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Ernesto Haberkorn
TEORIA DO ERP
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4 TEORIA DO ERP
Índice
Introdução ................................................................................................................. 10
Capítulo 1 .................................................................................................................. 18
Funcionalidades do ERP e a Evolução da Internet ................................................... 18
1.1 Funcionalidades Básicas de um Sistema de ERP .................................................... 18
1.1.1 Contabilidade .................................................................................................... 19
1.1.2 Custos ............................................................................................................... 20
1.1.3 Compras ............................................................................................................ 22
1.1.4 Planejamento e Controle da Produção - PCP ....................................................... 24
1.1.5 Faturamento ...................................................................................................... 25
1.1.6 Financeiro .......................................................................................................... 26
1.1.7 Folha de Pagamento ........................................................................................... 26
1.1.8 Ativo Fixo .......................................................................................................... 27
1.1.9 SPED .................................................................................................................. 27
1.2 Verticais .............................................................................................................. 27
1.2.1 Automação Comercial ........................................................................................ 28
1.2.2 Sistemas de Apoio Logístico .............................................................................. 29
1.2.3 Gestão de Projetos ............................................................................................. 29
1.2.4 Gestão da Qualidade .......................................................................................... 29
1.2.5 Gestão Educacional ............................................................................................ 31
1.2.6 Manutenção de Ativos........................................................................................ 32
1.2.7 Exportação ......................................................................................................... 32
1.2.8 Importação ........................................................................................................ 32
1.2.9 Gestão Hospitalar .............................................................................................. 33
1.2.10 Medicina e Segurança do Trabalho ................................................................... 33
1.2.11 Plano de Saúde ................................................................................................. 33
1.2.12 Controle de Direitos Autorais .......................................................................... 34
1.2.13 Gestão de Concessionárias .............................................................................. 34
1.2.14 Gestão Hoteleira .............................................................................................. 35
1.3 Radiação .............................................................................................................. 36
1.4 Como a Internet se Integra às Soluções de ERP ................................................. 42
1.4.1 CRM – Customer Relationship Management (Gestão do Relacionamento com os
Clientes) ..................................................................................................................... 43
1.4.2 Call Center ......................................................................................................... 43
1.4.3 e-commerce e Supply Chain Management (SCM) ................................................ 44
1.4.4 Apoio Logístico .................................................................................................. 47
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5 TEORIA DO ERP
Capítulo 2 .................................................................................................................. 49
Evolução da Tecnologia ............................................................................................ 49
2.1 Banco de Dados .................................................................................................... 50
2.2 Microinformática .................................................................................................. 53
2.3 Windows ............................................................................................................... 53
2.4 Redes ................................................................................................................... 57
2.5 Orientação a Objetos ............................................................................................ 59
2.6 Segurança e Internet ............................................................................................. 60
2.7 Web Services ........................................................................................................ 63
2.8 Hoje vivemos online! ............................................................................................ 64
2.9 Tablet ................................................................................................................... 65
2.10 IPad .................................................................................................................... 65
2.11 MacBook ............................................................................................................. 66
2.12 Smartphone ........................................................................................................ 66
2.13 iPod .................................................................................................................... 67
2.14 Computação em Nuvem...................................................................................... 67
2.15 DataCenter ......................................................................................................... 68
2.16 Opções de Conexão ............................................................................................ 70
2.17 Tecnologia voltada à Gestão e ao ERP ................................................................. 76
2.18 Big Data .............................................................................................................. 76
2.19 Mercado ERP no Brasil ........................................................................................ 77
Capítulo 3 .................................................................................................................. 78
A Gestão Empresarial e o Papel do Governo ............................................................ 78
3.1 O Papel do Governo .............................................................................................. 79
3.2 Contas Nacionais e Internacionais ........................................................................ 80
3.3 Taxa de Cambio .................................................................................................... 80
3.4 Protecionismo ...................................................................................................... 81
3.5 A Carga Tributária e o Crescimento Econômico .................................................... 82
3.6 Taxa de Juros ....................................................................................................... 84
3.7 Principais Impostos no Brasil ............................................................................... 84
Capítulo 4 .................................................................................................................. 89
Suporte à Decisão (SAD) ............................................................................................ 89
4.1 BI – Business Intelligence ..................................................................................... 89
4.2 Data Warehouse (DW) ........................................................................................... 90
4.3 ETL (Extract, Transformand and Load) .................................................................. 91
4.4 Dimensões, indicadores e drill-down/drill-up ...................................................... 91
4.5 Workflow .............................................................................................................. 92
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9 TEORIA DO ERP
Prefácio
ministrado desde 1991 e pelo qual já passaram mais de 5.000 alunos), mas
horas, e outros dois, focados na parte prática, em 28 horas, onde o aluno põe
TOTVS.
Desta forma temos agora três livros e três cursos para você aprender cada
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10 TEORIA DO ERP
Introdução
A Tecnologia da Informação é hoje a ferramenta que o Gestor mais utiliza para bem
administrar a sua empresa. Sem o seu uso eficiente dificilmente será bem
sucedido, pois os concorrentes, que certamente a usam plenamente, acabarão por
eliminá-lo do mercado.
E essa tecnologia ainda tem como principal recurso o tradicional ERP - Enterprise
Resources Planning ou, em português, Planejamento dos Recursos da Empresa. Mas
hoje, não somente o ERP. Também a web com os infinitos serviços oferecidos nos
sites, as redes sociais, o Google, os APPs dos celulares como o Waze, WhatsApp,
Hangout e Skype, a Internet das Coisas, em inglês, IoT ou Internet on Things, onde
o uso de chips inteligentes ativa catracas, roupas e acessórios, utensílios
domésticos, dispositivos de segurança e veículos. Também o GPS que, por meio
dos satélites, fornece a localização de qualquer indivíduo ou objeto. Os vídeos que
podem ser vistos por qualquer dispositivo conectado à rede. Os próprios sistemas
operacionais desses dispositivos, que aprimoraram bastante os recursos das velhas
planilhas Excel, do Word e do PowerPoint. Recursos estes que farão do Gestor uma
pessoa mais eficiente e produtiva.
Claro, desde que saiba usar, e bem, toda essa tecnologia disponível.
Vivemos num mundo capitalista e por isso ela tem que crescer e, ainda por cima,
com lucro.
Estudando o BSC - Balanced Score Card, definido por Kaplan e Norton, são quatro
as perspectivas que precisam ser bem cuidadas em uma empresa: Pessoal,
Processo Interno,
Por isso, vamos analisar não quatro, mas os oito pilares de uma boa Gestão.
PILAR 1 - CONTROLES
E vamos começar pelo mais importante: Controles. Saber o que está acontecendo
na sua empresa. Detalhadamente. Números, situação econômica e financeira,
resultado, previsões, nível de satisfação, de fidelidade e, claro, os quatro conceitos
do SWOT: Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças, FOFA em português.
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11 TEORIA DO ERP
O Big Data, que no fundo é uma ramificação do Data Mining, faz análises de dados
não estruturados, inclusive de mensagens lidas e digitadas em e-mails, rede sociais
e acessos a sites, fornecendo informações sobre as preferências e necessidades de
cada pessoa.
É preciso também entender que hoje o empresário passa a maior parte do seu
tempo acessando o celular. Por isso, é preciso cada vez mais disponibilizar
informações neste dispositivo. Assim, temos a consulta de clientes próximos ao
local em que você está, obtido graças ao uso do GPS; a posssibilidade de aprovar
orçamentos e pedidos de compras; o acesso ao Balanço e DRE e ao Painel de
Gestão.
Alguns exemplos de notificações que devem exigir uma atitude por parte do
responsável pela empresa: uma reclamação ou mesmo elogio obtida através do
CRM (Customer Relationship
4- Exportação dos dados das Tabelas para o Excel e daí fazer uso de suas Tabelas
Dinâmicas.
PILAR 2 - CLIENTES
Primeiramente facilitando a criação da Nota Fiscal, hoje eletrônica, mas nem por
isso menos complexa. Através do Orçamento e da Gestão de Contratos facilita-se
esse trabalho.
O Orçamento, que faz a oferta inicial aos clientes, já calcula os impostos, o custo
do frete e outros detalhes e que, uma vez aprovado, transforma-se num Pedido de
Vendas, abrindo inclusive as Ordens de Serviço e Produção necessárias à sua
entrega.
Seja via Orçamento, via Contrato, seja via venda pela Loja Virtual, seja
manualmente, uma vez digitados os dados da Nota Fiscal, calcula-se todos os
tributos com seus CFOPs, CSTs e alíquotas, através do Processo Fiscal do ERPFlex;
gera-se os boletos de recebimento; atualiza-se o estoque e imprime-se a DANFE e
gera-se o XML correspondente, que é enviado ao cliente e à SEFAZ ou ao sistema da
Prefeitura, se for uma Nota de Serviços.
Isso tudo, além do tratamento adequado às outras Receitas da empresa, tais como
aluguéis, receitas financeiras, entre outras.
E com todas essas informações, o atendimento via Call Center também fica
facilitado, pois todos os dados de cada cliente estão à disposição do atendente.
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13 TEORIA DO ERP
PILAR 3 - TRIBUTOS
Esse pilar ganha cada vez mais importância. O Governo quer acabar com a
sonegação e a corrupção no nosso país. Para isso, vem tomando medidas fortes,
inclusive com a ajuda da própria Tecnologia da Informação. Criou, além da Nota
Fiscal Eletrônica, o SPED - Serviço Público de Escrituração Digital. E tudo isso tendo
como pano de fundo a legislação tributária mais complexa do mundo. Haja ERP
para adequar as empresas à essa nova realidade.
Basta dizer que em uma Nota Fiscal podemos ter dez tributos: ICMS, ICMS-ST, IPI,
ISS, IRRF, CSLL, PIS, COFINS, II, INSS. Classificados como Despesas, Retenções,
Substituição Tributária ou Créditos.
Quem determina a sua alíquota ou a isenção, como deve ser pago, quem deve pagá-
lo ou quando é devido são códigos a serem inseridos na Nota e que são
sustentados por inúmeras tabelas, leis, regulamentos, instruções normativas,
convênios e protocolos. Uma coisa é fato: se a nota estiver correta a empresa não
terá problemas. O SPED será aprovado e não gerará multas e a nota não será
devolvida por erro ou omissão. E é esta a funcão do ERPFlex.
No ERPFlex foi criado o Processo Fiscal. Nada mais é que uma Tabela de Decisões
que leva em consideração todos os aspectos que interferem na definição de cada
item da nota: o CFOP - Código Fiscal de Operação, os quatro CSTs - Código de
Situação Tributária, sendo um para o ICMS, um para o IPI, um para o PIS e outro,
semelhante ao do PIS, para o COFINS. São eles que determinam a alíquota de cada
tributo e as leis que devem ser citadas na nota, justificando a sua isenção ou
cobrança especial.
Presumido e SIMPLES), dos vários Estados da União (são 27 ao todo) e das várias
esferas públicas (municipal, estadual e federal) seria impossível estabelecer uma
regra única para todos os casos. Por isso, usa-se uma Tabela de Decisão, que é feita
para cada empresa em particular. Exigindo por vezes a consultoria de um Contador
ou mesmo Advogado.
E, como falamos, Notas corretas geram SPEDs sem erros. SPED Contábil, anual e
que substitui mas não elimina o Diário, Razão, Balancete, Balanço e DRE; o Fiscal
(EFD Fiscal), que trata do ICMS e do IPI, substituindo os antigos Livros Modelos I, II,
VII, VIII e IX; o Contribuição, que trata do PIS, COFINS e INSS das empresas
desoneradas; e o ECF (Escrituração Contábil Fiscal), que substitui o Lalur, FCONT e
DIPJ.
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14 TEORIA DO ERP
Esse pilar vê a empresa como uma caixa preta. Não importa o que tem lá dentro. Os
prédios, as instalações, as máquinas, os sistemas implantados, incluindo o ERP, a
segurança, até a limpeza, a aparência, enfim, os processos. O que importa é que ao
comprar, o cliente receba o produto ou serviço solicitado no prazo, com o preço e
a qualidade acordada a um custo que traga uma boa margem de lucro. E como a TI
ajuda neste quesito? Mais uma vez, controlando e automatizando cada vez mais os
processos.
O cadastro de Estruturas ajuda muito nesta fase. É ele a "receita do bolo" definida
pelo pessoal técnico. Ela, que já serviu de base na elaboração do Orçamento,
alimenta as OPs e OSs, podendo sofrer os necessários ajustes que atendam casos
específicos.
Esse "planejamento" também deve ser realizado em qualquer processo que possa
ou gerar filas enormes ou, o que pode ser pior, provocar ociosidade em recursos
por vezes caríssimos.
PILAR 5 - SUPRIMENTOS
Neste pilar a TI vai ajudar na definição do que é preciso comprar, quando e quanto.
São questões resolvidas pela sigla SCM, que vem de Supply Chain Management, ou
seja, a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Cada vez mais há uma integração entre
Fornecedores e Clientes. O fornecedor por vezes controlando os estoques e as
vendas de seus clientes, repondo os estoques no momento adequado. É a busca
incansável do “Just in Time”, isto é, manter o estoque em níveis mínimos para não
sacrificar o caixa, mas também impedindo qualquer falta que possa prejudicar as
vendas ou a produção.
Todo esse cálculo tem como foco obter-se o Lote Econômico de Compra e também
é válido para a quantidade a ser produzida em cada Ordem de Produção. É claro
que não estamos aqui considerando os casos de vendas por encomenda. E dividir
os itens em classes, de acordo com o gasto mensal de cada um, também é uma boa
prática.
Essa é uma das decisões bem típicas a ser tomada por um ERP: quando comprar, o
que comprar e quanto comprar.
E cada vez mais sem a interferência de alguém. É o sistema que fará a busca na
Internet, localizando o melhor fornecedor, com o melhor preço e nas melhores
condições de entrega e pagamento. O e-commerce, na sua modalidade B2B
(Business To Business), é a solução ideal.
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16 TEORIA DO ERP
Este é o Pilar onde a automação é levada aos mínimos detalhes. Nas integrações
com as Instituições Financeiras definidas pelo CNAB (Centro Nacional de
Automação Bancária ) onde Boletos são enviados e recebidos eletronicamente entre
os sistemas envolvidos, incluindo os extratos, as operações com Cartão de Crédito,
agora também o DDA (Débito Direto Autorizado) onde você acessa, consulta e paga
o boleto eletrônico pelo Internet Banking, Fone Fácil ou nas Máquinas de
Autoatendimento.
É claro que o Fluxo de Caixa futuro é uma das principais consultas, já que com ele
consegue-se planejar corretamente as aplicações, resgates ou solicitações de
empréstimos e aportes. E com isso ajustar as condições de recebimento e
pagamento.
qualquer momento? A um custo menor e com muito mais agilidade. O ERPFlex faz
isso. Basta preencher algumas telas de parametrização.
PILAR 7 - PRODUTO
O interessante desse PILAR é que ele não consta nem do BSC nem da ISO 9000.
Dizem os técnicos que se o seu Processo está correto, não importa o produto. A
qualidade está garantida. É claro, a qualidade é um fator importante no produto,
mas não único. O produto precisa ter uma série de outras virtudes: precisa ser
desejado pelo mercado, seu custo e preço precisam ser compatíveis com seus
benefícios e, porque não, é preciso verificar se já não existem tantos concorrentes
em melhores condições que inviabilizam a sua sobrevivência. Aí é que entra outra
ação importante e cada vez mais enaltecida: inovação. O produto deve estar
sempre se renovando. Nestes aspectos, no entanto, a TI pouco pode ajudar, a não
ser, é claro, que o produto que você venda seja um software ou um hardware. O
que vale aqui é a imaginação.
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17 TEORIA DO ERP
Hoje os preços são dinâmicos. Mudam a cada segundo, de acordo com a demanda,
se for um produto perecível, não apenas devido a sua data de validade, mas
também nos casos onde as vagas não aproveitadas simplesmente se perdem
(ingressos de shows e espetáculos, passagens de avião ou outro meio de
transporte, vagas em cursos, hotéis, etc). E tambédiante da ação da concorrência,
aliás cada vez mais transparente nos sites que apresentam o mesmo produto com
todos os seus fornecedores (market place). Não é por acaso que o
Amadeus, desenvolvido pela Amadeus IT Group, é usado pela maioria das
companhias aéreas na venda de suas passagens. No Jogo de Empresas exploramos
esse aspecto e vemos que a curva de lucratividade em relação ao preço de venda
atinge linhas bastante complexas: parábolas, senóides, dificilmente uma simples
reta.
Também na questão das inúmeras Unidades de Medida que um produto pode ter
em sua trajetória do fabricante ao consumidor (kg, pacote, groza, unidade, etc) e
dos vários estágios em que se encontra (depósito, armazém, filial, em elaboração,
estoque). Também quando se tem um controle de lote ou mesmo um identificador
como o número de série, elementos requisitados quando se torna necessária a
rastreabilidade dos componentes que o constituem em função, por exemplo, de um
defeito de fabricação.
E por fim, vale dizer que se pegarmos dez empresas provavelmente apenas uma
estará rigidamente correta no que tange às quantidades e custos apresentados pela
rotina de controle de estoques. Isso apesar da possibilidade de rastrear a
localização de cada produto por meio de RFID.
PILAR 8 - PESSOAL
Cabe aqui dizer que foi a Folha de Pagamento a primeiríssima funcionalidade que
efetivamente utilizou os recursos da Tecnologia da Informação, na época em que
essa atividade ainda era chamada de Processamento de Dados. Isso na década de
1960. Inclusive integrada com o Ponto Eletrônico. Por exigir muitos cálculos e
relatórios e também por ter uma periodicidade mensal, mas que precisa ser
executada em um curto espaço de tempo.
E uma grande evolução está por ocorrer com as exigências que estão prestes a
ocorrer através do e-Social. Vai aqui um resumo do que deverá ser informado.
A seguir envia-se os dados assim que ocorrer um fato específico com algum
colaborador. Entre esses fatos, temos:
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18 TEORIA DO ERP
Capítulo 1
Funcionalidades do ERP e a
Evolução da Internet
Objetivos do aprendizado
Palavras-chave
Internet, Customer Relationship Management (CRM), Call Center, E-commerce, Supply Chain Management
(SCM), Apoio Logístico.
O objetivo deste capítulo é mostrar como um Sistema de ERP cumpre esta tarefa
através de seus módulos básicos de Contabilidade, Custos, Compras, PCP,
Faturamento, Fiscal, Financeiro, Ativo Fixo e Folha de Pagamento.
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19 TEORIA DO ERP
1.1.1 Contabilidade
As contas de despesas devem ser discriminadas a partir das Notas de Serviços para
que se faça a devida apropriação nos produtos através das ordens de produção,
bem como nas ordens de serviço realizadas. Logo, é importante também um bom
critério de rateios.
Podemos concluir que no ERP, as operações são informadas ao sistema uma única
vez e a partir delas são geradas consultas, relatórios, mensagens e mesmo as
obrigações acessórias ao fisco, o que permite aos administradores tomar decisões
corretas, legais, no momento adequado e a um baixo custo e aumentar assim de
forma significativa o resultado da empresa.
1.1.2 Custos
O custo de um produto pode ser visto sob diferentes óticas. Uma delas, o custo de
reposição ou standard, com base em valores atualizados e quantidades padrão de
cada componente. Outra, pelo custo médio, que atende a todos os requisitos de
nossa complexa legislação de imposto de renda.
O custo real pode ainda ser calculado em moeda forte, para inibir os efeitos da
inflação. Para o cálculo do custo de reposição ou standard, baseia-se na estrutura
do produto e sua implantação permite não somente este cálculo como também o
uso do MRP I e II, as variações do consumo de matéria-prima e eficiência da mão-
de-obra, uma melhor determinação dos preços de vendas e a tomada de decisão
sobre o processo de fabricação de determinado item.
Com base nestes dados, o sistema pode sugerir o preço de venda levando ainda em
consideração outros fatores determinados pela empresa, como por exemplo, lucro
desejado, volume de vendas, despesas administrativas e de vendas e a própria
elasticidade do produto no mercado.
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21 TEORIA DO ERP
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22 TEORIA DO ERP
1.1.3 Compras
Como vimos, custos depende de compras e, esta por sua vez, é integrada ao PCP. O
objetivo da informatização do processo de Compras é suprir automaticamente o
estoque com base em critérios pré-estabelecidos e flexíveis o suficiente para
atender as bruscas mudanças que ocorrem na previsão de vendas. Existem vários
métodos para definir o que, quando e quanto deve ser comprado de cada item
dentro de um determinado período.
O futuro é dividido em períodos, que podem ser semanas, meses ou mesmo dias. O
MRP I na verdade nada mais é do que a projeção dos saldos de estoques. Através de
uma rotina de explosão, o sistema calcula a necessidade de compras/produção de
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23 TEORIA DO ERP
Já para as empresas que não dispõem de uma estrutura de produtos e nem de uma
previsão de vendas confiável e para os materiais de consumo adota-se o método de
Ponto de Pedido. O sistema calcula inicialmente o consumo de cada item. Isto é
feito utilizando-se uma fórmula estatística de regressão linear onde a tendência do
passado é transformada em uma reta projetando qual será o consumo no futuro. A
seguir analisa a duração dos prazos de entrega e calcula os estoques de segurança.
O resultado é o ponto de pedido de cada item, também chamado de estoque
mínimo.
Por outro lado a quantidade a ser comprada, ou seja, o lote econômico é definido
através de um cálculo que leva em consideração a disponibilidade financeira da
empresa, a classe que o item ocupa na curva ABC e a periodicidade básica de
compras para cada classe. A periodicidade, por sua vez, depende da taxa de juros
que incide sobre o capital investido no estoque, do custo de armazenagem e, por
outro lado, do custo de cada pedido de compras.
Todo o processo de cotação, histórico das últimas compras, follow-up, variação nos
preços de compras deve ser controlado pelo sistema.
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24 TEORIA DO ERP
questão, envia para a caixa de entrada deste gerente, que o analisa e devolve
informando se a compra deve ser feita.
Uma rotina simples, porém cheia de dispositivos que atendem toda a dinâmica
existente em uma fábrica. Máquinas e mais máquinas executando as mais variadas
operações com um calendário repleto de horas extras, fins de semana, feriados,
greves, ausências, variação na produtividade, etc.
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25 TEORIA DO ERP
1.1.5 Faturamento
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26 TEORIA DO ERP
1.1.6 Financeiro
Outros procedimentos como transmissão eletrônica dos títulos para bancos, que
envolvem a emissão automática de pagamentos através do SISPAG e PAGFOR e do
DDA e a baixa automática de títulos a partir de arquivos CNAB, a geração de
borderôs e sua possível conversão em faturas, troca e compensação de títulos,
controles dos cartões de crédito, integração e reconciliação com os extratos
bancários, gateways de pagamentos utilizados no e-commerce, liberação e o
bloqueio de faturamento em função de limite de crédito ou títulos atrasados
possibilitam que a tesouraria se preocupe apenas com a estratégia a ser adotada
para os recursos financeiros deixando para o ERP o trabalho da rotina diária. Para a
análise de crédito existem as consultas a clientes que mostram suas compras,
como pagou e outros dados importantes, além do acesso, através da Internet, às
informações de proteção ao crédito, como SERASA e SCP.
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27 TEORIA DO ERP
1.1.9 SPED
O SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) existe para que se cumpra nossa
legislação tributária. Temos o SPED Contábil, o Fiscal (ICMS e IPI), o de
Contribuições (PIS, COFINS e INSS), o ECF (Escrituração Contábil Fiscal: Lalur,
FCONT e DIPJ) e o E-Social (RH). Com eles o governo recebe as informações das
empresas tornando a fiscalização totalmente eletrônica e eliminando qualquer
possibilidade de sonegação. E, claro, é função do ERP gerar todos eles de forma
totalmente automática, a uma simples chamada da funcionalidade.
1.2 VERTICAIS
Além das funcionalidades básicas descritas, uma solução ERP visa na realidade
automatizar todos os processos de uma empresa, seja ela comercial, industrial, de
serviços ou distribuição. Não importa o ramo de atividade. Convencionou-se
chamar de VERTICAIS os módulos que são específicos a um setor de atividade. É
claro que é inerente a integração entre os módulos básicos e os verticais. Entre eles
destacam-se os seguintes:
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28 TEORIA DO ERP
Outra solução é a NFc-e (nota fiscal cupom eletrônico – Modelo 65), também
chamada de danfinha, pois o processo é basicamente igual ao da NF-e modelo 55.
O uso do formulário de segurança soluciona a contingência quando houver queda
da internet. O cupom é opcionalmente emitido em papel para o cliente, ficando sob
responsabilidade do comerciante o envio posterior dos dados para a Sefaz. O
consumidor também tem acesso ao cupom, pela internet, através de um QR-Code,
impresso no cupom.
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29 TEORIA DO ERP
Com uma tabela de frete configurável é feita a tarifação e com os demais recursos
cadastrados no sistema é possível à obtenção dos custos por veículo, frota, viagem
englobando inclusive o tratamento de impostos.
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30 TEORIA DO ERP
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31 TEORIA DO ERP
Para atender a norma ISO 9001 (2000) nos itens 8.3 e 8.5.2/8.5.3, o módulo de não
conformidades permite o registro das ocorrências e o registro dos planos de ações
tanto corretivas como preventivas. Possibilita a utilização do método dos 8 passos
além de um Follow-up estatístico das não-conformidades, das ações corretivas e
dos controles de pendências por usuário. O módulo de não conformidades se
integra com os módulos de recebimento, processos, Field Service, auditorias,
metrologia e a manutenção de ativos.
- Ao Processo Seletivo;
- À Matrícula;
- Aos Requerimentos;
- Ao Curso Vigente;
- Ao Professor;
- Ao Financeiro/Tesouraria;
- À Avaliação Institucional;
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32 TEORIA DO ERP
1.2.7 Exportação
• Invoice;
• Shipping Instruction;
• Packing List;
• Certificado de Origem-FIESP;
• Certificado de Origem-Mercosul;
• Certificado Aladi;
• Form-A;
• Acordo de alcance parcial;
• Saque cambial;
• Carta remessa de documentos;
• Aviso de embarque.
1.2.8 Importação
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33 TEORIA DO ERP
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34 TEORIA DO ERP
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35 TEORIA DO ERP
O controle das frotas pode ser realizado para proporcionar um melhor custo
beneficio através da manutenção de veículos por correção e prevenção incluindo
um efetivo acompanhamento dos componentes dos veículos.
Enfim, no mercado surgem a cada dia novos Sistemas Verticais, mesmo porque há
sempre alguém criando um novo modelo de negócio. Este capítulo visa apenas dar
uma visão geral.
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36 TEORIA DO ERP
1.3 Radiação
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37 TEORIA DO ERP
Ele faz o pedido de vendas. O jogo promete. É feita a liberação do crédito de forma
eletrônica nas principais entidades do mercado. Passa pelo Serasa, passa pelo SPC
e aprova o pedido. Vai para a liberação de estoque. Se for contra-entrega, emite a
nota fiscal e despacha a mercadoria para o Cliente.
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38 TEORIA DO ERP
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40 TEORIA DO ERP
Volta, agora, o faturamento. Ele tem o produto, prepara, emite a nota fiscal e
manda a mercadoria para o cliente. É logística que não acaba mais.
A duplicata vai para o Contas a Receber, que passa o título para o banco via CNAB.
Ninguém põe a mão na bufunfa, o banco recebe, quita o título, faz o depósito e
devolve a informação para o sistema.
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41 TEORIA DO ERP
E vai enchendo a bola do caixa! É dinheiro que não acaba mais, mas vem o contas a
pagar e estraga a festa. Choca-se com o contas a receber e emite o fluxo de caixa.
Tá sobrando, tá faltando. É feita a simulação. Paga, recebe, quita,aplica, financia e
resgata.
Compara o real com o orçamento e durma-se tranqüilo com um controle destes.
Mas o financeiro não pára. Manda os lançamentos para a contabilidade que recebe-
os livre e avança sozinha pela direita. Não tem ninguém na marcação! Passa pelo
razão, passa pelo balancete, dá um drible no diário e um chapéu no fiscal. Centra.
Na área.
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42 TEORIA DO ERP
Não, não foi gol, o juiz anulou. Ele deu lucro, muito lucro para as empresas que
usam a solução ERP. E olha lá o placar no Morumbi: Receitas 10 x Despesas 0.
É 100% de aproveitamento.
(Fim da radiação)
Este cenário é sem dúvida o sonho de todo administrador de empresas que hoje
sofre o impacto de novas tecnologias, principalmente as originárias da Internet que
revolucionam todo o processo, tornando-o cada vez ainda mais eficiente, rápido,
econômico e indispensável.
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43 TEORIA DO ERP
Com novos recursos o CRM veio para mudar esta situação, mesmo porque aquele
cliente que antes não era tão exigente passou, agora, a ser mais cortejado e
assediado por fortes esquemas de marketing, esquemas estes baseados exatamente
nos próprios recursos da Tecnologia. O CRM restaura o atendimento one-to-one,
onde aquelas necessidades, desejos e capacidade financeira passam a fazer parte,
de forma organizada e rapidamente acessível, daquelas mesmas bases de dados
que agora se propõem a ter mais informações que não apenas o “valor faturado” e
a “data da última compra”.
Um exemplo típico de CRM está presente em algumas redes de supermercados.
Disponibilizando um simples cartão, que também facilita o processo de pagamento
dos clientes, tem ele na verdade a finalidade de permitir o armazenamento de
todas as compras de cada cliente, em quantidade, código, data e valor de cada
produto adquirido. Assim, em uma próxima promoção, o marketing será muito
mais dirigido e eficiente, pois será feito com base neste conhecimento.
A venda não se resume à simples digitação do pedido e à conseqüente emissão da
nota fiscal e do boleto. Envolve o tele-marketing, a pré-venda, o suporte pós-venda,
a assistência técnica, o histórico das últimas compras, o controle das pendências
enfim, o direcionamento e atendimento personalizado do cliente.
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44 TEORIA DO ERP
O Call Center permite este atendimento, bastante personalizado, sem que para tal
haja necessidade de um atendente presencial e o serviço pode ser disponibilizado
24x7, ou seja, 24 horas do dia, 7 dias da semana. É claro que hoje é muito mais
comum o funcionamento do Call Center ainda com a intervenção de um atendente.
Mas mesmo nestes casos ele já conta com forte apoio do sistema em seu trabalho
de suporte por telefone.
Alguns sites oferecem produtos tradicionais, mas cujos preços flutuam de acordo
com a oferta e a procura, ao estilo de um leilão contínuo. É o mesmo espírito da
Bolsa de Valores, onde os preços de ações sobem e descem à medida que
compradores e vendedores fecham seus negócios.
COTAÇÃO
01 - número da cotação do comprador
02 - quantidade de itens
03 - CNPJ/CPF do comprador
04 – nome do comprador
05 – contato no comprador
06 – telefone do comprador
07 – endereço do local de entrega
08 – e-mail do comprador
09 – número da cotação no fornecedor
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46 TEORIA DO ERP
10 – CNPJ do fornecedor
11 – nome do fornecedor
12 – contato no fornecedor
13 – telefone do fornecedor
14 – e-mail do fornecedor
15 – data de emissão da cotação
16 – data da resposta
17 – data de validade da cotação
ITEM_nnn
41 – código do produto no comprador
42 – código do produto no fornecedor
43 – descrição do produto
44 – quantidade solicitada
45 – quantidade ofertada
46 – unidade de medida
47 – preço à vista
48 – tipo de moeda
49 – preço à prazo
50 – despesas acessórias em valor
51 – despesas acessórias em porcentagem
52 – porcentagem do ICMS
53 – porcentagem do IPI
54 – porcentagem do ISS
55 – condição de pagamento
56 – data de entrega
57 – observações
58 – FOB ou CIF
TOTAL
71 – somatória dos preços à vista
72 – despesas acessórias em valor
73 – despesas acessórias em porcentual
COMPLEMENTO
Para a efetivação do Pedido são acrescentados os seguintes campos na seção
COTAÇÃO, campos que se destinam principalmente à emissão da nota fiscal.
18 – número do pedido no comprador
19 – código do comprador no fornecedor
20 – inscrição estadual
21 – inscrição municipal
22 a 26 – endereço de faturamento
27 a 31 – endereço de cobrança
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47 TEORIA DO ERP
pronta entrega, onde os estoques são bastante elevados. Muitos outros sites, neste
ou noutro setor, como remédios, sucumbiram, pois os fabricantes e distribuidores
não se arriscaram a supri-los, com receio de destruir a rede física, montada à custa
de anos de sacrifício.
Há de se citar também que o comércio eletrônico apresenta suas desvantagens, as
quais devem, de qualquer forma, serem consideradas: elimina o prazer social da
compra, a interação física com o produto, principalmente nas primeiras aquisições,
a espera necessária, por vezes demorada ou pelo menos fora do prometido, já que
o processo de entrega nunca será perfeito, o alto custo do transporte para itens
pesados e volumosos e o receio quanto à segurança, em especial quando o
pagamento é feito através do cartão de crédito.
Uma solução interessante que está sendo adotada por algumas empresas consiste
em eleger uma rede de lojas tradicionais, presente nos mais remotos pontos do
país, que servem como “depósito de entrega” dos produtos vendidos na Internet.
Assim, o comprador se compromete a retirar o produto em local não muito
distante de sua residência e, em troca, só faz o pagamento no ato da entrega.
Também o processo de Cotação de Compra pode ser automatizado, seja ele restrito
a alguns fornecedores ou aberto a todas as empresas fabricantes ou fornecedores
do produto solicitado. O NCM (Nomenclatura Comum de Mercadorias) poderia, se
fosse mais explícito, ajudar bastante nesta tarefa. Já o EAN (código de barra)
funciona bem, mas tem o detalhe que mesmo produtos idênticos, mas de
fornecedores diferentes, tem EAN diferentes pois estes fazem parte do código. O
QR Code, que tem bem mais dígitos, talvez resolva esse problema.
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49 TEORIA DO ERP
Capítulo 2
Evolução da Tecnologia
Objetivos do aprendizado
Palavras-chave
O Acesso Direto aos dados, no final dos anos 60, permitiu um tratamento mais
flexível, pois os registros armazenados podiam ser atualizados sem uma prévia
classificação. A busca por um acesso direto cada vez mais rápido fez com que
surgissem várias tecnologias: índices auxiliares, que indicam em qual trilha do
disco se encontra um determinado registro ISAM (Index Sequencial Access Method),
estruturas hierárquicas, onde os registros de uma mesma família, como títulos de
um mesmo cliente ou componentes de um mesmo produto, são amarrados entre si
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50 TEORIA DO ERP
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51 TEORIA DO ERP
Neste caso o Cliente cuja chave é 00010 precisa estar cadastrado quando da
implantação do Pedido e não pode ser deletado enquanto existir o Pedido. O
mesmo com o Vendedor 21 e o Produto 00501. O próprio controle do Banco
de Dados não permite a quebra desta Integridade Referencial. Em certos
casos é permitida a deleção em cascata, onde a exclusão do Cliente leva
consigo a exclusão de todos os seus Pedidos, Títulos, Faturas, etc.
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52 TEORIA DO ERP
2.2 Microinformática
No início da década de 80 tivemos a revolução da microinformática. Com recursos
limitados, pouca memória, lentos e pouco espaço para armazenagem de dados,
sistemas operacionais CP/M e depois DOS e linguagens como Basic e Assembly, os
primeiros microcomputadores foram questionados por todos que trabalhavam nos
equipamentos de grande porte e nos modernos minicomputadores nacionais
(Cobra, Labo, Edisa, SID e Sisco, entre outros), frutos da Reserva de Mercado que se
instalara no país. Foi o surgimento do PC-IBM (Personal Computer), em 1983, que
possibilitou verdadeiramente o processo de downsizing, ou seja, a transferência de
grandes sistemas em mainframes para os micros.
E para tal não se podia pensar em fazer todo o processo em um único micro, ou
mesmo em um conjunto deles, mas totalmente desconectados entre si. Até que
houve tentativas deste tipo, fazendo-se a transferência de dados através do
transporte físico em disquetes. Mas foram as Redes que definitivamente
resolveram estes problemas. Inicialmente pensou-se no mais óbvio. Simplesmente
conectar-se os micros através de cabos, cada um armazenando parte dos dados,
mas todos acessando os vários discos espalhados pela rede. Era a rede peer-to-
peer, que ainda apresentava a vantagem de uma escalabilidade gradual, pois
bastava acrescentarem-se novas máquinas com discos à medida que aumentassem
as necessidades. Mas esta descentralização de dados não deu certo. Bastava uma
máquina parar e toda rede ficava prejudicada. Em cada uma era preciso ter todos
os controles de I/O (input e output) de dados armazenados, o que consome muitos
recursos de memória e processamento e era impossível coordenar todos os
arquivos do aplicativo, espalhados pela rede. Amplus e Novell foram às empresas
que mais investiram nesta solução, econômica, porém altamente instável.
2.3 Windows
Windows é um sistema orientado a eventos. É gráfico, portanto o desenvolvimento
é visual. Além disso, as linguagens disponíveis são orientadas a objeto.
Contrariamente ao que ocorre com a programação procedimental, onde a seqüência
das ações é controlada pelo programa, em Windows, quem controla esta seqüência
é o usuário, através do mouse. Com ele é possível clicar qualquer botão ou campo
habilitado na tela e a resposta tem que ser específica para aquele evento. Windows
envia ao programa uma mensagem, comunicando-lhe sobre o evento. Tratado o
evento, o programa devolve o comando para o Windows. Windows pode,
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54 TEORIA DO ERP
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55 TEORIA DO ERP
Windows 95 – 1995
Tem funções multimídia. Surge a barra de tarefas do menu
Iniciar, e os botões minimizar, maximizar e fechar em cada
janela. Comerciais com os Rolling Stones cantando "Start Me
Up" turbinam o sucesso da Microsoft. Surge o primeiro
navegador Internet Explorer.
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56 TEORIA DO ERP
Windows 98 – 1998
A maior novidade desta versão era a completa integração do
sistema operacional com a internet utilizando o Internet
Explorer 4. Introduziu o sistema de arquivos FAT-32 e começou
a introduzir o teletrabalho (só foi possível devido à integração
da Web). Melhorou bastante a interface gráfica e incluiu o
suporte a muitos monitores e ao USB. Mas, por ser maior do
que o Windows 95 e possuir mais funções, era também mais
lento e mais instável.
Windows XP – 2001
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57 TEORIA DO ERP
Windows 7 – 2009
O sistema recebe boas críticas, o que ajuda a superar a má
impressão causada pelo Vista. Muitos consumidores e
empresas passam diretamente do Windows XP para o
Windows 7. Melhorias para a barra de tarefas incluíram a
visualização em miniatura.
Windows 8 – 2012
De olho no mercado de dispositivos móveis, a Microsoft lança
o Windows 8 e o seu próprio hardware de tablet, o Surface.
2.4 Redes
Mas voltando às redes, um grave problema ainda persistia. O fato de praticamente
todo o processamento ser realizado na estação e o servidor ser um mero
repositório de dados fazia com que fosse intenso o tráfego na rede. Razoável em
redes locais – LAN (Local Area Networks), onde a velocidade de transmissão logo
atingiu 10 mega bits por segundo (mbps), mas extremamente lenta quando
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58 TEORIA DO ERP
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59 TEORIA DO ERP
A alocação da memória era outro fator que poderia ocasionar o bloqueio de todo o
sistema no caso de um determinado processo tentar invadir o espaço de memória
reservado para outro processo.
CERTIFICADO DIGITAL
O processo da Assinatura Digital, obtido através de um Certificado, tem como
objetivo comprovar que um determinado texto não foi alterado no seu caminho e
que foi enviado pelo proprietário ou representante da empresa e é conhecedor da
chave privada. Ao terminar de editar o texto é calculado um hash do documento,
que é um conjunto de bytes bem menor que o texto original, o que torna o
processo de decifrar mais rápido. Junto com a chave privada é criada a assinatura,
uma string cifrada suficientemente longa que torna impossível obtê-la
aleatoriamente.
O cálculo do Hash do documento é feito através de um algoritmo com base nos
valores de cada dígito do texto. Em princípio nunca se repete e qualquer mudança
no texto, mesmo a inserção de um espaço em branco, o altera. O texto em si não é
cifrado. Junto com a chave privada é criada a assinatura, uma string cifrada
suficientemente longa que torna impossível obtê-la aleatoriamente. Esse conjunto
de bytes é a assinatura desse documento.
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61 TEORIA DO ERP
Cada certificador tem seus próprios algoritmos e ninguém tem acesso a ele. Por
isso o cálculo da Assinatura é feito nos computadores da Certificadora. Quando o
documento chega ao seu destino são feitas duas verificações. Primeiro se o
documento não foi alterado, verificando se o Hash está correto. Por outro lado,
cada usuário, armazena em um órgão certificador, que pode ser uma entidade do
Governo ou uma empresa de fé pública, a sua chave pública. Ela está relacionada
com a chave privada, pois através de um algoritmo consegue, juntando o Hash do
documento com a chave pública obter a Assinatura e assim verificar se ela bate
com aquela enviada no documento. Se não bater, algo está errado. Salvo pedido
expresso do emitente, qualquer pessoa tem direito de pedir a chave pública de
quem enviou o texto. Por isso é importante guardar-se junto com o documento o
seu Hash (na NF-e ele está sempre presente) e não divulgar a ninguém a sua chave
privada.
Um exemplo hipotético: imagine o hash AC e a chave privada 5. Suponha que o
algoritmo considere que cada letra equivale à sua posição no alfabeto, logo 1 e 3,
que a chave privada é 5 e o cálculo que ele faz é simplesmente somar tudo. Logo a
assinatura seria 9, ou seja 1+3+5. Chegando ao destino o cálculo a ser feito será a
soma dos dígitos mais a chave pública multiplicado por -1. Logo a chave publica
deste usuário seria (-13), pois (1+3-13)*-1=9. Tanto a assinatura como o hash são
strings longas, o que dificulta ainda mais a fraude. As Autoridades Certificadoras
(AC) atualmente homologadas no Brasil são a Certsign, Serasa, Caixa Econômica, PR
e SRF todas elas filiadas ao ICP Brasil.
Tanto o sistema de senhas como o de assinatura digital perdem seu efeito caso o
usuário permita que a senha ou a chave privada caia nas mãos de pessoas
indesejáveis. Isto considerando que a chave pública é fácil de ser obtida. Pode-se
restringir a distribuição da chave pública, ou seja, o certificador somente a entrega
para quem o usuário determinar, reduzindo com isto o risco de fraude.
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62 TEORIA DO ERP
A Chave Privada pode ser fornecida de duas formas: A1 ou A3. O A1 é mais prático,
pois a Chave é armazenada no Servidor de onde saem os documentos. Neste caso a
segurança depende do acesso ao sistema, que é protegido por senha.
O A3 é um cartão magnético semelhante a um cartão de crédito. Se perdê-lo é
preciso cancela-lo. O cartão é lido pela máquina de onde estiver o usuário, através
de um dispositivo apropriado.
O Certificado Digital tem prazo de Validade. Uma vez expirado precisa ser refeito.
Vencido o prazo, não se consegue emitir novas assinaturas. Porem assinaturas
geradas dentro do prazo de validade podem ser recebidas mesmo depois de
vencido o prazo do certificado.
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63 TEORIA DO ERP
O Web Service também pode ser enviado para atualizar uma tabela.
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64 TEORIA DO ERP
Surge em função disso um novo termo: ERP SOCIAL. Esse modelo conecta as
informações antes tratadas somente no conceito ERP Tradicional, com informações
da internet, das redes sociais ou internas da corporação, a fim de alimentar com
dados consistentes e atualizados a base de dados da empresa, podendo assim
conhecer as preferências de seus clientes, ter acesso às informações relacionadas a
fornecedores, concorrentes, necessidades do mercado, permitindo que ajustes,
melhorias ou alterações ocorram em seus processos e também que esses dados
possam ser compartilhados com outras empresas.
Por outro lado a computação em nuvem se tornou uma forte tendência, pois
possibilita a redução de custos nos projetos de implantação de sistemas e permite
que a pequena e média empresa possa ter ferramentas de gestão.
IPad, IPhone, IPod, Itunes ... produtos da Apple Inc. Mas existem outros fabricantes,
como a Samsung, LG, Motorola, Xiaomi, Sony, Nextel, entre outros, que também
oferecem esses equipamentos.
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65 TEORIA DO ERP
2.9 Tablet
2.10 IPad
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66 TEORIA DO ERP
O IPad é um tablet que foi desenvolvido e fabricado pela Apple Inc., lançado em
janeiro de 2010.
Tem funções análogas ao iPhone pois também utiliza o sistema operacional IOS.
Com o avanço da tecnologia os novos modelos apresentam processadores com
maior autonomia e recursos mais ricos para as câmeras.
2.11 MacBook
2.12 Smartphone
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67 TEORIA DO ERP
2.13 iPod
iPod é uma marca registada da Apple Inc., e tem como funcionalidade o áudio
digital.Os aparelhos que formam a família iPod oferecem ao usuário uma interface
bastante simples, centralizada no uso de uma roda que pode ser acionada com
clicks. O modelo iPod Classic tem maior capacidade de armazenamento de mídia,
possui um disco rígido acoplado. Outros modelos utilizam uma memória chamada
flash. Como a maioria dos tocadores portáteis digitais, ele também pode servir
como armazenador de dados, quando conectado a um computador.
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68 TEORIA DO ERP
Boa parte das atualizações dos softwares são feitas de forma automática, pela
própria equipe técnica do DataCenter;
O acesso a softwares e dados pode ocorrer a qualquer hora, de qualquer lugar, pois
é raríssima a queda do sistema no DataCenter. Os dados são espelhados,
normalmente em outros locais;
2.15 DataCenter
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69 TEORIA DO ERP
A segurança obrigatoriamente tem que ser física e lógica, pois as empresas que
contratam os seus serviços alocam ali o seu maior patrimônio, que é a sua
informação.
Possuem piso elevado, para que todo cabeamento (elétrico e de dados) fique
resguardado, os próprios racks, onde os equipamentos são montados e alocados
para que esse ambiente tenha total controle e segurança.
O acesso ao seu interior, por porta eclusa, ocorre por biometria, ou cartões
eletrônicos.
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70 TEORIA DO ERP
Existe uma anedota que diz que a Pirâmide de Maslow foi alterada. Se antes ela
pregava que as sete necessidades básicas do ser humano eram alimentação,
segurança, saúde, um certo conforto, reconhecimento social e outras coisinhas
mais, agora a mais importante de todas é a disponibilidade de uma conexão Wi-Fi.
Sem ela não dá pra viver!
O Brasil avançou bastante, mas ainda há muito que fazer. Principalmente para as
empresas, que nem conseguem mais faturar se não houver internet. A NF-e, as
cobranças, as vendas, as informações, o SPED, tudo depende da rede.
O Wi-Fi nada mais é do que um prolongamento desta estrutura, que propaga o sinal
recebido através de access points (antenas) estrategicamente localizados. Em
lugares públicos a estrutura é semelhante e quanto mais access points houverem
maior é a possibilidade de se ter um bom sinal edm todo o prédio. Cada access
point atinge equipamentos localizados a no máximo 60 metros e isso depende
inclusive da existência dos obstáculos (paredes, portas, etc). Para utilizar uma rede
Wi-Fi normalmente é exigido a digitação de uma senha, pois seu proprietário paga
pela sua utilização e quanto mais pessoas a acessarem mais lenta fica a conexão. O
principal fornecedor deste tipo de rede são a NET e a Embratel, parceiras da Claro e
a GVT, parceira da Vivo.
Para locais mais distantes, onde a estrutura física não chega, a solução é o sinal de
Radio. Este chega por antenas maiores, que o recebem de outras antenas, estas sim
ligadas à estrutura central, os chamados Backbones, ligados à rede mundial. O
problema é que essa comunicação depende de “visada”, ou seja, a antena receptora
precisa “enxergar” a antena emitente. A distância não é problema. O destino do
sinal é, da mesma forma, o roteador da empresa.
A outra forma de conexão é a 3G e em breve a 4G. Ela existe devido aos celulares,
essa maravilhosa invenção que transformou nossas vidas. O 3G tem como base
suas antenas espalhadas por todo o país. É totalmente wireless, ou seja, não tem
cabeamento. O sinal vai de antena em antena até chegar ao seu destino e mesmo
que o dispositivo receptor se mova, uma outra antena lhe dá suporte. A distância
entre as antenas varia em média de 5 a 10 quilómetros. Cada provedora de 3G
(atualmente são 4 empresas disputando o mercado: Vivo, Claro, TIM e Oi) tem suas
próprias antenas, o que é incompreensível. Ainda são poucas as antenas
compartilhadas, o que evidentemente aumenta os custos. É o resultado da acirrada
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71 TEORIA DO ERP
concorrência. De qualquer forma hoje vivemos bem com o uso dos celulares. São
poucos os lugares onde não temos nenhum sinal. Mas o sinal 3G para o uso da
Internet não é o mesmo sinal de voz. O sinal da Internet necessita de um IP,
convertido para um endereço de email (ernesto@tieducacional.com.br, por
exemplo) que depois se conecta a um conjunto de dispositivos. Já o sinal de voz
utiliza o numero do telefone. O email, as demais aplicações, em especial o
navegador e tudo mais, funcionam com IP. Já o WhatsApp funciona com o sinal de
voz, depende apenas de um numero de telefone. ???
E finalmente a conexão por Satélite. A SKY domina esse segmento utilizando sua
estrutura de TV. É lenta, devido à distancia do satélite e funciona precariamente
quando o céu está carregado de nuvens. Mas sem dúvida é a melhor solução para
lugares ermos. Na empresa, a estrutura é semelhante ao cabo e ao 3G.
VELOCIDADE e CUSTO
Ao adquirir uma conexão veja primeiro em que local você se encontra. Cada
provedor é melhor em determinadas regiões. Assim você será melhor servido se
escolher corretamente. Isso não vale, é claro, se você estiver adquirindo uma
conexão 3G e viaja muito.
A velocidade de conexão tem o seu preço. Quanto mais rápida, mais cara. Garantia?
Esquece. E depende também da sua rede interna, a chamada última milha, que as
vezes inclui a conexão da sua rua até um ponto mais central da rede. É que nem o
trânsito. Se você mora longe do aeroporto...não adianta ter um jatinho!
10 mega....... $ 39,00
20 mega .......$
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72 TEORIA DO ERP
Um link dedicado é mais caro e garante um trafego mais livre, ou seja a operadora
lhe reserva uma faixa exclusiva. É o que o prefeito Hadad fez para os ônibus,
criando as faixas preferenciais.
Existe uma anedota que diz que a Pirâmide de Maslow foi alterada. Se antes ela
pregava que as sete necessidades básicas do ser humano eram alimentação,
segurança, saúde, um certo conforto, reconhecimento social e outras coisinhas
mais, agora a mais importante de todas é a disponibilidade de uma conexão Wi-Fi.
Sem ela não dá pra viver!
E claro, logo abaixo dela, bateria! Quem nunca sentiu aquele frio na barriga por ver
o sinal vermelho sinalizando que a bateria está acabando, estando na metade do
caminho para o cliente e o Waze (aplicativo que emula um GPS) sugeriu uma rota
completamente diferente da que você faria?
O Brasil avançou bastante, mas ainda há muito que fazer. Principalmente para as
empresas, que nem conseguem mais faturar se não houver internet. A NF-e, as
cobranças, as vendas, as informações, o SPED, tudo depende da rede.
Quem for um pouquinho mais das antigas (nascidos na década de 80 para trás),
deve se lembrar do irritante barulho do modem lá de sua casa fazendo aquela
conexão com a Internet. Dava para saber se tinha dado certo ou não pelo som.
28.8kbps era a velocidade máxima de cada conexão, velocidade esta permitida pela
tecnologia dos modens da década de 90. Raramente, entretanto, as conexões eram
fechadas nesta velocidade: às vezes 14.4, às vezes 19.2, e porque isto? Porque
basicamente estas conexões usavam a linha telefônica como meio de conexão e
muitas vezes, dependendo do local onde morávamos, estas linhas estavam sujeitas
a infiltrações de água, centrais telefônicas antigas, o que gerava muito, mas muito
ruído.
Mas... 28.8kbps? É isso mesmo? Não tem algo errado? A resposta é: Não. Para se ter
uma idéia, os primeiros provedores de Internet do Brasil possuíam uma conexão
com o Backbone da Embratel que era de 64kbps. Esta conexão era feita através de
um rádio que geralmente ocupava uma parede inteira de uma sala e custava a
bagatela de aproximadamente R$45.000,00 por mês (sim, era o preço da época).
Mas isto tudo ficou bem para trás em um passado muito distante. Hoje
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73 TEORIA DO ERP
com que as coisas fiquem um pouquinho mais lentas. Assim, aplicações como
acesso à Internet ou download de e-mails, que enviam pequenos pacotinhos de
requisição e que não nos incomodamos em esperar alguns segundinhos para
receber as mensagens ou para ler o conteúdo de nossas páginas, vão bem. Mas se
estamos pensando em utilizar, por exemplo, um sistema na Internet, que envia
muitas informações para o servidor, esta demora pode ser impactante: Imagine
uma pessoa que precisa digitar 100 notas fiscais por dia, com vários itens por
nota, alguns atrasos de segundos podem causar desconforto nos usuários. Este
fenômeno é conhecido como taxa de latência e é muito simples de medir:
C:\Users\Usuário>ping www.erpflex.com.br
Neste caso, note que o tempo de resposta oscilou entre 16ms e 23ms. Este tempo
foi o resultado de um pacote enviado da nossa rede até o provedor onde fica
hospedado o ERPFlex. Um tempo excelente de latência, o que nos garante que
nossa conexão está adequada para acesso ao sistema.
Basicamente então, o meio físico vai impactar em três coisas: Na largura de banda
(Que vai permitir mais usuários acessando pelo mesmo local), neste fator de
latência (que vai garantir uma melhor percepção das aplicações que acessaremos) e
na qualidade do sinal (que pode sofrer oscilações ou ruídos, dependendo do meio).
Uma forte tendência gira em torno da adoção da telefonia celular uma vez que seu
meio físico é de longe o mais abrangente hoje e o que atinge a maior parte da
população. Dados recentes mostram que o país possui hoje algo em torno de 277
Milhões de aparelhos celulares.
O que permite este uso de dados através da rede celular é, mais uma vez, os
avanços tecnológico. A famosa rede 3G já estabelecida e a promessa da adoção do
padrão 4G.
Depois do GPRS, a evolução nos trouxe a tecnologia EDGE que, na prática, apenas
representou um aumento de velocidade em relação ao GPRS. Dentro da tecnologia
EDGE, a velocidade de conexão gira em torno de 128 Kbps.
O padrão 4G já está por aí. E dá para dizer que ele é o primeiro a realmente
oferecer velocidades decentes de comunicação de dados. Com o 4G, algumas
operadoras já planejam transmitir até mesmo a voz via dados, abandonando os
canais tradicionais, e transmitindo a voz de um jeito similar ao que acontece nas
ligações do Skype, por exemplo. A exemplo do 3G, o 4G também é mais um nome
comercial que uma tecnologia propriamente dita. A tecnologia, nesse caso, recebe
o nome de LTE (Long Term Evolution) - por isso, pode ser que você veja essas
letras no seu visor. No LTE, as velocidades de transmissão de dados podem
alcançar até 100 Mbps de download e 50 Mbps de upload. Na prática, no Brasil, elas
têm girado em torno dos 10 Mpbs de download e 4 Mpbs de upload (o que já é uma
excelente banda de acesso para um ERP por exemplo, que suportaria 40 usuários
simultâneamente).
A diferença básica destes padrões está que para que as operadoras possam
oferecer os serviços é necessário uma renovação de seus equipamentos, de forma
constante.
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76 TEORIA DO ERP
A sigla ERP foi criada pelas empresas internacionais (Baan, Oracle, People Soft e
SAP – BOPS) que aqui chegaram na década de 90, após a queda da Reserva de
Mercado (1976 a 1991).
A IBM começou com o BOOMP, PICS (Planning Inventory Control System), COPICS de
Comunication. E hoje, quem lidera esse mercado no âmbito nacional é a brasileira
Totvs.
A indústria sempre foi tida como modelo nos processos organizacionais e foram os
sistemas MRP II (Manufactoring Resource Planing) que deram origem ao ERP
(Enterprise Resource Planing), ou seja, o sistema passou a controlar toda a empresa
e não apenas a fábrica ou manufatura.
É um novo conceito que trata do grande volume de dados que são tratados hoje
por todo o universo de equipamentos de T.I. espalhados pelo mundo.
Para que se tenha uma ideia, em apenas quinze minutos, a humanidade gera o
triplo de informação disponível no acervo da Biblioteca do Congresso Americano,
que é a maior do mundo.
Porém, com base em opiniões de grandes especialistas, todo esse “lixo” representa
uma grande possibilidade de “negócio”, de transformação.
Eles atribuem que os dados resultantes de processos que são fielmente finalizados,
são “dados estruturados”, como por exemplo, uma compra num site de e-
commerce, ou seja, acesso ao site através do login e senha do cliente, identificação
do produto a ser comprado, confirmação do pedido, geração do número do pedido
de venda, envio do Workflow para o e-mail do cliente confirmando a compra e já
indicando a previsão de entrega, bem como a forma de pagamento escolhida.
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77 TEORIA DO ERP
Já, os chamados “dados não estruturados” partem desses mesmos acessos aos
sites de e-commerce, porém não tiveram a finalização da compra. Foram apenas
consultas ou visualizações. Inclusive entram nessa classificação mensagem
trocadas no Facebook, acessos ao Google buscando informações através de
palavras selecionadas, e-mails enviados, filmes ou musicas baixados, etc.
É neste momento que pode, por exemplo, ser aplicado o conceito do Data Mining,
ou seja, detectar e perceber aquilo que é a exceção.
Em um volume gigantesco de dados, muitas vezes, numa análise será óbvio o olhar
à grande massa, ao que realmente prevalece. Porém neste conceito há a
necessidade da percepção pelo não óbvio, pela exceção.
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78 TEORIA DO ERP
Capítulo 3
A Gestão Empresarial e o Papel do Governo
Objetivos do aprendizado
Mostrar o funcionamento básico da economia, os diversos mecanismos que o Governo dispõe para
a condução da política econômica e como a tecnologia da informação oferece elementos
fundamentais para a gestão empresarial em um processo de globalização de mercados.
Palavras-chave
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80 TEORIA DO ERP
Assim, a cada exportação que uma empresa faz, os dólares pagos pelo comprador
externo são recebidos pelo Banco Central que os converte para Real, pagando para
a empresa exportadora. Da mesma forma, quando uma empresa no Brasil importa
produtos, paga o seu valor em Real ao Banco Central, que após convertê-lo, envia
os dólares ao vendedor estrangeiro. Fica fácil perceber que se tivermos um
aumento nas importações e uma redução nas exportações faltarão dólares no
Banco Central, pois mais dólares terão que ser remetidos ao exterior, comparando-
se com as entradas provenientes das vendas ao exterior. E o Governo não tem
como emitir dólares. Este poder, infelizmente, é de exclusividade do governo
norte-americano.
outros, mesmo que, em alguns casos, tenhamos aqui um similar, por vezes de
melhor qualidade e preço mais baixo. Só que é nacional!
Existem ainda outras fontes de entradas e saídas de dólares no caixa do Banco
Central. Serviços de frete, turismo, captações de empréstimos e investimentos e,
saindo, seus resgates e amortizações, pagamentos de juros, royalties e dividendos
de multinacionais.
A Reserva Internacional é o saldo em dólares (as chamadas divisas, hoje também
formadas pelo Euro criado pela Comunidade Europeia) do Banco Central e quando
este zera a única saída é a moratória. O Brasil já utilizou este expediente em 1982 e
a conseqüência é sempre um completo isolamento do país devedor. O México, em
1994, provocou o “efeito tequila”. Em 1997 foi a vez do Sudeste Asiático e em 1998
a Rússia. A Argentina também passou por um momento destes, conseqüência da
fixação da taxa de câmbio em níveis abaixo do necessário.
3.4 Protecionismo
Uma forma de barrar as importações é através de medidas protecionistas, tais
como tarifas alfandegárias, impostos sobre importações, criação de cotas,
embargos sanitários, leis anti-dumping ou o próprio aumento artificial da taxa de
câmbio. Há até a medida extrema de criar taxas diferenciadas de acordo com o
produto ou ainda proibir a importação daqueles em que houver similar nacional. O
consumidor normalmente reclama destas medidas, pois não acha justo arcar com
ineficiências que, em sua opinião, são de responsabilidade do empresariado
nacional. A Reserva de Mercado no setor de informática, tão criticada por alguns e
elogiada por outros, que pairou entre nós de 1976 a 1991, é um bom exemplo do
que estamos falando.
Entradas Saídas
Exportação 114.516 Importação 117.516
Figura 3.2 Dados anuais relativos à entradas e saídas internacionais. Valores em US$ Milhões.
Às vezes é a China que reduz seu crescimento, outras são os preços de nossos
produtos que caem ou ainda ações do governo que prejudicam nossa capacidade
de concorrer. A briga não é fácil!
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82 TEORIA DO ERP
As saídas por sua vez são representadas pelos gastos, que podem ser correntes
(folha de pagamento, aluguéis, serviços, enfim despesas de expediente),
investimentos em obras e empresas, geridos normalmente pelos ministérios,
gastos sociais, pagamento aos aposentados e o incômodo pagamento de juros e
financiamentos que se vencem.
IRPJ 104.01
IRPF 85.02
IPI 35.17
COFINS 116.16
PIS 30.99
IOF 24.26
FGTS 52.91
CSSL 51.30
INSS 203.63
II (IMPORTAÇÃO) 21.54
CIDE 10.30
ICMS 226.68
Outros Estaduais 42.08
Municipais 51.50
Outros 46.01
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83 TEORIA DO ERP
Figura 3.4 A economia brasileira: de onde viemos, onde estamos e o que esperar do futuro.
(fonte: Leite Antonio Dias).
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85 TEORIA DO ERP
Os impostos pagos hoje pela empresa brasileira podem ser resumidos no seguinte:
A ME-Micro Empresa não pode ter faturamento superior a R$ 360.000,00 por ano. A
EPP-Empresa de Pequeno Porte pode faturar de R$ 360.000,00 a R$ 3.600.000,00.
Podem optar pelo regime do SIMPLES.
Em relação ao IRPJ, a opção pelo LP-Lucro Presumido é possível desde que a
empresa não seja uma Sociedade Anônima e que seu faturamento não seja superior
a R$ 78 milhões por ano.
Os percentuais entre parênteses na linha IRPJ, no caso do Lucro Presumido,
referem-se ao Faturamento. Assim, para empresas de comércio optantes do LP, o
IRPJ considera que o Lucro é de 8% sobre o Faturamento, ou seja, o IRPJ é de 1,2% a
2% sobre Faturamento, já que a alíquota é de 15% (até$ 20.000/mês) e 25% (acima).
Para as empresas de Serviço, o Lucro Presumido é de 32%, o que dá um IRPJ de 4,8%
a 8% sobre o Faturamento. O mesmo para a CSSL.
A sigla nc/c significa não cumulativo/cumulativo, ou seja, no não cumulativo é
permitido o crédito dos insumos na base de cálculo, isto é, o imposto é sobre valor
agregado.
No caso do SIMPLES, há municípios que incluem o ISS na alíquota geral, tornando-a
mais alta. No caso de não incluí-la, esta é mais baixa. Depende também do valor do
faturamento e do segmento de atividade. São os Anexos que definem as alíquotas.
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86 TEORIA DO ERP
2 China $7,700,370,000,000
3 Japão $6,108,630,000,000
4 Alemanha $3,701,100,000,000
5 França $2,932,040,000,000
6 Brasil $2,618,760,000,000
8 Itália $2,381,070,000,000
9 Rússia $2,146,280,000,000
10 Índia $2,001,140,000,000
Segue uma breve descrição sobre cada um dos impostos e contribuições acima
elencados, lembrando que no Brasil temos mais de sessenta tributos:
IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Pago sobre o lucro das empresas. Até
um lucro de R$ 20.000,00 para cada mês do respectivo período de
apuração a alíquota é de 15%. Daí para cima é de 25%. No Lucro Presumido
o Lucro é um percentual do faturamento, entre 8% e 32%.
IRPF Imposto de Renda Pessoa Física. Pago sobre a renda do assalariado e
qualquer renda auferida por um indivíduo. Uma tabela em cascata de
alíquotas que chega a 27,5% tributa a renda dentro do princípio de quem
ganha menos tem uma alíquota menor.
CSSL Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Similar ao IRPJ tem sua
destinação pré-determinada para os gastos com a Previdência. A alíquota é
de 9% sobre o Lucro.
COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. É taxado sobre o
faturamento, sendo que para as com Lucro Presumido é cumulativo, com a
alíquota de 3%. Para as demais empresas a taxa é maior, 7,6%, mas não é
cumulativo, ou seja, pode-se deduzir da base de cálculo todas as notas de
compra de materiais e serviços vinculadas às receitas. A COFINS taxa as
importações e não taxa as exportações. Dependendo do segmento, mesmo
empresas que estão no regime de Lucro Real, pagam a COFINS no regime
cumulativos. São empresas de serviços que não tem despesas que geram
créditos. A folha de pagamento, embora esteja vinculada às receitas não
gera crédito, pois sobre ela não é cobrada a contribuição.
PIS Programa de Integração Social. É taxado praticamente da mesma forma que
a COFINS, tendo, porém uma alíquota menor, ou seja, 0,65 e 1,65
respectivamente.
Para alguns segmentos (combustíveis, bebidas, medicamentos, veículos,
etc) o PIS e COFINS tem ou um valor fixo por unidade (pauta) ou
alíquotas diferenciadas. A cobrança Monofásica cobra apenas o primeiro
elo da cadeia, de forma semelhante à Substituição Tributária do ICMS (que
também existe no PIS/COFINS)
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87 TEORIA DO ERP
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88 TEORIA DO ERP
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89 TEORIA DO ERP
Capítulo 4
Palavras-chave
BI - Business Intelligence, EIS – Executive Information System, DataWarehouse, OLAP, CUBO, Workflow,
Balanced Scorecard- BSC, Portal do Executivo.
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90 TEORIA DO ERP
Como precisa ser rápido, o BI trabalha com uma base de dados própria, em lugar
da base operacional. A essa base de dados dá-se o nome de data warehouse, que
significa armazém de dados. Os criadores desta tecnologia foram Bill Ilmnone
Ralph Kimball. Porque se utiliza o datawarehouse e não a base operacional?
Primeiro, porque o DW, muitas vezes, contém informações que não estão na base
operacional. Exemplo: utilizar informações históricas, como uma longa cadeia de
dados de 10 ou 15 anos, mostra melhor uma tendência; conseqüentemente, a
tomada de decisão tem como base uma amostra mais confiável. Se fôssemos
manter esse enorme volume de dados históricos na base operacional, o
processamento se tornaria mais lento.
Por isto, eles são segregados no datawarehouse.
Outras informações que, normalmente, não existem na base operacional são as
relativas à concorrência e ao mercado. Essas informações, obtidas com muita
riqueza e facilidade via Internet ou em bases paralelas, também são acrescentadas
ao datawarehouse.
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91 TEORIA DO ERP
Na seqüência, o processo torna-se bem mais rápido, uma vez que iremos apenas
atualizar as informações de acordo com as necessidades e exigências dos
executivos, seja a cada dia, a cada período (manhã e tarde), a cada hora; ou seja, o
suficiente para uma boa tomada de decisão.
Dimensões, referidas acima, são a forma, a seqüência como estes dados são
apresentados. Ao analisar os dados de faturamento da nossa empresa, por
exemplo, queremos saber quanto faturamos por período, por região, por produto,
por cliente, analítica e sinteticamente. A dimensão pode ser:
Temporal, que informa o quanto faturamos por ano, mês, quinzena, semana
ou dia;
Outros.
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92 TEORIA DO ERP
• Filtrar dados acima de determinado valor, dados entre duas datas ou selecionar
produtos;
É preciso focar a informação. Às vezes, diante de tantos dados, podemos não saber
por onde começar.
4.5 Workflow
Workflow é o desenho do fluxo dos processos e tem como um dos objetivos indicar
quando deve haver uma ação ou tomada de decisão.
A Solução ERP, a cada segundo, recebe informações e alimenta bases de dados que
serão posteriormente exibidas ao executivo através do BI. Porque não fazermos
com que a informação que acabou de chegar e que provocou a necessidade de uma
ação seja repassada imediatamente ao executivo, sem que ele precise acessar o
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93 TEORIA DO ERP
4.6 BPM
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94 TEORIA DO ERP
4.7 BSC
Como fazer a Gestão da Performance da Empresa? Cada empresa pode ter o seu
próprio critério?
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95 TEORIA DO ERP
A terceira perspectiva são os processos internos. Aqui a empresa é vista como uma
caixa preta. Uma caixa com recursos, pessoas, máquinas, estruturas, onde o cliente
quer adquirir um produto ou um serviço e ser bem atendido. Estes processos
internos terão que cumprir prazos, apresentar custos razoáveis, assegurar a
qualidade e garantir a oferta daquilo que o cliente quer, sempre buscando atender
às suas necessidades e expectativas. Todos esses processos internos,
evidentemente, têm que ser eficientes. De preferência, devem ser os melhores do
mercado ou, pelo menos, estar próximos disso. Exemplos de indicadores de
processos internos: relação custo próprio/custo do concorrente, prazos de entrega,
defeitos detectados na produção ou durante o prazo de garantia, recalls, o próprio
uso da Tecnologia da Informação.
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96 TEORIA DO ERP
tarefas obrigatórias. Para ser um funcionário exemplar, o mais importante era não
faltar, chegar e sair na hora, ficar até mais tarde quando necessário e obedecer
rigorosamente às normas e procedimentos.
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97 TEORIA DO ERP
4.7.2 Dashboard
Cada uma das 4 perspectivas deve ter, em média, 3 objetivos; cada objetivo, para
ser controlado, deve ter 2 metas; cada meta, de 1 a 2 indicadores.
O importante é que todo o processo de BSC crie uma sinergia na empresa e que os
colaboradores estejam sintonizados e sincronizados. Por meio do Dashboard todos
vêm, claramente, quais são os objetivos da empresa e qual a posição atual. No
sistema, estão definidos os responsáveis por cada um dos objetivos, prazos para
atingi-los, custos e recursos necessários, bem como as iniciativas que devem ser
tomadas.
Esses resultados são divulgados abertamente, em painéis na empresa, nas salas e
nos corredores.
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98 TEORIA DO ERP
É como ter para cada executivo de uma empresa, sobre sua mesa um monitor, sem
teclado. Ele é apenas um espectador, e quando surge algum assunto importante,
um bip chama a sua atenção. Esse é, na verdade, um misto de Business Intelligence,
mostrando gráficos e tabelas sobre a situação da empresa, com Workflow e
Balanced Scorecard.
Em princípio, o Balanced Scorecard nada tem a ver com TI. Os livros de Kaplan e
Norton não falam em software. Porque, no entanto, a Totvs tem o BSC e todos os
fornecedores de ERP têm hoje um módulo de BSC? Porque a primeira
funcionalidade de um software de Balanced Scorecard é apresentar o Dashboard,
armazenar e atualizar todos os objetivos, metas e indicadores. Além disso, o ERP
deverá calcular os valores ou percentuais atingidos pelos indicadores, em tempo
real. Trata-se, então, de um grande sistema de medição.
Para começar a responder a esta pergunta, façamos outra: Será que o computador,
o hardware, o chip, juntamente com os programas, o software, enfim, toda essa
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99 TEORIA DO ERP
Se antes era complicado o uso destes recursos, hoje, com a tecnologia, tudo ficou
mais fácil, viável, automático, disponível ao mais simples usuário. Por exemplo,
fazer uma previsão de vendas, da valorização de uma ação, do comportamento de
uma pessoa, do clima, do resultado de um jogo de futebol.
Você deve perceber o que está acontecendo e, a partir daí, tomar uma atitude.
Além de tomar uma atitude, é preciso apresentar resultados. O data mining
primeiro explora os dados do sistema, faz um verdadeiro trabalho de mineração, e
seleciona o que é relevante, usando a correlação - percebe. Em seguida, usa a
simulação para tomar uma atitude.
Talvez pela falta de parâmetros, pelo custo elevado ou mesmo pelas dificuldades
técnicas, a “chutometria” ainda está muito presente. Porém, os recursos
tecnológicos estão aí e o usuário precisa entendê-los e utilizá-los. Mais uma vez,
cabe ressaltar a posição do analista de suporte. Como já disse, é ele o grande
culpado! O analista de suporte precisa saber unir essas três pontas: o problema, as
ferramentas (a tecnologia) e o usuário.
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100 TEORIA DO ERP
Como consultor, você tentará analisar todas as informações referentes aos últimos
meses e apresentar a solução. Talvez seja fácil e rápido visualizar a tendência do
faturamento, colocando os dados em um gráfico. Porém, e os fatos relevantes?
Como identificar o que aconteceu de diferente, o que mudou para comprometer o
resultado da empresa? Para respondera essas questões, seria necessário identificar
tudo que fugiu do padrão, quais os fatos relevantes que ocorreram.
4.10 Correlação
Um caso bem típico para ilustrar a correlação é o comportamento dos gastos com
marketing e a trajetória das vendas de determinado produto, como a cerveja. As
empresas gastam em marketing para aumentar as vendas. Certamente, o consumo
cresce e mantém uma tendência de crescimento nos meses subseqüentes. Porém,
em determinado ponto, apesar do elevado gasto com marketing continuar, os
percentuais de crescimento não são mantidos na mesma proporção.
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101 TEORIA DO ERP
Há casos ainda mais complexos, representados por uma parábola. Por exemplo:
vamos comparar o preço em relação ao faturamento. Não podemos esquecer,
entretanto, que o preço também influi na quantidade vendida. Logo, o aumento de
preços inicialmente pode gerar maior faturamento, porém somente até
determinado patamar. A partir daí, as quantidades vendidas podem começar a
diminuir tanto, em função do aumento de preço, que a curva de faturamento
também inverte a tendência e começa a baixar. Neste caso, é preciso observar em
que ponto o faturamento atingiu o pico, o ponto ótimo. Um exemplo, sobre um
assunto muito falado hoje em dia: a questão dos impostos. Se baixássemos a carga
tributária, a arrecadação aumentaria, pois mais pessoas contribuiriam. Todavia, as
alíquotas não poderiam baixar muito, sob pena de a arrecadação diminuir.
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102 TEORIA DO ERP
Figura 4.6 Visão de fato relevante com tabela dinâmica (A Agenda tem comportamento diferente dos demais)
Isso é um exemplo típico de mineração de dados. O sistema foi lá, coletou todas as
informações, fez as correlações e destacou apenas os fatos relevantes. Por
exemplo, um dos vendedores vendeu com condições de pagamento totalmente
diferentes dos demais; em uma das regiões determinado produto não vendeu nada;
em março, determinado tipo de cliente comprou muito.
4.11 Simulação
Até aqui o data mining ajudou bastante, mas não tomou a decisão, apenas ajudou.
O processo de simulação ajuda muito na tomada de decisões e por isto faz parte
do BI. Para compreender melhor, vejamos um exemplo onde o objetivo é decidir o
preço ideal para se obter o maior lucro, numa feira onde todos vendem o mesmo
produto.
Imagine que você participe com um stand em uma feira, onde há vários outros
stands com o mesmo produto que o seu. Você verifica que, às vezes, o seu stand
está cheio, outras vezes, é o do concorrente e, às vezes, o movimento é igual. Você
logo desconfia: deve ser o preço. Cada um deve estar utilizando um preço
diferente. A primeira atitude que você precisa tomar é verificar se há, de fato, uma
correlação entre preço e vendas.
Pode ser que num stand ao lado esteja uma morena super simpática comandando
as vendas de modo que, mesmo com preço mais alto, o stand continuará vendendo
melhor. Aí não tem jeito, só mesmo arrumando uma morena ainda mais simpática.
Porém, se não for esse o caso, é certo que existirá uma correlação entre preço e
volume de vendas nos stands e, evidentemente, quanto maior o preço, tanto menor
a quantidade vendida.
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104 TEORIA DO ERP
O modelo que usamos no Jogo de Empresas é outro exemplo das vantagens que a
simulação oferece. São mais de 150 mil alternativas de decisões. O simulador
nunca perde. Imagine agora o planejamento global de uma empresa, considerando
todas as suas regras de negócios. Cada vez que ocorresse uma das seguintes
hipóteses: um concorrente mudasse seus preços; o mercado ficasse aquecido ou
retraído; houvesse aumento ou diminuição na taxa de juros ou do dólar; a fábrica
tivesse seus custos alterados; ou ocorresse qualquer outra mudança prevista no
modelo - rodar-se-ia o simulador e ele apresentaria todas as decisões que deveriam
ser tomadas naquilo que é possível para maximizar, a todo o momento, o resultado
da empresa!
De manhã, você chega à empresa, liga o computador e ele fará um dos dois sinais
para você: assim, polegar para cima: Positivo! Ou assim, mão direita espalmada
batendo violentamente na mão esquerda cerrada: Você está ferrado! Mas o ERP tem
a solução! SIGA as instruções!
Capítulo 5
Palavras-chave
TQM - COBIT - ISO9000 - CMMI - MPS - ITIL - PMI - SOX - SPICE - SLA - SIX-SIGMA
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106 TEORIA DO ERP
5.1 TQM
TQM (Total Quality Management, Gerenciamento com Qualidade Total), é a sigla
mais antiga. O TQM, desde o início, definiu normas relativas aos atributos que
devem ser avaliados para se estabelecer a qualidade do software.
Partiu dos seguintes pontos básicos:
• Facilidade de uso: o usuário precisa navegar no sistema e conseguir se
achar, sem muito treinamento. Além disso, o programa deve ter
conformidade com as necessidades do usuário, estar de acordo com os
requisitos estabelecidos por quem pediu aquele desenvolvimento e conter
muitos helps (ajudas), claros e fáceis de entender;
• Segurança da informação: o sistema deve ter acesso restrito, com senhas. Os
arquivos não podem permitir invasão fácil;
• Flexibilidade: o sistema deve ter facilidade de adequação. Este é um ponto
importante. Flexibilizar sem despadronizar, ou seja, customização,
aderência, flexibilidade. Adequar o sistema às necessidades específicas
daquele usuário;
• Portabilidade: o sistema precisa rodar em vários ambientes, tanto Linux
quanto Windows, numa máquina Macintosh, numa máquina Intel, com
qualquer banco de dados, agora também no smathphone, nos tablets e nos
browses (navegadores da Internet);
• Estabilidade: esse é um dos critérios de avaliação mais importantes.
Quando, por exemplo, o Windows trava, quando perdemos um arquivo sem
saber por que, quando o sistema abenda, encerra o programa, dando um
erro totalmente sem sentido, trata-se de uma falha na estabilidade do
sistema. O processo todo entrou num loop, travou e isso é quase sempre
um erro do software;
• Performance: o último critério avaliado refere-se ao desempenho do
sistema.
Em uma máquina normal, a desculpa de que ela é lenta, e não o sistema, nem
sempre é aceita.
A performance de um software tem sempre que ser analisada dentro de um
hardware equivalente, cada vez mais robusto.
Estas normas do TQM são parecidas com as da ISO 9126. O objetivo é sempre o
mesmo: o cuidado que se deve ter para que esses critérios de avaliação estejam
perfeitamente de acordo com o que foi requisitado e com um projeto pré-
estabelecido. O instituto ou a entidade responsável pela avaliação dificilmente faz
um teste exaustivo do software em si, nem mesmo a ISO 9000.
E como eles avaliam a qualidade, se não testam o produto em si, testam apenas o
processo? Resposta: “Se você faz o processo perfeito, conseqüentemente, o
resultado será um produto bem feito. Mesmo que o produto apresente defeitos, se
os procedimentos que devem ser tomados quando houver um problema, dentro do
critério de avaliação de qualidade, estiverem definidos de forma adequada e bem
documentada, a norma está atendida. Isso é muito importante: parte-se do
princípio de que devem ser estabelecidos procedimentos para o processo de
desenvolvimento. Se esses procedimentos forem seguidos, certamente o produto
final será de qualidade.
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107 TEORIA DO ERP
5.2 COBIT
A ISO 9000 é a norma que mais agitou o mercado. O processo de certificação é feito
por entidades certificadoras, credenciadas por um órgão acreditador, que no Brasil
é o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
A ISO (International Organization for Standardization, Organização Internacional
para Padronização), sediada em Genebra, Suíça, é a responsável pela padronização
e divulgação global de inúmeras normas de qualidade. A ISO 9000 é uma das mais
conhecidas.
Há várias entidades certificadoras no Brasil, como a Fundação Vanzolinie outras.
A ABNT é o órgão brasileiro responsável pelas normas ISO que, na verdade, são um
conjunto de normas. Para software temos: ISO 9000, 9126,12207, 15504, 17799,
20000, 27000. Apesar de cada uma tratar de assunto específico, no fundo, todas
foram estruturadas sob aqueles mesmos pontos básicos que foram vistos acima.
Após a certificação inicial é preciso fazer re-certificações periódicas, a cada seis
meses ou a cada ano. É uma espécie de fiscalização e os auditores são bem
rigorosos. Se a empresa não cumprir as normas, a certificação é cancelada. O ponto
forte exigido pela ISO é a documentação. A empresa precisa documentar tudo,
principalmente as situações que demandem procedimentos de emergência. Se
houver um incidente e existir um plano de ação corretivo e preventivo bem
documentado, incluindo os procedimentos para chegar a uma solução, o incidente
deixa de ser um problema.
Outra exigência importante é a rastreabilidade: como a empresa identifica os fatos
que desencadearam o incidente e como busca as causas.
Apesar de todas as pesquisas, nenhum deles tem suas causas plenamente
conhecidas. A propósito, dizem que o governo americano gastou mais dinheiro
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108 TEORIA DO ERP
Um dos tópicos mais recorrentes destas normas é evitar que o erro se repita.
Controle de inspeção, de ensaios, todas as métricas e dispositivos utilizados, têm
que estar bem calibrados. Isto é um problema sério. Se amanhã houver um
indicador que não esteja correto, a empresa pode achar que está tudo bem, mas na
realidade não está.
5.4 CMMI
O CMMI possui cinco níveis. O Brasil perdeu muito terreno, principalmente para a
Índia, por não ter dado a devida atenção a esse assunto. Na Índia, quando apareceu
o CMMI, as empresas, com o apoio do governo e pressão dos clientes, rapidamente
começaram a se certificar.
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109 TEORIA DO ERP
O CMMI foi criado nos Estados Unidos para atender as empresas que desenvolvem
algum tipo de projeto específico, com começo, meio e fim.
• Nível 1: inicial, sem avaliação. São criados processos para fins específicos
em empresas pouco organizadas;
Com relação ao Nível 2, procure você, na sua vida particular, fazer processos
repetitivos. Faça um teste. Pela manhã, ao acordar, comece a medir quanto tempo
gasta desde sair da cama até ligar o carro na garagem: tomar banho, café, se vestir
etc. Este processo deve ser aprimorado até o momento em que se consegue manter
sempre o mesmo tempo, evitando qualquer incidente, com a mesma qualidade.
Percebe aonde a norma quer chegar? Se você leva dois minutos para escolher o
terno, não tem porque demorar quatro ou cinco minutos em determinado dia. É
preciso sempre repetir o processo.
O processo de avaliação, em cada Nível, demora entre oito e doze meses e envolve
consultores dentro da empresa. É um trabalho de evangelização dos envolvidos no
desenvolvimento de software, como programadores e técnicos, no sentido de
seguirem o modelo. Cria-se uma campanha de motivação, com camisetas, cartazes,
palestras, tal como foi muito usado na ISO. O objetivo é habituar as pessoas à
cultura do CMMI.
5.5 MPS
Subentende-se que, se os seus fornecedores não tiverem, o seu processo não está
perfeito. Foi nesta ocasião que o MPS ganhou força.
Quando uma empresa brasileira, como está acontecendo muito agora, exporta para
os Estados Unidos, a primeira pergunta que o comprador faz é: "Quais são as
certificações ou avaliações que a companhia tem?" Lutamos pelo dia em que a
empresa brasileira possa, orgulhosamente, declarar:
"Nós temos o MPS, Nível tal" (são oito níveis) - e que o americano responda:
5.6 ITIL
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111 TEORIA DO ERP
5.7 PMI
O primeiro ponto crítico é Escopo do Projeto. O projeto tem que ser focado e exige
análise de requisitos: definir e documentar claramente o que se pretende fazer,
incluindo as expectativas do usuário e como atendê-las.
Uma vez que isto esteja definido, o projeto deve ser seguido à risca.
É por isso que o gerenciamento dos custos é um exercício tão importante. Hoje em
dia, praticamente todos os projetos são fechados, têm o preço pré-estabelecido. No
passado, eram cobrados por hora. Assim, se houvesse algum problema, como o
aumento do número de horas previstas, o usuário tinha que pagar.
Isso mudou. Antes era por Administração, agora é por Empreitada, comparando-se
com a forma de cobrança das construtoras.
• Gerenciamento dos Riscos: cada vez mais importante, tanto que há uma
norma ISO que trata exclusivamente deste assunto;
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112 TEORIA DO ERP
5.8 SOX
Estas empresas também vêm sendo observadas bem de perto por administradores
de fundos de investimentos, nacionais e estrangeiros, associações de classe,
sindicatos, ambientalistas. Agora, o resultado financeiro não é uma meta a ser
atingida a qualquer custo. Não dá mais para fazer "mágica", ou cook the books
(cozinhar os livros), como se diz nos Estados Unidos.
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113 TEORIA DO ERP
E o programador, há alguma punição para ele? Ele pode ser um dos elos de um
processo ilícito.
• Nível 2 é Alta: o problema é sério, mas existe uma alternativa para solução,
como um processo manual para faturamento,no caso de falha no sistema
informatizado;
No passado, existiam o MTTR (Medium Time To Repair, Tempo Médio para Reparar)
e o MTBF (Medium Time Between Failures, Tempo Médio Entre Falhas). Podemos
dizer que o SLA é uma modernização desses conceitos.
Com todos os pontos descritos podemos dizer que não é fácil chegar à máxima
qualidade em software.
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114 TEORIA DO ERP
O foguete Mariner1, por exemplo, teve que ser destruído a caminho de Vênus
devido a um erro de software. O foguete francês Ariane 5, menos de um minuto
após o seu lançamento, também teve que ser destruído por conta de erros de
software. Cinco pessoas morreram em instituto de câncer no Panamá devido à
exposição excessiva aos raios-x, em processo controlado por software. Para se ter
uma idéia das conseqüências financeiras, o departamento comercial nacional de
ciência e tecnologia dos Estados Unidos afirma gastar US$ 59 bilhões por ano em
decorrência de erros de software.
Cada vez mais o software substitui o ser humano, nos aeroportos, hospitais e
automóveis. É por isto que a qualidade precisa ser cada vez mais robusta, com um
nível de não conformidades muito pequeno.
Quando afirmamos que o erro foi do software, quer dizer que aquela situação não
foi prevista. Vejamos um exemplo bem simples. Uma pessoa vai ao caixa eletrônico
de um banco e, sem querer, digita o valor de R$ 100 mil como transferência para
outra conta. O sistema aceita e o correntista vai embora. O dinheiro é transferido,
desde que haja fundos. Você concordaria que o erro foi do software? Certamente
não, e argumentaria: a falha foi de quem digitou o valor errado. Mas, falando como
analista de sistemas, o erro foi do software porque não apresentou uma mensagem
alertando: O valor está muito alto, você não costuma fazer isto.
O software deve alertar para situações como esta. Muitas pessoas se irritam com
perguntas, aparentemente óbvias, feitas pelo sistema: Você tem certeza que quer
apagar esses arquivos? Mas quando elas as salvam de uma catástrofe, ficam
aliviadas.
Por outro lado, existe um ponto em que há excesso de mensagens e o usuário acaba
não as lendo.
O combo-box, por exemplo, é uma forma de evitar que a pessoa digite uma
bobagem qualquer. Ele só dá as alternativas válidas. Cada vez mais, esta e outras
formas de entrada de dados evitam que entre lixo. E se entra lixo, sai lixo (garbage
in, garbage out). Esta é uma das mais antigas frases usadas no segmento.
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116 TEORIA DO ERP
Capítulo 6
Jogo de Empresas
A inclusão do Jogo de Empresas neste livro visa dar ao leitor mais um conjunto de
princípios administrativos que julgamos úteis a quem convive com Sistemas de
Gestão e especialmente para a realização das dinâmicas de motivação descritas no
Capítulo do Caso do Chaveiro.
O jogo tem como objetivo treinar pessoas da área administrativa, vendas e
empresários na gestão de negócios. É um jogo simples e rápido, mas mesmo assim
completo no que diz respeito aos vários aspectos que interferem na estratégia do
dia-a-dia de uma organização.
O seu desempenho depende de suas decisões e também pelo raciocínio rápido.
Não existe uma fórmula “mágica” para ganhar sempre.
Aconselhamos aos jogadores que antes de cada decisão visualize a ajuda online.
Nesta ajuda, o jogador encontrará a teoria referente à decisão que está em questão,
possibilitando definir uma melhor estratégia.
O objetivo final do jogo não é somente proporcionar momentos de lazer aos
participantes. É também o de mostrar como funciona na prática o mecanismo de
uma empresa e treiná-los a conviver neste ambiente que, se por um lado é exato e
lógico, por outro é subjetivo e estratégico.
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117 TEORIA DO ERP
6.3 Decisões
São 10 decisões a serem tomadas, sendo que a maioria demanda cálculos para se
chegar à melhor e algumas dependem um pouco de sorte, poiso aluno toma a
decisão sem saber exatamente qual o cálculo feito pelo jogo. Fatores aleatórios
interferem-no resultado.
Nesta primeira decisão você define o Capital Inicial que o seu acionista irá investir
em sua empresa. O jogo oferece 16 (dezesseis) opções de valor para o Capital,
variando de 85.000,00 a 115.000,00.
O Capital servirá para pagar o imobilizado da empresa, que no jogo foi estipulado
em 100.000,00, mais o valor que será necessário para financiar o estoque (Capital
de Giro).
Como todos os desembolsos são feitos somente após os recebimentos do capital e
das receitas, o cálculo utilizado para decidir o Capital Inicial é:
CAPITAL = IMOBILIZADO + ESTOQUE FINAL – LUCRO
Tanto o estoque final quanto o lucro não são totalmente conhecidos neste
momento e dependem da estratégia que será adotada.
Quando o cenário da Capacidade Máxima Produtiva da Fábrica estiver ativo, a
quantidade vendida ficará limitada à quantidade que a fábrica consegue produzir
com o capital que for investido. Este cenário visa dar ao quesito Capital uma
importância maior, influindo não só na taxa de retorno, mas também no tamanho
da fábrica.
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118 TEORIA DO ERP
Nesta decisão você decide o valor a ser investido na Folha de Pagamento. Como
sabemos quem tem boa remuneração presta um bom serviço. Por este motivo, o
valor a ser investido na Folha irá influenciar na qualidade de seu produto e,
conseqüentemente, nas vendas, nas perdas e no custo da mercadoria vendida da
empresa que você está administrando.
O jogo oferece três opções para investir na Folha:
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119 TEORIA DO ERP
Para cada um destes valores, você terá uma perda de peças do seu produto e um
aumento na quantidade vendida:
Cada peça perdida representa uma queda no faturamento. Por outro lado, quanto
maior o valor da Folha, maior será o Custo da Mercadoria Vendida.
6.3.3 Publicidade
A tabela a seguir mostra quantas peças serão vendidas para cada valor da
Publicidade:
Caso o cenário Anúncio Não Incluso no Preço estiver ativo, o custo da Publicidade
não entra no preço do produto, alterando a contribuição marginal. Este cenário tem
como objetivo atender a prática empresarial comum. Caso este cenário não esteja
ativado a alteração no valor da Publicidade afeta diretamente o Preço de Venda.
Nesta decisão é definida a percentagem de lucro que você deseja sobre o Capital
investido.
O jogo oferece 8 (oito) opções: 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, 7%, 9% e 12% ao mês.
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121 TEORIA DO ERP
Portanto, você deverá basear-se em uma série de fatores. Por exemplo, no Brasil
paga-se hoje, para qualquer tipo de investimento, taxas de juros altas em relação a
outros países, não só para atrair capital externo e equilibrar nossa balança de
pagamentos, mas também para restringir o consumo, evitando assim a volta da
inflação.
A taxa atual é de 11% ao ano, ou seja, um pouco menos que 0,8% ao mês, não
considerando juros compostos.
A sua decisão está relacionada aos parâmetros do sistema, pois ela determinará o
preço de venda que, conseqüentemente, influirá na quantidade vendida.
Assim, se você for muito ambicioso (lucro alto) poderá ter uma decepção nas
vendas, ao passo que, se for conservador demais (lucro baixo) dificilmente ganhará
o jogo, pois o lucro interfere em 3 critérios de pontuação.
É como um jogo de poker ou, se formos mais longe, a realidade da maioria dos
mercados, onde é preciso ser perspicaz e “adivinhar” a decisão dos concorrentes,
definindo assim o melhor índice, não só quanto ao lucro, mas também na decisão
seguinte que trata da quantidade prevista de venda.
Com o cenário do Preço de Venda ativo, o preço é informado pelo jogador ao invés
de ser calculado pelo jogo. Assim sendo, não terá a decisão da Taxa de Lucro, que é
um dos itens que formam o preço de venda.
Este cenário tem como objetivo atender a uma tendência de mercado, ou seja,
define-se o preço independente do lucro desejado, o que sem dúvida não é a
melhor prática empresarial, mas é a nova ordem, em função da globalização e da
forte concorrência.
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122 TEORIA DO ERP
Para tomar esta decisão, você necessita um pouco de feeling, pois não sabe qual é
o preço dos seus concorrentes definido pelos parâmetros do sistema. E o preço é
um dos fatores que mais influi na quantidade vendida.
No jogo, será apurada a diferença entre o seu preço e o maior preço dos
concorrentes. Para cada percentual de diferença, você venderá 1 (uma) peça a mais.
Exemplo:
Preço mais alto 635,00 (calculado pelo jogo)
Seu preço 381,00 (calculado pelo jogo)
Quantidade que você irá vender a mais:
(635 / 381) - 1) x 1 = 66
Influem também na quantidade vendida os gastos com Publicidade e Folha de
Pagamento.
Além disso, pelo simples fato de existir, sua empresa vende uma quantidade inicial
mínima de 20 (vinte) peças.
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123 TEORIA DO ERP
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124 TEORIA DO ERP
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125 TEORIA DO ERP
6.3.7 Matéria-Prima
Por outro lado, se adotar uma política de compras Just-In-Time, ou seja, apenas
para 1 mês, você não precisa de capital para financiar o estoque (que será zero),
porém deixa de receber o desconto de seu fornecedor.
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126 TEORIA DO ERP
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127 TEORIA DO ERP
Nesta etapa do jogo você está envolvido com a qualidade do seu produto.
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128 TEORIA DO ERP
Dica: Clicar na lâmpada que não pisca, o mais rápido que puder, para que sejam perdidas
menos peças possível.
6.3.10 Abatimento
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129 TEORIA DO ERP
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130 TEORIA DO ERP
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131 TEORIA DO ERP
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132 TEORIA DO ERP
Capítulo 7
Contabilidade
Objetivos do aprendizado
Palavras-chave
Na verdade, as Despesas têm como finalidade gerar a Receita. E por isso a Receita
fica do lado do Passivo. Assim como a Despesa é um Bem, a Receita é uma
Obrigação. Uma Obrigação para com os proprietários, que arriscaram seu Capital
no Empreendimento. Mas que precisam se conformar que desta Receita sejam
subtraídas as Despesas, de modo que a eles cabe apenas o Resultado, ou seja, o
Lucro. E se ao invés de Lucro, tivermos Prejuízo, que arquem eles com a perda. O
Patrimônio Líquido passa a ser o Capital menos este déficit.
Para calcular o Lucro/Prejuízo é feito, ao final de cada Exercício, o encerramento
das contas de Despesas e Receitas contra a conta de Resultados. Seus saldos são
zerados, debitando-se as Receitas e creditando-se as Despesas em contrapartida
com a conta Resultado do Exercício. O DRE – Demonstrativo do Resultado do
Exercício, demonstra este encerramento, listando as Receitas, as Despesas e
mostrando o Resultado.
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134 TEORIA DO ERP
Contas Patrimoniais
1. Ativo
2. Passivo
Contas de Resultados
3. Despesas
4. Receitas
Contas Patrimoniais
1.0.00.00.00 Ativo
1.1.01.00.00 Disponível
1.1.01.01.01 Caixa
1.1.02.00.00 Estoque
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135 TEORIA DO ERP
1.2.01.01.01 Imóveis
1.2.01.01.02 Instalações
1.2.01.01.04 Veículos
1.2.01.01.05 Computadores
1.4.01.01.00 Seguros
1.4.01.02.00 Férias
2.0.00.00.00 Passivo
2.2.03.01.00 Do Exercício
2.2.03.02.00 Acumulados
Contas de Resultado
3.0.00.00.00 Despesas
4.0.00.00.00 Receitas
É importante entender que no Plano temos contas sintéticas e analíticas. Uma conta
sintética é a soma de várias outras, gerando uma hierarquia com níveis e
evidentemente não podem receber lançamentos.
Definido o Plano o próximo passo é a classificação dos Lançamentos.
Tarefa difícil, pois cada lançamento representa um fato contábil e um erro em sua
classificação pode afetar seriamente a veracidade do Resultado da empresa ou sua
situação patrimonial. Há normalmente nas empresas um manual que estabelece os
critérios de classificação para cada situação:
Quando lançar uma aquisição em despesa e não no imobilizado?
Como amortizar uma despesa de longo alcance e em quantos meses?
Como depreciar um imobilizado e em quantos anos?
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138 TEORIA DO ERP
Como provisionar uma despesa futura, como por exemplo, o 13º salário ou
a despesa com Devedores Duvidosos?
Como lançar um desconto recebido? Como uma receita ou abatê-lo da
despesa?
O que considerar como despesa de fabricação, que vai para o custo da
mercadoria vendida e o que considerar despesa administrativa ou de
vendas que é abatida diretamente do resultado?
Até que ponto lançar um faturamento ou uma despesa antecipada no
Resultado ao invés de deixá-la no Diferido e realizá-la somente quando o
fato realmente ocorrer? E que as vezes nunca ocorre.
Lançamentos “frios”, ou seja, referentes a fatos que nada tem a ver com a
empresa, como despesas com combustíveis dos diretores em viagens de fim
de semana e outras bem maiores. Ou ao contrário, deixar de registrar
receitas e vendas efetivamente realizadas.
Este exemplo nos leva a entender que para refletir melhor os gastos e mesmo as
receitas da empresa usa-se o rateio de valores, melhor analisados no capítulo que
trata de Custos.
saber-se exatamente para onde estão indo os gastos da empresa. O importante é ter
rotinas que facilitem esta tarefa, bastante trabalhosa em sistemas manuais.
Os saldos de uma conta também podem ter suas características próprias. É claro
que sempre teremos um saldo em real, que retrate os valores oficiais da empresa. É
comum, no entanto, para fins gerenciais, terem-se saldos paralelos, seja em outras
moedas, seja de valores orçados, empenhados ou gerenciais. Ao se fazer os
lançamentos indicam quais saldos devem ser atualizados.
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140 TEORIA DO ERP
7.2 Rateios
Certas despesas ou mesmo receitas apresentadas no documento como um valor
único podem na verdade pertencer a mais do que um centro de custos. É o caso,
por exemplo, da conta de energia elétrica que, embora apresente um único valor
total consumido pela empresa, precisa ser rateado entre os vários centros de
custos que a utilizam. A questão central é estabelecer qual é o critério a ser
adotado para este rateio. No exemplo citado, o critério a ser adotado poderia ser a
quantidade de KVA instalados em cada centro de custos.
Assim, as porcentagens definidas para cada centro de custos podem ser
cadastradas para facilitar os lançamentos de rateios a ser feitos todos os meses.
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141 TEORIA DO ERP
Capítulo 8
Gestão de Custos
Objetivos do aprendizado
Palavras-chave
Plano de contas, Ativo, Passivo, Despesas, Receitas, Custos, Custo da Mercadoria Vendida, Centro
de Custos, Regime de Competência, Regime de Caixa, Custo Standard, Índices Econômicos, Índices
Financeiros.
Todos os fatos que concretizam uma mudança em seu patrimônio são ali
registrados. Por isso, planos ou suposições que ainda não se realizaram ficam fora
da Contabilidade.
As contas precisam ser suficientemente detalhadas, para permitir uma boa análise
e não tão sintéticas, a ponto de impedir que se saiba a origem de seus valores.O
Fisco pode glosar uma Contabilidade caso a empresa não consiga demonstrar a
origem dos valores sintéticos. É preciso que esses valores sejam comprovados com
documentos fiscalmente válidos.
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142 TEORIA DO ERP
Finalizando o Ativo, temos o grupo Ativo Permanente, que na sua parte mobiliária
se confunde com o Realizável e nele podemos colocar investimentos feitos em
empresas do próprio grupo, marcas e patentes, cessão de direitos etc.
Já os Ativos Imobilizados representam os terrenos, edificações, instalações,
veículos, móveis e utensílios, máquinas, ferramentas e computadores. Cabe
também uma conta para obras em andamento.
Como conta redutora, temos a Depreciação Acumulada dos itens que sofrem
desgaste com o tempo e uso.
Os valores desta conta advêm da despesa com depreciações, que descarrega desta
forma no resultado mensal o custo das máquinas e equipamentos. O detalhe desta
despesa é que ela não gera uma saída do caixa, e por isso aparece como entrada,
somada ao lucro, no Mapa de Origens de Recursos e Aplicações.
O Lucro do Exercício é parte que pode ser distribuída aos acionistas através de
dividendos e parte transferida para Lucros Suspensos.
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144 TEORIA DO ERP
Em Gastos com Pessoal consideram-se, além dos salários e horas extras, todas as
demais remunerações recebidas pelos funcionários e, é claro, os encargos sociais:
INSS, FGTS, Férias, 13º Salário, Aviso Prévio, Salário Educação, Indenizações, Horas
Paradas, Vale-Refeição, Transporte, Assistência Médica, Seguros, Cursos,
Treinamentos e Viagens.
Todo este detalhamento de despesas pode ou não ser propagado (rateado) para o
custo individual de cada produto, tornando assim o cálculo do Preço de Venda
mais exato.
É válido o trocadilho: há empresas onde o cálculo do custo custa mais que o próprio
produto.
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145 TEORIA DO ERP
O importante é que a empresa não perca mercado por custear de forma incorreta
seus produtos e conseqüentemente, calcule preços irreais.
Um bom exemplo é o caso de uma fábrica que tenha máquinas antigas e novas.
Supondo que o critério adotado foi o de horas e que a depreciação das máquinas
novas seja alta, não seria justo que peças ainda fabricadas nas máquinas antigas,
totalmente depreciadas, mas morosas, recebam um alto custo para cada hora de
trabalho.
Nestes casos o correto é abrir-se dois centros de custo, cada um com taxa horária
própria.
E note que abrir um centro de custo é muito mais do que simplesmente dar um
novo código àquele setor da fábrica. É abrir em cada conta de despesa uma
subconta para controlar os seus gastos. Esta abertura, no Sistema, é feita de forma
automática e de acordo com as despesas que ele faz.
Outro aspecto referente aos Gastos Gerais de Fabricação refere-se à divisão entre
custos Fixos e Variáveis ou Diretos.
No GGF, esta divisão é mais trabalhosa, pois muitos deles são semi-variáveis, ou
seja, são fixos para determinados intervalos de produção, aumentando ou
diminuindo de forma não diretamente proporcional ao volume produzido.
Esta decisão, no entanto, não é a mais correta, pois se a Contribuição Marginal for
maior que este gasto com propaganda ela já será vantajosa, mesmo que o lucro
unitário seja menor.
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146 TEORIA DO ERP
A divisão do GGF em Fixo e Variável deve ser feita por conta e caso uma
determinada despesa tenha comportamento duplo, deve-se ou dividi-la em duas
contas ou abrir dois centros de custo.
Explorado o tema da estrutura das contas de despesas, vejamos como se faz sua
contabilização e correspondente apropriação.
O fato gerador das despesas é a emissão do documento que torna obrigatório o seu
pagamento. Existem, no entanto dois regimes para se realizar a contabilização:
Regime de Competência e Regime de Caixa.
Assim, se uma Nota de Seguro for emitida em janeiro, seu prazo de validade for um
ano e o pagamento em 7 parcelas, a contabilização deve inicialmente gerar um
débito na conta de Despesas Pendentes e crédito em Seguros a Pagar. Depois, a
cada mês, um débito na despesa propriamente dita com 1/12 do valor original e
crédito no Pendente.
Assim, por exemplo, a Conta de Energia Elétrica é lançada pelo seu valor total e o
sistema faz a divisão para cada Centro de Custo.
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147 TEORIA DO ERP
Como somente os centros produtivos geram produção, apenas eles têm onde
descarregar seus custos, isto é, nas Ordens de Produção.
Mas para tal é preciso transferir o total das despesas dos Centros Indiretos
(almoxarifado, departamento de pessoal, médico, manutenção, serviços gerais,
etc.) para os Diretos.
A seguir o de Serviços Gerais com base na área de cada departamento, e assim por
diante.
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148 TEORIA DO ERP
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149 TEORIA DO ERP
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150 TEORIA DO ERP
Por exemplo, a Central Elétrica tem um gasto total de 2.000 e o total de KWA
instalado é de 200. O CC Pessoal tem 10 KWA. Fazendo um regra de 3:
2000 200
X 10
X = 2000x10 = 100
200
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151 TEORIA DO ERP
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152 TEORIA DO ERP
Em princípio esta apropriação é feita com base nas Requisições. É ela que define
em qual OP foi usado determinado material, valorizando-a geralmente pelo seu
custo médio.
Porém, dois detalhes operacionais provocam a necessidade de um tratamento
especial.
O primeiro refere-se ao fato de que muitas empresas simplesmente não fazem
requisições.
O estoque é aberto e o pessoal, quando muito, recebe uma lista do que deve ser
usado naquela OP (picklist) e se utiliza da matéria-prima de acordo com suas
necessidades.
Para esta situação existe no sistema a requisição automática.
As Requisições Automáticas são geradas a partir do empenho que por sua vez é
baseado na estrutura do produto. O momento desta geração pode ser ou quando a
OP se inicia ou no seu encerramento, informado a partir da entrada do produto
produzido no respectivo estoque.
O Empenho pode, por sua vez, ser ajustado caso se perceba que, por um motivo
qualquer, esteja incorreto ou ainda criar requisições ou devoluções adicionais que
ajustem a quantidade realmente utilizada.
No caso de produção parcial o sistema baixa apenas parte do empenho.
As Requisições Automáticas têm o inconveniente de não permitir que o saldo em
estoque do sistema coincida exatamente com o saldo físico, pois é muito difícil
fazer com que as requisições automáticas sejam geradas no momento exato em
que elas ocorrem na fábrica. De qualquer forma se ganha bastante tempo com esta
dispensa de digitação.
O segundo detalhe está relacionado com itens de difícil controle. Rebites, pregos,
tintas, parafusos, graxa, cola, enfim itens de baixo custo, mas que nem por isto
devem ser tratados como material de consumo e que por outro lado, não compensa
que sejam requisitados separadamente para cada Ordem de Produção. Este
controle positivamente não se justifica. São itens baratos e consumidos em
quantidades relativamente grandes.
Assim requisita-se em grandes quantidades sem especificar a que OP se destina. O
destino é o próprio processo e de lá se apropria para as várias ordens com base
nas quantidades definidas na estrutura dos produtos.
Logo, este mecanismo chamado de Apropriação Indireta ou pelo Standard, obriga
que estes componentes de custo mais baixo, também estejam pendurados nas
estruturas dos produtos.
Considerando que o uso destes componentes pode não coincidir com o
estabelecido na estrutura, recomenda-se de tempos em tempos que se faça um
inventário no processo, verificando se o saldo físico bate com o do sistema.
As diferenças devem ser lançadas em uma conta de perdas ou ganhos
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153 TEORIA DO ERP
A produção, por sua vez, é que gera o crédito no Processo, transferindo os seus
custos para o estoque de intermediários ou acabados pelo valor total da OP.
Se a produção for parcial, sua valorização engloba apenas parte do custo da OP.
Se for total, mesmo que a quantidade seja menor que o previsto na OP, todo o seu
custo é incorporado ao item produzido.
A metodologia do Custo Standard é altamente utilizada fora do Brasil. Seu uso por
aqui tem sido inibido por dois fatores principais:
a) Nossa persistente inflação que durante décadas não permitia
nenhuma comparação a médio ou longo prazo levando-se em
consideração valores contabilizados em nossa moeda.
É certo que a conversão destes valores para uma moeda forte ou para
um índice que refletisse a desvalorização resolveria em parte o
problema, mas o nível de nossas oscilações somadas às próprias
variações das moedas fortes, obrigava o ajuste muito freqüente dos
valores Standard estabelecidos;
Exemplo:
Figura 8.13 Comparativo de resultados pelo custo standard e pelo custo médio.
O método do custo Standard tem como vantagem nos mostrar onde está o
problema.
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155 TEORIA DO ERP
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156 TEORIA DO ERP
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157 TEORIA DO ERP
•PA Tipo PA, Nome Produto Acabado, Unidade PC, Conta 133 (estoque de
Produtos Acabados), Tipo de Saída 501, Alíquota ICMS 18 %, Local 01.
•MP Tipo MP, Nome Matéria-Prima, Unidade KG, Conta 130 (estoque de
Matéria-Prima), Tipo de Entrada 001, Alíquota ICMS 18 %, Custo
Standard 100,00, Local 01.
•MC Tipo MC, Nome Material de Consumo, Unidade PC, Conta 132 (estoque
de Material de Consumo), Tipo de Entrada 004, Alíquota ICMS 18 %,
Custo Standard 100,00, Local 01.
Ativo
• Cliente
• Estoque de Matéria-Prima
• Estoque em Processo
• Estoque de Material de Consumo
• Estoque de Produto Acabado
• Diferença de Apropriação
Passivo
• Fornecedores
• ICMS a pagar
• Folha a pagar
Despesas
• Despesa Administrativa
• Despesa com ICMS
• Despesas MOD + GGF
Receitas
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159 TEORIA DO ERP
• Receitas
CFornecedores 6.050,00
Entrada de uma NF de Compra Tipo N
NF número 000001
Fornecedor 000001/01
Produto MP
Quantidade 55
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160 TEORIA DO ERP
Um segundo produto:
MC
Quantidade 15
Preço Unitário $110,00
Valor total $1650,00.
Pelo Tipo de Entrada este produto não tem crédito de ICMS. A duplicata a pagar e
os lançamentos contábeis são gravados automaticamente.
Este foi o lucro do mês, considerando o custo unitário da MOD + GGF a R$23,50.
Este, no entanto, não foi o custo real.
Como o processo foi on-line não teríamos como ter o valor real, pois a maior parte
das despesas do mês, em especial a folha de pagamento, somente são processadas
no final do período.
A solução a ser adotada é ajustar-se o custo unitário da MOD+GGF para o mês
seguinte, de tal forma que, no final do exercício anual a diferença de apropriação
esteja próxima de zero.
Este ajuste tem a ver com a análise dos “acidentes” ocorridos no mês, ou seja, se
existe ou não a probabilidade deles ocorrerem novamente no mês seguinte. Enfim,
forammesmo “acidentes” ou fazem parte de uma nova conjuntura?
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162 TEORIA DO ERP
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163 TEORIA DO ERP
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164 TEORIA DO ERP
Neste caso trabalha-se com contas de variações inseridas no próprio plano, de tal
forma que todos os lançamentos são feitos pelo standard e pelo real, refletindo
nestas contas os desvios. O maior ou menor detalhamento destas contas é decisão
do usuário.
O plano de contas seria assim enriquecido pelas seguintes contas:
• Variação no Preço de Compra;
• Variação no Consumo de MP;
• Variação na Eficiência da Mão-de-Obra;
• Variação na taxa horária da MOD;
• Variação pelo Volume de Produção;
• Variação no Consumo de MC;
• Variação pela Perda de PA;
• Variação no Preço de Venda;
• Variação no Volume de Vendas;
• Variação na despesa com ICMS.
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165 TEORIA DO ERP
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166 TEORIA DO ERP
D Clientes 16.200,00
C Variação no Preço de Vendas 16.200,00
O resultado será:
Para se chegar ao lucro REAL, ainda é preciso um ajuste no estoque. Este ajuste
somente é feito ao final do exercício. É exatamente levar aos estoques o que lhe
cabe das variações.
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168 TEORIA DO ERP
Índices de Liquidez
Medem a disponibilidade financeira do caixa. Considera a liquidez dos
ativos — caixa, bancos, títulos a receber a curto e longo prazo,
estoques, aplicações e por que não dizer imobilizados. Em relação aos
passivos — títulos a pagar a curto e médio prazo, financiamentos e
dividendos.
Índices de Rentabilidade
O lucro em relação às vendas, em relação ao capital próprio ou ao
passivo como um todo. Uma comparação com as taxas de juros do
mercado é importante numa chamada de capital. O valor dos novos
investimentos em relação ao lucro informa para onde está indo o
dinheiro.
Índices de Giro de Estoque
Determina qual o estoque médio em relação às vendas. Quais itens
estão ‘dormindo’ nas prateleiras. Por outro lado, quais vendas deixaram
de ser feitas, provavelmente, por falta de produtos.
Índices de Inadimplência (contas a receber e a pagar)
Valores atrasados em relação ao total a receber, idade dos títulos, risco dos
atrasados e prazos médios de pagamento e recebimento.
Índice de Rotatividade de Mão-de-Obra
Quantidade de admissões e demissões em relação à quantidade de funcionários,
por centro de custo, período, nível salarial, etc.
Estes índices podem ser melhor analisados nos seguintes relatórios:
• Relação dos Produtos Vendidos;
• Relação de Real x Standard;
• Balancetes;
• Posição Geral da Cobrança;
• Comparativo de valores Orçados x Reais;
• Faturamento por prazo;
• Análise dos Estoques;
• Fluxo de Caixa.
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169 TEORIA DO ERP
Capítulo 9
Gestão de Materiais
Objetivos do aprendizado
Fornecer conceitos básicos sobre Lote Econômico e Ponto de Pedido bem como os elementos
fundamentais para a adoção de políticas de administração de suprimentos de materiais.
Palavras-chave
Lote Econômico, Ponto de Pedido, Estoque de Segurança, Regressão Linear, Correlação Simples,
Correlação Múltipla, Tempo de sobreposição, Tempo de desdobramento, Rastreabilidade.
Há ainda outros fatores que trazem vantagens quando se tem níveis de estoques
reduzidos:
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170 TEORIA DO ERP
Por outro lado, adquirir materiais em quantidades elevadas também traz suas
vantagens:
LE= = = 5
No “frigir dos ovos” compra-se o que se consome. Portanto, é preciso ter esta
previsão.
Para os itens dependentes o cálculo é feito em cima da previsão de vendas com
base na estrutura de produtos. Se esta previsão estiver correta, pode-se comprar
no momento certo e na quantidade necessária. Somente em casos mais esporádicos
é que se lançaria mão do lote econômico, adquirindo-se uma quantidade superior à
necessária devido à economia obtida.
Mas para os materiais independentes da previsão de vendas, ou seja, aqueles que
não estão pendurados em nenhuma estrutura, a solução é calcular o consumo
médio e estabelecer como momento de compra aquele em que o ponto de pedido
for atingido. Este ponto, por sua vez, também chamado de Ponto de Alerta, de
Encomenda ou mesmo de Estoque Mínimo será o consumo médio dividido pelo
prazo de entrega mais o estoque de segurança. Falaremos do estoque de segurança
mais para frente.
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172 TEORIA DO ERP
que representa a soma de ambas também é uma parábola cujo ponto mínimo
coincide, no eixo dos X, com o ponto onde as duas equações se cruzam.
Logo, o LE será o ideal quando:
LE.P .I = C .CP
2 LE
ou LE . P .I =C .CP
2 LE
Onde:
CP = 300
P = 20
I = 0,03
C = 1000
LE = 2 .1000 .300 =600000 = 1000000 = 1000
20.0,03 0,6
ou seja, o lote econômico é de 1.000 peças, equivalendo a 1 compra por mês.
Custo de Armazenagem:
LE Custo
250 75
500 150
1000 300
1500 450
2000 600
2500 750
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173 TEORIA DO ERP
Desta forma, itens ou com alto consumo em quantidade ou com custos unitários
mais elevados tendem a ser de classe A. São normalmente as matérias-primas mais
usadas, os materiais de consumo caros, enfim, aqueles que mais merecem nossa
atenção, pois o seu estoque médio tende a ser alto, recebendo assim um forte
impacto da taxa de armazenagem.
O custo do pedido terá pouca influência nestes casos e assim a tendência é uma
compra ou produção mais “picada”, ou seja, com lotes pequenos.
O custo dos pedidos (fazer cotação, emitir o pedido, receber o material, emitir a
ordem de pagamento) seria bem maior do que manter um estoque para pelo menos
três meses de consumo. Assim, itens de classe C tendem a ter lotes econômicos
maiores. Por isso no sistema informa-se uma periodicidade de compra diferente
para cada classe. Ao se fazer a curva ABC há de se considerar ainda qual o
percentual do gasto total a ser atribuído a cada classe. 30%, 30% e 40%
respectivamente para as classes A,B e C são percentuais razoáveis e normalmente
adotados.
Somente quando se tem uma classe A com poucos itens e significativa é que se
muda esta relação colocando-se, por exemplo, 20%, 30% e 50%.
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174 TEORIA DO ERP
Para evitar este fato pode-se estipular qual é o valor máximo que a empresa tem
para financiamento do estoque. Ultrapassado este valor, o sistema “achata” os
lotes econômicos de tal forma que as compras do mês não ultrapassem o valor
determinado.
A vantagem é que este “achatamento” é feito de forma harmônica, não
prejudicando nenhum item em particular. Para o cálculo da disponibilidade
financeira deve-se recorrer ao fluxo de caixa, verificar qual o pior dia do mês, em
termos de saldo de caixa e somar este saldo ao valor médio das compras nos
últimos meses.
Com isto a tendência será, a partir da nova política, aplicar-se até o último centavo
disponível em estoque, mas sem jamais se recorrer a financiamentos externos.
Normalmente o retorno do investimento em estoque é superior ao de uma
aplicação financeira, mas inferior ao custo de um empréstimo.
Sabemos que esta fórmula, pelos próprios fatores vistos, e pelo que ela deixa de
contemplar, não é das mais perfeitas. Mas é a única que existe. Deixa de
contemplar, por exemplo, as variações de preços que ocorrem em função da
quantidade comprada. Neste caso o que resolve é um algoritmo programado.
Será tanto mais alto quanto menor forem os índices de confiabilidade, medidos
pelo desvio padrão, das médias apuradas. Influi também o custo da falta do
produto, que pode ser catastrófico ou sem importância, dependendo da existência
de um alternativo, do próprio prazo de entrega e, é claro, das conseqüências que
sua falta trará.
Qual o Estoque de Segurança para se ter 100 % de confiança que não haverá falta de
material?
A primeira resposta parece ser 10 * 120 que daria 1.200 para o ponto de pedido e
1.200-549 = 651 para o estoque de segurança, ou seja, considerar-se os valores
máximos de cada série. Mas mesmo com este estoque de segurança não teremos
uma confiança de 100 % que jamais haverá falta de material. Isto porque
estatisticamente é possível e até provável que em algum momento teremos prazos
superiores a 10 dias e consumos diários superiores a 120 peças.
2
Desvio Padrão = (X i – X)
N- 1
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176 TEORIA DO ERP
Baseado no desvio padrão é feita a Distribuição Normal, cujo cálculo é por demais
complexo para este texto, e que nos dá justamente as porcentagens de confiança
de cada valor.
Confiança Dias
50 % 5,6 (em 50% dos casos o prazo será menos do que 5,6 dias)
80 % 7,4
90 % 8,4
95 % 9,2
97 % 9,7
99 % 12,4
100 % infinito, ou seja, não se pode jamais garantir um prazo com 100% de
certeza.
O cálculo do consumo médio serve na verdade para se apurar qual será o consumo
futuro provável de determinado item. Por isso é válido em casos onde é
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177 TEORIA DO ERP
Pelo gráfico tem-se que o consumo no mês 1 é 2, no mês 2 é 4 e assim por diante.
Mas, se o consumo não for regular, sofrendo altos e baixos, mas mesmo assim
seguir uma tendência, o método que calcula os valores de A e B da reta é o dos
Mínimos Quadrados. Com este método é calculada a inclinação (A) e posição (B) da
reta que mais se aproxima dos pontos que representam o consumo no passado.
Exemplo:
Mês Consumo
01 2
02 5
03 6
04 9
05 12
06 11
07 14
08 15
09 18
10 21
Por este método A = Σ(X . Y) – (( ΣX . ΣY) / meses)
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178 TEORIA DO ERP
B = ( ΣY / meses) – (A . ( ΣX/meses))
Y = AX + B,
Logo, como
Y = 1,94 X + 0,63
Consumo no mês 11:
Y = 1,94 .11 + 0,63 = 21,97
Consumo no mês 12:
Y = 1,94 .12 + 0,63 = 23,96
Caso o consumo no passado refletisse uma parábola, a equação que a representa
seria de segundo grau: Y = AX2 + BX + C.
De forma semelhante é feito o cálculo das constantes A,B e C e a partir delas
calcula-se a projeção do consumo.
A regressão linear projeta a tendência sempre baseada unicamente no passado.
Outra técnica estatística permite que se projete a tendência baseada em outros
fatores, fatores estes para os quais nós temos uma certeza maior de que os valores
futuros se tornarão realidade.
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179 TEORIA DO ERP
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180 TEORIA DO ERP
Em vista disto o MRP faz algo mais do que a simples explosão dos produtos
acabados e descer nível a nível até chegar às matérias-primas. Muito disto é
conseguido graças a informações adicionais incluídas na estrutura dos produtos,
tais como componentes alternativos, seqüência de montagem, etc.
Façamos um pequeno exemplo para que fique bem claro como funciona este
processo básico de explosão.
Estrutura: PA
PI (1)
MP1 (1)
MP2 (1)
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181 TEORIA DO ERP
Como se vê, o que o MRP na verdade faz é uma Projeção do saldo em estoque,
calculando as Previsões de Saída e as Necessidades de acordo com os dados
disponíveis.
Neste primeiro exemplo, não foram consideradas nem as datas, nem as restrições
de recursos para a produção prevista. As datas, para que se saiba quando cada
entrada ou saída devem de fato ocorrer. E as restrições para tornar o plano viável.
Para considerar as datas é necessário conhecer o prazo de produção de cada item
produzido e também o prazo de entrega dos itens comprados.
Com os prazos de produção se calcula a data início das ordens de produção que
são sugeridas pelo MRP. E assim recua-se no tempo, a cada nível que se desce na
estrutura.
Assim, por exemplo, se os prazos dos produtos acima fossem:PA - 10 dias PI - 5
dias e a Previsão de Vendas das 2.000 peças de PA fosse para o dia 30/04, a data
final da OP do PI teria que ser dia 20 e a compra da MP1 teria de chegar no dia 15.
Pelo prazo de entrega de MP1 chega-se à data em que o Pedido de Compra deve ser
realizado. Esta informação consta da Solicitação de Compra.
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182 TEORIA DO ERP
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183 TEORIA DO ERP
máquina for alocada. É fácil perceber que a adição de cada recurso complica
exponencialmente a sua alocação, pois é preciso conciliar em um determinado
momento suas disponibilidades. O mesmo é válido para pessoas.
Também em relação às máquinas, há detalhes a serem considerados quanto à sua
capacidade. Embora a maioria das operações dependa apenas do fator tempo para
serem alocadas, outras como fornos e estufas têm uma capacidade limitada a certa
quantidade de peças e podem, dentro de certas circunstâncias, tratar peças
diferentes simultaneamente.
Como foi falado, as operações seguem uma determinada seqüência. Assim, como
numa rede PERT, uma operação é dependente da anterior. Mas nem sempre a
operação anterior precisa estar totalmente concluída para que a próxima se inicie.
Se o lote for grande, por exemplo, pode-se muito bem transferir um sublote para a
estação seguinte antes que todos eles estejam concluídos. Isto depende da própria
distância entre as estações, de sua natureza e seu tempo total. Por outro lado, não
é muito vantajoso criar-se uma operação para cada etapa do processo quando se
tratar de uma produção em série, pois o controle neste trecho da fabricação é
praticamente impossível e porque não dizer, desnecessário.
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184 TEORIA DO ERP
Boneco Boneca
Cabeça Cabeça
Disponibilidade de máquinas:
• 2 Montadoras;
• 1 Lixadeira;
• 1 Estufa.
Horário de trabalho: das 8hs às 18hs sem intervalo para almoço e sem fim de
semana.
Previsão de Vendas
30/04 50 Bonecos
30/04 50 Bonecas
50 Bonecos
50 Bonecas
50 Cabeças
50 Cabeças
Resultado:
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185 TEORIA DO ERP
OP Boneco
B Montar Montadora1 Dia 25/4 8hs ao dia 29/4 18 hs
A Lixar Lixadeira Dia 22/4 13 hs ao dia 24/4 18 hs
OP Boneca
B Montar Montadora 2 Dia 25/4 8 hs ao dia 29/4 18 hs
A Lixar Lixadeira Dia 20/4 8 hs ao dia 22/4 13 hs
Esta operação teve que “navegar” para o dia 20, quando o certo seria seu início no
dia 22. Mas neste dia a lixadeira já está ocupada.
OP Cabeça
A Pintar Estufa Dia 20/4 8 hs ao dia 22/4 13 hs
A Pintar Estufa Dia 17/4 13 hs ao dia 19/4 18 hs
A operação que teve que ser recuada – Lixar Boneca – apareceria no mapa de
Recuos e Avanços indicando assim ao usuário que um aumento neste recurso,
melhoraria o balanceamento da fábrica, portanto sua capacidade real, pois trata-se
de um “gargalo”. Normalmente a eliminação de um gargalo gera imediatamente um
novo nas operações adjacentes. É um trabalho de planejamento a eliminação
completa de todos os “gargalos”.
9.6 Rastreabilidade
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186 TEORIA DO ERP
Exemplo:
Lotes da matéria-prima: A e B
Lotes produzidos: C e D
Ocorre que o lote C precisaria ser subdividido em sublotes C1 e C2, de acordo com
o uso de MP (A ou B). O mesmo para o lote D.
Imagine agora a multiplicidade de combinações que isto pode gerar quando se tem
várias matérias-primas nesta ou em pior situação. Uma solução é “quebrar” a OP
em múltiplos sublotes de produção.
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187 TEORIA DO ERP
Capítulo 10
Gestão Administrativa
Objetivos do aprendizado
Mostrar a importância de uma ferramenta de ERP (Enterprise Resource Planning) na otimização dos
recursos da empresa e na obtenção de informações Financeiras bem como sobre o Ativo Fixo e o
RH.
Palavras-chave
10.1 Financeiro
O grande desafio da administração financeira é conseguir uma alta taxa de retorno
do capital. A vida de uma empresa depende da compra e venda de mercadoria e
serviços. Neste processo, ela paga seus fornecedores e recebe de seus clientes.
Entre seus fornecedores estão também os funcionários que de alguma forma
“vendem” seus serviços e recebem os valores correspondentes através da Folha de
Pagamento. E, além dos funcionários, outro credor mais importante ainda são os
acionistas, que recebem seus valores através da distribuição dos lucros, via
dividendos.
Em toda esta movimentação, os detalhes são enormes e podem ser resumidos no
seguinte:
• Negociação de vencimentos de títulos a pagar e a receber;
• Atenção à necessidade de pagamentos “imprevistos”;
• Compensações referentes a adiantamentos;
• Desconto de títulos para suprir o capital de giro ou outros financiamentos;
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188 TEORIA DO ERP
10.1.1 Vencimentos
Os títulos, uma vez emitidos, têm uma data de vencimento que é considerada no
Fluxo de Caixa como a data em que o dinheiro estará disponível ou deverá ser
desembolsado.
O Fluxo de Caixa é ferramenta importante para o setor financeiro e é comum
vermos situações complicadas simplesmente porque houve precipitação em um
determinado desembolso e atraso em uma entrada. Assim sendo, é objetivo do
sistema precaver-se contra estas incertezas e procurar acertar de forma exata este
movimento de dinheiro, que hoje, baseado em sistemas informatizados não
permite deslizes que, antes, eram “acertados” pelo gerente da agência bancária
mais próxima.
Assim, no sistema, há tratamento especial para o cálculo efetivo da data de
vencimento.
Este vencimento, chamado de real (nada a ver com a denominação de nossa
moeda), considera inicialmente os fins de semana e feriados, jogando-o para o
próximo dia útil. Considera ainda a retenção bancária, que embora hoje seja cada
vez menor, exatamente em função da T.I., ainda existe quando, por exemplo, um
título é pago pontualmente, porém em outra unidade da federação.
Até mesmo cálculos automáticos de atrasos para clientes que não costumam pagar
seus títulos em dia são levados em consideração para afinar ao máximo os eventos
em suas datas efetivas.
10.1.3 Compensações
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190 TEORIA DO ERP
Caso o título não seja pago, o banco pede sua substituição e o mesmo passa para a
cobrança simples. No final do contrato os títulos pagos são retidos exatamente
para cobrir o pagamento do empréstimo e o que sobrar também vai para crédito da
conta corrente.
Este tipo de contrato, além de ter uma taxa de juros menor e ter um prazo maior, é
mais fácil de ser aprovado pelos Bancos do que o Desconto Simples.
É claro que em todos estes casos há necessidade de se analisar cuidadosamente
qual a real taxa de juros que está sendo cobrada.
Para tal a fórmula do valor presente é a melhor entre as muitas disponíveis em
qualquer compêndio de matemática financeira.
Apesar da baixa inflação que finalmente parece ser fato consumado em nosso país,
a questão das várias moedas é, ainda, um ponto que deve ser tratado tanto em
sistemas financeiros como na contabilidade. Mesmo porque, uma oscilação entre
as várias moedas do mundo sempre existirá, dependendo da saúde econômica de
um país em relação a outro.
No aspecto financeiro, há de se considerar que alguns bens da empresa, seja papel
moeda, sejam títulos, sejam ativos podem e devem ser gravados em moeda
estrangeira. Com a oscilação do câmbio, no entanto, estes bens mudam de valor
em real e no seu vencimento ou alienação passam por um processo de valorização
ou desvalorização, diferença esta que precisa ser devidamente contabilizada.
No sistema, cria-se para estes casos um campo que indica o tipo de moeda em que
está gravado o valor. Há também um arquivo de moedas que reflete dia-a-dia o
valor do câmbio das moedas estrangeiras em relação ao real. Desta forma, pode-se,
a qualquer momento emitir-se um relatório em qualquer moeda e converter todos
os valores para Real ou Dólar ou Euro ou qualquer outra pré-estabelecida.
Já no sistema de estoque, cada moeda tem seu próprio campo e seus valores são
históricos, ou seja, são convertidos pela taxa do dia do fato. Mas note que apenas a
Entrada do Material proveniente de uma compra é que sofre a conversão.
Daí em diante, o sistema trabalha com a própria moeda estrangeira. Assim, as
requisições que são apropriadas às Ordens de Produção são valorizadas, por
exemplo, pelo custo médio em dólar, que constitui um campo próprio no arquivo
de Saldos.
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191 TEORIA DO ERP
Supondo que hoje, no fechamento, a taxa seja de R$ 3,00, o saldo real em caixa é
de apenas US$333,33, ou seja, se convertêssemos agora os reais para dólar
teríamos realizado uma perda de US$166,66 devido a inflação, e é exatamente isto
que a matriz estrangeira quer saber. Esta despesa é debitada em uma conta “Ganho
e Perdas com a Inflação” e o crédito é feito na própria conta caixa, ou em uma
subconta.
O mesmo raciocínio é válido para todas as contas do Circulante, como a de Clientes
e outros títulos a receber e de forma inversa, no contas a pagar. Nele, cada vez que
o pagamento é postergado há um ganho, pois o valor desembolsado em dólar é
menor.
O FASB pede justamente isto: que se ajuste os valores para o câmbio corrente
lançando em contas apropriadas os ganhos e perdas obtidos. As perdas do caixa
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192 TEORIA DO ERP
Enquanto a Correção Monetária não corrige o estoque, fazendo com que o lucro da
desvalorização do custo seja realizado somente no ato da venda, o FASB ao não
considerar o Estoque como um item do Circulante, está na verdade considerando
que ele se valoriza com a inflação, o que no fundo é uma realidade (na verdade
este era um “benefício” que o governo concedia às empresas, pois já que a lei
exigia a correção do imobilizado, taxando-a, porque já não corrigir também o
estoque no fechamento do exercício? Certamente nenhum governante da época
percebeu esta “falha”!).
Para talvez igualar os resultados e, porque não dizer, corrigir a “falha”
mencionada, em 1992, a CVM — Comissão dos Valores Mobiliários, autarquia
federal que tem como uma de suas missões proteger acionistas que aplicam suas
economias em empresas de capital aberto —, estabeleceu que as empresas S/A de
capital aberto apresentassem seus demonstrativos segundo novas regras.
Estas regras, denominadas de Correção Integral chegam ao mesmo resultado que o
FASB, mas evidentemente usando os índices de variação da inflação. A ideia era
que este mecanismo viesse a ser adotado posteriormente para efeito de tributação
do imposto de renda, mas com o declínio da inflação e o plano Real, qualquer tipo
de correção oficial foi eliminado a partir de 1996.
O sistema mantém as rotinas de Variação Monetária em seu módulo contábil
através dos seguintes mecanismos, mesmo porque as empresas estrangeiras,
apesar dos baixos índices de inflação, não têm intenções de abandonar o FASB:
1. No cadastramento das contas coloca-se, se ela é sujeita à variação, ou seja,
se é uma conta sujeita aos efeitos da inflação (Caixa, Bancos, Contas a
Receber e a Pagar, enfim todo o Circulante), e a conta que deve ser a
contrapartida de sua perda ou ganho. Exemplos: Conta caixa: receitas
financeiras. Contas a receber: receitas com vendas. Contas a pagar:
custo da mercadoria vendida, etc.
2. Pode-se também mencionar uma conta diferente da própria para servir de
Redutora. Assim, por exemplo, em vez de creditar-se na própria conta
Caixa a sua perda com a inflação, cria-se uma outra específica para este
fim, que sintetizada com a própria, nos dá o novo saldo em moeda
forte. Com isso os valores das variações ficam destacados dos
operacionais.
3. Informa-se qual a conversão que deve ser feita no ato do lançamento para
cada conta: usando-se o dólar do dia, o médio do mês, o da data de
vencimento do título ou um informado pelo usuário no ato do próprio
lançamento. A vantagem de usar a taxa do dia do vencimento (caso de
compras e vendas), embora seja sempre uma previsão, é que neste caso
está se fazendo o tratamento da Variação Monetária de imediato, no
momento do lançamento e com isto, ao final do mês, é feito apenas o
ajuste entre a taxa prevista e a real. Ou seja, antecipa-se ao máximo o
ajuste do resultado.
4. Mantém-se um Plano de Contas para cada moeda, cada um com seu saldo
baseado nos lançamentos convertidos.
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193 TEORIA DO ERP
6.1 Para cada conta do Circulante, ou seja, aquelas para as quais foram
cadastradas contas de Variação Monetária se divide o saldo em Real pela
taxa da moeda correspondente no dia do fechamento.
Note que as contas que não sofrem variação como Estoques, Imobilizado e
Patrimônio Líquido (ou seja, quase exatamente aquelas que sofriam os efeitos
da Correção Monetária) permanecem com seus valores históricos em moeda
forte, isto é, convertidos pela taxa do dia do lançamento.
Taxa do dólar R$ 2
Caixa Saldo Devedor de R$ 1000 e US$ 500
Capital Saldo Credor de R$ 1000 e US$ 500
Dia 15:
Taxa do dólar: R$ 3
Lançamentos:
Receita de Vendas: R$ 2400 US$ 800
Debita Contas a Receber e Credita Receita com Vendas
Receita com Aplicação: R$ 240 US$ 80
Debita Caixa e Credita Receita Financeira
Saldo no final do mês:
Caixa Saldo Devedor de R$ 1240 US$ 580
Contas a Receber Saldo Devedor de R$ 2400 US$ 800
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194 TEORIA DO ERP
Resultado em Dólar:
Receita com Vendas: 800 – 109,89 = 909,89
Receita Financeira: 80 –109,89 = - 29,89
Resultado: 880219,78 isto é -660,22
Em Real (Balancete com Correção Integral, só que em dólar):
Caixa: 470,11 .2,6376= 1239,96
C/R: 909,89. 2,6376 = 2.399,92 3640 (ativo)
Capital: 500.2,6376 = 1318
RF : - 29,89.2,6376= - 78,84
RV :909,89.2,6376= 2400 3640 (passivo)
Resultado: 2329,16 e não 2640, isto é, menos 318,84
Ativo/Passivo US$1380 R$3640
Como se vê neste caso, os efeitos de uma Correção Integral são idênticos aos da
Correção Monetária tradicional, baseada na legislação de 1967. No fundo o que
houve foi uma correção do Capital, que perdeu R$ 909,89, ou seja, a variação de 2
para 2,6371 no câmbio, para cada dólar. Como tínhamos US$ 500 de capital, a
perda foi de R$318,84. Na verdade a perda foi em cima do Circulante Líquido, ou
seja, do Caixa + Contas a Receber.
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196 TEORIA DO ERP
lucro do período, não é certo também pensar como alguns ilusionistas: isto não é
despesa, é investimento e jamais subtraí-lo do resultado, a não ser quando da sua
venda ou sucateamento.
O mecanismo da depreciação lembra um conta-gotas. Descarrega em despesas, mês
a mês, o valor de aquisição diluindo o seu custo durante o uso do bem e, o que é
mais importante, guardando o dinheiro necessário à sua reposição. Só que
evidentemente a empresa não vai tirar o dinheiro do caixa e colocá-lo em um cofre
para no final da vida útil do bem fazer a nova aquisição.
O objetivo na verdade é reduzir o lucro impedindo que os acionistas, vendo um
lucro alto, saquem, através de dividendos, este dinheiro que deve ser resguardado.
Assim, a despesa com depreciação é creditada em uma conta chamada Depreciação
Acumulada e seus recursos são usados para reforçar o capital de giro da empresa,
através do aumento do circulante. Circulante este que evidentemente sofre, em
momentos diferentes, o impacto da aquisição, mesmo que ela seja parcelada.
Ao analisar um Mapa de Origens e Aplicações sempre aparece como Origem a
despesa de depreciação do mês, já que ela reduziu o lucro, mas não reduziu o
caixa, e por outro lado, em Aplicações, as aquisições de bens.
Um computador nos dias atuais dura 5 anos? E uma máquina fabril, com o atual
desenvolvimento tecnológico, pode se manter por 10 anos?
Pois estes são os tempos de vida útil estabelecidos pela legislação do imposto de
renda. Vantagem para o acionista que não vê seu lucro diminuído (mas pode estar
sendo enganado e ter surpresas desagradáveis no futuro), desvantagem para a
empresa que paga imposto de renda mais alto hoje, embora se considerarmos o
período todo, o valor seja igual.
No sistema, por exemplo, a taxa de depreciação anual, que no fundo reflete o
tempo de vida útil (10% para 10 anos, 20% para 5 anos e 2% para 50 anos – caso de
edifícios e outros imóveis), pode ser diferente para cada uma das moedas previstas
no sistema. Assim, na contabilidade em Real, é usada a taxa legal, enquanto que
para as demais, em especial em dólar, é usada uma mais realista, já que
normalmente a matriz da multinacional está mais interessada no resultado efetivo
da empresa do que naquele camuflado pela legislação.
Existem também, casos em que a depreciação varia durante a vida útil do bem,
normalmente acelerando o processo. Diante de um laudo emitido por autoridade
competente, pode até ser usado na contabilidade oficial. Os critérios variam, mas
resumem-se nos seguintes:
• A taxa mensal aumenta conforme o bem perde em produtividade;
• A taxa diminui de tal forma que a soma da depreciação mais as despesas de
manutenção, crescentes com o desgaste do bem, fiquem mais ou menos
constantes durante sua vida;
• A taxa é maior porque o bem trabalha 24 horas por dia, fins de semana ou
mesmo em condições desfavoráveis.
10.2.2 Reavaliação
oferta de venda, seja na busca de uma garantia para um financiamento, seja para
mascarar um prejuízo operacional. É aplicável mais nos casos de imóveis, que por
um motivo qualquer têm seus valores aumentados de forma significativa.
De qualquer forma é um procedimento que foge dos padrões contábeis
estabelecidos, onde um fato só deve ser registrado no ato de sua concretização.
Neste caso, na venda do imóvel, cujo lucro seria contabilizado na conta Lucro na
Venda de Ativos.
Qualquer reavaliação depende de laudo oficial. A reavaliação também é depreciada,
mas via de regra separadamente do valor original e considerando o período que
ainda resta de vida útil.
10.2.3 Baixas
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198 TEORIA DO ERP
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199 TEORIA DO ERP
poderia ter esta expressão? A verdade é que em muitos casos isto não resolve.
Basta analisar o cálculo do nosso imposto de renda pessoa física. A taxa é variável
de acordo com o total de vencimentos tributáveis, mas dentro de um esquema de
cascata.
Exemplo:
Até R$ 1.710,78 isento
De R$ 1.710,79 a R$ 2.563,91 alíquota de 7,5% deduz R$ 128,31
De R$ 2.563,92 a R$ 3.418,59 alíquota de 15% deduz R$ 320,60
De R$ 3.418,60 a R$ 4.271,59 alíquota de 22,5% deduz R$ 517,00
Acima de R$ 4.271,59 alíquota de 27,5% deduz R$ 790,58
Como o cálculo é em cascata se o valor do vencimento for, por exemplo, R$
5.000,00, o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) não será de 27,50% de R$
5.000,00 que daria R$ 1.375,00. O certo é:
Isento até R$ 1.710,78
7,5% de 853,12 (2.563,91 – 1.710,79) = 63,98
15% de R$ 854,67 (3.418,59–2.563,92) = 128,20
22,5% de 853,00 (4.271,59–3.418,60) = 191,92
27,5% de R$ 728,41 (5.000,00–4.271,59) = 200,31
Total do imposto = R$ 584,41
tempo de serviço, DSR, Dissídios, Salário Família são, entre outras, rotinas que
fazem da folha um sistema com nível de complexidade acima do normal.
Em se tratando de relatórios a lista é bastante extensa: recibo de pagamento (nome
correto de “holerite”), cheques, relação de líquidos, a própria folha, relação dos
vencimentos, descontos e tributos, ficha financeira, relação de admitidos e
demitidos são os principais.
O cartão de ponto por sua vez é substituído pelo relógio eletrônico, onde o
funcionário, ou passa o seu crachá, ou simplesmente sua impressão digital e um
smart-card, se for um dispositivo que aceita esta entrada.
É claro que um criterioso esquema de pontuação consegue tornar mais exato aferir-
se o nível de qualidade de cada funcionário, pois são considerados cursos e testes
realizados, conhecimento de idiomas, histórico profissional, participação em
seminários, eventos e viagens, etc. Os próprios testes são automatizados e até
corrigidos de acordo com as respostas do candidato.
Controle de exames médicos e do estado de saúde dos funcionários.
Benefícios concedidos aos familiares e suas características.
Apesar de possuir características não tão exatas e bem definidas como os demais
setores da empresa, o RH vem procurando tornar cada vez mais a administração de
pessoal uma atividade altamente técnica e baseada em critérios científicos e
isentos de decisões subjetivas.
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201 TEORIA DO ERP
Capítulo 11
Fluxo Sistêmico
Objetivos do aprendizado
Descrever os tipos de integração em um sistema de ERP e como ela atua nos diversos módulos do sistema.
Palavras-chave
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202 TEORIA DO ERP
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203 TEORIA DO ERP
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204 TEORIA DO ERP
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205 TEORIA DO ERP
11.4 Custos
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206 TEORIA DO ERP
Capítulo 12
SPED
Objetivos do aprendizado
Apresentar os conceitos principais desta forma de escrituração através das definições do Governo
Federal e os processos e obrigações que tramitam entre o Fisco e os Contribuintes.
Palavras-chave
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207 TEORIA DO ERP
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208 TEORIA DO ERP
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209 TEORIA DO ERP
Uma vez que a empresa opta em enviar seus dados via SPED Contábil não pode
mais voltar ao processo tradicional, que consiste em imprimir os citados relatórios,
encardená-los e registrá-los na Junta Comercial ou no Cartório Civil.
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210 TEORIA DO ERP
12.7 FCONT
Conforme disciplina a Instrução Normativa RFB nº 949/09, o FCONT é uma
escrituração das contas patrimoniais e de resultado, em partidas dobradas,
que considera os métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007.
Registro, no ativo imobilizado, dos direitos que tenham por objeto os bens
para a perfeita manutenção das atividades, inclusive os que transfiram à
companhia os benefícios, riscos e controles desses bens;
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212 TEORIA DO ERP
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213 TEORIA DO ERP
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214 TEORIA DO ERP
Com a EFD ICMS/IPI envia-se ao Governo toda a movimentação das Notas Fiscais de
Compras e Vendas de Mercadorias. Tem os seguintes Blocos:
O Guia Prático EFD, com 168 páginas, descreve detalhadamente o leiaute de cada
Registro.
É no Bloco C que estão os registros referentes às Notas. Um ponto importante é a
freqüente observação de que todos os produtos comprados e vendidos devem ser
detalhadamente identificados, evitando-se ao máximo o uso de Descrições do tipo
Diversos ou similares.
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215 TEORIA DO ERP
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216 TEORIA DO ERP
O PIS e Cofins são cumulativos para as empresas de regime de tributação com base
no Lucro Presumido.
Neste caso (não cumulativo) os créditos são calculados a partir da base de cálculo,
ou seja, subtrai-se do faturamento de produtos e serviços todas a notas de entrada
que dão direito à crédito, e a partir dessa base calcula-se as contribuições. O EDF-
PIS/Cofins controla detalhadamente esse procedimento. A grande questão é saber o
que dá e o que não dá direito ao crédito. Em principio, somente o que está
vinculado às Receitas, ou seja, que entra no processo produtivo. Mas é bem mais
abrangente do que o crédito do ICMS. Além das matérias primas entram todos
materiais de consumo da fábrica, quase todos os serviços tomados, energia
elétrica, aluguéis e muitos outros. Mas a Folha de Pagamento, não . Como disse o
Sr. Gerdau, suas empresas tem 100 funcionários cuja única tarefa é ficar
analisando o que dá direito a crédito (CST 50 a 66) e o que não dá (CST 70 em
diante).
No arquivo vão apenas as Notas de Entrada que dão direito a crédito. Assim quem
está no regime cumulativo não as envia e quem está no não cumulativo apenas as
com CST 50 a 66. Tanto as notas de entrada como de saída pode ser consolidadas
(aglutinam-se os itens com mesmo CFOP, CST e alíquota) ou detalhadas item a
item.
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217 TEORIA DO ERP
Bloco M– Esse é o Bloco das Apurações dos valores a pagar de PIS/Cofins. Esse
Bloco em principio é gerado automaticamente por uma opção do PVA, mas nem
sempre ela funciona, portanto cada sistema gerador do SPED trata esse ponto com
rotinas próprias.
Bloco P – Esse Bloco trata da Contribuição do INSS devido sobre o Faturamento,.
Foi por isso que esse SPED mudou de nome, de PIS/Cofins para Contribuição. O
Bloco P é da Previdência.
Bloco 1 – Trata saldos de créditos de operações extemporâneas (de outros
períodos). Como o prazo para correção de arquivos foi ampliado, não convém
lançar créditos extemporâneos. O certo é corrigir os arquivos e reenviá-los.
Bloco 9 – Encerramento do arquivo com os totais de registros.
São 181 registros que compõe o SPED Contribuições. Segue um resumo de seus
conteúdos:
Registro 0000–Contém dados da Empresa, como o Nome, CNPJ, UF, Data Inicio e
Data Fim.
Registro 0001– É o registro que indica se o Bloco tem movimento.
Registro 0100– Dados do Contabilista.
Registro 0110– Regime de Apuração da Contribuição Social e de Apropriação de
Crédito. O COD_INC_TRIB indica se o regime de tributação da empresa vai pelo
PIS/Cofins Não-Cumulativo (Lucro Real)->código 1 ou pelo Cumulativo (Lucro
Presumido ou Simples)-> código 2 ou ainda por ambos, código 3 (caso, por
exemplo de empresas que vendem software e ministram cursos). O campo
IND_APRO_CRED indica se o credito do regime Não-Cumulativo é pelo método de
Apropriação Direta (código 1) ou pelo método de Rateio Proporcional (código 2). O
campo COD_TIPO_CONT indica se a contribuição do período é exclusivamente pela
alíquota básica (código 1) ou se é por alíquotas diferenciadas e/ou por unidade de
medida de produto (código 2). E por ultimo o campo IND_REG_CUM indica se a
apuração, no caso do regime cumulativo, é pelo Regime de Caixa (código 1), pelo
de Competência (código 2) ou Competência Detalhada (código 9).
Registro 0111– Tabela de Receita Bruta Mensal para fins de Rateio de Créditos
Comuns: a ser preenchido somente se o campo IND_APRO_CRED do registro 0110
for 2, o que dificilmente acontecerá.
Registro 0140– Tabela de Cadastro de Estabelecimento: dados da empresa. Repete
dados do 0000 como nome e CNPJ.
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218 TEORIA DO ERP
Finalizando esse capítulo pode-se dizer que a sonegação em nosso país está com
os dias contados. São três centros de processamento (Distrito Federal, São Paulo e
Rio de Janeiro) controlando todos esses dados, fazendo cruzamentos, detectando
aberrações e autuando eletronicamente as empresas.
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219 TEORIA DO ERP
Capítulo 13
Mostrar como a utilização de modelos matemáticos tais como correlação simples, correlação múltipla e
mineração de dados podem subsidiar a tomada de decisão. Estes modelos são apresentados em estudos de
caso que envolvem soluções baseadas nesses modelos.
Palavras-chave
Hoje podemos dizer que, entre outras, as seguintes ações podem ter soluções mais
“científicas” no processo decisório de uma empresa:
- Maximização de receitas e lucro em situações onde se tem recursos com
diferentes disponibilidades e custos que não obedecem a uma
determinada proporcionalidade. Da mesma forma pode-se minimizar
custos. Estes modelos são compostos de um conjunto de restrições e
um objetivo. São resolvidos através de Modelos de Programação Linear,
de forma gráfica ou matemática e simulações.
- Resolução de solução de Problemas de Transporte ou otimização de rotas.
Baseado em custos de cada trecho da rota e nas muitas alternativas de
traçado, o modelo seleciona a mais econômica.
- Teoria das Filas. Este modelo procura estabelecer a quantidade de
atendentes que leva a um tempo de espera aceitável dentro de um
cenário que envolve um volume de chegada dos usuários e um tempo
médio de atendimento.
- Cálculos específicos que levam também à otimização de certos valores:
- Lote Econômico de Compras e Produção
- Ponto de Pedido
- Preço de Venda
- Gasto ideal em determinada despesa de acordo com o beneficio que ela gera
Cabe ainda mencionar que boa parte dos modelos acima descritos dependem de
valores não exatos, ou seja, sua realização ocorre com determinada probabilidade.
Para tanto a regressão linear é o método estatístico mais utilizado, onde baseado
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220 TEORIA DO ERP
Case 1: Trata-se de um estudo que verifica qual deve ser a Venda de cada unidade
de uma empresa, usada em casos de definições de Metas e de Previsões de
Vendas.
A previsão é feita sempre com base em uma correlação. A correlação pode ser
simples ou múltipla. A forma que usaremos para verificar se há correlação
entre as vendas e outro fator é o do Mínimo Quadrado. Através dele obtém-
se a equação que define a correlação e há também o cálculo que define se
esta correlação é valida. O índice oscila de -1 a +1. Se -1 a correlação é
inversa, como por exemplo, o preço em relação à venda. Quanto mais alto
ele for menores serão as vendas. Índice +1 indica uma correlação
diretamente proporcional e 0 indica que os pontos estão muito distantes
da reta, ou seja , não há correlação. Há de se dizer também que nem
sempre a correlação representa uma reta. Há casos em que temos uma
parábola, indicando que a correlação é diferente dependendo do ponto em
que se está no eixo x. A parábola pode ter 4 desenhos. A representação da
parábola é uma equação de 2 ou enésimo grau.
Quando se tem uma correlação múltipla, para se chegar ao valor projetado calcula-
se a projeção para cada fator e depois tira-se uma média ponderada cujos
pesos são baseados nos índices de correlações encontrados.
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221 TEORIA DO ERP
Case 8: Simulação de uma empresa: A simulação de uma empresa pode ser feita a
partir dos seguintes dados de entrada: cadastro de clientes, indicando suas
condições de pagamento, uma previsão dos produtos que eles devem
comprar os descontos, a alíquota do ICMS, dependendo do Estado;
cadastro de produtos, indicando o custo para as matérias-primas, alíquota
de ICMS, IPI, Ponto de Pedido, Estoque de Segurança, Lote Econômico,
Prazo de Entrega e para os Produtos Acabados/Intermediários o seu preço,
ICMS, IPI e Prazo de Entrega. Cadastro de Estruturas com a quantidade de
cada componente, Cadastro de Fornecedores com Condição de Pagamento,
Plano de Contas/Naturezas com a previsão de Despesas, Taxa de Juros
obtida para aplicações e utilização de financiamentos.
A partir destes dados é feita uma simulação para 12 meses com a emissão de
Balancetes, Fluxo de Caixa, Carga da Fábrica, Posição dos Estoques, Relação
das Vendas com CMV e Lucro.
A dificuldade para analisarmos uma massa de dados muito grande reside no fato
de que é quase impossível nela acharmos as exceções, a tendência ou o
padrão.
Para acharmos a tendência ou o padrão uma forma é verificar os dados pelos totais
ou mesmo pela média.
Assim, se verificarmos nossa massa de dados do Caso do Chaveiro juntamente com
outros produtos, poderá concluir que a tendência das vendas mês a mês, a
distribuição das vendas por vendedor, produto, região, condição de
pagamento e cliente simplesmente fazendo os gráficos usando a totalidade
dos dados.
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