O documento discute o princípio da verdade real no processo penal, que busca revelar os fatos como realmente ocorreram, ao contrário da verdade formal que está apenas nos autos. Também apresenta um caso em que a defesa alegou este princípio para ouvir novamente uma testemunha e um julgamento do STJ que reconheceu a necessidade do juiz ouvir a vítima, mesmo não arrolada pelas partes.
O documento discute o princípio da verdade real no processo penal, que busca revelar os fatos como realmente ocorreram, ao contrário da verdade formal que está apenas nos autos. Também apresenta um caso em que a defesa alegou este princípio para ouvir novamente uma testemunha e um julgamento do STJ que reconheceu a necessidade do juiz ouvir a vítima, mesmo não arrolada pelas partes.
O documento discute o princípio da verdade real no processo penal, que busca revelar os fatos como realmente ocorreram, ao contrário da verdade formal que está apenas nos autos. Também apresenta um caso em que a defesa alegou este princípio para ouvir novamente uma testemunha e um julgamento do STJ que reconheceu a necessidade do juiz ouvir a vítima, mesmo não arrolada pelas partes.
Verdade formal aquela que est nos autos (no papel), podendo ou no encontrar correspondncia com a realidade dos fatos. Verdade real aquela que revela os fatos como eles realmente so. No processo penal, por tratar de bens jurdicos relevantes (vida, liberdade etc.), deve-se buscar sempre a verdade real, o Ministrio Pblico deve ir em busca de todas as provas possveis para a condenao.
Caso Elo:
"Aps encerrar suas questes para a perita da Polcia Civil (uma das testemunhas de defesa ouvidas), Assad (advogada de defesa) pediu a juza do caso para fazer mais algumas perguntas, o que foi indeferido pela magistrada.
Em nome do princpio da verdade real, eu quero ouvir a testemunha de novo, alegou a defensora. Esse princpio no existe ou no tem esse nome, retrucou a juza Milena Dias.Ento a senhora precisa voltar a estudar, disse a advogada."
O juiz deve buscar a verdade substancial dos fatos submetidos a julgamento, ou seja, enquanto no processo civil o juiz busca a verdade com o que trazido aos autos pelas prprias partes em suas declaraes e documentao, no processo penal esta verdade no suficiente e o juiz deve ir alm, tanto que, por exemplo, ainda que o ru confesse os fatos, deve o julgador penal analisar em que circunstncias foi feita essa confisso e se ela est de acordo com os outros elementos dos autos para que ela seja reputada representativa da verdade no processo.
Exemplo prtico onde o STJ reconheceu a aplicao do princpio da verdade real para que o juiz arrole a vtima para ser ouvida apesar de no ter sido arrolada pelas partes:
PENAL. PROCESSUAL. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CORRUPO DE TESTEMUNHA. ART. 343 DO CP. CONDIO DE TESTEMUNHA COMO ELEMENTAR DO TIPO. REEXAME DE PROVA. IMPOSSIBILIDADE. INCIDNCIA DA SMULA 07/STJ. ARROLAMENTO DO OFENDIDO PELAS PARTES. POSSIBILIDADE. DEVER DO MAGISTRADO PROCEDER A SUA INQUIRIO DE OFCIO. OBEDINCIA AO PRINCPIO DA VERDADE REAL. Existindo necessidade de anlise de questo ftica ou de provas, no h como este Tribunal examin-las em sede de recurso especial, pela incidncia da Smula 7/STJ. Apesar da parte ofendida no ser testemunha, ela pode ser arrolada pelas partes, no s porque o art. 201 do CPP expressamente menciona que ser ouvida "sempre que possvel", mas tambm pelo fato de que na rea penal vige o Princpio da Verdade Real, da o dever do magistrado, caso as partes no a arrolem, de ofcio determinar a sua inquirio. Agravo regimental no provido.343CP077201CPP (445172 DF 2002/0078826-0, Relator: Ministro PAULO MEDINA, Data de Julgamento: 06/06/2005, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicao: DJ 01.08.2005 p. 578)