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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE PRESIDENTE DUTRA

CURSO: LETRAS - LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS DA LÍNGUA


PORTUGUESA

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA – 5º PERÍODO

DOCENTE: MARIA ODETE

RESENHA CRÍTICA: INCLUSÃO ESCOLAR: O QUE?

TÁSSIO FERNANDO DE MADEIRA SANTOS

PRESIDENTE DUTRA – MA

2022
MANTOAN, Maria Teresa Eglér; Inclusão escolar: o que é? por quê? como
fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

Maria Teresa Eglér Mantoan é pedagoga, mestre e doutora em educação pela


universidade estadual de Campinas. Ela ainda atua como professora colaboradora do
programa de pós graduação em educação nessa instituição, além disso ela se dedica
nas áreas de pesquisa e extensão.

A autora no primeiro momento do livro fala da crise de paradigmas, esta crise


tida como uma visão de mundo, e que pode ser vista também como um conjunto de
regras, normas, crenças, valores e princípios, e que a autora afirma que são
imperfeitos, e que em um dado momento se tornam obsoletos, pois não suprem mais
as necessidades, ou seja, os problemas não estão mais resolvidos. Assim, a escola
com essa crise, fica num estado de estagnação, e para que volte a andar para frente
é necessário que ela democratize o ensino, não de forma parcial e sim integral,
sempre se atentando para as diversas realidades e contextos sociais e culturais, sem
preconceito, sem repulsa as diferenças, e mesmo que não consiga de imediato, mas
que tenha isso sempre como um objetivo a ser cumprido, pensando no bem comum
de todos e na educação efetiva para todos. E a escola se democratizando, não deverá
apenas abrir espaços para as diferenças, mas também para novos meios de
conhecimento, inovando, não acomodando-se aos padrões do saber escolar, e
também abrindo espaço para diálogos, conversas, debates e opiniões.

Maria Teresa ainda fala sobre a diferença de integração e inclusão, que ainda
causa discussões acerca de pessoas com deficiências, o que acaba provocando o
fortalecimento do padrão tradicional de ensino e enfraquecendo a autoestima de
professores da rede regular de ensino, que se sentem despreparados para lidar com
as diferenças dos alunos. Além disso, a autora fala de um movimento “anti-inclusão”
de pais que não querem alunos com deficiências juntos com seus filhos sem
deficiência.

A inclusão muito diferente da integração, visa adicionar pessoas em grupos que


antes não faziam parte, incluir com os mesmos direitos independentemente de raça,
de condição física, da orientação sexual, do gênero, etc. Ou seja, a inclusão é
sinônimo de equidade, entre as pessoas em qualquer âmbito, escolar ou social, de
políticas públicas. E a inclusão no âmbito escolar não é somente dar oportunidade,
mas é também proporcionar educação efetiva pensando em todas as realidades que
muitos alunos vivem, como por exemplo: alunos que vivem em situação de
insegurança alimentar e necessitam trabalhar para ter o que comer, alunos nessa
situação não tem tempo pra estudar em casa e aprimorar seus conhecimentos; alunos
que vivem em situações difíceis com seus pais, com problemas familiares que
ocasiona o mal aproveitamento escolar e diminui o rendimento do aluno. Tudo isso
deve ser levado em conta pelas instituições de ensino, para que todos os alunos,
desde a base, tenham tudo que merece, principalmente nos dias atuais, e que o
permita concorrer de igual pra igual, pois só assim teremos uma verdadeira e efetiva
democratização e inclusão escolar, assim, também, promovendo a inclusão social
com acesso a informações e tecnologias de maneira igualitária, onde se possa
aproveitar de todas as vantagens dos instrumentos tecnológicos.

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