínuo e seletivo dos mate-
outros locais, que não o de utilização. riais existentes em estoques ou daqueles permanen-
Estocagem intermediária – que também pode ser cen- tes, distribuídos para uso, feito de acordo com uma
tralizada ou descentralizada, é a estocagem de materi- programação, a permitir que todos os itens sejam re-
ais ou produtos já transformados, processados ou fa- censeados ao longo do exercício.
bricados parcial ou totalmente que entram na etapa Quando um material é considerado antieconômico?
seguinte da produção.
Quando o custo de sua recuperação superar a 50% de
Estocagem de produtos acabados – é aquela realizada seu valor.
para atender ao usuário, seja o da entrega imediata,
Que destinação deve ser dada aos materiais obtidos,
seja o de encomendas sob pedido.
através de convênio, após o término deste?
Qual a diferença entre estoque e almoxarifado?
Em regra, deverão ser destinados para a respectiva
a) Estoque – é toda e qualquer presença de materiais entidade, salvo expresso, de outra forma, no próprio
na empresa, inclusive aqueles em trânsito, seja os convênio.
que estão em processo de recebimento, como
aqueles que foram distribuídos. Qual o método de avaliação a ser adotado para a atua-
b) Almoxarifado – é o local reservado para a guarda e a lização do valor do patrimônio?
conservação de materiais, isto é, um local que, em Os materiais deverão ser avaliados pela média ponde-
princípio, foi estruturado para assegurar o atendimen- rada das compras e os equipamentos e materiais per-
to dessas funções. manentes pelo custo de aquisição ou construção, con-
forme determina o art. 106, da Lei n° 4.320/64.
Como é feita a saída de bens de consumo do almoxari-
fado, cuja entrada não existe registro? Como proceder para a valoração de itens do patrimô-
nio obtidos por produção interna?
Há a obrigação do registro patrimonial de todos os
bens públicos, ainda que pelo simples relacionamen- Preferencialmente, com base no valor de similares do
to. Um bem não registrado, formalmente, não existe mercado. Se não for possível, devem ser valorados pelo
e, portanto, não integra o patrimônio. Logo, não haverá seu custo de produção.
a possibilidade de registros relativos a saídas, O que é inventário por amostragem?
enquanto não houver a entrada ou registro
patrimonial do bem. Consiste no levantamento das características de uma
parcela dos materiais em estoque, buscando, a partir
O almoxarifado deve emitir mensalmente balance- dos resultados obtidos, o comportamento dessas ca-
tes, informando à contabilidade, a real situação do racterísticas no restante do grupo em análise. Pode-
estoque? se ocorrer em intervalos regulares de tempo, por
Sim, para que a contabilidade possa acompanhar a exemplo, mensal, ou, segundo uma finalidade
movimentação de estoque (entrada e saída). específica.

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Conhecimentos Específicos

Como deve ser feita a depreciação de equipamentos e O que é inventário anual?


material permanente e de quantos em quantos anos?
Entende-se como inventário anual, o levantamento de
Deverá ser feita, anualmente, atualizando o valor de cada todos os bens numa determinada data, em geral,
item do patrimônio, fazendo-a constar do inventário anual correspondente ao fim de ano fiscal, com o detalhamento
da unidade. Para cada tipo de equipamento e material dos materiais e dos bens, com a respectiva indicação
permanente, deve ser consultada a Norma de Execução das quantidades e valores de cada item, em razão de
06/93 (publicada no DOU de 30/12/93), onde se extraiu a seu estado ou qualidade (conforme sua depreciação).
tabela abaixo: Os resultados desse inventário devem ser analisados,
em conjunto, pelos setores de patrimônio e de
contabilidade da unidade.

CLASSIFICAÇÃO ABC
A utilização da classificação ABC, baseada nos conceitos
de Pareto, vem sendo ensinada e utilizada de longa data,
para que os profissionais de gestão de estoques e
compras definam suas políticas de gestão de estoques.
Será que esta técnica ainda pode ser considerada como
uma boa prática de gestão nos tempos atuais? Ou será
que as novas tecnologias de informática e as novas
maneiras de efetuar compras empresariais tornaram-
na obsoleta? Neste artigo o autor procura demonstrar
os fundamentos da classificação ABC e discutir idéias
sobre o tema, mostrando a obsolescência de tal técnica
no ambiente de gestão de estoques dos dias atuais.
Palavras-chave: classificação ABC; gestão de estoques;
compras; Pareto; lote de encomenda

Introdução
Gestão de estoques é a função que procura manter o
melhor nível de atendimento aos demandantes de
material (clientes, produção, usuários), da forma mais
econômica possível, isto é, mantendo o menor estoque
médio em termos de investimento.
Classificação ABC, conforme definição encontrada no
glossário de termos publicado pelo Council of Supply
Chain Management Professionals , “... é uma proposta
de planejamento de estoques baseada na classificação
ABC de um volume ou valor de vendas onde os itens A
teriam o maior volume ou maior valor de vendas, os itens
B um volume ou valor médio e os itens C seriam de um
menor valor ou volume.
O grupo A representa 10 – 20% do número de itens e 50
– 70% do volume financeiro projetado. O grupo B
representa, aproximadamente, 20% dos itens e por volta
de 20% do volume financeiro. A classe C contém 60 –
70% dos itens e representa por volta de 10 – 30% do
volume financeiro”.
No mesmo glossário, a Lei de Pareto, na qual a
Classificação ABC é baseada, é definida como:
“maneiras de classificar dados como, por exemplo,
número de problemas de qualidade por freqüência de
ocorrência. Uma análise que compara percentagens
acumuladas de uma lista de custos, direcionadores de
custos, lucros ou outros atributos, para determinar se a
minoria dos elementos possuem um impacto
desproporcional em relação ao total. Por exemplo,
identificando que 20% do conjunto de variáveis
independentes é responsável por 80% do efeito”.

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Conhecimentos Específicos

Esta relação de percentuais pode ser representada A técnica empírica de classificação ABC, face sua
conforme figura abaixo: popularidade como ensinamento na segunda metade
do século passado e sua facilidade de utilização, tornou-
se um modelo de aplicação difundido amplamente em
muitas organizações que necessitavam gerenciar
estoques e, até os dias de hoje, é um método utilizado
em muitas empresas de todos os portes.
Todavia, necessário se faz examinar a classificação ABC,
no âmbito da gestão dos estoques. Não há o que discutir
sobre a aplicabilidade do princípio de Pareto e sim, sobre
a aplicabilidade da classificação ABC para a orientação
Figura 1: Diagrama da relação entre o número de itens de políticas de compra ou produção em termos de lotes
em estoque e o valor total das vendas normalmente e políticas de estabelecimento de estoques de
estabelecida em uma classificação ABC segurança, tentando identificar a racionalidade de sua
aplicação.
Os argumentos acima são baseados nos estudos de
Porque utilizar a classificação ABC na gestão de
Vilfredo Pareto, economista e sociólogo italiano (1848
estoques?
– 1923) e sua validade foi demonstrada em diversos
estudos empíricos nas mais diferentes áreas do A classificação ABC, baseada em valor de demanda,
conhecimento humano, ficando conhecida como Lei tem sido utilizada para atender três aspectos básicos
de Pareto. de gestão dos estoques, que são os seguintes:
· Assegurar que os itens de maior valor sejam
analisados em menores intervalos de tempo, isto é,
itens de maior valor de demanda devem ser
analisados com maior freqüência do que aqueles de
menor valor de demanda. Como descrito por Nigel
Slack et al (1996, p. 297) “Os itens com movimentação
de valor particularmente alta demandam controle
cuidadoso, enquanto aqueles com baixas
movimentações de valor não precisam ser
controlados tão rigorosamente”.
· Assegurar que os itens de menor valor sejam
comprados ou fabricados em menor freqüência, de
maneira a evitar muito trabalho nas áreas de compra,
em termos de negociação e emissão de pedidos
freqüentes de pequenos valores. Na área de produção,
que não sejam produzidos lotes de itens de pouco
Figura 2: Vilfredo Pareto (1848-1923) valor com muita freqüência, pois os custos de
mudança de produto na linha de produção, em virtude
A Lei de Pareto e a gestão dos estoques de perdas de material ou tempo perdido nas trocas,
Conforme citado por Silva (1981, p. 195) , “..., a partir dos tornarem tais mudanças antieconômicas.
esforços iniciais da General Eletric americana, o princípio · Identificar em ordem de importância os itens
de Pareto tem sido adaptado ao universo de materiais, estocados, pelo pressuposto de que se eles são de
particularmente à gerência de estoques...” alto valor também o são em termos de importância.
Inúmeros outros livros sobre gestão de estoques, têm As três colocações acima não correspondem a
abordado a classificação ABC como método de realidade. São sofismas que dão a impressão de
planejamento de estoques e compras, raciocínios robustos porém não correspondem ao
fundamentalmente como uma forma de definir lotes de contexto exato em que a gestão de estoques está
aquisição ou produção. Para os itens da classe A, inserida. Tais sofismas são analisados em seguida:
comprar o menos possível, por exemplo, para a
demanda de uma semana; para os itens da classe B O sofisma do tempo de análise de um item
comprar, por exemplo, uma quantidade suficiente para a
Na primeira colocação - itens de maior valor sejam
demanda de um mês; para os itens da classe C, por
analisados em menores intervalos de tempo - o
exemplo, comprar o suficiente para a demanda de três
raciocínio foi baseado em época em que os sistemas
ou mais meses.
de planejamento de estoques eram manuais
Ainda Silva (1981, p. 201) , discorre sobre a dificuldade (profissionais mais antigos devem se lembrar das
de determinar os pontos de separação entre as classes famosas fichas kardex). Naquela época, fazer
A, B e C, e apresenta, inclusive, um método gráfico de planejamento de estoque significava manipular cada
determinação de tais pontos. ficha de controle de estoque; somar as movimentações

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Conhecimentos Específicos

de saída de períodos, normalmente mensais, e anotar Era a época de seguir os conceitos do lote econômico
estas somas no verso das fichas; calcular uma nova de compra ou de produção que se baseavam em
média de demanda, móvel ou não; revisar as pressupostos que limitam severamente o uso do
quantidades do estoque de segurança (ES) que, muitas próprio modelo. Um pressuposto muito problemático é
vezes eram também baseados em uma média móvel o de que a demanda é conhecida e linear e, portanto, é
de demanda; verificar se o saldo existente em estoque possível comprar ou produzir para grandes períodos
estava no ponto de reposição (PR), este baseado na de demanda, já que o item será realmente útil em todo
soma do estoque de segurança com o resultado da o período. Ora, os ciclos de vida de produtos e
multiplicação do tempo de entrega do fornecedor pela componentes são a cada dia menores, não sendo válido
demanda média e, se estivesse no PR, calcular o lote generalizar que a demanda é bem conhecida para
de encomenda (LE) baseado na classificação ABC grandes períodos de tempo.
conforme dito acima (A = comprar demanda de x dias; B Outro pressuposto era de que os custos de fazer um
= comprar de demanda de Y dias; C = comprar demanda pedido ou de preparar as máquinas para um lote de
de Z dias). produção eram imutáveis. O surgimento das teorias
É fácil concluir que, com este método manual de calcular japonesas inspiradas no just in time, derrubaram tais
os parâmetros de reposição e as quantidades à conceitos, orientando a todos que o objetivo não é mais
encomendar, uma organização com alguns milhares de pagar com estoques o preço das ineficiências dos
itens, precisava encontrar maneiras de simplificar a processos. O objetivo é encontrar novos arranjos e
gestão dos estoques. Utilizar a classificação ABC para processos produtivos em que a troca de produtos em
tratar com mais freqüência os itens de maior valor de uma determinada linha de produção ou máquina se faça
demanda era uma boa saída para o problema! da forma mais rápida e econômica possível e, no caso
de compras, fazer acordos de longo prazo em que se
Todavia, a época hoje é dos computadores que
possam ir colocando autorizações de entrega nos
conseguem fazer as contas descritas acima, em um
fornecedores, sem necessidade de assinaturas de
conjunto de milhares de itens estocados, em tempos
vários níveis hierárquicos, cujo custo, é óbvio, é muito
mensuráveis em milissegundos. Além disso, temos
menor que pedidos formais, negociados
agora modelos de planejamento de estoques baseados
individualmente. Ademais, estas comunicações aos
em previsão de demanda e estruturas de produto, fazendo
fornecedores são, em muitas empresas, feitas através
com que se possa planejar as reposições não somente
da Internet, o que torna os custos de emissão de pedidos
de forma reativa como na técnica de ponto de reposição
cada dia menos relevantes.
masw, de for4ma prospectiva através de sistemas MRP/
DRP Então, no aspecto de cálculo de reposição, a O sofisma de que valor financeiro é valor estratégico
freqüência de análise não é mais um problema que Na terceira colocação - se eles são de alto valor também
necessite de uma simplificação como a classificação ABC. o são em termos de importância – a falha de
Computadores podem fazer tal serviço várias vezes ao argumentação é clara.
dia, ou melhor, a cada movimentação de um item do
estoque, sem que isto lhes cause nenhum cansaço e Quando se trata de componente para um produto
sem que se necessite contratar mais pessoas. acabado, qualquer componente que falte para a
montagem tem a mesma importância, já que, com raras
exceções, não é possível entregar produtos incompletos
O sofisma do lote econômico de compra ou de produção
ao cliente.
Na segunda colocação - itens de menor valor sejam
Se for uma mercadoria de venda no varejo, muitas vezes
comprados ou fabricados em menor freqüência – o
os itens de pequeno valor são estrategicamente
raciocínio também era baseado nas economias de
importantes por serem altamente estimulantes do tráfego
tempo ou custo. Os processos de compra, antigamente,
de clientes na loja.
eram realizados quase que totalmente através de
processos licitatórios, com vários fornecedores Se tratar-se de medicamentos para um hospital, temos
competindo pela encomenda através do conceito do o aspecto do risco de vida ao faltar determinado
menor preço do momento. Também a prática corrente medicamento, o que pode causar a morte de um
obrigava a emissão de pedidos datilografados em paciente, independente do valor do medicamento.
várias vias e, na maioria dos casos, tais pedidos Assim, não é o valor individual de um item ou mesmo o
percorriam uma via crucis, de mesa em mesa, para valor total da demanda do mesmo que deve orientar a
serem assinados por diversos níveis hierárquicos da gestão dos estoques. O que importa é o custo ou risco
empresa. No caso de itens de produção interna, as de não ter disponibilidade do item; isto é que irá denotar
técnicas de determinação do tamanho de lote, também sua importância estratégica.
se baseavam na suposta economia de tempos e
desperdícios na preparação de máquinas, ao se
Como estabelecer políticas de estoque?
emitirem ordens de produção com quantidades que
cobrissem grandes períodos de tempo para que tais Como demonstrado acima, a classificação valorativa dos
custos fossem diluídos em um maior número de peças itens de estoque para efeito de determinar políticas de
a serem fabricadas em um único lote. estoque é muito contestável. Também deve ser entendido

220 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

que uma política de gestão de estoques deve


proporcionar, como resultado dois fatores; atendimento
aos clientes e economicidade.
Boa maneira de determinar uma política de gestão de
estoques é utilizando a matriz de criticidade. Essa matriz
servirá de regra para determinação dos parâmetros
descritos anteriormente, como lotes de encomenda,
intervalo de ressuprimento e revisão dos itens, e estoque
de segurança.
A matriz de criticidade busca aglutinar a criticidade de
suprimento de um item com sua criticidade de demanda, A ABC artigos esportivos vende entre outras coisas um
seja em termos de previsão de utilização (caso de MRO tênis Mike que foi classificado da seguinte forma em
e componentes de produtos), seja em termos de relação aos diferentes atributos.
previsão de venda (caso de produtos acabados), assim Dificuldade de Suprimento = 1
como levar em consideração a criticidade do item em Incerteza da Demanda = 2
relação ao andamento das operações da empresa ou a
importância estratégica do item em relação ao mercado. Influência no comportamento do consumidor = 3
Essa matriz pode contar com mais atributos distintos Multiplicando-se o valor de cada atributo do item pelo
dependendo do ambiente onde é utilizada. grau de importância de cada atributo teremos a
Em uma empresa varejista, por exemplo, os atributos Criticidade de Gestão do Item para a área de Compras.
podem ser: margem de contribuição do item, tempo de Determinação da Criticidade:
reposição, incerteza da demanda, incerteza do
fornecimento, influência do item no comportamento do
consumidor, etc.. Já para itens de manutenção, os
atributos podem ser: criticidade do item para a fábrica,
parque instalado, incerteza do fornecimento, origem do
item (nacional ou importado), possibilidade de
recuperação, entre outros.
Após calcular a Criticidade de Gestão do item, definir o
Cada atributo deverá ter um grau de importância. E os
Estoque de Segurança levando em consideração a regra
itens serão classificados em função de cada atributo. A
a seguir:
combinação dessas classificações determinará a
criticidade de gestão do item. Quanto mais crítico for o
item, maior será a necessidade de aumento no seu
estoque de segurança e possivelmente, esse item terá
que ser revisto em períodos menores de tempo. O
exemplo a seguir ilustra esse assunto.
Exemplo: Portanto, para o exemplo citado anteriormente, o item
Mike terá seu estoque de segurança para 30 (trinta) dias
Imaginem a empresa de varejo ABC artigos esportivos.
Ao elaborar a sua política de gestão de estoques, os de demanda, e multiplicando-se pela demanda média
gestores da empresa definiram os seguintes atributos teremos o estoque de segurança em unidades. Esse
e seus seguintes graus de importância respectivamente. estoque de segurança pode ser revisto periodicamente.
Os valores determinados para o estoque de segurança
de cada grau de criticidade de gestão são valores
arbitrários e deverão ser otimizados a medida que são
monitorados os índices de nível de serviço ao cliente e
cobertura de estoques.
Como exemplo, podemos citar que se este item Mike
que tem o estoque de segurança de 30 dias de demanda
média, tiver seu nível de serviço ao cliente de 100%
Quanto maior o valor atribuído, maior será a importância
durante três ou quatro meses, isto indica que deve ser
do atributo. Sendo assim o atributo de maior importância
tentada uma redução do estoque de segurança para
é a influência do item no comportamento do consumidor
menos dias do que os 30 dias de demanda média
isto é, a falta do item pode ocasionar que o cliente desista
estabelecidos.
de fazer outras compras na loja. Cada atributo por sua
vez terá suas classificações possíveis, em muitos casos A segunda parte do cálculo é estabelecer a periodicidade
consideradas em termos de alta, média e baixa. Ou seja, da colocação de pedidos no fornecedor do item Mike.
cada item a ser gerido será avaliado em função de sua Para tal, temos que ver com nosso fornecedor qual a
criticidade para o atributo. Cada item poderá ser quantidade que ele consegue nos entregar, a cada vez
classificado de acordo com a tabela a seguir: que fazemos uma encomenda.

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Conhecimentos Específicos

Tal resposta irá levar em consideração a quantidade serviços e clientes. Em essência, Gerenciamento da
média diária que vendemos daquele item. Para efeito de Cadeia de Suprimentos integra o gerenciamento do
nosso exemplo, vamos imaginar que nosso fornecedor suprimento e da demanda dentro e através das
consegue nos fazer entregas econômicas no empresas”
correspondente a nossa demanda de 10 dias. Então, o
Conforme dito acima, a nova forma de relacionamento
nosso Lote de Encomenda corresponde a 10 dias de
com fornecedores é a de coordenação, que implica em
demanda média.
sincronizar esforços de planejamento e atendimento das
Com estas duas etapas de cálculo, estoque de demandas, e de colaboração, que implica em
segurança e lote de encomenda, podemos então dizer relacionamentos objetivando os ganhos de longo prazo
que a Política de Estoque do item Mike é de 35 dias de ao longo da cadeia de suprimentos através do
demanda. Isto se deve ao fato da fórmula do Estoque atendimento sem falhas e de custos cada dia menores.
Médio (ver item 2.2) ser:
EM = LE/2 + ES Dificuldade de suprimento pela produção interna
Então, para o nosso exemplo, podemos substituir na Se o item que se quer parametrizar é um item produzido
fórmula as quantidades em dias de demanda do estoque internamente, deve-se investigar o motivo pelo qual existe
de segurança e do lote de encomenda: a dificuldade de suprimento e tomar todas as medidas
que atenuem as dificuldades.
35 = 10/2 + 30
Se o problema é de tempo ou custo de iniciar um lote de
Nosso item Mike, então teria um estoque médio de 35
produção, devem ser relacionados os motivos daquele
dias de demanda média!
incremento de tempo ou custo para que a engenharia
de métodos e processos encontre os equipamentos,
Dificuldade de suprimento pelo mercado fornecedor dispositivos ou processos que minimizem tais fatores
Fundamentalmente, as dificuldades de suprimento pelo de desperdício.
mercado fornecedor podem ser analisadas sob quatro Se o problema é de intervalos entre programações de
aspectos; produção (programação mensal, por exemplo), devem
· Elevado ou incerto tempo de reposição; quando o ser tomadas as medidas necessárias, em termos de
mercado fornecedor ou o fornecedor com o qual a sistema e práticas de planejamento e controle de
empresa mantém relacionamento não consegue produção, que permitam que os intervalos das
estabelecer um tempo de reposição rápido, ou seu programações da produção sejam, no máximo,
atendimento é muito irregular em termos de prazo semanais. Quanto menor o intervalo de tempo entre os
de entrega. programas de produção, menor o número de
· Incerteza na qualidade do material fornecido; da reprogramações e melhor o atendimento da demanda,
mesma forma, se o atendimento é irregular em termos com menores estoques.
de qualidade, estando as entregas sujeitas a
devoluções por problemas de qualidade. Incerteza no cálculo da demanda do item
· Modelo de compra/reposição utilizado não eficiente:
Este fator que afeta o estoque de segurança de um item
Este é o caso típico de organizações estatais que estão
é um assunto muitas vezes negligenciado pelos gestores
sujeitas a normas restritivas de utilização de conceitos
de estoques. Ao estabelecermos a política de estoques
de compra em aberto, quando poderiam utilizar de
de um item, temos que estudar sua demanda e verificar
forma mais ampla a sistemática de concorrências e
suas características de regularidade, tendência,
adjudicação pelo modelo de registro de preços, que
sazonalidade, etc. Quanto melhor os modelos de
facilita a utilização de contratos de fornecimento de
previsão de demanda conseguirem prever a demanda
longo prazo. Para as empresas privadas que ainda
futura, menor estoque de segurança vamos necessitar,
não utilizam as compras em aberto, enfatiza-se a
para cobrir as variações entre a demanda prevista e a
necessidade de iniciar tal modelo de reposição, de
real. Uma das técnicas em uso, atualmente, é o VMI –
maneira a poder solicitar parcelas de entrega em
vendor managed inventory, estoque gerenciado pelo
pequenos intervalos de tempo.
fornecedor, em que são estabelecidas políticas de
· Relacionamento de baixo nível com fornecedores: Nos
gestão para os itens atendidos por determinado
últimos anos com a evolução do conceito de SCM –
fornecedor e este, com base nos sistemas
supply chain management, traduzido em gerenciamento
informatizados, toma conhecimento em tempo real, da
da cadeia de suprimentos, os relacionamentos com
evolução da demanda ou dos estoques do cliente e,
fornecedores tem tido uma evolução no sentido de reais
automaticamente, sem necessidade de pedidos ou
parcerias de negócio. “O gerenciamento da cadeia de
autorizações de entrega, providencia a reposição das
suprimentos compreende o planejamento e o
mercadorias para que os estoques sejam mantidos em
gerenciamento de todas as atividades envolvidas no
níveis confortáveis.
encontro de fontes de suprimento e compras, conversão
(produção), e todas as atividades de gestão logística.
De maneira importante, também inclui a coordenação Possibilidade de graves prejuízos com a falta do item
e colaboração entre os parceiros do canal, que podem Neste aspecto de julgamento do planejador de estoques,
ser fornecedores, intermediários, provedores de devem ser levados em consideração:

222 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

· Se o item faltar, qual o nível de prejuízo ou conflito que (4) SLACK, N et al. Administração da Produção. São
pode causar com os clientes? Paulo: Editora Atlas. 1996, p.297
· Se o item faltar, qual o prejuízo que pode causar às (5) Glossário disponível em
operações da empresa? www.ocanto.webcindario.com. Acesso em 23/12/2005.
De acordo com as respostas a estes dois quesitos, o (6) MRP – Materials Requirements planning - Conjunto
planejador deverá estabelecer o nível de estoque de de técnicas que utitiliza dados de estruturas de
segurança que deve ser mantido para o item. produto,
A redução ou eliminação do estoque de segurança sem (7) A fórmula do lote econômico foi desenvolvida por F.
afetar o atendimento ao cliente, é o grande objetivo de W. Harris em 1915. Ver Air Force Journal of Logistics,
gestão do planejador de estoques. A boa gestão da Winter, 2002. Disponível em www.findarticles.com
cadeia de suprimentos através das metodologias de Acesso em 28/12/2004
planejamento cooperativo da demanda e reposição –
CPFR e dos estoques gerenciados pelos próprios EMBALAGENS DE PROTEÇÃO
fornecedores – VMI, assim como os esforços para
aumentar a flexibilidade da produção através de práticas Funções e Valores de Embalagem na Logística
e equipamentos que reduzam os custos e tempos de Existe uma crescente tendência de analisar a embalagem
troca de produtos na linha de produção, são os grandes em termos de valores que ela oferece na Logística, em
direcionadores da gestão de estoques. vez de isolada nos materiais e forma.
A embalagem é parte de um sistema logístico total, com
Conclusão a responsabilidade de minimizar o custo de entrega bem
Pelos argumentos descritos acima, fica claro que o uso como maximizar as vendas.
da classificação ABC baseada em valoração da demanda A meta é minimizar o custo dos materiais de embalagens,
ou do preço de um item de estoque não é um método de bem como reduzir o custo de danos, desperdício e custo
gestão eficaz. Tal método não leva em consideração os de execução das operações logísticas.
dois aspectos mais importantes da gestão de estoques
A embalagem agrega valor oferecendo proteção, utilidade
que são; o nível de atendimento ao cliente e o modelo de
e comunicação. A embalagem é responsável por manter
contratação dos fornecedores ou o modelo de
a condição de um produto por todo o sistema logístico. A
programação de produção no caso de itens fabricados
proteção é uma função de embalagem valiosa porque o
internamente. dano em trânsito pode destruir todo o valor que foi
Na época dos computadores de enormes velocidades agregado ao produto.
de processamento e dos softwares de gestão de Os assuntos de proteção incluem a medição dos riscos
estoques e produção cada dia mais abrangentes e de distribuição e condições ambientais, análise de danos
poderosos em termos de algoritmos de cálculo, as e responsabilidade da transportadora, caracterização
generalizações simplistas como a Classificação ABC dos produtos e suas fragilidades e desempenho da
por valor de demanda não tem mais utilidade. Hoje os embalagem e teste de laboratório.
bancos de dados permitem que sejam estabelecidas
políticas de lote, de intervalos de reposição e de O tipo de proteção que uma embalagem pode oferecer
segurança para cada item, individualmente. Para que depende do valor do produto, bem como suas
então, generalizar tão simplisticamente? características físicas e os riscos esperados no sistema
logístico.
Como última recomendação, é indicado que os
Uma meta importante da embalagem é fornecer a
gestores de estoques sempre apresentem os
proteção necessária usando materiais de custo efetivo.
resultados de sua gestão dos estoques, em gráficos
que permitam avaliar o nível de investimentos em Consequentemente a relação pode ser conceituada
estoques em relação ao nível de serviço ao cliente. É como:
a economicidade desta relação que irá indicar se a Características do Produto + Riscos Logísticos =
gestão é eficiente ou não. Proteção da Embalagem
Existem cinco passos bem definidos para o projeto de
BIBLIOGRAFIA acondicionamento para produtos frágeis, os quais foram
Autor: Cezar Augusto de Castro Sucupira racionalizados para um processo geral para
planejamento da proteção da embalagem:
Administrador pela Faculdades Integradas Bennett,
mestre em sistemas de gestão pela Universidade • Definir o ambiente (riscos logísticos)
Federal Fluminense – UFF. • Definir a fragilidade (características do produto)
(1) Glossário disponível em www.cscmp.org Acesso em • Realizar qualquer mudança necessária na produção
29/12/2005.
• Escolher a melhor embalagem para oferecer a proteção
(2) SILVA, R. B. Administração de Material. Rio de Janiro: necessária e fabricar um protótipo da embalagem e
Associação Brasileira de Administração de Material,
1981, p. 195 • Testar o protótipo

Degrau Cultural 223

14_Armazenagem.pmd 223 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

As característica relevantes do produto são aquelas que Os riscos do transporte internacional variam de
podem ser danificadas durante a distribuição. Exemplos plataformas planas e carrinhos. O transporte marítimo
incluem a tendência de “alimentos e outros produtos sujeita os produtos a altos níveis de umidade. A
deteriorarem com o tempo devido a temperatura, conteinerização intermodal para embarque internacional
oxigênio, umidade ou contaminação de insetos, a tem reduzido o impacto e danos de umidade.
tendência de alguns produtos, atritarem ou
Contudo, mesmo quando os produtos são expedidos
desemulsionar durante vibração do veículo em trânsito.
conteinerizados, provavelmente serão movimentados
A vulnerabilidade de alguns componentes eletrônicos à
numa operação doméstica e exigem desempenho
descarga eletrostática e a fragilidade dos produtos e
apropriado da embalagem .
embalagens que podem quebrar quando caem durante
operações de movimentação de material. Quanto maior a probabilidade do produto ser danificado
e maiores os riscos das operações do sistema
Antes de projetar a embalagem, devemos determinar o
logísticos, ou mais alto o custo do dano, maior a
esforço que o produto pode suportar. Para produtos
necessidade de proteção da embalagem.
frágeis, particularmente produtos eletrônicos e
mecânicos, uma máquina de choque é usada para Contudo, é importante observar que a quantidade de
estabelecer o limite de dano. Isto determina a fragilidade proteção não está diretamente relacionada ao custo da
do produto em termos da aceleração/desaceleração embalagem. Geralmente, é possível melhorar a proteção
crítica, a qual é expressa como fator “g”. e reduzir o custo da embalagem ao mesmo tempo,
através do teste de desempenho de materiais e métodos
A avaliação da fragilidade determina quanto, se
mais apropriados.
necessário, o amortecimento é necessário.
Em muitos casos, custa muito menos reduzir os
Em alguns casos, como resultado do teste de riscos do que “melhorar” a embalagem. Por exemplo,
fragilidade, a decisão é tomada para fortalecer o produto a paletização pode reduzir os riscos logísticos já que
em vez de acrescentar material de amortecimento. elimina a movimentação manual e estabiliza os
Alguns fabricantes mais cuidadosos incluem produtos durante o transporte. Métodos alternativos
considerações de embalagem no início do processo de de transporte (por exemplo, equipamento especial,
projeto do produto afim de minimizar problemas de refrigeração e/ou transportadoras dedicadas) podem
danos mais tarde. A solução de melhor custo efetivo reduzir os riscos de transporte. Estruturas de
frequentemente é projetar produtos para melhor estocagem em armazéns podem reduzir as tensões
sobreviver aos riscos de embarque. Alterações no projeto de empilhamento e boas práticas sanitárias durante
do produto variam da redução do esmagamento de frutas a distribuição podem reduzir a necessidade de
através da modificação genética, a melhoria da embalagem para evitar contaminação de insetos, por
resistência ao impacto dos fixadores de placas de exemplo.
circuito de um produto eletrônico. Um produto resistente
ao impacto exige pouco amortecimento, o que minimiza
o custo, volume e desperdício e é mais confiável em uso
do que um produto frágil.
Os riscos de um sistema logístico dependem dos tipos
de transporte, estocagem e movimentação usados. Por
exemplo, o transporte com carga completa geralmente
provoca, menos danos do que o transporte com carga
incompleta, onde as embalagens são manuseadas
repetidamente durante as operações de transporte de
carga e tem muito mais chances de caírem ou serem
colocadas entre ou ao lado de cargas potencialmente
danosas.
O embarque ferroviário pode provocar danos devido a
troca e acoplagem de vagões. As características do
armazém determinam a altura de empilhamento e o
potencial para infestação de insetos e poeira. A
temperatura e a umidade relativa dependem das
características do clima por todo sistema logístico. As
empresas que usam vários tipos diferentes de canais
de distribuição podem precisar de embalagens para
várias condições, no Brasil, especialmente, pelas
grandes distâncias a percorrer e condições das estradas.

Fonte:
www.guiadelogistica.com.br

224 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

GLOSSÁRIO - TERMOS TÉCNICOS entre fornecedores e clientes. Chega e sai


Abastecimento - ato de suprir as necessidades imediatamente.
materiais de uma empresa, comunidade ou indivíduo. CTI - Computer Telephony Integrated ou Sistema
Acuracidade de Estoques - relação entre o número de Integrado de Telefonia e Computação.
itens que não apresentaram incorreções e o número Curva ABC - demonstração gráfica com eixos de valores
total de itens contados após a realização de um inventário. e quantidades, que considera os materiais divididos em
Algoritmos - forma simplificada de resolver um problema; três grandes grupos, de acordo com seus valores de
desenvolvidos para casos particulares de um problema; preço/custo e quantidades, onde materiais classe “A”
nem sempre são de uso geral. representam a minoria da quantidade total e a maioria
Análise de valor - aplicação sistemática, asconsciente, do valor total, classe “C” a maioria da quantidade total e
de um conjunto de técnicas que identificam as funções a minoria do valor total e “B” valores e quantidades
necessárias, estabelecem valores para elas e intermediários.
desenvolvem alternativas para desempenhá-las ao Custo Logístico - é a somatória do custo do transporte,
mínimo custo; engenharia de valor. do custo de armazenagem e do custo de manutenção
Análise - processo que procura decompor um problema de estoque.
em problemas menores, gerar soluções para estes e Data Warehouse - Armazenamento de dados.
combiná-los para a solução do problema original. DEC - Delivered Ex QUAY ou entrega no cais. O vendedor
APS - Advanced Planning Scheduling ou Planejamento entrega a mercadoria no cais do porto de destino.
da demanda do suprimento, programação, execução Demand Chain Management - Gerenciamento da Cadeia
avançada e otimização. de Demanda.
Assemble to order - só é fabricado por encomenda. Demurrage ou Sobreestadia - multa determinada em
Auto Id - Identificação Automática. contrato, a ser paga pelo contratante de um navio, quando
Bar Code - código de barras. este demora mais do que o acordado nos portos de
Benchmarking - verificar o que as empresas líderes no embarque ou de descarga.
seu segmento de mercado estão utilizando de Despatch ou Presteza - prêmio determinado em
processos e adaptar o modelo, de acordo com o seu dia contrato, a que faz jus o contratante de um navio, quando
a dia (próprias características). este permanece menos tempo do que o acordado nos
Brainstorming (tempestade de idéias) - um grupo de portos de embarque ou de descarga.
pessoas tendo idéias sobre um determinado assunto DPS - Digital Picking System.
ou problema, sem censura, com alguém estimulando a Dragagem - serviço de escavação nos canais dos por-
todos e anotando tudo falado. tos para manutenção ou aumento dos calados.
Break-Bulk - expressão do transporte marítimo, significa Draw-back - envolve a importação de componentes, sem
o transporte de carga geral. pagamento de impostos, para a fabricação de bens
Brokerage Houses - empresas especializadas em destinados à exportação.
intermediar afretamento marítimo. DRP - Distribution Resource Planning ou Planejamento
BTB ou B2B - Business-to-Business ou comércio dos Recursos de Distribuição.
eletrônico entre empresas. EADI - Estação Aduaneira do Interior.
BTC ou B2C - Business-to-Consumer ou comércio EAV - Engenharia e Análise do Valor.
eletrônico de empresas para o consumidor. ECR - Efficient Consumer Response ou Resposta Efici-
Budgets - orçamento. ente ao Consumidor.
Business Intelligence - conjunto de softwares que EDI - Electronic Data Interchange ou Intercâmbio Eletrô-
ajudam em decisões estratégicas. nico de Dados.
Cabotagem - Navegação doméstica (pela costa do País). Empowerment - dar poder ao grupo/equipe.
Calado - expressão do transporte marítimo, que significa ERP - Enterprise Resource Planning ou Planejamento
profundidade dos canais do porto. dos Recursos do Negócio.
CEP - Controle Estatístico do Processo. E-Procurement - processo de cotação de preços, com-
CIF - Cost, Insurance and Freight ou Custo Seguro e pra e venda on-line.
Frete. Neste caso, o material cotado já tem tudo embutido ETA - expressão do transporte marítimo, que significa
no preço, ou seja, é posto no destino. dia da atracação (chegada).
CIM - Computer Integrated Manufacturing ou Manufatura ETS - expressão do transporte marítimo, que significa
Integrada com Computadores. dia da saída (zarpar).
Coach - facilitador; instrutor; entidade (pessoa, equipe, EVA - Economic Value Added ou Valor Econômico
departamento, empresa, etc.) que atue como agregador Agregado.
das capacidades de cada elemento da cadeia (equipe, FAS - Free Alongside Ship ou Livre no Costado do Navio.
departamento, empresa, etc.). O vendedor entrega a mercadoria ao comprador no
Comboio - conjunto de veículos que seguem juntos para costado do navio no porto de embarque.
um mesmo destino. Utilizado principalmente por motivo FCA - Free Carrier ou Transportador livre. O vendedor
de segurança. está isento de responsabilidades, no momento que
5S - Senso de simplificação, organização, limpeza, entrega a mercadoria para o agente indicado pelo com-
conservação e participação. prador ou para o transportador.
Core Business - relativo ao próprio negócio ou FCS - Finite Capacity Schedule ou Programação de
especialidade no negócio que faz. Capacidade Finita.
Cost Drivers - Fatores Direcionadores de Custos. FMEA - Análise do Modo de Falha e Efeito.
CRM - Customer Relationship Management ou FOB - Free On Board ou Preço sem Frete Incluso. Tem
Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente ou algumas variações de FOB. Pode ser FOB Fábrica, quan-
Marketing One to One. do o material tem que ser retirado e FOB Cidade, quan-
Cross Docking - é uma operação de rápida do o fornecedor coloca o material em uma transportado-
movimentação de produtos acabados para expedição, ra escolhida pelo cliente.

Degrau Cultural 225

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Conhecimentos Específicos

Food Town - local que reúne vários fornecedores de um Poka-Yoke - métodos simples, que servem como a pro-
mesmo cliente em comum. va de falhas no processo.
Forecasting - previsões de tempo. Postponement - retardamento da finalização do produto
Fullfilment - atender no tempo e no prazo. até receber de fato o pedido customizado.
GED - Gerenciamento Eletrônico de Documentos. PPCP - Planejamento, Programação e Controle da Pro-
Giro de estoque - demanda anual dividida pelo estoque dução.
médio mensal. Project team - Força tarefa.
GPS - Global Positioning System. RFDC - Radiofrequency Data Colection ou Coleta de
Housekeeping - técnica para iniciar e manter os proces- Dados por Radiofrequência.
sos de Qualidade e Produtividade Total em uma Road railer - carreta bimodal, que ao ser desengatada
empresa. do cavalo mecânico, é acoplada sobre um bogie ferrovi-
IBC - Intermediate Bulk Container ou Contenedor Inter- ário e viaja sobre os trilhos.
mediário para Granel. Rought Cutt - corte bruto.
Incoterms - sigla que identifica os 13 termos que padro- Set-up - tempo compreendido entre a paralisação de
nizam a linguagem usada no mercado de exportação e produção de uma máquina, a troca do seu ferramental e
importação. a volta de sua produção.
Índice de flexibilidade - representa a relação entre a Sider - tipo de carroceria de caminhão, que tem lonas
média do lote de produção e a média do lote de entrega. retráteis em suas laterais.
Just-in-Time ou JIT - é atender ao cliente interno ou SKU - Stock Keeping Units ou Unidade de Manutenção
externo no momento exato de sua necessidade, com as de Estoque.
quantidades necessárias para a operação/produção. Stock options - Programa de Ações - um incentivo que
Kaizen - processo de melhorias contínuas, com bom permite aos funcionários comprar ações da empresa
senso e baixos investimentos. onde trabalham por um preço abaixo do mercado.
Kanban - técnica japonesa com cartões, que proporciona STV - Veículo de Transferência Ordenado.
uma redução de estoque, otimização do fluxo de produção, Supply Chain Management - Gerenciamento da Cadeia
redução das perdas e aumento da flexibilidade. de Abastecimento.
KLT - Klein Lagerung und Transport ou Acondicionamento Team Building - dinâmica de grupo em área externa,
e Transporte de Pequenos Componentes. onde os participantes serão expostos a várias tarefas
Lastro - expressão do transporte marítimo, que significa físicas desafiadoras, que são exemplos comparativos
água que é posta nos porões para dar pêso e equilíbrio dos problemas do dia-a-dia da empresa. Tem como
ao navio, quando está sem carga. finalidade tornar uma equipe integrada.
Layday - é um período acordado entre fornecedor e com- Tempo de Compra - É o período compreendido entre a
prador para que o navio seja atendido. data da requisição do material até a data do fechamento
Laytime - é o cálculo da estadia do navio onde são con- do pedido.
sideradas as condições comerciais de afretamento que Tempo de Transporte - É o período compreendido entre
regem o embarque tais como prancha, laydays, aviso de a data de entrega do material até a chegada do mesmo
prontidào, etc. para o requisitante (destino).
Lead Time - Tempo de ressuprimento. É o Tempo de TKU - Toneladas por quilômetro útil.
Compra mais o Tempo de transporte. TMS - Transportation Management Systems ou Siste-
Lean Manufacturing - Produção Enxuta. mas de Gerenciamento de Transporte.
Make to order - fabricação conforme pedido. TPA - Trabalhadores Portuários Avulsos.
Make to stock - fabricação contra previsão de demanda. Transbordo - Passar mercadorias/produtos de um para
MES - Manufacturing Execution Systems ou Sistemas outro veículo de transporte.
Integrados de Controle da Produção. Transporte multimodal - É a integração dos serviços de
Milk Run - consiste na busca do produto diretamente mais de um modo de transporte, entre os diversos
junto ao(s) fornecedor(es). modais. Ex.: Rodo-Ferroviário, Rodo-Aéreo, Ferro-Hidro-
ML - Milha Terrestre. viário, Hidro-Aéreo, Ferro-Aeroviário, etc.
MPT ou TPM - Manutenção Produtiva Total. UEPS - é a nomenclatura para o método de armazena-
MRP - Material Requirements Planning ou Planejamen- gem, em que o produto que é o Último a Entrar no esto-
to das Necessidades de Materiais. que é o Primeiro a Sair.
MRP II - Manufacturing Resources Planning ou Planeja- VAN - Value Added Network.
mento dos Recursos da Manufatura. VUC - Veículo Urbano de Carga.
MRP III - é o MRP II em conjunto com o Kanban. WCS - Warehouse Control Systems ou Sistemas de
NM - Milha Marítima. Controle de Armazém.
NVOCC - Operador de Transporte Marítimo Sem Embar- WMS - Warehouse Management Systems ou Sistemas
cação. de Gerenciamento de Armazém.
OTM - Operador de Transporte Multimodal.
Outsourcing - Provedores de serviços ou terceirização.
Parcerização - Processo de conhecimento mútuo e aceita-
ção, pelo qual duas empresas devem passar para estarem
realmente integradas, visando mesmos objetivos.
PCM - Planejamento e Controle de Materiais.
PCP - Planejamento e Controle da Produção.
PEPS - é a nomenclatura para o método de armazena-
gem, em que o produto que é o Primeiro a Entrar no
estoque é o Primeiro a Sair.
Pick and Pack - separar os materiais e etiquetar, emba-
lar, etc.

226 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Matemática
Financeira

Degrau Cultural 227

00_Rosto Mat Fin.pmd 227 22/12/2010, 11:13


Matemática

RAZÃO E PROPORÇÃO
RAZÃO Essa igualdade é uma proporção.

Chama-se RAZÃO do número a para o número b (com A proporção pode ser definida da seguinte forma:
b ¹ 0) ao resultado da DIVISÃO de a por b:
Dados quatro número a, b, c e d, todos
ou a : b diferentes de zero, dizemos que formam
uma proporção, nessa ordem, quando a
Razão e divisão, portanto, são expressões praticamen-
te sinônimas na matemática. razão é igual à razão , ou seja: =
O número a é chamado antecedente e o número b é (lemos: “a está para b assim como c está
chamado conseqüente da razão . para d” )

Exemplos: Os números dados (a, b, c e d) são os TERMOS da


proporção, onde a e d são chamados EXTREMOS da pro-
• a razão de 50 para 10 é , que é igual a 5 porção e b e c são chamados de MEIOS da proporção.

• a razão de 2,5 para 5 é , que é igual a 0,5 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DA PROPORÇÃO

RAZÕES INVERSAS Em toda proporção = o produto dos extremos (a.d ) é


igual ao produto dos meios (b.c)
As razões: , que é igual a 3, e , que é igual a 0,333....,
são inversas entre si. Podemos observar que o seu pro- No exemplo anterior, tínhamos que = . Podemos
duto, x é igual a 1. verificar que 28 x 20 = 560 e 14 x 40 = 560; logo 28 x 20 =
14 x 40.

Duas razões são inversas entre si quando o seu EXERCÍCIOS RESOLVIDOS


produto é igual a 1.
01. Verifique, utilizando a propriedade fundamental, se

RAZÃO ENTRE DUAS GRANDEZAS a proporção é verdadeira.


Observe o seguinte exemplo:

José pesa 100kg e Mário pesa 60.000g. Qual a razão Resolução:


entre o peso de Mário e José? Na proporção dada, os meios são 11 e 6, e os extremos
são 3 e 22. Multiplicando os meios entre si, e os extremos
A razão entre o peso de Mário (60.000g = 60kg) e José entre si, obtemos:
(100kg) é: 3 . 22 = 11 . 6 = 66 ⇒ a proporção é verdadeira.

= 0,60 02. Calcule o termo desconhecido x na seguinte pro-


Chama-se razão de uma grandeza a para uma gran-
deza b ( da mesma espécie que a ) à razão dos núme- porção:
ros que expressam suas medidas, referidas à mesma
unidade.
Resolução:
PROPORÇÃO Utilizando a propriedade fundamental, podemos escre-
ver que:
Proporção é a igualdade entre duas razões. x.15 = 3.5
x.15 = 15
Por exemplo, as razões e são iguais, pois e
x=
=2
x= 1
Podemos, então, escrever que = .

228 Degrau Cultural

01_Razao e Proporção.pmd 228 22/12/2010, 11:13


Matemática

GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS Observe que neste caso, o PRODUTO das duas gran-
dezas é que se mantém constante (e não a razão): 1 . 72
Duas grandezas variáveis são DIRETAMENTE PRO- = 2 . 36 = 3 . 24 = 4 . 18 = 6.12 = ...
PORCIONAIS quando a RAZÃO entre os seus valores é
sempre a mesma. Por fim, quando duas grandezas são inversamente pro-
porcionais, se uma delas AUMENTA, a outra DIMINUI pro-
Exemplo: a distância que consigo percorrer com o meu porcionalmente, e vice-versa.
carro e a quantidade de gasolina que eu coloco no tan-
que dele são grandezas diretamente proporcionais – se REGRA DE TRÊS SIMPLES
eu ando 8km com 1 litro de gasolina, para andar 16km,
precisarei colocar 2 litros, para andar 24km, precisarei de Na resolução de problemas que envolvem grande-
3 litros etc., conforme a tabela abaixo: zas diretamente proporcionais e grandezas inversa-
mente proporcionais, iremos utilizar uma regra prática
chamada regra de três simples. Ela recebe esse nome
porque nos problemas aos quais se aplica sempre
são fornecidos TRÊS valores, ficando a cargo do can-
Observe que se eu dividir a distância que meu carro didato determinar um quarto valor desconhecido. Na
consegue percorrer pelo respectivo número de litros de realidade, nada mais é do que uma aplicação das pro-
gasolina que coloquei em seu tanque, obterei sempre 8: priedades anteriormente vistas:
• se o problema tratar de grandezas DIRETAMENTE pro-
porcionais, teremos que escrever uma equação mos-
trando que as RAZÕES entre elas são iguais;
• se o problema tratar de grandezas INVERSAMENTE
É importante, ainda, lembrar que, quando duas gran- proporcionais, teremos que escrever uma equação
dezas são diretamente proporcionais, se uma aumenta, mostrando que os PRODUTOS entre elas são iguais.
a outra também aumenta na mesma razão (por exemplo:
para andar uma distância duas vezes maior, terei que EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
colocar o dobro de gasolina), e se uma diminui, a outra
também diminui na mesma razão (para andar 24km eu 01. Um carro, com velocidade constante, percorre 1
preciso de 3 litros de gasolina; para andar apenas 8km, 200m em 10 minutos. Quantos metros percorrerá em
que é um terço da distância anterior, preciso de apenas 1 40 minutos ?
litro de gasolina, que é um terço da quantidade de gaso-
lina anterior). Resolução:
Este problema envolve duas grandezas: a distância
No âmbito da matemática financeira, por exemplo, te- percorrida e o tempo gasto para percorrê-la. Quanto MAI-
mos que os juros simples são diretamente proporcionais OR a distância a ser percorrida, tanto MAIOR o tempo
à taxa de juros (se a taxa de 10% a.m. produz x de juro, necessário para percorrê-la – vê-se, assim, que são gran-
30% a.m. produzirão 3x). Além disso, os juros simples dezas DIRETAMENTE proporcionais (AUMENTANDO-se
também são diretamente proporcionais ao capital aplica- uma a outra também AUMENTA, na mesma razão).
do (se um capital de 100 produz 5 de juro, um capital de Chamemos de x a distância que deve ser percorrida em
1000, ou seja, dez vezes maior, produzirá 50 de juro). 40 minutos; temos:

GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS Distância percorrida (m) 1200 x


Tempo (min.) 10 40
Duas grandezas variáveis são chamadas de
INVERSAMENTE PROPORCIONAIS quando o
Sendo as duas grandezas DIRETAMENTE proporcionais,
PRODUTO de uma pela outra é sempre o
a RAZÃO entre elas é constante; podemos escrever, en-
mesmo.
tão, que:

Exemplo: a velocidade com que ando numa estrada e


o tempo que levo para completar um determinado per-
curso são grandezas inversamente proporcionais – con-
sidere duas cidades separadas entre si por uma dis- Multiplicando em cruz, temos:
tância de 72km: se eu andar a 72km/h, vou levar 1 hora
para ir de uma delas à outra; se eu andar a 36km/h, vou 10 . x = 1 200 . 40
levar duas horas; a 24km/h, vou precisar de 3 horas etc., 10 . x = 48 000
conforme segue:

Resposta: o carro percorrerá 4800m em 40 minutos.

Degrau Cultural 229

01_Razao e Proporção.pmd 229 22/12/2010, 11:13


Matemática

02. Quatro torneiras idênticas enchem um tanque em 36 Vejamos uma aplicação dessa propriedade.
minutos. Utilizando 6 torneiras iguais às primeiras,
em quanto tempo encheremos o mesmo tanque? EXERCÍCIO RESOLVIDO

Resolução: 01. João, Maria e Nair têm, respectivamente, 7, 8 e 10


As grandezas são: número de torneiras e tempo gasto anos. Devemos repartir R$ 5.000,00 entre eles de
para encher o tanque. modo que cada um receba uma quantia proporcional
Veja que se AUMENTARMOS o número de torneiras, ire- à sua idade. Como será feita tal divisão?
mos encher o tanque em MENOS tempo. Portanto as duas
grandezas são INVERSAMENTE proporcionais. Resolução:
Sejam:
Chamemos de x o tempo gasto para enchermos o tan- • J o valor que caberá a João
que utilizando 6 torneiras. Podemos montar a seguinte • M o valor que caberá à Maria
tabelinha: • N o valor que caberá à Nair

número de torneiras 4 6 Temos que J + M + N = 5000


tempo gasto (min.) 36 x
Se cada uma das crianças deve receber uma quantia de
Sendo as referidas grandezas INVERSAMENTE propor- dinheiro proporcional à sua idade, podemos escrever que:
cionais, temos que o PRODUTO delas é que se mantém
constante. Assim, podemos escrever que:

4 .36 = 6 .x Utilizando a propriedade que acabamos de aprender,


6 .x = 144 temos:

x=

Resposta: com 6 torneiras encheremos o tanque em 24 Assim:


minutos.
200 ⇒ J = 7.200 = 1400
DIVISÃO EM PARTES DIRETAMENTE PROPORCIONAIS

200 ⇒ M = 8.200 = 1600

= 200 ⇒ N = 200ξ10 = 2000

Resposta: Caberá a João receber R$ 1 400,00, a Maria,


R$ 1 600,00, e a Nair R$ 2 000,00.

GRANDEZA PROPORCIONAL A OUTRAS

Vamos analisar as seguintes situações:

O que você acabou de ver na realidade é uma das propri- a) Um carro percorre 1 000km em 10 horas, possuindo,
edades das proporções. Generalizando, podemos dizer portanto, velocidade de 100km/h.
que: b) Quanto percorrerá o carro nas mesmas 10 horas, se
sua velocidade for igual a 80km/h?

Resolução:
Como o tempo de percurso permaneceu constante, a
A propriedade também é verdadeira para mais de duas
distância percorrida é diretamente proporcional à veloci-
razões:
dade do carro. Logo:

distância (km) 1 000 x


velocidade (km/h) 100 80

230 Degrau Cultural

01_Razao e Proporção.pmd 230 22/12/2010, 11:13


Matemática

Montando a proporção, temos que, Vamos aplicar a propriedade acima em um problema de


Regra da Sociedade.
⇒ 100.x = 1000.80 ⇒ 100x = 80000
EXERCÍCIO RESOLVIDO

x= = 800 01. Três sócios lucraram, juntos, R$ 57 000,00. O primei-


ro investiu R$ 5 000,00 nos empreendimentos con-
juntos durante 1 ano, o segundo R$ 4 000,00 duran-
Resposta: o carro percorrerá 800km. te 6 meses e o terceiro, R$ 6 000,00 durante 5 me-
c) Quanto percorrerá o carro em 5 horas se sua velocida- ses. Que parte do lucro cabe a cada um?
de permanecer igual a 80km/h?
Resolução:
Resolução: Vamos chamar de X , Y e Z os lucros respectivos dos
Como a velocidade se manteve igual a 80km/h, a distân- sócios; decorre que: X + Y + Z= 57 000
cia percorrida, agora, é diretamente propor-cio-nal ao tem-
Como o lucro de cada sócio é proporcional ao valor apli-
po de percurso. Temos então:
cado e também ao tempo de aplicação, então o lucro
será proporcional ao produto deles.
distância (km) 800 x
tempo do percurso (h) 10 5

Montando a proporção:

Resposta: o carro percorrerá 400km.

Comparemos os exemplos a e c. No exemplo a, o auto-


móvel andava a 100km/h durante 10 horas, percorrendo,
então, 1 000km de distância. No exemplo c, o automóvel
andava a 80km/h durante 5 horas, percorrendo, conse-
qüentemente, 400km de distância. Colocando esses da-
dos numa tabela, temos: Resposta: os sócios receberão, respectivamente,
R$ 30 000,00, R$ 12 000,00 e R$ 15 000,00.

PORCENTAGEM
Fração centesimal – chamamos de fração centesimal a
Note que a distância não é proporcional nem ao tempo e fração cujo denominador é igual a 100.
nem à velocidade isoladamente, pois
Exemplos:

Toda fração centesimal pode ser representada por um


Porém, pode-se observar que a distância é diretamente número decimal.
proporcional ao PRODUTO do tempo pela velocidade:
Por exemplo, as frações anteriores podem ser assim re-
presentadas: 0,09 ; 0,23 ; 0,40 ; 1,21.

Entretanto, existe uma outra forma de representar as fra-


Com este exemplo, procuramos, na realidade, ilustrar a ções centesimais que é a seguinte:
seguinte propriedade:
Se uma grandeza A depende de outras duas
grandezas B e C e se:
• fixando B, A é diretamente proporcional a C,
• fixando C, A é diretamente proporcional a B,
então A é diretamente proporcional ao produto B . C

Degrau Cultural 231

01_Razao e Proporção.pmd 231 22/12/2010, 11:13


Matemática

Os valores 9%, 23% etc. são chamados de TAXAS


PORCENTUAIS.

Para calcularmos a taxa percentual de um valor, basta


multiplicarmos a taxa pelo valor.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

01. Na compra de um sapato no valor de R$ 40,00, obtive


um desconto de 5%. Quanto economizei?

Resolução:
Vamos chamar de D o desconto obtido na compra do
sapato. Sendo assim D será determinado da seguinte
maneira:

D = 5% . 40 = 0,05 . 40 = 2

Portanto, economizei R$ 2,00.

02. Certa mercadoria foi vendida por um comerciante por


R$ 3 000,00 obtendo assim um lucro de 25% sobre
o preço de custo. Calcular o custo da mercadoria para
o comerciante.

Resolução:
O custo (C) é igual ao preço de venda (3 000) menos o
lucro (L):

C = 3 000 - L (equação 1)

O lucro (L) é igual 25% sobre o preço de custo:

L = 0,25 . C (equação 2)

Substituindo o L da equação 1 pelo membro direito da


equação 2, obtemos o seguinte:
C = 3 000 - 0,25 . C
Passando - 0,25C para o primeiro membro,

C + 0,25C = 3 000

1,25C = 3 000

Resposta: o preço de custo será igual a R$ 2 400,00.

232 Degrau Cultural

01_Razao e Proporção.pmd 232 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

JUROS, DESCONTOS SIMPLES E NOÇÕES DE JUROS COMPOSTOS


1. Introdução 3) Qual o capital que rende R$ 2.700,00 de juros, du-
rante 2 anos, à taxa de 15% ao ano?
Juro é toda compensação em dinheiro que se paga ou se
recebe pela quantia em dinheiro que se empresta ou que Solução:
é emprestada em função de uma taxa e do tempo. Quan-
do falamos em juros, devemos considerar:
• O dinheiro que se empresta ou que se pede empres-
tado é chamado de capital.
• A taxa de porcentagem que se paga ou se recebe pelo
aluguel do dinheiro é denominada taxa de juros.
• O tempo deve sempre ser indicado na mesma uni-
dade a que está submetida a taxa, e em caso contrário,
deve-se realizar a conversão para que tanto a taxa como
a unidade de tempo estejam compatíveis, isto é, este- Resposta: O capital era de R$ 9.000,00
jam na mesma unidade.
• O total pago no final do empréstimo (capital + juro) é 4) Por quanto tempo o capital de R$ 6.000,00 este-
denominado montante. ve emprestado à taxa de 18% ao ano para render
R$ 4.320,00 de juros?
2. Fórmula para o Cálculo de Juros Simples
Solução:
Seja um capital C, aplicado durante t períodos com t = ?; C = R$ 6.000,00; i = 18% ao ano
a taxa de i% por período adotaremos: J = R$ 4.320,00

aa = ao ano
am = ao mês
at = ao trimestre
ab = ao bimestre

Exemplos:
1) Uma aplicação feita durante 2 meses a uma taxa de Resposta: durante 4 anos.
3% ao mês rendeu R$ 1.920,00 de juro. Qual foi o capi-
tal aplicado? 5) A que taxa esteve emprestado o capital de R$ 10.000,00
para render, em 3 anos, R$ 14.400,00 de juros?
Solução:
t = 2 meses; i = 3% = 3/100; J = R$1.920,00; C = ? Solução:

Resposta: O capital que a aplicação rendeu mensal-


mente de juros foi de: R$ 32.000,00. Resposta: a taxa foi de 48%.
2) Quanto rende de juros um capital de 1500 reais,  Lembre-se:
durante 3 anos, à taxa de 12% ao ano? Devemos ter o cuidado de trabalharmos com o tempo
e taxa sempre na mesma unidade.
Solução: Taxa em ano = tempo em anos
J = ?; C = R$ 1.500,00; t = 3 anos; i = 12% ao ano Taxa em mês = tempo em mês
Taxa em dia = tempo em dia

6) Calcular os juros produzidos por R$ 25.000,00 à taxa


de 24% ao ano durante 3 meses.

Solução:
J = ?; C = 25000; i = 24% a.a. ⇒ 24%:12 = 2% a.m.
Resposta: Rende R$ 540,00 de juros.
t = 3 meses

Degrau Cultural 233

02_Juros, Capitalizacao e Desconto.pmd 233 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

O valor atual no desconto por fora é calculado por:

A = N - D = N – N . i . t = N (1 – i . t)
Isto é: A = N (1 - i . t)

Resposta: Os juros produzidos foram de R$ 1.500,00 Exemplo:


Determinar o valor nominal de um título que, desconta-
3. Montante Simples do comercialmente, 60 dias antes do vencimento e à
taxa de 12% ao mês, resultou um valor descontado de
Montante é a soma do Capital com os juros. O montan- R$ 608,00.
te é dado por uma das fórmulas:
Solução:
ou A expressão “descontado comercialmente” indica que
 M = C (1 + i . t) o desconto é comercial ou por fora.
Exemplo:
A = R$ 608,00; i = 12% = 0,12; t = 60 dias = 2 meses
Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos
meses serão necessários para dobrar um capital apli-
cado através de capitalização simples? Aplicando a fórmula: A = N (1 - i . t), temos:
608 = N (1 - 0,12.2) ⇒ 608 = N (0,76) ⇒ N = 608/0,76
Solução:
Objetivo: M = 2 C Portanto, N = 800
Dados: i = 150/100 = 1,5
Fórmula: M = C (1 + i . t) Resposta: O valor nominal do título é R$ 800,00

Desenvolvimento: b) Desconto Simples Racional (por dentro)


2C = C (1 + 1,5 t). dividindo os 2 membros por C:
2 = 1 + 1,5 n O cálculo deste desconto funciona de forma semelhan-
t = 2/3 ano = 8 meses te ao cálculo dos juros simples, substituindo-se o Ca-
Resposta: Serão necessários 8 meses. pital C na fórmula de juros simples pelo Valor Atual A do
título.
4. Desconto Simples
O cálculo do desconto racional é feito sobre o Valor
Desconto é a diferença entre o Valor Nominal de um Atual do título.
título futuro (N) e o Valor Atual (A) deste mesmo título.

D=N–A

Notações comuns na área de descontos:

O valor atual, no desconto por dentro, é dado por:

Temos dois tipos de descontos simples: Exemplo:

a) Desconto Simples Comercial (por fora) Determinar o desconto por dentro sofrido por um título
O cálculo deste desconto é análogo ao cálculo dos ju- de R$ 650,00, descontado 2 meses antes do venci-
ros simples, substituindo-se o Capital C na fórmula de mento à taxa de 15% a.m.
juros simples pelo Valor Nominal N do título.
Solução:
N = 650,00 i = 15% = 0,15 t = 2 meses
A = N/(1 + i . t) ⇒ A = 650/(1 + 0,15.2) ⇒ A = 650/1,3

Portanto, A = 500

Como D = N - A ⇒ D = 650 - 500 ⇒ D = 150,00

Resposta: O desconto foi de R$ 150,00

234 Degrau Cultural

02_Juros, Capitalizacao e Desconto.pmd 234 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

5. Juros Compostos O montante M3 no final do terceiro período será dado


(elaborado pelo prof. Edson Lazzarini) por:

Juros Compostos M3 = 1040,40 (1 + 0,02)


M3 = 1061,21
1. Conceito
Antes de começarmos a estudar juros compostos, a Verifique que o montante do primeiro período foi utiliza-
título de comparação faremos uma pequena revisão do do para o cálculo do juro do segundo período e assim
regime de capitalização simples. Nos capítulos anteri- sucessivamente.
ores, vimos que os juros simples apresentam as se-
guintes características: 6. Fórmula do Montante a Juros Compostos
1. são calculados sobre o capital inicial; Vamos supor a aplicação de um capital C, durante n perí-
2. são diretamente proporcionais ao prazo (ou número odos, a uma taxa de juros compostos i ao período.
de períodos), ao capital aplicado e à taxa de juros da
aplicação; Calculemos o montante Mn no final dos n períodos utili-
3. são adicionados ao capital inicial no final do prazo, zando o mesmo processo do exemplo anterior, ou seja,
formando o montante. período a período.
Em suma,
Js = C.i.n
Ms = C (1+ i . n)

No regime de JUROS COMPOSTOS os juros são ca-


pitalizados não no final do prazo e sim no final de
cada período, ou seja, o juro do primeiro período é
adicionado ao capital inicial e sobre esse montante é
calculado o juro do segundo período que por sua vez
será adicionado ao montante anterior para que se M1 = C (1 + i)
calcule o juro do período seguinte, e assim sucessi- M2 = M1 (1 + i) = C (1 + i) . (1 + i) = C (1 + i)2
vamente. M3 = M2 (1 + i) = C (1 + i)2. (1 + i) = C (1 + i)3
Vamos a um exemplo: Veja que, para o montante do primeiro período, a ex-
Você aplicou 1.000,00 em uma instituição financeira a pressão fica:
uma taxa de juros de 2% a.m., capitalizados mensal- M1 = C (1 + i)
mente, durante 3 meses. Vamos calcular o montante M3
no final desse prazo. Para o montante do segundo período, encontramos:
Vejamos o esquema: M2 = C (1 + i)2

Para o montante do terceiro período,


M3 = C (1 + i)3

É fácil concluir que a fórmula do montante do enésimo


período será:

O fator (1 + i)n é chamado de FATOR DE ACUMULAÇÃO


Temos que: DO CAPITAL para juros compostos, ou ainda, FATOR
C = 1 000 DE CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA, sendo freqüentemen-
i = 2% a.m. = 0,02 a.m.
te indicado pela letra an. Como vimos anteriormente,
n = 3 (capitalização mensal)
ele guarda alguma semelhança com o fator de acumu-
Então, o montante M1 no final do primeiro período será lação de capital para juros simples, dado pela expres-
dado por: são (1 + i . n). Tanto no regime de juros simples como
no regime de juros compostos, o montante é dado pelo
M1 = 1000 (1 + 0,02) produto do capital pelo respectivo fator de acumulação.
M1 = 1000 . 1,02
M1 = 1020 A fórmula dos juros compostos acumulados ao final do
prazo é obtida a partir da fórmula geral de juros, confor-
O montante M 2 no final do segundo período será dado me segue:
por:
M2 = 1020 (1 + 0,02)
M2 = 1040,40 J=M–C
J = C (1 + i )n - C

Degrau Cultural 235

02_Juros, Capitalizacao e Desconto.pmd 235 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

Colocando C em evidência, obtemos:

Como saber se um problema é de juros simples ou de


juros compostos?

Essa dúvida é freqüente quando iniciamos o estudo da


matemática financeira.
Existem determinadas expressões que indicam o regi-
me de capitalização composta, tais como:
• juros compostos
• capitalização composta
• montante composto
• taxa composta de X% a.a. (indica juros compostos
com capitalização anual)
• taxa de X% a.m. capitalizados bimestralmente (in-
dica juros compostos com capitalização a cada bi-
mestre)

A principal diferença entre o regime simples e o com-


posto, entretanto, é que, em juros compostos, é neces-
sário que saibamos, através do enunciado do proble-
ma, o período das capitalizações. Em juros simples
podíamos escolher o período de capitalização que nos
conviesse, por exemplo: se a taxa fosse de 24% a.a. e o
prazo de 18 meses, poderíamos transformar a taxa para
mensal (2% a.m.) e usar o prazo em meses, ou trans-
formar o prazo em anos (1,5 anos) e utilizar a taxa anu-
al. Em juros compostos não podemos fazer isso, pois
o problema dirá como devemos CAPITALIZAR A TAXA,
ou seja, se os períodos serão mensais, anuais etc.

Normalmente, do lado da taxa deve vir a indicação de


como ela deve ser CAPITALIZADA ou COMPOSTA.

Se o período das capitalizações não coincidir com


o da taxa, devemos calcular a taxa para o período
dado pela capitalização, utilizando o conceito de
taxas proporcionais.

Exemplos:
• dada uma taxa de 48% ao ano CAPITALIZADA MEN-
SALMENTE, devemos transformá-la em uma taxa
igual a 4% ao mês.
• Dada a taxa de 48% ao ano CAPITALIZADA SEMES-
TRALMENTE, devemos transformá-la em uma taxa
de 24% ao semestre.

Se não houver nenhuma indicação de como a taxa deva


ser capitalizada ou nenhuma referência a regime com-
posto, presumimos que o regime de capitalização seja
simples.

236 Degrau Cultural

02_Juros, Capitalizacao e Desconto.pmd 236 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

VALOR PRESENTE LÍQUIDO E VALOR FUTURO LÍQUIDO


A Operação de Desconto Simples Desconto Racional ou Por Dentro
Os títulos descritos acima podem ser negociados pelo
seu possuidor antes da data do seu vencimento. Por
exemplo, um comerciante, de posse de uma nota pro-
missória ou duplicata no valor de R$ 1 000 e que irá
vencer daqui a 6 meses, necessitando de dinheiro,
pode transferi-la a um banco mediante uma operação
denominada desconto.
O banco irá “comprar” este título e se encarregará de cobrá-
lo de quem se confessa devedor, na data do vencimento.
Para o comerciante, é como se o pagamento da dívida tives-
se sido antecipado em 6 meses e por isso, tal intervalo de
Observe atentamente o esquema acima, mais simplifi-
tempo recebe o nome de PRAZO de antecipação. O valor
cado, onde estão representados o valor nominal e o atual
pago pelo banco na data do desconto é chamado de valor
na operação de desconto.
atual (Va) ou valor descontado e o seu cálculo será feito a
partir do valor nominal (N) ou valor de Face do título. No DESCONTO RACIONAL simples, o valor atual (Va)
É evidente que o valor atual é menor do que o valor nomi- corresponde a um capital (C), aplicado a juros simples,
nal, pois, teoricamente, deveríamos retirar o juro relativo pelo prazo de antecipação, e o valor nominal (N) corresponde
ao prazo de antecipação; iremos chamar esse juro de ao montante (M) produzido por essa aplicação.
DESCONTO (D). A diferença entre o valor nominal (N) e o
DESCONTO (D) é igual ao valor atual (Va). Vimos que a fórmula do montante a juros simples é dada
por:
Va = N - D M= C (1+in)

Esquematicamente ficaria assim Substituindo M por N, e C por Va , obtemos:

N= Va (1+in)

Isolando Va, temos:

Esta última fórmula permite calcular o VALOR DESCON-


TADO racional simples do título (Va) a partir do seu VA-
Existem duas convenções para o cálculo do desconto LOR DE FACE (N), da taxa de desconto (i) e do número
simples D e o valor atual Va, cada uma conduzindo a um de períodos de antecipação (n). E para calcular o des-
resultado diferente: podemos utilizar o conceito de DES- conto racional simples, basta fazer D = N - Va.
CONTO RACIONAL (também chamado de DESCONTO
POR DENTRO) ou o conceito de DESCONTO COMERCI- Vejamos um exemplo concreto.
AL (também chamado de DESCONTO POR FORA).
Possuo uma nota promissória com valor nominal de R$
Dica: para guardar essas diferentes nomenclaturas, pen- 440,00 que vai vencer dentro de dois meses mas preciso
se no exemplo do livro: a parte racional é o seu conteúdo, de dinheiro agora e por isso resolvo descontá-la. Vou até
ou seja, o que está dentro; a parte comercial, responsá- um banco para que ele me antecipe o pagamento dessa
vel pela propaganda desse tipo de produto e que induz as nota promissória. O valor pago pelo banco será igual ao
pessoas a comprá-lo, é a sua capa, que está fora. Em valor atual do documento e poderá ser calculado utilizan-
suma, racional = dentro; comercial = fora. do-se a fórmula acima.

Degrau Cultural 237

03_Valor Liquido.pmd 237 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

Suponhamos que a taxa de juros adotada pelo banco Exercício Resolvido


seja de 5% a.m., temos então que:
N = 440 01. Considere um título com valor nominal de R$ 1 000,
i = 5% a.m. com prazo de vencimento para daqui a 6 meses. Su-
n = 2 meses pondo uma taxa de desconto de 5% a.m., qual seria o
Aplicando-se a fórmula do valor atual, temos: valor atual racional simples? Qual o valor do desconto
respectivo?

Resolução:

N = R$ 1.000
Conclusão: receberei do banco a quantia de R$ 400,00 n = 6 meses
pela venda de um título de valor nominal igual a R$ 440,00, i = 5% a.m.
resgatável somente daqui a 2 meses. Vars = ?

Na realidade, ao efetuar o desconto racional simples,


o que o banco está fazendo é me emprestar R$ 400,00
durante 2 meses a uma taxa de juros simples de 5%
ao mês. Vars = 769,23

Para demonstrar isto, vamos considerar um capital de Drs = N - Vars = 1.000 - 769,23
R$ 400,00 aplicado durante 2 meses a uma taxa de juros Drs = 230,77
simples de 5% a.m.
Verifique que se aplicarmos um capital igual a R$
Pela fórmula do montante, teríamos que: 769,23 durante 6 meses, a uma taxa de juros simples
M = C (1+in) igual a 5% a.m., o montante ao final dos 6 meses será
M = 400 (1+0,05 . 2) igual a R$ 1.000.
M = 400 (1,1)
M = 440
Desconto Comercial ou Por Fora
Veja que, embora o valor nominal da nota promissória
fosse de R$ 440,00, eu só consegui “vendê-la” ao banco O desconto comercial tem estrutura de cálculo mais sim-
por R$ 400,00. Este é o VALOR ATUAL da nota promissó- ples do que a do desconto racional, sendo amplamente
ria (Va), o quanto ela vale HOJE. Da mesma forma, o valor adotado no Brasil, sobretudo em operações de crédito
nominal (N) de R$ 440,00, que somente verificar-se-á bancário a curto prazo.
daqui a dois meses, pode ser designado como sendo
seu VALOR FUTURO. A diferença entre o valor atual e o No tópico anterior, quando utilizamos o desconto racional
valor futuro (ou valor nominal) da nota promissória é o simples, primeiro calculamos o valor atual e depois o
DESCONTO (D) efetuado pelo banco: R$ 40,00. E a taxa desconto. No caso do desconto comercial simples (Dcs)
de juros utilizada para o cálculo é chamada de TAXA DE devemos calcular, primeiramente, o desconto, e depois o
DESCONTO (i). valor atual.

Em suma, em termos de fórmulas, o cálculo do desconto O desconto comercial simples nada mais é do que os
racional é feito como segue (para indicar que o critério do juros que seriam produzidos pelo valor nominal se ele
cálculo do desconto é racional simples, vamos utilizar os fosse aplicado pelo prazo de antecipação, à taxa do des-
subíndices rs). conto dada. Sendo assim:
Sendo N = Vars (1 + in), decorre que
Dcs = N . i . n

Como dissemos anteriormente e como você pode cons-


tatar pela fórmula acima, o desconto comercial incide
onde sobre o valor nominal do título. Sobre esse valor aplica-
• Vars é o valor atual racional simples mos a taxa de desconto e multiplicamos pelo número de
• N é o valor nominal do título de crédito períodos do prazo de antecipação.
• i é a taxa de desconto
• n é o número de períodos antecipados Para calcular o VALOR ATUAL COMERCIAL SIMPLES (Vacs),
é só utilizar a fórmula geral do desconto:
E para calcularmos o desconto racional simples (D rs)
basta utilizar a fórmula geral do desconto: D = Va - N
Dcs = Vacs - N
Drs = N - Vars
Vacs = N - Dcs

238 Degrau Cultural

03_Valor Liquido.pmd 238 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

Substituindo, na equação acima, Dcs por N.i.n, temos:


Vacs = N - N.i.n

No lado direito da igualdade aparece o fator comum N, que


pode ser colocado em evidência, fornecendo a fórmula
para o cálculo direto do valor atual comercial simples:

Vacs = N (1 - in)

Utilizando o desconto comercial simples, vamos analisar


como ficaria o desconto da nota promissória de R$ 440,00
mencionada anteriormente. O prazo de antecipação era
de 2 meses e a taxa de desconto, 5% ao mês. Teríamos
então que:
Dcs = Nin
Dcs = 440 . 0,05 . 2
Dcs = 44

Vacs = N - Dcs = 440 - 44 = 396

ou, utilizando a fórmula que nos fornece diretamente o


valor atual:

Vacs = N (1-in)

Vacs= 440 (1 - 0,05 . 2) = 440 . 0,90 = 396

Vimos anteriormente que pelo critério de desconto racio-


nal simples eu receberia, pela nota promissória entre-
gue ao banco, o valor de R$ 400,00 correspondente a um
desconto de R$ 40,00; agora, pelo critério de desconto
comercial simples, recebo R$ 396,00, correspondente a
um desconto de R$ 44,00. Podemos perceber, então, que:

Para a mesma taxa e mesmo prazo de antecipação,


o desconto comercial é maior que o desconto racional.

Desconto Bancário

É o desconto comercial acrescido de uma taxa de despe-


sas bancárias, aplicada sobre o valor nominal.

A taxa de despesas bancárias está relacionada com as


despesas administrativas do banco, necessárias para
efetuar a operação (papel, funcionário, energia elétrica,
telefone, correio etc.)

Iremos chamar de “h” a taxa de despesas bancárias.


Sendo assim, o desconto bancário ficará:

Db = Nin + Nh

Colocando N em evidência, temos:

Db = N (in + h)

Degrau Cultural 239

03_Valor Liquido.pmd 239 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

FLUXO DE CAIXA
Nos problemas de matemática financeira, iremos tratar, Vamos utilizar o conceito de fluxo de caixa e a sua repre-
basicamente, das entradas e saídas, ao longo do tempo, sentação para o caso de um correntista que aplica um
de dinheiro no CAIXA de uma entidade ou pessoa. O con- capital C em determinado banco, durante n meses, vindo
junto dessas entradas e saídas de dinheiro também é a resgatar o montante M no final do prazo de aplicação. O
chamado de FLUXO DE CAIXA. DIAGRAMA DO FLUXO DE CAIXA referente a esta opera-
ção financeira terá o seguinte aspecto:
Como exemplo, vejamos o caso do extrato de uma conta
bancária. O extrato é um demonstrativo das entradas (cré-
ditos) e saídas (débitos) efetuadas em um caixa (conta
bancária).

Podemos representar as operações indicadas no extrato Alternativamente, poderia ter sido utilizada a seguinte re-
acima através de um DIAGRAMA DE FLUXO DE CAIXA, onde presentação:
utilizaremos um eixo horizontal para representar o tempo
transcorrido e flechas verticais para representar entradas
(seta para cima) ou saídas (seta para baixo) de dinheiro.

Nosso FLUXO DE CAIXA ficará desta forma:

Neste diagrama, podemos facilmente verificar que M = C


+ J, conforme vimos anteriormente.

Observe que a flechinha “C” está voltada para cima indi-


cando entrada de dinheiro no caixa do banco (recebimen-
Poderíamos, também, utilizar a seguinte representação: to da aplicação do cliente), e a flechinha “M”, para baixo,
indicando saída do caixa do banco (resgate, por parte do
cliente, da aplicação na data do vencimento). Tudo por-
que utilizamos como referência o caixa do banco. Se uti-
lizássemos como referência o caixa do correntista, tería-
mos que inverter o sentido de todas as flechas.

240 Degrau Cultural

04_Fluxo de caixa.pmd 240 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

Noções de
Informática

Degrau Cultural 241

00_Rosto Informatica.pmd 241 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

INTERNET
1. A Internet Esta estrutura toda interconectada demanda uma hie-
rarquia em termos de rede de acesso. Sistemas finais
Aquilo que entendemos como Internet podemos com- conectados a provedores de acesso (ISP). Uma rede de
preender como uma rede mundial de computadores, ou acesso pode ser uma rede local de uma empresa, uma
seja, uma rede com milhões de máquinas conectadas linha telefônica acoplada a um modem ou uma rede de
ao redor do mundo. A maior parte destes equipamentos acesso de alta velocidade dedicada ou comutada. Em
é formada por PCs tradicionais, por estações de traba- linhas gerais isto seria o conceito de Internet no âmbito
lho com sistema Unix e pelos chamados servidores que público. Existem as redes privadas de empresas ou go-
armazenam e transmitem informações, como páginas vernos, cujos computadores não são acessíveis às má-
Web (World Wide Web – WWW) e mensagens de e-mail. quinas externas a elas. Estas redes privadas são as
chamadas intranets.
Um número cada vez maior de equipamentos não con-
vencionais, como TVs, celulares e geladeiras estão sen-
Como a Internet funciona?
do conectados à Internet. Enfim, os computadores que
usamos diariamente podem ser chamados de hospe-
Você pode pensar na Internet como uma rede telefôni-
deiros (hosts) ou sistemas finais. São assim chama- ca onde, em lugar de um aparelho telefônico, está um
dos porque hospedam (rodam) programas de aplica- computador, o que a transforma em uma rede telefônica
ção (ex.: Browser da Web) e, porque se situam na perife- audiovisual. A rede telefônica mundial é o conjunto das
ria da Internet. Estes sistemas podem, ainda, serem redes de cada país, sendo que no Brasil, por exemplo, a
divididos em clientes e servidores, onde os clientes, rede telefônica nacional é subdividida em redes estadu-
normalmente são as estações de trabalho e os servido- ais; as estaduais em metropolitanas; as metropolita-
res máquinas mais poderosas. Há um significado mais nas, em centrais telefônicas onde estão conectados os
preciso para cliente e servidor em rede de computado- vários aparelhos telefônicos de um determinado bairro.
res. No chamado modelo cliente/servidor, um programa
cliente que roda em um sistema final pede e recebe A rede mundial da Internet também se subdivide em
informações de um servidor que roda em outro sistema países e, dentro dos países, se subdivide em vários
final. Esta seria a estrutura que predomina na Internet. níveis até chegar ao provedor de acesso, que faz o papel
da central telefônica. E, assim como do seu telefone
Os sistemas finais operam protocolos que controlam o você pode ligar para qualquer lugar do mundo, desde
envio e o recebimento de informações na Internet. O TCP que do lado de lá também exista um aparelho, uma li-
(Trasmission Control Protocol – Protocolo de controle de nha e uma companhia telefônica, com o seu computa-
transmissão) e o IP (Internet protocol – Protocolo da Inter- dor você também pode ligar para qualquer outro compu-
net) são os protocolos mais importantes da Internet. Eles tador, desde que cada um tenha um modem, uma linha
e um provedor de acesso.
são conhecidos copletivamente como TCP/IP. Estes sis-
temas são conectados entre si por enlaces de comunica-
O computador do provedor de acesso (ISP) tem o nome
ção (Links) que podem utilizar diferentes meios físicos
de Host (pronuncia-se: rôust) cuja tradução é anfitrião, por-
para sua ligação (cabo coaxial, fibra óptica, ondas de rá-
que é ele quem vai ser o nosso anfitrião na Internet. A pas-
dio etc). A velocidade de transmissão do link é chamada sagem para a Internet chama-se gateway (guêituei), cuja
de largura de banda e é medida em bits por segundo tradução é porta, portão, abertura, passagem, ou seja, o
(bps). Indiretamente são os roteadores que conectam os provedor de acesso é a nossa porta de entrada na Internet.
sistemas finais. Um roteador encaminha a informação
que está chegando por um dos links de saída. O protoco- Repare que quando dizemos que você entrou na Inter-
lo IP especifica o formato da informação que é enviada e net, queremos dizer que você se conectou com algum
recebida entre os roteadores e os sistemas finais. O ca- computador que está na rede. Ninguém entra na rede
minho que a informação transmitida percorre do sistema sem se conectar com outro computador, assim como
final de origem, passando por uma série de enlaces de você só entra na rede telefônica quando completa a cha-
comunicação e roteadores, para o sistema final de desti- mada. Quando o Modem instalado em sua máquina liga
no é conhecido como rota ou caminho pela rede. para o modem do seu provedor de acesso, eles trocam
as primeiras informações para definir a velocidade, pa-
Em vez de fornecer um caminho dedicado entre os ridade e outros dados daquela conexão.É quando você
sistemas finais comunicantes, a Internet usa uma técni- escuta aquele ruído característico, o shaking hands, que
ca conhecida como comutação de pacotes, que permite significa aperto de mão, cumprimento.
que múltiplos sistemas finais comunicantes comparti-
lhem um caminho, ou partes de um caminho, ao mes- Cada modem envia o seu protocolo para informar que
mo tempo. Podemos concluir que a Internet é um imen- tipo de equipamento está pedindo e recebendo a cone-
xão, então, protocolo é um padrão de comunicação en-
so conjunto de redes públicas e privadas, cada uma
tre dois computadores que permite a troca de mensa-
com gerenciamento próprio.
gens para a transmissão de dados. O mais comum des-

242 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

ses padrões, hoje em dia, é o HTTP, e ao conjunto de Em outras palavras Intranet é semelhante a um site
recursos, usuários e computadores ligados na Internet da Web e usa protocolos da Internet, mas é uma rede
pelo protocolo HTTP dá-se o nome de WWW (World interna exclusiva de uma empresa. Uma Extranet tam-
Wide Web – ou simplesmente Web). bém é um site da Web interno ou privado, mas os privilé-
gios de acesso também se estendem aos clientes, par-
Na Internet existem computadores que estão abertos ceiros e/ou outros usuários escolhidos. A Extranet seria
ao público, são aqueles que têm alguma coisa para mos- uma tecnologia usada para interligar várias Intranets.
trar, com ou sem finalidade comercial. Pode ser um tex-
to, uma foto, uma música um filme ou qualquer combi-
nação entre eles. A área da memória deste computador
que pode ser visitada chama-se SITE (pronuncia-se sai-
te – em algumas provas usa-se o termo “sitio”). Ou seja,
um site é a área da memória, dentro de um computador
na Internet, que está aberta ao público.
A Web é um dos mais interessantes, abrangentes e co-
nhecidos serviços oferecidos pela Internet. É um banco de
dados ou servidor de aplicações que contém informações
que podem ser manipuladas através de software de nave-
gação (browser). Cada página de um site ou ponto de
presença WWW pode conter informações textuais e gráfi-
cas e informações na forma de vídeo ou de áudio.

Nas páginas da WWW, qualquer palavra, frase, figura


ou ícone pode ser marcada para funcionar como um en-
dereço de outras páginas em um sistema hipertexto.
Isto permite o deslocamento entre páginas com o sim-
ples uso do mouse (apontando com o ponteiro do mouse
o que está marcado e apertando o botão principal do
mouse). Esta codificação é feita usando uma linguagem
de marcação de textos chamada HTML, que permite indi-
car, em cada página, o que é texto normal, o que é figura,
ou o que é um ícone de ligação com outras páginas.

E o que é Intranet e Extranet ?

A Intranet é uma forma de agilizar o trânsito de infor-


mações dentro de uma empresa, através da criação de
verdadeiros sites departamentais. É baseada no proto-
colo de rede TCP/IP, padrão de uso da Internet e larga-
mente utilizado por aplicações cliente-servidor e cone-
xão de equipamentos em geral. Ou seja, todos os recur-
sos que o protocolo permite poderão ser utilizados na
rede (browser, e-mails..). Consiste da instalação de um
servidor, Sistema Operacional (Windows 2000, Unix...),
que provê páginas de informação e/ou aplicações da
mesma maneira como é feito na Internet, ou seja, atra-
vés de softwares gerenciadores de serviços de rede. O
Servidor é o responsável pelo processamento das infor-
mações arquivadas; este atenderá a todas as solicita-
ções de páginas realizadas pelas diversas estações de
trabalho. Na configuração da rede TCP/IP atribui-se um
endereço para cada equipamento e a configuração do
browser já pré-instalado. O termo Intranet é também uti-
lizado para qualquer rede corporativa de acesso remoto
(redes LAN e WAN1) que não tenham qualquer conexão
com a Internet, então podemos dizer que existem Intra-
nets com ou sem acesso a Internet.

1
LAN e WAN – Tipos de rede (Local e Remota) que são melhor
explicados no capitulo sobre comunicação de dados.

Degrau Cultural 243

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Conhecimentos Específicos

2. Opções de Internet Você pode decidir se permitirá que alguns, nenhum


ou todos sejam salvos no computador. Se não quiser
Na barra de menu do Internet Explorer é possível aces- salvar cookies, talvez não consiga exibir alguns sites da
sar no menu ferramentas, o comando opções Internet e Web nem tirar proveito de recursos de personalização.
definir configurações de acesso:

Cookies persistentes
Um cookie persistente é aquele armazenado como ar-
quivo no computador e que permanece nele mesmo quan-
do você fecha o Internet Explorer. Na próxima vez que você
visitar o site, o cookie poderá ser lido pelo site que o criou.

Cookies temporários
Um cookie temporário ou por sessão é armazenado
apenas para a sessão de navegação atual e é excluído
do computador quando o Internet Explorer é fechado.

Cookies primários versus cookies secundários


Um cookie primário é aquele criado ou enviado para o
site que você está exibindo no momento. Esses cookies
costumam ser usados para armazenar informações,
como suas preferências ao visitar o site.

Um cookie secundário é aquele criado ou enviado para


um site diferente daquele que você está exibindo no mo-
mento. Em geral, os sites secundários fornecem conteúdo
no site que você está exibindo. Por exemplo, muitos sites
exibem propagandas de sites secundários e esses sites
podem usar cookies. Esse tipo de cookie costuma ser
usado para controlar o uso da sua página da Web para
propagandas ou outras finalidades de marketing. Os cooki-
es secundários podem ser persistentes ou temporários.
Guia Geral - A Página Inicial é a página que é exibida Cookies não satisfatórios
sempre que se abre o Internet Explorer. Escolha uma Os cookies não satisfatórios são cookies que podem
página que você deseje exibir freqüentemente ou uma permitir acesso a informações pessoais de identifica-
que possa ser personalizada para ter acesso rápido a ção que poderiam ser usadas com uma finalidade se-
um determinado URL de seu interesse. cundária sem o seu consentimento.
1. Excluir cookies - Cookies são pequenas informações Opções para trabalhar com cookies
que alguns sites que você visitou guardam em seu com- O Internet Explorer permite o uso de cookies, mas você
putador. Existem diversas formas em que são utilizados pode alterar suas configurações de privacidade para es-
pelos sites. As mais comuns são: personalizar sites pes- pecificar que o Internet Explorer deve exibir uma mensa-
soais ou de notícias, uma vez que se tenha escolhido o gem antes de inserir um cookie no computador (o que
que se quer que seja mostrado na página; manter listas permite a você autorizar ou bloquear o cookie) ou para
de produtos ou de compras preferidos em sites de co- impedir que ele aceite cookies.
mércio; resguardar sua senha e identificação enquanto
você vai de uma página a outra; conservar a lista das Você pode usar as configurações de privacidade do
páginas usadas em um site, para simples estatística ou Internet Explorer para especificar como o Internet Explo-
para eliminação daquelas em cujos links você não tem rer deve lidar com cookies de sites da Web específicos
interesse. Essas informações são armazenadas em pe- ou de todos os sites da Web. Também pode personali-
quenos arquivos de texto no computador. Esse arquivo é zar as configurações de privacidade importando um ar-
chamado cookie. quivo que contém configurações personalizadas de pri-
Os cookies também podem armazenar informações vacidade ou especificando essas configurações para
pessoais de identificação. São aquelas que podem ser todos os sites da Web ou para sites específicos.
usadas para identificar ou contatar você, como seu nome,
endereço de e-mail, endereço residencial ou comercial 2. Excluir arquivos - Exclui os arquivos na pasta de ar-
ou número de telefone. Entretanto, um site da Web só quivos Internet temporários.
tem acesso às informações pessoais de identificação
que você fornece. Por exemplo, um site não pode deter-
minar seu nome de e-mail a menos que você o forneça.
Além disso, um site não pode ter acesso a outras infor-
mações no computador. Quando um cookie é salvo no
computador, apenas o site que o criou poderá lê-lo.

244 Degrau Cultural

02_outlook.pmd 244 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

3. Configurações - Define especificações sobre medi- 6. Preferência de Idiomas - Permite definir prioridades
das a serem adotadas sobre versões mais atualizadas em termos de idioma com o qual quer que o site seja
do site acessado, determina o espaço em disco que visualizado. Para aqueles que têm esta disponibilidade.
será usado para os arquivos temporários. Exibe toda a
pasta de arquivos Internet temporários e os arquivos de
programas baixados.

7. Acessibilidade - Ignora ou estabelece estilos de for-


matação com os quais o usuário pretende visualizar as
páginas.

4. Cores - Para alterar a forma como as cores das pági-


nas são exibidas:

Guia Conexões - Permite configurar novas conexões e


define a conexão a ser utilizada como padrão.

5. Fontes - Para definir o tipo de fonte desejado para o


caso do site já não ter predefinido.

Degrau Cultural 245

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Conhecimentos Específicos

Guia Segurança - Configurações de nível de segurança atribuir sites a essa zona. O nível de segurança padrão da
para cada zona de conteúdo. zona de sites restritos é Alto; portanto, o Internet Explorer
bloqueará todos os cookies de sites da Web dessa zona.

Além disso, todos os arquivos que já estão no seu


computador são considerados muito seguros, portanto
configurações mínimas de segurança são atribuídos a
eles. Você não pode atribuir uma pasta ou unidade do
seu computador a uma zona de segurança.
Você pode alterar o nível de segurança de uma zona.
Por exemplo, pode querer alterar a configuração de se-
gurança da sua zona da Intranet local para Baixo. Ou
pode personalizar as configurações dentro de uma zona.
Você também pode personalizar configurações de uma
zona importando um arquivo de configurações de priva-
cidade de uma autoridade de certificação.

Em Sites... é possível adicionar ou remover sites para


cada zona de conteúdo.

Guia Programas - Especifica que programa o Windows


irá utilizar automaticamente para cada serviço de Internet.

Zonas de Conteúdo:
O Internet Explorer divide o seu mundo da Internet em
zonas para que você possa atribuir um site da Web a
uma zona com um nível de segurança adequado.

Você pode saber em que zona a página da Web atual


está, examinando o lado direito da barra de status do
Internet Explorer. Sempre que você tentar abrir ou descar-
regar conteúdo da Web, o Internet Explorer verifica as con-
figurações de segurança da zona daquele site da Web.

Há quatro zonas:
• Zona da Internet: Por padrão, esta zona contém tudo
que não está no seu computador, em uma Intranet ou que
não tenha sido atribuído a outra zona. O nível de seguran-
ça padrão da zona Internet é Médio. Você pode alterar as
configurações de privacidade da zona Internet na guia
Privacidade em Opções da Internet. Para obter mais in-
formações, clique em Tópicos relacionados. Guia Privacidade - Especifica o nível de privacidade para
• Zona da Intranet local: Esta zona normalmente contém a zona da Internet. Movendo o controle deslizante, altera-
todos os endereços que não requerem um servidor, con- se o nível de privacidade ou visualiza resumos de cada
forme definido pelo administrador do sistema. Esses in- nível de privacidade. Em avançado é possível personali-
cluem sites especificados na guia Conexões, caminhos zar como o Internet Explorer deve lidar com cookies.
de rede (como \\servidor\compartilhado) e sites da Intra-
net local (normalmente endereços que não contém pon-
tos, como http://interno). Você pode adicionar sites a essa
zona. O nível de segurança padrão da zona Intranet local
é Médio; portanto, o Internet Explorer permitirá que todos
os cookies de sites da Web dessa zona sejam salvos no
computador e lidos pelo site da Web que os criou.

• Zona de Sites confiáveis: Essa zona contém sites em


que você confia, ou seja, sites dos quais pode fazer do-
wnload ou executar arquivos sem se preocupar com da-
nos ao seu computador ou aos seus dados. Você pode
atribuir sites a essa zona. O nível de segurança padrão
para a zona de sites confiáveis é Baixo; portanto, o Inter-
net Explorer permitirá que todos os cookies de sites da
Web dessa zona sejam salvos no computador e lidos
pelo site da Web que os criou.
• Zona de Sites restritos: Essa zona contém sites em que
você não confia, ou seja, sites que não considera seguros
o bastante para fazer download ou executar arquivos sem
danificar o seu computador ou seus dados. Você pode

246 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Guia Conteúdo - O que e como serão exibidos os con-


teúdos. Permite incluir senha para evitar que usuário
não autorizado altere as configurações.

A senha do supervisor permite que se altere, ative ou


desative as configurações do supervisor de conteúdo.

Degrau Cultural 247

02_outlook.pmd 247 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

zer isto. Um programa que possibilite uma comunica-


ção entre o seu computador e o outro que funciona com
outro sistema e linguagem, permitindo assim que você
possa transferir arquivos (enviar ou receber). Existem
dois tipos de conexões de FTP - a conexão anônima e a
identificada. No caso citado acima, se você quiser copi-
ar o programa provisoriamente, apenas para testá-lo e
verificar se ele realmente lhe interessa, você faz uma
conexão de FTP anônimo, ou seja, você não precisará
para isto usar uma senha no servidor de FTP (userna-
me ou password). Há outro tipo de conexão de FTP que
é a identificada, no caso de usuários que têm conta no
servidor. Para efetivar este tipo de conexão, você terá
que se identificar com uma senha ou password.

O FTP permite somente a transferência de arquivos.


Para que os arquivos possam ser lidos ou manipulados,
não basta só transferi-los. É necessário outros progra-
Avançadas - Outras configurações avançadas: mas que possam fazer a leitura desses arquivos. Como
os arquivos incluem textos, imagens, sons e filmes, eles
precisam de programas adicionais. Para ler um arquivo
que contém texto, por exemplo, você precisa de um editor
de texto que permita sua visualização. O mesmo aconte-
ce com arquivos que contém imagens ou sons. Além dis-
so, muitos arquivos de servidores de FTP estão em for-
ma comprimida, pois assim eles ocupam menos espa-
ço. Para descomprimi-los, você precisará de um softwa-
re específico que realize essa operação.

HTTP - Protocolo de Transferência de Hipertexto/ Hyper-


text Transfer Protocol
O protocolo cliente/servidor usado para acessar as in-
formações na World Wide Web.

HTTPS - Protocolo de Transferência Segura de Hiper-


texto/ Secure Hypertext Transfer Protocol
É um protocolo que é acoplado ao navegador, criptogra-
fa e criptoanalisa solicitações a páginas e páginas re-
tornadas pelo servidor Web.
3. Protocolos
SSL - Secure Sockets Layer – Camada de Portas de
Um protocolo é uma linguagem para a comunicação Segurança
entre dois computadores distantes geograficamente, per- Permite que um usuário confirme a identidade de um
mitindo a troca de mensagens entre eles para a comu- servidor. Um browser habilitado para SSL mantém uma
nicação de dados. Alguns protocolos e suas funções: lista de CA3s de confiança, juntamente com as chaves
públicas dessas CAs. Quando um browser quer fazer
TCP/IP - Protocolo de Controle de Transmissão/Proto- negócios com um servidor Web habilitado para SSL, ele
colo Internet obtém um certificado do servidor obtendo a chave públi-
Um padrão de comunicação para todos os computado- ca deste. O certificado é emitido (ou seja, é assinado
res na Internet. No lado do remetente, o TCP divide os digitalmente) pela CA que aparece na lista de CAs de
dados a serem enviados em segmentos de dados. O IP confiança do cliente. Essa característica permite que o
monta os segmentos em pacotes que contêm segmentos browser autentique o servidor antes de o usuário infor-
de dados, além dos endereços do remetente e do destina- mar o número de seu cartão de crédito.
tário. Em seguida, o IP envia os pacotes para o roteador
para entrega. No lado do destinatário, o IP recebe os paco- ICMP - Protocolo de Mensagens de Controle da Inter-
tes e os divide em segmentos de dados. O TCP monta os net/ Internet Control Message Protocol
segmentos de dados no conjunto de dados original. Uma extensão do Internet Protocol (IP, Protocolo Inter-
net), o ICMP permite a geração de mensagens de erro,
FTP - Protocolo de Transferência de Arquivo /File Trans- pacotes de teste e mensagens informativas relativas ao IP.
fer Protocol
É uma ferramenta, um recurso que utilizamos para IP - Protocolo Internet /Internet Protocol
transferir (receber ou enviar) arquivos na Internet. Imagi- A parte do TCP/IP (Transmission Control Protocol/In-
ne que ao navegar na rede encontre um site que lhe ternet Protocol) que roteia as mensagens de um local
oferece um software que lhe possibilita editar imagens, da Internet para outro. O IP é responsável pelo endere-
como o Paint, por exemplo. Só que tem um problema: çamento e envio dos pacotes TCP (Transmission Con-
para você copiar este programa, que está guardado em
um arquivo no servidor da empresa ou em outro site de 3
CA - Autoridade Certificadora: sua tarefa é validar identidades
FTP, você precisa de um outro programa que possa fa- e emitir certificados.

248 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

trol Protocol) pela rede. O IP proporciona um sistema de 4. Problemas na Internet


entrega sem conexão e da melhor maneira possível, Códigos e mensagens de erros comuns
não garantindo que esses pacotes cheguem aos seus
destinos ou que eles sejam recebidos na seqüência na 400 - Bad Request – Solicitação Incorreta
qual foram enviados. Há algo de errado com o endereço que você digitou. É
o servidor que não encontra a página que você pediu.
DHCP - Protocolo de configuração dinâmica de hosts/ Pode ser que ela realmente não exista ou que você não
Dynamic Host Configuration Protocol esteja autorizado a acessá-la.
Protocolo de serviço TCP/IP que oferece configuração
dinâmica com concessão de endereços IP de host e 401 – Unauthotized – Não Autorizado
distribui outros parâmetros de configuração para clien- O site que pretende acessar está protegido e você
tes de rede qualificados. O DHCP fornece uma configu- digitou a senha incorreta ou previamente o hospedeiro
ração de rede TCP/IP segura, confiável e simples, evita não quer que usuários com o seu domínio entrem. Ex.:
conflitos de endereço e ajuda a preservar a utilização de Alguns sites educacionais permitem somente o acesso
endereços IP de clientes na rede. a partir de outros sites educacionais.

O DHCP usa um modelo cliente/servidor, no qual o 403 – Forbidden - Proibido


servidor DHCP mantém o gerenciamento centralizado O documento que você quer acessar está protegido
dos endereços IP usados na rede. Os clientes com su- por senha ou bloqueado para o seu domínio (o provedor
porte para DHCP podem solicitar e obter concessões de onde acessa a Internet).
de um endereço IP de um servidor DHCP como parte do
seu processo de inicialização da rede. 404 - Not Found – Não Foi Encontrado
O servidor que hospeda este site não consegue encon-
SMTP - Protocolo para Transferência de e-mail Sim- trar o documento HTML no URL com o qual você entrou.
ples/ Simple Mail Transfer Protocol Pode ser que você tenha digitado o endereço da página
Um protocolo TCP/IP para o envio de mensagens de errado ou que tal página simplesmente não exista mais.
um computador para outro em uma rede. Esse protoco-
lo é usado na Internet para rotear correio eletrônico. 503 - Service Unavailable – Serviço Não Disponível
Seu provedor pode ter saído do ar, o gateway (conexão
SNMP – Protocolo de Gerenciamento de Redes/Simple com a Internet e a rede local) pode estar com problemas
Network Management Protocol ou até mesmo sua máquina pode não estar funcionan-
Protocolo usado para monitorar e controlar serviços e do muito bem.
dispositivos de uma rede TCP/IP. É o padrão adotado
pela RNP (Rede Nacional de Pesquisa) para a gerência Bad File Request – Solicitação de Arquivo Incorreto
de rede. Seu browser, muito provavelmente, não consegue se
entender com o formulário que você está preenchendo,
POP ou POP3 – Post Office Protocol ou Post Office ou existe um erro no formulário.
Protocol Version 3
Protocolo popular usado para receber mensagens de Cannot add form submission result to bookmark list –
e-mail. Este protocolo é utilizado com freqüência por pro- Impossível Adicionar Resultado de Submissão de For-
vedores de serviços de Internet. Protocolo que permite mulário na Lista de Favoritos
ao cliente de e-mail (Outlook Express) recolher mensa- Ocorre quando você submeteu uma solicitação de
gens no servidor de e-mail Os servidores POP3 permi- busca e depois tenta salvar o resultado no favoritos. Ape-
tem acesso a uma única caixa de entrada, diferente- sar de parecer um endereço válido a página não possui
mente dos servidores IMAP, que fornecem acesso a vá- um URL que pode ser reutilizado de modo que ele não
rias pastas do lado do servidor. pode ser adicionado a sua lista de favoritos.

IMAP - Protocolo de acesso ao correio da Internet / Connection Refused by Host – Conexão Recusada Pelo
Internet Message Access Protocol - Hospedeiro
Tem mais recursos que o POP3, mais é muito mais Você não tem permissão para acessar este documento
complexo. Foi projetado para permitir que os usuários ou porque é protegido por senha ou o hospedeiro não
manipulem caixas postais remotas como se elas fos- aceita o seu domínio.
sem locais. Permite que se mantenha múltiplas pastas
de mensagens no servidor de correio e organize as Failed DNS4 Lookup – Falha de Procura no DNS
mensagens da maneira mais conveniente. O servidor de DNS não consegue converter a URL que
você pediu em um endereço válido.
MIME- Multipurpose Internet Mail Extensions
É o protocolo que possibilita o E-mail trabalhar em
multimídia. Com ele é possível clicar um objeto do E- 4
DNS – Domain Name System – Sistema de Nomes por Domínio.
mail para ouvir um som, por exemplo. Sistema pelo qual os hosts na Internet têm endereços de nome de
domínio (como microsoft.com) e endereços IP (como 172.21.13.45).
Telnet O endereço de nome de domínio é utilizado por usuários e é tradu-
Um protocolo que permite que um usuário da Internet zido automaticamente para o endereço IP numérico, que é usado
faça o logon e insira comandos em um computador re- pelo software de roteamento de pacotes. DNS é também um acrô-
moto ligado à Internet, como se o usuário estivesse usan- nimo para Domain Name Service, o utilitário da Internet que imple-
do um terminal baseado em texto ligado diretamente menta o Sistema de nomes de domínios. Os servidores DNS, também
àquele computador. denominados servidores de nome, mantêm bancos de dados contendo
o endereço e são acessados de forma transparente para o usuário.

Degrau Cultural 249

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Conhecimentos Específicos

File Contains no Data – Arquivo Não Contém Dados


O site que foi acessado não contém nenhuma página
Web. É possível que seja bem o momento em que estão
atualizando a página.

Helper Application Not Found – Aplicação Auxiliar Não


Encontrada
Esta mensagem é exibida quando o browser encontra
um arquivo com extensão desconhecida em uma deter-
minada página. Os referidos arquivos não são neces-
sariamente gráficos. Eles podem ser sons, clipes, ar-
quivos ZIP, enfim qualquer tipo de arquivo.

Host Unavailable – Hospedeiro Não Disponível


O computador servidor que hospeda esse site não
pode ser alcançado. O servidor pode estar off-line ou
fora do ar para manutenção.

Host Unknown – Hospedeiro Desconhecido


O servidor que você está tentando alcançar não está
conectado, ou você perdeu sua própria conexão. Você
pode estar usando o URL incorreto.

Network Connection was Refused by the Server –


Conexão na Rede Foi Recusada Pelo Servidor
Alguns servidores possuem limites para número de
usuários concorrentes. É provável que o servidor esteja
ocupado para manipular mais um usuário.
Permission Denied – Permissão Negada
Esse erro ocorre quando você está conectado a um site
FTP e está fazendo upload ou download. Às vezes o admi-
nistrador do site não quer que faça upload para o site,
download em determinado arquivo ou acesse determina-
do diretório. O site também pode estar ocupado demais.

Too Many Connections - Try Again Later - Excesso de


Conexões – Tente Novamente Mais Tarde
O limite de pessoas que podem utilizar o site ao mes-
mo tempo foi excedido.

Too Many User – Excesso de Usuários


Nenhum site de FTP (ou qualquer outra espécie) é
capaz de oferecer acesso a um número limitado de usu-
ários. Quando a lotação do site for atingida, todos que
tentarem se logar receberão esta mensagem.

Unable to Locate the Server - Impossível Localizar


Hospedeiro
Ou você cometeu um erro ao digitar o endereço, ou o
servidor tão somente não existe.

Viewer Not Found – Visualizador Não Encontrado


Seu browser não reconhece arquivos deste tipo ou
seu computador não tem o programa necessário para
lidar com ele.

You Can´t Log on as an Anonymous User – Você Não


Pode Fazer Logon Como Usuário Anônimo
A grande maioria dos sites de FTP oferece um núme-
ro limitado de vagas para usuários não-cadastrados.
Quando estas se esgotam, a mensagem acima é exibi-
da. Outra possibilidade é que seu browser não esteja
conseguindo encaixar você numa das vagas que o ser-
vidor oferece para visitantes.

250 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

5. Outlook Express 6

Em algumas provas: MSOE, Gerenciador de Contas de E-mail ou simplesmente OE.


Com uma conexão à Internet e o Microsoft Outlook entrada e, para POP3 e IMAP, o nome de um servidor de e-
Express, você pode trocar mensagens de e-mail com mail de saída.
qualquer pessoa na Internet e associar-se a qualquer • Para uma conta de grupo de notícias, você precisará
número de grupos de notícias5. saber o nome do servidor de notícias ao qual deseja se
conectar e, se necessário, o nome da conta e a senha.
O Assistente para conexão com a Internet o ajuda a 1. No menu Ferramentas, clique em Contas.
conectar-se a um ou mais servidores de e-mail ou de 2. Na caixa de diálogo Contas na Internet, clique em
notícias. Você precisará das seguintes informações do Adicionar.
provedor de serviços de Internet ou do administrador da 3. Selecione E-mail ou Notícias para abrir o Assistente
rede local: para conexão com a Internet e siga as instruções para
• Para adicionar uma conta de e-mail, você precisa do estabelecer uma conexão com um servidor de e-mail ou
nome da conta e da senha e dos nomes dos servidores de notícias.
de e-mail de entrada e de saída.
• Para adicionar um grupo de notícias, você precisa do Cada usuário pode criar várias contas de e-mail ou de
nome do servidor de notícias ao qual deseja se conectar grupo de notícias, repetindo o procedimento acima para
e, se necessário, do nome de sua conta e senha. cada conta.

Para adicionar uma conta de e-mail ou de grupos de Barra de Ferramentas do OE6


notícias você precisará das seguintes informações do
provedor de serviços de Internet ou do administrador da
rede local:
• Para contas de e-mail, você precisará saber o tipo de
servidor de e-mail usado (POP3, IMAP ou HTTP), o nome O propósito básico da barra de ferramentas do OE é
da conta e a senha, o nome do servidor de e-mail de executar de maneira rápida diversos recursos.

5
Grupo de notícias: é uma coleção de mensagens postadas
por indivíduos em um servidor de notícias (um computador que
pode hospedar milhares de grupos de notícias).

Degrau Cultural 251

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Conhecimentos Específicos

Criando um novo e-mail

Escrever mensagem - Utilizado para produzir uma nova mensagem que poderá ser enviada ou
armazenada como rascunho e posteriormente utilizada. Observe que ao utilizar a seta ao lado do
botão temos acesso a um menu de possibilidades para o papel de carta a ser utilizado.

Enviar - Envia a mensagem produzida, desde que a conexão esteja On-line.

Recortar - Usado na edição do e-mail quando se deseja recortar um trecho de texto ou imagem do e-mail e
enviá-lo para Área de Transferência o que permitirá que seja utilizado em outro local. Atalho.

Copiar - Usado para copiar um trecho de texto ou imagem do e-mail e enviá-lo para a Área de Transferência.

Colar - Uma vez que exista algo que tenha sido enviado para a Área de Transferência é possível determinar um
ponto de inserção e transferi-lo para esse ponto.

Desfazer - É habilitado assim que algo for inserido no e-mail que está sendo criado. A cada vez que é
adicionado desfaz o último ato realizado.

Selecionar - Para no caso de se ter no catálogo de endereços mais do que um endereço de e-mail para o
mesmo nome. Clicando neste botão se tem uma lista das ocorrências encontradas com o mesmo nome e podemos
selecionar o endereço que pretendemos como destinatário.

252 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Verificar Ortografia - O Outlook Express usa o verificador ortográfico fornecido com os seguintes progra-
mas do Microsoft Office: Microsoft Word, Microsoft Excel e Microsoft Power Point. Se não tiver um desses programas
instalado, o comando Verificar ortografia não estará disponível. Atalho: F7

Usado para inserir um arquivo em uma mensagem.

Degrau Cultural 253

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Conhecimentos Específicos
Prioridade - Ao enviar uma nova mensagem ou uma resposta a uma mensagem, você pode atribuir
uma prioridade à mensagem, para que o destinatário saiba se deve lê-la imediatamente (prioridade
alta) ou quando houver tempo (prioridade baixa). As mensagens com prioridade alta têm um ponto de
exclamação ao seu lado. A prioridade baixa é indicada por uma seta para baixo. O padrão é a
prioridade normal. Os examinadores, quando utilizam este tema tendem a elaborar questões que
façam o candidato acreditar que a prioridade irá definir a velocidade ou algum tipo de conexão
diferenciada que será utilizada para enviar a mensagem.

Assinar/Criptografar - Podemos assinar digitalmente e criptografar mensagens usando iden-


tificações digitais. Assinar digitalmente mensagens assegura aos destinatários que a mensa-
gem foi realmente enviada por você. A criptografia garante que somente os destinatários dese-
jados possam ler a mensagem.

A barra de formatação é usada para de-


terminar a fonte, o tamanho das fontes,
o estilo de parágrafo, negrito, itálico, su-
blinhado, a cor da fonte, numeradores, marcadores, diminuir recuos, aumentar recuos, alinhar à esquerda, centralizar,
alinhar à direita, justificar, inserir linha horizontal, inserir hyperlink e inserir imagens.

Responder – Ao acionar este botão o OE arquivo que foi anexado pelo remetente permanecerá ane-
irá produzir uma espécie de e-mail pré- xo. Atalho: Ctrl F
formatado que indicará em o Imprimir – Imprime o e-mail selecionado. Ata-
endereço(s) do remetente(s) da mensa-
lho: Ctrl P
gem selecionada, em e não constará
Excluir - Exclui o e-mail selecionado envian-
nenhum endereço, em surgirá, precedendo o do-o para a caixa de itens excluídos. Atente para
o detalhe de que o número entre os parênteses
assunto do e-mail selecionado um . No corpo colocados em frente de cada item refere-se ao
da mensagem surgirá uma marca “ >” referindo-se ao número de e-mails marcados como não lidos e não ao
texto da mensagem que está sendo respondida e des- número de e-mails que eles contêm. Assim, em itens
ta maneira mantendo-se o histórico das trocas de e- excluídos, do exemplo abaixo, sem verificar as proprie-
mails que ocorrerem. A cada troca de respostas o OE dades da pasta, não podemos determinar a quantidade
acrescenta uma marca. de e-mails que contém, porém sabemos que do núme-
ro de e-mails total, 59 estão marcados como não lidos.

Caso o remetente tenha enviado um arquivo anexo à


mensagem, na resposta, este arquivo não retornará no
e-mail pré-formatado. Atalho: Ctrl R

Responder a Todos - Neste caso o e-mail


pré-formatado terá as seguintes característi-
cas: Em o endereço do remetente(s)
da mensagem selecionada, em e tere-
mos todos os endereços para os quais o remetente havia
Com o botão direito do mouse podemos acessar as
enviado, em surgirá, precedendo o assunto do e- propriedades(ou menu arquivo/ propriedades) da pasta
selecionada:
mail selecionado um , o histórico das trocas deste
e-mail também serão conservadas e marcadas e caso
haja algum arquivo anexo, também não retornará. Lem-
brando que esta mensagem é apenas uma pré-formata-
ção na qual pode ser incluído qualquer novo endereço ou
anexado qualquer arquivo. Atalho: Ctrl Shift R

Encaminhar - Nesta outra opção o OE cuida-


rá de produzir um e-mail pré-formatado terá
as seguintes características: Em ,
e o usuário poderá indicar a quem pretende envi-
ar a mensagem pois a princípio estarão em branco. O
assunto será precedido por , valem as mesmas
marcações para o histórico do e-mail só que desta vez o

254 Degrau Cultural

02_outlook.pmd 254 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

Enviar/Receber - Ao clicar sobre o botão o ato é o de enviar tudo o que está na caixa de saída e
receber e-mails de todas as contas gerenciadas pelo OE. Atalho: Ctrl M. Caso o usuário utilize a
seta ao lado do botão tem acesso à possibilidade de receber ou enviar, cada ação individualmente.

Endereços - Acessa o catálogo de endereços.

Localizar - Por padrão, o OE pesquisa a pasta selecionada no momento. Para pesquisar em outra
pasta, clique em Procurar... e selecione a pasta desejada. Atalho: Ctrl Shift F

Barra de Menu

Degrau Cultural 255

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Conhecimentos Específicos

256 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

ATALHOS PARA O OUTLOOK EXPRESS 6

JANELA PRINCIPAL, JANELA DE EXIBIÇÃO DE MENSAGENS E JANELA DE ENVIO DE MENSAGENS

JANELA PRINCIPAL E JANELA DE MENSAGEM

JANELA PRINCIPAL

Degrau Cultural 257

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Conhecimentos Específicos

JANELA DE MENSAGEM - EXIBINDO OU ENVIANDO

JANELA DE MENSAGEM - SOMENTE ENVIANDO

ÍCONES DE MENSAGENS DE E-MAIL


Os ícones a seguir indicam a prioridade das mensagens, se as mensagens possuem arquivos anexados e se
as mensagens estão marcadas como lidas ou não lidas.

258 Degrau Cultural

02_outlook.pmd 258 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

ÍCONES DE MENSAGENS DE NOTÍCIAS


Os ícones a seguir indicam se uma conversação (um tópico e todas as suas respostas) está expandida ou recolhida
e se mensagens e cabeçalhos estão marcados como lidos ou não lidos.

Degrau Cultural 259

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Conhecimentos Específicos

O INTERNET EXPLORER 7

NOVIDADES DO INTERNET EXPLORER 7 BOTÕES DA BARRA DE FERRAMENTAS

O IE-7 vem com nova interface, buscando a simpli-


cidade. A interface foi redesenhada para conter itens
úteis e eliminar o que só ocupava espaço. Permite voltar / avançar nas páginas visitadas.
O recurso de Guias ou Abas (Tabs) permite abrir
vários websites em apenas uma janela usando a nave-
gação por abas.
Além disso, a Impressão no Internet Explorer 7 per- Permite carregar novamente o conteúdo das páginas.
mite que o conteúdo caiba sem problemas na página
final impressa. As opções de impressão ainda incluem
o ajuste de margens, remoção de cabeçalhos e roda-
pés, além da alteração do espaço de impressão.
Há a opção de se manter atualizado sobre as últi- Pára o carregamento da página.
mas novidades, diretamente dos seus sites favoritos
através dos Feeds RSS: O termo Feed vem do verbo em OPÇÕES DE PESQUISA
inglês “alimentar”. Na internet, os “RSS feeds” são lis-
tas de atualização de conteúdo dos sites. A tecnologia Permite fazer buscas, localizar na página, alterar
RSS (Rich Site Summary) permite aos usuários da in- padrões de pesquisa, etc.
ternet se inscreverem em sites que fornecem “feeds”
(fontes) RSS. Estes sites mudam ou atualizam o seu
conteúdo regularmente. Os Feeds RSS recebem estas
atualizações, e, desta maneira o usuário pode perma-
necer informado de diversas atualizações em diversos
sites sem precisar visitá-los um a um. Os feeds RSS
oferecem conteúdo Web ou resumos de conteúdo jun-
tamente com os links para as versões completas deste
conteúdo. Esta informação é entregue como um arqui-
vo XML chamado “RSS feed”.
O item Pesquisar também foi atualizado, permitin-
do que você faça buscas dentro do navegador usando
seus mecanismos de procura favoritos.
O item Segurança possui novos recursos de segu-
rança que auxiliam na proteção contra softwares mali-
ciosos, e protegem contra websites fraudulentos, atra-
vés de um filtro de phishing.

260 Degrau Cultural

03_IE-7.pmd 260 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

CENTRAL DE FAVORITOS E ADICIONAR A FAVORITOS PÁGINA - abre um menu com várias opções.
O botão da estrela é Favoritos e permite exibir os Favo-
ritos, Feeds e Histórico.
O botão Adicionar a favoritos possui um menu com vá-
rias opções.

GUIAS - mostra a lista de guias

NOVA GUIA - permite adicionar guias FERRAMENTAS - o botão ferramentas contém opções
do menu Ferramentas do IE-7.

HOME (PÁGINA INICIAL) - permite adicionar páginas para


que sejam as iniciais do Browser.

FEEDS - permite visualizar atualizações do conteúdo


dos sites.

IMPRIMIR - permite imprimir a página ou escolher op-


çoes de impressão.

Degrau Cultural 261

03_IE-7.pmd 261 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

FERRAMENTAS / OPÇÕES DA INTERNET / GERAL


Configurações de Página Inicial, Histórico, permite alterar padrões de pesquisa, configurações de guias e Aparência.

FERRAMENTAS / OPÇÕES DA INTERNET


PRIVACIDADE

Configurações de Cookies e Bloqueador de Pop-up´s.

262 Degrau Cultural

03_IE-7.pmd 262 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

FERRAMENTAS / OPÇÕES DA INTERNET


CONTEÚDO
Supervisor de Conteúdo, Certificados, Preenchimento Automático e Feeds.

FERRAMENTAS / OPÇÕES DA INTERNET


PROGRAMAS

Permite gerenciar os complementos do navegador (plug-in) e fazer configurações de programas usados nos servi-
ços de Internet.

Degrau Cultural 263

03_IE-7.pmd 263 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

WORD 2002/XP E 2003


- Conceitos básicos Salvar com o formato XML: Linguagem desenvolvi-
da para superar as limitações do HTML, que é o pa-
O Microsoft Word 2002, também conhecido como
drão das páginas web
Word XP e o Microsoft Word 2003 são processadores
de textos integrantes do pacote de aplicativos para es- Comparar Documento lado a lado: Permite que se
critório Microsoft Office, que permite a criação, edição e veja dois documentos lado a lado [menu janela / com-
manipulação de diversos tipos de textos. parar lado a lado com]
Modo de exibição de Layout de Leitura: Ocultar as bar-
Estas versões são, em geral, muito semelhantes, por ras de ferramentas desnecessárias, dimensionar au-
isso, serão abordadas juntas. Dentro dos aperfeiçoa- tomaticamente o conteúdo do documento a páginas que
mentos que o Word 2003 recebeu podemos destacar se ajustam na tela. [menu exibir / layout de leitura]
os recursos de acesso à Internet e os novos assisten- Tradução: Dicionário para tradução desejada [menu fer-
tes de tarefas, além de manter os recursos existentes ramentas / idioma]
das versões anteriores.
Quando iniciamos o Word, é apresentada a janela
As principais diferenças são:
abaixo contendo um novo documento em branco, e os
Permissão: permite configurar restrições atribuídas ao
elementos a seguir:
documento [menu arquivo]

Barra de
ferramentas
desenho

264 Degrau Cultural

01A_Processador de Texto.pmd 264 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

– Barra de Títulos - Exibe Microsoft Word e o nome Também é possível salvar todos os documentos
do documento ativo abertos ao mesmo tempo. E, ainda, salvar uma cópia
– Botões de Controle da Janela: Minimizar, Maximi- do documento ativo com um nome diferente ou em um
zar, Restaurar e Fechar; local diferente.
– Barra de Menus de Comando - Também conhecido Se desejar reutilizar um texto ou formatação em
como Barra de Menu. É onde iremos solicitar ações outros documentos criados, você poderá salvar um do-
tais como: imprimir, gravar, copiar, visualizar etc. cumento como um modelo do Word.
– Barra de Ferramentas Padrão: Apresenta os bo-
tões para acessar os comandos básicos do Word, Para acelerar o salvamento de um arquivo:
[abrir, salvar, cortar, copiar, colar, etc]; 1. No menu Ferramentas, clique em Opções e, em se-
– Barra de Ferramenta Formatação: contem os bo- guida, clique na guia Salvar.
tões para acesso rápido aos comandos de edição 2. Para salvar apenas as alterações em um arquivo,
de texto, [tipo e tamanho de letras, estilos de pará- marque a caixa de seleção Permitir salvamentos rápi-
grafos, etc]; dos e continue a salvar enquanto trabalha no arquivo.
– Barra de Status: Apresenta informações para ori- 3. Para salvar um arquivo completo, desmarque a caixa
entação do usuário tais como o número da pági- de seleção Permitir salvamentos rápidos quando ter-
na, zoom, tipo de texto etc; minar de trabalhar em um arquivo e depois salve-o uma
– Botões de Visualização de Documento: Apresen- última vez. Ocorre um salvamento total quando esta caixa
ta as formas que o documento pode ser exibido de seleção não está marcada.
[layout da web, layout de impressão,rascunho e
estrutura de tópicos] - Abrir (Ctrl + A)
– Régua: facilidade utilizada para efetuar medições Tanto clicando no comando Abrir... , como no bo-
e configurar tabulações e recuos;
tão na barra de ferramentas , permite localizar e
– Barras de Rolagem: utilizadas para mover e visu-
alizar trechos do seu texto. abrir um arquivo. Determina onde se quer examinar um
possível arquivo para ser aberto, clique sobre ele e pres-
– Novo documento (Ctrl + N) sione o botão abrir. Com um duplo clique sobre o arqui-
Para obter um novo documento vá até o Menu Ar- vo iremos obter o mesmo resultado.
quivo ao clicar sobre a opção Novo abrirá um painel de
tarefas que permite abrir um novo modelos ou um novo
documentos.
O ícone barra de ferramentas, abre um novo
documento em branco.

Tanto o Word XP como o 2003 abrem e salvam nas


principais extensões como .doc, .html, txt, rtf entre ou-
tros.

- Salvar (Ctrl + B)
Há diversas maneiras de salvar documentos no
Word. Você pode salvar o documento ativo no qual está
trabalhando, seja ele novo ou não. Mostra o que estava sendo visualizado anterior-
Para o documento novo utiliza-se a opção salvar mente.

como ou o ícone na barra de ferramentas. Neste Mostra um nível acima do que está sendo visua-
caso ele abrirá a caixa de diálogo para que seja espe- lizado.
cificado nome local que será salvo e tipo e extensão:
Possibilita a pesquisa na Web.

Exclui o que for selecionado.

Cria uma nova pasta.


Modos de visualização do que está sendo acessa-
do.

Degrau Cultural 265

01A_Processador de Texto.pmd 265 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

E também pelos ícones da Barra de Ferrameta For-


- Impressão (Ctrl + P) matar:
A opção de impressão de arquivo localiza-se no menu
arquivo, onde abre a caixa de diálogo para alterações
como número de cópias, papel, como na figura a se-
guir:

Caso não precise mudar nenhuma configuração na cai-


xa de diálogo imprimir, é possível ganhar tempo clican-
do no botão na barra de ferramentas.

- Digitação – Editando o texto


A diagramação do documento pode ser feita facilmente
operada pelo Barra de Ferramentas Padão com os íco-
nes relacionados abaixo:

- Corretor ortográfico (F7)


No Menu Ferramentas está a opção permite que o usu-
ário verifique se há erros de ortografia e de gram’atica
do documento ou em parte do documento que está
selecionado. Pode ser acessado também pelo ícone
na Barra de Ferramentas Padrão.

Verificação Ortográfica Automática - Identifica a exis-


tência de erros de ortografia à medida que o texto é digi-
tado, destacando a palavra do restante do texto;
Auto-Correção - Um complemento à Verificação Ortográ-
fica Automática, este recurso permite a correção automá-
tica de palavras à medida que são digitadas;
Auto-Formatação - Formata o texto automaticamente à
medida que você digita;

266 Degrau Cultural

01A_Processador de Texto.pmd 266 22/12/2010, 11:13


Conhecimentos Específicos

- Menu Tabelas Converter - Transforma um texto em uma tabela ou


uma tabela em texto;
Oferece recursos para operações com tabelas: Classificar - Organiza as informações nas linhas, lis-
tas ou seqüências de parágrafos selecionados em or-
dem alfabética, numérica ou pela data;
Fórmula - permite criar fórmulas nas tabelas do Word,
sem a necessidade de utilizar o Excel, pa realização de
alguns cálculos com os dados da tabela. As funções do
Word são todas em inglês. Então, a fórmula
=SUM(ABOVE) significa somar acima, isto é, serão so-
madas as células numéricas acima. Também pode ser
abaixo (BELOW), à esquerda (LEFT), à direita (RIGHT).

Seus principais comandos são:


Desenhar Tabela – Abre a Barra de Ferramentas Ta-
belas e Bordas permitindo a criação e configuração Linhas de Grade - Visualiza ou oculta as linhas de grade;
de tabelas;
Inserir – Permite inserir uma tabela com quantidade de - Cabeçalho e rodapé
colunas e linhas definidas no documento e, na tabela,
permite inserir colunas, linhas ou células; Para inserir ou altera texto de cabeçalho e rodapé de
uma seção ou página, selecione a opção tabela no
Menu Inserir; habilitando assim as marcas para serem
digitados o cabeçalho e rodapé.

- Configurar página
Altera as margens, a origem e o tamanho do papel, além
Excluir – Permite excluir células, linhas ou colunas se- da orientação da página para o documento inteiro ou para
lecionadas ou a própria tabela; as seções selecionadas;
Mesclar Células - Juntar células adjacentes em uma
única célula; - Mala direta
Auto Formatação da Tabela – Permite formatar a tabe- Produz cartas modelos, etiquetas de endereçamento,
la, através de uma caixa de diálogo com formatos pré- envelopes, catálogos e outros tipos de documentos
definidos; mesclados. Um documento de mala direta é compos-
Auto Ajuste – Permite ajustar a tabela conforme o con- to pela mesclagem de dois arquivos (um modelo a se-
teúdo, a largura da janela, determina uma largura fixa guir e um banco de dados).
da coluna e distribui linhas e colunas uniformemente; A Mala Direta é o recurso do Word que permite a
composição de cartas modelo, etiquetas, envelopes ou

Degrau Cultural 267

01A_Processador de Texto.pmd 267 22/12/2010, 11:14


Conhecimentos Específicos

e-mails para diversos destinatários. O Documento Prin- Esse lugar chama-se Campo. Observe, na figura a se-
cipal é o documento propriamente dito. Uma carta, por guir, a área ressaltada em cinza. É ali que vamos inserir
exemplo, endereçada a inúmeros clientes de uma em- um campo para receber os nomes dos destinatários.
presa. A Origem de dados é o arquivo que contém os (atenção: a cor cinza é apenas uma ilustração. Ela não
diversos destinatários. Pode ser uma relação digitada aparece durante esta operação)
no próprio Word, uma planilha do MS Excel , uma tabela
em um Banco de dados e, até mesmo um arquivo texto.

Mala direta – 1ª etapa

Abra um documento novo no Word, vá ao Menu Ferra-


mentas e selecione Mala Direta.

Clique na opção Campo do Menu Inserir. Na tela a


seguir Selecione Mala Direta em Categorias e Merge
Field em Nomes de Campos.

Selecione Criar - Cartas Modelo. Surgirá a janela abaixo.

Selecione Novo doc. principal


(Se você estiver com um documento já aberto - uma
carta já pronta, por exemplo - selecione Janela Ati-
va)

Digite um nome para o campo à frente da palavra Mer-


gefield. No exemplo, utilizamos Cliente.
Veja o resultado à frente da palavra Para:
Para: <<cliente>> é o campo que vai se transformar
nos vários nomes das pessoas.

O Documento Principal está pronto.


Selecione Editar Salve-o como Carta para Clientes.doc
Clique em Carta Modelo
Mala direta – 2ª etapa
O Word se apresentará com a tela em branco. Nes- Criação ou utilização da Origem dos Dados
ta fase você vai criar o Documento Principal. Faça um
documento semelhante ao da próxima figura. A origem dos dados normalmente já está pronta
No Documento principal vamos reservar um lugar quando pensamos em uma mala direta. E, como já
onde desejamos que o nome do destinatário apareça. vimos, há mais de uma possibilidade de trabalharmos

268 Degrau Cultural

01A_Processador de Texto.pmd 268 22/12/2010, 11:14


Conhecimentos Específicos

com Origem de dados. As principais são: Normalmente ela já está pronta quando iniciamos
Uma tabela no Word o trabalho.
Uma planilha no Excel
No nosso estudo vamos criá-la agora. Quando
Criação usando uma tabela no Word como Origem pronta, salve-a como Origem.doc. Observe que nossa
dos dados tabela tem cabeçalho, ou seja, Cliente e Endereço. Você
Cria uma tabela no Word semelhante a esta. se lembra que, quando inserimos o campo, demos a
ele o nome de Cliente? Foi por causa disso. O nome do
campo corresponde ao nome do cabeçalho na origem
dos dados.

Mala direta – 3ª etapa


Mesclar os dados da Origem dos dados
com o Documento Principal.
- Diferenças do Word XP em Relação ao Word 2003

Visualizando e Identificando a Janela do Word XP

Barra de Ferramentas Padrão

Obs.: A barra de ferramentas padrão do Word XP, não consta a opção como no Word 2003.

Degrau Cultural 269

01A_Processador de Texto.pmd 269 22/12/2010, 11:14


Conhecimentos Específicos

Menu Arquivo - O menu Arquivo do Word XP, não consta a opção “Permissão”.

Menu Exibir - O menu Exibir do Word XP não consta as opções “Layout de Leitura” e “Miniaturas” do Word 2003

270 Degrau Cultural

01A_Processador de Texto.pmd 270 22/12/2010, 11:14


Conhecimentos Específicos

Menu Formatar - O menu Formatar do Word XP, se dife- Menu Ferramentas - O Word XP, no menu Ferramen-
rencia pelas opções “Direção do texto...”, “Molduras” e tas, as opções “Pesquisar”, “Espaço de Trabalho Com-
“Figura...”. partilhado...” e “ Ferramentas personalizar adicionar ata-
lho menu Alt + Ctrl + =” estão ausentes em relação ao
Word 2003.

Menu Ajuda - O Menu Ajuda do Word XP é mais simpli-


ficado em relação ao Word 2003.

Degrau Cultural 271

01A_Processador de Texto.pmd 271 22/12/2010, 11:14


Conhecimentos Específicos

EXCEL 2002/XP E 2003


O Excel integra as funções de Planilha Eletrônica, Gráficos e Banco de Dados, por isso é o aplicativo mais
utilizado na área de negócios. Suas planilhas são indispensáveis nas atividades de Administração de Empresas que
se referem a Planejamento Financeiro, Fluxo de Caixa, Orçamento, Estatística, Compras, Custos, Planejamento e
Análise de Vendas, Folha de Pagamento etc.

No momento que o Excel é carregado, é exibida a sua janela contendo uma Pasta de Trabalho com uma de suas
planilhas aberta para edição.

COMPONENTES DA JANELA DO EXCEL


As versões 2002 / XP e 2003 possuem os seguintes componentes em sua janela:

Barra de Títulos - Contém o nome do Aplicativo e do documento ativo, ícone de Controle e botões de Controle da
Janela do Excel.
Barra de Menus de Comando - Localizada abaixo da Barra de Título, contém as opções de menu de controle do
documento ativo. Cada menu contém uma série de comandos que também podem ser acionados através dos botões
nas Barras de Ferramentas, teclas de atalho e com o botão direito do mouse.
Barra de Status - Exibe informações sobre comandos selecionados ou procedimentos.
A barra de status, que é uma área horizontal na parte inferior da janela da pasta no Microsoft Excel, fornece infor-
mações sobre o estado atual do que está sendo exibido na janela e quaisquer outras informações contextuais.
Guia de Planilhas - Cada pasta contém uma guia de planilhas que deve ser clicada quando se pretende mover-se de
uma planilha para outra. Atalho: Ctrl + Page + Up ou Ctrl + Page + Down. Pode-se renomear as planilhas para lembrar
mais facilmente o que cada uma delas contém, clicando com o botão direito do mouse e escolhendo a opção
renomear.
Caixa de Nome/Barra de Fórmula - O endereço da célula selecionada no momento (ou ativa) aparece na caixa de
nome da célula. Cada célula tem um endereço único determinado pela letra da coluna e pelo número da linha. Por
exemplo, a célula B2 é a interseção da coluna B com a linha 2. Poderíamos selecionar a caixa de nome, clicando
sobre ela e adotarmos outro nome para a célula ou uma região (área retangular na planilha). Esse nome não poderia
ser maior que 256 caracteres ou iniciar com um número e ainda, sem espaço entre palavras.

272 Degrau Cultural

03_Planilha Eletronica.pmd 272 22/12/2010, 11:14


Conhecimentos Específicos

- Abrir (Ctrl + A)
Tanto clicando no comando Abrir... , como no

botão na barra de ferramentas , permite localizar e


abrir um arquivo. Determina onde se quer examinar um
possível arquivo para ser aberto, clique sobre ele e pres-
sione o botão abrir. Com um duplo clique sobre o arqui-
vo iremos obter o mesmo resultado.

Métodos para Inserir e Editar dados

Inserir números e texto


Clique na célula onde você deseja inserir os da-
dos. Digite os dados e pressione Enter ou Tab.

- Insira dados em uma célula na primeira coluna e


pressione Tab para mover-se para a próxima célula.
- No final da linha, pressione Enter para mover para
o início da próxima linha.
- Se a célula no início da linha seguinte não ficar
ativa, clique em Opções no menu Ferramentas e, em
seguida, clique na guia Editar. Em Configurações, mar- Mostra o que estava sendo visualizado anterior-
que a caixa de seleção Mover seleção após Enter e mente.
clique em Para baixo na caixa Direção.
Mostra um nível acima do que está sendo visuali-
Dica: Para inserir data use o atalho: (Ctrl;) e para inserir zado.
horas (Ctrl Shift:)
Possibilita a pesquisa na Web.
Editando o conteúdo de uma célula
1. Clique duas vezes na célula contendo os dados que Exclui o que for selecionado.
você deseja editar.
2. Edite o conteúdo da célula Cria uma nova pasta.
3. Para inserir ou cancelar suas alterações, pressione
Enter ou Esc. Modos de visualização do que está sendo acessa-
do.
Para ativar ou desativar a edição diretamente nas
células, clique em Opções no menu Ferramentas, cli-
Fechar – Fecha a planilha (Ctrl + F4)
que na guia Editar e marque ou desmarque a caixa de
seleção Editar diretamente na célula. Você pode editar
- Salvar Documento (Ctrl + B)
na barra de fórmulas quando a caixa de seleção Editar
Salva (grava) as alterações feitas em uma pasta de tra-
diretamente na célula está desmarcada. Para mover o
balho. Esse comando executado pela primeira vez em
cursor para o final do conteúdo da célula, selecione a
uma pasta, abre a caixa de diálogo Salvar Como
célula e pressione F2.

- Novo documento (Ctrl + O)


Pelo Menu Arquivo podesse acessar habilitar uma nova
Pasta de Trabalho.

Abre um painel de tarefas que permite algumas opções


de novas pastas a serem utilizadas. Na barra de ferra-

mentas o ícone abre um nova pasta em branco.


Observe que trata-se de uma pasta e não de uma nova
planilha. Salvar como – Salva uma pasta pela primeira vez, ou sal-
va uma pasta já existente com outro nome, em outro lugar.
Salvar como página da Web – Cria uma página da

Degrau Cultural 273

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Conhecimentos Específicos

Web a partir de dados da planilha ou de um gráfico. Comandos podem ser acessados também pelo Menu
Salvar área de trabalho – Um arquivo do espaço de Formatar, na opção formatar célula como exposto na
trabalho salva a exibição de informações sobre pastas caixa de diálogo abaixo:
de trabalho abertas, para que posteriormente você pos-
sa retomar o trabalho com os mesmos tamanhos de
janela, áreas de impressão, ampliação de tela e confi-
gurações de exibição. O arquivo de espaço de trabalho
não contém as pastas de trabalho propriamente ditas.

Na barra de ferramentas o ícone salva o arquivo.

- Digitação – Editando
Algumas das principais ferramentas de edição es-
tão na Barra de Ferramentas Formatação:

Altera Fonte do texto e o tamanho

Coloca em negrito (Ctrl + B), itálico (Ctrl +I) ou subli-


nhado (Ctrl + U) os itens selecionados. AutoFormatação - Aplica uma combinação pré-defini-
das de formatos a um intervalo de células seleciona-
do ou a uma tabela dinâmica.

Alinha o texto a esquerda, centralizado, direita e/ou Agru-


pa células selecionadas.

Converte o número da celula selecionada no padão


monetário brasileiro, aplica o formato de porcenta-
gem, separador de milhar e aumenta casas deci-
mais ou diminui.

Diminuir ou aumentar recuo

Insere ou retira linhas de borda das células, altera cor


do plano de fundo e da fonte.
Formatação Condicional - Aplica formatos a células
selecionadas que atendem a critérios específicos ba-
seados em valores ou fórmulas que você especificar.
Permite recortar (Ctrl + X), copiar (Ctrl + C), colar (Ctrl +
V) e copiar formatação do trecho selecionado.

Desfazer(Ctrl + Z) e restaurar(Ctrl + Y) ultimas ações.

274 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Estilo - Define ou aplica na seleção uma combinação de colagem quando houver células em branco na área
de formatos. de cópia.
Transpor - Altera colunas de dados copiados para li-
nhas e vice-versa.
Colar Vínculo - Vincula os dados colados à planilha ativa.

Alterando Dados Digitados - A alteração dos dados di-


gitados pode ser feita de duas maneiras:
Por sobreposição - Onde selecionamos a célula que
será alterada e digitamos os novos dados e depois
confirmamos a alteração através do botão confirmar na
Barra de Fórmulas ou através da tecla Enter.
Por Correção parcial - Onde selecionamos a célula a
ser corrigida posicionando o cursor dentro da célula
com um duplo clique ou usando a tecla F2.
Colar Especial - Você pode usar a caixa de diálogo Colar
Especial para copiar itens complexos de uma planilha
Excluindo Dados Digitados - A exclusão de dados digi-
do Excel e colá-los na mesma planilha do Excel ou em
tados é feita através da seleção da célula ou do interva-
outra.
lo de células que terá seu conteúdo excluído e:
Através do Menu Editar, comando Limpar;
Através do botão direito do mouse;
Através da tecla Del ou Delete no Teclado.

Verificar Ortografia – Verifica a ortografia do texto em


planilhas e gráficos selecionados, bem como, o texto
em caixas de texto, botões, cabeçalhos e rodapés, no-
tas de células e na barra de fórmulas. (F7)

Auto-Correção – Define as opções usadas para corrigir o


texto automaticamente à medida que for sendo digitado.

EDITANDO UMA PLANILHA NO EXCEL XP E EXCEL 2003


A edição de uma planilha consiste em inserir copi-
ar, excluir e alterar dados nas células que servirão para
a apresentação de resultados.
Colar - Clique no atributo dos dados copiados que você
deseja colar.
Tipos de Dados
Tudo - Cola todo o conteúdo e a formatação das célu-
Uma célula pode conter:
las.
Texto - Toda e qualquer letra, palavra inserida na
Fórmulas - Cola somente as fórmulas conforme inseri-
célula, como nomes de pessoas, títulos de colunas,
das na barra de fórmulas.
descrição de itens etc.
Valores - Cola somente os valores conforme exibidos
Número - Todo e qualquer tipo de número, poden-
nas células.
do ter o valor negativo ou positivo.
Formatos - Cola somente a formatação das células.
Fórmula - É uma expressão aritmética envolvendo
Comentários - Cola somente os comentários anexa-
números, operadores, funções e endereços de células.
dos à célula.
Para iniciar uma fórmula no Excel, deve-se colocar
Validação - Cola regras de validação de dados das cé-
primeiramente o sinal de =. Uma fórmula também pode
lulas copiadas para a área de colagem.
iniciar com os sinais de + ou -
Tudo, exceto bordas - Cola todo o conteúdo e a forma-
Ex.: =A4+C5 +A4+C5 -F12+B1
tação das células aplicados à célula copiada, exceto
bordas.
Inserindo Dados
Larguras da coluna - Cola a largura de uma coluna ou
Toda informação digitada deve ser depositada
intervalo de colunas em outra coluna ou intervalo de
dentro de uma célula. Quando o conteúdo de uma cé-
colunas.
lula for numérico e não for possível mostrá-lo total-
Fórmulas e formatos de número - Cola somente fór-
mente, serão mostrados os símbolos #### na célula
mulas e todas as opções de formatação de número
ou o número será apresentado em notação científica;
das células selecionadas.
porém o conteúdo da célula ainda será aquele que foi
Valores e formatos de número - Cola somente valores
digitado. Basta aumentar a largura da célula para vi-
e todas as opções de formatação de número das célu-
sualizar o número todo.
las selecionadas.
Quando o conteúdo de uma célula for texto e não
Operação - Especifica qual operação matemática, se
couber em sua largura aparente, o texto invadirá o espa-
houver, você deseja aplicar aos dados copiados.
ço da célula ou células adjacentes, porém, continuará
Ignorar em branco - Evita substituir valores na sua área
pertencendo à célula em que foi digitado. Caso a célula

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Conhecimentos Específicos

ou células adjacentes possuam algum conteúdo, o texto = Igual


será mostrado somente na sua célula de origem. <> Diferente
Quando selecionamos uma célula, esta fica dis- >= Maior Igual
ponível para receber os dados que serão digitados. À <= Menor Igual
medida que os dados vão sendo inseridos, eles são
mostrados na Barra de Fórmulas. Operadores de Referência
Para apagar o conteúdo da célula, selecione a cé- : Intervalo
lula e pressione a tecla Backspace. ; União
Para confirmação dos dados digitados usa-se a (espaço) Interseção
tecla Enter, as setas de direção ç, è, é, ê ou o botão
Inserindo Funções
Confirmar da Barra de Fórmulas.
São procedimentos de cálculos previamente defi-
Para cancelar a digitação dos dados, Tecle Esc ou
nidos, determinando um resultado com significado úni-
o botão Cancelar da Barra de Fórmulas. co. Normalmente são seguidas de um ou mais parâ-
metros dependo da função.
- Formulas e funções
No Excel XP/2002 e no Excel 2003, a barra de fór- Categorias das Funções
mulas contém o indicador da célula ativa, o botão de Financeira
confirmação e o botão de cancelamento de inserção Data e Hora
de dados, além de exibir o conteúdo da célula. Matemática e Trigonométrica
Estatística
Procura e Referência
Banco de Dados
Texto
Lógica
Informação

Tipos de funções mais utilizadas


ARRED - Arredondamento
CONT.NUM - Calcula quantos números estão na lista
Inserindo Fórmulas
de argumentos
As fórmulas são o meio mais prático de obtenção
ESCOLHER - Escolhe um valor a partir de uma lista de
e manutenção de dados nas planilhas, pois são atuali-
valores
zadas a cada nova alteração de dados.
MÁXIMO - Retorna o valor máximo de uma lista de ar-
gumentos
Para que as fórmulas funcionem no Excel, deve-
MÉDIA - Calcula a média dos argumentos
mos seguir as seguintes regras básicas:
MÍNIMO - Retorna o valor mínimo de uma lista de argu-
Iniciar a digitação de uma fórmula com: + - =
mentos
Devemos usar o endereço das células para que o
PROCV - Procura a partir da primeira coluna e linha de
resultado da fórmula seja atualizado a cada alteração
uma matriz para retornar o valor de uma célula
nas células envolvidas na fórmula. Os endereços das
SOMA - Retorna a soma de todos os números na lista
células podem ser digitados ou apontados com a tecla
de argumentos.
Shift mais setas de direção ou com o mouse, clicando
MOD - Retorna o resto da divisão.
e arrastando a seleção.
Se iniciarmos a fórmula com parênteses deve-se
Funções Lógicas
fechar os parênteses no final. O uso dos parênteses é
Executam um teste lógico para retornar um resultado
importante para as fórmulas que envolvam vários cál-
Falso ou verdadeiro.
culos ou procedimentos.
E - Retorna VERDADEIRO se todos os argumentos fo-
rem verdadeiros; retorna FALSO se um ou mais argu-
Operadores usados para a definição das fórmulas
mentos forem falsos
FALSO - Retorna valor lógico FALSO
Operadores Matemáticos:
NÃO - Inverte a lógica do argumento
+ Adição
OU - Retorna VERDADEIRO se qualquer argumento for
- Subtração
VERDADEIRO
* Multiplicação
SE - Especifica um teste lógico a ser executado
/ Divisão
^ Exponenciação
% Porcentagem

Operadores de Relacionamentos
> Maior
< Menor

276 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

VERDADEIRO - Retorna o valor lógico VERDADEIRO - Tipos Personalizados - Permite personalizar um tipo
de gráfico.
- Gráficos
Para inserir um gráfico devemos, selecionar as 2ª etapa - Dados de origem do Gráfico.
faixas de dados que serão representadas graficamen-
te.
Através do menu Inserir, comando Gráfico, ou do
botão Assistente de gráfico da Barra de ferramentas,
abrimos a caixa de diálogo Assistente de Gráfico con-
tendo 4 etapas:
1ª Etapa - Tipo de Gráfico

Observe que no campo intervalo de dados aparece os


intervalos de dados selecionados. As opções de se-
qüência em Linha / Colunas, modificam a visualização
do gráfico de acordo com a distribuição dos dados es-
colhida. O Excel já faz uma escolha adequada mas po-
demos alterar manualmente clicando na opção dese-
jada.

Esta etapa contém 2 Guias:

- Tipos Padrão - Contém vários tipos de gráficos pa-


drão para seleção.

Degrau Cultural 277

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Conhecimentos Específicos

3ª etapa - Opções de Gráfico

4ª etapa - Local do gráfico


Margens - Permite configurar as margens da planilha
para melhor ajuste ou mesmo centralizar a planilha na
página.

A configuração de página é importante para uma


boa impressão. Para configurar uma página, acesse
o Menu Arquivo - Configurar Página e será aberta a
caixa de diálogo Configurar Página contendo 4 guias
de opção:

- Configuração de página
Página - Permite alterar a orientação do papel Retrato
ou Paisagem; Dimensionar o ajuste da planilha para
caber dentro de uma única folha e/ou alterar o tamanho
Cabeçalho e rodapé - Permite configurar e editar o ca-
do papel utilizado pela impressora.
beçalho e o rodapé da planilha.

278 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Pode-se ser impresso também pelo ícone na Bar-


ra de Ferramentas Padrão, por este caminho ele impri-
me com a ultima formatação escolhida pelo usuário.

Planilha - Configurar a área de impressão, imprimir títulos


da planilha em todas as páginas, alterar a ordem da pági-
nas etc.

- Impressão
A impressão é o modo de dar saída ao nosso traba-
lho com o computador. O processo de impressão é sim-
ples e eficiente.
O Excel permite tratar a impressão com toda a sua
versatilidade característica, colocando-nos opções fá-
ceis e simples de serem executadas.
Ao acessar o menu arquivo, comando imprimir, abre
a caixa de diálogo Imprimir.

Degrau Cultural 279

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Conhecimentos Específicos

POWER POINT
Como criar apresentações poderá fazer alterações no design e no conteúdo dela
Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint en- para a nova apresentação, sem alterar o original.
globa: iniciar com um design básico; adicionar novos 1. Se o painel de tarefas Nova apresentação não for
slides e conteúdo; escolher layouts; modificar o design exibido, no menu Arquivo, clique em Novo.
do slide, se desejar, alterando o esquema de cores ou 2. Em Novo com base em apresentação existente,
aplicando diferentes modelos de estrutura e criar efei- clique em Escolher apresentação.
tos, como transições de slide animados. As informa- 3. Na lista de arquivos, clique na apresentação que você
ções a seguir enfatizam as opções que estarão dispo- deseja e, em seguida, clique em Criar nova.
níveis quando você for iniciar o processo. 4. Faça as alterações que deseja na apresentação e,
O painel de tarefas Nova apresentação oferece um in- em seguida, no menu Arquivo, clique em Salvar como.
tervalo de formas com as quais você pode iniciar a cri- 5. Na caixa Nome de arquivo, digite um nome para a
ação da apresentação. Estão incluídos: nova apresentação.
• Em branco – Inicie com slides que têm o design míni- 6. Clique em Salvar.
mo e não têm cores. Você pode inserir slides existentes de outra apresenta-
• Apresentação existente – Baseie sua nova apresen- ção em sua nova apresentação. Com a apresentação
tação em uma já existente. Esse comando cria uma aberta, selecione o slide que você deseja que fique
cópia da apresentação existente para que você possa imediatamente antes dos slides inseridos. No menu
desenvolver um design ou alterações de conteúdo que Inserir, clique em Slides de arquivos, procure pela apre-
deseja para uma nova apresentação. sentação que deseja e selecione os slides que serão
• Modelo de design – Baseie sua apresentação em um inseridos.
modelo PowerPoint que já tenha design, fontes e es-
quema de cores conceituados. Além disso, para os Selecionar vários arquivos
modelos que acompanham o PowerPoint, você pode 1. Na barra de ferramentas Padrão, clique em Abrir.
usar um dos modelos que você mesmo criou. 2. Siga um destes procedimentos
• Modelos com sugestão de conteúdo – Use o Assis- • Para selecionar arquivos não adjacentes na caixa de
tente de AutoConteúdo para aplicar um modelo de de- diálogo Abrir, clique em um arquivo e, mantendo a tecla
sign que tenha sugestões para o texto de seus slides. CTRL pressionada, clique em cada arquivo adicional.
Em seguida, digite o texto que você deseja. • Para selecionar arquivos adjacentes na caixa de diá-
• Um modelo em um site da Web – Crie uma apresen- logo Abrir, clique no primeiro arquivo da seqüência e,
tação usando um modelo localizado em um site da Web. mantendo a tecla SHIFT pressionada, clique no último
• Um modelo do Microsoft.com – Escolha um modelo arquivo.
adicional no Microsoft Office Template Gallery do Po- Se você selecionar um arquivo não desejado, mante-
werPoint. Esses modelos estão organizados de acor- nha a tecla CTRL pressionada e clique novamente no
do com o tipo de apresentação. arquivo.

Conteúdo inserido a partir de outras origens Criar uma apresentação usando o conteúdo sugerido
Você também pode inserir slides de outras apresenta- 1. Se o painel de tarefas Nova apresentação não apa-
ções ou inserir texto de outros aplicativos, como o Mi- recer, no menu Arquivo, clique em Novo.
crosoft Word. 2. Em Novo, clique em Assistente de AutoConteúdo e
siga as instruções do assistente.
Criar uma apresentação usando slides em branco 3. Na apresentação, substitua as sugestões de texto
1. Na barra de ferramentas Padrão, clique em Novo. pelo texto desejado e, em seguida, faça as alterações
2. Se você deseja manter o título padrão do layout no que desejar como, por exemplo, a adição ou exclusão
primeiro slide, vá para a etapa 3. Se você deseja um de slides, adição dos elementos de arte ou efeitos de
layout diferente no primeiro slide, no painel de tarefas animação e a inserção de cabeçalhos e rodapés.
Layout do slide, clique no layout que você deseja. 4. Quando terminar, no menu Arquivo, clique em Sal-
3. No slide ou na guia Estrutura de tópicos, digite o var, digite um nome na caixa Nome de arquivo e, em
texto que você deseja. seguida, clique em Salvar.
4. Para inserir um novo slide, na barra de ferramentas,
clique em Novo slide e, em seguida, clique no layout Adicionar texto a um slide
que você deseja.
5. Repita as etapas 3 e 4 para cada slide novo e adicio- Adicionar corpo de texto ou título
ne quaisquer outros elementos ou efeitos de design • Clique dentro de um espaço reservado de texto e digi-
que você deseja. te ou cole o texto.
6. Quando terminar, no menu Arquivo, clique em Salvar, Observação: Se o texto exceder o tamanho do espaço
digite um nome para sua apresentação e, em seguida, reservado, o Microsoft PowerPoint reduzirá o tamanho
clique em Salvar. da fonte e o espaçamento de linhas em incrementos à
Você também pode criar uma apresentação em branco medida que você digita, para que o texto se ajuste.
no painel de tarefas Nova apresentação (menu Arqui-
vo, comando Novo). Adicionar texto a uma AutoForma ou Caixa de Texto
• Para adicionar texto que irá se tornar parte da forma e
Criar uma nova apresentação usando uma se mover junto com ela, selecione a AutoForma e co-
apresentação existente mece a digitar.
Quando você seguir estas etapas, você criará uma có- • Para adicionar texto que seja independente da forma e
pia de uma apresentação existente, e desse modo você que não se mova com ela, adicione uma caixa de texto.

280 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

1. Na barra de ferramentas Desenho, clique em Caixa ja inserir o caractere no slide do Microsoft PowerPoint,
de texto. certifique-se de que a tecla NUM LOCK esteja ativada,
2. Siga um destes procedimentos: mantenha pressionada a tecla ALT e use o teclado numé-
Adicionar texto que fique em uma única linha rico para digitar 0 (zero) seguido do código do caractere.
• No slide, aponte para o local onde deseja inserir a • Certos símbolos, como o rosto feliz e as setas, são
caixa de texto e digite ou cole o texto. inseridos automaticamente ao digitar. Por exemplo, se
Adicionar texto que possa ser quebrado você digitar primeiro o rosto feliz usando caracteres do
• No slide, aponte para o local onde deseja inserir a teclado como “:-)”, o PowerPoint o converterá para o
caixa de texto, arraste a caixa de texto para o tamanho símbolo de rosto feliz.
desejado e digite ou cole o texto.
Observação: Para adicionar texto a uma linha, um co- Ativar ou desativar o AutoAjuste de texto
nector ou uma AutoForma de forma livre, você deve adi- Ativar ou desativar o AutoAjuste de texto no corpo de
cionar o texto usando uma caixa de texto. texto também irá ativá-lo e desativá-lo no painel de ano-
tações.
Adicionar WordArt 1. No menu Ferramentas, clique em Opções de Auto-
1. Selecione o slide ao qual você deseja adicionar a Correção.
WordArt. 2. Clique na guia AutoFormatação ao digitar.
2. Na barra de ferramentas Desenho, clique em Inserir 3. Siga um destes procedimentos:
WordArt. Ativar ou desativar o AutoAjuste para o texto do título
3. Clique no efeito de WordArt desejado e, em seguida, • Em Aplicar ao digitar, marque ou desmarque a caixa
clique em OK. de seleção AutoAjuste de texto de título em espaços
4. Na caixa de diálogo Editar texto da WordArt, digite o reservados.
texto desejado. Ativar ou desativar o AutoAjuste para o corpo de texto
5. Siga um destes procedimentos: • Em Aplicar ao digitar, marque ou desmarque a caixa
• Para alterar o tipo da fonte, na lista Fonte, selecione de seleção AutoAjuste de corpo de texto em espaços
uma fonte. reservados.
• Para alterar o tamanho da fonte, na lista Tamanho, Dica:
selecione um tamanho. Você pode desativar temporariamente o AutoAjuste de
• Para tornar o texto negrito, clique no botão Negrito. texto no menu do botão Opções de AutoAjuste.
• Para tornar o texto itálico, clique no botão Itálico.
Expandir ou recolher texto
Inserir um símbolo ou caractere especial Ao trabalhar com texto na guia Estrutura de tópicos no
As fontes como Arial e Times New Roman fornecem modo de exibição normal, você pode recolhê-lo de for-
caracteres em conformidade com o padrão de codifica- ma que somente o primeiro nível da estrutura de tópi-
ção de texto Unicode. Na caixa de diálogo Símbolo, você cos (títulos dos slides) seja exibido enquanto você de-
pode usar a lista Subconjunto para procurar por carac- fine a organização. Você pode expandir novamente o
teres Unicode por categoria. texto quando desejar.
1. Para disponibilizar o comando Símbolo, no modo de
exibição normal, coloque o ponto de inserção na guia Recolher texto em um slide
Estrutura de tópicos ou em um espaço reservado para Siga um destes procedimentos:
texto no slide. • Clique duas vezes no ícone de slide.
2. No menu Inserir, clique em Símbolo. • Pressione ALT+SHIFT+ sinal de subtração.
3. Para alterar fontes, clique em um nome na caixa Fonte.
4. Siga um destes procedimentos: Recolher todo o texto da apresentação
Insira um símbolo ou caractere da lista padrão (ASCII) Siga um destes procedimentos:
• Clique no símbolo ou caractere desejado, em Inserir • Na barra de ferramentas Padrão, clique em Expandir
e, em seguida, clique em Fechar. Tudo. (Isso alterna entre as ações de recolher e expan-
Inserir um símbolo ou caractere Unicode dir texto.)
2. Na caixa De, clique em Unicode (hex). (Se Unicode • Pressione ALT+SHIFT+1.
(hex) não estiver na lista, a fonte que você escolheu
não oferece suporte a caracteres Unicode.) Expandir texto em um slide
3. Na lista Subconjunto que aparece no canto superior Siga um destes procedimentos:
direito, selecione a categoria de símbolos ou caracte- • Clique duas vezes no ícone de slide.
res desejados, como Latim básico ou Símbolos de • Pressione ALT+SHIFT+ sinal de adição.
moeda. (A lista será diferente dependendo da fonte es-
colhida.) Expandir todo o texto da apresentação
4. Clique no símbolo ou caractere desejado, em Inse- Siga um destes procedimentos:
rir, e, em seguida, clique em Fechar. • Na barra de ferramentas Padrão, clique em Expandir
Observação Se você selecionou caracteres Unicode Tudo.
da última vez que abriu a caixa de diálogo Símbolo, • Pressione ALT+SHIFT+9.
Unicode será exibido por padrão da próxima vez que
você exibir a caixa de diálogo. Localizar texto
Dicas: 1. No menu Editar, clique em Localizar.
• Use a lista Símbolos usados recentemente na parte 2. Na caixa Localizar, insira o texto que você deseja
inferior da caixa de diálogo Símbolo para localizar rapi- pesquisar.
damente um caractere que você tenha usado e que de- 3. Clique em Localizar próxima.
seja inserir novamente. Observação: Para cancelar uma pesquisa em anda-
• Coloque o ponto de inserção no local onde você dese- mento, pressione ESC.

Degrau Cultural 281

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Conhecimentos Específicos

Inserir ¢, £, ¥, &, ® e outros caracteres que não se


encontram no teclado Paradas de tabulação padrão
1. Siga um destes procedimentos: Aparecem como pequenos marcadores cinzas abaixo
• Para o Microsoft Windows XP, clique em Iniciar, aponte dos números na régua. Você pode arrastar as paradas
para Todos os Programas, aponte para Acessórios, de tabulação para novas posições. Use-as para o texto
aponte para Ferramentas do Sistema e clique em Mapa que não está em listas numeradas ou com marcadores.
de Caracteres. Paradas de tabulação personalizadas
• Para o Microsoft Windows 2000, clique em Iniciar, apon- Posteriormente, personalize suas paradas de tabula-
te para Programas, aponte para Acessórios, aponte ção configurando marcas de tabulação à esquerda , à
para Ferramentas do Sistema e clique em Mapa de
Caracteres. direita , centralizada ou decimal .
Observação: Se o Mapa de caracteres não estiver dispo-
Um exemplo típico de alteração de recuo é quando você
nível, consulte a Ajuda do Windows para obter informa-
deseja ajustar o espaço entre um marcador de uma
ções sobre como instalar um componente do Windows.
lista e o texto que o acompanha — movendo o recuo da
2. Na lista Fonte, clique na fonte que você deseja usar.
primeira linha e o recuo à esquerda mais próximo ou
3. Clique no caractere especial desejado. Se você não
mais afastado um do outro. No caso de uma parada de
vir o caractere desejado, tente selecionar outra fonte na
tabulação especial, você pode ter dados numéricos em
lista Fonte.
uma lista que deseje alinhar pelo ponto decimal. Use a
4. Clique em Selecionar e, em seguida, clique em Copiar.
tabulação decimal para fazer isso.
5. Alterne para o seu documento e posicione o ponto de
inserção no lugar em que deseja colar o caractere.
Alterar o espaçamento entre linhas de um parágrafo
6. Clique em Colar.
1. No slide, selecione os parágrafos cujo espaçamento
7. Se o caractere tiver a aparência diferente do escolhi-
você deseja alterar.
do, selecione-o e aplique a mesma fonte escolhida no
Como?
Mapa de caracteres.
• Para selecionar um único parágrafo, clique nele.
Dica:
• Para selecionar uma lista inteira, arraste para seleci-
Se souber qual é o equivalente em Unicode ao caracte-
onar todo o texto ou selecione o espaço reservado cli-
re que deseja inserir, você poderá inserir também um
cando no texto dentro dele e, em seguida, clicando na
caractere especial diretamente em um documento, sem
borda.
usar o Mapa de Caracteres. Para fazer isso, abra o do-
2. No menu Formatar, clique em Espaçamento entre
cumento e posicione o ponto de inserção no local em
linhas.
que o caractere especial deverá aparecer. Em seguida,
3. Siga um ou todos estes procedimentos:
com a tecla NUM LOCK ativada, mantenha pressiona-
• Para alterar o espaçamento acima de um parágrafo e
da a tecla ALT ao usar o teclado numérico para digitar o
dentro dele, em Espaçamento entre linhas, digite ou
valor do caractere Unicode.
clique nas setas para alterar o número.
• Para alterar o espaçamento acima de um parágrafo,
Sobre as configurações de recuo e de tabulação
em Antes do parágrafo, digite ou clique nas setas para
Os recuos e as paradas de tabulação o ajudam a ali-
alterar o número.
nhar o texto de slide. Em listas numeradas ou com
• Para alterar o espaçamento abaixo de um parágrafo,
marcadores, os recuos predefinidos existem em cinco
em Depois do parágrafo, digite ou clique nas setas
níveis de marcadores ou números e corpo de texto.
para alterar o número.
Quando você digita parágrafos simples (sem usar mar-
Dicas:
cadores nem numeração), um recuo inicial e uma pa-
• O AutoAjuste de texto fica ativado por padrão; portanto,
rada de tabulação padrão o ajudam a recuar o texto.
se você aumentar o espaçamento entre linhas, o texto
Você pode alterar e adicionar posições de recuo e de
pode ser redefinido para que se ajuste no espaço re-
paradas de tabulação.
servado.
Os recuos e as paradas de tabulação aparecem na
• Você também pode selecionar um texto na guia Estru-
régua horizontal. Quando você exibe um novo slide e
tura de tópicos no modo de exibição normal e alterar o
clica na área de texto em um espaço reservado ou clica
espaçamento. O efeito aparece no slide.
em uma caixa de texto que você adicionou, os recuos e
• Para alterar o espaçamento entre linhas em uma apre-
paradas de tabulação padrão aparecerão.
sentação inteira, altere o espaçamento no slide mes-
tre. Para exibir o slide mestre, no menu Exibir, aponte
para Mestre e clique em Slide mestre.

Sobre correções automáticas de texto


O recurso AutoCorreção corrige a aplicação de maiús-
culas e erros de ortografia ou de digitação que ocorrem
ao digitar. As opções de AutoCorreção ficam ativadas
por padrão, e podem ser desativadas. Se existirem cer-
Marcador de recuo da primeira linha tas palavras que você não deseja corrigir, crie exceções
Mostra a posição da primeira linha de um parágrafo ou, a algumas regras de aplicação de maiúsculas.
em uma lista numerada ou com marcadores, a posi- Além disso, o botão Opções de AutoCorreção, que é
ção do número ou do marcador em um item na lista. disponibilizado ao lado do texto após uma correção,
oferece um maior controle sobre correções automáti-
Marcador de recuo à esquerda cas ao permitir que você desfaça a correção ou altere
Mostra a posição da segunda linha de um parágrafo as configurações de AutoCorreção.
ou, em uma lista numerada ou com marcadores, o re- A correção automática de texto se aplica a todos os
cuo do texto ao lado do número ou do marcador. tipos de texto, exceto WordArt.
282 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Correções de aplicação de maiúsculas As correções automáticas selecionadas na caixa de


O recurso AutoCorreção oferece várias opções de apli- diálogo ainda serão executadas.
cação de maiúsculas. São elas:
• Corrigir duas iniciais maiúsculas digitadas seguidas, Sobre a verificação do estilo em uma apresentação
de forma que a segunda fique em minúscula. Quando estiver verificando o estilo de uma apresenta-
• Colocar maiúscula na primeira letra das frases, primei- ção, o Microsoft PowerPoint verifica a consistência na
ra letra das células das tabelas e nos nomes dos dias. pontuação, no uso de maiúsculas e nos elementos vi-
• Corrigir a aplicação de maiúsculas no caso de você ini- suais, como o tamanho mínimo em pontos para o texto.
ciar a frase com a tecla CAPS LOCK ativada por engano. A verificação de estilo baseia-se nas configurações
padrão no PowerPoint.
Correções de erros de ortografia
O recurso AutoCorreção também contém uma lista de Como as verificações de estilo funcionam
entradas — palavras com ortografia errada — que, ao Um exemplo de uma regra de estilo padrão é o uso de
serem digitadas, serão substituídas pela forma orto- iniciais em maiúscula na maioria das palavras em títu-
gráfica correta. Por exemplo, se você errar e digitar los de slides. Se você criar um título colocando somen-
“cpm”, essa palavra será automaticamente alterada te a primeira letra da sentença em maiúscula, você será
para “com”. Além disso, alguns caracteres, como ca- notificado pelo PowerPoint através da exibição de um
racteres de marca registrada “(r)” e “(tm)”, serão subs- ícone de lâmpada que aparece ao lado do Assistente
tituídos pelos símbolos ® e ™. Você pode adicionar, do Microsoft Office. Ao clicar na lâmpada, aparecerão
excluir ou modificar qualquer entrada da AutoCorreção. várias opções: para aceitar a sugestão de estilo; para
ignorá-la nesse caso; para desativá-la (Não exibir esta
Texto em outros idiomas dica novamente) ou para exibir a caixa de diálogo Op-
As entradas padrão de AutoCorreção no Microsoft Po- ções de estilo, na qual você poderá alterar as configu-
werPoint estarão no tipo de idioma que você estiver rações de estilo.
usando para o texto. Sendo assim, por exemplo, se o Se o Assistente do Office tiver sido desativado, você
idioma padrão do texto for inglês, as entradas serão não receberá as notificações sobre as inconsistências
em inglês. Se você alternar o idioma padrão para portu- de estilo; portanto, elas serão ignoradas.
guês, os erros de ortografia e as correções da AutoCor-
reção serão alterados para português. O que está incluído na verificação de estilo?
O PowerPoint verifica o seguinte:
Exceções • Consistência no uso de iniciais em maiúscula em
Se desejar, você pode criar exceções às regras de apli- títulos e corpo de texto.
cação de maiúsculas da AutoCorreção. Por exemplo, a • Consistência no uso de pontuação final em títulos e
AutoCorreção interpreta um ponto como o final de uma no corpo de texto.
frase, portanto, se você digita uma abreviação com um • Número máximo de estilos de fonte.
ponto no final, a primeira letra após o ponto ficará em • Tamanho mínimo de fonte para o texto do título e corpo
maiúscula. Para evitar isso, você pode especificar abre- de texto.
viações nas quais deseja que essa regra de aplicação • Número máximo de itens com marcadores em uma
de maiúscula seja ignorada. lista.
Por exemplo, se você adicionar a abreviação “info.” como • Número máximo de linhas de texto no título ou por
uma exceção, a AutoCorreção não mais aplicará maiús- item de lista.
cula na palavra seguinte. O PowerPoint contém uma lis-
ta padrão de exceções na qual você pode adicionar itens. Verificar a ortografia
O Microsoft PowerPoint não verifica a ortografia em ob-
O botão Opções de AutoCorreção jetos incorporados, como gráficos, em efeitos especi-
O botão Opções de AutoCorreção aparece primeiro ais de texto como WordArt, nem em objetos inseridos,
como uma caixa azul pequena quando você posiciona como documentos do Microsoft Word.
o ponteiro do mouse próximo ao texto que foi corrigido Siga um destes procedimentos:
automaticamente e é transformado em um ícone de
botão quando você aponta para ele. Quando você clicar Verificar a ortografia na apresentação inteira
no botão, ele exibirá uma lista de opções, que incluem: 1. Na barra de ferramentas Padrão, clique em Verificar
• Desfazer uma alteração de maiúscula (desfaz somente ortografia.
a última ocorrência) ou Voltar para ortografia original 2. Selecione a opção desejada para cada palavra na
do texto (alterações somente na última ocorrência) qual a verificação parar — seja para alterá-la para a
• Refazer a correção automática ortografia sugerida, ignorá-la, adicioná-la ao dicionário
• Parar de executar a aplicação de maiúsculas ou cor- personalizado ou adicioná-la à lista AutoCorreção.
reção do texto (altera a configuração global ou a entra- Observação: Se o ponto de inserção estiver no painel
da de texto na caixa de diálogo AutoCorreção, evitando de anotações ou no painel de slides, a verificação orto-
que essa correção ocorra novamente) gráfica alterna a verificação entre os dois. Se o ponto de
• Controlar opções de AutoCorreção (exibe a caixa de inserção estiver na guia Estrutura de tópicos, todos os
diálogo AutoCorreção, onde você pode ajustar as con- slides serão verificados primeiro e, em seguida, as
figurações conforme desejar) anotações.
O botão Opções de AutoCorreção está disponível em
cada ocorrência de uma correção automática. Para tex- Verificar a ortografia ao digitar
tos em espaços reservados, o botão ficará disponível 1. No menu Ferramentas, clique em Opções e, em
tanto no slide quanto na guia Estrutura de tópicos. seguida, clique na guia Ortografia e estilo.
Se você não desejar que esse botão apareça após uma 2. Marque a caixa de seleção Verificar ortografia ao
correção, desative-o na caixa de diálogo AutoCorreção. digitar.

Degrau Cultural 283

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Conhecimentos Específicos

3. Para escolher uma opção em uma lista de possíveis - Lentes e clipes sofisticados.
correções, na sua apresentação, clique com o botão - Páginas, camadas e grupos.
direito do mouse na palavra com a linha ondulada ver- - Objetos OLE.
melha e, em seguida, clique em uma opção no menu - Bitmaps girados.
de atalho. - Preenchimentos de vetores.
Observação: Na caixa de diálogo Opções, use as ou- - Texto de parágrafo de várias áreas
tras caixas de seleção em Ortografia para controlar as
verificações ortográficas posteriores. Hanako (.jsh, jah e .jbh)
O filtro gráfico Hanako é usado para a versão do Micro-
Mostrar ou ocultar erros de ortografia soft Office 2000 no idioma japonês.
Ao ocultar erros, o Microsoft PowerPoint ainda verifica a Esse filtro (Jshimp.flt, Jahimp.flt e Jbhimp.flt) oferece
ortografia ao digitar, mas as linhas onduladas verme- suporte e converte arquivos .jsh, .jah e .jbh do Hanako
lhas que marcam as palavras que não estão no dicio- 2.0 e 3.0 no formato Metarquivo do Microsoft Windows.
nário do PowerPoint não aparecem. O filtro tem as seguintes limitações:
1. No menu Ferramentas, clique em Opções e, em • Os dados de imagem serão excluídos quando os ar-
seguida, clique na guia Ortografia e estilo. quivos forem abertos.
2. Marque ou desmarque a caixa de seleção Ocultar • A conversão de arquivos com grandes quantidades de
erros de ortografia para ocultar ou mostrar erros de dados pode ser demorada ou pode não ocorrer. Nesse
ortografia. caso, exclua os dados ou objetos desnecessários ou
Dica: salve novamente o arquivo como vários arquivos e ten-
Para desativar a correção ortográfica automática, no te reabri-los.
menu Ferramentas, clique em Opções, em seguida, • As formatação complexa de texto ou as propriedades
clique na guia Ortografia e estilo e desmarque a caixa de imagem que não podem ser expressadas no forma-
de seleção Verificar ortografia ao digitar. to Metarquivo do Windows serão excluídas ou simplifi-
Tipos de arquivos gráficos e filtros cadas quando o arquivo for aberto. Isso poderá afetar o
Você pode inserir diversos formatos de arquivos gráfi- alinhamento do texto ou das imagens.
cos populares em sua apresentação, diretamente ou Arquivo PICT do Macintosh (.pct)
com o uso de filtros gráficos separados. Você não pre- O filtro gráfico do arquivo PICT do Macintosh (Pictim32.flt)
cisa de um filtro separado para inserir os seguintes é usado para importar gráficos PICT do Macintosh. Re-
formatos de arquivos: nomeie os arquivos PICT do Macintosh com a extensão
• Metarquivo avançado (.emf) .pct ao copiá-los para um computador que usa o Micro-
• Formato GIF (.gif) soft Windows, para que o Microsoft Office para Windo-
• Formato JPEG (.jpg) ws possa reconhecer os arquivos como gráficos PICT.
• Formato PNG (.png) Por exemplo, se você tiver um arquivo gráfico chamado
• Bitmap do Microsoft Windows (.bmp, .rle, .dib) Bear no Macintosh, deverá renomeá-lo como Bear.pct,
A seguir estão informações sobre os tipos de arquivos antes de inseri-lo em um arquivo para Windows.
e filtros comuns disponíveis.
Formato WPG (.wpg)
Metarquivo CGM (.cgm) O filtro de importação WPG (Wpgimp32.flt) oferece su-
O filtro gráfico de Metarquivo CGM (Cgmimp32.flt) ofere- porte ao WordPerfect Graphics Versões 1.0, 1.0e e 2.0,
ce suporte à Versão 1 do CGM 1992. O filtro trata todas que correspondem ao WordPerfect Versão 6.x e anteri-
as três codificações e interpreta e oferece suporte a or. Para imagens .wpg criadas no DrawPerfect, o tama-
todos os elementos e tratará corretamente todos os nho do quadro da imagem é o tamanho da tela.
arquivos gráficos .cgm válidos. Este filtro tem as seguintes limitações:
Os principais perfis industriais da ATA (Air Transport • As informações PostScript são perdidas nas imagens
Association) e de CALS (Continuous Acquisition and PostScript encapsuladas incorporadas em arquivos WPG.
Life Cycle Support) têm suporte total do filtro de Metar- • Os arquivos WPG com bitmaps grandes incorporados
quivo CGM. O filtro foi certificado como compatível com podem não ser exibidos adequadamente em computa-
ATA e CALS por teste administrado pelo NESTA (Nacio- dores que usam os drivers de vídeo da série Mach da
nal Institui of Standard and Technology). ATI. Se você achar que tem esse problema, tente execu-
Se você instalar o filtro durante a Instalação, os seguin- tar a Instalação do Microsoft Windows e alterar o driver
tes arquivos serão instalados: Cgmimp32.flt, de vídeo para drivers 8514/a fornecidos com o Windows.
Cgmimp32.fnt, Cgmimp32.cfg e Cgmimp32.hlp.
Este filtro tem a seguinte limitação: CGM 1992 Versões Localizar um clipe
2, 3 e 4 não têm suporte. 1. No menu Inserir, aponte para Imagem e clique em
Clip-art.
CorelDRAW (.cdr) 2. No painel de tarefas Clip-art, na caixa Pesquisa, digi-
O filtro gráfico do CorelDRAW (Cdrimp32.flt) oferece te uma palavra ou uma frase que descreva o clipe de-
suporte a arquivos .cdr, .cdt, .cmx e .pat do CorelDRAW sejado ou digite todo o nome do arquivo do clipe ou
3.0 ao 9.0. parte dele.
Este filtro tem as seguintes limitações: 3. Para restringir sua pesquisa, siga um destes proce-
• Preenchimentos com textura de objeto e PostScript dimentos ou ambos:
são substituídos por preenchimentos em cinza sólido. • Para limitar os resultados da pesquisa a uma coleção
• Preenchimentos graduais são divididos em faixas específica de clipes, na caixa Pesquisar em, clique na
monocromáticas. seta e selecione as coleções que você deseja pesquisar.
• Não há suporte para: • Para limitar os resultados da pesquisa a um tipo es-
- Preferências do CorelDRAW, como tamanho e orien- pecífico de arquivo de mídia, na caixa Os resultados
tação de página, unidades, grade e diretrizes. devem ser, clique na seta e marque a caixa de seleção

284 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

ao lado dos tipos de clipes que você deseja localizar. 1. Clique com o botão direito do mouse na imagem do
4. Clique em Pesquisar. Media Gallery que você deseja modificar e clique em
Dica: Editar imagem.
Se você não sabe o nome exato do arquivo, pode subs- 2. Clique em Sim quando a caixa de mensagem for
tituir um ou mais caracteres reais por caracteres curin- exibida.
gas. Use o asterisco (*) como um substituto para zero 3. Use as ferramentas da barra de ferramentas Dese-
ou mais caracteres em um nome de arquivo, e o ponto nho para modificar os objetos.
de interrogação (?) como um substituto para um único
caractere em um nome de arquivo. Selecionar objetos
As alças de dimensionamento indicam que o objeto ou
Visualizar um clipe o grupo de objetos foi selecionado.
1. Localizar o clipe de mídia que você deseja visualizar. Siga um destes procedimentos:

Como? Selecionar um objeto


1. No menu Inserir, aponte para Imagem e clique em Siga um destes procedimentos:
Clip-art. • Clique na borda de seleção do objeto.
2. No painel de tarefas Clip-art, na caixa Pesquisa, digi- • Para selecionar um objeto que faça parte de um gru-
te uma palavra ou uma frase que descreva o clipe de- po, selecione primeiro o grupo e clique no objeto dese-
sejado ou digite todo o nome do arquivo do clipe ou jado.
parte dele. Observação: Para selecionar um objeto que esteja
3. Para restringir sua pesquisa, siga um destes proce- debaixo de outros objetos, selecione primeiro o objeto
dimentos ou ambos: que está no topo e pressione a tecla TAB para seguir
• Para limitar os resultados da pesquisa a uma coleção adiante no ciclo de objetos (ou SHIFT+TAB para voltar
específica de clipes, na caixa Pesquisar em, clique na atrás).
seta e selecione as coleções que você deseja pesqui-
sar. Selecionar vários objetos
• Para limitar os resultados da pesquisa a um tipo es- Siga um destes procedimentos:
pecífico de arquivo de mídia, na caixa Os resultados • Para selecionar um objeto de cada vez, mantenha a
devem ser, clique na seta e marque a caixa de seleção tecla SHIFT pressionada ao clicar em cada objeto.
ao lado dos tipos de clipes que você deseja localizar. • Para selecionar objetos que estejam próximos uns
4. Clique em OK. dos outros, na barra de ferramentas Desenho, clique
2. Na caixa Resultados, mova o ponteiro de seu mouse em Selecionar objeto e arraste uma caixa pontilhada
sobre a miniatura do clipe e clique na seta que é exibida. sobre os objetos.
3. Clique em Visualizar/propriedades. • Para selecionar objetos que façam parte de um grupo,
selecione o grupo e mantenha a tecla SHIFT pressio-
Inserir um clipe nada ao clicar nos objetos desejados.
1. Localizar o clipe de mídia que você deseja inserir. Dica:
Para selecionar objetos ocultos ou empilhados, você
Como? também pode usar o comando Selecionar vários
1. No menu Inserir, aponte para Imagem e clique em objetos. Adicione esse botão à barra de ferramentas
Clip-art. Desenho.
2. No painel de tarefas Clip-art, na caixa Pesquisa, digi-
te uma palavra ou uma frase que descreva o clipe de- Selecionar um ou mais objetos sem usar o mouse
sejado ou digite todo o nome do arquivo do clipe ou 1. Se não estiver na barra de ferramentas Desenho,
parte dele. adicione o botão Selecionar vários objetos.
3. Para restringir sua pesquisa, siga um destes proce-
dimentos ou ambos: Como?
• Para limitar os resultados da pesquisa a uma coleção 1. Pressione ALT+F e, em seguida, pressione
específica de clipes, na caixa Pesquisar em, clique na CTRL+TAB até selecionar a barra de ferramentas De-
seta e selecione as coleções que você deseja pesquisar. senho.
• Para limitar os resultados da pesquisa a um tipo es- 2. Pressione a tecla de SETA PARA A DIREITA até chegar
pecífico de arquivo de mídia, na caixa Os resultados à seta Mais botões.
devem ser, clique na seta e marque a caixa de seleção 3. Pressione a tecla de SETA PARA BAIXO. O menu Adi-
ao lado dos tipos de clipes que você deseja localizar. cionar ou remover botões será exibido.
4. Clique em OK. 4. Pressione a tecla de SETA PARA BAIXO, pressione a
Dica: tecla de SETA PARA A DIREITA, pressione a tecla TAB até
Se você não sabe o nome exato do arquivo, pode subs- chegar ao botão Selecionar vários objetos e, em se-
tituir um ou mais caracteres reais por caracteres curin- guida, pressione ENTER.
gas. Use o asterisco (*) como um substituto para zero
ou mais caracteres em um nome de arquivo, e o ponto 2. Na barra de ferramentas Desenho, clique em Seleci-
de interrogação (?) como um substituto para um único onar vários objetos.
caractere em um nome de arquivo. 3. Marque a caixa de seleção ao lado do(s) objeto(s)
desejado(s) e clique em OK.
2. Na caixa Resultados, clique no clipe para inseri-lo.
Observações
Modificar clip-art • Para desmarcar todos os objetos, clique em qualquer
Se você inserir um Metarquivo do Microsoft Windows lugar, menos nos objetos.
(arquivo .wmf ) proveniente do Media Gallery, poderá • Para desmarcar um objeto de cada vez, mantenha a
convertê-lo em um objeto de desenho. Se a imagem for tecla SHIFT pressionada e clique no objeto.
um arquivo bitmap, .jpg, .gif ou .png, ela não poderá ser Dica:
convertida em objetos de desenho ou ser desagrupada. • Se você tiver dificuldades para selecionar um objeto

Degrau Cultural 285

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Conhecimentos Específicos

ou grupo de objetos específico, clique na caixa Zoom Apresentação auto-executável: Você pode configurar
para aumentar a visualização. uma apresentação para que ela seja executada auto-
maticamente em uma cabine ou quiosque em uma fei-
Música e sons ra ou convenção. Você pode tornar inacessível a maio-
Você pode adicionar música e sons a partir de arquivos ria dos controles para que os usuários não possam
no seu computador, rede, Internet ou Microsoft Media fazer alterações na apresentação. Uma apresentação
Gallery. Você pode também gravar seus próprios sons auto-executável pode ser reiniciada assim que termina
para adicionar a uma apresentação ou utilizar música e também quando fica ociosa por mais de cinco minu-
de um CD. tos em um slide de avanço manual.
Você insere música ou sons em um slide e aparecerá
um ícone de som representando o arquivo de som. Para Apresentações on-line
tocar a música ou som, você pode configurá-lo para Reuniões com colaboração: O uso do programa Micro-
iniciar automaticamente quando o slide é exibido, inici- soft NetMeeting com o PowerPoint permite que você
ar com um clique do mouse, iniciar automaticamente compartilhe uma apresentação e troque informações
com um retardo de tempo ou executar como parte de com pessoas em sites diferentes em tempo real como
uma seqüência de animações. Se você não quer que o se todos estivessem na mesma sala.
ícone fique visível, você pode arrastá-lo para fora do Em uma conferência do NetMeeting, você pode com-
slide e configurar o som para tocar automaticamente. partilhar programas e documentos, enviar mensagens
de texto em bate-papo, transferir arquivos e trabalhar
Gravar som ou comentário em um único slide no quadro de comunicações. Através da colaboração,
Para gravar e ouvir um som ou comentário, você preci- os participantes podem assumir o controle da apre-
sa de uma placa de som, microfone e alto-falantes. sentação para rever e editar seu conteúdo. Durante a
1. Exiba o slide ao qual você deseja adicionar um som reunião, somente uma pessoa pode controlar a apre-
ou comentário. sentação de cada vez, mas vários usuários podem tra-
2. No menu Inserir, aponte para Filmes e sons e clique balhar em bate-papo ou no quadro de comunicações
em Gravar som. simultaneamente se a colaboração for ativada.
3. Para gravar som ou comentário, clique em Gravar. Transmissão de apresentação: Você pode transmitir
4. Quando terminar, clique em Parar. uma apresentação (incluindo vídeo e áudio) através da
5. Na caixa Nome, digite um nome para o som e clique Web. Você pode usar a transmissão para uma reunião
em OK. da empresa, fazendo a apresentação a grupos remo-
Um ícone de som será exibido no slide. tos, ou fazer uma reunião de equipe cujos participantes
estejam em vários locais diferentes. Com o Microsoft
Adicionar transições entre slides Outlook ou qualquer outro programa de e-mail, você
Siga um destes procedimentos: agenda a transmissão como faria com qualquer reu-
Adicionar a mesma transição em todos os slides em nião. A apresentação é salva em formato linguagem de
uma apresentação de slides marcação de hipertexto (HTML). Portanto, tudo o que o
1. No menu Apresentações, clique em Transição de seu público precisa para exibir a apresentação é do
slides. Microsoft Internet Explorer 5.0 ou posterior. A transmis-
2. Na lista, clique no efeito de transição desejado. são pode ser gravada e salva em um servidor Web, no
3. Clique em Aplicar a todos os slides. qual ficará disponível para reprodução sempre que for
preciso.
Adicionar transições diferentes entre slides Apresentações na Web ou na intranet: Você pode cri-
Repita o processo a seguir para cada slide ao qual ar sua apresentação especificamente para a World
você deseja adicionar uma transição diferente. Wide Web ou para uma intranet publicando-a como
1. Na guia Slides, no modo de exibição normal, seleci- uma página da Web. Publicar uma apresentação sig-
one os slides aos quais você deseja adicionar uma nifica inserir uma cópia da apresentação no formato
transição. HTML na Web. Você pode publicar cópias da mesma
2. No menu Apresentações, clique em Transição de apresentação em locais diferentes. É possível publi-
slides. car uma apresentação completa, uma apresentação
3. Na lista, clique no efeito de transição desejado. personalizada, um slide único ou um intervalo de sli-
des. Como a navegação é um elemento crítico em uma
Execução de apresentações apresentação, as apresentações do PowerPoint no
O Microsoft PowerPoint oferece várias maneiras de exe- formato HTML incluem uma barra de links que permite
cutar sua apresentação, incluindo em tela, on-line, que você se movimente pelos slides usando o painel
transparências, impressões e slides de 35 mm. de tópicos. As anotações do orador também estarão
visíveis para todos os usuários em uma apresenta-
Apresentações na tela ção publicada na Web, portanto, você pode usar esse
Você pode usar todos os efeitos especiais e recursos recurso como uma legenda.
do PowerPoint para tornar interessante e completa uma
apresentação na tela (eletrônica). É possível usar tran- Transparências
sições de slides, intervalos, filmes, sons, animação, Você pode criar uma apresentação que use transpa-
hiperlinks e marcas inteligentes. Após decidir que usa- rências, imprimindo os slides como transparências em
rá um computador para fazer a apresentação, você tem preto e branco ou coloridas. Esses slides podem ser
várias opções para apresentá-la. criados com orientação de paisagem ou retrato.
Apresentação com um orador ao vivo: Fazer uma apre-
sentação em uma sala ampla usando um monitor ou Documentos impressos
projetor é a forma mais comum de se executar apre- Você pode criar a apresentação para que ela tenha uma
sentações. O orador tem total controle da apresenta- ótima aparência tanto na tela colorida como quando
ção, pode executá-la automaticamente ou manualmente
impressa em escala de cinza ou simplesmente em pre-
e até mesmo gravar uma narração a ser executada du-
rante o andamento da apresentação. to e branco em uma impressora a laser.

286 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

Slides de 35 mm Como?
Uma central de serviços pode transformar seus slides 1. Abra a caixa de diálogo Propriedades de vídeo do
eletrônicos em slides de 35 mm. Contate a central de seu laptop e clique na guia Configurações.
serviços local para obter instruções. 2. Em Área da tela, mova o controle deslizante para
ajustar a resolução do vídeo do laptop. Se você não tiver
Anotações, folhetos e estruturas de tópicos certeza de que configuração escolher, tente 800x600
Para ajudar a apresentação, você pode fornecer ao pú- pixels; essa é a configuração comum de vários siste-
blico folhetos — versões menores dos slides, que po- mas de projetor.
dem ser impressos em vários layouts. Você também 3. Se você for utilizar áudio na apresentação, conecte o
pode imprimir as anotações do orador para o público. cabo entre o laptop e o projetor e teste o volume execu-
Além disso, enquanto estiver trabalhando em uma apre- tando um arquivo de som ou parte da sua apresentação.
sentação, você pode imprimir a estrutura de tópicos,
incluindo os títulos dos slides e os pontos principais. O visualizador do PowerPoint
O Microsoft Office PowerPoint Viewer é um programa
Navegar entre slides durante uma apresentação usado para executar apresentações em computadores
Use os comandos a seguir no modo de exibição apre- que não têm o Microsoft PowerPoint instalado. Por pa-
sentação. Para cada tipo de navegação, escolha um drão, o Visualizador do Office PowerPoint é adicionado
dos vários métodos. ao mesmo disco ou local da rede que contém uma ou
mais apresentações compactadas usando o recurso
Ir para o slide seguinte Pacote para CD.
• Clique no mouse. Por padrão, o Visualizador do PowerPoint é instalado
• Pressione ESPAÇO ou ENTER. na instalação do Microsoft Office 2003 para ser usado
• Clique com o botão direito do mouse, e no menu de com o recurso Pacote para CD. O arquivo do Visualiza-
atalho, clique em Próximo. dor do PowerPoint também está disponível para ser
baixado no site do Microsoft Office Online.
Ir para o slide anterior As apresentações protegidas por senha para abertura
• Pressione BACKSPACE. ou modificação podem ser abertas pelo Visualizador
• Clique com o botão direito do mouse, e no menu de do PowerPoint. O recurso Pacote para CD permite que
atalho, clique em Anterior. você compacte qualquer arquivo protegido por senha
ou defina uma nova senha para todas as apresenta-
Ir para um slide específico ções compactadas. O Visualizador do PowerPoint soli-
• Digite o número do slide, e a seguir pressione EN- citará uma senha se o arquivo foi protegido por senha
TER. para ser aberto.
• Clique com o botão direito do mouse, aponte para Ir O Visualizador do PowerPoint oferece suporte à abertu-
para Slide, no menu de atalho, e clique no slide dese- ra de apresentações criadas com o PowerPoint 97 e
jado. posterior. Além disso, oferece suporte a todo o conteú-
do do arquivo, exceto objetos OLE e scripts.
Ver o slide exibido anteriormente
• Clique com o botão direito do mouse e, no menu de Instalar e executar o Visualizador do PowerPoint
atalho, clique em Último Slide Exibido. 1. Siga um destes procedimentos:
Configurar uma apresentação para ser executada em
um segundo monitor Instalar o Microsoft Office PowerPoint Viewer direta-
Para utilizar este procedimento, você deve executar o mente do site
Microsoft Windows 2000 com o Service Pack 3 (ou pos- 1. Vá para o site do Microsoft Office Online e siga os
terior) ou o Microsoft Windows XP e instalar o hardware links do Microsoft PowerPoint que conduzem a downlo-
apropriado, de acordo com as instruções do fabricante. ads.
Use este procedimento para executar uma apresenta- 2. Clique para baixar o Visualizador do PowerPoint e
ção de slides na tela inteira do segundo monitor, en- siga as instruções para instalação.
quanto você exibe a apresentação no modo normal no
primeiro. Compacte sua apresentação e o Visualizador do Po-
1. No menu Apresentações, clique em Configurar apre- werPoint usando o recurso Pacote para CD
sentação. 3. No Microsoft PowerPoint, abra a apresentação que
2. Em Vários Monitores, na lista Exibir apresentação você deseja compactar.
de slides em: clique no monitor em que a apresenta- 4. No menu Arquivo, clique em Pacote para CD.
ção de slides deve ser exibida. 5. Na caixa de diálogo Pacote para CD, clique em Op-
ções e selecione as opções desejadas.
Configurar um laptop para executar uma apresenta- Observação: Por padrão, o Visualizador do PowerPoint
ção de slides em um projetor é incluído quando você usa o recurso Pacote para CD.
Use este procedimento quando precisar que uma apre-
sentação no laptop seja exibida em um sistema de pro- 2. Para executar o Visualizador do PowerPoint, no Mi-
jeção ou monitor externo. crosoft Windows Explorer, vá para a pasta na qual você
1. Conecte a porta externa do monitor do laptop ao mo- compactou o Visualizador do PowerPoint.
nitor ou sistema de projeção e ligue o projetor. 3. Clique duas vezes no arquivo do Visualizador do Po-
2. Para obter informações sobre como conectar dispo- werPoint, Pptview.exe, para abri-lo.
sitivos externos, consulte a documentação do laptop. 4. Clique na apresentação que você deseja executar ou
3. Configure a resolução de vídeo do laptop para que procure-a, se necessário, e clique em Abrir.
corresponda à resolução do sistema do projetor.
Imprimir slides

Degrau Cultural 287

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Conhecimentos Específicos

Se você estiver criando transparências para projeção, use incluirá automaticamente:


este procedimento para imprimir a apresentação em trans- • Um quadro de navegação que é a estrutura dos tópi-
parências. O Microsoft PowerPoint otimiza automaticamen- cos da apresentação.
te seus slides para que sejam impressos na impressora • Um quadro de slide.
selecionada — preto e branco ou colorida. • Um controle para mostrar ou ocultar a estrutura de
1. Configurar o tamanho do slide para impressão. tópicos da apresentação.
• Um controle para mostrar ou ocultar o painel de anota-
Como? ções.
1. No menu Arquivo, clique em Configurar página. • Uma opção de exibição em tela cheia que oculta os
2. Na caixa Slides dimensionados para, clique na op- controles do navegador e é semelhante à exibição de
ção desejada. uma apresentação de slides no Microsoft PowerPoint.
Se clicar em Personalizado, digite as medidas deseja- Se você tiver apresentações personalizadas em sua
das nas caixas Largura e Altura. apresentação, elas poderão ser vistas somente no
Observação: Todos os slides de uma apresentação modo de tela cheia.
têm que estar na mesma orientação, mas você pode Publique uma apresentação quando desejar:
escolher uma outra orientação para as anotações, fo- • Disponibilizar uma cópia da apresentação na Web que
lhetos e para a estrutura de tópicos. pode ser editada e atualizada (você pode manter o tra-
Dica: balho original da apresentação do PowerPoint em for-
1. Quando alterar para uma orientação de página dife- mato [.ppt])
rente, você talvez queira alterar a forma ou o posiciona- • Publicar cópias da mesma apresentação em diferen-
mento dos espaços reservados do texto ou de outros tes locais na Web
itens no slide mestre, de modo a se adaptarem melhor • Fazer um subconjunto de suas apresentações dispo-
à nova orientação. níveis (por exemplo, uma apresentação personalizada,
2. Para visualizar a aparência dos seus slides ao se- um único slide ou um intervalo de slides)
rem impressos, no menu Arquivo, clique em Visuali- • Personalizar a apresentação para obter uma visão
zar impressão e faça as alterações desejadas. melhor em determinado navegador ou versão do nave-
3. Na barra de ferramentas Visualizar impressão, na gador, como o Microsoft Internet Explorer 5.01 ou o Nets-
caixa Imprimir, clique em Slides. cape Navigator 3.0
4. Na barra de ferramentas Visualizar impressão, cli- • Escolher quais elementos, como anotações do ora-
que em Imprimir. dor, animações e botões de navegação, serão exibidos
Observação: Se você deseja imprimir slides coloridos, na versão da apresentação da Web
no menu Exibir, aponte para Cor/escala de cinza e cli-
que em Cores. Você precisa estar com uma impresso- Glossário
ra colorida selecionada como padrão para visualizar os
slides em cores em Visualizar impressão. Alça de dimensionamento: um dos pequenos círculos
ou quadrados que aparecem nos cantos e lados de um
Sobre a publicação de uma apresentação na Web objeto selecionado. Você arrasta essas alças para al-
Você pode usar a Web para fornecer outros acessos à terar o tamanho do objeto.
sua apresentação publicando essa apresentação no Animar: adicionar um efeito especial visual ou de som a
servidor Web ou em outro computador que esteja aces- um texto ou objeto. Por exemplo, o texto pode ter pontos
sível para as pessoas que você deseja que vejam a de marcadores surgindo da esquerda, uma palavra de
apresentação sem um navegador da Web. Quando você cada vez, ou reproduzir o som de aplausos quando uma
publicar uma apresentação, ela terá uma cópia que imagem for revelada.
poderá ser gravada no local que você escolher. Você Apresentação no modo normal: modo de exibição, uma
poderá publicar uma apresentação que esteja no for- forma de exibir o conteúdo de uma apresentação e for-
mato .ppt ou salva como página da Web, ou como uma necer ao usuário meios de interagir com ela.
Página da Web de Arquivo Único. Apresentação personalizada: uma apresentação den-
tro de uma apresentação na qual você agrupa slides
em uma apresentação existente para poder mostrar
essa seção da apresentação para um público em par-
ticular.
AutoFormas: um grupo de formas prontas que incluem
formas básicas, como retângulos e círculos, além de
uma variedade de linhas e conectores, setas largas,
símbolos de fluxogramas, estrelas e faixas, e textos
explicativos.
Bate-papo: um recurso do Microsoft NetMeeting que abre
uma janela separada na qual os participantes de uma
reunião online podem digitar e enviar mensagens de
texto uns para os outros.
Bitmap: uma imagem criada a partir de uma série de
pequenos pontos, semelhante a um pedaço de papel
milimetrado com determinados quadrados preenchi-
dos para compor formas e linhas. Quando armazena-
dos como arquivos, os bitmaps normalmente têm a
extensão .bmp.
Caixa de texto: um recipiente móvel, redimensionável,
Quando você publicar sua apresentação na Web ou para texto ou elementos gráficos. Use caixas de texto
salvá-la como uma página da Web, sua apresentação para posicionar vários blocos de texto em uma página

288 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

ou para atribuir ao texto uma orientação diferente de você pode compartilhar informações por meio de obje-
outro texto do documento. tos vinculados e incorporados.
Clipe: um único arquivo de mídia, incluindo arte, som, Página da Web: uma apresentação salva em formato
animação ou filme. HTML. Elementos gráficos de suporte e outros arqui-
Controle: um objeto da interface gráfica do usuário, vos relacionados são armazenados em uma pasta as-
como uma caixa de texto, uma caixa de seleção, uma sociada quando uma apresentação é salva como uma
barra de rolagem ou um botão de comando, que permi- página da Web.
te aos usuários controlar o programa. Você usa contro- MHTML Página da Web de Arquivo Único: um docu-
les para exibir dados ou opções, executar uma ação ou mento HTML salvo em formato MHTML, que integra ele-
facilitar a leitura da interface do usuário. mentos gráficos embutidos, miniaplicativos, documen-
Espaços reservados: caixas com bordas marcadas com tos vinculados e outros itens de suporte referidos no
traço fino ou pontilhados que fazem parte da maioria dos documento.
layouts de slide. Essas caixas contêm título e corpo de Painel de anotações: o painel no modo de exibição
texto ou objetos, como gráficos, tabelas e imagens. normal no qual você digita as anotações que deseja
Esquema de cores: um conjunto de oito cores harmo- incluir em um slide. Você imprime essas anotações
niosas que podem ser aplicadas a slides, páginas de como páginas de anotações ou as exibe ao salvar
anotações ou folhetos para o público. O esquema de uma apresentação como página da Web.
cores consiste em uma cor de plano de fundo, uma cor Painel de tarefas: uma janela dentro de um aplicativo
para linhas e texto, e seis outras cores selecionadas do Office que fornece os comandos mais usados. Seu
para facilitar a leitura dos slides. local e tamanho pequeno permitem que você use es-
Forma livre: qualquer forma desenhada usando as fer- ses comandos enquanto ainda estiver trabalhando com
ramentas Curva, Forma Livre e Rabisco. As formas li- seus arquivos.
vres podem incluir linhas retas e curvas feitas à mão Publicar: salvar a cópia de um arquivo no formato HTML
livre. Elas podem ser desenhadas abertas ou fecha- em um servidor Web.
das e podem ser editadas. Quadro de comunicações: um recurso do Microsoft
Formato WMF: um formato gráfico de vetor para com- NetMeeting que abre uma janela separada na qual os
putadores compatíveis com o Windows usado princi- participantes de uma reunião online podem digitar tex-
palmente como um formato de clip-art em documentos to; desenhar formas; copiar, colar e excluir objetos; e
de processamento de texto. realçar ou apontar para texto e elementos gráficos.
Grupo: um conjunto de objetos que funcionam como Layout: a organização de elementos, como o texto de
um só com a finalidade de serem movidos, redimensi- um título ou subtítulo, listas, imagens, tabelas, gráfi-
onados ou girados. Um grupo pode ser composto de cos, AutoFormas e filmes, em um gráfico.
vários conjuntos de grupos. Servidor Web: um computador que hospeda páginas da
Hiperlink: texto ou elemento gráfico colorido e subli- Web e responde a solicitações dos navegadores. Tam-
nhado no qual você clica para ir até um arquivo, um bém conhecido como um servidor HTTP, um servidor Web
local de um arquivo, uma página da Web na World Wide armazena arquivos cujas URLs começam com http://.
Web ou uma página da Web em uma intranet. Os hiper- Slide mestre: o slide que armazena informações sobre
links podem também levar a grupos de notícias e sites o modelo de design aplicado, incluindo estilos de fon-
Gopher, Telnet e FTP. te, tamanhos e posições de espaço reservado, design
HTML - linguagem de marcação de hipertexto: a lin- do plano de fundo e esquemas de cores.
guagem de marcação padrão usada em documentos Tempo real: o momento verdadeiro em que os eventos
na World Wide Web. HTML usa marcas para indicar de ocorrem. Quando documentos são compartilhados em
que forma os navegadores da Web devem exibir ele- tempo real, as alterações feitas neles ficam visíveis ins-
mentos de página, como texto e elementos gráficos, e tantaneamente para todos que estejam compartilhan-
de que forma devem responder às ações do usuário. do o documento.
Modelos de estrutura ou modelo de design: um arqui- Transição: um efeito de um conjunto de efeitos de exi-
vo que contém os estilos em uma apresentação, inclu- bição de transição disponíveis em alguns aplicativos
indo o tipo e o tamanho de marcadores e fontes; tama- do Microsoft Office. As transições especificam como a
nhos e posições de espaços reservados; design do exibição muda (como um dégradé para preto) à medida
plano de fundo e esquema de cores de preenchimento que o usuário se desloca de um item (como um slide
e um slide mestre e um título mestre opcional. ou página da Web) para outro.
Navegador: software que interpreta arquivos HTML, os Unicode: um padrão de codificação de caractere de-
formata em páginas da Web e os exibe. Um navegador senvolvido pela Unicode Consortium. Usando mais de
da Web, como o Microsoft Internet Explorer, pode visitar um byte para representar cada caractere, o Unicode
hiperlinks, transferir arquivos e tocar som ou executar permite que quase todos os idiomas escritos no mun-
arquivos de vídeo incorporados em páginas da Web.
do sejam representados usando um único conjunto de
Objeto incorporado: as informações (objeto) contidas
em um arquivo de origem e inseridas em um arquivo caracteres.
de destino. Depois de incorporado, o objeto se torna WordArt: objetos de texto criados com efeitos predefi-
parte do arquivo de destino. As alterações feitas no ob- nidos aos quais é possível aplicar opções de formata-
jeto incorporado são refletidas no arquivo de destino. ção adicionais.
Objeto vinculado: um objeto criado em um arquivo de
origem e inserido em um arquivo de destino e que
mantém uma conexão entre os dois arquivos. O obje-
to vinculado no arquivo de destino pode ser atualizado
quando o arquivo de origem é atualizado.
OLE Object Linking and Embedding - Vinculação e In-
corporação de Objetos: uma tecnologia de integração
de programa que pode ser usada para compartilha-
mento de informações entre programas. Todos os pro-
gramas do Office oferecem suporte para OLE, por isso

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Conhecimentos Específicos

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO


Políticas De Segurança - Princípios básicos Estes ataques podem ser ativos ou passivos. Os
ataques ativos envolvem alterações de informações con-
Uma política de segurança é um conjunto de re- tidas no sistema. Ataques passivos são os que, quando
gras e práticas que regulam como uma organização ge- realizados, não resultam em qualquer prejuízo da infor-
rencia, protege e distribui suas informações e recursos. mação. Os principais ataques que podem ocorrer em
A implementação de uma política de segurança baseia- uma rede de computadores, são os seguintes:
se na aplicação de regras que limitam o acesso às in-
formações e recursos de uma determinada organiza- • Personificação: uma pessoa ou sistema, faz-se pas-
ção, com base na comparação dos níveis de autoriza- sar por outra(o);
ção relativo ao acesso dessas informações e recursos. • Replay: uma mensagem é interceptada e posterior-
Essa política define o que é, e o que não é permitido em mente transmitida;
termos de segurança, durante a operação e acesso de • Modificação: o conteúdo de uma mensagem é altera-
um sistema. do, sem que o sistema possa identificar a alteração;
Temos basicamente duas filosofias por trás de qual- • Ataques Internos: comportamento não autorizado por
quer política de segurança: parte de usuários legítimos;
• Proibitiva – tudo que não é expressamente permitido é • Armadilhas: modificação do processo de autenticação
proibido; de usuários para desvendar a senha, em resposta a
• Permissiva – tudo que não é expressamente proibido uma combinação de teclas específicas;
é permitido. • Cavalos de Tróia: um login modificado que ao iniciar a sua
sessão, grava as senhas em um arquivo desprotegido.
Geralmente as instituições mais preocupadas com
a segurança adotam a primeira abordagem. Uma políti- Os serviços de segurança em uma rede de compu-
ca deve descrever exatamente quais operações são per- tadores têm como função:
mitidas em um sistema. Qualquer operação que não
esteja descrita de forma detalhada na política de segu- • Confidencialidade: proteger os dados contra leitura por
rança deve ser considerada ilegal ao sistema. pessoas não autorizadas;
• Integridade dos dados: evitar que pessoas não autori-
Elementos de uma Política de Segurança zadas modifiquem o contexto original de mensagens;
• Autenticação: verificação da identidade do originador
Um sistema de computadores pode ser conside- de cada mensagem, possibilitar o envio de documentos
rado como um conjunto de recursos que é disponibiliza- eletronicamente assinados e a permissão de acesso
do para ser utilizado pelos usuários autorizados. de usuários aos sistemas através de senhas.
A política de segurança deve contemplar cinco ele-
mentos: Uma política de segurança adequada às redes de
Disponibilidade – O sistema deve estar disponível computadores pode ser implementada com a utilização
para uso quando o usuário precisar. Dados críticos de- de vários mecanismos, cujos principais são:
vem estar disponíveis de forma ininterrupta;
Utilização – O sistema e os dados devem ser utili- • Criptografia: possibilita o envio de informações sensí-
zados para as devidas finalidades; veis por meios de comunicação não confiáveis, ou seja,
Integridade – O sistema e os dados devem estar em meios onde não é possível garantir que um intruso não
completamente íntegros e em condições de serem utili- irá interceptar o fluxo de dados para leitura (passivo) ou
zados; para modificá-lo (ativo). Ela modifica o texto original da men-
Autenticidade – O sistema dever ter condições de sagem a ser transmitida, gerando um texto criptografado
verificar a identidade do usuário, e este deve ter condi- na origem, através de um processo de codificação defini-
ções de verificar a identidade do sistema; do pelo método de criptografia utilizado. O texto criptografa-
Confidencialidade – Dados privados devem ser apre- do é então transmitido e, ao alcançar o destino, passa pelo
sentados somente para os donos dos dados ou para o processo inverso, retornando ao formato original.
grupo de usuários para o qual o dono dos dados permitir. • Assinatura digital: oferece absoluta garantia ao usuá-
rio de que uma determinada mensagem provem de
Orientações, Mecanismos e Técnicas quem assina. É uma forma de autenticação usuário a
usuário. Essa tecnologia também possibilita ao compu-
A segurança em uma rede está relacionada à ne- tador saber se uma mensagem foi alterada, total ou par-
cessidade de proteção dos dados contra a leitura, modi- cialmente, quando em trânsito.
ficação ou qualquer tipo de manipulação das informa- • Autenticação: identificação de usuários utilizando a
ções e à utilização não autorizada dos computadores e sintaxe de nomes hierárquicos do padrão X.500. Essa
seus periféricos. autenticação é bidirecional, ou seja, o servidor autentica
Algumas das principais ameaças e ataques as re- a identidade do usuário e o usuário autentica a identida-
des de computadores são: de do servidor. É utilizada todas as vezes que um usuá-
• Destruição de informação ou de outros recursos; rio e um servidor, ou mais, estão se comunicando.
• Modificação ou deturpação da informação; • Controle de acesso: os mecanismos de controle de aces-
• Roubo, remoção ou extravio da informação ou de ou- so são utilizados para garantir que o acesso a um recurso
tros recursos; seja limitado aos usuários devidamente autorizados.
• Revelação de informações; • Integridade dos dados: os mecanismos de controle de
• Interrupção de serviços. integridade atuam em dois níveis. O controle da integrida-

290 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

de de dados isolados e controle da integridade de uma falhas de segurança nos sistemas da rede;
conexão, isto é, das unidades de dados e da seqüência de • Remoção de todos os utilitários que não sejam neces-
unidades de dados transmitidas no contexto da conexão. sários numa máquina.
• Enchimento de tráfego: a geração de tráfego espúrio e
o enchimento das unidades de transmissão de dados Arquivos de log:
(pacotes), fazendo com que elas apresentem um com- • Rodar programas que verifiquem toda atividade dos
primento constante, são formas de fornecer proteção usuários na rede;
contra a análise do tráfego (sniffer). • Verificar regularmente os arquivos de auditoria gera-
• Controle de roteamento: a possibilidade de controlar o dos pelo software.
roteamento, especificando percursos preferenciais para
a transferência de dados. Pode ser utilizado para garan- Segurança dos roteadores:
tir que os dados sejam transmitidos em rotas fisica- • Trocar ou cadastrar uma senha no roteador antes de
mente seguras ou para garantir que a informação sen- conectado definitivamente à Internet, seguindo as mes-
sível seja transportada utilizando canais de comunica- mas regras para senhas de usuário;
ção que forneçam os níveis apropriados de proteção. • Desabilitar, se possível, o acesso remoto ao login
• Segurança física e de pessoal: a segurança de qual- do roteador;
quer sistema depende, em última instância, da segu- • Desabilitar todos os protocolos desnecessários.
rança física dos seus recursos e do grau de confiabili- Para implementar a política de segurança, será ne-
dade do pessoal que o opera. cessária a aplicação de algumas estratégias de segu-
• Hardware e Software de Segurança: algumas das rança. As mais comuns são:
entidades que fazem parte de um sistema devem forne- Least privilege: dar a usuários, administradores e
cer garantias de que funcionam corretamente para que programas somente os privilégios necessários para que
se possa confiar nos mecanismos de segurança que suas tarefas sejam realizadas.
implementam a política de segurança do mesmo.
• Detecção e informe de eventos: a detecção de even- Defense-in-depht: nunca confiar somente em um
tos relevantes no contexto da segurança inclui a detec- único mecanismo para realizar a segurança.
ção de violações aparentes à segurança e deve incluir,
adicionalmente, a detecção de eventos “normais”, tais Choke point: uma estratégia choke implica que toda
como um acesso bem sucedido ao sistema (login). a comunicação entre a rede interna e a Internet passe
• Registro de eventos: o registro de eventos que podem por um canal, geralmente um sistema firewall. Neste
significar ameaças à segurança de um sistema consti- canal devem estar presentes componentes de segu-
tui-se em um importante mecanismo de proteção, pois rança e monitorização a fim de torná-lo seguro.
possibilita a detecção e investigação de possíveis viola-
ções, além de tornar possível a realização de auditorias. Weakest link: deve-se eliminar todos os pontos
fracos do sistema.
Planejando a Segurança
Fail-safe: caso um componente falhe, ele deve parar
A definição de uma política de segurança é o primei- de funcionar de modo a não permitir o acesso de invasores.
ro passo para que se possa escolher e implementar quais
os mecanismos de proteção que serão utilizados na rede. Uma vez definida uma política e uma estratégia de
É necessário inicialmente que as seguintes questões, segurança, é necessário avaliar a utilização de firewalls,
sejam profundamente consideradas: o que se está que- autenticação e criptografia, as três técnicas principais
rendo proteger? quais são suas prioridades para a se- empregadas na segurança de redes.
gurança? o que é preciso para proteger? qual a probabi-
lidade de um ataque? qual será o prejuízo se o ataque Firewall
for bem sucedido? especificar normas para emergênci-
as e educar os usuários. É um equipamento com duas ou mais interfaces
de rede, que roteia apenas pacotes que obedecem a
É também necessário que os seguintes itens se- regras predefinidas em função de origem, destino, ser-
jam considerados: viço (porta). O Firewall deve ser o único caminho entre
duas sub-redes unidas por ele.Deve-se cortar qualquer
Usuários e senhas: outro caminho entre essas sub-redes.
• Cada usuário deve ter uma conta individual; Segurança é um dos pontos mais críticos na Inter-
• Confirmar que cada usuário possua senha; net, mas, na maioria dos casos, a discussão se resume
• Educar os usuários a utilizar senhas seguras; a problemas de violação de correspondência e dificul-
• Utilizar programas que tentam achar senhas frágeis; dades para se proteger a transmissão de números de
• Nunca transmitir senhas por telefone ou correio ele- cartão de crédito. À medida que a maior parte das orga-
trônico. nizações conecta suas redes privadas à grande rede, a
questão fundamental passa a ser como impedir que
Dados: usuários não autorizados ganhem acesso livre a dados
• Fazer cópias de segurança regularmente; sensíveis. O principal meio de proteger as redes priva-
• Certificar-se de que as cópias poderão ser recupera- das são os chamados firewalls.
das numa emergência; Um firewall é simplesmente uma barreira entre duas
• Usar programas de verificação de integridade de pro- redes, na maioria dos casos uma rede interna, denomina-
gramas e arquivos; da rede confiável ou trusted, e uma rede externa não confi-
• Certificar-se de que os sistemas de arquivos tenham ável ou untrusted. Firewalls examinam o tráfego nos dois
as permissões corretas; sentidos e bloqueiam ou permitem a passagem de dados
• Considerar a utilização de programas que identificam de acordo com um conjunto de regras definido pelo admi-

Degrau Cultural 291

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Conhecimentos Específicos

nistrador. São usualmente constituídos de um conjunto de Existem dois tipos principais de algoritmos de
hardware e software e são muito utilizados para aumentar criptografia: o simétrico ou de chave privada e o assimé-
a segurança de redes privadas conectadas à Internet. trico ou de chave pública.
Pode-se utilizar também firewalls internos à rede Com um algoritmo simétrico ou de chave privada, a
para proteção adicional de dados de alta confidencialida- mesma chave é utilizada para a codificação e decodi-
de que pertençam aos altos níveis de tomada de decisões ficação. Essa tecnologia requer bem menos capacida-
da empresa, tais como os gabinetes executivos, departa- de de processamento do que a de criptografia com cha-
mento de recursos humanos, departamento financeiro etc. ve assimétrica. Por outro lado, implica na necessidade
Um firewall é um sistema ou um grupo de sistemas de uma chave separada para cada par de usuários tro-
que garante uma política de controle de acesso entre duas cando informação e também requer o estabelecimento
redes (normalmente a Internet e uma rede local). Em princí- e a distribuição de chaves secretas, o que representa
pio, firewalls podem ser vistos como um par de mecanis- uma carga administrativa significativa.
mos: um que existe para bloquear o tráfego e outro que Criptografia assimétrica utiliza duas chaves sepa-
existe para permitir o tráfego. Alguns firewalls dão maior ên- radas. Cada participante numa transação criptografada
fase ao bloqueio de tráfego, enquanto outros enfatizam a possui uma chave privada, conhecida somente por aque-
permissão do mesmo. O importante é configurar o firewall la pessoa e uma chave pública que pode ser vista por
de acordo com a política de segurança da organização que todos. A mesma chave não pode ser usada para codifi-
o utiliza, estabelecendo o tipo de acesso que deve ser per- cação e decodificação. Uma mensagem é cifrada com a
mitido ou negado. Com relação aos dados, existem três chave pública do receptor e só pode ser decodificada
características principais que precisam ser protegidas: com a sua chave privada.
• Segredo (privacidade); A vantagem deste método é que há menos chaves
• Integridade; para administrar. A desvantagem é de que ele requer
• Disponibilidade. muita capacidade de processamento, resultando em de-
sempenho reduzido. Por isso a maioria das transações
Mesmo que o intruso não danifique os dados, a cifradas utiliza chaves simétricas para codificar e deco-
simples utilização dos computadores e suas informa- dificar a informação que é enviada para o destinatário,
ções pode ter conseqüências danosas. Os recursos re- juntamente com a chave privada, embutida no texto usan-
presentam um substancial investimento da organização do criptografia assimétrica.
e as informações neles contidas, algo demasiado pre- Esse método combinado de criptografia não só
cioso para ser deixado à mercê de invasores. assegura a privacidade dos dados como também ha-
bilita um mecanismo de autenticação chamado Assi-
Tarefas cabíveis a um firewall: natura Digital.
• Ele é um checkpoint, ou seja, ele é um foco para as
decisões referentes à segurança, é o ponto de conexão Autenticação/Assinatura Digital
com o mundo externo, tudo o que chega à rede interna O princípio da assinatura digital é que qualquer va-
passa por ele; lor criptografado utilizando a chave privativa do remeten-
• Pode aplicar a política de segurança definida pela or- te autentica o remetente e qualquer valor decifrado utili-
ganização; zando a chave privada do recipiente autentica o recipien-
• Pode registrar eficientemente as atividades na Internet; te. Chaves públicas geralmente são autenticadas com
• Limita a exposição da organização ao mundo externo. certificados digitais, que acompanham as transações e
são assinados por uma autoridade certificadora.
Tarefas que um firewall não pode realizar (pelo menos A autoridade certificadora, que oficialmente relacio-
atualmente): na a chave pública com o usuário, pode existir interna-
• Não pode proteger a organização contra usuários inter- mente numa organização que utilize certificados digitais
nos mal intencionados, com exceção das redes onde ou pode ser terceirizada para uma empresa de confian-
se configurem firewalls internos; ça de uma comunidade de usuários. A técnica de assi-
• Não pode proteger a organização de conexões que não natura digital pode ser usada para autenticar documen-
passam por ele; tação oficial em forma digital on-line, eliminando o uso
• Não pode proteger contra ameaças completamente de papel e diminuindo, desta maneira, o tempo de pro-
novas tais como infecção de vírus. cessamento das transações oficiais, além de minimizar
Existem firewalls que operam na camada de rede a possibilidade de fraudes.
(analisando pacotes IP), e outros que operam na cama-
da de aplicação (analisando os dados dentro dos paco- Sniffers
tes IP). Como seria de se esperar, quanto mais diligente Sniffers são aplicativos que farejam uma rede à pro-
e rigoroso for o firewall, mais difícil será o ataque ter cura de pontos fracos que possam ser aproveitados por
sucesso e mais fácil será investigá-lo posteriormente. intrusos para penetrar com intenção maliciosa. Parado-
xalmente, esses mesmos aplicativos podem ser utiliza-
Criptografia dos também como ferramenta de proteção e segurança.
Criptografia é simplesmente o processo de aplicar Os sniffers são aplicativos que simulam determina-
uma fórmula, denominada algoritmo de criptografia, para das funções normais de operação, podendo ser elas ope-
traduzir um texto normal para uma linguagem cifrada racionais ou administrativas. Existem vários tipos de sni-
incompreensível. Essa mensagem cifrada é então envi- ffers. O mais básico é o que penetra na rede e se instala
ada na rede pública e depois traduzida de volta para o numa posição estratégica para decifrar senhas. Outro tipo
texto normal ao ser recebida. O fator essencial para a se aloja em serviços de rede e mascara a sua própria
criptografia é um valor numérico chamado chave, o qual presença permitindo assim a sua permanência por tem-
se torna parte do algoritmo de criptografia, iniciando o po indefinido com intenção de modificar aplicativos para
processo de codificação. destruir ou furtar dados. Outros ainda provocam a inter-
rupção de certos serviços básicos, forçando a interven-

292 Degrau Cultural

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Conhecimentos Específicos

ção dos administradores cujas contas e passwords são Segurança IPSec


então decifradas e armazenadas para futuras intrusões IPSec não é o mecanismo de encriptação ou auten-
com direitos de modificar o sistema, bloquear serviços, ticação, mas sim o que vem gerenciar estes. Em poucas
mudar níveis de acesso, eliminar usuários etc. palavras, é um framework (um conjunto de diversas ferra-
Os administradores da rede devem utilizar, siste- mentas, compondo um sistema) de padrões abertos que
maticamente, os mais variados tipos de sniffers para visa a garantir uma comunicação segura em redes IP.
procurar detectar as brechas e pontos fracos na segu- A segurança IPSec é a direção de longo prazo para
rança da rede, da mesma maneira que fazem os intru- redes seguras. Ela fornece uma linha de defesa funda-
sos. A detecção dessas falhas na segurança permitem mental contra ataques de rede privada e da Internet, equi-
a implementação de um ambiente seguro com alto grau librando segurança com facilidade de uso. A segurança
de proteção contra os perigos mais comuns existentes IPSec tem dois objetivos:
nas redes de computadores. 1. Proteger o conteúdo dos pacotes IP.
A prevenção de invasões é a melhor tática para a 2. Assegurar a defesa contra ataques de rede através da
manutenção de uma rede segura. Isso só pode ser ob- filtragem de pacotes e da aplicação de comunicações
tido através de um ambiente conhecido e controlado. A confiáveis.
instalação das ferramentas de segurança deve ser im- Ambos os objetivos são atendidos através do uso de
plantada num sistema não comprometido. Instalar uma serviços de proteção baseados em criptografia, de proto-
ferramenta de segurança em um sistema que acabou colos de segurança e do gerenciamento dinâmico de cha-
de ser invadido, sem que se tenha um conhecimento ves. Essa base fornece a segurança e flexibilidade para
preciso do estado do sistema, pode ter conseqüências proteger comunicações entre computadores de redes pri-
catastróficas além de destruir todos os vestígios que vadas, domínios, sites, sites remotos, extranets e clientes
possam ter sido deixados pelo invasor. dial-up. Ela pode ser usada até para bloquear o recebi-
Dispositivos e políticas que consigam captar o mo- mento ou a transmissão de tipos de tráfego específicos.
mento exato de uma invasão, são extremamente úteis A segurança IPSec baseia-se em um modelo de
para que o administrador da rede possa tomar as medi- segurança ponto a ponto, estabelecendo relações de
das necessárias de forma eficiente em um momento confiança e a segurança entre um endereço IP de ori-
crucial. Um reconhecimento tardio de uma invasão, pode gem e um de destino. Não é estritamente necessário
tornar a situação fora de controle e comprometer inúme- que o próprio endereço seja considerado uma identida-
ros outros sites e sistemas de forma irremediável, e que de. É o sistema subjacente ao endereço IP que possui
não pode ser rastreada. uma identidade a ser validada através de um processo
de autenticação. Os únicos que devem ter conhecimen-
Proteção Anti-Vírus to do tráfego protegido são os computadores do reme-
Os vírus de computadores são a forma mais co- tente e do destinatário. Cada computador controla a se-
mum de ataque a sistemas. Eles penetram nos compu- gurança em sua respectiva extremidade, pressupondo
tadores pessoais e servidores na forma de programas que o meio através do qual a comunicação ocorre não é
executáveis modificados ou macros que se atrelam a do- seguro. Não é necessário que um computador que ape-
cumentos. Uma vez dentro desses sistemas eles inici- nas encaminhe dados da origem para o destino ofereça
am a sua missão de disseminação e destruição. Da mes- suporte à segurança IPSec, a menos que a filtragem de
ma maneira que os vírus biológicos eles são transmissí- pacotes do tipo firewall ou a conversão de endereços de
veis por contato e uma vez dentro dos sistemas eles se rede esteja sendo feita entre os dois computadores. Esse
disseminam com grande velocidade utilizando-se de téc- modelo permite que a segurança IPSec seja implanta-
nicas astuciosas. da com êxito nas seguintes situações empresariais:
Um dos meios mais comuns de introdução de ví- • Rede local (LAN): cliente/servidor e ponto a ponto.
rus em um sistema é através de mensagens enviadas • Rede de longa distância (WAN): roteador a roteador e
por correio eletrônico. Outra maneira também bastante gateway a gateway.
comum é através de trocas de arquivos em disquetes • Acesso remoto: clientes dial-up e acesso à Internet a
ou por instalação de programas “pirateados” nos com- partir de redes privadas.
putadores pessoais. Normalmente, ambos os lados necessitam da con-
Um programa de proteção anti-vírus deve ser imple- figuração de IPSec (denominada diretiva IPSec), para
mentado. Essa proteção existe na forma de aplicativos definir opções e configurações de segurança que per-
anti-vírus que devem ser instalados em todos os servido- mitirão que dois sistemas cheguem a um acordo sobre
res e clientes da rede. Arquivos de definição devem ser como proteger o tráfego entre si. A implementação da
periodicamente atualizados e distribuídos para todos os segurança IPSec pelo Microsoft Windows XP baseia-se
nódulos uma vez que novos vírus são introduzidos quase em padrões de indústria desenvolvidos pelo grupo de
que diariamente. trabalho sobre IPSec da Internet Engineering Task Force
Essa atividade deve ser administrada por uma enti- (IETF). Os serviços relacionados à segurança IPSec fo-
dade central que se encarregue da escolha, distribuição ram, em grande parte, desenvolvidos em conjunto pela
e manutenção desses aplicativos e de seus arquivos atu- Microsoft e pela Cisco Systems, Inc.
alizados de definição. Essa entidade deve também ser a
coordenadora da instalação, distribuição e manutenção Proxy
de todos os aplicativos da rede. Deve também estabele- Em linguagem simples, um Proxy não é mais que
cer procedimentos rígidos para a existência de aplicati- um intermediário que atua como cliente/servidor e que
vos nos computadores pessoais conectados à rede, mi- permite acesso a redes exteriores a nossa rede, com o
nimizando a possibilidade de contaminação. intuito de criar uma porta de segurança entre a nossa
No entanto, um mecanismo de proteção de vírus Intranet e a Internet. Tipicamente, um Proxy está imple-
bem implementado deve detectar as infecções no mo- mentado de forma a permitir o acesso, de dentro de
mento em que elas ocorrem, isolando e inoculando ime- uma Intranet protegida por um Firewall às redes exterio-
diatamente o sistema infectado. res à mesma, ou seja, à Internet.

Degrau Cultural 293

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Conhecimentos Específicos

Na maioria das situações este Proxy executa servi-


ços de Gateway. Normalmente, dois computadores esta-
belecem uma conexão TCP/IP do tipo cliente/servidor.
Com o crescimento exponencial da utilização da Internet,
o tráfego WWW nacional e internacional também cresceu
exponencialmente, levando ao aparecimento de milhões
de máquinas com endereços IP. A criação de Routers com
tabelas estáticas e/ou dinâmicas de encaminhamento
veio ajudar o tráfego na Internet torna-se mais fluido. Mas
não bastava era necessário criar máquinas que supor-
tassem serviços e protocolos que os clientes e servido-
res não pudessem ou não tivessem implementado (o
caso do serviço de DNS), de forma que o primeiro enca-
minhamento de uma ligação se tornasse o mais rápido
possível. Deram o nome de servidor Proxy a essa máqui-
na, sendo um dos seus serviços o encaminhamento de
uma ligação para o Router mais próximo do destinatário.
Podemos então dizer que, o objetivo funcional de
um servidor Proxy é estabelecer sessões para troca de
dados entre clientes e servidores que não têm ou não
podem estabelecer uma ligação IP diretamente entre eles.
No nível da segurança um servidor Proxy imple-menta
o controle de acesso que tipicamente o software de clien-
te ou servidor não suportam ou não têm implementado.

294 Degrau Cultural

05_Seguranca da informacao.pmd 294 22/12/2010, 11:14


Conhecimentos Específicos

CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS


E MÉTODOS DE ACESSO
Conceito de Arquivos e Registros necessárias sobre cada um; as fichas são armazena-
Todo processamento em um computador consiste na das em pequenas caixas metálicas, chamadas arqui-
manipulação de dados segundo um conjunto de instru- vos portáteis.
ções que, globalmente, chamamos de programas. No exemplo descrito, o armário de aço e a caixa metáli-
Para que seja possível individualizar grupos diferentes ca constituem arquivos, com função semelhante aos ar-
de informações (o conjunto de dados de um programa quivos de dados em sistemas de computação eletrôni-
constitui um grupo diferente do conjunto de dados de cos; cada pasta ou ficha constitui um registro, respecti-
outro programa, por exemplo), os sistemas operacio- vamente, do funcionário ou do material de estoque. As
nais (programas que controlam o armazenamento e re- informações de um funcionário são especificadas em
cuperação dessas informações para entrada, saída ou campos separados (nome é um campo, endereço é
guarda em memória secundária) estruturam esses gru- outro campo, e assim por diante).
pos de dados sob uma forma denominada arquivo. A estrutura de armazenamento e recuperação de infor-
Um arquivo de informações (ou dados) é um conjunto mações na memória secundária de um sistema de com-
formado por dados (ou informações) de um mesmo tipo putação é concebida segundo o conceito de arquivos e
ou para uma mesma aplicação. Por exemplo, podemos registros. Isso porque. na memória secundária, o siste-
ter um arquivo de alunos de uma turma (com informa- ma operacional pode guardar informações em grupos
ções sobre cada aluno individualmente), ou um arquivo para obter maior eficiência na transferência com a me-
contendo as instruções de um programa. mória principal.

Cada arquivo é constituído por itens individuais de in- O processo é diferente da estrutura da memória princi-
formação (cada aluno, no nosso exemplo), chama- pal, onde a preocupação é com itens individuais de in-
dos registros. formação (uma instrução, um número, uma letra etc.).

Assim, um arquivo de uma turma de 60 alunos possui


Sobre objetos vinculados e incorporados
um total de 60 registros; um arquivo com informações
sobre mil empregados de uma organização possui mil Você pode usar um objeto vinculado ou um objeto incor-
registros, e assim por diante. porado para adicionar a outro arquivo todo ou parte de
um arquivo criado em um programa do Office ou em
Um programa é também um arquivo (embora constituí-
qualquer programa que dê suporte para objetos vincula-
do de um único registro, visto que as instruções não são
dos e incorporados. Você pode criar um novo objeto in-
consideradas como registros individuais).
corporado ou criar um objeto vinculado ou incorporado a
Para entendermos melhor o conceito de armazenamen- partir de um arquivo existente. Se o arquivo que você
to e recuperação de informações sob a forma de arqui- deseja usar tiver sido criado em um programa que não
vos, podemos fazer analogia com um sistema seme- dê suporte para objetos vinculados e incorporados, você
lhante, porém manual. ainda poderá copiar e colar as informações do arquivo
Suponhamos a existência de urna empresa com 500 para compartilhá-las entre programas.
empregados, que mani-pula um estoque de material de As principais diferenças entre objetos vinculados e ob-
consumo com cerca de 10 mil itens e que, por incrível jetos incorporados consistem no local em que os dados
que possa parecer, ainda não possua um sistema de são armazenados e na maneira como são atualizados
computação eletrônico. após serem colocados no arquivo de destino.
Na gerência de pessoal, as informações sobre os funcio-
nários da empresa estão organizadas da seguinte forma: Objetos vinculados
• as informações sobre cada funcionário são coloca- Com um objeto vinculado, as informações são atualiza-
das em um formulário apropriado, estruturado com das apenas se você modificar o arquivo de origem. Os
campos separados para cada um dos itens de infor- dados vinculados são armazenados no arquivo de ori-
mação, tais como: número de matrícula, nome, ende- gem. O arquivo de destino armazena apenas o local do
reço, departamento, salário; arquivo de origem e exibe uma representação dos da-
• o formulário é guardado (“armazenado”) em uma pas- dos vinculados. Use objetos vinculados se o tamanho
ta (urna para cada funcionário), identificada externa- do arquivo for um fator importante.
mente pelo número de matrícula do funcionário;
• as 500 pastas são guardadas em um armário de aço Objetos incorporados
com gavetas (arquivo), sendo organizadas em ordem Com um objeto incorporado, as informações do arquivo
crescente de número de matrícula (é a chave de aces- de destino não serão alteradas se você modificar o arqui-
so à pasta desejada). vo de origem. Os objetos incorporados tornam-se parte
Já a gerência de material possui controle dos itens do do arquivo de destino e, uma vez inseridos, deixam de
estoque de material de forma semelhante: há uma ficha fazer parte do arquivo de origem. Clique duas vezes no
para cada item de estoque, contendo as informações objeto incorporado para abri-lo no programa de origem.

Degrau Cultural 295

06_Conceitos de organizacao.pmd 295 22/12/2010, 11:14


Conhecimentos Específicos

Obtendo dados do Word sem iniciar o programa de


origem.
Por padrão, quando você insere informações de banco
de dados ou as anexa como uma fonte de dados de
mala direta, o Word usa DDE para ler o arquivo de da-
dos. O DDE inicia automaticamente o programa de ori-
gem (como o Microsoft Excel) e, em seguida, abre o ar-
quivo de dados.
Se não desejar iniciar o programa de origem, você po-
derá usar ODBC ou um conversor de arquivos em vez
de DDE para ler diretamente o arquivo de dados. Para
isso, insira as informações de banco de dados ou ane-
xe-as como uma fonte de dados de mala direta da ma-
neira habitual. Na caixa de diálogo Abrir fonte de dados,
marque a caixa de seleção Selec. método de import.
antes de clicar em Abrir. Em seguida, sempre que você
inserir informações de banco de dados ou anexá-las
como uma fonte de dados de mala direta, o Word abrirá
a caixa de diálogo Confirmar fonte de dados para que
você possa clicar no driver de ODBC ou conversor de
arquivos desejado.

296 Degrau Cultural

06_Conceitos de organizacao.pmd 296 22/12/2010, 11:14


Exercícios

Exercícios

299 Língua Portuguesa


305 Matemática
307 Conhecimentos Espcíficos

Degrau Cultural 297

00_Sumario Exercicios.pmd 297 22/12/2010, 11:14


Exercícios

298 Degrau Cultural

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Exercícios

EXERCÍCIOS - LÍNGUA PORTUGUESA


01. Concordância Verbal. incorreta: 08.
a) V. Exa. é generoso. a) Faço alusão a meu pai.
b) Mais de um jornal comentou o jogo. b) Faço alusão a várias cidades.
c) Elaborou-se ótimos planos. c) Faço alusão a primeira aluna da turma.
d) Eu e minha família fomos ao mercado. d) Faço alusão a alguma aluna.
e) Os Estados Unidos situam-se na América do Norte. e) Faço alusão a essa cidade aí.

02. Assinale a frase que apresenta erro de concordân- 09.


cia verbal ou nominal. a) No verão, vamos a casa de meus tios.
a) Somos nós quem mais colabora com essa cam- b) No verão, vamos a Minas Gerais ou a Goiás.
panha. c) No verão, vamos a Fortaleza e a Manaus.
b) Creio que ainda deverá ocorrer muitas demissões. d) No verão, vamos a terra.
c) Haverá sempre o mal e o bem na face da terra. e) No verão, vamos para a Bolívia e para a Venezuela.
d) Se continuar assim, ainda haverão de faltar gêne-
ros de primeira necessidade. 10.
e) Como, num país tão rico, podem existir tantos a) Saiu a andar a pé.
pobres? b) Levam as moças a uma fuga.
c) Ficou a discorrer a respeito dos estudos.
03. Há erro de concordância em: d) A professora não chegou a tempo.
a) A turma ficou meio triste com a despedida da pro- e) Só as primeiras horas da noite pôde assistir a
fessora. cerimônia.
b) Nesta casa, há exemplos bastantes de bons pro-
fissionais. 11.
c) Faz-se necessária a compreensão de todos vocês. a) Ele doou a sua coleção a mim.
d) Dada a intensidade da chuva, o arroio transbordou. b) Perdoamos a quem faltou.
e) Estou enviando, anexa, a esta carta, seu cartão de c) Ele escreveu uma carta a V. Sª.
cliente preferencial. d) Leve-o aquele salão e não a este.
e) Ela aspirava a uma carreira rendosa.
04. A opção com erro de crase está na letra:
a) Partimos às pressas chamando alguém. 12.
b) Afinal chegamos à terra dos nossos ancestrais. a) Entreguei os convites a essa senhora.
c) O navio mercante voltou meio avariado à cata de b) Não me refiro a tua casa, mas a de tua irmã.
um estaleiro. c) Estavam ali, frente a frente.
d) À distância de cem metros, o líder assistia a tudo. d) Os marinheiros desceram a terra.
e) Essa é a situação à que nos referimos. e) Os filhos retornaram a casa

05. Assinale a frase em que a crase foi usada errada- 13. Assinale a única frase onde não se emprega o
mente. acento da crase:
a) O engarrafamento estendia-se às ruas vizinhas. a) Uns vendem a prazo, outros a vista.
b) Irei à festa de seu aniversário amanhã à noite. b) Ele sempre viveu a custa do pai.
c) Pediu desculpas à Vossa Excelência. c) Ele está aqui desde as sete horas.
d) Fiquem à vontade, meus amigos. d) Ela só sairá as nove horas.
e) Fazes referências às pessoas altruísticas? e) As vezes, ele sai a uma hora da tarde.

Em cada questão a seguir, assinale a única frase onde 14. Em: “O motim começou com uma palavrinha à-toa.”
se emprega o acento da crase: A palavra sublinhada é:
06. a) advérbio.
a) Refiro-me a alunas estudiosas. b) adjetivo.
b) Refiro-me a esta aluna aqui. c) locução conjuntiva.
c) Refiro-me a todas as alunas. d) locução prepositiva.
d) Refiro-me a uma aluna em especial. e) locução adverbial.
e) Refiro-me aquela aluna.
15. “Discursou de improviso.” - o termo destacado é
07. locução:
a) Dirigi a palavra a você. a) adverbial.
b) Dirigi a palavra a Vossa Majestade. b) conjuntiva.
c) Dirigi a palavra a Senhora. c) expletiva.
d) Dirigi a palavra a minhas tias. d) adjetiva.
e) Dirigi a palavra a quem reclamava. e) prepositiva.

Degrau Cultural 299

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Exercícios

16. “O mal que me fizeste não se repara com pouco b) superlativo relativo de inferioridade.
sacrifício, porém é menos grave que o teu desprezo c) superlativo absoluto analítico.
e menor que o meu ódio.” d) superlativo relativo de superioridade.
As palavras destacadas no trecho acima (mal, e) superlativo absoluto sintético.
que, pouco, menos, menor) classificam-se, pela
ordem, como: 23. Assinale a opção que completa corretamente as
a) substantivo, pronome relativo, pronome indefinido, lacunas da frase abaixo:
advérbio de intensidade, adjetivo. Educação e trabalho são fatores indispensáveis ao
b) substantivo, conjunção integrante, advérbio de in- desenvolvimento de um país; tanto ........... como
tensidade, advérbio de modo, adjetivo. .......... são alicerces que não podem faltar na cons-
c) advérbio de modo, conjunção integrante, pronome trução de uma grande nação.
indefinido, advérbio de modo, adjetivo. a) este, aquela. d) esta, esse.
d) substantivo, pronome relativo, advérbio de intensi- b) essa, aquele. e) esse, esta.
dade, adjetivo, advérbio de modo. c) aquele, esta.
e) adjetivo, pronome relativo, advérbio de intensida-
de, adjetivo, advérbio de modo. 24. Este é encargo para .......... assumir sozinho, sem
que se repartam as responsabilidades entre ...........
17. Assinale a frase incorreta quanto ao emprego de a) mim, eu e tu. d) eu, eu e ti.
pronomes: b) mim, mim e tu. e) eu, mim e ti.
a) O aluno cujo pai viajou foi reprovado naquele con- c) mim, mim e ti.
curso.
b) Os próprios contribuintes reconhecem que não 25. Quando .......... a eles o que os outros .........., enten-
apresentaram suas declarações em tempo hábil. derão por que .........., ontem, no debate.
c) Ele sempre trazia consigo a foto do filho desa- a) dissermos, supuseram, intervimos.
parecido. b) dissermos, suporam, interviemos.
d) Eu ti amo, meu amor. Quero tua felicidade. c) dissermos, supuseram, interviemos.
e) As duas equipes lutaram muito e o jogo foi equili- d) dizermos, supuseram, interviemos.
brado; ganhou a que teve mais sorte. e) dizermos, suporam, intevimos.

18. Às .......... saem os .......... que orientam os .......... so- 26. Na resposta de um médico a seu paciente, há erro
bre o assunto. de emprego verbal. Assinale-o.
a) terça-feiras, jornalzinhos, cidadões. a) Convém que você o tome.
b) terças-feiras, jornalsinhos, cidadãos. b) Se você tomar o remédio, sarará mais rapidamente.
c) terça-feiras, jornaisinhos, cidadãos. c) É preciso que você tome o remédio.
d) terças-feiras, jornaizinhos, cidadões. d) Tome o remédio por mais uma semana.
e) terças-feiras, jornaizinhos, cidadãos. e) É bom que você toma o remédio.

19. Os esportistas .......... vestiam blusões ........... 27. Escolha a alternativa que preencha corretamente
a) campo-grandenses, verdes-escuros. as lacunas da frase abaixo.
b) campos-grandenses, verdes-escuro. O policial .......... entre os litigantes, razão pela qual
c) campos-grandense, verde-escuros. .......... promoção e .......... que teria uma bela carreira.
d) campo-grandenses, verde-escuros. a) interviu, obteu, previu.
e) campos-grandense, verdes-escuros. b) interviu, obteve, preveu.
c) interveio, obteu, preveu.
20. Assinale a alternativa em que a flexão das palavras d) interveio, obteve, previu.
está correta. e) interviu, obteve, previu.
a) Conheço países auto-suficiente.
b) Fui às cerimônias cívico-religiosas. 28. Assinale a alternativa que apresenta incorreção na
c) As má-línguas existem. forma verbal.
d) Encontrei os capitões-mores. a) Observa-se que muitos boatos provêm de algumas
pessoas insensatas.
21. Só há substantivos femininos na opção: b) Se você quiser reaver os objetos roubados, tome
a) omoplata, cal, alface, ordenança, apendicite. as providências com urgência.
b) grama (medida), ordenança, cal, sentinela, telefo- c) Prevendo novos aumentos de preços, muitos con-
nema. sumidores proveram suas casas.
c) dó, cal, alface, moral (ânimo), lança-perfume. d) O Ministro da Fazenda previu as despesas com o
d) faringe, ordenança, champanha, aguardente, cal. funcionalismo público, em 1989.
e) champanha, aguardente, dinamite, dó, guaraná. e) No jogo de domingo, quando o juiz interviu numa
cobrança de falta, foi inábil.
22. Na frase Guardava ainda as mais antigas recorda-
ções da minha infância, o adjetivo está no grau: 29. Assinale a alternativa que completa corretamente
a) comparativo de superioridade. os espaços em branco da sentença:

300 Degrau Cultural

01_Exercicios Portugues.pmd 300 22/12/2010, 11:14


Exercícios

Se o prefeito .......... e a superintendência .........., tal- d) bens-amados; bichos-de-pé; pés-de-meias


vez a prefeitura .......... esses computadores. e) águas-de-cheiro; águas-furtadas; baixos-relevos
a) requisesse, intervisse, reavesse.
b) requeresse, interviesse, reouvesse. 36. O termo cego(s) é um adjetivo em:
c) requeresse, intervisse, reouvesse. a) Os cegos, habitantes de um mundo esquemático,
d) requeresse, interviesse, reavesse. sabem muito bem aonde ir...
e) requisesse, intervisse, reouvesse. b) O cego de Ipanema representava naquele momen-
to todas as alegorias da noite escura da alma.
30. Quando .......... de Salvador e .......... Paulo, .......... que c) Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbu-
quero falar-lhe. lência do álcool.
a) vieres, vires, diga-lhe. d) Naquele instante era só um pobre cego.
b) vires, veres, diga-lhe. e) ... da Terra que é um globo cego girando no caos.
c) vieres, vires, dize-lhe.
d) vires, vires, dize-lhe. 37. (Esaf) Observe os períodos abaixo:
1. Autor que escreveu o poema herói-cômico.
31. Nas frases abaixo, escreva 1 para as formas ver- 2. Os cabelos castanhos-escuros emolduravam-lhe
bais corretas e 2 para as incorretas. o semblante juvenil.
( ) Nós vimos ontem do pantanal. 3. Vestidos vermelhos e amarelo-laranja foram os
( ) Vós rides de mim sem motivo. mais vendidos na exposição.
( ) Mesmo assim tu me respondestes. 4. As crianças surdo-mudas foram encaminhadas à
( ) Sempre requeiro os meus direitos. clínica para tratamento.
( ) Esteje pronto às vinte e duas horas. 5. Discutiu-se muito a respeito de ciências político-
A seqüência correta dos números nos parênteses é: sociais na assembléia.
a) 2, 2, 2, 1, 1. d) 1, 2, 2, 1, 2. 6. As sociedades lusos-brasileiras adquiriram novos
b) 1, 2, 1, 2, 1. e) 2, 1, 1, 2, 1. livros de autores portugueses.
c) 2, 1, 2, 1, 2. Marque a opção que contém apenas períodos cor-
retos.
32. Se eu .......... de tempo quando .......... o contrato, re- a) 3 – 5 – 6 d) 3 – 4 – 5
formularei as cláusulas que não nos ........... b) 1 – 3 – 5 e) 1 – 2 – 5
a) dispuser, revirmos, convierem. c) 2 – 4 – 6
b) dispuser, revermos, convierem.
c) dispor, revermos, convirem. 38. Assinale a série de pronomes que completa ade-
d) dispuser, revermos, convirem. quadamente as lacunas do período:
e) dispor, revirmos, convierem. “Os desentendimentos existentes entre ___ e
___ advêm de uma insegurança que a vida es-
33. Transpondo para a voz passiva a frase A comissão tabeleceu para ___ traçar um caminho que vai
deverá apurar as irregularidades, obtém-se a for- de ___ a ___”.
ma verbal: a) mim – ti – eu – mim – ti
a) serão apuradas. b) eu – tu – eu – mim – tu
b) deverão ser apuradas. c) mim – ti – mim – mim – tu
c) irá apurar. d) eu – ti – eu – mim – ti
d) irão ser apuradas. e) eu – ti – mim – mim – tu

34. (Cesgranrio) Quais os períodos corretos? 39. Assinale a alternativa que contenha um período com
I. Alguns cidadãos ajudaram o governo a dissolver um caso de colocação pronominal semelhante ao da
os males daquela cidade. frase “Já se não destacavam vozes dissonantes”.
II. Enquanto a gurizada soltava balãozinhos, os anci- a) A venda fechou-se mais cedo que de costume.
ãos admiravam as nuvenzinhas. b) À medida que lia as cartas, ia enchendo-se de ódio.
III. Os cirurgiões tiveram que seccionar os tórax dos c) Um traiçoeiro quebranto afrouxou-lhe a energia.
animaizinhos. d) Lia livrinhos com a convicção de que se instruía.
IV. Através de fósseis, encontrados em regiões oci- e) Viam-nos como chefe, embora nos não obede-
dentais, pesquisas arqueológicas confirmaram a cessem.
existência, no passado, de grandes reptis.
a) Todos d) I, III e IV 40. Assinale a alternativa em que ocorre colocação pro-
b) I, II e IV e) Nenhum nominal incorreta.
c) I, II e III a) Efetuem-se sucessivamente as reduções do estí-
mulo fiscal em várias etapas.
35. Assinale a alternativa em que os três substantivos b) Aplica-se a presente instrução aos desembarques
estão grafados corretamente no plural: aduaneiros efetivados a partir de 1º de janeiro de
a) galinhas-morta; guardas-freios; inspetor-gerais 2000.
b) decretos-leis; diretor-gerentes; espíritos-santos c) Não mais justifica-se tanto atraso na apreciação
c) cabeças-duras; puro-sangues; capitães-tenentes dos processos.

Degrau Cultural 301

01_Exercicios Portugues.pmd 301 22/12/2010, 11:14


Exercícios

d) Tais verbas devem sujeitar-se ao imposto de renda. 47. Indique o período que não contém um substantivo
e) Concordar-se-ia com os projetos se fossem viá- no grau diminutivo:
veis para a União. a) Através da vitrina da loja, a pequena observava cu-
riosamente os objetos decorativos expostos à ven-
41. Escolha a opção que complete corretamente as da, por preço bem baratinho.
lacunas: b) Todas as moléculas foram conservadas com as
Por não se ___ as cláusulas propostas, as partes propriedades particulares, independentemente da
___ - se e ____ a rescisão do contrato. atuação do cientista.
a) cumprirem – desaviram – requiseram c) O ar senhoril daquele homúnculo transformou-o no
b) cumprirem – desavieram – requereram centro de atenções na tumultuada assembléia.
c) cumprir – desavieram – requiseram d) De momento a momento, surgiram curiosas som-
d) cumprir – desavieram – requereram bras e vultos apressados na silenciosa viela.
e) cumprir – desaviram – requiseram e) Enquanto distraía as crianças, a professora tocava
flautim, improvisando cantigas alegres e suaves.
42. Escolha a opção que complete corretamente as
lacunas: 48. O plural dos nomes compostos está correto em to-
Quando o senhor ____ nos debates, ___ ser mo- das as alternativas, exceto:
derado nas ___ expressões a) As cartas-bilhetes foram trazidas pelo pombo-correio.
a) intervir – procure – suas b) Os vaivéns no navio deixaram-no tonto e enjoado.
b) intervier – procure – tuas c) A polícia queimou os papéis-moeda falsos.
c) intervier – procure – suas d) As couve-flores foram vendidas a preços exorbitantes.
d) intervier – procura – suas e) Os recém-nascidos receberam ajuda da comuni-
e) intervierdes – procurai – vossas dade religiosa.
43. Escolha a opção que complete corretamente as
49. O termo em destaque é um adjetivo desempenhan-
lacunas:
do a função de um nome em:
Ele ___, com muita prudência, na esperança de
a) É uma palavra assustadora.
que se ___ o tempo perdido.
b) Num joguinho aceita-se até cheque frio.
a) interviu – reavesse
c) O coitado está se queixando dela com toda a razão.
b) interveio – reavesse
d) Ele é meu braço direito, doutor.
c) interviu – reouvesse
e) Entre ter um caso e um casinho, a diferença, às
d) interveio – reouvesse
vezes, é a tragédia passional.
e) interviu – rehavesse
50. Há exemplo de adjetivo substantivado em:
44. Assinale a alternativa em que as palavras formam
o plural igual a altar-mor: a) “É de sonho e de pó”.
a) chapéu-de-couro, peixe-boi b) “Minha mãe, solidão”.
b) ave-maria, sempre-viva c) “O meu pai foi peão”.
c) banana-maçã, guarda-florestal d) “Só queria mostrar”.
d) guarda-marinha, alto-falante e) “O destino de um só”.
e) abaixo-assinado, salve-rainha
51. Aponte a alternativa incorreta quanto à correspon-
45. Assinale a alternativa incorreta: dência entre locução e o adjetivo:
a) Borboleta é um substantivo epiceno a) glacial (de gelo); ósseo (de osso)
b) Omoplata é um substantivo masculino b) viperino (de vespa); ocular (de olho)
c) Rival é comum de dois gêneros c) fraternal (de irmão); argênteo (de prata)
d) Vítima é substantivo sobrecomum d) farináceo (de farinha); pétreo (de pedra)
e) Usucapião é substantivo feminino e) ebúrneo (de marfim); insípida (sem sabor)

46. Numere a 2ª coluna de acordo com o significado 52. Procure e assinale a única alternativa em que há
das expressões da 1ª coluna e assinale a alternati- erro no emprego do artigo:
va que contém os algarismos na seqüência correta. a) Nem todas as opiniões são valiosas.
(1) óleo santo ( ) a moral b) Disse-me que conhece todo o Brasil.
(2) a relva ( ) a crisma c) Leu todos os dez romances do escritor.
(3) um sacramento ( ) o moral d) Andou por todo Portugal.
(4) a ética ( ) o crisma e) Todas cinco, menos uma, estão corretas.
(5) a unidade de massa ( ) a grama
(6) o ânimo ( ) o grama 53. Assinale a única alternativa onde não haja advérbio.
a) 6, 1, 4, 3, 5, 2 a) Ele mora muito longe daqui.
b) 6, 3, 4, 1, 2, 5 b) Estudei bastante para a prova de inglês.
c) 4, 1, 6, 3, 5, 2 c) Ruth mora muito longe daqui.
d) 6, 1, 4, 3, 2, 5 d) Você tem bastante tempo disponível.
e) 4, 3, 6, 1, 2, 5 e) O livro custou caro.

302 Degrau Cultural

01_Exercicios Portugues.pmd 302 22/12/2010, 11:14


Exercícios

54. Assinale a alternativa correta: 60. Indique o fragmento que apresenta erro de pon-
Os verbos que apresentam vários radicais na sua tuação.
conjugação são chamados de: a) A campanha presidencial de 1960, nos Estados
a) defectivos d) irregulares Unidos, é apontada pela mudança do sistema de
b) abundantes e) regulares comunicação, como inovadora.
c) anômalos b) Até então, a conquista do voto se dava no confronto
direto entre o candidato e o eleitor.
55. Assinale a alternativa incorreta quanto à flexão do c) A década de 30 viu o aparecimento, na política, do
verbo. rádio.
a) Ele se precaveu contra suas ameaças. d) Dez anos antes, apenas 11% das famílias tinham
b) A polícia interviu na greve dos funcionários públicos. televisão; em 1960, o número se elevou para 88%.
c) Ele requere tudo que lhe é de direito. e) A revolução ocorreu, radical e devastadora, na cam-
d) Ela cria em tudo o que você creu. panha de 1968. (R. Faoro)
e) Meu tio reouve todos os seus bens.
61. Marque o texto onde ocorra erro de pontuação.
56. Em qual das alternativas todos os verbos estão em a) O traço todo da vida é para muitos um desenho da
tempos do pretérito? criança esquecido pelo homem, e ao qual este terá
a) Concordei que assim era, mas aleguei que a velhi- sempre de se cingir sem o saber.
ce estava agora no domínio da compensação. b) Os primeiros anos de vida foram portanto, os de
b) Chamei-lhe a atenção porque teria observado de minha formação institiva ou moral, definitiva.
perto seu progresso. c) Passei esse período inicial, tão remoto e tão pre-
c) Lembra-me de o ver erguer-se assustado e tonto. sente, em um engenho de Pernambuco, minha pro-
d) Meu pai respondia a todos os presentes que eu víncia natal.
seria o que Deus quisesse. d) A população do pequeno domínio, inteiramente fe-
e) Se advertimos constantemente esta moça, perde- chado a qualquer ingerência de fora, como todos os
remos uma excelente profissional. outros feudos da escravidão, compunha-se de es-
cravos, distribuídos pelos compartimentos da senza-
57. Assinale a alternativa em que o emprego do infiniti- la, o grande pombal negro ao lado da casa de mora-
vo está incorreto: da, e de rendeiros, ligados ao proprietário pelo bene-
a) Todos acreditam sermos os causadores da desordem. fício da casa de barro que os agasalhava ou da pe-
b) Os alunos parecem estarem insatisfeitos. quena cultura que ele lhes consentia em suas terras.
c) Os alunos pareciam estar insatisfeitos. e) No centro do pequeno cantão de escravos levan-
d) Cometerdes tamanha injustiça, tu não o farias. tava-se a resistência do senhor, olhando para os
e) Não podeis fazerdes a prova com tanta pressa. edifícios da moagem, e tendo por trás, em uma
ondulação do terreno, a capela sob a invocação
58. Assinale a alternativa onde haja um verbo intransi- de São Mateus.
tivo + adjunto adverbial: (Joaquim Nabuco)
a) O aluno resolveu os exercícios às pressas.
62. Aponte a alternativa pontuada corretamente.
b) Esqueci-me do livro na biblioteca.
a) Como explicar que as estruturas lógicas se tornam
c) Lembrei o fato com alegria.
necessárias, num dado nível?
d) Os alunos estavam na sala de aula.
b) Como explicar, que as estruturas lógicas se tor-
e) As crianças permaneceram caladas.
nam necessárias num dado nível?
c) Como explicar, que as estruturas lógicas, se tor-
59. Identifique o local do texto marcado com um aste-
nam necessárias num dado nível?
risco (*) onde não se pode usar vírgula e marque a
d) Como explicar que as estruturas lógicas se tornam
alternativa correspondente.
necessárias num dado nível?
A língua que utilizamos hoje * (A) como não podia
e) Como explicar, que as estruturas lógicas, se tor-
deixar de ser numa nação que se quer culta e dinâ- nam necessárias, num dado nível?
mica * (B) reflete a civilização atual, rápida no enun-
ciado, em virtude da própria rapidez vertiginosa do 63. Identifique no texto o local marcado com um aste-
desenvolvimento material * (C) científico e técnico: risco (*) onde não se pode usar vírgula e marque a
processos acrossêmicos, reduções a iniciais de letra correspondente.
longos títulos * (D) interferências de vocabulários O processo de desenvolvimento brasileiro no perí-
técnicos e científicos, intercomunicação de lingua- odo de pós-guerra * (A) teve como seu elemento
gens especiais, tudo vulgarizado imediatamente dinâmico o processo de substituições * (B) res-
pelo jornal, pelo rádio, pela tevê. É uma língua em ponsável pela industrialização e modernização do
ebulição. E ainda bem, porque a petrificação lin- País. Quando * (C) a partir de 1961 * (D) foi-se pau-
güística * (E) é a morte letárgica do idioma. (Celso latinamente esgotando a possibilidade de substi-
Cunha) tuição maciça de importações * (E) a economia
a) A. d) E. perdeu sua fonte de dinamismo e entrou numa fase
b) D. e) C. de relativa estagnação.
c) B. (Celso L. Martone)

Degrau Cultural 303

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Exercícios

a) A.
b) B.
c) C.
d) D.
e) E.

64. Assinale a pontuação incorreta.


a) O Recife é uma cidade onde é verão o ano inteiro.
Chove muito em julho, mas sem deixar de haver
dias claros e bonitos.
b) Em novembro caem as “chuvas de caju”. Em janei-
ro, as “primeiras águas”, que às vezes vêm somen-
te em fevereiro.
c) Há duas estações: uma seca, que começa em se-
tembro ou outubro, outra temporada que principia
em março ou abril.
d) Não há excessos nem mudanças bruscas. São
raras as trovoadas, e estas em geral fracas.
e) Não há furacões nem tempestades. Uma brisa
constante refresca Recife. Os casos de insolação
são raríssimos.

GABARITO

01. C 02. B 03. E 04. E 05. C


06. E 07. C 08. C 09. A 10. E
11. D 12. B 13. C 14. B 15. A
16. A 17. D 18. E 19. D 20. B
21. A 22. D 23. A 24. E 25. C
26. E 27. D 28. E 29. B 30. C
,31. C 31. A 33. B 34. D 35. E
36. E 37. B 38. A 39. E 40. C
41. B 42. C 43. D 44. C 45. B
46. E 47. A 48. D 49. C 50. E
51. B 52. A 53. D 54. C 55. B
56. A 57. E 58. D 59. D 60. A
61. B 62. D 63. A 64. C

304 Degrau Cultural

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Exercícios

EXERCÍCIOS - MATEMÁTICA
01. Em uma universidade são lidos dois jornais A e B; 08. Uma urna tem 100 cartões numerados de 101 a
exatamente 80% dos alunos lêem o jornal A e 60% 200. A probabilidade de se sortear um cartão des-
o jornal B. Sabendo-se que todo aluno é leitor de, sa urna e o número nele marcado ter os três alga-
pelo menos, um dos jornais, o percentual de alu- rismos distintos entre si é:
a) 17/25
nos que lêem ambos é:
b) 71/100
a) 48% d) 80%
c) 14/25
b) 140% e) 40% d) 73/100
c) 60% e) 37/50

02. Numa sala de aula com 60 alunos, 11 jogam xa- 09. Considere as matrizes:
drez, 31 são homens ou jogam xadrez e 3 mulhe- 1) A = (aij), 4 x 7, definida por aij = i – j
res jogam xadrez. Conclui-se, portanto, que: 2) B = (aij), 7 x 9, definida por bij = i
a) 31 são mulheres 3) C = (aij), C = AB.
b) 29 são homens
c) 29 mulheres não jogam xadrez O elemento c63 é:
a) -112
d) 23 homens não jogam xadrez
b) -18
e) 9 homens jogam xadrez
c) -9
d) 112
03. Sejam A e B dois conjuntos com respectivamente e) não existe
19 e 92 elementos. Então:
a) existem sobrejeções de A em B 10. Sejam A = (Aij) uma matriz real quadrada de ordem
b) toda função de A em B é uma injeção 2 e I2 a matriz identidade também de ordem 2. Se r1
c) não existem bijeções de A em B e r2 são as raízes da equação det (A – rI2) = nr, onde
d) o conjunto imagem de qualquer função de A em B n é um número inteiro positivo, podemos afirmar
tem 19 elementos que:
e) toda função de B em A é sobrejetora a) r1 + r2 = a11 + a22
b) r1 + r2 = - (a11 + a22)
c) r1 + r2 = n(a11 + a22)
04. A imagem da função real f definida por f(x) = é: d) r1 . r2 = det A
e) r1 . r2 = n det A
a) IR – {1}
b) IR – {2}
11. Um pacote tem 48 balas: algumas de hortelã e as
c) IR – {-1}
demais de laranja. Se a terça parte do dobro do
d) IR – {-2}
número de balas de hortelã excede a metade do de
e) IR – {-3}
laranjas em 4 unidades, então nesse pacote há:
a) igual número de balas dos dois tipos.
f(x)
b) duas balas de hortelã a mais que de laranja.
05. Se f(x) = -x2 + 2 x – 3, então o menor valor de é: c) 20 balas de hortelã.
d) 26 balas de laranja.
a) 3 d) 81
e) duas balas de laranja a mais que de hortelã.
b) 9 e) 243
c) 27
12. O produto das raízes da equação x² + 2x – 3 = 0 é a
razão de uma PA de primeiro termo 7. O 100º termo
06. Há números em que, para cada um deles, o qua-
dessa PA é:
drado do logaritmo decimal é igual ao logaritmo
a) -200 d) -205
decimal do seu respectivo quadrado. Logo, a soma
b) -304 e) -191
dos valores reais dos números que satisfazem a
c) -290
igualdade é:
a) 90 d) 101
13. Certa semana, uma equipe foi incumbida de fazer
b) 99 e) 201
determinada tarefa. Na segunda-feira, foi executada
c) 100
a terça parte da tarefa e, a cada dia subseqüente, a
metade da realizada no dia anterior. Nessas condi-
07. Uma sala da Cesgranrio tem 11 lâmpadas. De
ções, é correto afirmar que, ao final da sexta-feira:
quantas formas pode-se encontrar, exatamente 3
a) foi concluída a tarefa.
lâmpadas acesas:
a) 11! c) 10!
b) 165 d) 3 b) da tarefa havia deixado de ser executada.

Degrau Cultural 305

02_Exercicios Matemática.pmd 305 22/12/2010, 11:14


Exercícios

a) 880 m3 c) 960 m3
c) da tarefa havia deixado de ser executada. b) 920 m3 d) 1020 m3

17. O gráfico abaixo é o da função f, dada por f(x) = a


d) da tarefa havia sido executada. sen bx. Os números a e b são, respectivamente:

e) da tarefa havia sido executada.

14. a) 1e2
b) 1 e –1
c) 2 e –1
d) –1 e –2]
e) –1 e 2

18. Para todo x pertencente a {0, 2π}, y = 1+ 3

FEN varia de:

De um queijo formato de um cilindro circular reto, a) –3 a 3 d) 1a2


cujos raio e altura medem, respectivamente, 6 cm b) –2 a 2 e) 1a4
e 3 cm, foi cortada uma fatia, como mostra a figura. a) –1 a 2
O volume sólido retante, em cm3, é:
a) 50π d) 80π 19. O gráfico abaixo representa as funções reais P(x)
b) 60π e) 90π
c) 70π e Q(x). Então, no intervalo [- 4, 8], para todo x ∈
ℜ tal que
15. Um recipiente cilíndrico de 60 cm de altura e base
com 20 cm de raio está sobre uma superfície plana
horizontal e contém água até a altura de 40 cm,
conforme indicado na figura.

a) -2 < x < 4
b) -2 < x < -1 ou 5 < x < 8
c) -4 < x < -2 ou 2 < x < 4
d) -1 < x < 5
Imergindo-se totalmente um bloco cúbico no
2 0 . Sendo x ≥ 4 , o c o n j u n t o i m a g e m d a f u n ç ã o
recipiente, o nível da água sobre 25%.
Considerando π igual a 3, a medida, em cm, da y = é dado por:
aresta do cubo colocado na água é igual a: a) { y ∈ IR / y ≥ 0}
b) { y ∈ IR / 0 ≤ y ≤ 2}
c) { y ∈ IR / y ≥ 2}
d) { y ∈ IR / y ≥ 4}

16. A figura abaixo representa um galpão com as


medidas indicadas.

GABARITO

01. E 02. C 03. C 04. C 05. B


06. D 07. B 08. C 09. E 10. D

O volume total desse galpão é: 11. A 12. C 13. B 14. E 15. A


16. A 17. E 18. E 19. C 20. C

306 Degrau Cultural

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Exercícios

EXERCÍCIOS - CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS


PROCESSOS ADMINISTRATIVOS a) novas exigências impostas pelas relações traba-
lhistas.
01. A qualidade de uma organização é determinada em b) novas tecnologias de ensino a distância e de tecno-
grande parte pela competência das pessoas que logia da informação.
ela emprega. Assim sendo, diante das novas de-
c) necessidade de um local em que todos os funcio-
mandas por recursos humanos advindas da auto-
nários possam ser treinados.
mação dos negócios, a gestão de pessoas deve
d) emergência da organização hierárquica, enxuta e
a) focar as rotinas de manutenção de um contrato de
flexível.
trabalho: recrutamento, seleção, remuneração, pla-
nos de cargos e salários, benefícios, entre outros. e) mudança fundamental no mercado da educação
global.
b) transformar as rotinas de pessoal na parte mais
importante da relação contratual indivíduo-organi-
zação, para contribuir com o processo de confiança 04. Uma empresa que usa o modelo de reposição con-
e credibilidade da empresa. tínua na gestão de estoques tem um consumo mé-
c) ser vista como a gestão de uma relação com pes- dio de um item em estoque de 1.000 unidades por
soas com as quais não se mantém mera relação mês e mantém um estoque de segurança de 100
contratual, e sim, uma parceria, um processo contí- unidades. Supondo que o prazo de entrega, após a
nuo de compartilhamento de responsabilidades. colocação do pedido, é de 10 dias úteis, que as
compras são feitas em lotes de 5.000, e conside-
d) ser a única responsável pela aquisição e manuten-
rando 20 dias úteis por mês, qual é a quantidade do
ção dos recursos da força de trabalho, sendo preci-
ponto de pedido?
so, para tanto, reforçar a visão da gestão fortemente
baseada na divisão funcional e na concepção dos
empregados como recursos.
e) atribuir ao gerente de cada equipe, como um líder
autêntico, a missão de ajudar a construir a compe-
tência e a motivação de seu grupo, fazendo, com
que o Departamento de Recursos Humanos perca
a sua finalidade e a sua posição na organização.
a) 50
02. O responsável pela seleção de cinco novos assis- b) 500
tentes para a implementação de um processo c) 600
escolhe,como mecanismo de seleção, a entrevista
d) 1.000
estruturada, partindo da premissa de que ela é mais
confiável porque e) 5.000
a) se limita a perguntas relevantes que funcionam
como previsores eficazes de desempenho e me- 05. Na gestão de estoques, o modelo de reposição pe-
lhoram a confiabilidade do processo de entrevistar. riódica, também conhecido como modelo de esto-
que máximo, tem como característica
b) permite a identificação da capacidade do candidato
de resolver problemas e é especialmente válida para a) obter um estoque de segurança menor que o mo-
determinar a inteligência, o nível de motivação e as delo do lote padrão.
habilidades do candidato. b) ter um lote de compra padrão e igual ao Lote Econô-
c) permite verificar como o candidato reagirá sob pres- mico de Compra (LEC).
são, a sua tendenciosidade diante de informações c) ter um lote de compra variável e definido quando o
valiosas e os seus estereótipos. nível do item atinge o ponto de pedido.
d) permite que se criem perguntas à medida que a d) manter constantes os intervalos de emissão dos
entrevista se desenvolve, gerando uma conversa- pedidos de compra.
ção amistosa que favorece o compartilhamento de e) definir o lote de compra com base em descontos
ideias e atitudes com o candidato. por volume.
e) dá uma oportunidade a maiores discernimentos
quanto às diferenças entre os candidatos, permitin- 06. Todo bem patrimonial sofre desgaste com a sua
do que as informações negativas não recebam um utilização, sendo necessárias ações para que ele
peso indevidamente alto. se mantenha operacional até o fim de sua vida útil. A
vida econômica de um bem é o período de tempo
03. As empresas estão se transformando em organiza- em que o bem consegue exercer suas funções até
ções educadoras e desenvolvendo a educação cor- o momento em que o
porativa em virtude de

Degrau Cultural 307

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Exercícios

a) valor contábil é menor que a soma do custo operaci- 09. Após o término do inventário físico dos itens em
onal com o de manutenção. estoque, deve-se calcular um índice representativo
b) valor de revenda do bem menos o valor residual da da acurácia dos controles de movimentação de
depreciação é mínimo. materiais da empresa. Considerando que foram in-
ventariados 10.000 itens e encontrados 1.200 itens
c) valor de revenda ultrapassa o valor depreciado.
com divergências, o índice de acurácia desse esto-
d) custo operacional é menor que o custo residual. que é de
e) Custo Anual Equivalente (CAE) é mínimo. a) 12,0%
b) 13,6%
Considere as informações e a tabela a seguir para res- c) 76,0%
ponder às questões de nos 07 e 08. d) 88,0%
A tabela apresenta o conjunto de itens em estoque de e) 94,0%
uma empresa que utiliza a classificação ABC. Os limites
assumidos pela empresa são: 10.
- maior ou igual a 70% - o item é considerado classe A;
- entre 11% e 69 % - o item é considerado classe B;
- menor ou igual a 10% - o item é considerado classe C.

Considerando o método de depreciação linear e as ca-


racterísticas do bem patrimonial apresentados na tabe-
la acima, quais são a depreciação acumulada e o valor
residual do bem patrimonial ao final do seu quarto ano
de utilização?

07. Os itens classe A são


a) 7 e 8.
b) 3 e 6.
c) 2, 3 e 6.
d) 3, 4 e 10.
e) 1, 6, 7 e 8.

08. Qual das seguintes correlações entre o item e a sua


classe é válida?
a) 1, B.
b) 3, C.
c) 5, C.
d) 7, B.
e) 9, B.

GABARITO
01. E 02. C 03. A 04. E 05. B
06. E 07. E 08. B 09. C 10. A

308 Degrau Cultural

03_Exercicios Conhec Especificos.pmd 308 22/12/2010, 11:14


Exercícios

MATEMÁTICA FINANCEIRA a) pelo valor inicial.


b) com um desconto de 20% do valor inicial.
01. O lucro de uma empresa é dado por L (x) = 100
c) com um desconto de 24% do valor inicial
(10 –x) ( x – 2), onde x é a quantidade vendida.
Podemos afirmar que: d) 4% mais caro que o valor inicial.
a) o lucro é positivo qualquer que seja x; e) com um desconto de 4% do seu valor inicial.
b) o lucro é positivo para x maior do que 10;
c) o lucro é positivo para x entre 2 e 10; 06. Um título de valor inicial R$ 1.000,00, vencível em
um ano com capitalização mensal a uma taxa de
d) o lucro é máximo para x igual a 10;
juros de 10% ao mês, deverá ser resgatada um
e) o lucro é máximo para x igual a 3. mês antes do seu vencimento. Qual o desconto
comercial simples à mesma taxa de 10% ao mês?
02. O açougue “BOI RALADO” está fazendo uma a) R$ 313,84
promoção na venda da alcatra, um desconto de 10%
b) R$ 285,31
é dado nos quilogramas que excederem a 3. Se o
preço do quilograma de alcatra é R$4,00 e Cirlene c) R$ 281,26
gastou R$19,92 comprando alcatra, a quantidade d) R$ 259,37
adquirida por ela foi de: e) R$ 251,81
a) 5kg 533g
b) 5kg 480g 07. Determinado título é descontado 6 meses antes de
c) 5kg 320g seu vencimento à taxa de desconto comercial
d) 5kg 200g simples de 6% ao mês. A taxa efetiva semestral
correspondente a esta operação é de:
e) 4kg 980g
a) 24%

03. Três professores de Degrau Cultural comparam um b) 32%


presente de aniversario para Rosângela Cardozo. c) 36%
Para tal, contribuíram com quantias inversamente d) 42,50%
proporcionais aos seus respectivos tempos de e) 56,25%
serviço na empresa: 2 anos, 5 aos e 8 anos. Se o
presente custou R$ 66, um deles desembolsou:
a) R$ 38 08. O salário mensal de um vendedor é constituído de
uma parte fixa igual a R$2.300,00 e mais uma
b) R$ 24 comissão de 3% sobre o total de vendas que
c) R$ 18 exceder a R$10.000,00. Calcula-se em 10% o
d) R$ 10 percentual de descontos diversos que incidem
e) R$ 9,60 sobre o seu salário bruto. Em dois meses
consecutivos, o vendedor recebeu líquido,
respectivamente, R$4.500,00 e R$5.310,00. Com
04. De um capital de R$ 10.000,00 vão ser aplicados, a esses dados, pode-se afirmar que suas vendas
juro simples, à taxa de aplicação de 2% ao mês no segundo mês foram superiores às do primeiro
e outros à taxa de 1,5% ao mês. Para se obter o mês em:
rendimento total de R$ 176,00 por mês, o restante a) 18%
do capital deve ser plicado à taxa mensal de: b) 20%
a) 1,75% c) 30%
b) 1,8% d) 33%
c) 1,9% e) 41%
d) 2%
e) 2,25% 09. Uma pessoa tomou um capital C emprestado a
uma taxa mensal numericamente igual ao número
05. Um comerciante ao atender um cliente sabia com de meses que levará para saldar o empréstimo.
antecedência que este iria pedir um desconto de Tal pessoa aplica o capital C a uma taxa de 24% ao
20% no preço da mercadoria. Como não era mês. Para que tenha um lucro máximo na operação,
possível o desconto e para não deixar de atender deverá fazer o empréstimo e a aplicação durante
ao cliente, o comerciante raciocinou da seguinte um número de meses igual a:
maneira: fornecerei o preço da mercadoria a) 6
aumentado de 20% do seu valor, e em seguida,
b) 12
darei o desconto que o cliente deseja. Então, o
comerciante vendeu a mercadoria: c) 18

Degrau Cultural 309

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Exercícios

d) 24 INFORMÁTICA
e) 36
01. O Word 2003 apresenta várias ferramentas que pos-
sibilitam formatação de caracteres e de parágrafos
10. Os capitais de R$ 5.000,00 e R$ 7.000,00 foram e correção ortográfica. Com relação a essas ferra-
aplicados durante 6 meses a taxas diferentes, ao mentas, julgue os itens seguintes.
ano, cuja a soma é 8%. Se o rendimento total foi de
R$ 230,00, as taxas valem, respectivamente: I. Para alterar a fonte do texto para, por exemplo, Arial
ou Courier New, usa-se a caixa Estilo
a) 6% ao ano e 2% ao ano.
. Para isso, clica-se em e seleci-
b) 5% ao ano e 3% ao ano. ona-se a fonte desejada.
c) 1% ao ano e 7% ao ano. II. O comando permite mudar o tamanho da
d) 7% ao ano e 1% ao ano. fonte de 100% para 120% de forma que tanto o ca-
e) 2% ao ano e 6% ao ano. ractere mostrado no vídeo como o ingresso é au-
mentado em 20% em relação ao tamanho padrão.
III. O botão permite formatar os números e o texto
selecionado como o negrito. Clicando-se novamen-
te sobre o botão, formatação será removida.
IV. O menu Formatar possui a opção Parágrafo, que
permite definir o espaçamento vertical entre linhas
de texto.

O botão também permite alterar a fonte de


todo o documento ativo.
A quantidade de itens corretas é igual a:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

02. Mané percebe, utilizando o Word 2003, que digitou


a palavra “cacau”, que não era necessária em seu
texto. Selecionou a palavra e pressionou a tecla que
permitiu deletar a palavra. Em seguida digitou a
palavra “chocolate”. Para que Mané possa ter o tex-
to como estava antes de deletar a palavra “cacau”
ele poderá usar os seguintes atalhos no teclado:
a) Ctrl Z e Ctrl R
b) Ctrl R e Ctrl Z
c) Ctrl Z e Ctrl Z
d) Ctrl R e Ctrl R
e) Ctrl Z e Ctrl C

03. No Word 2003 são opções disponíveis apenas no


menu Ferramentas:
a) Ortografia e Gramática, Quebra e Configurar Página.
b) Régua, Colar, Classificar.
c) Abrir, Localizar, Dividir.
d) Idioma, Mala Direta, Macro.
GABARITO
e) Autocorreção, Parágrafo, Limpar.
01. C 02. D 03. D 04. B 05. E
06. A 07. E 08. C 09. B 10. B 04. Enquanto relê um documento preparado no Word
2003, João seleciona todo o texto para alterar o tipo
de fonte utilizado.

310 Degrau Cultural

03_Exercicios Conhec Especificos.pmd 310 22/12/2010, 11:14


Exercícios

No entanto, deleta toda a seleção acidentalmente. d) seu conteúdo só pode ser visualizado em compu-
Para não perder todo o texto, ele pode: tadores que utilizam este formato como padrão para
a) formatar o texto. seus editores de texto.
b) inserir arquivo. e) para convertê-lo para o formato DOC deve-se pri-
meiro convertê-lo para o formato TXT.
c) defazer a ação.
d) refazer a ação.
10. A extensão “padrão” para documentos do Microsoft
e) galeria de estilos.
Word 2007, e a extensão de arquivos de “modelo”
deste mesmo programa, são respectivamente:
05. João percebe que sempre que digita (c) num texto no a) .doc e .dll
seu computador, o Word 2003 substitui estes carac-
b) .txt e .dot
teres por ©. Para evitar que isto aconteça, João deve:
c) .rtf e .txt
a) alterar as configurações regionais no painel de con-
trole do Windows. d) .doc e .dot
b) mudar o idioma utilizado na correção ortográfica. e) .docx e .dotx
c) formatar o estilo empregado no texto.
d) alterar as opções de autocorreção do Word 11. São extensões de arquivos possíveis de serem
abertos no Microsoft Word 2007, exceto:
e) inserir novas configurações de ortografia e gramática.
a) .txt d) .jpg
b) .html e) .dot
06. No Word 2003 quando se deseja, a partir de um
documento que já existe criar um novo documento c) .rtf
utilizamos um comando que está no menu:
a) Salvar d) Arquivo 12. São teclas de atalho correspondentes aos recursos:
b) Salvar Como e) Arquivar copiar, recortar, colar e desfazer, exceto:
c) Salvar Novo a) [Ctrl]+[C]
b) [Ctrl]+[Z]
07. No Word 2003, estando o cursor no final de uma c) [Ctrl]+[D]
tabela (na célula mais à direita da última linha), a d) [Ctrl]+[X]
tecla que, pressionada, cria uma nova linha e move e) [Ctrl]+[V]
o cursor para a primeira célula da nova linha é:
a) Alt. d) Home.
13. São teclas de atalho correspondentes aos recursos:
b) Tab. e) Enter. Selecionar tudo, Salvar, Salvar como e Ortografia e
c) Insert. gramática, exceto:
a) [Ctrl]+[T]
08. A criação de uma mala direta no Word 2003 pode b) [Ctrl]+[B]
ser feita mesclando-se uma carta modelo e uma c) [Ctrl]+[A]
origem de dados. Na carta modelo, os códigos de
d) [F12]
campo inseridos são responsáveis por “puxar” as
informações da origem de dados para a carta mo- e) [F7]
delo, sendo delimitados pelos caracteres:
a) // e //. d) (( e )). 14. São teclas de atalho correspondentes aos recursos:
b) [[ e ]]. e) {{ e }}. Novo, Abrir, Imprimir e Quebra de página, exceto:

c) << e >>. a) [Ctrl]+[O]


b) [Ctrl]+[A]

09. Os processadores de texto mais utilizados no mer- c) [Ctrl]+[P]


cado são capazes de gerar arquivos com extensão d) [Ctrl]+[Enter]
RTF. Com relação a um texto que foi salvo neste e) [Ctrl]+[Q]
formato, é correto afirmar que:
a) em seu conteúdo não é possível incluir uma tabela. 15. Para alterar os espaçamentos entre as linhas dos
b) em seu conteúdo podem existir caracteres forma- parágrafos selecionados (simples, 1,5 e duplo),
tados com Negrito e Itálico. podemos utilizar as seguintes teclas de atalho:
c) em seu conteúdo não pode existir uma palavra for- a) [Ctrl]+[1], [Ctrl]+[2] e [Ctrl]+[3]
matada com uma fonte diferente da utilizada pelo b) [Ctrl]+[1], [Ctrl]+[5] e [Ctrl]+[2]
restante do texto.
c) [Ctrl]+[1], [Ctrl]+[2] e [Ctrl]+[4]

Degrau Cultural 311

03_Exercicios Conhec Especificos.pmd 311 22/12/2010, 11:14


Exercícios

d) [Alt]+[1], [Alt]+[2] e [Alt]+[3] 20. Em uma planilha de Excel 2003, as células apresen-
e) [Alt]+[1], [Alt]+[5] e [Alt]+[2] tam os seguintes valores: A1 = 10, A2 = 12, B1 = 8 e B2
= 14. A esse respeito, pode-se afirmar que a (o):
a) média das células da primeira linha é maior que a
16. Para “quebrar uma linha” de um parágrafo, obrigando média das células da primeira coluna.
o texto que estiver depois desta quebra a começar
na linha de baixo, sem, no entanto, criar um novo b) média das células da primeira linha é igual à mé-
parágrafo, utilizamos a combinação de teclas: dia das células da segunda linha.
c) média das células da primeira linha é menor que a
a) [Alt]+[F]
média das células da segunda coluna.
b) [Ctrl]+[Enter]
d) produto das células da segunda linha é igual ao
c) [Ctrl]+[Shift]+[+] produto das células da segunda coluna.
d) [Shift]+[Enter] e) produto das células da segunda linha é menor que
e) [Ctrl]+[Tab] o produto das células da primeira coluna.

17. Para selecionar um parágrafo do texto, podemos 21. Se a célula C3 da planilha da questão anterior con-
utilizar o seguinte procedimento: tiver a fórmula =soma(B2..A1), então o valor da cé-
lula C3 será:
a) Clicar à esquerda da primeira linha do parágrafo,
pressionar e manter pressionada a tecla [Shift], a) 44. d) 24.
utilizar a “seta de navegação” para a direita, até b) 1,4. e) soma(B2..A1)
selecionar a última palavra do parágrafo. c) 32.
b) Clicar à esquerda da primeira linha do parágrafo,
pressionar e manter pressionada a tecla [Ctrl],
22. Os aplicativos de planilhas eletrônicas mais utiliza-
utilizar a “seta de navegação” para baixo, até
dos no mercado disponibilizam ferramentas capa-
selecionar a última linha do parágrafo. zes de calcular a média ou o somatório dos ele-
c) Selecionar a primeira palavra da primeira linha do mentos de uma determinada coluna. Com relação
parágrafo, pressionar e manter pressionada a tecla a estas ferramentas, é correto afirmar que:
[Alt], utilizar a “seta de navegação” para a direita, até a) Elas só permitem a manipulação de números in-
selecionar a última palavra do parágrafo. teiros.
d) Clicar 1x à direita da primeira linha do primeiro b) O somatório de números negativos terá como re-
parágrafo, pressionar e manter pressionada a tecla sultado um número positivo.
[Shift], clicar após a última palavra do parágrafo.
c) Elas não são capazes de manipular dados no for-
e) Clicar 4x sobre qualquer palavra do parágrafo. mato moeda.
d) O somatório de valores configurados com formato
18. Ao definir um cabeçalho ou rodapé para um de porcentagem terá como resultado padrão um
documento do Word, o usuário poderá, exceto: valor configurado com formato de porcentagem.
a) definir um cabeçalho/rodapé diferente apenas para e) O somatório de valores configurados com formato
a “primeira página”. de data terá como resultado padrão um valor
b) definir um cabeçalho/rodapé diferente para páginas
“pares e ímpares”. 23. No Excel 2003, com uma planilha inicialmente sem
c) inserir “data e hora”, que serão atualizadas de dados, preenche-se o intervalo das células E1 até
acordo com a data e hora da impressão. E10. Em seguida, preenche-se a célula F1 com
d) inserir “autotexto” ou acessar a “configuração da Janeiro e a célula G1 com Fevereiro. Finalmente,
página” do documento. seleciona-se a célula F1. Ao dar um clique duplo no
pequeno quadrado que se encontra no canto inferi-
e) inserir “notas” de rodapé no documento.
or direito da seleção, o resultado da célula F10 será:
a) Janeiro. d) Julho.
19. É possível dividir um texto em 2 ou mais colunas.
b) Fevereiro. e) nulo.
Também é possível definir a largura de cada
coluna individualmente. O usuário também c) Outubro.
poderá inserir uma linha entre cada coluna. Tudo
isto, através da Guia: 24. No Excel 2003, com uma planilha inicialmente sem
a) Exibir- Colunas dados, preenche-se o intervalo das células E1 até
b) Inserir- Colunas E10. Em seguida, preenche-se a célula F1 com
Novembro e a célula G1 com 2005. Seleciona-se
c) Layout da Página
a célula G1. Dá-se um clique duplo no pequeno
d) Ferramentas - Colunas quadrado que se encontra no canto inferior direito
e) Tabela - Colunas da seleção.

312 Degrau Cultural

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Exercícios

Em seguida seleciona-se a célula F1 e dá-se um 28. Téc.R.F/ESAF) Analise as seguintes afirmações re-
clique duplo no pequeno quadrado que se encon- lativas ao uso da Internet.
tra no canto inferior direito da seleção. O resultado I. Todos os servidores na Internet são gerenciados,
da célula G10 e F10, respectivamente, será: fiscalizados e de propriedade de um órgão gover-
a) “Agosto” e Nenhum resultado. namental que, no Brasil, denomina-se Comitê Ges-
tor da Internet no Brasil, acessado pelo endereço
b) “Agosto” e “2014”.
www.registro.br.
c) Nenhum resultado e “Agosto”.
II. Na Internet, utilizando-se o FTP, é possível transfe-
d) “Novembro” e Nenhum resultado. rir arquivos, autenticar usuários e gerenciar arqui-
e) Nenhum resultado e Nenhum resultado.inteiro.] vos e diretórios.
III. Na transferência de arquivos, existem situações nas
25. No Microsoft Excel 2007, um usuário inseriu a fór- quais é necessário que o serviço FTP seja acessado
por usuários que não têm conta no servidor FTP. Nes-
mula =MEDIA(A3;A4) na célula B4 e =SOMA(A4;A3)
tes casos pode-se utilizar o serviço FTP anônimo.
em D2. Em seguida, por meio do comando
CTRL+C, copiou as fórmulas de B4 para C5 e de IV. A transferência de arquivos de algum ponto da In-
D2 para D5 na mesma planilha. As fórmulas copia- ternet para um computador específico é denomina-
das para C5 e D5 ficarão, respectivamente, com os da download, desde que o servidor intermediário
seguintes formatos: no processo seja um servidor SMTP.

a) = MEDIA (A3;A4) e = SOMA (A4;A3) Indique a opção que contenha todas as afirmações
verdadeiras.
b) = MEDIA (A3;A4) e = SOMA (A7;A6)
a) I e II d) I e III
c) = MEDIA (B4;B5) e = SOMA (A7;A6)
b) II e III e) II e IV
d) = MEDIA (B4;B5) e = SOMA (C4;C3)
c) III e IV
e) = MEDIA (B4;B5) e = SOMA (A4;A3)

26. Ainda em relação ao Internet Explorer 6 :


I. O usuário do Internet Explorer pode escolher uma 29. Analise as seguintes afirmações relativas ao uso
página da Web para ser a primeira que será vista da Internet.
sempre que o referido programa for aberto. I. Um serviço hospedado em um servidor na Internet
II. Um clique simples em fará que a tela do Inter- pode ser acessado utilizando-se o número IP do
net Explorer seja minimizada. servidor, como também a URL equivalente do ser-
viço disponibilizado pelo referido servidor.
III. Para acessar determinada página da Web, é corre-
II. O endereço IP 161.148.231.001 é um exemplo de
to substituir os caracteres c:\ pelo URL da página endereço IP que pode ser válido.
desejada e clicar em . III. Para acessar a Internet é necessário apenas que o
IV. Um clique simples em Atualizar fará que seja aber- computador tenha uma placa de rede ligada à linha
ta uma página da Web da Microsoft que permitir ao telefônica, permitindo, assim, uma conexão dial-up
de alta velocidade.
usuário fazer o Download de versões mais atuali-
zadas do Internet Explorer. IV. Para uma conexão à Internet com alta velocidade,
isto é, velocidades superiores a 2Mbps, pode-se
V. Um clique simples em Histórico fará que seja exibi- optar por uma ADSL ligada à porta serial do compu-
da uma página da Web com o histórico da Internet. tador, o que dispensa o uso de adaptadores de
rede, modens e qualquer outro tipo de conexão entre
A quantidade de itens certos é igual a:
o computador e a ADSL.
a) 1. d) 4.
Indique a opção que contenha todas as afirmações
b) 2. e) 5. verdadeiras:
c) 3. a) I e II d) I e III
b) II e III e) II e IV
27. (Ana. Prev/CESGRANRIO) Para atualizar a página c) III e IV
que está sendo apresentada no Internet Explorer 6,
devemos pressionar o botão:

a) d)

b) e)

c)

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Exercícios

30. A figura abaixo ilustra parte da tela que agrupa alguns dos recursos do Internet Explorer 6. Acerca dos recursos
do Internet Explorer 6 e da figura mostrada, julgue os itens a seguir.

I. Uma página WWW (World Wide Web) pode possuir diversos hyperlinks, por meio dos quais o usuário pode
acessar os diversos recursos e informações disponíveis na página. Caso o usuário queira acessar os hyperlinks
na ordem decrescente de prioridade ou de importância preestabelecida pelo servidor, ele poderá utilizar o botão
Avançar.
II. Caso um processo de download de arquivos pela Internet, o usuário queira interromper a recepção das informa-

ções e posteriormente, retomar o processo do ponto em que foi interrompido, ele poderá utilizar o botão ; um
clique com o botão direito do mouse nesse botão interrompe o processo de download em execução, enquanto um
clique duplo com o botão esquerdo do mouse faz aparecer uma caixa de diálogo que permite recomeçar o
processo de download do início ou do ponto em que estava o processo antes da interrupção.
III. A partir do Internet Explorer 6, o usuário pode definir uma pagina inicial que será sempre acessada cada vez que o
software for iniciado. Desde que tecnicamente possível, a página inicial predefinida pode também ser acessada a
qualquer momento em que o usuário desejar clicando em .
IV. Apesar da quantidade enorme de informação e de sites que podem ser acessados na Internet, é comum que o
usuário tenha um conjunto restrito de sites, de interesse que ele acessa costumeiramente. Para facilitar o acesso a
esses sites preferenciais, o Internet Explorer 6, permite que o usuário os defina como favoritos e catálogos e os seus
endereços WWW para acesso posterior, recurso esse que pode ser obtido por meio da utilização do botão .
V. Caso o usuário queira acessar o seu E-mail, ao mesmo tempo em que esteja acessando o Internet Explorer 6, ele
poderá faze-lo por meio do botão , com apenas um clique, executa automaticamente o Outlook Express,
software de correio eletrônico do Internet Explorer 6.
VI. Quanto aos atalhos: Ctrl H – Histórico, Ctrl Y – favoritos, Esc – Parar, Alt Home – Página Inicial e F5 – atualizar.
VII. Quanto aos atalhos: Backspace – Voltar, Ctrl Home - Página Inicial, Esc – Parar, F5 – Atualizar e Ctrl I - Favoritos.
Estão corretos apenas os itens:
a) II e V. b) III e IV. c) IV e V. d) III , V e VI. e) III, V e VII.

GABARITO

01. B 02. C 03. D 04. C 05. D


06. D 07. B 08. C 09. B 10. E
11. D 12. C 13. C 14. E 15. B
16. D 17. A 18. E 19. C 20. C
21. A 22. D 23. C 24. C 25. C
26. B 27. E 28. B 29. A 30. B

CÓD.: 0983
PETROBRÁS - TÉCNICO DE ADM. E CONTROLE
ESP.: SÉRIE CONCURSOS
12/10

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Carta Resposta 21x28.pmd 323 22/12/2010, 11:14
Carta Resposta 21x28.pmd 324 22/12/2010, 11:14

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