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Vitimologia Exercicios
Vitimologia Exercicios
R - ETMON: Victima ae = da vítima + logos = tratado, estudo = estudo da vítima. A palavra foi
usada pela primeira vez, por Benjamim Mendelson, advogado israelense, vítima da I Guerra
mundial, em 1947, em palestra intitulada “The origins of the Doctrine of Victimology”.
R - “Pessoa que, individual ou coletivamente, tenha sofrido danos, inclusive lesões físicas ou
mentais, sofrimento emocional, perda financeira ou diminuição substancial de seus direitos
fundamentais, como conseqüências de ações ou omissões que violem a legislação penal
vigente, nos Estados – Membros, incluída a que prescreve o abuso de poder”. (Resolução
40/34 da Assembléia Geral das Nações Unidas, de 29 – 1 – 85).
3- O que é Vitimologia?
R - Ciência que tem como objetivo principal o estudo da vítima de uma forma global. Nesse
estudo aprofundado do comportamento da vítima é possível analisar sua personalidade, seu
comportamento na gênese do crime, seu consentimento para a consumação de delito, suas
relações com o delinqüente(vitimizador) e também a possível reparação de danos sofridos.
R -veio com o sofrimento, perseguição e discriminação das vítimas de o Holocausto, e, foi com
os crimes perpetrados pelo nazismo, que começou a surgir na metade do século passado com
mais seriedade os estudos ligados à vítima. Deste modo, então somente após a Segunda
Guerra Mundial os criminólogos do mundo todo passaram a se interessar mais sobre os
estudos ligados às vítimas. Diante de tanto sofrimento, o mundo começou a se preocupar de
como viveriam essas vítimas e o que estava sendo feito por elas. ( MARQUES, Oswaldo
Henrique Duek. A perspectiva da Vitimologia, 2001, p. 380)
6- O que pensam os criminólogos sobre se a Vitimologia já pode ser considerada uma ciência
autônoma?
R - neste caso se dá um certo impulso involuntário ao delito. O sujeito por certo grau de culpa
ou por meio de uma ato pouco reflexivo causa sua própria vitimização. Ex. Mulher que provoca
um aborto por meios impróprios pagando com sua vida, sua ignorância.
R - aquelas que cometem suicídio jogando com a sorte. Ex. roleta russa, suicídio por adesão
vítima que sofre de enfermidade incurável e que pede que a matem, não podendo mais
suportar a dor (eutanásia) a companheira(o) que pactua um suicídio; os amantes
desesperados; o esposo que mata a mulher doente e se suicida.
13- Existem dois tipos de Vítima mais culpável que o infrator, classifique-as.
R - Vítima provocadora: aquela que por sua própria conduta incita o infrator a cometer a
infração. Tal incitação cria e favorece a explosão prévia à descarga que significa o crime.
Vítima por imprudência: é a que determina o acidente por falta de cuidados. Ex. quem deixa o
automóvel mal fechado ou com as chaves no contato.
3- Existem dois tipos de Vítima mais culpável ou unicamente culpável, quais são?
R - Vítima infratora: comete uma infração . A vítima exclusivamente culpável ou ideal, se trata
do caso de legitima defesa, em que o acusado deve ser absolvido.
14- Mendelsohn conclui que as vítimas podem ser classificadas em 3 grandes grupos para
efeitos de aplicação da pena ao infrator, quais são?
R - 1 - Primeiro grupo: vítima inocente: não há provocação nem outra forma de participação no
delito, mas sim puramente vitimal.
2 – Segundo grupo: estas vítimas colaboraram na ação nociva e existe uma culpabilidade
recíproca, pela qual a pena deve ser menor para o agente do delito(vítima provocadora)
3 – Terceiro grupo: nestes casos são as vítimas as que cometem por si a ação nociva e o não
culpado deve ser excluído de toda pena.
R - "Iter Victimae é o caminho, interno e externo, que segue um indivíduo para se converter em
vítima, o conjunto de etapas que se operam cronologicamente no desenvolvimento de
vitimização(OLIVEIRA, Edmundo. Vitimologia e direito penal, p.103-4)".
R - Intuição (intuito)A primeira fase do Iter Victimae é a intuição, quando se planta na mente da
vítima a idéia de ser prejudicado, hostilizada ou imolada por um ofensor.
19- Como os estudos sobre a Vitimologia tem contribuído para a compreensão do fenômeno da
criminalidade?
R - Na Escola Clássica o delinqüente é um pecador que optou pelo mal, embora pudesse e
devesse fazer o bem. A filosofia correcionalista, pedagógica, pietista, vê no criminoso um ser
inferior, deficiente, incapaz de dirigir por si mesmo. Para o marxismo o homem delinqüente
aparece diante de um sistema como uma vítima das estruturas econômicas. Para o positivismo
criminológico, o infrator é um prisioneiro de sua própria patologia(determinismo social). É um
animal selvagem e perigoso (determinismo biológico).
R - a finalidade real é a submissão que resulte funcional para a manutenção das estruturas que
sustentam o Estado. Conforme ANIYAR DE CASTRO (1987, p. 119), o controle social "não
passa da predisposição de táticas, estratégias e forças para a construção da hegemonia, ou
seja, para a busca da legitimação ou para assegurar o consenso; em sua falta, para a
submissão forçada daqueles que não se integram à ideologia dominante". No mesmo sentido,
BERGALLI (1983b, p. 6) e MUÑOZ CONDE (1985, p. 41).
Controle Formal: é o do dia-a-dia das pessoas dentro de suas famílias, escola, profissão,
opinião pública etc. A imensa maioria da população não delinqüe, pois sucumbe ás barreiras
desse primeiro controle.
Controle Informal: é o do dia-a-dia das pessoas dentro de suas famílias, escola, profissão,
opinião pública etc. A imensa maioria da população não delinqüe, pois sucumbe ás barreiras
desse primeiro controle
R - (ex: a punição informal com o afastamento das amizades ou de alguns membros da própria
família) são sanções que para a grande maioria são mais que suficientes para inibir a prática
de um crime.
R - exercido pelos diversos órgãos públicos que atuam na esfera criminal, como as polícias,
Ministério Público, sistema penitenciário etc. Aquelas pessoas que não respeitam as regras
sociais e cometem uma infração criminal passam a serem controladas por essas instâncias,
bem mais agressivas e repressoras que as instâncias informais.
32- Quais são os três componentes fundamentais de qualquer instituição do controle social?
R - O elemento autoritário revela-se de modo mais direto nas instâncias de controle formal,
porém a quantidade de autoridade expressada pelas instâncias formais e o modo de fazê-lo é
graduado na medida em que o indivíduo concreto disponha de autoridade do papel social.
34- Por que com o aumento da repressão do sistema formal não significa que automaticamente
irá ocorrer a redução dos índices de criminalidade?
R - O que existe hoje é um excesso de atribuições para demover as pessoas à não cometerem
delitos sobrecarregando o sistema de controle formal. Isso fica patente quando se aprova uma
lei penal desproporcionalmente severa e o resultado prático é nulo, continuando a espécie de
delito tratado pela nova lei penal a ser praticado na mesma velocidade pelos infratores.
R - A família é uma peça fundamental nesse intricado problema. Uma família desestruturada
pode gerar adultos problemáticos para enfrentar a complexidade da convivência social,
aproximando-os das drogas e do alcoolismo desenfreado, o que possibilita o aparecimento de
oportunidades para a prática de delitos.
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