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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB

CENTRO DE EDUCAÇÃO - CE
DEPARTAMENTO DE METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO
CAMPUS - I
DISCIPLINA: ​Didática - ​Turma ​03
PROFESSOR: ​Joseval Miranda
ALUNO: ​Jéferson André Sales Fortunato

CANDAU, Vera Maria (Org). ​A Didática em questão​. 30. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

No texto, o autor discorre acerca do papel da didática na formação do educador ou da


educadora e elabora uma crítica sobre a pedagogia tecnicista remanescente do período no
qual os militares permaneceram no poder após o golpe de 64.
O/a profissional da educação é aquele ou aquela que se dedica à atividade de criar
condições para que condutas desejáveis sejam desenvolvidas, seja na perspectiva individual,
seja na amplitude do contexto coletivo. Nesse caso, o educador ou a educadora, precisa passar
por um processo formal de aquisição de conhecimentos para o exercício do magistério e
atividades afins.
O trabalho pedagógico não pode ser considerado como uma ação neutra. Um
educador ou uma educadora não exerce sua função isento de opções teóricas como: uma
posição filosófico-política sobre relações opressoras ou libertárias; uma opção por
determinada teoria do conhecimento norteadora da prática educacional; entre outras. Todas
essas são atividades ideologizadas.
Formar um educador consiste em criar condições que possibilitem a preparação
filosófica, científica, técnica e afetiva para o exercício de suas ações.
A formação de um educador ou educadora nunca estará completa, terminada, pois sua
formação — preparação, maturação — decorre da prática diária, na reflexão sobre sua
prática.
Em determinado momento, o ensino da didática consistia na aprendizagem dos meios
de conseguir que determinado conteúdo fosse ensinado pelos educadores e assimilada pelos
educandos com maior facilidade.
Após a chegada dos modismos da tecnologia educacional no Brasil, a
metodologização da educação alterou os aspectos filosóficos, políticos e epistemológicos da
educação.
Como se as técnicas não dependessem de um suporte ideológico e de conteúdo
científico, na prática do planejamento, execução e avaliação do ensino, a didática é
apresentada como se pudesse ser reduzida a um conjunto de mecanismos imunes e isolados
de como fazer alguma coisa.
É um grande equívoco discutir como se realizar uma tarefa sem vinculá-la a o que
fazer.
Essa divisão entre teoria e prática favorece a classe dominante, pois sempre poderão
tomar decisões fundamentais sem nunca permitir que os executores interfiram no processo e
relegando-os somente as decisões de como fazer.

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