O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para os fins de reforma
agrária, autoriza desde já ao Município propor a ação de desapropriação.
As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização. No
entanto, caso o imóvel não esteja cumprindo sua função social, poderá o Poder Público
Municipal, após a aplicação de outras medidas previstas na Constituição Federal,
desapropriar o imóvel com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
prévia, aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros
legais.
A declaração expropriatória, nas desapropriações por utilidade pública, é o marco para a
indenização das benfeitorias necessárias. Essas serão indenizadas se realizadas até a
data da publicação da declaração.
Segundo comando constitucional, nos casos de "desapropriação confisco", as terras
desapropriadas devem integrar, de forma permanente, o patrimônio do ente federativo
expropriante, que deverá utilizá-las para o cultivo de produtos alimentícios e
medicamentosos.
Segundo jurisprudência dos Tribunais Superiores, a imissão provisória do Poder Público
no bem, em procedimento expropriatório, na desapropriação por utilidade pública, é
inconstitucional à luz da Constituição Federal de 1988.