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Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas

SUSAM
Agente Administrativo
ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA:
Leitura, interpretação e compreensão de texto................................................................................................................................................. 01

Ortografia oficial ................................................................................................................................................................................................ 15

Acentuação gráfica ........................................................................................................................................................................................... 16

Emprego de letras e divisão silábica................................................................................................................................................................. 17

Pontuação ......................................................................................................................................................................................................... 42

Classes e emprego de palavras. Morfologia. Vozes do Verbo. Emprego de tempos e modos verbais ........................................................... 18

Sintaxe .............................................................................................................................................................................................................. 36

Concordância nominal e verbal......................................................................................................................................................................... 39

Significado das palavras: sinônimos, antônimos .............................................................................................................................................. 43

Denotação e conotação .................................................................................................................................................................................... 43

Crase ................................................................................................................................................................................................................. 41

Regência nominal e verbal................................................................................................................................................................................ 40

Análise sintática: coordenação e subordinação ................................................................................................................................................ 37

Figuras de linguagem ........................................................................................................................................................................................ 43

Fonologia .......................................................................................................................................................................................................... 18

MATEMÁTICA:
Números naturais. Operação no conjunto dos números inteiros e racionais: adição, subtração, multiplicação e divisão. Múltiplos e
divisores de um número inteiro. Máximo Divisor Comum (MDC) e Mínimo Múltiplo Comum (MMC) de um número natural .......................... 01

Proporcionalidade: razão e proporção .............................................................................................................................................................. 15

Regra de três simples e composta.................................................................................................................................................................... 18

Porcentagem ..................................................................................................................................................................................................... 19

Introdução à estatística: gráficos ...................................................................................................................................................................... 23

Média aritmética, média aritmética ponderada ................................................................................................................................................. 19

Geometria: sólidos geométricos, polígonos e ângulos ..................................................................................................................................... 30

1 Agente Administrativo
Sistemas de medidas decimais: medidas de comprimento (perímetro), de superfície, de capacidade, de volume e de massa, medidas de
tempo ................................................................................................................................................................................................................ 14

Equações do 1º grau. Sistemas de equações do 1º grau com duas variáveis. Inequações de 1º grau. Resolução de problemas ................. 19

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Serviços e rotinas de protocolo, expedição e arquivo. Classificação de documentos e correspondências ..................................................... 01

Correspondência oficial ..................................................................................................................................................................................... 28

Processos administrativos. Formação, autuação e tramitação ........................................................................................................................ 32

Gestão de material e controle de estoques e almoxarifado .............................................................................................................................. 84

Organização administrativa dos serviços públicos ........................................................................................................................................... 32

Qualidade no atendimento ao público. A imagem da instituição, a imagem profissional, sigilo e postura. Formas de tratamento ................. 97

Noções de informática: conceitos básicos de software e hardware. Ambiente Windows XP ou 7................................................................. 109

Editor de texto MS Word 2007/2010 ............................................................................................................................................................... 125

Conceitos de Internet e intranet. Internet Explorer. Correio eletrônico (webmail) .......................................................................................... 127

Cópias de segurança (backup) ....................................................................................................................................................................... 146

Conceito e organização de arquivos (pastas/diretórios) ................................................................................................................................. 109

Noções básicas de armazenamento de dados (planilhas eletrônicas do MS Excel 2007/2010).................................................................... 146

2 Agente Administrativo
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A Opção Certa Para a Sua Realização


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isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não
ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra
alternativa mais completa.

Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento


do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao
texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontex-
LEITURA, INTERPRETAÇÃO E tualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso
COMPREENSÃO DE TEXTO para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para
ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta
será mais consciente e segura.
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali-
dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
necessitar de um bom léxico internalizado.
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um até o fim, ininterruptamente;
confronto entre todas as partes que compõem o texto. 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
umas três vezes ou mais;
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por
04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-
se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor 05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
diante de uma temática qualquer. 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-
Denotação e Conotação ensão;
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres- 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-
são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con- respondente;
venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi- 09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação. 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que
o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se
atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, perguntou e o que se pediu;
depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. exata ou a mais completa;
12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
Os textos literários exploram bastante as construções de base conota- lógica objetiva;
tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
diferenciadas em seus leitores. 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis- mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra resposta;
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim definindo o tema e a mensagem;
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
esclareçam o sentido. 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-
simos na interpretação do texto.
Como Ler e Entender Bem um Texto
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e Ex.: Ele morreu de fome.
de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra- do fato (= morte de "ele").
em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo Ex.: Ele morreu faminto.
nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava
palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para quando morreu.;
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei-
a memória visual, favorecendo o entendimento. as estão coordenadas entre si;
20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva,
de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo
há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim
Cunegundes
de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.

No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da TEXTO NARRATIVO
época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-  As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for-
tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar
não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica dos fatos.
da fonte e na identificação do autor. Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de heroína, personagem principal da história.
resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce-
to, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa- O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota-
da. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal
adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por contracena em primeiro plano.

Língua Portuguesa 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
As personagens secundárias, que são chamadas também de compar- qual a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é
sas, são os figurantes de influência menor, indireta, não decisiva na narra- feita em 1a pessoa ou 3a pessoa.
ção.
O narrador que está a contar a história também é uma personagem, Formas de apresentação da fala das personagens
pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor- Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há
tância, ou ainda uma pessoa estranha à história. três maneiras de comunicar as falas das personagens.

Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso-  Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não vés do diálogo.
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e Exemplo:
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen- “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
perante os acontecimentos. val a cidade é do povo e de ninguém mais”.
 Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po- No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:
dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios
travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o
desenlace ou desfecho. os verbos de locução podem ser omitidos.

Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,  Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens.
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a Exemplo:
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
resses entre as personagens. que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-
nos sombrios por vir”.
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten-
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho,  Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
 Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- Exemplo:
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- hora, sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés
cionados ao principal. no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
 Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- (José Lins do Rego)
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve- TEXTO DESCRITIVO
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são ex- Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
tensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
narrativo.
 Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa- vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, unificada.
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa-
to que aconteceu depois. Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo pouco.
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu  Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
espírito. transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente
 Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis- através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-
semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-
que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o
aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri- que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-
zado por: vo, fenomênico, ela é exata e dimensional.
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às  Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon- personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos,
tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa. pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen-
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra- to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-
tiva que é feito em 1a pessoa. cial e econômico .
- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê,  Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o
aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per- observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama,
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra- para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as
dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa. partes mais típicas desse todo.
 Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de  Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos
apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma
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visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e
típicos. desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e
 Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas de
se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de um intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro
incêndio, de uma briga, de um naufrágio. deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerência é de
 Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge- relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma se-
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu- quência das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas.
lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objeti-
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- vos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os mecanismos
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. da coesão e da coerência serão então responsáveis pela unidade da for-
mação textual.
TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques- verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por
tão, e pressupõe um exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados.
com clareza, coerência e objetividade.
Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e outro
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos
com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto, estes
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan- argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da comunica-
do o contexto. ção ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persua-
são).
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em:
 Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob- unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim o
jetiva da definição do ponto de vista do autor. propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo. As
 Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo- relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan- alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias dão tornem esta produção altamente evocativa.
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de- A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um
sencadeia a conclusão. texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a
 Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se algo
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in- espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de argu-
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer mentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes dife-
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese rentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a
e opinião. junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter
na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las,
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente autoexplicativo, daí
a obra ou ação que realmente se praticou. vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histórico
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou uma relação interdiscursiva e intertextual.
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. As metáforas, metonímias, onomatopeias ou figuras de linguagem, en-
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou tram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias capa-
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje- zes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a utilizada para causar este efeito, umas de suas características salientes, é
respeito de algo. que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, valores da
oposição, tudo isto em forma de piada.
O TEXTO ARGUMENTATIVO
Baseado em Adilson Citelli Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir
A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte- através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito,
rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou
discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e
ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerível,
referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras do capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação...
tipo de texto solicitado. Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo”
São Paulo SP, Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição.
Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário
que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de
um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua TIPOLOGIA TEXTUAL
análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do
conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A formação discursi- A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles
va é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja transmitir, verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia
ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os
análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é interlocutores.
soltar concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo
viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um
intuito de persuadir e fazer suas explanações renderem o convencimento texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo
do ponto de vista de algo/alguém. falamos sozinhos.

Língua Portuguesa 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


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É de fundamental importância sabermos classificar os textos dos quais impacientemente. A mulher parecia ter fugido de um filme romântico dos
travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que anos 40."
existem tipos textuais e gêneros textuais.
O narrador é uma figura criada pelo autor para apresentar os fatos que
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado constituem o relato, é a voz que conta o que está acontecendo. Esta voz
ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, pode ser de uma personagem, ou de uma testemunha que conta os fatos
ou descrevemos algum lugar pelo qual visitamos, e ainda, fazemos um na primeira pessoa ou, também, pode ser a voz de uma terceira pessoa
retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. que não intervém nem como ator nem como testemunha.
É exatamente nestas situações corriqueiras que classificamos os Além disso, o narrador pode adotar diferentes posições, diferentes pon-
nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e tos de vista: pode conhecer somente o que está acontecendo, isto é, o que
Dissertação. as personagens estão fazendo ou, ao contrário, saber de tudo: o que fa-
zem, pensam, sentem as personagens, o que lhes aconteceu e o que lhes
Para melhor exemplificarmos o que foi dito, tomamos como exemplo acontecerá. Estes narradores que sabem tudo são chamados oniscientes.
um Editorial, no qual o autor expõe seu ponto de vista sobre determinado
assunto, uma descrição de um ambiente e um texto literário escrito em
prosa. A Novela
Em se tratando de gêneros textuais, a situação não é diferente, pois se É semelhante ao conto, mas tem mais personagens, maior número de
conceituam como gêneros textuais as diversas situações complicações, passagens mais extensas com descrições e diálogos. As
sociocomunciativas que participam da nossa vida em sociedade. Como personagens adquirem uma definição mais acabada, e as ações secundá-
exemplo, temos: uma receita culinária, um e-mail, uma reportagem, uma rias podem chegar a adquirir tal relevância, de modo que terminam por
monografia, e assim por diante. Respectivamente, tais textos classificar-se- converter-se, em alguns textos, em unidades narrativas independentes.
iam como: instrucional, correspondência pessoal (em meio eletrônico), texto
do ramo jornalístico e, por último, um texto de cunho científico.
A Obra Teatral
Mas como toda escrita perfaz-se de uma técnica para compô-la, é
extremamente importante que saibamos a maneira correta de produzir esta Os textos literários que conhecemos como obras de teatro (dramas,
gama de textos. À medida que a praticamos, vamos nos aperfeiçoando tragédias, comédias, etc.) vão tecendo diferentes histórias, vão desenvol-
mais e mais na sua performance estrutural. Por Vânia Duarte vendo diversos conflitos, mediante a interação linguística das personagens,
quer dizer, através das conversações que têm lugar entre os participantes
O Conto
nas situações comunicativas registradas no mundo de ficção construído
É um relato em prosa de fatos fictícios. Consta de três momentos per- pelo texto. Nas obras teatrais, não existe um narrador que conta os fatos,
feitamente diferenciados: começa apresentando um estado inicial de equilí- mas um leitor que vai conhecendo-os através dos diálogos e/ ou monólogos
brio; segue com a intervenção de uma força, com a aparição de um conflito, das personagens.
que dá lugar a uma série de episódios; encerra com a resolução desse
Devido à trama conversacional destes textos, torna-se possível encon-
conflito que permite, no estágio final, a recuperação do equilíbrio perdido.
trar neles vestígios de oralidade (que se manifestam na linguagem espon-
Todo conto tem ações centrais, núcleos narrativos, que estabelecem tânea das personagens, através de numerosas interjeições, de alterações
entre si uma relação causal. Entre estas ações, aparecem elementos de da sintaxe normal, de digressões, de repetições, de dêiticos de lugar e
recheio (secundários ou catalíticos), cuja função é manter o suspense. tempo. Os sinais de interrogação, exclamação e sinais auxiliares servem
Tanto os núcleos como as ações secundárias colocam em cena persona- para moldar as propostas e as réplicas e, ao mesmo tempo, estabelecem
gens que as cumprem em um determinado lugar e tempo. Para a apresen- os turnos de palavras.
tação das características destes personagens, assim como para as indica-
As obras de teatro atingem toda sua potencialidade através da repre-
ções de lugar e tempo, apela-se a recursos descritivos.
sentação cênica: elas são construídas para serem representadas. O diretor
Um recurso de uso frequente nos contos é a introdução do diálogo das e os atores orientam sua interpretação.
personagens, apresentado com os sinais gráficos correspondentes (os
Estes textos são organizados em atos, que estabelecem a progressão
travessões, para indicar a mudança de interlocutor).
temática: desenvolvem uma unidade informativa relevante para cada conta-
A observação da coerência temporal permite ver se o autor mantém a to apresentado. Cada ato contém, por sua vez, diferentes cenas, determi-
linha temporal ou prefere surpreender o leitor com rupturas de tempo na nadas pelas entradas e saídas das personagens e/ou por diferentes qua-
apresentação dos acontecimentos (saltos ao passado ou avanços ao dros, que correspondem a mudanças de cenografias.
futuro).
Nas obras teatrais são incluídos textos de trama descritiva: são as
A demarcação do tempo aparece, geralmente, no parágrafo inicial. Os chamadas notações cênicas, através das quais o autor dá indicações aos
contos tradicionais apresentam fórmulas características de introdução de atores sobre a entonação e a gestualidade e caracteriza as diferentes
temporalidade difusa: "Era uma vez...", "Certa vez...". cenografias que considera pertinentes para o desenvolvimento da ação.
Estas notações apresentam com frequência orações unimembres e/ou
Os tempos verbais desempenham um papel importante na construção bimembres de predicado não verbal.
e na interpretação dos contos. Os pretéritos imperfeito e o perfeito predo-
minam na narração, enquanto que o tempo presente aparece nas descri- O Poema
ções e nos diálogos.
Texto literário, geralmente escrito em verso, com uma distribuição es-
O pretérito imperfeito apresenta a ação em processo, cuja incidência pacial muito particular: as linhas curtas e os agrupamentos em estrofe dão
chega ao momento da narração: "Rosário olhava timidamente seu preten- relevância aos espaços em branco; então, o texto emerge da página com
dente, enquanto sua mãe, da sala, fazia comentários banais sobre a histó- uma silhueta especial que nos prepara para sermos introduzidos nos miste-
ria familiar." O perfeito, ao contrário, apresenta as ações concluídas no riosos labirintos da linguagem figurada. Pede uma leitura em voz alta, para
passado: "De repente, chegou o pai com suas botas sujas de barro, olhou captar o ritmo dos versos, e promove uma tarefa de abordagem que pre-
sua filha, depois o pretendente, e, sem dizer nada, entrou furioso na sala". tende extrair a significação dos recursos estilísticos empregados pelo
poeta, quer seja para expressar seus sentimentos, suas emoções, sua
A apresentação das personagens ajusta-se à estratégia da definibilida- versão da realidade, ou para criar atmosferas de mistério de surrealismo,
de: são introduzidas mediante uma construção nominal iniciada por um relatar epopeias (como nos romances tradicionais), ou, ainda, para apre-
artigo indefinido (ou elemento equivalente), que depois é substituído pelo sentar ensinamentos morais (como nas fábulas).
definido, por um nome, um pronome, etc.: "Uma mulher muito bonita entrou
apressadamente na sala de embarque e olhou à volta, procurando alguém O ritmo - este movimento regular e medido - que recorre ao valor sono-
ro das palavras e às pausas para dar musicalidade ao poema, é parte

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essencial do verso: o verso é uma unidade rítmica constituída por uma série jornais trazem as informações que se quer destacar. Esta localização
métrica de sílabas fônicas. A distribuição dos acentos das palavras que antecipa ao leitor a importância que a publicação deu ao conteúdo desses
compõem os versos tem uma importância capital para o ritmo: a musicali- textos.
dade depende desta distribuição. O corpo da letra dos títulos também é um indicador a considerar sobre
Lembramos que, para medir o verso, devemos atender unicamente à a posição adotada pela redação.
distância sonora das sílabas. As sílabas fônicas apresentam algumas A Notícia
diferenças das sílabas ortográficas. Estas diferenças constituem as chama-
das licenças poéticas: a diérese, que permite separar os ditongos em suas Transmite uma nova informação sobre acontecimentos, objetos ou
sílabas; a sinérese, que une em uma sílaba duas vogais que não constitu- pessoas.
em um ditongo; a sinalefa, que une em uma só sílaba a sílaba final de uma
As notícias apresentam-se como unidades informativas completas, que
palavra terminada em vogal, com a inicial de outra que inicie com vogal ou
contêm todos os dados necessários para que o leitor compreenda a infor-
h; o hiato, que anula a possibilidade da sinalefa. Os acentos finais também
incidem no levantamento das sílabas do verso. Se a última palavra é paro- mação, sem necessidade ou de recorrer a textos anteriores (por exemplo,
xítona, não se altera o número de sílabas; se é oxítona, soma-se uma não é necessário ter lido os jornais do dia anterior para interpretá-la), ou de
ligá-la a outros textos contidos na mesma publicação ou em publicações
sílaba; se é proparoxítona, diminui-se uma.
similares.
A rima é uma característica distintiva, mas não obrigatória dos versos,
pois existem versos sem rima (os versos brancos ou soltos de uso frequen- É comum que este texto use a técnica da pirâmide invertida: começa
te na poesia moderna). A rima consiste na coincidência total ou parcial dos pelo fato mais importante para finalizar com os detalhes. Consta de três
últimos fonemas do verso. Existem dois tipos de rimas: a consoante (coin- partes claramente diferenciadas: o título, a introdução e o desenvolvimento.
O título cumpre uma dupla função - sintetizar o tema central e atrair a
cidência total de vogais e consoante a partir da última vogal acentuada) e a
atenção do leitor. Os manuais de estilo dos jornais (por exemplo: do Jornal
assonante (coincidência unicamente das vogais a partir da última vogal
acentuada). A métrica mais frequente dos versos vai desde duas até de- El País, 1991) sugerem geralmente que os títulos não excedam treze
palavras. A introdução contém o principal da informação, sem chegar a ser
zesseis sílabas. Os versos monossílabos não existem, já que, pelo acento,
um resumo de todo o texto. No desenvolvimento, incluem-se os detalhes
são considerados dissílabos.
que não aparecem na introdução.
As estrofes agrupam versos de igual medida e de duas medidas dife-
A notícia é redigida na terceira pessoa. O redator deve manter-se à
rentes combinadas regularmente. Estes agrupamentos vinculam-se à
progressão temática do texto: com frequência, desenvolvem uma unidade margem do que conta, razão pela qual não é permitido o emprego da
informativa vinculada ao tema central. primeira pessoa do singular nem do plural. Isso implica que, além de omitir
o eu ou o nós, também não deve recorrer aos possessivos (por exemplo,
Os trabalhos dentro do paradigma e do sintagma, através dos meca- não se referirá à Argentina ou a Buenos Aires com expressões tais como
nismos de substituição e de combinação, respectivamente, culminam com a nosso país ou minha cidade).
criação de metáforas, símbolos, configurações sugestionadoras de vocábu-
Esse texto se caracteriza por sua exigência de objetividade e veracida-
los, metonímias, jogo de significados, associações livres e outros recursos
de: somente apresenta os dados. Quando o jornalista não consegue com-
estilísticos que dão ambiguidade ao poema.
provar de forma fidedigna os dados apresentados, costuma recorrer a
certas fórmulas para salvar sua responsabilidade: parece, não está descar-
tado que. Quando o redator menciona o que foi dito por alguma fonte,
TEXTOS JORNALÍSTICOS recorre ao discurso direto, como, por exemplo:
Os textos denominados de textos jornalísticos, em função de seu por- O ministro afirmou: "O tema dos aposentados será tratado na Câmara
tador (jornais, periódicos, revistas), mostram um claro predomínio da função dos Deputados durante a próxima semana.
informativa da linguagem: trazem os fatos mais relevantes no momento em
que acontecem. Esta adesão ao presente, esta primazia da atualidade, O estilo que corresponde a este tipo de texto é o formal.
condena-os a uma vida efêmera. Propõem-se a difundir as novidades
Nesse tipo de texto, são empregados, principalmente, orações
produzidas em diferentes partes do mundo, sobre os mais variados temas.
enunciativas, breves, que respeitam a ordem sintática canônica. Apesar das
De acordo com este propósito, são agrupados em diferentes seções: notícias preferencialmente utilizarem os verbos na voz ativa, também é
informação nacional, informação internacional, informação local, sociedade, frequente o uso da voz passiva: Os delinquentes foram perseguidos pela
economia, cultura, esportes, espetáculos e entretenimentos. polícia; e das formas impessoais: A perseguição aos delinquentes foi feita
por um patrulheiro.
A ordem de apresentação dessas seções, assim como a extensão e o
tratamento dado aos textos que incluem, são indicadores importantes tanto A progressão temática das notícias gira em tomo das perguntas o quê?
da ideologia como da posição adotada pela publicação sobre o tema abor- quem? como? quando? por quê e para quê?.
dado.
Os textos jornalísticos apresentam diferentes seções. As mais comuns O Artigo de Opinião
são as notícias, os artigos de opinião, as entrevistas, as reportagens, as Contém comentários, avaliações, expectativas sobre um tema da atua-
crônicas, as resenhas de espetáculos. lidade que, por sua transcendência, no plano nacional ou internacional, já é
A publicidade é um componente constante dos jornais e revistas, à considerado, ou merece ser, objeto de debate.
medida que permite o financiamento de suas edições. Mas os textos publi- Nessa categoria, incluem-se os editoriais, artigos de análise ou pesqui-
citários aparecem não só nos periódicos como também em outros meios sa e as colunas que levam o nome de seu autor. Os editoriais expressam a
amplamente conhecidos como os cartazes, folhetos, etc.; por isso, nos posição adotada pelo jornal ou revista em concordância com sua ideologia,
referiremos a eles em outro momento. enquanto que os artigos assinados e as colunas transmitem as opiniões de
Em geral, aceita-se que os textos jornalísticos, em qualquer uma de seus redatores, o que pode nos levar a encontrar, muitas vezes, opiniões
suas seções, devem cumprir certos requisitos de apresentação, entre os divergentes e até antagônicas em uma mesma página.
quais destacamos: uma tipografia perfeitamente legível, uma diagramação Embora estes textos possam ter distintas superestruturas, em geral se
cuidada, fotografias adequadas que sirvam para complementar a informa- organizam seguindo uma linha argumentativa que se inicia com a identifica-
ção linguística, inclusão de gráficos ilustrativos que fundamentam as expli- ção do tema em questão, acompanhado de seus antecedentes e alcance, e
cações do texto. que segue com uma tomada de posição, isto é, com a formulação de uma
É pertinente observar como os textos jornalísticos distribuem-se na pu- tese; depois, apresentam-se os diferentes argumentos de forma a justificar
blicação para melhor conhecer a ideologia da mesma. Fundamentalmente, esta tese; para encerrar, faz-se uma reafirmação da posição adotada no
a primeira página, as páginas ímpares e o extremo superior das folhas dos início do texto.

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A efetividade do texto tem relação direta não só com a pertinência dos Como ocorre em qualquer texto de trama conversacional, não existe
argumentos expostos como também com as estratégias discursivas usadas uma garantia de diálogo verdadeiro; uma vez que se pode respeitar a vez
para persuadir o leitor. Entre estas estratégias, podemos encontrar as de quem fala, a progressão temática não se ajusta ao jogo argumentativo
seguintes: as acusações claras aos oponentes, as ironias, as insinuações, de propostas e de réplicas.
as digressões, as apelações à sensibilidade ou, ao contrário, a tomada de
distância através do uso das construções impessoais, para dar objetividade
e consenso à análise realizada; a retenção em recursos descritivos - deta- TEXTOS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
lhados e precisos, ou em relatos em que as diferentes etapas de pesquisa
estão bem especificadas com uma minuciosa enumeração das fontes da Esta categoria inclui textos cujos conteúdos provêm do campo das ci-
informação. Todos eles são recursos que servem para fundamentar os ências em geral. Os referentes dos textos que vamos desenvolver situam-
argumentos usados na validade da tese. se tanto nas Ciências Sociais como nas Ciências Naturais.

A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de Apesar das diferenças existentes entre os métodos de pesquisa destas
temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus ciências, os textos têm algumas características que são comuns a todas
respectivos comentários. suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos,
as orações enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem
Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresen- sintática canônica (sujeito-verbo-predicado).
tam uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam,
com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semân-
argumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor tica, e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido
da informação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer das palavras.
o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes
artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábu-
para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, con- los a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é,
cessivas e condicionais. evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem
mediante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao
Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura termo polissêmico nesse contexto.
ideológica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que
circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta. A Definição
Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar
estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que
determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenci-
do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das
ais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração
entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito.
de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir
Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias através de um processo de sinonímia.
mencionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por
texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas
aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do
cenas e opiniões como positivas ou negativas. termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence,
A Reportagem "animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que
nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal.
É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores
para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma mais qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se
figura-chave para o conhecimento deste tópico. referem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou
A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a pu- parte do Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente
blicação e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a antes de terminar o inverno.
atenção dos leitores. Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La
Real Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou
A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, reali- introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus
zada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações
perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exem-
divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador. plo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um subs-
A Entrevista tantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do
Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação medi-
Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente medi- ante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemen-
ante uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido te antes de terminar o inverno".
com fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade,
uma vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas As definições contêm, também, informações complementares relacio-
detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve nadas, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se
somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a mu- inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo
dança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa com ("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc.
os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas
podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações Essas informações complementares contêm frequentemente
sobre as declarações do entrevistado. abreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário:
Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc.
Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessa-
riamente incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias bási-
conversação possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas cas da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos
destas entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipogra-
derivados. fias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologi-
as, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco median-
te barras paralelas e /ou números.

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Prorrogar (Do Jat. prorrogare) V.t.d. l. Continuar, dilatar, estender uma O relato pode estar redigido de forma impessoal: coloca-se, colocado
coisa por um período determinado. 112. Ampliar, prolongar 113. Fazer em um recipiente ... Jogo se observa/foi observado que, etc., ou na primeira
continuar em exercício; adiar o término de. pessoa do singular, coloco/coloquei em um recipiente ... Jogo obser-
vo/observei que ... etc., ou do plural: colocamos em um recipiente... Jogo
observamos que... etc. O uso do impessoal enfatiza a distância existente
A Nota de Enciclopédia entre o experimentador e o experimento, enquanto que a primeira pessoa,
do plural e do singular enfatiza o compromisso de ambos.
Apresenta, como a definição, um tema-base e uma expansão de trama
descritiva; porém, diferencia-se da definição pela organização e pela ampli- A Monografia
tude desta expansão. Este tipo de texto privilegia a análise e a crítica; a informação sobre um
A progressão temática mais comum nas notas de enciclopédia é a de determinado tema é recolhida em diferentes fontes.
temas derivados: os comentários que se referem ao tema-base constituem- Os textos monográficos não necessariamente devem ser realizados
se, por sua vez, em temas de distintos parágrafos demarcados por subtítu- com base em consultas bibliográficas, uma vez que é possível terem como
los. Por exemplo, no tema República Argentina, podemos encontrar os fonte, por exemplo, o testemunho dos protagonistas dos fatos, testemunhos
temas derivados: traços geológicos, relevo, clima, hidrografia, biogeografia, qualificados ou de especialistas no tema.
população, cidades, economia, comunicação, transportes, cultura, etc.
As monografias exigem uma seleção rigorosa e uma organização coe-
Estes textos empregam, com frequência, esquemas taxionômicos, nos rente dos dados recolhidos. A seleção e organização dos dados servem
quais os elementos se agrupam em classes inclusivas e incluídas. Por como indicador do propósito que orientou o trabalho. Se pretendemos, por
exemplo: descreve-se "mamífero" como membro da classe dos vertebra- exemplo, mostrar que as fontes consultadas nos permitem sustentar que os
dos; depois, são apresentados os traços distintivos de suas diversas varie- aspectos positivos da gestão governamental de um determinado persona-
dades: terrestres e aquáticos. gem histórico têm maior relevância e valor do que os aspectos negativos,
Uma vez que nestas notas há predomínio da função informativa da lin- teremos de apresentar e de categorizar os dados obtidos de tal forma que
guagem, a expansão é construída sobre a base da descrição científica, que esta valorização fique explícita.
responde às exigências de concisão e de precisão. Nas monografias, é indispensável determinar, no primeiro parágrafo, o
As características inerentes aos objetos apresentados aparecem atra- tema a ser tratado, para abrir espaço à cooperação ativa do leitor que,
vés de adjetivos descritivos - peixe de cor amarelada escura, com manchas conjugando seus conhecimentos prévios e seus propósitos de leitura, fará
pretas no dorso, e parte inferior prateada, cabeça quase cônica, olhos muito as primeiras antecipações sobre a informação que espera encontrar e
juntos, boca oblíqua e duas aletas dorsais - que ampliam a base informativa formulará as hipóteses que guiarão sua leitura. Uma vez determinado o
dos substantivos e, como é possível observar em nosso exemplo, agregam tema, estes textos transcrevem, mediante o uso da técnica de resumo, o
qualidades próprias daquilo a que se referem. que cada uma das fontes consultadas sustenta sobre o tema, as quais
estarão listadas nas referências bibliográficas, de acordo com as normas
O uso do presente marca a temporalidade da descrição, em cujo tecido que regem a apresentação da bibliografia.
predominam os verbos estáticos - apresentar, mostrar, ter, etc. - e os de
ligação - ser, estar, parecer, etc. O trabalho intertextual (incorporação de textos de outros no tecido do
texto que estamos elaborando) manifesta-se nas monografias através de
O Relato de Experimentos construções de discurso direto ou de discurso indireto.
Contém a descrição detalhada de um projeto que consiste em Nas primeiras, incorpora-se o enunciado de outro autor, sem modifica-
manipular o ambiente para obter uma nova informação, ou seja, são textos ções, tal como foi produzido. Ricardo Ortiz declara: "O processo da econo-
que descrevem experimentos. mia dirigida conduziu a uma centralização na Capital Federal de toda
O ponto de partida destes experimentos é algo que se deseja saber, tramitação referente ao comércio exterior'] Os dois pontos que prenunciam
mas que não se pode encontrar observando as coisas tais como estão; é a palavra de outro, as aspas que servem para demarcá-la, os traços que
necessário, então, estabelecer algumas condições, criar certas situações incluem o nome do autor do texto citado, 'o processo da economia dirigida -
para concluir a observação e extrair conclusões. Muda-se algo para consta- declara Ricardo Ortiz - conduziu a uma centralização...') são alguns dos
tar o que acontece. Por exemplo, se se deseja saber em que condições sinais que distinguem frequentemente o discurso direto.
uma planta de determinada espécie cresce mais rapidamente, pode-se Quando se recorre ao discurso indireto, relata-se o que foi dito por ou-
colocar suas sementes em diferentes recipientes sob diferentes condições tro, em vez de transcrever textualmente, com a inclusão de elementos
de luminosidade; em diferentes lugares, areia, terra, água; com diferentes subordinadores e dependendo do caso - as conseguintes modificações,
fertilizantes orgânicos, químicos etc., para observar e precisar em que pronomes pessoais, tempos verbais, advérbios, sinais de pontuação, sinais
circunstâncias obtém-se um melhor crescimento. auxiliares, etc.
A macroestrutura desses relatos contém, primordialmente, duas cate- Discurso direto: ‘Ás raízes de meu pensamento – afirmou Echeverría -
gorias: uma corresponde às condições em que o experimento se realiza, nutrem-se do liberalismo’
isto é, ao registro da situação de experimentação; a outra, ao processo
observado. Discurso indireto: 'Écheverría afirmou que as raízes de seu
pensamento nutriam -se do liberalismo'
Nesses textos, então, são utilizadas com frequência orações que co-
meçam com se (condicionais) e com quando (condicional temporal): Os textos monográficos recorrem, com frequência, aos verbos discendi
(dizer, expressar, declarar, afirmar, opinar, etc.), tanto para introduzir os
Se coloco a semente em um composto de areia, terra preta, húmus, a enunciados das fontes como para incorporar os comentários e opiniões do
planta crescerá mais rápido. emissor.
Quando rego as plantas duas vezes ao dia, os talos começam a Se o propósito da monografia é somente organizar os dados que o au-
mostrar manchas marrons devido ao excesso de umidade. tor recolheu sobre o tema de acordo com um determinado critério de classi-
Estes relatos adotam uma trama descritiva de processo. A variável ficação explícito (por exemplo, organizar os dados em tomo do tipo de fonte
tempo aparece através de numerais ordinais: Em uma primeira etapa, é consultada), sua efetividade dependerá da coerência existente entre os
possível observar... em uma segunda etapa, aparecem os primeiros brotos dados apresentados e o princípio de classificação adotado.
...; de advérbios ou de locuções adverbiais: Jogo, antes de, depois de, no Se a monografia pretende justificar uma opinião ou validar uma hipóte-
mesmo momento que, etc., dado que a variável temporal é um componente se, sua efetividade, então, dependerá da confiabilidade e veracidade das
essencial de todo processo. O texto enfatiza os aspectos descritivos, apre- fontes consultadas, da consistência lógica dos argumentos e da coerência
senta as características dos elementos, os traços distintivos de cada uma estabelecida entre os fatos e a conclusão.
das etapas do processo.

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Estes textos podem ajustar-se a diferentes esquemas lógicos do tipo Estes textos têm duas partes que se distinguem geralmente a partir da
problema /solução, premissas /conclusão, causas / efeitos. especialização: uma, contém listas de elementos a serem utilizados (lista
de ingredientes das receitas, materiais que são manipulados no experimen-
Os conectores lógicos oracionais e extra oracionais são marcas linguís- to, ferramentas para consertar algo, diferentes partes de um aparelho, etc.),
ticas relevantes para analisar as distintas relações que se estabelecem a outra, desenvolve as instruções.
entre os dados e para avaliar sua coerência.
As listas, que são similares em sua construção às que usamos habitu-
A Biografia almente para fazer as compras, apresentam substantivos concretos acom-
É uma narração feita por alguém acerca da vida de outra(s) pessoa(s). panhados de numerais (cardinais, partitivos e múltiplos).
Quando o autor conta sua própria vida, considera-se uma autobiografia. As instruções configuram-se, habitualmente, com orações bimembres,
Estes textos são empregados com frequência na escola, para apresen- com verbos no modo imperativo (misture a farinha com o fermento), ou
tar ou a vida ou algumas etapas decisivas da existência de personagens orações unimembres formadas por construções com o verbo no infinitivo
cuja ação foi qualificada como relevante na história. (misturar a farinha com o açúcar).
Os dados biográficos ordenam-se, em geral, cronologicamente, e, dado Tanto os verbos nos modos imperativo, subjuntivo e indicativo como as
que a temporalidade é uma variável essencial do tecido das biografias, em construções com formas nominais gerúndio, particípio, infinitivo aparecem
sua construção, predominam recursos linguísticos que asseguram a conec- acompanhados por advérbios palavras ou por locuções adverbiais que
tividade temporal: advérbios, construções de valor semântico adverbial expressam o modo como devem ser realizadas determinadas ações (sepa-
(Seus cinco primeiros anos transcorreram na tranquila segurança de sua re cuidadosamente as claras das gemas, ou separe com muito cuidado as
cidade natal Depois, mudou-se com a família para La Prata), proposições claras das gemas). Os propósitos dessas ações aparecem estruturados
temporais (Quando se introduzia obsessivamente nos tortuosos caminhos visando a um objetivo (mexa lentamente para diluir o conteúdo do pacote
da novela, seus estudos de física ajudavam-no a reinstalar-se na realida- em água fria), ou com valor temporal final (bata o creme com as claras até
de), etc. que fique numa consistência espessa). Nestes textos inclui-se, com fre-
quência, o tempo do receptor através do uso do dêixis de lugar e de tempo:
A veracidade que exigem os textos de informação científica manifesta- Aqui, deve acrescentar uma gema. Agora, poderá mexer novamente. Neste
se nas biografias através das citações textuais das fontes dos dados apre- momento, terá que correr rapidamente até o lado oposto da cancha. Aqui
sentados, enquanto a ótica do autor é expressa na seleção e no modo de pode intervir outro membro da equipe.
apresentação destes dados. Pode-se empregar a técnica de acumulação
simples de dados organizados cronologicamente, ou cada um destes dados TEXTOS EPISTOLARES
pode aparecer acompanhado pelas valorações do autor, de acordo com a Os textos epistolares procuram estabelecer uma comunicação por es-
importância que a eles atribui. crito com um destinatário ausente, identificado no texto através do cabeça-
Atualmente, há grande difusão das chamadas "biografias não - lho. Pode tratar-se de um indivíduo (um amigo, um parente, o gerente de
autorizadas" de personagens da política, ou do mundo da Arte. Uma carac- uma empresa, o diretor de um colégio), ou de um conjunto de indivíduos
terística que parece ser comum nestas biografias é a intencionalidade de designados de forma coletiva (conselho editorial, junta diretora).
revelar a personagem através de uma profusa acumulação de aspectos Estes textos reconhecem como portador este pedaço de papel que, de
negativos, especialmente aqueles que se relacionam a defeitos ou a vícios forma metonímica, denomina-se carta, convite ou solicitação, dependendo
altamente reprovados pela opinião pública. das características contidas no texto.
TEXTOS INSTRUCIONAIS Apresentam uma estrutura que se reflete claramente em sua organiza-
Estes textos dão orientações precisas para a realização das mais di- ção espacial, cujos componentes são os seguintes: cabeçalho, que estabe-
versas atividades, como jogar, preparar uma comida, cuidar de plantas ou lece o lugar e o tempo da produção, os dados do destinatário e a forma de
animais domésticos, usar um aparelho eletrônico, consertar um carro, etc. tratamento empregada para estabelecer o contato: o corpo, parte do texto
Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culi- em que se desenvolve a mensagem, e a despedida, que inclui a saudação
nárias até os complexos manuais de instrução para montar o motor de um e a assinatura, através da qual se introduz o autor no texto. O grau de
avião. Existem numerosas variedades de textos instrucionais: além de familiaridade existente entre emissor e destinatário é o princípio que orienta
receitas e manuais, estão os regulamentos, estatutos, contratos, instruções, a escolha do estilo: se o texto é dirigido a um familiar ou a um amigo, opta-
etc. Mas todos eles, independente de sua complexidade, compartilham da se por um estilo informal; caso contrário, se o destinatário é desconhecido
função apelativa, à medida que prescrevem ações e empregam a trama ou ocupa o nível superior em uma relação assimétrica (empregador em
descritiva para representar o processo a ser seguido na tarefa empreendi- relação ao empregado, diretor em relação ao aluno, etc.), impõe-se o estilo
da. formal.
A construção de muitos destes textos ajusta-se a modelos convencio- A Carta
nais cunhados institucionalmente. Por exemplo, em nossa comunidade, As cartas podem ser construídas com diferentes tramas (narrativa e ar-
estão amplamente difundidos os modelos de regulamentos de coproprieda- gumentativa), em tomo das diferentes funções da linguagem (informativa,
de; então, qualquer pessoa que se encarrega da redação de um texto deste expressiva e apelativa).
tipo recorre ao modelo e somente altera os dados de identificação para
introduzir, se necessário, algumas modificações parciais nos direitos e Referimo-nos aqui, em particular, às cartas familiares e amistosas, isto
deveres das partes envolvidas. é, aqueles escritos através dos quais o autor conta a um parente ou a um
amigo eventos particulares de sua vida. Estas cartas contêm acontecimen-
Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instru- tos, sentimentos, emoções, experimentados por um emissor que percebe o
cionais, que nos ajudam a usar corretamente tanto um processador de receptor como ‘cúmplice’, ou seja, como um destinatário comprometido
alimentos como um computador; a fazer uma comida saborosa, ou a seguir afetivamente nessa situação de comunicação e, portanto, capaz de extrair a
uma dieta para emagrecer. A habilidade alcançada no domínio destes dimensão expressiva da mensagem.
textos incide diretamente em nossa atividade concreta. Seu emprego
frequente e sua utilidade imediata justificam o trabalho escolar de aborda- Uma vez que se trata de um diálogo à distância com um receptor co-
gem e de produção de algumas de suas variedades, como as receitas e as nhecido, opta-se por um estilo espontâneo e informal, que deixa transpare-
instruções. cer marcas da oralidade: frases inconclusas, nas quais as reticências
habilitam múltiplas interpretações do receptor na tentativa de concluí-las;
As Receitas e as Instruções perguntas que procuram suas respostas nos destinatários; perguntas que
Referimo-nos às receitas culinárias e aos textos que trazem instruções encerram em si suas próprias respostas (perguntas retóricas); pontos de
para organizar um jogo, realizar um experimento, construir um artefato, exclamação que expressam a ênfase que o emissor dá a determinadas
fabricar um móvel, consertar um objeto, etc. expressões que refletem suas alegrias, suas preocupações, suas dúvidas.

Língua Portuguesa 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Estes textos reúnem em si as diferentes classes de orações. As enun- Para isso, foi preciso determinar muito bem o sentido de progresso. Do
ciativas, que aparecem nos fragmentos informativos, alternam-se com as ponto de vista material, considera-se ganho humano apenas aquilo que
dubitativas, desiderativas, interrogativas, exclamativas, para manifestar a concorre para equilibrar a ação transformadora do homem sobre a natureza e
subjetividade do autor. Esta subjetividade determina também o uso de a integridade da vida natural. Desenvolvimento, sim, mas sustentável: o
diminutivos e aumentativos, a presença frequente de adjetivos qualificati- adjetivo exprime uma condição, para cercear as iniciativas predatórias. Cada
vos, a ambiguidade lexical e sintática, as repetições, as interjeições. novidade tecnológica há de ser investigada quanto a seus efeitos sobre o
homem e o meio em que vive. Cada intervenção na natureza há de adequar-
A Solicitação se a um planejamento que considere a qualidade e a extensão dos efeitos.
É dirigida a um receptor que, nessa situação comunicativa estabelecida Em suma: já está ocorrendo, há algum tempo, uma avaliação ética e
pela carta, está revestido de autoridade à medida que possui algo ou tem a política de todas as formas de progresso que afetam nossa relação com o
possibilidade de outorgar algo que é considerado valioso pelo emissor: um mundo e, portanto, a qualidade da nossa vida. Não é pouco, mas ainda não
emprego, uma vaga em uma escola, etc. é suficiente. Aos cientistas, aos administradores, aos empresários, aos
Esta assimetria entre autor e leitor um que pede e outro que pode ce- industriais e a todos nós – cidadãos comuns – cabe a tarefa cotidiana de
der ou não ao pedido, — obriga o primeiro a optar por um estilo formal, que zelarmos por nossas ações que inflectem sobre qualquer aspecto da quali-
recorre ao uso de fórmulas de cortesia já estabelecidas convencionalmente dade de vida. A tarefa começa em nossa casa, em nossa cozinha e banhei-
para a abertura e encerramento (atenciosamente ..com votos de estima e ro, em nosso quintal e jardim – e se estende à preocupação com a rua, com
consideração . . . / despeço-me de vós respeitosamente . ../ Saúdo-vos com o bairro, com a cidade.
o maior respeito), e às frases feitas com que se iniciam e encerram-se “Meu coração não é maior do que o mundo”, dizia o poeta. Mas um
estes textos (Dirijo-me a vós a fim de solicitar-lhe que ... O abaixo-assinado, mundo que merece a atenção do nosso coração e da nossa inteligência é,
Antônio Gonzalez, D.NJ. 32.107 232, dirigi-se ao Senhor Diretor do Instituto certamente, melhor do que este em que estamos vivendo.
Politécnico a fim de solicitar-lhe...) Não custa interrogar, a cada vez que alguém diz progresso, o sentido
As solicitações podem ser redigidas na primeira ou terceira pessoa do preciso – talvez oculto - da palavra mágica empregada. (Alaor Adauto de
singular. As que são redigidas na primeira pessoa introduzem o emissor Mello)
através da assinatura, enquanto que as redigidas na terceira pessoa identi-
ficam-no no corpo do texto (O abaixo assinado, Juan Antonio Pérez, dirige- 1. Centraliza-se, no texto, uma concepção de progresso, segundo a
se a...). qual este deve ser
A progressão temática dá-se através de dois núcleos informativos: o (A)) equacionado como uma forma de equilíbrio entre as atividades
primeiro determina o que o solicitante pretende; o segundo, as condições humanas e o respeito ao mundo natural.
que reúne para alcançar aquilo que pretende. Estes núcleos, demarcados (B) identificado como aprimoramento tecnológico que resulte em ativida-
por frases feitas de abertura e encerramento, podem aparecer invertidos de economicamente viável.
em algumas solicitações, quando o solicitante quer enfatizar suas condi- (C) caracterizado como uma atividade que redunde em maiores lucros
ções; por isso, as situa em um lugar preferencial para dar maior força à sua para todos os indivíduos de uma comunidade.
apelação. (D) definido como um atributo da natureza que induz os homens a apro-
veitarem apenas o que é oferecido em sua forma natural.
Essas solicitações, embora cumpram uma função apelativa, mostram
(E) aceito como um processo civilizatório que implique melhor distribui-
um amplo predomínio das orações enunciativas complexas, com inclusão
ção de renda entre todos os agentes dos setores produtivos.
tanto de proposições causais, consecutivas e condicionais, que permitem
desenvolver fundamentações, condicionamentos e efeitos a alcançar, como
2. Considere as seguintes afirmações:
de construções de infinitivo ou de gerúndio: para alcançar essa posição, o
I. A banalização do uso da palavra progresso é uma consequência do
solicitante lhe apresenta os seguintes antecedentes... (o infinitivo salienta
fato de que a Ecologia deixou de ser um assunto acadêmico.
os fins a que se persegue), ou alcançando a posição de... (o gerúndio
II. A expressão desenvolvimento sustentável pressupõe que haja
enfatiza os antecedentes que legitimam o pedido).
formas de desenvolvimento nocivas e predatórias.
A argumentação destas solicitações institucionalizaram-se de tal ma- III. Entende o autor do texto que a magia da palavra progresso advém
neira que aparece contida nas instruções de formulários de emprego, de do uso consciente e responsável que a maioria das pessoas vem fa-
solicitação de bolsas de estudo, etc. zendo dela.
Em relação ao texto está correto APENAS que se afirmar em
Texto extraído de: ESCOLA, LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS, Ana Maria
(A) I. (B))II.
Kaufman, Artes Médicas, Porto Alegre, RS.
(C) III. (D) I e II. (E) II e III.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente uma frase do


EXERCÍCIOS – INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS texto em:
(A) Mas quero chegar logo ao ponto = devo me antecipar a qualquer
Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto que se- conclusão.
gue. (B) continuamos a usar indiscriminadamente a palavrinha mágica =
No coração do progresso seguimos chamando de mágico tudo o que julgamos sem preconcei-
Há séculos a civilização ocidental vem correndo atrás de tudo o que to.
classifica como progresso. Essa palavra mágica aplica-se tanto à invenção (C) para cercear as iniciativas predatórias = para ir ao encontro das
do aeroplano ou à descoberta do DNA como à promoção do papai no novo ações voluntariosas.
emprego. “Estou fazendo progressos”, diz a titia, quando enfim acerta a (D) ações que inflectem sobre qualquer aspecto da qualidade da vida =
mão numa velha receita. Mas quero chegar logo ao ponto, e convidar o práticas alheias ao que diz respeito às condições de vida.
leitor a refletir sobre o sentido dessa palavra, que sempre pareceu abrir (E)) há de adequar-se a um planejamento = deve ir ao encontro do que
todas as portas para uma vida melhor. está planificado.
4. Cada intervenção na natureza há de adequar-se a um planejamento
Quando, muitos anos atrás, num daqueles documentários de cinema,
pelo qual se garanta que a qualidade da vida seja preservada.
via-se uma floresta sendo derrubada para dar lugar a algum empreendi-
Os tempos e os modos verbais da frase acima continuarão correta-
mento, ninguém tinha dúvida em dizer ou pensar: é o progresso. Uma
mente articulados caso se substituam as formas sublinhadas, na or-
represa monumental era progresso. Cada novo produto químico era um
dem em que surgem, por
progresso. As coisas não mudaram tanto: continuamos a usar indiscrimina-
(A) houve - garantiria – é
damente a palavrinha mágica. Mas não deixaram de mudar um pouco:
(B) haveria - garantiu - teria sido
desde que a Ecologia saiu das academias, divulgou-se, popularizou-se e
(C) haveria - garantisse – fosse
tornou-se, efetivamente, um conjunto de iniciativas em favor da preserva-
(D) haverá - garantisse - e
ção ambiental e da melhoria das condições da vida em nosso pequenino
(E) havia - garantiu – é
planeta.
Língua Portuguesa 9 A Opção Certa Para a Sua Realização
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5. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na 10. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:
frase: (A) Toda vez que é pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a
(A)) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à palavra progresso porta para um mundo, mágico de prosperidade garantida.
algumas conotações mágicas. (B)) Por mínimas que pareçam, há providências inadiáveis, ações apa-
(B) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu rentemente irrisórias, cuja execução cotidiana é, no entanto, impor-
sentido real muitos equívocos ideológicos. tantíssima.
(C) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso não chega a (C) O prestígio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao modo
representarem, de fato, qualquer avanço significativo. irrefletido, com que usamos e abusamos, dessa palavrinha mágica.
(D) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser investigadas a (D) Ainda que traga muitos benefícios, a construção de enormes repre-
fundo, veríamos que são irrelevantes para a melhoria da vida. sas, costuma trazer também uma série de consequências ambientais
(E) Começam pelas preocupações com nossa casa, com nossa rua, com que, nem sempre, foram avaliadas.
nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma boa qualidade da vida. (E) Não há dúvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalistas
segundo as quais, o conceito de progresso está sujeito a uma per-
6. Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na manente avaliação.
frase:
(A) De tudo aquilo que classificamos como progresso costumamos Leia o texto a seguir para responder às questões de números 11 a 24.
atribuir o sentido de um tipo de ganho ao qual não queremos abrir De um lado estão os prejuízos e a restrição de direitos causados pelos
mão. protestos que param as ruas de São Paulo. De outro está o direito à livre
(B) É preferível deixar intacta a mata selvagem do que destruí-la em manifestação, assegurado pela Carta de 1988. Como não há fórmula
nome de um benefício em que quase ninguém desfrutará. perfeita de arbitrar esse choque entre garantias democráticas fundamen-
(C) A titia, cuja a mão enfim acertou numa velha receita, não hesitou em tais, cabe lançar mão de medidas pontuais – e sobretudo de bom senso.
ver como progresso a operação à qual foi bem sucedida.
(D) A precisão da qual se pretende identificar o sentido de uma palavra A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estima em R$ 3 milhões
depende muito do valor de contexto a que lhe atribuímos. o custo para a população dos protestos ocorridos nos últimos três anos na
(E)) As inovações tecnológicas de cujo benefício todos se aproveitam capital paulista. O cálculo leva em conta o combustível consumido e as
representam, efetivamente, o avanço a que se costuma chamar pro- horas perdidas de trabalho durante os engarrafamentos causados por
gresso. protestos. Os carros enfileirados por conta de manifestações nesses três
anos praticamente cobririam os 231 km que separam São Paulo de São
7. Considere as seguintes afirmações, relativas a aspectos da constru- Carlos.
ção ou da expressividade do texto: A Justiça é o meio mais promissor, em longo prazo, para desestimular
I. No contexto do segundo parágrafo, a forma plural não mudaram os protestos abusivos que param o trânsito nos horários mais inconvenien-
tanto atende à concordância com academias. tes e acarretam variados transtornos a milhões de pessoas. É adequada a
II. No contexto do terceiro parágrafo, a expressão há de adequar-se atitude da CET de enviar sistematicamente ao Ministério Público relatórios
exprime um dever imperioso, uma necessidade premente. com os prejuízos causados em cada manifestação feita fora de horários e
III. A expressão Em suma, tal como empregada no quarto parágrafo, locais sugeridos pela agência ou sem comunicação prévia.
anuncia a abertura de uma linha de argumentação ainda inexplorada
no texto. Com base num documento da CET, por exemplo, a Procuradoria acio-
Está correto APENAS o que se afirmar em nou um líder de sindicato, o qual foi condenado em primeira instância a
(A) I. pagar R$ 3,3 milhões aos cofres públicos, a título de reparação. O direito à
(B)) II. livre manifestação está previsto na Constituição. No entanto, tal direito não
(C) III. anula a responsabilização civil e criminal em caso de danos provocados
(D) I e II. pelos protestos.
(E) II e III. O poder público deveria definir, de preferência em negociação com as
categorias que costumam realizar protestos na capital, horários e locais
8. A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a
vedados às passeatas. Práticas corriqueiras, como a paralisia de avenidas
palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos
essenciais para o tráfego na capital nos horários de maior fluxo, deveriam
que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos. ser abolidas.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os
(Folha de S.Paulo, 29.09.07. Adaptado)
elementos sublinhados, na ordem dada, por:
(A)) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam
(B) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na 11. De acordo com o texto, é correto afirmar que
(C) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe (A) a Companhia de Engenharia de Tráfego não sabe mensurar o custo
(D) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam dos protestos ocorridos nos últimos anos.
(E) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam (B) os prejuízos da ordem de R$ 3 milhões em razão dos engarrafamen-
tos já foram pagos pelos manifestantes.
9. Está clara e correta a redação da seguinte frase: (C) os protestos de rua fazem parte de uma sociedade democrática e
(A) Caso não se determine bem o sentido da palavra progresso, pois que são permitidos pela Carta de 1988.
é usada indiscriminadamente, ainda assim se faria necessário que (D) após a multa, os líderes de sindicato resolveram organizar protestos
reflitamos sobre seu verdadeiro sentido. de rua em horários e locais predeterminados.
(B) Ao dizer o poeta que seu coração não é maior do que o mundo, (E) o Ministério Público envia com frequência estudos sobre os custos
devemos nos inspirar para que se estabeleça entre este e o nosso das manifestações feitas de forma abusiva.
coração os compromissos que se reflitam numa vida melhor.
(C) Nada é desprezível no espaço do mundo, que não mereça nossa 12. No primeiro parágrafo, afirma-se que não há fórmula perfeita para
atenção quanto ao fato de que sejamos responsáveis por sua melho- solucionar o conflito entre manifestantes e os prejuízos causados ao
ria, seja o nosso quintal, nossa rua, enfim, onde se esteja. restante da população. A saída estaria principalmente na
(D)) Todo desenvolvimento definido como sustentável exige, para fazer (A) sensatez.
jus a esse adjetivo, cuidados especiais com o meio ambiente, para
(B) Carta de 1998.
que não venham a ser nocivos seus efeitos imediatos ou futuros.
(C) Justiça.
(E) Tem muita ciência que, se saísse das limitações acadêmicas, acaba-
riam por se revelarem mais úteis e mais populares, em vista da Eco- (D) Companhia de Engenharia de Tráfego.
logia, cujas consequências se sente mesmo no âmbito da vida práti- (E) na adoção de medidas amplas e profundas.
ca.

Língua Portuguesa 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
13. De acordo com o segundo parágrafo do texto, os protestos que 20. No trecho – No entanto, tal direito não anula a responsabilização civil
param as ruas de São Paulo representam um custo para a população e criminal em caso de danos provocados pelos protestos –, a locução
da cidade. O cálculo desses custos é feito a partir conjuntiva no entanto indica uma relação de
(A) das multas aplicadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (A) causa e efeito. (B) oposição.
(CET). (C) comparação. (D) condição. (E) explicação.
(B) dos gastos de combustível e das horas de trabalho desperdiçadas
em engarrafamentos. 21. “Não há fórmula perfeita de arbitrar esse choque.” Nessa frase, a
(C) da distância a ser percorrida entre as cidades de São Paulo e São palavra arbitrar é um sinônimo de
Carlos. (A) julgar. (B) almejar.
(D) da quantidade de carros existentes entre a capital de São Paulo e (C) condenar. (D) corroborar. (E) descriminar.
São Carlos.
22. No trecho – A Justiça é o meio mais promissor para desestimular os
(E) do número de usuários de automóveis particulares da cidade de São
protestos abusivos – a preposição para estabelece entre os termos
Paulo.
uma relação de
14. A quantidade de carros parados nos engarrafamentos, em razão das (A) tempo. (B) posse.
manifestações na cidade de São Paulo nos últimos três anos, é equi- (C) causa. (D) origem. (E) finalidade.
parada, no texto,
23. Na frase – O poder público deveria definir horários e locais –, substi-
(A) a R$ 3,3 milhões.
tuindo-se o verbo definir por obedecer, obtém-se, segundo as regras
(B) ao total de usuários da cidade de São Carlos. de regência verbal, a seguinte frase:
(C) ao total de usuários da cidade de São Paulo. (A) O poder público deveria obedecer para horários e locais.
(D) ao total de combustível economizado. (B) O poder público deveria obedecer a horários e locais.
(E) a uma distância de 231 km. (C) O poder público deveria obedecer horários e locais.
(D) O poder público deveria obedecer com horários e locais.
15. No terceiro parágrafo, a respeito do poder da Justiça em coibir os (E) O poder público deveria obedecer os horários e locais.
protestos abusivos, o texto assume um posicionamento de
(A) indiferença, porque diz que a decisão não cabe à Justiça. 24. Transpondo para a voz passiva a frase – A Procuradoria acionou um
(B) entusiasmo, porque acredita que o órgão já tem poder para impedir líder de sindicato – obtém-se:
protestos abusivos. (A) Um líder de sindicato foi acionado pela Procuradoria.
(C) decepção, porque não vê nenhum exemplo concreto do órgão para (B) Acionaram um líder de sindicato pela Procuradoria.
impedir protestos em horários de pico. (C) Acionaram-se um líder de sindicato pela Procuradoria.
(D) confiança, porque acredita que, no futuro, será uma forma bem- (D) Um líder de sindicato será acionado pela Procuradoria.
sucedida de desestimular protestos abusivos. (E) A Procuradoria foi acionada por um líder de sindicato.
(E) satisfação, porque cita casos em que a Justiça já teve êxito em
impedir protestos em horários inconvenientes e em avenidas movi- Leia o texto para responder às questões de números 25 a 34.
mentadas. DIPLOMA E MONOPÓLIO
Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direito e medi-
16. De acordo com o texto, a atitude da Companhia de Engenharia de
cina no Brasil. É embaraçoso verificar que ainda não foram resolvidos os
Tráfego de enviar periodicamente relatórios sobre os prejuízos cau-
enguiços entre diplomas e carreiras. Falta-nos descobrir que a concorrência
sados em cada manifestação é
(sob um bom marco regulatório) promove o interesse da sociedade e que o
(A) pertinente. (B) indiferente.
monopólio só é bom para quem o detém. Não fora essa ignorância, como
(C) irrelevante. (D) onerosa. (E) inofensiva.
explicar a avalanche de leis que protegem monopólios espúrios para o
exercício profissional?
17. No quarto parágrafo, o fato de a Procuradoria condenar um líder
sindical Desde a criação dos primeiros cursos de direito, os graduados apenas
(A) é ilegal e fere os preceitos da Carta de 1998. ocasionalmente exercem a profissão. Em sua maioria, sempre ocuparam
(B) deve ser comemorada, ainda que viole a Constituição. postos de destaque na política e no mundo dos negócios. Nos dias de hoje,
(C) é legal, porque o direito à livre manifestação não isenta o manifestan- nem 20% advogam.
te da responsabilidade pelos danos causados. Mas continua havendo boas razões para estudar direito, pois esse é
(D) é nula, porque, segundo o direito à livre manifestação, o acusado um curso no qual se exercita lógica rigorosa, se lê e se escreve bastante.
poderá entrar com recurso. Torna os graduados mais cultos e socialmente mais produtivos do que se
(E) é inédita, porque, pela primeira vez, apesar dos direitos assegurados, não houvessem feito o curso. Se aprendem pouco, paciência, a culpa é
um manifestante será punido. mais da fragilidade do ensino básico do que das faculdades. Diante dessa
polivalência do curso de direito, os exames da OAB são uma solução
18. Dentre as soluções apontadas, no último parágrafo, para resolver o brilhante. Aqueles que defenderão clientes nos tribunais devem demonstrar
conflito, destaca-se nessa prova um mínimo de conhecimento. Mas, como os cursos são tam-
(A) multa a líderes sindicais. bém úteis para quem não fez o exame da Ordem ou não foi bem sucedido
(B) fiscalização mais rígida por parte da Companhia de Engenharia de na prova, abrir ou fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC,
Tráfego. não da OAB. A interferência das corporações não passa de uma prática
(C) o fim dos protestos em qualquer via pública. monopolista e ilegal em outros ramos da economia. Questionamos também
(D) fixar horários e locais proibidos para os protestos de rua. se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a
(E) negociar com diferentes categorias para que não façam mais mani- dificuldade das provas, pois essa é também uma forma de limitar a concor-
festações. rência – mas trata-se aí de uma questão secundária. (...)
(Veja, 07.03.2007. Adaptado)
19. No trecho – É adequada a atitude da CET de enviar relatórios –,
substituindo-se o termo atitude por comportamentos, obtém-se, de
25. Assinale a alternativa que reescreve, com correção gramatical, as
acordo com as regras gramaticais, a seguinte frase:
(A) É adequada comportamentos da CET de enviar relatórios. frases: Faz quase dois séculos que foram fundadas escolas de direi-
(B) É adequado comportamentos da CET de enviar relatórios. to e medicina no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não foram
(C) São adequado os comportamentos da CET de enviar relatórios. resolvidos os enguiços entre diplomas e carreiras.
(D) São adequadas os comportamentos da CET de enviar relatórios. (A) Faz quase dois séculos que se fundou escolas de direito e medicina
(E) São adequados os comportamentos da CET de enviar relatórios. no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os en-
guiços entre diplomas e carreiras.

Língua Portuguesa 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(B) Faz quase dois séculos que se fundava escolas de direito e medicina (C) I. Torna os graduados mais cultos. / Torna-os mais cultos. II. É
no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram os preciso mencionar os cursos de administração. / É preciso mencio-
enguiços entre diplomas e carreiras. nar-lhes.
(C) Faz quase dois séculos que se fundaria escolas de direito e medicina (D) I. Os advogados devem demonstrar muitos conhecimentos. Os
no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveu os en- advogados devem demonstrá-los. II. As associações mostram à so-
guiços entre diplomas e carreiras. ciedade o seu papel. / As associações mostram-lhe o seu papel.
(D) Faz quase dois séculos que se fundara escolas de direito e medicina (E) I. As leis protegem os monopólios espúrios. / As leis protegem-os. II.
no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolvera os en- As corporações deviam fiscalizar a prática profissional. / As corpora-
guiços entre diplomas e carreiras. ções deviam fiscalizá-la.
(E) Faz quase dois séculos que se fundaram escolas de direito e medici- 31. Assinale a alternativa em que as palavras em destaque exercem,
na no Brasil. / É embaraçoso verificar que ainda não se resolveram respectivamente, a mesma função sintática das expressões assinala-
os enguiços entre diplomas e carreiras. das em: Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão.
(A) Se aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico.
26. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de
(B) A interferência das corporações não passa de uma prática monopolista.
acordo com a norma culta, as frases: O monopólio só é bom para
(C) Abrir e fechar cursos de “formação geral” é assunto do MEC.
aqueles que ____________. / Nos dias de hoje, nem 20% advogam,
(D) O estudante de direito exercita preferencialmente uma lógica rigorosa.
e apenas 1% ____________. / Em sua maioria, os advogados sem-
(E) Boas razões existirão sempre para o advogado buscar conhecimento.
pre ____________.
(A) o retêem / obtem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na 32. Assinale a alternativa que reescreve a frase de acordo com a norma
política e no mundo dos negócios culta.
(B) o retém / obtém sucesso / se apropriaram aos postos de destaque na (A) Os graduados apenas ocasionalmente exercem a profissão. / Os
política e no mundo dos negócios graduados apenas ocasionalmente se dedicam a profissão.
(C) o retém / obtêem sucesso / se apropriaram os postos de destaque na (B) Os advogados devem demonstrar nessa prova um mínimo de conhe-
política e no mundo dos negócios cimento. / Os advogados devem primar nessa prova por um mínimo
(D) o retêm / obtém sucesso / sempre se apropriaram de postos de de conhecimento.
destaque na política e no mundo dos negócios (C) Ele não fez o exame da OAB. / Ele não procedeu o exame da OAB.
(E) o retem / obtêem sucesso / se apropriaram de postos de destaque na (D) As corporações deviam promover o interesse da sociedade. / As
política e no mundo dos negócios corporações deviam almejar do interesse da sociedade.
(E) Essa é uma forma de limitar a concorrência. / Essa é uma forma de
27. Assinale a alternativa em que se repete o tipo de oração introduzida
restringir à concorrência.
pela conjunção se, empregado na frase – Questionamos também se
uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a 33. Assinale a alternativa em que o período formado com as frases I, II e III
dificuldade das provas, ... estabelece as relações de condição entre I e II e de adição entre I e III.
(A) A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corpora- I. O advogado é aprovado na OAB.
tivos. II. O advogado raciocina com lógica.
(B) Se os advogados aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do III. O advogado defende o cliente no tribunal.
ensino básico. (A) Se o advogado raciocinar com lógica, ele será aprovado na OAB e
(C) O advogado afirma que se trata de uma questão secundária. defenderá o cliente no tribunal com sucesso.
(D) É um curso no qual se exercita lógica rigorosa. (B) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso, mas terá
(E) No curso de direito, lê-se bastante. de raciocinar com lógica e ser aprovado na OAB.
(C) Como raciocinou com lógica, o advogado será aprovado na OAB e
28. Assinale a alternativa em que se admite a concordância verbal tanto
defenderá o cliente no tribunal com sucesso.
no singular como no plural como em: A maioria dos advogados ocu-
(D) O advogado defenderá o cliente no tribunal com sucesso porque
pam postos de destaque na política e no mundo dos negócios.
raciocinou com lógica e foi aprovado na OAB.
(A) Como o direito, a medicina é uma carreira estritamente profissional.
(E) Uma vez que o advogado raciocinou com lógica e foi aprovado na
(B) Os Estados Unidos e a Alemanha não oferecem cursos de adminis-
OAB, ele poderá defender o cliente no tribunal com sucesso.
tração em nível de bacharelado.
(C) Metade dos cursos superiores carecem de boa qualificação. 34. Na frase – Se aprendem pouco, paciência, a culpa é mais da fragili-
(D) As melhores universidades do país abastecem o mercado de traba- dade do ensino básico do que das faculdades. – a palavra paciência
lho com bons profissionais. vem entre vírgulas para, no contexto,
(E) A abertura de novos cursos tem de ser controlada por órgãos oficiais. (A) garantir a atenção do leitor.
(B) separar o sujeito do predicado.
29. Assinale a alternativa que apresenta correta correlação de tempo
(C) intercalar uma reflexão do autor.
verbal entre as orações.
(D) corrigir uma afirmação indevida.
(A) Se os advogados demonstrarem um mínimo de conhecimento,
(E) retificar a ordem dos termos.
poderiam defender bem seus clientes.
(B) Embora tivessem cursado uma faculdade, não se desenvolveram
intelectualmente. Atenção: As questões de números 35 a 42 referem-se ao texto abaixo.
(C) É possível que os novos cursos passam a ter fiscalização mais SOBRE ÉTICA
severa. A palavra Ética é empregada nos meios acadêmicos em três acepções.
(D) Se não fosse tanto desconhecimento, o desempenho poderá ser Numa, faz-se referência a teorias que têm como objeto de estudo o com-
melhor. portamento moral, ou seja, como entende Adolfo Sanchez Vasquez, “a
(E) Seria desejável que os enguiços entre diplomas e carreiras se resol- teoria que pretende explicar a natureza, fundamentos e condições da moral,
vem brevemente. relacionando-a com necessidades sociais humanas.” Teríamos, assim,
nessa acepção, o entendimento de que o fenômeno moral pode ser estu-
30. A substituição das expressões em destaque por um pronome pessoal dado racional e cientificamente por uma disciplina que se propõe a descre-
está correta, nas duas frases, de acordo com a norma culta, em: ver as normas morais ou mesmo, com o auxílio de outras ciências, ser
(A) I. A concorrência promove o interesse da sociedade. / A concorrência capaz de explicar valorações comportamentais.
promove-o. II. Aqueles que defenderão clientes. / Aqueles que lhes Um segundo emprego dessa palavra é considerá-la uma categoria filo-
defenderão. sófica e mesmo parte da Filosofia, da qual se constituiria em núcleo espe-
(B) I. O governo fundou escolas de direito e de medicina. / O governo culativo e reflexivo sobre a complexa fenomenologia da moral na convivên-
fundou elas. II. Os graduados apenas ocasionalmente exercem a cia humana. A Ética, como parte da Filosofia, teria por objeto refletir sobre
profissão. / Os graduados apenas ocasionalmente exercem-la. os fundamentos da moral na busca de explicação dos fatos morais.

Língua Portuguesa 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Numa terceira acepção, a Ética já não é entendida como objeto descri- (C) Costuma ocorrer muitas vezes não ser fácil distinguir Ética ou Moral,
tível de uma Ciência, tampouco como fenômeno especulativo. Trata-se haja vista que tanto uma quanto outra pretendem ajuizar à situação
agora da conduta esperada pela aplicação de regras morais no comporta- do homem.
mento social, o que se pode resumir como qualificação do comportamento (D) Ainda que se torne por consenso um valor do comportamento huma-
do homem como ser em situação. É esse caráter normativo de Ética que a no, a Ética varia conforme a perspectiva de atribuição do mesmo.
colocará em íntima conexão com o Direito. Nesta visão, os valores morais (E) Os saberes humanos aplicados, do conhecimento da Ética, costu-
dariam o balizamento do agir e a Ética seria assim a moral em realização, mam apresentar divergências de enfoques, em que pese a metodo-
pelo reconhecimento do outro como ser de direito, especialmente de digni- logia usada.
dade. Como se vê, a compreensão do fenômeno Ética não mais surgiria
metodologicamente dos resultados de uma descrição ou reflexão, mas sim, 42. Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta visão, os valores
objetivamente, de um agir, de um comportamento consequencial, capaz de morais dariam o balizamento do agir, a forma verbal resultante deve-
tornar possível e correta a convivência. (Adaptado do site Doutrina Jus rá ser:
Navigandi) (A) seria dado.
(B) teriam dado.
35. As diferentes acepções de Ética devem-se, conforme se depreende (C) seriam dados.
da leitura do texto, (D) teriam sido dados.
(A) aos usos informais que o senso comum faz desse termo. (E) fora dado.
(B) às considerações sobre a etimologia dessa palavra.
(C) aos métodos com que as ciências sociais a analisam. Atenção: As questões de números 43 a 48 referem-se ao texto abaixo.
(D) às íntimas conexões que ela mantém com o Direito.
(E) às perspectivas em que é considerada pelos acadêmicos. O HOMEM MORAL E O MORALIZADOR
Depois de um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas, esta-
36. A concepção de ética atribuída a Adolfo Sanchez Vasquez é retoma- mos certos disto: o moralizador e o homem moral são figuras diferentes, se
da na seguinte expressão do texto: não opostas. O homem moral se impõe padrões de conduta e tenta respei-
(A) núcleo especulativo e reflexivo. tá-los; o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele
(B) objeto descritível de uma Ciência. não consegue respeitar.
(C) explicação dos fatos morais.
(D) parte da Filosofia. A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes.
(E) comportamento consequencial. Primeiro, o moralizador é um homem moral falido: se soubesse respei-
tar o padrão moral que ele impõe, ele não precisaria punir suas imperfei-
37. No texto, a terceira acepção da palavra ética deve ser entendida ções nos outros. Segundo, é possível e compreensível que um homem
como aquela em que se considera, sobretudo, moral tenha um espírito missionário: ele pode agir para levar os outros a
(A) o valor desejável da ação humana. adotar um padrão parecido com o seu. Mas a imposição forçada de um
(B) o fundamento filosófico da moral. padrão moral não é nunca o ato de um homem moral, é sempre o ato de
(C) o rigor do método de análise. um moralizador. Em geral, as sociedades em que as normas morais ga-
(D) a lucidez de quem investiga o fato moral. nham força de lei (os Estados confessionais, por exemplo) não são regra-
(E) o rigoroso legado da jurisprudência. das por uma moral comum, nem pelas aspirações de poucos e escolhidos
homens exemplares, mas por moralizadores que tentam remir suas pró-
38. Dá-se uma íntima conexão entre a Ética e o Direito quando ambos prias falhas morais pela brutalidade do controle que eles exercem sobre os
revelam, em relação aos valores morais da conduta, uma preocupa- outros. A pior barbárie do mundo é isto: um mundo em que todos pagam
ção pelos pecados de hipócritas que não se aguentam. (Contardo Calligaris,
(A) filosófica. (B) descritiva. Folha de S. Paulo, 20/03/2008)
(C) prescritiva. (D) contestatária. (E) tradicionalista.
43. Atente para as afirmações abaixo.
39. Considerando-se o contexto do último parágrafo, o elemento subli- I. Diferentemente do homem moral, o homem moralizador não se
nhado pode ser corretamente substituído pelo que está entre parên- preocupa com os padrões morais de conduta.
teses, sem prejuízo para o sentido, no seguinte caso: II. Pelo fato de impor a si mesmo um rígido padrão de conduta, o ho-
(A) (...) a colocará em íntima conexão com o Direito. (inclusão) mem moral acaba por impô-lo à conduta alheia.
(B) (...) os valores morais dariam o balizamento do agir (...) (arremate) III. O moralizador, hipocritamente, age como se de fato respeitasse os
(C) (...) qualificação do comportamento do homem como ser em situa- padrões de conduta que ele cobra dos outros.
ção. (provisório) Em relação ao texto, é correto o que se afirma APENAS em
(D) (...) nem tampouco como fenômeno especulativo. (nem, ainda) (A) I. (B) II.
(E) (...) de um agir, de um comportamento consequencial... (concessi- (C) III. (D) I e II. (E) II e III.
vo)
44. No contexto do primeiro parágrafo, a afirmação de que já decorreu
40. As normas de concordância estão plenamente observadas na frase: um bom século de psicologia e psiquiatria dinâmicas indica um fator
(A) Costumam-se especular, nos meios acadêmicos, em torno de três determinante para que
acepções de Ética. (A) concluamos que o homem moderno já não dispõe de rigorosos
(B) As referências que se faz à natureza da ética consideram-na, com padrões morais para avaliar sua conduta.
muita frequência, associada aos valores morais. (B) consideremos cada vez mais difícil a discriminação entre o homem
(C) Não coubessem aos juristas aproximar-se da ética, as leis deixariam moral e o homem moralizador.
de ter a dignidade humana como balizamento. (C) reconheçamos como bastante remota a possibilidade de se caracte-
(D) Não derivam das teorias, mas das práticas humanas, o efetivo valor rizar um homem moralizador.
de que se impregna a conduta dos indivíduos. (D) identifiquemos divergências profundas entre o comportamento de um
(E) Convém aos filósofos e juristas, quaisquer que sejam as circunstân- homem moral e o de um moralizador.
cias, atentar para a observância dos valores éticos. (E) divisemos as contradições internas que costumam ocorrer nas atitu-
des tomadas pelo homem moral.
41. Está clara, correta e coerente a redação do seguinte comentário
sobre o texto: 45. O autor do texto refere-se aos Estados confessionais para exemplifi-
(A) Dentre as três acepções de Ética que se menciona no texto, uma car uma sociedade na qual
apenas diz respeito à uma área em que conflui com o Direito. (A) normas morais não têm qualquer peso na conduta dos cidadãos.
(B) O balizamento da conduta humana é uma atividade em que, cada um (B) hipócritas exercem rigoroso controle sobre a conduta de todos.
em seu campo, se empenham o jurista e o filósofo.
Língua Portuguesa 13 A Opção Certa Para a Sua Realização
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(C) a fé religiosa é decisiva para o respeito aos valores de uma moral 50. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um
comum. segmento do texto em:
(D) a situação de barbárie impede a formulação de qualquer regra moral. (A) serviu de chamariz ao chamado.
(E) eventuais falhas de conduta são atribuídas à fraqueza das leis. (B) alguma suspeita sardinha
(C) teimoso aproveitamento
46. Na frase A distinção entre ambos tem alguns corolários relevantes, (D) o princípio mesmo do comércio
o sentido da expressão sublinhada está corretamente traduzido em: (E) Agem para salvaguardar
(A) significativos desdobramentos dela.
(B) determinados antecedentes dela. 51. Atente para as afirmações abaixo.
(C) reconhecidos fatores que a causam. I. Os riscos do consumo de uma sardinha suspeita ou da ponta de um
(D) consequentes aspectos que a relativizam. cação que foi desprezada justificam o emprego de se aventuram, no
(E) valores comuns que ela propicia. primeiro parágrafo.
II. O emprego de alegam, no segundo parágrafo, deixa entrever que o
47. Está correta a articulação entre os tempos e os modos verbais na autor não compactua com a justificativa dos feirantes.
frase: III. No último parágrafo, o autor faz ver que o fim da feira traz a supera-
(A) Se o moralizador vier a respeitar o padrão moral que ele impusera, já ção de tudo o que determina a existência de diversas espécies de
não podia ser considerado um hipócrita. seres humanos.
(B) Os moralizadores sempre haveriam de desrespeitar os valores Em relação ao texto, é correto o que se afirmar APENAS em
morais que eles imporão aos outros. (A) I. (B) II.
(C) A pior barbárie terá sido aquela em que o rigor dos hipócritas servis- (C) III. (D) I e II. (E) II e III.
se de controle dos demais cidadãos.
(D) Desde que haja a imposição forçada de um padrão moral, caracteri- 52. Está INCORRETA a seguinte afirmação sobre um recurso de cons-
zava-se um ato típico do moralizador. trução do texto: no contexto do
(E) Não é justo que os hipócritas sempre venham a impor padrões (A) primeiro parágrafo, a forma ou mesmo nada faz subentender a
morais que eles próprios não respeitam. expressão verbal querem pagar.
(B) primeiro parágrafo, a expressão fregueses compradores faz suben-
48. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na tender a existência de “fregueses” que não compram nada.
frase: (C) segundo parágrafo, a expressão de qualquer modo está empregada
(A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não cos- com o sentido de de toda maneira.
tuma acusar em si mesmo. (D) segundo parágrafo, a expressão para salvaguardar está empregada
(B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral com o sentido de a fim de resguardar.
ele não costuma impingir na dos outros. (E) terceiro parágrafo, a expressão não fosse tem sentido equivalente ao
(C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos de mesmo não sendo.
em que ele acusa seus semelhantes.
(D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual não 53. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural para
abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócritas. preencher de modo correto a lacuna da frase:
(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral de cujo (A) Frutas e verduras, mesmo quando desprezadas, não ...... (deixar) de
ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em que é capaz. as recolher quem não pode pagar pelas boas e bonitas.
(B) ......-se (dever) aos ruidosos funcionários da limpeza pública a provi-
Atenção: As questões de números 49 a 54 referem-se ao texto abaixo. dência que fará esquecer que ali funcionou uma feira.
FIM DE FEIRA (C) Não ...... (aludir) aos feirantes mais generosos, que oferecem as
sobras de seus produtos, a observação do autor sobre o egoísmo
Quando os feirantes já se dispõem a desarmar as barracas, começam humano.
a chegar os que querem pagar pouco pelo que restou nas bancadas, ou (D) A pouca gente ...... (deixar) de sensibilizar os penosos detalhes da
mesmo nada, pelo que ameaça estragar. Chegam com suas sacolas cheias coleta, a que o narrador deu ênfase em seu texto.
de esperança. Alguns não perdem tempo e passam a recolher o que está (E) Não ...... (caber) aos leitores, por força do texto, criticar o lucro
pelo chão: um mamãozinho amolecido, umas folhas de couve amarelas, a razoável de alguns feirantes, mas sim, a inaceitável impiedade de ou-
metade de um abacaxi, que serviu de chamariz para os fregueses compra- tros.
dores. Há uns que se aventuram até mesmo nas cercanias da barraca de
pescados, onde pode haver alguma suspeita sardinha oculta entre jornais, 54. A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase:
ou uma ponta de cação obviamente desprezada. (A) Fica-se indignado com os feirantes, que não compreendem a carên-
Há feirantes que facilitam o trabalho dessas pessoas: oferecem-lhes o cia dos mais pobres.
que, de qualquer modo, eles iriam jogar fora. (B) No texto, ocorre uma descrição o mais fiel possível da tradicional
Mas outros parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos refu- coleta de um fim de feira.
gos, e chegam a recolhê-los para não os verem coletados. Agem para (C) A todo momento, dá-se o triste espetáculo de pobreza centralizado
salvaguardar não o lucro possível, mas o princípio mesmo do comércio. nessa narrativa.
Parecem temer que a fome seja debelada sem que alguém pague por isso. (D) Certamente, o leitor não deixará de observar a preocupação do autor
E não admitem ser acusados de egoístas: somos comerciantes, não assis- em distinguir os diferentes caracteres humanos.
tentes sociais, alegam. (E) Em qualquer lugar onde ocorra uma feira, ocorrerá também a humil-
de coleta de que trata a crônica.
Finda a feira, esvaziada a rua, chega o caminhão da limpeza e os fun-
cionários da prefeitura varrem e lavam tudo, entre risos e gritos. O trânsito é
RESPOSTAS
liberado, os carros atravancam a rua e, não fosse o persistente cheiro de
peixe, a ninguém ocorreria que ali houve uma feira, frequentada por tão 1. A 11. C 21. A 31. E 41. B 51. D
diversas espécies de seres humanos. (Joel Rubinato, inédito) 2. B 12. A 22. E 32. B 42. A 52. E
3. E 13. B 23. B 33. A 43. C 53. D
49. Nas frases parecem ciumentos do teimoso aproveitamento dos 4. C 14. E 24. A 34. C 44. D 54. A
refugos e não admitem ser acusados de egoístas, o narrador do texto 5. A 15. D 25. E 35. E 45. B
(A) mostra-se imparcial diante de atitudes opostas dos feirantes. 6. E 16. A 26. D 36. B 46. A
(B) revela uma perspectiva crítica diante da atitude de certos feirantes. 7. B 17. C 27. A 37. A 47. E
(C) demonstra não reconhecer qualquer proveito nesse tipo de coleta. 8. A 18. D 28. C 38. C 48. D
(D) assume-se como um cronista a quem não cabe emitir julgamentos. 9. D 19. E 29. B 39. D 49. B
(E) insinua sua indignação contra o lucro excessivo dos feirantes. 10. B 20. B 30. D 40. E 50. C

Língua Portuguesa 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


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ORTOGRAFIA OFICIAL c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc.
d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de
As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas árvore que produz o látex).
que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de
modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua. e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, en-
chapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafa-
Eis algumas observações úteis: das com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja,
pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, en-
cher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en +
DISTINÇÃO ENTRE J E G radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar:
1. Escrevem-se com J: en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).
a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajeste,
canjerê, pajé, etc. 2. Escrevem-se com CH:
a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estre-
b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrije- buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal-
cer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc. sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachim-
bo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochi-
c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei, la, piche, pichar, tchau.
despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.
b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que
d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc. possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se
distingue pelo contraste entre o x e o ch.
e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais
mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija.
2. Escrevem-se com G: Exemplos:
a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,
• brocha (pequeno prego)
ferrugem, etc.
• broxa (pincel para caiação de paredes)
b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO:
estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc. • chá (planta para preparo de bebida)
c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir. • xá (título do antigo soberano do Irã)
• chalé (casa campestre de estilo suíço)
DISTINÇÃO ENTRE S E Z
1. Escrevem-se com S: • xale (cobertura para os ombros)
a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc.
• chácara (propriedade rural)
b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios • xácara (narrativa popular em versos)
ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: portu-
guês – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa, • cheque (ordem de pagamento)
burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc.
• xeque (jogada do xadrez)
c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc.
• cocho (vasilha para alimentar animais)
d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for • coxo (capenga, imperfeito)
erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exege-
se análise, trombose, etc.
DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C
e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa, Observe o quadro das correlações:
causa. Correlações Exemplos
f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina t-c ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial
em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc. ter-tenção abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção, deter
- detenção; reter - retenção
g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão; preten- rg - rs aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir - submer-
der: pretensão; repreender: repreensão, etc. rt - rs são;
pel - puls inverter - inversão; divertir - diversão
2. Escrevem-se em Z. corr - curs impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão
a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o sent - sens correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão
mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organização, ced - cess sentir - senso, sensível, consenso
organizado; realizar: realização, realizado, etc. ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - inter-
gred - gress cessão.
exceder - excessivo (exceto exceção)
b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados
de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc. prim - press agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão -
progresso - progressivo
tir - ssão
imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir - repres-
c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafezal, cinzeiro, são.
chapeuzinho, cãozito, etc. admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - permissão.
(re)percutir - (re)percussão

DISTINÇÃO ENTRE X E CH: PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES

1. Escrevem-se com X ONDE-AONDE


a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote, Emprega-se AONDE com os verbos que dão ideia de movimento. Equi-
feixe, etc. vale sempre a PARA ONDE.

Língua Portuguesa 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
AONDE você vai? 2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes
AONDE nos leva com tal rapidez? sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil,
Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via-
Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de “movimento” empre- Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.
ga-se ONDE O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
ONDE estão os livros?
Não sei ONDE te encontrar. 3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas
religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência
MAU - MAL do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
MAU é adjetivo (seu antônimo é bom).
Escolheu um MAU momento.
4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República,
Era um MAU aluno.
etc.
MAL pode ser: 5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação,
a) advérbio de modo (antônimo de bem). Estado, Pátria, União, República, etc.
Ele se comportou MAL.
Seu argumento está MAL estruturado 6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações,
b) conjunção temporal (equivale a assim que). órgãos públicos, etc.:
MAL chegou, saiu Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco
c) substantivo: do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
O MAL não tem remédio,
Ela foi atacada por um MAL incurável. 7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e
científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os
CESÃO/SESSÃO/SECÇÃO/SEÇÃO Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
CESSÃO significa o ato de ceder. Manhã, Manchete, etc.
Ele fez a CESSÃO dos seus direitos autorais.
A CESSÃO do terreno para a construção do estádio agradou a todos os 8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente,
torcedores. Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.

SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião: 9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do
Assistimos a uma SESSÃO de cinema. Oriente, o falar do Norte.
Reuniram-se em SESSÃO extraordinária. Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.

SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivisão: 10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o
Lemos a noticia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes. Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de brinquedos.
Escrevem-se com letra inicial minúscula:
HÁ / A 1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,
Na indicação de tempo, emprega-se: nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz): ingleses, ave-maria, um havana, etc.
HÁ dois meses que ele não aparece.
Ele chegou da Europa HÁ um ano. 2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando
A para indicar tempo futuro: empregados em sentido geral:
Daqui A dois meses ele aparecerá. São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
Ela voltará daqui A um ano. 3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio
Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
FORMAS VARIANTES
Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer 4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta:
uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos. "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis)
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,
aluguel ou aluguer hem? ou hein?
mirra." (Manuel Bandeira)
alpartaca, alpercata ou alpargata imundície ou imundícia
amídala ou amígdala infarto ou enfarte
assobiar ou assoviar laje ou lajem ACENTUAÇÃO GRÁFICA
assobio ou assovio lantejoula ou lentejoula
azaléa ou azaleia nenê ou nenen ORTOGRAFIA OFICIAL
Por Paula Perin dos Santos
bêbado ou bêbedo nhambu, inhambu ou nambu
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da
bílis ou bile quatorze ou catorze Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
cãibra ou cãimbra surripiar ou surrupiar internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros:
carroçaria ou carroceria taramela ou tramela 2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa
chimpanzé ou chipanzé relampejar, relampear, relampeguear dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência obrigató-
debulhar ou desbulhar ou relampar ria em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo
porcentagem ou percentagem Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que
fleugma ou fleuma falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve
sua implementação.
EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que
uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar
Escrevem-se com letra inicial maiúscula: que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que
1) a primeira palavra de período ou citação. as diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua." subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática.
No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de
letra maiúscula. Leis ou Acordos.

Língua Portuguesa 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, de- Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescen-
pois de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui tes (semivogal+vogal):
uma dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
ideal é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na
melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra. 3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisân-
descomplicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em diante temo, público, pároco, proparoxítona.
a Ortografia Oficial do Português falado no Brasil.
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
Alfabeto
A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo
 Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e
palavras importadas do idioma inglês, como: IMPORTANTE
km – quilômetro, Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”,
kg – quilograma se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos?
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos
Trema de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente.
Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a
textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.
linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus
derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai 5. Trema
deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso, Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai
o “ü” lê-se “i”) permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira,
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)

QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA 6. Acento Diferencial


1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou O acento diferencial permanece nas palavras:
não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou pôde (passado), pode (presente)
“LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos pôr (verbo), por (preposição)
abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do
Ex. verbo está no singular ou plural:
Chá Mês nós
SINGULAR PLURAL
Gás Sapé cipó
Ele tem Eles têm
Dará Café avós
Ele vem Eles vêm
Pará Vocês compôs
vatapá pontapés só
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como:
Aliás português robô conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.
dá-lo vê-lo avó
recuperá-los Conhecê-los pô-los
guardá-la Fé compô-los EMPREGO DE LETRAS E DIVISÃO SILÁBICA.
réis (moeda) Véu dói
Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU,
méis céu mói
GU.
pastéis Chapéus anzóis 1- chave: cha-ve
ninguém parabéns Jerusalém aquele: a-que-le
palha: pa-lha
Resumindo: manhã: ma-nhã
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que guizo: gui-zo
seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-
lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas nestas Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam
palavras. a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R
2- emblema: em-ble-ma abraço: a-bra-ço
2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em: reclamar: re-cla-mar recrutar: re-cru-tar
flagelo: fla-ge-lo drama: dra-ma
 L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
globo: glo-bo fraco: fra-co
 N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen. implicar: im-pli-car agrado: a-gra-do
 R – câncer, caráter, néctar, repórter. atleta: a-tle-ta atraso: a-tra-so
 X – tórax, látex, ônix, fênix. prato: pra-to
 PS – fórceps, Quéops, bíceps.
 Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs. Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC.
3- correr: cor-rer desçam: des-çam
 ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
passar: pas-sar exceto: ex-ce-to
 I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis. fascinar: fas-ci-nar
 ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
 UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns. Não se separam as letras que representam um ditongo.
 US – ânus, bônus, vírus, Vênus. 4- mistério: mis-té-rio herdeiro: her-dei-ro
cárie: cá-rie

Língua Portuguesa 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Separam-se as letras que representam um hiato. Exemplo: Na palavra automaticamente, o primeiro “e” é a vogal tônica,
5- saúde: sa-ú-de cruel: cru-el o segundo “a” é a vogal subtônica, e as demais vogais são átonas.
rainha: ra-i-nha enjoo: en-jo-o Nota 1: Em alguns idiomas como o chinês não existe o conceito de in-
tensidade da vogal. Em seu lugar, existe o conceito de tom, em que as
Não se separam as letras que representam um tritongo. sílabas são distinguidas pela maneira como são entonadas. Em português,
6- Paraguai: Pa-ra-guai o conceito de “tom” existe quando se diferencia uma pergunta de uma
saguão: sa-guão afirmação (ex.: “o açúcar é branco.”; “o açúcar é branco?”) ou em uma frase
exclamativa: “(ex.: “como o açúcar é branco!”).
Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba
que a antecede. Nota 2: Em nenhuma palavra de até três sílabas existem vogais subtô-
7- torna: tor-na núpcias: núp-cias nicas em português. E em algumas preposições, artigos, pronomes e
técnica: téc-ni-ca submeter: sub-me-ter conjunções com uma ou duas sílabas (ex.: por, em, para, um, o, pelo), não
absoluto: ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz existem vogais tônicas.
Quanto ao timbre
Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à sílaba
- Vogais abertas: São as vogais articuladas ao se abrir o máximo
que a segue
a boca. Por exemplo: nas palavras “amora” e “café”, todas as vogais são
8- pneumático: pneu-má-ti-co
abertas.
gnomo: gno-mo
psicologia: psi-co-lo-gia - Vogais fechadas: São as vogais articuladas ao se abrir o mínimo
a boca. Por exemplo: nas palavras “êxodo” e “fôlego”, todas as vogais são
No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente, fechadas.
mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em Alguns gramáticos da língua portuguesa ainda classificam as vogais “e”
sílabas separadas. e “o” na categoria de vogais reduzidas quando são átonas no fim de uma
palavra, que em geral são pronunciadas como “i” e “u”. Por exemplo, nas
9- sublingual: sub-lin-gual
palavras “análise” e “camelo”.
sublinhar: sub-li-nhar
sublocar: sub-lo-car Quanto ao modo de articulação
- Vogais orais: São as vogais pronunciadas completamente atra-
Preste atenção nas seguintes palavras: vés da cavidade oral. Em português, existem sete vogais orais, a saber: “a”,
trei-no so-cie-da-de “ê”, “é”, “i”, “ô”, “ó” e “u”.
gai-o-la ba-lei-a - Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em que uma parte
des-mai-a-do im-bui-a do ar usado para a pronúncia escapa pela cavidade nasal. Em português,
ra-diou-vin-te ca-o-lho existem seis vogais nasais. Nas palavras: “maçã”, “armazém”, “capim”,
“garçom”, “compra” e “fundo”, os grafemas assinalados em negrito repre-
te-a-tro co-e-lho sentam vogais nasais. Também são nasais os ditongos “ão”, “ãe”, “õe”,
du-e-lo ví-a-mos “âim” (como em “câimbra”) e o ditongo “ui” da palavra “muito”.
a-mné-sia gno-mo
co-lhei-ta quei-jo
Quanto ao ponto de articulação
pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co
dig-no e-nig-ma - Vogais anteriores: São as vogais pronunciadas com a parte tra-
seira da língua curvada para baixo. Em português, são anteriores as vogais
e-clip-se Is-ra-el
“a”, “â”, “o”, “ó” e “u”.
mag-nó-lia
- Vogais posteriores: São as vogais pronunciadas com a parte tra-
seira da língua curvada para cima. Em português, são posteriores as vogais
“e”, “é” e “i”.
CLASSES E EMPREGO DE PALAVRAS.
Nota 1: Alguns gramáticos da língua portuguesa consideram as vogais
MORFOLOGIA. VOZES DO VERBO. EMPREGO DE “a” e “â” como vogais médias ou vogais centrais, porque nessas vogais, em
TEMPOS E MODOS VERBAIS. FONOLOGIA. português, não há curvatura da língua.
Nota 2: Em alguns idiomas como o alemão, para cada vogal anterior
Morfologia - Estrutura e formação de palavras. existe uma posterior correspondente. As vogais posteriores derivadas de
Em linguística, um fonema é a menor unidade sonora (fonética) de uma vogais anteriores são representadas pelo trema (ä, ö, u).
língua que estabelece contraste de significado para diferenciar palavras.
Por exemplo, a diferença entre as palavras prato e trato, quando faladas, SEMIVOGAIS
está apenas no primeiro fonema: P na primeira e T na segunda.
As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da
sílaba, devendo, portanto, associam-se a uma vogal para formarem uma
Classificação dos Fonemas sílaba. Em português, somente os fonemas representados pelas letras “i” e
Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes. “u” em ditongos e tritongos são considerados semivogais. Um ditongo é
sempre formado por uma vogal mais uma semivogal. Quando a semivogal
VOGAIS vem antes da vogal, o ditongo é dito “crescente” (como em “jaguar”). Quan-
do a semivogal vem depois, o ditongo é dito “decrescente” (como em “de-
Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vi-
mais”). Nos ditongos “ui” e “iu”, uma das letras é sempre considerada vogal
brar as cordas vocais e não encontra nenhum obstáculo na sua passagem
e a outra é semivogal. No caso dos tritongos, todos eles são formados por
pelo aparelho fonador. Classificam-se em:
uma vogal intercalada entre duas semivogais.
Quanto à intensidade
- Vogal tônica: é a vogal onde se encontra o acento prosódico principal
CONSOANTES
da palavra.
Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após ultrapas-
- Vogal subtônica: é a vogal onde se encontra o acento prosódico se-
sar um obstáculo que se opõe à corrente de ar no aparelho fonador. Estes
cundário da palavra.
obstáculos incluem os lábios, os dentes, a língua, o palato, o véu palatino e
- Vogal átona: é uma vogal onde não existe qualquer acento prosódi- a úvula. Classificam-se da seguinte maneira:
co.

Língua Portuguesa 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Quanto ao papel das cordas vocais ‘bato’ é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre si as duas
- Consoantes surdas: São as consoantes pronunciadas sem que as palavras. Tal som recebe a denominação de Fonema. Pelo visto, pode-se
cordas vocais sejam postas em vibração. São surdas as seguintes conso- dizer que cada letra do nosso alfabeto representa um fonema, mas fica a
antes em português: f, k, p, s, t, ch. advertência de que num estudo mais profundo a teoria mostra outra reali-
dade, que não convém inserir nas noções elementares de que estamos
- Consoantes sonoras: São as consoantes pronunciadas com a vibra-
tratando. A Letra é a representação gráfica, isto é, uma representação
ção das cordas vocais. São sonoras as seguintes consoantes em portu- escrita de um determinado som.
guês: b, d, g, j, l, lh, m, n, nh, r, v, z.

LETRAS FONEMAS EXEMPLOS


Quanto ao modo de articulação
A Ã (AM, AN) - A ANTA DO CAMPO - ÁRVORE
- Consoantes oclusivas: São as consoantes pronunciadas fechando-se
totalmente o aparelho fonador, sem dar espaço para o ar sair. São oclusi- B BÊ BOI BRAVO - BALEIA
vas as seguintes consoantes: p, t, k, b, d, g. C SÊ - KÊ CERVO – COBRA
- Consoantes fricativas: São as consoantes pronunciadas através de
uma corrente de ar que se fricciona em um obstáculo. São fricativas as D DÊ DROMEDÁRIO - DINOSSAURO
seguintes consoantes em português: f, j, s, ch, v, z. E Ê – EM, EN - E ELEFANTE – ENTE – ÉGUA
- Consoantes laterais: São as consoantes pronunciadas ao fazer pas- F FÊ FOCA - FLAMINGO
sar a corrente de ar nos dois cantos da boca ao lado da língua. Em portu-
guês, são laterais apenas as consoantes “l” e “lh”. G JÊ - GUÊ GIRAFA – GATO
- Consoantes vibrantes: São as consoantes pronunciadas através da H Ø HIPOPÓTAMO - HOMEM
vibração de algum elemento do aparelho fonador, em geral a língua ou o
I IM - I ÍNDIO - IGREJA
véu palatino. Em português, são vibrantes apenas as duas variedades do
“r”, como em “carro” e em “caro”. J JÊ JIBÓIA - JACARÉ
- Consoantes nasais: São as consoantes em que o ar sai pelas fossas L LÊ - U LEÃO - SOL
nasais, em vez da boca. Em português, são nasais as consoantes “m”, “n” e
“nh”. M MÊ – (~) MACACO – CAMBUÍ
Quanto ao ponto de articulação N NÊ – (~) NATUREZA – PONTE
- Consoantes bilabiais: São as consoantes pronunciadas com o O Õ (OM, ON) – O – Ô ONÇA – AVÓ – AVÔ
contato dos dois lábios. Em português, são bilabiais as consoantes: p, b, m.
P PÊ PORCO - PATO
- Consoantes dentais: São as consoantes pronunciadas com a
língua entre os dentes. Não existem consoantes dentais em português. Em Q KÊ QUERO-QUERO - QUEIJO
outros idiomas, pode ser citado como exemplo o “th” do inglês. R RRÊ – RÊ RATO BURRO – ARARA
- Consoantes alveolares: São as consoantes pronunciadas com o
contato da língua nos alvéolos dos dentes. Em português, são alveolares as S SÊ – ZÊ – Ø SAPO – CASA – NASCER
consoantes: t, d, n, s, z, l e o “r” fraco. T TÊ TATU - TUBARÃO
- Consoantes labiodentais: São as consoantes pronunciadas com U U – UM, UN URUBU – ATUM
o contato dos lábios na arcada superior dos dentes. Em português, são
labiodentais as consoantes “f” e “v”. V U – UM, UN VACA - VEADO
XARÉU – EXEMPLO – MÁXIMO
- Consoantes palatais: São as consoantes pronunciadas com o
contato da língua com o palato. Em português, são palatais as seguintes X XÊ – ZÊ – SÊ – Ø - KSÊ – EXCETO - TÁXI
consoantes: j, ch, lh e nh. Z ZÊ ZEBRA - ZORRO
- Consoantes retroflexivas: São as consoantes pronunciadas com Tradicionalmente, costuma-se classificar os fonemas em vogais, semi-
a língua curvada. Em português, somente em alguns dialetos do Brasil têm vogais e consoantes, com algumas divergências entre os autores.
uma consoante retroflexiva, o chamado “r” caipira.
- Consoantes velares: São as consoantes pronunciadas com a VOGAIS
parte traseira da língua no véu palatino. Em português, são velares as aeiou
consoantes: k, g e rr (na maioria dos dialetos).
As vogais são sons musicais produzidos pela vibração das cordas vo-
- Consoantes uvulares: São as consoantes pronunciadas através cais. São chamados fonemas silábicos, pois constituem o fonema central
da vibração da úvula. Em português, somente o dialeto fluminense tem uma de toda sílaba.
consoante uvular; no caso, o “r” forte. Também é considerado uvular o “h”
aspirado de idiomas como o inglês.
AS VOGAIS SÃO CLASSIFICADAS CONFORME:
- Consoantes glotais: São as consoantes pronunciadas através da
Função Das Cavidades Bucal E Nasal
vibração da glote. Não há consoantes glotais em português e em pratica-
mente nenhum dos idiomas ocidentais. Exemplos de idiomas com consoan- Orais - a, e, i, o, u
tes glotais são o hebraico e o árabe. Nasais - ã, ê, î, õ, û.
Nota: No Brasil, é perceptível a diferença de pronúncia da palavra tia
entre pessoas do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, por exemplo. De Zona De Articulação
modo geral, para os primeiros, a letra “t” é um fonema palatal (pronunciado
Média - a
mais ou menos como “txia”, enquanto para os segundos representa um
fonema alveolar. Ainda que — assim como em prato e trato — os sons Anteriores - e, i
correspondentes à letra t de tia sejam diferentes (isto é, letras iguais e sons Posteriores - o, u
diferentes), o fonema é um só, visto que, na língua, não se estabelece
distinção de significado ao pronunciar-se /tia/ ou /txia/.
Timbre
Fonética
Abertas - á, é, ó
Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo-
nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os Fechadas - ê, ô
quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. Por exemplo, em ‘pato’ e Reduzidas - fale, hino.

Língua Portuguesa 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Intensidade Polissílabo
Tônicas - saci, óvulo, peru Possui mais de três sílabas. (escolaridade, reservatório).
Átonas - moço, uva, vida.
TONICIDADE
Semivogais - I U Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que
se pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica. Por exem-
Só há duas semivogais: I e U, quando se incorporam à vogal numa plo, em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá, pá.
mesma sílaba da palavra, formando-se um ditongo ou tritongo. Por exem-
plo: cai-ça-ra, te-sou-ro, Pa-ra-guai. Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras
em:
Oxítonas
Características Das Semivogais:
Quando a tônica é a última sílaba. (sabor, dominó)
Ficam sempre ao lado de outra vogal na mesma sílaba da palavra.
São átonas. Paroxítonas
Quando a tônica é a penúltima. (quadro, mártir)
CONSOANTES
As consoantes são fonemas que soam com alguma vogal. Portanto, Proparoxítonas
são fonemas assilábicos, isto é, sozinhos não formam sílaba. Quando a tônica é a antepenúltima. (úmido, cálice)
BCDFGHJLMNPQRSTVXZ Obs: A maioria das palavras de nossa língua é paroxítona.

ENCONTROS VOCÁLICOS MONOSSÍLABOS


À sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de Átonos
encontro vocálico. Por exemplo, cooperativa. São os de pronúncia branda, os que têm a vogal fraca, inacentuada.
Também são chamados clíticos. Incluem-se na lista dos monossílabos
TRÊS SÃO OS ENCONTROS VOCÁLICOS: DITONGO átonos, os artigos, as preposições, as conjunções, os pronomes pessoais
oblíquos, as combinações pronominais e o pronome relativo ‘que’. Por
É a reunião de uma vogal junto a uma semivogal, ou a reunião de uma exemplo, a, de, nem, lhe, no, me, se.
semivogal junto a uma vogal em uma só sílaba. Por exemplo, rei-na-do.
Tônicos
OS DITONGOS CLASSIFICAM-SE EM: São os de pronúncia forte, independentemente de sinal gráfico sobre a
sílaba. Por exemplo, pé, gás, foz, dor.
Crescentes
Rizotônicas
A semivogal antecede a vogal. Ex: quadro.
São as palavras cujo acento tônico incide no radical. Por exemplo, des-
crevo, descreves, descreve.
Decrescentes
Arrizotônicas
A vogal antecede a semivogal. Ex: rei.
São as palavras cujo acento tônico fica fora do radical. Por exemplo,
Observações:
descreverei, descreverás, descreverá.
Sendo aberta a vogal do ditongo, diz-se que ele é oral aberto. Ex: céu.
Obs: As denominações rizotônico e arrizotônico dizem respeito especi-
Sendo fechada, diz-se que é oral fechado. Ex: ouro. almente às formas verbais.
Sendo nasal, diz-se que é nasal. Ex: pão.
Após a vogal, as letras E e O, que se reduzem, respectivamente, a I e ENCONTROS CONSONANTAIS
U, têm valor de semivogal. Ex: mãe; anão. O agrupamento de duas ou mais consoantes numa mesma palavra de-
nomina-se encontro consonantal. Os encontros consonantais podem ser:
TRITONGO
É o encontro, na mesma sílaba, de uma vogal tônica ladeada de duas Conjuntos ou inseparáveis, terminados em L ou R. Por exemplo, ple-
beu e crô-ni-ca. Exceto: sub-li-nhar.
semivogais. Ex: sa-guão; U-ru-guai.
Disjuntos ou separáveis por vogal não representada na escrita, mas
Pelos exemplos dados, conclui-se que os tritongos podem ser nasais
ou orais. que é percebida, na pronúncia, entre as duas consoantes. Por exemplo, rit-
mo, ad-mi-rar, ob-je-ti-vo.
HIATO
É o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em DÍGRAFOS
duas diferentes emissões de voz. Por exemplo, mi-ú-do, bo-a-to, hi-a-to.
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia
O hiato forma um encontro vocálico disjunto, isto é, na separação da composta para um som simples. Há os seguintes dígrafos:
palavra em sílabas, cada vogal fica em uma sílaba diferente.
Os terminados em H, representados pelos grupos ch, lh, nh. Por exem-
plo, chave, malha, ninho.
SÍLABA
Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e ss.
Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados Por exemplo, carro, pássaro.
numa só emissão de voz. Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classi-
Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. Por exemplo, guerra, quilo, nascer,
fica-se em:
cresça, exceto.
Monossílabo
As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encer-
Possui uma só sílaba. (fé, sol) rando a sílaba por em uma palavra. Por exemplo, pomba, campo, onde,
Dissílabo canto, manto.
Possui duas sílabas. (casa, pombo) Não há como confundir encontro consonantal com dígrafo por uma ra-
Trissílabo zão muito simples: os dígrafos são consoantes que se combinam, mas não
formam um encontro consonantal por constituírem um só fonema.
Possui três sílabas. (cidade, atleta)

Língua Portuguesa 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ESTRUTURA DE PALAVRAS grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcaloide, al-
coômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e
As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários latino / sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);
elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das  Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zun-
palavras. zum, miau);
Exs.:
 Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua
cinzeiro = cinza + eiro
compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.)
endoidecer = en + doido + ecer
predizer = pre + dizer  Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma se-
quência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de
Os principais elementos móficos são: siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)
RADICAL  Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas pala-
É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra. vras, ou para palavras que adquirem um novo significado. pciconcursos
Exs.: amarelecer = amarelo + ecer
enterrar = en + terra + ar
pronome = pro + nome
SUBSTANTIVOS
PREFIXO
É o elemento mórfico que vem antes do radical.
Exs.: anti - herói in - feliz Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá no-
me aos seres em geral.
SUFIXO São, portanto, substantivos.
É o elemento mórfico que vem depois do radical. a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,
Exs.: med - onho cear – ense Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.
b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: traba-
lho, corrida, tristeza beleza altura.
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espécie:
língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocá- rio, cidade, pais, menino, aluno
bulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologis- b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento.
mos) e outros mudam de significado com o passar do tempo. Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula: To-
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das pala- cantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair.
vras encontramos a seguinte divisão: c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, pro-
priamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifi-
 palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor) que que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo con-
 palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha) creto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta,
fada, bruxa, saci.
 palavras simples - só possuem um radical (couve, flor) d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só
 palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo,
aguardente) pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão,
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conheci- portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres:
mento dos seguintes processos de formação: trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza.
Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adje-
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radi- tivos
cais. São dois tipos de composição. trabalhar - trabalho
 justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, correr - corrida
sexta-feira); alto - altura
belo - beleza
 aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de
elementos (pernalta, de perna + alta).
FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal.
acréscimo de afixos. São cinco tipos de derivação. b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa:
 prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil); florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro.
c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio,
 sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente);
tempo, sol.
 parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-
e sufixo, à palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol.
pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva;
 regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se COLETIVOS
substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo
de ajudar); de seres da mesma espécie.
 imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva Veja alguns coletivos que merecem destaque:
alavão - de ovelhas leiteiras
("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio
a comum). alcateia - de lobos
álbum - de fotografias, de selos
antologia - de trechos literários escolhidos
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros armada - de navios de guerra
processos para formação de palavras, como: armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc)
 Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas arquipélago - de ilhas
por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo, assembleia - de parlamentares, de membros de associações

Língua Portuguesa 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
atilho - de espigas de milho
atlas - de cartas geográficas, de mapas Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas
banca - de examinadores pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo:
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios padrinho/madrinha bode/cabra
bando - de aves, de pessoal em geral cavaleiro/amazona pai/mãe
cabido - de cônegos
cacho - de uvas, de bananas b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única
cáfila - de camelos forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se
cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves em:
cancioneiro - de poemas, de canções 1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam
caravana - de viajantes animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca.
cardume - de peixes Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, deve-
clero - de sacerdotes mos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fê-
colmeia - de abelhas mea
concílio - de bispos 2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo arti-
congregação - de professores, de religiosos go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a
congresso - de parlamentares, de cientistas estudante, este dentista.
conselho - de ministros 3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam
consistório - de cardeais sob a presidência do papa pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por ar-
constelação - de estrelas tigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o côn-
corja - de vadios juge, a pessoa, a criatura.
elenco - de artistas Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim:
enxame - de abelhas uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino.
enxoval - de roupas
esquadra - de navios de guerra Alguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:
esquadrilha - de aviões São masculinos São femininos
falange - de soldados, de anjos o anátema o grama (unidade de peso) a abusão a derme
farândola - de maltrapilhos o telefonema o dó (pena, compaixão) a aluvião a omoplata
fato - de cabras o teorema o ágape a análise a usucapião
o trema o caudal a cal a bacanal
fauna - de animais de uma região o edema o champanha a cataplasma a líbido
feixe - de lenha, de raios luminosos o eclipse o alvará a dinamite a sentinela
flora - de vegetais de uma região o lança-perfume o formicida a comichão a hélice
o fibroma o guaraná a aguardente
frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus o estratagema o plasma
girândola - de fogos de artifício o proclama o clã
horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros
junta - de bois, médicos, de examinadores Mudança de Gênero com mudança de sentido
júri - de jurados Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido.
legião - de anjos, de soldados, de demônios Veja alguns exemplos:
malta - de desordeiros o cabeça (o chefe, o líder) a cabeça (parte do corpo)
manada - de bois, de elefantes o capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal)
matilha - de cães de caça o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação transmissora)
ninhada - de pintos o moral (ânimo) a moral (parte da Filosofia, conclusão)
nuvem - de gafanhotos, de fumaça o lotação (veículo) a lotação (capacidade)
panapaná - de borboletas o lente (o professor) a lente (vidro de aumento)
pelotão - de soldados
penca - de bananas, de chaves Plural dos Nomes Simples
pinacoteca - de pinturas 1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa,
plantel - de animais de raça, de atletas casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.
quadrilha - de ladrões, de bandidos 2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em:
ramalhete - de flores a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração,
réstia - de alhos, de cebolas corações; grandalhão, grandalhões.
récua - de animais de carga b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião,
romanceiro - de poesias populares guardiães.
resma - de papel c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão,
revoada - de pássaros cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos.
súcia - de pessoas desonestas Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma
vara - de porcos de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães;
vocabulário - de palavras ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.
3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém,
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns.
Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e 4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar,
grau. lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí-
Gênero fens (ou hífenes).
Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femini- Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones.
no: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta. 5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani-
mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis.
Podemos classificar os substantivos em: Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules.
a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma 6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil,
para o masculino, outra para o feminino: fósseis; réptil, répteis.
aluno/aluna homem/mulher Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar-
menino /menina carneiro/ovelha ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis.

Língua Portuguesa 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o 2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur-
pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni- dos-mudos > surdas-mudas.
cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses; 3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho.
burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases.
São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os Graus do substantivo
substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix, Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais
os ônix. podem ser: sintéticos ou analíticos.
8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs-
tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo pri- Analítico
mitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezi- Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama-
tos. nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande.

Substantivos só usados no plural Sintético


afazeres anais Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados.
arredores belas-artes
cãs condolências Principais sufixos aumentativos
confins exéquias AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO,
férias fezes ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão,
núpcias óculos povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentu-
olheiras pêsames ça.
viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes) Principais Sufixos Diminutivos
ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO,
Plural dos Nomes Compostos ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho,
1. Somente o último elemento varia: montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim,
a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; clara- pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo,
boia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns; homúncula, apícula, velhusco.
b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão-
Observações:
mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres; • Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adqui-
c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo
rem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc.
ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guarda-
Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc.
comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sem-
• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afe-
pre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-
tivo: Joãozinho, amorzinho, etc.
melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques)
• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente for-
2. Somente o primeiro elemento é flexionado: mal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz,
a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite; ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc.
pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-sem-
• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di-
rabo, burros-sem-rabo;
minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bon-
b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade
zinho, pequenito.
ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos-
Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu-
correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada;
gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais
banana-maçã, bananas-maçã.
diferentes para designar o sexo:
A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos-
bode - cabra genro - nora
correios, homens-rãs, navios-escolas, etc.
burro - besta padre - madre
carneiro - ovelha padrasto - madrasta
3. Ambos os elementos são flexionados:
cão - cadela padrinho - madrinha
a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves- cavalheiro - dama pai - mãe
flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-
compadre - comadre veado - cerva
compromissos. frade - freira zangão - abelha
b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor- frei – soror etc.
perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida,
caras-pálidas.

São invariáveis: ADJETIVOS


a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi-
sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo; FLEXÃO DOS ADJETIVOS
b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não- Gênero
molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem- Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser:
desocupa-o-copo; a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne-
c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu-
perde-ganha, os perde-ganha. lher simples; aluno feliz - aluna feliz.
Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, ou-
por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda- tra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem
marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa- alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa
dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se-
salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate. melhante a dos substantivos.

Adjetivos Compostos Número


Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona. a) Adjetivo simples
Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino- Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os
americanos; cívico-militar, cívico-militares. substantivos simples:
1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o pessoa honesta pessoas honestas
segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos regra fácil regras fáceis
amarelo-ouro, paredes azul-piscina. homem feliz homens felizes

Língua Portuguesa 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam in- Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compara-
variáveis: tivo e o superlativo, as seguintes formas especiais:
blusa vinho blusas vinho NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO
camisa rosa camisas rosa ABSOLUTO
RELATIVO
b) Adjetivos compostos bom melhor ótimo
Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último ele- melhor
mento varia, tanto em gênero quanto em número: mau pior péssimo
acordos sócio-político-econômico acordos sócio-político-econômicos pior
causa sócio-político-econômica causas sócio-político-econômicas grande maior máximo
acordo luso-franco-brasileiro acordo luso-franco-brasileiros maior
lente côncavo-convexa lentes côncavo-convexas
pequeno menor mínimo
camisa verde-clara camisas verde-claras
menor
sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros

Observações: Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos:


1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável: acre - acérrimo ágil - agílimo
camisa verde-abacate camisas verde-abacate agradável - agradabilíssimo agudo - acutíssimo
sapato marrom-café sapatos marrom-café amargo - amaríssimo amável - amabilíssimo
blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro amigo - amicíssimo antigo - antiquíssimo
áspero - aspérrimo atroz - atrocíssimo
2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis: audaz - audacíssimo benéfico - beneficentíssimo
blusa azul-marinho blusas azul-marinho
benévolo - benevolentíssimo capaz - capacíssimo
camisa azul-celeste camisas azul-celeste
célebre - celebérrimo cristão - cristianíssimo
3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos
cruel - crudelíssimo doce - dulcíssimo
variam: eficaz - eficacíssimo feroz - ferocíssimo
menino surdo-mudo meninos surdos-mudos fiel - fidelíssimo frágil - fragilíssimo
menina surda-muda meninas surdas-mudas frio - frigidíssimo humilde - humílimo (humildíssimo)
incrível - incredibilíssimo inimigo - inimicíssimo
íntegro - integérrimo jovem - juveníssimo
Graus do Adjetivo
livre - libérrimo magnífico - magnificentíssimo
As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex-
magro - macérrimo maléfico - maleficentíssimo
pressas em dois graus:
manso - mansuetíssimo miúdo - minutíssimo
- o comparativo
negro - nigérrimo (negríssimo) nobre - nobilíssimo
- o superlativo pessoal - personalíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo)
possível - possibilíssimo preguiçoso - pigérrimo
Comparativo próspero - prospérrimo provável - probabilíssimo
Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma público - publicíssimo pudico - pudicíssimo
outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual, sábio - sapientíssimo sagrado - sacratíssimo
superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo: salubre - salubérrimo sensível - sensibilíssimo
- Comparativo de igualdade: simples – simplicíssimo tenro - tenerissimo
O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral. terrível - terribilíssimo tétrico - tetérrimo
Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente. velho - vetérrimo visível - visibilíssimo
voraz - voracíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo
- Comparativo de superioridade:
O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro. Adjetivos Gentílicos e Pátrios
Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico. Argélia – argelino Bagdá - bagdali
Bizâncio - bizantino Bogotá - bogotano
- Comparativo de inferioridade: Bóston - bostoniano Braga - bracarense
Bragança - bragantino Brasília - brasiliense
A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro.
Bucareste - bucarestino, - Buenos Aires - portenho, buenairense
Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável.
bucarestense Campos - campista
Cairo - cairota Caracas - caraquenho
Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensi- Canaã - cananeu Ceilão - cingalês
dade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo: Catalunha - catalão Chipre - cipriota
- Superlativo absoluto Chicago - chicaguense Córdova - cordovês
Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser: Coimbra - coimbrão, conim- Creta - cretense
Esta cidade é poluidíssima. bricense Cuiabá - cuiabano
Esta cidade é muito poluída. Córsega - corso EI Salvador - salvadorenho
Croácia - croata Espírito Santo - espírito-santense,
- Superlativo relativo Egito - egípcio capixaba
Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a Equador - equatoriano Évora - eborense
outros seres: Filipinas - filipino Finlândia - finlandês
Este rio é o mais poluído de todos. Florianópolis - florianopolitano Formosa - formosano
Este rio é o menos poluído de todos. Fortaleza - fortalezense Foz do lguaçu - iguaçuense
Gabão - gabonês Galiza - galego
Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico: Genebra - genebrino Gibraltar - gibraltarino
- Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade - Goiânia - goianense Granada - granadino
muito trabalhador, excessivamente frágil, etc. Groenlândia - groenlandês Guatemala - guatemalteco
Guiné - guinéu, guineense Haiti - haitiano
- Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti- Himalaia - himalaico Honduras - hondurenho
quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc. Hungria - húngaro, magiar Ilhéus - ilheense

Língua Portuguesa 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Iraque - iraquiano Jerusalém - hierosolimita Os pronomes pessoais são os seguintes:
João Pessoa - pessoense Juiz de Fora - juiz-forense NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO
La Paz - pacense, pacenho Lima - limenho singular 1ª eu me, mim, comigo
Macapá - macapaense Macau - macaense 2ª tu te, ti, contigo
3ª ele, ela se, si, consigo, o, a, lhe
Maceió - maceioense Madagáscar - malgaxe
plural 1ª nós nós, conosco
Madri - madrileno Manaus - manauense 2ª vós vós, convosco
Marajó - marajoara Minho - minhoto 3ª eles, elas se, si, consigo, os, as, lhes
Moçambique - moçambicano Mônaco - monegasco
Montevidéu - montevideano Natal - natalense
Normândia - normando Nova lguaçu - iguaçuano PRONOMES DE TRATAMENTO
Pequim - pequinês Pisa - pisano Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra-
Porto - portuense Póvoa do Varzim - poveiro tamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância
Quito - quitenho Rio de Janeiro (Est.) - fluminense deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a
Santiago - santiaguense Rio de Janeiro (cid.) - carioca você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.
São Paulo (Est.) - paulista Rio Grande do Norte - potiguar
São Paulo (cid.) - paulistano Salvador – salvadorenho, soteropolitano Veja, a seguir, alguns desses pronomes:
PRONOME ABREV. EMPREGO
Terra do Fogo - fueguino Toledo - toledano
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Três Corações - tricordiano Rio Grande do Sul - gaúcho Vossa Eminência V .Ema cardeais
Tripoli - tripolitano Varsóvia - varsoviano Vossa Excelência V.Exa altas autoridades em geral Vossa
Veneza - veneziano Vitória - vitoriense Magnificência V. Mag a reitores de universidades
Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral
Locuções Adjetivas Vossa Santidade V.S. papas
As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais subs- Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados
tantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem Vossa Majestade V.M. reis, imperadores
ser substituídas por um adjetivo correspondente. São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo-
cês.

EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS


PRONOMES 1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS,
ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito.
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que repre- Considera-se errado seu emprego como complemento:
senta ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. Convidaram ELE para a festa (errado)
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome Receberam NÓS com atenção (errado)
substantivo. EU cheguei atrasado (certo)
• Ele chegou. (ele) ELE compareceu à festa (certo)
• Convidei-o. (o)
2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a ex- pronomes retos:
tensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo. Convidei ELE (errado)
• Esta casa é antiga. (esta) Chamaram NÓS (errado)
• Meu livro é antigo. (meu) Convidei-o. (certo)
Classificação dos Pronomes Chamaram-NOS. (certo)
Há, em Português, seis espécies de pronomes:
• pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas 3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposi-
de tratamento: ção, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se cor-
• possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões; reto seu emprego como complemento:
• demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo; Informaram a ELE os reais motivos.
• relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde; Emprestaram a NÓS os livros.
• indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vá- Eles gostam muito de NÓS.
rios, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou-
trem, nada, cada, algo. 4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se
• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases in- errado seu emprego como complemento:
terrogativas. Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado)
Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)
PRONOMES PESSOAIS
Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do dis- Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de
curso: preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas
1ª pessoa: quem fala, o emissor. MIM e TI:
Eu sai (eu) Ninguém irá sem EU. (errado)
Nós saímos (nós) Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado)
Convidaram-me (me) Ninguém irá sem MIM. (certo)
Convidaram-nos (nós) Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo)
2ª pessoa: com quem se fala, o receptor.
Tu saíste (tu) Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e
Vós saístes (vós) TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam
Convidaram-te (te) como sujeito de um verbo no infinitivo.
Convidaram-vos (vós) Deram o livro para EU ler (ler: sujeito)
3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente. Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)
Ele saiu (ele)
Eles sairam (eles) Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obri-
Convidei-o (o) gatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de
Convidei-os (os) sujeito.

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5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados 11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo,
somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em exercendo função sintática de adjunto adnominal:
que os referidos pronomes não sejam reflexivos: Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro.
Querida, gosto muito de SI. (errado) Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.
Preciso muito falar CONSIGO. (errado)
Querida, gosto muito de você. (certo) 12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar
Preciso muito falar com você. (certo) uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo-
déstia:
Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes.
pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Vós sois minha salvação, meu Deus!
Ele feriu-se
Cada um faça por si mesmo a redação 13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando
O professor trouxe as provas consigo nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando
falamos dessa pessoa:
6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados
normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
Vossa Excelência já aprovou os projetos?
pronomes devem ser substituídos pela forma analítica:
Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.
Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois
Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios.
14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE,
7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As com- VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª
binações possíveis são as seguintes: pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como
me+o=mo me + os = mos pronomes de terceira pessoa:
te+o=to te + os = tos Você trouxe seus documentos?
lhe+o=lho lhe + os = lhos Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.
nos + o = no-lo nos + os = no-los
vos + o = vo-lo vos + os = vo-los COLOCAÇÃO DE PRONOMES
lhes + o = lho lhes + os = lhos Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A,
NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições:
A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos 1. Antes do verbo - próclise
a, as. Eu te observo há dias.
me+a=ma me + as = mas
2. Depois do verbo - ênclise
te+a=ta te + as = tas
Observo-te há dias.
- Você pagou o livro ao livreiro? 3. No interior do verbo - mesóclise
- Sim, paguei-LHO. Observar-te-ei sempre.
Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que
representa o livreiro) com O (que representa o livro). Ênclise
Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a
8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento
complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas direto ou indireto.
LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos O pai esperava-o na estação agitada.
indiretos: Expliquei-lhe o motivo das férias.
O menino convidou-a. (V.T.D ) Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a
O filho obedece-lhe. (V.T. l ) ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração:
Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões) Voltei-me em seguida para o céu límpido.
aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as 2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de Como eu achasse muito breve, explicou-se.
verbos transitivos diretos: 3. Com o imperativo afirmativo:
Eu lhe vi ontem. (errado) Companheiros, escutai-me.
Nunca o obedeci. (errado) 4. Com o infinitivo impessoal:
Eu o vi ontem. (certo) A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
Nunca lhe obedeci. (certo) destino na mesa.
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar, 6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse in- A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio
finitivo: franco.
Deixei-o sair.
Vi-o chegar. Próclise
Sofia deixou-se estar à janela. Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvol- interrogativos e conjunções.
vendo as orações reduzidas de infinitivo: As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Deixei-o sair = Deixei que ele saísse. Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
Quem lhe ensinou esses modos?
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos: Quem os ouvia, não os amou.
A mim, ninguém me engana. Que lhes importa a eles a recompensa?
A ti tocou-te a máquina mercante. Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez.
2. Nas orações optativas (que exprimem desejo):
Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonas- Papai do céu o abençoe.
mo vicioso e sim ênfase. A terra lhes seja leve.
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3. Com o gerúndio precedido da preposição EM: Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir:
Em se animando, começa a contagiar-nos. 1. Cálculo aproximado, estimativa:
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse. Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos
4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história
pausa entre eles. O nosso homem não se deu por vencido.
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova. Chama-se Falcão o meu homem
Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra. 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum
Eu cá tenho minhas dúvidas
Mesóclise Cornélio teve suas horas amargas
Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente 4. Afetividade, cortesia
e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam Como vai, meu menino?
precedidos de palavras que reclamem a próclise. Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo
Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de paren-
Dir-se-ia vir do oco da terra. tes de família.
Mas: É assim que um moço deve zelar o nome dos seus?
Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida-
Jamais se diria vir do oco da terra. de.
Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível: Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando
Lembrarei-me (!?) não sabia o que dizer.
Diria-se (!?)
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
O Pronome Átono nas Locuções Verbais São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da
1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou coisa designada em relação à pessoa gramatical.
enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal. Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto
Podemos contar-lhe o ocorrido. de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está
Podemos-lhe contar o ocorrido. longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o
Não lhes podemos contar o ocorrido. livro está longe de ambas as pessoas.
O menino foi-se descontraindo.
O menino foi descontraindo-se. Os pronomes demonstrativos são estes:
O menino não se foi descontraindo. ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa
2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa
ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio. AQUELE (e variações), próprio (e variações)
"Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Des- MESMO (e variações), próprio (e variações)
cartes ." SEMELHANTE (e variação), tal (e variação)
Tenho-me levantado cedo.
Não me tenho levantado cedo. Emprego dos Demonstrativos
1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se:
O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que
auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta. fala).
Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da Este documento que tenho nas mãos não é meu.
colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua- Isto que carregamos pesa 5 kg.
gem escrita. b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente:
PRONOMES POSSESSIVOS Este coração não pode me trair.
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu- Esta alma não traz pecados.
indo-lhes a posse de alguma coisa. Tudo se fez por este país..
Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o c) Para indicar o momento em que falamos:
livro pertence a 1ª pessoa (eu) Neste instante estou tranquilo.
Eis as formas dos pronomes possessivos: Deste minuto em diante vou modificar-me.
1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do
2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. momento em que falamos:
3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile.
1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem.
2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. Um dia destes estive em Porto Alegre.
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS. e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no
qual se inclui o momento em que falamos:
Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa
Nesta semana não choveu.
(seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de
Neste mês a inflação foi maior.
você).
Este ano será bom para nós.
Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambigui- Este século terminará breve.
dade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s). f) Para indicar aquilo de que estamos tratando:
Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele. Este assunto já foi discutido ontem.
Tudo isto que estou dizendo já é velho.
A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles. g) Para indicar aquilo que vamos mencionar:
Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio. Só posso lhe dizer isto: nada somos.
Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos.
Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pro-
nomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância. 2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se:
Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com
suas mãos). quem se fala):
Não me respeitava a adolescência. Esse documento que tens na mão é teu?
A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face. Isso que carregas pesa 5 kg.
O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.
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b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente: Tal pai, tal filho.
Esse teu coração me traiu. É pronome substantivo em frases como:
Essa alma traz inúmeros pecados. Não encontrarei tal (= tal coisa).
Quantos vivem nesse pais? Não creio em tal (= tal coisa)
c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que dese-
jamos distância: PRONOMES RELATIVOS
O povo já não confia nesses políticos. Veja este exemplo:
Não quero mais pensar nisso. Armando comprou a casa QUE lhe convinha.
d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa:
Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo
O que você quer dizer com isso? casa é um pronome relativo.
e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que
falamos: PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já re-
Um dia desses estive em Porto Alegre. feridos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos.
Comi naquele restaurante dia desses. A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.
f) Para indicar aquilo que já mencionamos: No exemplo dado, o antecedente é casa.
Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio.
Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distan- Outros exemplos de pronomes relativos:
te. Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.
O lugar onde paramos era deserto.
3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se: Traga tudo quanto lhe pertence.
a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á Leve tantos ingressos quantos quiser.
3ª.
Aquele documento que lá está é teu? Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso?
Aquilo que eles carregam pesa 5 kg. Eis o quadro dos pronomes relativos:
b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante. VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
Naquele instante estava preocupado.
Masculino Feminino
Daquele instante em diante modifiquei-me.
o qual a qual quem
Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele
os quais as quais
século, para exprimir que o tempo já decorreu.
cujo cujos cuja cujas que
quanto quanta quantas onde
4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas,
quantos
usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou
variações) para a primeira:
Observações:
Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente,
e aquela tranquila.
vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL.
O médico de quem falo é meu conterrâneo.
5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE,
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem
pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:
sempre um substantivo sem artigo.
Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose?
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar?
Com um frio destes não se pode sair de casa.
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos
Nunca vi uma coisa daquelas.
de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas.
6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter
Tenho tudo quanto quero.
reforçativo:
Leve tantos quantos precisar.
Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos.
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.
Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas.
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
EM QUE.
7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,
ISSO ou AQUELE (e variações). A casa onde (= em que) moro foi de meu avô.
Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro.
O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres. PRONOMES INDEFINIDOS
Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de
Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames.
modo vago, impreciso, indeterminado.
A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os 1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO,
homens superiores. SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO
Exemplos:
8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante: Algo o incomoda?
A menina ia cair, nisto, o pai a segurou Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve.
Não faças a outrem o que não queres que te façam.
9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE, Quem avisa amigo é.
ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. Encontrei quem me pode ajudar.
Tal era a situação do país. Ele gosta de quem o elogia.
Não disse tal.
Tal não pôde comparecer. 2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA
Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu- CERTAS.
des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha Cada povo tem seus costumes.
QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como Certas pessoas exercem várias profissões.
Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL Certo dia apareceu em casa um repórter famoso.
ou OUTRO TAL:
Suas manias eram tais quais as minhas. PRONOMES INTERROGATIVOS
A mãe era tal quais as filhas. Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de
Os filhos são tais qual o pai. modo impreciso à 3ª pessoa do discurso.

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Exemplos: 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo,
Que há? em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são:
Que dia é hoje? a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala:
Reagir contra quê? Fecho os olhos, agito a cabeça.
Por que motivo não veio? b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele
Quem foi? em que se fala:
Qual será? Fechei os olhos, agitei a cabeça.
Quantos vêm? c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala:
Quantas irmãs tens? Fecharei os olhos, agitarei a cabeça.
O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o
presente.
VERBO
Veja o esquema dos tempos simples em português:
CONCEITO Presente (falo)
“As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando- INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei)
as no tempo. Imperfeito (falava)
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re- Mais- que-perfeito (falara)
ceita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e Futuro do presente (falarei)
gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. do pretérito (falaria)
Assim fiz. Morreram.” Presente (fale)
(Clarice Lispector) SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse)
Futuro (falar)
Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir: Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que
a) Estado: se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema
Não sou alegre nem sou triste. dos tempos simples.
Sou poeta. Infinitivo impessoal (falar)
b) Mudança de estado: Pessoal (falar eu, falares tu, etc.)
Meu avô foi buscar ouro.
Mas o ouro virou terra. FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando)
c) Fenômeno: Particípio (falado)
Chove. O céu dorme.
5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser:
VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de a) agente do fato expresso.
estado e fenômeno, situando-se no tempo. O carroceiro disse um palavrão.
(sujeito agente)
FLEXÕES O verbo está na voz ativa.
O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle- b) paciente do fato expresso:
xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em Um palavrão foi dito pelo carroceiro.
si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica: (sujeito paciente)
• a ação de cantar. O verbo está na voz passiva.
• a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós). c) agente e paciente do fato expresso:
• o número gramatical (plural). O carroceiro machucou-se.
• o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito). (sujeito agente e paciente)
• o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no O verbo está na voz reflexiva.
passado (indicativo).
• que o sujeito pratica a ação (voz ativa). 6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de
Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz. rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical.
1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural: Falo - Estudam.
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural). fora do radical.
Falamos - Estudarei.
2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais:
1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser 7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço. a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme- conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto -
cemos. cantei - cantarei – cantava - cantasse.
2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces. nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis. c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa,
3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe-
a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.
adormece. d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o
b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: ma-
adormecem. tado - morto - enxugado - enxuto.
e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conju-
3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante gação.
em relação ao fato que comunica. Há três modos em português. verbo ser: sou - fui
a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato. verbo ir: vou - ia
A cachorra Baleia corria na frente.
b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato. QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO
Talvez a cachorra Baleia corra na frente. 1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou
c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um explícito. Quase todos os verbos são pessoais.
pedido O Nino apareceu na porta.
Corra na frente, Baleia.

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2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implíci- CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
to ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais: Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar, sentido da frase.
etc. Exemplo:
Garoava na madrugada roxa. Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer: A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
Houve um espetáculo ontem.
Há alunos na sala. Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conser-
claros. vando o mesmo tempo.
c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Outros exemplos:
Fazia dois anos que eu estava casado.
Os calores intensos provocam as chuvas.
Faz muito frio nesta região?
As chuvas são provocadas pelos calores intensos.
Eu o acompanharei.
O VERBO HAVER (empregado impessoalmente) Ele será acompanhado por mim.
O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na
Todos te louvariam.
3ª pessoa do singular - quando significa:
Serias louvado por todos.
1) EXISTIR
Prejudicaram-me.
Há pessoas que nos querem bem. Fui prejudicado.
Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá. Condenar-te-iam.
Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
Serias condenado.
Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores.
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
2) ACONTECER, SUCEDER
a) Presente
Houve casos difíceis na minha profissão de médico.
Emprega-se o presente do indicativo para assinalar:
Não haja desavenças entre vós.
- um fato que ocorre no momento em que se fala.
Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos.
Eles estudam silenciosamente.
Eles estão estudando silenciosamente.
3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado:
- uma ação habitual.
Há meses que não o vejo.
Corra todas as manhãs.
Haverá nove dias que ele nos visitou.
- uma verdade universal (ou tida como tal):
Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava.
O homem é mortal.
O fato aconteceu há cerca de oito meses.
A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa.
Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no
- fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar
pretérito imperfeito, e não no presente:
maior realce à narrativa.
Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada.
Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis".
Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos. É o chamado presente histórico ou narrativo.
Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo.
- fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos:
Havia (e não HÁ) muito tempo que a polícia o procurava.
Amanhã vou à escola.
Qualquer dia eu te telefono.
4) REALIZAR-SE b) Pretérito Imperfeito
Houve festas e jogos.
Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar:
Se não chovesse, teria havido outros espetáculos.
- um fato passado contínuo, habitual, permanente:
Todas as noites havia ensaios das escolas de samba.
Ele andava à toa.
5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e Nós vendíamos sempre fiado.
seguido de infinitivo): - um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre
Em pontos de ciência não há transigir. por exemplo, no início das fábulas, lendas, histórias infantis.
Não há contê-lo, então, no ímpeto. Era uma vez...
Não havia descrer na sinceridade de ambos. - um fato presente em relação a outro fato passado.
Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas. Eu lia quando ele chegou.
E não houve convencê-lo do contrário. c) Pretérito Perfeito
Não havia por que ficar ali a recriminar-se. Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já
Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de ocorrido, concluído.
há muito (= desde muito tempo, há muito tempo): Estudei a noite inteira.
De há muito que esta árvore não dá frutos. Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o
De há muito não o vejo. momento presente.
Tenho estudado todas as noites.
O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com
ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª d) Pretérito mais-que-perfeito
pessoa do singular: Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em
Vai haver eleições em outubro. relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado):
Começou a haver reclamações. A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou.
Não pode haver umas sem as outras.
e) Futuro do Presente
Parecia haver mais curiosos do que interessados. Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato
Mas haveria outros defeitos, devia haver outros.
futuro em relação ao momento em que se fala.
A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser Irei à escola.
construída de três modos:
f) Futuro do Pretérito
Hajam vista os livros desse autor.
Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar:
Haja vista os livros desse autor. - um fato futuro, em relação a outro fato passado.
Haja vista aos livros desse autor.
- Eu jogaria se não tivesse chovido.
Língua Portuguesa 30 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- um fato futuro, mas duvidoso, incerto. NOMEAR
- Seria realmente agradável ter de sair? Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam
Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis,
nomeavam
vezes, ironia.
Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomea-
- Daria para fazer silêncio?! ram
Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem
Modo Subjuntivo Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem
a) Presente Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar:
- um fato presente, mas duvidoso, incerto. COPIAR
Talvez eles estudem... não sei. Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam
- um desejo, uma vontade: Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram
Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiá-
Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores.
reis, copiaram
b) Pretérito Imperfeito Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem
hipótese, uma condição.
Se eu estudasse, a história seria outra. ODIAR
Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo. Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam
e) Pretérito Perfeito Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam
Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram
um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis,
odiaram
características do modo subjuntivo).
Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem
Que tenha estudado bastante é o que espero. Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar
d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito
do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a outro fato CABER
passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo subjuntivo: Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem
Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranqui- Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam
lamente. Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos,
e) Futuro coubéreis, couberam
Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já conclu- Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam
Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis,
ído em relação a outro fato futuro.
coubessem
Quando eu voltar, saberei o que fazer. Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem
O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no
VERBOS IRREGULARES imperativo negativo
DAR
Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão CRER
Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem
Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam
Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam
Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem Conjugam-se como crer, ler e descrer
Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem
DIZER
MOBILIAR Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem
Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram
Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis,
Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem disseram
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão
AGUAR Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam
Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam
Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,
Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem dissesse
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem
MAGOAR
Particípio dito
Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer
Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoa-
ram FAZER
Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem
Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram
APIEDAR-SE Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram
Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedais- Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão
vos, apiadam-se Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam
Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedei- Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam
vos, apiedem-se Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam
Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem
MOSCAR Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer
Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam
PERDER
Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, mus-
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem
quem
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam
Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam
RESFOLEGAR PODER
Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais, Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem
resfolgam Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis, Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam
resfolguem Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, pude-
Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece ram

Língua Portuguesa 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam VALER
Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
pudessem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Gerúndio podendo TRAZER
Particípio podido Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem
O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam
imperativo negativo Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram
Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos,
PROVER trouxéreis, trouxeram
Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam
Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam
Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê- Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam
reis, proveram Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,
Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão trouxessem
Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove- Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe-
riam rem
Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem
Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam Gerúndio trazendo
Particípio trazido
Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis,
provessem VER
Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem
Gerúndio provendo Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram
Particípio provido Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram
Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês
QUERER Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam
Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem
Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé- Particípio visto
reis, quiseram
Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram ABOLIR
Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis, Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem
quisessem Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam
Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram
Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis,
REQUERER aboliram
Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão
Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste, Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam
requereram Presente do subjuntivo não há
Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos, Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis,
requerereis, requereram abolissem
Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis, Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem
requererão Imperativo afirmativo abole, aboli
Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere- Imperativo negativo não há
ríeis, requereriam Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem
Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram Infinitivo impessoal abolir
Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, Gerúndio abolindo
requeiram Particípio abolido
Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I.
requerêsseis, requeressem,
Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, AGREDIR
requerem Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
Gerúndio requerendo Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam
Particípio requerido Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam
O verbo REQUERER não se conjuga como querer. Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I.

REAVER COBRIR
Presente do indicativo reavemos, reaveis Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem
Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve- Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram
ram Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram
Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, Particípio coberto
reouveram Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir
Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou-
vésseis, reouvessem FALIR
Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, Presente do indicativo falimos, falis
reouverem Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam
O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen- Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram
ta a letra v Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão
Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam
SABER Presente do subjuntivo não há
Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem
Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos, Imperativo afirmativo fali (vós)
soubéreis, souberam Imperativo negativo não há
Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, Gerúndio falindo
soubessem Particípio falido
Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem

Língua Portuguesa 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
FERIR Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Gerúndio vindo
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Particípio vindo
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir

MENTIR SUMIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir

FUGIR
Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam ADVÉRBIO
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam

IR
Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-
Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão vérbio, exprimindo uma circunstância.
Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam
Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram Os advérbios dividem-se em:
Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão
nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan-
Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam
Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão te, através, defronte, aonde, etc.
Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão 2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve,
Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem
Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem 3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
Gerúndio indo melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.
Particípio ido 4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema-
siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem,
OUVIR
Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem mal, quase, apenas, etc.
Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam 5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efetivamente, etc.
Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
6) NEGAÇÃO: não.
Particípio ouvido
7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,
PEDIR provavelmente, etc.
Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Há Muitas Locuções Adverbiais
Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra-
Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.
2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite,
POLIR às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de
Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam 3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom
grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge-
REMIR ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis-
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.
Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam 4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui-
RIR
na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem 5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam 6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma,
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram etc.
Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.
Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam Advérbios Interrogativos
Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?
Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Palavras Denotativas
Gerúndio rindo Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te-
Particípio rido rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão,
Conjuga-se como rir: sorrir
situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc.
VIR 1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.
Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm 2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc.
Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham 3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc.
Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram 4) DE DESIGNAÇÃO - eis.
Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão 5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam 6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.
Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Você lá sabe o que está dizendo, homem...
Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem Mas que olhos lindos!
Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem Veja só que maravilha!

Língua Portuguesa 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
NUMERAL DCC 700 setecen- septingenté- septingenté-
tos simo simo
DCCC 800 oitocentos octingenté- octingenté-
Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração. simo simo
O numeral classifica-se em: CM 900 novecen- nongentési- nongentési-
- cardinal - quando indica quantidade. tos mo mo
- ordinal - quando indica ordem. M 1000 mil milésimo milésimo
- multiplicativo - quando indica multiplicação.
- fracionário - quando indica fracionamento. Emprego do Numeral
Exemplos: Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc.
Silvia comprou dois livros. empregam-se de 1 a 10 os ordinais.
Antônio marcou o primeiro gol. João Paulo II (segundo) ano lll (ano terceiro)
Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço. Luis X (décimo) ano I (primeiro)
O galinheiro ocupava um quarto da quintal. Pio lX (nono) século lV (quarto)

QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS De 11 em diante, empregam-se os cardinais:


Leão Xlll (treze) ano Xl (onze)
Algarismos Numerais
Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis)
Roma- Arábi- Cardinais Ordinais Multiplica- Fracionários Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte)
nos cos tivos
I 1 um primeiro simples - Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal.
II 2 dois segundo duplo meio XX Salão do Automóvel (vigésimo)
dobro VI Festival da Canção (sexto)
III 3 três terceiro tríplice terço lV Bienal do Livro (quarta)
IV 4 quatro quarto quádruplo quarto XVI capítulo da telenovela (décimo sexto)
V 5 cinco quinto quíntuplo quinto Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao
VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto emprego do ordinal.
VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo Hoje é primeiro de setembro
VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo Não é aconselhável iniciar período com algarismos
IX 9 nove nono nônuplo nono 16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia
X 10 dez décimo décuplo décimo
A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi-
XI 11 onze décimo onze avos
nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois
primeiro
(= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse
XII 12 doze décimo doze avos
caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um,
segundo
página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a
XIII 13 treze décimo treze avos
folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o
terceiro
numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
XIV 14 quatorze décimo quatorze
quarto avos
XV 15 quinze décimo quinze avos ARTIGO
quinto
XVI 16 dezesseis décimo dezesseis Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-
sexto avos los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.
XVII 17 dezessete décimo dezessete Dividem-se em
sétimo avos • definidos: O, A, OS, AS
XVIII 18 dezoito décimo dezoito avos • indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.
oitavo Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular.
XIX 19 dezenove décimo nono dezenove Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado).
avos
XX 20 vinte vigésimo vinte avos Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso,
XXX 30 trinta trigésimo trinta avos geral.
XL 40 quarenta quadragé- quarenta Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde-
simo avos terminado).
L 50 cinquenta quinquagé- cinquenta lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido.
simo avos
LX 60 sessenta sexagésimo sessenta CONJUNÇÃO
avos
LXX 70 setenta septuagési- setenta avos
mo Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos
Conjunções Coordenativas
XC 90 noventa nonagésimo noventa
1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc.
avos
2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no
C 100 cem centésimo centésimo entanto, etc.
CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo 3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer, etc.
CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo 4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por consequên-
CD 400 quatrocen- quadringen- quadringen- cia.
tos tésimo tésimo 5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque, pois, etc.
D 500 quinhen- quingenté- quingenté-
tos simo simo Conjunções Subordinativas
DC 600 seiscentos sexcentési- sexcentési- 1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc.
mo mo 2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc.

Língua Portuguesa 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc. 5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que, por-
4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. que, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem
que, etc. causar incêndios.
6) INTEGRANTES: que, se, etc. Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.
7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc.
8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversa-
de forma que, de modo que, etc. tivo:
9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam.
mais, etc.
10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc. "Quis dizer mais alguma coisa a não pôde."
(Jorge Amado)

VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES Conjunções subordinativas


As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à
Examinemos estes exemplos: outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que
1º) Tristeza e alegria não moram juntas. traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou
2º) Os livros ensinam e divertem. hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo).
3º) Saímos de casa quando amanhecia. Abrangem as seguintes classes:
1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já
No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração:
que, uma vez que, desde que.
é uma conjunção.
O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa:
No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão li- efeito).
gando orações: são também conjunções. Como estivesse de luto, não nos recebeu.
Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da Desde que é impossível, não insistirei.
mesma oração.
No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma de- 2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão
penda da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto)
isso, a conjunção E é coordenativa. quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma (= como).
à outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjun- Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento.
ção QUANDO é subordinativa. O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa.
As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinati- "Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."
vas. (Paulo Mendes Campos)
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS "Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."
As conjunções coordenativas podem ser: (Antônio Olavo Pereira)
1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas
também, mas ainda, senão também, como também, bem como. "E pia tal a qual a caça procurada."
O agricultor colheu o trigo e o vendeu. (Amadeu de Queirós)
Não aprovo nem permitirei essas coisas.
Os livros não só instruem mas também divertem. "Por que ficou me olhando assim feito boba?"
As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam (Carlos Drummond de Andrade)
as flores.
Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com- Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero.
pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao Os governantes realizam menos do que prometem.
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape-
sar disso, em todo caso. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda
Querem ter dinheiro, mas não trabalham. quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por
Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia. menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que
Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. (= embora não).
A culpa não a atribuo a vós, senão a ele. Célia vestia-se bem, embora fosse pobre.
O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula. A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado. Beba, nem que seja um pouco.
Você já sabe bastante, porém deve estudar mais. Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
Eu sou pobre, ao passo que ele é rico. Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse.
Hoje não atendo, em todo caso, entre. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas
afirmações.
3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou,
Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite.
ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc.
Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos. 4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que
Ou você estuda ou arruma um emprego.
(= se não), a não ser que, a menos que, dado que.
Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.
Ficaremos sentidos, se você não vier.
Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.
Comprarei o quadro, desde que não seja caro.
"Já chora, já se ri, já se enfurece."
Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo.
(Luís de Camões)
"Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos
4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por con- que os mosquitos se opusessem."
seguinte, pois (posposto ao verbo), por isso. (Ferreira de Castro)
As árvores balançam, logo está ventando.
Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável. 5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não
O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te. são como (ou conforme) dizem.

Língua Portuguesa 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar." 6) Concessiva (= embora, ainda que):
(Machado de Assis) Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo.
Beba, um pouco que seja.
6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, 7) Temporal (= depois que, logo que):
tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.
forma que, de maneira que, sem que, que (não). 8) Final (= pare que):
Minha mão tremia tanto que mal podia escrever. Vendo-me à janela, fez sinal que descesse.
Falou com uma calma que todos ficaram atônitos. 9) Causal (= porque, visto que):
Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí. "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vivaldo
Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam. Coaraci)
Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar.
A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase:
7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que). 1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pe-
Afastou-se depressa para que não o víssemos. disse. (sem que = embora não)
Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse. 2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude muito.
Fiz-lhe sinal que se calasse. (sem que = se não,caso não)
3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados.
8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto (sem que = que não)
mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tan- 4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não)
to mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto.
À medida que se vive, mais se aprende. Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo.
Os soldados respondiam, à medida que eram chamados. PREPOSIÇÃO
Observação:
São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois ter-
que e na medida em que. A forma correta é à medida que: mos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o
"À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem." segundo, um subordinado ou consequente.
(Maria José de Queirós) Exemplos:
Chegaram a Porto Alegre.
9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre Discorda de você.
que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, Fui até a esquina.
etc. Casa de Paulo.
Venha quando você quiser.
Não fale enquanto come. Preposições Essenciais e Acidentais
Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra. As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA,
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras. DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e
Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia. ATRÁS.
"Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Caval-
cânti) Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a ou-
tras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais: afora,
10) Integrantes: que, se. conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo,
Sabemos que a vida é breve. segundo, senão, tirante, visto, etc.
Veja se falta alguma coisa.

Observação: INTERJEIÇÃO
Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o
chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB, Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem
porém, não consigna esta espécie de conjunção. ser:
- alegria: ahl oh! oba! eh!
Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que, - animação: coragem! avante! eia!
por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc. - admiração: puxa! ih! oh! nossa!
- aplauso: bravo! viva! bis!
Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, por- - desejo: tomara! oxalá!
tanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex- - dor: aí! ui!
to. Assim, a conjunção que pode ser: - silêncio: psiu! silêncio!
1) Aditiva (= e): - suspensão: alto! basta!
Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai. LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo
A nós que não a eles, compete fazê-lo. valor de uma interjeição.
2) Explicativa (= pois, porque): Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam!
Apressemo-nos, que chove. Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!
3) Integrante:
Diga-lhe que não irei.
4) Consecutiva:
Tanto se esforçou que conseguiu vencer. SINTAXE
Não vão a uma festa que não voltem cansados.
Onde estavas, que não te vi? FRASE
5) Comparativa (= do que, como): Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo.
A luz é mais veloz que o som. O tempo está nublado.
Ficou vermelho que nem brasa. Socorro!
Que calor!

Língua Portuguesa 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ORAÇÃO TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal. Chama-se termos integrantes da oração os que completam a
A fanfarra desfilou na avenida. significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à
As festas juninas estão chegando. compreensão do enunciado.
1. OBJETO DIRETO
PERÍODO Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
Período é a frase estruturada em oração ou orações. transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE.
O período pode ser:
• simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta). 2. OBJETO INDIRETO
Fui à livraria ontem. Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
• composto - quando constituído por mais de uma oração. transitivo indireto.
Fui à livraria ontem e comprei um livro. As crianças precisam de CARINHO.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 3. COMPLEMENTO NOMINAL


São dois os termos essenciais da oração: Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de
SUJEITO um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado por
Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa. um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio.
Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes) Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo)
O sujeito pode ser: O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo)
- simples: quando tem um só núcleo Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE
As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas; (advérbio).
núcleo: rosas)
- composto: quando tem mais de um núcleo 4. AGENTE DA PASSIVA
O burro e o cavalo saíram em disparada. Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo na
(suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo) voz passiva.
- oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal A mãe é amada PELO FILHO.
Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu) O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO.
- indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO.
Come-se bem naquele restaurante.
- Inexistente: quando a oração não tem sujeito TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
Choveu ontem. TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma
Há plantas venenosas. função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo
alguma circunstância.
PREDICADO
Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. São termos acessórios da oração:
O predicado classifica-se em:
1. ADJUNTO ADNOMINAL
1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo
Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os
do sujeito.
substantivos. Pode ser expresso:
Nosso colega está doente.
• pelos adjetivos: água fresca,
Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER,
• pelos artigos: o mundo, as ruas
PERMANECER, etc. • pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas
Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a
• pelos numerais: três garotos; sexto ano
comunicar estado ou qualidade do sujeito.
• pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos
Nosso colega está doente.
A moça permaneceu sentada.
2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou 2. ADJUNTO ADVERBIAL
transitivo. Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo,
O avião sobrevoou a praia. lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento. Cheguei cedo.
O sabiá voou alto. José reside em São Paulo.
Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento.
• Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem auxílio 3. APOSTO
de proposição. Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
Minha equipe venceu a partida. desenvolve ou resume outro termo da oração.
• Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com Dr. João, cirurgião-dentista,
auxílio de preposição. Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
Ele precisa de um esparadrapo. O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
• Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao
mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de 4. VOCATIVO
complemento com auxilio de preposição. Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou
Damos uma simples colaboração a vocês. interpelar alguém ou alguma coisa.
3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo Tem compaixão de nós, ó Cristo.
intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais Professor, o sinal tocou.
predicativo do sujeito. Rapazes, a prova é na próxima semana.
Os rapazes voltaram vitoriosos.
• Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal, ANÁLISE SINTÁTICA:
ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Ele morreu rico. COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO.
• Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal,
ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta.
direto ou indireto. Fui ao cinema.
Elegemos o nosso candidato vereador. O pássaro voou.

Língua Portuguesa 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
PERÍODO COMPOSTO ORAÇÃO PRINCIPAL
No período composto há mais de uma oração. Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida
(Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens por um conectivo.
folgam.) ELES DISSERAM que voltarão logo.
ELE AFIRMOU que não virá.
Período composto por coordenação PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma)
Apresenta orações independentes.
(Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.) ORAÇÃO SUBORDINADA
Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é
Período composto por subordinação introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal
Apresenta orações dependentes. nem sempre é a primeira do período.
(É bom) (que você estude.) Quando ele voltar, eu saio de férias.
Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS
Período composto por coordenação e subordinação Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR
Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este
período é também conhecido como misto. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
(Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.) Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função
de um substantivo.
ORAÇÃO COORDENADA Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas
Oração coordenada é aquela que é independente. substantivas classificam-se em:
As orações coordenadas podem ser:
1) SUBJETIVA (sujeito)
- Sindética:
Convém que você estude mais.
Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção
Importa que saibas isso bem. .
coordenativa.
É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária.
Viajo amanhã, mas volto logo.
- Assindética:
2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto)
Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou
Desejo QUE VENHAM TODOS.
ponto e vírgula.
Pergunto QUEM ESTÁ AI.
Chegou, olhou, partiu.
A oração coordenada sindética pode ser:
3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto)
Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS.
1. ADITIVA:
Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE.
Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas,
também: Daremos o prêmio A QUEM O MERECER.
Ele falava E EU FICAVA OUVINDO.
Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. 4) COMPLETIVA NOMINAL
A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ. Complemento nominal.
Ser grato A QUEM TE ENSINA.
2. ADVERSATIVA: Sou favorável A QUE O PRENDAM.
Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste
(mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc). 5) PREDICATIVA (predicativo)
A espada vence MAS NÃO CONVENCE. Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA)
O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO. Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE.
Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO. Não sou QUEM VOCÊ PENSA.

3. ALTERNATIVAS: 6) APOSITIVAS (servem de aposto)


Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE)
(ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc). Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME.
Mudou o natal OU MUDEI EU?
“OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel, 7) AGENTE DA PASSIVA
OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!” O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR)
(C. Meireles) A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM.

4. CONCLUSIVAS: ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS


Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS, Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de
PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE, um adjetivo.
etc).
Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO. Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas:
Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ. 1) EXPLICATIVAS:
Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente,
5. EXPLICATIVAS: atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma
Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro que informação.
a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.) Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará.
Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR. Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria.
Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS.
2) RESTRITIVAS:
ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo
É aquela que vem entre os termos de uma outra oração. indispensáveis ao sentido da frase:
O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido. Pedra QUE ROLA não cria limo.
A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos: As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem.
CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc. Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui.

Língua Portuguesa 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de
um advérbio. Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante
se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.
As orações subordinadas adverbiais classificam-se em:
1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão: Principais Casos de Concordância Nominal
Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE. 1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em
O tambor soa PORQUE É OCO. gênero e número com o substantivo.
As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico.
2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma
comparação. 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão
O som é menos veloz QUE A LUZ. normalmente para o plural.
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA.
3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai
3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite: para o masculino plural.
POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram. Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.
Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado.
CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava. 4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais
próximo:
4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese: Trouxe livros e revista especializada.
SE O CONHECESSES, não o condenarias. 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi-
Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO? mo.
Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato
com outro: 6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o
Fiz tudo COMO ME DISSERAM. sujeito.
Meus amigos estão atrapalhados.
Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI.
7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica-
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado: tivo no gênero da pessoa a quem se refere.
A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. Sua excelência, o Governador, foi compreensivo.
Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA!
Tenho medo disso QUE ME PÉLO! 8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo
vão para o singular ou para o plural.
7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros).
Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE.
Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. 9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier
precedido de artigo e o segundo não vão para o plural.
8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: Já estudei o primeiro e segundo livros.
À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende.
10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo.
Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na 11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a
oração principal: que se referem.
ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. Ela mesma veio até aqui.
QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. Eles chegaram sós.
Eles próprios escreveram.
10) MODAIS: exprimem modo, maneira:
Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE. 12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere.
Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE. Muito obrigado. (masculino singular)
Muito obrigada. (feminino singular).
ORAÇÕES REDUZIDAS
Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais: 13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica
gerúndio, infinitivo e particípio. invariável quando é advérbio.
Quero meio quilo de café.
Minha mãe está meio exausta.
Exemplos:
É meio-dia e meia. (hora)
• Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO.
• Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ. 14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan-
• FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM, tivo a que se referem.
conseguirás. Trouxe anexas as fotografias que você me pediu.
• É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS A expressão em anexo é invariável.
ATENTOS. Trouxe em anexo estas fotos.
• AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO,
entristeceu-se. 15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substitu-
• É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES em advérbios em MENTE, permanecem invariáveis.
MAIS. Vocês falaram alto demais.
• SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure- O combustível custava barato.
me. Você leu confuso.
Ela jura falso.

Língua Portuguesa 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos, CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER
sofrem variação normalmente. 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
Esses pneus custam caro. pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-
Conversei bastante com eles. RECER concordam com o predicativo.
Conversei com bastantes pessoas. Tudo são esperanças.
Estas crianças moram longe. Aquilo parecem ilusões.
Conheci longes terras. Aquilo é ilusão.

CONCORDÂNCIA VERBAL 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-
CASOS GERAIS corda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Que são florestas equatoriais?
O menino chegou. Os meninos chegaram. Quem eram aqueles homens?
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular.
O pessoal ainda não chegou. 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
A turma não gostou disso. a expressão numérica.
Um bando de pássaros pousou na árvore. São oito horas.
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao Hoje são 19 de setembro.
plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Os Estados Unidos são um grande país.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
Os Alpes vivem cobertos de neve. fica no singular.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. Três batalhões é muito pouco.
Flores já não leva acento. Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
O Amazonas deságua no Atlântico.
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome Maria era as flores da casa.
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen- O homem é cinzas.
temente.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). concorda com o predicativo.
5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o Dançar e cantar é a sua atividade.
sujeito paciente. Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
Vende-se um apartamento.
Vendem-se alguns apartamentos. 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o concorda com o pronome.
verbo para a 3ª pessoa do singular. A ciência, mestres, sois vós.
Precisa-se de funcionários. Em minha turma, o líder sou eu.
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no
singular e o verbo no singular ou no plural. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo,
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) apenas um deles deve ser flexionado.
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural. Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular.
Mais de um jurado fez justiça à minha música.
10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo
no singular. Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição. calmente do outro.
11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e
sujeito. adjetivos).
Deu uma hora. Exemplos:
Deram três horas. - acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM
Bateram cinco horas. EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
Naquele relógio já soaram duas horas. PARA = passagem
12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da A regência verbal trata dos complementos do verbo.
frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito.
Ela é que faz as bolas. ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
Eu é que escrevo os programas. 1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é • pretender (transitivo indireto)
um pronome relativo. No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova. Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
Fui eu que fiz a lição 2. OBEDECER - transitivo indireto
Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí- Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
veis. 3. PAGAR - transitivo direto e indireto
• que: Fui eu que fiz a lição. Já paguei um jantar a você.
• quem: Fui eu quem fez a lição. 4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
• o que: Fui eu o que fez a lição. Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.
14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na 5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto
terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a Prefiro Comunicação à Matemática.
este sua impessoalidade. 6. INFORMAR - transitivo direto e indireto.
Chove a cântaros. Ventou muito ontem. Informei-lhe o problema.
Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.

Língua Portuguesa 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
7. ASSISTIR - morar, residir: 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
Assisto em Porto Alegre. como sujeito:
• amparar, socorrer, objeto direto O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
O médico assistiu o doente. pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto ficuldade, será objeto indireto.
Assistimos a um belo espetáculo. Custou-me confiar nele novamente.
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto Custar-te-á aceitá-la como nora.
Assiste-lhe o direito.

8. ATENDER - dar atenção CRASE


Atendi ao pedido do aluno.
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto Crase é a fusão da preposição A com outro A.
Atenderam o freguês com simpatia. Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem.
9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto
A moça queria um vestido novo. EMPREGO DA CRASE
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto • em locuções adverbiais:
O professor queria muito a seus alunos. à vezes, às pressas, à toa...

10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto • em locuções prepositivas:


Todos visamos a um futuro melhor. em frente à, à procura de...
• APONTAR, MIRAR - objeto direto
O artilheiro visou a meta quando fez o gol. • em locuções conjuntivas:
• pör o sinal de visto - objeto direto à medida que, à proporção que...
O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia.
• pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a,
11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto as
Devemos obedecer aos superiores. Fui ontem àquele restaurante.
Desobedeceram às leis do trânsito. Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão:
Refiro-me àquilo e não a isto.
12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE
• exigem na sua regência a preposição EM
O armazém está situado na Farrapos. A CRASE É FACULTATIVA
Ele estabeleceu-se na Avenida São João. • diante de pronomes possessivos femininos:
Entreguei o livro a(à) sua secretária.
13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo.
Essas tuas justificativas não procedem. • diante de substantivos próprios femininos:
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se Dei o livro à(a) Sônia.
com a preposição DE.
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A. • Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo
O secretário procedeu à leitura da carta. A:
Viajaremos à Colômbia.
14. ESQUECER E LEMBRAR (Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)
• quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto:
Esqueci o nome desta aluna. • Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília,
Lembrei o recado, assim que o vi. Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Ve-
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto: neza, etc.
Esqueceram-se da reunião de hoje. Viajaremos a Curitiba.
Lembrei-me da sua fisionomia. (Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba).
15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa. • Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o
• perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos. modifique.
• pagar - Pago o 13° aos professores. Ela se referiu à saudosa Lisboa.
• dar - Daremos esmolas ao pobre. Vou à Curitiba dos meus sonhos.
• emprestar - Emprestei dinheiro ao colega.
• ensinar - Ensino a tabuada aos alunos. • Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida:
• agradecer - Agradeço as graças a Deus. Às 8 e 15 o despertador soou.
• pedir - Pedi um favor ao colega.

16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto: • Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “mo-
O amor implica renúncia. da” ou "maneira":
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição Aos domingos, trajava-se à inglesa.
COM: Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo.
O professor implicava com os alunos
• no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi- • Antes da palavra casa, se estiver determinada:
ção EM: Referia-se à Casa Gebara.
Implicou-se na briga e saiu ferido
• Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar.
17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A: Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa).
Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA: • Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo.
Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso. Voltou à terra onde nascera.

Língua Portuguesa 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Chegamos à terra dos nossos ancestrais. VÍRGULA
Mas: A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pau-
Os marinheiros vieram a terra. sa na fala. Emprega-se a vírgula:
O comandante desceu a terra. • Nas datas e nos endereços:
São Paulo, 17 de setembro de 1989.
• Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o Largo do Paissandu, 128.
artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente:
Vou até a (á ) chácara. • No vocativo e no aposto:
Cheguei até a(à) muralha Meninos, prestem atenção!
Termópilas, o meu amigo, é escritor.
• A QUE - À QUE
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino • Nos termos independentes entre si:
ocorrerá crase: O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.
Houve um palpite anterior ao que você deu.
• Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
caso é usado o duplo emprego da vírgula:
Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da pa-
ocorrerá crase.
droeira.
Não gostei do filme a que você se referia.
Não gostei da peça a que você se referia. • Após alguns adjuntos adverbiais:
No dia seguinte, viajamos para o litoral.
O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo
A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do • Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego
de: da vírgula:
Meu palpite é igual ao de todos Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.
Minha opinião é igual à de todos.
• Após a primeira parte de um provérbio.
NÃO OCORRE CRASE O que os olhos não veem, o coração não sente.
• antes de nomes masculinos:
Andei a pé. • Em alguns casos de termos oclusos:
Andamos a cavalo. Eu gostava de maçã, de pera e de abacate.

• antes de verbos: RETICÊNCIAS


Ela começa a chorar. • São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
Cheguei a escrever um poema. Não me disseste que era teu pai que...
• em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos cara a cara. • Para realçar uma palavra ou expressão.
Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome...
• antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona:
Dirigiu-se a V. Sa com aspereza. • Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento.
Escrevi a Vossa Excelência. Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...
Dirigiu-se gentilmente à senhora.

• quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural: PONTO E VÍRGULA


Não falo a pessoas estranhas. • Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém
Jamais vamos a festas. alguma simetria entre si.
"Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhe-
cido, guardando consigo a ponta farpada. "
PONTUAÇÃO
• Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu
interior.
Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais
pausas da linguagem oral. calmo, resolveu o problema sozinho.
PONTO DOIS PONTOS
O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase decla- • Enunciar a fala dos personagens:
rativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos Ele retrucou: Não vês por onde pisas?
comuns ele é chamado de simples. • Para indicar uma citação alheia:
Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris- passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar-
to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo). que".
• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anteri-
PONTO DE INTERROGAÇÃO or:
É usado para indicar pergunta direta. Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.
Onde está seu irmão? • Enumeração após os apostos:
Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação. Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.
A mim ?! Que ideia!
TRAVESSÃO
PONTO DE EXCLAMAÇÃO Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar
É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas. palavras ou frases
Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória! – "Quais são os símbolos da pátria?
Ó jovens! Lutemos! – Que pátria?

Língua Portuguesa 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos). SIGNIFICADO DAS PALAVRAS:
– "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS.
vez.
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma Quanto à significação, as palavras podem ser:
coisa". (M. Palmério). 1. Sinônimas - quando apresentam sentidos semelhantes: falecer e
morrer, belo e bonito; longe e distante, etc.
• Usa-se para separar orações do tipo:
– Avante!- Gritou o general. 2. Antônimas - quando têm significação oposta: triste e alegre, bondade
– A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta. e maldade, riqueza e pobreza.

Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam 3. Homônimas - quando são escritas ou pronunciadas de modo idêntico
uma cadeia de frase: mas são diferentes quanto ao significado.
• A estrada de ferro Santos – Jundiaí. Os homônimos podem ser:
a) perfeitos - quando possuem a mesma grafia (homógrafos) e a
• A ponte Rio – Niterói. mesma pronúncia (homófonos):
cura (padre) - cura (do v. curar)
• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre. verão (estação) - verão (verbo ver)
são (sadio) - são (verbo ser)
ASPAS b) imperfeitos - quando têm a mesma grafia mas pronúncia diferente
São usadas para: (homógrafos) ou a mesma pronúncia mas grafia diferente (homó-
• Indicar citações textuais de outra autoria. fonos). Exemplos: selo (substantivo) - selo (verbo selar) / ele (pro-
"A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles) nome) - ele (letra)

• Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se 4. Parônimas - quando se assemelham na forma mas têm significados
expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaísmo, formas populares: diferentes.
Há quem goste de “jazz-band”. Exemplos: descriminar (inocentar) - discriminar (distinguir) / discente
Não achei nada "legal" aquela aula de inglês. (relativo a alunos) - docente (relativo a professores)

• Para enfatizar palavras ou expressões:


Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

• Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc. A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a
"Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro. seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.
A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no
• Em casos de ironia: seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias
A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente. interpretações.
Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão.
Observe os exemplos:
PARÊNTESES Denotação
Empregamos os parênteses: As estrelas do céu.
• Nas indicações bibliográficas. Vesti-me de verde.
"Sede assim qualquer coisa. O fogo do isqueiro.
serena, isenta, fiel".
(Meireles, Cecília, "Flor de Poemas"). Conotação
As estrelas do cinema.
• Nas indicações cênicas dos textos teatrais: O jardim vestiu-se de flores.
"Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos O fogo da paixão.
fora das órbitas. Amália se volta)".
(G. Figueiredo) SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido
• Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória: figurado:
"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-lo, morrendo de Construí um muro de pedra - sentido próprio
fome." Maria tem um coração de pedra – sentido figurado.
(C. Lispector) A água pingava lentamente – sentido próprio.
• Para isolar orações intercaladas:
"Estou certo que eu (se lhe ponho
Minha mão na testa alçada) FIGURAS DE LINGUAGEM
Sou eu para ela."
(M. Bandeira) Consideradas pelos autores clássicos gregos e romanos como inte-
COLCHETES [ ] grantes da arte da retórica, de grande importância literária, as figuras de
Os colchetes são muito empregados na linguagem científica. linguagem contribuem também para a evolução da língua.
Figuras de linguagem são maneiras de falar diferentes do cotidiano
ASTERISCO comum, com o fim de chamar a atenção por meio de expressões mais
O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para vivas. Visa também dar relevo ao valor autônomo do signo linguístico, o que
alguma nota (observação). é característica própria da linguagem literária. As figuras podem ser de
dicção (ou metaplasmos), quando dizem respeito à própria articulação dos
BARRA vocábulos; de palavra (ou tropos), quando envolvem a significação dos
A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas termos empregados; de pensamento, que ocorre todas as vezes que se
abreviaturas. apresenta caprichosamente a linguagem espiritual; ou de construção,
quando é conseguida por meios sintáticos.

Língua Portuguesa 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Metaplasmos. Todas as figuras que acrescentam, suprimem, permutam Quanto ao rr, para muitos conserva a geminação, na pronúncia trilada,
ou transpõem fonemas nas palavras são metaplasmos. Assim, por exem- como no castelhano (terra > terra); para outros os dois erres se simplificam
plo, mui em vez de muito; enamorado, em vez de namorado; cuidoso, em num r uvular, muito próximo do r grasseyé francês.
vez de cuidadoso; desvario, em vez de desvairo.
Consiste a vocalização na troca das consoantes finais de sílabas interi-
Figuras de palavras. As principais figuras de palavras são a metáfora, ores em i, ou u: (acceptus > aceito, absente > ausente). Muitos brasileiros
a metonímia e o eufemismo. Recurso essencial na poesia, a metáfora é a estendem isso ao l, como em "sol", que proferem "çóu", criando um ditongo
transferência de um termo para outro campo semântico, por uma compara- que não existe em português.
ção subentendida (como por exemplo quando se chama uma pessoa astuta Os vocábulos revelam, em sua evolução, metaplasmos que se classifi-
de "águia"). A metonímia consiste em designar um objeto por meio de um cam como de aumento, de diminuição, e de troca. Como exemplos de
termo designativo de outro objeto, que tem com o primeiro uma dentre acréscimos anotam-se os fonemas que se agregam às antigas formas. Em
várias relações: (1) de causa e efeito (trabalho, por obra); (2) de continente "estrela" há um e inicial, e mais um r, que não havia no originário stella.
e conteúdo (garrafa, por bebida); (3) lugar e produto (porto, por vinho do Observem-se essas evoluções: foresta > floresta, ante > antes. "Brata",
Porto); (4) matéria e objeto (cobre, por moeda de cobre); (5) concreto e oriundo de blatta, diz-se atualmente "barata". Decréscimos são supressões
abstrato (bandeira, por pátria); (6) autor e obra (um Portinari, por um quadro como as observadas na transformação de episcopus em "bispo". Ou em
pintado por Portinari); (7) a parte pelo todo (vela, por embarcação). O amat > ama, polypus > polvo, enamorar > namorar.
eufemismo é a expressão que suaviza o significado inconveniente de outra,
como chamar uma pessoa estúpida de "pouco inteligente", ou "descuida- Apontam-se trocas em certas transformações. Note-se a posição do r
do", ao invés de "grosseiro". em: pigritia > preguiça, crepare > quebrar, rabia > raiva. Os acentos tam-
bém se deslocam às vezes, deslizando para a frente (produção), como em
Figuras de construção e de pensamento. Tanto as figuras de constru- júdice > juiz, ou antecipando-se (correpção), como em amassémus >
ção quanto as de pensamento são às vezes englobadas como "figuras amássemos. A crase (ou fusão) é um caso particular de diminuição, carac-
literárias". As primeiras são: assindetismo (falta de conectivos), sindetismo terístico aliás da língua portuguesa, e consiste em se reduzirem duas ou
(abuso de conectivos), redundância (ou pleonasmo), reticência (ou interrup- três vogais consecutivas a uma só: avoo > avô, avoa > avó, aa > à, maior >
ção), transposição (ou anástrofe, isto é, a subversão da ordem habitual dos mor, põer > pôr. A crase é também normal em casos como "casa amarela"
termos). As principais figuras de pensamento são a comparação (ou ima- (káz ãmáréla).
gem), a antítese (ou realce de pensamentos contraditórios), a gradação, a
hipérbole (ou exagero, como na frase: "Já lhe disse milhares de vezes"), a Os metaplasmos são, em literatura, principalmente na poesia, figuras
lítotes (ou diminuição, por humildade ou escárnio, como quando se diz que de dicção. Os poetas apelam para as supressões, para as crases, para os
alguém "não é nada tolo", para indicar que é esperto). hiatos, como para recursos de valor estilístico. A um poeta é lícito dizer no
Brasil: "E o rosto of'rece a ósculos vendidos" (Gonçalves Dias). Quando
Figuras de sintaxe. Quando se busca maior expressividade, muitas ve- Bilac versifica: "Brenha rude, o luar beija à noite uma ossada" dá ao encon-
zes usam-se lacunas, superabundâncias e desvios nas estruturas da frase. tro u-a um tratamento diferente daquele que lhe notamos adiante em:
Nesse caso, a coesão gramatical dá lugar à coesão significativa. Os pro- "Contra esse adarve bruto em vão rodavam "no ar". No ar reduzido a um
cessos que ocorrem nessas particularidades de construção da frase cha- ditongo constitui uma sinérese. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publi-
mam-se figuras de sintaxe. As mais empregadas são a elipse, o zeugma, o cações Ltda.
anacoluto, o pleonasmo e o hipérbato.
Na elipse ocorre a omissão de termos, facilmente depreendidos do con- FIGURAS DE ESTILO
texto geral ou da situação ("Sei que [tu] me compreendes."). Zeugma é uma METÁFORA = significa transposição. Consiste no uso de uma palavra
forma de elipse que consiste em fazer participar de dois ou mais enuncia- ou expressão em outro sentido que não o próprio, fundamentando-se na
dos um termo expresso em apenas um deles ("Eu vou de carro, você [vai] íntima relação de semelhança entre coisas e fatos. A metáfora é sempre
de bicicleta."). O anacoluto consiste na quebra da estrutura regular da frase, uma imagem, isto é, representação mental de uma realidade sensível. É
interrompida por outra estrutura, geralmente depois de uma pausa ("Quem uma espécie de comparação latente ou abreviada. Por exemplo: Paulo é
o feio ama, bonito lhe parece."). O pleonasmo é a repetição do conteúdo um touro.
significativo de um termo, para realçar a ideia ou evitar ambiguidade ("Vi
com estes olhos!"). Hipérbato é a inversão da ordem normal das palavras COMPARAÇÃO = consiste em comparar dois termos, em que vêm ex-
na oração, ou das orações no período, com finalidade expressiva, como na pressos termos comparativos, constituindo-se em intermediário entre o
abertura do Hino Nacional Brasileiro: "Ouviram do Ipiranga as margens sentido próprio e o figurado. Por exemplo: Paulo é forte como um touro.
plácidas / de um povo heróico o brado retumbante. ("As margens plácidas METONÍMIA = significa mudança de nome. Consiste na troca de um
do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.") ©En- nome por outro com o qual esteja em íntima relação por uma circunstância,
cyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. de modo que um implique o outro. Há metonímia quando se emprega:
 o efeito pela causa = Sócrates tomou a morte(= o veneno).
Metaplasmo  a causa pelo efeito = Vivo do meu trabalho(= do produto de meu
As palavras, tanto no tempo quanto no espaço, estão sujeitas a altera- trabalho).
ções fonéticas, que chegam por vezes a desfigurá-las. Só se admite que a  o autor pela obra = Eu li Castro Alves(= a obra de Castro Alves).
palavra "cheio" era, em sua origem latina, o vocábulo plenus, porque leis
 o continente pelo conteúdo = Traga-me um copo d’água(= a água
fonéticas e documentos provam essa identidade.
do copo).
Metaplasmo é a alteração fonética que ocorre na evolução dos fone-  a marca pelo produto = Comprei um gol(= carro).
mas, dos vocábulos e até das frases. Os metaplasmos que dizem respeito  o conteúdo pelo continente = As ondas fustigavam a areia(= a
aos fonemas são vários. Na transformação do latim em português alguns praia).
foram frequentíssimos, como o abrandamento, a queda, a simplificação e a  o instrumento pela pessoa = Ele é um bom garfo(= comilão).
vocalização.  o sinal pela coisa significada = A cruz dominará o Oriente(= Cristi-
No caso do abrandamento, as consoantes fortes (proferidas sem voz) anismo).
tendem a ser proferidas com voz, quando intervocálicas (lupus > lobo,  o lugar pelo produto = Ele só fuma Havana(= cigarro da cidade de
defensa > defesa). Na queda, as consoantes brandas tendem a desaparer Havana).
na mesma posição (luna > lua, gelare > gear). Excetuam-se m, r, e por
vezes g (amare > amar, legere > ler, regere > reger). O b, excetuando-se SINÉDOQUE = consiste em alcançar ou restringir a significação própria
também, muda-se em v (debere > dever). de uma palavra. É o emprego do mais pelo menos ou vice-versa, isto é, a
Ocorre a simplificação quando as consoantes geminadas reduzem-se a troca de um nome pelo outro de modo que um contenha o outro.
singelas (bucca > boca, caballus > cavalo). O atual digrama ss não constitui  a parte pelo todo = No horizonte surgia uma vela(= um navio).
exceção, porque pronunciado simplesmente como ç (passus > passo).  o todo pela parte = O mundo é egoísta(= os homens).

Língua Portuguesa 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 o singular pelo plural = O homem é mortal(= os homens). PERÍFRASE = rodeio de palavras, circunlóquio: por exemplo: A mais
 a espécie pelo gênero = Ganhei o pão com o suor do rosto(= ali- antiga das profissões (a prostituição).
mento).
 o indivíduo pela classe = Ele é um Atenas(= cidade culta). SINESTESIA = figura que se baseia na soma de sensações percebidas
por diferentes órgãos dos sentidos. Por exemplo: A ondulação sonora e
 a espécie pelo indivíduo = No entender do Apóstolo…(São Paulo).
táctil entrava pelos meus ouvidos.
 a matéria pelo instrumento = Ela possui lindos bronzes(= objetos).
 o abstrato pelo concreto = A audácia vencerá(= os audaciosos). PARADOXO = expressão contraditória. Por exemplo: Ia divina, num
simples vestido roxo, que a vestia como se a despisse (Raul Pompéia).
CATACRESE = é o desvio da significação de uma palavra por outra,
APÓSTROFE = é uma invocação, um chamado emotivo. Por exemplo:
ante a inexistência de vocábulo apropriado. Origina-se da semelhança
Deuses impassíveis… Por que é que nos criastes? (Antero de Quental).
formal entre dois objetos, dois seres. É uma metáfora estereotipada. Por
exemplo: Dente de alho; pernas da mesa. GRADAÇÃO = é a disposição das ideias numa ordem gradativa. Por
ELIPSE = é a omissão de um termo da frase facilmente subentendido. exemplo: Homens simples, fortes, bravos… hoje míseros escravos sem ar,
Por exemplo: "Na terra tanta guerra, tanto engano, tanta necessidade sem luz, sem razão… (Castro Alves).
aborrecida, no mar tanta tormenta e tanto engano"(Camões). Os casos ASSÍNDETO = é a ausência de conectivos numa sequência de frases.
mais comuns são de verbos (ser e haver), a conjunção integrante(que), a Por exemplo: Destrançou os cabelos, soltou-os, trançou-os de novo (Pedro
preposição(de) das orações subordinadas substantivas indiretas e comple- Rabelo).
tivas nominais, sujeito oculto.
ZEUGMA = é a omissão de um termo já expresso anteriormente na fra- HIPÉRBATO = é uma inversão dos termos da frase, uma alteração na
se. Por exemplo: Nem ele entende a nós, nem nós a ele. ordem direta. Por exemplo: Já da morte o palor me cobre o rosto (Álvares
de Azevedo).
PLEONASMO = consiste na repetição de uma mesma ideia por meio
de vocábulos ou expressões diferentes. Por exemplo: Resta-me a mim ANÁFORA = é a repetição de um termo no início das frases ou versos.
somente uma esperança. Por exemplo: Tem mais sombra no encontro que na espera. Tem mais
samba a maldade que a ferida (Chico Buarque de Holanda).
POLISSÍNDETO = é a repetição de uma conjunção. Por exemplo: E ro-
la, e rebola, como uma bola. ALITERAÇÃO = é a repetição de sons consonantais iguais ou seme-
lhantes. Por exemplo: E as cantilenas de serenos sons amenos fogem
ANACOLUTO = consiste na interrupção do esquema sintático inicial da fluidas, fluindo à fina flor dos fenos (Eugênio de Castro).
frase, que termina por outro esquema sintático. Por exemplo: Este, o rei
que têm não foi nascido príncipe(Camões). ASSONÂNCIA = é a repetição de sons vocálicos iguais ou semelhan-
ONOMATOPEIA = consiste no uso de palavras que imitam o som ou a tes. Por exemplo: Até amanhã, sou Ana da cama, da cana, fulana, sacana
voz natural dos seres. Graças a seu valor descritivo, é também excelente (Chico Buarque de Holanda).
subsídio da linguagem afetiva. Por exemplo: Os sinos bimbalhavam ruido- PARANOMÁSIA = é o encontro de duas palavras muito semelhantes
samente. quanto à forma. Por exemplo: Ser capaz, como um rio, (…) de lavar do
RETICÊNCIA = consiste na proposital suspensão do pensamento, límpido a mágoa da mancha (Thiago de Mello).
quando se julga o silêncio mais expressivo que as palavras. Por exemplo: Fonte: http://www.micropic.com.br/noronha/grama_fig.htm
Nós dois … e, entre nós dois, implacável e forte.

SILEPSE = concordância ideológica. A concordância não é feita com o


elemento gramatical expresso, mas sim com a ideia, com o sentido real. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

A silepse pode ser: de gênero = Vossa Majestade mostrou-se genero- A comunicação verbal se processa da seguinte forma: o emissor envia
so. (V.Majestade = feminino e generoso = masculino); de número = O povo mensagem ao receptor. Para que possa ser compreendida, a mensagem
lhe pediram que ficasse. (o povo = singular e pediram = plural); de pessoa = requer um contexto, isto é, uma situação a que ela se refere; um código
Os brasileiros somos nós.(os brasileiros = 3ª pessoa e somos = 1ª pessoa). pelo menos parcialmente comum entre o emissor e o receptor e, finalmente,
um canal que torne possível a comunicação.
ANTÍTESE = consiste na exposição de uma ideia através de conceitos
ou pensamentos opostos, quer fazendo confrontos, quer associando-os. No ato de comunicação verbal, podemos dar maior ênfase a um fator
Por exemplo: Buscas a vida, e eu a morte; procuras a luz, e eu as trevas. do que a outro. Daí a existência de seis funções da linguagem:
. Emotiva
IRONIA = consiste no uso de uma expressão, pela qual dizemos o con-
. Conativa
trário do que pensamos com intenção sarcástica e entonação apropriada.
Por exemplo: A excelente D. Celeste era mestra na arte de judiar dos . Referencial
alunos. . Fática
. Metalinguística
EUFEMISMO = consiste no uso de uma expressão em sentido figurado . Poética
para suavizar, atenuar uma expressão rude ou desagradável. Por exemplo:
Ficou rico por meios ilícitos (= roubou). A função emotiva centraliza -se no próprio emissor, na primeira pessoa
do discurso, procurando expressar sentimentos e emoções. O uso de
HIPÉRBOLE = consiste em exagerar a realidade, a fim de impressionar interjeições e sinais de pontuação, com o ponto de exclamação e as reti-
o espírito de quem ouve. Por exemplo: Ele se afogava num dilúvio de cências, é característica dessa função da linguagem.
cartas. Ex: meu amor, tem dó!
PROSOPOPEIA = consiste na personificação de coisas e evocação de Ah! morena, tem pena...
deuses ou de mortos. Por exemplo: As estrelas disseram-me: aqui esta- A função conativa centraliza -se no receptor, na segunda pessoa (com
mos. quem está falando), procurando influenciá-lo. O uso do imperativo é a
característica dessa função da linguagem.
ANTONOMÁSIA = substituição de um nome próprio por um nome co-
mum, por uma apelido ou por um título que tornou a pessoa conhecida. Por Os anúncios publicitários, na intenção de convencer o receptor, utilizam
exemplo: O Mártir da Inconfidência (para Tiradentes). em larga a função conativa.
Ex: não deixe a peteca cair.

Língua Portuguesa 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Observe a força expressiva dos verbos no modo imperativo na tentativa 04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em
de influenciar o comportamento do receptor. conformidade com a norma culta.
A função referencial centraliza -se no contexto, no referente, e tem por Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
finalidade a própria informação, procurando transmitir dados da realidade interior da concha de moluscos reúne outras características interes-
de maneira objetiva, utiliza, Sobretudo, a denotação. santes, como resistência e flexibilidade.
(A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
“O plano econômico divulgado pelo governo é relevante, por repor a re- componentes para a indústria.
forma fiscal na agenda do dia, mas não passa de uma tentativa de pacto (B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de
entre União, Estados e Municípios contra o contribuinte”. componentes para a indústria.
(Folha de São Paulo, 08/11/92) (C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de compo-
nentes para a indústria.
A função fática centraliza -se no canal e tem por finalidade estabelecer, (D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de
prolongar ou interromper o processo de comunicação. Quando atendemos componentes para a indústria.
ao telefone e dizemos “alô”. Estamos fazendo uso dessa função da lingua- (E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
gem. componentes para a indústria.
Veja um exemplo:
05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema
- Como vai? para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que
- Tudo bem! ele está empregado conforme o padrão culto.
(A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem.
- Claro! Sem dúvida... (B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje.
- Sabe... hum!.., hum! Tá me entendendo? (C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha.
(D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro.
- Claro! é isso aí.
(E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa.
A função metalinguística concentra-se no próprio código: procura falar
do próprio código, ou verificar-se ele é comum ao emissor e ao receptor. o 06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está
texto abaixo serve como exemplo de uso dessa função de linguagem: correta em:
- O médico disse que eu estou com um pólipo no intestino. (A) As características do solo são as mais variadas possível.
(B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente.
- Mas o que é pólipo? (C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
- Pólipo é um tumor pediculado. (D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações.
- E o que é pediculado? (E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo.

- É um tumor em forma de pedículo. 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de
- Mas o que é pedículo? flexão de grau.
(A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo.
-...Deixa para lá... de qualquer forma, é bom mesmo você ir tirar esse
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran-
“pólipo”. te as férias.
Dizemos que há metalinguagem quando se utiliza um código para se (C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos.
falar dele próprio. (D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim.
Assim, um filme que discorre sobre o próprio cinema, um poema que (E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.
fala sobre a própria poesia, são exemplos de utilização da metalinguagem.
Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala-
A função poética centraliza -se na própria mensagem. vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
É importante saber que dificilmente você encontrará um texto que ocor- 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
ra apenas uma única função da linguagem. Um mesmo texto pode apresen- estatal ciência e tecnologia.
tar diversas funções da linguagem. Mas sempre haverá uma predominante. (A) à ... sobre o ... do ... para
(B) a ... ao ... do ... para
(C) à ... do ... sobre o ... a
(D) à ... ao ... sobre o ... à
PROVA SIMULADA (E) a ... do ... sobre o ... à

01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras. 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a
(A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer. franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
(B) O chefe deferia da opinião dos subordinados. eles devem estar aptos comercializar seus produtos.
(C) O processo foi julgado em segunda estância. (A) ao ... a ... à
(D) O problema passou despercebido na votação. (B) àquele ... à ... à
(E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio. (C) àquele...à ... a
(D) ao ... à ... à
02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (E) àquele ... a ... a
(A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz.
(B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. 10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a
(C) A colega não se contera diante da situação. norma culta.
(D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. (A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso
(E) Quando você vir estudar, traga seus livros. trarão grandes benefícios às pesquisas.
(B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando
03. O particípio verbal está corretamente empregado em: com o meio ambiente.
(A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol-
(B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. vendo projetos na área médica.
(C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre-
(D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. sentadas pelos economistas.
(E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no
litoral ou aproveitam férias ali.
Língua Portuguesa 46 A Opção Certa Para a Sua Realização
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11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
(A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às respeitam as regras de pontuação.
chuvas. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,
(B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla- que temos uma arrecadação bem maior que a prevista.
mações. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma
(C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada.
cultura. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade
(D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da Policial, confessou sua participação no referido furto.
culpa. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste
(E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó- negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados.
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele- 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-
aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido- te, apenas a:
res. (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
(Texto adaptado) (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi- (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente: (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
(A) seus ... lhes ... los ... lhes Leia o período para responder às questões de números 19 e 20.
(B) delas ... a elas ... lhes ... deles
(C) seus ... nas ... los ... deles O livro de registro do processo que você procurava era o que estava
(D) delas ... a elas ... lhes ... seu sobre o balcão.
(E) seus ... lhes ... eles ... neles
19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem a
(A) processo e livro.
13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo
(B) livro do processo.
com o padrão culto.
(C) processos e processo.
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações.
(D) livro de registro.
(B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente.
(E) registro e processo.
(C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido.
(D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada.
20. Analise as proposições de números I a IV com base no período
(E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris.
acima:
I. há, no período, duas orações;
14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto
II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
direto e indireto em: III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
(A) Apresentou-se agora uma boa ocasião.
IV. de registro é um adjunto adnominal de livro.
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo.
(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa.
Está correto o contido apenas em
(D) A conta, deixamo-la para ser revisada. (A) II e IV.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder.
(B) III e IV.
(C) I, II e III.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo.
(D) I, II e IV.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos
(E) I, III e IV.
respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é:
(A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção.
21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do
(B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho:
(C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção.
I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas;
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção.
(E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura
pelo Juiz;
16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen-
do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração te ao da palavra mas;
de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex-
celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve- Está correto o contido apenas em
rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das (A) II e IV.
Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se (B) III e IV.
programar e participar do referido evento. (C) I, II e III.
Atenciosamente, (D) I, III e IV.
ZZZ (E) II, III e IV.
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-
(A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos to, a alternativa correta é:
(B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais.
(E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais.
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis.

Língua Portuguesa 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci- 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos
dos galhos da velha árvore. investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados.
Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí-
o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar. rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi-
(A) Quem podou? e Quando podou? da, sem alterar o sentido da frase, é:
(B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? (A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ...
(C) Que jardineiro? e Podou o quê? (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ...
(D) Que vizinho? e Que galhos? (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ...
(E) Quando podou? e Podou o quê? (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores...
(E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ...
24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia.
Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili- RESPOSTAS
dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento
correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua- 01. D 11. B 21. B
ção em:
02. A 12. A 22. A
(A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas.
(B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas. 03. C 13. C 23. C
(C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia.
04. E 14. E 24. E
(D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas.
(E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas. 05. A 15. C 25. D
06. B 16. A 26. E
25. Felizmente, ninguém se machucou.
Lentamente, o navio foi se afastando da costa. 07. D 17. B 27. B
Considere:
08. E 18. E 28. C
I. felizmente completa o sentido do verbo machucar;
II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de 09. C 19. D 29. D
modo;
10. D 20. A 30. B
III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do fato;
IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar;
V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos. ___________________________________
Está correto o contido apenas em ___________________________________
(A) I, II e III. (B) I, II e IV.
___________________________________
(C) I, III e IV. (D) II, III e IV. (E) III, IV e V.
___________________________________
26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro...,
___________________________________
indicando concessão, é:
(A) para poder trabalhar fora. _______________________________________________________
(B) como havia programado.
_______________________________________________________
(C) assim que recebeu o prêmio.
(D) porque conseguiu um desconto. _______________________________________________________
(E) apesar do preço muito elevado. _______________________________________________________
27. É importante que todos participem da reunião. _______________________________________________________
O segmento que todos participem da reunião, em relação a _______________________________________________________
É importante, é uma oração subordinada
(A) adjetiva com valor restritivo. _______________________________________________________
(B) substantiva com a função de sujeito. _______________________________________________________
(C) substantiva com a função de objeto direto.
(D) adverbial com valor condicional. _______________________________________________________
(E) substantiva com a função de predicativo. _______________________________________________________
_______________________________________________________
28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe-
lecida pelo termo como é de _______________________________________________________
(A) comparatividade. (B) adição.
_______________________________________________________
(C) conformidade. (D) explicação. (E) consequência.
_______________________________________________________
29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de
_______________________________________________________
franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão
contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di- _______________________________________________________
versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos
possíveis franqueados. _______________________________________________________
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e _______________________________________________________
relaciona corretamente as ideias do texto, é:
(A) digo ... portanto ... mas _______________________________________________________
(B) como ... pois ... mas _______________________________________________________
(C) ou seja ... embora ... pois
(D) ou seja ... mas ... portanto _______________________________________________________
(E) isto é ... mas ... como _______________________________________________________

Língua Portuguesa 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Chamamos então de conjunto dos números reais, e indicamos com IR,
o seguinte conjunto:
IR = ( x Í x é racional ou x é irracional )

Como vemos, o conjunto IR é a união do conjunto dos números


racionais com o conjunto dos números irracionais.

NÚMEROS NATURAIS. OPERAÇÃO NO CONJUNTO Usaremos o símbolo estrela (* ) quando quisermos indicar que o
DOS NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS: ADIÇÃO, número zero foi excluído de um conjunto.
SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO. MÚLTI-
PLOS E DIVISORES DE UM NÚMERO INTEIRO. MÁ- Exemplo: N * = { 1 ; 2; 3; 4; .. .} ; o zero foi excluído de N.
XIMO DIVISOR COMUM (MDC) E MÍNIMO MÚLTIPLO
Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos indicar que os
COMUM (MMC) DE UM NÚMERO NATURAL.
números negativos foram excluídos de um conjunto.
Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram excluídos de Z.
1. Conjunto dos números naturais
Chamamos de conjunto dos números naturais, e indicamos com lN, o
Usaremos o símbolo menos ( - ) quando quisermos indicar que os
seguinte conjunto:
números positivos foram excluídos de um conjunto.
lN = { 0; 1; 2; 3; 4; ...}
Exemplo: Z- = { ... ; -2; -1; 0 } ; os positivos foram excluídos de Z.
2. Conjunto dos números inteiros Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o símbolo (+) ou com o
Chamamos de conjuntos dos números inteiros, e indicamos com Z, o símbolo (-) .
seguinte conjunto: Exemplos
Z = { ...; -2; -1; 0; 1; 2;...)
a) Z *− = { 1; 2; 3; . .. } ; o zero e os negativos foram excluídos de Z.
3. Conjunto dos números racionais: b) Z *+ = { ... ; -3; -2; -1 }; o zero e os positivos foram excluídos de Z.
Chamamos de conjunto dos números racionais, e indicamos com Q, o
seguinte conjunto:
OPERAÇÕES COM CONJUNTOS
 p 
Q = x = | p, q ∈ Z e q ≠ 0
 q  1. Conceitos primitivos
Antes de mais nada devemos saber que conceitos primitivos são
Observe que os números racionais são aqueles que podem ser escritos noções que adotamos sem definição.
como quocientes de dois inteiros.
Exemplos Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de conjunto, o de elemen-
5 to e o de pertinência de um elemento a um conjunto. Assim, devemos
a) =5; logo 5 ∈ Q entender perfeitamente a frase: determinado elemento pertence a um
1 conjunto, sem que tenhamos definido o que é conjunto, o que é elemento e
2 o que significa dizer que um elemento pertence ou não a um conjunto.
b) = 0,4 ; logo 0,4 ∈ Q
5
2. Notação
15 Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a seguinte notação:
c) = 2,5 ; logo 2,5 ∈ Q
6 • os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A, B, C, ... ;
1 • os elementos são indicados por letras minúsculas: a, b, c, x, y, ... ;
d) = 0,333 . . . ; logo 0,333.. . ∈ Q • o fato de um elemento x pertencer a um conjunto C é indicado
3 com x e C;
Observação: Números como 5, 0,4 e 2,5 são números racionais com • o fato de um elemento y não pertencer a um conjunto C é
representação decimal finita, ou seja, podemos escrevê-los, em sua forma indicado mm y t C.
decimal, com um número finito de algarismos. O número 0,333..., por sua
vez, é um número racional com representação decimal infinita e periódica, 3. Representação dos conjuntos
ou seja, só podemos escrevê-lo, em sua forma decimal, com um número Um conjunto pode ser representado de três maneiras:
infinito de algarismos, embora, a partir de um determinado ponto, haja uma • por enumeração de seus elementos;
repetição de algarismos até o fim. • por descrição de uma propriedade característica do conjunto;
Outro exemplo de número, que admite representação decimal infinita e • através de uma representação gráfica.
periódica, é 2,35474747...
Observação Importante Um conjunto é representado por enumeração quando todos os seus
Todos os números que tenham representação decimal finita ou infinita elementos são indicados e colocados dentro de um par de chaves.
e periódica são números racionais, ou seja, pertencem a Q..

4. Conjunto dos números reais: Exemplo:


Há números que não admitem representação decimal finita nem a) A = ( 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 ) indica o conjunto formado pelos
representação decimal infinita e periódica, como, por exemplo: algarismos do nosso sistema de numeração.
n = 3,14159265... b) B = ( a, b, c, d, e, f, g, h, 1, j,1, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z )
indica o conjunto formado pelas letras do nosso alfabeto.
2 = 1,4142135... c) Quando um conjunto possui número elevado de elementos,
3 = 1,7320508... porém apresenta lei de formação bem clara, podemos representa-
lo, por enumeração, indicando os primeiros e os últimos
5 = 2,2360679... elementos, intercalados por reticências. Assim: C = ( 2; 4; 6;... ;
98 ) indica o conjunto dos números pares positivos, menores do
Estes números não são racionais: n ∈ Q, 2 ∈ Q, 3 ∈ Q, 5 ∈
que100.
Q; e, por isso mesmo, são chamados de irracionais. d) Ainda usando reticências, podemos representar, por enumeração,
Podemos então definir os irracionais como sendo aqueles números que conjuntos com infinitas elementos que tenham uma lei de
possuem uma representação decimal infinita e não-periódica. formação bem clara, como os seguintes:

Matemática 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• D = ( 0; 1; 2; 3; .. . ) indica o conjunto dos números inteiros não b) B = (maio; junho; julho; agosto )
negativos; c) C = (a; m; o; r )
• E = ( ... ; -2; -1; 0; 1; 2; . .. ) indica o conjunto dos números d) D = ( 2; 4; 6; 8; ia )
inteiros; e) E = ( 10; -10 ), pois 102 = 100 e -(-102) = 100 .
• F = ( 1; 3; 5; 7; . . . ) indica o conjunto dos números ímpares
positivos. 4. Número de elementos de um conjunto
Consideremos um conjunto C. Chamamos de número de elementos
A representação de um conjunto por meio da descrição de uma propri- deste conjunto, e indicamos com n lcl, ao número de elementos diferentes
edade característica é mais sintética que sua representação por enumera- entre si, que pertencem ao conjunto.
ção. Neste caso, um conjunto C, de elementos x, será representado da
seguinte maneira: Exemplos
C = { x | x possui uma determinada propriedade } a) O conjunto A = { a; e; i; o; u }
é tal que n(A) = 5.
que se lê: C é o conjunto dos elementos x tal que possui uma b) O conjunto B = { 0; 1; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } é tal que n(B) = 10.
determinada propriedade: c) O conjunto C = ( 1; 2; 3; 4;... ; 99 ) é tal que n (C) = 99.

Exemplos 5. Conjunto unitário e conjunto vazio


a) O conjunto A = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } pode ser representado por Chamamos de conjunto unitário a todo conjunto C, tal que n (C) = 1.
descrição da seguinte maneira: A = { x | x é algarismo do nosso Exemplo: C = ( 3 )
sistema de numeração } E chamamos de conjunto vazio a todo conjunto c, tal que n(C) = 0.
b) O conjunto G = { a; e ;i; o, u } pode ser representado por descrição da
seguinte maneira: G = { x | x é vogal do nosso alfabeto } Exemplo: M = { x | x2 = -25}
c) O conjunto H = { 2; 4; 6; 8; . . . } pode ser representado por descrição O conjunto vazio é representado por { } ou por ∅.
da seguinte maneira: H = { x | x é par positivo }
A representação gráfica de um conjunto é bastante cômoda. Através Exercício resolvido
dela, os elementos de um conjunto são representados por pontos interiores Determine o número de elementos dos seguintes com juntos :
a uma linha fechada que não se entrelaça. Os pontos exteriores a esta linha a) A = { x | x é letra da palavra amor }
representam os elementos que não pertencem ao conjunto. b) B = { x | x é letra da palavra alegria }
c) c é o conjunto esquematizado a seguir
Exemplo d) D = ( 2; 4; 6; . . . ; 98 )
e) E é o conjunto dos pontos comuns às relas r e s, esquematizadas a
seguir :

Por esse tipo de representação gráfica, chamada diagrama de Euler-


Venn, percebemos que x ∈ C, y ∈ C, z ∈ C; e que a ∉ C, b ∉ C, c ∉ Resolução
C, d ∉ C. a) n(A) = 4
b) n(B) = 6,'pois a palavra alegria, apesar de possuir dote letras, possui
apenas seis letras distintas entre si.
Exercícios resolvidos
c) n(C) = 2, pois há dois elementos que pertencem a C: c e C e d e C
Sendo A = {1; 2; 4; 4; 5}, B={2; 4; 6; 8} e C = {4; 5}, assinale V
d) observe que:
(verdadeiro) ou F (falso):
2 = 2 . 1 é o 1º par positivo
a) 1 ∈ A ( V ) l) 1 ∈ A ou 1 ∈ B ( V )
4 = 2 . 2 é o 2° par positivo
b) 1 ∈ B ( F ) m) 1 ∈ A e 1 ∈ B ( F )
6 = 2 . 3 é o 3º par positivo
c) 1 ∈ C ( F ) n) 4 ∈ A ou 4 ∈ B ( V )
8 = 2 . 4 é o 4º par positivo
d) 4 ∈ A ( V ) o) 4 ∈ A e 4 ∈ B ( V )
. .
e) 4 ∈ B ( V ) p) 7 ∈ A ou 7 ∈ B ( F )
. .
f) 4 ∈ C ( V ) q) 7 ∈ A e 7 ∈ B ( F )
. .
g) 7 ∈ A ( F )
98 = 2 . 49 é o 49º par positivo
h) 7 ∈ B ( F ) logo: n(D) = 49
i) 7 ∈ C ( F ) e) As duas retas, esquematizadas na figura, possuem apenas um ponto
comum.
Represente, por enumeração, os seguintes conjuntos: Logo, n( E ) = 1, e o conjunto E é, portanto, unitário.
a) A = { x | x é mês do nosso calendário }
b) B = { x | x é mês do nosso calendário que não possui a letra r } 6. Igualdade de conjuntos
c) C = { x | x é letra da palavra amor } Vamos dizer que dois conjuntos A e 8 são iguais, e indicaremos com A
d) D = { x | x é par compreendido entre 1e 11} = 8, se ambos possuírem os mesmos elementos. Quando isto não ocorrer,
e) E = {x | x2 = 100 }
diremos que os conjuntos são diferentes e indicaremos com A ≠ B.
Exemplos .
a) {a;e;i;o;u} = {a;e;i;o;u}
b) {a;e;i;o,u} = {i;u;o,e;a}
c) {a;e;i;o;u} = {a;a;e;i;i;i;o;u;u}
d) {a;e;i;o;u} ≠ {a;e;i;o}
e) { x | x2 = 100} = {10; -10}
f) { x | x2 = 400} ≠ {20}
Resolução 7. Subconjuntos de um conjunto
a) A = ( janeiro ; fevereiro; março; abril; maio ; junho; julho ; agosto ; Dizemos que um conjunto A é um subconjunto de um conjunto B se
setembro ; outubro ; novembro ; dezembro ) . todo elemento, que pertencer a A, também pertencer a B.

Matemática 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Neste caso, usando os diagramas de Euler-Venn, o conjunto A estará
"totalmente dentro" do conjunto B:

Indicamos que A é um subconjunto de B de duas maneiras: Exemplos


a) A ⊂ B; que deve ser lido : A é subconjunto de B ou A está contido
em B ou A é parte de B; a) {a;b;c} ∩ {d;e} = ∅
b) B ⊃ A; que deve ser lido: B contém A ou B inclui A. b) {a;b;c} ∩ {b;c,d} = {b;c}
c) {a;b;c} ∩ {a;c} = {a;c}
Exemplo
Sejam os conjuntos A = {x | x é mineiro} e B = {x | x é brasileiro} ; temos Quando a intersecção de dois conjuntos é vazia, como no exemplo a,
então que A ⊂ B e que B ⊃ A. dizemos que os conjuntos são disjuntos.

Observações: Exercícios resolvidos


• Quando A não é subconjunto de B, indicamos com A ⊄ B ou B 1. Sendo A = ( x; y; z ); B = ( x; w; v ) e C = ( y; u; t), determinar os
seguintes conjuntos:
⊃ A.
a) A ∪ B f) B ∩ C
• Admitiremos que o conjunto vazio está contido em qualquer conjunto.
b) A ∩ B g) A ∪ B ∪ C
8. Número de subconjuntos de um conjunto dado c) A ∪ C h) A ∩ B ∩ C
Pode-se mostrar que, se um conjunto possui n elementos, então este d) A ∩ C i) (A ∩ B) U (A ∩ C)
conjunto terá 2n subconjuntos. Exemplo e) B ∪ C

O conjunto C = {1; 2 } possui dois elementos; logo, ele terá 22 = 4 Resolução


subconjuntos. a) A ∪ B = {x; y; z; w; v }
b) A ∩ B = {x }
Exercício resolvido: c) A ∪ C = {x; y;z; u; t }
1. Determine o número de subconjuntos do conjunto C = la; e; 1; o; u ) . d) A ∩ C = {y }
Resolução: Como o conjunto C possui cinco elementos, o número dos e) B ∪ C={x;w;v;y;u;t}
seus subconjuntos será 25 = 32.
f) B ∩ C= ∅
g) A ∪ B ∪ C= {x;y;z;w;v;u;t}
Exercícios propostas:
2. Determine o número de subconjuntos do conjunto h) A ∩ B ∩ C= ∅
C = { 0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 } i) (A ∩ B) ∪ u (A ∩ C)={x} ∪ {y}={x;y}
Resposta: 1024
2. Dado o diagrama seguinte, represente com hachuras os conjuntos:
3. Determine o número de subconjuntos do conjunto a) A ∩ B ∩ C
1 1 1 2 3 3 b) (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
C=  ; ; ; ; ; 
2 3 4 4 4 5 
Resposta: 32

OPERAÇÕES COM CONJUNTOS

1. União de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou reunião de A com B,
e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído por todos os elementos Resolução
que pertencem a A ou a B.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando com hachuras a


interseção dos conjuntos, temos:

3. No diagrama seguinte temos:


n(A) = 20
n(B) = 30
Exemplos n(A ∩ B) = 5
a) {a;b;c} U {d;e}= {a;b;c;d;e}
b) {a;b;c} U {b;c;d}={a;b;c;d} Determine n(A ∪ B).
c) {a;b;c} U {a;c}={a;b;c} Resolução
2. Intersecção de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos de interseção de A com B, e
indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído por todos os elementos que
pertencem a A e a B.

Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando com hachuras a Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30 elementos de B,
intersecção dos conjuntos, temos: estaremos considerando os 5 elementos de A n B duas vezes; o que,

Matemática 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
evidentemente, é incorreto; e, para corrigir este erro, devemos subtrair uma gativo igual à soma dos módulos dos números dados: (-2) + (-4) = -
vez os 5 elementos de A n B; teremos então: 6
n(A ∪ B) = n(A) + n(B) - n(A ∩ B) ou seja: 4) A soma de dois números inteiros de sinais contrários é igual à dife-
n(A ∪ B) = 20 + 30 – 5 e então: rença dos módulos, e o sinal é o da parcela de maior módulo: (-
n(A ∪ B) = 45. 800) + (+300) = -500

4. Conjunto complementar ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS


Dados dois conjuntos A e B, com B ⊂ A, chamamos de conjunto
A soma de três ou mais números inteiros é efetuada adicionando-se
complementar de B em relação a A, e indicamos com CA B, ao conjunto A - todos os números positivos e todos os negativos e, em seguida, efetuando-
B. se a soma do número negativo.
Exemplos: 1) (+6) + (+3) + (-6) + (-5) + (+8) =
Observação: O complementar é um caso particular de diferença em (+17) + (-11) = +6
que o segundo conjunto é subconjunto do primeiro. 2) (+3) + (-4) + (+2) + (-8) =
(+5) + (-12) = -7
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando com hachuras o PROPRIEDADES DA ADIÇÃO
complementar de B em relação a A, temos: A adição de números inteiros possui as seguintes propriedades:

1ª) FECHAMENTO
A soma de dois números inteiros é sempre um número inteiro: (-3) +
(+6) = + 3 ∈ Z

2ª) ASSOCIATIVA
Se a, b, c são números inteiros quaisquer, então: a + (b + c) = (a + b) +
Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f}
c
Exemplo:(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2)
Observação: O conjunto complementar de B em relação a A é formado
(+3) + (-2) = (-1) + (+2)
pelos elementos que faltam para "B chegar a A"; isto é, para B se igualar a
A. +1 = +1

3ª) ELEMENTO NEUTRO


NÚMEROS INTEIROS: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES Se a é um número inteiro qualquer, temos: a+ 0 = a e 0 + a = a
Conhecemos o conjunto N dos números naturais: N = {0, 1, 2, 3, 4, Isto significa que o zero é elemento neutro para a adição.
5, .....,} Exemplo: (+2) + 0 = +2 e 0 + (+2) = +2
Assim, os números precedidos do sinal + chamam-se positivos, e os
precedidos de - são negativos. 4ª) OPOSTO OU SIMÉTRICO
Exemplos: Se a é um número inteiro qualquer, existe um único número oposto ou
Números inteiros positivos: {+1, +2, +3, +4, ....} simétrico representado por (-a), tal que: (+a) + (-a) = 0 = (-a) + (+a)
Números inteiros negativos: {-1, -2, -3, -4, ....} Exemplos: (+5) + ( -5) = 0 ( -5) + (+5) = 0
O conjunto dos números inteiros relativos é formado pelos números in-
teiros positivos, pelo zero e pelos números inteiros negativos. Também o 5ª) COMUTATIVA
chamamos de CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS e o representamos Se a e b são números inteiros, então:
pela letra Z, isto é: Z = {..., -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3, ... } a+b=b+a
O zero não é um número positivo nem negativo. Todo número positivo Exemplo: (+4) + (-6) = (-6) + (+4)
é escrito sem o seu sinal positivo. -2 = -2
Exemplo: + 3 = 3 ; +10 = 10
Então, podemos escrever: Z = {..., -3, -2, -1, 0 , 1, 2, 3, ...} SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
N é um subconjunto de Z. Em certo local, a temperatura passou de -3ºC para 5ºC, sofrendo, por-
tanto, um aumento de 8ºC, aumento esse que pode ser representado por:
REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA (+5) - (-3) = (+5) + (+3) = +8
Cada número inteiro pode ser representado por um ponto sobre uma
reta. Por exemplo: Portanto:
A diferença entre dois números dados numa certa ordem é a soma do
primeiro com o oposto do segundo.
... -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 ... Exemplos: 1) (+6) - (+2) = (+6) + (-2 ) = +4
... C’ B’ A’ 0 A B C D ... 2) (-8 ) - (-1 ) = (-8 ) + (+1) = -7
3) (-5 ) - (+2) = (-5 ) + (-2 ) = -7
Ao ponto zero, chamamos origem, corresponde o número zero. Na prática, efetuamos diretamente a subtração, eliminando os parênte-
Nas representações geométricas, temos à direita do zero os números ses
inteiros positivos, e à esquerda do zero, os números inteiros negativos. - (+4 ) = -4
Observando a figura anterior, vemos que cada ponto é a representação - ( -4 ) = +4
geométrica de um número inteiro. Observação:
Exemplos: Permitindo a eliminação dos parênteses, os sinais podem ser
• ponto C é a representação geométrica do número +3 resumidos do seguinte modo:
 ponto B' é a representação geométrica do número -2 (+)=+ +(-)=-
- (+)=- - (- )=+
ADIÇÃO DE DOIS NÚMEROS INTEIROS Exemplos: - ( -2) = +2 +(-6 ) = -6
- (+3) = -3 +(+1) = +1
1) A soma de zero com um número inteiro é o próprio número inteiro: 0 PROPRIEDADE DA SUBTRAÇÃO
+ (-2) = -2 A subtração possui uma propriedade.
2) A soma de dois números inteiros positivos é um número inteiro posi- FECHAMENTO: A diferença de dois números inteiros é sempre um
tivo igual à soma dos módulos dos números dados: (+700) + número inteiro.
(+200) = +900 MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
3) A soma de dois números inteiros negativos é um número inteiro ne-

Matemática 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS INTEIROS POSITI- (a . b) . c
VOS
Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6 3ª) ELEMENTO NEUTRO
Exemplo: Observe que:
(+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6 (+4 ) . (+1 ) = +4 e (+1 ) . (+4 ) = +4
Logo: (+3) . (+2) = +6
Qualquer que seja o número inteiro a, temos:
Observando essa igualdade, concluímos: na multiplicação de números a . (+1 ) = a e (+1 ) . a = a
inteiros, temos:
(+) . (+) =+ O número inteiro +1 chama-se neutro para a multiplicação.

2º CASO: UM FATOR É POSITIVO E O OUTRO É NEGATIVO 4ª) COMUTATIVA


Exemplos: Observemos que: (+2). (-4 ) = - 8
1) (+3) . (-4) = 3 . (-4) = (-4) + (-4) + (-4) = -12 e (-4 ) . (+2 ) = - 8
ou seja: (+3) . (-4) = -12 Portanto: (+2 ) . (-4 ) = (-4 ) . (+2 )
Se a e b são números inteiros quaisquer, então: a . b = b . a, isto é, a
2) Lembremos que: -(+2) = -2 ordem dos fatores não altera o produto.
(-3) . (+5) = - (+3) . (+5) = -(+15) = - 15
ou seja: (-3) . (+5) = -15 5ª) DISTRIBUTIVA EM RELAÇÃO À ADIÇÃO E À SUBTRAÇÃO
Observe os exemplos:
Conclusão: na multiplicação de números inteiros, temos: ( + ) . ( - ) = - (+3 ) . [( -5 ) + (+2 )] = (+3 ) . ( -5 ) + (+3 ) . (+2 )
(-).(+)=- (+4 ) . [( -2 ) - (+8 )] = (+4 ) . ( -2 ) - (+4 ) . (+8 )
Exemplos :
(+5) . (-10) = -50 Conclusão:
(+1) . (-8) = -8 Se a, b, c representam números inteiros quaisquer, temos:
(-2 ) . (+6 ) = -12 a) a . [b + c] = a . b + a . c
(-7) . (+1) = -7 A igualdade acima é conhecida como propriedade distributiva da
multiplicação em relação à adição.
3º CASO: OS DOIS FATORES SÃO NÚMEROS INTEIROS NEGATIVOS b) a . [b – c] = a . b - a . c
Exemplo: (-3) . (-6) = -(+3) . (-6) = -(-18) = +18 A igualdade acima é conhecida como propriedade distributiva da
isto é: (-3) . (-6) = +18 multiplicação em relação à subtração.

Conclusão: na multiplicação de números inteiros, temos: ( - ) . ( - ) = + DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS


CONCEITO
Exemplos: (-4) . (-2) = +8 (-5) . (-4) = +20 Dividir (+16) por 2 é achar um número que, multiplicado por 2, dê 16.
16 : 2 = ? ⇔ 2 . ( ? ) = 16
As regras dos sinais anteriormente vistas podem ser resumidas na se-
guinte:
O número procurado é 8. Analogamente, temos:
(+).(+)=+ (+).(-)=-
1) (+12) : (+3 ) = +4 porque (+4 ) . (+3 ) = +12
(- ).( -)=+ (-).(+)=-
2) (+12) : ( -3 ) = - 4 porque (- 4 ) . ( -3 ) = +12
3) ( -12) : (+3 ) = - 4 porque (- 4 ) . (+3 ) = -12
Quando um dos fatores é o 0 (zero), o produto é igual a 0: (+5) . 0 = 0
4) ( -12) : ( -3 ) = +4 porque (+4 ) . ( -3 ) = -12
PRODUTO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS
Exemplos: 1) (+5 ) . ( -4 ) . (-2 ) . (+3 ) = A divisão de números inteiros só pode ser realizada quando o quocien-
(-20) . (-2 ) . (+3 ) = te é um número inteiro, ou seja, quando o dividendo é múltiplo do divisor.
(+40) . (+3 ) = +120 Portanto, o quociente deve ser um número inteiro.
2) (-2 ) . ( -1 ) . (+3 ) . (-2 ) =
(+2 ) . (+3 ) . (-2 ) = Exemplos:
(+6 ) . (-2 ) = -12 ( -8 ) : (+2 ) = -4
Podemos concluir que: ( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro
• Quando o número de fatores negativos é par, o produto sempre é
positivo. Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é a mesma que vi-
• Quando o número de fatores negativos é ímpar, o produto sempre mos para a multiplicação:
é negativo. (+):(+)=+ (+):( -)=-
PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO (- ):( -)=+ ( -):(+)=-
No conjunto Z dos números inteiros são válidas as seguintes proprie-
dades: Exemplos:
1ª) FECHAMENTO ( +8 ) : ( -2 ) = -4 (-10) : ( -5 ) = +2
Exemplo: (+4 ) . (-2 ) = - 8 ∈ Z (+1 ) : ( -1 ) = -1 (-12) : (+3 ) = -4
Então o produto de dois números inteiros é inteiro.
PROPRIEDADE
2ª) ASSOCIATIVA Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z
Exemplo: (+2 ) . (-3 ) . (+4 )
Este cálculo pode ser feito diretamente, mas também podemos fazê-lo, Portanto, não vale em Z a propriedade do fechamento para a divisão.
agrupando os fatores de duas maneiras: Alem disso, também não são válidas as proposições associativa, comutati-
(+2 ) . [(-3 ) . (+4 )] = [(+2 ) . ( -3 )]. (+4 ) va e do elemento neutro.
(+2 ) . (-12) = (-6 ) . (+4 )
-24 = -24
DIVISIBILIDADE
De modo geral, temos o seguinte: Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8. Ex.: O número
Se a, b, c representam números inteiros quaisquer, então: a . (b . c) = 74 é divisível por 2, pois termina em 4.

Matemática 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus Na prática, a maneira mais usada é a seguinte:
algarismos é um número divisível por 3. Ex.: 123 é divisível por 3, pois 1+2+3 = 6 1º) Decompomos em fatores primos o número considerado.
e 6 é divisível por 3 12 2
Um número é divisível por 5 quando o algarismo das unidades é 0 ou 5 (ou 6 2
quando termina em o ou 5). Ex.: O número 320 é divisível por 5, pois termina em 3 3
0. 1
Um número é divisível por 10 quando o algarismo das unidades é 0 (ou
quando termina em 0). Ex.: O número 500 é divisível por 10, pois termina em 0. 2º) Colocamos um traço vertical ao lado os fatores primos e, à sua direita e
acima, escrevemos o número 1 que é divisor de todos os números.
NÚMEROS PRIMOS 1
12 2
Um número natural é primo quando é divisível apenas por dois números 6 2
distintos: ele próprio e o 1. 3 3
Exemplos: 1
• O número 2 é primo, pois é divisível apenas por dois números diferentes:
ele próprio e o 1. 3º) Multiplicamos o fator primo 2 pelo divisor 1 e escrevemos o produto obti-
• O número 5 é primo, pois é divisível apenas por dois números distintos: do na linha correspondente.
ele próprio e o 1. x1
• O número natural que é divisível por mais de dois números diferentes é 12 2 2
chamado composto. 6 2
• O número 4 é composto, pois é divisível por 1, 2, 4. 3 3
• O número 1 não é primo nem composto, pois é divisível apenas por um 1
número (ele mesmo).
• O número 2 é o único número par primo. 4º) Multiplicamos, a seguir, cada fator primo pelos divisores já obtidos,
escrevendo os produtos nas linhas correspondentes, sem repeti-los.
x1
12 2 2
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS (FATORAÇÃO)
6 2 4
3 3
Um número composto pode ser escrito sob a forma de um produto de fato- 1
res primos.
Por exemplo, o número 60 pode ser escrito na forma: 60 = 2 . 2 . 3 . 5 = 22 . x1
3 . 5 que é chamada de forma fatorada. 12 2 2
Para escrever um número na forma fatorada, devemos decompor esse nú- 6 2 4
mero em fatores primos, procedendo do seguinte modo: 3 3 3, 6, 12
Dividimos o número considerado pelo menor número primo possível de 1
modo que a divisão seja exata.
Dividimos o quociente obtido pelo menor número primo possível. Os números obtidos à direita dos fatores primos são os divisores do número
Dividimos, sucessivamente, cada novo quociente pelo menor número primo considerado. Portanto:
possível, até que se obtenha o quociente 1.
D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12}
Exemplo:
60 2 Exemplos:
1)
0 30 2 1
18 2 2
0 15 3 9 3 3, 6 D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18}
5 0 5 3 3 9, 18
1
1
Portanto: 60 = 2 . 2 . 3 . 5 2)
Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à direita do número e, à di- 1
reita dessa barra, escrever os divisores primos; abaixo do número escrevem-se 30 2 2
os quocientes obtidos. A decomposição em fatores primos estará terminada 15 3 3, 6
quando o último quociente for igual a 1. 5 5 5, 10, 15, 30
Exemplo: 1
60 2 D(30) = { 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30}
30 2
15 3
5 5
1 MÁXIMO DIVISOR COMUM
Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5
Recebe o nome de máximo divisor comum de dois ou mais números o
maior dos divisores comuns a esses números.
DIVISORES DE UM NÚMERO
Um método prático para o cálculo do M.D.C. de dois números é o chamado
Consideremos o número 12 e vamos determinar todos os seus divisores método das divisões sucessivas (ou algoritmo de Euclides), que consiste das
Uma maneira de obter esse resultado é escrever os números naturais de 1 a 12 etapas seguintes:
e verificar se cada um é ou não divisor de 12, assinalando os divisores. 1ª) Divide-se o maior dos números pelo menor. Se a divisão for exata, o
1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 M.D.C. entre esses números é o menor deles.
= = = = = == 2ª) Se a divisão não for exata, divide-se o divisor (o menor dos dois nú-
Indicando por D(12) (lê-se: "D de 12”) o conjunto dos divisores do número meros) pelo resto obtido na divisão anterior, e, assim, sucessivamen-
12, temos: te, até se obter resto zero. 0 ultimo divisor, assim determinado, será o
D (12) = { 1, 2, 3, 4, 6, 12} M.D.C. dos números considerados.

Matemática 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplo:
Calcular o M.D.C. (24, 32)
Como 25 = +5 , então: − 25 = −5

32 24 24 8 Agora, consideremos este problema.


Qual ou quais os números inteiros cujo quadrado é -25?
8 1 0 3 Solução: (+5 )2 = +25 e (-5 )2 = +25
Resposta: não existe número inteiro cujo quadrado seja -25, isto é,
Resposta: M.D.C. (24, 32) = 8 − 25 não existe no conjunto Z dos números inteiros.
Conclusão: os números inteiros positivos têm, como raiz quadrada, um nú-
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM mero positivo, os números inteiros negativos não têm raiz quadrada no conjunto
Z dos números inteiros.
Recebe o nome de mínimo múltiplo comum de dois ou mais números o
menor dos múltiplos (diferente de zero) comuns a esses números.
O processo prático para o cálculo do M.M.C de dois ou mais números, NÚMEROS RACIONAIS
chamado de decomposição em fatores primos, consiste das seguintes etapas:
1º) Decompõem-se em fatores primos os números apresentados. Os números racionais são representados por um numeral em forma de
2º) Determina-se o produto entre os fatores primos comuns e não-
comuns com seus maiores expoentes. Esse produto é o M.M.C pro- a
fração ou razão, , sendo a e b números naturais, com a condição de b
curado. b
Exemplos:Calcular o M.M.C (12, 18) ser diferente de zero.
Decompondo em fatores primos esses números, temos: 1. NÚMERO FRACIONARIO. A todo par ordenado (a, b) de números
12 2 18 2
6 2 9 3
a
naturais, sendo b ≠ 0, corresponde um número fracionário .O termo a
3 3 3 3 b
1 1 chama-se numerador e o termo b denominador.
2. TODO NÚMERO NATURAL pode ser representado por uma fração
12 = 22 . 3 18 = 2 . 32 de denominador 1. Logo, é possível reunir tanto os números naturais como
Resposta: M.M.C (12, 18) = 22 . 32 = 36 os fracionários num único conjunto, denominado conjunto dos números
racionais absolutos, ou simplesmente conjunto dos números racionais Q.
Observação: Esse processo prático costuma ser simplificado fazendo-se Qual seria a definição de um número racional absoluto ou simplesmen-
uma decomposição simultânea dos números. Para isso, escrevem-se os núme- te racional? A definição depende das seguintes considerações:
ros, um ao lado do outro, separando-os por vírgula, e, à direita da barra vertical, a) O número representado por uma fração não muda de valor quando
colocada após o último número, escrevem-se os fatores primos comuns e não- multiplicamos ou dividimos tanto o numerador como o denomina-
comuns. 0 calculo estará terminado quando a última linha do dispositivo for dor por um mesmo número natural, diferente de zero.
composta somente pelo número 1. O M.M.C dos números apresentados será o Exemplos: usando um novo símbolo: ≈
produto dos fatores. ≈ é o símbolo de equivalência para frações
Exemplo: 2 2 × 5 10 10 × 2 20
Calcular o M.M.C (36, 48, 60)
≈ ≈ ≈ ≈ ≈ ⋅⋅⋅
36, 48, 60 2
3 3 × 5 15 15 × 2 30
18, 24, 30 2
b) Classe de equivalência. É o conjunto de todas as frações equiva-
9, 12, 15 2
lentes a uma fração dada.
9, 6, 15 2
9, 3, 15 3 3 6 9 12 3
3, 1, 5 3 , , , ,⋅ ⋅ ⋅ (classe de equivalência da fração: )
1, 1 5 5
1 2 3 4 1
1, 1, 1 Agora já podemos definir número racional : número racional é aquele
definido por uma classe de equivalência da qual cada fração é um repre-
Resposta: M.M.C (36, 48, 60) = 24 . 32 . 5 = 720 sentante.

NÚMERO RACIONAL NATURAL ou NÚMERO NATURAL:


RAÍZ QUADRADA EXATA DE NÚMEROS INTEIROS
0 0
0= = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equivalência que re-
CONCEITO 1 2
Consideremos o seguinte problema: presenta o mesmo número racional 0)
Descobrir os números inteiros cujo quadrado é +25.
Solução: (+5 )2 = +25 e ( -5 )2 =+25 1 2
1 = = = ⋅⋅⋅ (definido pela classe de equivalência que re-
Resposta: +5 e -5 1 2
presenta o mesmo número racional 1)
Os números +5 e -5 chamam-se raízes quadradas de +25. e assim por diante.
Outros exemplos: NÚMERO RACIONAL FRACIONÁRIO ou NÚMERO FRACIONÁRIO:
Número Raízes quadradas
+9 + 3 e -3 1 2 3
= = = ⋅ ⋅ ⋅ (definido pela classe de equivalência que re-
+16 + 4 e -4 2 4 6
+1 + 1 e -1 presenta o mesmo número racional 1/2).
+64 + 8 e -8
+81 + 9 e -9 NOMES DADOS ÀS FRAÇÕES DIVERSAS
+49 + 7 e -7 Decimais: quando têm como denominador 10 ou uma potência de 10
+36 +6 e -6
5 7
O símbolo 25 significa a raiz quadrada de 25, isto é 25 = +5 , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
10 100
Matemática 7 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) próprias: aquelas que representam quantidades menores do que 1. 3 2 5
1 3 2 Indicamos por: + =
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc. 6 6 6
2 4 7
c) impróprias: as que indicam quantidades iguais ou maiores que 1.
5 8 9
, , ,⋅ ⋅ ⋅ etc.
5 1 5 2
d) aparentes: todas as que simbolizam um número natural.
6
20 8
= 5, = 4 , etc. 5
4 2
e) ordinárias: é o nome geral dado a todas as frações, com exceção 6
daquelas que possuem como denominador 10, 102, 103 ...
3
f) frações iguais: são as que possuem os termos iguais.
6
3 3 8 8
= , = , etc.
4 4 5 5 5 2 3
Indicamos por: − =
g) forma mista de uma fração: é o nome dado ao numeral formado por
6 6 6
 4 Assim, para adicionar ou subtrair frações de mesmo denominador, pro-
uma parte natural e uma parte fracionária;  2  A parte natural é 2 e a cedemos do seguinte modo:
 7
4 1. adicionamos ou subtraímos os numeradores e mantemos o
parte fracionária .
7 denominador comum.
h) irredutível: é aquela que não pode ser mais simplificada, por ter seus
termos primos entre si. 2. simplificamos o resultado, sempre que possível.
3 5 3
, , , etc. Exemplos:
4 12 7 3 1 3 +1 4
+ = =
5 5 5 5
4. PARA SIMPLIFICAR UMA FRAÇÃO, desde que não possua termos
primos entre si, basta dividir os dois ternos pelo seu divisor comum. 4 8 4 + 8 12 4
+ = = =
8 8:4 2 9 9 9 9 3
= = 7 3 7−3 4 2
12 12 : 4 3 − = = =
6 6 6 6 3
2 2 2−2 0
5. COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES. − = = =0
Para comparar duas ou mais frações quaisquer primeiramente 7 7 7 7
convertemos em frações equivalentes de mesmo denominador. De duas
frações que têm o mesmo denominador, a maior é a que tem maior Observação: A subtração só pode ser efetuada quando o minuendo é
numerador. Logo: maior que o subtraendo, ou igual a ele.
6 8 9 1 2 3
< < ⇔ < <
12 12 12 2 3 4 2º CASO: Frações com denominadores diferentes:
(ordem crescente)
Neste caso, para adicionar ou subtrair frações com denominadores di-
De duas frações que têm o mesmo numerador, a maior é a que tem
ferentes, procedemos do seguinte modo:
menor denominador.
• Reduzimos as frações ao mesmo denominador.
7 7
Exemplo: > • Efetuamos a operação indicada, de acordo com o caso anterior.
2 5 • Simplificamos o resultado (quando possível).
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES
Exemplos:
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO 1 2 5 3
1) + = 2) + =
A soma ou a diferença de duas frações é uma outra fração, cujo calculo 3 4 8 6
recai em um dos dois casos seguintes: 15 12
1º CASO: Frações com mesmo denominador. Observemos as figuras 4 6 = + =
= + = 24 24
seguintes: 12 12 15 + 12
= =
4+6 24
= =
12 27 9
= =
10 5 24 8
3 2 = =
12 6
6 6

5 Observações:

6 Para adicionar mais de duas frações, reduzimos todas ao mesmo de-


nominador e, em seguida, efetuamos a operação.

Matemática 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplos. NÚMEROS RACIONAIS
2 7 3 3 5 1 1
a) + + = b) + + + =
15 15 15 4 6 8 2
2+7+3 18 20 3 12
= = = + + + =
15 24 24 24 24
12 4 18+ 20+ 3 +12
= = = =
15 5 24 Um círculo foi dividido em duas partes iguais. Dizemos que uma unida-
de dividida em duas partes iguais e indicamos 1/2.
53 onde: 1 = numerador e 2 = denominador
=
24

Havendo número misto, devemos transformá-lo em fração imprópria:

Exemplo:
1 5 1
2 + +3 = Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos (das três partes ha-
3 12 6 churamos 2).
7 5 19 Quando o numerador é menor que o denominador temos uma fração
+ + = própria. Observe:
3 12 6
28 5 38 Observe:
+ + =
12 12 12
28 + 5 + 38 71
=
12 12

Se a expressão apresenta os sinais de parênteses ( ), colchetes [ ]


e chaves { }, observamos a mesma ordem:
1º) efetuamos as operações no interior dos parênteses;
Quando o numerador é maior que o denominador temos uma fração
2º) as operações no interior dos colchetes;
imprópria.
3º) as operações no interior das chaves. Frações Equivalentes
Exemplos:
 2 3   5 4  Duas ou mais frações são equivalentes, quando representam a mesma
1) +  −  −  =
 3 4   2 2  quantidade.

 8 9  1
=  +  − =
 12 12  2
17 1
= − =
12 2
17 6
= − =
12 12
11
=
12
  3 1   2 3 
2)5 −  −  − 1 +  =
  2 3   3 4  1 2 3
  9 2   5 3  Dizemos que: = =
= 5 −  −  −  +  = 2 4 6
  6 6   3 4 
- Para obter frações equivalentes, devemos multiplicar ou dividir o nu-
 7   20 9  merador por mesmo número diferente de zero.
= 5 −  −  +  =
 6   12 12  1 2 2 1 3 3
Ex: ⋅ = ou . =
 30 7  29 2 2 4 2 3 6
=  − − =
 6 6  12 Para simplificar frações devemos dividir o numerador e o denominador,
23 29 por um mesmo número diferente de zero.
= − =
6 12
Quando não for mais possível efetuar as divisões dizemos que a fração
46 29 é irredutível.
= − =
12 12
Exemplo:
17
= 18 2 9 3
12 : = = ⇒ Fração Irredutível ou Simplificada
12 2 6 6

Matemática 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1 3 Calcular o M.M.C. (3,4) = 12
Exemplo: e 1 3 (12 : 3) ⋅ 1 e (12 : 4) ⋅ 3
3 4 e = temos:
3 4 12 12
Calcular o M.M.C. (3,4): M.M.C.(3,4) = 12 4 9
3 (12 : 3 ) ⋅ 1 e
1
e e
(12 : 4 ) ⋅ 3 4
e
9 12 12
= temos:
3 4 12 12 12 12 1 4 3 9
A fração é equivalente a . A fração equivalente .
3 12 4 12
1 4
A fração é equivalente a .
3 12 Exemplo
3 9 2 4
A fração equivalente . ? ⇒ numeradores diferentes e denominadores diferentes
4 12 3 5
m.m.c.(3, 5) = 15
Exercícios: (15 : 3).2 (15.5).4 10 12
1) Achar três frações equivalentes às seguintes frações: ? = < (ordem crescente)
15 15 15 15
1 2
1) 2) Exercícios: Colocar em ordem crescente:
4 3 2 2 5 4 5 2 4
2 3 4 4 6 8 1) e e 2) 3) , e
Respostas: 1) , , 2) , , 5 3 3 3 6 3 5
8 12 16 6 9 12 2 2 4 5
Respostas: 1) < 2) <
5 3 3 3
Comparação de frações
4 5 3
3) < <
a) Frações de denominadores iguais. 3 6 2
Se duas frações tem denominadores iguais a maior será aquela: que ti-
ver maior numerador.
Operações com frações
3 1 1 3
Ex.: > ou <
4 4 4 4 1) Adição e Subtração
a) Com denominadores iguais somam-se ou subtraem-se os numera-
b) Frações com numeradores iguais
dores e conserva-se o denominador comum.
Se duas frações tiverem numeradores iguais, a menor será aquela que
tiver maior denominador. 2 5 1 2 + 5 +1 8
Ex: + + = =
7 7 7 7 3 3 3 3 3
Ex.: > ou <
4 5 5 4 4 3 4−3 1
c) Frações com numeradores e denominadores receptivamente di- − = =
5 5 5 5
ferentes.
Reduzimos ao mesmo denominador e depois comparamos. Exemplos: b) Com denominadores diferentes reduz ao mesmo denominador de-
pois soma ou subtrai.
2 1
> denominadores iguais (ordem decrescente) Ex:
3 3 1 3 2
4 4 1) + + = M.M.C.. (2, 4, 3) = 12
> numeradores iguais (ordem crescente) 2 4 3
5 3
(12 : 2).1 + (12 : 4).3 + (12.3).2 6 + 9 + 8 23
= =
SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES 12 12 12
4 2
Para simplificar frações devemos dividir o numerador e o denominador 2) − = M.M.C.. (3,9) = 9
3 9
por um número diferente de zero.
(9 : 3).4 - (9 : 9).2 12 - 2 10
= =
Quando não for mais possível efetuar as divisões, dizemos que a fra- 9 9 9
ção é irredutível. Exemplo:
18 : 2 9 : 3 3 Exercícios. Calcular:
= =
12 : 2 6 : 3 2 2 5 1 5 1 2 1 1
1) + + 2) − 3) + −
Fração irredutível ou simplificada 7 7 7 6 6 3 4 3
9 36 8 4 2 7
Exercícios: Simplificar 1) 2) Respostas: 1) 2) = 3)
12 45 7 6 3 12

3 4 Multiplicação de Frações
Respostas: 1) 2)
4 5
Para multiplicar duas ou mais frações devemos multiplicar os numera-
dores das frações entre si, assim como os seus denominadores.
REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MENOR DENOMINADOR COMUM Exemplo:
1 3 2 3 2 3 6 3
Ex.: e . = x = =
3 4 5 4 5 4 20 10

Matemática 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exercícios: Calcular: tamente superiores a este (10 vezes maior) sendo que o primeiro algarismo
à direita representa unidade simples.
2 5 2 3 4  1 3   2 1
1) ⋅ 2) ⋅ ⋅ 3)  + ⋅ − 
5 4 5 2 3 5 5 3 3 Características fundamentais:
1) Base dez, na contagem.
10 5 24 4 4 2) Os dez algarismos: 1, 2, 3, 4, 5, 8, 7, 8, 9, 0 para formarem os
Respostas: 1) = 2) = 3)
12 6 30 5 15 numerais.
3) O princípio da posição decimal, para a colocação dos algarismos.
Divisão de frações
Ordens: são as unidades, dezenas, centenas, milhares etc., também
chamadas posições.
Para dividir duas frações conserva-se a primeira e multiplica-se pelo in- Valor relativo ou posicional de um algarismo: É o número de
verso da Segunda. unidades simples, dezenas, centenas, milhares, etc., que ele representa de
4 2 4 3 12 6 acordo com sua posição no numeral.
Exemplo: : = . = = Valor absoluto de um algarismo: É o valor que ele representa quando
5 3 5 2 10 5 considerado isoladamente.
8197 4 ORDENS
Exercícios. Calcular: 7 = unidades – valor absoluto: 7, posicional: 7
9 = dezenas – valor absoluto: 9; posicional: 90
4 2 8 6  2 3  4 1
1) : 2) : 3)  +  :  −  1 = centenas – valor absoluto: 1; posicional: 100
3 9 15 25 5 5 3 3 8 = milhares = valor absoluto: 8; posicional: 8000
Nota: Os números podem ser representados utilizando-se outras bases
20 que não a base decimal; tais bases formarão novos sistemas numéricos
Respostas: 1) 6 2) 3) 1
9 onde seus elementos diferirão daqueles constituintes do sistema decimal.
Potenciação de Frações Tomando-se um número de determinado sistema como referencial, pode-se
realizar mudança de base determinando o numeral que lhe será
correspondente na nova base.
Eleva o numerador e o denominador ao expoente dado. Exemplo:
3
Nota: símbolo “zero” serve para indicar as ordens vazias. Enquanto os
2 23 8 algarismos de um a nove são chamados de algarismos significativos, “zero”
  = 3 = (0) é chamado algarismo insignificativo.
3 3 27
O conjunto dos números 1, 2, 3, 4, ........,n, que surgiram naturalmente
Exercícios. Efetuar: de um processo de contagem reunido ao conjunto formado pelo “zero” (0),
2 4 2 3
3  1  4  1 forma o conjunto dos números naturais, que se escreve:
1)   2)   3)   −   N = {0, 1, 2, 3, 4, ......., n, ............}
4 2 3 2
9 1 119 • BASE DE UM SISTEMA DE NUMERAÇÃO
Respostas: 1) 2) 3) É o conjunto de nomes ou símbolos necessários para representar
16 16 72 qualquer número.

Radiciação de Frações Base 7 - No sistema de base 7, os elementos de um conjunto são con-


tados de 7 em 7, por meio dos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Contando-
Extrai raiz do numerador e do denominador. se os 365 dias do ano de 7 em 7, obtemos o número de semanas num ano.
4 4 2
Exemplo: = = Base 5 - No sistema de base 5 ou quinário, contamos de 5 em 5, em-
9 9 3 pregando os algarismos 0, 1, 2, 3, 4 e 5.

Exercícios. Efetuar: Base 2 - No sistema de base 2 ou binário contamos de 2 em 2, utili-


2 zando apenas os algarismos 0 e 1.
1 16 9  1
1) 2) 3) + 
9 25 16  2  Os computadores eletrônicos empregam o sistema binário, traduzindo
o algarismo 1 por uma lâmpada acesa (circuito fechado) e o algarismo 0 por
uma lâmpada apagada (circuito aberto). E a leitura dos números é feita no
1 4
Respostas: 1) 2) 3) 1 quadro do computador de acordo com o que as lâmpadas acusam.
3 5

Sistema decimal NÚMEROS DECIMAIS

Numeração: Processo de representação dos números, utilizando-se Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc, chama-se fração
símbolos e palavras. decimal.
3 4 7
Sistema de numeração: É um sistema de contagem ou um conjunto Ex: , , , etc
de regras para indicarmos os números. 10 100 100

Base de uma contagem: É o número de elementos do agrupamento Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
que se faz para contar os elementos do conjunto. 3
= três décimos,
10
Ex.: Quando os palitos de uma caixa de fósforos são contados um a
um, diz-se que foi empregada a base 1. 4
= quatro centésimos
100
Sistema de número decimal
7
Principio da posição decimal:Todo algarismo colocado = sete milésimos
imediatamente à esquerda do outro, representa unidade de ordem, imedia- 1000

Matemática 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Escrevendo estas frações na forma decimal temos: Exercícios. Efetuar as operações:
3 4 7 1) 2,41 . 6,3 2) 173,4 . 3,5 + 5 . 4,6
=0,3 = 0,04 = 0,007 3) 31,2 . 0,753
10 100 1000
Respostas: 1) 15,183 2) 629,9
Outros exemplos: 3) 23,4936
34 635 2187
1) = 3,4 2) = 6,35 3) =218,7 Divisão de números decimais
10 100 10
Note que a vírgula “caminha” da direita para a esquerda, a quantidade
de casas deslocadas é a mesma quantidade de zeros do denominador. Igualamos as casas decimais entre o dividendo e o divisor e quando o
Exercícios. Representar em números decimais: dividendo for menor que o divisor acrescentamos um zero antes da vírgula
no quociente.
35 473 430
1) 2) 3)
10 100 1000 Ex.:
Respostas: 1) 3,5 2) 4,73 3) 0,430 a) 3:4
3 |_4_
LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL 30 0,75
20
Ex.: 0
b) 4,6:2
4,6 |2,0 = 46 | 20
60 2,3
0
Obs.: Para transformar qualquer fração em número decimal basta divi-
dir o numerador pelo denominador.
Ex.: 2/5 = 2 |5 , então 2/5=0,4
20 0,4

Exercícios
1) Transformar as frações em números decimais.

1 4 1
1) 2) 3)
5 5 4
Respostas: 1) 0,2 2) 0,8 3) 0,25
Operações com números decimais
Adição e Subtração 2) Efetuar as operações:
Coloca-se vírgula sob virgula e somam-se ou subtraem-se unidades de 1) 1,6 : 0,4 2) 25,8 : 0,2
mesma ordem. Exemplo 1: 3) 45,6 : 1,23 4) 178 : 4,5-3,4.1/2
5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4
10 + 0,453 + 2,832
10,000 Respostas: 1) 4 2) 129 3) 35,07
+ 0,453 4) 37,855 5) 200,0833....
2,832
13,285 Multiplicação de um número decimal por 10, 100, 1000

Exemplo 2: Para tornar um número decimal 10, 100, 1000..... vezes maior, desloca-
47,3 - 9,35 se a vírgula para a direita, respectivamente, uma, duas, três, ... casas
47,30 decimais.
9,35 2,75 x 10 = 27,5 6,50 x 100 = 650
37,95 0,125 x 100 = 12,5 2,780 x 1.000 = 2.780
0,060 x 1.000 = 60 0,825 x 1.000 = 825
Exercícios. Efetuar as operações:
1) 0,357 + 4,321 + 31,45 DIVISÃO
2) 114,37 - 93,4 Para dividir os números decimais, procede-se assim:
3) 83,7 + 0,53 - 15, 3 • iguala-se o número de casas decimais;
• suprimem-se as vírgulas;
Respostas: 1) 36,128 2) 20,97 3) 68,93 • efetua-se a divisão como se fossem números inteiros.
Multiplicação com números decimais
Exemplos:
Multiplicam-se dois números decimais como se fossem inteiros e sepa- ♦ 6 : 0,15 = 6,00 0,15
ram-se os resultados a partir da direita, tantas casas decimais quantos 000 40
forem os algarismos decimais dos números dados. Igualam – se as casas decimais.
Cortam-se as vírgulas.
Exemplo: 5,32 x 3,8 1. 7,85 : 5 = 7,85 : 5,00 785 : 500 = 1,57
5,32 → 2 casas, Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto 285
x 3,8→ 1 casa após a virgula
______ Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma vírgula ao quociente
4256 e zeros ao resto
1596 + • 2 : 4 0,5
______ Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vírgula no quociente e
20,216 → 3 casas após a vírgula zero no dividendo

Matemática 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1. 0,35 : 7 = 0,350 7,00 350 : 700 = 0,05
Como 35 não divisível por 700, coloca-se zero e vírgula no quociente e
2 = 1,4142135...
um zero no dividendo. Como 350 não é divisível por 700, acrescenta-se 3 = 1,7320508...
outro zero ao quociente e outro ao dividendo
5 = 2,2360679...
Divisão de um número decimal por 10, 100, 1000
Estes números não são racionais: π ∈ Q, 2 ∈ Q, 3 ∈ Q,
Para tornar um número decimal 10, 100, 1000, .... vezes menor, deslo-
ca-se a vírgula para a esquerda, respectivamente, uma, duas, três, ... casas 5 ∈ Q; e, por isso mesmo, são chamados de irracionais.
decimais.
Exemplos: Podemos então definir os irracionais como sendo aqueles números que
25,6 : 10 = 2,56 possuem uma representação decimal infinita e não periódico.
04 : 10 = 0,4
315,2 : 100 = 3,152 Chamamos então de conjunto dos números reais, e indicamos com R,
018 : 100 = 0,18 o seguinte conjunto:
0042,5 : 1.000 = 0,0425
0015 : 1.000 = 0,015 R= { x | x é racional ou x é irracional}

milhar centena deze- Unida- décimo centési- milésimo


na de mo Como vemos, o conjunto R é a união do conjunto dos números
simples racionais com o conjunto dos números irracionais.

1 000 100 10 1 0,1 0,01 0,001 Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos indicar que o
número zero foi excluído de um conjunto.
LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído de N.
Procedemos do seguinte modo:
1º) Lemos a parte inteira (como um número natural).
Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos indicar que os
2º) Lemos a parte decimal (como um número natural), acompanhada
números negativos foram excluídos de um conjunto.
de uma das palavras:
• décimos, se houver uma ordem (ou casa) decimal
Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram excluídos de Z.
• centésimos, se houver duas ordens decimais;
• milésimos, se houver três ordens decimais. Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos indicar que os
números positivos foram excluídos de um conjunto.
Exemplos:
1) 1,2 Lê-se: "um inteiro e Exemplo: Z − = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram excluídos de Z.
dois décimos".
2) 12,75 Lê-se: "doze inteiros Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o símbolo (+) ou com o
e setenta e cinco símbolo (-).
centésimos". Exemplos
3) 8,309 Lê-se: "oito inteiros e ♦ Z *− = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram excluídos de Z.
trezentos e nove
milésimos''. ♦ Z *+ = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos foram excluídos de Z.

Observações:
1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte decimal é lida. Exercícios propostos:
1. Completar com ∈ ou ∉
Exemplos:
a) 0 N 7 *
g) Q
a) 0,5 - Lê-se: "cinco décimos". b) 0 N* 1 +
c) 7 Z h) 7 Q
b) 0,38 - Lê-se: "trinta e oito centésimos".
d) - 7 Z+
c) 0,421 - Lê-se: "quatrocentos e vinte e um
i) 72 Q
e) – 7 Q−
milésimos". j) 7 R*
1
2) Um número decimal não muda o seu valor se acrescentarmos ou f) Q
7
suprimirmos zeros â direita do último algarismo.
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " .......
3) Todo número natural pode ser escrito na forma de número decimal, 2. Completar com ∈ ou ∉
colocando-se a vírgula após o último algarismo e zero (ou zeros) a a) 3 Q d) π Q
sua direita. b) 3,1 Q e) 3,141414... Q
Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00... c) 3,14 Q

OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS 3. Completar com ⊂ ou ⊄ :


• Z *+ N* *
d) Z − R
CORRESPONDÊNCIA ENTRE NÚMEROS E PONTOS DA RETA,
ORDEM, VALOR ABSOLUTO • Z− N e) Z− R+
Há números que não admitem representação decimal finita nem • R+ Q
representação decimal infinita e periódico, como, por exemplo:
π = 3,14159265...
4. Usando diagramas de Euler-Venn, represente os conjuntos N, Z, Q e

Matemática 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
R. O metro quadrado, seus múltiplos e submúltiplos são apresentados no
Respostas: quadro seguinte:
1. Múltiplos Unidade Submúltiplos
a) ∈ e) ∈ i) ∈ Nome quilôm hectôme decâm metro decím centím milímet
b) ∉ f) ∈ etro tro etro quadrado etro etro ro
j) ∈
c) ∈ g) ∈ quadr quadrad quadr quadr quadr quadra
h) ∉ ado o ado ado ado do
d) ∉

2.
Símbo km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
a) ∈ c) ∈ e) ∈ lo
b) ∈ d) ∉
Valor1 000 10 000 100 1 m2 0,01 0,000 0,0000
3. 000m2 m2 m2 m2 1 m2 01 m2
a) ⊂ c) ⊄ e) ⊄ Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade
b) ⊄ d) ⊂ de área ê cem vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim,
podemos escrever:
4. 1 km2 = 100 hm2 1m2 = 100 dm2
1 hm2 = 100 dam2 1 dm2 = 100 cm2
1 dam2 = 100 m2 1 cm2 = 100 mm2

MEDIDAS DE VOLUME
Medir um sólido, ou a "quantidade de espaço" ocupada por ele significa
Reta numérica compará-lo com outro sólido tomado como unidade. A medida de um sólido
Uma maneira prática de representar os números reais é através da reta é chamada volume do sólido.
real. Para construí-la, desenhamos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a Essa unidade é chamada metro cúbico e é representada por m3. O
nosso gosto, um ponto origem que representará o número zero; a seguir metro cúbico, seus múltiplos e submúltiplos são apresentados no quadro
escolhemos, também a nosso gosto, porém à direita da origem, um ponto seguinte:
para representar a unidade, ou seja, onúmero um. Então, a distância entre Múltiplos Unid Submúltiplos
os pontos mencionados será a unidade de medida e, com base nela, mar- ade
camos, ordenadamente, os números positivos à direita da origem e os quilômetr hectôm decâm metro decím centím milímetro
números negativos à sua esquerda. Nom o etro etro cúbic etro etro cúbico
e cúbico cúbico cúbico o cúbic cúbico
o
SISTEMAS DE MEDIDAS DECIMAIS:
Símb km3 hm3 dam3 m3 cm3 dm3 mm3
MEDIDAS DE COMPRIMENTO (PERÍMETRO), olo
DE SUPERFÍCIE, DE CAPACIDADE, DE VOLUME E
DE MASSA, MEDIDAS DE TEMPO Valor 1 000 000 1 000 1000 1 m3 0,001 0,0000 0,000000
000m3 000m3 m3 m3 01 m3 001 m3
MEDIDAS DE COMPRIMENTO
As medidas lineares de comprimento têm como unidade legal o metro, Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade
representado por m. Assim, medir uma distancia significa compará-la com o
de volume é mil vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
metro e determinar quantas vezes ela o contém.
Assim, podemos escrever:
No quadro abaixo, vemos o metro, seus múltiplos e submúltiplos.
1 km3 = 1000 hm3 1m3 = 1000 dm3
Múltiplos Uni Submúltiplos 1 hm3 = 1000 dam3 1 dm3 = 1000 cm3
dad 1 dam3 = 1000 m3 1 cm3 = 1000 mm3
e
Nome quilô hectôme decâmet met decímet centímet milímetr MEDIDAS DE CAPACIDADE
metro tro ro ro ro ro o A capacidade, por ser um volume, pode ser medida em unidades volu-
Símbo km hm dam m dm cm mm
lo me, já estudadas. Todavia, uma unidade prática - o litro ( l ) – foi definida,
Valor 1000 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m de acordo com a seguinte condição:
m 1 litro = 1 dm3
Observando a quadro apresentado, podemos notar que cada unidade
de comprimento é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior. ou seja, 1 litro equivale ao volume de um cubo de 1 dm de aresta. O
Assim, podemos escrever: litro, seus múltiplos e submúltiplos são apresentados no quadro seguinte:
1 km = 10 hm 1m = 10 dm
1 hm = 10 dam 1 dm = 10 cm Múltiplos Unida Submúltiplos
1 dam = 10 m 1 cm = 10 mm de
MEDIDAS DE SUPERFÍCIE Nome hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro
Medir uma superfície é compará-la com outra superfície tomada como Símbolo hl dal l dl cl ml
unidade. A medida de uma superfície é chamada área da superfície. Valor l l
A unidade legal de medida da área de uma superfície é a área de um 100 10 1l 0,1 l 0,01 l 0,001 l
quadrilátero cujos lados medem 1 metro e que tem a seguinte forma:
1m Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade
de capacidade é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
1m 1m Assim, podemos escrever:
1 hl = 10 dal 1dal = 10 litros
1 litro = 10 dl 1 dl = 10 cl
1m 1 cl = 10 ml
Essa unidade é chamada metro quadrado e representada por m2 . MEDIDAS DE MASSA

Matemática 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A unidade legal adotada para medir a massa dos corpos é o quilo- são analfabetos", "De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática", "Um dia
grama (kg). Na prática, costuma-se usar como unidade-padrão o grama (g), de sol, para cada dois de chuva".
que corresponde a milésima parte do quilograma, o grama, seus múltiplos e Em cada uma dessas frases está sempre clara uma comparação entre
submúltiplos são apresentados no seguinte quadro: dois números. Assim, no primeiro caso, destacamos 5 entre 20; no segun-
do, 2 entre 10, e no terceiro, 1 para cada 2.
Múltiplos Unida Submúltiplos Todas as comparações serão matematicamente expressas por um
de quociente chamado razão.
Nome quilogra hectogra decagr grama decigr centigra miligram Teremos, pois:
ma ma ama ama ma a
5
Símbol kg hg dag g dg cg mg De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos. Razão =
20
o
Valor 1 000 g 100 g 10 g 1g 0,1 g 0,01 g 0,001 g 2
De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática. Razão =
Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade 10
de massa é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, 1
podemos escrever: c. Um dia de sol, para cada dois de chuva. Razão =
2
1 kg = 10 hg 1 g = 10 dg
1 hg = 10 dag 1 dg = 10 cg
Nessa expressão, a chama-se antecedente e b, consequente. Outros
1 dag = 10 g 1 cg = 10 mg
exemplos de razão:
1
a Em cada 10 terrenos vendidos, um é do corretor. Razão =
A razão entre dois números a e b, com b ≠ 0, é o quociente , ou 10
b Os times A e B jogaram 6 vezes e o time A ganhou todas.
a : b.
6
MEDIDAS DE TEMPO Razão =
Por não pertencerem ao sistema métrico decimal, apresentamos aqui
6
3. Uma liga de metal é feita de 2 partes de ferro e 3 partes de zinco.
um rápido estudo das medidas de tempo.
A unidade legal para a medida de tempo é o segundo. os seus 2 3
múltiplos são apresentados no quadro seguinte: Razão = 5 (ferro) Razão = 5 (zinco).
Unidade Múltiplos
nome segundo minuto hora dia 3. PROPORÇÃO
Símbolo s min h d Há situações em que as grandezas que estão sendo comparadas po-
valor 1s 60 s 60 min = 3 600 s 24 h = 1 440 min = 86 400 s dem ser expressas por razões de antecedentes e consequentes diferentes,
porém com o mesmo quociente. Dessa maneira, quando uma pesquisa
As medidas de tempo inferiores ao segundo não têm designação escolar nos revelar que, de 40 alunos entrevistados, 10 gostam de Matemá-
própria; utilizamos, então, submúltiplos decimais. tica, poderemos supor que, se forem entrevistados 80 alunos da mesma
Assim, dizemos: décimos de segundo, centésimos de segundo, ou escola, 20 deverão gostar de Matemática. Na verdade, estamos afirmando
milésimos de segundo. que 10 estão representando em 40 o mesmo que 20 em 80.
Utilizam-se também as unidades de tempo estabelecidas pelas con-
venções usuais do calendário civil e da Astronomia, como, por exemplo, 1 10 20
Escrevemos: =
mês, o ano, o século, etc. 40 80
Da análise do quadro apresentado e da observação 2, podemos A esse tipo de igualdade entre duas razões dá-se o nome de
afirmar que: proporção.
1 min = 60 s 1 h = 60 min = 3 600 s
1 d = 24 h 1 mês = 30 d
1 ano = 12 meses 1 século = 100 anos a c
Dadas duas razões e , com b e d ≠ 0, teremos uma
Para efetuar a mudança de uma unidade para outra, devemos
b d
multiplicá-la (ou dividi-la) pelo valor dessa unidade: a c
10 min = 600 s - equivale a 10 . 60 = 600 proporção se = .
b d
2400 s = 40 min - equivale a 2400 . 60 = 40
12 h = 720 min - equivale a 12 . 60 = 720 Na expressão acima, a e c são chamados de antecedentes e b e d de
1 d = 86400s - equivale a 1440 min . 60 = 86 400 consequentes. .
A proporção também pode ser representada como a : b : : c : d. Qual-
quer uma dessas expressões é lida assim: a está para b assim como c está
para d. E importante notar que b e c são denominados meios e a e
PROPORCIONALIDADE: RAZÃO E PROPORÇÃO d,extremos.
Exemplo:
1. INTRODUÇÃO
Se a sua mensalidade escolar sofresse hoje um reajuste de $ 80,00, A proporção 3 = 9 , ou 3 : 7 : : 9 : 21, é
como você reagiria? Acharia caro, normal, ou abaixo da expectativa? Esse 7 21
mesmo valor, que pode parecer caro no reajuste da mensalidade, seria lida da seguinte forma: 3 está para 7 assim como 9 está para 21.
considerado insignificante, se se tratasse de um acréscimo no seu salário. Temos ainda:
Naturalmente, você já percebeu que os $ 80,00 nada representam, se 3 e 9 como antecedentes, 7 e 21 como consequentes,
não forem comparados com um valor base e se não forem avaliados de 7 e 9 como meios e 3 e 21 como extremos.
acordo com a natureza da comparação. Por exemplo, se a mensalidade
escolar fosse de $ 90,00, o reajuste poderia ser considerado alto; afinal, o 3.1 PROPRIEDADE FUNDAMENTAL
valor da mensalidade teria quase dobrado. Já no caso do salário, mesmo O produto dos extremos é igual ao produto dos meios:
considerando o salário mínimo, $ 80,00 seriam uma parte mínima. . a c
A fim de esclarecer melhor este tipo de problema, vamos estabelecer = ⇔ ad = bc ; b, c ≠ 0
b d
regras para comparação entre grandezas.
2. RAZÃO Exemplo:
Você já deve ter ouvido expressões como: "De cada 20 habitantes, 5

Matemática 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
6 24 pois, quanto mais torneiras estiverem abertas, menor o tempo para comple-
Se 24 =
96 , então 6 . 96 = 24 . 24 = 576. tar o tanque.
Podemos concluir que:
3.2 ADIÇÃO (OU SUBTRAÇÃO) DOS ANTECEDENTES E
CONSEQUENTES Duas grandezas são inversamente proporcionais quando,
Em toda proporção, a soma (ou diferença) dos antecedentes está para aumentando (ou diminuindo) uma delas numa determinada razão,
a soma (ou diferença) dos consequentes assim como cada antecedente a outra diminui (ou aumenta) na mesma razão.
está para seu consequente. Ou seja:
Vamos analisar outro exemplo, com o objetivo de reconhecer a
a c a + c a c natureza da proporção, e destacar a razão. Considere a situação de um
Se = , entao = = ,
b d b + d b d grupo de pessoas que, em férias, se instale num acampamento que cobra
a - c a c $100,00 a diária individual.
ou = =
b - d b d Observe na tabela a relação entre o número de pessoas e a despesa
diária:
Essa propriedade é válida desde que nenhum denominador seja nulo. Número de pessoas 1 2 4 5 10
Exemplo: Despesa diária ( $ ) 100 200 400 500 1.000
21 + 7 28 7
= =
12 + 4 16 4 Você pode perceber na tabela que a razão de aumento do número de
21 7 pessoas é a mesma para o aumento da despesa. Assim, se dobrarmos o
= número de pessoas, dobraremos ao mesmo tempo a despesa. Esta é
12 4
21 - 7 14 7 portanto, uma proporção direta, ou melhor, as grandezas número depesso-
= = as e despesa diária são diretamente proporcionais.
12 - 4 8 4
Suponha também que, nesse mesmo exemplo, a quantia a ser gasta
pelo grupo seja sempre de $2.000,00. Perceba, então, que o tempo de
DIVISÃO PROPORCIONAL permanência do grupo dependerá do número de pessoas.

Analise agora a tabela abaixo:


1. INTRODUÇÃO: Número de pessoas 1 2 4 5 10
No dia-a-dia, você lida com situações que envolvem números, tais co-
Tempo de permanência (dias) 20 10 5 4 2
mo: preço, peso, salário, dias de trabalho, índice de inflação, velocidade,
Note que, se dobrarmos o número de pessoas, o tempo de perma-
tempo, idade e outros. Passaremos a nos referir a cada uma dessas situa-
nência se reduzirá à metade. Esta é, portanto, uma proporção inversa, ou
ções mensuráveis como uma grandeza. Você sabe que cada grandeza não
melhor, as grandezas número de pessoas e número de dias são inver-
é independente, mas vinculada a outra conveniente. O salário, por exemplo,
samente proporcionais.
está relacionado a dias de trabalho. Há pesos que dependem de idade,
velocidade, tempo etc. Vamos analisar dois tipos básicos de dependência
4. DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS
entre grandezas proporcionais.
4. 1 Diretamente proporcional
Duas pessoas, A e B, trabalharam na fabricação de um mesmo objeto,
2. PROPORÇÃO DIRETA
sendo que A o fez durante 6 horas e B durante 5 horas. Como, agora, elas
Grandezas como trabalho produzido e remuneração obtida são, quase
deverão dividir com justiça os $ 660,00 apurados com sua venda? Na
sempre, diretamente proporcionais. De fato, se você receber $ 2,00 para
verdade, o que cada um tem a receber deve ser diretamente proporcional
cada folha que datilografar, sabe que deverá receber $ 40,00 por 20 folhas
ao tempo gasto na confecção do objeto.
datilografadas.
Podemos destacar outros exemplos de grandezas diretamente
proporcionais:
Velocidade média e distância percorrida, pois, se você dobrar a veloci- Dividir um número em partes diretamente proporcionais a outros
dade com que anda, deverá, num mesmo tempo, dobrar a distância percor- números dados é encontrar partes desse número que sejam
rida. diretamente proporcionais aos números dados e cuja soma
Área e preço de terrenos. reproduza o próprio número.
Altura de um objeto e comprimento da sombra projetada por ele.
Assim: No nosso problema, temos de dividir 660 em partes diretamente pro-
Duas grandezas São diretamente proporcionais quando, aumentando porcionais a 6 e 5, que são as horas que A e B trabalharam.
(ou diminuíndo) uma delas numa determinada razão, a outra diminui (ou Vamos formalizar a divisão, chamando de x o que A tem a receber, e
aumenta) nessa mesma razão. de y o que B tem a receber.
Teremos então:
X + Y = 660

3. PROPORÇÃO INVERSA X Y
Grandezas como tempo de trabalho e número de operários para a =
6 5
mesma tarefa são, em geral, inversamente proporcionais. Veja: Para uma
tarefa que 10 operários executam em 20 dias, devemos esperar que 5 Esse sistema pode ser resolvido, usando as propriedades de
operários a realizem em 40 dias. proporção. Assim:
X + Y
Podemos destacar outros exemplos de grandezas inversamente = Substituindo X + Y por 660,
proporcionais: 6 + 5
660 X 6 ⋅ 660
Velocidade média e tempo de viagem, pois, se você dobrar a veloci- vem = ⇒ X = = 360
11 6 11
dade com que anda, mantendo fixa a distância a ser percorrida, reduzirá o
tempo do percurso pela metade. Como X + Y = 660, então Y = 300
Concluindo, A deve receber $ 360,00 enquanto B, $ 300,00.
Número de torneiras de mesma vazão e tempo para encher um tanque, 4.2 INVERSAMENTE PROPORCIONAL

Matemática 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
E se nosso problema não fosse efetuar divisão em partes diretamente 29400 x
Como x + y = 29400, então =
proporcionais, mas sim inversamente? Por exemplo: suponha que as duas 98 50
pessoas, A e B, trabalharam durante um mesmo período para fabricar e 29400 ⋅ 50
vender por $ 160,00 um certo artigo. Se A chegou atrasado ao trabalho 3 ⇒ x = ⇒ 15.000
dias e B, 5 dias, como efetuar com justiça a divisão? O problema agora é
dividir $160,00 em partes inversamente proporcionais a 3 e a 5, pois deve Portanto y = 14 400.
ser levado em consideração que aquele que se atrasa mais deve receber Concluindo, a primeira turma deve receber $15.000,00 da empreiteira,
menos. e a segunda, $ 14.400,00.
Observação: Firmas de projetos costumam cobrar cada trabalho
Dividir um número em partes inversamente proporcionais a outros usando como unidade o homem-hora. O nosso problema é um exemplo em
números dados é encontrar partes desse número que sejam direta- que esse critério poderia ser usado, ou seja, a unidade nesse caso seria
mente proporcionais aos inversos dos números dados e cuja soma homem-dia. Seria obtido o valor de $ 300,00 que é o resultado de 15 000 :
reproduza o próprio número. 50, ou de 14 400 : 48.

No nosso problema, temos de dividir 160 em partes inversamente pro- GRÁFICOS


porcionais a 3 e a 5, que são os números de atraso de A e B. Vamos forma- SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL
lizar a divisão, chamando de x o que A tem a receber e de y o que B tem a Como já vimos, o sistema cartesiano ortogonal é composto por dois eixos
receber. perpendiculares com origem comum e uma unidade de medida.
x + y = 160
x y
Teremos: =
1 1
3 5

Resolvendo o sistema, temos:


x + y x x + y x
= ⇒ =
1 1 1 8 1
+
3 5 3 15 3
Mas, como x + y = 160, então - No eixo horizontal, chamado eixo das abscissas, representamos os
160 x 160 1 primeiros elementos do par ordenado de números reais.
= ⇒ x = ⋅ ⇒
8 1 8 3 - No eixo vertical, chamado eixo das ordenadas, representamos os
15 3 15 segundos elementos do par ordenado de números reais.
15 1
⇒ x = 160 ⋅ ⋅ ⇒ x = 100 Vale observar que:
8 3 A todo par ordenado de números reais corresponde um e um só ponto do
Como x + y = 160, então y = 60. Concluíndo, A deve receber $ 100,00 plano, e a cada ponto corresponde um e um só par ordenado de números reais.
e B, $ 60,00. Vamos construir gráficos de funções definidas por leis y = f (x) com x Є IR .
Para isso:
4.3 DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA 1º) Construímos uma tabela onde aparecem os valores de x e os corres-
Vamos analisar a seguinte situação: Uma empreiteira foi contratada pa- pondentes valores de y, do seguindo modo:
ra pavimentar uma rua. Ela dividiu o trabalho em duas turmas, prometendo a) atribuímos a x uma série de valores do domínio,
pagá-las proporcionalmente. A tarefa foi realizada da seguinte maneira: na b) calculamos para cada valor de x o correspondente valor de y através
primeira turma, 10 homens trabalharam durante 5 dias; na segunda turma, da lei de formação y = f ( x );
12 homens trabalharam durante 4 dias. Estamos considerando que os 2º) Cada par ordenado (x,y), onde o 1º elemento é a variável independente
homens tinham a mesma capacidade de trabalho. A empreiteira tinha $ e o 2º elemento é a variável dependente, obtido na tabela, determina um ponto
29.400,00 para dividir com justiça entre as duas turmas de trabalho. Como do plano no sistema de eixos.
fazê-lo? 3º) 0 conjunto de todos os pontos (x,y), com x Є D(f) formam o gráfico da
Essa divisão não é de mesma natureza das anteriores. Trata-se aqui função f (x).
de uma divisão composta em partes proporcionais, já que os números Exemplo:
obtidos deverão ser proporcionais a dois números e também a dois outros. Construa o gráfico de f( x ) = 2x – 1 onde
Na primeira turma, 10 homens trabalharam 5 dias, produzindo o mes- D = { –1, 0, 1, 2 , 3 }
mo resultado de 50 homens, trabalhando por um dia. Do mesmo modo, na x y ponto
segunda turma, 12 homens trabalharam 4 dias, o que seria equivalente a
48 homens trabalhando um dia. f ( –1 ) = 2 . ( –1 ) –1 = –3 –1 –3 ( –1, –3)
Para a empreiteira, o problema passaria a ser, portanto, de divisão f ( 0 ) = 2 . 0 – 1 = –1 0 –1 ( 0, –1)
diretamente proporcional a 50 (que é 10 . 5), e 48 (que é 12 . 4). f(1)=2. 1 –1=1 1 1 ( 1, 1)
f(2)=2. 2 –1=3 2 3 ( 2, 3)
f(3)=2. 3 –1=5 3 5 ( 3, 5)
Para dividir um número em partes de tal forma que uma delas seja
proporcional a m e n e a outra a p e q, basta divida esse número em
partes proporcionais a m . n e p . q.
Convém lembrar que efetuar uma divisão em partes inversamente
proporcionais a certos números é o mesmo que fazer a divisão em partes
diretamente proporcionais ao inverso dos números dados.
Resolvendo nosso problema, temos:
Chamamos de x: a quantia que deve receber a primeira turma; y: a
quantia que deve receber a segunda turma. Assim:
x y x y
= ou =
10 ⋅ 5 12 ⋅ 4 50 48
x + y x
⇒ =
50 + 48 50
Os pontos A, B, C, D e E formam o gráfico da função.

Matemática 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


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OBSERVAÇÃO Escrevendo a proporção, temos:
Se tivermos para o domínio o intervalo [–1,3], teremos para gráfico de f(x) = 8 60 8 ⋅ 90
2x – 1 um segmento de reta com infinitos pontos). = ⇒ x= = 12
x 90 60

Concluíndo, o automóvel percorrerá a mesma distância em 12 horas.

Regra de três simples é um processo prático utilizado para resolver


problemas que envolvam pares de grandezas direta ou inversamente
proporcionais. Essas grandezas formam uma proporção em que se
conhece três termos e o quarto termo é procurado.

REGRA DE TRÊS COMPOSTA


Se tivermos como domínio o conjunto IR, teremos para o gráfico de f(x) = 2x – Vamos agora utilizar a regra de três para resolver problemas em que
1 uma reta. estão envolvidas mais de duas grandezas proporcionais. Como exemplo,
vamos analisar o seguinte problema.
Numa fábrica, 10 máquinas trabalhando 20 dias produzem 2.000 pe-
ças. Quantas máquinas serão necessárias para se produzir 1 680 peças em
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA 6 dias?
Como nos problemas anteriores, você deve verificar a natureza da pro-
REGRA DE TRÊS SIMPLES
porção entre as grandezas e escrever essa proporção. Vamos usar o
Retomando o problema do automóvel, vamos resolvê-lo com o uso da
mesmo modo de dispor as grandezas e os valores envolvidos.
regra de três de maneira prática.
Devemos dispor as grandezas, bem como os valores envolvidos, de
modo que possamos reconhecer a natureza da proporção e escrevê-la. Grandeza 1: Grandeza 2: Grandeza 3:
Assim: número de máquinas dias número de peças
Grandeza 1: tempo Grandeza 2: distância percorrida
(horas) (km) 10 20 2000

x 6 1680
6 900

Natureza da proporção: para estabelecer o sentido das setas é


8 x necessário fixar uma das grandezas e relacioná-la com as outras.
Observe que colocamos na mesma linha valores que se correspondem: Supondo fixo o número de dias, responda à questão: "Aumentando o
6 horas e 900 km; 8 horas e o valor desconhecido. número de máquinas, aumentará o número de peças fabricadas?" A res-
Vamos usar setas indicativas, como fizemos antes, para indicar a na- posta a essa questão é afirmativa. Logo, as grandezas 1 e 3 são diretamen-
tureza da proporção. Se elas estiverem no mesmo sentido, as grandezas te proporcionais.
são diretamente proporcionais; se em sentidos contrários, são inversa- Agora, supondo fixo o número de peças, responda à questão: "Au-
mente proporcionais. mentando o número de máquinas, aumentará o número de dias neces-
Nesse problema, para estabelecer se as setas têm o mesmo sentido, sários para o trabalho?" Nesse caso, a resposta é negativa. Logo, as gran-
foi necessário responder à pergunta: "Considerando a mesma velocidade, dezas 1 e 2 são inversamente proporcionais.
se aumentarmos o tempo, aumentará a distância percorrida?" Como a Para se escrever corretamente a proporção, devemos fazer com que as
resposta a essa questão é afirmativa, as grandezas são diretamente pro- setas fiquem no mesmo sentido, invertendo os termos das colunas conve-
porcionais. nientes. Naturalmente, no nosso exemplo, fica mais fácil inverter a coluna
Já que a proporção é direta, podemos escrever: da grandeza 2.
6 900
=
8 x 10 6 2000
7200
Então: 6 . x = 8 . 900 ⇒ x = = 1 200
6 x 0 1680
Concluindo, o automóvel percorrerá 1 200 km em 8 horas.
Vamos analisar outra situação em que usamos a regra de três.
Um automóvel, com velocidade média de 90 km/h, percorre um certo Agora, vamos escrever a proporção:
espaço durante 8 horas. Qual será o tempo necessário para percorrer o 10 6 2000
mesmo espaço com uma velocidade de 60 km/h? = ⋅
x 20 1680
Grandeza 1: tempo Grandeza 2: velocidade
(horas) (km/h)
(Lembre-se de que uma grandeza proporcional a duas outras é
proporcional ao produto delas.)
8 90

x 60 10 12000 10 ⋅ 33600
= ⇒ x= = 28
x 33600 12000
A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço percorrido, se au-
mentarmos a velocidade, o tempo aumentará?" é negativa. Vemos, então, Concluíndo, serão necessárias 28 máquinas.
que as grandezas envolvidas são inversamente proporcionais.
Como a proporção é inversa, será necessário invertermos a ordem dos
termos de uma das colunas, tornando a proporção direta. Assim: Regra de três composta é um processo prático utilizado para
resolver problemas que envolvem mais de duas grandezas propor-
60 cionais.

x 90

Matemática 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


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PORCENTAGEM MÉDIA ARITMÉTICA, MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA

1. INTRODUÇÃO Média aritmética de n números é o quociente da divisão da soma des-


Quando você abre o jornal, liga a televisão ou olha vitrinas, ses números por n.
frequentemente se vê às voltas com expressões do tipo: Exemplo: Achar a média aritmética dos números 5,7 e 9.
1. "O índice de reajuste salarial de março é de 16,19%." 5 + 7 + 9 21
2. "O rendimento da caderneta de poupança em fevereiro foi de Ma = = Ma = 7
18,55%." 3 3
3. "A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 381,1351. Generalizando, a média aritmética entre os números a,b,c,d,..., 1, será:
4. "Os preços foram reduzidos em até 0,5%." a + b + c + d + .... + 1
Ma =
n
Mesmo supondo que essas expressões não sejam completamente
desconhecidas para uma pessoa, é importante fazermos um estudo organi-
MÉDIA PONDERADA
zado do assunto porcentagem, uma vez que o seu conhecimento é ferra-
menta indispensável para a maioria dos problemas relativos à Matemática
Comercial. Ao tirarmos a média aritmética de varias quantidades, devemos levar
em considerações certas circunstancias que influem nos valores dessas
2. PORCENTAGEM quantidades.
O estudo da porcentagem é ainda um modo de comparar números u- Para calcular a media aritmética ponderada, multiplicamos os números
sando a proporção direta. Só que uma das razões da proporção é um pelos respectivos pesos e dividimos a soma desses produtos pela soma
fração de denominador 100. Vamos deixar isso mais claro: numa situação dos pesos.
em que você tiver de calcular 40% de $ 300,00, o seu trabalho será deter- Vamos calcular a media ponderada dos números 15, 20 e 32, atribuin-
minar um valor que represente, em 300, o mesmo que 40 em 100. Isso do-lhes respectivamente os pesos 4, 3 e 2.
pode ser resumido na proporção: 15 ⋅ 4 + 20 ⋅ 3 + 32 + 2 60 + 60 + 64 184
Mp = = = = 20,44
4+3+2 9 9
40 x
=
100 300 Generalizando, calcular a média ponderada dos números N, N', N", ......
Então, o valor de x será de $ 120,00. atribuindo-lhes, respectivamente, os pesos p, p', p",...
Np + N' p'+N" p"...
Sabendo que em cálculos de porcentagem será necessário utilizar
Mp =
p + p'+p"+...
sempre proporções diretas, fica claro, então, que qualquer problema dessa
natureza poderá ser resolvido com regra de três simples.

3. TAXA PORCENTUAL MÉDIA HARMÔNICA


O uso de regra de três simples no cálculo de porcentagens é um recur-
so que torna fácil o entendimento do assunto, mas não é o único caminho Calculamos a média harmônica de n números a, b, c,..., dividindo n pe-
possível e nem sequer o mais prático. la soma dos inversos desses números. Assim:
Para simplificar os cálculos numéricos, é necessário, inicialmente, dar n
nomes a alguns termos. Veremos isso a partir de um exemplo. Mh =
1 1 1
+ + + ....
Exemplo: a b c
Calcular 20% de 800.
Exemplos
20
Calcular 20%, ou de 800 é dividir 800 em 100 partes e tomar 20 Calcular a media harmônica dos números 2,3 e 4.
100 3 3
dessas partes. Como a centésima parte de 800 é 8, então 20 dessas partes Mh = = = 2,77
será 160. 1 1 1 13
+ +
Chamamos: 20% de taxa porcentual; 800 de principal; 160 de 2 3 4 12
porcentagem.
Temos, portanto: MÉDIA GEOMÉTRICA
 Principal: número sobre o qual se vai calcular a porcentagem.
 Taxa: valor fixo, tomado a partir de cada 100 partes do principal. Média geométrica ou proporcional de dois números é igual à raiz qua-
 Porcentagem: número que se obtém somando cada uma das 100 drada do produto desses números.
partes do principal até conseguir a taxa. Assim, a média geométrica entre 6 e 24 será:
A partir dessas definições, deve ficar claro que, ao calcularmos uma
porcentagem de um principal conhecido, não é necessário utilizar a monta- Mg = 6 x 24 = 12
gem de uma regra de três. Basta dividir o principal por 100 e tomarmos
tantas destas partes quanto for a taxa. Vejamos outro exemplo.
EQUAÇÕES DO 1º GRAU. SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO
Exemplo:
Calcular 32% de 4.000.
1º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS. INEQUAÇÕES DE 1º
GRAU. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS.
Primeiro dividimos 4 000 por 100 e obtemos 40, que é a centésima par-
te de 4 000. Agora, somando 32 partes iguais a 40, obtemos 32 . 40 ou 1 EQUAÇÕES SEM PARÊNTESES
280 que é a resposta para o problema. Para resolver uma equação sem parênteses, obedecemos as seguintes
Observe que dividir o principal por 100 e multiplicar o resultado dessa instruções:
• eliminar denominadores, quando for o caso;
32
divisão por 32 é o mesmo que multiplicar o principal por ou 0,32. • transpor para o primeiro membro todos os termos que contêm a
100 incógnita, e transpor para o segundo membro todos os termos que
Vamos usar esse raciocínio de agora em diante: não contêm a incógnita (mudando o seu sinal, é claro);
• efetuar as operações indicadas;
Porcentagem = taxa X principal • isolar a incógnita.

Matemática 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
EXEMPLO 1 - Resolver a equação: EXEMPLO 5- Resolver a equação
6 + 4x − 4x + 2
5x - 4 + x = -2 + 2x −2= +4
3 5
5x + x - 2x = -2 + 4 M.M.C (3, 5) =15
5(6 + 4x) 30 3(-4x + 2) 60
- = +
Efetuando as operações: 4x = + 2 15 15 15 15
2
Isolando a incógnita x: x = Eliminando os parênteses e o denominador:
4 30 + 20x - 30 = –12x + 6 + 60
1 20x + 12x = +6 + 60 - 30 + 30
Simplificando: x = 32x = 66
2
66
1 x=
Resposta: a raiz ou solução é . 32
2 33
x=
16
x x
EXEMPLO 2-Resolver a equação − + − 2 = −3x + 5
3 4
33
Como os termos não têm o mesmo denominador, temos de reduzi-los Resposta: a raiz ou solução é
ao mesmo denominador, tirando o M.M.C. dos mesmos. 16
x x 2 3x 5
− + − =− + EXEMPLO 6 - Resolver a equação
3 4 1 1 1 5x + 3 = x + 7 – 4x
Resolução:
M.M.C. ( 3, 4 ) = 12 5x + 3 = x + 7 – 4x
4x 3x 24 36x 60 5x – x + 4x = 7 – 3
− + − =− + 8x = 4
12 12 12 12 12 4
Eliminando os denominadores: x=
- 4x + 3x - 24 = -36x + 60 8
- 4x + 3x + 36x = 60 + 24 1
35x = 84 x=
2
84
x= EXEMPLO 7 - Resolver a equação 4 + 2(x – 3) = 0
35 4 + 2(x – 3) = 0
84 4 + 2x – 6 = 0
Resposta: a raiz ou solução é . 2x = 6 – 4
35 2x = 2
2
x=
EQUAÇÕES COM PARÊNTESES 2
x=1
Para resolver uma equação envolvendo parênteses, devemos
obedecer às seguintes instruções: EXEMPLO 8 - Resolver a equação
eliminar os parênteses; 8x – 13 = x + 5 + 2x
resolver a equação sem parênteses. 8x – x – 2x =13 + 5
EXEMPLO 3 - Resolver a equação 18
5x = 18 ∴ x =
3x + (2 – x) = 4 5
3x + 2 – x = 4
3x – x = 4 – 2 EXEMPLO 9 - Resolver a equação
2x = 2 3x + (6x – 2) = x – (2x + 3)
2 3x + 6x – 2 = x – 2x – 3
x= 3x + 6x – x + 2x = –3 + 2
2 10x = –1
x=1 1
Resposta: a raiz ou solução é 1. x=–
10
EXEMPLO 4 - Resolver a equação
4x – 3 . (4x – 2 – x) = 5 + 3x EXEMPLO 10 - Resolver a equação
3x + 10 4x − 1
Para eliminarmos os parênteses, efetuamos a multiplicação indicada: =
4 3
4x – 12x + 6 + 3x = 5 + 3x
4x – 12x + 3x – 3x = 5 – 6 3( 3 x + 10 ) 4(4 x − 1)
=
– 8x = –1 12 12
( multiplicando por –1) 3(3x + 10) = 4(4x – 1)
8x = 1 9x + 30 =16x – 4
1 9x – 16x.= – 4 – 30
x= –7x = –34 ( multiplicando por –1)
8 7x = 34
1 34
Resposta: .a raiz ou solução da equação é . x=
8 7

Matemática 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


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PROBLEMAS DO PRIMEIRO GRAU EQUAÇÕES DE 2º GRAU

Para resolvermos algebricamente um problema do 1º grau com uma DEFINIÇÃO


incógnita, devemos seguir as seguintes instruções: Denomina-se equação do 2º grau com uma variável toda equação da
1º) escolher uma letra qualquer, por exemplo a letra x, para forma: ax2 + bx + c = 0
representar o elemento desconhecido que desejamos calcular; onde x é a variável e a,b,c ∈ R, com a ≠ 0.
2º) usando essa letra, estabelecer a equação do problema;
Assim, são equações do 2º grau com uma variável:
3º) resolver a equação;
2x2 – 5x + 2 = 0
4º) verificar o resultado.
a = 2, b = –5, c=2
EXEMPLO 1 - Qual é o número que, somado com 9, é igual a 20? 2
6x + 7x + 1 = 0
Solução: número: x a = 6, b = 7, c=1
Equação: x + 9 = 20
Resolução: x = 20 – 9 y2 + 5y – 6 = 0
x = 11 a = 1, b = 5, c=–6
Verificação: número: 11 x2 + 0x – 9 = 0
11 + 9 = 20
a =1, b=0 c = –9
EXEMPLO 2 - Qual o número que adicionado a 15, é igual a 31? –2t2 – 6t + 0 = 0
Solução: x + 15 = 31 a = –2, b = – 6, c=0
x = 31 – 15
x = 16 COEFICIENTES DA EQUAÇÃO DO 2º GRAU
Os números reais a, b, c são denominados coeficientes da equação do
EXEMPLO 3 - Subtraindo 25 de um certo número obtemos 11. Qual é 2º grau, e:
esse número?  a é também o coeficiente do termo em x2
Solução : x – 25 = 11  b é sempre o coeficiente do termo em x
x = 11 + 25  c é chamado termo independente ou termo constante.
x = 36 Assim, na equação do 2º grau 5x2 – 6x + 1, seus coeficientes são:
EXEMPLO 4 - O triplo de um número menos 7 é igual a 80. Qual é o a= 5 b=–6 c=1
número?
Número: x Equação: 3x – 7 = 80 EQUAÇÕES COMPLETAS E EQUAÇÕES INCOMPLETAS
3x = 80 + 7 Sabemos, pela definição, que o coeficiente a é sempre diferente de
3x = 87 zero, porém, os coeficientes b e c podem ser nulos. Assim:
87 Quando b e c são diferentes de zero, a equação se diz completa:
x= Exemplos:
3 2x2 – 3x + 1 = 0
x = 29 y2 – 4y + 4 = 0 são equações completas
–5t2 + 2t + 3 = 0
EXEMPLO 5 - A soma de dois números é igual a. 50. O número maior
é o quádruplo do menor. Calcule os números: Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação se diz incompleta.
número menor: x Neste caso, é costume escrever a equação sem o termo de coeficiente
número maior: 4x nulo.
equação: x + 4x = 50 Exemplos:
5x = 50 x2 - 4 = 0, em que b = 0
x = 10 não está escrito o termo em x
número menor: 10 y2 + 3y = 0, em que c = 0
número maior: 4 . 10 = 40 não está escrito o termo independente
10 + 40 = 50 5x2 = 0, em que b = c = 0
Resposta: os números são 10 e 40. não estão escritos o termo em x e o termo
independente
EXEMPLO 6 - Qual é o número que somado a seu dobro é igual a 18?
x + 2x = 18 RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES
3x = 18 1) Resolver a equação
x = 18 = 6
x2 – 5x = 0
3
Resposta: x = 6 x2 – 5x = 0
x . (x – 5) = 0
Exercícios : x = 0 ou (raiz da equação)
A soma do triplo de um número com 15 é igual a 78. Qual é o número? x –5 = 0 => x = 5 (raiz da equação)
Resposta: x = 21 S = { 0, 5 }
A soma da metade de um número com 16 é igual a 30. Calcule o
número.
Resposta: x = 28 2) Resolver a equação
Somando-se 8 unidades ao quádruplo de um número, o resultado é 60. x(x + 3) + (x – 2)2 = 4
Calcule o número. x(x + 3) + (x – 2)2 = 4
Resposta: x = 13 x2 + 3x + x2 – 4x + 4 = 4
21 x2 + 3x + x2 – 4x + 4 – 4 = 0
A soma da metade de um número com o seu triplo é igual a . 2x2 – x = 0
2
Calcule o número. x . ( 2x –1) = 0
Resposta: x = 3 x = 0 ou

Matemática 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1 8) Resolver a equação x(x – 4) = 2
2x − 1 = 0 ⇒ 2x = 1 ⇒ x =
2 x(x – 4) = 2
x2 – 4x = 2
1
S = { 0, } x2 – 4x – 2 = 0
2 a = 1; b = – 4 e c = – 2
∆ = b2 – 4 a c =, (– 4)2 – 4(1) (–2) = 24
3) Resolver a equação
x2 – 16 = 0 −b± ∆ − ( − 4) ± 24 4±2 6
x= = =
x2 = 16 2a 2(1) 2
x = + 16 4+2 6
x=+4
x' = = 2+ 6
2
x = + 4 ou x = – 4
4−2 6
S = {– 4, 4 } x" = = 2− 6
2
4) Resolver a equação S={2– 6 , 2+ 6}
5x2 – 45 = 0
5x2 – 45 = 0 EXERCÍCIOS
5x2 = 45 01) Resolva no conjunto R as seguintes equações incompletas do 2º
x2 = 45 grau:
5
x2 = 9 a) x2 – 1 = 0 b) y2 – 81 = 0 c) x2 – 10x = 0
2
d) 9x – 4 = 0 2
e) t + 7t = 0 f) 3y2 – 5y = 0
x =+ 9
2
g) – 2x +18 = 0 2
h) 2u – 10 = 0 i) 4x2 – x = 0
x = +3
x = +3 ou x = –3 j) 3y2 – 108 = 0 l) 8x2 +12x = 0 m) x2 +16 = 0
S = {–3, 3 } 2
n) 6t – 6 = 0 2
o) –10x + 10x = 0 p) – 25v2 +1 = 0

5) Resolver a equação 2x2 – 10 = 0 02) Resolva no conjunto R as seguintes equações incompletas do 2º


2x2 – 10 = 0 grau:
2x2 = 10 a) x2 + x(2x – 15) = 0 b) (x – 4)(x + 3) + x = 52
10 c) (x + 3)2 + (x – 3)2 – 116 = 0 d) (4 + 2x)2 – 16 = 0
x2 = e) ( t – 1 )2 = 3t + 1 f) (5 + x)2 – 10(x + 5) = 0
2 2
g) 3y(y + 1) + (y – 3) = y+9 h) 2x(x+1) = x(x + 5) + 3(12 – x)
x2 = 5
x=± 5 03) Resolva no conjunto R as seguintes equações do 2.º grau:
a) x2 – x – 20 = 0 b) x2 – 7x + 12 = 0
x=+ 5 ou x = – 5 c) 3y2 + 2y – 1 = 0 d) x2 + 6x + 9 = 0
S={– 5, 5} e) 9x2 – 6x + 5 = 0 f) –3t2 + t + 4 = 0
g) x2 – 2x –1 = 0 h) 6y2 + y – 1 = 0
i) u2 + 4u – 5 = 0 j) –16x2 + 8x –1= 0
6) Resolver a equação x2 – 4m2 = 0
l) x2 – 6x – 7 = 0 m) 2y2 – y + 1 = 0
x2 – 4m2 = 0
x2 = 4m2
04) Resolva no conjunto R as seguintes equações do 2º grau:
x = + 4m 2 a) x2 – 2x = 2x – 3 b) y2 – 2 – y = 0
x = ± 2m 2
c) 2x = 5x – 6 d) t2 – t = t – 1
x = +2m ou x = – 2m e) x2 – 3x = 4 f) 3y2 + y = y2 +1
S = { – 2m, 2m } g) x2 – 9 = 2x2 + 6x h) v2 + 9v + 16 = 3v2 – 2

Para resolver equações completas usamos a fórmula:


−b± ∆ 2 RESPOSTAS
x= onde ∆ = b - 4ac 01)
2a
a) S = { –1, 1 } b) S = { –9, 9 }
c) S = { 0, 10 } d) S = { –2/3, 2/3 }
−b
Se for nulo ( ∆ = 0) usamos a fórmula: x = e) S = { 0, –7 } f) S = { 0, 5/3 }
2a
g) S = { –3, 3 } h) S = { - 5 , 5 }
7) Resolver a equação x2 – 5x + 6 = 0 i) S = { 0, 1/4 } j) S = { –6, 6 }
x2 – 5x + 6 = 0 l) S = { 0, – 3/2 } m) S = ∅
a =1; b = – 5 e c = 6 n) S = { – 1, 1 } o) S = { 0, 1 }
∆ = b2 – 4ac = (–5)2 – 4(1).(6) = 25 – 24 = 1 p) S = { –1/5, 1/5 }
−b± ∆ − ( − 5) ± 1 5 ± 1
x= = = 02)
2a 2(1) 2 a) S = { 0, 5 } b) S = { – 8, 8 }
5+1 6 c) S = { – 7, 7 } d) S = { 0, – 4 }
x' = = =3 e) S = { 0, 5 } f) S = { – 5, 5 }
2 2 g) S = { 0, 1 } h) S = { – 6, 6 }
5 −1 4
x' ' = = =2
2 2 03)
S = { 2, 3 } a) S = { – 4, 5 } b) S = { 3, 4 }
c) S = { –1, 1/3 } d) S = {– 3 }

Matemática 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e) S = ∅ f) S = { – 1, 4/3 } Interpretação:
h) S = { –1/2, 1/3 } O número –7 não vale para resposta, pois não é número natural. Logo,
g) S={ 1 − 2 , 1+ 2 } devemos ter: x = 2 (menor) e x + 5 = 2 + 5 = 7 (maior).
i) S = { – 5, 1 } j) S = { 1/4 } Resposta: os números pedidos são 2 e 7.
l) S = { –1, 7 } m) S = ∅

04) INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA: GRÁFICOS


a) S = { 1, 3 } b) S = { – 1, 2 }
c) S = ∅ d) S = { 1 } 1. GRÁFICO ESTATÍSTICO
e) S = { – 1, 4 } f) S = { –1, 1/2 } O gráfico estatístico é uma forma de apresentação dos dados estatísti-
g) S = { – 3 } h) S = { – 3/2, 6 } cos, cujo objetivo é o de produzir, no investigador ou no público cm geral,
uma impressão mais rápida e viva do fenômeno cm estudo, já que os
gráficos falam mais rápido à compreensão que as séries.
PROBLEMAS DO 2º GRAU
A resolução de um problema de 2º grau constitui-se de três fases: Para tornarmos possível uma representação gráfica, estabelecemos
 Estabelecer a equação ou o sistema de equações correspondentes uma correspondência entre os termos da série e determinada figura geomé-
ao problema, trica, de tal modo que cada elemento da série seja representado por uma
 Resolver a equação ou o sistema, figura proporcional.
 Interpretar a solução encontrada, A representação gráfica de um fenômeno deve obedecer a certos re-
1º exemplo: A soma do quadrado com o dobro de um número real é quisitos fundamentais, para ser realmente útil:
igual a 48, Calcular esse número. a. Simplicidade — o gráfico deve ser destituído de detalhes de
Solução: importância secundária, assim como de traços desnecessários que
Número: x Equação: x2 + 2x = 48 possam levar o observador a uma análise morosa ou com erros.
a=1 b. Clareza — o gráfico deve possibilitar uma correta interpretação
x2 + 2x = 48 b = 2 dos valores representativos do fenômeno em estudo.
c = –48 c. Veracidade — o gráfico deve expressar a verdade sobre o
∆ = (2)2 – 4(1)(–48) = 4 + 192 = 196 fenômeno em estudo.
Os principais tipos de gráficos são os diagramas, os cartogramas e os
− ( 2) ± 196 − 2 ± 14 pictogramas.
x= =
2(1) 2 2. DIAGRAMAS
Dentre os principais diagramas, destacamos:
12 16
x' = = 6 e x" = - = −8 2.1. Gráfico em linha ou em curva
2 2
Este tipo de gráfico se utiliza da linha poligonal para representar a série
Como 6 ou – 8 são números reais, tanto um como outro valem para a estatística.
resposta. O gráfico em linha constitui uma aplicação do processo de representa-
Resposta: O número pedido é 6 ou – 8. ção das funções num sistema de coordenadas cartesianas.
Como sabemos, nesse sistema fazemos uso de duas retas perpendicu-
2º exemplo: A diferença entre certo número natural e o seu inverso é lares; as retas são os eixos coordenados e o ponto de intersecção, a ori-
igual a 15/4. Calcular esse número. gem. O eixo horizontal é denominado eixo das abscissas (ou eixo dos x) e o
Solução: vertical, eixo das ordenadas (ou eixo dos y).
1 15 Para tornar bem clara a explanação, consideremos a seguinte série:
Número: x Equação: x− =
x 4 PRODUÇÃO DE VEÍCULOS DE
AUTOPROPULSÃO BRASIL — 1984-89
4x2 − 4 15x ANOS QUANTIDADES (1000 unidades)
Resolução: = 1984 865
4x 4x
a = 4; b = –15 e c=–4 1985 967
1986 1.056
1987 920
∆ = (–15)2 – 4(4)(–4) = 225 + 64 = 289 1988 1.069
− ( − 15) ± 289 15 ± 17 1989 513
x= = FONTE: ANFAVEA.
2( 4) 8
Vamos tomar os anos como abscissas e as quantidades como ordena-
32 2 1 das. Assim, um ano dado (x) e a respectiva quantidade (y) formam um par
x' = =4 e x' ' = - = − ordenado (x, y), que pode ser representado num sistema cartesiano.
8 8 4
Determinados, graficamente, todos os pontos da série, usando as coordenadas,
Interpretação: ligamos todos esses pontos, dois a dois, por segmentos de reta, o que irá nos dar
O número – 1/4 não vale para a resposta, pois não é número natural. uma poligonal, que é o gráfico em linha ou em curva correspondente à série em
Resposta: 0 número pedido é 4. estudo (Figura 4.1).
3º exemplo: Dados dois números naturais, o maior supera o menor em
5 unidades. Sabendo-se que o produto deles é 14, determinar os dois
números.
Solução:Menor número: x
Maior número: x + 5
Equação: x(x + 5) = 14
Resolução: x2 + 5x = 14
x2 + 5x – 14 = 0
Resolvendo a equação encontramos as respostas: x' = 2 e x" = –7

Matemática 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
NOTAS: b. Gráfico em barras
No exemplo dado, o zero foi indicado no eixo vertical, mas, por razões PRODUÇÃO DE ALHO BRASIL — 1988
óbvias, não foi indicado no eixo horizontal. Observe que o zero, de modo ESTADOS QUANTIDADES (t)
geral, deverá ser indicado sempre que possível, especialmente no eixo Santa Catarina 13.973
vertical. Se, por alguma razão, for impossivel tal indicação e se essa Minas Gerais 13.389
omissão puder levar o observador a conclusões errôneas, é prudente Rio Grande do Sul 6.892
chamar a atenção para a omissão por um dos meios indicados nas Figuras Goiás 6.130
4.2, 4,3 e 4,4: São Paulo 4.179
FONTE: BGE

Com o intuito de melhorar o aspecto visual, podemos sombrear ou hachurar


o gráfico. Assim, o gráfico da Figura 4.3 toma o seguinte aspecto:

FIGURA 4.8

NOTAS:
• Sempre que os dizeres a serem inscritos são extensos, devemos
dar preferência ao gráfico em barras (séries geográficas e
especificas). Porém, se ainda assim preferirmos o gráfico em
colunas, os dizeres deverão ser dispostos de baixo para cima,
Quando representamos, em um mesmo sistema de coordenadas, a nunca ao contrário.
variação de dois fenômenos, a parte interna da figura formada pelos • A ordem a ser observada é a cronológica, se a série for histórica, e
gráficos desses fenômenos é denominada área de excesso: a decrescente, se for geográfica ou categórica.
• A distância entre as colunas (ou barras), por questões estéticas,
não deverá ser menor que a metade nem maior que os dois terços
da largura (ou da altura) dos retângulos.

2.3. Gráfico em colunas ou em barras múltiplas


Este tipo de gráfico é geralmente empregado quando queremos representar, si-
multaneamente, dois ou mais fenômenos estudados com o propósito de compara-
ção.

Exemplo:
2.2. Gráfico em colunas ou em barras BALANÇA COMERCIAL - BRASIL - 1984-88
É a representação de uma série por meio de retângulos, dispostos ver- ESPECIFICAÇÃO VALOR (US$ 1.000.000)
ticalmente (em colunas) ou horizontalmente (em barras). 1984 1985 1986 1987 1988
Quando em colunas, os retângulos têm a mesma base e as alturas são Exportação (FOB) 27.005 25.639 22.348 26.224 33.789
proporcionais aos respectivos dados. Importação 13.916 13.153 14.144 15.052 14.605
Quando em barras, os retângulos têm a mesma altura e os comprimen- FONTE: Ministério da Economia.
tos são proporcionais aos respectivos dados.
Assim estamos assegurando a proporcionalidade entre as áreas dos
retângulos e os dados estatísticos.
Exemplos:
a. Gráfico em colunas
CONSTRUÇÃO DE AERONAVES BRASIL — 1984-89
ANOS UNIDADES
1984 184
1985 171
1986 167
1987 203
1988 199
1989 197
FONTE: EMBRAER
2.4. Gráfico em setores
Este gráfico é construído com base em um círculo, e é empregado
sempre que desejamos ressaltar a participação do dado no total.
O total é representado pelo círculo, que fica dividido em tantos setores
quantas são as partes.
Os setores são tais que suas áreas são respectivamente proporcionais
aos dados da série.
Obtemos cada setor por meio de uma regra de três simples e direta,
FIGURA 4.7 lembrando que o total da série corresponde a 3600

Matemática 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplo: unidades temporais;
Dada a série: • traçamos, a partir do centro O (pólo), semi-retas passando pelos
REBANHOS BRASILEIROS 1988 pontos de divisão;
ESPÉCIE QUANTIDADE (milhões de cabeças) • marcamos os valores correspondentes da variável, iniciando pela
Bovinos 140 semi-reta horizontal (eixo polar);
Suínos 32 • ligamos os pontos encontrados com segmentos de reta;
Ovinos 20 • se pretendemos fechar a poligonal obtida, empregamos uma linha
Caprinos 11 interrompida. Assim, para o nosso exemplo, temos:
Total 203
FONTE: IBGE
temos:
203 - 360°
⇒ X1 = 248,2 ⇒ X1 = 248°
140 - X1
x2 = 56,7 ⇒ x2 = 57º
x3 = 35,4 ⇒ x3 = 35º
x4 = 19,5 ⇒ x4 = 20º

Com esses dados (valores em graus), marcamos num círculo de raio


arbitrário, com um transferidor, os arcos correspondentes, obtendo o gráfi-
co:

4. CARTOGRAMA
O cartograma é a representação sobre uma carta geográfica.
Este gráfico é empregado quando o objetivo é o de figurar os dados es-
tatísticos diretamente relacionados com áreas geográficas ou políticas.
Distinguimos duas aplicações:
a. Representar dados absolutos (população) — neste caso, lançamos
mão, em geral, dos pontos, em número proporcional aos dados
NOTAS: (Figura 4.12).
• O gráfico em setores só deve ser empregado quando há, no máximo, b. Representar dados relativos (densidade) — neste caso, lançamos
sete dados. mão, em geral, de hachuras (Figura 4.13).
• Se a série já apresenta os dados percentuais, obtemos os
respectivos valores em graus multiplicando o valor percentual por Exemplo:
3,6. Dada a série:
POPULAÇÃO PROJETADA DA REGIÃO SUL DO BRASIL — 1990
3. GRÁFICO POLAR ESTADO POPULAÇÃO(hab) ÁREA(km2) DENSIDADE
É o gráfico ideal para representar séries temporais cíclicas, isto é, séries Paraná 9.137.700 199.324 45,8
temporais que apresentam em seu desenvolvimento determinada periodicida- Santa Catarina 4.461.400 95.318 46,8
de, como, por exemplo, a variação da precipitação pluviométrica ao longo do Rio Grande do Sul 9.163.200 280.674 32,6
ano ou da temperatura ao longo do dia, a arrecadação da Zona Azul durante FONTE: IBGE.
a semana, o consumo de energia elétrica durante o mês ou o ano, o número
de passageiros de uma linha de ônibus ao longo da semana etc. Obtemos os seguintes cartogramas:
O gráfico polar faz uso do sistema de coordenadas polares.

Exemplo: Dada a série:


PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA
MUNICÍPIO DE RECIFE — 1989
MESES PRECIPITAÇÃO MESES (mm)
Janeiro 174,8
Fevereiro 36,9
Março 83,9
Abril 462,7
Maio 418,1
Junho 418,4
Julho 538,7
Agosto 323,8
Setembro 39,7
Outubro 66,1
Novembro 83,3
Dezembro 201,3
FONTE: IBGE NOTA:
• Quando os números absolutos a serem representados forem muito
• traçamos uma circunferência de raio arbitrário (em particular, grandes, no lugar de pontos podemos empregar hachuras.
damos preferência ao raio de comprimento proporcional à média
dos valores da série; neste caso, x = 124,5); 5. PICTOGRAMA
• construímos uma semi-reta (de preferência na horizontal) partindo O pictograma constitui um dos processos gráficos que melhor fala ao
de O (pólo) e com uma escala (eixo polar); público, pela sua forma ao mesmo tempo atraente e sugestiva. A represen-
• dividimos a circunferência em tantos arcos quantas forem as tação gráfica consta de figuras.

Matemática 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Exemplo: A esse tipo de tabela, cujos elementos não foram numericamente organiza-
Para a série: dos, denominamos tabela primitiva.
POPULAÇÃO DO BRASIL 1950-80 Partindo dos dados acima — tabela primitiva — é difícil averiguar em torno
ANOS HABITANTES (milhares) de que valor tendem a se concentrar as estaturas, qual a menor ou qual a maior
1950 51.944 estatura ou, ainda, quantos alunos se acham abaixo ou acima de uma dada
1960 70.191 estatura.
1970 93.139 Assim, conhecidos os valores de uma variável, é difícil formarmos uma idéia
1980 119.071 exata do comportamento do grupo como um todo, a partir dos dados não-
ordenados.
FONTE: IBGE A maneira mais simples de organizar os dados é através de uma certa or-
denação (crescente ou decrescente). A tabela obtida após a ordenação dos
Temos a seguinte representação pictórica: dados recebe o nome de rol.
TABELA 5.2
ESTATURAS DE 40 ALUNOS DO COLÉGIO A
150 154 155 157 160 161 162 164 166 169
151 155 156 158 160 161 162 164 167 170
152 155 156 158 160 161 163 164 168 172
153 155 156 160 160 161 163 165 168 173
Agora, podemos saber, com relativa facilidade, qual a menor estatura (150 cm) e
qual a maior (173 cm); que a amplitude de variação foi de 173 — 150 = 23 cm; e,
ainda, a ordem que um valor particular da variável ocupa no conjunto. Com um
exame mais acurado, vemos que há uma concentração das estaturas em algum
valor entre 160 cm e 165 cm e, mais ainda, que há poucos valores abaixo de 155 cm
e acima de 170 cm.
Na verdade, o gráfico referente à Figura 4.14 é essencialmente um grá-
fico em barras; porém, as figuras o tornam mais atrativo, o que, provavel- 2. DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA
mente, despertará a atenção do leitor para o seu exame. No exemplo que trabalhamos, a variável em questão, estatura, será obser-
vada e estudada muito mais facilmente quando dispusermos valores ordenados
Sistema normal é o nome que damos a um sistema de n equações
em uma coluna e colocarmos, ao lado de cada valor, o número de vezes que
a n incógnitas, cujo determinante é diferente de zero. (D ≠ 0) aparece repetido.
Denominamos frequência o número de alunos que fica relacionado a um
Na confecção de gráficos pictóricos temos que utilizar muita criatividade, pro- determinado valor da variável. Obtemos, assim, uma tabela que recebe o nome
curando obter uma otimização na união da arte com a técnica. Eis alguns exemplos: de distribuição de frequência:
TABELA 5.3
ESTAT. FREQ. ESTAT. FREQ ESTAT. FREQ.
(cm) (cm) . (cm)
150 1 158 2 167 1
151 1 160 5 168 2
152 1 161 4 169 1
153 1 162 2 170 1
154 1 163 2 172 1
155 4 164 3 173 1
156 3 165 1
157 1 166 1 Total 40

Mas o processo dado é ainda inconveniente, já que exige muito espaço,


mesmo quando o número de valores, da variável (n) é de tamanho razoável.
Sendo possível, a solução mais aceitável, pela própria natureza da variável
contínua, é o agrupamento dos valores em vários intervalos.
Assim, se um dos intervalos for, por exemplo, 154  158*, em vez de di-
zermos que a estatura de 1 aluno é de 154 cm; de 4 alunos, 155 cm; de 3
alunos, 156 cm; e de 1 aluno, 157 cm. diremos que nove alunos tem estaturas
entre 154, inclusive, e 158 cm. ( * 154  158*é um intervalo fechado à esquerda
e aberto à direita, tal que: 154 ≤ x < 158.).
Deste modo, estaremos agrupando os valores da variável em intervalos, sendo
ESTATÍSTICA que, em Estatística, preferimos chamar os intervalos de classes.
Chamando de frequência de uma classe o número de valores da variável
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA pertencentes à classe, os dados da Tabela 5.3 podem ser dispostos como na
TABELA PRIMITIVA ROL Tabela 5.4, denominada distribuição de frequência com intervalos de classe:
Vamos considerar, neste capítulo, em particular, a forma pela qual podemos
descrever os dados estatísticos resultantes de variáveis quantitativas, como é o TABELA 5.4
caso de notas obtidas pelos alunos de uma classe, estaturas de um conjunto de ESTATURAS DE 40 ALUNOSDO COLÉGIO A
pessoas, salários recebidos pelos operários de uma fábrica etc. ESTATURAS (cm) FREQUÊNCIAS
Suponhamos termos feito uma coleta de dados relativos às estaturas de qua- 150  154
renta alunos, que compõem uma amostra dos alunos de um colégio A, resultando a 4
seguinte tabela de valores: 154  158 9
TABELA 5.1 158  162 11
ESTATURAS DE 40 ALUNOS DO COLÉGIO A 162  166 a
166 160 161 150 162 160 165 167 164 160 5
162 161 168 163 156 173 160 155 164 168 166  170 3
155 152 163 160 155 155 169 151 170 164 170  174
154 161 156 172 153 157 156 158 158 161 Total 40

Matemática 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Ao agruparmos os valores da variável em classes, ganhamos em simplici- NOTA:
dade mas perdemos em pormenores. Assim, na Tabela 5.3 podemos verificar, • É evidente que, se as classes possuem o mesmo intervalo, verificamos a
facilmente, que quatro alunos têm 161 cm de altura e que não existe nenhum AT 24
aluno com 171 cm de altura. Já na Tabela 5.4 não podemos ver se algum aluno relação: = k . Em nosso exemplo: =6
tem a estatura de 159 cm. No entanto, sabemos, com segurança, que onze hi 4
alunos têm estatura compreendida entre 158 e 162 cm. 3.5. Amplitude amostral
O que pretendemos com a construção dessa nova tabela é realçar o que há Amplitude amostral (AA) é a diferença entre o valor máximo e o valor míni-
de essencial nos dados e, também, tornar possível o uso de técnicas analíticas mo da amostra:
para sua total descrição, até porque a Estatística tem por finalidade específica AA = x(máx.) — x(mín.)
analisar o conjunto de valores, desinteressando-se por casos isolados. Em nosso exemplo, temos:
NOTAS: AA = 173 — 150 = 23 — AA = 23 cm
• Se nosso intuito é, desde o inicio, a obtenção de uma distribuição de fre- Observe que a amplitude total da distribuição jamais coincide com a ampli-
quência com intervalos de classe, basta, a partir da Tabela 5.1, fazermos tude amostral.
uma tabulação, como segue, onde cada traço corresponde a um valor:
3.6. Ponto médio de uma classe
TABELA 5.5 Ponto médio de uma classe ( xi ) é, como o próprio nome indica, o ponto
ESTATURAS (cm) TABULAÇÃO FREQUÊNCIAS
4 que divide o intervalo de classe em duas partes iguais.
150  154
9
154  158 11 Para obtermos o ponto médio de uma classe, calculamos a semi-soma dos
158  162 a l +L
5 limites da classe (média aritmética): xi = i i
162  166 2
3
166  170
Assim, o ponto médio da segunda classe, em nosso exemplo, é:
170  174 l +L 154 + 158
xi = i i ⇒ x 2 = = 156 ⇒ x 2 = 156 cm
2 2
Total 40
NOTA:
• Quando os dados estão organizados em uma distribuição de frequência, O ponto médio de uma classe é o valor que a representa.
são comumente denominados dados agrupados. 3.7. Frequência simples ou absoluta
Frequência simples ou frequência absoluta ou, simplesmente, frequência de
3. ELEMENTOS DE UMA DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA
uma classe ou de um valor individual é o número de observações correspon-
3.1. Classe
dentes a essa classe ou a esse valor.
Classes de frequência ou, simplesmente, classes são intervalos de varia-
ção da variável. A frequência simples é simbolizada por fi (temos: f índice i ou frequência da
As classes são representadas simbolicamente por i, sendo i = 1, 2, 3,..., k (onde classe i). Assim, em nosso exemplo, temos:
k é o número total de classes da distribuição). f1 = 4 , f2 = 9,f3 = 11, f4 = 8, f5 = 5 e f6 = 3
Assim, em nosso exemplo, o intervalo 154  158 define a segunda classe (i = 2).
Como a distribuição é formada de seis classes, podemos afirmar que k = 6. A soma de todas as frequências é representada pelo símbolo de somatório:
k
3.2. Limites de classe
Denominamos limites de classe os extremos de cada classe.
∑ fi
i=1
O menor número é o limite inferior da classe ( l ) e o maior número, o
i k

limite superior da classe ( L ). Na segunda classe, por exemplo, temos:


Ë evidente que: ∑ fi = n
i i=1
=154 e L2 =158 6
Para a distribuição em estudo, temos:
∑ f i = 40
i =1
NOTA:
Os intervalos de classe devem ser escritos, de acordo com a Resolução Não havendo possibilidade de engano, usamos: ∑ fi = 40
886/66 do lBGE, em termos de desta quantidade até menos aquela, empregan- Podemos, agora, dar à distribuição de frequência das estaturas dos quaren-
do, para isso, o símbolo  (inclusão de l e exclusão de L ). Assim, o indiví- ta alunos do Colégio A a seguinte representação tabular técnica:
i i
duo com uma estatura de 158 cm está incluído na terceira classe (i = 3) e não na TABELA 5.4
segunda. ESTATURAS DE 40 ALUNOS DO COLÉGIO A
i ESTATURAS (cm) fi
3.3. Amplitude de um intervalo de classe
Amplitude de um intervalo de classe ou, simplesmente, intervalo de classe é 1 150  154 4
a medida do intervalo que define a classe. 2 154  158 9
Ela é obtida pela diferença entre os limites superior e inferior dessa classe e
3 158  162 11
indicada por h . Assim:
i 4 162  166 a
Na distribuição da Tabela 5.4, temos: 5 5
166  170
h = L - l = 158 - 154 = 4 ⇒ h = 4 cm
2 2 2 2 6 3
170  174
3.4. Amplitude total da distribuição ∑ fi = 40
Amplitude total da distribuição (AT) é a diferença entre o limite superior
da última classe (limite superior máximo) e o limite inferior da primeira classe 4. NÚMERO DE CLASSES
(limite inferior mínimo): INTERVALOS DE CLASSE
AT = L (máx,) — l (mín.) A primeira preocupação que temos, na construção de uma distribuição de
frequência, é a determinação do número de classes e, consequentemente, da
Em nosso exemplo, temos: AT = 174 — 150 = 24 ⇒ AT = 24 cm amplitude e dos limites dos intervalos de classe.

Matemática 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para a determinação do número de classes de uma distribuição podemos lan- 5. TIPOS DE FREQUÊNCIAS
çar mão da regra de Sturges que nos dá o número de classes em função do número Frequências simples ou absolutas (fi)são os valores que realmente repre-
de valores da variável: sentam o número de dados de cada classe.
i ≅ 1 = 3,3 . log n Como vimos, a soma das frequências simples é igual ao número total dos
onde:
i é o número de classe; dados: ∑ fi = n
n é o número total de dados. Frequências relativas ( fri ) são os valores das razões entre as frequências
Essa regra nos permite obter a seguinte tabela: fi
simples e a frequência total: fr =
TABELA 5.7 i ∑ fi
N i
3 H5 3 Logo, a frequência relativa da terceira classe, em nosso exemplo (Tabela
6 H 11 4 5.6), é:
12 H 22 5 f 11
fr3 = 3 ⇒ fr3 = = 0,275 ⇒ fr3 = 0,275
23 H 46 6 ∑ f3 40
47 H 90 7
91 H 181 8 Evidentemente: ∑ fri = 1 ou 100 %
182 H 362 9
... ...
NOTA:
Além da regra de Sturges, existem outras fórmulas empíricas que preten-
dem resolver o problema da determinação do número de classes que deve ter a • O propósito das frequências relativas é o de permitir a análise ou facili-
distribuição. Entretanto, a verdade é que essas fórmulas não nos levam a uma tar as comparações.
decisão final; esta vai depender, na realidade, de um julgamento pessoal, que Frequência acumulada ( Fi ) é o total das frequências de todos os valores
deve estar ligado à natureza dos dados, da unidade usada para expressá-los e, inferiores ao limite superior do intervalo de uma dada classe:
ainda, do objetivo que se tem em vista, procurando, sempre que possível, evitar
classe com frequência nula ou com frequência relativa** muito exagerada etc.
Fk = f1 + f2 + ... + fk ou Fk = ∑ fi (i = 1, 2, . .., k )
Decidido o número de classes que deve ter a distribuição, resta-nos resolver Assim, no exemplo apresentado no início deste capítulo, a frequência acu-
o problema da determinação da amplitude do intervalo de classe, o que conse- mulada correspondente à terceira classe é:
3
AT
guimos dividindo a amplitude total pelo número de classes: h ≅ F3 = ∑ fi = f1 + f2 + f3 ⇒ F3 = 4 + 9 + 11 ⇒ F3 = 24,
i
i=1
Quando o resultado não é exato, devemos arredondá-lo para mais. Outro Oque significa existirem 24 alunos com estatura inferior a 162 cm (limite su-
problema que surge é a escolha dos limites dos intervalos, os quais deverão ser perior do intervalo da terceira classe).
tais que forneçam, na medida do possível, para pontos médios, números que
facilitem os cálculos — números naturais. Frequência acumulada relativa (Fri) de uma classe é a frequência acumu-
Em nosso exemplo, temos: para n = 40, pela tabela 5.7, i = 6 F
lada da classe, dividida pela frequência total da distribuição: Fr = i
173 − 150 23 i ∑f
Logo: h = = = 3,8 = 4 i
6 6 Assim, para a terceira classe, temos:
isto é, seis classes de intervalos iguais a 4. F 24
RESOLVA: Fr3 = 3 ⇒ Fr3 = = 0,600 ⇒ Fr3 = 0,600
1. As notas obtidas por 50 alunos de uma classe foram: ∑ f3 40
1 2 3 4 5 6 6
7 7 8 Considerando a Tabela 5.4,podemos montar a seguinte tabela com as fre-
2 3 3 4 5 6 6 7 8 8 quências estudadas:
2 3 4 4 5 6 6 7 8 9 TABELA 5.8
2 3 4 5 5 6 6 7 8 9 i ESTATURAS (cm) fi xi fri Fi Fri
2 3 4 5 5 6 7 7 8 9
1 150 ⊢ 154 4 152 0,100 4 0,100
2 154 ⊢ 158 9 156 0,225 13 0,325
a. Complete a distribuição de frequência abaixo:
3 158 ⊢ 162 11 160 0,275 24 0,600
i NOTAS xi fi 4 162 ⊢ 166 8 164 0,200 32 0,800
1 0 2 1 1 5 166 ⊢ 170 5 168 0,125 37 0,925
2 2 4 ... ... 6 170 ⊢ 174 3 172 0,075 40 1,000
3 4 6 ... ... O conhecimento dos vários tipos de frequência ajuda-nos a responder a muitas
4 68 ... ... questões com relativa facilidade, como as seguintes:
5 ... ... a. Quantos alunos têm estatura entre 154 cm, inclusive, e 158 cm?
8 10
Esses são os valores da variável que formam a segunda classe. Como
∑ fi = 50 f2 = 9, a resposta é: nove alunos.
b. Qual a percentagem de alunos cujas estaturas são inferiores a 154
b. Agora, responda: cm?
1. Qual a amplitude amostral? Esses valores são os que formam a primeira classe. Como fr1 = 0,100,
2. Qual a amplitude da distribuição? obtemos a resposta multiplicando a frequência relativa por 100:
3. Qual o número de classes da distribuição? 0,100 X 100 = 10
4. Qual o limite inferior da quarta classe? Logo, a percentagem de alunos é 10%.
5. Qual o limite superior da classe de ordem 2? c. Quantos alunos têm estatura abaixo de 162 cm?
6. Qual a amplitude do segundo intervalo de classe? É evidente que as estaturas consideradas são aquelas que formam as clas-
ses de ordem 1, 2 e 3. Assim, o número de alunos é dado por:
c. Complete: 3
1. h3 = ... 3. l1 = .... 5. x2 = ...
f1 + f2 + f3 = ∑ fi = F = 24
3
i =1
2.n = ... 4.L3= .... 6.f5 = ....
Portanto, 24 alunos têm estatura abaixo de 162 cm.

Matemática 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


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d. Quantos alunos têm estatura não-inferior a 158 cm? À distribuição da Tabela 5.6 corresponde o seguinte histograma:
O número de alunos é dado por:
6
∑ fi = f3 + f4 + f5 + f6 = 11 + 8 + 5 + 3 = 27
i= 3
6
Ou então: ∑ fi − F2 = n − F2 = 40 − 13 = 27
i= 3

6. DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA SEM INTERVALOS DE CLASSE NOTAS:


Quando se trata de variável discreta de variação relativamente pequena, • histograma goza de uma propriedade da qual faremos considerável
cada valor pode ser tomado como um intervalo de classe (intervalo degenerado) uso: a área de um histograma é proporcional à soma das frequên-
e, nesse caso, a distribuição é chamada distribuição sem intervalos de clas- cias.
se, tomando a seguinte forma: • No caso de usarmos as frequências relativas, obtemos um gráfico de
TABELA 5.9 área unitária.
xi fi • Quando queremos comparar duas distribuições, o ideal é fazê-lo pelo
x1 f1 histograma de frequências relativas.
x2 f2
... ...
xn fn
NÚMEROS APROXIMADOS E ARREDONDAMENTO DE DADOS
∑ fi = n
1.1. Números aproximados
Exemplo: Seja Xa variável “número de cômodos das casas ocupadas por Como sabemos, os números resultam de uma mensuração (no seu sentido
vinte famílias entrevistadas’’: mais amplo), a qual só pode ser exata quando assume a forma de contagem ou
TABELA 5.10 enumeração, em números naturais, de coisas ou unidades mínimas indivisíveis.
i xi fi Em tais casos, a variável pode assumir somente valores discretos ou descontí-
1 2 4 nuos.
2 3 7 Outras mensurações se dão numa escala continua, que pode, teoricamen-
3 4 5 te, ser indefinidamente subdividida. Na prática, porém, há sempre um limite para
4 5 2 a precisão com a qual a mensuração pode ser feita, o que nos leva a concluir
5 6 1 que o valor verdadeiro nunca é conhecido. Na verdade, os valores observados
6 7 1 são discretos e aproximados.
Assim é que, se o comprimento de um parafuso, medido em centímetros, foi
∑ = 20 dado por 4,6 cm, devemos considerar que o valor exato desse comprimento
será algum valor entre 4,55 cm e 4,65 cm, que foi aproximado para 4,6 cm
Completada com os vários tipos de frequência, temos: devido ao fato de a precisão adotada na medida ser apenas de décimos de
TABELA 5.11 centímetro.
i xi fi fri Fi Fri
1 2 4 0,20 4 0,20 Em nossos estudos, faremos uso da seguinte convenção: a precisão da
2 3 7 0,35 11 0,55 medida será automaticamente indicada pelo número de decimais com que se
3 4 5 0,25 16 0,80 escrevem os valores da variável.
4 5 2 0,10 18 0,90 Assim, um valor 4,60 indica que a variável em questão foi medida com a
5 6 1 0,05 19 0,95 precisão de centésimos, não sendo exatamente o mesmo que 4,6, valor corres-
6 7 1 0,05 20 1,00 pondente a uma precisão de décimos.

∑ = 20 ∑ = 1,00 1.2. Arredondamento de dados


Muitas vezes, é necessário ou conveniente suprimir unidades inferiores às
NOTA:
Se a variável toma numerosos valores distintos, é comum tratá-la como uma va-
de determinada ordem. Esta técnica é denominada arredondamento de dados.
riável contínua, formando intervalos de classe de amplitude diferente de um. Esse
tratamento (arbitrário) abrevia o trabalho mas acarreta alguma perda de precisão. De acordo com a resolução 886/66 da Fundação LBGE, o arredondamento
é feito da seguinte maneira:
7. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE UMA DISTRIBUIÇÃO • Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 0, 1, 2, 3 ou 4, fica
Uma distribuição de frequência pode ser representada graficamente pelo inalterado o último algarismo a permanecer.
histograma, pelo polígono de frequência e pelo polígono de frequência acumula- Exemplo: 53,24 passa a 53,2.
da.
• Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 6, 7, 8 ou 9, aumen-
Construímos qualquer um dos gráficos mencionados utilizando o primeiro qua- ta-se de uma unidade o algarismo a permanecer.
drante do sistema de eixos coordenados cartesianos ortogonais. Na linha horizontal Exemplos: 42,87 passa a 42,9
(eixo das abscissas) colocamos os valores da variável e na linha vertical (eixo das 25,08 passa a 25,1
ordenadas), as frequências. 53,99 passa a 54,0
7.1. Histograma • Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é 5, há duas soluções:
O histograma é formado por um conjunto de retângulos justapostos, cujas a. Se ao 5 seguir em qualquer casa um algarismo diferente de zero, au-
bases se localizam sobre o eixo horizontal, de tal modo que seus pontos médios mentase uma unidade ao algarismo a permanecer.
coincidam com os pontos médios dos intervalos de classe. Exemplos: 2,352 passa a 2,4
As larguras dos retângulos são iguais às amplitudes dos intervalos de clas- 25,6501 passa a 25,7
se. 76,250002 passa a 76,3
As alturas dos retângulos devem ser proporcionais às frequências das clas- b. Se o 5 for o último algarismo ou se ao 5 só se seguirem zeros, o último
ses, sendo a amplitude dos intervalos igual. Isso nos permite tomar as alturas algarismo a ser conservado sé será aumentado de unia unidade se for
numericamente iguais às frequências. ímpar.

Matemática 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplos: 24,75 passa a 24,8
24,65 passa a 24,6
semi-retas define o segmento AB .
24,75000 passa a 24,8
24,6500 passa a 24,6
NOTA:
• Não devemos nunca fazer arredondamentos sucessivos.
Exemplo: 17,3452 passa a 17,3 e não para 17,35, para 17,4. - ÂNGULO
A união de duas semi-retas de mesma origem é um ângulo.
Se tivermos necessidade de um novo arredondamento, fica recomendada a
volta aos dados originais.

RESOLVA
1. Arredonde cada um dos dados abaixo, deixando-os com apenas uma
casa decimal:
a. 2,38 = 2,4 d. 4,24 = ... g. 6,829 =...
b. 24,65 24,6 e. 328,35 = .... h. 5,550 = ...
c. 0351 = ... f. 2,97 = ... i. 89,99 = ...
- ANGULO RASO
1.3. Compensação É formado por semi-retas opostas.
Suponhamos os dados abaixo, aos quais aplicamos as regras do arredon-
damento:
25,32 25,3
17,85 17,8
10,44 10,4
+ 31,17 + 31,2
84,78 84,8(?)
(84,7)
- ANGULOS SUPLEMENTARES
Verificamos que houve uma pequena discordância: a soma é exatamente
São ângulos que determinam por soma um ângulo raso.
84,7 quando, pelo arredondamento, deveria ser 84,8. Entretanto, para a apre-
sentação dos resultados, é necessário que desapareça tal diferença, o que é
possível pela prática do que denominamos compensação, conservando o
mesmo número de casas decimais.

Praticamente, usamos “descarregar” a diferença na(s) maior(es) parcela(s).


Assim, passaríamos a ter:
25,3
17,8 - CONGRUÊNCIA DE ÂNGULOS
10,4 O conceito de congruência é primitivo. Não há definição. lntuitivamente,
+ 31,3 quando imaginamos dois ângulos coincidindo ponto a ponto, dizemos que
84,8 possuem a mesma medida ou são congruentes (sinal de congruência: ≅ ).

GEOMETRIA: SÓLIDOS GEOMÉTRICOS,


POLÍGONOS E ÂNGULOS.

1.POSTULADOS
 A reta é ilimitada; não tem origem nem extremidades.
 Na reta existem infinitos pontos.
 Dois pontos distintos determinam uma única reta (AB).

2. SEMI-RETA
Um ponto O sobre uma reta divide-a em dois subconjuntos, - ÂNGULO RETO
denominando-se cada um deles semi-reta. Considerando ângulos suplementares e congruentes entre si, diremos
que se trata de ângulos retos.

3. SEGMENTO
Sejam A e B dois pontos distintos sobre a reta AB . Ficam - MEDIDAS
determinadas as semi-retas: 1 reto ↔ 90° (noventa graus)
AB e BA .
1 raso ↔ 2 retos ↔ 180°
1° ↔ 60' (um grau - sessenta minutos)
AB ∩ BA = AB 1' ↔ 60" (um minuto - sessenta segundos)
A intersecção das duas As subdivisões do segundo são: décimos, centésimos etc.

Matemática 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
) )
a ≅ m
) )
b ≅n
) )  ângulos correspondentes congruentes
c ≅ p
) )
d ≅ q 

Consequências:
4 ângulos alternos congruentes:
) ) ) )
d ≅ n = 180 0 (alternos a ≅ p (alternos
) ) ) )
c ≅ m = 180 0 internos) b ≅ q externos)
90o = 89o 59’ 60”
5 ângulos colaterais suplementares:
) )
- ÂNGULOS COMPLEMENTARES a + q = 180 o 
São ângulos cuja soma é igual a um reto. ) ) (colaterais externos )
b + p = 180 o 
) )
d + m = 180 o 
) ) (colaterais internos)
c + n = 180 o 

- EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

• Determine o complemento de 34°15'34".


Resolução:
89° 59' 60"
- 34° 15' 34"
- REPRESENTAÇÃO 55° 44' 26"
x é o ângulo; (90° - x) seu complemento e (180° - x) seu suplemento. Resp.: 55° 44' 26"

- BISSETRIZ • As medidas 2x + 20° e 5x - 70° são de ângulos opostos pelo


É a semi-reta que tem origem no vértice do ângulo e o divide em dois vértice. Determine-as.
ângulos congruentes. Resolução:
2x + 20° = 5x - 70° ⇔
⇔ - 70° + 20° = 5x - 2x ⇔
⇔ 90° = 3x ⇔
x = 30°

- ANGULOS OPOSTOS PELO VÉRTICE Resp. : 30°


São ângulos formados com as semi-retas apostas duas a duas.
• As medidas de dois ângulos complementares estão entre si como
2 está para 7. Calcule-as.
Ângulos apostos pelo vértice são congruentes (Teorema). Resolução: Sejam x e y as medidas de 2 ângulos
complementares. Então:
x + y = 90o x + y = 90o
 
 x 2 ⇔ x 2 ⇔
 =  + 1 = +1
 y 7 y 7
x + y = 90o x + y = 90o
 
x + y 9 ⇔  90o 9
 y =7  y =7
- TEOREMA FUNDAMENTAL SOBRE RETAS PARALELAS  
Se uma reta transversal forma com duas retas de um plano ângulos ⇒ x = 20° e y = 70°
correspondentes congruentes, então as retas são paralelas.
Resp.: As medidas são 20° e 70°.

• Duas retas paralelas cortadas por uma transversal formam 8


ângulos. Sendo 320° a soma dos ângulos obtusos internos,
calcule os demais ângulos.

Matemática 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Resolução: Soma dos ângulos externos:
) ) )
De acordo com a figura seguinte, teremos pelo enunciado: Aex + B ex + C ex = 360 °

â + â = 320° ⇔ 2â = 320° ⇔ â = 160° - – Classificação

Sendo b a medida dos ângulos agudos, vem:


) ) ) )
a+b = 180° ou 160° + b = 180° ⇒ b = 20°
Resp.: Os ângulos obtusos medem 160° e os agudos 20°.

5) Na figura, determine x.

Resolução: Pelos ângulos alternos internos:

x + 30° = 50° ⇒
x = 20°
- TRIÂNGULOS
- – Ângulos
∆ ABC = AB ∪ BC ∪ CA
AB; BC; CA são os lados
) ) )
A; B; C são ângulos internos
) ) )
A ex ; Bex ; Cex são angulos externos

Obs.: Se o triângulo possui os 3 ângulos menores que 90°, é


acutângulo; e se possui um dos seus ângulos maior do que 90°, é
obtusângulo.

- - Congruência de triângulos
Dizemos que dois triângulos são congruentes quando os seis
elementos de um forem congruentes com os seis elementos
correspondentes do outro.

LEI ANGULAR DE THALES:

) ) )
A + B + C = 180 °

) )
 A ≅ A'  AB ≅ A' B'
) ) 
B ≅ B' e  BC ≅ B ' C '
) ) 
C ≅ C '  AC ≅ A' C'
⇔ ∆ABC ≅ ∆A' B' C'
- - Critérios de congruência
LAL: Dois triângulos serão congruentes se possuírem dois lados e
Consequências: o ângulo entre eles congruentes.
) ) LLL: Dois triângulos serão congruentes se possuírem os três
A + A ex = 180°  ) ) ) lados respectivamente congruentes.
) ) )  ⇒ Aex = B + C ALA : Dois triângulos serão congruentes se possuírem dois
A + B + C = 180°
ângulos e o lado entre eles congruentes.
LAAO : Dois triângulos serão congruentes se possuírem dois
Analogamente: ângulos e o lado oposto a um deles congruentes.
) ) )
Bex = A + C
) ) ) - - Pontos notáveis do triângulo
C ex = B + A 1 O segmento que une o vértice ao ponto médio do lado oposto é
denominado MEDIANA.

Matemática 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O encontro das medianas é denominado BARICENTRO. lados.
Resolução:

G é o baricentro a + b + c = 13
Propriedade: AG = 2GM a = 2b 3b = 9
BG = 2GN a + b = 9
CG = 2GP

2 A perpendicular baixada do vértice ao lado oposto é denominada b =3 a = 6


e
ALTURA.
O encontro das alturas é denominado ORTOCENTRO. Portanto: c = 4

As medidas são : 3 cm; 4 cm; 6 cm

• Num triângulo isósceles um dos ângulos da base mede 47°32'.


Calcule o ângulo do vértice.
Resolução:

3 INCENTRO é o encontro das bissetrizes internas do triângulo. (É


centro da circunferência inscrita.)

4 CIRCUNCENTRO é o encontro das mediatrizes dos lados do


triângulo, lÉ centro da circunferência circunscrita.)
x + 47° 32' + 47° 32' = 180° ⇔
- – Desigualdades x + 94° 64' = 180° ⇔
Teorema: Em todo triângulo ao maior lado se opõe o maior ângulo e
x + 95° 04' = 180° ⇔ x = 180° - 95° 04' ⇔
vice-Versa.
x = 84° 56'
Em qualquer triângulo cada lado é menor do que a soma dos outros
rascunho:
dois.
179° 60'
- 95° 04'
- - EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
84° 56'
• Sendo 8cm e 6cm as medidas de dois lados de um triângulo, Resp. : O ângulo do vértice é 84° 56'.
determine o maior número inteiro possível para ser medida do
terceiro lado em cm.
• Determine x nas figuras:
Resolução:
a)

b)

x < 6 + 8 ⇒ x < 14
6 < x + 8 ⇒ x > -2 ⇒ 2 < x < 14
8 < x + 6 ⇒ x > 2

Assim, o maior numero inteiro possível para medir o terceiro lado é 13.

• O perímetro de um triângulo é 13 cm. Um dos lados é o dobro do Resolução:


outro e a soma destes dois lados é 9 cm. Calcule as medidas dos
c) 80° + x = 120° ⇒ x = 40°
Matemática 33 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
d) x + 150° + 130° = 360° ⇒ x = 80°
• Determine x no triângulo:
Resolução:

Propriedades:
• Lados opostos congruentes.
)) • Ângulos apostos congruentes.
Sendo ∆ABC isósceles, vem: B ≅ C e portanto: • Diagonais se encontram no ponto médio
) ) ) ) )
B ≅ C = 50° , pois A + B + C = 180 ° . ♦ Retângulo:
"Paralelogramo com um ângulo reto".
Assim, x = 80° + 50° ⇒ x = 130°
- POLIGONOS
O triângulo é um polígono com o menor número de lados possível (n =
3),
De um modo geral dizemos; polígono de n lados.

- - Número de diagonais Propriedades:


1. Todas as do paralelogramo.
2. Diagonais congruentes.

♦ Losango:
"Paralelogramo com os quatro lados congruentes".

( n = número de dlados n ( n - 3)
= )
2
De 1 vértice saem (n - 3) diagonais.
De n vértices saem n . (n - 3) diagonais; mas, cada uma é considerada
duas vezes.
n ( n - 3)
Logo ; d =
2
- - Soma dos ângulos internos Propriedades:
3. Todas as do paralelogramo.
Si = 180° ( n - 2 ) 4. Diagonais são perpendiculares.
- - Soma dos ângulos externos 5. Diagonais são bissetrizes internas.

Se = 360° ♦ Quadrado:
"Retângulo e losango ao mesmo tempo".
- – Quadriláteros
♦ Trapézio:
"Dois lados paralelos".
AB // DC

Obs: um polígono é regular quando é equiângulo e equilátero.

SEMELHANÇAS
1. TEOREMA DE THALES
Um feixe de retas paralelas determina sobre um feixe de retas
♦ Paralelogramo: concorrentes segmentos correspondentes proporcionais.
“Lados opostos paralelos dois a dois”.
AB // DC e AD // BC

Matemática 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

A é vértice do ângulo reto (Â = 90° )


AB EF MN ) )
= = = ... B + C = 90 °
CD GH PQ m = projeção do cateto c sobre a hipotenusa a
AC EG MP n = projeção do cateto b sobre a hipotenusa a
= = = ... H é o pé da altura AH = h.
BC FG NP
etc... 4.1 – Relações
2. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS AB HB
∆AHB ~ ∆CAB ⇔ ⇔ ⇔
Dada a correspondência entre dois triângulos, dizemos que são a) CB AB
semelhantes quando os ângulos correspondentes forem congruentes e os
lados correspondentes proporcionais. ⇔ AB 2 = CB ⋅ HB

3. CRITÉRIOS DE SEMELHANÇA 2
ou c =a.m (I)
a) (AA~ ) Dois triângulos possuindo dois ângulos
correspondentes congruentes são semelhantes.
• (LAL~) Dois triângulos, possuindo dois lados proporcionais e
AC HC
∆AHC ~ ∆BAC ⇔ = ⇔
os ângulos entre eles formados congruentes, são b) BC AC
semelhantes.
⇔ AC 2 = BC ⋅ HC
• (LLL) Dois triângulos, possuindo os três lados
proporcionais, são semelhantes. ou 2 (II)
b =a.n
Representação:
) )
A ≅ A'
) ) Cada cateto é média proporcional entre a hipotenusa e a sua
∆ABC ~ ∆A'B'C'⇔ B ≅ B' e projeção sobre a mesma.
) )
C ≅ C'
AH HB
AB BC AC ∆AHB ~ ∆CHA ⇔ = ⇔
= = =k c) CH HA
A'B' B'C' A'C'
⇔ AH 2 = CH ⋅ HB
razão de semelhança
ou h2 = m . n (III)
Exemplo: calcule x

A altura é média proporcional entre os segmentos que deter-


mina sobre a hipotenusa

Consequências:
(I) + (II) vem:
c 2 + b 2 = am + an ⇔
Resolução : ⇔ c 2 + b 2 = a (m + n ) ⇔
a
∆ABC ~ ∆MNC ⇔ 2 2 2
⇔ c +b = a
AB AC x 9
= ⇒ = ∴x = 6 4.2 - Teorema de Pitágoras
MN MC 4 6
4. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
a2 + b2 = c2
Na figura:
O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.

Exemplo:
Na figura, M é ponto médio de BC , Â = 90°
e M̂ = 90°. Sendo AB = 5 e AC = 2, calcule Al.

Matemática 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Resolução: AB = lado do quadrado ( l 4)


a) Teorema de Pitágoras: OM = apótema do quadrado (a4)
OA = OB = R = raio do círculo
BC 2 = AB 2 + AC 2 ⇒ BC 2 = 52 + 2 2 ⇒ Relações:
• AB2 = R 2 + R 2 ⇒
⇒ BC = 29 ≅ 5,38 e 29 AB
MB = • OM = ⇒ l4
2 2 a4 =
2

AB BC • Área do quadrado:
b) ∆ABC ~ ∆MBI ⇔ = ou S 4 = l 24
MB BI
5 29 29 b) Triângulo equilátero:
= ⇔ BI = = 2,9
29 BI 10
2
Logo, sendo AI = AB - BI, teremos:
AI = 5 - 2,9 ⇒ AI = 2,1

5. RELAÇÕES MÉTRICAS NO CÍRCULO

AC = l 3 (lado do triângulo)
OA = R (raio do círculo)
OH = a (apótema do triângulo)
Relações:
l3 3
 AC2 = AH2 + HC2 ⇒ h=
2

(altura em função do lado) R = 2a

• AO = 2 OH ⇒
(o raio é o dobro do apótema) l3 = R 3
Nas figuras valem as seguintes relações:
δ 2 =PA . PB=PM . PN
 (lado em função do raio)

Área:
l 23 3
• S=
4
(área do triângulo equilátero em função do lado)
2 c) Hexágono regular:
o número δ é denominado Potência do ponto
P em relação à circunferência.
δ 2= d2 − R 2

6. POLÍGONOS REGULARES
a) Quadrado:

AB = l 6 (lado do hexágono)
OA = OB = R (raio do círculo)
OM = a (apótema)

Matemática 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Relações:
• ∆ OAB é equilátero ⇒
R 3
a=
d. OM é altura ∆O AB ⇒ 2
2. Área:

S = 6 ⋅ S ∆ABC ⇒ 3R 2 3 1. Pitágoras: a2 = b2 + c2 ⇒
S=
2
⇒ a2 =122 + 92 ⇒ a = 15 cm

ÁREAS DE FIGURAS PLANAS 2. C2 = a . m ⇒ 92 = 15 . m ⇒ m = 5,4 cm

5. Retângulo: S=b.h
3. b2 = a . n ⇒ 122 = 15 . n ⇒ n = 9,6 cm
 As diagonais de um losango medem 6m e 8m. Calcule o seu
perímetro:
Resolução:

6. Paralelogramo:
S=b.h

7. Triângulo: b⋅h
S= l 2 = 4 2 = 32 ⇒ l = 5 m
2

O perímetro é: P = 4 X 5 m = 20 m
 Calcule x na figura:

8. Losango:
D⋅d
S=
2

Resolução:
PA . PB = PM . PN ⇒ 2. ( 2 + x ) = 4 X 10

4 + 2 x = 40 ⇔ 2 x = 36 ⇔
9. Trapézio:
S =
(B + b )h
2 ⇔ x=18

 Calcule a altura de um triângulo equilátero cuja área é 9 3 m2:


Resolução:
l2 3 l2 3
S= ⇒9 3 = ∴ l = 6m
4 4
l 3 6 3
h= ⇒h= ∴ h=3 3 m
7. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 2 2
 Num triângulo retângulo os catetos medem 9 cm e 12 cm. Calcule
as suas projeções sobre a hipotenusa. GEOMETRIA ESPACIAL
Resolução:
1. PRISMAS
São sólidos que possuem duas faces apostas paralelas e congruentes
denominadas bases.

Matemática 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a l = arestas laterais
h = altura (distância entre as bases) V= (volume)

D = a2 + b2 + c 2 (diagonal)

2. PIRÂMIDES
São sólidos com uma base plana e um vértice fora do plano dessa
base.

Cálculos:
A b = área do polígono da base.
A l = soma das áreas laterais.

A T = A l + 2A b (área total).

V = Ab. h (volume) Para a pirâmide temos:


A b = área da base
A l = álea dos triângulos faces laterais
1.1 – CUBO
O cubo é um prisma onde todas as faces são quadradas.
AT = Al + Ab (área total)
AT = 6 . a2 (área total)

1
V= Ab ⋅ h (volume)
V = a3 (volume)
3

a = aresta 2.1 - TETRAEDRO REGULAR


É a pirâmide onde todas as faces são triângulos equiláteros.

Para o cálculo das diagonais teremos:

(diagonal de uma face) Tetraedro de aresta a:


d=a 2
a 6
h= ( altura )
(diagonal do cubo) 3
D=a 3

A T = a2 3 (área total)
1.2 - PARALELEPÍPEDO RETO RETÂNGULO

a3 2
V=
12 ( volume )

3. CILINDRO CIRCULAR RETO


dimensões a, b, c As bases são paralelas e circulares; possui uma superfície lateral.
(área total)
AT = 2 ( ab + ac +
Matemática 38 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4.1 - CONE EQUILÁTERO
Se o ∆ ABC for equilátero, o cone será denominado equilátero.

A b = πR 2 ( área da base)

A l = 2πR ⋅ h h=R 3 (altura)


( área lateral )
A b = πR 2 (base)
A T = 2A b + A l 2
( área total ) A l = πR ⋅ 2R = 2πR (área lateral)
2
A T = 3πR (área total)
V = Ab ⋅ h ( volume )
1 (volume)
V = πR 3 3
3.1 - CILINDRO EQUILÁTERO 3
Quando a secção meridiana do cilindro for quadrada, este será
equilátero. 5. ESFERA
Perímetro do círculo maior: 2 π R
Área da superfície: 4 π R2

Volume: 4 3
πR
3

Área da secção meridiana: π R2.


Logo:
A l = 2πR ⋅ 2R = 4πR 2
A T = 2 ⋅ πR 2 + 4πR 2 = 6πR 2
V = πR 2 ⋅ 2R = 2πR 3
4. CONE CIRCULAR RETO
g é geratriz.
∆ ABC é secção meridiana.
EXERCICIOS PROPOSTOS 1

1. Os 3/4 do valor do suplemento de um angulo de 60° são:


a) 30° b) 70º c) 60º d) 90º e) 100º

2. A medida de um ângulo igual ao dobro do seu complemento é:


a) 60° b) 20º c) 35º d) 40º e) 50°

3. O suplemento de 36°12'28" é:
a) 140º 27’12” b) 143°47'32"
c) 143°57'42" d) 134°03'03" e) n.d.a.
g2 = h2 + R2
A l = πRg (área lateral) 4. número de diagonais de um polígono convexo de 7 lados é:
2 a) 6 b) 8 c) 14 d) 11 e) 7
A b = πR (área da base)
AT = Al + Ab 5. O polígono que tem o número de lados igual ao número de diagonais é
(área total)
o:
a) quadrado b) pentágono
1 c) hexágono d) de15 lados e) não existe
v= ⋅ Ab ⋅ h (volume)
3 6. O número de diagonais de um polígono convexo é o dobro do número
de vértices do mesmo. Então o número de lados desse polígono é:

Matemática 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) 2 b) 3 c) 4 d) 6 e) 7 encontra o lado AC em E a 8 cm de A. A medida de AC é:
a) 15,8 cm b) 13,9 cm c) 22,6 cm
7. A soma dos ângulos internos de um pentágono é igual a: d) 25,6 cm e) 14 cm
a) 180° b) 90° c) 360° d) 540° e) 720°
4) A paralela a um dos lados de um triângulo divide os outros dois na
8. Um polígono regular tem 8 lados; a medida de um dos seus ângulos razão 3/4. Sendo 21cm e 42 cm as medidas desses dois lados. O
internos é: maior dos segmentos determinado pela paralela mede:
a) 135° b) 45° c) 20° d) 90° e) 120° a) 9cm b) 12cm c) 18 cm
d) 25 cm e) 24 cm
9. O encontro das bissetrizes internas de um triângulo é o:
a) bicentro 5) Num trapézio os lados não paralelos prolongados determinam um
b) baricentro triângulo de lados 24 dm e 36 dm. O menor dos lados não paralelos do
c) incentro trapézio mede 10 dm. O outro lado do trapézio mede:
d) metacentro a) 6 dm b) 9 dm c) 10 dm d) 13 dm e) 15 dm
e) n.d.a.
6) Num triângulo os lados medem 8 cm; 10 cm e 15 cm. O lado
10. As medianas de um triângulo se cruzam num ponto, dividindo-se em correspondente ao menor deles, num segundo triângulo semelhante ao
dois segmentos tais que um deles é: primeiro, mede 16cm. O perímetro deste último triângulo é:
a) o triplo do outro a) 60 cm b) 62 cm c) 66 cm d) 70 cm e) 80 cm
b) a metade do outro
c) um quinto do outro 7) Dois triângulos semelhantes possuem os seguintes perímetros: 36 cm
2 e 108 cm. Sendo 12 cm a medida de um dos lados do primeiro, a
d) os do outro medida do lado correspondente do segundo será:
3 a) 36 cm b) 48 cm c) 27 cm d) 11 cm e) 25 cm
e) n.d.a.
12
11. Entre os.critérios abaixo, aquele que não garante a congruência de 8) A base e a altura de um retângulo estão na razão . Se a diagonal
triângulos é: 5
a) LLL b) ALA c) LAAO d) AAA e) LAL mede 26cm, a base medida será:
a) 12 cm b) 24 cm c) 16 cm d) 8 cm e) 5 cm
12. O menor valor inteiro para o terceiro lado de um triângulo, cujos outros
dois medem 6 e 9, será: 9) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo mede 14,4 dm e a
a) 4 b) 10 c) 6 d) 7 e) 1 projeção de um dos catetos sobre a mesma 10,8 dm. O perímetro do
triângulo é:
13. Num paralelogramo de perímetro 32cm e um dos lados10cm, a medida a) 15 dm b) 32 dm c) 60 dm d) 72 dm e) 81 dm
para um dos outros lados é:
a) 6 cm b) 12 cm c) 20 cm 10) A altura relativa à hipotenusa de um triângulo retângulo de catetos 5
d) 22 cm e) 5 cm cm e 12 cm, mede:
a) 4,61cm b) 3,12 cm c) 8,1 cm d) 13,2 cm e) 4 cm
RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS 11) Duas cordas se cruzam num círculo. Os segmentos de uma delas
1) d 6) e 11) d medem 3 cm e 6 cm; um dos segmentos da outra mede 2 cm. Então o
2) a 7) d 12) a outro segmento medirá:
3) b 8) a 13) a a) 7 cm b) 9 cm c) 10 cm
4) c 9) c d) 11 cm e) 5 cm
5) b 10) b
RESPOSTAS AOS EXERCICIOS PROPOSTOS
1) c 5) e 9) d
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2 2) b 6) c 10) a
3) d 7) a 11) b
4) e 8) b

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 3

1) Um prisma pentagonal regular tem 1,8 m de altura e aresta da base 0,6


m. Calcule a área lateral do prisma.

2) Calcule a área total de um prisma hexagonal regular de 2m de altura e


1,5m de aresta na base.
1) Na figura
AB = 4 cm BC = 6 cmMN = 8 cm 3) A altura de um prisma reto tem 9,6 cm e as bases são quadrados cuja
diagonal mede 2,25 cm. Calcule a área lateral.
Então, NP vale:
a) 10 cm b) 8 cm c) 1 2 cm d) 6 cm e) 9 cm 4) Calcule a diagonal de um cubo cujo volume é 47013,360 cm3.

2) Com as retas suportes dos lados (AD e BC) não paralelos do trapézio 5) Em um prisma reto, a altura tem 7 m, a base é um triângulo isósceles
ABCD, construímos o ∆ ABE. Sendo AE = 12 cm; AD = 5 cm; BC = 3 cujo perímetro é 5 m e um dos lados tem 3 cm. Calcule o volume.
cm. O valor de BE é:
a) 6,4cm b) 7,2 cm c) 3,8 cm d) 5,2 cm e) 8,2cm 6) Dão-se um prisma quadrangular e outro triangular, ambos regulares, de
mesma altura, 3 m e mesma aresta da base. De quanto se deve
3) O lado AB de um ∆ ABC mede 16 cm. Pelo ponto D pertencente ao aumentar a altura do segundo para se ter o mesmo volume do
lado AB, distante 5 cm de A, constrói-se paralela ao lado BC que primeiro?

Matemática 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
d) 42 min
7) Numa pirâmide quadrangular regular a aresta lateral é igual à diagonal e) n.d.a.
da base, que tem 1 m. Calcule o volume.
6. Uma roda de automóvel dá 2 500 voltas em 10 minutos. Quantas
8) Calcule a superfície total de uma pirâmide triangular regular que tem voltas dará em 12 minutos?
25cm de aresta lateral e 8cm de aresta da base. a) 3280
b) 2967
9) Calcule a área lateral de um cilindro reto de 12,5 cm de altura e cuja c) 3020
base está inscrita num losango de diagonais 8 cm e 6 cm. d) 3000
e) n.d.a.
10) Um retângulo de 4 cm de lado e 5 cm de base gira em torno do lado 7. Para paginar um livro com 30 linhas em cada página, são necessárias
maior determinando um sólido no espaço. calcule a área lateral do 420 páginas. Quantas páginas (iguais às anteriores) de 40 linhas
sólido assim gerado.
(iguais às anteriores) cada uma seriam necessárias para paginar o
mesmo livro?
a) 315
RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS
b) 321
1) 5,4 m2
2) 29,68 m2 c) 347
3) 61,084 cm2 d) 198
4) 6,6 cm2 e) n.d.a.
5) 21cm3
6) 3,93 cm 8. Para transportar certo volume de areia para urna construção, foram
7) 144,333 dm3 necessários 20 caminhões com 4 m3 de areia cada um. Se cada
8) 323,832 caminhão pudesse conter 5 m3 de areia, quantos caminhões seriam
9) 60 π cm2 necessários para fazer o mesmo serviço?
10) 40 π cm2 a) 16
b) 20
c) 22
PROVA SIMULADA d) 14
e) n.d.a.

1. Um parafuso penetra 3,2 mm a cada 4 voltas. Quantas voltas deverá 9. Uma árvore de 4,2 m de altura projeta no solo urna sombra de 3,6 m.
dar para penetrar 16 mm? No mesmo instante, uma torre projeta urna sombra de 28,80 m. Qual
a) 20 voltas é a altura da torre?
b) 18 voltas a) 33,60
c) 22 voltas b) 28,90
d) 16 voltas
c) 32,00
e) n.d.a.
d) 19,12
e) N.D.A.
2. Sabe-se que 8 kg de café cru dão 6 kg de café torrado. Quantos kg de
10. Para assoalhar urna sala de 80 m2 de área, foram necessários 900
café cru devem ser levados ao forno para obtermos 27 kg de café
tacos de madeira. Quantos tacos iguais a esses seriam necessários
torrado?
para assoalhar urna sala de 60 m2 de área?
a) 36
a) 700
b) 40
b) 800
c) 38 c) 760
d) 26 d) 675
e) n.d.a. e) n.d.a.

3. 40 pintores pintam um edifício em 10 dias. Querendo fazer o mesmo 11. Uma torneira despeja 40 litros de água em 5 minutos. Em quanto
serviço em 8 dias, quantos pintores seriam necessários? tempo esta torneira encheria um reservatório de 2 m3 de capacidade?
a) 50 a) 230min
b) 48 b) 220 min
c) 60 c) 250 min
d) 62 d) 242 min
e) n.d.a. e) n.d.a.

4. 8 máquinas produzem 600 peças de metal por hora. Quantas 12. Uma vara de bambu de 1,5 m de altura projeta no solo uma sombra
máquinas idênticas às primeiras são necessárias para produzir 1 500 de 1 m. Quanto medirá a sombra projetada no mesmo instante por um
peças de metal por hora? prédio de 18 m de altura?
a) 30 a) 13 m
b) 25 b) 12 m
c) 40 c) 10,5 m
d) 20 d) 14,2 m
e) n.d.a. e) n.d.a.

13. Para construir urna quadra de basquete, 30 operários levam 40 dias.


5. Com velocidade de 60 km/h, um automóvel leva 50 minutos para ir de
Quantos dias levariam 25 operários, de mesma capacidade que os
urna cidade X a urna cidade Y. Se a sua velocidade fosse de 75 km/h,
primeiros, para construir urna quadra idêntica?
quanto tempo levada para cobrir a mesma distância?
a) 52 dias
a) 45 min
b) 46
b) 38 min c) 48
c) 40 min d) 45

Matemática 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e) n.d.a. a) 7,5
b) 6,7
14. Com a velocidade de 80 km/h, um automóvel leva 1 hora e meia para c) 7,1
percorrer certa distância. Se a sua velocidade fosse de 72 km/h, qual d) 8,1
o tempo que seria gasto para cobrir a mesma distância? e) n.d.a.
a) 100 min
b) 98 min 23. Uma prova de Matemática tem 50 questões. Um aluno acertou 40
c) 102 min dessas questões. Qual foi a sua taxa de acertos?
d) 110 min a) 90%
e) n.d.a. b) 88%
c) 77%
15. Um muro deverá ter 40 m de comprimento. Em três dias, foram d) 80%
construídos 12m do muro. Supondo que o trabalho continue a ser feito e) n.d.a.
no mesmo ritmo, em quantos dias será construído o restante do
muro? 24. A 6ª série C teve, durante todo o ano, 50 aulas de Educação Física.
a) 10 dias Um aluno faltou a 8 aulas. Qual foi a taxa de faltas desse aluno?
b) 7 dias a) 12
c) 8 dias b) 18
d) 6 dias c) 16
e) n.d.a. d) 14
e) n.d.a.
16. Uma folha de alumínio de 250 cm2 de área pesa 400 g. Quanto
pesará uma peça quadrada, de 10 cm de lado, da mesma folha de 25. O preço de custo de um objeto é R$ 1 750,00. Sendo esse objeto
alumínio? vendido a R$ 2 499,00, qual a taxa de lucro sobre o preço de custo?
a) 160 g a) 42,8
b) 145 g b) 43,7
c) 165 g c) 39,8
d) 178 g d) 44,0
e) n.d.a. e) n.d.a.

17. Com certa quantidade de arame, constrói-se uma tela de 20 m de 26. Um quadro de futebol disputa 16 partidas, vencendo 10 e empatando
comprimento por 3 m de largura. Diminuindo-se a largura em 1,80 m, 2. Pede-se : 1º) a taxa de vitórias em relação ao número de partidas
qual seria o comprimento de outra tela fabricada com a mesma disputadas; 2º) a taxa de empates em relação ao número de partidas
quantidade de arame? disputadas.
a) 48 m a) 62,5 e 12,5
b) 50m b) 61,0 e 11,9
c) 52 m c) 63,1 e 13,3
d) 54 m d) 62,1 e 11,9
e) n.d.a. e) n.d.a.
18. Para azulejar uma parede de 15 m2 de área foram usados 300 27. Em 1980, a população de uma cidade era de 60 000 habitantes. Em
azulejos. Quantos azulejos iguais a esses seriam usados para 1981, a população da mesma cidade é de 61920 habitantes. Qual foi
azulejar uma parede retangular de 8 m por 3 m? a taxa de crescimento populacional em relação à de 1980?
a) 479 a) 4,1
b) 500 b) 3,1
c) 566 c) 3,2
d) 480 d) 1,9
e) n.d.a. e) n.d.a.

19. A velocidade de um automóvel é de 72 km/h. Qual seria a sua 28. Dos 15.000 candidatos que inscreveram-se para o vestibular na
velocidade em m/s? PUC.SP. Foram aprovados 9600. Qual a taxa de aprovação?
a) 22 a) 67
b) 18 b) 71
c) 32 c) 66
d) 20 d) 64
e) n.d.a. e) n.d.a.
29. Em dezembro de 1996, o preço da gasolina passou de R$ 0,45 para
20. Um terreno retangular tem 10 m de frente por 40 m de lateral. Se R$ 0,51 o litro. De quanto % foi o aumento?
diminuirmos 2 m da frente do terreno, quantos m devemos aumentar a) 13,3
ao comprimento a fim de conservar a sua área? b) 12,9
a) 11 m c) 11,8
b) 12 m d) 14,1
c) 10 m e) n.d.a.
d) 9 m
e) n.d.a. 30. Na compra de uma bicicleta, cujo preço é R$ 180,00, dá-se um
desconto de R$ 27,00. De quanto % é o desconto dado?
21. $ 6 400,00 representam quantos % de $ 320 000,00? a) 17
a) 3 b) 15
b) 2 c) 13
c) 4 d) 11
d) 5 e) n.d.a.
e) n.d.a.
22. 150 alunos representam quantos % de 2 000 alunos? 31. $ 300,00 representam 24% de uma quantia x. Qual é o valor de x?

Matemática 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) 1320 juntas e, com elas, mais uma terceira torneira, o tanque ficaria cheio
b) 1250 em 4 horas. Em quantas horas a terceira torneira, funcionando
c) 1145 sozinha, encheria o tanque?
d) 1232 a) 18 horas
e) n.d.a. b) 20
32. Numa prova de Matemática, um aluno acertou 36 questões, o que c) 22
corresponde a 72% do número das questões. Quantas questões havia d) 16
na prova? e) 18h 30min 15s
a) 44
b) 48 40. As rodas traseiras de um carro têm 3,25 metros de circunferência.
c) 50 Enquanto as rodas dianteiras dão 20 voltas, as traseiras dão somente
d) 53 12. Qual é a circunferência das rodas dianteiras?
e) n.d.a. a) 1,95 m
b) 2,05
33. Num colégio X, 520 alunos estudam no período da manhã, o que
corresponde a 65% do número total de alunos do colégio. Quantos c) 1,88
alunos tem esse colégio? d) 1,90
a) 861 e) 2,01
b) 982 41. Um viajante vai da cidade X à cidade Z em um trem que faz 60 km/h
c) 870 e volta em outro cuja velocidade é de 96 km/h, Sabendo-se que a
d) 800 viagem de ida e volta durou, ao todo, 9 horas e 58 minutos, pergunta-
e) n.d.a. se: qual a distância entre as duas cidades?
34. Uma peça de ouro foi vendida com um lucro de $ 300,00. Sabe-se a) 368
que essa quantia representa 25% do preço de custo da peça. Qual o b) 388
preço de custo e por quanto foi vendida essa peça? c) 402
a) 1200 e 1500 d) 379
b) 1220 e 1488 e) 354
c) 1180 e 1520
d) 1190 e 1980
42. Certa máquina, trabalhando 12 horas por dia, consome, em 30 dias, 9
e) n.d.a.
780 quilos de carvão. Qual o custo do carvão gasto por essa máquina
35. Uma salina produz 18% de sal em volume de água que é levada a durante 90 dias, sabendo-se que nesse período trabalhou 12 horas e
evaporar. Para produzir 117 m3 de sal, quantos m3 de água são 30 minutos por dia e que cada tonelada de carvão custou R$ 800 00?
necessários? a) 24.450,00
a) 750 b) 25.000,00
b) 587 c) 23.450,00
c) 710 d) 22.980,00
d) 650 e) 24.680,00
e) n.d.a.
36. Na 6ª série B, 6 alunos foram reprovados, o que representa 15% do
43. Se um homem caminha à razão de 4 quilômetros e 500 metros por
número de alunos da classe. Quantos alunos há na 6ª série B?
hora, em quantas horas, minutos e segundos, percorrerá a distância
a) 38 de 14 quilômetros e 415 metros?
b) 42 a) 3h 12min 12s
c) 40 b) 3h 11min 19s
d) 45 c) 2h 59min 2s
e) n.d.a.
d) 3h 21min 5s
e) n.d.a.
37. Na compra a prazo de um aparelho, há um acréscimo de R$ 150,00, o
que corresponde a 30% do preço a vista do aparelho, Qual é o preço
44. Sabendo que 3/4 de certa obra foram feitos por 33 pessoas em 1 ano
a vista do aparelho, e quanto vou pagar?
de trabalho, determinar quantas pessoas seriam necessárias para
a) 500 e 640 fazer a obra toda em metade do tempo.
b) 510 e 630 a) 91
c) 530 e 678 b) 88
d) 500 e 650
c) 79
e) n.d.a.
d) 85
e) n.d.a.
38. Para assoalhar uma casa foram necessárias 18 dúzias de tábuas de 2
metros e 30 centímetros de comprimento por 10 centímetros de
45. Sabendo que três operários, trabalhando 7 horas por dia, durante 2
largura. Quantas tábuas seriam necessárias para assoalhar a mesma
dias, fizeram 126 metros de certa obra, calcular quantos metros da
casa se elas tivessem 1 metro e 80 centímetros de comprimento por 3
mesma obra farão dois operários, trabalhando 5 dias a 3 horas por
decímetros de largura?
dia.
a) 92
a) 88
b) 104
b) 92
c) 98
c) 98
d) 89
d) 95
e) 95
e) 90
39. Uma torneira pode encher um tanque em 9 horas e outra pode encher
o mesmo tanque em 12 horas. Se essas duas torneiras funcionassem 46. Trabalhando 4 horas diárias, durante 18 dias, 64 operários abriram
uma vala de 36 metros de comprimento, em terreno de dureza 3.

Matemática 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Determinar o comprimento de outra vala, aberta por 56 operários, que c) 18.960,00 e 385,00
trabalharam 5 horas por dia, durante 16 dias, em terreno de dureza 2. d) 17.680,00 e 411,00
a) 61,4 e) n.d.a.
b) 49,8
c) 52,5 54. Qual é o capital que, acrescido dos seus juros produzidos em 270
d) 49,1 dias, à taxa de 4,5% a.a., se eleva a R$ 45 071,50?
e) n.d.a. a) 44.000,00
b) 43.987,20
c) 45.080,00
47. Uma torneira que jorra 1.035,5 litros de água por hora enche certo
d) 43.600,00
reservatório em 12 horas. Determinar em quanto tempo outra torneira, e) n.d.a.
que jorra 20 litros por minuto, encheria o mesmo reservatório.
a) 10h 21min 18s
55. Uma pessoa aplicou $ 110 000,00 do seguinte modo:
b) 11h 10min 12s $ 68 000,00 a 5% a.a. e $ 42 000,00 a uma taxa desconhecida.
c) 9h 31min 17s Sabendo-se que, no fim de meio ano, a primeira importância tinha
d) 10h 17min 32s rendido $125,00 a mais do que a segunda, pergunta-se: a que taxa
e) n.d.a. esta última foi aplicada?
a) 8,3% a.a.
48. 27 operários, trabalhando 8 horas diárias durante 15 dias, fizeram um b) 7,5
muro de 20 metros de comprimento, 1 metro e 80 centímetros de c) 6,7
altura e 30 centímetros de espessura. Quantos operários seriam d) 6,9
necessários para a construção de outro muro de 30 metros de e) n.d.a.
comprimento, 2 metros de altura e 27 centímetros de espessura, se
eles trabalhassem 9 horas por dia durante 18 dias? 56. A soma de um capital com os seus juros, aplicado durante 110 dias, à
a) 33 taxa de 7% a.a., é igual a R$ 2 553,47. Determinar o valor dos juros,
b) 37 considerando-se o ano com 360 dias.
c) 29 a) 53,47
d) 27 b) 51,12
e) 30 c) 49,22
d) 48,98
49. Vinte e cinco tecelões, trabalhando 7 horas por dia, durante 18 dias, e) n.d.a.
fizeram 750 metros de certo tecido. Quantos tecelões, trabalhando 9
horas por dia, durante 14 dias, seriam necessários para fazer 630 57. Determinar a que taxa mensal esteve aplicado um capital de R$ 48
metros do mesmo tecido? 000,00 que, em 3 meses e 20 dias, rendeu R$ 440,00 de juros.
a) 23 a) 0,25% a.m.
b) 24 b) 0,40
c) 21 c) 0,34
d) 17 d) 0,21
e) 20 e) 0,49

50. O volante de uma máquina, dando 318 voltas em 6 minutos, põe em 58. Certo capital, acrescido dos juros resultantes de sua aplicação
movimento uma fieira que produz 265 metros de tecido em 60 durante 8 meses, eleva-se a R$ 23 100,00. O mesmo capital,
minutos. Que tempo será preciso para fabricar 564 metros de tecido, acrescido dos juros resultantes de 13 meses de aplicação, à mesma
se o volante der 376 voltas em 4 minutos? taxa, eleva-se a R$ 23 475,00. Calcular o capital e a taxa anual.
a) 75 min a) 22.500,00 e 4% a.a.
b) 72 min b) 21.000,00 e 5%
c) 69 c) 23.650,00 e 5%
d) 65 d) 21.654,00 e 4%
e) n.d.a. e) n.d.a.
GABARITO
51. Certo capital, acrescido de juros de 6,5% a.a. em 1 ano e 4 meses,
importa em $ 7 824,00. Determinar o capital.
a) 7.200,00 1. A 21. B 41. A
b) 6,980,00 2. A 22. A 42. A
c) 7.430,00 3. A 23. D 43. A
d) 8.020,00 4. D 24. C 44. B
e) n.d.a. 5. C 25. A 45. E
6. D 26. A 46. C
7. A 27. C 47. A
52. Um capital, com os juros correspondentes a 5 meses, eleva-se a R$ 8. A 28. D 48. E
748,25. O mesmo capital, com os juros correspondentes a 8 meses, 9. A 29. A 49. C
eleva-se a R$ 759,20. Determinar o capital. 10. D 30. B 50. B
a) 770,00 11. C 31. B 51. A
b) 760,00 12. B 32. C 52. D
c) 695,00 13. C 33. D 53. A
d) 730,00 14. A 34. A 54. D
e) n.d.a. 15. B 35. D 55. B
16. A 36. C 56. A
53. Determinar o capital e os juros cuja soma, no fim de 5 meses, à taxa 17. B 37. D 57. A
de 5,5% a.a., atingiu R$ 17 676,00. 18. D 38. A 58. A
a) 17.280,00 e 396,00 19. D 39. A
b) 16.980,00 3 400,00 20. C 40. A

Matemática 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Em grande número de países foram organizados centros ou serviços
de documentação e realizados congressos para discussão e estudo de
problemas referentes aos trabalhos de documentação, inclusive as relações
entre documentação e bibliografia, biblioteconomia, museologia e arquivo-
logia. A documentação passou a ter assim um sentido mais amplo e a
incluir todas as técnicas de análise da produção bibliográfica, produção e
controle de traduções, técnicas de controle da informação, mecanização de
informações e reprodução fotográfica de documentos, trabalhos de referên-
SERVIÇOS E ROTINAS DE PROTOCOLO, EX- cia em suas mais diversas formas e publicação e divulgação de informa-
PEDIÇÃO E ARQUIVO. CLASSIFICAÇÃO DE ções. Estabeleceu-se assim uma íntima relação entre essas áreas e acen-
tuou-se a tendência da documentação para englobar atividades que antes
DOCUMENTOS E CORRESPONDÊNCIAS. eram da competência de bibliotecas e bibliotecários.
Paralelamente, e por força das iniciativas citadas, criou-se em diferen-
ARQUIVO tes países a profissão de documentarista (também denominada documenta-
O imenso volume de informações gerado a partir do século XIX e amplia- lista), que se ocupa de reunir, classificar, catalogar, informar, editar e divul-
do extraordinariamente no século XX seria de pouca utilidade se não pudesse gar informações que, de certa maneira, complementam o trabalho dos
ser localizado para consulta por meio das técnicas da documentação. bibliotecários, arquivistas, museólogos e restauradores. Como em diversos
Conjunto de técnicas que têm por objetivo a elaboração, produção, sis- pontos a biblioteconomia e a documentação se confundem, há polêmica
tematização, coleção, classificação, distribuição e utilização de documentos entre as duas categorias profissionais, mas a diferença fundamental entre
de qualquer natureza, a documentação permite que se organize o conheci- elas está no grau em que uma ou outra se debruça sobre os documentos
mento ao longo do tempo e o põe à disposição dos consulentes de forma em busca de informações e no interesse que demonstram na disseminação
conveniente e prática. O campo da documentação se amplia ou restringe dessas informações.
de acordo com o conceito de documento. Para o belga Paul Otlet, autor do Enquanto no Reino Unido os documentaristas são chamados de técni-
primeiro tratado de documentação, documento é o manuscrito, livro, revista, cos de informação (information officers), nos Estados Unidos os bibliotecá-
jornal, estampa, partitura musical, selo, medalha, moeda, filme, disco, rios resistem à ideia da criação de uma profissão e de organismos que
objeto histórico ou artístico (quando devidamente tombado) e as espécies chamem a si a execução de tarefas que julgam caber-lhes de direito e de
animais e vegetais classificadas e catalogadas em parques zoobotânicos. fato, como parte fundamental das atribuições das bibliotecas, mormente
Com tal amplitude para o conceito de documento, a documentação se- das especializadas. Durante algum tempo, os especialistas americanos
ria um conhecimento de caráter puramente especulativo, uma vez que é tentaram adotar a palavra comunicação (communication) em lugar de
impossível, na prática, organizar domínio tão vasto. Assim, uma teoria geral documentação, mas a criação de vários institutos de documentação e a
da documentação se confundiria com a teoria geral da cultura. circulação da palavra pelo mundo contribuíram para que fosse finalmente
O crescente volume da produção escrita, que se compõe de muitos mi- aceita em seu significado mais moderno.
lhões de obras impressas desde a invenção da imprensa de caracteres O Brasil pode ser considerado pioneiro nesse setor, fato comprovado
móveis, obrigou ao estabelecimento de técnicas especiais para organização pela data de criação de seus organismos de documentação e do reconhe-
e obtenção de informações e dados necessários a estudos, trabalhos de cimento profissional do documentarista, termo preferido na lei que classifica
múltiplas ordens e pesquisas. Nas bibliotecas, museus, arquivos e centros as carreiras e cargos do serviço público brasileiro. Manuel Cícero Peregrino
de pesquisas e informações bibliográficas, foram instituídos processos e da Silva, que dirigiu a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro entre 1900 e
normas especiais para registro da documentação existente, controle e 1924, ao planejar a reforma do regulamento da instituição, em 1902, procu-
manuseio da produção bibliográfica e dos conhecimentos em geral. rou habilitá-la a promover a organização da produção bibliográfica brasileira
Os setores de atividades tecnológicas e de ciências exatas, as grandes e para isso sugeriu a criação de um órgão a ela subordinado, para desen-
empresas industriais e as entidades de pesquisa científica foram os primei- volver o serviço de bibliografia e documentação. Tais medidas constam nos
ros a manifestar a necessidade de estabelecer serviços especializados, regulamentos aprovados pelos decretos de nº 8.835 de 11 de julho de 1911
com o objetivo de facilitar aos especialistas a obtenção de informações e e nº 15.670, de 6 de setembro de 1922. A esse serviço de bibliografia e
dados mais atualizados referentes aos trabalhos e pesquisas em andamen- documentação competiam funções comparáveis às que são desempenha-
to. Desde meados do século XIX, os serviços de referência bibliográfica das das pelos modernos centros de documentação.
bibliotecas especializadas, sobretudo as americanas, já haviam compreen- Em 1954, por proposta conjunta da Fundação Getúlio Vargas e do
dido a necessidade de um trabalho específico para facilitar a localização de Conselho Nacional de Pesquisas, o governo brasileiro criou, com assistên-
livros, artigos e documentos e também para prestar auxílio direto à busca cia técnica da UNESCO, o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documenta-
de dados e informações específicas de seus consulentes. ção (IBBD), subordinado ao Conselho Nacional de Pesquisas e membro da
História FID, destinado a coordenar e desenvolver a informação científica e técnica
no Brasil. O IBBD organizou o guia Bibliotecas especializadas brasileiras, o
A organização racional da informação e da documentação levou Paul
Repertório dos cientistas brasileiros, o guia das Pesquisas em processo no
Otlet, em colaboração com Henri La Fontaine, a fundar, em Bruxelas, em
Brasil, o Catálogo coletivo de publicações periódicas de ciência e tecnologia
1895, o Instituto Internacional de Bibliografia. Como primeira tarefa, a
e o guia dos Periódicos brasileiros de cultura, além de bibliografias periódi-
instituição organizou um catálogo em fichas da produção bibliográfica
cas, com a indexação de artigos de autores brasileiros e estrangeiros
mundial. Na ordenação temática das fichas, adotou-se o sistema de classi-
publicados no Brasil nos campos das ciências puras e aplicadas, da tecno-
ficação decimal que, devidamente atualizado e aperfeiçoado, se transfor-
logia e das ciências sociais.
mou no sistema de classificação decimal universal (CDU). Em 1931 o
instituto passou a denominar-se Instituto Internacional de Documentação e, Sistemática da documentação
em 1937, Federação Internacional de Documentação (FID). O primeiro Os principais instrumentos da documentação são a classificação e a
projeto de trabalho, de organização sistemática da bibliografia mundial, foi normalização. Com a classificação, procura-se organizar a informação em
abandonado, mas a federação ampliou-se e passou a congregar grande ordem temática e não apenas alfabética ou alfanumérica. A normalização
número de entidades de diferentes países, num programa que tem por racionaliza os processos de produção, organização e difusão da informação
finalidade facilitar a comunicação dos conhecimentos e a consulta de todos contida nos documentos. Essa fase é ainda mais importante que a classifi-
os dados e informações disponíveis. Em Varsóvia, em 1959, foi aprovado cação, uma vez que esta também deve ser normalizada.
pelos membros da FID, reunidos em sua 25ª conferência geral, um plano Os processos de normalização tiveram origem na indústria e consistiam
de longo prazo que previa a criação, em todo o mundo, de uma rede de em fixar condições para execução de cálculos, projetos, obras, serviços ou
informações técnicas e científicas a serviço de estudiosos e pesquisadores instalações, bem como a elaboração das próprias normas e regulamentos. A
de todos os países. Os trabalhos desenvolvidos pela Organização das uniformidade dos processos proporcionou economia na utilização internacio-
Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) têm os mes- nal dos produtos industriais. O sucesso da normalização no campo da indús-
mos objetivos da FID e são realizados em cooperação mútua com entida- tria fez com que a documentação a adotasse, com o objetivo de tornar inter-
des internacionais de biblioteconomia e bibliografia. nacionalmente acessíveis os resultados do trabalho intelectual de cada autor,

Conhecimentos Específicos 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
uma vez que para obter a máxima disseminação da informação científica o maneira nova, integrada e englobante, que tem como objetivo ocupar-se
pesquisador deve apresentar os dados de forma que a interpretação deles se simultaneamente do valor primário e do valor secundário do documento.
faça sem dificuldade. Para que a informação se torne imediatamente acessí-
vel, a documentação estabelece normas para organização e difusão dos Os referenciais teóricos arquivísticos
documentos. Todos os documentos devem ser normalizados, isto é, produzi- Segundo Faria (2006, p. 29), dentre os referenciais arquivísticos,
dos e divulgados de acordo com as normas internacionalmente aceitas. O destacam-se os princípios fundamentais, os conceitos de fundo e
progresso da ciência exige o mais amplo intercâmbio de informações e a documento de arquivo, o ciclo de vida dos documentos, os conceitos de
normalização internacional tem o objetivo de facilitar esse intercâmbio. valor primário e valor secundário, o princípio do respect des fonds, as
Se a documentação pouco ajudou à biblioteconomia, à arquivologia e à funções de classificação documental e avaliação documental e a definição
museologia na organização de documentos em bibliotecas, arquivos e de instrumento de gestão arquivística.
museus, muito contribuiu no campo da produção de documentos e na
difusão das informações neles contidas. A bibliografia tradicional limita-se a Ciclo de vida dos documentos ou a Teoria das três idade arquivos
referenciar livros, que por seu atraso em relação a documentos de outra correntes, intermediários e permanentes
natureza não são considerados pela documentação. Tampouco satisfazem Arquivo de primeira idade, corrente, ativo ou de momento: constituído
os documentalistas descrições puramente externas dos documentos. À de documentos em curso ou consultados frequentemente, conservados nos
documentação interessa, principalmente, a difusão das informações conti- escritórios ou nas repartições que os receberam e os produziram ou em
das em artigos de publicações periódicas, em comunicações a congressos, dependências próximas de fácil acesso . Por documentos em curso
em relatórios de pesquisas -- concluídas ou em andamento -- teses univer- entenda-se que, nesta fase, os documentos tramitam bastante de um setor
sitárias, registros de patentes etc. para outro, ou seja, podem ser emprestados a outros setores para atingirem
Na conceituação moderna, portanto, documentação é, em sentido am- a finalidade para a qual foram criados .
plo, a produção, organização e difusão de documentos de qualquer nature- Arquivo de segunda idade, intermediário ou limbo: constituído de
za. Em sentido estrito, é a difusão das informações neles contidas. A orga- documentos que deixaram de ser frequentemente consultados, mas cujos
nização de documentos cabe, conforme a natureza dos mesmos, às biblio- órgãos que os receberam e os produziram podem ainda solicitá-los , para
tecas, arquivos, museus etc. A difusão de documentos é o objetivo especí- tratar de assuntos idênticos ou retomar um problema novamente focalizado.
fico dos serviços ou centro de documentação. Não há necessidade de serem conservados próximos aos escritórios. A
Documentação, portanto, não se confunde com biblioteconomia, arqui- permanência dos documentos nesses arquivos é transitória. São por isso
vologia ou museologia, nem centro de documentação com biblioteca, também chamados de limbo ou purgatório, sendo estes termos adotados na
arquivo ou museu. Como os documentos bibliográficos estão nas bibliote- Grã-Bretanha para designar esta fase .
cas, alguns dos maiores serviços de documentação do mundo funcionam Arquivo de terceira idade, permanente, histórico ou de custódia:
dentro da estrutura de algumas dessas instituições. Outros, porém, são constituído de documentos que perderam todo valor de natureza
independentes. administrativa e que se conservam em razão de seu valor histórico ou
documental e que constituem os meios de conhecer o passado e sua
evolução . Estes são os arquivos propriamente ditos, pois ali os
Mecanização e automação documentos são arquivados de forma definitva.
Livros, artigos, relatórios e comunicados, por exemplo, são chamados Estas fases são complementares, pois os documentos podem passar
documentos primários. Documentos secundários são aqueles que se pro- de uma fase para outra, e para cada uma corresponde uma maneira
duzem para difusão da informação contida nos primeiros: bibliografias diferente de conservar e tratar os documentos e, consequentemente, uma
comentadas ou críticas, resumos, traduções, reproduções etc. Os estudos organização adequada, ou seja, as unidades de acondicionamento (pastas,
recapitulativos são os documentos terciários. catálogos etc.), adotadas na fase corrente serão substituídas por unidades
Com o advento do processamento eletrônico de dados, após a segun- mais adequadas ao funcionamento da fase intermediária, que, por sua vez,
da guerra mundial, métodos mais eficientes começaram a ser experimenta- adotara acondicionamento diferente da fase permanente.
dos pelos centros e serviços de documentação. Distinguem-se três tipos de
sistemas que, embora tenham atingido diferentes graus de aperfeiçoamen- Classificação segundo a valoração dos documentos
to, possuem características comuns: (1) fichas perfuradas e selecionadas
Valor administrativo: ou primário, refere-se ao valor que o documento
por processos eletrônicos ou eletromecânicos; (2) sistemas baseados em
apresenta para o funcionamento da instituição. É o valor pelo qual o
métodos fotográficos (geralmente microcópias), com seleção fotoelétrica
documento foi criado (todo documento nasce com um objetivo
por meio de código; (3) sistemas baseados no registro magnético (em fios,
administrativo) e por isso está presente em todo documento quando de sua
tambores ou núcleos). Com o avanço das técnicas de informática, foram
criação. É um valor temporário, perdendo seu valor administrativo quando
criados programas mais sofisticados para armazenamento e recuperação
atingir todas as finalidades que se possam esperar do mesmo para o
de informações, que podem ser específicas para cada assunto, principal-
funcionamento da instituição.
mente no tocante às informações técnicas. A informática tornou ilimitado o
campo da documentação. Valor histórico: ou secundário, refere-se à possibilidade de uso dos
documentos para fins diferentes daqueles para os quais foram
A Arquivologia resgata a memória do país, das instituições e da comu-
originariamente criados, quando passa a ser considerado fonte de pesquisa
nidade e dissemina a cultura, perpetuando a História. O arquivista planeja,
e informação para terceiros e para a própria administração. O documento,
projeta e administra a organização de arquivos, analisando, classificando,
após perder seu valor administrativo, pode ou não adquirir valor histórico, e
selecionando, restaurando e conservando documentos. Empregando mo-
uma vez tendo-o adquirido, este se torna definitivo não podendo jamais
dernas técnicas de microfilmagem, informática, preservação e restauração
serem eliminados.
de documentos, o trabalho do arquivista é indispensável nas pesquisas
históricas, sendo, ele próprio, um pesquisador. Seu campo de trabalho são
os arquivos (públicos, privados e pessoais), tais como: bancários, audiovi- GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES NA ORGANIZAÇÃO
suais, cartográficos, cartorais, computacionais, contábeis, eclesiásticos, Autores: José Marcelo A. P. Cestari, Sara Fichman Raskin e Maria José Resmer
empresariais, escolares, fotográficos, históricos, médicos, micrográficos, Os usuários estão, cada vez mais, demandando tecnologias que tor-
policiais e de imigração, atuando também, em centros culturais e laborató- nem suas informações mais úteis.
rios de conservação e restauração de documentos.
As empresas devem atentar para quatro pontos importantes no desen-
As três correntes volvimento de uma estratégia de gerenciamento de informações:
De acordo com Rousseau e Couture (1998, p. 70), a Arquivística pode À luz da expansão e evolução do espaço eletrônico de trabalho, a em-
ser abordada de três maneiras: uma maneira unicamente administrativa presa deve pensar no gerenciador como um novo provedor de serviço de
(records management), cuja principal preocupação é ter em conta o valor informação, que será um componente chave na filtragem de informação
primário do documento; uma maneira tradicional, que põe a tônica externa.
exclusivamente no valor secundário do documento; ou, por último, uma

Conhecimentos Específicos 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
À medida que os usuários finais evoluem de iniciantes para especialis- Como o acesso à informação externa através do desktop se tornou um
tas, eles demandam acessos mais produtivos para muitos tipos e fontes de componente integrador do espaço eletrônico de trabalho, os gerenciadores
informações. de conteúdo irão se transformar em provedores de serviço de informação, o
O sucesso do gerenciamento de recursos de informação requer a im- que requer a identificação, compreensão e ainda distribuição de todas as
plementação de um processo de auditoria que examina e verifica a situação necessidades e expectativas do usuário final. Os gerenciadores de conteú-
das informações da empresa com o propósito de análise. do de sucesso irão implementar um processo de gerenciamento de serviço
A provisão de recursos de informação requer o planejamento de um para se tornar um provedor focado no mercado indo de encontro a essas
canal efetivo de informações que leva em consideração componentes como novas expectativas do usuário.
preço, seleção de fornecedores e seleção de conteúdo.
Gerenciador de Conteúdo como um Provedor de Serviços de In- Satisfazendo os Usuários:
formação: Com push e desktop broadcasting (DTB) fazendo a página de frente de
A capacidade dos usuários de acessarem informações externas dire- quase todos jornais e revistas de negócios, as empresas querem saber
tamente via Internet, criou uma necessidade urgente nas empresas para quando usar um ou outro provedor para distribuir as informações externas.
desenvolver novas e melhores competências no gerenciamento e serviços Devido a esses novos serviços não suportarem totalmente as fontes de
de distribuição de informação. Tradicionalmente, são os centros de recur- informação que os usuários finais requerem nem as características comu-
sos de informação (CRI) ou a biblioteca, os únicos posicionados dentro da mente desenvolvidas nos serviços de alta qualidade, nenhum fornecedor
empresa para se tornar o provedor de serviço de conteúdo e para interme- está pronto para a distribuição de informação externa para as empresas. Na
diar os recursos internos e externos, tendo como alvo as expectativas e maioria dos casos, as empresas devem contatar seus especialistas internos
necessidades do usuário. Se uma empresa não tem um CRI, esse trabalho em distribuição de informação, frequentemente encontrados no CRI ou na
deve ser criado através de um contrato de consultoria, terceirização ou biblioteca e aumentar suas listas de fornecedores.
contratando um gerenciador de conteúdo com experiência em Internet e Dado que esses serviços não estão prontos para o mercado, é certo
informações empresariais. querer saber por que existe tanto barulho sobre empresas de DTB. A razão
Uma vez que essa função esteja definida, o próximo passo é a adoção é que os serviços desses fornecedores podem ser úteis e grátis para os
de uma disciplina de gerenciamento de serviço que requer habilidades usuários. Eles apelam para o mercado de massa e isso é típico com tecno-
analíticas e técnicas orientadas para o negócio. Adotando esse processo, o logias emergentes. Os produtos iniciais são relativamente imaturos em
gerenciador de conteúdo garantirá o mais alto nível de satisfação do usuá- relação à tecnologia que serve ao mercado profissionalmente treinado.
rio e o grande retorno dos investimentos em recursos de informação para a Compare a primeira versão do Microsoft Word com o processador de
empresa. texto Wang. Em 1983, Wang antecipou o Word. Entretanto, o Word era uma
Fornecer um serviço de alto valor para os clientes é um trabalho difícil nova forma para se processar texto que apelou para os usuários sem
mas não impossível. Requer uma metodologia estruturada e é um processo treinamento no uso de Wang. O Word era barato, se comparado ao Wang,
contínuo. É a função essencial para o gerenciador de conteúdo como um e disponível para se adquirir em lojas de computadores locais. O Word e
provedor de serviço. outros processadores de texto compatíveis com o PC, rapidamente supera-
Processo de Gerência de Serviço: ram o Wang. Se a tecnologia push, ou DTB, provar ser uma tecnologia de
massa, as empresas podem esperar rápidas inovações. Os fornecedores
A chave para se fornecer serviço de valor é a adoção de um processo tentarão manter seus nomes pela propaganda e melhorar continuamente
de gerenciamento de serviço. Esse processo é direcionado para o mercado suas capacidades para se distanciarem da competição com os outros
e continuamente avalia as necessidades do usuário, expande a distribuição fornecedores.
de informações e os serviços de acesso, alinhando os serviços com a
missão e objetivos da empresa. A evolução da distribuição de informação ainda não ocorreu. Em cada
fase da evolução das necessidades dos usuá-rios, a distribuição do conteú-
Gerenciamento de serviço não é uma avaliação. É um processo em- do se torna mais adequada para suas necessidades. Quando esse ciclo
presarial que cria um serviço de qualidade e melhora a relação com o terminar, o conteúdo e sua distribuição irão girar em torno do usuário.
cliente. À medida que o gerenciamento de conteúdo vai passando para o
papel de provedor de serviço de informação, será necessário designar um Quando os usuários evoluírem de iniciantes para especialistas, eles
gerente de relacionamento com o cliente em tempo integral. Este terá irão rapidamente demandar tecnologia para tornar suas informações mais
responsabilidade direta no processo de gerenciamento do serviço. úteis. Eles irão precisar de capacidade para tomar decisões mais rápidas e
eficazes. Decisões melhores vêm de um acesso mais produtivo a muitas
No ambiente de desenvolvimento eletrônico, o gerenciador de conteú- fontes de informação. A eficácia envolve o conceito de "o que você quer,
do será o facilitador que permitirá o acesso aos conteúdos externos neces- quando você quer" via entrega em tempo de real, melhores ferramentas de
sários. De fato, a equipe de gerenciamento de conteúdo irá se tornar um agregação e capacidades de filtragem e de recuperação.
provedor de serviço de conteúdo para o usuário e irá criar recursos de
informação que excedam as melhores características de alguns provedores As empresas devem trabalhar com seus especialistas ou gerentes de
de conteúdo que estão aparecendo na Internet. informação para construir bons serviços de distribuição. Os fornecedores
devem entender as necessidades dos especialistas e atualizar suas tecno-
Um modelo comum na Internet é o "super site", que é um modelo de logias tendo isso em mente. Como o DTB terá muitos usos na empresa,
criação e distribuição de conteúdo. Serviços de notícias digitais baseados além da distribuição de informações externas, as empresas devem estar
no modelo "super site" estão direcionados aos leitores que procuram por predispostas a trabalhar com o propósito de distribuição de seus fornecedo-
cobertura compreensível de um mercado e buscam mais de uma fonte de res. Os novos agregadores que estão trabalhando para uma boa qualidade
informação para satisfazer suas necessidades. Informação é apenas um de informação final, devem rapidamente escolher entre se aliar ou competir
dos componentes de um serviço de "super site". com fornecedores de DTB, pois o mercado para informação empresarial se
Ele oferece também recursos adicionais, análises, serviços e fóruns. desenvolve rapidamente.
Exemplos de serviços de "super sites" incluem a edição interativa do Wall A distribuição de informações via multimídia, vídeo ao vivo e outros fa-
Street Journal tores são capacidades que os usuários querem quando se tornam mais
http://www.wsj.com e Boston.com http://www.boston.com. familiarizados com a informação e eles têm que usá-las cada vez mais para
realizar seus trabalhos.
As Melhores Práticas dos Gerenciadores de Conteúdo:
Os gerenciadores de conteúdo de sucesso irão incorporar as melhores O Verdadeiro Poder de se Fiscalizar uma Informação Externa:
características e conceitos dos "super sites" da Internet dentro de seus O conhecimento de uma empresa consiste nos seus recursos internos
próprios serviços de conteúdo de informação da empresa, que incluem: e seus acessos a informações externas (e.g., informações empresariais
O suporte de push e pull para mercado. impressas e eletrônicas). O sucesso de um gerenciamento de recursos de
Links contextuais de acordo com a necessidade do cliente. informação requer a implementação de um processo de fiscalização de
Serviços que são fáceis de usar. todos os recursos conhecidos.

Conhecimentos Específicos 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O controle de informações externas não é um procedimento de inventá- Uniformização de Processos de reencaminhamento, aprovação,
rio. É um exame e verificação da situação da informação com o propósito arquivo e eliminação dos documentos, mantendo o histórico de versões dos
de se analisá-las. Essa análise é usada para compreender, avaliar e, mais documentos;
recentemente, para tomar decisões. Gerenciadores de informação que Digitalização dos documentos;
veem o controle somente como um inventário irão falhar em capitalizar o Descentralização e libertação do espaço físico, isto é, os documentos e
valor potencial que pode ter o departamento responsável pela distribuição e processos estão sempre disponíveis, independente do local onde o
acesso de informações externas. utilizador aceda aplicação;
O controle de informações externas é um processo de 3 passos: Com o auxilio de um browser a pesquisa da informação dos
Coleta dos dados. Qualidade, coleta de dados relevantes é essencial documentos está facilitada e rápida;
para conduzir análises válidas Formação de um Backup que permite a recuperação da informação em
Revendo os dados. Esse passo produz informação focada na relevân- caso de incêndio ou inundação do seu arquivo físico;
cia, no fluxo, no uso e no valor das informações externas para a empresa; As soluções de Gestão Documental têm mecanismos de controlo de
Convertendo as informações em benefícios. A análise das informações, acessos e segurança protegendo os seus documentos de acessos não
derivada da coleção de dados, cria conhecimento sobre o uso e o valor de autorizados.
informações externas. Esse conhecimento traz benefícios para a empresa. Casos de aplicação
A fiscalização do conhecimento externo é uma ferramenta poderosa A Gestão Documental quer seja eletrônica ou em arquivo de papel está
para se obter benefícios que podem estar escondidos mas que têm um presente em todas as organizações.
valor incrível para a empresa. Isso inclui:
As soluções de Gestão Documental aplicam-se a um conjunto
A habilidade para conduzir negócios de valor com fornecedores de in- alargados de áreas funcionais:
formações externas.
Administrativa e Financeira (documentos financeiros)
Um processo de abordagem empresarial mais forte.
Qualidade (normas, procedimentos, auditorias e fichas de não
Uma medida para demonstrar o valor das informações externas para conformidade)
gerenciamento.
Produção (desenho técnicos, normas e procedimentos operacionais e
A fiscalização de informações externas é mais que um processo de in- controlo de produção)
ventário. É o exame do valor das informações externas, fluxo e uso. Ele cria
o conhecimento necessário para acrescentar valores incríveis para a em- Jurídica (contratos, propostas, concursos públicos e cadernos de
presa. encargos)
Serviços a Cliente (informações, apoiam técnico e documentos de
Cliente)
GESTÃO DOCUMENTAL
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Marketing (estudos de mercado, brochuras e especificações de produ-
tos)
A gestão documental ou gestão de documentos é um ramo do Desenvolvimento (memórias descritivas, pesquisa e desenvolvimento)
arquivo documental responsável pela administração de documentos nas
Recursos Humanos (contratos de pessoal, fichas técnicas e
fases corrente e intermediária (primeira e segunda idade).
regulamento)
Em termos informáticos, a Gestão Documental é uma solução de
arquivo, organização e consulta de documentos em formato eletrônico onde ARQUIVOLOGIA
existe toda a informação de natureza documental trocada entre os
utilizadores da aplicação. Esta solução permite a colaboração numa Considerada disciplina, técnica e arte, a arquivologia é uma ciência au-
organização através da partilha de documentos, beneficia e facilita os xiliar da história. Fonte de consulta para todos os fins, um arquivo organiza-
processos de negócio de uma empresa. do constitui valioso patrimônio e pode documentar o passado de uma
nação.
A Gestão Documental integrada com outras soluções, como por
exemplo, a digitalização, fax e email permitem gerir toda a informação não Arquivologia é o conjunto de conhecimentos sobre a organização de
estruturada (documentos) importante da organização. arquivos, tanto no que se refere ao recolhimento e conservação de docu-
mentos, títulos e textos de valor permanente e elaboração dos respectivos
Num processo de gestão documental o seu inicio ocorre com a instrumentos de pesquisa, como no que toca à eliminação de peças de
recepção do documento em que este passa pela fase de desmaterialização, valor transitório e controle dos arquivos em formação. Inclui também as
ou seja, digitalização do documento geralmente em formato papel para um tarefas dos arquivistas. O termo arquivística pode, de modo geral, ser
formato eletrônico. Numa segunda fase os documentos em formato empregado como sinônimo de arquivologia.
eletrônico são submetidos a uma classificação, de seguida há uma
definição dos vários estádios do ciclo de vida do documento ao longo da Os arquivos de determinada origem constituem um todo orgânico de-
sua existência, como por exemplo, a publicação, aprovação, distribuição, nominado fundo, grupo, núcleo ou corpo de arquivos, no qual se incluem
reencaminhamento e dês atualizado (destruído). Por último, este processo documentos escritos e iconográficos, como os audiovisuais, discos, fitas
disponibiliza ao utilizador um método de localização eficaz semelhante a de magnéticas e filmes. Começam também a ser objeto da arquivologia os
um sistema de busca, por exemplo, o Google. arquivos eletrônicos. Os arquivos econômicos, de empresas comerciais,
bancárias, industriais, desde que se revistam de importância histórica,
como ocorre, em alguns casos, com papéis de famílias e pessoas ilustres,
Vantagens na sua utilização interessam à arquivística.

As empresas que investem pela solução Gestão Documental A preocupação dos governos e autoridades em conservar determina-
conseguem um retorno elevado pois reduzem a quantidade de documentos dos documentos em lugares seguros por motivos de ordem administrativa,
em papel, há um ganho na produtividade devido a uma uniformização dos jurídica ou militar, remonta à antiguidade, sobretudo no que diz respeito a
processos e facilitando a implementação de normas de qualidade. títulos de propriedade. Os eruditos do Renascimento foram os primeiros a
ocupar-se dos arquivos como fonte da história, dando início aos estudos de
As vantagens na sua utilização são as seguintes: diplomática, que levariam à moderna crítica histórica. A partir da revolução
Redução do custo do número de cópias, aumento de produtividade na francesa, os arquivos tornaram-se bem público, proclamando-se o direito do
povo de acesso aos documentos, cuja preservação foi oficialmente reco-
procura, no re-encaminhamento de documentos e redução do espaço de
arquivo; nhecida como de responsabilidade do Estado.
Gestão de Informação Integrada é conseguida a partir da consolidação Uma arquivística essencialmente voltada para os diplomas medievais
transparente dos documentos eletrônicos (originados pela aplicações surgiu no século XIX, principalmente após a criação da École des Chartes
Office) e de documentos com origem em papel; (Escola das Cartas), que passaria a formar arquivistas paleógrafos altamen-

Conhecimentos Específicos 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
te qualificados. Em meados do mesmo século lançaram-se as bases da exemplo, foge ao objetivo dessa empresa e, naturalmente, não deve fazer
arquivística moderna, com os princípios do respect des fonds (todos os parte do arquivo principal. Tratando-se, porém, de uma empresa ligada à
documentos originais de uma autoridade administrativa, corporação ou área educacional, a abordagem seria outra, pois catálogo de livros é fun-
família devem ser mantidos em grupos, separados segundo a natureza das damental a sua própria sobrevivência, enquanto certidões, traslados, op-
instituições que os criaram); da proveniência (os documentos públicos ções de compra de terrenos e outros documentos próprios do ramo imobili-
devem ser agrupados de acordo com as unidades administrativas que os ário seriam afastados do arquivo principal.
originaram); do respeito à ordem original (o arranjo dado aos documentos
pelos órgãos criadores deve ser mantido nos arquivos gerais ou de custódia
permanente); e da centralização (unidade e indivisibilidade dos arquivos IMPORTÂNCIA
públicos nacionais). A importância dos arquivos é tão evidente que a própria Constituição
Uma série de fatos novos, diretamente relacionados com os progressos Federal, em seus artigos 215 e 216, determina:
da civilização, marcam a arquivologia na segunda metade do século XX. “Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos cul-
São eles, entre outros: adoção de arquitetura moderna e funcional nos turais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a
prédios de arquivos; uso de microfilmagem de substituição; programas de valorização e a difusão das manifestações culturais.
história oral; restauração de documentos pelo emprego de máquinas e
material sintético; intervenção dos arquivistas na gestão de papéis adminis- § 1° O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, in-
trativos e nos arquivos econômicos, pessoais e familiares; aparecimento de dígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo
depósitos intermediários de arquivos ou centros de pré-arquivamento; civilizatório nacional.
tentativas de aplicar as conquistas da eletrônica ao trabalho arquivístico. § 2° A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta signi-
O grande problema da arquivologia contemporânea é o volume de pa- ficação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.
péis criados e acumulados pelas administrações e a necessária eliminação Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza
de documentos depois de avaliados. O arquivista desenvolve padrões de material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores
avaliação, elabora planos de descarte, prepara tabelas e listas de material de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos forma-
repetitivo de descarte automático. As listas e tabelas de descarte especifi- dores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
cam o período de retenção de documentos comuns à maioria dos serviços
existentes, e tabelas especiais cogitam de cada administração em particu- I — as formas de expressão;
lar. O arquivista pode recorrer a especialistas para decidir quanto à destina-
II — os modos de criar, fazer e viver;
ção dos documentos.
III — as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
O primeiro tratado moderno de arquivística, de autoria dos holandeses
Samuel Muller, Johan Adriaan Feith e Robert Fruin, data de 1898 e intitula- IV — as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
se, em edição brasileira, Manual de arranjo e descrição de arquivos (1960). destinados às manifestações artístico-culturais;
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
V — os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artís-
tico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
CONCEITO § 1° O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e
protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros,
Arquivos são conjuntos organizados de documentos, produzidos ou re- vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautela-
cebidos e preservados por instituições públicas ou privadas, ou mesmo mento e preservação.
pessoas físicas, na constância e em decorrência de seus negócios, de suas
atividades específicas e no cumprimento de seus objetivos, qualquer que
§ 2° Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da
seja a informação ou a natureza do documento. documentação governamental e as providências para franquear
sua consulta a quantos dela necessitem.
Os arquivos, portanto, podem ser públicos ou privados.
§ 3° A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento
1. Arquivos públicos: são conjuntos de documentos produzidos ou de bens e valores culturais.
recebidos por órgãos governamentais, em nível federal, estadual ou muni-
cipal, em decorrência de suas atividades administrativas, judiciárias ou § 4° Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na
legislativas. Existem três espécies de arquivos públicos: correntes, tempo- forma da lei.
rários e permanentes: § 5° Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de
• Correntes: conjuntos de documentos atuais, em curso, que são objeto reminiscências históricas dos antigos quilombos.”
de consultas e pesquisas frequentes. No Brasil, o Arquivo Nacional, previsto na Constituição de 1824, foi cri-
• Temporários: conjunto de documentos oriundos de arquivos correntes ado em 1836.
que aguardam remoção para depósitos temporários. No passado, a preservação do patrimônio documental era encarada
• Permanentes: são conjuntos de documentos de valor histórico, cientí- principalmente por seu valor histórico. Após a Segunda Guerra Mundial,
fico ou cultural que devem ser preservados indefinidamente. começaram a aparecer as primeiras preocupações com uma nova concep-
ção arquivística, em que o documento perdia seu exclusivo enfoque históri-
2. Arquivos privados: são conjuntos de documentos produzidos ou co. Surgiam outros aspectos relevantes, como a racionalização da informa-
recebidos por instituições não públicas, ou por pessoas físicas, devido a ção, a eficiência administrativa e a finalidade prática na tomada de deci-
suas atividades específicas. sões.
Assim, o arquivo de uma empresa, por exemplo, reflete sua atividade, A difusão da informação de conteúdo técnico e científico, a nova men-
seu porte e seus objetivos. Documentos de natureza diversa, colecionados talidade que se introduz na administração pública, a necessidade de pes-
com outros objetivos, não devem misturar-se com o arquivo principal, já que quisa constante e sistemática, objetivando particularmente a correta tomada
o tratamento que a eles se deve dar é diferente. Uma empresa imobiliária de decisão pela empresa privada, favoreceram o surgimento de um novo
de porte médio forçosamente terá um arquivo composto de documentos enfoque do arquivo, distante daquele critério eminentemente histórico.
relativos à atividade que desenvolve. Haverá contratos de locação, de Como consequência, o conceito de arquivo ampliou-se de tal forma que sua
imóveis residenciais e comerciais; opções de venda de casas, apartamen- importância ultrapassou os limites que até há bem pouco tempo existiam.
tos, terrenos; cartas pedindo informações; contratos de compra e venda; Atualmente, já não se conseguem restringir e delimitar o campo de atuação
certidões; traslados; anúncios em jornais; relatórios e vistorias e outros e a utilidade do arquivo. Sua importância e seu potencial de crescimento
documentos ligados ao setor. Um catálogo de livros de uma editora, por são ilimitados.

Conhecimentos Específicos 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ORGANIZAÇÃO Os documentos são postos nas pastas em ordem alfabética. Em cada
pasta, os documentos são colocados em ordem cronológica e, à medida
O arquivo precisa ser organizado de forma que proporcione condições que os dias vão passando, os documentos são retirados e o indicador
de segurança, precisão, simplicidade, flexibilidade e acesso: móvel vai-se deslocando até o fim, dia 31, retornando ao dia 1° no início de
•Segurança: o arquivo deve apresentar condições mínimas de segu- um novo mês.
rança, incluindo-se medidas de prevenção contra incêndio, extravio, roubo A possibilidade de uso de cartões ou fichas também existe, embora se-
e deterioração. Dependendo da natureza do arquivo, é importante cuidar do ja mais trabalhosa, pois exige a anotação de todos os pormenores do
sigilo, impedindo ou dificultando o livre acesso a documentos confidenciais. documento. Os cartões são colocados nas pastas alfabéticas respectivas,
conforme o modelo descrito, e seu funcionamento também será o mesmo.
•Precisão: o arquivo deve oferecer garantia de precisão na consulta a
documentos e assegurar a localização de qualquer documento arquivado, 3. Métodos modernos: surgiram com o próprio desenvolvimento das
ou de qualquer documento que tenha sido dele retirado. empresas e da tecnologia, notadamente da informática. Existem, entretan-
to, métodos que oferecem fichas já preparadas para os diversos controles,
•Simplicidade: o arquivo precisa ser simples e de fácil compreensão. como, por exemplo, de pessoal, de estoque, de contabilidade e outros.
As possibilidades de erros são reduzidas em arquivos simples e funcionais. Alguns trazem equipamentos compactos em que as fichas ficam visíveis e
O número e a variedade de documentos não exigem necessariamente um os dados principais são lançados também na margem superior das fichas, à
arquivo complexo e de difícil entendimento. vista do manipulador, facilitando, assim, o manuseio e a consulta.
•Flexibilidade: o arquivo deve acompanhar o desenvolvimento ou O computador trouxe consigo possibilidades ilimitadas que podem ser
crescimento da empresa, ou órgão público, ajustando-se ao aumento do adaptadas a qualquer empresa. As informações necessárias para o correto
volume e à complexidade dos documentos a serem arquivados. As normas acompanhamento são fornecidas diariamente pelas impressoras, ou por
de classificação não devem ser muito rígidas, pois apenas dificultam a uma tela de terminal de microcomputador. A grande vantagem da utilização
atividade de arquivamento. da informática, além da rapidez, é a redução da margem de erro.

•Acesso: o arquivo deve oferecer condições de consulta imediata, pro- REFERÊNCIAS CRUZADAS
porcionando pronta localização dos documentos.
A expressão referências cruzadas é largamente usada pelas pessoas
A procura de documentos de todos os tipos aumentou muito nos últi- que lidam com arquivos, enquanto entre os bibliotecários a palavra mais
mos anos, graças principalmente à necessidade cada vez maior de infor- empregada é remissão.
mações. O arquivo não se reduz apenas a guardar documentos; significa
também uma fonte inesgotável de informações, que pretende atender a A principal finalidade das referências cruzadas é a de informar a quem
todos e a todas as questões. for consultar o arquivo que determinado assunto ou nome está arquivado
em tal pasta. As referências cruzadas podem vir em pequenas fichas,
ARQUIVOS DE PROSSEGUIMENTO principalmente quando colocadas em índices. Quando, porém, guardadas
Esses arquivos são muito importantes para a empresa, já que por meio nos próprios arquivos, devem estar escritas em folhas de papel e inseridas
deles se podem acompanhar assuntos pendentes ou que aguardam provi- nas respectivas pastas. Por exemplo, um fornecedor do Mappin provavel-
dências: cartas que esperam respostas; duplicatas a cobrar; faturas a mente terá uma pasta com esse nome no arquivo, apesar de a razão social
pagar; apólices de seguro que devem ser renovadas; lembretes ou contro- dessa loja de departamento ser “Casa Anglo Brasileira S:A.”. Recomenda-
les para renovação de assinaturas de jornais ou revistas; contratos a serem se, nesse caso, que se escreva numa ficha ou folha de papel:
assinados; enfim, inúmeros assuntos que não devem ser simplesmente
arquivados e fatalmente esquecidos. O arquivo de prosseguimento possibi- É muito comum encontrar anotações como “Veja também”, indicando
lita à secretária constante follow up. que o assunto ou nome possui outras ligações importantes. Suponha-se
uma empresa que se dedica principalmente ao comércio exterior. E prová-
Também conhecido como arquivo de andamento, ou de follow up, pre-
vel que ela arquive os conhecimentos aéreos relativos à carga transportada
cisa ser organizado convenientemente e, para isso, existem métodos
numa pasta de ‘Carga Aérea”. Entretanto, essas exportações são efetuadas
tradicionais, como o cronológico e o alfabético, e modernos, como o de
por uma companhia aérea, por exemplo, a VARIG. Nesse caso, recomen-
jogos de fichas prontas, o de equipamentos compactos, próprios para
da-se que se abra uma pasta em nome de VARIG, em que poderão ser
vários tipos de controle, ou os desenvolvidos pela informática.
colocados, por exemplo, os horários dos voos, inclusive dos voos carguei-
1. Método cronológico: em primeiro lugar, prepara-se um jogo de do- ros, as cidades que ela serve, as conexões possíveis, as tarifas de carga
ze guias com os nomes dos meses e depois um jogo de guias numeradas aérea e outras informações pertinentes, e ainda uma observação: Veja
de•1 a 31, representando os dias dos meses. Esse ultimo jogo deve ser também Carga Aérea.
disposto apos a guia do mês em curso. À medida que os dias vão passan-
do, deve-se colocá-los nos mês seguinte. No caso de empresas com muito Igualmente no caso de siglas, deve-se fazer uma referência cruzada.
movimento de contas a receber e/ou a pagar, inclusive com prazos de 30, Assim, pode-se abrir uma pasta para Cacex e fazer uma referência para
60 ou 90 dias, recomenda-se a utilização de três jogos de guias numera- Carteira de Comércio Exterior, ou vice-versa. O importante é que a pasta
das, de modo que o acompanhamento seja trimestral e não mensal, ou, fique com a forma mais conhecida e mais fácil. Por exemplo, talvez seja
então, que se guardem os documentos em pastas separadas até o momen- preferível abrir uma pasta para “Instituto Nacional do Livro” e uma referên-
to oportuno. cia cruzada para “INL”, para não se fazer confusão com IML (Instituto
O método cronológico permite a utilização de pastas ou cartões. Ha- Médico Legal).
vendo opção pelo uso de pastas, será necessária uma cópia adicional de De um lado, a referência cruzada é muito importante, pois ajuda e agili-
todos os documentos que exigem prosseguimento e que serão colocados za o funcionamento do arquivo, porém, de outro, deve-se tomar cuidado e
nas pastas por ordem alfabética dos nomes e, em seguida, arquivados evitar o excesso de referências que acarretam volume muito grande de
após as guias que correspondem às datas de acompanhamento. papéis, congestionando, consequentemente, o arquivo.
O emprego de cartões ou fichas elimina a necessidade de cópias adici-
onais dos documentos, porém exige anotações pormenorizadas para que TRANSFERÊNCIA
se possa fazer o acompanhamento. Como nas empresas de grande porte o Há documentos que estão sujeitos ao fator tempo, isto é, há aqueles
número de cartões ou fichas é imenso, tal fato dificulta sobremaneira o que têm valor de um ano; outros de dois, três, cinco ou mais anos; outros,
manuseio e, além disso, aumenta a possibilidade de falhas no acompa- ainda, possuem valor permanente e nunca poderão ser destruídos.
nhamento.
2. Método alfabético: esse método também possibilita o uso de pastas Os documentos também podem ser analisados pela frequência de sua
ou cartões. As pastas são colocadas em ordem alfabética. Nas margens utilização: alguns são muito procurados, outros são consultados poucas
superiores das pastas, deverão constar: letra correspondente; números de vezes, ou quase nunca, e ainda existem aqueles que, após a conclusão do
1 a 31, representando os dias do mês; e um indicador móvel que se deslo- fato que os criou, não servirão para mais nada.
ca na pasta, servindo para indicar o dia específico.

Conhecimentos Específicos 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Com o passar do tempo, observa-se que os arquivos ficam sobrecarre- Conservação e proteção de documentos
gados de papéis, dificultando o trabalho e, na maioria dos casos, a tendên-
cia é adquirir móveis novos, na tentativa de se resolver o problema de Determina-se o valor do documento levando em consideração todas as
espaço. Solução muito mais lógica, econômica e eficaz é a de eliminar ou finalidades que possui e seu tempo de vigência, que muitas vezes se
destruir o que não tem mais valor e transferir o que se encontra em desuso subordina a imperativos da lei. Nesse sentido, pode-se organizar um qua-
ou desatualizado para local apropriado. Assim, transferência é a operação dro ou tabela de prazos de vigência para os diversos documentos, facilitan-
que visa separar os documentos que ainda estão em uso, ou são bastante do sobremaneira o trabalho do arquivista. Os documentos são classificados
consultados, daqueles que perderam sua utilidade prática, mas não seu por seu valor em: permanentes - vitais, permanentes e temporários.
valor. • Permanentes - vitais: são documentos que devem ser conservados
A transferência pretende: indefinidamente, pois possuem importância vital para a empresa, isto é,
• liberar o arquivo de papéis sem utilidade prática atual; sem eles a empresa não tem condições de funcionar. Citam-se, entre
• manter espaço disponível e de fácil manuseio nos arquivos em uso ou outros: contratos; escrituras; estatutos; livros de atas; livros de registros
ativos; de ações; cartas - patentes; fórmulas (químicas); procurações.
• facilitar o trabalho de arquivar, localizar e consultar documentos nos • Permanentes: são documentos que devem ser guardados indefinida-
arquivos; mente, porém não têm importância vital. Como exemplo, podem-se re-
• manter o arquivo em bom estado de conservação, aumentando sua lacionar: rela tórios anuais; registros de empregados; livros e registros
vida útil; e contábeis; recibos de impostos e taxas; avaliações; e outros.
• reduzir ou eliminar despesas desnecessárias com novos equipamen-
tos. • Temporários: são documentos que têm valor temporário de um, dois,
Portanto, as transferências de documentos devem ser cuidadosas e cri- cinco ou mais anos. Recomenda-se a confecção de um quadro ou ta-
teriosamente estudadas e planejadas, considerando as diferenças não bela, com anotação da vigência do documento que, naturalmente, se-
apenas quanto à frequência do uso ou da consulta, mas também quanto a guirá critérios determinados pela própria empresa. Assim, são temporá-
seu valor. rios: recibos; faturas; notas fiscais; contas a receber e a pagar; extratos
bancários; apólices de seguro; folhetos; correspondência; memorandos
Tipos de arquivo e outros.
No que se refere à frequência do uso ou consulta, existem três tipos de Os documentos considerados vitais para a empresa, além de serem
arquivos: arquivo ativo, arquivo inativo e arquivo morto. conservados indefinidamente, devem merecer cuidados especiais, notada-
mente de proteção contra incêndios, inundações, furtos, desabamentos e
Arquivo ativo: mantém arquivados os documentos e papéis de uso,
outros eventos. A perda ou destruição de tais documentos pode, em casos
consulta e referência constantes e atuais, ou que se encontram em fase de
extremos, significar até o fracasso total de uma empresa. Existem algumas
conclusão.
formas de proteger esses documentos:
Arquivo inativo: guarda documentos e papéis que oferecem menor
• Utilização de cofres a prova de fogo.
frequência de uso, consulta ou referência.
• Preparação de cópias adicionais dos documentos e envio delas a
Arquivo morto: armazena documentos de frequência de uso, consulta
outros lugares para guarda, como cofres de bancos, cofres de filiais da
ou referência quase nulas. No entanto, não se deve considerar este arquivo
empresa, ou escritórios de advogados.
como um “depósito de lixo”, mesmo porque os documentos definidos como
inúteis ou imprestáveis devem ser destruídos. O arquivo morto precisa, • Microfilmagem de todos os documentos vitais e conservação dos
inclusive, ser organizado dentro das mesmas técnicas e regras que preva- microfilmes em local seguro.
lecem para o arquivo ativo, pois muitas vezes serão necessárias a imediata
localização e a consulta a papéis em desuso. A conservação e a proteção desses documentos devem ser acompa-
nhadas de um registro que especifique o modo, a data e o local para onde
Uma empresa que tenha, por exemplo, 50 anos de existência deverá foram encaminhados, de forma que possam ser localizados imediatamente.
manter em seu arquivo morto o registro de todos seus antigos empregados,
mesmo que entre eles existam alguns já aposentados ou falecidos. A
destruição desses registros só será possível ou permitida no caso de se CENTRALIZAÇÃO OU DESCENTRALIZAÇÃO?
proceder a uma completa microfilmagem.
Trata-se de uma questão muito comum, principalmente nas grandes
Destaque-se que se deve fazer anotação dos documentos transferidos empresas. A centralização dos arquivos proporciona vantagens, mas exis-
e, no caso de destruição, registro da data em que ocorreu a destruição e tem desvantagens que naturalmente devem ser conhecidas antes de se
referência ao conteúdo deles. tomar uma decisão sobre o assunto. As principais vantagens da centraliza-
ção são as seguintes:
Atualização de arquivo
• Eficiência: devido à centralização, tende-se a manter um especialista
Existem três tipos de transferências de documentos ou papéis de um em arquivística, o que sem dúvida melhora a eficiência e a rapidez do
arquivo para outro: transferências periódicas, transferências permanentes e trabalho em todas suas etapas.
transferências diárias:
• Responsabilidade: o cuidado e a proteção de documentos melhora
• Transferências periódicas: as transferências são efetuadas em muito, pois a responsabilidade se encontra nas mãos de um especialis-
intervalos predeterminados, para os arquivos inativos ou mortos, de- ta.
pendendo da frequência de uso.
• Transferências permanentes: são transferências realizadas em • Economia: é grande a economia de equipamento; de pessoal; de
intervalos irregulares, sem qualquer planejamento. Normalmente, acon- tempo gasto no arquivamento; na localização e na preparação de có-
tecem quando o acúmulo de papéis no arquivo ativo é tão grande que pias adicionais ou referências.
chega a atrapalhar o bom andamento do serviço. A transferência, en- • Uniformidade: proporciona certa padronização ao sistema e métodos
tão, irá acarretar grande perda de tempo, já que o arquivo inteiro terá de arquivamento, o que não acontecerá se houver inúmeros arquivos
de ser analisado. departamentais.
• Transferências diárias: são as mais recomendáveis, porque mantêm • Concentração: os documentos são concentrados por assuntos, ofere-
em ordem os arquivos ativos. O trabalho poderá ser grandemente facili-
cendo ao consulente visão global. Na descentralização, os mesmos
tado se do documento já arquivado constar sua validade ou vencimen-
assuntos tendem a ficar espalhados pelos diversos arquivos.
to, ou marcação indicando a data da transferência. Dessa forma, as
transferências podem ser feitas no mesmo instante em que se arquiva • Utilização: amplia o uso do equipamento e, consequentemente, alonga
ou se consulta um documento qualquer. sua vida útil.

Conhecimentos Específicos 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Há algumas desvantagens na centralização, que precisam ser aponta- tempo, mesmo depois que cessam de ser do uso corrente e porque terão
das: valores importantes para outros usuários que não os atuais. (HSCHELLEN-
BERG, 1984, p.58)
• Consulta dificultada: necessidade de locomoção até o centro de arqui-
vos; tal fato não ocorre com a descentralização, em que o arquivo do Princípios Fundamentais da Avaliação Arquivística
departamento se encontra à mão.
a) a função avaliação arquivística visa, essencialmente, à composição
• Acúmulo de pessoas: poderá acontecer o acúmulo de pessoas no de um patrimônio documental;
local onde estão colocados os arquivos, o que dificulta a consulta e tu- b) seu mérito está no fato de permitir preparar material documental ne-
multua o trabalho do arquivista. cessário para a pesquisa histórica;
• Perda de tempo: muito tempo perdido na locomoção até o arquivo c) a avaliação é um processo de determinação de valor assegurado pelo
central e espera para poder iniciar a consulta, principalmente se houver arquivista. Este processo deve ser formal, sistemático e claramente definido;
muitas pessoas no local.
d) como conceito central relativo à função avaliação, o valor dos docu-
• Espaço: necessidade de mais espaço para incluir todos os arquivos, mentos deve ser claramente definido, justificável e, sobretudo, contemporâ-
além de mesas e cadeiras para as diversas consultas. neo à época ou ao período de sua criação. Neste sentido, Booms (1987, p.
104) acrescenta: “Construindo uma tabela conceitual histórica, que servirá
• Dificuldade no sigilo: os arquivos ficam muito abertos à consulta de modelo à herança documental, os arquivistas não devem seguir os con-
generalizada, dificultando a manutenção do sigilo, tão necessário à vi- ceitos de valor de acordo com a sua própria época, mas antes, de acordo
da da empresa. com o valor que governa a época na qual o material foi criado.";
• Dispersão: a pasta em que está classificado um documento, no mo- e) os julgamentos do arquivista devem ser formulados a partir do con-
mento de uma consulta, pode estar com outro consulente, em outro texto social. Este princípio, entretanto, supõe também que os documentos,
departamento. como tais, não tenham valor intrínseco. Este valor é atribuído após a avalia-
As soluções variam de empresa para empresa; o mais comum, entre- ção feita pelo arquivista. É importante salientar a esse respeito, porém, que
tanto, é a opção pelo sistema misto, ou seja, centralização parcial. Em o arquivista é chamado a ouvir a opinião de especialistas para deduzir os
princípio, os documentos vão para o arquivo central; entretanto; documen- valores dominantes que regem tais documentos. Consequentemente, esse
tos específicos que só interessam a certos departamentos ficam nos arqui- profissional deve ter uma visão global sobre o desenvolvimento social e as
vos desses departamentos. Assim, por exemplo, devem ser arquivados no diferentes mudanças ocorrentes na sociedade. Em outros termos, a missão
próprio departamento de vendas a relação de representantes ou clientes, de identificação do valor dos documentos de arquivos que o arquivista é
seus pedidos, reclamações, correspondência de modo geral. chamado a assegurar decorre, de acordo com Booms (1987), da realidade
social e dos valores contemporâneos ao documento. (Fon-
Outro caminho a seguir é o que procura basicamente centralizar o con- te:http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/viewFile/7199/6646)
trole e não o arquivo. Um especialista organiza um arquivo central, onde
deverão ser guardados os documentos de interesse geral, inclusive aqueles
que são vitais e/ou sigilosos, naturalmente tomando-se todas as precau- TIPOLOGIAS DOCUMENTAIS E SUPORTES FÍSICOS.
ções. Em seguida, ele deverá planejar os diversos arquivos localizados nos MICROFILMAGEM. AUTOMAÇÃO. PRESERVAÇÃO,
vários departamentos. O conhecimento da empresa e de seu organograma CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE DOCUMENTOS.
é fundamental nessa etapa. Seu trabalho, além da administração do arqui-
vo central, pressupõe a classificação e a distribuição diária de documentos MICROFILMAGEM
aos diversos departamentos.
Observa-se na época atual excessivo aumento do número de docu-
Realmente, trata-se de um assunto de solução não muito fácil, já que mentos. De um lado, devido à expansão da administração pública em todos
existem vantagens e desvantagens em todos os métodos. O importante é os setores e em todos os níveis: federal, estadual e municipal; de outro,
que a empresa decida pelo que for mais adequado a suas condições, graças ao desenvolvimento das atividades empresariais e ao rápido avanço
necessidades e objetivos a curto, médio e longo prazos. da tecnologia, em todos os setores da economia.
AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS É crescente a indagação de como e quando se deve proceder para re-
duzir e racionalizar a produção de documentos e, por consequência, seu
O processo de avaliação de documentos de arquivo é feito através de arquivamento e conservação. O microfilme surgiu como uma das principais
pré-requisitos estabelecidos, com análise e seleção de documentos, indi- respostas a essa questão.
cando com precisão o prazo de guarda nas fases corrente, intermediária e
permanente, com identificação de seus valores primário e secundário, de- O microfilme é um processo de reprodução fotográfica reduzida, che-
vendo ser executado por uma equipe técnica, composta por profissionais de gando a quase 95% do documento original. São várias as vantagens obti-
diversas áreas, como: arquivistas, historiadores, pesquisadores, profissio- das na microfilmagem de documentos que devem ser transferidos do
nais das unidades organizacionais as quais os documentos serão avaliados, arquivo ativo para o inativo, já que dificilmente o microfilme será utilizado
economistas e etc. para arquivos ativos. As vantagens são:
"A avaliação consiste fundamentalmente em identificar valores e definir • Economia: os ganhos em espaço, peso e tamanho dos arquivos
prazos de guarda para os documentos de arquivo, independentemente de chegam a mais de 80% em muitos casos.
seu suporte ser o papel, o filme, a fita magnética, o disquete, o disco ótico ou • Redução do volume: é muito grande a redução do volume de papéis e
qualquer outro. A avaliação deverá ser realizada no momento da produção, documentos, o que proporciona economia de tempo e mão-de-obra.
paralelamente ao trabalho de classificação, para evitar a acumulação desor- • Segurança: os microfilmes protegem e conservam os documentos
denada, segundo critérios temáticos, numéricos ou cronológicos." (Fon- vitais da empresa ou órgão público, dos riscos de eventos, como in-
te: http://arquivologia.multiply.com/journal/item/14) cêndio, inundação ou furto, pois, além de representarem cópias adicio-
Schellenberg (1956, 1965) desenvolveu toda uma teoria de valor, pela nais desses documentos, são facilmente guardados em cofres especi-
qual se tornou conhecido, de acordo com Cook (1997), como o pai da avali- ais. -
ação arquivística. Essa teoria propõe dois tipos de valores aplicáveis ao • Durabilidade: o microfilme reveste-se de grande durabilidade, atingin-
contexto dos arquivos: valor primário e valor secundário. do até 150 anos.
Os valores inerentes aos registros públicos modernos são de dois tipos: • Reprodução: a microfilmagem oferece condições de reprodução
valor primário para a gestão de criação e valor secundário para outras ilimitada, além de fidelidade, exatidão perfeita dos documentos repro-
instâncias e utilizadores. Os documentos públicos são gerados para realizar duzidos.
as finalidades para as quais um organismo foi criado: administrativo, fiscal, • Custo: embora e microfilme possa assustar pelo custo elevado, é
legal e operacional. Os documentos públicos são preservados em uma preciso levar em consideração a economia que proporciona com a re-
instituição arquivística definida, porque têm um valor que existirá por longo
Conhecimentos Específicos 8 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dução do espaço, de equipamento e de pessoal necessário para a ma- • as possibilidades de perda de documentos são bastante reduzidas.
nutenção de arquivos convencionais, especialmente nas grandes em-
presas. As desvantagens são:
• Consulta: a consulta a documentos é imediata e mais fácil, agilizando • ocupa muito espaço;
em muito o serviço. Verifique-se, por exemplo, a microfilmagem de
• há necessidade de retirar todos os documentos para arquivar ou reti-
cheques compensados.
rar um documento;
As técnicas modernas de microfilmagem evoluíram muito nos últimos • a consulta é demorada;
anos; entretanto, a escolha do produtor dos microfilmes deve ser feita de • a consulta exige o deslocamento de outros documentos.
modo que garanta a qualidade e a durabilidade deles.
A decisão de utilizar a microfilmagem na empresa também pode ser 2.Vertical: os documentos permanecem no interior do móvel arquiva-
auxiliada pela ocorrência de um ou mais dos seguintes fatos: dor em posição vertical. São dois os tipos nesse sistema:
• necessidade de entregar ou devolver às pessoas os originais dos • Frontal. Os documentos são colocados uns atrás dos outros, com a
documentos; frente voltada para o arquivista.
• necessidade de conservar os documentos por mais de cinco anos; • Lateral. Os documentos são colocados uns ao lado dos outros, com
a lateral voltada para o arquivista.
• necessidade de conservar os documentos por tempo indeterminado ou
permanentemente; Atualmente, com o desenvolvimento da tecnologia e as exigências do
mercado, as pastas ficam suspensas nos arquivos verticais, por meio de
• necessidade de proteger os documentos dos riscos de incêndio, inun-
braços metálicos apoiados em suportes especiais.
dação ou furto.
São vantagens do sistema:
Em princípio, a organização de um arquivo de microfilmes deve seguir • custo mais baixo;
o sistema e o método empregados nos arquivos de documentos; o arquivo
• fácil manuseio;
deve vir acompanhado de índices que facilitem a pronta localização, bem
como deve existir na empresa aparelho próprio para a leitura dos microfil- • fácil conservação;
mes. • fácil atualização do material arquivado;
• possibilidade de arquivar muitos documentos em pequeno espaço;
É muito importante, também, considerar o aspecto legal da microfilma-
gem. A legislação brasileira determina a guarda de originais por tempo • consulta rápida e sem necessidade de deslocar outros documentos.
determinado ou mesmo indefinidamente. A reprodução de um microfilme no São desvantagens do sistema:
formato do documento exige, para sua validade, que seja autenticado em • necessidade de retirar o documento para fazer anotações;
cartório e à vista do documento original. • iluminação deficiente;
Portanto, a microfilmagem não deve ser entendida apenas como subs- • pouca visibilidade dos documentos no interior do arquivo.
tituidora de documentos originais. Antes de mais nada, é preciso encarar o
microfilme como cópia adicional de documento cuja utilidade para a empre- 3.Rotativo: os documentos são colocados de modo que possam girar
sa tenha sido estudada e comprovada. em torno de um eixo vertical ou horizontal. O sistema é muito empregado
EQUIPAMENTOS em atividades que requerem grande quantidade de consultas e necessida-
de de informações rápidas.
Entende-se por equipamento o móvel utilizado para arquivamento. O Fichários
conhecimento dos sistemas de equipamento, de suas vantagens e desvan-
São caixas de diversos tamanhos que guardam fichas ou cartões, po-
tagens, irá facilitar em muito o serviço do arquivista. Denomina-se sistema
dendo ser de madeira, de aço, de material plástico ou de acríLico. São
de equipamento a maneira como os documentos são colocados no móvel
largamente utilizados e servem a muitas finalidades: índices, informações,
arquivador. São três os sistemas de equipamento:
endereços, relação de clientes, representantes, fornecedores e outras.
1. Horizontal: os documentos ficam uns sobre os outros, em posição O equipamento deve satisfazer às necessidades da empresa e dos
horizontal dentro do móvel arquivador. E um sistema antigo, mas que ainda serviços a que se destina. Alguns requisitos são:
é utilizado em algumas repartições públicas, que amarram ou colocam os • adequação às necessidades do serviço;
documentos em pacotes. Também pertencem ao sistema horizontal as
• obtenção de maior economia de espaço;
mapotecas, muito utilizadas, e os fichários tipo kardex, Securit, muito co-
nhecidos e empregados com bastante sucesso em inúmeras empresas. • facilidade de acesso;
• possibilidade de expansão;
• resistência e durabilidade;
• garantia de segurança e conservação de documentos;
• aparência e funcionalidade.
Há inúmeros tipos e modelos de equipamentos que podem ser utiliza-
dos pelos três sistemas: horizontal, vertical e rotativo. A escolha de um dos
sistemas, assim como do equipamento propriamente dito, deve seguir os
critérios apontados e outros que são considerados essenciais pela empresa
ou órgão público e que prevalecem numa boa administração.
1. Cadeado.
2. Suporte regulável.
3. Índice alfabético.
4. Estrutura.
5. Dispositivo antiimpacto.
Móvel “Securit” para arquivo horizontal de mapas, plantas, heliografias 6. Pés antiderrapantes.
e mapotecas
ACESSÓRIOS
As vantagens do sistema são as seguintes:
Acessórios são materiais que visam auxiliar o equipamento. A correta e
• a iluminação é direta;
eficiente utilização dos mesmos criará condições favoráveis para o anda-
• as anotações podem ser efetuadas no mesmo local; mento do serviço.

Conhecimentos Específicos 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A escolha acertada dos acessórios está diretamente ligada ao sistema O principal, antes de tudo, é compreender o verdadeiro potencial que o
e método de classificação e arquivamento empregados, assim como ao arquivo representa, considerando-se que é a memória viva da empresa.
conhecimento dos tipos e modelos existentes no mercado.
Para ser eficaz, o sistema necessita de métodos que indiquem a ma-
Os principais acessórios são: pastas; guias; projeções; tiras de inser- neira de proceder, isto é, o que se deve fazer para alcançar o fim desejado.
ção e notações. Os métodos de arquivamento serão analisados mais adiante.
1. Pastas: são pedaços de cartolina dobrada, que formam uma aresta SISTEMA DE ARQUIVAMENTO EM ÓRGÃOS PÚBLICOS
comum chamada vinco. As pastas servem para agrupar e proteger os
documentos comuns a um assunto e, normalmente, têm dimensões padro- A administração de documentos oficiais pressupõe a existência de um
nizadas. Com relação ao vinco, as pastas podem ser normais ou sanfona- sistema de arquivamento. O conceito de sistema também é válido para os
das, para permitir o maior acúmulo de documentos; algumas possuem órgãos da administração pública, e as três espécies, direto, indireto e semi-
divisões internas. No que se refere à projeção, ela poderá ou não constar indireto, serão empregadas conforme os critérios estabelecidos previamente.
da pasta. As pastas suspensas, largamente usadas nos equipamentos Nas instituições públicas, predomina um modelo de sistema de organiza-
modernos, são semelhantes às convencionais, apenas com a particularida- ção de arquivos em que o documento público é controlado desde sua produ-
de de possuírem dois braços metálicos ou outro material que se apoia nos ção. É conhecido como a “teoria das três idades”, concepção moderna de
suportes laterais do arquivo. arquivística, em que se distinguem três etapas quanto aos documentos:
2. Guias: são pedaços de cartolinas do tamanho das pastas ou mesmo • Corrente: os documentos circulam pelos canais decisórios, bus-
menores, com uma saliência na parte superior, chamada projeção. As guias cando solução ou resposta. São os arquivos correntes.
servem para dividir as pastas ou documentos em grupos. As guias, quanto
à projeção, podem ter, ou não, encaixes para as tiras de inserção. Nas • Temporária: os documentos apresentam interesse e são objeto de
guias, as projeções podem vir em posição central, em diferentes posições consultas, embora os assuntos neles contidos já tenham sido solu-
ou, então, formando um jogo de, por exemplo, duas, três, quatro, cinco ou cionados ou as respostas, obtidas. São os arquivos temporários.
mais posições. A diferença das posições possibilita ao arquivista ampla • Permanente: os documentos passam a ter valor cultural e científi-
visibilidade, o que facilita o arquivamento ou a localização de documentos. co. São os arquivos permanentes ou históricos.
3.Projeções: são saliências colocadas na parte superior das pastas ou A criação do arquivo temporário, por exemplo, segunda etapa do sis-
das guias que recebem as anotações ou dizeres pertinentes. Servem para tema, foi um grande avanço e tomou-se peça fundamental dentro do siste-
ajudar o arquivista a localizar os assuntos no arquivo. As projeções podem ma de arquivamento da administração pública. São inúmeras as vantagens
ser de papelão, de material plástico ou de aço. Além disso, podem ser fixas conseguidas: obtenção de mais espaços físicos pela retirada de documen-
ou adaptáveis. Essas últimas não fazem parte das pastas ou das guias e tos dos arquivos correntes; redução ao essencial da quantidade de docu-
podem ser colocadas posteriormente. mentos nos arquivos correntes; redução de pessoal e consequente econo-
4. Tiras de inserção: papeletas ou rótulos que, após receberem os di- mia de custos; controle de quantidade e da qualidade dos documentos;
zeres ou inscrições correspondentes, deverão ser inseridas nas projeções melhor manutenção, uso e supervisão dos arquivos; e melhor critério de
das pastas ou das guias. Servem para indicar a finalidade da pasta ou da preservação, controle e eliminação de documentos.
guia. Um sistema de arquivos moderno e bem organizado terá todas as con-
5. Notações: são os dizeres, as inscrições registradas nas tiras de in- dições para oferecer subsídios a planos e decisões da administração públi-
serção e em seguida inseridas nas pastas ou guias. ca, seja mostrando as relações e planejamento do passado, seja evitando
duplicidade antieconômica de velhas iniciativas.
É fato conhecido que um dos fatores para a excelência dos arquivos
reside na combinação harmoniosa e funcional dos sistemas e métodos de Verifica-se, atualmente, enorme empenho dos órgãos do governo em
classificação e arquivamento, e dos equipamentos e acessórios. desenvolver sistemas de informações altamente sofisticados, em que a
informática assumiu posição de grande relevância.
SISTEMAS E MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO
A opinião de que os arquivos são simples depósitos de papéis ou do-
cumentos velhos e inúteis, arquivados por mera tradição, apoia-se no fato MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO
de que a maioria dos arquivos é mal organizada, mal administrada e, por- Modernamente, o arquivo de informações tornou-se uma atividade que
tanto, dificulta a localização imediata das informações desejadas. Mera pode ser realizada eletronicamente através de computadores. A tarefa da
opinião, pois, em verdade, um arquivo moderno, bem estruturado, é um secretária, neste caso, consiste em registrar as informações em programas
centro atuante de informações, um instrumento de controle para a atividade previa-mente estabelecidos. A empresa contrata um especialista em pro-
administrativa, que auxilia na correta tomada de decisão. gramação (ou já dispõe dele em seu quadro de empregados), que deverá
Entretanto, para que isso aconteça, é necessário que se decida sobre o preparar um programa segundo as necessidades da secretária. Enganam-
sistema de arquivamento que melhor se ajuste a determinada empresa. se os que acreditam que o uso do computador dispensa o estudo dos
métodos tradicionais de classificação de informações. O programador
Sistema é um conjunto de princípios interligados, que orienta o que se apenas executará um programa depois de ouvir a secretária sobre as reais
deve fazer para atingir um fim específico. São três os sistemas de arquiva- necessidades do departamento. Assim sendo, ela deve conhecer os varia-
mento: direto, indireto e semi-indireto. dos métodos de classificação para propor soluções apropriadas. Acrescen-
• Direto: o arquivo pode ser consultado diretamente, sem necessi- te-se que o estudo dos métodos aqui expostos permite a aquisição de
técnicas de classificação e simplificação de tarefas. Deixar de aprendê-los é
dade de recorrer a um índice. Neste sistema, inclui-se, principal-
mente, o método alfabético de arquivamento e suas variações. prejudicial até mesmo para o domínio de um pensamento claro e bem
estruturado. Além disso, a secretária manipula informações escritas (docu-
• Indireto: o arquivo, neste caso, depende de um índice para ser mentos), internas e externas, que ela precisa arquivar.
consultado. O sistema inclui, em especial, o método numérico de
Havendo um sistema de arquivamento já definido, a empresa ou órgão
arquivamento e suas variações.
público deverá decidir qual método de arquivamento irá empregar. O méto-
• Semi-indireto: o arquivo pode ser consultado sem o auxílio de ín- do estabelece o que é preciso fazer para alcançar o fim desejado pelo
dices, mas com a utilização de tabelas em forma de cartão. Neste sistema de arquivamento.
sistema, encontra-se, por exemplo, o método automático, varieda- Um plano previamente estabelecido para a colocação e guarda de do-
de do método alfanumérico. cumentos facilita a pesquisa, a coleta de dados, a busca de informações e
A opção por um dos sistemas está intimamente ligada à empresa, a proporciona uma correta tomada de decisão.
seu campo de atividade, porte e objetivos de curto, médio ou longo prazos.

Conhecimentos Específicos 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os diversos métodos de arquivamento, que através dos anos foram cumpra a sua função na instituição. Para que este problema inicial seja
desenvolvidos em todas as partes do mundo, podem ser utilizados tanto resolvido, a implantação de um sistema de base de dados, de preferência
nas empresas como nos órgãos governamentais. Todos são bons e apre- simples e descentralizado, permitindo que, tão logo cheguem às institui-
sentam vantagens e desvantagens. O importante é que a decisão quanto ções, os documentos fossem registrados, pelas devidas pessoas, no seu
ao método leve em consideração o tamanho, a estrutura organizacional e próprio setor de trabalho seria uma ótima alternativa. Tal ação diminuiria o
os objetivos da empresa ou do órgão público; as pessoas normalmente montante de documentos que chegam as instituições, cumprem suas
envolvidas; os serviços prestados; as informações comumente solicitadas; funções, mas sequer tiveram sua tramitação ou destinação registrada.
e os tipos de documento que devem ser arquivados.
Algumas rotinas devem ser adotadas no registro documental, afim de
São três os principais métodos de arquivamento: alfabético, numérico e que não se perca o controle, bem como surjam problemas que facilmente
alfanumérico. poderiam ser evitados (como o preenchimento do campo Assunto, de muita
Esses métodos, por sua vez, formam a base a partir da qual se criaram importância, mas que na maioria das vezes é feito de forma errônea).
vários outros. Dentre as recomendações de recebimento e registro (SENAC. D. N.
Técnicas de arquivo e protocolo).
Métodos de arquivamento:
Receber as correspondências, separando as de caráter oficial da de
• Método alfabético: caráter particular, distribuindo as de caráter particular a seus destinatários.
—específico ou por assunto; Após essa etapa, os documentos devem seguir seu curso, a fim de
—geográfico; cumprirem suas funções. Para que isto ocorra, devem ser distribuídos e
classificados da forma correta, ou seja, chegar ao seu destinatário Para
—mnemônico;
isto, recomenda-se (SENAC. D. N. Técnicas de arquivo e protocolo.
—variadex.
Separar as correspondências de caráter ostensivo das de caráter sigi-
• Método numérico: loso, encaminhado as de caráter sigiloso aos seus respectivos destinatá-
—simples; rios;
—dúplex. Tomar conhecimento das correspondências de caráter ostensivos por
meio da leitura, requisitando a existência de antecedentes, se existirem;
• Método alfanumérico:
Classificar o documento de acordo com o método da instituição; carim-
—decimal; bando-o em seguida;
—automático;
Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao protocolo.
—automático moderno.
Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando a segunda via
Protocolo
da ficha ao documento;
É o registro das deliberações ou das atas de um congresso ou confe-
rência diplomática. Por protocolo também se entende o livro em que os Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora com os dados
escrivães do juízo registram o que se passa na audiência e que no fim das fichas de protocolo;
desta é assinado pelo juiz.
De modo geral, significa o livro onde se registram, em ordem, os docu- Arquivar as fichas de protocolo.
mentos apresentados numa repartição ou, então, os fatos e as decisões A tramitação de um documento dentro de uma instituição depende di-
ocorridos numa assembleia ou audiência. A principal função do protocolo é retamente se as etapas anteriores foram feitas da forma correta. Se feitas,
autenticar a entrega de um documento, ou evidenciar a decisão ou o fato fica mais fácil, com o auxílio do protocolo, saber sua exata localização, seus
que deve ser registrado. Em linguagem diplomática, significa a própria dados principais, como data de entrada, setores por que já passou, enfim,
deliberação ou resolução que foi registrada na ata da reunião respectiva e acompanhar o desenrolar de suas funções dentro da instituição. Isso agiliza
que acarretou uma espécie de convenção entre os participantes da assem- as ações dentro da instituição, acelerando assim, processos que anterior-
bleia ou congresso. mente encontravam dificuldades, como a não localização de documentos,
Protocolo é a denominação geralmente atribuída a setores encarrega- não se podendo assim, usá-los no sentido de valor probatório, por exemplo.
dos do recebimento, registro, distribuição e movimentação dos documentos Após cumprirem suas respectivas funções, os documentos devem ter
em curso; denominação atribuída ao próprio número de registro dado ao seu destino decidido, seja este a sua eliminação ou recolhimento. É nesta
documento; Livro de registro de documentos recebidos e/ou expedidos. etapa que a expedição de documentos torna-se importante, pois por meio
É de conhecimento comum o grande avanço que a humanidade teve dela, fica mais fácil fazer uma avaliação do documento, podendo-se assim
nos últimos anos. Dentre tais avanços, incluem-se as áreas que vão desde decidir de uma forma mais confiável, o destino do documento. Dentre as
a política até a tecnológica. Tais avanços contribuíram para o aumento da recomendações com relação a expedição de documentos, destacam-se:
produção de documentos. Cabe ressaltar que tal aumento teve sua impor- Receber a correspondência, verificando a falta de anexos e completan-
tância para a área da arquivística, no sentido de ter despertado nas pesso- do dados;
as a importância dos arquivos. Entretanto, seja por descaso ou mesmo por
falta de conhecimento, a acumulação de massas documentais desnecessá- Separar as cópias, expedindo o original;
rias foi um problema que foi surgindo. Essas massas acabam por inviabili- Encaminhar as cópias ao Arquivo.
zar que os arquivos cumpram suas funções fundamentais. Para tentar
sanar esse e outros problemas, que é recomendável o uso de um sistema É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não valem como re-
de protocolo. gras, visto que cada instituição possui suas tipologias documentais, seus
métodos de classificação, enfim, surgem situações diversas. Servem ape-
Dentre os cinco setores distintos das atividades dos arquivos correntes nas como exemplos para a elaboração de rotinas em cada instituição.
(Protocolo, Expedição, Arquivamento, Empréstimo e Consulta, Destinação)
vamos dar atenção especial ao Protocolo. É sabido que durante a sua Após a discussão das vantagens de implantação de um sistema de
tramitação, os arquivos correntes podem exercer funções de protocolo protocolo, cabe avaliar as desvantagens do uso deste sistema, se feito de
(recebimento, registro, distribuição, movimentação e expedição de docu- forma errônea. Num primeiro momento, deve-se pensar num sistema
mentos), daí a denominação comum de alguns órgãos como Protocolo e simples de inserção de dados, que venha a atender as necessidades da
Arquivo. E é neste ponto que os problemas têm seu início. Geralmente, as empresa. Contudo, é essencial que as pessoas que trabalham diretamente
pessoas que lidam com o recebimento de documentos não sabem, ou com o recebimento e registro de documentos, recebam um treinamento
mesmo não foram orientadas sobre como proceder para o documento adequado, para que possam executar essa tarefa da forma correta, visto

Conhecimentos Específicos 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
que, se feita da forma errada, todo o trâmite do documento pode ser com- Luminosidade - a luz é um dos fatores mais agravantes no processo de
prometido. Deve-se esquecer a ideia de que basta inserir dados e números degradação dos materiais bibliográficos.
num sistema, que todos os problemas serão resolvidos. A própria conscien- Temperatura - o papel se deteriora com o tempo mesmo que as condi-
tização dos funcionários, no sentido de que, se organizados e devidamente ções de conservação sejam boas. O papel fica com sua cor original altera-
registrados, as tarefas que necessitam do uso de documentos se tornarão da e se torna frágil e isto se chama envelhecimento natural.
mais fáceis para todos que venham a executá-las., proporcionado assim um
melhor rendimento de todo o pessoal. Portanto, fica claro que o protocolo Umidade - o excesso de umidade estraga muito mais o papel que a de-
ficiência de água
pode ser uma saída para os problemas mais comuns de tramitação docu-
mental, desde que utilizado da forma correta. Do contrário, a implantação 2. QUÍMICOS
deste sistema pode ocasionar outros problemas, talvez de cunho ainda
maior. Acidez do Papel - Os papéis brasileiros apresentam um índice de aci-
dez elevado (pH 5 em média) e portanto uma permanência duvidosa.
AVALIAÇÃO E GESTÃO DE DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES Somemos ao elevado índice de acidez, o efeito das altas temperaturas
O termo “gestão de documentos” ou “administração de documentos” é predominante nos países tropicais e subtropicais e uma variação da umida-
uma tradução do termo inglês “records management”. O primeiro é originá- de relativa, teremos um quadro bastante desfavorável na conservação de
rio da expressão franco-canadense gestion de documents e o segundo é documentos em papel. Dentre as causas de degradação do papel, pode-
uma versão iberoamericana do conceito inglês. Entre essas duas variantes, mos citar as de origem intrínseca e as de origem extrínsecas.
o primeiro parece ser o mais difundido entre nós.
Poluição Atmosférica - A celulose é atacada pelos ácidos, ainda que
O Dicionário de Terminologia Arquivística editado pelo Conselho In- nas condições de conservação mais favoráveis. A poluição atmosférica é
ternacional de Arquivos em 1984 define gestão de documentos como um uma das principais causas da degradação química.
aspecto da administração geral relacionado com a busca de economia e
eficácia na produção, manutenção, uso e destinação final dos documentos. Tintas - a tinta é um dos compostos mais importantes na documenta-
O Dicionário de Terminologia Arquivística, publicado em São Paulo ção. Foi e é usada para escrever em papéis, pergaminhos e materiais
em 1990 e reeditado em 1996, conceitua gestão de documentos como um similares, desde que o homem sentiu necessidade de registrar seu avanço
“conjunto de medidas e rotinas visando a racionalização e eficiência na técnico e cultural, e é ainda indispensável para a criação de registros e para
criação, tramitação, classificação, uso primário e avaliação de arquivos”. atividades relacionadas aos interesses de vida diária.

No âmbito da legislação federal, “considera-se gestão de documentos o 3. BIOLÓGICOS


conjunto de procedimentos e operações referentes à sua produção, trami- Insetos - o ataque de insetos tem provocado graves danos a arquivos
tação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, e bibliotecas, destruindo coleções e documentos preciosos. Os principais
visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente” . insetos são:
CONCEITO DE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO Anobiídeos (brocas ou carunchos)
Thysanura (traça)
Dentro de uma biblioteca, arquivo ou museu duas seções devem ser Blatta orientalis (barata)
enfocadas: a de conservação e a de restauração. Fungos - atuam decompondo a celulose, grande parte deles produzem
1 - Conservação - é um conceito amplo e pode ser pensado como pigmentos que mancham o papel.
termo que abrange pelo menos três (3) ideias: preservação, proteção e Roedores - A luta contra ratos é mais difícil que a prevenção contra os
manutenção. insetos. Eles podem provocar desgastes de até 20% do total do documento.
Conservar bens culturais (livros, documentos, objetos de arte, etc) é 4. AMBIENTAIS
defendê-lo da ação dos agentes físicos, químicos e biológicos que os
atacam. Ventilação - é um outro fator a considerar como elemento que favorece
o desenvolvimento dos agentes biológicos, quando há pouca aeração.
O principal objetivo portanto da conservação é o de estender a vida útil
dos materiais, dando aos mesmos o tratamento correto. Para isso é neces- Poeira - um outro fator que pode favorecer o desenvolvimento dos
sário permanente fiscalização das condições ambientais, manuseio e agentes biológicos sobre os materiais gráficos, é a presença de pó.
armazenamento. 5. HUMANOS
A preservação ocupa-se diretamente com o patrimônio cultural consistindo
na conservação desses patrimônios em seus estados atuais. Por isso, O Homem, ao lado dos insetos e microrganismos é um outro inimigo
devem ser impedidos quaisquer danos e destruição causadas pela umida- dos livros e documentos, embora devêssemos imaginar que ele seria ser o
de, por agentes químicos e por todos os tipos de pragas e de microorga- mais cuidadoso guardião dos mesmos.
nismo. A manutenção, a limpeza periódica é a base da prevenção.
2 - Conservação Preventiva (Restauração) - tem por objetivo revitali- GESTÃO DOCUMENTAL
zar a concepção original, ou seja, a legibilidade do objeto. A restauração é
uma atividade que exige dos profissionais grande habilidade, paciência, A gestão documental ou gestão de documentos é um ramo da
amor à arte, pois nesta seção se praticam verdadeiras intervenções cirúrgi- arquivística responsável pela administração de documentos nas fases
cas com os bens culturais, "a restauração é quase uma neurose da perfei- corrente e intermediária (primeira e segunda idade).
ção, em que o mais ou menos não existe" como disse certa vez a restaura- Em termos informáticos, a Gestão Documental é uma solução de
dora Marilka Mendes. arquivo, organização e consulta de documentos em formato eletrônico onde
Em uma restauração nenhum fator pode ser negligenciado, é preciso existe toda a informação de natureza documental trocada entre os
levantar a história, revelar a tecnologia empregada na fabricação ou a utilizadores da aplicação. Esta solução permite a colaboração numa
técnica de impressão utilizada e traçar um plano de acondicionamento do organização através da partilha de documentos, beneficia e facilita os
objeto restaurado de modo que não volte a sofrer efeitos de deterioração do processos de negócio de uma empresa. A Gestão Documental integrada
futuro. com outras soluções, como por exemplo, a digitalização, fax e email
permitem gerir toda a informação não estruturada (documentos) importante
Como sabemos são poucos os técnicos ligados a esta área e leva anos da organização. Num processo de gestão documental o seu inicio é quando
para formar um bom restaurador, por estes fatores podemos dizer que é há a recepção do documento em que este passa pela fase de
melhor: Conservar e preservar para não restaurar" desmaterialização, ou seja, digitalização do documento geralmente em
AGENTES EXTERIORES QUE DANIFICAM OS DOCUMENTOS formato papel para um formato eletrônico. Numa segunda fase os
documentos em formato eletrônico são submetidos a uma classificação, de
1. FÍSICOS seguida há uma definição dos vários estádios do ciclo de vida do

Conhecimentos Específicos 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
documento ao longo da sua existência, como por exemplo, a publicação, mal estabelecida (aproximadamente 25 anos após o começo da informati-
aprovação, distribuição, reencaminhamento e desactualizado (destruído). zação), que a chegada da microinformática nos obriga a interrogar sobre a
Por último, este processo disponibiliza ao utilizador um método de pertinência dessa política (Bergeron 1992,54).
localização eficaz semelhante a um browser, por exemplo, o Google.
Aliás, os exemplos de perdas de arquivos eletrônicos importantes se
multiplicam: os dados do recenseamento americano de 1960, a primeira
mensagem de correio eletrônico em 1964, os dados sobre as florestas do
AUTOMAÇÃO Brasil capturadas por satélite nos anos de 1970, os dados da NASA, e
O novo mundo dos arquivos – automação assim por diante. Os exemplos americanos são característicos da situação
.James M. Turner – U. de Montreal por toda parte do mundo.
Introdução A situação hoje
Para bem se entender a problemática atual dos arquivos, é preciso Atualmente a capacidade dos computadores muda de modo radical e
compreender o século XX sob o ponto de vista da extraordinária rapidez da muito velozmente, abalando assim os fundamentos teóricos do arquivismo.
evolução tecnológica. É suficiente lembrar que diversos atores, cada um Nós transferimos para o ambiente informatizado as políticas desenvolvidas
tendo uma influência profunda sobre a sociedade humana, se instalaram no para os documentos sobre papel, mas a complexificação das tecnologias e
cenário tecnológico durante esse período: por exemplo, a eletricidade, o a influência dessas últimas sobre nossos métodos de trabalho foram de tal
rádio, o telefone, o automóvel, o cinema, a máquina de escrever, para ordem que essas políticas não são mais suficientes. O documento eletrôni-
nomear somente alguns. A partir da Segunda Guerra Mundial, assiste-se à co tornou-se um conjunto de relações ou de trechos de informação, poden-
chegada da fotocopiadora, a eletrônica, a televisão, os satélites, e sobretu- do residir em diferentes arquivos (Bergeron 1992, 53). Por exemplo, o
do os computadores. A partir da década de 1970, a telemática, ou seja, o relatório anual de uma companhia pode consistir em arquivos de texto,
computador conectado a outros computadores via linhas telefônicas, mudou cada um redigido por uma pessoa diferente, empregando um processador
profundamente as possibilidades de comunicação de documentos. Desde textual diferente num ambiente informático diverso. Pode-se encontrar na
1990, a Internet e a World Wide Web não cessam de nos espantar por relação das fotos e outros gráficos criados com outros sistemas operacio-
causa do desenvolvimento quase cotidiano de novas possibilidades de nais, assim como os quadros estatísticos criados com diferentes sistemas
interação no mundo da informação. operacionais, e ainda gráficos gerados por outros sistemas, tudo reunido
Depois de muitos anos, a disciplina de arquivística conheceu desenvol- em um documento eletrônico colocado em página para a impressão sobre
vimentos importantes no estabelecimento da teoria, nas técnicas de organi- papel ainda por outro sistema operacional, e ainda com uma versão diversa
zação e nos métodos de trabalho. Constata-se, entretanto, que apesar de para ser instalada no Web. O leitor recebe um simples documento em
nossa disciplina ainda não estar estabilizada definitivamente, desde já é papel, mas o arquivista responsável pelo documento eletrônico deve pensar
preciso rever seus fundamentos teóricos e estabelecer um novo paradigma a organização para a armazenagem, a marcação e a preservação de todos
para a disciplina em função das novas tecnologias da informação. esses arquivos, bem como a relação entre eles.
É útil observar nesse contexto que não há nada de novo. Pode-se Outro problema de capacidade: não se pode mais conservar a informa-
constatar que são sempre as mudanças tecnológicas que determinam a ção apenas em formato linear. O hipertexto e as ligações hipertextuais e
maneira de se realizar nosso trabalho de organização da informação. O hipermidiáticas, assim como as estruturas relacionais das bases de dados,
surgimento de novas e importantes tecnologias no campo da informação, acrescentam uma outra dimensão e complexificam mais o problema. Por
como nos casos do papel e da prensa de Gutenberg, causaram também outro lado, a chegada dos arquivos multimídia torna mais complexos do que
mudanças fundamentais nos métodos de trabalho das pessoas que gera- nunca os arquivos eletrônicos (Bergeron 1992,53).
vam a informação no momento desses desenvolvimentos e pelos séculos Outros fatores importantes que contribuem para as mudanças funda-
seguintes. Essas tecnologias também mudaram profundamente a socieda- mentais nas teorias e nas práticas, quando se trabalha com os documentos
de em seu conjunto. Nós que vivemos sobre a terra nesse momento somos eletrônicos, são a dependência diante da mídia e dos aparelhos, a impossi-
testemunhas de desenvolvimentos que se desenrolam a uma velocidade bilidade de entrevistar os aparelhos, a volatilidade da informação, sua
impressionante. segurança e sua integridade, e a proliferação de formatos proprietários, de
Histórico recente sistemas de exploração, de sistemas operacionais, de versões desses
sistemas operacionais, bem como o preço do desenvolvimento de tudo
Durante os anos de 1960 assiste-se à implantação de computadores isso.
nos governos e corporações mais importantes. Muito caros, esses apare-
lhos são sensíveis à temperatura e precisam ser instalados nos locais Breve, no espaço de trinta anos, a natureza da matéria de que tratam
talhados sob medida e com acesso controlado. Os computadores não são os arquivistas terá mudado radicalmente. Deve-se já distinguir o conceito
muito “inteligentes”, mas o que interessa é que podem calcular com muita de suporte daquele de informação. Antes, como a informação estava sem-
rapidez. Somente hoje os computadores começam a ser capazes de tratar pre integrada ao suporte, tratavam-se os dois ao mesmo tempo e pensa-
de atividades mais “inteligentes”. vam-se nos dois como sendo uma coisa só: um documento. Para adaptar a
expressão de Negroponte (1995), antes tratavam-se dos átomos, hoje
Ao mesmo tempo, as organizações de menor tamanho buscam a má-
tratam-se dos bits.
quina de escrever elétrica, que se espalha durante os anos de 1960 e 1970.
Por volta do fim dos anos de 1970 assiste-se à chegada de aparelhos Questões atuais
dedicados ao tratamento de textos. Ainda uma vez, os preços são tão
elevados que somente as organizações bastante importantes têm condi- Para os fins de nossa apresentação hoje, dividimos as questões em
ções de usar essas máquinas. Ao mesmo tempo, as máquinas de escrever cinco categorias: os documentos e seus suportes, a interconectividade, a
eletrônicas chegam ao mercado, mas sua utilização não se torna muito normalização, a conversão e a preservação. Os documentos e seus supor-
difundida em razão da chegada quase simultânea dos microcomputadores. tes: A tendência para a numerização faz com que quase a totalidade dos
arquivos seja já criado em formato informático. É claro, pode-se encontrar
O aparecimento dos microcomputadores em 1980 muda radicalmente o exceções; entretanto, essa tendência é clara. Ora, o antigo papel pode
quadro tecnológico. O computador pessoal custa menos que um automóvel. durar milhares de anos, mesmo em más condições. Pode-se maltratá-lo e
Hoje um computador custa muito menos que um carro e é capaz de execu- mesmo assim ler facilmente o texto que está relatado sobre o papel. Ao
tar as importantes operações que os grandes computadores do tipo main- contrário, os suportes eletrônicos são muito instáveis, mesmo nas melhores
frame não realizavam nos anos de 1960 e 1970. O novo ambiente, que se condições. A duração dos suportes eletrônicos é suficiente para muitas
instala rapidamente, cria um problema de escala para os aparelhos admi- situações, é claro, mas pouca para a conservação a longo prazo dos arqui-
nistrativos, que se veem impossibilitados de seguir tantos desenvolvimen- vos. O problema é tributário do fato de que nossa tendência é adotar, para
tos.
fins de gestão da informação, as tecnologias criadas para outros fins.
Por exemplo, a política do NARA (National Archives and Records Ad-
Para conjugar-se ao problema da longevidade dos suportes, tem-se re-
ministration, nos Estados Unidos) sobre os arquivos ordinolingues está tão corrido ao repiquage. Periodicamente, copia-se o sinal eletrônico sobre um

Conhecimentos Específicos 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
suporte novo a fim de assegurar sua sobrevida. Todavia, hoje, os desenvol- É preciso demonstrar se a conversão dos fichários existentes é desejá-
vimentos tecnológicos estão de tal forma rápidos, que esta prática não é vel, se ela é necessária, se ela é possível. No momento, entretanto, há
mais suficiente. Agora a mudança que precisa ser vista é a "migração", ou obstáculos importantes, especialmente as infra-estruturas atuais, o estado
seja, a prática não somente de copiar um documento eletrônico antigo das tecnologias e os custos necessários. Tomemos por exemplo o estado
sobre um suporte novo, mas também de o converter a uma versão mais dos numériseurs e os sistemas operacionais de reconhecimento ótico de
recente do sistema operacional empregado para o conceber, ou ainda em caracteres (ROC). O alvo desses últimos é permitir a conversão de docu-
um outro sistema operacional mais normalizado e capaz de o ler, a fim de mentos impressos sobre papel e fichários tratáveis por computador e isso a
assegurar sua consultabilidade a longo prazo. custo abordável. Mas os melhores sistemas operacionais atuais não fazem
prova de uma taxa de resultados além de 97% ou 98% (Linke 1997, 70).
A interconectividade, representada atualmente pela Internet e pelo Em princípio, isso pode parecer muito elevado, mas quando se considera
Word Wibe Web, acrescenta uma dimensão nova à problemática. Não que aquilo se traduz por cerca de trinta erros por folha A4 datilografada em
somente pode-se conectar dois computadores via rede telefônica, mas vê- espaço duplo, compreende-se facilmente que a intervenção humana é
se hoje redes inteiras de computadores interligadas em uma vasta super- necessária para efetuar a correção de cada página antes que a possamos
rede em escala mundial. Vê-se nesse contexto do desenvolvimento da considerar como consultável.
Infovia, numerosas vantagens para os depósitos dos arquivos: por exemplo,
a visibilidade, a difusão ampla das fontes, a facilidade de consulta pelos Por outro lado, seria necessário prever muitas vezes não apenas a
usuários, a possibilidade do teletrabalho para os arquivistas. Mas até onde conversão de textos em octetos, mas também uma restruturação dos
deveria ir esta presença? Dever-se-ia contentar com informações gerais dados. Por exemplo, um fichário de informação estocado sobre fichas de
num resumo das fontes, ou seria melhor colocar em linha os instrumentos cartão tomará sem dúvida a forma de uma base de dados. É preciso não
de pesquisa, os planos de classificação, os calendários de conservação, e somente prever os campos evidentes nas estruturas, mas também de
eventualmente o texto inteiro de documentos manuscritos? Dever-se-ia outros para acomodar a informação analógica e aquela que pode ser
fornecer o acesso via as redes às nossas bases de dados, aos documentos acrescentada à mão sobre as fichas, senão há perda de informações.
eletrônicos, às imagens de documentos manuscritos?
Consideremos igualmente o caso da dimensão dos fichários de ima-
Por outro lado, esse novo mundo nos apresenta um problema filosófi- gens de páginas, fichários onde o texto não é tratável por computadores,
co: sobre a Infovia, há uma verdadeira distinção entre arquivos numéricos e mas que se pode ler sobre uma tela. A uma resolução de 400 pontos por
bibliotecas numéricas ( “ arquivos digitais” e “bibliotecas digitais”)? Se todos polegada (ppp), se conta em torno de 85Ko/página. Porém, quando melho-
os textos são conservados em formato eletrônico, em que a cópia original é ra-se a resolução para 600 ppp, ele nos custa em espaço de estocagem
estocada num computador para consulta através das redes, ou seja, se um cerca de 500 Ko/página. Para atender a resolução do microfilme, precisaria
documento de arquivo torna-se um fichário informático e se um livro torna- escanear a 1000 ppp. A título de exemplo desse problema à escala de um
se também um fichário informático, podemos ainda distinguir as bibliotecas arquivo, nota-se que para contar o estado civil dos habitantes de Québec,
dos arquivos (Preserving digital information 1996, 7)? Esse problema de- em torno de 18 milhões de certidões, ele custará 650 Go de espaço de
monstra a que ponto as mudanças tecnológicas são profundas. estocagem para registrar somente as imagens desses dados, que não
estarão ainda em formato de fichários manipuláveis para uso, sem falar nos
Nesse complexo contexto, os metadados, essas camadas de dados trinta meses de trabalho para efetuar essa pesquisa (Lubkov 1997, 42).
adicionais que utilizamos para descrever e organizar os dados contidos nos
documentos eletrônicos, ganham muita importância. Há múltiplos tipos de Para disfarçar os problemas desses fichários de imagens que permitem
metadados: para a apresentação do documento (por exemplo, os sinais de ao usuário ver a colocação de um texto na página, mas que não o permite
estilos, de caracteres itálicos), para exprimir suas relações com outros manipular os dados, desenvolve-se atualmente linguagens de descrição de
documentos (por exemplo, de linhas, de pontos), para exprimir a cataloga- páginas. Isto acrescentou uma camada de metadados, permitindo afixar o
ção, a classificação, a indexação (os pontos de acesso para o tema), para texto com a sua colocação na página exigida, e substituirão, pode-se espe-
gerir o fichário informático (por exemplo, as informações técnicas concer- rar, esses sistemas operacionais intermitentes tal como o Acrobat d’Adobe,
nentes ao formato do fichário), etc.. Porém, é sobretudo a normalização dos que oferece uma colocação em página que exige muita memória informáti-
metadados que é de uma importância capital nesse contexto. Se se deseja ca, mas que está sempre em forma de ficha não manipulável, como uma
permitir o acesso a muita informação via redes, tem-se todo o interesse em telecópia.
normalizar práticas de descrição e de organização, senão o usuário será
obrigado a aprender a linguagem de cada novo sistema com o qual deseja Os problemas associados à imagem fixa e em movimento são ainda
trabalhar. mais importantes. A questão mais notável associada a esse gênero de
documentos é a dimensão dos fichários quando esses documentos são
Muitas iniciativas nesse sentido foram empreendidas, por exemplo, as informatizados. Para a imagem fixa, não há mais problema com as simples
Regras para a Descrição dos Documentos de Arquivos (RDDA, no Cana- imagens em preto e branco, mas cada pixel que compõe a imagem tem
dá), a Encoded Archival Description (EAD, nos Estados Unidos), a Standart necessidade de muito mais profundidade para exprimir as cores, e assim
Generalized Markup Language (SGML, norma ISO 8879), e a Duplin Core, mais memória informática. Para uma imagem em torno de 20 cm por 25 cm,
a Wrawick Framework e seus sucessores (15 elementos de base para a é preciso mais ou menos 1Mo de memória. Para a imagem em movimento,
comunicação de documentos em rede). Resta ainda muito trabalho a fazer, sem compressão, necessita-se 40 Mo/imagens. A taxa de affichage do filme
especialmente o aperfeiçoamento das normas e sua implantação universal é de 24 imagens/segundo, e do vídeo, 30 imagens/segundo. O custo em
de forma independente dos sistemas operacionais e do material informáti- memória para estocar um filme de 90 minutos é então de 960 Mo por
co. O que nos permite ser otimistas é que, a longo prazo, seremos os segundo de filme, e então de 59,6 Go por minuto e de 3,5 To/hora, ou seja,
conservadores de documentos altamente estruturados e onde as informa- aproximadamente 5 To por 90 minutos de filme.
ções concernentes à estrutura e à organização desses documentos "via-
jem" através das redes com os documentos como parte integrante de tudo A título de exemplo do que estes algarismos representam em um caso
isso, não importando onde estão os diversos destinatários eletrônicos pelo concreto, pode-se notar que o sistema “Cineon de Kodak”, um dos poucos
mundo afora. Com a sistematização das práticas, passa-se de um mundo sistemas disponíveis para a numeração da imagem em movimento, neces-
tecnológico caótico a um mundo ordenado. sitaria de 33 grossos cassetes para estocar este filme, ao custo de 13.000 $
US pela fita magnética somente! Além disto, o sistema necessitaria de 110
Para chegar a um mundo no qual toda a informação está em formato horas para converter a imagem em movimento do formato analógico ao
eletrônico e acessível a quem possua um computador e uma ligação com formato numérico. Isto se traduz por mais de uma hora de tratamento por
as redes, precisaria considerar a conversão maciça dos fichários já existen- minuto de filme. Não falamos ainda de custos de tratamento. E com tudo
tes, senão não se poderia consultar as informações mais recentes. Como isso, seria necessário transplantar cassetes em dez ou vinte anos para
assinalava Clifford Lynch, este importante observador das atividades das evitar a perda de todo esse trabalho!
grandes redes, se se confia nas informações disponíveis em linha, teremos
a impressão de que a história da raça humana sobre a terra começou em Como os suportes numéricos não são confiáveis para a conservação a
1970. Que fazer então com as informações acumuladas em nossos depósi- longo prazo, enaltece-se às vezes a impressão sobre papéis do código
tos depois de séculos? informático codificado em algarismos 1 e 0, em razão das propriedades de
conservação a longo praz do papel. Mais tarde um sistema operacional de

Conhecimentos Específicos 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
reconhecimento ótico de caracteres lerá o código para reconstituir o fichário bastante penosos, não recorrem senão de maneira muito primitiva aos
informático. Para a imagem em movimento, esta prática não será nada aparelhos cognitivos dos usuários.
prática, pois um cálculo rápido nos dá os algarismos seguintes, baseados Como vimos, a conversão dos fichários permanece um problema im-
sobre um sistema que permite a resolução comandada de 320 milhões de portante por várias razões. Podemos assinalar particularmente as dificulda-
pixels por imagem: a 24 imagens/segundo, serão necessários aproximada- des de conversão de fichários de ordem técnica e aqueles de ordem eco-
mente 8 bilhões de pixels/segundo de filme 35mm. No ritmo de 6000 nômica. Além disso, teríamos vantagem em considerar como inaceitável a
bits/página (quando se datilografa com entrelinha simples, calcula-se 3000), prática atual de versar os dados nos sistemas de informação sem controle
contaremos 5600 páginas (uma pilha de aproximadamente 5m) por cada de qualidade, ao dizer que se fará correções mais tarde. Muito frequente-
segundo de filme, e portanto 180 m3 por minuto de filme, vale dizer, 16 km mente vimos que as condições econômicas não permitem essas correções.
de espaço para estocar nosso filme de 90 minutos! Decididamente, não se As pessoas que administram os orçamentos têm a impressão de que os
poderá considerar a numeração das coleções de imagem em movimento trabalhos estão completos, e são os usuários que sofrem a utilização des-
antes de encontrar maneiras mais econômicas de estocar os fichários ses dados não verificados e não corrigidos. Como é o caso em qualquer
assim criados. ouro lugar, o controle de qualidade é importante no arquivamento de dados
Considerando a preservação e a conservação dos arquivos eletrônicos, eletrônicos.
podemos nos voltar um pouco para as conclusões do grupo de trabalho Terminando, analisaremos o problema considerável da pilha de fichá-
sobre a preservação dos arquivos numéricos (Preserving digital information rios necessária para a estocagem de imagens em movimento quando estas
1996, 37). Este grupo de trabalho conclui que a responsabilidade primeira últimas são numerosas, os problemas arquivísticos associados à compre-
para a informação numérica permanece com os criadores, os fornecedores ensão de imagens para melhor estocá-las, o trabalho considerável requeri-
e, eventualmente, os proprietários. Além disso, o grupo enaltece a criação do para efetuar os trabalhos de conversão, os custos implicados nesse
de uma infra-estrutura muito profunda (deep infrastructure) capaz de supor- processo, e o problema ao nível da infra-estrutura incapaz de tratar conve-
tar um sistema distribuído de dados. Na disposição de uma tal estrutura, nientemente esses enormes fichários.
criar-se-á um processo de certificação de organizações capazes de estocar, Soluções a longo prazo Apesar dos numerosos e importantes proble-
de migrar e abastecer o acesso às coleções numéricas. Estas organizações mas associados atualmente aos arquivos automatizados, podemos ainda
certificadas teriam o direito legal de intervir pela salvaguarda de documen- assim esperar ver melhoras consideráveis a curto, médio e longo prazo. A
tos depositados alhures, em caso de perigo de destruição, seja por uma importância dos trabalhos em curso nos deixa crer que se verá o controle
ameaça física à integridade dos documentos, seja por uma mudança de dos dados desde sua criação até sua disposição eventual, seja por elimina-
políticas de conservação em outro lugar, devido à privatização de um ção, seja por sua instituição como arquivos permanentes. Nossos métodos,
arquivo, por exemplo. nossos processos, nossas práticas, nossas normas serão estabilzadas
eventualmente. O turbilhão tecnológico no qual nos encontramos atualmen-
Obstáculos à automação te dará lugar aos métodos normalizados, sobre os quais trabalhamos
Nesta parte, resume-se brevemente alguns obstáculos atuais à auto- atualmente.
mação dos arquivos. Em nível das infra-estruturas, a banda frequentada No que concerne aos computadores, esses instrumentos de trabalho
terá necessidade de ser acrescida consideravelmente antes que se possa tão importantes à nossa vida, veremos bem eventualmente a chegada de
responder convenientemente às necessidades dos usuários cujo número computadores melhor “educados” para responder a nossas necessidades.
não cessa de crescer. Devemos prever eventualmente o acesso universal à Eles serão capazes de detectar um problema de funcionamento que expe-
Internet e seus sucessores, como é o caso do correio à escala internacio- rimentamos, por exemplo, e intervir de maneira interativa para nos apontar
nal, ou ainda do telefone. Lembremos que no momento somente uma as soluções possíveis. Veremos disponíveis em linha de demonstrações
ínfima parte da população global está em linha, e que mesmo nos países vídeo para nos mostrar como executar tal função, como executar tal tarefa,
industrializados falamos apenas de dez ou quinze por cento da população. efetuar tal manobra informática. Além disso, o desenvolvimento de tipos de
memória viva e morta que não se apagam automaticamente ou que não se
A questão da “prisão ASCIL”, expressão de Mitchell Kapor para desig-
corrompem em função de uma falha de eletricidade nos permite assegurar
nar o problema das línguas não inglesas que lutam para ostentar suas nossos temores psicológicos face a nossas relações com esses instrumen-
marcas diacríticas no meio informático, é extremamente importante no tos que têm uma importância tão grande em nossas vidas. Veremos even-
contexto das redes. A “consortium Unicode” trabalha há vários anos para
tualmente a automatização de procedimentos de salvaguarda, de formação
desenvolver um código informático que dê conta de todas as línguas escri-
de usuários, de migração de dados e de outras funções arquivistas. Final-
tas, mas esse código toma 16 bits de memória para cada caracter compa- mente, com o tempo assistiremos sem dúvida ao desenvolvimento de
rado a 7 ou 8 para os dados codificados em ASCIL, e os produtores de suportes informáticos tão inabaláveis quanto o velho papel.
sistemas operacionais não os adotam muito rapidamente. Todavia, com o
desenvolvimento das soluções a baixo custo dos problemas de estocagem Terminando, será bom lembrar que nós nos encontramos atualmente
e de tratamento, este problema importante vai, sem dúvida, ser solucionado no meio desse turbilhão tecnológico, que o papel que representamos neste
num futuro não muito distante. Um passo importante: a “World Wide Web momento é de uma grande importância histórica, pois é a presente geração
Consortium” vem de anunciar (julho 1997) a publicação da primeira versão de arquivistas que assegura a transição entre dois mundos tecnológicos
de trabalho da HTML 4, a qual adota como jogo de caracteres a “Unicode”. fundamentalmente diferentes um do outro. É na gestão dessa transição que
nós podemos tirar vantagem de nossas atividades para os próximos anos.
Ao nível dos suportes físicos, o obstáculo principal é sua instabilidade. Tradução de Andréa Araújo do Vale, Carla da Silva Miguelote e Rejane
É necessário encontrar soluções neste nível para evitar que estejamos Moreira.
eternamente condenados a substituir a intervalos relativamente curtos a
totalidade de arquivos que possuímos. No momento, não há nada além de PROCEDIMENTOS GERAIS PARA UTILIZAÇÃO DOS
tecnologias experimentais, mas é preciso crer que o problema será resolvi- SERVIÇOS DE PROTOCOLO
do eventualmente. Passa-se sob silêncio os problemas de deterioração
1. OBJETIVO
química e biológica.
Ao nível do endocage, assinalemos os problemas de integridade e au- Esta norma tem por objetivo equalizar os procedimentos gerais referen-
tenticidade dos dados. Os arquivistas precisam ter confiança de que os tes à gestão de processos e correspondência, com a finalidade de criar
documentos informáticos dos quais eles têm a guarda não podem ser bases para a implantação de sistemas informatizados unificados no âmbito
alterados, e que o documento que eles oferecem aos usuários por consulta a que se destina.
é o mesmo que eles receberam por arquivo.
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Ao nível dos sistemas operacionais, tem-se a necessidade de desen-
volver os sistemas melhor integrados às necessidades dos arquivistas e Para efeito desta norma, foram utilizados os seguintes conceitos e de-
dos usuários, tanto ao nível das linhas diretas entre os sistemas de gestão finições:
e documentos quanto ao nível da interação pessoa-máquina. Visto desta AUTUAÇÃO E/OU FORMAÇÃO DE PROCESSO - É o termo que ca-
última perspectiva, os sistemas operacionais disponíveis atualmente são racteriza a abertura do processo. Na formação do processo deverão ser
observados os documentos cujo conteúdo esteja relacionado a ações e

Conhecimentos Específicos 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
operações contábeis financeiras, ou requeira análises, informações, despa- Documentos micrográficos: São documentos em suporte fílmico resul-
chos e decisões de diversas unidades organizacionais de uma instituição. tante da microrreprodução de imagens, mediante utilização de técnicas
CORRESPONDÊNCIA - É toda espécie de comunicação escrita, que específicas. Ex.: rolo, microficha, jaqueta e cartão-janela;
circula nos órgãos ou entidades, à exceção dos processos. Documentos informáticos: São os documentos produzidos, tratados e
Quanto à natureza: A correspondência classifica-se em interna e exter- armazenados em computador. Ex.: disco flexível (disquete), disco rígido
na, oficial e particular, recebida e expedida. (Winshester) e disco óptico.
a) Interna e externa b) Caracterização quanto à espécie
A correspondência interna é mantida entre as unidades do órgão ou Atos normativos: Expedidos por autoridades administrativas, com a fi-
entidade. nalidade de dispor e deliberar sobre matérias específicas. Ex.: medida
provisória, decreto, estatuto, regimento, regulamento, resolução, portaria,
A correspondência externa é mantida entre os órgãos ou entidades da instrução normativa, ordem de serviço, decisão, acórdão, despacho decisó-
Administração Pública Federal. rio, lei;
b) Oficial e particular Atos enunciativos: São os opinativos, que esclarecem os assuntos, vi-
A correspondência oficial é a espécie formal de comunicação mantida sando a fundamentar uma solução. Ex.: parecer, relatório, voto, despacho
entre os órgãos ou entidades da Administração Pública Federal ou destes interlocutório;
para outros órgãos públicos ou empresas privadas. Atos de assentamento: São os configurados por registros, consubstan-
A correspondência particular é a espécie informal de comunicação utili- ciando assentamento sobre fatos ou ocorrências. Ex.: apostila, ata, termo,
zada entre autoridades ou servidores e instituições ou pessoas estranhas à auto de infração;
Administração Pública Federal. Atos comprobatórios: São os que comprovam assentamentos, decisões
etc. Ex.: traslado, certidão, atestado, cópia autêntica ou idêntica;
c) Recebida e expedida Atos de ajuste: São representados por acordos em que a Administra-
A correspondência recebida é aquela de origem interna ou externa re- ção Pública Federal, Estadual ou Municipal - é parte. Ex: tratado, convênio,
cebida pelo protocolo central ou setorial do órgão ou entidade. contrato, termos (transação, ajuste etc.) e,
A expedição é a remessa da correspondência interna ou externa no Atos de correspondência: Objetivam a execução dos atos normativos,
âmbito da Administração Pública Federal. em sentido amplo. Ex: aviso, ofício, carta, memorando, mensagem, edital,
intimação, exposição de motivos, notificação, telegrama, telex, telefax,
DESAPENSAÇÃO - É a separação física de processos apensados.
alvará, circular.
DESENTRANHAMENTO DE PEÇAS - É a retirada de peças de um
c) Caracterização quanto à natureza
processo, que poderá ocorrer quando houver interesse da Administração ou
a pedido do interessado. Documentos Secretos: São os que requerem rigorosas medidas de se-
gurança e cujo teor ou característica possam ser do conhecimento de
DESMEMBRAMENTO – É a separação de parte da documentação de
servidores que, embora sem ligação íntima com seu estudo e manuseio,
um ou mais processos para formação de novo processo; o desmembra-
sejam autorizados a deles tomarem conhecimento em razão de sua res-
mento de processo dependerá de autorização e instruções específicas do
órgão interessado. ponsabilidade funcional;
Documentos Urgentes: São os documentos cuja tramitação requer
DESPACHO – Decisão proferida pela autoridade administrativa em caso
maior celeridade que a rotineira. Ex.: Pedidos de informação oriundos do
que lhe é submetido à apreciação; o despacho pode ser favorável ou desfavo-
Poder Executivo, do Poder Judiciário e das Casas do Congresso Nacional;
rável à pretensão solicitada pelo administrador, servidor público ou não.
mandados de segurança; licitações judiciais ou administrativas; pedidos de
DILIGÊNCIA – É o ato pelo qual um processo que, tendo deixado de exoneração ou dispensa; demissão; auxílio - funeral; diárias para afasta-
atender as formalidades indispensáveis ou de cumprir alguma disposição mento da Instituição; folhas de pagamento; outros que, por conveniência da
legal, é devolvido ao órgão que assim procedeu, a fim de corrigir ou sanar Administração ou por força de lei, exijam tramitação preferencial.
as falhas apontadas.
Documentos Ostensivos: São documentos cujo acesso é irrestrito;
DISTRIBUIÇÃO - É a remessa do processo às unidades que decidirão
sobre a matéria nele tratada. Documentos Reservados: São aqueles cujo assunto não deva ser do
conhecimento do público em geral.
DOCUMENTO - É toda informação registrada em um suporte material,
suscetível de consulta, estudo, prova e pesquisa, pois comprova fatos, RECEBIMENTO, REGISTRO E DISTRIBUIÇÃO DE DOCUMENTOS
fenômenos, formas de vida e pensamentos do homem numa determinada Ao receber a correspondência e proceder à abertura do envelope, o
época ou lugar.
protocolo setorial deverá observar:
De acordo com seus diversos elementos, formas e conteúdos, os do-
cumentos podem ser caracterizados segundo o gênero, a espécie e a a) se está assinado pelo próprio remetente, por seu representante legal
natureza, conforme descrito a seguir. ou procurador, caso em que deverá ser anexado o instrumento de procura-
ção;
a) Caracterização quanto ao gênero
Documentos textuais: São os documentos manuscritos, datilografados b) se está acompanhado dos respectivos anexos, se for o caso;
ou impressos; c) se contém o comprovante de recebimento, e providenciar a respecti-
Documentos cartográficos: São os documentos em formatos e dimen- va devolução;
sões variáveis, contendo representações geográficas arquitetônicas ou de
engenharia. Ex.: mapas, plantas e perfis; d) se a correspondência será autuada ou não;
Documentos iconográficos: São documentos em suporte sintético, em A seguir, tratar o documento conforme os procedimentos descritos
papel emulsionado, contendo imagens estáticas. Ex.: fotografias (diapositi- abaixo, destinados à correspondência ou processo, conforme o caso.
vos, ampliações e negativos fotográficos), desenhos e gravuras;
Nenhuma correspondência poderá permanecer por mais de 24h (vinte
Documentos filmográficos: São documentos em películas cinematográ- e quatro horas) nos protocolos, salvo aquelas recebidas às sextas-feiras,
ficas e fitas magnéticas de imagem (tapes), conjugadas ou não a trilhas véspera de feriados ou pontos facultativos.
sonoras, com bitolas e dimensões variáveis, contendo imagens em movi-
mento. Ex.: filmes e fitas vídeomagnéticas; 4. PROCEDIMENTOS COM RELAÇÃO À CORRESPONDÊNCIA
Documentos sonoros: São os documentos com dimensões e rotações a) Toda correspondência oficial expedida deverá conter, para sua iden-
variáveis, contendo registros fonográficos. Ex.: discos e fitas audiomagnéti- tificação em sistema próprio, a espécie do documento e o órgão emissor,
cas; seguido da sigla da unidade, do número de ordem, destinatário, assunto e
da data da emissão.
Conhecimentos Específicos 16 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A correspondência oficial expedida será encaminhada por intermédio acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do §
do protocolo central do órgão ou entidade, por meio dos serviços da empre- 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal.
sa de correios, ou utilizando-se de meios próprios para efetuar a entrega. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
A correspondência oficial interna será encaminhada por intermédio do I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes
protocolo setorial; Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do
Ministério Público;
Toda correspondência oficial expedida será acondicionada em envelo- II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as so-
pe, contendo, no canto superior esquerdo, o nome, cargo, endereço do ciedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
destinatário, a espécie e número da correspondência, bem como nome e indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
endereço do remetente, a fim de, em caso de devolução, a empresa de Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entida-
correios o localize, conforme modelo a seguir: des privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de
Ex.: Ressalta-se que o documento oficial faz referência ao cargo do interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante
destinatário e não à pessoa que o ocupa; portanto, quando um documento subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
oficial for encaminhado para um destinatário que não ocupe mais o cargo, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
deverá ser aberto, para as providências cabíveis. Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades
citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à
b) A correspondência particular não será expedida pelas unidades de sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam
protocolo central ou setorial do órgão ou entidade.
legalmente obrigadas.
A correspondência de caráter particular recebida pelas unidades de Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar
protocolo central ou setorial deverá ser encaminhada diretamente ao desti- o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em
natário. conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as
seguintes diretrizes:
c) Correspondência Recebida e expedida I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como ex-
Correspondência Recebida ceção;
A correspondência recebida será entregue no protocolo central de cada II - divulgação de informações de interesse público, independentemen-
órgão ou entidade da Administração Pública Federal, para posterior distri- te de solicitações;
buição. III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da
Remetente informação;
Nome: IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na admi-
Cargo ou função: nistração pública;
Unidade: V - desenvolvimento do controle social da administração pública.
Órgão: Art. 4o Para os efeitos desta Lei, considera-se:
Endereço: I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados
CEP: para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio,
Espécie: nº. /Ano: suporte ou formato;
Destinatário II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja
Pronome de tratamento o suporte ou formato;
Nome: III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição
de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança
Cargo ou função:
da sociedade e do Estado;
Unidade:
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identifi-
Órgão:
cada ou identificável;
Endereço:
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produ-
CEP:
ção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte,
O protocolo central receberá a correspondência e verificará se o desti- transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação,
natário ou a unidade pertencem ou não ao órgão ou entidade; em caso avaliação, destinação ou controle da informação;
negativo, devolverá a correspondência ao remetente, apondo o carimbo, e VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e
identificando o motivo da devolução. utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida,
As unidades de protocolo central remeterão a correspondência lacrada, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento
ao protocolo setorial da unidade à qual pertença o destinatário, controlando ou sistema;
por meio de sistema próprio. VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive
d) Correspondência Expedida quanto à origem, trânsito e destino;
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o
O controle da expedição de correspondência caberá ao respectivo pro- máximo de detalhamento possível, sem modificações.
tocolo setorial, responsável pela numeração, que deverá ser sequencial, Art. 5o É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação,
numérico-cronológica e iniciada a cada ano. que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma
O protocolo central do órgão ou da entidade manterá um controle da transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão.
expedição de correspondência, a fim de informar aos usuários, sua locali-
zação, em tempo real. CAPÍTULO II
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO
Art. 6o Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as
LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a:
Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela
inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; e sua divulgação;
altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenti-
de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de cidade e integridade; e
1991; e dá outras providências. III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observa-
CAPÍTULO I da a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de
DISPOSIÇÕES GERAIS acesso.
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o outros, os direitos de obter:

Conhecimentos Específicos 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da in-
bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informa- formação;
ção almejada; V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou para acesso;
acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;
públicos; VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora do
privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, sítio; e
mesmo que esse vínculo já tenha cessado; VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei no
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9o da Convenção sobre os
inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo n o
VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utili- 186, de 9 de julho de 2008.
zação de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e § 4o Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes
VII - informação relativa: ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se refere o §
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, 2o, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informa-
projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e ções relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos
indicadores propostos; previstos no art. 73-B da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de con- (Lei de Responsabilidade Fiscal).
tas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo presta- Art. 9o O acesso a informações públicas será assegurado mediante:
ções de contas relativas a exercícios anteriores. I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entida-
§ 1o O acesso à informação previsto no caput não compreende as in- des do poder público, em local com condições apropriadas para:
formações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;
ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas
do Estado. unidades;
§ 2o Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações;
ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por e
meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à partici-
§ 3o O direito de acesso aos documentos ou às informações neles con- pação popular ou a outras formas de divulgação.
tidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato adminis- CAPÍTULO III
trativo será assegurado com a edição do ato decisório respectivo. DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO
§ 4o A negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado Seção I
aos órgãos e entidades referidas no art. 1o, quando não fundamentada, Do Pedido de Acesso
sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a
Lei. informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1o desta Lei, por
§ 5o Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interes- qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do reque-
sado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância rente e a especificação da informação requerida.
para apurar o desaparecimento da respectiva documentação. § 1o Para o acesso a informações de interesse público, a identificação
§ 6o Verificada a hipótese prevista no § 5o deste artigo, o responsável do requerente não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação.
pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, § 2o Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternati-
justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação. va de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios
Art. 8o É dever dos órgãos e entidades públicas promover, indepen- oficiais na internet.
dentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no § 3o São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determi-
âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou nantes da solicitação de informações de interesse público.
geral por eles produzidas ou custodiadas. Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o
§ 1o Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão acesso imediato à informação disponível.
constar, no mínimo: § 1o Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma dispos-
I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e ta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo
telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; não superior a 20 (vinte) dias:
II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos fi- I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a
nanceiros; reprodução ou obter a certidão;
III - registros das despesas; II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do
IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os acesso pretendido; ou
respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebra- III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu co-
dos; nhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o
V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, proje- requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da
tos e obras de órgãos e entidades; e remessa de seu pedido de informação.
VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. § 2o O prazo referido no § 1o poderá ser prorrogado por mais 10 (dez)
§ 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.
públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que § 3o Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do
dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mun- cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer
dial de computadores (internet). meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que
§ 3o Os sítios de que trata o § 2o deverão, na forma de regulamento, necessitar.
atender, entre outros, aos seguintes requisitos: § 4o Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação
I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a
informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, deven-
compreensão; do, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação.
II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrôni- § 5o A informação armazenada em formato digital será fornecida nesse
cos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de formato, caso haja anuência do requerente.
modo a facilitar a análise das informações; § 6o Caso a informação solicitada esteja disponível ao público em for-
III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em forma- mato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso universal,
tos abertos, estruturados e legíveis por máquina; serão informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se

Conhecimentos Específicos 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
poderá consultar, obter ou reproduzir a referida informação, procedimento § 1o (VETADO).
esse que desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu § 2o Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público informarão
fornecimento direto, salvo se o requerente declarar não dispor de meios ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério
para realizar por si mesmo tais procedimentos. Público, respectivamente, as decisões que, em grau de recurso, negarem
Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo acesso a informações de interesse público.
nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei no 9.784, de
consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor neces- 29 de janeiro de 1999, ao procedimento de que trata este Capítulo.
sário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. CAPÍTULO IV
Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no ca- DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO
put todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem Seção I
prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei no Disposições Gerais
7.115, de 29 de agosto de 1983. Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tu-
Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em docu- tela judicial ou administrativa de direitos fundamentais.
mento cuja manipulação possa prejudicar sua integridade, deverá ser Parágrafo único. As informações ou documentos que versem sobre
oferecida a consulta de cópia, com certificação de que esta confere com o condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por
original. agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não poderão ser
Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o interes- objeto de restrição de acesso.
sado poderá solicitar que, a suas expensas e sob supervisão de servidor Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses legais de
público, a reprodução seja feita por outro meio que não ponha em risco a sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial decor-
conservação do documento original. rentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por
Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de nega- pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder
tiva de acesso, por certidão ou cópia. público.
Seção II Seção II
Dos Recursos Da Classificação da Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às ra- Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade
zões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja
decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência. divulgação ou acesso irrestrito possam:
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do
superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no território nacional;
prazo de 5 (cinco) dias. II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as rela-
Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do ções internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter
Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria- sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;
Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado; IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou mo-
II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente netária do País;
classificada como sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou a V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das
hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou Forças Armadas;
desclassificação; VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimen-
III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabele- to científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou
cidos nesta Lei não tiverem sido observados; e áreas de interesse estratégico nacional;
IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades
previstos nesta Lei. nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou
§ 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investiga-
Controladoria-Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo ção ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou
menos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a repressão de infrações.
decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, ob-
§ 2o Verificada a procedência das razões do recurso, a Controladoria- servado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da
Geral da União determinará ao órgão ou entidade que adote as providên- sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secre-
cias necessárias para dar cumprimento ao disposto nesta Lei. ta ou reservada.
§ 3o Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral da Uni- § 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, confor-
ão, poderá ser interposto recurso à Comissão Mista de Reavaliação de me a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua
Informações, a que se refere o art. 35. produção e são os seguintes:
Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassificação de in- I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
formação protocolado em órgão da administração pública federal, poderá o II - secreta: 15 (quinze) anos; e
requerente recorrer ao Ministro de Estado da área, sem prejuízo das com- III - reservada: 5 (cinco) anos.
petências da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, previstas no § 2o As informações que puderem colocar em risco a segurança do
art. 35, e do disposto no art. 16. Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e fi-
§ 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido às au- lhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o
toridades mencionadas depois de submetido à apreciação de pelo menos término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reelei-
uma autoridade hierarquicamente superior à autoridade que exarou a ção.
decisão impugnada e, no caso das Forças Armadas, ao respectivo Coman- § 3o Alternativamente aos prazos previstos no § 1o, poderá ser estabe-
do. lecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência de determinado
§ 2o Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como objeto a evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo máximo de
desclassificação de informação secreta ou ultrassecreta, caberá recurso à classificação.
Comissão Mista de Reavaliação de Informações prevista no art. 35. § 4o Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que
Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias profe- defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de
ridas no recurso previsto no art. 15 e de revisão de classificação de docu- acesso público.
mentos sigilosos serão objeto de regulamentação própria dos Poderes § 5o Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo,
Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, em seus respectivos âmbi- deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério
tos, assegurado ao solicitante, em qualquer caso, o direito de ser informado menos restritivo possível, considerados:
sobre o andamento de seu pedido. I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Esta-
Art. 19. (VETADO). do; e

Conhecimentos Específicos 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo, obser-
termo final. vado o disposto no art. 24.
Seção III § 1o O regulamento a que se refere o caput deverá considerar as pe-
Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas culiaridades das informações produzidas no exterior por autoridades ou
Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de infor- agentes públicos.
mações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a § 2o Na reavaliação a que se refere o caput, deverão ser examinadas
sua proteção. a permanência dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos decorren-
§ 1o O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada tes do acesso ou da divulgação da informação.
como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade de § 3o Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informação, o novo
conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na forma do regulamen- prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua produção.
to, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos autorizados por lei. Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publicará,
§ 2o O acesso à informação classificada como sigilosa cria a obrigação anualmente, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação de
para aquele que a obteve de resguardar o sigilo. dados e informações administrativas, nos termos de regulamento:
§ 3o Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas a serem I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos últimos 12
adotados para o tratamento de informação sigilosa, de modo a protegê-la (doze) meses;
contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divulgação não II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identi-
autorizados. ficação para referência futura;
Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providências necessárias III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informa-
para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente conheça as nor- ção recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informações genéricas
mas e observe as medidas e procedimentos de segurança para tratamento sobre os solicitantes.
de informações sigilosas. § 1o Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da publicação
Parágrafo único. A pessoa física ou entidade privada que, em razão de prevista no caput para consulta pública em suas sedes.
qualquer vínculo com o poder público, executar atividades de tratamento de § 2o Os órgãos e entidades manterão extrato com a lista de informa-
informações sigilosas adotará as providências necessárias para que seus ções classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos funda-
empregados, prepostos ou representantes observem as medidas e proce- mentos da classificação.
dimentos de segurança das informações resultantes da aplicação desta Lei. Seção V
Seção IV Das Informações Pessoais
Dos Procedimentos de Classificação, Reclassificação e Desclassificação Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de for-
Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da adminis- ma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem
tração pública federal é de competência: das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades: § 1o As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à
a) Presidente da República; intimidade, vida privada, honra e imagem:
b) Vice-Presidente da República; I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de si-
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas; gilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de pro-
d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e dução, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exte- referirem; e
rior; II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros dian-
II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos titula- te de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se
res de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de eco- referirem.
nomia mista; e § 2o Aquele que obtiver acesso às informações de que trata este artigo
III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II e será responsabilizado por seu uso indevido.
das que exerçam funções de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, § 3o O consentimento referido no inciso II do § 1o não será exigido
ou superior, do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, ou de hierar- quando as informações forem necessárias:
quia equivalente, de acordo com regulamentação específica de cada órgão I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou
ou entidade, observado o disposto nesta Lei. legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o trata-
§ 1o A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere à clas- mento médico;
sificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autorida- II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente inte-
de responsável a agente público, inclusive em missão no exterior, vedada a resse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da
subdelegação. pessoa a que as informações se referirem;
§ 2o A classificação de informação no grau de sigilo ultrassecreto pelas III - ao cumprimento de ordem judicial;
autoridades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I deverá ser ratificada IV - à defesa de direitos humanos; ou
pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo previsto em regulamento. V - à proteção do interesse público e geral preponderante.
§ 3o A autoridade ou outro agente público que classificar informação § 4o A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra
como ultrassecreta deverá encaminhar a decisão de que trata o art. 28 à e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar
Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35, processo de apuração de irregularidades em que o titular das informações
no prazo previsto em regulamento. estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de
Art. 28. A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deve- fatos históricos de maior relevância.
rá ser formalizada em decisão que conterá, no mínimo, os seguintes ele- § 5o Regulamento disporá sobre os procedimentos para tratamento de
mentos: informação pessoal.
I - assunto sobre o qual versa a informação; CAPÍTULO V
II - fundamento da classificação, observados os critérios estabelecidos DAS RESPONSABILIDADES
no art. 24; Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do
III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou agente público ou militar:
do evento que defina o seu termo final, conforme limites previstos no art. I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, re-
24; e tardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente
IV - identificação da autoridade que a classificou. de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;
Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantida no mesmo II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfi-
grau de sigilo da informação classificada. gurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre
Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela autorida- sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razão do
de classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, mediante exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;
provocação ou de ofício, nos termos e prazos previstos em regulamento, III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à in-
formação;

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IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso in- § 3o A revisão de ofício a que se refere o inciso II do § 1o deverá ocor-
devido à informação sigilosa ou informação pessoal; rer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, após a reavaliação prevista no art.
V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos ou secretos.
ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem; § 4o A não deliberação sobre a revisão pela Comissão Mista de Rea-
VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente informação valiação de Informações nos prazos previstos no § 3o implicará a desclassi-
sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e ficação automática das informações.
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes § 5o Regulamento disporá sobre a composição, organização e funcio-
a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado. namento da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, observado o
§ 1o Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa e do devido mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes e demais disposições desta
processo legal, as condutas descritas no caput serão consideradas: Lei.
I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças Armadas, trans- Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultante de tratados,
gressões militares médias ou graves, segundo os critérios neles estabeleci- acordos ou atos internacionais atenderá às normas e recomendações
dos, desde que não tipificadas em lei como crime ou contravenção penal; constantes desses instrumentos.
ou Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional
II - para fins do disposto na Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e da Presidência da República, o Núcleo de Segurança e Credenciamento
suas alterações, infrações administrativas, que deverão ser apenadas, no (NSC), que tem por objetivos:
mínimo, com suspensão, segundo os critérios nela estabelecidos. I - promover e propor a regulamentação do credenciamento de segu-
§ 2o Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou agente pú- rança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento de
blico responder, também, por improbidade administrativa, conforme o informações sigilosas; e
disposto nas Leis nos 1.079, de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de junho II - garantir a segurança de informações sigilosas, inclusive aquelas
de 1992. provenientes de países ou organizações internacionais com os quais a
Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver informações República Federativa do Brasil tenha firmado tratado, acordo, contrato ou
em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de qualquer outro ato internacional, sem prejuízo das atribuições do Ministério
observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: das Relações Exteriores e dos demais órgãos competentes.
I - advertência; Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a composição, organiza-
II - multa; ção e funcionamento do NSC.
III - rescisão do vínculo com o poder público; Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei no 9.507, de 12 de novembro
IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de de 1997, em relação à informação de pessoa, física ou jurídica, constante
contratar com a administração pública por prazo não superior a 2 (dois) de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter
anos; e público.
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a adminis- Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão proceder à reavalia-
tração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria ção das informações classificadas como ultrassecretas e secretas no prazo
autoridade que aplicou a penalidade. máximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial de vigência desta Lei.
§ 1o As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas § 1o A restrição de acesso a informações, em razão da reavaliação pre-
juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa do interessa- vista no caput, deverá observar os prazos e condições previstos nesta Lei.
do, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. § 2o No âmbito da administração pública federal, a reavaliação prevista
§ 2o A reabilitação referida no inciso V será autorizada somente quan- no caput poderá ser revista, a qualquer tempo, pela Comissão Mista de
do o interessado efetivar o ressarcimento ao órgão ou entidade dos prejuí- Reavaliação de Informações, observados os termos desta Lei.
zos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no § 3o Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação previsto no ca-
inciso IV. put, será mantida a classificação da informação nos termos da legislação
§ 3o A aplicação da sanção prevista no inciso V é de competência ex- precedente.
clusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública, facultada a § 4o As informações classificadas como secretas e ultras secretas não
defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias reavaliadas no prazo previsto no caput serão consideradas, automatica-
da abertura de vista. mente, de acesso público.
Art. 34. Os órgãos e entidades públicas respondem diretamente pelos Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência desta Lei,
danos causados em decorrência da divulgação não autorizada ou utilização o dirigente máximo de cada órgão ou entidade da administração pública
indevida de informações sigilosas ou informações pessoais, cabendo a federal direta e indireta designará autoridade que lhe seja diretamente
apuração de responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, asse- subordinada para, no âmbito do respectivo órgão ou entidade, exercer as
gurado o respectivo direito de regresso. seguintes atribuições:
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à pessoa física ou I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a informa-
entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer natureza com ção, de forma eficiente e adequada aos objetivos desta Lei;
órgãos ou entidades, tenha acesso a informação sigilosa ou pessoal e a II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e apresentar rela-
submeta a tratamento indevido. tórios periódicos sobre o seu cumprimento;
CAPÍTULO VI III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação e ao
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários ao correto
Art. 35. (VETADO). cumprimento do disposto nesta Lei; e
§ 1o É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informações, IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao cumprimento
que decidirá, no âmbito da administração pública federal, sobre o tratamen- do disposto nesta Lei e seus regulamentos.
to e a classificação de informações sigilosas e terá competência para: Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão da administração
I - requisitar da autoridade que classificar informação como ultrassecre- pública federal responsável:
ta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da informação; I - pela promoção de campanha de abrangência nacional de fomento à
II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de cultura da transparência na administração pública e conscientização do
ofício ou mediante provocação de pessoa interessada, observado o dispos- direito fundamental de acesso à informação;
to no art. 7o e demais dispositivos desta Lei; e II - pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao desenvol-
III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como ultras- vimento de práticas relacionadas à transparência na administração pública;
secreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso ou divulga- III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbito da administração
ção puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional ou à integridade pública federal, concentrando e consolidando a publicação de informações
do território nacional ou grave risco às relações internacionais do País, estatísticas relacionadas no art. 30;
observado o prazo previsto no § 1o do art. 24. IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relatório anual
§ 2o O prazo referido no inciso III é limitado a uma única renovação. com informações atinentes à implementação desta Lei.
Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei no pra-
zo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de sua publicação.

Conhecimentos Específicos 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de X - primariedade - qualidade da informação coletada na fonte, com o má-
1990, passa a vigorar com a seguinte redação: ximo de detalhamento possível, sem modificações;
“Art. 116. .................................................. XI - informação atualizada - informação que reúne os dados mais recen-
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao tes sobre o tema, de acordo com sua natureza, com os prazos previstos em
conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envol- normas específicas ou conforme a periodicidade estabelecida nos sistemas
vimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para informatizados que a organizam; e
apuração; XII - documento preparatório - documento formal utilizado como funda-
Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei no 8.112, de 1990, passa a vi- mento da tomada de decisão ou de ato administrativo, a exemplo de parece-
gorar acrescido do seguinte art. 126-A: res e notas técnicas.
“Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou
administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver Art. 4o A busca e o fornecimento da informação são gratuitos, ressalvada
suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apura- a cobrança do valor referente ao custo dos serviços e dos materiais utilizados,
ção de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tais como reprodução de documentos, mídias digitais e postagem.
tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, Parágrafo único. Está isento de ressarcir os custos dos serviços e dos
emprego ou função pública.” materiais utilizados aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo
Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, em sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei
legislação própria, obedecidas as normas gerais estabelecidas nesta Lei, no 7.115, de 29 de agosto de 1983.
definir regras específicas, especialmente quanto ao disposto no art. 9 o e na CAPÍTULO II
Seção II do Capítulo III. DA ABRANGÊNCIA
Art. 46. Revogam-se: Art. 5o Sujeitam-se ao disposto neste Decreto os órgãos da administra-
I - a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005; e ção direta, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as
II - os arts. 22 a 24 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991. sociedades de economia mista e as demais entidades controladas direta ou
Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data indiretamente pela União.
de sua publicação. § 1o A divulgação de informações de empresas públicas, sociedade de
economia mista e demais entidades controladas pela União que atuem em
DECRETO Nº 7.724, DE 16 DE MAIO DE 2012 regime de concorrência, sujeitas ao disposto no art. 173 da Constituição,
Regulamenta a Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe estará submetida às normas pertinentes da Comissão de Valores Mobiliários,
sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5o, no a fim de assegurar sua competitividade, governança corporativa e, quando
inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição. houver, os interesses de acionistas minoritários.
CAPÍTULO I § 2o Não se sujeitam ao disposto neste Decreto as informações relati-
DISPOSIÇÕES GERAIS vas à atividade empresarial de pessoas físicas ou jurídicas de direito priva-
Art. 1o Este Decreto regulamenta, no âmbito do Poder Executivo federal, do obtidas pelo Banco Central do Brasil, pelas agências reguladoras ou por
os procedimentos para a garantia do acesso à informação e para a classifica- outros órgãos ou entidades no exercício de atividade de controle, regulação
ção de informações sob restrição de acesso, observados grau e prazo de e supervisão da atividade econômica cuja divulgação possa representar
sigilo, conforme o disposto na Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, que vantagem competitiva a outros agentes econômicos.
dispõe sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do
Art. 6o O acesso à informação disciplinado neste Decreto não se aplica:
art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição.
Art. 2o Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal assegura- I - às hipóteses de sigilo previstas na legislação, como fiscal, bancário, de
rão, às pessoas naturais e jurídicas, o direito de acesso à informação, que operações e serviços no mercado de capitais, comercial, profissional, industri-
será proporcionado mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma al e segredo de justiça; e
transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão, observados os II - às informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento cientí-
princípios da administração pública e as diretrizes previstas na Lei no 12.527, ficos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
de 2011. Estado, na forma do §1o do art. 7o da Lei no 12.527, de 2011.
Art. 3o Para os efeitos deste Decreto, considera-se: CAPÍTULO III
I - informação - dados, processados ou não, que podem ser utilizados DA TRANSPARÊNCIA ATIVA
para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio,
Art. 7o É dever dos órgãos e entidades promover, independente de re-
suporte ou formato;
querimento, a divulgação em seus sítios na Internet de informações de inte-
II - dados processados - dados submetidos a qualquer operação ou tra- resse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas, observado o
tamento por meio de processamento eletrônico ou por meio automatizado disposto nos arts. 7o e 8o da Lei no 12.527, de 2011.
com o emprego de tecnologia da informação; § 1o Os órgãos e entidades deverão implementar em seus sítios na Internet
III - documento - unidade de registro de informações, qualquer que seja o seção específica para a divulgação das informações de que trata o caput.
suporte ou formato; § 2o Serão disponibilizados nos sítios na Internet dos órgãos e entidades,
conforme padrão estabelecido pela Secretaria de Comunicação Social da
IV - informação sigilosa - informação submetida temporariamente à restri- Presidência da República:
ção de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança I - banner na página inicial, que dará acesso à seção específica de que
da sociedade e do Estado, e aquelas abrangidas pelas demais hipóteses trata o § 1o; e
legais de sigilo;
II - barra de identidade do Governo federal, contendo ferramenta de redi-
V - informação pessoal - informação relacionada à pessoa natural identifi- recionamento de página para o Portal Brasil e para o sítio principal sobre a Lei
cada ou identificável, relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem; no 12.527, de 2011.
VI - tratamento da informação - conjunto de ações referentes à produção, § 3o Deverão ser divulgadas, na seção específica de que trata o § 1o, in-
recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmis- formações sobre:
são, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação,
I - estrutura organizacional, competências, legislação aplicável, principais
destinação ou controle da informação;
cargos e seus ocupantes, endereço e telefones das unidades, horários de
VII - disponibilidade - qualidade da informação que pode ser conhecida e atendimento ao público;
utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;
II - programas, projetos, ações, obras e atividades, com indicação da
VIII - autenticidade - qualidade da informação que tenha sido produzida, unidade responsável, principais metas e resultados e, quando existentes,
expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou indicadores de resultado e impacto;
sistema;
III - repasses ou transferências de recursos financeiros;
IX - integridade - qualidade da informação não modificada, inclusive quan-
to à origem, trânsito e destino; IV - execução orçamentária e financeira detalhada;

Conhecimentos Específicos 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
V - licitações realizadas e em andamento, com editais, anexos e resulta- requerente o número do protocolo e a data de recebimento do pedido, a partir
dos, além dos contratos firmados e notas de empenho emitidas; da qual se inicia o prazo de resposta.
VI - remuneração e subsídio recebidos por ocupante de cargo, posto, Seção II
graduação, função e emprego público, incluindo auxílios, ajudas de custo, Do Pedido de Acesso à Informação
jetons e quaisquer outras vantagens pecuniárias, bem como proventos de Art. 11. Qualquer pessoa, natural ou jurídica, poderá formular pedido
aposentadoria e pensões daqueles que estiverem na ativa, de maneira indivi- de acesso à informação.
dualizada, conforme ato do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; § 1o O pedido será apresentado em formulário padrão, disponibilizado
VII - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade; e em meio eletrônico e físico, no sítio na Internet e no SIC dos órgãos e
VIII - contato da autoridade de monitoramento, designada nos termos do entidades.
art. 40 da Lei no 12.527, de 2011, e telefone e correio eletrônico do Serviço de § 2o O prazo de resposta será contado a partir da data de apresenta-
Informações ao Cidadão - SIC. ção do pedido ao SIC.
§ 4o As informações poderão ser disponibilizadas por meio de ferramenta § 3o É facultado aos órgãos e entidades o recebimento de pedidos de
de redirecionamento de página na Internet, quando estiverem disponíveis em acesso à informação por qualquer outro meio legítimo, como contato telefô-
outros sítios governamentais. nico, correspondência eletrônica ou física, desde que atendidos os requisi-
§ 5o No caso das empresas públicas, sociedades de economia tos do art. 12.
mista e demais entidades controladas pela União que atuem em regime de § 4o Na hipótese do § 3o, será enviada ao requerente comunicação
concorrência, sujeitas ao disposto no art. 173 da Constituição, aplica-se o com o número de protocolo e a data do recebimento do pedido pelo SIC, a
disposto no § 1o do art. 5o. partir da qual se inicia o prazo de resposta.
§ 6o O Banco Central do Brasil divulgará periodicamente informações re- Art. 12. O pedido de acesso à informação deverá conter:
lativas às operações de crédito praticadas pelas instituições financeiras, I - nome do requerente;
inclusive as taxas de juros mínima, máxima e média e as respectivas tarifas II - número de documento de identificação válido;
bancárias.
III - especificação, de forma clara e precisa, da informação requerida; e
§ 7o A divulgação das informações previstas no § 3o não exclui outras hi-
IV - endereço físico ou eletrônico do requerente, para recebimento de
póteses de publicação e divulgação de informações previstas na legislação.
comunicações ou da informação requerida.
Art. 8o Os sítios na Internet dos órgãos e entidades deverão, em cumpri-
mento às normas estabelecidas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento Art. 13. Não serão atendidos pedidos de acesso à informação:
e Gestão, atender aos seguintes requisitos, entre outros: I - genéricos;
I - conter formulário para pedido de acesso à informação; II - desproporcionais ou desarrazoados; ou
II - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à in- III - que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou conso-
formação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil lidação de dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de
compreensão; dados que não seja de competência do órgão ou entidade.
III - possibilitar gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, Parágrafo único. Na hipótese do inciso III do caput, o órgão ou entida-
inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a de deverá, caso tenha conhecimento, indicar o local onde se encontram as
facilitar a análise das informações; informações a partir das quais o requerente poderá realizar a interpretação,
IV - possibilitar acesso automatizado por sistemas externos em formatos consolidação ou tratamento de dados.
abertos, estruturados e legíveis por máquina; Art. 14. São vedadas exigências relativas aos motivos do pedido de
V - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da in- acesso à informação.
formação; Seção III
VI - garantir autenticidade e integridade das informações disponíveis para Do Procedimento de Acesso à Informação
acesso; Art. 15. Recebido o pedido e estando a informação disponível, o acesso
será imediato.
VII - indicar instruções que permitam ao requerente comunicar-se, por via § 1o Caso não seja possível o acesso imediato, o órgão ou entidade de-
eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade; e verá, no prazo de até vinte dias:
VIII - garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência. I - enviar a informação ao endereço físico ou eletrônico informado;
CAPÍTULO IV II - comunicar data, local e modo para realizar consulta à informação, efe-
DA TRANSPARÊNCIA PASSIVA tuar reprodução ou obter certidão relativa à informação;
Seção I III - comunicar que não possui a informação ou que não tem conhecimen-
Do Serviço de Informação ao Cidadão to de sua existência;
Art. 9o Os órgãos e entidades deverão criar Serviço de Informações ao
Cidadão - SIC, com o objetivo de: IV - indicar, caso tenha conhecimento, o órgão ou entidade responsável
pela informação ou que a detenha; ou
I - atender e orientar o público quanto ao acesso à informação;
V - indicar as razões da negativa, total ou parcial, do acesso.
II - informar sobre a tramitação de documentos nas unidades; e
§ 2o Nas hipóteses em que o pedido de acesso demandar manuseio
III - receber e registrar pedidos de acesso à informação. de grande volume de documentos, ou a movimentação do documento
Parágrafo único. Compete ao SIC: puder comprometer sua regular tramitação, será adotada a medida prevista
I - o recebimento do pedido de acesso e, sempre que possível, o forneci- no inciso II do § 1o.
mento imediato da informação; § 3o Quando a manipulação puder prejudicar a integridade da informa-
II - o registro do pedido de acesso em sistema eletrônico específico e a ção ou do documento, o órgão ou entidade deverá indicar data, local e
entrega de número do protocolo, que conterá a data de apresentação do modo para consulta, ou disponibilizar cópia, com certificação de que confe-
pedido; e re com o original.
§ 4o Na impossibilidade de obtenção de cópia de que trata o § 3o, o re-
III - o encaminhamento do pedido recebido e registrado à unidade res- querente poderá solicitar que, às suas expensas e sob supervisão de
ponsável pelo fornecimento da informação, quando couber. servidor público, a reprodução seja feita por outro meio que não ponha em
Art. 10. O SIC será instalado em unidade física identificada, de fácil risco a integridade do documento original.
acesso e aberta ao público. Art. 16. O prazo para resposta do pedido poderá ser prorrogado por
§ 1o Nas unidades descentralizadas em que não houver SIC será ofere- dez dias, mediante justificativa encaminhada ao requerente antes do térmi-
cido serviço de recebimento e registro dos pedidos de acesso à informação. no do prazo inicial de vinte dias.
§ 2o Se a unidade descentralizada não detiver a informação, o pedido se-
rá encaminhado ao SIC do órgão ou entidade central, que comunicará ao Art. 17. Caso a informação esteja disponível ao público em formato
impresso, eletrônico ou em outro meio de acesso universal, o órgão ou

Conhecimentos Específicos 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
entidade deverá orientar o requerente quanto ao local e modo para consul- Mista de Reavaliação de Informações, observados os procedimentos pre-
tar, obter ou reproduzir a informação. vistos no Capítulo VI.
Parágrafo único. Na hipótese do caput o órgão ou entidade desobriga- CAPÍTULO V
se do fornecimento direto da informação, salvo se o requerente declarar DAS INFORMAÇÕES CLASSIFICADAS EM GRAU DE SIGILO
não dispor de meios para consultar, obter ou reproduzir a informação. Seção I
Art. 18. Quando o fornecimento da informação implicar reprodução de Da Classificação de Informações quanto ao Grau e Prazos de Sigilo
documentos, o órgão ou entidade, observado o prazo de resposta ao pedi-
Art. 25. São passíveis de classificação as informações consideradas
do, disponibilizará ao requerente Guia de Recolhimento da União - GRU ou
documento equivalente, para pagamento dos custos dos serviços e dos imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado, cuja divulgação
materiais utilizados. ou acesso irrestrito possam:
Parágrafo único. A reprodução de documentos ocorrerá no prazo de dez I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do
dias, contado da comprovação do pagamento pelo requerente ou da entrega território nacional;
de declaração de pobreza por ele firmada, nos termos da Lei no 7.115, de II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as rela-
1983, ressalvadas hipóteses justificadas em que, devido ao volume ou ao ções internacionais do País;
estado dos documentos, a reprodução demande prazo superior. III - prejudicar ou pôr em risco informações fornecidas em caráter sigi-
Art. 19. Negado o pedido de acesso à informação, será enviada ao re- loso por outros Estados e organismos internacionais;
querente, no prazo de resposta, comunicação com: IV - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
I - razões da negativa de acesso e seu fundamento legal; V - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou mo-
II - possibilidade e prazo de recurso, com indicação da autoridade que netária do País;
o apreciará; e VI - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das
III - possibilidade de apresentação de pedido de desclassificação da in- Forças Armadas;
formação, quando for o caso, com indicação da autoridade classificadora VII - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvi-
que o apreciará. mento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações
§1o As razões de negativa de acesso a informação classificada indica- ou áreas de interesse estratégico nacional, observado o disposto no inciso
rão o fundamento legal da classificação, a autoridade que a classificou e o II do caput do art. 6o;
código de indexação do documento classificado. VIII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades
§ 2o Os órgãos e entidades disponibilizarão formulário padrão para nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou
apresentação de recurso e de pedido de desclassificação. IX - comprometer atividades de inteligência, de investigação ou de fiscaliza-
Art. 20. O acesso a documento preparatório ou informação nele conti- ção em andamento, relacionadas com prevenção ou repressão de infrações.
da, utilizados como fundamento de tomada de decisão ou de ato adminis- Art. 26. A informação em poder dos órgãos e entidades, observado o
trativo, será assegurado a partir da edição do ato ou decisão. seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade
Parágrafo único. O Ministério da Fazenda e o Banco Central do Brasil ou do Estado, poderá ser classificada no grau ultrassecreto, secreto ou
classificarão os documentos que embasarem decisões de política econômi- reservado.
ca, tais como fiscal, tributária, monetária e regulatória. Art. 27. Para a classificação da informação em grau de sigilo, deverá
Seção IV ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos
Dos Recursos restritivo possível, considerados:
Art. 21. No caso de negativa de acesso à informação ou de não forne- I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Esta-
cimento das razões da negativa do acesso, poderá o requerente apresentar do; e
recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à autoridade II - o prazo máximo de classificação em grau de sigilo ou o evento que
hierarquicamente superior à que adotou a decisão, que deverá apreciá-lo defina seu termo final.
no prazo de cinco dias, contado da sua apresentação. Art. 28. Os prazos máximos de classificação são os seguintes:
Parágrafo único. Desprovido o recurso de que trata o caput, poderá o I - grau ultrassecreto: vinte e cinco anos;
requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da II - grau secreto: quinze anos; e
decisão, à autoridade máxima do órgão ou entidade, que deverá se mani- III - grau reservado: cinco anos.
festar em cinco dias contados do recebimento do recurso.
Parágrafo único. Poderá ser estabelecida como termo final de restrição
Art. 22. No caso de omissão de resposta ao pedido de acesso à infor- de acesso a ocorrência de determinado evento, observados os prazos
mação, o requerente poderá apresentar reclamação no prazo de dez dias à máximos de classificação.
autoridade de monitoramento de que trata o art. 40 da Lei no 12.527, de
2011, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebi- Art. 29. As informações que puderem colocar em risco a segurança do
mento da reclamação. Presidente da República, Vice-Presidente e seus cônjuges e filhos serão
classificadas no grau reservado e ficarão sob sigilo até o término do manda-
§ 1o O prazo para apresentar reclamação começará trinta dias após a to em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição.
apresentação do pedido.
Art. 30. A classificação de informação é de competência:
§ 2o A autoridade máxima do órgão ou entidade poderá designar outra
I - no grau ultrassecreto, das seguintes autoridades:
autoridade que lhe seja diretamente subordinada como responsável pelo
recebimento e apreciação da reclamação. a) Presidente da República;
Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. 21 b) Vice-Presidente da República;
ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas;
apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à d) Comandantes da Marinha, do Exército, da Aeronáutica; e
Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exte-
dias, contado do recebimento do recurso. rior;
§ 1o A Controladoria-Geral da União poderá determinar que o órgão ou II - no grau secreto, das autoridades referidas no inciso I do caput, dos
entidade preste esclarecimentos. titulares de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
§ 2o Provido o recurso, a Controladoria-Geral da União fixará prazo pa- economia mista; e
ra o cumprimento da decisão pelo órgão ou entidade. III - no grau reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II do
Art. 24. No caso de negativa de acesso à informação, ou às razões da caput e das que exerçam funções de direção, comando ou chefia do Gru-
negativa do acesso de que trata o caput do art. 21, desprovido o recurso po-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível DAS 101.5 ou
pela Controladoria-Geral da União, o requerente poderá apresentar, no superior, e seus equivalentes.
prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, recurso à Comissão

Conhecimentos Específicos 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


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§ 1o É vedada a delegação da competência de classificação nos graus Parágrafo único. Para o cumprimento do disposto no caput, além do
de sigilo ultrassecreto ou secreto. disposto no art. 27, deverá ser observado:
§ 2o O dirigente máximo do órgão ou entidade poderá delegar a com- I - o prazo máximo de restrição de acesso à informação, previsto no art.
petência para classificação no grau reservado a agente público que exerça 28;
função de direção, comando ou chefia. II - o prazo máximo de quatro anos para revisão de ofício das informa-
§ 3o É vedada a subdelegação da competência de que trata o § 2o. ções classificadas no grau ultrassecreto ou secreto, previsto no inciso I do
§ 4o Os agentes públicos referidos no § 2o deverão dar ciência do ato caput do art. 47;
de classificação à autoridade delegante, no prazo de noventa dias. III - a permanência das razões da classificação;
§ 5o A classificação de informação no grau ultrassecreto pelas autori- IV - a possibilidade de danos ou riscos decorrentes da divulgação ou
dades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I do caput deverá ser ratifi- acesso irrestrito da informação; e
cada pelo Ministro de Estado, no prazo de trinta dias. V - a peculiaridade das informações produzidas no exterior por autori-
§ 6o Enquanto não ratificada, a classificação de que trata o § 5 o consi- dades ou agentes públicos.
dera-se válida, para todos os efeitos legais. Art. 36. O pedido de desclassificação ou de reavaliação da classifica-
Seção II ção poderá ser apresentado aos órgãos e entidades independente de existir
Dos Procedimentos para Classificação de Informação prévio pedido de acesso à informação.
Art. 31. A decisão que classificar a informação em qualquer grau de Parágrafo único. O pedido de que trata o caput será endereçado à au-
sigilo deverá ser formalizada no Termo de Classificação de Informação - toridade classificadora, que decidirá no prazo de trinta dias.
TCI, conforme modelo contido no Anexo, e conterá o seguinte: Art. 37. Negado o pedido de desclassificação ou de reavaliação pela au-
I - código de indexação de documento; toridade classificadora, o requerente poderá apresentar recurso no prazo de
II - grau de sigilo; dez dias, contado da ciência da negativa, ao Ministro de Estado ou à autori-
dade com as mesmas prerrogativas, que decidirá no prazo de trinta dias.
III - categoria na qual se enquadra a informação;
§ 1o Nos casos em que a autoridade classificadora esteja vinculada a
IV - tipo de documento; autarquia, fundação, empresa pública ou sociedade de economia mista, o
V - data da produção do documento; recurso seráapresentado ao dirigente máximo da entidade.
VI - indicação de dispositivo legal que fundamenta a classificação; § 2o No caso das Forças Armadas, o recurso será apresentado primei-
VII - razões da classificação, observados os critérios estabelecidos no ramente perante o respectivo Comandante, e, em caso de negativa, ao
art. 27; Ministro de Estado da Defesa.
VIII - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou § 3o No caso de informações produzidas por autoridades ou agentes
do evento que defina o seu termo final, observados os limites previstos no públicos no exterior, o requerimento de desclassificação e reavaliação será
art. 28; apreciado pela autoridade hierarquicamente superior que estiver em territó-
IX - data da classificação; e rio brasileiro.
X - identificação da autoridade que classificou a informação. § 4o Desprovido o recurso de que tratam o caput e os §§1o a 3o, pode-
§ 1o O TCI seguirá anexo à informação. rá o requerente apresentar recurso à Comissão Mista de Reavaliação de
Informações, no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão.
§ 2o As informações previstas no inciso VII do caput deverão ser man-
tidas no mesmo grau de sigilo que a informação classificada. Art. 38. A decisão da desclassificação, reclassificação ou redução do
prazo de sigilo de informações classificadas deverá constar das capas dos
§ 3o A ratificação da classificação de que trata o § 5 o do art. 30 deverá
processos, se houver, e de campo apropriado no TCI.
ser registrada no TCI.
Art. 32. A autoridade ou outro agente público que classificar informa- Seção IV
ção no grau ultrassecreto ou secreto deverá encaminhar cópia do TCI à Disposições Gerais
Comissão Mista de Reavaliação de Informações no prazo de trinta dias, Art. 39. As informações classificadas no grau ultrassecreto ou secreto
contado da decisão de classificação ou de ratificação. serão definitivamente preservadas, nos termos da Lei no 8.159, de 1991,
Art. 33. Na hipótese de documento que contenha informações classifi- observados os procedimentos de restrição de acesso enquanto vigorar o
cadas em diferentes graus de sigilo, será atribuído ao documento tratamen- prazo da classificação.
to do grau de sigilo mais elevado, ficando assegurado o acesso às partes Art. 40. As informações classificadas como documentos de guarda
não classificadas por meio de certidão, extrato ou cópia, com ocultação da permanente que forem objeto de desclassificação serão encaminhadas ao
parte sob sigilo. Arquivo Nacional, ao arquivo permanente do órgão público, da entidade
Art. 34. Os órgãos e entidades poderão constituir Comissão Perma- pública ou da instituição de caráter público, para fins de organização,
nente de Avaliação de Documentos Sigilosos - CPADS, com as seguintes preservação e acesso.
atribuições: Art. 41. As informações sobre condutas que impliquem violação dos di-
I - opinar sobre a informação produzida no âmbito de sua atuação para reitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades
fins de classificação em qualquer grau de sigilo; públicas não poderão ser objeto de classificação em qualquer grau de sigilo
II - assessorar a autoridade classificadora ou a autoridade hierarquica- nem ter seu acesso negado.
mente superior quanto à desclassificação, reclassificação ou reavaliação de Art. 42. Não poderá ser negado acesso às informações necessárias à
informação classificada em qualquer grau de sigilo; tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais.
III - propor o destino final das informações desclassificadas, indicando Parágrafo único. O requerente deverá apresentar razões que demons-
os documentos para guarda permanente, observado o disposto na Lei no trem a existência de nexo entre as informações requeridas e o direito que
8.159, de 8 de janeiro de 1991; e se pretende proteger.
IV - subsidiar a elaboração do rol anual de informações desclassifica- Art. 43. O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classifi-
das e documentos classificados em cada grau de sigilo, a ser disponibiliza- cada em qualquer grau de sigilo ficarão restritos a pessoas que tenham
do na Internet. necessidade de conhecê-la e que sejam credenciadas segundo as normas
Seção III fixadas pelo Núcleo de Segurança e Credenciamento, instituído no âmbito
Da Desclassificação e Reavaliação da do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, sem
Informação Classificada em Grau de Sigilo prejuízo das atribuições de agentes públicos autorizados por lei.
Art. 35. A classificação das informações será reavaliada pela autorida- Art. 44. As autoridades do Poder Executivo federal adotarão as provi-
de classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, mediante dências necessárias para que o pessoal a elas subordinado conheça as
provocação ou de ofício, para desclassificação ou redução do prazo de normas e observe as medidas e procedimentos de segurança para trata-
sigilo. mento de informações classificadas em qualquer grau de sigilo.

Conhecimentos Específicos 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Parágrafo único. A pessoa natural ou entidade privada que, em razão Parágrafo único. As reuniões serão realizadas com a presença de no
de qualquer vínculo com o Poder Público, executar atividades de tratamen- mínimo seis integrantes.
to de informações classificadas, adotará as providências necessárias para Art. 49. Os requerimentos de prorrogação do prazo de classificação de
que seus empregados, prepostos ou representantes observem as medidas informação no grau ultrassecreto, a que se refere o inciso IV do caput do
e procedimentos de segurança das informações. art. 47, deverão ser encaminhados à Comissão Mista de Reavaliação de
Art. 45. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publicará Informações em até um ano antes do vencimento do termo final de restrição
anualmente, até o dia 1° de junho, em sítio na Internet: de acesso.
I - rol das informações desclassificadas nos últimos doze meses; Parágrafo único. O requerimento de prorrogação do prazo de sigilo de
II - rol das informações classificadas em cada grau de sigilo, que deve- informação classificada no grau ultrassecreto deverá ser apreciado, impre-
rá conter: terivelmente, em até três sessões subsequentes à data de sua autuação,
a) código de indexação de documento; ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais delibe-
rações da Comissão.
b) categoria na qual se enquadra a informação;
Art. 50. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações deverá
c) indicação de dispositivo legal que fundamenta a classificação; e apreciar os recursos previstos no inciso III do caput do art. 47, impreteri-
d) data da produção, data da classificação e prazo da classificação; velmente, até a terceira reunião ordinária subsequente à data de sua autu-
III - relatório estatístico com a quantidade de pedidos de acesso à in- ação.
formação recebidos, atendidos e indeferidos; e Art. 51. A revisão de ofício da informação classificada no grau ultras-
IV - informações estatísticas agregadas dos requerentes. secreto ou secreto será apreciada em até três sessões anteriores à data de
Parágrafo único. Os órgãos e entidades deverão manter em meio físi- sua desclassificação automática.
co as informações previstas no caput, para consulta pública em suas Art. 52. As deliberações da Comissão Mista de Reavaliação de Infor-
sedes. mações serão tomadas:
CAPÍTULO VI I - por maioria absoluta, quando envolverem as competências previstas
DA COMISSÃO MISTA DE REAVALIAÇÃO DE nos incisos I e IV do caput do art.47; e
INFORMAÇÕES CLASSIFICADAS II - por maioria simples dos votos, nos demais casos.
Art. 46. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações, instituída Parágrafo único. A Casa Civil da Presidência da República poderá
nos termos do § 1o do art. 35 da Lei no 12.527, de 2011, será integrada exercer, além do voto ordinário, o voto de qualidade para desempate.
pelos titulares dos seguintes órgãos: Art. 53. A Casa Civil da Presidência da República exercerá as funções
I - Casa Civil da Presidência da República, que a presidirá; de Secretaria-Executiva da Comissão Mista de Reavaliação de Informa-
II - Ministério da Justiça; ções, cujas competências serão definidas em regimento interno.
III - Ministério das Relações Exteriores; Art. 54. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações aprovará,
IV - Ministério da Defesa; por maioria absoluta, regimento interno que disporá sobre sua organização
e funcionamento.
V - Ministério da Fazenda;
Parágrafo único. O regimento interno deverá ser publicado no Diário
VI - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
Oficial da União no prazo de noventa dias após a instalação da Comissão.
VII - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;
VIII - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; CAPÍTULO VII
IX - Advocacia-Geral da União; e DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS
X - Controladoria Geral da União. Art. 55. As informações pessoais relativas à intimidade, vida privada,
honra e imagem detidas pelos órgãos e entidades:
Parágrafo único. Cada integrante indicará suplente a ser designado
por ato do Presidente da Comissão. I - terão acesso restrito a agentes públicos legalmente autorizados e a
pessoa a que se referirem, independentemente de classificação de sigilo,
Art. 47. Compete à Comissão Mista de Reavaliação de Informações:
pelo prazo máximo de cem anos a contar da data de sua produção; e
I - rever, de ofício ou mediante provocação, a classificação de informa-
II - poderão ter sua divulgação ou acesso por terceiros autorizados por
ção no grau ultrassecreto ou secreto ou sua reavaliação, no máximo a cada
previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que se referirem.
quatro anos;
Parágrafo único. Caso o titular das informações pessoais esteja morto
II - requisitar da autoridade que classificar informação no grau ultrasse-
ou ausente, os direitos de que trata este artigo assistem ao cônjuge ou
creto ou secreto esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral, da infor- companheiro, aos descendentes ou ascendentes, conforme o disposto no
mação, quando as informações constantes do TCI não forem suficientes
parágrafo único do art. 20 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e na
para a revisão da classificação;
Lei no 9.278, de 10 de maio de 1996.
III - decidir recursos apresentados contra decisão proferida: Art. 56. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de for-
a) pela Controladoria-Geral da União, em grau recursal, a pedido de ma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem
acesso à informação ou às razões da negativa de acesso à informação; ou das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
b) pelo Ministro de Estado ou autoridade com a mesma prerrogativa, Art. 57. O consentimento referido no inciso II do caput do art. 55 não
em grau recursal, a pedido de desclassificação ou reavaliação de informa- será exigido quando o acesso à informação pessoal for necessário:
ção classificada;
I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou
IV - prorrogar por uma única vez, e por período determinado não supe- legalmente incapaz, e para utilização exclusivamente para o tratamento
rior a vinte e cinco anos, o prazo de sigilo de informação classificada no médico;
grau ultrassecreto, enquanto seu acesso ou divulgação puder ocasionar II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente inte-
ameaça externa à soberania nacional, à integridade do território nacional ou resse público ou geral, previstos em lei, vedada a identificação da pessoa a
grave risco às relações internacionais do País, limitado ao máximo de
que a informação se referir;
cinquenta anos o prazo total da classificação; e
III - ao cumprimento de decisão judicial;
V - estabelecer orientações normativas de caráter geral a fim de suprir
eventuais lacunas na aplicação da Lei no 12.527, de 2011. IV - à defesa de direitos humanos de terceiros; ou
Parágrafo único. A não deliberação sobre a revisão de ofício no prazo V - à proteção do interesse público geral e preponderante.
previsto no inciso I do caput implicará a desclassificação automática das Art. 58. A restrição de acesso a informações pessoais de que trata o
informações. art. 55 não poderá ser invocada:
Art. 48. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações se reunirá, I - com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades,
ordinariamente, uma vez por mês, e, extraordinariamente, sempre que conduzido pelo Poder Público, em que o titular das informações for parte ou
convocada por seu Presidente. interessado; ou

Conhecimentos Específicos 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
II - quando as informações pessoais não classificadas estiverem conti- ajuste ou instrumento congênere, serão atualizadas periodicamente e
das em conjuntos de documentos necessários à recuperação de fatos ficarão disponíveis até cento e oitenta dias após a entrega da prestação de
históricos de maior relevância. contas final.
Art. 59. O dirigente máximo do órgão ou entidade poderá, de ofício ou Art. 64. Os pedidos de informação referentes aos convênios, contratos,
mediante provocação, reconhecer a incidência da hipótese do inciso II do termos de parcerias, acordos, ajustes ou instrumentos congêneres previs-
caput do art. 58, de forma fundamentada, sobre documentos que tenha tos no art. 63 deverão ser apresentados diretamente aos órgãos e entida-
produzido ou acumulado, e que estejam sob sua guarda. des responsáveis pelo repasse de recursos.
§ 1o Para subsidiar a decisão de reconhecimento de que trata o caput, CAPÍTULO IX
o órgão ou entidade poderá solicitar a universidades, instituições de pes- DAS RESPONSABILIDADES
quisa ou outras entidades com notória experiência em pesquisa historiográ- Art. 65. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do
fica a emissão de parecer sobre a questão. agente público ou militar:
§ 2o A decisão de reconhecimento de que trata o caput será precedida I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos deste Decre-
de publicação de extrato da informação, com descrição resumida do assun- to, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencional-
to, origem e período do conjunto de documentos a serem considerados de mente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;
acesso irrestrito, com antecedência de no mínimo trinta dias. II - utilizar indevidamente, subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar
§ 3o Após a decisão de reconhecimento de que trata o § 2 o, os docu- ou ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua
mentos serão considerados de acesso irrestrito ao público. guarda, a que tenha acesso ou sobre que tenha conhecimento em razão do
§ 4o Na hipótese de documentos de elevado valor histórico destinados exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;
à guarda permanente, caberá ao dirigente máximo do Arquivo Nacional, ou III - agir com dolo ou má-fé na análise dos pedidos de acesso à infor-
à autoridade responsável pelo arquivo do órgão ou entidade pública que os mação;
receber, decidir, após seu recolhimento, sobre o reconhecimento, observa- IV - divulgar, permitir a divulgação, acessar ou permitir acesso indevido
do o procedimento previsto neste artigo. a informação classificada em grau de sigilo ou a informação pessoal;
Art. 60. O pedido de acesso a informações pessoais observará os pro- V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro,
cedimentos previstos no Capítulo IV e estará condicionado à comprovação ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem;
da identidade do requerente. VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente informação
Parágrafo único. O pedido de acesso a informações pessoais por ter- classificada em grau de sigilo para beneficiar a si ou a outrem, ou em
ceiros deverá ainda estar acompanhado de: prejuízo de terceiros; e
I - comprovação do consentimento expresso de que trata o inciso II do VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes
caput do art. 55, por meio de procuração; a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado.
II - comprovação das hipóteses previstas no art. 58; § 1o Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa e do devido
III - demonstração do interesse pela recuperação de fatos históricos de processo legal, as condutas descritas no caput serão consideradas:
maior relevância, observados os procedimentos previstos no art. 59; ou I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças Armadas,
IV - demonstração da necessidade do acesso à informação requerida transgressões militares médias ou graves, segundo os critérios neles
para a defesa dos direitos humanos ou para a proteção do interesse público estabelecidos, desde que não tipificadas em lei como crime ou contra-
e geral preponderante. venção penal; ou
Art. 61. O acesso à informação pessoal por terceiros será condiciona- II - para fins do disposto na Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
do à assinatura de um termo de responsabilidade, que disporá sobre a infrações administrativas, que deverão ser apenadas, no mínimo, com
finalidade e a destinação que fundamentaram sua autorização, sobre as suspensão, segundo os critérios estabelecidos na referida lei.
obrigações a que se submeterá o requerente. § 2o Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou agente pú-
§ 1o A utilização de informação pessoal por terceiros vincula-se à fina- blico responder, também, por improbidade administrativa, conforme o
lidade e à destinação que fundamentaram a autorização do acesso, vedada disposto nas Leis no 1.079, de 10 de abril de 1950, e no 8.429, de 2 de
sua utilização de maneira diversa. junho de 1992.
§ 2o Aquele que obtiver acesso às informações pessoais de terceiros Art. 66. A pessoa natural ou entidade privada que detiver informações
será responsabilizado por seu uso indevido, na forma da lei. em virtude de vínculo de qualquer natureza com o Poder Público e praticar
conduta prevista no art. 65, estará sujeita às seguintes sanções:
Art. 62. Aplica-se, no que couber, a Lei no 9.507, de 12 de novembro
I - advertência;
de 1997, em relação à informação de pessoa, natural ou jurídica, constante
de registro ou banco de dados de órgãos ou entidades governamentais ou II - multa;
de caráter público. III - rescisão do vínculo com o Poder Público;
CAPÍTULO VIII IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de
DAS ENTIDADES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS contratar com a administração pública por prazo não superior a dois anos; e
Art. 63. As entidades privadas sem fins lucrativos que receberem re- V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a adminis-
cursos públicos para realização de ações de interesse público deverão dar tração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a autoridade
publicidade às seguintes informações: que aplicou a penalidade.
I - cópia do estatuto social atualizado da entidade; § 1o A sanção de multa poderá ser aplicada juntamente com as san-
II - relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade; e ções previstas nos incisos I, III e IV do caput.
III - cópia integral dos convênios, contratos, termos de parcerias, acor- § 2o A multa prevista no inciso II do caput será aplicada sem prejuízo
dos, ajustes ou instrumentos congêneres realizados com o Poder Executivo da reparação pelos danos e não poderá ser:
federal, respectivos aditivos, e relatórios finais de prestação de contas, na I - inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) nem superior a R$ 200.000,00 (du-
forma da legislação aplicável. zentos mil reais), no caso de pessoa natural; ou
§ 1o As informações de que trata o caput serão divulgadas em sítio na II - inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) nem superior a R$
Internet da entidade privada e em quadro de avisos de amplo acesso 600.000,00 (seiscentos mil reais), no caso de entidade privada.
público em sua sede. § 3o A reabilitação referida no inciso V do caput será autorizada so-
§ 2o A divulgação em sítio na Internet referida no §1o poderá ser dis- mente quando a pessoa natural ou entidade privada efetivar o ressarcimen-
pensada, por decisão do órgão ou entidade pública, e mediante expressa to ao órgão ou entidade dos prejuízos resultantes e depois de decorrido o
justificação da entidade, nos casos de entidades privadas sem fins lucrati- prazo da sanção aplicada com base no inciso IV do caput.
vos que não disponham de meios para realizá-la. § 4o A aplicação da sanção prevista no inciso V do caput é de compe-
§ 3o As informações de que trata o caput deverão ser publicadas a tência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública.
partir da celebração do convênio, contrato, termo de parceria, acordo,

Conhecimentos Específicos 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
§ 5o O prazo para apresentação de defesa nas hipóteses previstas CAPÍTULO XI
neste artigo é de dez dias, contado da ciência do ato. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 71. Os órgãos e entidades adequarão suas políticas de gestão da
CAPÍTULO X informação, promovendo os ajustes necessários aos processos de registro,
DO MONITORAMENTO DA APLICAÇÃO DA LEI processamento, trâmite e arquivamento de documentos e informações.
Seção I Art. 72. Os órgãos e entidades deverão reavaliar as informações clas-
Da Autoridade de Monitoramento sificadas no grau ultrassecreto e secreto no prazo máximo de dois anos,
contado do termo inicial de vigência da Lei no 12.527, de 2011.
Art. 67. O dirigente máximo de cada órgão ou entidade designará auto-
ridade que lhe seja diretamente subordinada para exercer as seguintes § 1o A restrição de acesso a informações, em razão da reavaliação
atribuições: prevista no caput, deverá observar os prazos e condições previstos neste
Decreto.
I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informa-
ção, de forma eficiente e adequada aos objetivos da Lei no 12.527, de 2011; § 2o Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação previsto no ca-
put, será mantida a classificação da informação, observados os prazos e
II - avaliar e monitorar a implementação do disposto neste Decreto e disposições da legislação precedente.
apresentar ao dirigente máximo de cada órgão ou entidade relatório anual
sobre o seu cumprimento, encaminhando-o à Controladoria-Geral da União; § 3o As informações classificadas no grau ultrassecreto e secreto não
reavaliadas no prazo previsto no caput serão consideradas, automatica-
III - recomendar medidas para aperfeiçoar as normas e procedimentos mente, desclassificadas.
necessários à implementação deste Decreto;
Art. 73. A publicação anual de que trata o art. 45 terá inicio em junho
IV - orientar as unidades no que se refere ao cumprimento deste Decre- de 2013.
to; e
Art. 74. O tratamento de informação classificada resultante de trata-
V - manifestar-se sobre reclamação apresentada contra omissão de au- dos, acordos ou atos internacionais atenderá às normas e recomendações
toridade competente, observado o disposto no art. 22. desses instrumentos.
Art. 75. Aplica-se subsidiariamente a Lei no 9.784, de 29 de janeiro de
Seção II 1999, aos procedimentos previstos neste Decreto.
Das Competências Relativas ao Monitoramento Art. 76. Este Decreto entra em vigor em 16 de maio de 2012.
Art. 68. Compete à Controladoria-Geral da União, observadas as com-
petências dos demais órgãos e entidades e as previsões específicas neste
Decreto:
I - definir o formulário padrão, disponibilizado em meio físico e eletrôni- CORRESPONDÊNCIA OFICIAL.
co, que estará à disposição no sítio na Internet e no SIC dos órgãos e
entidades, de acordo com o § 1o do art. 11;
ATA
II - promover campanha de abrangência nacional de fomento à cultura
da transparência na administração pública e conscientização sobre o direito
1 – Conceito
fundamental de acesso à informação;
Uma ata refere-se ao resumo dos fatos de uma reunião de pessoas ou
III - promover o treinamento dos agentes públicos e, no que couber, a assembleia para um determinado fim já divulgado.
capacitação das entidades privadas sem fins lucrativos, no que se refere ao
desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na administração 1.2 – Modelo
pública; Uma ata deverá conter um cabeçalho constituído do número, da ata e
IV - monitorar a implementação da Lei no 12.527, de 2011, concentran- do nome dos participantes do grupo que se encontram reunidos, uma
do e consolidando a publicação de informações estatísticas relacionadas no abertura indicando, por extenso, dia, mês, ano, hora, local da reunião e
art. 45; nome de quem a preside, bem como a finalidade de tal evento, transcrita da
V - preparar relatório anual com informações referentes à implementa- ordem do dia que consta da convocação. Seguindo estes itens, virá um
ção da Lei no 12.527, de 2011, a ser encaminhado ao Congresso Nacional; pronunciamento referindo-se aos participantes e, a partir disso, a declara-
VI - monitorar a aplicação deste Decreto, especialmente o cumprimento ção de abertura da seção. Acompanhando estes elementos, virá uma
dos prazos e procedimentos; e relação nominal identificando os presentes, a aprovação da ata anterior, a
declaração objetiva e sintética dos fatos a serem tratados no evento e, por
VII - definir, em conjunto com a Casa Civil da Presidência da República,
último, um fechamento com as considerações finais.
diretrizes e procedimentos complementares necessários à implementação
da Lei no12.527, de 2011.
Conforme segue, vejamos um exemplo:
Art. 69. Compete à Controladoria-Geral da União e ao Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, observadas as competências dos Ata da 1a reunião dos formandos de Letras 2002 da FURG
demais órgãos e entidades e as previsões específicas neste Decreto, por
meio de ato conjunto: Aos dezessete dias do mês de julho, de dois mil e um, às dezenove ho-
I - estabelecer procedimentos, regras e padrões de divulgação de in- ras e trinta minutos, na sala B, no Campus Carreiros, sob a presidência da
formações ao público, fixando prazo máximo para atualização; e Comissão de Formatura, formada pelos alunos Fulano de tal, Beltrano e
II - detalhar os procedimentos necessários à busca, estruturação e Ciclano, reuniram-se os formandos interessados na organização da forma-
prestação de informações no âmbito do SIC. tura. Após constatada a presença de todos os alunos e feita a identificação
Art. 70. Compete ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidên- do empenho de formatura, a comissão presidente declarou aberta a reuni-
cia da República, observadas as competências dos demais órgãos e enti- ão. A reunião iniciou-se com a solicitação que a partir de dezessete de
dades e as previsões específicas neste Decreto: agosto fossem viabilizados os processos de arrecadação de valores para a
formatura. A comissão informou que o valor a ser arrecadado será de R$
I - estabelecer regras de indexação relacionadas à classificação de in-
12.000,00. Para tanto, pediu-se o afinco de todos os presentes na seção.
formação;
Por fim, estando os presentes de acordo com o que foi deliberado, os Srs.
II - expedir atos complementares e estabelecer procedimentos relativos presidentes encerraram a reunião, da qual eu, Maria da Silva, secretária
ao credenciamento de segurança de pessoas, órgãos e entidades públicos designada, lavrei a presente ata, após lida e aprovada será assinada por
ou privados, para o tratamento de informações classificadas; e mim e pelos presentes.
III - promover, por meio do Núcleo de Credenciamento de Segurança, o
credenciamento de segurança de pessoas, órgãos e entidades públicos ou Rio Grande, dezessete de julho de dois mil.
privados, para o tratamento de informações classificadas. (seguem as assinaturas)

Conhecimentos Específicos 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ATESTADO Vejamos o exemplo que segue:
Rio Grande, 01 de abril de 2000 C.n° 023/00
1 – Conceito
Um atestado constitui-se de uma declaração feita por uma pessoa a fa- À
vor de outra, procurando atestar uma verdade em que se acredita. Divisão de Letras
COMCUR
1.2 - Modelo Av. Itália, 1500
O presente documento deverá conter em sua estrutura um timbre, loca- 05523 - 210 Rio Grande – RS
lizado no alto, um título (ATESTADO) escrito em fonte maiúscula, abaixo do Prezados Senhores,
timbre, no centro da folha, e com espaço de 10 linhas entre o nome e o
timbre. Na sequência deverá apresentar-se um texto constituído de um Gostaria de convidá-los a participar do evento que integrará os alunos
parágrafo e localizado três espaços abaixo do título, localidade e data do curso de Letras Português. Tal evento proporcionará debates acerca do
centralizados à direita da página, dois espaços abaixo do texto e, por fim, a ensino de gramática na escola, nos dias atuais.
assinatura disposta a quatro espaços abaixo da data, acima do nome
datilografado somente com as iniciais maiúsculas. Atenciosamente,
Vejamos um exemplo: Marcos Pereira
Fundação Universidade Federal do Rio Grande Reitor
Departamento de Letras e Artes
COMCUR-LETRAS CERTIDÃO
ATESTADO
Atesto, para os devidos fins, que o aluno Pedro de Aguiar está regu- 1 – Conceito
larmente matriculado no segundo ano do curso de Letras/ Português, A certidão é revestida de formalidades legais, através da qual se certifi-
cursando as disciplinas de Língua Portuguesa II, Linguística II, Teoria da ca algo retirado de um outro documento ou livro.
Literatura II, Filologia Românica, Estrutura e Funcionamento do Ensino de
Primeiro e Segundo Graus, Didática Geral/ Letras e Ficção Portuguesa 1.2 – Modelo
Contemporânea. A estrutura da certidão constitui-se de um timbre e, três linhas abaixo, a
Rio Grande, 22 de outubro de 2000. palavra certidão em letras maiúsculas, seguida de um número. Acompa-
Maria Souza nhando estes elementos, virá um texto exposto três espaços abaixo do
Chefe do DRA título, um fecho, local e data por extenso e, por último, a assinatura.

CIRCULAR
AVISO
1 – Conceito
1. Conceito Uma circular é uma forma multidirecional que possibilita uma instituição
Um aviso constitui-se em um tipo de comunicação, direta ou indireta, dirigir-se, ao mesmo tempo, a várias repartições ou pessoas.
afixada em local público ou privado, com características amplas e variadas.
1.2 - Modelo
1.2 – Modelo Uma circular constitui-se do nome do órgão ou empresa e da data loca-
Um aviso deve apresentar um timbre e um símbolo referentes à institui- lizada à direita da folha. Seguindo estes elementos vêm o número precedi-
ção que o utiliza, seguidos de um número que identifique o documento e de do de CIRCULAR, o assunto, o texto, a assinatura, o cargo e, por último, a
um título. O texto deve ser estruturado em forma de parágrafo, o local e a data de publicação.
data devem estar localizados à direita, alinhados com o texto e, por último,
devem vir a assinatura e o cargo do responsável pelo aviso, ambos centra- Este documento não deve conter nem destinatário, pois não é unidire-
lizados na página. cional, tão pouco endereçamento. Vejamos um exemplo:

Vejamos o seguinte exemplo: COPERV


COMISSÃO PERMANENTE DO VESTIBULAR
Símbolo da FURG
Pelotas, 03 de setembro de 2000
Fundação Universidade Federal do Rio Grande
Aviso N° 10223/00 CIRCULAR GERAL Nº. 23
Prorroga o prazo para a entrega da inscrição para o Vestibular
Concurso Vestibular 2001 UFPel/2000
A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve), da FURG, solicita O PRESIDENTE DA COPERV, no uso de suas atribuições, transmite a
que os fiscais estejam em seus prédios 1(uma) hora antes do início das seguinte instrução:
provas.
Rio Grande, 22 de outubro de 2000 Os funcionários da COPERV devem receber as inscrições para o pro-
Rose da Silva cesso seletivo de 2002 até o dia 21 de novembro de 2001 e não até o dia
Presidente da Comissão 11 de novembro, como havia sido pré-estabelecido.

Pinto Martins
CARTA OFICIAL Presidente
Publicado no D.P. de 21/08/00
1 - Conceito
Uma carta oficial consiste num meio de comunicação de caráter oficial COMUNICADO
decorrente do cargo ou da função públicos.
1 – Conceito
1.2 – Modelo Um comunicado, também chamado de comunicação, constitui-se num
Uma carta oficial deve ser estruturada de maneira que contenha um aviso que pode ter caráter externo ou interno.
timbre, local e data por extenso e número, antecedido por "c", que é um
indicativo de carta. Acompanhando estes elementos devem estar o endere- 1.2 – Modelo
çamento, o vocativo, o texto, fecho e, por último, a assinatura, nome do Um comunicado de caráter externo deve ser dotado de um título que
remetente. indique tratar-se de uma comunicação, o nome da instituição comunicante e

Conhecimentos Específicos 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
o texto com as informações a serem comunicadas. Pode conter, de acordo autoridade, da indicação de quem está sendo convocado e do tipo de
com o que cada comunicante desejar, o nome do responsável, juntamente reunião, da lista dos assuntos, do local, da data e da assinatura da autori-
com o seu cargo na entidade e a data. dade.
Vejamos um modelo:
Já a comunicação interna, além desses itens, deve conter Comunicado
Interno, uma identificação e o número do documento, juntamente com o EDITAL CONVOCAÇÃO
ano e por fim as assinaturas. Os alunos do Curso de Letras da Universidade Federal de Pelotas con-
vocam os formandos a seguir para a reunião de sábado à tarde.
Seguem abaixo os exemplos de ambos os tipos de comunicado.
1- Cecília Meireles
1.2.1) Comunicado Externo 2- Érico Veríssimo
COMUNICADO Pelotas, 03 de julho de 2000
VISCONDE DE SABUGOSA INFORMÁTICA LTDA
Comunica a seus clientes e amigos a transferência de suas instalações (assinatura)
para o Sítio do Pica-Pau Amarelo na avenida Fernando Osório, 20; com João da Silva
prestação de serviços e manutenção em equipamentos e Software.
1.2.2) Comunicação Interna MEMORANDO
COMUNICAÇÃO
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE 1 – Conceito
FURG Um memorando constitui-se em um meio de comunicação eminente-
Comunicado Interno 55/00 mente interno, utilizado entre unidades administrativas de um mesmo
De: Direção órgão, independentemente de nível hierárquico.
Para: Professores e Alunos
Comunicamos que, a partir do ano de 2001, o período especial de pro- 1.2 – Modelo
vas não mais existirá, ficando portanto a marcação do dia das provas aos O memorando deve ser estruturado de forma que contenha o número e
cuidados dos professores. a sigla de identificação de sua origem, antecedido pela expressão "memo-
Pedro Moraes rando" e a data, não precedida do nome da localidade, mas grafada na
Reitor mesma linha do número e da sigla. Seguindo estes elementos, virão o
nome do destinatário do memorando acompanhado do cargo que ocupa, o
assunto sintetizado e um texto que deve iniciar-se a 4 espaços duplos
DECLARAÇÃO abaixo do item anterior. Por último, virá o fecho (atenciosamente ou respei-
tosamente) que deve estar centrado à direita, 1 espaço duplo abaixo do
1 - Conceito texto, e o nome e cargo do emitente: estes dados devem ser escritos a 4
Uma declaração constitui-se num documento semelhante ao atestado, espaços duplos do fecho, alinhados verticalmente em relação ao texto que
porém não é expedido por instituições públicas. os antecede.

2 – Modelo Vejamos um exemplo:


Este documento deve conter em sua elaboração uma evidência de de- Memorando n° 15/ Comcur Letras Em 04 de maio de 2001
claração, escrita com letra maiúscula (DECLARO), seguida do texto de À SUPGRAD
declaração, local e data, evidenciando dia, mês e ano e, por fim, a assinatu- Assunto: solicitação para que continue em vigor o período especial de
ra do(s) declarante(s) e o cargo do(s) mesmo(s). provas.

Vejamos dois exemplos: Solicitamos de Vossa Magnificência que o período especial de provas
continue vigorando, uma vez que do contrário, os alunos que fazem prova
EX.1 no último horário serão prejudicados, dada a insuficiência de meios de
DECLARAMOS que o Senhor José Saramago atuou neste Gabinete no transporte no Campus Carreiros.
período de 25 de janeiro de 1999 a 30 de dezembro de 1999, recebendo
mensalmente um salário mínimo. Atenciosamente,

Rio Grande, 28 de março de 2000 . José Firmino


José de Arimateia Presidente do DA-Letras
Chefe de Gabinete do Vereador João Ferreira

EX.2 OFÍCIO
DECLARO, para fins de comprovação junto à Comissão de Curso de
Direito, que Maria Madalena, matrícula nº 123456, graduanda do curso de 1 – Conceito
Direito, participou do IV Seminário de Direito Penal, desta Instituição. Um ofício é um documento utilizado por órgãos do governo ou autar-
quias para correspondência externa e que tem por finalidade tratar de
Rio Grande, 26 de junho de 2000. assuntos oficiais.
Marcos da Silva 1.2 – Modelo
Presidente do Diretório Acadêmico de Direito Um ofício deve conter em sua estrutura um timbre representado por um
símbolo e o nome da unidade impressa no alto da folha e a numeração,
dentro do ano, que o ofício recebe, em ordem cronológica de feitura, segui-
EDITAL do da sigla de indicação do órgão eminente. Este, por sua vez, faz-se
anteceder o nome da correspondência escrito por extenso ou abreviado.
1 – Conceito Acompanhando estes elementos virá o local e data (dia, mês e ano) que
O edital é um meio de notificação direcionado ao público, que se afixa devem ser escritos a sete espaços duplos ou a 6,5cm. da borda superior. O
em local de acesso dos interessados ou se publica na imprensa. mês é escrito por extenso. Entre o espaço e a centena se deixa um alga-
rismo do ano, deve ser feito o ponto final e o término da data deve coincidir
1.2 – Modelo com a margem direita, que é de cinco espaços duplos ou de 5cm. A seguir
O edital constitui-se de um título (Edital de Convocação), do cargo da virá o vocativo que deve ser escrito a dez espaços duplos ou 10cm da
Conhecimentos Específicos 30 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
borda superior, na linha do parágrafo, a dez espaços ou 2,5cm da margem Considerando que, em número substancial, há necessidade de se co-
e, por fim, um texto, em forma de parágrafo expondo o assunto, que inicia- municar com o signatário da petição inicial, não só em seu interesse, como
se a 1,5cm do vocativo. Os parágrafos são enumerados rente a margem, no da administração.
com exceção do 1º e do fecho.
DETERMINA
A apresentação do ofício é feita no primeiro parágrafo. No decorrer do 1º Todos os órgãos desta secretaria, antes de darem andamento a
texto aprecia-se e se ilustra o assunto com os devidos esclarecimentos e qualquer expediente, deverão verificar se constam no mesmo os elementos
informações pertinentes. Na conclusão se faz a reafirmação da posição informativos e se a documentação exigida para a sua apreciação foi devi-
recomendada pelo emitente do ofício sobre o assunto. damente anexada.

Quanto ao fecho este deve estar localizado a um espaço duplo (ou 2º O endereço do peticionário deverá obrigatoriamente ser anexado,
1cm) do último parágrafo do texto, centrado à direita e seguido de vírgula. em todos os formulários, modelos, requerimentos, petições e solicitações.
Seguindo este elemento virá o nome do signatário datilografado em maiús-
culas, do cargo só com as iniciais maiúsculas, escritas sob o nome, a Rio Grande, 08 de maio de 1999
assinatura que deverá ser feita imediatamente acima do nome. SUPERVISOR ADMINISTRATIVO
APOSTILA
Estes dados devem estar centralizados à direita na direção vertical do
fecho, a três espaços duplos ou 2,5cm deste. Para os estudantes significa uma publicação avulsa com objetivos didá-
ticos, geralmente datilografada e mimeografada e de utilização restrita.
A identificação do destinatário deverá conter um pronome de tratamen-
to, acima da designação da função exercida pelo mesmo, seguido do nome Em sentido oficial, significa breve nota, adicionamento à margem de
deste e, após, o endereço. uma escritura. É um ato pelo qual se acrescenta informações a um docu-
mento público ou ato administrativo anterior a fim de esclarecê-lo, interpre-
Caso o ofício seja constituído por mais de uma folha, o endereço do tá-lo ou completá-lo. É um documento complementar de um ato.
destinatário deve constar da primeira.
Indica a nota ou aditamento feito à margem de qualquer documento
Na diagramação dos dados, o último deve estar a dois espaços duplos público, a fim de acrescentar algo que faltava ao texto. Expressa também
ou 2cm. da borda inferior do papel, e todas as linhas devem coincidir com o um ato pelo qual o documento é anotado, após ser registrado ou averbado.
texto, rentes à margem esquerda. Dessa forma, apostila-se o diploma ou título de nomeação, de sorte que o
indivíduo diplomado ou nomeado venha a exercer sua profissão ou cargo.
Entre os parágrafos do ofício deve ser deixado um espaço duplo ou
1cm. O espaço entre as linhas também é duplo; nas transcrições e citações ORDEM DE SERVIÇO
é um ou um e meio; estes, preferencialmente, devem vir salientados por
aspas e, se ultrapassarem cinco linhas, devem distar cinco espaços da É instrução dada a um servidor ou a um órgão administrativo. Encerra
margem esquerda. orientações a serem tomadas pela chefia para execução de serviços ou
desempenho de encargos. É o documento, é o ato pelo qual se determinam
Se o ofício tem por objetivo transmitir um assunto do interesse de di- providências a serem cumpridas por órgãos subordinados.
versos setores, é necessário que sejam tiradas tantas cópias forem preciso.
Nesse caso, o ofício passará a se chamar de ofício circular, grafado com
inicial maiúscula, antes do número de ordem. PORTARIA
Documento oficial que baixa de qualquer dos ministérios a uma reparti-
ção ou a um indivíduo e é assinado pelo ministro em nome do chefe do
ORDEM DE SERVIÇO Estado ou por um diretor da repartição. Em linguagem de Direito Adminis-
trativo significa todo documento emanado de uma autoridade, através do
1 – Conceito qual possa transmitir a seus subordinados as ordens de serviço de sua
Uma ordem de serviço é um documento oficial e interdepartamental, competência. Na administração pública é um ato pelo qual o Ministro de
com numeração própria e, às vezes, apresenta características de circular. Estado ou outra autoridade competente estabelece normas administrativas,
Refere-se ao ato de expedir determinações que serão executadas por baixa instruções para aplicação de leis e decretos ou define situações,
instituições de caráter social e por servidores desses órgãos. como dispensa, remoção, lotação. Muitas vezes as portarias são emprega-
das para nomeações, demissões, suspensões e reintegrações de funcioná-
1.2 - Modelo rios. As portarias em geral são atos de Ministros de Estado, e suas funções
Uma ordem de serviço deve ser estruturada de maneira que contenha e importâncias restringem-se à competência da autoridade administrativa
o nome do órgão emissor da ordem de serviço, o número do documento e o que as expediu.
ano. Deverá conter um título referindo-se ao SUPERVISOR ADMINISTRA-
TIVO, um texto, a data e, por fim, a assinatura do supervisor administrativo
e a explicitação de quem executa tal cargo. PETIÇÃO

Vejamos o exemplo: A petição é o meio pelo qual se pleiteia direitos perante a Justiça. É o
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL instrumento utilizado pelo advogado para obter uma decisão judicial que
satisfaça o interesse de seus clientes. Após a entrega da petição ao órgão
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA competente, caberá ao juiz pronunciar sua decisão. Para tanto, é necessá-
SUPERVISÃO DE APOIO ADMINISTRATIVO rio que a petição possua certos fatores capazes de provocar a reação
jurisdicional, como a descrição dos fatos, os fundamentos legais nos
ORDEM DE SERVIÇO Nº5 / 99/ SUA quais se baseia a pretensão e o pedido, ou seja, aquilo que se espera da
Justiça. Além disso, é muito importante que a petição seja redigida em bom
O SUPERVISOR ADMINISTRATIVO, no uso de suas atribuições, português e de forma concisa, contendo apenas palavras e dados suficien-
Considerando o fiel cumprimento da Lei nº1234, de 12 de outubro de tes para se alcançar o desejado.
1972, que regula prazos e o andamento dos expedientes administrativos.
Os modelos de petições oferecidos pelo DireitoNet buscam atender es-
Considerando que, para apreciação de qualquer tipo de requerimento tes requisitos, de forma que o usuário possa utilizá-los com base em seus
ou petição, deve o mesmo estar acompanhado de todos os dados impres- casos concretos. Os modelos são, também, bastante genéricos, pois visam
cindíveis á sua análise.

Conhecimentos Específicos 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
abranger o maior número de situações possíveis. Portanto, o usuário deve PROCESSOS ADMINISTRATIVOS. FORMAÇÃO,
ficar atento às peculiaridades do caso concreto e adequar o modelo esco-
lhido às necessidades da causa.
AUTUAÇÃO E TRAMITAÇÃO. ORGANIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS.
A função do advogado
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A beleza do Direito talvez esteja na sua dinâmica. A cada dia, novos Nívea Carolina de Holanda Seresuela
entendimentos, ideias e posicionamentos surgem e, com isso, melhores INTRODUÇÃO
formas de se obter a prestação jurisdicional podem aparecer para determi- A denominada função administrativa do Estado submete-se a um es-
nado caso. Desse modo, a consulta a um advogado é a melhor forma de se pecial regime jurídico. Trata-se do denominado regime de direito público ou
enfrentar questões do dia-a-dia que necessitem um conhecimento técnico regime jurídico-administrativo. Sua característica essencial reside, de um
no assunto. lado, na admissibilidade da ideia de que a execução da lei por agentes
O advogado é o profissional apto para representar seus clientes peran- públicos exige o deferimento de necessárias prerrogativas de autoridade,
te a Justiça. Trata-se de um profissional extremamente qualificado e prepa- que façam com que o interesse público juridicamente predomine sobre o
rado para esta atividade. Vale ressaltar também que, em praticamente interesse privado; e de outro, na formulação de que o interesse público não
todos os processos judiciais, a lei exige que os clientes/autores sejam pode ser livremente disposto por aqueles que, em nome da coletividade,
obrigatoriamente representados por um advogado. recebem o dever-poder de realizá-los. Consiste, na verdade, no regime
jurídico decorrente da conjugação de dois princípios básicos: o princípio da
Para escolher um bom advogado, peça recomendações à parentes, supremacia dos interesses públicos e o da indisponibilidade dos interesses
amigos ou colegas de trabalho. Dê preferência aos advogados com boas públicos.
referências profissionais e que lhe transmitam confiança. Em caso de
dúvida ou desconfiança quanto a idoneidade do profissional, entre em Neste sentido, temos o ilustre posicionamento de CARDOZO:
contato com a OAB de seu estado para certificar-se de que o advogado "Estes, são princípios gerais, necessariamente não positivados de for-
escolhido por você está regularmente inscrito na Ordem e apto para exercer ma expressa pelas normas constitucionais, mas que consistem nos alicer-
a atividade. ces jurídicos do exercício da função administrativa dos Estados. Todo o
exercício da função administrativa, direta ou indiretamente, será sempre por
O DireitoNet possui cadastrados, na seção Advogados, mais de 1500 eles influenciados e governado"
profissionais que prestam serviço de advocacia em todo o Brasil. Entretan-
to, o DireitoNet não possui nenhum vínculo ou relação comercial com os Tomando o conceito de Administração Pública em seu sentido orgâni-
advogados listados na seção e, portanto, não se responsabiliza por quais- co, isto é, no sentido de conjunto de órgãos e pessoas destinados ao
quer de seus atos. As informações são fornecidas pelos próprios advoga- exercício da totalidade da ação executiva do Estado, a nossa Constituição
dos e a veracidade das informações é de responsabilidade dos mesmos. Federal positivou os princípios gerais norteadores da totalidade de suas
funções, considerando todos os entes que integram a Federação brasileira
Como editar as petições (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Os modelos de petições oferecidos pelo DireitoNet não são prontos
para uso pois servem apenas como referência e apresentam a estrutura Destarte, os princípios inerentes à Administração Pública são aqueles
geral dos itens obrigatórios de uma determinada petição. Portanto, o usuá- expostos no art. 37 de nossa vigente Constituição. Alguns, diga-se de
rio deve necessariamente alterar todas as palavras grafadas em ama- pronto, foram positivados de forma expressa. Outros, de forma implícita ou
relo e entre colchetes [xxxx] e substituí-las pelas informações adequadas tácita.
ao caso concreto. Antes de procedermos à analise de cada um dos princípios que regem
o Direito Administrativo, cabe novamente acentuar, que estes princípios se
Além dessas alterações, modifique todos os parágrafos necessários constituem mutuamente e não se excluem, não são jamais eliminados do
para que a petição possa ser utilizada ao fim desejado e verifique se o ordenamento jurídico. Destaca-se ainda a sua função programática, forne-
fundamento legal utilizado naquele modelo corresponde ao seu caso. Como cendo as diretrizes situadas no ápice do sistema, a serem seguidas por
cada petição tem um propósito diferente, escolha a que mais se adequar todos os aplicadores do direito.
com a situação fática e, se necessário, utilize mais de um modelo para que
a petição seja elaborada da forma mais completa possível. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(De Acordo Com A Emenda Constitucional n.º 19/98)
Formalidade e simplicidade Primeiramente, cumpre distinguir o que é Administração Pública. As-
A estética e a escrita de acordo com o padrão culto da língua portu- sim, MEIRELLES elabora o seu conceito:
guesa são importantes no momento da redação da petição. Escrever bem e "Em sentido formal, a Administração Pública, é o conjunto de órgãos
correto não significa redigir uma petição utilizando palavras difíceis e in- instituídos para consecução dos objetivos do Governo; em sentido material,
compreensíveis. O ideal é que o juiz tenha interesse em ler sua petição até é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em
o final, portanto: acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técni-
Evite abreviaturas co, dos serviços do próprio Estado ou por ele assumidos em benefício da
Prefira sempre a escrita por extenso. Por exemplo, use "Vossa Exce- coletividade. Numa visão global, a Administração Pública é, pois, todo o
lência" ao invés de "V. Exa.". aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços,
visando à satisfação das necessidades coletivas ".
Não faça inversões de períodos
As inversões confundem o leitor, no caso, o juiz e, por isso, podem até A Administração Pública, ainda, pode ser classificada como: direta e
trazer um resultado indesejado. No lugar de "Vale ressaltar, de vários indireta. A Direta é aquela exercida pela administração por meio dos seus
fatores alheios a pessoa do Requerente depende o sucesso do evento", órgãos internos (presidência e ministros). A Indireta é a atividade estatal
use: "Vale ressaltar, que o sucesso do evento depende de vários fatores entregue a outra pessoa jurídica (autarquia, empresa pública, sociedade de
alheios a pessoa do Requerente". economia mista, fundações), que foram surgindo através do aumento da
atuação do Estado.
Evite citação excessiva de expressões em latim A Constituição Federal, no art. 37, caput, trata dos princípios inerentes
Utilize apenas expressões em latim que são mais conhecidas no mun- à Administração Pública:
do jurídico que suas próprias traduções em português como, por exemplo,
fumus boni juris e periculum in mora. "Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
Cuidado com erros ortográficos ou gramaticais princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiên-
Sempre que estiver em dúvida, consulte um bom dicionário. cia"

Conhecimentos Específicos 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Trata-se, portanto, de princípios incidentes não apenas sobre os ór- um propósito político: o de submeter os exercentes do poder em concreto –
gãos que integram a estrutura central do Estado, incluindo-se aqui os administrativo – a um quadro normativo que embargue favoritismos, perse-
pertencentes aos três Poderes (Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder guições ou desmandos. Pretende-se através da norma geral, abstrata e
Judiciário), nas também de preceitos genéricos igualmente dirigidos aos impessoal, a lei, editada pelo Poder Legislativo – que é o colégio represen-
entes que em nosso país integram a denominada Administração Indireta, tativo de todas as tendências (inclusive minoritárias) do corpo social –
ou seja, autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia garantir que a atuação do Executivo nada mais seja senão a concretização
mista e as fundações governamentais ou estatais (4). da vontade geral"

Destarte, os princípios explicitados no caput do art. 37 são, portanto, os De tudo isso podemos extrair uma importante conclusão. Contraria-
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da mente ao que ocorre em outros ordenamentos jurídicos, inexiste qualquer
eficiência. Outros se extraem dos incisos e parágrafos do mesmo artigo, possibilidade de ser juridicamente aceita, entre nós, a edição dos denomi-
como o da licitação, o da prescritibilidade dos ilícitos administrativos e o da nados decretos ou regulamentos "autônomos ou independentes". Como se
responsabilidade das pessoas jurídicas (inc. XXI e §§ 1.º a 6.º). Todavia, há sabe, tais decretos ou regulamentos não passam de atos administrativos
ainda outros princípios que estão no mesmo artigo só que de maneira gerais e normativos baixados pelo chefe do Executivo, com o assumido
implícita, como é o caso do princípio da supremacia do interesse público objetivo de disciplinar situações anteriormente não reguladas em lei. E,
sobre o privado, o da finalidade, o da razoabilidade e proporcionalidade. sendo assim, sua prática encontra óbice intransponível no modus constitu-
cional pelo qual se fez consagrar o princípio da legalidade em nossa Lei
Vejamos, agora, o significado de cada um dos precitados princípios Maior.
constitucionais da Administração Pública.
Regulamento, em nosso país, portanto, haverá de ser sempre o regu-
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS lamento de uma lei, ou de dispositivos legais objetivamente existentes.
Caput Do Art. 37 Qualquer tentativa em contrário haverá de ser tida como manifestamente
Conforme mencionado anteriormente, os princípios constitucionais ex- inconstitucional.
plícitos são aqueles presentes no art. 37, da Constituição Federal, de
maneira expressa. Assim, são eles: Princípio Da Impessoalidade
o princípio da legalidade, O princípio ou regra da impessoalidade da Administração Pública pode
o princípio da impessoalidade, ser definido como aquele que determina que os atos realizados pela Admi-
o princípio da moralidade, nistração Pública, ou por ela delegados, devam ser sempre imputados ao
o princípio da publicidade ente ou órgão em nome do qual se realiza, e ainda destinados generica-
e o princípio da eficiência. mente à coletividade, sem consideração, para fins de privilegiamento ou da
Passemos, então, a estudá-los uniformemente. imposição de situações restritivas, das características pessoais daqueles a
quem porventura se dirija. Em síntese, os atos e provimentos administrati-
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE vos são imputáveis não ao funcionário que os pratica mas ao órgão ou
Referido como um dos sustentáculos da concepção de Estado de Direi- entidade administrativa em nome do qual age o funcionário.
to e do próprio regime jurídico-administrativo, o princípio da legalidade vem
definido no inciso II do art. 5.º da Constituição Federal quando nele se faz A mera leitura dessa definição bem nos revela que esse princípio pode
declarar que: ser decomposto em duas perspectivas diferentes: a impessoalidade do
"ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão administrador quando da prática do ato e a impessoalidade do próprio
em virtude de lei". administrado como destinatário desse mesmo ato.

Desses dizeres decorre a ideia de que apenas a lei, em regra, pode in- Com efeito, de um lado, o princípio da impessoalidade busca assegurar
troduzir inovações primárias, criando novos direitos e novos deveres na que, diante dos administrados, as realizações administrativo-
ordem jurídica como um todo considerada governamentais não sejam propriamente do funcionário ou da autoridade,
mas exclusivamente da entidade pública que a efetiva. Custeada com
No campo da administração Pública, como unanimemente reconhecem dinheiro público, a atividade da Administração Pública jamais poderá ser
os constitucionalistas e os administrativistas, afirma-se de modo radical- apropriada, para quaisquer fins, por aquele que, em decorrência do exercí-
mente diferente a incidência do princípio da legalidade. Aqui, na dimensão cio funcional, se viu na condição de executá-la. É, por excelência, impesso-
dada pela própria indisponibilidade dos interesses públicos, diz-se que o al, unicamente imputável à estrutura administrativa ou governamental
administrador, em cumprimento ao princípio da legalidade, "só pode atuar incumbida de sua prática, para todos os fins que se fizerem de direito.
nos termos estabelecidos pela lei". Não pode este por atos administrativos
de qualquer espécie (decreto, portaria, resolução, instrução, circular etc.) Assim, como exemplos de violação a esse princípio, dentro dessa par-
proibir ou impor comportamento a terceiro, se ato legislativo não fornecer, ticular acepção examinada, podemos mencionar a realização de publicida-
em boa dimensão jurídica, ampara a essa pretensão (6). A lei é seu único e de ou propaganda pessoa do administrador com verbas públicas ou ainda,
definitivo parâmetro. a edição de atos normativos com o objetivo de conseguir benefícios pesso-
ais.
Temos, pois, que, enquanto no mundo privado se coloca como apropri-
ada a afirmação de que o que não é proibido é permitido, no mundo público No âmbito dessa particular dimensão do princípio da impessoalidade, é
assume-se como verdadeira a ideia de que a Administração só pode fazer o que está o elemento diferenciador básico entre esse princípio e o da iso-
que a lei antecipadamente autoriza. nomia. Ao vedar o tratamento desigual entre iguais, a regra isonômica não
abarca, em seus direitos termos, a ideia da imputabilidade dos atos da
Deste modo, a afirmação de que a Administração Pública deve atender Administração ao ente ou órgão que a realiza, vedando, como decorrência
à legalidade em suas atividades implica a noção de que a atividade admi- direta de seus próprios termos, e em toda a sua extensão, a possibilidade
nistrativa é a desenvolvida em nível imediatamente infralegal, dando cum- de apropriação indevida desta por agentes públicos. Nisso, reside a dife-
primento às disposições da lei. Em outras palavras, a função dos atos da rença jurídica entre ambos.
Administração é a realização das disposições legais, não lhe sendo possí-
vel, portanto, a inovação do ordenamento jurídico, mas tão-só a concretiza- Já, por outro ângulo de visão, o princípio da impessoalidade deve ter
ção de presságios genéricos e abstratos anteriormente firmados pelo sua ênfase não mais colocada na pessoa do administrador, mas na própria
exercente da função legislativa. pessoa do administrado. Passa a afirmar-se como uma garantia de que
este não pode e não deve ser favorecido ou prejudicado, no exercício da
Sobre o tema, vale trazer a ponto a seguinte preleção de MELLO: atividade da Administração Pública, por suas exclusivas condições e carac-
"Para avaliar corretamente o princípio da legalidade e captar-lhe o sen- terísticas.
tido profundo cumpre atentar para o fato de que ele é a tradução jurídica de

Conhecimentos Específicos 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Jamais poderá, por conseguinte, um ato do Poder Público, ao menos A probidade administrativa é uma forma de moralidade administrativa
de modo adequado a esse princípio, vir a beneficiar ou a impor sanção a que mereceu consideração especial pela Constituição, que pune o ímprobo
alguém em decorrência de favoritismos ou de perseguição pessoal. Todo e com a suspensão de direitos políticos (art. 37, §4.º).
qualquer administrado deve sempre relacionar-se de forma impessoal com
a Administração, ou com quem sem seu nome atue, sem que suas caracte- Deste modo, conceitua CAETANO:
rísticas pessoais, sejam elas quais forem, possam ensejar predileções ou "A probidade administrativa consiste no dever de o "funcionário servir a
discriminações de qualquer natureza. Administração com honestidade, procedendo no exercício das suas fun-
ções, sem aproveitar os poderes ou facilidades delas decorrentes em
Será, portanto, tida como manifestadamente violadora desse princípio, proveito pessoal ou de outrem a quem queira favorecer".
nessa dimensão, por exemplo, o favorecimento de parentes e amigos
(nepotismo), a tomada de decisões administrativas voltadas à satisfação da A moralidade administrativa e assim também a probidade são tuteladas
agremiação partidária ou facção política a que se liga o administrador pela ação popular, de modo a elevar a imoralidade a causa de invalidade
(partidarismo), ou ainda de atos restritivos ou sancionatórios que tenham do ato administrativo. A improbidade é tratada ainda com mais rigor, porque
por objetivo a vingança pessoas ou a perseguição política pura e simples entra no ordenamento constitucional como causa de suspensão dos direitos
(desvio de poder). políticos do ímprobo (art. 15, V), conforme estatui o art. 37, § 4.º, in verbis:
"Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos
Dessa perspectiva, o princípio da impessoalidade insere-se por inteiro políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o res-
no âmbito do conteúdo jurídico do princípio da isonomia, bem como no do sarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo de
próprio princípio da finalidade. outras sanções cabíveis, podendo vir a configurar a prática de crime de
responsabilidade (art. 85, V).
Perfilhando este entendimento, sustenta MELLO:
"No princípio da impessoalidade se traduz a ideia de que a Administra- Dessa forma, o desrespeito à moralidade, entre nós, não se limita ape-
ção tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas nas a exigir a invalidação – por via administrativa ou judicial – do ato admi-
ou detrimentosas. Nem favoritismo nem perseguições são toleráveis. Sim- nistrativo violador, mas também a imposição de outras consequências
patias ou animosidades pessoais, políticas ou ideológicas não podem sancionatórias rigorosas ao agente público responsável por sua prática.
interferir na atuação administrativa e muito menos interesses sectários, de
facções ou grupos de qualquer espécie. O princípio em causa é senão o Princípio Da Publicidade
próprio princípio da igualdade ou isonomia". A publicidade sempre foi tida como um princípio administrativo, porque
se entende que o Poder Público, por seu público, deve agir com a maior
Princípio Da Moralidade transparência possível, a fim de que os administrados tenham, a toda hora,
Já na Antiguidade se formulava a ideia de que as condições morais de- conhecimento do que os administradores estão fazendo.
vem ser tidas como uma exigência impostergável para o exercício das
atividades de governo. Segundo informam os estudiosos, seria de Sólon a Além do mais, seria absurdo que um Estado como o brasileiro, que, por
afirmação de que um "homem desmoralizado não poderá governar". disposição expressa de sua Constituição, afirma que todo poder nele cons-
tituído "emana do povo" (art. 1.º, parágrafo único, da CF), viesse a ocultar
Todavia, foi neste século, pelos escritos de Hauriou, que o princípio da daqueles em nome do qual esse mesmo poder é exercido informações e
moralidade, de forma pioneira, se fez formular no campo da ciência jurídica, atos relativos à gestão da res publica e as próprias linhas de direcionamen-
capaz de fornecer, ao lado da noção de legalidade, o fundamento para a to governamental. É por isso que se estabelece, como imposição jurídica
invalidação de seus atos pelo vício denominado desvio de poder (15). Essa para os agentes administrativos em geral, o dever de publicidade para
moralidade jurídica, a seu ver, deveria ser entendida como um conjunto de todos os seus atos.
regras de conduta tiradas da disciplina interior da própria Administração,
uma vez que ao agente público caberia também distinguir o honesto do Perfilhando esse entendimento, CARDOZO define este princípio:
desonesto, a exemplo do que faz entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, "Entende-se princípio da publicidade, assim, aquele que exige, nas
o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno. Afinal, ponde- formas admitidas em Direito, e dentro dos limites constitucionalmente
ra, como já proclamavam os romanos "nem tudo que é legal é honesto" estabelecidos, a obrigatória divulgação dos atos da Administração Pública,
(nort omne quod licet honestum est). com o objetivo de permitir seu conhecimento e controle pelos órgãos esta-
tais competentes e por toda a sociedade".
Hoje, por força da expressa inclusão do princípio da moralidade no ca-
put do art. 37, a ninguém será dado sustentar, em boa razão, sua não A publicidade, contudo, não é um requisito de forma do ato administra-
incidência vinculante sobre todos os atos da Administração Pública. Ao tivo, "não é elemento formativo do ato; é requisito de eficácia e moralidade.
administrador público brasileiro, por conseguinte, não bastará cumprir os Por isso mesmo os atos irregulares não se convalidam com a publicação,
estritos termos da lei. Tem-se por necessário que seus tos estejam verda- nem os regulares a dispensam para sua exequibilidade, quando a lei ou o
deiramente adequados à moralidade administrativa, ou seja, a padrões regulamento a exige".
éticos de conduta que orientem e balizem sua realização. Se assim não for, No que tange à forma de se dar publicidade aos atos da Administração,
inexoravelmente, haverão de ser considerados não apenas como imorais, tem-se afirmado que ela poderá dar-se tanto por meio da publicação do ato,
mas também como inválidos para todos os fins de direito. como por sua simples comunicação a seus destinatários.

Isto posto, CARDOSO fornece uma definição desse princípio, hoje É relevante observar, todavia, que também a publicação como a comu-
agasalhado na órbita jurídico-constitucional: nicação não implicam que o dever de publicidade apenas possa vir a ser
satisfeito pelo comprovado e efetivo conhecimento de fato do ato adminis-
"Entende-se por princípio da moralidade, a nosso ver, aquele que de- trativo por seus respectivos destinatários. Deveras, basta que os requisitos
termina que os atos da Administração Pública devam estar inteiramente exigidos para a publicidade se tenham dado, nos termos previstos na
conformados aos padrões éticos dominantes na sociedade para a gestão ordem jurídica; e para o mundo do Direito não interessará se na realidade
dos bens e interesses públicos, sob pena de invalidade jurídica". fática o conhecimento da existência do ato e de seu conteúdo tenha ou não
chegado à pessoa atingida por seus efeitos. Feita a publicação ou a comu-
Admite o art. 5.º, LXXIII, da Constituição Federal que qualquer cidadão nicação dentro das formalidades devidas, haverá sempre uma presunção
possa ser considerado parte legítima para a propositura de ação popular absoluta da ciência do destinatário, dando-se por satisfeita a exigência de
que tenha por objetivo anular atos entendidos como lesivos, entre outros, à publicidade. Salvo, naturalmente, se as normas vigentes assim não deter-
própria moralidade administrativa. minarem.

Por outra via, como forma de também fazer respeitar esse princípio, a Assim, se a publicação feita no Diário Oficial foi lida ou não, se a co-
nossa Lei Maior trata também da improbidade administrativa. municação protocolada na repartição competente chegou ou não às mãos

Conhecimentos Específicos 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de quem de direito, se o telegrama regularmente recebido na residência do direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal (art. 5.º,
destinatário chegou faticamente a suas mãos ou se eventualmente foi XXXIV, b).
extraviado por algum familiar, isto pouco ou nada importa se as formalida-
des legais exigidas foram inteiramente cumpridas no caso. É forçoso reconhecer, todavia, a existência de limites constitucionais ao
princípio da publicidade. De acordo com nossa Lei Maior, ele jamais poderá
Nesse sentido, afirma MELLO: vir a ser compreendido de modo a que propicie a violação da intimidade, da
"O conhecimento do ato é um plus em relação à publicidade, sendo ju- vida privada, da honra e da imagem das pessoas (art. 5.º, X, c/c. art. 37, §
ridicamente desnecessário para que este se repute como existente (...). 3.º, II (32), da CF), do sigilo da fonte quando necessário ao exercício profis-
Quando prevista a publicação do ato (em Diário Oficial), na porta das sional (art. 5.º, XIV, da CF), ou com violação de sigilo tido como imprescin-
repartições (por afixação no local de costume), pode ocorrer que o destina- dível à segurança da sociedade e do Estado (art. 5.º, XXXIII, c/c. art. 37, §
tário não o leia, não o veja ou, por qualquer razão, dele não tome efetiva 3.º, II, da CF).
ciência. Não importa. Ter-se-á cumprido o que de direito se exigia para a
publicidade, ou seja, para a revelação do ato". Para finalizar, faz-se de extrema importância, perceber-se que o pro-
blema da publicidade dos atos administrativos, nos termos do caput do art.
Caberá à lei indicar, pois, em cada caso, a forma adequada de se dar a 37 da Constituição da República, em nada se confunde com o problema da
publicidade aos atos da Administração Pública. Normalmente, esse dever é divulgação ou propaganda dos atos e atividades do Poder Público pelos
satisfeito por meio da publicação em órgão de imprensa oficial da Adminis- meios de comunicação de massa, também chamadas – em má técnica – de
tração, entendendo-se com isso não apenas os Diários ou Boletins Oficiais "publicidade" pelo § 1.º desse mesmo artigo. Uma coisa é a publicidade
das entidades públicas, mas também – para aquelas unidades da Federa- jurídica necessária para o aperfeiçoamento dos atos, a se dar nos termos
ção que não possuírem tais periódicos – os jornais particulares especifica- definidos anteriormente. Outra bem diferente é a "publicidade" como propa-
mente contratados para o desempenho dessa função, ou outras excepcio- ganda dos atos de gestão administrativa e governamental. A primeira, como
nais formas substitutivas, nos termos das normas legais e administrativas visto, é um dever constitucional sem o qual, em regra, os atos não serão
locais. dotados de existência jurídica. A segunda é mera faculdade da Administra-
ção Pública, a ser exercida apenas nos casos previstos na Constituição e
Observe-se, porém, ser descabido, para fins do atendimento de tal de- dentro das expressas limitações constitucionais existentes.
ver jurídico, como bem registrou Hely Lopes Meirelles, sua divulgação por
meio de outros órgãos de imprensa não escritos, como a televisão e o Assim, afirma o § 1.º do art. 37:
rádio, ainda que em horário oficial, em decorrência da própria falta de "a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
segurança jurídica que tal forma de divulgação propiciaria, seja em relação órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação
à existência, seja em relação ao próprio conteúdo de tais atos. social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracte-
rizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos"
Observe-se ainda que, inexistindo disposição normativa em sentido
oposto, tem-se entendido que os atos administrativos de efeitos internos à Com isso, pretende esse dispositivo restringir de maneira clara a ação
Administração não necessitam ser publicados para que tenham por atendi- da Administração Pública, direta e indireta, quanto à divulgação de seus
do seu dever de publicidade. Nesses casos, seria admissível, em regra, a atos de gestão pelos meios de comunicação de massa. Inexistindo, na
comunicação aos destinatários. O dever de publicação recairia, assim, propaganda governamental, o caráter estritamente educativo, informativo
exclusivamente sobre os atos administrativos que atingem a terceiros, ou ou de orientação social, ou vindo dela constar nomes, símbolos ou imagens
seja, aos atos externos. que caracterizem promoção de agentes públicos, sua veiculação se dará
em manifesta ruptura com a ordem jurídica vigente, dando ensejo à respon-
Temos, pois, que as formas pelas quais se pode dar publicidade aos sabilização daqueles que a propiciaram.
atos administrativos, nos termos do princípio constitucional em exame,
serão diferenciadas de acordo com o que reste expressamente estabeleci- Princípio Da Eficiência
do no Direito Positivo, e em sendo omisso este, conforme os parâmetros O princípio da eficiência, outrora implícito em nosso sistema constituci-
estabelecidos na teoria geral dos atos administrativos. onal, tornou-se expresso no caput do art. 37, em virtude de alteração intro-
duzida pela Emenda Constitucional n. 19.
No que tange ao direito à publicidade dos atos administrativos, ou mais É evidente que um sistema balizado pelos princípios da moralidade de
especificamente, quanto ao direito de ter-se ciência da existência e do um lado, e da finalidade, de outro, não poderia admitir a ineficiência admi-
conteúdo desses atos, é de todo importante observar-se que ele não se nistrativa. Bem por isso, a Emenda n. 19, no ponto, não trouxe alterações
limita aos atos já publicados, ou que estejam em fase de imediato aperfei- no regime constitucional da Administração Pública, mas, como dito, só
çoamento pela sua publicação. Ele se estende, indistintamente, a todo o explicitou um comando até então implícito.
processo de formação do ato administrativo, inclusive quando a atos prepa-
ratórios de efeitos internos, como despachos administrativos intermediários, Eficiência não é um conceito jurídico, mas econômico. Não qualifica
manifestações e pareceres. normas, qualifica atividades. Numa ideia muito geral, eficiência significa
É, assim que se costuma dizer que constituem desdobramentos do fazer acontecer com racionalidade, o que implica medir os custos que a
princípio da publicidade o direito de receber dos órgãos públicos informa- satisfação das necessidades públicas importam em relação ao grau de
ções de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral (art. 5.º, utilidade alcançado. Assim, o princípio da eficiência, orienta a atividade
XXXIII, da CF) (29), o direito à obtenção de certidões em repartições públi- administrativa no sentido de conseguir os melhores resultados com os
cas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse meios escassos de que se dispõe e a menor custo. Rege-se, pois, pela
pessoal (art. 5.º, XXXIV, da CF), e, naturalmente, o direito de acesso dos regra de consecução do maior benefício com o menor custo possível.
usuários a registros administrativos e atos de governo (art. 37, § 3.º, II) (30).
Evidentemente, uma vez violados esses direitos pelo Poder Público, pode- Discorrendo sobre o tema, sumaria MEIRELLES:
rão os prejudicados, desde que atendidos os pressupostos constitucionais e "Dever de eficiência é o que se impõe a todo agente público de realizar
legais exigidos para cada caso, valerem-se do habeas data (art. 5.º, LXXII, suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais
da CF) (31), do mandado de segurança (art. 5.º, LXX, da CF), ou mesmo moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser
das vias ordinárias. desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para
o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comuni-
É de ponderar, contudo, que os pareceres só se tornam públicos após dade e de seus membros" .
sua aprovação final pela autoridade competente; enquanto em poder do
parecerista ainda é uma simples opinião que pode não se tornar definitiva. De início, parece de todo natural reconhecer que a ideia de eficiência
As certidões, contudo, não são elementos da publicidade administrativa, jamais poderá ser atendida, na busca do bem comum imposto por nossa
porque se destinam a interesse particular do requerente; por isso a Consti- Lei Maior, se o poder Público não vier, em padrões de razoabilidade, a
tuição só reco0nhece esse direito quando são requeridas para defesa de aproveitar da melhor forma possível todos os recursos humanos, materiais,

Conhecimentos Específicos 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
técnicos e financeiros existentes e colocados a seu alcance, no exercício ções efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual permitirá as exigências
regular de suas competências. de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumpri-
mento das obrigações".
Neste sentido, observa CARDOZO:
"Ser eficiente, portanto, exige primeiro da Administração Pública o Temos, assim, o dever de licitar afirmado como um imperativo constitu-
aproveitamento máximo de tudo aquilo que a coletividade possui, em todos cional imposto a todos os entes da Administração Pública (40), na confor-
os níveis, ao longo da realização de suas atividades. Significa racionalidade midade do que vier estabelecido em lei. A ressalva inicial possibilita à lei
e aproveitamento máximo das potencialidades existentes. Mas não só. Em definir hipóteses específicas de inexigibilidade e de dispensa de licitação.
seu sentido jurídico, a expressão, que consideramos correta, também deve
abarcar a ideia de eficácia da prestação, ou de resultados da atividade Porém, cumpre ressaltar, finalmente, que a licitação é um procedimento
realizada. Uma atuação estatal só será juridicamente eficiente quando seu vinculado, ou seja, formalmente regulado em lei, cabendo à União legislar
resultado quantitativo e qualitativo for satisfatório, levando-se em conta o sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades,
universo possível de atendimento das necessidades existentes e os meios para a Administração Pública, direta e indireta, incluídas as fundações
disponíveis". instituídas e mantidas pelo Poder Público, nas diversas esferas de governo,
e empresas sob seu controle (art. 22, XXVII). Portanto, aos Estados, Distrito
Tem-se, pois, que a ideia de eficiência administrativa não deve ser Federal e Municípios compete legislar suplementarmente sobre a matéria
apenas limitada ao razoável aproveitamento dos meios e recursos coloca- no que tange ao interesse peculiar de suas administrações.
dos à disposição dos agentes públicos. Deve ser construída também pela
adequação lógica desses meios razoavelmente utilizados aos resultados Princípio Da Prescritibilidade Dos Ilícitos Administrativos
efetivamente obtidos, e pela relação apropriada desses resultados com as A prescritibilidade, como forma de perda da exigibilidade de direito, pe-
necessidades públicas existentes. la inércia de seu titular, é um princípio geral do direito. Logo, não é de se
estranhar que ocorram prescrições administrativas sob vários aspectos,
Estará, portanto, uma Administração buscando agir de modo eficiente quer quanto às pretensões de interessados em face da Administração, quer
sempre que, exercendo as funções que lhe são próprias, vier a aproveitar tanto às desta em face de administrados. Assim é especialmente em rela-
da forma mais adequada o que se encontra disponível (ação instrumental ção aos ilícitos administrativos. Se a Administração não toma providência à
eficiente), visando chegar ao melhor resultado possível em relação aos fins sua apuração e à responsabilização do agente, a sua inércia gera a perda
que almeja alcançar (resultado final eficiente). do seu ius persequendi.

Desse teor, o escólio de CARDOZO: Desta maneira, o art. 37, § 5.º dispõe sobre este princípio:
"Desse modo, pode-se definir esse princípio como sendo aquele que "A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
determina aos órgãos e pessoas da Administração Direta e Indireta que, na qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressal-
busca das finalidades estabelecidas pela ordem jurídica, tenham uma ação vadas as respectivas ações de ressarcimento".
instrumental adequada, constituída pelo aproveitamento maximizado e
racional dos recursos humanos, materiais, técnicos e financeiros disponí- Nota-se, portanto, que a lei estabelece uma ressalva ao princípio. Nem
veis, de modo que possa alcançar o melhor resultado quantitativo e qualita- tudo prescreverá. Apenas a apuração e punição do ilícito, não, porém, o
tivo possível, em face das necessidades públicas existentes" . direito da Administração ao ressarcimento, à indenização, do prejuízo
causado ao erário.
Seguindo essa linha de orientação, temos que, como desdobramento
Afinado com esse mesmo entendimento, sumaria SILVA:
do princípio em estudo, a Constituição procurou igualmente reforçar o
"É uma ressalva constitucional e, pois, inafastável, mas, por certo, des-
sentido valorativo do princípio da economicidade, que, incorporado literal-
toante dos princípios jurídicos, que não socorrem quem fica inerte (dormien-
mente pelo art. 70, caput, da Carta Federal, nada mais traduz do que o
tibus non sucurrit ius)".
dever de eficiência do administrado na gestão do dinheiro público.
Princípio Da Responsabilidade Da Administração
Outros Princípios Constitucionais Explícitos
O princípio em estudo encontra amparo no art. 37, § 6.º, da Constitui-
Princípio Da Licitação
Licitação é um procedimento administrativo destinado a provocar pro- ção Federal, cuja compostura verifica-se que:
postas e a escolher proponentes de contratos de execução de obras,
serviços, compras ou de alienações do Poder Público. "As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado presta-
dores de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
A Administração Pública tem o dever de sempre buscar, entre os inte-
ressados em com ela contratar, a melhor alternativa disponível no mercado contra o responsável nos casos de dolo ou culpa".
para satisfazer os interesses públicos, para que possa agir de forma hones-
Assim, de imediata leitura desse texto resulta claro que todo agente
ta, ou adequada ao próprio dever de atuar de acordo com padrões exigidos
público que vier a causar um dano a alguém trará para o Estado o dever
pela probidade administrativa. De outro lado, tem o dever de assegurar
jurídico de ressarcir esse dano. Não importará se tenha agido com culpa ou
verdadeira igualdade de oportunidades, sem privilegiamentos ou desfavo-
recimentos injustificados, a todos os administrados que tencionem com ela dolo. O dever de indenizar se configurará pela mera demonstração do nexo
celebrar ajustes negociais. causal existente entre o fato ocorrido e o dano verificado.

É dessa conjugação de imposições que nasce o denominado princípio Temos, pois, que em nosso Direito a responsabilidade civil do Estado é
objetiva, ou seja, independe da conduta dolosa, negligente, imperita ou
da licitação. Consoante, CARDOZO define este princípio;
"De forma sintética, podemos defini-lo como sendo aquele que deter- imprudente daquele que causa o dano. Qualificar-se-á sempre que o agen-
mina como regra o dever jurídico da Administração de celebrar ajustes te estiver, nos termos do precitado dispositivo constitucional, no exercício
da função pública, não importando se age em nome de uma pessoa de
negociais ou certos atos unilaterais mediante prévio procedimento adminis-
direito público ou de direito privado prestadora de serviços públicos.
trativo que, por meios de critérios preestabelecidos, públicos e isonômicos,
possibilite a escolha objetiva da melhor alternativa existente entre as pro-
Destare, a obrigação de indenizar é a da pessoa jurídica a que perten-
postas ofertadas pelos interessados" .
ce o agente. O prejudicado terá que mover a ação de indenização contra a
O art. 37, XXI, alberga o princípio nos termos seguintes: Fazenda Pública respectiva ou contra a pessoa jurídica privada prestadora
"ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, de serviço público, não contra o agente causador do dano. O princípio da
impessoalidade vale aqui também.
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
Impede ressalvar, todavia, que nem sempre as pessoas que integram a
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condi-
Administração Pública encontram-se a exercer propriamente função públi-
Conhecimentos Específicos 36 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ca. Por vezes, no âmbito do que admite nossa Constituição, será possível Consoante, SILVA discorre a respeito: "Tudo isso vai ter que ser defini-
encontrarmos pessoas da Administração Indireta que não estejam exercen- do pela lei referida no texto. A lei poderá outorgar aos administradores de
do tais tipos de atividades, como é o caso, por exemplo, das empresas tais órgãos uma competência especial que lhes permita celebrar o contrato,
públicas e das sociedades de economia mista para o exercício de atividade que talvez não passe de uma espécie de acordo-programa. Veremos como
econômica (art. 173, da CF). Nesses casos, naturalmente, eventuais danos o legislador ordinário vai imaginar isso"
por essas empresas causados a terceiros haverão de ser regrados pela
responsabilidade subjetiva, nos termos estabelecidos pela legislação civil. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
Exigirão, em princípio, a configuração da ação dolosa ou culposa (negligen- Além dos quatro citados princípios explicitamente abrigados pelo texto
te, imprudente ou imperita), para que tenha nascimento o dever de indeni- constitucional, existem outros implicitamente agregados ao regramento
zar. constitucional da Administração Pública. Vejamos.

O mesmo se poderá dizer, ainda, do agente que vier a causar dano a Princípio Da Supremacia Do Interesse Público Sobre O Privado E
alguém fora do exercício da função pública. Nesse caso, por óbvio, não Princípio Da Autotutela
haverá de ser configurada a responsabilidade objetiva predefinida no art. A Administração Pública na prática de seus atos deve sempre respeitar
37, § 6.º, de nossa Lei Maior. a lei e zelar para que o interesse público seja alcançado. Natural, assim,
que sempre que constate que um ato administrativo foi expedido em des-
Entretanto, como pontifica MELLO, a responsabilidade objetiva "só está conformidade com a lei, ou que se encontra em rota de colisão com os
consagrada constitucionalmente para atos comissivos do Estado, ou seja, interesses públicos, tenham os agentes públicos a prerrogativa administra-
para comportamentos positivos dele. Isto porque o texto menciona ‘danos tiva de revê-los, como uma natural decorrência do próprio princípio da
que seus agentes causarem""; Assim sendo, condutas omissivas só podem legalidade.
gerar responsabilidade ao Poder Público quando demonstrada a culpa do
serviço. Desta maneira, discorre ARAUJO:
"O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, coloca
No mais, é importante ressalvar que, embora a responsabilidade civil os interesses da Administração Pública em sobreposição aos interesses
do Estado para com os administradores seja objetiva, a responsabilidade particulares que com os dela venham eventualmente colidir. Com funda-
dos agentes públicos perante a Administração Pública é induvidosamente mento nesse princípio é que estabelece, por exemplo, a autotutela adminis-
subjetiva. Como observa-se pelos próprios termos do citado art. 37, § 6.º, o trativa, vale dizer, o poder da administração de anular os atos praticados
direito de regresso que pode ser exercido contra aquele que causou o dano em desrespeito à lei, bem como a prerrogativa administrativa de revogação
apenas se configurará "nos casos de dolo ou culpa". de atos administrativos com base em juízo discricionário de conveniência e
oportunidade"
Princípio Da Participação A respeito, deve ser lembrada a Súmula 473 do Supremo Tribunal Fe-
O princípio da participação do usuário na Administração Pública foi in- deral, quando afirma que: "a administração pode anular os seus próprios
troduzido pela EC-19/98, com o novo enunciado do § 3.º do art. 37, que atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se
será apenas reproduzido devido à sua efetivação ser dependente de lei. originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade,
Diz o texto: respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreci-
Art. 37, § 3.ºA lei disciplinará as formas de participação do usuário na ação judicial".
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
I. – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em ge- Princípio Da Finalidade
ral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao Foi visto no exame do princípio da legalidade que a Administração Pú-
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade blica só pode agir de acordo e em consonância com aquilo que, expressa
dos serviços; ou tacitamente, se encontra estabelecido em lei. Inegável, portanto, que
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sempre tenha dever decorrente e implícito dessa realidade jurídica o cum-
sobre atos de governo, observando o disposto no art. 5.º, X (res- primento das finalidades legalmente estabelecidas para sua conduta.
peito à privacidade) e XXXIII (direito de receber dos órgãos públi-
cos informações de seu interesse ou de interesse coletivo em ge- Disto deduz-se o denominado princípio da finalidade. Como bem ob-
ral); serva MELLO:
III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abu-
sivo de cargo, emprego ou função na administração pública. "Esse princípio impõe que o administrador, ao manejar as competên-
cias postas a seu encargo, atue com rigorosa obediência à finalidade de
Princípio Da Autonomia Gerencial cada qual. Isto é, cumpre-lhe cingir-se não apenas à finalidade própria de
O princípio da autonomia gerencial é regido pelo § 8.º do art. 37, da todas as leis, que é o interesse público, mas também à finalidade específica
Constituição Federal, introduzido pela EC-19/98. Assim estabelece este obrigada na lei a que esteja dando execução".
dispositivo:
Art. 37, § 8.º. A Autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos ór- Enfim, o princípio da finalidade é aquele que imprime à autoridade ad-
gãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada ministrativa o dever de praticar o ato administrativo com vistas à realização
mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder da finalidade perseguida pela lei.
público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o
órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: Evidentemente, nessa medida, que a prática de um ato administrativo
I – o prazo de duração do contrato; in concreto com finalidade desviada do interesse público, ou fora da finali-
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obri- dade específica da categoria tipológica a que pertence, implica vício ense-
gações e responsabilidade dos dirigentes; jador de sua nulidade. A esse vício, como se sabe, denomina a doutrina:
III – a remuneração do pessoal. desvio de poder, ou desvio de finalidade.
Concluindo, essas considerações querem apenas mostrar que o princí-
Desta maneira, cria-se aqui uma forma de contrato administrativo inusi- pio da finalidade não foi desconsiderado pelo legislador constituinte, que o
tado entre administradores de órgãos do poder público com o próprio poder teve como manifestação do princípio da legalidade, sem que mereça censu-
público. Quando ao contrato das entidades não há maiores problemas ra por isso.
porque entidades são órgãos públicos ou parapúblicos (paraestatais) com
personalidade jurídica de modo que têm a possibilidade de celebrar contra- Princípio Da Razoabilidade E Da Proporcionalidade
tos e outros ajustes com o poder público, entendido poder da administração Na medida em que o administrador público deva estrita obediência à lei
centralizada. Mas, os demais órgãos não dispõem de personalidade jurídica (princípio da legalidade) e tem como dever absoluto a busca da satisfação
para que seus administradores possam, em seu nome, celebrar contrato dos interesses públicos (princípio da finalidade), há que se pressupor que a
com o poder público, no qual se inserem. prática de atos administrativos discricionários se processe dentro de pa-

Conhecimentos Específicos 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
drões estritos de razoabilidade, ou seja, com base em parâmetros objeti- deve ser considerada obrigatório parâmetro para a definição do sentido
vamente racionais de atuação e sensatez. jurídico-constitucional de quaisquer dos princípios que governam as ativi-
dades da Administração Pública.
Deveras, ao regular o agir da Administração Pública, não se pode su-
por que o desejo do legislador seria o de alcançar a satisfação do interesse A maior parte dos princípios da Administração Pública encontra-se po-
público pela imposição de condutas bizarras, descabidas, despropositadas sitivado, implícita ou explicitamente, na Constituição. Possuem eficácia
ou incongruentes dentro dos padrões dominantes na sociedade e no mo- jurídica direta e imediata. Exercem a função de diretrizes superiores do
mento histórico em que a atividade normativa se consuma. Ao revés, é de sistema, vinculando a atuação dos operadores jurídicos na aplicação das
se supor que a lei tenha a coerência e a racionalidade de condutas como normas a respeito dos mesmos e, objetivando a correção das graves dis-
instrumentos próprios para a obtenção de seus objetivos maiores. torções ocorridas no âmbito da Administração Pública que acabam por
impedir o efetivo exercício da cidadania.
Dessa noção indiscutível, extrai-se o princípio da razoabilidade: Em O sistema constitucional da Administração pública funciona como uma
boa definição, é o princípio que determina à Administração Pública, no rede hierarquizada de princípios, regras e valores, que exige não mais o
exercício de faculdades, o dever de atuar em plena conformidade com mero respeito à legalidade estrita, mas vincula a interpretação de todos
critérios racionais, sensatos e coerentes, fundamentados nas concepções atos administrativos ao respeito destes princípios.
sociais dominantes.
Desta maneira, conclui-se que a função administrativa encontra-se su-
Perfilhando este entendimento, sustenta MELLO: bordinada às finalidades constitucionais e deve pautar as suas tarefas
"Enuncia-se com este princípio que a administração, ao atuar no exer- administrativas no sentido de conferir uma maior concretude aos princípios
cício de discrição, terá de obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista e regras constitucionais, uma vez que estão não configuram como enuncia-
racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas e respei- dos meramente retóricos e distantes da realidade, mas possuem plena
tosas das finalidades que presidam a outorga da competência exercida". juridicidade.

A nosso ver, dentro do campo desse princípio, deve ser colocada, de Informações bibliográficas:
que diante do exercício das atividades estatais, o "cidadão tem o direito à
menor desvantagem possível". Com efeito, havendo a possibilidade de SERESUELA, Nívea Carolina de Holanda. Princípios constitucionais da Admi-
ação discricionária entre diferentes alternativas administrativas, a opção por nistração Pública . Jus Navigandi, Teresina, a. 7, n. 60, nov. 2002. Disponível em:
aquela que venha a trazer consequências mais onerosas aos administrados <http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=3489>. Acesso em: 25 mar. 2005.
é algo inteiramente irrazoável e descabido.

Como desdobramento dessa ideia, afirma-se também o princípio da ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA
proporcionalidade, por alguns autores denominado princípio da vedação de Administração Direta é aquela composta por órgãos ligados diretamen-
excessos. Assim, pondera MELLO: te ao poder central, federal, estadual ou municipal. São os próprios orga-
"Trata-se da ideia de que as consequências administrativas só podem nismos dirigentes, seus ministérios e secretarias.
ser validamente exercidas na extensão e intensidades proporcionais ao que
realmente seja demandado para cumprimento da finalidade de interesse Administração Indireta é aquela composta por entidades com persona-
público a que estão atreladas". lidade jurídica própria, que foram criadas para realizar atividades de Gover-
no de forma descentralizada. São exemplos as Autarquias, Fundações,
Em outras palavras: os meios utilizados ao longo do exercício da ativi- Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
dade administrativa devem ser logicamente adequados aos fins que se
pretendem alcançar, com base em padrões aceitos pela sociedade e no Administração direta
que determina o caso concreto (53). 1. Conceito
Constituída dos órgãos e serviços integrados na estrutura administrati-
Segundo STUMM, esse princípio reclama a cerificação dos seguintes va da Presidência da República, Governo dos Estados e do DF, Prefeituras
pressupostos: e dos Ministérios e Secretarias (DL 200/67).
Conformidade ou adequação dos meios, ou seja, o ato administrativo
deve ser adequado aos fins que pretende realizar; 2. Centralização administrativa
Necessidade, vale dizer, possuindo o agente público mais de um meio A atividade administrativa é centralizada quando é exercida diretamen-
para atingir a mesma finalidade, deve optar pelo menos gravoso à esfera te pelas entidades políticas estatais (União, Estados, Municípios e Distrito
individual; Federal), ou seja, pelo conjunto de órgãos que as compõem.
Proporcionalidade estrita entre o resultado obtido e a carga empregada
para a consecução desse resultado. 3. Órgãos públicos
3.1 Conceito
Por conseguinte, o administrador público não pode utilizar instrumentos Órgão público é a unidade de atuação integrante da estrutura da Admi-
que fiquem aquém ou se coloquem além do que seja estritamente necessá- nistração direta e da estrutura da Administração indireta (Lei 9.784/99).
rio para o fiel cumprimento da lei. Tem estrutura, competência própria, quadro de servidores, poderes funcio-
nais, mas não personalidade jurídica.
Assim sendo, sempre que um agente público assumir conduta despro- Exemplos: Ministério da Justiça, Secretaria de Administração, Receita
porcional ao que lhe é devido para o exercício regular de sua competência, Federal etc.
tendo em vista as finalidades legais que tem por incumbência cumprir,
3.2 Relação do Estado com os agentes públicos
poderá provocar situação ilícita passível de originar futura responsabilidade
Considerando que o Estado é pessoa jurídica e que, como tal não dis-
administrativa, civil e, sendo o caso, até criminal.
põe de vontade própria, ele atua sempre por meio de pessoas físicas, os
agentes públicos. Assim, de acordo com a teoria do órgão ou da imputação,
CONSIDERAÇÕES FINAIS
a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos, de tal
Segundo nossa carta constitucional, o "bem de todos" é objetivo fun-
modo que quando os agentes que os compõem manifestam sua vontade, é
damental da República Federativa do Brasil (art. 3.º, IV) e, por conseguinte,
como se o próprio Estado o fizesse.
uma finalidade axiológico-jurídica que se impõe como pólo de iluminação
para a conduta de todos os órgãos e pessoas que integram a estrutura 3.3 Classificação
básica do Estado brasileiro. 3.3.1 Quanto à posição estatal
Sendo assim, a noção do bem comum, historicamente condicionada e a) Independentes, originários da CF e representativos dos três Pode-
posta no âmbito das concepções dominantes em nossa sociedade e época, res de Estado, sem qualquer subordinação hierárquica (Casas Le-
gislativas, Chefia do Executivo, Tribunais e o Ministério Público);

Conhecimentos Específicos 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) autônomos, se localizam na cúpula da Administração, subordina- 1.6 Vinculação aos Órgãos da Administração Direta
dos diretamente à chefia dos órgãos independentes (Ministérios, As entidades da Administração Indireta são vinculadas aos órgãos da
Secretarias de Estado e de Município); Administração Direta, com o objetivo principal de possibilitar a verificação
c) superiores, órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à de seus resultados, a harmonização de suas atividades políticas com a
subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia, não gozam programação do Governo, a eficiência de sua gestão e a manutenção de
de autonomia administrativa ou financeira (departamentos, coorde- sua autonomia financeira, operacional e financeira, através dos meios de
nadorias, divisões); controle estabelecido em lei.
d) subalternos, se acham subordinados hierarquicamente a órgãos
superiores de decisão, exercendo principalmente funções de exe- Alguns denominam este controle de tutela, definida por Maria Sylvia
cução (seções de expediente, de pessoal, de material). Zanella Di Pietro como a fiscalização que os órgãos centrais das pessoas
públicas políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) exercem
3.3.2 Quanto à estrutura sobre as pessoas administrativas descentralizadas, nos limites definidos em
Os órgãos podem ser: lei, para garantir a observância da legalidade e o cumprimento de suas
a) simples ou unitários, constituídos por um único centro de atribui- finalidades institucionais.
ções, sem subdivisões internas, como ocorre com as seções inte-
gradas em órgãos maiores; e Não significa a tutela que os entes da Administração Indireta estejam
b) compostos, constituídos por vários outros órgãos, como acontece hierarquicamente subordinados à Administração Direta ocorrendo apenas
com os Ministérios e as Secretarias de Estado. uma descentralização. A subordinação ocorre entre os órgãos da Adminis-
tração, denominando-se de hierarquia ou autotutela.
3.3.3 Quanto à composição
Classificam-se em: A autora estabelece diferenças sensíveis entre tutela (vinculação) e hi-
a) singulares, quando integrados por um único agente, como a Presi- erarquia, conforme o quadro a seguir.
dência da República e a Diretoria de uma escola; Tutela (Vinculação) Hierarquia (Autotutela)
b) coletivos, quando integrados por vários agentes, como o Conselho
de Recursos do Sistema Financeiro Nacional. A tutela supõe a existência de duas
A hierarquia existe dentro de uma
pessoas jurídicas, uma das quais
mesma pessoa jurídica, quando, por
4. Desconcentração exercendo controle sobre a outra (a
exemplo, um Ministério controla seus
É uma distribuição interna de competências, ou seja, uma divisão de pessoa política controla as entida-
próprios órgãos.
competências dentro da mesma pessoa jurídica. des da Administração Indireta).
Fonte: http://www.alexandremagno.com/novo/administracao-direta A hierarquia existe independente-
A tutela não se presume, só exis- mente de previsão legal, pois é
tindo quando a lei a estabelece. inerente à organização administrati-
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA va.
Carlos Eduardo Guerra
1 Administração Indireta
2 AUTARQUIA
1.1 Noção
2.1 Noção
A base da ideia da Administração Indireta encontra-se no instituto da
A origem do vocábulo autarquia é grega, significando qualidade do que
descentralização, que vem a ser a distribuição de competências de uma
se basta a si mesmo, autonomia, entidade autônoma.
para outra pessoa, física ou jurídica.
Nos próximos capítulos iremos desenvolver melhor o tema. Agora, só
A ideia da autarquia reside na necessidade da pessoa política criar
afirmamos que a descentralização pode ser feita de várias formas, com
uma entidade autônoma (com capacidade de administrar-se com relativa
destaque a descentralização por serviços, que se verifica quando o poder
independência e não de maneira absoluta, visto que há a fiscalização do
público (União, Estados, Municípios ou Distrito Federal) cria uma pessoa
ente criador) para a realização de atividade tipicamente pública, sendo uma
jurídica de direito público ou privado e a ela atribui a titularidade e a execu-
das formas de materialização da descentralização administrativa.
ção de determinado serviço público, surgindo as entidades da Administra-
ção Indireta.
Nesta linha de pensamento, autarquias são entes administrativos autô-
A Administração Indireta, na análise de Hely Lopes Meirelles, é o con-
nomos, criados por lei específica, com personalidade jurídica de direito
junto dos entes (entidades com personalidade jurídica) que vinculados a um
público interno, para a consecução de atividades típicas do poder público,
órgão da Administração Direta, prestam serviço público ou de interesse
que requeiram, para uma melhor execução, gestão financeira e administra-
público.
tiva descentralizada.
1.2 Divisão
São as seguintes as entidades da Administração Indireta:
2.2 Características
o Autarquia
As autarquias possuem as seguintes características:
o Empresa Pública o personalidade jurídica de direito público;
o Sociedade de Economia Mista o realização de atividades especializadas (capacidade específi-
o Fundação Pública
ca), em regra;
1.3 Características o descentralização administrativa e financeira;
As entidades da Administração Indireta possuem, necessária e cumula- o criação por lei específica.
tivamente, as seguintes características: 2.3 Personalidade Jurídica de Direito Público
o personalidade jurídica; Tendo personalidade jurídica, as autarquias são sujeitos de direito, ou
o patrimônio próprio; seja, são de titulares de direitos e obrigações próprios, distintos dos perten-
o vinculação a órgãos da Administração Direta. centes ao ente político (União, Estado, Município ou Distrito Federal) que as
institui.
1.4 Personalidade Jurídica Própria
Para que possam desenvolver suas atividades, as entidades da admi- Submetem-se a regime jurídico de direito público quanto à criação, ex-
nistração indireta são dotadas de personalidade; consequentemente, po- tinção, poderes, prerrogativas, privilégios e sujeições, ou melhor, apresen-
dem adquirir direitos e assumir obrigações por conta própria, não necessi- tam as características das pessoas públicas, como por exemplo as prerro-
tando, para tanto, das pessoas políticas. gativas tributárias, o regime jurídico dos bens e as normas aplicadas aos
servidores.
1.5 Patrimônio Próprio
Em função da característica anterior, as entidades possuem patrimônio Por tais razões, são classificadas como pessoas jurídicas de direito pú-
próprio, distinto das pessoas políticas. blico.
Conhecimentos Específicos 39 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2.4 Capacidade Específica 3.5 Atividades Econômicas
Outra característica destas entidades é capacidade específica, signifi- As empresas públicas não realizam atividades típicas do poder público,
cando que as autarquias só podem desempenhar as atividades para as mas sim atividades econômicas em que o Poder Público tenha interesse
quais foram instituídas, ficando, por conseguinte, impedidas de exercer próprio ou considere convenientes à coletividade.
quaisquer outras atividades.
Atualmente, admitem a doutrina e a jurisprudência que as empresas
Como exceção a esta regra temos as autarquias territoriais (os territó- públicas podem exercer serviços públicos, sendo tratadas, neste caso,
rios), que são dotadas de capacidade genérica. como concessionárias de serviço público, continuando a ser aplicado o
direito privado.
O atributo da capacidade específica é o denominado comumente de
princípio da especialidade ou especialização. 3.6 Qualquer Forma Admitida no Direito
As empresas públicas, de acordo com o Decreto-Lei 200/67, podem re-
2.5 Descentralização Administrativa Financeira vestir-se de qualquer forma admitida no Direito, inclusive a forma de Socie-
As autarquias desempenham atividades tipicamente públicas. O ente dade Anônima.
político "abre mão" do desempenho de determinado serviço, criando enti-
dades com personalidade jurídica (autarquias) apenas com o objetivo de 3.7 Derrogações do Regime de Direito Privado Por Normas de Di-
realizar tal serviço. reito Público
Apesar de serem pessoas jurídicas de direito privado, não se aplica o
Por força de tal característica, as autarquias são denominadas de ser- Direito Privado integralmente às Empresas Públicas, pois são entidades da
viços públicos descentralizados, serviços públicos personalizados ou servi- Administração Pública algumas normas públicas são aplicadas a estes
ços estatais descentralizados. entes, com destaque a obrigatoriedade de realizarem licitações e concursos
públicos, e a vedação de seus servidores acumularem cargos públicos de
2.6 Criação por Lei Específica forma remunerada.
De acordo com a nova redação dada pela emenda constitucional nº 19
ao art. 37, XIX, da Constituição da República, as autarquias são criadas por 3.8 Criação por Autorização Legislativa Específica
lei específica. Para extingui-las entretanto, faz-se é necessária somente De acordo com a nova redação dada pela emenda constitucional nº 19
uma lei ordinária, não necessitando ser específica. ao art. 37, XIX, da Constituição da República, a criação das empresas
Se a União desejar criar dez autarquias, será necessária a promulga- públicas necessita de autorização legislativa específica. Para extingui-las
ção de dez leis ordinárias distintas. Caso pretenda extinguí-las, bastará precisa-se apenas de uma autorização legislativa, não necessitando ser
uma única lei. específica

3 EMPRESA PÚBLICA 3.9- Divisão das Empresas Públicas


3.1 Noção As empresas públicas dividem-se em:
A exploração da atividade econômica deve ser realizada, em regra ge- o empresas públicas unipessoais - são as que o capital pertence a
ral, pelo setor privado, mas, excepcionalmente, tal atividade pode ser uma só pessoa pública.
realizada diretamente pelo setor público, respeitado o disposto no art. 173 o empresas públicas pluripessoais - são as que o capital pertence a
da Constituição da República. várias pessoas públicas.

Por várias vezes o Poder Público institui entidades para a realização de 4 SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
atividades típicas do setor privado, como a indústria, o comércio e a bancá- 4.1 Noção
ria, regidas pelas mesmas normas da iniciativa privada. As sociedades de economia mista são as pessoas jurídicas de direito
privado, com a participação do Poder Público e de particulares no seu
Esses entes podem ser a empresa pública ou a sociedade de econo- capital, criadas para a realização de atividade econômica de interesse
mia mista. Neste tópico dedicaremos ao estudo da primeira. coletivo, podendo, também, exercer serviços públicos.

As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado criadas São semelhantes à empresa pública, tendo como diferenças básicas o
por autorização legislativa específica, com capital exclusivamente público, fato do capital ser diversificado (capital público e privado) e só podendo ter
para realizar atividades econômicas ou serviços públicos de interesse da a forma de sociedade anônima.
Administração instituidora nos moldes da iniciativa particular, podendo Aspectos Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
revestir de qualquer forma admitida em direito.
3.2 Características Parte do capital pertencente ao
Capital exclusivamente Poder Público e outra parte ao
Capital
As empresas públicas possuem as seguintes características: público setor privado, tendo, sempre, o
o personalidade jurídica de direito privado; controle público.
o capital exclusivamente público; Qualquer forma admitida Somente a forma de Socieda-
o realização, em regra, de atividades econômicas; Forma
em Direito. de Anônima.
o revestimento de qualquer forma admitida no Direito;
o derrogações (alterações parciais) do regime de direito privado De acordo com o art.
o por normas de direito público; 109 da CF, as causas de As causas de interesse das
o criação por autorização legislativa específica. interesse das empresas sociedades de economia mista
Competência públicas federais serão federais serão julgadas na
3.3 Personalidade Jurídica de Direito Privado julgadas na Justiça Justiça Estadual, com exceção
Por realizarem, em regra, atividades econômicas, o art. 173 da Consti- Federal, com exceção das causas trabalhistas.
tuição da República estabelece que devem as empresas ter o mesmo das causas trabalhistas.
tratamento jurídico da iniciativa privada, inclusive no que tange às obriga-
ções tributárias e trabalhistas. 4.2 Características
As sociedades de economia mista possuem as seguintes característi-
3.4 Capital Exclusivamente Público cas:
A grande distinção entre a empresa pública e a sociedade de economia o personalidade jurídica de direito privado;
mista está na distribuição do capital, pois na primeira (empresa pública) só o capital público e privado;
há capital público, ou seja, todo o capital pertence ao poder público, inexis- o realização de atividades econômicas;
tindo capital privado. o revestimento da forma de Sociedade Anônima;

Conhecimentos Específicos 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
o detenção por parte do Poder Público de no mínimo a maioria das Entretanto, essa visão não é unânime, Maria Sylvia Zanella Di Pietro
ações com direito a voto; e Hely Lopes Meirelles entende que a Fundação Pública pode ser de
o derrogações (alterações parciais) do regime de direito privado Direito Público ou Privado conforme a lei instituidora.
o por normas de direito público; No nosso entender a emenda nº 19 tendeu a dar razão a esta última
o criação por autorização legislativa específica. corrente, pois estabeleceu a criação da fundação pública de forma seme-
lhante a das empresas públicas.
4.3 Personalidade Jurídica de Direito Privado
Como as empresas públicas, as sociedades de economia mista tam- 5.6 Criação por Autorização Legislativa Específica
bém possuem personalidade jurídica de direito privado. De acordo com a nova redação dada pela emenda constitucional nº 19
ao art. 37, XIX, da Constituição da República, as fundações públicas, como
4.4 Capital Público e Privado as empresas públicas e as sociedades de economia mista, são criadas por
Diferente da empresa pública, cujo capital pertence exclusivamente ao autorização legislativa específica, entretanto para extingui-las é necessária
Poder Público, na sociedade de economia mista é possível que haja capital apenas uma autorização legislativa, não necessitando ser específica.
privado. Apenas deve ser destacado que o controle será público, tendo o
Estado a maioria absoluta das ações com direito a voto. AS ENTIDADES PARAESTATAIS
INTRODUÇÃO
4.5 Atividades Econômicas Pretende-se com essa breve exposição sobre o tema: as entidades pa-
Da mesma forma que as empresas públicas, as sociedades de econo- raestatais, por meio de alguns doutrinadores e conclusões próprias sobre o
mia mista também realizam atividades econômicas ou serviços públicos. assunto, buscar o verdadeiro significado da sua definição conceitual, seu
objeto, sua competência, suas relações com a Administração Pública Direta
4.6 Forma de Sociedade Anônima
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios), seu regime administrativo
As sociedades de economia mista, por força de lei, são regidas pela interno e com terceiros.
forma de sociedade anônima, diferente da empresa pública que pode ter
qualquer forma admitida em direito.
1 BREVE HISTÓRICO
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello o termo Entidades Paraesta-
4.7 Derrogações do Regime de Direito Privado
tais foi empregado pela primeira vez na Itália, em 1924. O objetivo era
Como às empresas públicas, não se aplica o regime de direito privado
alcançar um meio termo entre as pessoas públicas e privadas, por não se
na íntegra.
tratar de nenhuma das duas especificadamente. Posteriormente, ainda, na
Itália, essa designação, tratava de autarquias de base fundacional.
4.8 Criação por Autorização Legislativa Específica
No Brasil o vocábulo era utilizado para indicar de uma forma geral toda
De acordo com a nova redação dada pela emenda constitucional nº 19
a Administração Pública Indireta. Após o decreto-lei n.200 de 25 de feverei-
ao art. 37, XIX, da Constituição da República, a criação das sociedades de
ro de 1967, tornou-se uma conceituação imprecisa que muda de doutrina-
economia mista será igual a das empresas públicas, necessitando de
dor para doutrinador.
autorização legislativa específica.
A extinção também será igual a da empresa pública, ou seja, é preciso
2 DEFINIÇÃO DOUTRINÁRIA DE CELSO ANTONIO BANDEIRA DE
a autorização legislativa, não necessitando ser específica.
MELLO
5 FUNDAÇÃO PÚBLICA A expressão abrange pessoas privadas que colaboram com o Estado
desempenhando atividade não lucrativa e à qual o Poder Público dispensa
5.1 Noção
especial proteção, colocando a serviço delas manifestações de seu poder
Existem dois tipos de fundação, uma regida pelo Direito Público e outra
de império, como o tributário, por exemplo. Não Abrange as sociedades de
por normas privadas.
economia mista e as empresas públicas; trata-se de pessoas privadas que
exercem função típica (embora não exclusiva do Estado).
Em primeiro lugar, devemos definir fundação como sendo a atribuição
de personalidade jurídica a um patrimônio, que a vontade humana destina a 3 DEFINIÇÃO DOUTRINÁRIA DE MARÇAL JUSTEN FILHO
uma finalidade social. Trata-se de um patrimônio com personalidade. Entidade paraestatal ou serviço social autônomo é uma pessoa jurídica
de direito privado criada por lei, atuando sem submissão à Administração
As fundações públicas são instituídas pelo poder público, com, é claro, Pública, promover o atendimento de necessidades assistenciais e educaci-
patrimônio público afetado a um fim público. onais de certas atividades ou categorias profissionais que arcam com sua
manutenção mediante contribuições compulsórias.
5.2 Características
As fundações públicas possuem as seguintes características: 4 DEFINIÇÃO DOUTRINÁRIA DE HELY LOPES MEIRELLES
o são criadas por dotação patrimonial; São pessoas jurídicas de direito público, cuja criação é autorizada por
o desempenham atividade atribuída ao Estado no âmbito social; lei específica (CF, art. 37, XIX e XX), com patrimônio público ou misto, para
o sujeitam ao controle ou tutela por parte da Administração Di- realização de atividades, obras ou serviços de interesse coletivo, sob
reta; normas e controle do estado. Não se confundem com as autarquias nem
o possuem personalidade jurídica de direito público, em regra; com as fundações públicas, e também não se identificam com as entidades
o criação por autorização legislativa específica. estatais. Responde por seus débitos, exercem direitos e contraem obriga-
ções, são autônomas.
5.3 Dotação Patrimonial Hely Lopes Meirelles acredita que o paraestatal é gênero, e, diferente
Como ensina a doutrina, a fundação pública vem a ser um patrimônio de Celso Antonio Bandeira de Mello, do qual são espécies distintas as
dotado de personalidade jurídica, assim, para ser criada, é necessária a empresas públicas, sociedades de economia mista e os serviços sociais
dotação de um de conjunto de bens (patrimônio). autônomos, as duas primeiras compondo a administração indireta e a
última, a categoria dos entes da cooperação.
5.4 Atividade Social
O objetivo da fundação é a realização de atividade social, educacional 5 CARACTERÍSTICAS
ou cultural, como saúde, educação, cultura, meio-ambiente e assistência É mais fácil visualizar as diferenças entre os doutrinadores do que as
social. semelhanças, porém vê-se em todos, por obvio, tratar-se de uma pessoa
jurídica de direito privado e criada por lei.
5.5 Personalidade Jurídica de Direito Público Sua etimologia indica que as entidades paraestatais são entes parale-
Com o advento da nova Constituição, como ensina Celso Antônio los ao estado, encontrando-se ao lado da Administração Pública para
Bandeira de Mello as fundações públicas passaram a ter o mesmo trata- exercer atividades de interesse daquele. Não são submissas à administra-
mento jurídico das autarquias, sendo assim, classificadas como pessoas ção pública, seu patrimônio pode ser público ou misto e se de interesse
jurídicas de direito público. coletivo podem ser fomentadas pelo Estado.

Conhecimentos Específicos 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Segundo Hely Lopes Meirelles: “As entidades estatais prestam-se a e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de
executar atividades impróprias do poder público, mas de utilidade pública, qualquer esfera de governo (Incluída pela Lei n. 8.883, de 1994);
de interesse da coletividade e, por isso, fomentadas pelo estado, assim, f) alienação, concessão de direito real de uso, locação ou permissão
sendo seus dirigentes sujeitos ao mandado de segurança e ação popular.” de uso de bens imóveis construídos e destinados ou efetivamente
utilizados no âmbito de programas habitacionais de interesse soci-
Elas voltam-se às necessidades Coletivas normalmente relacionadas, al, por órgãos ou entidades da administração pública especifica-
segundo Marçal Justen Filho com questões assistenciais, educacionais ou mente criados para esse fim (Incluída pela Lei n. 8.883, de 1994);
categorias profissionais. Não se confundem com as autarquias nem com as g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da
fundações públicas. Lei n. 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deli-
beração dos órgãos da Administração Pública em cuja competên-
Apesar de se tratar de pessoa jurídica de direito privado, devem ser cia legal inclua-se tal atribuição (Incluído pela Lei n. 11.196, de
impostas algumas regras de direito público. “Graças à natureza supra- 2005).”
individual dos interesses atendidos e o cunho tributário dos recursos envol-
vidos, estão sujeitas à fiscalização do Estado nos termos e condições Também dependerão de avaliação prévia e de licitação os moveis,
estabelecidas na legislação de cada uma”. sendo esta dispensada segundo os termos da lei nos seguintes casos:
“a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse so-
As entidades paraestatais estão localizadas no terceiro setor porque cial, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-
não se tratam do estado e nem de atividade privada lucrativa, tratam-se de econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;
atividades de interesse coletivo protegendo os valores da ordem pública. b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da
Administração Pública;
Quanto às espécies de entidades paraestatais, elas variam de doutri- c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada
nador para doutrinador. Hely Lopes Meirelles acredita que elas se dividem a legislação específica;
em empresas públicas, sociedades de economia mista e os serviços sociais d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
autônomos, diferente de Celso Antônio Bandeira de Mello que diz serem as e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou enti-
pessoas privadas que exercem função típica (não exclusiva do Estado), dades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
como as de amparo aos hipo-suficientes, de assistência social, de formação f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entida-
profissional. des da Administração Pública, sem utilização previsível por quem
deles dispõe.“
Para Marçal Justen Filho elas são sinônimos de serviço social autôno- Podendo também ter regulamentos próprios para licitar, mas com ob-
mo voltada à satisfação de necessidades coletivas e supra-individuais, servância da lei. Devendo ser aprovados pela autoridade superior e obede-
relacionadas com questões assistenciais e educacionais. cer ao princípio da publicidade.

Ana Patrícia Aguilar insere as organizações sociais na categoria de en- 7 REGIME INTERNO
tidades paraestatais, por serem pessoas privadas que atuam em colabora- Seus empregados estão sujeitos ao regime Celetista, CLT. Têm que
ção com o Estado, "desempenhando atividade não lucrativa e às quais o ser contratados através de “concurso público de acordo com a natureza e a
Poder Público dispensa especial proteção", recebendo, para isso, dotação complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo
orçamentária por parte do Estado. em comissão”.
A administração varia segundo a modalidade, civil ou comercial, que a
Possui como objeto a formação de instituições empresariais tendo na lei determinar. Seus dirigentes são estabelecidos na forma da lei ou do
maioria das vezes em seu bojo a contribuição com o interesse coletivo, estatuto. Podendo ser unipessoal ou colegiada. Eles estão sujeitos a man-
sendo a sua atuação materialmente administrativa não governamental. Hely dado de segurança e ação popular.
Lopes Meirelles diz ser normalmente seu objeto:
8 RELAÇÕES COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
“A execução de uma atividade econômica empresarial, podendo ser Criadas por lei e de Competência comum das pessoas políticas. (Uni-
também uma atividade não econômica de interesse coletivo ou, mesmo, um ão, Estados, Distrito Federal e Municípios).
serviço público ou de utilidade pública delegado pelo Estado. Possuem autonomia administrativa e financeira não dependendo do
No primeiro caso a entidade paraestatal há que revestir a forma de em- Estado e nem tendo submissão a ele, tendo fiscalização do controle/tutela
presa pública ou sociedade de economia mista, devendo operar sob as por ter valor relevante social.
mesmas normas e condições das empresas particulares congêneres, para São Fomentadas, se de Interesse Coletivo pelo Estado, mediante con-
não lhes fazer concorrência, como dispõe expressamente a CF; nos outros trato gestão. Pode ter seu capital público ou misto. O fomento pode ser em
casos o estado é livre para escolher a forma e estrutura da entidade e forma de subvenção, financiamento, favor fiscais objetivando uma reper-
operá-la como lhe convier, porque em tais hipóteses não está intervindo no cussão coletiva e desapropriação.
domínio econômico reservado à iniciativa privada. Extintas por lei porque ninguém pode gerir os destinos de uma entida-
de criada em função do interesse coletivo.
O patrimônio dessas entidades pode ser constituído com recursos par-
ticulares ou contribuição pública, ou por ambas as formas conjugadas. Tais CONCLUSÃO
empreendimentos, quando de natureza empresarial, admitem lucros e As Entidades Paraestatais possuem uma conceituação bastante confu-
devem mesmo produzi-los, para desenvolvimento da instrução e atrativo do sa em que seus doutrinadores entram, em diversas matérias, em contradi-
capital privado.” ção uns com os outros.
Celso Antonio Bandeira de Mello acredita que não se tratam as socie-
6 RELAÇÕES COM TERCEIROS dades de economia mista e as empresas públicas de paraestatais, Sendo
As Entidades Paraestatais estão sujeitas a licitação, seguindo a lei acompanhado por Marçal Justen Filho que acredita serem apenas entida-
8.666/83, para compras, obras, alienações e serviços no geral, segundo o des paraestatais os serviços sociais autônomos.
artigo 17 da referida lei. Quando imóveis dependerão de avaliação prévia e Diferentemente do que eles acreditam, Hely Lopes Meirelles acredita
de licitação na modalidade de concorrência. Sendo apenas dispensada a que as empresas públicas e as sociedades de economia mista se tratam
licitação nos seguintes casos: sim de paraestatais junto com os serviços sociais autônomos.
“a) dação em pagamento; “ Hely Lopes Meirelles diz que as entidades paraestatais podem ser lu-
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da crativas por serem empresariais. Já Ana Patrícia Aguiar, Celso Antonio
Administração Pública, de qualquer esfera de governo; Bandeira de Mello e Marçal Justen Filho discordam dizendo que elas de-
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do vem ser não lucrativas.
inciso X do art. 24 desta Lei; São Fomentados pelo Estado, através de contrato social, quando são
d) investidura; de interesse coletivo. Não se submetem ao Estado porque são autônomos

Conhecimentos Específicos 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
financeiramente e administrativamente, porém por terem relevância social e 4. Planos relacionados com comportamentos, denominados regulamen-
se tratar de capital público, integral ou misto, sofrem fiscalização do contro- tos.
le/tutela, para não fugirem dos seus fins. O importante é notar que cada plano pode consistir em muitos subpla-
Tem como objetivo a formação de instituições que contribuam com os nos com diferentes graus de detalhamento. Vejamos mais de perto cada
interesses sociais através da realização de atividades, obras ou serviços. um desses tipos de planos operacionais.
Para que servem os planos?
NOTAS:
• Para melhorar o desempenho das pessoas.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 22ª edição, São Pau-
• Para melhor utilizar máquinas e equipamentos.
lo, 1997. • Para evitar possíveis paralisações ou esperas desnecessárias.
1 - JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Sarai- • Para melhor alcançar metas e objetivos.
va, 2005.
2 - Artigo 37, II da Constituição Federal.
• Para aumentar a eficiência e eficácia.
Fonte - http://advbr.info/doutrinas/doutadm16.htm Procedimentos
Formam a sequência de passos ou de etapas que devem ser rigoro-
samente seguidos para a execução dos planos. São séries de passos
PLANEJAMENTO OPERACIONAL detalhados que indicam como cumprir uma tarefa ou alcançar um objetivo
Enquanto o nível institucional opera com a incerteza trazida do ambien- preestabelecido. Assim, os procedimentos são subplanos de planos maio-
te que circunda a empresa, o nível intermediário procura amortecê-la, res. Devido à sua natureza detalhada, costumam ser escritos e colocados à
neutralizá-la e contemporizá-la para encaminhar ao nível operacional os disposição dos que devem usá-los.
esquemas de tarefas e operações racionalizados e submetidos a um pro- Os procedimentos constituem guias para a ação e são mais específicos
cesso reducionista típico de abordagem de sistema fechado. Então, o nível que as políticas. Em conjunto com outras formas de planejamento, procu-
operacional quase sempre trabalha dentro da lógica de sistema fechado ram evitar a confusão por meio da direção, da coordenação e da articulação
para que alcance regularidade e certeza no seu cotidiano e funcione com a das operações de uma empresa. Ajudam a dirigir todas as atividades da
máxima eficiência possível. Apesar de todas as pressões e contingências empresa para objetivos comuns, a impor consistência ao longo da organi-
do ambiente externo, o nível operacional precisa funcionar como um meca- zação e através do tempo e buscam economias ao capacitarem a adminis-
nismo de relojoaria: tecnologia e máquinas em operação, ritmo e cadência tração a evitar to-dos os custos de verificações recorrentes e a delegar
para alcançar produtividade, cuidados para evitar possíveis paralisações ou autoridade a subordinados para tomar decisões dentro de limites impostos
esperas e uma constante regularidade. Para tanto, o nível operacional pela administração. Enquanto as políticas são guias para pensar e decidir,
precisa de um tipo de planejamento o mais próximo possível de um sistema um procedimento é um guia para fazer. O termo procedimento refere-se
fechado às intempéries ambientais, a menos que estas sejam de tal porte e aos métodos para executar as atividades. Um método descreve o processo
intensidade a ponto de provocar um profundo choque no funcionamento da de executar um passo ou uma etapa do procedimento e pode ser conside-
empresa. rado um plano de ação, mas normalmente é um subplano de um procedi-
Conceituação de planejamento operacional mento.
O planejamento operacional se preocupa basicamente com “o que fa- Procedimento
zer” e com o “como fazer” no nível em que as tarefas são executadas. O procedimento — também denominado procedimento operacional pa-
Refere-se especificamente às tarefas e operações realizadas no dia-a-dia dronizado — é um sistema de passos ou técnicas sequenciais que descre-
no nível operacional. Como está inserido na lógica de sistema fechado, o ve como uma determinada tarefa ou atividade deve ser feita. Serve para
planejamento operacional focaliza a otimização e a maximização de resul- detalhar várias atividades que devem ser executadas com o objetivo de
tados, ao passo que o planejamento tático está voltado para resultados completar um programa.
apenas satisfacientes. Por meio do planejamento operacional, os adminis- Os procedimentos em geral são transformados em rotinas e expressos
tradores visualizam e determinam ações futuras dentro do nível operacional na forma de fluxogramas. Fluxogramas são gráficos que representam o
que melhor conduzam ao alcance dos objetivos da empresa. Como o grau fluxo ou a sequência de procedimentos ou de rotinas. Estas nada mais são
de liberdade na execução das tarefas e operações no nível operacional é do que procedimentos devida-mente padronizados e formalizados. Os
muito estreito e pequeno, o planejamento operacional se caracteriza pelo fluxogramas podem ser de vários tipos.
detalhamento com o qual estabelece as tarefas e operações, pelo caráter
imediatista que focaliza apenas o curto prazo e pela abrangência focal que Fluxo grama vertical
aborda apenas uma tarefa ou operação. O fluxograma vertical retrata a sequência de uma rotina por meio de li-
O planejamento operacional pode ser visualizado como um sistema: nhas — que traduzem as diversas tarefas ou atividades necessárias para a
começa com os objetivos estabelecidos pelo planejamento tático, desenvol- execução da rotina — e de colunas — que representam, respectivamente,
ve planos e procedimentos detalhados e proporciona informação de retroa- os símbolos das tarefas ou operações, os funcionários envolvidos na rotina,
ção no sentido de propiciar meios e condições para otimizar e maximizar os as tarefas ou operações executadas, o espaço percorrido para a execução
resultados. O planejamento operacional é composto de uma infinidade de ou operação e o tempo despendido.
planos operacionais que proliferam nas diversas áreas e funções da em- O fluxograma vertical, também denominado gráfico de análise de pro-
presa: produção ou operações, finanças, mercadologia, recursos humanos, cesso, é utilizado para descrever simbolicamente um procedimento executa
entre outras. do por vários funcionários, cada qual desempenhando uma tarefa diferente,
No fundo, os planos operacionais cuidam da administração pela rotina ou para descrever uma rotina executada por uma única pessoa.
para assegurar que todos executem as tarefas e operações de acordo com
os procedimentos estabelecidos pela empresa, a fim de esta alcançar os Rotina em sequência vertical
seus objetivos. Os planos operacionais estão voltados principalmente para
No fluxograma vertical anterior, a rotina representada é constituída de
a eficiência (ênfase nos meios), uma vez que a eficácia (ênfase nos fins) é
dez fases, que envolvem três funcionários, demandam um tempo médio de
problema remetido para os níveis institucional e intermediário da empresa.
164 minutos e levam a uma movimentação de 207 metros. Os dez passas
ou fases são constituídos de uma operação, cinco trans-portes, duas para-
Tipos de planos operacionais das e duas verificações ou conferências. A linha que liga os diversos sím-
Embora os planos operacionais sejam heterogêneos e diversificados, bolos das operações traduz a sequência vertical do fluxograma.
eles podem ser classificados em quatro tipos: O fluxograma vertical coloca a ênfase na sequência da rotina ou do
1. Planos relacionados com métodos, denominados procedimentos. processo. A utilidade do fluxo-grama vertical é enorme, principalmente na
2. Planos relacionados com dinheiro, denominados orçamentos. área de planejamento de métodos e procedimentos de trabalho, para se
3. Planos relacionados com tempo, denominados programas ou pro- montar um procedimento ou rotina, para ajudar no treinamento do pessoal,
gramações. para fixar a sequência das operações, para racionalizar uma tarefa e outras
atividades.

Conhecimentos Específicos 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Fluxograma horizontal ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O fluxograma horizontal utiliza, na maioria das ocasiões, os mesmos Marcelo Marques
símbolos do fluxograma vertical e enfatiza os órgãos ou as pessoas envol- 1 Modelo de gestão
vidos em um determinado procedimento ou rotina. Em procedi-mentos ou O modelo de gestão envolve as seguintes variáveis:
rotinas que envolvam muitos órgãos ou pessoas, o fluxograma horizontal
permite visualizar a parte cabível a cada um e comparar a distribuição das • divisão do trabalho;
tarefas entre todos os envolvidos para uma possível racionalização ou • alocação de recursos;
redistribuição, ou para dar uma ideia da participação existente, a fim de • coordenação do trabalho;
facilitar os trabalhos de coordenação e de integração. • definição de padrões qualitativos;
• natureza dos vínculos formais entre os integrantes.
Fluxograma de blocos Os modelos de gestões são influenciados pelas seguintes variáveis:
O fluxograma de blocos baseia-se em uma sequência de blocos ou • autoridade formal;
ícones encadeados entre si, tendo cada qual um significado específico. • controle sobre recursos escassos;
Apresenta duas vantagens: utiliza uma simbologia mais rica e variada e não
• uso da estrutura organizacional, regras e regulamentos;
se restringe apenas a linhas e colunas preestabelecidas no gráfico. É um
fluxograma utilizado pelos analistas de sistemas para representar grafica- • controle do processo de tomada de decisão;
mente as entradas, operações e processos, saídas, conexões, decisões, • controle do conhecimento e da informação;
arquivamento etc., que constituem o fluxo ou sequência das atividades de • controle dos limites;
um sistema qualquer. • habilidade de lidar com incerteza;
• além dos acima mencionados, premissas referentes à cultura organi-
• Simbologia do fluxograma de blocos zacional, como valores e normas, também são importantes.
A divisão do trabalho necessita de mecanismo de coordenação, pois é
Os símbolos universais utilizados no fluxograma vertical são os seguin- através dela que os esforços são pulverizados pela organização. Logo, é
tes: necessário unir, ligar e harmonizar todos os esforços, visando atingir objeti-
1. Operação: representada por um círculo. É uma etapa ou subdivisão vos organizacionais.
do processo. Uma operação é realizada quando algo é criado, alterado,
acrescentado ou subtraído. Geralmente agrega valor ao processo, ao 2 Mecanismos de coordenação
produto ou ao serviço. Exemplos: emissão de um documento, anotação de Ajuste mútuo — baseado em processos simples de comunicação in-
um registro, colocação de uma peça. formal, nos quais o controle do trabalho é centrado no nível operacional: a
2. Transporte: representada por um círculo pequeno ou por uma seta. aprendizagem e o conhecimento se desenvolvem em tempo de execução e
É a tarefa de levar algo de um lugar para outro. Ocorre quando um objeto, dependem do grau de adaptação dos especialistas no decurso da ação.
uma mensagem ou documento é movimentado de um lugar para outro. Não Exemplo: uma equipe médica procedendo a uma cirurgia.
agrega valor nenhum ao processo, produto ou serviço, apenas custos
Supervisão direta — mecanismo de coordenação que se dá por inter-
adicionais.
médio de um único gerente ou pessoa que se responsabiliza pelo trabalho
3. Inspeção (ou verificação ou controle): representada por um quadra- dos outros, dando instruções e monitorando ações. A liderança central é
do. É uma verificação ou fiscalização (de quantidade ou de qualidade) sem uma exigência, para que todos os resultados de um grupo apreendam
que haja realização de operação. Também não agrega valor, mas agrega etapas de trabalho de um mesmo processo.
custos adicionais. Exemplos: conferência de um documento, verificação de
Exemplo: trabalhadores de uma linha de montagem de automóveis.
uma assinatura.
Padronização dos processos de trabalho, das habilidades e das saídas
4. Arquivamento ou armazenamento: representados por um triângulo.
— a padronização visa estabelecer as seguintes questões: Como fazer?
Pode se referir a algum documento (arquivamento) ou a algum material ou
Com que competências? Que serviços ou produtos intermediários ou finais
produto (armazenamento).
serão feitos?

Orçamentos 3 Estrutura organizacional - conceituação


São os planos operacionais relacionados com dinheiro em um determi- Mintzberg (1983) define estrutura como a soma total de meios pelos
nado período de tempo. Os orçamentos comumente têm a extensão de um quais o trabalho é dividido em tarefas distintas e como é realizada a coor-
ano, correspondendo ao exercício fiscal da empresa. Quando os valores denação entre elas.
financeiros e os períodos temporais se tornam maiores, ocorre o planeja-
Vasconcelos (1989) entende estrutura como o resultado de um proces-
mento financeiro, definido e elaborado no nível intermediário da empresa,
so no qual a autoridade é distribuída, as atividades são especificadas
com dimensões e efeitos mais amplos do que os orçamentos, cuja dimen-
(desde os níveis mais baixos até a alta administração).
são é meramente local e cuja temporalidade é limitada.
Stoner (1985) define estrutura como a disposição e a inter-relação en-
O fluxo de caixa, os orçamentos departamentais de despesas, de en-
tre as partes componentes e cargos de uma empresa.
cargos sociais referentes aos empregados, de reparos e manutenção de
máquinas e equipamentos, de custos diretos de produção, de despesas de Bowdicht (1992) define estrutura genericamente como os padrões de
promoção e propaganda, entre outros, são exemplos de orçamentos no trabalho e disposições hierárquicas que servem para controlar ou distinguir
nível operacional. as partes que compõem uma organização.
Tanto Hall (1984) entende que estrutura é a distribuição das pessoas
entre posições sociais que influenciam os relacionamentos de papéis
Listas de verificação
desempenhados pelas mesmas. Como consequência direta desta distribui-
As listas de verificação (check-lists) constituem um tipo de procedimen- ção, ocorre a divisão do trabalho e a hierarquia.
to de rotina que contém todas as ações necessárias para a execução de
Observamos que, embora não haja uma uniformidade de definições,
uma determinada tarefa. No fundo, trata-se de uma espécie de lembrete
todos os autores concordam que a estrutura nasce através do princípio da
para que o executor não se esqueça de nenhum detalhe. Em geral, refe-
divisão do trabalho e da hierarquia, logo, é um instrumento gerencial valio-
rem-se a atividades do nível operacional. Em companhias aéreas os
so, que, como todos os recursos, precisa ser usado de maneira eficiente.
co-mandantes seguem listas de verificação para decolar ou aterrissar
aviões e os tripulantes seguem listas de verificação no caso de situações
perigosas ou acidentes. A seguir há uma lista de verificação sobre os tipos 4 Elementos da estrutura organizacional segundo Stoner (1985)
de informação que devem ser obtidos de candidatos aos cargos em uma • A especificação de tarefas, que se refere à especificação de ativida-
empresa. des individuais ou de grupos em toda a organização (divisão do trabalho) e
ao agrupamento destas em unidades de trabalho (departamentalização);

Conhecimentos Específicos 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• A padronização das tarefas, ou seja, a definição de procedimentos a • Por Projeto — grande concentração de recursos e tempo de duração
serem realizados para garantir a previsibilidade das tarefas; longo para a fabricação do produto.
• A coordenação das atividades, composta pelos procedimentos reali- • Por Produto — indicada quando uma organização encontra-se em um
zados para integrar as funções das subunidades da organização; ambiente instável que exige atenção especial para as mudanças nos
• A centralização e descentralização de decisões, que se refere à loca- pro-dutos. Exemplo: empresa de software e hardware.
lização do poder decisório; • Por Cliente — o foco está nas expectativas dos clientes, logo, esse
• O tamanho da unidade de trabalho, que se refere ao número de em- critério fica mais atento às diferenças.
pregados que compõem os grupos de trabalho. • Por Processo — relaciona-se com o fluxo de trabalho.
A estrutura organizacional pode ser entendida através de dimensões:
1 — A especialização — divisão de trabalho — realização de tarefas 7 Modelo organizacional celular
em posições definidas; Este modelo tem sua teorização muito recente e ainda não existe uma
2 — A padronização e formalização — regras e procedimentos de ocor- constância de definições entre os diversos autores. Estabelecerei, portanto,
rência constante definidos pela organização, caracterizando-se pelas diferentes perspectivas sobre o tema sob a ótica dos estudiosos.
comunicações escritas; Paiva (1999) caracteriza as organizações celulares por:
3 — A centralização — autoridade responsável pelas decisões (lócus); • reconhecimento pelo valor gerado;
4 — A configuração, que se refere à forma da estrutura, incluindo a • autodesenvolvimento;
amplitude de controle vertical e horizontal. • responsabilidades pelos fins com autonomia sobre os meios;
• compromisso com o resultado;
5 Modelos de estrutura • decisões compartilhadas;
5.1 Estrutura linear • participação dos resultados e sentimento de prosperidade e participa-
Características: ção acionária; e
• respeita o Princípio da Unidade de Comando; • autoridade pelo conhecimento.
• valoriza a hierarquia; Vasconcellos e Hemsley (1997) definem o modelo celular como uma
• perde especialização; forma de organização com alta flexibilidade, em que o delineamento da
• possui linhas claras e definidas de autoridade; estrutura praticamente inexiste, e a informalidade é muito elevada.
• centraliza as decisões; Ribeiro (1993) estabelece algumas características, tais como:
• apresenta-se em forma piramidal. • pequeno grupo de trabalho onde as relações interpessoais são inten-
5.2 Estrutura funcional sas;
Características: • cada membro do grupo é reconhecido por suas qualidades e defeitos;
• respeita o Princípio da Unidade de Comando; • o grupo funciona de forma auto-regulada;
• valoriza a hierarquia; • o mesmo indivíduo pode pertencer a mais de um grupo;
• perde especialização; • algumas células são estáveis no tempo, outras têm duração muito
efêmera;
• possui linhas claras e definidas de autoridade;
• o tecido celular é organizado em forma de rede com muitos caminhos
• centraliza as decisões; possíveis entre uma célula e outra;
• apresenta-se em forma piramidal. • a célula ineficaz não tem condição de sobreviver;
5.2 Estrutura funcional • o crescimento da empresa é orientado pelas condições externas;
Características: • as condições de geração de inovação são aumentadas.
• respeita o Princípio da Unidade de Comando;
• enfatiza a especialização e a hierarquia; 8 Modelo de Mintzberg - tecnoestrutura
• possui assessores especialistas; Para Mintzberg, as estruturas organizacionais são formadas pelos se-
• órgãos A a G = deliberam; guintes elementos:
• staffs = assessoram. • cúpula estratégica;
5.4 Estrutura matricial • linha intermediária;
A estrutura matricial permite uma possibilidade a mais de variação a • gestão estratégica e tecnológica;
ser considerada quando desejamos: especialização das habilidades dos • recursos e serviços corporativos;
executivos, rápida transferência de tecnologia entre programas, grande
flexibilidade de utilização de mão-de-obra especializada e redução de • execução e operação finalística.
duplicação de esforços, com consequente redução de custos. Este modelo A organização, então, passa a:
combina dois critérios de departamentalização: a funcional e a por projetos, • estrutura simples;
serviços ou produtos. Portanto, cada equipe estará subordinada a dois tipos • burocracia mecanicista;
de chefia, não se respeitando a unidade de comando. • burocracia profissional;
• estrutura divisionada;
6 Departamentalização e seus critérios • adhocracia.
A finalidade da departamentalização é agrupar, de forma homogênea,
atividades afins. Decorre da divisão do trabalho em nível horizontal (busca 9 Tipos de estrutura segundo Mintzberg
da especialização), pois em nível vertical a busca é pela supervisão, atra-
9.1 Estrutura simples
vés da autoridade hierárquica.
A tecnoestrutura é praticamente inexistente, bem como os Staffs. Pos-
Critérios de departamentalização
sui órgão centralizador e um centro de operação (nível operacional). O
• Funcional — funcional, financeiro, engenharia etc. mecanismo de controle utilizado é do tipo supervisão direta. A divisão do
• Por Quantidade — turnos de trabalho em decorrência da natureza da trabalho não é clara. Podemos associá-la com as organizações em seus
atividade. estágios iniciais.
• Geográfica — atividades dispersas em função de necessidades logís- 9.2 Burocracia mecanizada
ticas. Neste modelo a tecnoestrutura tem seu valor, logo, o mecanismo mais
usado é a padronização de processos, sendo, portanto, altamente mecani-

Conhecimentos Específicos 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
zado. As normas são uma necessidade. Encontramos a especialização no 2. Estabelecimento da direção organizacional
sentido vertical (níveis hierárquicos) e no horizontal (departamentos). Ë Constituição da missão, visão e os objetivos.
centralizada vertical-mente e descentralizada em nível de departamentos, e O ponto de partida para a formulação da estratégia é a missão. Esta
o trabalho exige controle, uma vez que desempenha tarefas especializadas, não pode ser nem tão geral, nem tão específica. Quando bem definida,
simples e rotineiras. fornece subsídios para a direção e objetivos a serem fixados.
9.3 Burocracia profissional 3. Formulação da estratégia Questionamentos
Diferencia-se da anterior basicamente por possuir funcionários operaci- • Quais os objetivos da organização?
onais bem qualificados, mais autônomos, conseguindo, assim, responder
mais rápido às mudanças. A burocracia profissional é o exemplo de uma • Para onde a organização está se dirigindo?
estrutura mecânica, descentralizada horizontal e verticalmente, pois o • Em que tipo de ambiente a organização insere-se atualmente?
centro de execução finalística é o componente fundamental. • O que pode ser feito para melhor alcançar os objetivos organizacio-
Indicada em um ambiente estável, mas complexo. nais no futuro?
9.4 Estrutura divisionada 4. Implementação da estratégia
Neste modelo a linha hierárquica é o componente estratégico, pois • Gerenciamento de pessoas
através dela é estabelecida a ligação com as divisões e a cúpula. Cada • Alocação de recursos
divisão é uma subestrutura, funcionando como pequenas burocracias • Monitoração
mecanicistas, logo, o mecanismo de coordenação é a padronização dos • Organização
resultados obtidos por cada unidade. As divisões apresentam uma alta
5. Controle estratégico
formalização e divisão do trabalho, mas são independentes umas das
outras. O contexto externo (ambiente) para essa organização é, geralmen- Consiste em monitorar e avaliar o processo de gerenciamento de estra-
te, estável e simples. tégias como um todo, para assegurar que ele esteja funcionando adequa-
9.5 Adhocracia damente.
Caracteriza-se pelo pouco tempo de duração. É constituída por equipes
ad hoc de pessoas qualificadas em áreas diversificadas. O mecanismo de 3 Planejamento estratégico clássico
coordenação é o ajuste mútuo entre os participantes. O mecanicismo não Concepção -> Gestão do conhecimento -> Formulação -> Implementa-
tem lugar, cedendo para a analogia orgânica, apresentando alta diferencia- ção -> Avaliação
ção horizontal e pouca importância vertical (hierarquia). É versátil e flexível, 3.1 Missão
e a estratégia vai surgindo com as decisões. A missão é uma orientação atemporal, a razão de ser, o porquê de a
organização existir.
NOVAS TECNOLOGIAS GERENCIAIS E ORGANIZACIONAIS Exemplos de missão
Marcelo Marques • Nike — experimentar a emoção da competição, da vitória;
1 Gestão estratégica — presença nos governos e nas organizações em • 3M — resolver, de forma inovadora, problemas não solucionados;
geral • Walt Disney — fazer pessoas felizes;
O termo estratégia tem origem na Grécia e com forte conotação militar. • Tribunal de Contas da União (TCU) — assegurar a efetiva e regular
Hoje reparamos várias semelhanças entre a antiga estratégia e a encontra-
gestão dos recursos públicos, em benefício da sociedade.
da no ambiente das modernas organizações, onde objetivos são definidos
no horizonte de longo prazo envolvendo análises internas e externas, Embora a missão seja uma orientação atemporal, muitas organizações
delineando pontos fortes e fracos, além das ameaças e oportunidades. necessitam revisar constantemente esta ferramenta, conforme se observa
no caso da IBM.
O ambiente organizacional muda em uma velocidade assustadora, tor-
nando-se imenso e complexo, exigindo das organizações flexibilidade, Evolução da missão da IBM
agilidade, tecnologia da informação, aproximação com os clientes e mu- • Início da década de 1950 — computadores.
dança continuada. A visão holística torna-se uma condição imperativa. • Final da década de 1950 — processamento de dados.
Enxergar os ambientes da tarefa e geral, bem como suas deficiências e • Início da década de 1960 — manipulação de informações.
suficiências organizacionais, é o pré-requisito para montar uma estratégia. • Final da década de 1960 — solução de problemas e processamento
Estratégia é o conjunto de decisões fixadas em consonância com a de dados.
missão. A missão é a razão de ser de uma organização, sendo, portanto, • Início da década de 1970 — minimização de riscos.
uma necessidade atemporal, ou seja, precisa estar presente em qualquer
época da existência de uma organização. Entendemos, ainda, que a estra- • Final da década de 1970 — desenvolvimento de alternativas.
tégia é o processo contínuo e sistemático de direcionar a organização para • Década de 1980 — otimização de negócios.
atingir sua missão. Envolve atividades de planejamento e controle de • Início da década de 1990 — desenvolvimento de novos negócios de
decisões, além da coordenação das ações resultantes do processo de em-presas.
adaptação ao seu ambiente. • Final da década de 1990 — oferecimento de soluções criativas e in-
2 Etapas da gestão estratégica vadoras para as necessidades de informação dos clientes.
A gestão estratégica evoluiu do planejamento estratégico. 3.2 Visão
1. Análise ambiental A visão é uma orientação temporal, é onde a organização deseja che-
A primeira etapa do processo de gerenciamento da estratégia é o diag- gar, denota um modelo mental de um estado ou situação desejável. Visão e
nóstico da ambiência interna e externa à organização. missão devem estar em consonância.
Ambiente geral ou macroambiente: composto de fatores como conjun- Exemplos de visão
tura política, estrutura econômica, valores da sociedade, desenvolvimento • Tribunal de Contas da União (TCU) — ser uma instituição de excelên-
tecnológico etc. Esses fatores influenciam muito os negócios da organiza- cia no controle e contribuir para o aperfeiçoamento da administração públi-
ção, mas a recíproca não é verdadeira. A organização não é capaz de ca.
modificar esses fatores. • Citibank — tornar-se uma instituição financeira mais poderosa, com
Ambiente da tarefa: composto de agentes como sindicatos, agências mais serviços, e mais influente que qualquer outra.
governamentais, instituições financeiras, fornecedores, clientes, comunida- • Boing — construir aviões em que teríamos orgulho de colocar nossas
de etc. Esses agentes interagem diretamente com a organização, influenci- famílias.
ando e sendo influenciados por ela. 3.3 Valores
Ambiente interno: considera os aspectos internos da organização, co- Os valores são os atributos e virtudes da organização.
mo sua cultura, estrutura, tecnologia, processos de trabalho, controles etc.
Exemplo: cultura para a qualidade, respeito ao ambiente.

Conhecimentos Específicos 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4 Escolas do planejamento estratégico — as várias abordagens pensamento, será uma etapa importante para todos os executivos, em
Segundo Mintzberg, com a evolução do pensamento estratégico foram todas as áreas.
aparecendo escolas (correntes), e cada uma com posições peculiares Antônio Dutra Jr.http://www.baguete.com.br/colunistas/colunas/42/antonio-dutra-
sobre o planejamento estratégico. jr/04/10/2004/a-cultura-da-gestao-por-processos
De acordo com Ansoff e McDonnell (1993), planejamento estratégico é
um procedimento sistemático de gestão empreendedora que baseia a
estratégia futura da empresa em um exame de alternativas novas. NATUREZA E EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO ADMINISTRATIVO
Cavalcanti (2000) afirma que a ideia do planejamento estratégico sur-
O estudo da Administração é um desdobramento da história das trans-
giu há 40 anos, no auge da expansão e diversificação dos negócios na
formações econômicas, sociais e políticas de várias culturas, necessidades
década de 60, e que a inovação tornou-se componente ativo da estratégia
que o homem tem em sua natureza que precisam ser satisfeitas através de
empresarial. Com exemplo, destaca o estudo da Standard Ou Company.
esforços organizados.

Gestão por Processos. Historicamente, o fenômeno da industrialização é relativamente recen-


A Gestão pro Processos é um tema que tem despertado crescente inte- te. Antes da industrialização as organizações humanas eram fundamental-
resse das empresas. Ainda imaturo, o mercado está respondendo aos mente a família, a tribo, a igreja, o exército e o Estado. Desde o princípio o
esforços educacionais oferecidos pelos fornecedores destas soluções. homem sentiu necessidade de organizar-se para as campanhas militares,
para os problemas familiares, para a administração governamental e para a
Entretanto, ainda são grandes os obstáculos à maturidade deste tipo
operação de sua religião, decorrendo da as primeiras noções de organiza-
de aplicação.
ção. Examinando-se a administração pré-industrial, dois temas aparecem:
A falta de um efetivo conhecimento sobre este conceito e a análise fo- 1. noção relativamente limitada das funções administrativas; 2. pouca
cada exclusivamente nas features dos produtos que são disponibilizados consideração pela atividade comercial.
pelos fornecedores são fatores preponderantes na formação de uma opini-
ão distorcida sobre os benefícios advindos de uma gestão por processos. Vários indícios na história antiga mostram-nos que devem ter existido
Some-se ainda a profusão de soluções que estão sendo apresentadas, planos formais, organizações de trabalho, liderança e sistemas de avalia-
muitas delas criadas para outras finalidades e agora vestidas com uma ção, ou seja, as grandes construções épicas, como as pirâmides, por
nova roupagem de marketing, sobrepõem conceitos e dificultam o entendi- exemplo, indicam uma prática eficiente das funções administrativas. Quan-
mento pelos avaliadores. do lemos a Bíblia com uma ótica de administrador, encontramos citações,
Este pequeno ou inexistente embasamento teórico pode ser explicado como as referentes ao êxodo, que explicam a forma piramidal dos organo-
pelo pequeno alinhamento do ambiente acadêmico com o conceito de gramas organizacionais.
Gestão por Processos. Esta mudança seria fundamental para a criação de
um ambiente mais receptivo ao conceito, pelo C-Level ( CEO, CIO, etc ) Orientando-nos pela evolução da história antiga, podemos situar acon-
das empresas. Neste sentido, ainda não é suficientemente claro para as tecimentos que permitiram a evolução das antigas civilizações com base
academias, a existência de uma camada independente enquanto solução em princípios administrativos que são até hoje defendidos e utilizados por
de software, visto que gerir processos e integrar aplicações sempre foi um grandes teóricos da administração.
produto secundário de projetos apresentados pelos fornecedores de ERP’s
e não era tratado com a devida importância. Revolução Industrial
Despertar os executivos de negócio para a importância da Gestão por Esses princípios nortearam a evolução das sociedades através dos sé-
Processos pode ser uma tarefa ingrata, pois processos ainda são vistos culos, do período medieval ao mercantilista, tendo o seu grande despertar
com um quê de negligência, como uma atividade menor, menos importante. no principio do século XVI, com as grandes descobertas através da nave-
gação e das invenções, iniciando-se assim o que podemos chamar de
Diariamente, mais e mais empresas estão adotando de forma silencio-
primórdios da Revolução Industrial.
sa, a Gestão pro Processos. Estas empresas elegeram executivos de
carreira para gerir macro-processos fundamentais. Elas mudaram o foco
Nessa época situam-se os sistemas de produção industrial, que, corno
dos seus sistemas de aferição de objetivos das unidades para objetivos dos
as civilizações, passou por diversas fases. No início predominou o sistema
processos e basearam seus sistemas de remuneração diretamente sobre a
familiar, que em algumas sociedades persistem até hoje.
performance dos seus processos. Também alteraram a maneira como
recrutaram e treinaram seus colaboradores, com ênfase nos macro proces-
O crescimento do comércio também necessitava de racionalização nos
sos e não nas pequenas tarefas. E ainda trabalharam em mudanças pe-
métodos de registro (anotações/ contabilização). Luca Pacioli, em 1494,
quenas, porém fundamentais, na sua cultura. Por fim, estes executivos vão
escreveu Summa de aritmética, geométrica, proporcional e proporcionalista.
assumir gradativamente o controle do orçamento destinado a melhoria dos
seus macro-processos, uma vez que estes detêm o conhecimento sobre
Foi o primeiro sistema de partidas dobradas decorrente da necessidade
seus pontos fracos em toda sua extensão, podendo investir os recursos da
de os mercadores saberem suas posições de créditos e débitos, fornece-
empresa com muito mais propriedade.
rem posição de caixa e inventário.
Já na área de tecnologia, a negação da existência da camada de apli-
cações destinada a gestão dos processos, promovida por alguns executivos Até o século XX, nenhum avanço foi feito sobre o sistema de Pacioli.
de TI, vai segurar esta onda, talvez por tempo demais. Este perfil de execu- Em Sina, Veneza, Gênova e Florença, banqueiros como os Medici e Peruz-
tivo, cujo enfoque está voltado exclusivamente para a ideia de que a área zis estabeleceram escritórios bancários para movimentar, transferir as
de sistemas deve aprisionar os processos de negócio conforme aquilo que contas em partidas dobradas e realizavam empréstimo. O grande obstáculo
seus pacotes de gestão permitem, vai demandar um atraso da empresa para os banqueiros era a proibição dos juros, mas as necessidades comer-
perante seus concorrentes. ciais sobrepuseram-se às religiosas, e por volta de 1400 muitos estados
Um registro interessante é que atualmente existe uma grande preocu- aboliram estas proibições.
pação na adoção de metodologias voltadas para a governança, e as áreas
de TI despontam como agentes desta demanda, como ITIL, COBIT, PMI e Dando mais um salto na história, passamos agora para a fase dos pri-
outras. Fica claro que sua implementação demanda um amplo conhecimen- meiros estudos formais; enquanto teoria de administração que se situa nos
to dos processos da empresa, suas implicações, seus custos e os recursos séculos XIX e XX, surgiu a chamada Administração científica, com a publi-
disponíveis para implementá-los. Gerir estes processos é, em síntese, gerir cação dos Princípios da administração científica, em 1911, por Frederick
o negócio, seja o enfoquerestrito a TI ou não, como ficou evidenciado pela Winslow Taylor, chamado Pai da Administração Científica.
SARBANES-OXLEY.
A empresa orientada a processos é com certeza uma tendência irre- Nessa mesma época surgiram estudos encabeçados por Frank e Lilian
versível. Implementar o conceito de Gestão por Processos pode ainda Gilbreth e Morris Cooke, os primeiros preocupados com os estudos dos
necessitar a quebra de alguns paradigmas internos, mas, alinhar-se a este movimentos de mão e corpo para a otimização dos esforços, eliminando-se
movimentos inúteis e projetando o uso de ferramentas e equipamentos
Conhecimentos Específicos 47 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mais adequados para os trabalhadores, e Cooke adaptando os princípios organizações usam para administrar suas relações com o futuro. É uma
da administração científica em organizações nas não industriais. aplicação específica do processo decisório.” (MAXIMIANO, 105, 2002).

Com esses estudos, um espaço enorme para novas ideias estava au- O planejamento envolve a determinação no presente do que se espera
tomaticamente aberto, e ele foi ocupado imediatamente. Henri Fayol, em para o futuro da organização, envolvendo quais as decisões deverão ser
seu livro General and Industrial Management, introduziu aquilo que hoje tomadas, para que as metas e propósitos sejam alcançados.
chamamos Processo Administrativo: planejamento, organização, comando,
coordenação e controle. Max Weber criou uma teoria de estrutura de poder Organizar: pode-se constatar que [...] se fosse possível sequenciar,
e autoridade, que denominou Escola Burocrática. Oliver Sheldon escreveu diríamos que depois de traçada(s) a(s) meta(s) organizacional (ais), é
o livro Filosofia da Administração, reconhecendo a responsabilidade e a necessário que as atividades sejam adequadas às pessoas e aos recursos
ética da administração perante a sociedade. da organização, ou seja, chega a hora de definir o que deve ser feito, por
quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-
A partir daí surgiram estudos que não podemos caracterizar como es- se, o que é preciso para a realização da tarefa. (ARAÚJO, 169, 2004).
colas propriamente ditas, porque foram surgindo em ondas e superpondo-
se uma teoria à outra, considerados mais propriamente como abordagens Logo, “organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos
teóricas. Virnet em uma estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo de
organizar tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a
A administração é um conjunto de normas e funções elaboradas para divisão de um todo em partes ordenadas.” (MAXIMIANO, 111, 2002).
disciplinar elementos de produção, que têm como objetivo alcançar um
resultado eficaz e retorno financeiro. Administrar envolve a elaboração de Liderar: envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num
planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é objetivo comum. “Meta(s) traçada(s), responsabilidades definidas, será
exigida a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de preciso neste momento uma competência essencial, qual seja, a de
Administração. influenciar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam
alcançados.” (ARAÚJO, 170, 2004).
A profissão de administrador é historicamente recente e foi
regulamentada no Brasil em 9 de setembro de 1965, data em que se Maximiano ao invés de liderar, define o terceiro passo como executar,
comemora o Dia do Administrador. “o processo de execução consiste em realizar as atividades planejadas que
envolvem dispêndio de energia física e intelectual” (MAXIMIANO, 119,
Os primeiros administradores profissionais (administrador contratado, 2002).
que não é o dono do negócio) foram os que geriram as companhias de
E por último controlar, que “estando a organização devidamente
navegação inglesas a partir do século XVII.
planejada, organizada e liderada, é preciso que haja um acompanhamento
das atividades, a fim de se garantir a execução do planejado e a correção
Segundo Jonh W. Riegel, "o êxito do desenvolvimento de executivos
em uma empresa é resultado, em grande parte, da atuação e da de possíveis desvios”(ARAÚJO, 170, 2004).
capacidade dos seus gerentes no seu papel de educadores.Cada superior Cada uma das características podem ser definidas separadamente,
assume este papel quando ele procura orientar e facilitar os esforços dos porém dentro da organização, são executadas em conjunto, ou seja, não
seus subordinados para se desenvolverem". podem ser trabalhados disjuntas.
Funções administrativas Princípios para um bom Administrador
Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador:  Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas;
planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar - POCCC. Atualmente,  Saber decidir e solucionar problemas;
sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássica da  Saber lidar com pessoas: comunicar eficientemente, negociar,
Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os conduzir mudanças, obter cooperação e solucionar conflitos.
princípios foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar, Organizar,
 Ter uma visão sistêmica e global da estrutura da organização;
Dirigir e Controlar (PODC). Ressalte-se, então, que destas funções as que
sofreram transformações na forma de abordar foram "comandar e  Ser proativo, ousado e criativo;
coordenar" que anteriormente chamava-se Dirigir (Liderança).  Ser um bom líder;
 Gerir com responsabilidade e profissionalismo.
Atualmente, as principais funções administrativas são:
 Fixar objetivos (planejar) TAYLORISMO
 Analisar: conhecer os problemas. Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração
desenvolvido pelo engenheiro estadunidense Frederick Winslow Taylor
 Solucionar problemas
(1856-1915), que é considerado o pai da administração científica.
 Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e Caracteriza-se pela ênfase nas tarefas, objetivando-se aumentar a
as pessoas). eficiência da empresa aumentando-se a eficiência ao nível operacional.
 Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar)
 Negociar Primeiros estudos essenciais desenvolvidos por Taylor
 Tomar as decisões.  Em relação ao desenvolvimento do pessoal e seus resultados
 Mensurar e avaliar (controlar). objetivamente: acreditava que, oferecendo instruções sistemáticas
e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria
As características do gestor possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade..
Entende-se como características do gestor, suas funções,  Em relação ao planejamento a atuação dos processos: achava que
habilidades e competências. todo e qualquer trabalho necessita, preliminarmente, de um estudo
Segundo Araújo (2004), “as funções do gestor foram, num primeiro para que seja determinada uma metodologia própria, visando
momento, delimitadas como: planejar, organizar, comandar, coordenar e sempre o seu máximo desenvolvimento.
controlar. No entanto, por ser essa classificação bastante difundida, é  Em relação a produtividade e à participação dos recursos
comum encontrá-la em diversos livros e até mesmo em jornais de forma humanos: estabelecia a co-participação entre o capital e o
condensada em quatro categorias. São elas: planejar, organizar, liderar e trabalho, cujo resultado refletia em menores custos, salários mais
controlar.” elevados e, principalmente, em aumentos de níveis de
Planejar: “definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, produtividade.
como serão alcançadas e quais são seus propósitos e seus objetivos”  Em relação ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às
(ARAÚJO, 169, 2004), ou como “ferramenta que as pessoas e as normas procedimentais: introduziu o controle com o objetivo de

Conhecimentos Específicos 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
que o trabalho seja executado de acordo com uma sequência e um FORDISMO
tempo pré-programados, de modo a não haver desperdício Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947),
operacional. Inseriu, também, a supervisão funcional, fundador da Ford Motor Company, o Fordismo é um modelo de Produção
estabelecendo que todas as fases de um trabalho devem ser em massa que revolucionou a indústria automobilística na primeira metade
acompanhadas de modo a verificar se as operações estão sendo do século XX. Ford utilizou à risca os princípios de padronização e
desenvolvidas em conformidades com as instruções programadas. simplificação de Frederick Taylor e desenvolveu outras técnicas avançadas
Finalmente, apontou que estas instruções programadas devem, para a época. Suas fábricas eram totalmente verticalizadas. Ele possuía
sistematicamente, ser transmitidas a todos os empregados. desde a fábrica de vidros, a plantação de seringueiras, até a siderúrgica.

Metodologia do estudo Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão era
Taylor iniciou o seu estudo observando o trabalho dos operários. Sua tornar o automóvel tão barato que todos poderiam comprá-lo, porém
teoria seguiu um caminho de baixo para cima, e das partes para o todo; mesmo com o barateamento dos custos de produção, o sonho de Henry
dando ênfase na tarefa. Para ele a administração tinha que ser tratada Ford permaneceu distante da maioria da população.
como ciência. Desta forma ele buscava ter um maior rendimento do serviço
do operariado da época, o qual era desqualificado e tratado com desleixo Uma das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento
pelas empresas. Não havia, na época, interesse em qualificar o trabalhador, da linha de montagem. Os veículos eram montados em esteiras rolantes
diante de um enorme e supostamente inesgotável "exército industrial de que movimentavam-se enquanto o operário ficava praticamente parado,
reserva". O estudo de "tempos e movimentos" mostrou que um "exército" realizando uma pequena etapa da produção. Desta forma não era
industrial desqualificado significava baixa produtividade e lucros necessária quase nenhuma qualificação dos trabalhadores. Outra
decrescentes, forçando as empresas a contratarem mais operários. Taylor característica é a de que o trabalho é entregue ao operário, em vez desse ir
tinha o objetivo de acelerar o processo produtivo, ou seja, produzir mais em buscá-lo, fazendo assim a analogia à eliminação do movimento inútil.
menos tempo, e com qualidade.
O método de produção fordista exigia vultuosos investimentos e
Organização Racional do Trabalho grandes instalações, mas permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões
 Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava de carros por ano, durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no
a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse processo de produção fordista foi o mítico Ford Modelo T, mais conhecido
de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um no Brasil como "Ford Bigode".
tempo médio, a fim de que as atividades fossem feitas em um
tempo menor e com qualidade, aumentando a produção de forma O Fordismo teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra
eficiente e eficaz. Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história
 Estudo da fadiga humana: a fadiga predispõe o trabalhador à do capitalismo como Os Anos Dourados. Entretanto, a rigidez deste modelo
diminuição da produtividade e perda de qualidade, acidentes, de gestão industrial foi a causa do seu declínio. Ficou famosa a frase de
doenças e aumento da rotatividade de pessoal. Ford, que dizia que poderiam ser produzidos automóveis de qualquer cor,
 Divisão do trabalho e especialização do operário, cada um se desde que fossem pretos. O motivo disto era que com a cor preta, a tinta
especializaria e desenvolveria as atividades em que mais tivessem secava mais rápido e os carros poderiam ser montados mais rapidamente.
aptidões.
 Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o A partir da década de 70, o Fordismo entra em declínio. A General
conteúdo de tarefas de uma função, como executar e as relações Motors flexibiliza sua produção e seu modelo de gestão. Lança diversos
com os demais cargos existentes. modelos de veículos, várias cores e adota um sistema de gestão
 Incentivos salariais e prêmios por produtividade profissionalizado, baseado em colegiados. Com isto a GM ultrapassa a
 Condições de trabalho: O conforto do operário e o ambiente físico Ford, como a maior montadora do mundo.
ganham valor, não porque as pessoas merecessem, mas porque
são essenciais para o ganho de produtividade Na década de 70, após os choques do petróleo e a entrada de
 Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a competidores japoneses no mercado automobilístico, o Fordismo e a
uniformidade e reduzir os custos Produção em massa entram em crise e começam gradativamente a serem
 Supervisão funcional: os operários são supervisionados por substituídos pela Produção enxuta, modelo de produção baseado no
supervisores especializados, e não por uma autoridade Sistema Toyota de Produção.
centralizada.
Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e
 Homem econômico: o homem é motivável por recompensas
põe um ponto final no Fordismo.
salariais, econômicas e materiais.
 Pagamento diferenciado para quem produzia acima de um certo
TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
padrão.
A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol.
A empresa era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do
não recebiam influências externas. O sistema fechado é mecânico, homem econômico e pela busca da máxima eficiência.
previsível e determinístico. Porém, a empresa é um sistema que
movimenta-se conforme as condições internas e externas, portanto, um Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos
sistema aberto e dialético. incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e
responsabilidade.
Princípios da Administração Científica
Taylor pretendia definir princípios científicos para a administração das Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol
empresas. Tinha por objetivo resolver os problemas que resultam das defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência
relações entre os operários, como consequência modificam-se as relações na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por
humanas dentro da empresa, o bom operário não discute as ordens, nem executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só
as instruções, faz o que lhe mandam fazer. A gerência planeja e o operário deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos
apenas executa as ordens e tarefas que lhe são determinadas. Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez
com que grandes contribuintes do pensamento administrativo
Os quatro princípios fundamentais da administração Científica são: desconhecessem seus princípios.
1. Princípio do planejamento
2. Princípio da preparação dos trabalhadores Princípios Básicos
3. Princípio do controle Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de
4. Princípio da execução forma complementar aos de Taylor:

Conhecimentos Específicos 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o  Manipulação dos trabalhadores - Bem como a Administração
topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo Científica, fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios
a eficiência da produção aumentando a produtividade. que buscavam explorar os trabalhadores.
 Autoridade - Autoridade é todo direito dos superiores darem
ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a Funções Gerenciais X Princípios Científicos
contrapartida da autoridade. A Teoria da Administração Científica estudava a empresa privilegiando
 Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de as tarefas de produção enquanto a Teoria Clássica da Administração a
trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina estudava privilegiando a estrutura da organização.
gera o caos na organização.
 Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de Ambas as teorias buscavam alcançar o mesmo objetivo: maior
apenas um chefe, evitando contra-ordens. produtividade do trabalho e a busca da eficiência nas organizações. Se a
 Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a Administração Científica se caracterizava pela ênfase na tarefa realizada
aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos pelo operário, a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura
objetivos. que a organização deveria possuir para ser eficiente. A consequência
 Subordinação dos interesses individuais(ao interesse geral) - destas Teorias foi uma redução no custo dos bens manufaturados. Aquilo
Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os que fora um luxo acessível apenas aos ricos, como automóveis ou
interesses individuais. aparelhos domésticos, tornou-se disponível para as massas. Mais
 Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos importante foi o fato de que tornaram possível o aumento dos salários, ao
funcionários e da própria organização. mesmo tempo em que reduziram o custo total dos produtos.
 Centralização (ou Descentralização) - As atividades vitais da
organização e sua autoridade devem ser centralizadas. A inexistência de fundamentação científica das concepções
 Linha de Comando (Hierarquia) - Defesa incondicional da Não existe fundamentação experimental dos métodos e técnicas
estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade estudados por Fayol. Os princípios que esta apresenta carecem de uma
fixa. efetiva investigação, não resistindo ao teste de aplicação prática.
 Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um
TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar.
A teoria neoclássica da administração é o nome dado a um conjunto
 Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização,
de teorias que surgiram na década de 50 e que propõem uma retomada
justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa.
das abordagens clássica e científica da administração. A teoria têm como
Direitos iguais.
principal referência Peter Drucker, mas também inclui um grupo amplo de
 Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem autores como Willian Newman, Ernest Dale, Ralph Davis, Louis Allen e
consequências negativas sobre desempenho da empresa e o George Terry.
moral dos funcionários.
 Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer Dentre os principais conceitos abordados por essa teoria, destacam-se:
um plano e cumpri-lo.  ênfase na prática da administração;
 Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela  reafirmação relativa das proposições clássicas;
comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo
 ênfase nos princípios gerais de gestão;
grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus
 ênfase nos objetivos e resultados.
propósitos.
Funções Administrativas Esta nomenclatura é utilizada apenas no Brasil. Foi popularizada no
 Planejar - Estabelece os objetivos da empresa, especificando a livro texto de Chiavenato, que é utilizado no ensino da administração de
forma como serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, empresas no país. Chiavenato diz: "Os autores aqui abordados, (...) muito
desenvolvendo um plano de ações para atingir as metas traçadas. embora não apresentem pontos de vista divergentes, também não se
É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à preocupam em se alinhar dentro de uma organização comum. Em resumo,
operacionalização das outras funções. os autores neoclássicos não forma propriamente uma escola bem definida,
 Organizar - É a forma de coordenar todos os recursos da mas um movimento relativamente heterogêneo. Preferimos a denominação
empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os teoria para melhor enquadramento didático e facilidade de apresentação".
da melhor forma segundo o planejamento estabelecido. Fora do Brasil, pode-se associar essa escola de pensamento à abordagem
 Comandar - Faz com que os subordinados executem o que deve teórica proposta por Drucker, que é considerada uma ruptura com a
ser feito. Pressupõe que as relações hierárquicas estejam abordagem vigente. As teorias depois de Drucker são chamadas de
claramente definidas, ou seja, que a forma como administradores e "modernas" por ser ele reconhecido como "pai da administração moderna"
subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o grau de ("modern management" em inglês), embora o termo "administração
participação e colaboração de cada um para a realização dos moderna" seja mais abrangente que a proposta de Chiavenato.
objetivos definidos.
 Coordenar - A implantação de qualquer planejamento seria Benchmarking
inviável sem a coordenação das atitudes e esforços de toda a Benchmarking é a busca das melhores práticas na indústria que
empresa, almejando as metas traçadas. conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e
 Controlar - Controlar é estabelecer padrões e medidas de pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma
desempenho que permitam assegurar que as atitudes empregadas função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função
são as mais compatíveis com o que a empresa espera. O controle semelhante. O processo de comparação do desempenho entre dois ou
das atividades desenvolvidas permite maximizar a probabilidade de mais sistemas é chamado de benchmarking, e as cargas usadas são
que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas. chamadas de benchmark.

Considerações sobre a Teoria Clássica Apesar do seu neologismo, "Benchmarketing" é mais do que uma
 Obsessão pelo comando - Tendo como ótica a visão da empresa simples combinação de palavras - exprime uma filosofia. Este processo não
a partir da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na se limita na simples identificação das melhores práticas, mas,
unidade do comando, autoridade e na responsabilidade. Em principalmente, na sua divulgação através das diversas técnicas do
função disso, é visto como obcecado pelo comando. Marketing. "Benchmarking é simplesmente o método sistemático de
 A empresa como sistema fechado - A partir do momento em que procurar os melhores processos, as ideias inovadoras e os procedimentos
o planejamento é definido como sendo a pedra angular da gestão de operação mais eficazes que conduzam a um desempenho superior"
empresarial, é difícil imaginar que a organização seja vista como (Christopher E. Bogan).
uma parte isolada do ambiente.

Conhecimentos Específicos 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ReAdministração Administração em geral, não se preocupando onde ela seja aplicada, se
Readministração é uma forma de gerir as organizações, de um lado nas organizações lucrativas (empresas) ou se nas organizações não-
organizações eficiente , eficazes e efetivas e, do outro lado, indivíduos lucrativas.
satisfeitos, atualizados e recompensados com e pelo que fazem
(Caravantes; Bjur, 1997). A Administração revela-se, nos dias de hoje, como uma das áreas do
conhecimento humano mais impregnadas de complexidades e de desafios.
A ideia de ReAdministração surgiu como contraponto da ideia de
O profissional que utiliza a Administração como meio de vida pode trabalhar
Reengenharia que é considerada revolucionaria, radical e drástica, que
nos mais variados papéis em uma organização: desde o nível hierárquico
causava grande impacto nas pessoas e nas atividades, e sua visão era
somente a curto prazo, sistêmica e técnica. A ReAdministração visava a de supervisão elementar, até o nível de dirigente máximo da organização.
Pode trabalhar, também, nas diversas especializações da Administração:
vantagem competitivas, a satisfação do cliente e dos membros das
seja a Administração da Produção (dos bens ou dos serviços prestados
organização. Enfocava a responsabilidade social, ecológica e técnica.
pela organização), ou a Administração Financeira, ou a Administração de
Compreendia a empresa com uma visão holística e abordagem
evolucionaria e programada. Recursos Humanos, ou a Administração Mercadológica, ou ainda a Admi-
nistração Geral.
Tem como proposta:
Em cada nível e em cada especialização da Administração, as situa-
• Questionar a aplicabilidade da Reengenharia
• Propor uma reformulação mais abrangente e menos radical das ções são altamente diversificadas. Não há duas organizações iguais, assim
orientações administrativas e gerencias, mais aplicável a longo como não existem duas pessoas idênticas. Cada organização tem seus
prazo com uma teoria ou filosofia administrativa renovada. objetivos, o seu ramo de atividade, os seus dirigentes e o seu pessoal, os
seus problemas internos e externos, o seu mercado, a sua situação finan-
ceira, a sua tecnologia, os seus recursos básicos, a sua ideologia e política
"A ReAdministração entende que o homem moderno despende
significativa de sua vida dentro de organizações, trabalhando para de negócios etc.
organizações e que, portanto, as organizações e as tarefas que executam
Em cada organização, portanto, o administrador soluciona problemas,
são, respectivamente, o lugar e o foco apropriado onde buscar seu
desenvolvimento. Não queremos dizer que as organizações têm a dimensiona recursos, planeja sua aplicação, desenvolve estratégias, efetua
obrigação de desenvolver seus recursos humanos, simplesmente porque diagnósticos de situações etc., exclusivos daquela organização. Um "apli-
cador" bem sucedido em uma organização pode não sê-lo em outra. Toda
entendemos que desenvolvimento, por definição, é sempre
autodesenvolvimento. entretanto, as organizações podem criar - ou não - as vez que uma organização pretende admitir um executivo em seus quadros
administrativos, os candidatos são submetidos a uma infinidade de testes e
condições para que os indivíduos desenvolvam seus talentos, cresçam
entrevistas que procuram investigar em profundidade seus conhecimentos,
profissionalmente, busquem sua auto-realização, preencham seu potencial,
as suas características de personalidade, o seu passado profissional, a sua
sejam tudo aquilo que eles têm condições de vir a ser." (CARAVANTES, G;
formação escolar, os seus antecedentes morais, o seu sucesso ou seu
BJUR, W. ReAdministração em Ação. A prática da mudança rumo ao
fracasso em determinadas atividades e em outras coisas mais (talvez até a
sucesso. São Paulo: Makron Books, 1996)
sua situação conjugal ou sua estabilidade emocional...). Isso porque o
NATUREZA E EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO ADMINISTRATIVO executivo dificilmente pode ser transferido de uma organização para outra
sem que algum problema de adaptação deixe de ocorrer. Mesmo que o
Teoria das Organizações
executivo tenha profundos conhecimentos de Administração e apresente
O mundo de hoje é uma sociedade composta de organizações. Todas
um invejável currículo profissional, ele não é julgado pelo que sabe a res-
as atividades voltadas para a produção de bens (produtos) ou para a pres-
peito das funções que exerce em sua especialidade, mas sim pela maneira
tação de serviços (atividades especializadas) são planejadas, coordenadas,
com que executa o seu trabalho e os resultados que consegue obter dos
dirigidas e controladas dentro de organizações. Todas as organizações são
recursos disponíveis.
constituídas de pessoas e de recursos não-humanos (como recursos físicos
e materiais, recursos financeiros, recursos tecnológicos, recursos mercado- Há pelo menos três tipos de habilidades necessárias para que o ad-
lógicos etc.). ministrador possa executar eficazmente o processo administrativo: a habili-
dade técnica, a humana e a conceituai.
A própria vida das pessoas depende das organizações, e estas depen-  habilidade técnica — consiste em utilizar conhecimentos, méto-
dem do trabalho daquelas. As pessoas nascem, crescem, aprendem, dos, técnicas e equipamentos necessários para a realização de
vivem, trabalham, divertem-se, são tratadas e morrem dentro de organiza- suas tarefas específicas, através de sua instrução, experiência e
ções. As organizações são extremamente heterogêneas e diversificadas, educação;
de tamanhos diferentes, de características diferentes, de estruturas diferen-  a habilidade humana — consiste na capacidade e discernimento,
tes, de objetivos diferentes. Como compreendê-las, então? para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e motiva-
ções e aplicar uma liderança eficaz;
Talvez o principal ponto seja entender sua tipologia, visando estudá-las  a habilidade conceitual — consiste na habilidade para compre-
de forma estruturada. Existem organizações lucrativas (chamadas empre- ender as complexidades da organização global e o ajustamento do
sas) e organizações não-lucrativas (como o Exército, a Igreja, os serviços comportamento da pessoa dentro da organização. Essa habilidade
públicos de natureza gratuita, as entidades filantrópicas etc.). É a Teoria permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da
das Organizações (TO) o campo do conhecimento humano que se ocupa organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as
do estudo das organizações em geral, e de seus princípios que extrairemos necessidades de seu grupo imediato.
a melhor forma de analisá-las.
A adequada combinação dessas habilidades varia à medida que um
Pelo seu tamanho e pela complexidade de suas operações, as organi- indivíduo sobe na escala hierárquica, de posições de supervisão a posições
zações quando atingem um certo porte precisam ser administradas, e a sua de alta direção.
administração requer todo um aparato de pessoas estratificadas em diver-
sos níveis hierárquicos que se ocupam de incumbências diferentes. Assim, A palavra administração vem do latim ad (direção para, tendência para)
a administração nada mais é do que a condução racional das ativida- e minister (subordinação ou obediência), e significa aquele que realiza uma
des de uma organização, seja ela lucrativa ou não-lucrativa. função abaixo do comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço
a outro. No entanto, a palavra administração sofreu uma radical transforma-
A Administração trata do planejamento, da organização (estrutura- ção no seu significado original. A tarefa atual da Administração é a de
ção), da direção e do controle de todas as atividades diferenciadas pela interpretar os objetivos propostos pela organização e transformá-los em
divisão de trabalho que ocorrem dentro de uma organização. Assim, a ação organizacional através do planejamento, organização, direção e
Administração é algo imprescindível para a existência, sobrevivência e o controle de todos os esforços realizados em todas as áreas em todos os
sucesso das organizações. Sem a Administração, as organizações jamais níveis da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais
teriam condições de existir e de crescer. A Teoria Geral da Administração adequada à situação.
(TGA) é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo da
Conhecimentos Específicos 51 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Hoje em dia, a TGA (Teoria Geral da Administração) estuda a atuação em outros aspectos são similares; mas o que mais se deve observar é que
das empresas e demais tipos de organização do ponto de vista da interação nenhum deles pode ser gerido sem homens, nem os afazeres privados são
e interdependência, contém cinco variáveis principais, cada qual objeto geridos por uma espécie de homem e os públicos por outra: pois aqueles
específico de estudo por parte de uma ou mais correntes da teoria adminis- que conduzem os negócios públicos não utilizam homens de natureza
trativa. Estas cinco variáveis básicas são: diferente daqueles empregados pelos que gerem negócios privados; e os
• tarefa; que sabem empregá-los, conduzem tanto os negócios públicos, quanto
• estrutura; privados, judiciosamente, enquanto que aqueles que não sabem, errarão na
• pessoas; administração de ambos".
• tecnologia e
• ambiente. Platão (429 a.C.-347 a.C.), discípulo de Sócrates, em sua obra A Re-
pública, expõe o seu ponto de vista sobre a forma democrática de governo
Estas cinco variáveis constituem os principais componentes no estudo e de administração dos negócios públicos.
da Administração das empresas. O comportamento desses componentes é
sistêmico e complexo: cada qual influencia e é influenciado pelos outros Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), discípulo de Platão, no seu livro Políti-
componentes. Modificações em um provocam modificações em maior ou ca, estuda a organização do Estado e distingue três formas de Administra-
menor grau nos demais. O comportamento do conjunto desses componen- ção pública, a saber:
tes é diferente da soma dos comportamentos de cada componente conside- • Monarquia ou governo de um só (que pode redundar em tirania);
rado isoladamente. A adequação entre essas cinco variáveis constitui o • Aristocracia ou governo de uma elite (que pode descambar em oli-
principal desafio da administração e do administrador. garquia);
• Democracia ou governo do povo (que pode degenerar em anar-
À medida que a Administração se defronta com novos desafios e novas quia).
situações que se desenvolvem com o decorrer do tempo, as doutrinas e
teorias administrativas precisam adaptar suas abordagens - ou modifi- Durante os séculos que vão da Antiguidade até o início da Idade Mo-
cá-las completamente para continuarem úteis e aplicáveis. derna, a Filosofia voltou-se para uma variedade de preocupações que nada
tinham a ver com problemas administrativos.
O objeto de estudo da Administração sempre foi a ação organiza-
cional inicialmente entendida como um conjunto de cargos e tarefas, e É com Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês, e Renê
além, como um conjunto de órgãos e funções, desdobrando-se posterior- Descartes (1596-1650), filósofo, matemático e físico francês considerado o
mente em uma complexa gama de variáveis até chegar à concepção de fundador da Filosofia Moderna, que vamos encontrar alguma preocupação
sistema. As mais recentes teorias administrativas têm por objeto o estudo prática na retomada da evolução do pensamento administrativo. Além
da organização como um sistema composto de subsistemas que interagem desses dois pensadores modernos, a organização eclesiástica da Igreja
entre si e com o ambiente externo. Católica influenciou e serviu de modelo para muitas organizações, que
passaram a incorporar uma infinidade de princípios e normas administrati-
A Administração não é um fim em si mesma, mas um meio de fazer vas utilizadas na Igreja. Igualmente, a organização militar trouxe grande
com que as coisas sejam realizadas da melhor forma possível, com o influência para a Administração.
menor custo e com a maior eficiência e eficácia.
No despontar do século XX, dois engenheiros desenvolveram os pri-
Em toda a sua longa história até o início do século XX, a Administração meiros trabalhos pioneiros a respeito da Administração. Um era americano,
se desenvolveu com uma lentidão impressionante. Somente a partir deste Frederick Winslow Taylor, e veio a desenvolver a chamada Escola da
século passou por fases de desenvolvimento de notável pujança e inova- Administração Científica, preocupada em aumentar a eficiência da indús-
ção. Enquanto nos dias de hoje a sociedade da maioria dos países desen- tria através, inicialmente, da racionalização do trabalho do operário.
volvidos é uma sociedade pluralista de organizações, onde a maior parte O outro era europeu, Henri Fayol, e veio a desenvolver a chamada Te-
das obrigações sociais (como a produção, a prestação de um serviço oria Clássica, preocupada em aumentar a eficiência da empresa através
especializado de educação ou de atendimento hospitalar ou a preservação da sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração
do meio ambiente) é confiada a organizações (como indústrias, universida- em bases científicas, Muito embora ambos não tenham se comunicado
des e escolas, hospitais, exército, organizações de serviços públicos) que entre si e tenham partido de pontos de vista diferentes e mesmo opostos, o
são administradas por grupos diretivos próprios para poderem se tornar certo é que suas ideias constituem as bases da chamada Abordagem
mais eficazes, no final do século passado a sociedade era completamente Clássica ou Tradicional da Administração, cujo postulados dominaram
diferente. aproximadamente as quatro primeiras décadas deste século no panorama
administrativo das corporações.
Há 100 anos, as organizações eram poucas e pequenas: predomina-
vam as pequenas oficinas, os artesãos independentes, as pequenas esco- Assim, de um modo geral, a Abordagem Clássica da Administração
las, os profissionais autônomos (como os médicos, os advogados que pode ser desdobrada em duas orientações bastante diferentes e, até certo
trabalhavam por conta própria), o lavrador, o armazém de esquina etc. ponto, opostas entre si, mas que se complementam com relativa coerência:
Claro que já existiam grandes corporações, indústrias, etc., mas mesmo - De um lado a Escola de Administração Científica, desenvolvida nos
este conceito de "grande" deve ser relativizado, se comparássemos estas Estados Unidos, a partir dos trabalhos de Taylor. Essa escola era formada
empresas do passado às multinacionais dos dias de hoje. principalmente por engenheiros, como Frederick Winslow Taylor (1856-
1931), Henry Lawrence Gantt (1861-1919), Frank Bunker Gilbreth (1868-
Apesar de sempre ter existido o trabalho na história da humanidade, a 1924), Harrington Emerson (1853-1931) e outros. Henry Ford (1863-1947)
história das organizações e da sua administração é um capítulo que teve o costuma ser incluído entre eles, pela aplicação de seus princípios nos seus
seu início há muito pouco tempo. negócios.
Vale a pena uma breve visão desta história. A influência dos filósofos,
À preocupação básica era aumentar a produtividade da empresa atra-
como Sócrates, Platão e Aristóteles, nas tarefas de administração na anti-
vés do aumento da eficiência no nível operacional, isto é, no nível dos
guidade é remarcável. Sócrates (470 a.C. - 399 a.C.), em sua discussão
operários. Daí a ênfase na análise e na divisão do trabalho do operário,
com Nicomaquides, expõe o seu ponto de vista sobre a Administração
uma vez que as tarefas do cargo e o ocupante constituem a unidade fun-
como uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da
damental da organização. Neste sentido, a abordagem da Administração
experiência: "Sobre qualquer coisa que um homem possa presidir, ele será,
se souber do que precisa e se for capaz de provê-lo, um bom presidente, Científica é uma abordagem de baixo para cima (do operário para o su-
quer tenha a direção de um coro, uma família, uma cidade ou um exército. pervisor e gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o todo
(organização empresarial).
Não é também uma tarefa punir os maus e honrar os bons? Portanto,
Nicomaquides, não desprezeis homens hábeis em administrar seus have- Predominava a atenção para o método de trabalho, para os movimen-
res; pois os afazeres privados diferem dos públicos somente em magnitude; tos necessários à execução de uma tarefa, para o tempo-padrão determi-

Conhecimentos Específicos 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
nado para sua execução: esse cuidado analítico e detalhista permitia a Resumidamente:
especialização do operário e o reagrupamento de movimentos, operações, Princípios Básicos
tarefas, cargos, etc., que constituem a chamada "Organização Racional do 1) Cada trabalhador faria, de acordo com suas aptidões, a tarefa mais
Trabalho" (ORT). Foi, acima de tudo, uma corrente de ideias desenvolvida elevada possível
por engenheiros, que procuravam elaborar uma verdadeira engenharia 2) Cada trabalhador deveria produzir igualmente, ou mais, do que um
industrial dentro de uma concepção eminentemente pragmática. A ênfase padrão estabelecido (produção de um trabalhador hábil, não
nas tarefas é a principal característica da Administração Científica. excepcional, da sua classe e no horário normal de trabalho)
3) Remuneração por unidades produzidas
• De outro lado, a corrente dos Anatomistas e Fisiologistas da orga- Princípios Explícitos
nização, desenvolvida na França, com os trabalhos pioneiros de 1) Planejamento: Substituir a improvisação pela ciência
Fayol. Essa escola era formada principalmente por executivos de 2) Preparo: Selecionar os trabalhadores (além das máquinas,
empresas da época. Dentre eles: Henri Fayol (1841-1925), James equipamentos e ambiente), treinando-os para produzirem mais e
D. Mooney, Lyndall F. Urwick (n. 1891), Luther Gulick e outros. A melhor
esta corrente chamaremos Teoria Clássica. 3) Controle: Controlar cientificamente a produção, de acordo com as
normais estabelecidas
A preocupação básica era aumentar a eficiência da empresa através 4) Execução: Dividir atribuições e responsabilidades
da forma e disposição dos órgãos componentes da organização (departa- (preparo/planejamento/controle x execução)
mentos) e das suas inter-relações estruturais. Daí a ênfase na anatomia
(estrutura) e na fisiologia (funcionamento) da organização. Neste sentido, a Princípio Implícitos
abordagem da Corrente Anatômica e Fisiologista é uma abordagem inversa 1) Estudar cuidadosamente o trabalho, antes de determinar como
à da Administração Científica: de cima para baixo (da direção para a deverá ser executado
execução) e do todo (organização) para as suas partes componentes 2) Decompor o trabalho em seus movimentos elementares e
(departamentos). cronometrá-los, para eliminar os inúteis e aperfeiçoar os úteis
3) Selecionar cientificamente os trabalhadores
Predominava a atenção para a estrutura organizacional, com os ele- 4) Dar aos trabalhadores instruções técnicas de como trabalhar
mentos da Administração, com os princípios gerais da Administração, com 5) Separar precisamente as funções de preparação das de execução
a departamentalização. Esse cuidado com a síntese e com a visão global 6) Treinar os trabalhadores nessas funções específicas
permitia a melhor maneira de subdividir a empresa sob a centralização de 7) Estabelecer remunerações ótimas para a produção padrão e além
um chefe principal. Foi uma corrente eminentemente teórica e "administrati- do padrão
vamente orientada". A ênfase na estrutura é a sua principal característica. 8) Padronizar os utensílios
9) Dividir entre a empresa, os diretores, os executantes e os
Administração Científica (1903) consumidores as vantagens do aumento da produção
A Administração Científica, fundada por Taylor e seus seguidores, 10) Controlar a execução do trabalho, para corrigi-la, aperfeiçoá-la ou
constitui a primeira tentativa da Teoria da Administração. A preocupação premiá-la
em criar uma Ciência da Administração começou com a experiência correta 11) Classificar as máquinas, equipamentos, processos e materiais a
e imediata do trabalho de operários e com a ênfase nas tarefas. serem utilizados ou produzidos, para tornar mais fácil seu trato.

No primeiro período de sua obra, Taylor voltou-se exclusivamente para Organização Racional Do Trabalho - ORT
a racionalização do trabalho dos operários, estendendo-se no segundo 1) Análise dos "tempos e movimentos"
período à definição de princípios de Administração aplicáveis a todas as 2) Estudo da fadiga humana
situações da empresa. A organização racional do trabalho se fundamenta 3) Divisão do trabalho e especialização (reduzir o trabalho a uma
na análise do trabalho operário, no estudo dos tempos e movimentos, na única tarefa, ou a tarefas simples)
fragmentação dás tarefas e na especialização do trabalhador. Buscava-se a 4) Desenho de cargos e tarefas
eliminação do desperdício, da ociosidade operária e a redução dos custos 5) Incentivos salariais e prêmios por produção
de produção. 6) "Homo Econômicus" (o operário movido por recompensas
financeiras)
A única forma de obter a colaboração dos operários foi o apelo aos 7) Condições ambientais de trabalho
planos de incentivos salariais e de prêmios de produção, com base no 8) Padronização de métodos, máquinas e equipamentos
tempo-padrão (eficiência = 100%), e na convicção de que o salário constitui 9) Supervisão funcional (administração funcional): A divisão do
a única fonte de motivação para o trabalhador (homem econômico). O trabalho aplicada às chefias
desenho de cargos e tarefas enfatiza o trabalho simples e repetitivo das
linhas de produção e montagem, a padronização e as condições de traba- Ford - "Linha de Montagem"
lho que assegurassem eficiência. Verificou-se que não adiantava racionali- Princípios
zar o trabalho do operário se o supervisor, o chefe, o gerente, o diretor 1) Fazer as coisas da melhor maneira possível
continuavam a trabalhar dentro do mesmo empirismo anterior. Para envol- 2) Distribuir com clareza as responsabilidades
ver esses escalões mais elevados, os engenheiros da Administração Cientí- 3) Escolher os trabalhadores mais capazes, não importa a que preço
fica passaram a se preocupar com os princípios de Administração capazes 4) Reduzir os juros na apreciação dos lucros
de balizar o comportamento dos gerentes e chefes. 5) Progredir sempre, para não retrogradar

Racionalização
Inúmeras críticas podem ser feitas à Administração Científica: o meca-
1) Produzir mais, com a mesma ou melhor qualidade e com o mesmo
nicismo de sua abordagem que lhe garante o nome de teoria da máquina, a
ou menor custo
superespecialização que robotiza o operário, a visão microscópica do
2) Remunerar melhor os trabalhadores, com o mesmo ou menor
homem tomado isoladamente e como um apêndice da maquinaria industri-
custo
al, a ausência de qualquer comprovação científica de suas afirmações e
3) Manter o ambiente de trabalho agradável e higiênico, diminuindo o
princípios, a abordagem", incompleta envolvendo apenas a organização
número e a gravidade dos acidentes, com o mesmo ou menor
formal, a limitação do campo de aplicação à fábrica, omitindo o restante da
custo
vida de uma empresa, a abordagem eminentemente prescritiva e normativa
4) Harmonizar ao máximo as chefias com os subordinados
e tipicamente de sistema fechado, entre outras.
5) Conciliar os interesses de todos
Contudo, estas limitações e restrições não apagam o fato de que a Críticas
Administração Científica foi o primeiro passo na busca de uma teoria admi- 1) Mecanicismo: A organização como uma "máquina"
nistrativa. E um passo pioneiro e irreversível. 2) Supeespecialização do operário

Conhecimentos Específicos 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3) Visão microscópica do homem: Tomando-o individualmente e Depto.Depto. Depto.
ignorando-o como ser humano e social Arquitetura Engenharia Decoração
4) Ausência de experimentos: Que a dessem base científica  por área geográfica — de acordo com a local onde o trabalho é
5) Abordagem incompleta da organização: Omitindo a organização realizado;
informal Diretoria
6) Limitação do campo de aplicação: Restringindo-se à produção Zona. Zona. Zona. Zona.
7) Abordagem prescritiva e normativa: A organização como ela Norte Leste Oeste Sul
deveria funcionar (um "receituário"), sem explicações sobre o seu  por funções - agrupa as atividades e tarefas com as funções de-
funcionamento senvolvidas dentro da empresa.
8) Visualização da empresa como um sistema fechado: Sem a Diretoria
influência do meio ambiente Depto. Depto.Depto. Depto.
Financeiro Marketing Produção Pessoal
Teoria Clássica da Administração (1916) Dentro da mesma empresa, a departamentalização de diversos órgãos
O pioneiro da Teoria Clássica, Henri Fayol, é considerado, juntamente pode seguir critérios diferentes, originando a departamentalização combi-
com Taylor, um dos fundadores da moderna Administração. Ele se preocu- nada.
pou em definir as funções básicas da empresa, o conceito de Administração Resumidamente
(prever, organizar, comandar, coordenar e controlar) bem como os Conceitos
chamados princípios gerais de Administração, como procedimentos univer- 1) Aumentar a eficiência da empresa através da forma, disposição e
sais a serem aplicados a qualquer tipo de organização ou empresa. Para inter-relações dos seus órgãos
Fayol, existe uma proporcionalidade da função administrativa que se repar- 2) Ênfase na estrutura e no funcionamento da organização
te proporcionalmente por todos os níveis da empresa. 3) Abordagem de cima para baixo e do todo para sua partes
(departamentos)
A Teoria Clássica formulou uma Teoria da Organização, tendo por base
4) Preocupação com a estrutura
a Administração como -uma ciência. A ênfase na estrutura faz com que a
organização seja entendida como uma disposição das partes (órgãos) que
a constituem, sua forma e o inter-relacionamento entre essas partes. Essa Fayol - "Não importa quem o faça, mas o sistema que utiliza"
teoria da organização restringe-se exclusivamente à organização formal. Princípios
Para tratar racionalmente a organização, esta deve se caracterizar por uma 1) Divisão do trabalho: Especialização das tarefas e pessoas, a fim de
divisão do trabalho e correspondente especialização das partes (órgãos) aumentar a produção
que a constituem. A divisão do trabalho pode dar-se verticalmente (níveis 2) Autoridade e responsabilidade: Dar ordens e esperar obediência
de autoridade) e horizontalmente (departamentalização). Porém, à medida (poder do cargo = oficial), com responsabilidade, equilibradamente
que ocorre divisão do trabalho e especialização, deve ocorrer coordenação (inteligência = pessoal)
para garantir a perfeita harmonia do conjunto e consequentemente, a 3) Disciplina: Obediência e respeito às normais
4) Unidade de comando: Cada subordinado deve receber ordens de
eficiência da organização. Além do mais, existem órgãos de linha (autorida-
apenas um superior
de linear) e órgãos de staff (autoridade de staff para prestação de serviços
5) Unidade de direção: Apenas um superior e um plano para
e consultoria).
atividades com o mesmo fim
Entretanto, várias críticas podem ser atribuídas à Teoria Clássica: a 6) Subordinação dos interesses individuais aos gerais: Os interesses
abordagem extremamente simplificada da organização formal, deixando de gerais devem estar acima dos particulares
lado a organização informal, a ausência de trabalhos experimentais capa- 7) Remuneração de pessoal: Deve haver retribuição satisfatória para
zes de dar base científica às suas afirmações e princípios, o mecanicismo empregados e empresa
de sua abordagem (que também lhe valeu o nome de "teoria da máquina"), 8) Centralização: Concentração da autoridade no topo da hierarquia
a abordagem incompleta da organização e a visualização da organização da empresa
como se esta fosse um sistema fechado. Contudo, todas as críticas feitas à 9) Hierarquia ou cadeia escalar: Linha de autoridade de cima para
Teoria Clássica não diminuem o fato de que a ela devemos as bases da baixo
moderna teoria administrativa. 10) Ordem: Um lugar para cada coisa
11) Equidade: Amabilidade e justiça, para alcançar lealdade do
Departamentalização pessoal
A especialização decorrente da divisão do trabalho pode ocorrer em 12) Estabilidade e duração do pessoal: Pouca rotatividade, para não
duas direções: prejudicar a produtividade
 Vertical - quando há um aumento no número de níveis hierárqui- 13) Iniciativa: Assegurar o sucesso de um plano, de acordo com sua
cos. É uma divisão de trabalho em termos de autoridade e respon- visualização
sabilidade. 14) Espírito de equipe: Harmonia e união entre as pessoas
 Horizontal - quando há um aumento no número de órgãos especi-
alizados, no mesmo nível hierárquico, cada um em sua tarefa. É Seis Funções Básicas De Qualquer Empresa
também chamada de departamentalização, sendo uma divisão do 1) Técnica: Objetivo da organização
trabalho em termos de diferenciação de tarefas. É típica das gran- 2) Financeira: Obtenção, manutenção, controle e restituição de
des organizações e busca a homogeneidade das tarefas, em cada recursos monetários
órgão. 3) Comercial: Compra, venda, troca e locação de mercadorias,
Pode ser feita segundo diversos fatores: serviços e utilidades
 por produtos ou serviços — de acordo com o tipo de trabalho; 4) Assecuratória: Reduzir os riscos (incêndios, acidentes, ações
Diretoria judiciais, insalubridade, etc)
Depto. Depto. Depto. 5) Contábil: Inventário, Balanço, Apuração de Lucros e Perdas,
Sabonetes Cosméticos Xampus Estatísticas, etc (registros administrativos, documentação, etc)
 por clientela — de acordo com o tipo de cliente para quem o traba- 6) Administrativa: Planejar, Organizar, Dirigir, Coordenar e Controlar
lho é desenvolvido, conforme critérios estabelecidos: idade, classe
social, nível profissional; Críticas
Diretoria 1) Abordagem simplificada da organização formal: Sem considerar os
Depto. Moda Depto. Moda Depto. Moda aspectos psicológicos e sociais da empresa
JovemMasculina Feminina 2) Ausência de experimentos: Que a dessem base científica
 por projetos — utilizada por empresas nas quais as fases de um 3) Extremo racionalismo: Na concepção da administração
projeto são longas e especializadas. 4) "Teoria da máquina" (Tempos Modernos" - Charles Chaplin): A
Diretoria organização como uma "máquina"

Conhecimentos Específicos 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5) Abordagem incompleta da organização: Omitindo a organização Resumidamente
informal Mayo
6) Visualização da empresa como um sistema fechado: Sem a Conceitos
influência do meio ambiente 1) A empresa como um grupo de pessoas
2) Preocupação com as pessoas
Teoria das Relações Humanas (1932) 3) O homem é um ser social
As origens da Teoria das Relações Humanas remontam algumas dé- 4) Estudo da organização informal
cadas antes de seu aparecimento nos Estados Unidos, berço da democra- 5) Importância do conteúdo do cargo para o empregado (psicologia)
cia, do pragmatismo e da iniciativa individual. Efetivamente, porém, esta 6) Necessidade de conciliação entre a função econômica e a função
teoria surgiu com a Experiência de Hawthorne. Sem o pretender, a Experi- social da empresa
ência de Hawthorne marca, ao longo de sua duração de cinco anos, o início 7) Recompensas não-materiais
de uma nova teoria calcada em valores humanísticos da Administração,
deslocando totalmente a preocupação anteriormente voltada para a tarefa e Princípios
para a estrutura para a preocupação com as pessoas. 1) Delegação plena de autoridade
2) Autonomia do empregado
Com as conclusões iniciais tomadas a partir da Experiência de Haw- 3) Confiança e abertura
thorne, novas variáveis são acrescentadas ao já enriquecido dicionário da 4) Ênfase nas relações humanas
Administração: a integração social e o comportamento social dos emprega- 5) Confiança na pessoas
dos, as necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas formas 6) Dinâmica grupal e interpessoal
de recompensa e sanções não-materiais, o estudo dos grupos informais e
da chamada organização formal, o despertar para as relações humanas Teoria Neoclássica da Administração (1954)
dentro das organizações, a ênfase nos aspectos emocionais e não- A Teoria Neoclássica (ou Escola Operacional, ou do Processo Adminis-
racionais do comportamento das pessoas e a importância do conteúdo dos trativo) surgiu da necessidade de se utilizarem os conceitos válidos e
cargos e tarefas para as pessoas que o realizam e executam. relevantes da Teoria Clássica, expurgando-os dos exageros e distorções
típicos de qualquer teoria pioneira e condensando-os com outros conceitos
Dentro dessa abordagem humanística, um quadro maior se depara aos igualmente válidos e relevantes oferecidos por outras teorias administrati-
olhos dos pesquisadores: a própria civilização industrializada que leva as vas.
empresas a uma preocupação confinada apenas à sua sobrevivência
financeira e à necessidade de maior eficiência para o alcance de lucros A Teoria Neoclássica pode ser identificada através de algumas caracte-
garantidos. rísticas marcantes: a ênfase na prática da Administração, a reafirmação
relativa (e não absoluta) dos postulados clássicos, a ênfase nos princípios
Assim, todos os métodos convergem para a eficiência e não para a co- clássicos da Administração, a ênfase nos resultados e objetivos e, sobretu-
operação humana e, muito menos, para objetivos humanos. Daí o conflito do, pelo ecletismo aberto e receptivo. O ponto fundamental da Teoria
industrial (objetivos das organizações versus objetivos individuais dos seus Neoclássica é o de ser a Administração uma técnica social básica. Isto leva
participantes) merecer um tratamento profilático e preventivo. à necessidade de o administrador conhecer, além dos aspectos técnicos e
específicos de seu trabalho, também os aspectos relacionados com a
Assim, torna-se indispensável conciliar e harmonizar as duas funções direção de pessoas dentro das organizações.
básicas da organização industrial: a função econômica (produzir bens ou
serviços para garantir o equilíbrio externo) e a função social (distribuir A Teoria Neoclássica surgiu com o crescimento exagerado das organi-
satisfação aos participantes para garantir o equilíbrio interno). zações. Uma das respostas que procurou dar foi a respeito do dilema
centralização versus descentralização. Boa parte do trabalho dos neo-
Com os primeiros estudos sobre a motivação humana (Teoria de clássicos está voltada para os fatores que levam à decisão de descentrali-
Campo e o levantamento das necessidades humanas básicas), chegou-se zação, bem como às vantagens e desvantagens que a centralização pro-
à noção do ciclo motivacional e suas resoluções em termos de satisfação, porciona. A descentralização permite que as decisões sejam tomadas pelas
frustração ou compensação, isto é, à noção de objetivos individuais e sua unidades situadas nos níveis mais baixos da organização, proporcionando
influência sobre o moral e a atitude das pessoas e grupos. um considerável aumento de eficiência. As principais vantagens que a
descentralização pode proporcionar são as seguintes:
Além do mais, experiências pioneiras sobre liderança e seus resulta- a) os chefes ficam mais próximos do ponto onde se devem tomar as
dos quanto ao desempenho dos subordinados mostraram a excelência da decisões. A descentralização corta os atrasos nas decisões causa-
liderança democrática. Outros estudos posteriores passaram a envolver das pelas consultas à matriz ou aos superiores distantes. As pes-
outras variáveis além das características pessoais do líder e concluíram soas que vivem os problemas são as mais indicadas para resolvê-
que o padrão de liderança deve ser escolhido em função de outras variá- los no local, economizando tempo e dinheiro;
veis (forças no administrador, nos subordinados e na situação). Também os b) permite aumentar a eficiência aproveitando melhor o tempo e apti-
estudos sobre as comunicações indicaram a importância da comunicação dão dos funcionários, evitando que fujam à responsabilidade, por
sobre os relacionamentos entre as pessoas e o seu desempenho. ser mais fácil recorrer à matriz ou ao chefe;
c ) permite melhorar a qualidade das decisões à medida que seu vo-
A organização informal passou a ser profundamente pesquisada, tanto lume e complexidade reduzem, aliviando os chefes principais do
nas suas características como nas suas origens. Praticamente, os autores excesso de trabalho decisório;
humanistas deixaram organização formal de lado para se concentrarem d) a quantia e os gastos com "papelada" do pessoal dos escritórios
unicamente na organização informal. centrais podem ser consideravelmente reduzidos;
e) os gastos de coordenação podem ser reduzidos devido à maior au-
Como toda corrente de oposição ferrenha, esta teoria apresentou pro- tonomia para tomar decisões;
fundas distorções e limitações: uma visão inadequada dos problemas de f ) permite a formação & executivos locais ou regionais mais motiva-
relações industriais, limitação no campo experimental e parcialidade nas dos e mais conscientes dos seus resultados operacionais.
conclusões levou gradativamente essa teoria a um certo descrédito. A
concepção ingênua e romântica do operário e a ênfase exagerada nos A descentralização, contudo, tem suas limitações e pode trazer certas
grupos informais colaboraram rapidamente para que esta teoria fosse desvantagens, a saber:
repensada. O seu enfoque manipulativo e certamente demagógico não a) falta de uniformidade nas decisões;
deixou de ser descoberto e identificado pelos operários e seus sindicatos. b) insuficiente aproveitamento dos especialistas. Geralmente, os mai-
Recebendo tantas críticas, a Teoria das Relações Humanas precisou ores especialistas estão concentrados nos escritórios centrais.
passar por uma completa reelaboração a partir da Teoria Comporta- Com a descentralização, a tendência é pensar que já não se ne-
mental. cessita da assessoria da matriz;

Conhecimentos Específicos 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) falta de equipe apropriada ou de funcionários no campo de ativida- É bastante sensata a intenção da APO em esclarecer as funções de
des. um cargo e medir o desempenho em relação às próprias metas do funcio-
A Teoria Neoclássica enfatiza, também, as funções do administrador: o nário, fazer com que ambos, superior e subordinado, examinem as mesmas
planejamento, a organização, a direção e o controle. No seu conjunto, questões ao avaliar o desempenho do último e tentar para que haja acordo
essas funções administrativas formam o processo administrativo. Dentro mútuo quanto às obrigações do subordinado. Segundo Levinson, o proces-
do processo administrativo, a organização formal apresenta cinco caracte- so "ideal" da APO deve desenvolver-se em cinco etapas:
rísticas básicas: 1. "discussão do funcionário com seu superior a respeito da descrição
a) a divisão do trabalho (maneira pela qual um processo complexo de funções feita pelo próprio subordinado";
pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas), 2. fixação de alvos de desempenho a curto prazo;
b) a especialização, 3. entrevistas com o superior para discussão do progresso alcançado
c) a hierarquia (dividida em nível decisorial, intermediário e operacio- até certo momento;
nal), 4. estabelecimento de pontos de verificação para aferir o progresso;
d) a distribuição da autoridade e da responsabilidade e o racionalismo 5. discussão entre o superior e o subordinado, ao fim de determinado
da organização formal. prazo, para avaliar resultados dos esforços desenvolvidos pelo su-
Como decorrência da abordagem neoclássica, e a fim de responder às bordinado.
exigências internas e externas, a organização pode desenvolver uma O ideal é que esse processo seja acompanhado de contatos mais fre-
especialização vertical (proporcionando maior número de níveis hierárqui- quentes, até mesmo diários, e esteja separado da análise salarial.
cos) e uma especialização horizontal (proporcionando maior número de
órgãos especializados, ou seja, a departamentalização). Teoria da Burocracia (1940)
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da Administração ao re-
Administração por Objetivos (APO) dor dos anos 40, em função principalmente dos seguintes aspectos:
A Administração por Objetivos (APO) ou Administração por resultados a) A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como da Teo-
constitui um modelo administrativo bastante difundido e plenamente identifi- ria das Relações Humanas, ambas oponentes e contraditórias en-
cado com o espírito pragmático e democrático da Teoria Neoclássica. Seu tre si, mas sem possibilitarem uma abordagem global, integrada e
aparecimento é recente: em 1954, Peter F. Drucker publicou um livro, no envolvente dos problemas organizacionais;
qual caracteriza, pela primeira vez, a Administração por Objetivos, sendo b) Tornou-se necessário um modelo de organização racional capaz
considerado o criador da APO. de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o compor-
tamento dos membros dela participantes, e aplicável não somente
A APO é uma técnica de direção de esforços através do planejamento a fábrica, mas a todas as formas de organização humana e princi-
e controle administrativo fundamentado no princípio de que, para atingir palmente às empresas;
resultados, a organização precisa antes de definir - em que negócio está
atuando e aonde pretende chegar. Inicialmente se estabelecem os objetivos O crescente tamanho e complexidade das empresas passaram a exigir
ais da empresa, formulados na base de um plano de objetivos a longo modelos organizacionais mais bem definidos. Alguns historiadores verifica-
prazo, e os objetivos de cada ge ente ou departamento são feitos na base ram que a "indústria em grande escala depende de sua organização, da
dos objetivos anuais da empresa. A APO é um processo pelo qual os Administração e do grande número de pessoas com diferentes habilidades.
gerentes, superior e subordinado de uma organização identificam objetivos Milhares de homens e mulheres devem ser colocados em diferentes seto-
comuns, definem as áreas de responsabilidade de cada um em termos de res de produção e em diferentes níveis hierárquicos: os engenheiros e
resultados esperados e usam esses objetivos como guias para a operação administradores no alto da pirâmide e os operários na base. Devem execu-
dos negócios. Em suma, a APO apresenta as seguintes características tar tarefas específicas, devem ser dirigidos e controlados". Tanto a Teoria
principais: Clássica como a Teoria das Relações Humanas se mostraram insuficientes
1. Estabelecimento conjunto de objetivos entre o executivo e o seu para responder à nova situação que se tornava mais complexa;
superior;
2. Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou posição; O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta
3. Interligação dos objetivos departamentais; dos trabalhos de Max Weber, o seu criador. Segundo essa teoria, um
4. Elaboração de planos táticos e de planos operacionais, com ênfase homem pode ser pago para agir e se comportar de certa maneira preesta-
na mensuração e no controle; belecida, a qual lhe deve ser explicada exatamente, muito minuciosamente
5. Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos; e, em hipótese alguma, permitindo que suas emoções interfiram no seu
6. Participação atuante da chefia; desempenho.
7. Apoio intenso do staff durante os primeiros períodos.
A burocracia é uma forma de organização humana e que se baseia na
Os critérios para escolha dos objetivos devem ser estabelecidos de racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendi-
acordo com a prioridade e a sua contribuição para o alcance dos resulta- dos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses
dos-chave da empresa. Eis alguns critérios: objetivos. As origens da burocracia - como forma de organização humana
a) procurar as atividades que têm maior impacto sobre os resultados; remontam à época da Antiguidade. Contudo, a burocracia — tal como ela
b) o objetivo deve ser específico quanto aos dados concretos: o que, existe hoje, como a base do moderno sistema de produção - teve sua
quanto, quando. Os resultados esperados devem ser enunciados origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento. Aliás,
em termos mensuráveis e bastante claros; Weber salienta que o sistema moderno de produção, eminentemente
c) focalizar objetivos no trabalho e não no homem; racional e capitalista, não se originou das mudanças tecnológicas, nem das
d) detalhar cada objetivo em metas subsidiárias; relações de propriedade, como afirmava Karl Marx, mas de um novo con-
e) usar linguagem compreensível para os gerentes; junto de normas morais, às quais denominou "ética protestante" o trabalho
f) manter-se dentro dos princípios de Administração. Concentrar-se duro e árduo como dádiva de Deus, a poupança e o ascetismo que propor-
nos alvos vitais do negócio e não se dispersar em atividades se- cionaram a reaplicação das rendas excedentes, ao invés do seu dispêndio
cundárias; e consumo em símbolos materiais e improdutivos de vaidade e prestígio.
g) o objetivo deve indicar os resultados a serem atingidos, mas não Verificou que o capitalismo, a burocracia (como forma de organização) e a
deve limitar a liberdade de escolha dos métodos. Indicar o quanto, ciência moderna constituem três formas de racionalidade que surgiram a
mas não o como; partir dessas mudanças religiosas ocorridas inicialmente nos países protes-
h) o objetivo deve ser difícil de ser atingido, requerendo um esforço tantes - como a Inglaterra e a Holanda - e não em países católicos. Weber
especial, mas não a ponto de ser impossível; não considerou a burocracia como um sistema social, mas principalmente
i) o objetivo deve representar uma tarefa suficiente para todo o exer- como um tipo de poder.
cício fiscal da empresa;
j) o objetivo deve ter alguma ligação remota com o plano de lucros Segundo o conceito popular, a burocracia é visualizada geralmente
da empresa, que é geralmente o objetivo último. como uma empresa ou organização onde a "papelada" se multiplica e se

Conhecimentos Específicos 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
avoluma, impedindo as soluções rápidas ou eficientes. O termo também é Hierarquia da autoridade
empregado com o sentido de apego dos funcionários aos regulamentos e A burocracia é uma organização que estabelece os cargos segundo o
rotinas, causando ineficiência à organização. O leigo passou a dar o nome princípio da hierarquia. Cada cargo inferior deve estar sob controle e super-
de burocracia aos defeitos do sistema (disfunções) e não ao sistema em si visão de um posto superior. Nenhum cargo fica sem controle ou supervisão.
mesmo. O conceito de burocracia para Max Weber é exatamente o contrá- Daí a necessidade da hierarquia da autoridade para fixar as chefias nos
rio. A burocracia é a organização eficiente por excelência. E para conseguir diversos escalões de autoridade. Esses escalões proporcionarão a estrutu-
essa eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos ra hierárquica da organização. A hierarquia é a ordem e subordinação, a
mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas. Segundo Weber, a graduação de autoridade correspondente às diversas categorias de partici-
burocracia tem as seguintes características principais: pantes, funcionários, classes etc. Todos os cargos estão dispostos em
1) Caráter legal das normas e regulamentos; graduações hierárquicas que encerram determinados privilégios e obriga-
2) Caráter formal das comunicações; ções, estreitamente definidos por meio de regras limitadas e específicas.
3) Caráter racional e divisão do trabalho;
4) Impessoalidade nas relações; Rotinas e procedimentos estandartizados
5) Hierarquia de autoridade; - A burocracia é uma organização que fixa as regras e normas técnicas
6) Rotinas e procedimentos estandartizados; para o desempenho de cada cargo. O ocupante de um cargo - o funcionário
7) Competência técnica e meritocracia; - não pode fazer o que quiser, mas o que a burocracia impõe que ele faça.
8) Especialização da administração que é separada da propriedade; As regras e normas técnicas regulam a conduta do ocupante de cada
9) Profissionalização dos participantes; cargo, cujas atividades devem ser executadas de acordo com as rotinas e
10) Completa previsibilidade do funcionamento. procedimentos fixados pelas regras e normas técnicas.

Vejamos, separadamente, cada uma dessas características da buro- Toda a estrutura no trabalho e o desempenho no cargo são assegura-
cracia. dos por um conjunto de regras e normas que ajustam completamente o
funcionário às exigências do cargo e às exigências da organização: a
Caráter legal das normas e regulamentos máxima produtividade.
A burocracia é uma organização ligada por normas e regulamentos
previamente estabelecidos por escrito. Em outros termos, é uma organiza- Competência técnica e meritocracia
ção baseada em uma espécie de legislação própria que define antecipada- A burocracia é uma organização na qual a escolha das pessoas é ba-
mente como a organização burocrática deverá funcionar. Essas normas e seada no mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais.
regulamentos são escritos. Também são exaustivos porque procuram cobrir A admissão, a transferência e a promoção dos funcionários são baseadas
todas as áreas da organização, prever todas as ocorrências possíveis e em critérios, válidos para toda a organização, de avaliação e de classifica-
enquadrá-las dentro de um esquema previamente definido capaz de regular ção e não em critérios particulares e arbitrários. Esses critérios universais
tudo o que ocorra dentro da organização. As normas e regulamentos são são racionais e levam em conta a competência, o mérito e a capacidade do
racionais porque são coerentes com os objetivos visados. Neste sentido, a funcionário em relação ao cargo ou função considerados. Daí a necessida-
burocracia é uma estrutura social racionalmente organizada. As normas e de de exames, concursos, testes e títulos para a admissão e promoção dos
regulamentos são legais porque conferem às pessoas investidas da autori- funcionários.
dade um poder de coação sobre os subordinados e também os meios
coercitivos capazes de impor a disciplina. As normas e regulamentos são Especialização da Administração
escritos para assegurar uma interpretação sistemática e unívoca. Desta A burocracia é uma organização que se baseia na separação entre a
maneira, economizam esforços e possibilitam a padronização dentro da propriedade e a administração. Os membros do corpo administrativo devem
organização. estar completamente separados da propriedade dos meios de produção.
Em outros termos, os administradores da burocracia não são os seus donos
Caráter formal das comunicações ou proprietários. O dirigente não é necessariamente o dono do negócio ou
A burocracia é uma organização ligada por comunicações escritas. As um grande acionista da organização, mas um profissional especializado na
regras, decisões e ações administrativas são formuladas e registradas por sua administração.
escrito. Daí o caráter formal da burocracia: todas as ações e procedimentos Profissionalização dos participantes
são feitos por escrito para proporcionar comprovação e documentação
A burocracia é uma organização que se caracteriza pela profissionali-
adequadas. Além disso, a interpretação unívoca das comunicações tam- zação dos seus participantes. Cada funcionário da burocracia é um profis-
bém é assegurada.
sional, pelas seguintes razões:
a) É um especialista: cada funcionário é especializado nas atividades
Caráter racional e divisão do trabalho do seu cargo. Sua especialização varia conforme o nível em que
A burocracia é uma organização que se caracteriza por uma sistemáti- está situado. Enquanto os que ocupam posições no topo da orga-
ca divisão do trabalho. Essa divisão do trabalho atende a uma racionalida-
nização (vértice da pirâmide organizacional) são generalistas, à
de, isto é, ela é adequada aos objetivos a serem atingidos: a eficiência da medida que se desce nos escalões hierárquicos, os que ocupam
organização. Daí o aspecto racional da burocracia. Há uma divisão sistemá- posições mais baixas vão se tornando gradativamente mais espe-
tica do trabalho, do direito e do poder, estabelecendo as atribuições de cialistas;
cada participante, os meios de obrigatoriedade e as condições necessárias.
b) É assalariado: os funcionários da burocracia participam da organi-
Cada participante passa a ter o seu cargo específico, as suas funções
zação e, para tanto, recebem salários correspondentes ao cargo
específicas e a sua específica esfera de competência e de responsabilida- que ocupam. Quanto mais elevado o cargo na escala hierárquica,
de.
maior o salário, e obviamente o poder;
c) É ocupante de cargo: o funcionário da burocracia é um ocupante
Impessoalidade nas relações
de cargo e seu cargo é a sua principal atividade dentro da organi-
Essa distribuição de atividades é feita impessoalmente, ou seja, é feita
zação, tomando todo o seu tempo de permanência nela;
em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. Daí o caráter
d) É nomeado por superior hierárquico: o funcionário é um profissio-
impessoal da burocracia. A administração da burocracia é realizada sem
nal selecionado e escolhido por sua competência e capacidade,
considerar as pessoas como pessoas, mas como ocupantes de cargos e nomeado (admitido), assalariado, promovido ou demitido da orga-
funções. O poder de cada pessoa é impessoal e deriva do cargo que ocu-
nização pelo seu superior hierárquico;
pa. Também a obediência prestada pelo subordinado ao superior é impes- e) Seu mandato é por tempo indeterminado: quando um funcionário
soal. Ele obedece ao superior, não em consideração à sua pessoa, mas ao
ocupa um cargo dentro da burocracia, o seu tempo de permanên-
cargo que o superior ocupa. A burocracia precisa garantir a sua continuida-
cia nesse cargo é indefinido e indeterminado;
de ao longo do tempo: as pessoas vêm e se vão, os cargos e funções f) Segue carreira dentro da organização: na medida em que um fun-
permanecem. Cada cargo abrange uma área ou setor de competência e de
cionário demonstre mérito, capacidade e competência, ele pode vir
responsabilidade. a ser promovido para outros cargos superiores. Em outros termos,

Conhecimentos Específicos 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
o funcionário na burocracia também é recompensado por uma sis- organização. Para Blau e Scott, há quatro categorias de participantes que
temática promoção, através de uma carreira dentro da organiza- podem se beneficiar com uma organização formal: os próprios membros da
ção; organização, os proprietários ou dirigentes da organização, os clientes da
g) Não possui a propriedade dos meios de produção e administração: organização e o público em geral. Em função dessas quatro categorias,
o administrador administra a organização em nome dos proprietá- existem quatro tipos básicos de organizações:
rios, enquanto o funcionário, para trabalhar, precisa das máquinas 1. associações de benefícios mútuos: onde o beneficiário principal
e dos equipamentos fornecidos pela organização. O administrador são os próprios membros da organização, como as associações
administra a organização, mas não é o proprietário dos meios de profissionais, as cooperativas, os sindicatos, os consórcios etc.,
produção. O funcionário utiliza as máquinas e equipamentos mas, 2. organizações de interesses comerciais: onde os proprietários ou
não é-o dono delas; acionistas são, os principais beneficiários da organização, como a
h) É fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa: o fun- maior parte das empresas privadas, sejam sociedades anônimas
cionário passa a defender os interesses do seu cargo e da sua or- ou sociedades de responsabilidade limitada;
ganização, em detrimento dos demais interesses envolvidos. 3. organizações de serviços: onde um grupo de clientes é o benefi-
ciário principal. Exemplos: hospitais, universidades, escolas, orga-
Completa previsibilidade do funcionamento nizações religiosas e agências sociais;
A consequência desejada da burocracia é a previsibilidade do compor- 4. organizações de Estado: onde o beneficiário é o público em ge-
tamento dos seus membros. O modelo burocrático de Weber parte do ral. Exemplo: a organização militar, correios, instituições jurídicas e
pressuposto de que o comportamento dos membros da organização é penais, segurança pública, saneamento básico etc.
perfeitamente previsível: todos os funcionários deverão comportar-se de
acordo com as normas e regulamentos da organização, a fim de que esta Para melhor avaliar a realização das organizações, os objetivos organi-
atinja a máxima eficiência possível. Tudo na burocracia é estabelecido no zacionais representam as intenções das organizações e o seu alcance
sentido de prever antecipadamente todas as ocorrências e rotinizar sua mostra até que ponto as organizações são eficazes. Um objetivo organiza-
execução, para que a máxima eficiência do modelo seja plenamente alcan- cional é uma situação desejada que a organização tenta atingir. É uma
çada. imagem que a organização pretende para o seu futuro. Porém, se o objetivo
é atingido, ele deixa de ser a imagem orientadora da organização e é
Teoria Estruturalista da Administração (1947) assimilado à organização como algo real e atual. Quando um objetivo se
A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um des- torna realidade, deixa de ser o objetivo desejado. Nesse sentido, um objeti-
dobramento das análises dos autores voltados para a Teoria da Burocracia vo nunca existe; é um estado que se procura e não um estado que se
que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela de possui.
Relações Humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as
organizações com seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, A Teoria Estruturalista inaugura os estudos acerca dos ambientes den-
a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as tro do conceito de que as organizações são sistemas abertos em constante
organizações. Daí um novo conceito de organização e um novo conceito do interação com seu meio ambiente. Até então, a teoria administrativa havia
homem: o homem organizacional, que desempenha papéis concomitantes se confinado aos estudos dos aspectos internos da organização dentro de
em diversas organizações diferentes. uma concepção de sistema fechado. Os diversos estratos do ambiente são
A análise das organizações sob o ponto de vista estruturalista é feita traçados; o ambiente geral e o ambiente operacional, constituídos das
dentro de uma abordagem múltipla e globalizante: tanto a organização partes relevantes do ambiente geral, são devidamente definidos. Todavia,
formal como a informal devem ser compreendidas, bem como as recom- as organizações não funcionam dentro de um mar de rosas. Existem confli-
pensas e sanções materiais e sociais devem ser consideradas no compor- tos e dilemas organizacionais que provocam tensões e antagonismos
tamento das pessoas; todos os diferentes tipos de organizações devem ser envolvendo aspectos positivos e negativos, mas cuja resolução conduz a
levados em conta (empresas industriais, comerciais, de serviços, organiza- organização à inovação e à mudança.
ções de serviços, exército, igrejas, partidos políticos, universidades, hospi-
tais etc.), os diferentes níveis hierárquicos devem ser abrangidos pela Resumidamente
análise organizacional, bem como as relações externas da organização Max Weber (1909)
com outras organizações (análise interorganizacional). A análise organiza- Conceitos
cional, dentro dessa abordagem múltipla e globalizante, é extremamente 1) Enfatiza a estrutura formal
facilitada com a utilização de tipologias organizacionais, assunto em que os 2) A empresa é um sistema fechado
estruturalistas são mestres: Etzioni, Blau e Scott sugerem tipologias simples
e unidimensionais. Não existem duas organizações iguais. As organizações Princípios
são diferentes entre si e apresentam enorme variabilidade. Contudo, elas 1) Normas e regulamentos escritos
apresentam certas características que permitem classificá-las em certos 2) Comunicações formais, documentadas por escrito
grupos ou tipos. Essas classificações permitem uma análise comparativa 3) Racionalização da divisão do trabalho, de acordo com o objetivo da
das organizações do ponto de vista de uma determinada característica empresa
comum ou de uma variável relevante. Com a tipologia a individualidade é 4) Impessoalidade das relações: "As pessoas mudam, mas os cargos
sacrificada para alcançar um razoável número de agrupamentos genéricos permanecem"
que facilitam a comparação. Segundo Etzioni, as organizações possuem as 5) Hierarquia de autoridade
seguintes características: 6) Rotinas padronizadas, conforme regras e normas técnicas
1. Divisão de trabalho e atribuição de poder e responsabilidades: de 7) Competência técnica e meritória: Testes para admissão e
acordo com um planejamento intencional, a fim de intensificar a re- promoção
alização de objetivos específicos; 8) Especialização da administração: Os donos não são diretores
2. Centros de poder: controlam os esforços combinados da organiza- (surgimento dos administradores profissionais)
ção e os dirigem para seus objetivos; esses centros de poder pre- 9) Profissionalização do participante: Especialista, ocupante de cargo,
cisam também reexaminar continuamente a realização da organi- segue carreira
zação e, quando necessário, reordenar sua estrutura, a fim de au-
mentar sua eficiência; Vantagens
3. Substituição de pessoal: as pessoas com desempenho pouco sa- 1) Precisão na operação
tisfatório podem ser demitidas e substituídas por outras pessoas 2) Rapidez nas decisões: Devido à clareza das atribuições
para as suas tarefas. A organização também pode recombinar seu 3) Univocidade de interpretação: Devido à normatização por escrito
pessoal, através de transferências e promoções. 4) Uniformidade das rotinas
É necessário considerar que as organizações existem para proporcio- 5) Continuidade da organização: Independentemente das pessoas
nar benefícios. Assim, Blau e Scott apresentam uma tipologia das organiza- 6) Redução de atritos entre as pessoas: Devido à clareza das
ções baseada no benefício principal, ou seja, de quem se beneficia com a comunicações

Conhecimentos Específicos 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
7) Constância: As mesmas decisões são tomadas nas mesmas associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de
situações, conforme a normatização escrita troca de amizade, de afeto e amor. Quando as necessidades sociais não
8) Subordinação dos mais novos aos mais antigos estão suficientemente satisfeitas, o indivíduo se torna resistente, antagônico
9) Confiabilidade: Uma vez que a empresa é dirigida segundo normas e hostil com relação às pessoas que o cercam.
padronizadas (se confia que as decisões devidas sejam tomadas,
graças à normatização, pode-se fazer previsões) As necessidades de estima são as necessidades relacionadas com a
10) Benefícios pessoais: Com a hierarquia, racionalização da divisão maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a auto-
do trabalho, treinamentos de especialização, progresso individual apreciação, autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respei-
conforme méritos pessoais dentro do plano de carreira to, de status e de prestígio, e de consideração. Envolvem ainda o desejo de
força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e
Disfunções autonomia.
1) Internacionalização das regras e exagerado apego aos
regulamentos: Os regulamentos passam a ser objetivos, e não As necessidades de auto-realização são as necessidades humanas
meios mais elevadas e que estão no topo da hierarquia. São as necessidades de
2) Excesso de formalismo e de papelório cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de continuamente autode-
3) Resistência a mudanças: Tudo o que foge às normas não são bem senvolver-se. Essa tendência geralmente se expressa através do impulso
vindo de a pessoa tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode
4) Despersonalização do relacionamento ser. Essas necessidades tomam formas e expressões que variam enorme-
5) Categorização como base do processo decisório: Sempre quem mente de pessoa para pessoa. Sua intensidade ou manifestação também
toma a decisão é o superior hierárquico, independentemente se são extremamente variadas, obedecendo às diferenças individuais.
conhece ou não o problema
6) Superconformidade às normas e procedimentos Frederick Herzberg formulou a chamada teoria dos dois fatores para
7) Exibição de sinais de autoridade: Devido à valorização da melhor explicar o comportamento das pessoas em situação de trabalho.
hierarquia formal, usa-se uniformes, crachás, tipos de mesa, tipos Para Herzberg existem dois fatores que orientam o comportamento das
de sala, etc pessoas26:
8) Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público: O 1. Fatores higiênicos ou fatores extrínsecos, pois se localizam no
funcionário atende às normas e ao seu superior, padronizando o ambiente que rodeia as pessoas e abrange as condições dentro
atendimento aos clientes, que desejam tratamento diferenciado das quais elas desempenham seu trabalho. Como essas condições
são administradas e decididas pela empresa, os fatores higiênicos
Teoria Comportamental da Administração (1947) estão fora do controle das pessoas. Os principais fatores higiênicos
A Teoria Comportamental marca a mais profunda influência das ciên- são: o salário, os benefícios sociais, o tipo de chefia ou supervisão
cias do comportamento na Administração. Para muitos, representa a que as pessoas recebem de seus superiores, as condições físicas
aplicação da Psicologia Organizacional à Administração. Surgiu em 1947 e ambientais de trabalho, as políticas e diretrizes da empresa, o
nos Estados Unidos, dentro de uma fundamentação amplamente democrá- clima de relações entre a empresa e as pessoas que nela traba-
tica. Esta teoria se assenta em novas proposições acerca da motivação lham, os regulamentos internos etc. Quando os fatores higiênicos
humana, notadamente as contribuições de McGregor, Maslow e Herzberg. são ótimos, eles apenas evitam a insatisfação dos empregados,
pois não conseguem elevar consistentemente a satisfação e,
O administrador precisa conhecer os mecanismos motivacionais para quando a elevam, não conseguem sustentá-la elevada por muito
poder dirigir adequadamente as pessoas. Maslow, um psicólogo e consultor tempo. Porém, quando os fatores higiênicos são péssimos ou pre-
americano, apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as neces- cários, eles provocam a insatisfação dos empregados. Por causa
sidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierar- dessa influência mais voltada para a insatisfação, Herzberg cha-
quia de importância e de influência. ma-os de fatores higiênicos, pois são essencialmente profiláticos e
preventivos: eles apenas evitam a insatisfação, mas não provocam
Essa hierarquia de necessidades pode ser visualizada como uma pirâ- a satisfação;
mide. Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas (necessida- 2. Fatores motivacionais ou fatores intrínsecos, pois estão relaciona-
des fisiológicas) e no topo as necessidades mais elevadas (as necessida- dos com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que o
des de auto-realização). As necessidades fisiológicas constituem o nível indivíduo executa. Assim sendo, os fatores motivacionais estão sob
mais baixo de todas as necessidades humanas, mas de vital importância. o controle do indivíduo, pois estão relacionados com aquilo que ele
Neste nível estão as necessidades de alimentação (fome e sede), de sono faz e desempenha. Os fatores motivacionais envolvem os senti-
e repouso (cansaço), de abrigo (frio ou calor), o desejo sexual etc. As mentos de crescimento individual, de reconhecimento profissional
necessidades fisiológicas estão relacionadas com a sobrevivência do e as necessidades de auto-realização.
indivíduo e com a preservação da espécie. São necessidades instintivas e
que já nascem com o indivíduo, e são as mais prementes de todas as Outro aspecto importante da Teoria Comportamental é o Processo
necessidades humanas: quando alguma dessas necessidades não está Decisorial (ou `processo decisório"). Todo indivíduo é um tomador de
satisfeita, ela domina a direção do comportamento (por ex: o homem com o decisão, baseando-se nas informações que recebe do seu ambiente, pro-
estômago vazio não tem outra preocupação maior do que se alimentar; cessando-as de acordo com suas convicções e assumindo atitudes, opini-
porém quando come regularmente e de maneira adequada, a fome deixa ões e pontos de vista em todas as circunstâncias. A organização, neste
de ser uma motivação importante). sentido, é vista como um sistema de decisões onde todos se comportam
racionalmente apenas em relação a um conjunto de informações que
As necessidades de segurança constituem o segundo nível das neces- conseguem obter a respeito de seus ambientes. Para que os participantes
sidades humanas. São as necessidades de segurança ou de estabilidade, a tomem decisões consentâneas com as da organização, esta lança mão de
busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga ao perigo. Surgem uma série de artifícios para orientar as decisões. A ideia de um tomador de
no comportamento quando as necessidades fisiológicas estão relativamen- decisões, dentro de uma racionalidade limitada pela escassez de informa-
te satisfeitas. As necessidades de segurança têm grande importância no ções que pode obter e processar, conduz ao conceito do homem adminis-
comportamento humano, uma vez que todo empregado está sempre em trativo, que se comporta buscando soluções satisfatórias e não soluções
relação de dependência à empresa, onde as ações administrativas arbitrá- ótimas. Para abastecer o processo decisorial, a organização precisa coletar
rias ou decisões incoerentes podem provocar incerteza ou insegurança no e processar uma enorme variedade de informações para permitir a escolha
empregado quanto à sua permanência no emprego. de alternativas, em situações que nunca revelam todas as opções disponí-
veis, nem os possíveis resultados dessas alternativas. A capacidade da
As necessidades sociais surgem no comportamento, quando as neces- organização de coletar e processar tais informações para proporcionar às
sidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) se encontram relativa- pessoas que decidem, no tempo hábil, as bases para que possam ser bem
mente satisfeitas. Dentre as necessidades sociais estão a necessidade de sucedidas na escolha, é bastante limitada. Assim, o tomador de decisão

Conhecimentos Específicos 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
não tem condição de analisar integralmente todas as situações nem de 4) De estima: Auto-apreciação, autoconfiança, reconhecimento,
procurar todas as alternativas possíveis. Muito menos de buscar a melhor prestígio e status
alternativa ou a alternativa mais adequada entre todas. Desta maneira, o 5) De auto-realização: Auto-satisfação
comportamento administrativo não é otimizaste nem procura a melhor
maneira, mas é satisfaciente, pois procura a maneira satisfatória entre Princípios
aquelas que conseguiu comparar. 1) Apenas quando um nível de necessidades é satisfeito é que o nível
A análise descritiva (que mostra o que é) e a análise prescritiva (que seguinte surge no comportamento
mostra o que deve ser) são também aspectos importantes no estudo do 2) Nem todos chegam ao topo da pirâmide das necessidades
comportamento organizacional. Enquanto a abordagem da Teoria Clássica 3) As necessidade inferiores, mais importantes, podem voltar a
e Neoclássica e da Teoria das Relações Humanas era prescritiva e norma- ficarem insatisfeitas, motivando novamente o comportamento do
tiva (preocupação em prescrever como lidar com os problemas administra- indivíduo, sobre as demais
tivos, ditando princípios ou normas de alteração, o que deve e o que não 4) Sempre possuímos mais de uma motivação e seu efeito sempre é
deve ser feito), a abordagem da Teoria Comportamental é predominante- em conjunto
mente descritiva e explicativa (preocupação em explicar apenas, sem ditar
princípios ou normas de atuação). Os "behavioristas" preocupam-se muito Teoria do Desenvolvimento Organizacional (MO.) (1960)
mais em explicar e descrever as características do comportamento organi- - D.O. nasceu na década de 60 em função da intensa mudança que
zacional do que em construir modelos e princípios de aplicação prática. A ocorre no mundo e em função da inadequação das estruturas convencio-
Teoria Comportamental privilegia as organizações mais democráticas, nais às novas circunstâncias. O D.O. tem sua origem na Teoria Comporta-
menos estruturadas hierarquicamente e menos autocráticas, baseadas na mental e nos pesquisadores que, ao final da Teoria das Relações Huma-
equalização do poder. nas, haviam-se dedicado a estudos de dinâmica de grupos e modificação
de comportamento grupai. Aos poucos, o D.O. foi ampliando sua área de
Princípios gerais atuação até que, ao abordar a organização como um todo, assumiu a
1) Processo decisório — diante de uma série de alternativas, os de- abordagem sistêmica. Neste ponto, passou a ganhar ares de teoria admi-
cisores selecionam (conscientemente ou não) a que representa a nistrativa. O D.O. apresenta conceito dinâmico de organização, de cultura
melhor opção. Seguindo a hierarquia organizacional, as decisões organizacional e de mudança organizacional dentro de pressupostos bas-
particulares são reflexos de decisões globais. Os processos admi- tante avançados para a nossa prática administrativa. O conceito de organi-
nistrativos são, por isso, basicamente processos decisórios. zação para os autores especialistas em D.O. é tipicamente behaviorista:
2) Liderança — a capacidade de fazer a melhor escolha é caracterís- "uma organização é a coordenação de diferentes atividades de contribuin-
tica dos líderes, que imprimem essa característica à empresa como tes individuais com a finalidade de efetuar transações planejadas com o
um todo. O tipo de líder ideal existe e é aquele cuja autoridade fle- ambiente"28. Esse conceito utiliza a noção tradicional de divisão do trabalho
xibiliza a divisão da tarefa de tomada de decisões. ao se referir às diferentes atividades e à coordenação existente na organi-
3) Autoridade e aceitação de normas — a autoridade como fenô- zação e se refere às pessoas como contribuindo para as organizações, em
meno psicológico determina que as pessoas aceitem ordens de ou- vez de estarem elas próprias, as pessoas, totalmente nas organizações. As
tras, sob determinadas circunstâncias, entre elas: por confiança no contribuições de cada participante à organização variam enormemente em
líder; por identificação com o líder; por medo de receber sanções; função não somente das diferenças individuais, mas também do sistema de
por legitimação, buscando "seguir a regra do jogo". recompensas e contribuições pela organização. Toda organização atua em
4) Homem administrativo — os homens são racionais diante de determinado meio ambiente e sua existência e sobrevivência dependem da
uma situação com vários dados.. eventos futuros e distribuição de maneira como ela se relaciona com esse meio. Assim, ela deve ser estrutu-
probabilidades desses eventos, alternativas de ação disponíveis e rada e dinamizada em função das condições e circunstâncias que caracte-
suas consequências, princípios próprios de ordem de preferência. rizam o meio em que ela opera.
Baseando-se em tomada de decisões, o homem administrativo tem
um comportamento apenas satisfatório e não otimizante. O conceito de "cultura organizacional" procura explicar que a única
5) Conflito de objetivos — as pessoas que integram uma organiza- maneira viável de mudar as organizações é mudar sua "cultura", ou seja,
ção devem ser igualmente eficazes (atingindo os objetivos organi- mudar os sistemas dentro dos quais os homens trabalham e vivem. Cultura
zacionais com sua participação) e eficientes (atingindo suas ne- Organizacional significa um modo de vida, um sistema de crenças e valo-
cessidades individuais). res, uma forma aceita de interação e de relacionamento típicos de determi-
nada organização. Para que as organizações possam sobreviver e se
Resumidamente desenvolver, para que exista a revitalização e a renovação, deve-se mudar
Conceitos a respectiva cultura organizacional.
1) O administrador precisa conhecer os mecanismos motivacionais
humanos, para dirigir melhor as pessoas O clima organizacional constitui o meio interno de uma organização, a
2) Sempre existe conflito entre os objetivos individuais e atmosfera psicológica característica que existe em cada organização. A
organizacionais, o que deve ser minimizado dificuldade na conceituação do clima organizacional reside no fato de que o
3) Processo decisorial: Cada indivíduo é um tomador de decisões, clima é percebido de maneiras diferentes por diferentes indivíduos. Alguns
conforme as informações que coleta do seu ambiente indivíduos são mais ou menos sensíveis do que outros em relação a aspec-
4) Comportamento organizacional: O relacionamento entre os tos desse clima. Além do mais, uma característica que parece ser positiva
indivíduos e a organização para um membro e uma organização pode ser percebida como negativa ou
insatisfatória por outros. Assim, o clima é constituído por "aquelas caracte-
Princípios rísticas que distinguem a organização de outras organizações e influenciam
1) As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer o comportamento das pessoas na organização". O conceito de clima orga-
2) O trabalho é uma atividade natural nizacional envolve diferentes aspectos da situação, que se sobrepõem
3) As pessoas procuram e aceitam responsabilidades mutuamente em graus diversos, como o tipo de organização, a tecnologia
4) As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas envolvida, as políticas da companhia, as metas operacionais formais, os
5) As pessoas são criativas e competentes regulamentos internos, além de atitudes, sistemas de valores, formas de
Pirâmide Das Necessidade De Maslow comportamento social que são encorajadas, ou sancionadas. Assim, o
1) Fisiológicas: Instintivas, inatas básicas (sobrepõem-se sobre as clima organizacional resulta de um complexo envolvimento. de componen-
demais), relacionam-se com a sobrevivência e preservação. tes relacionados com aspectos formais e, informais da estrutura, dos siste-
Alimentação, sono e repouso, abrigo, sexual, etc (primárias) mas de controle, regras e normas e relações interpessoais existentes na
2) De segurança: Segurança e estabilidade e proteção. (primárias) organização.
3) Sociais: Associação, participação, aceitação, amizade, afeto e
amor Cada organização é um sistema complexo e humano, com característi-
cas próprias, coma sua própria cultura e com um sistema de valores e que

Conhecimentos Específicos 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
determinam os sistemas de informações e os procedimentos de trabalho. Princípios
Todo esse conjunto de variáveis deve ser continuamente observado, anali- 1) Ênfase nos relacionamentos entre e dentro dos grupos
sado e aperfeiçoado para que resultem produtividade e motivação ótimas. 2) Confiança e crença recíprocas
Para mudar o clima organizacional, a organização precisa ter capacidade 3) Interdependência e responsabilidade compartilhada
inovadora, ou seja, deve ter as seguintes características: 4) Participação e responsabilidade multigrupal
a) adaptabilidade, como a capacidade de resolver problemas e de re- 5) Tomada de decisões descentralizada
agir de maneira flexível às exigências mutáveis e inconstantes do 6) Amplo compartilhamento de responsabilidades e controle
meio ambiente. Para ser adaptável, a organização deve ser flexí- 7) Soluções de conflitos negociadas ou resolvendo-se problemas
vel, para poder adaptar e integrar novas atividades, e ser receptiva
e transparente a novas ideias, venham elas tanto de dentro como Etapas
de fora da organização; 1) Colheita de dados
b) senso de identidade, ou seja, o conhecimento e a compreensão do 2) Diagnóstico organizacional
passado e do presente da organização, bom como a compreensão 3) Ação de intervenção
e compartilhamento dos objetivos da organização por todos os Fonte: http://www.evolucaoconcursos.com
seus participantes. Aqui não há lugar para a alienação do empre-
gado, mas para o comprometimento do participante;
c) perspectiva exata do meio ambiente, ou seja, uma percepção rea- A REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO E A INTRODUÇÃO DE NO-
lista aliada a uma capacidade de investigar, diagnosticar e com- VAS FIGURAS JURÍDICAS NO DIREITO BRASILEIRO
preender o meio ambiente; Texto extraído do Jus Navigandi
d) integração entre os participantes, de tal forma que a organização http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6073
possa se comportar como um todo orgânico. Adriana Maurano
Procuradora do Município de São Paulo (SP)
O mundo de hoje caracteriza-se por um constante ambiente de mudan- 1. INTRODUÇÃO
ça. O clima geral que envolve as organizações é extremamente dinâmico,
exigindo delas uma elevada capacidade de adaptação como condição O Estado moderno tem assumido funções e responsabilidades que
básica de sobrevivência. O processo de mudança organizacional começa são, posteriormente, devolvidas à sociedade, na busca de uma maior
com o aparecimento de forças que vêm de fora ou de algumas partes da eficiência na prestação dos serviços de interesse público.
organização. Essas forças podem ser exógenas ou endógenas à organiza- O atual contexto das grandes tendências mundiais relacionadas a glo-
ção. balização, progressos na tecnologia da informação e emergência da socie-
dade civil organizada, levou à concepção de um novo papel do Estado, que
As forças exógenas provêm do ambiente, como as novas tecnologias, passa de produtor direto de bens e serviços pare indutor e regulador do
mudança em valores da sociedade e novas oportunidades ou limitações do desenvolvimento.
ambiente (econômico, político, legal e social). Essas forças externas criam
a necessidade de mudança organizacional interna. As tentativas de mudan- Assim, o Poder Público passou atuar no fomento da prestação de ativi-
ça interna podem ser conscientemente planejadas para que o ajustamento dades de interesse público por particulares e na regulação e fiscalização
às novas condições externas se processe com a mínima perturbação do dos serviços públicos, descentralizando a sua realização através de contra-
equilíbrio estrutural e de comportamento existente dentro da organização. tos de gestão, permissões e concessões ao setor privado. A moderna
As forças endógenas que criam necessidade de mudança estrutural e administração pública mantém a centralização governamental nos Poderes
comportamental provêm da tensão organizacional: tensão nas atividades, Políticos – Executivo e Legislativo –, que deverão fixar os preceitos básicos,
interações, sentimentos ou resultados de desempenho no trabalho. Estas metas e finalidades da Administração Pública, porém, exige maior descen-
forças de mudança representam condições de equilíbrio já perturbado tralização administrativa, para a consecução desses objetivos.
dentro de uma ou mais partes da organização.
Para atingir estes objetivos foram criadas novas figuras jurídicas, quais
sejam: organizações sociais (Lei federal 9.637/98), organizações da socie-
O desenvolvimento organizacional é necessário sempre que a organi-
dade civil de interesse público (Lei federal 9.790/99), agências executivas
zação concorra e lute pela sobrevivência em condições de mudança. Toda
(arts. 51 e 52 da Lei federal 9.649/98) e, por fim, as agências reguladoras,
mudança é um problema que deve ser solucionado de forma racional e
cujo modelo não foi uniformizado pela legislação, tratando-se cada uma
eficiente. Cada época desenvolve uma forma organizacional mais adequa-
conforme a especificidade da lei que a criou.
da e característica à sua natureza. As mudanças que estão ocorrendo no
mundo moderno tornam necessário revitalizar e reconstruir as nossas Em síntese, este estudo pretende abordar, de forma mais abrangente,
organizações. Estas têm de se adaptar às mudanças do ambiente. As as diversas figuras jurídicas trazidas pela Reforma Administrativa e de
mudanças organizacionais não devem ser feitas ao acaso, ao sabor da forma mais detalhada o papel das agências reguladoras no novo modelo de
inércia e da improvisação, mas têm de ser planejadas. Enquanto a mudan- Estado – Estado Regulador - que deixa de ser responsável pelo desenvol-
ça genérica envolve alterações no ambiente em geral, a mudança organi- vimento econômico e social pela via de produção de bens e serviços,
zacional é um conjunto de alterações estruturais e comportamentais dentro reduzindo seu papel de executor ou prestador direto de serviços, para
de uma organização. Esses dois tipos fundamentais de alterações - passar a atuar na função de fiscalizador, fixando as regras disciplinadoras
estruturais e comportamentais - são interdependentes e se interpenetram. da ordem econômica a fim de ajusta-la aos ditames da justiça social.

Conceitos 2. Breve histórico da Intervenção Estatal na Economia – Evolução


1) O homem é essencialmente bom do conceito de serviço público
2) Os indivíduos são sobretudo seres humanos O Estado é o poder social institucionalizado e ele se legitima enquanto
3) O homem é um ser em processo de crescimento exterioriza suas finalidades. Sendo uma produção social, a finalidade do
4) Aceitação plena e utilização das diferenças individuais Estado deve ser sempre uma finalidade social e, portanto, o Estado encon-
5) Indivíduo com uma personalidade integral tra sua legitimidade nos serviços que presta à coletividade (serviço público).
6) Possibilidade ampla de expressão, adequada ao uso eficaz dos
sentimentos O conceito de interesse coletivo, subentendido pela atividade de servi-
7) Adoção de comportamento autêntico ço público, não é um conceito estático, uma vez que porta um conteúdo
8) Uso do status para o alcance dos objetivos relevantes da essencialmente político. É o Estado, por meio da lei, que, diante de uma
organização necessidade coletiva existente em determinado momento, escolhe quais as
9) Confiança nas pessoas atividades que serão consideradas serviços públicos.
10) Desejo e aceitação de riscos Há que se considerar que o serviço público não varia somente no tem-
11) O plano de trabalho é essencial ao cumprimento de uma tarefa po, mas também no espaço, pois depende da legislação de cada país a
12) Ênfase na colaboração entre as pessoas maior ou menor abrangência das atividades definidas como serviço público.

Conhecimentos Específicos 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No Brasil, os princípios dos artigos 1o e 3o da Constituição Federal de- À medida em que o Estado, com a justificativa de assegurar a promo-
terminam a finalidade da ação do poder estatal. ção do bem-estar comum, foi assumindo responsabilidade por diversas
Pode-se afirmar, portanto, que só é possível entender o Direito Público atividades, tais como infra-estrutura de transportes, comunicações, explora-
à vista da sociedade sobre a qual se projete. Sem um conhecimento das ção de petróleo, verificou que não dispunha de organização adequada à
ideias que presidem a vida social e política em cada momento histórico não realização dessas atividades.
se compreende bem os conceitos jurídicos, nem as leis que imperam nesse Assim, o Estado Social de Direito transformou-se em Estado prestador
momento. de serviços, Estado empresário e Estado investidor.
A intervenção do Estado, na atividade econômica, é marcada por perí-
odos perfeitamente delineados. Neste período surgiram as Autarquias, Empresas Públicas e Socieda-
des de Economia Mista, com o objetivo de operacionalizar todas as novas
atividades que passaram a serem desempenhadas pelo Estado.
2.1. Estado liberal
As Autarquias foram consideradas mais adequadas para a prestação
Dentro de uma perspectiva histórica, o Estado liberal do século XVIII, de serviços públicos próprios do Estado. Sua criação justificava-se pela
surgido por inspiração da Revolução Francesa, sob o signo da liberdade e ideia de especialização, com vistas à obtenção de melhores resultados.
igualdade entre os homens, foi um Estado marcado pelo não-
A concessão de serviços públicos foi outro procedimento utilizado para
intervencionismo.
operacionalizar as atividades exercidas pelo Estado, com a vantagem de
O objeto central do Estado era o indivíduo e o papel do Estado era ga- que a prestação de serviços públicos dava-se sem necessidade de inverter
rantir, acima de tudo, a liberdade das pessoas. Daí o distanciamento do recursos públicos e sem que o Estado, em princípio, corresse os riscos do
Estado em relação à vida social, econômica e religiosa dos indivíduos. empreendimento.
Apenas alguns serviços públicos tiveram sua titularidade assumida pelo No entanto, este instituto não teve os efeitos esperados e o Estado foi
Poder Público, abrangendo atividades de interesse geral, prestadas sob perdendo o interesse em sua utilização, pois teve que passar a interferir na
regime publicista. vida da empresa concessionária para assegurar a prestação de serviços
essenciais, vindo a participar, assim, dos riscos do empreendimento.
Considerando as reduzidas funções que lhe cabiam, o Estado era
composto de um pequeno núcleo estratégico e não havia grande necessi- As concessões entraram em relativo desuso e surgiram, naquele mo-
dade de descentralização, mesmo porque as atividades exercidas restringi- mento, as sociedades de economia mista e as empresas públicas, criadas
am-se quase exclusivamente às atividades típicas de Estado (defesa naci- para desenvolver atividades de natureza comercial ou industrial, com a
onal, segurança interna, arrecadação, exercício do poder de polícia), que possibilidade de atuar sob o mesmo regime das empresas privadas.
são, em geral, indelegáveis, por serem incompatíveis com os métodos do
No entanto, principalmente no período do golpe militar de 1964, passa-
direito privado.
ram a serem instituídas empresas governamentais, com ou sem lei, das
As demais atividades públicas tinham seu exercício transferido aos par- quais muitas tinham como objetivo a prestação de serviços públicos e
ticulares, por meio de concessão. A realização dessas atividades por parti- muitas outras visavam a uma desatada e inconstitucional exploração de
culares era feita pela via contratual, e restringia a intervenção do Estado atividade econômica pelo Estado.
nos negócios privados ao mínimo necessário.
Posteriormente, adotou-se o procedimento de delegar-se a execução
Ocorre que essa intervenção mínima do Estado gerou consequências do serviço a empresa sob controle acionário do Estado, referidas, na Cons-
desastrosas, tais como a criação de monopólios que praticamente dizima- tituição, como categoria própria (arts. 37, XVII e 165, parágrafo 5o, II).
ram as pequenas empresas, bem como desigualdades sociais acentuadas,
Devido ao fato do Estado ter passado a desempenhar serviços indus-
marcadas por um proletariado vítima da miséria e ignorância.
triais e comerciais, que antes eram executados exclusivamente pelos
Em contraposição ao Estado Liberal, surgiu, após a segunda grande particulares, o conceito de serviço público entrou em crise, posto que a
guerra, o denominado Estado Social, em que a preocupação com o princí- Administração passou a desempenhar serviços sob o regime predominan-
pio da liberdade foi superada pela necessidade de se assegurar o cumpri- temente privado. Assim, o regime jurídico deixou de ser a baliza que delimi-
mento de outro princípio, o da igualdade. tava os conceitos de serviço público e particular.
O crescimento excessivo do Estado para possibilitar o desempenho de
2.2.Estado intervencionista diversas atividades, que compreendiam praticamente todos os setores da
vida social, acabou por gerar uma Administração ineficiente e burocrática,
No Estado do bem estar, emergente nos séculos XIX e XX, o ideal de incapaz de cumprir seu objetivo inicial, que era promover o bem-comum.
igualdade, que fora tomado como pressuposto pelo pensamento liberal, é
reconhecido como algo a ser implementado, adquirindo maior importância 2.3. Estado regulador
do que a liberdade individual e econômica. A constatação da ineficiência da máquina administrativa para prestar
Assim, para alcançar essa igualdade, entendia-se que o Estado deveria diretamente os serviços de interesse social, aliado aos custos excessivos
intervir na ordem econômica e social, passando a atuar diretamente na área para a sua manutenção, fez com que fosse iniciado, no mundo contempo-
social e a intervir no domínio econômico Deste modo, no princípio do século râneo, uma série de transformações, com a finalidade de reduzir a atuação
direta do Estado, repassando-se à iniciativa privada atividades que, por sua
XX, a condução do processo de desenvolvimento econômico e social foi
atribuída ao Estado, com a finalidade de alcançar a igualdade entre os natureza, podem ser executadas por particulares.
homens e ajudar os menos favorecidos. Desta forma, surge a ideia de Estado como essencialmente regulador e
Na medida em que o Estado foi-se afastando dos princípios do libera- não executor, e as atividades que permanecerem sob a sua responsabili-
lismo, começou a ampliar o rol das atividades próprias, definidas como dade deverão ser preferencialmente executadas de forma descentralizada
serviços públicos, pois passou a assim considerar determinadas atividades com a contratação de entidades ou empresas privadas, de modo a que o
comerciais e industriais que antes eram reservadas à iniciativa privada. Estado apenas mantenha suas funções de ente soberano.
Foi nas primeiras décadas do século XX que a expressão serviço públi- Porém isso não poderia ocorrer de modo absoluto, pois, como a expe-
co foi trabalhada como teoria, como concepção, pela Escola de Serviço riência do liberalismo demonstrara, algumas atividades não poderiam ser
Público. adequadamente desempenhadas pelo particular. Cumpre ao Estado fomen-
tar estas atividades, fornecendo os instrumentos necessários ao seu de-
O publicista francês Leon Duguit, fundador e chefe dessa Escola, ela-
borou conceito de serviço público, de cunho antes sociológico que jurídico, sempenho.
segundo o qual serviço público é todo serviço que resulta da interdepen- Neste ponto, releva anotar a observação de Paulo Modesto: "É sabido
dência social, assumido, organizado e controlado pelos governantes. que o Estado atualmente não tem condições de monopolizar a prestação

Conhecimentos Específicos 62 A Opção Certa Para a Sua Realização


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direta, executiva, do todos os serviços sociais de interesse coletivo. Estes Para tanto, lançou-se mão de emendas constitucionais, alterações da
podem ser executados por outros sujeitos, como associações de usuários, legislação administrativa, privatizações, abertura comercial, política monetá-
fundações ou organizações não governamentais sem fins lucrativos, sob ria voltada à estabilidade da moeda e atração de investimentos estrangei-
acompanhamento e financiamento do Estado. Não prover diretamente o ros. Com isso a Administração Pública deixaria de se responsabilizar pela
serviço não quer dizer tornar-se irresponsável perante essas necessidades produção de bens e serviços e assumiria a função de promover e regular o
sociais básicas. Não se trata de reduzir o Estado a mero ente regulador. O desenvolvimento.
Estado apenas regulador é o Estado Mínimo, utopia conservadora insusten-
tável ante as desigualdades das sociedades atuais. Não é este o Estado Nesta nova fase de prestação dos serviços públicos, o estado brasileiro
que se espera resulte das reformas em curso em todo mundo. O Estado deixou de ser um "Estado Executor", que atuava na ordem econômica por
deve ser regulador e promotor dos serviços sociais básicos e econômicos meio de pessoas jurídicas a ele vinculadas (intervenção, monopólio) e
estratégicos. Precisa garantir a prestação de serviços de saúde de forma passa a ser um "Estado Regulador", que, de acordo com a Constituição
universal, mas não deter o domínio de todos os hospitais necessários; Federal de 1988 em seu artigo 174, fixa as regras disciplinadoras da ordem
precisa assegurar o oferecimento de ensino de qualidade aos cidadãos, econômica para ajustá-la aos ditames da justiça social, exercendo o papel
mas não estatizar todo o ensino. Os serviços sociais devem ser fortemente de fiscalização.
financiados pelo Estado, assegurados de forma imparcial pelo Estado, mas A principal mudança para a população com este recém-chegado mode-
não necessariamente realizados pelo aparato do Estado." (1) lo, é a nova maneira de prestação de serviços públicos. Estes podem se
Retoma- se, pois, a noção de subsidiariedade, a qual, por sua vez, tem dar de duas formas, direta ou indireta. O processo de desestatização se
como princípio a parceria entre o Poder Publico e a sociedade. caracterizou pelo incremento da prestação indireta, pois aumentaram as
delegações destes serviços. A forma indireta se caracteriza, basicamente,
No modelo de Estado Subsidiário, o Poder Público deixa à iniciativa por quatro diferentes modalidades, a saber: concessão, permissão, autori-
privada a realização das atividades econômicas, reservando para si aque- zação e terceirização. Nestas formas, as empresas atuam como uma "longa
las de que participa ou nas quais intervém somente em setores essenciais manus" do poder estatal, atuando em setores de responsabilidade do
ou indelegáveis, para cujo desempenho a iniciativa privada se apresenta Estado. Sobre todas as formas paira uma mais abrangente, que diz respeito
deficiente. a todas, chamada de desregulamentação – que visava a desburocratiza-
ção, mas que acabou por gerar novas regulamentações. Em resumo, nesta
O Estado Subsidiário se concretiza através de instrumentos de deses- nova fase, o Estado não é mais o único provedor de serviços públicos, pois
tatização, que pode ocorrer através de três mecanismos principais: privati- com a quebra do monopólio estatal, estes foram delegados à iniciativa
zação, publicização e terceirização. privada.
Privatização é a venda de ativos públicos que não devem mais perma- 3. Figuras jurídicas introduzidas pela Reforma Administrativa
necer dentro do setor público. Publicização é transformar órgãos estatais
em entidade públicas não estatais, de direito privado e sem fins lucrativos, Uma das novidades trazidas pelo Plano Diretor da Reforma do Apare-
que recebem recursos do orçamento público além de outras fontes possí- lho do Estado foi a criação e desenvolvimento de um setor público não-
veis. E terceirização é contratar externamente a execução de serviços a estatal, inserido no programa de publicização e constituído por entidades da
serem prestados por terceiros. sociedade civil, sem caráter lucrativo e que desempenham atividade de
relevante interesse social.
Desta forma, nota-se que o Estado transita daquele produtor e presta-
dor de serviços para dar espaço ao seu papel regulador, o que ocasiona Através deste Plano Diretor, foi idealizada a criação de organizações
necessariamente um considerável aumento da regulação. sociais, como forma de reduzir o tamanho do aparelho estatal, fazendo com
que a própria sociedade desempenhe funções de interesse geral.
2.4. A Reforma do Estado Brasileiro
Outra inovação foi a criação de Organizações da Sociedade Civil de In-
A onda de reformismo do mundo contemporâneo gerada à partir da teresse Público que, assim como as Organizações Sociais, não fazem parte
constatação de que o modelo intervencionista do Estado de Bem-Estar da Administração Indireta, sendo consensualmente apontadas como forma
Social não poderia subsistir, também atingiu o Estado Brasileiro. O modelo de parceria entre o Poder Público e a sociedade.
intervencionista gerou um crescimento da dívida, o que estrangulou o
Estado, que como consequência não conseguiu mais manter o mesmo As agências reguladoras também são modelo oriundo do Plano Diretor
nível de investimento. da Reforma do Estado, baseado no modelo Norte-Americano, e fundamen-
tado, antes de mais nada, no alto grau de especialização e independência,
Assim, o Brasil vem se desprendendo das amarras do monopólio esta- como será visto a seguir.
tal, resquício de modelos interventores, de que são exemplos a época de
Getúlio Vargas e mais recentemente do regime militar, para adequar-se a 3.1. Organizações Sociais
uma nova forma de Estado, baseada em um modelo mediador e regulador.
As Organizações Sociais constituem um novo tipo de entidade, e foram
O intervencionismo estatal começou a ruir na época do governo do introduzidas no direito brasileiro pela Medida Provisória no 1.591, de 9 de
Presidente Fernando Collor, quando começam os primeiros movimentos outubro de 1997, sucessivamente reeditada, até o advento da Lei Federal
mais concretos no sentido da desestatização. As leis começam a ser flexibi- no 9.637, de 15 de maio de 1998.
lizadas e a intervenção estatal começa timidamente a cair. Com o impe-
achment de Collor em 1992, o governo Itamar Franco, mais timidamente do Conforme bem explicita Paulo Modesto, as Organizações Sociais são
que o ex-presidente continua com este processo. instituições do terceiro setor (pessoas privadas de fins públicos, sem finali-
dade lucrativa, constituídas voluntariamente por particulares, auxiliares do
Em 1994 a desestatização começa a tomar contornos mais definidos Estado na persecução de atividades de conteúdo social relevante). Para
com as políticas desenvolvidas pela equipe do Presidente Fernando Henri- ele, ser organização social significa, apenas, possuir um título jurídico
que Cardoso. especial, conferido pelo Poder Público em vista do atendimento de requisi-
tos gerais de constituição e funcionamento previstos expressamente em lei.
O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, documento de
1995 do extinto Ministério da Administração e Reforma do Estado deixa Traçando um paralelo entre as tradicionais pessoas jurídicas qualifica-
assentado os pilares teóricos das reformulações pretendidas. das pelo título de utilidade pública e as atuais organizações sociais, Paulo
Modesto aponta as principais diferenças entre esses dois títulos jurídicos,
Orientada pelo fim imediato de realizar o ajuste fiscal nos termos ajus- concedidos às entidades do terceiro setor:
tados com o Fundo Monetário Internacional, esta reforma envolveu medidas
destinadas a atender a quatro finalidades: (a) reduzir o tamanho do Estado; "O título de organização social, conferido pelo poder público, faz incidir
(b) redefinir seu papel regulador; (c) recuperar a governança, ou capacida- sobre as instituições reconhecidas um plexo de disposições jurídicas espe-
de financeira e administrativa de implementar e; (d) aumentar a governabili- ciais, que asseguram vantagens e sujeições incomuns para as tradicionais
dade, ou capacidade política do governo de intermediar interesses, garantir pessoas jurídicas qualificadas pelo título de utilidade pública. Em qualquer
legitimidade e governar. dos dois títulos referidos, porém, dá-se um plus à personalidade jurídica

Conhecimentos Específicos 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


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das entidades privadas, que passam a gozar de benefícios especiais não Desta forma, pode-se observar que foram introduzidas uma série de
extensíveis às demais pessoas jurídicas privadas (benefícios tributários e novas garantias e cautelas que antes não existiam no sistema geral das
vantagens administrativas diversas). entidades de utilidade pública, para o fim de, garantindo a flexibilidade da
personalidade jurídica de direito privado, preservar-lhes a finalidade pública.
A todo rigor, portanto, nenhuma entidade é constituída como organiza-
ção social. Ser organização social não se pode traduzir em uma qualidade Um ponto importante a ser observado é o condicionamento do fomento
adquirida, resultado de um ato formal de reconhecimento do Poder Público, pela Administração Pública à formalização de contrato de gestão.
facultativo e eventual, semelhante em muitos aspectos à qualificação O contrato de gestão é uma nova figura jurídica, criada à partir da ideia
deferida às instituições privadas sem fins lucrativos quando recebem o título de "gestão pública por resultados", modelo de gestão baseada em fatos,
de utilidade pública. orientada para resultados, transparente e responsável.
Existem indiscutivelmente diferenças e semelhanças entre os títulos de Esse tipo de contrato firmado com as Organizações Sociais está con-
utilidade pública e de organização social. ceituado no art. 5o da Lei 9.637/98, que estabelece que o contrato de
Os traços comuns são os seguintes: gestão é "o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade qualifi-
cada como organização social, com vistas à formação de parceria entre as
1. a iniciativa privada voluntária na sua criação e na sua constituição; partes para fomento e execução de atividades relativas às áreas relaciona-
2. a existência de limites gerais à livre constituição e funcionamento dos das no art. 1o." Essas atividades são: ensino, pesquisa científica, desenvol-
órgãos de direção ou gerência como requisito para o exercício de ato vimento tecnológico, cultura, saúde e proteção e preservação do meio
posterior de reconhecimento ou qualificação; ambiente.
3. a afetação a uma finalidade de interesse público ou socialmente rele- Maria Sylvia Zanella aponta, com propriedade, as principais caracterís-
vante; ticas das Organizações Sociais:
4. o recebimento de favores especiais, subsídios isenções e contribuições
"a) é definida como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos;
do Estado;
b) criada por particulares, deve habilitar-se perante a Administração
5. a submissão a uma vigilância especial e a limitações de ordem admi-
Pública, para obter a qualificação de organização social; ela é declara-
nistrativa que vão alem do simples poder de polícia exercido sobre as
da, pela medida provisória, como "entidade de interesse social e utili-
demais pessoas privadas;
dade pública"
6. sujeição do controle do Tribunal de Contas e à fiscalização do Ministé-
c) ela pode atuar nas áreas de ensino, pesquisa científica, desenvolvi-
rio Público;
mento tecnológico, proteção e preservação no meio ambiente, cultura e
7. a necessidade de reconhecimento formal por parte do Estado, segundo saúde;
um procedimento especial regulado por lei;
d) seu órgão de deliberação superior tem que ter representantes do Poder
8. a destinação legal do patrimônio social a outra entidade de mesma Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissi-
natureza, em caso de extinção da entidade, não sendo permitido seja o onal e idoneidade moral;
patrimônio repartido entre os membros da instituição; e
e) as atribuições, responsabilidades e obrigações do Poder Público e da
9. a submissão ao regime jurídico das pessoas de direito privado, com organização social são definidas por meio de contrato de gestão, que
derrogações de direito público. deve especificar o programa de trabalho proposto pela organização so-
cial, estipular as metas a serem atingidas, os receptivos prazos de exe-
cução, bem como critérios objetivos de avaliação de desempenho, in-
Os traços diferenciais básicos são os seguintes: clusive mediante indicadores de qualidade e produtividade;
1. os estatutos das organizações sociais devem prever e adotar determi- f) a execução do contrato de gestão será supervisionada pelo órgão ou
nado modelo de composição para os seus órgãos de deliberação supe- entidade supervisora da área de atuação correspondente a atividade
rior, inclusive prevendo a participação necessária de representantes do fomentada; o controle que sobre ela se exerce é de resultado;
Estado, como requisito para permitir o ato posterior de qualificação pelo g) O fomento pelo poder público poderá abranger as seguintes medidas:
Poder Público; destinação de recursos orçamentários e bens necessários ao cumpri-
2. o trespasse de bens e recursos públicos nas organizações sociais está mento do contrato de gestão, mediante permissão de uso com ônus
condicionado à assinatura de contratos de gestão com os órgãos com- para a origem; dispensa de licitação; cessão especial de servidores
petentes da administração pública federal; públicos, com ônus para origem; dispensa de licitação nos contratos de
prestação de serviços celebrados entre a Administração Pública e a or-
3. o estatuto da organização social deve prever, também como um requi-
ganização social.
sito da qualificação, sujeição da entidade à publicação anual no Diário
Oficial da União do relatório de execução do acordo ou contrato de h) a entidade poderá ser desqualificada como organização social quando
gestão (relatório gerencial das atividades desenvolvidas, apoiadas pelo descumprir as normas do contrato de gestão." (3)
Poder Público, e não apenas do relatório formal da contabilidade da en- Luciano Ferraz, ao discorrer sobre o modelo de organizações sociais
tidade); trazido pela legislação federal, faz críticas quanto à ausência de previsão
4. o estatuto deve prever, como requisito de qualificação, regras rígidas da realização de certame licitatório para a formalização do contrato de
de reforma das finalidade sociais, bem como normas para a definição gestão:
impessoal das regras a serem adotadas para a remuneração do pes- "Relativamente à necessidade de certame para que o Estado firme
soal da entidade e para o sistema de compras; contrato de gestão com entidades qualificadas como organizações sociais,
5. o estatuto ainda deve prever que a entidade estará sujeita a controle nossa posição é incisiva. Se o ajuste com elas tem a natureza contratual e
externo de resultados, periódico e a posteriori, realizado por comissão havendo, como de fato há, viabilidade de competição, afastada estará a
de avaliação composta por especialistas de notória qualificação, espe- discricionariedade do administrador, impondo-se a disputa. Caso contrário,
cialmente destinado à verificação do cumprimento do contrato ou acor- estarão burlando o art. 37, XXI, da Constituição Federal e os princípios da
do de gestão firmado com o Poder Público; competitividade." (4)
6. as entidades qualificadas como organizações sociais poderão utilizar Celso Antonio Bandeira de Mello também aponta inconstitucionalidade
bens materiais e recursos humanos de entidades extintas do Estado, da lei quanto à dispensa de procedimento licitatório para assinatura do
desde que a extinção tenha sido realizada por lei específica; contrato de gestão, recebimento de bens e dotações orçamentárias e até
7. as entidades qualificadas poderão também absorver atividades e mesmo para a disponibilidade de servidores públicos, custeados pelo
contratos de entidades extintas, também quando autorizados por lei, Estado:
bem como os seus símbolos designativos, desde que estes sejam se- "Enquanto para travar com o Poder Público relações contratuais singe-
guidos obrigatoriamente do símbolo OS." (2) las (como contrato de prestação de serviços ou de execução de obras) o

Conhecimentos Específicos 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pretendente é obrigado a minunciosas demonstrações de aptidão, inversa- rios para mantê-los e desenvolver-lhes as atividades, podem vir a ser
mente, não se faz exigência de capital mínimo nem demonstração de cobrados de todos os diretamente beneficiados." (9)
qualquer suficiência técnica para que um interessado receba bens públicos
Não resta dúvida, entretanto, que se trata de um dos instrumentos de
custeados pelo Estado, considerando-se bastante para a realização e tal
privatização que vem sendo utilizados pelo Estado para diminuir o apare-
operação a simples aquiescência de dois Ministros de Estado ou, conforme
lhamento da Administração Pública, principalmente quando se observa que
o caso, de um Ministro e de um supervisor da área correspondente à ativi-
as organizações sociais vão absorver atividades hoje desempenhadas por
dade exercida pela pessoa postulante ao qualificativo de "organização
órgãos ou entidades estatais a serem extintas, e cujos bens móveis e
social". Trata-se, pois, da outorga de uma discricionariedade literalmente
imóveis serão cedidos à essas entidades, passando o serviço, que era
inconcebível, até mesmo escandalosa, por sua desmedida amplitude, e que
público, a ser prestado como atividade privada.
permitirá favoravelmente de toda espécie.
Há nisto uma inconstitucionalidade manifesta, pois se trata de poster- 3.2. Organizações da sociedade civil de interesse público
gar o princípio constitucional da licitação (art. 37, XXI) e, pois, o princípio As Organizações da sociedade civil de interesse público – OSCIPs fo-
constitucional da isonomia (art. 5o), do qual a licitação é simples manifesta- ram instituídas pela Lei 9.790/99 e regulamentadas pelo Decreto 3.100/99.
ção punctual, conquanto abrangente também de outro propósito (a busca
Assim como as Organizações Sociais – OS, são entidades do terceiro
do melhor negócio)" (5)
setor, constituídas como pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
Conclui, pois, o renomado mestre que "não é difícil perceber-se que as lucrativos, cujos objetivos sociais abrangem a assistência social, a promo-
qualificações como organização social que hajam sido ou que venham a ser ção da cultura, educação, pesquisa e divulgação do conhecimento científico
feitas nas condições da Lei 9.637, de 15.5.98, são inválidas pela flagrante e tecnológico, a promoção da saúde, segurança alimentar e nutricional, a
inconstitucionalidade de que padece tal diploma, Assim, expõem-se aber- proteção ao patrimônio histórico e ao meio ambiente, entre outros.
tamente a serem fulminadas em ações populares (Lei 4.717, de 29.6.65) e
a que os responsáveis por tais atos de benemerência com recursos públi- Apesar de ocupar um papel muito similar ao das organizações sociais,
cos, tanto quanto os beneficiários deles, responsam patrimonialmente pelo possuem um diferencial básico e fundamental na estrutura de sua formata-
indevido uso de ens e receitas públicas (art. 11 da citada lei)." (6) ção jurídico-administrativa, em especial pela composição associativa, que
não prevê a participação direta do Poder Público.
Nem todos os doutrinadores, entretanto, seguem as duras críticas fei-
tas por Celso Antonio Bandeira de Mello a esse novo modelo. A participação do Poder Público na atuação das OSCIPs dá-se através
da função de fomento, na medida em que estas entidades se credenciam a
Paulo Modesto, embora aponte a necessidade de aperfeiçoamento da receber recursos ou bens públicos para o desempenho de suas atividades
lei para a inclusão de exigências de patrimônio ou qualificação técnica e desenvolvimento de suas metas e programas.
especial para a candidatura de uma entidade ao título de organização
social, por ser preciso estimular o oferecimento de contrapartidas, pela Essa relação de cooperação entre o Poder Público e as OSCIPs é for-
entidade, ao apoio do Estado, vislumbra vantagens na adoção do novo malizada através de termo de parceria, cuja disciplina jurídica está estatuí-
sistema. O principal deles é a previsão de um maior controle sobre as da no Capítulo II da Lei 9.790/1999.
organizações sociais do que aquele que vinha sendo mantido sobre entida- As normas de prestação de contas têm estruturas similares àquelas
des de utilidade pública, com a introdução de uma série de cautelas e das OS, com uma alteração significativa, que aproxima os instrumentos de
garantias para preservar de forma abrangente a finalidade pública, sem gestão do setor privado: a realização de auditoria, inclusive por auditor
prejuízo das flexibilidades conferidas pela personalidade jurídica de direito externo independente, sobre a aplicação de recursos oriundos dos Termos
privado. (7)
de Parceria. Essa é uma flexibilização significativa, pois incrementa as
Diogo de Figueiredo Moreira Neto lembra que vigora no direito contem- técnicas de fiscalização.
porâneo a ideia de que embora o público seja ainda o campo de ação do
As principais diferenças entre as OSCIPs e as OS foram apontadas,
Estado, não é mais seu monopólio e que "a Constituição brasileira de 1988
com propriedade, por Celso Antonio Bandeira de Mello:
incentiva a colaboração social, a começar pela afirmação do princípio do
pluralismo, estampado no art. 1o, IV, e o da participação, no parágrafo único 3.3.Agências Executivas
do mesmo artigo, descendo,mesmo, embora superfluamente, em seu texto,
à previsão de vários instrumentos de colaboração participativa como, por As agências executivas são autarquias de regime jurídico especial,
exemplo, no campo da saúde (art. 197 e 198, III), da assistência social (art. previstas nos arts. 51 e 52 da Lei 9.649, de 27.5.98, que dispôs sobre a
204, I), da educação (arts. 205 e 206, IV), da cultura (art. 216, § 1°), do organização da Presidência da República e dos Ministérios. Na verdade, a
meio ambiente (art. 225), da criança e do adolescente (art. 227, § 1°), para denominação "agência executiva" designa um título jurídico que pode ser
mencionar alguns dos mais relevantes." (8) Aponta, ainda, diversas vanta- atribuído a autarquias e a fundações públicas que preencham os seguintes
gens neste sistema, que, citando Fernando Garrido Falla, denomina "nova requisitos: a) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério
descentralização funcional privatizadora": supervisor e b) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimen-
to institucional, voltado para a melhoria da qualidade da gestão e para
"O importante, porém, é que essas entidades intermédias apresentam redução de custos, já concluídos ou em andamento.
sensíveis vantagens sobre a tradicional atividade burocraticamente centrali-
zada. O administrativista francês GUY BRAIBANT sintetiza duas: a partici- Na União, o título de agência executiva é conferido mediante decreto
pação dos interessados e a leveza da gestão. Pode-se lhes acrescentar do Presidente da República (art. 51, §1º, da Lei n. 9.649, de 27 de maio de
uma tríade particularmente importante de vantagens: a política, a técnica e 1998, c/c art. 1º, §2º, do Decreto n. 2.487, de 2 de fevereiro de 1998). O
a fiscal. decreto de qualificação deve ser específico, isto é, relativo a apenas uma
entidade determinada.
A vantagem política reside na abertura da participação ao administra-
do, propiciando um clima de colaboração intenso e benéfico, aumentando, Essa qualificação acarreta efeitos jurídicos variados, estabelecendo
em consequência, a legitimidade das decisões da entidade intermédia. uma diferenciação abstrata do regime jurídico das autarquias e fundações
qualificadas em face das autarquias e fundações públicas não qualificadas.
A vantagem técnica está na despolitização de inúmeras decisões que,
em vez de serem tomadas por indivíduos das áreas política ou burocrática, Primeiramente, a autarquia ou fundação passa a gozar dos benefícios
descomprometidos pessoalmente com os resultados, no sentido do que não gerais previstos em lei para toda e qualquer agência executiva, como, por
dão por eles atingidos, passam a ser negociadas pelos grupos sociais mais exemplo, elevação em vinte por cento do valor dos limites máximos para
diretamente interessados, evitando posturas políticas, ideológicas, teorias cada modalidade de licitação, na forma do art. 24, parágrafo único, da Lei n.
esdrúxulas, experiências desastrosas e as indefectíveis generalizações 8.666, com a redação que lhe deu a Lei n. 9.648, de 27 de maio de 1998.
fáceis.
Outros benefícios foram concedidos através do Decreto n. 2.488, de 2
A vantagem fiscal, por fim, está no fato de que esses etes de coopera- de fevereiro de 1998, dentre eles: a) não aplicação às agências executivas
ção podem vir a ser criados sem gerar novos ônus para o Estado prescin- dos limites anuais de realização de serviços extraordinários, desde que
dindo de novos tributos para custeá-los, uma vez que os recursos necessá- atestadas a existência de recursos orçamentários disponíveis e a necessi-

Conhecimentos Específicos 65 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dade dos serviços para o cumprimento dos objetivos e metas do contrato 3.4. Agências Reguladoras
de gestão; b) possibilidade de delegação ao dirigente máximo da entidade
de decisão sobre limites para a concessão de suprimento de fundos para As Agências Reguladoras surgiram originalmente na Inglaterra, a partir
atender a despesas de pequeno vulto; c) dispensa às agências executivas da criação pelo Parlamento, em 1834, de diversos órgãos autônomos com
da celebração de termos aditivos a contratos e convênios de vigência a finalidade de aplicação e concretização dos textos legais.
plurianual, quando objetivarem unicamente a identificação dos créditos à A expressão agência (agency), no entanto, surgiu nos Estados Unidos.
conta dos quais devam correr as despesas relativas ao respectivo exercício O desenvolvimento da regulação setorial teve início com a criação, em
financeiro, entre outros benefícios não extensivos às autarquias comuns. 1887, da Interstate Commerce Comission, órgão destinado a regular o
Apesar do objetivo de conceder maior eficiência às tradicionais autar- transporte ferroviários interestadual.
quias e fundações, dificilmente serão obtidos os benefícios desejados, pois No Estados Unidos as atividades econômicas sempre permaneceram
dificilmente poderá ser ampliada a autonomia das agências executivas, em mãos de particulares. No entanto, a partir da crise econômica de 29 e
através de decreto ou de contrato de gestão, porque esbarrarão em normas da depressão econômica que se seguiu, percebeu-se que a ideia de pre-
legais e constitucionais. ponderância do mercado e da consagração da propriedade privada dos
Cabe ressaltar que a ampliação da autonomia das agências executivas meios de produção não autorizava a omissão estatal na área econômica.
depende da promulgação da lei mencionada no art. 37, § 8° da Constitui- Com a política do New Deal, liderada pelo Presidente Roosevelt, as
ção Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional n° 19/98, agências administrativas passaram a intervir fortemente na economia,
que dispõe: suprimindo os princípios básicos do liberalismo. Foram criadas inúmeras
"§8º - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e agências federais para atuar nos mais variados e diversos setores da vida
entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante econômica norte-americana, através de leis esparsas, cada qual com seus
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que procedimentos decisórios.
tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou Diante disso, surgiu a necessidade de padronização desse sistema, e,
entidade, cabendo à lei dispor sobre: em 1946 foi editado o Federal Administrative Procedure Act – APA - Lei de
I - o prazo de duração do contrato; Procedimento Administrativo, que trouxe uma uniformidade no processo de
tomada de decisões pelas agências, conferindo-lhes maior legitimidade.
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obri-
gações e responsabilidade dos dirigentes; No Brasil, o modelo de agência foi idealizado a partir do modelo norte-
american. No entanto deve-se observar que o Direito Administrativo brasi-
III - a remuneração do pessoal. (Parágrafo incluído pela Emenda leiro teve forte e decisiva influência francesa e, consequentemente, incorpo-
Constitucional nº 19, DOU 05.06.1998)" rou as ideias de centralização administrativa e forte hierarquia.
As agências executivas diferenciam-se das agências reguladoras por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ao tratar sobre o tema, lembra que "en-
divrsos aspectos. quanto no sistema euroupeu-continental, em que se inspirou o direito
brasileiro, a Administração Pública tem uma organização complexa, que
Paulo Modesto observa que a legislação referente às agências execu- compreende uma séria de órgãos que integram a Administração Direta e
tivas padroniza a forma de organização destas autarquias, associando para entidades que compõem a Administração Indireta, nos Estados Unidos toda
todas as entidades qualificadas os mesmos encargos e vantagens, condici- a organização administrativa se resume em agências (vocábulo sinônimo
onando a manutenção da qualificação ao cumprimento posterior do contrato de ente administrativo em nosso direito), a tal ponto que se afirma que o
de gestão. Isso não ocorre com as agências reguladoras que, como será direito administrativo norte-americano é o direito das agências". (11)
visto a seguir, contam com tratamento casuístico em cada lei de criação,
sem que exista um modelo obrigatório que as uniformize. Aponta, ainda, Essas características diversas decorrentes de cada ordenamento jurí-
outras diferenças: "(...) as agências reguladoras geralmente exercem fun- dico devem ser levadas em conta, ao adaptarmos as agências reguladoras
ções normativas, fiscalizadoras e de adjudicação de conflitos, mas não o ao Direito Administrativo brasileiro.
oferecimento de comodidades materiais diretas aos administrados. Rever-
samente, as agências executivas são assim denominadas exatamente por 4. AS AGÊNCIAS NO DIREITO BRASILEIRO
exercitarem funções administrativas de execução de serviço público de
forma direta. As agências reguladoras voltam-se para intervenção em No Brasil, as Agências Reguladoras foram constituídas como autarqui-
mercados específicos, regulando a relação entre a oferta de serviços, a as de regime especial integrantes da administração indireta, criadas para
demanda por serviços e qualidade dos serviços prestados, participando realizar as tradicionais atribuições da Administração Direta, na qualidade de
ativamente da implementação das políticas públicas por entidades públicas Poder Público concedente, atuando na regulação e fiscalização da presta-
e privadas. As agências executivas realizam em geral as políticas públicas, ção dos serviços públicos pelo concessionários, permissionários e autoriza-
sem se ocuparem de formular normas de eficácia externa ou disciplinar a dos.
atuação de outras entidades. As agências reguladoras gozam de maior A grande novidade das Agências Reguladoras consiste em sua maior
estabilidade institucional (uma vez que os predicados de sua autonomia independência em relação ao Poder Executivo, apesar de fazer parte da
ampliada são fixados por lei casuística) e, em geral, de maior grau de Administração Pública indireta, tendo como características a independência
autonomia administrativa e decisória. As agências executivas podem ser administrativa, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e
fiscalizadas intensamente, seus dirigentes geralmente não gozam de esta- estabilidade, com a consequente impossibilidade de demissão "ad nutum"
bilidade (mandato) e a condição especial que desfrutam as entidades pode de seus dirigentes e autonomia financeira.
ser retirada por simples ato administrativo, conforme cumpram ou não os
termos do contrato de gestão acordado com a administração direta. As Somente duas agências tiveram sua criação prevista na Constituição
agências reguladoras são entidades que gozam de regime de autonomia Federal. Por meio das Emendas à Constituição de número 8 e 9 de 1995,
administrativa estável. A qualificação instável das agências executivas é previu-se a criação de um órgão regulador para o setor de telecomunica-
aspecto importante da diferenciação. " (10) ções (CF, art. 21, XI) e outro para o setor de petróleo (CF, art. 177, § 2º, III),
o que foi implementado pelas leis 9472/97 (conhecida por Lei Geral de
O modelo de agências executivas não teve, no Brasil, a mesma reper- Telecomunicações – LGT) e 9478/97, as quais instituíram a Agência Nacio-
cussão que as agências reguladoras. Ao mesmo tempo em que foram nal de Telecomunicações - ANATEL e a Agência Nacional do Petróleo -
criadas diversas agências reguladoras, apenas poucas agências executivas ANP, respectivamente. Porém, a primeira agência reguladora brasileira tem
foram criadas no plano federal, sendo uma delas o IMETRO - Instituto origem infraconstitucional. Trata-se da Agência Nacional de Energia Elétrica
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, que assinou – ANEEL, instituída pela Lei 9427/96.
em 1998 contrato de gestão de três anos com os seguintes ministérios:
Ministério da Indústria e Comercio, Administração Federal, Planejamento e A partir daí diversos órgãos de mesma natureza foram instituídos por
Orçamento e Fazenda. normas infraconstitucionais. Assim, o caso da Agência Nacional de Vigilân-
cia Sanitária - ANVISA, originada pela Medida Provisória 1791/98 e conver-

Conhecimentos Específicos 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tida na Lei 9782/99, voltada ao controle de produtos e serviços submetidos dade de demissão ad nutum pelo Chefe do Poder Executivo. Para melhor
à vigilância sanitária. Em 2000, a Lei 9961 instituiu a Agência Nacional de garantir a autonomia das agências, a escolha desses dirigentes pelo Presi-
Saúde Suplementar – ANS e a 9984, a Agência Nacional de Águas – ANA, dente da República deveria ser feita com base em critérios capacitários
destinada a implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos e coor- previstos em lei, a fim de diminuir-se a ingerência política das nomeações.
denar o Sistema Nacional de Geranciamento de Recursos Hídricos. No ano
Outro aspecto importante para caracterizar a independência das agên-
seguinte a Lei 10.233 criou a Agência Nacional de Transportes Terrestres –
ANTT e a Agência Nacional de Transportes Aquáticos – ANTAQ. cias, é a autonomia financeira, assegurada pela disponibilidade de recursos
humanos e infra-estrutura material fixados em lei, além da previsão de
A proliferação destas agências reguladoras não se fez acompanhar da dotações consignadas no orçamento geral da União, créditos especiais,
elaboração de um regime jurídico aplicável a todas elas, indicando a falta transferências e repasses que lhe forem conferidos.
de coordenação da atividade econômica e de uma superestrutura regulató-
ria. A comparação entre cada uma das atividades reguladas acaba por A autonomia técnica, por sua vez, está ligada ao princípio da eficiência.
suscitar dúvidas, por exemplo, sobre possíveis diferenças entre os órgãos Refere-se à especialização de cada agência em relação à sua atribuição
previstos na Constituição Federal e os que contam apenas com disciplina técnica. Este grau de especialização técnica das agências, empregado em
infraconstitucional. suas decisões, fundamenta não só a criação da a própria agência, como
também boa parte do poder normativo a ela conferido.
4.1. Características
Especialidade técnica
Muito embora não exista um modelo obrigatório que uniformize as
agências reguladoras, uma vez que contam com tratamento casuístico em A terceira característica a ser ressaltada liga-se ao princípio da eficiên-
cada lei de criação, que define suas peculiaridades de acordo com o setor cia e à exigência de racionalidade do poder na Administração Pública.
da economia a ser regulado, há algumas semelhanças que caracterizam Refere-se à especialização de cada agência em relação à sua atribuição
estas agências, dentre elas : forma autárquica, autonomia e especialidade técnica.
técnica. É justamente do grau de especialização técnica empregado nas deci-
Forma autáquica sões destes órgãos que se valem muitos autores para defender uma mar-
gem de discricionariedade técnica às entidades reguladoras. Trata-se de
As agências reguladoras foram inseridas, pela legislação federal, entre um conceito bastante controvertido que basicamente expressa a competên-
as autarquias, integrantes da Administração Indireta, permitindo-lhes exer- cia para tomar decisões que não sejam propriamente discricionárias, mas
cer poderes de autoridade pública por força de sua personalidade de Direito que se encontram fora o campo do controle jurisdicional pela especificidade
Público. A fim de diferenciá-las das demais autarquias criadas em 1967 da matéria envolvida, a qual só seria conhecida pelos administradores,
pelo Decreto-lei 200, foi prevista a sujeição a regime especial. técnicos, salvo nos casos de desrespeito aos standards contidos em lei.
O "regime especial" ao qual se submetem compreende, principalmente: Na verdade, a especialização explica boa parte do poder normativo das
agências. Todavia, não configura uma competência discricionária. Se
a) maior autonomia em relação à Administração direta; b) estabilidade discricionária fosse, somente justificaria decisões tomadas perante casos
de dirigentes, os quais gozam de mandato fixo; c) caráter final de suas concretos, nunca poderia se referir a estatuições gerais e abstratas.
decisões, insuscetíveis de apreciação por outros órgãos da Administração.
Por fim, deve-se notar que dificilmente existirão duas soluções técnicas
Formalmente, essas características não significam uma grande novida- equivalentes, de modo que quanto mais técnica for uma decisão, menos
de, visto que todas as autarquias são entidades independentes. O Próprio discricionariedade haverá. Além disso, a necessidade de se verificar se os
Decreto-lei 200, em seu artigo 5°, I, conceituou autarquia como "o serviço atos regulatórios são feitos com base em critério puramente técnicos consti-
autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita tui o principal argumento em defesa de um acompanhamento rígido sobre
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que estas decisões.
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e finan-
ceira descentralizada." 4.2. As funções exercidas pelas agências reguladoras
O aspecto que merece destaque refere-se à estabilidade de seus diri- Os entes reguladores brasileiros são competentes para regular e fisca-
gentes, cujos mandatos podem ter um prazo superior a um mesmo período lizar as atividades econômicas em sentido amplo, isto é, serviços públicos e
governamental. atividades econômicas em sentido estrito.
Em síntese, a designação "autarquia sob regime especial", destina-se O critério empregado na eleição de um setor a ser regulado reside na
apenas a frisar a independência que se quer conferir aos órgãos regulado- existência de reflexos (positivos ou negativos) relacionados a esta ativida-
res, sem que a forma autárquica represente inovação. de. No caso de serviços públicos privilegia-se a eficiência e a racionalidade
de sua prestação, além de zelar por sua universalização. Já as atividades
econômicas em sentido estrito são reguladas com o fito de preservar um
Autonomia ambiente concorrencial e o interesse dos consumidores.
Para o desenvolvimento de suas atividades, as agências reguladoras Em ambos os casos, o fim último da regulação é implementar um pro-
gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica. grama regulatório (política pública de regulação) mediante: a) elaboração
de regras gerais que disciplinem a atividade sob sua tutela (regulamentan-
A autonomia administrativa implica na capacidade de autogestão, no
que lhe é peculiar e singular dentro dos limites da lei de criação. do a prestação de serviços públicos, definindo tarifas etc); b) controle da
execução das atividades, recebendo e investigando denúncias e reclama-
Marçal Justen Filho observa: ções; c) aplicação de sanções aos agentes sob sua vigilância, nos termos
da Constituição Federal, da Lei de Processo Administrativo (Lei 9784/99) e
"A atribuição de autonomia à agência pressupõe a existência de com- de outras leis específicas; d) solucionando conflitos e questões controver-
petências privativas. Se determinados assuntos forem de competência sas postas a seu encargo.
comum à agência e a outro ente, ao qual incumbe escolher se e quando
exercitará seus poderes, não existirá uma agência reguladora independen- Nas hipóteses de regulação de serviços públicos, somam-se ainda as
te. Nessa hipótese, a outra entidade imporá à agência um vínculo de su- tarefas exercidas pelo poder concedente, saber: a) realização de licitações
bordinação prejudicial ao exercício de suas competências. para escolha do concessionário, permissionário ou autorizatário; b) encam-
Portanto, um pressuposto essencial para a configuração de uma enti- pação da atividade; c) rescisão do contrato; e d) reversão de bens ao
dade autônoma consiste na existência de competências exclusivas, deter- término do prazo de vigência do contrato.
minadas legislativamente, de modo a excluir o poder jurídico ou político de Além das competências administrativas comuns, em que a atuação da
outro órgão para determinar as hipóteses em que caberá sua atuação." (12) agência não se diferencia muito de qualquer outra entidade da Administra-
Outra forma de garantir a autonomia das agências é o modo de nome- ção indireta, merece destaque as competências específicas a elas atribuí-
ação de seus dirigentes, os quais exercem mandato fixo, com a impossibili- das pela legislação. Tais competências, que se relacionam com a própria
Conhecimentos Específicos 67 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
competência regulatória, podem se exteriorizar de duas maneiras: mediante Para atingir os objetivos propostos na reforma, foram introduzidas no-
a edição de normas gerais e abstratas ou por via de normas concretas e vas figuras jurídicas, como soluções alternativas para a execução de ativi-
individualizadas. dades de interesse público, não exclusivas do Estado. São elas: organiza-
ções sociais e organizações da sociedade civil de interesse público.
Desta forma, como meio de efetivação de sua autonomia decisória, de
agilização de sua atuação, a especialização necessária e uma certa distân- As organizações sociais e as organizações da sociedade civil de inte-
cia em relação aos órgãos políticos, as agências contam com o poder de resse público não são pessoas da Administração Indireta, mas sim organi-
editar normas concernentes à atividade cuja regulação lhes é atribuída. zações particulares com as quais o Poder Público mantém parcerias, com o
objetivo de intensificar a participação social na prestação efetiva de ativida-
Este poder normativo foi conferido pelas leis que instituíram as agên- des que beneficiam a sociedade como um todo. O Poder Público e as
cias reguladoras em nosso ordenamento jurídico. Tal possibilidade, à organizações têm, assim, interesses comuns, que se acrescentam.
primeira vista, parece colidir com o princípio da separação dos poderes e o
da legalidade, tendo em vista que competiria, exclusivamente, ao Poder As agências executivas são formadas por autarquias ou fundações pú-
Legislativo o exercício da atribuição em comento. blicas que celebram contrato de gestão com o respectivo Ministério super-
visor, visando conceder-lhes maior autonomia e agilidade.
Enfrentando a dúvida sobre a legalidade dessa atividade, há doutrina-
dores que situam-na no campo da delegação legislativa e outros que a As agências reguladoras, que tiveram seu modelo baseado nas agên-
tratam como competência regulamentar. A discussão sobre o assunto é cias norte-americanas, são os grandes ícones deste novo modelo de Esta-
muito ampla, não sendo objeto deste trabalho examinar, com maior profun- do, uma vez que foram criadas com o objetivo de normatizar os setores dos
didade, a função normativa das agências reguladoras há vista do princípio serviços públicos delegados e de buscar equilíbrio e harmonia entre o
da separação de poderes. Estado, usuários e delegatários.
Mesmo porque, como bem coloca Marçal Justen Filho, é inviável discu- São também objeto dos maiores debates e reflexões, devido ao grande
tir-se a competência normativa das agências sem antes definir norma impacto por elas causado. Boa parte das polêmicas e das discussões
jurídica, nem examinar sua estrutura e principais características. (13) doutrinárias se deve à constatação de que as agências reguladoras –
entidades da Administração Indireta – são detentoras de largas parcelas de
Merece destaque, entretanto, a observação feita por José Gustavo competência normativa, por meio das quais podem inovar o ordenamento
Athayde sobre o tema: jurídico, expedindo normas gerais e abstratas que vinculam os agentes
"Tendo em vista a novidade e a complexidade do tema, poderia ser reguladores e impõem-lhes obrigações.
prematura qualquer conclusão definitiva sobre a natureza jurídica dos Trata-se de uma questão bastante intrincada, que envolve os princípios
regulamentos editados pelas agências reguladoras, se autônomos ou não, em que se encontra a base do Estado Democrático de Direito como a
até porque a doutrina ainda diverge inclusive quanto à classificação de tais separação de poderes, a legalidade e a legitimação democrática.
atos normativos. Em qualquer posição que se adote, a de Carlos Ari
Sundfeld ou a dos que definem como regulamentos autônomos os atos em Cabe ressaltar, por fim, que a disciplina jurídica dessas novas entida-
estudo, é pacífica a existência de limites ao poder normativo dos órgãos des precisa ser aperfeiçoada, para o fim de atingir plenamente os objetivos
reguladores, até mesmo como decorrência dos princípios da separação dos propostos, de conferir agilidade e eficiência na prestação dos serviços
poderes e o da legalidade. públicos.
Identificando tais limites, reconhece-se que a tais regulamentos não é No que concerne às organizações sociais e às organizações da socieda-
permitido contrariar as leis e evidentemente a Constituição. Outra conclu- de civil de interesse público, existe a necessidade de aperfeiçoamento da lei
são a que se chega é que tais atos normativos não podem inovar de forma para a inclusão de exigências de patrimônio ou qualificação técnica especial
absoluta na ordem jurídica, criando direitos e deveres às pessoas envolvi- para a candidatura de uma entidade ao título de organização social, por ser
das sem algum tipo de respaldo em lei. Osvaldo Aranha Bandeira de Melo preciso estimular o oferecimento de contrapartidas, pela entidade, ao apoio do
sustentava que os regulamentos não podem ampliar, restringir ou modificar Estado, juntamente com o desenvolvimento de mecanismos para que a
direitos ou obrigações legais, pois tais tópicos consistem em matéria reser- escolha das entidades não seja feita de forma discricionária.
vada à lei. Outro limite detectado é a proibição da edição de regulamento
quando for exigido processo legislativo certo e específico, bem como nos As agências executivas, na verdade, não constituem um modelo total-
casos de competência legislativa constitucional. Dos artigos 5º, XXXIX, 149, mente novo, podendo serem consideradas, basicamente, uma forma de
150, I e 195 da Carta Fundamental extrai-se que não podem os regulamen- revitalização do antigo modelo autárquico, acrescido de um controle de
tos criar crimes, prever penas, sanções, tributos ou encargos de qualquer gestão por resultados.
natureza. Os regulamentos não podem retroagir para beneficiar determina- Quanto às agências regulatórias, deve-se levar em conta que não bas-
do grupo de pessoas em detrimento de outras, não podem deixar de ser ta a simples importação do modelo norte-americano, mas é necessário
motivados, são passíveis de controle por parte do Poder Judiciário, tanto na adaptá-lo à realidade brasileira, principalmente considerando a grande
via concentrada quanto na difusa, conforme o caso. " (14) diferença existente no Direito Administrativo de ambos os países. Além
5. CONCLUSÃO disso, apesar de gozar de maior autonomia, as agências devem estar
submetidas ao controle dos Poderes constituídos, em face da necessária
A Reforma do Estado brasileiro tem como fundamento o desenvolvi- manutenção dos sistemas de freios e contrapesos caracterizador da ideia
mento de uma nova política de organização do estado, baseada na descen- de separação de Poderes e a manutenção da centralização governamental.
tralização da ação estatal nos setores não exclusivos de estado, mantendo
a proposta de centralização apenas para o núcleo estratégico do governo (a BIBLIOGRAFIA
administração direta), responsável pela formulação e avaliação das políti- ATHAYDE, José Gustavo. As Agências Reguladoras _ Independência e Poder
cas públicas. Normativo em Face da Constituição Federal de 1988. Fórum Administrativo, vol.26,
págs. 2136-2148. Belo Horizonte, abril/2003.
A principal mudança trazida por esta reforma é a nova maneira de pres- CHACON, Paulo Eduardo de Figueiredo. O Papel da Agências Reguladoras. In:
tação de serviços públicos: o Estado passa a não ser mais o único provedor Datavenia.Net [Internet] http://www.datavenia.net/opiniao/2001/ O_Papel_das_
destes serviços, pois com a quebra do monopólio estatal, estes foram Agencias_Reguladoras.htm acesso em junho/2003;
delegados à iniciativa privada. COIMBRA, Márcio. O direito regulatório brasileiro, histórico do direito da regula-
O processo de desestatização se caracterizou, portanto, pelo incre- ção e as agências reguladoras. In: Âmbito Jurídico, maio/2001 [Internet]
http://www.ambitojuridico.com.br/aj/da0033.htm, acesso em junho/2003;
mento da prestação indireta de serviços públicos, sob forma de delegação
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 10a ed. São Paulo:
através de quatro diferentes modalidades: concessão, permissão, autoriza- Atlas, 1999;
ção e terceirização. Outra forma de retirada do Estado da prestação de __________________________. Parcerias na Administração Pública. 3a ed.
serviços públicos é a chamada privatização. A privatização não pode ser São Paulo : Atlas, 1999;
considerada uma forma de delegação, pois, nesta modalidade, o Estado se FERRAZ, Luciano. O Estado Gerencial e a Lei de Licitações Públicas. Interesse
retira por completo da prestação do serviço. Público, vol 3, p. 37-46, 1999.

Conhecimentos Específicos 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
FERRAZ Júnior, Tércio Sampaio. Agências Reguladoras: Legalidade e Consti- PLANO DIRETOR DA REFORMA DO APARELHO DO ESTADO
tucionalidade. Revista Tributária e de Finanças Públicas, vol. 35; Câmara da Reforma do Estado
GARCIA, Maria. "Que é Administração Pública?"A Questão das Agências Regu-
ladoras. Boletim de Direito Administrativo, março/2002, p.169-182, 2002; APRESENTAÇÃO
GRAU, Eros Roberto. A Ordem Econômica na Constituição de 1988. 6a ed. São
Paulo: Malheiros, 2001; A crise brasileira da última década foi também uma crise do Estado.
GUERRA, Glauco Martins. Apontamentos sobre o Terceiro Setor no Brasil – Em razão do modelo de desenvolvimento que Governos anteriores adota-
Breve Análise Jurídica. Fórum Administrativo, vol. 23, págs. 1723-1746. Belo Hori- ram, o Estado desviou-se de suas funções básicas para ampliar sua pre-
zonte, janeiro/2003.
sença no setor produtivo, o que acarretou, além da gradual deterioração
JUSTEN Filho, Marçal. O Direito das Agências Reguladoras Independentes. São
Paulo: Dialética, 2002; dos serviços públicos, a que recorre, em particular, a parcela menos favo-
MARQUES Neto, Floriano de Azevedo. Regulação Estatal e Interesses Públi- recida da população, o agravamento da crise fiscal e, por consequência, da
cos. São Paulo: Malheiros, 2002; inflação. Nesse sentido, a reforma do Estado passou a ser instrumento
__________________. Interdependência e Autonomia da Agência Nacional de indispensável para consolidar a estabilização e assegurar o crescimento
Telecomunicações: Imperativo Legal e Constitucional. Revista de Direito Constitucio- sustentado da economia. Somente assim será possível promover a corre-
nal e Internacional, no 3-, p. 211-221; ção das desigualdades sociais e regionais.
MEDAUAR, Odete. Direito Administrativo Moderno. 3a ed. São Paulo: RT, 1999;
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 16a ed. São Paulo: Com a finalidade de colaborar com esse amplo trabalho que a socieda-
RT, 1991; de e o Governo estão fazendo para mudar o Brasil, determinei a elaboração
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 14a ed. do "Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado", que define objetivos
São Paulo: Malheiros, 2002; e estabelece diretrizes para a reforma da administração pública brasileira.
_________________. Privatização e Serviços Públicos. Boletim de Direito Ad-
ministrativo, maio/99, p. 295-303, 1999; O grande desafio histórico que o País se dispõe a enfrentar é o de arti-
MENEZELLO, Maria D’Assunção Costa. Agências Reguladoras e o Direito Bra- cular um novo modelo de desenvolvimento que possa trazer para o conjun-
sileiro. São Paulo: Atlas, 2002; to da sociedade brasileira a perspectiva de um futuro melhor. Um dos
MODESTO, Paulo. Reforma do Marco Legal do Terceiro Setor no Brasil. Inte- aspectos centrais desse esforço é o fortalecimento do Estado para que
resse Público, vol. 01, p. 31-46, 1999; sejam eficazes sua ação reguladora, no quadro de uma economia de
_______________. Convênio entre entidades públicas executado por fundação mercado, bem como os serviços básicos que presta e as políticas de cunho
de apoio – serviço de saúde – conceito de serviço público e serviço e relevância
social que precisa implementar.
pública. Revista Trimestral de Direito Público, no 28, p. 109-128,
_______________. Agências Executivas: A Organização Administrativa entre o Este "Plano Diretor" procura criar condições para a reconstrução da
Casuísmo e a Padronização. Interesse Público, vol. 13, p. 124-141, 2002. administração pública em bases modernas e racionais. No passado, consti-
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 9a ed. São Paulo: Atlas, 2001; tuiu grande avanço a implementação de uma administração pública formal,
__________________. Reforma Administrativa. 3a ed. São Paulo: Atlas, 1999; baseada em princípios racional-burocráticos, os quais se contrapunham ao
__________________. Agências Reguladoras. Jornal da Tarde, São Paulo, 05
de abril de 2003;
patrimonialismo, ao clientelismo, ao nepotismo, vícios estes que ainda
MOREIRA Neto, Diogo de Figueiredo. Mutações do Direito Administrativo. 2a ed. persistem e que precisam ser extirpados. Mas o sistema introduzido, ao
Rio de Janeiro: Renovar, 2001; limitar-se a padrões hierárquicos rígidos e ao concentrar-se no controle dos
MOTTA, Paulo Roberto Ferreira. Agências Reguladoras. São Paulo: Editora processos e não dos resultados, revelou-se lento e ineficiente para a mag-
Manole, 2003; nitude e a complexidade dos desafios que o País passou a enfrentar diante
MUKAI, Toshio. Privatizações de Serviços Públicos. Revista Jurídica, vol. 235, da globalização econômica. A situação agravou-se a partir do início desta
maio/1997; década, como resultado de reformas administrativas apressadas, as quais
RAMOS, Dora Maria de Oliveira. Terceirização na Administração Pública. Edito- desorganizaram centros decisórios importantes, afetaram a "memória
ra LTr, 2001;
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administrativa", a par de desmantelarem sistemas de produção de informa-
lo Adotado no Estado de São Paulo. IDAF no 05, p. 430-438, dezembro/2001; ções vitais para o processo decisório governamental.
ROSSET, Patrícia. O Estado Regulador e as Agências Reguladoras. Fórum É preciso, agora, dar um salto adiante, no sentido de uma administra-
Administrativo, no 14, p. 429-436, abril/2002; ção pública que chamaria de "gerencial", baseada em conceitos atuais de
SALOMÃO Filho, Calixto (coordenador). Regulação e Desenvolvimento. São
administração e eficiência, voltada para o controle dos resultados e descen-
Paulo: Malheiros, 2002;
SOUZA, Rodrigo Pagani de. Participação Pública nos Processos Decisórios das tralizada para poder chegar ao cidadão, que, numa sociedade democrática,
Agências Reguladoras: Reflexões Sobre o Direito Brasileiro a Partir da Experiência é quem dá legitimidade às instituições e que, portanto, se torna "cliente
Norte-Americana. Fórum Administrativo, no 16, p. 752-760, junho/2002; privilegiado" dos serviços prestados pelo Estado.
SUNDFELD, Carlos Ari (org). Direito Administrativo Econômico. São Paulo: Ma- É preciso reorganizar as estruturas da administração com ênfase na
lheiros, 2000;
TÁCITO, Caio. Agências Reguladoras na Administração. Revista de Direito Ad-
qualidade e na produtividade do serviço público; na verdadeira profissiona-
ministrativo. Rio de Janeiro, vol. 221, p.1, jul/set. 2000; lização do servidor, que passaria a perceber salários mais justos para todas
Notas as funções. Esta reorganização da máquina estatal tem sido adotada com
1 MODESTO, Paulo. Reforma do marco Legal do Terceiro Setor no Brasil. Pág. 35 êxito em muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
2 MODESTO, Paulo. ob.cit. pág. 37-39.
3 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo, pág. 311-312 Os diagnósticos e o quadro teórico apresentados no "Plano Diretor"
4 FERRAZ, Luciano. O Estado Gerencial e a Lei de Licitações Públicas, pág. 44 serviram de base para as propostas de Emenda Constitucional que o Poder
5 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, pág. 215 Executivo apresentou ao Congresso Nacional para as reformas nas áreas
6 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. ob. cit. pág. 217 administrativa e previdenciária (neste último caso, no que respeita às
7 MODESTO, Paulo. ob.cit., pág. 40
aposentadorias e pensões dos servidores públicos). Tais propostas de
8 MOREIRA Neto, Diogo de Figueiredo. Mutações do Direito Administrativo, pág. 186
emenda visam, por um lado, garantir conquistas da Constituição de 1988,
9 MOREIRA Neto, Diogo de Figueiredo, ob.cit., pág. 192-193
10 MODESTO, Paulo Agências Executivas: A Organização Administrativa entre o
as quais, na realidade, nunca se concretizaram, tais como a definição de
tetos precisos para a remuneração dos servidores ativos e inativos e a
Casuísmo e a Padronização, pág. 130-131.
11 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella exigência de projeto de lei para aumentos de remuneração nos poderes
12 JUSTEN Filho, Marçal. O Direito das Agências Reguladoras Independentes, pág. 399 constituídos. Por outro lado, mediante a flexibilização da estabilidade e da
13 JUSTEN Filho, Marçal, ob.cit., pág. 483 permissão de regimes jurídicos diferenciados, o que se busca é viabilizar a
14 ATHAYDE, José Gustavo. As Agências Reguladoras _ Independência e Poder implementação de uma administração pública de caráter gerencial. Já no
Normativo em Face da Constituição Federal de 1988, pág. 2147 caso da Emenda na área da Previdência Social, objetiva-se assegurar que
as aposentadorias ocorram em idade razoável e que sejam proporcionais
Informações bibliográficas: ao tempo de contribuição do servidor.

MAURANO, Adriana. A redefinição do papel do Estado e a introdução de novas As pesquisas de opinião têm revelado que a reforma do aparelho do
figuras jurídicas no Direito brasileiro . Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 531, 20 Estado conta com o apoio decidido da população. O apoio é fundamental,
dez. 2004. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6073>. mas não é suficiente. Se quisermos avançar na adoção de formas moder-
Acesso em: 15 jan. 2010. nas de gestão pública, é imprescindível, também, que os servidores pas-
Conhecimentos Específicos 69 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sem a ter uma nova visão de seu papel, pois é no dia-a-dia do exercício das econômica expressava agora a dificuldade do Estado em continuar a admi-
funções públicas que a mais profunda e verdadeira reforma vai realizar-se. nistrar as crescentes expectativas em relação à política de bem-estar
aplicada com relativo sucesso no pós-guerra.
Por implicar a flexibilização da estabilidade do funcionalismo, a reforma
administrativa tem sido identificada como contrária aos interesses dos A Primeira Grande Guerra Mundial e a Grande Depressão foram o
servidores. Nada mais incorreto: os bons funcionários, que constituem a marco da crise do mercado e do Estado Liberal. Surge em seu lugar um
maioria absoluta, nada têm a temer. Muito pelo contrário: pretende-se novo formato de Estado, que assume um papel decisivo na promoção do
valorizar o servidor público, propiciando-lhe motivação profissional, remune- desenvolvimento econômico e social. A partir desse momento, o Estado
ração condizente com o mercado de trabalho nacional, além de razoável passa a desempenhar um papel estratégico na coordenação da economia
segurança no emprego. Só assim será restaurada a criatividade, a respon- capitalista, promovendo poupança forçada, alavancando o desenvolvimento
sabilidade e a dignidade do servidor público, cuja aspiração maior deve ser econômico, corrigindo as distorções do mercado e garantindo uma distribui-
a de bem servir a população. ção de renda mais igualitária.
Solicito encarecidamente a todos que exercem funções públicas no Não obstante, nos últimos 20 anos, esse modelo mostrou-se superado,
Governo Federal que leiam atentamente este "Plano Diretor da Reforma do vítima de distorções decorrentes da tendência observada em grupos de
Aparelho do Estado", porque, do bom cumprimento de suas diretrizes, empresários e de funcionários, que buscam utilizar o Estado em seu próprio
dependerá o êxito da transformação do Estado brasileiro. O "Plano", que já benefício, e vítima também da aceleração do desenvolvimento tecnológico
está sendo posto em prática em várias de suas dimensões, é resultado de e da globalização da economia mundial, que tornaram a competição entre
ampla discussão no âmbito da Câmara da Reforma do Estado. as nações muito mais aguda. A crise do Estado define-se então como: (1)
uma crise fiscal, caracterizada pela crescente perda do crédito por parte do
O desafio de implementar integralmente essa reforma, contudo, é Estado e pela poupança pública que se torna negativa; (2) o esgotamento
imenso e exigirá a dedicação e o entusiasmo de todos. É nosso dever dar da estratégia estatizante de intervenção do Estado, a qual se reveste de
uma resposta urgente e eficaz à população, que, ao me eleger Presidente várias formas: o Estado do bem-estar social nos países desenvolvidos, a
da República, acreditou na capacidade deste Governo de mudar o Brasil, estratégia de substituição de importações no terceiro mundo, e o estatismo
criando um modelo de justiça social, em que o direito a uma vida com nos países comunistas; e (3) a superação da forma de administrar o Esta-
dignidade lhe seja garantido. do, isto é, a superação da administração pública burocrática.
Brasília, novembro de 1995
Fernando Henrique Cardoso No Brasil, embora esteja presente desde os anos 70, a crise do Estado
1- INTRODUÇÃO somente se tornará clara a partir da segunda metade dos anos 80. Suas
manifestações mais evidentes são a própria crise fiscal e o esgotamento da
Estado e sociedade formam, numa democracia, um todo indivisível. O estratégia de substituição de importações, que se inserem num contexto
Estado, cuja competência e limites de atuação estão definidos precipua- mais amplo de superação das formas de intervenção econômica e social do
mente na Constituição, deriva seu poder de legislar e de tributar a popula- Estado. Adicionalmente, o aparelho do Estado concentra e centraliza fun-
ção, da legitimidade que lhe outorga a cidadania, via processo eleitoral. A ções, e se caracteriza pela rigidez dos procedimentos e pelo excesso de
sociedade, por seu turno, manifesta seus anseios e demandas por canais normas e regulamentos.
formais ou informais de contato com as autoridades constituídas. É pelo
diálogo democrático entre o Estado e a sociedade que se definem as A reação imediata à crise - ainda nos anos 80, logo após a transição
prioridades a que o Governo deve ater-se para a construção de um país democrática - foi ignorá-la. Uma segunda resposta igualmente inadequada
mais próspero e justo. foi a neoliberal, caracterizada pela ideologia do Estado mínimo. Ambas
revelaram-se irrealistas: a primeira, porque subestimou tal desequilíbrio; a
Nos últimos anos assistimos em todo o mundo a um debate acalorado - segunda, porque utópica. Só em meados dos anos 90 surge uma resposta
ainda longe de concluído - sobre o papel que o Estado deve desempenhar consistente com o desafio de superação da crise: a ideia da reforma ou
na vida contemporânea e o grau de intervenção que deve ter na economia. reconstrução do Estado, de forma a resgatar sua autonomia financeira e
No Brasil, o tema adquire relevância particular, tendo em vista que o Esta- sua capacidade de implementar políticas públicas.
do, em razão do modelo de desenvolvimento adotado, desviou-se de suas
Nesse sentido, são inadiáveis: (1) o ajustamento fiscal duradouro; (2)
funções precípuas para atuar com grande ênfase na esfera produtiva. Essa
reformas econômicas orientadas para o mercado, que, acompanhadas de
maciça interferência do Estado no mercado acarretou distorções crescentes
uma política industrial e tecnológica, garantam a concorrência interna e
neste último, que passou a conviver com artificialismos que se tornaram
criem as condições para o enfrentamento da competição internacional; (3) a
insustentáveis na década de 90. Sem dúvida, num sistema capitalista,
reforma da previdência social; (4) a inovação dos instrumentos de política
Estado e mercado, direta ou indiretamente, são as duas instituições cen-
social, proporcionando maior abrangência e promovendo melhor qualidade
trais que operam na coordenação dos sistemas econômicos. Dessa forma,
para os serviços sociais; e (5) a reforma do aparelho do Estado, com vistas
se uma delas apresenta funcionamento irregular, é inevitável que nos
a aumentar sua "governança", ou seja, sua capacidade de implementar de
depararemos com uma crise. Foi assim nos anos 20 e 30, em que clara- forma eficiente políticas públicas.
mente foi o mau funcionamento do mercado que trouxe em seu bojo uma
crise econômica de grandes proporções. Já nos anos 80 é a crise do Esta- Cabe aos ministérios da área econômica, particularmente aos da Fa-
do que põe em xeque o modelo econômico em vigência. zenda e do Planejamento, proporem alternativas com vistas à solução da
crise fiscal. Aos ministérios setoriais compete rever as políticas públicas,
É importante ressaltar que a redefinição do papel do Estado é um tema em consonância com os novos princípios do desenvolvimento econômico e
de alcance universal nos anos 90. No Brasil, essa questão adquiriu impor- social. A atribuição do Ministério da Administração Federal e Reforma do
tância decisiva, tendo em vista o peso da presença do Estado na economia Estado é estabelecer as condições para que o governo possa aumentar sua
nacional: tornou-se, consequentemente, inadiável equacionar a questão da governança. Para isso, sua missão específica é a de orientar e instrumenta-
reforma ou da reconstrução do Estado, que já não consegue atender com lizar a reforma do aparelho do Estado, nos termos definidos pela Presidên-
eficiência a sobrecarga de demandas a ele dirigidas, sobretudo na área cia através deste Plano Diretor.
social. A reforma do Estado não é, assim, um tema abstrato: ao contrário, é
algo cobrado pela cidadania, que vê frustradas suas demandas e expectati- Entende-se por aparelho do Estado a administração pública em sentido
vas. amplo, ou seja, a estrutura organizacional do Estado, em seus três Poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário) e três níveis (União, Estados-membros
A crise do Estado teve início nos anos 70, mas só nos anos 80 se tor- e Municípios). O aparelho do Estado é constituído pelo governo, isto é, pela
nou evidente. Paralelamente ao descontrole fiscal, diversos países passa- cúpula dirigente nos três Poderes, por um corpo de funcionários, e pela
ram a apresentar redução nas taxas de crescimento econômico, aumento força militar. O Estado, por sua vez, é mais abrangente que o aparelho,
do desemprego e elevados índices de inflação. Após várias tentativas de porque compreende adicionalmente o sistema constitucional-legal, que
explicação, tornou-se claro, afinal, que a causa da desaceleração econômi- regula a população nos limites de um território. O Estado é a organização
ca nos países desenvolvidos e dos graves desequilíbrios na América Latina burocrática que tem o monopólio da violência legal, é o aparelho que tem o
e no Leste Europeu era a crise do Estado, que não soubera processar de poder de legislar e tributar a população de um determinado território.
forma adequada a sobrecarga de demandas a ele dirigidas. A desordem

Conhecimentos Específicos 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Esses conceitos permitem distinguir a reforma do Estado da reforma do generalizada do Estado, mas também está sendo caracterizada como uma
aparelho do Estado. A reforma do Estado é um projeto amplo que diz forma de defender o Estado enquanto res publica, enquanto coisa pública,
respeito às várias áreas do governo e, ainda, ao conjunto da sociedade enquanto patrimônio que, sendo público, é de todos e para todos.
brasileira, enquanto que a reforma do aparelho do Estado tem um escopo
A defesa da coisa pública vem sendo realizada nas democracias mo-
mais restrito: está orientada para tornar a administração pública mais
dernas em dois níveis distintos: o nível político e o administrativo. No nível
eficiente e mais voltada para a cidadania. Este Plano Diretor focaliza sua
político, temos as instituições fundamentais da democracia, através das
atenção na administração pública federal, mas muitas das suas diretrizes e
quais se defendem não apenas os direitos individuais e sociais dos cida-
propostas podem também ser aplicadas no nível estadual e municipal.
dãos, mas também os "direitos públicos" à participação igualitária na coisa
A reforma do Estado deve ser entendida dentro do contexto da redefi-
pública. As eleições livres e a liberdade de pensamento e de imprensa são
nição do papel do Estado, que deixa de ser o responsável direto pelo
formas de defender o cidadão e a coisa pública. A explicitação dos direitos
desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e servi-
públicos ao patrimônio que é de todos é um passo que está hoje sendo
ços, para fortalecer-se na função de promotor e regulador desse desenvol-
dado em todo o mundo. A denúncia da "privatização" do Estado pela es-
vimento. No plano econômico o Estado é essencialmente um instrumento
querda corresponde à denúncia da direita de que o Estado e a sociedade
de transferências de renda, que se torna necessário dada a existência de
estão sendo vítimas da prática generalizada do rent seeking, da busca de
bens públicos e de economias externas, que limitam a capacidade de
rendas ou vantagens extramercados para grupos determinados através do
alocação de recursos do mercado. Para realizar essa função redistribuidora
controle do Estado. Ainda no plano democrático, a prática cada vez mais
ou realocadora, o Estado coleta impostos e os destina aos objetivos clássi-
frequente da participação e controle direto da administração pública pelos
cos de garantia da ordem interna e da segurança externa, aos objetivos
cidadãos, principalmente no nível local, é uma nova forma de defender a
sociais de maior justiça ou igualdade e aos objetivos econômicos de estabi-
coisa pública.
lização e desenvolvimento. Para realizar esses dois últimos objetivos, que
se tornaram centrais neste século, o Estado tendeu a assumir funções No plano administrativo, a administração pública burocrática surgiu no
diretas de execução. As distorções e ineficiências, que daí resultaram, século passado conjuntamente com o Estado liberal, exatamente como
deixaram claro, entretanto, que reformar o Estado significa transferir para o uma forma de defender a coisa pública contra o patrimonialismo. Na medi-
setor privado as atividades que podem ser controladas pelo mercado. Daí, da, porém, que o Estado assumia a responsabilidade pela defesa dos
a generalização dos processos de privatização de empresas estatais. Neste direitos sociais e crescia em dimensão, foi se percebendo que os custos
plano, entretanto, salientaremos um outro processo tão importante quanto, dessa defesa podiam ser mais altos que os benefícios do controle. Por isso,
e que, entretanto, não está tão claro: a descentralização para o setor públi- neste século as práticas burocráticas vêm sendo substituídas por um novo
co não-estatal da execução de serviços que não envolvem o exercício do tipo de administração: a administração gerencial.
poder de Estado, mas devem ser subsidiados pelo Estado, como é o caso
A reforma do aparelho do Estado não pode ser concebida fora da pers-
dos serviços de educação, saúde, cultura e pesquisa científica. Chamare-
pectiva de redefinição do papel do Estado e, portanto, pressupõe o reco-
mos esse processo de "publicização".
nhecimento prévio das modificações observadas em suas atribuições ao
A reforma do Estado envolve múltiplos aspectos. O ajuste fiscal devol-
longo do tempo. Dessa forma, partindo-se de uma perspectiva histórica,
ve ao Estado capacidade de definir e implementar políticas públicas. Atra-
verificamos que a administração pública - cujos princípios e características
vés da liberalização comercial, o Estado abandona a estratégia protecionis-
não devem ser confundidos com os da administração das empresas priva-
ta da substituição de importações. O programa de privatizações reflete a
das - evoluiu através de três modelos básicos: a administração pública
conscientização da gravidade da crise fiscal e da correlata limitação da
patrimonialista, a burocrática e a gerencial. Essas três formas se sucedem
capacidade do Estado de promover poupança forçada por intermédio das no tempo, sem que, no entanto, qualquer uma delas seja inteiramente
empresas estatais. Por esse programa, transfere-se para o setor privado a abandonada.
tarefa da produção que, em princípio, este realiza de forma mais eficiente.
Finalmente, por meio de um programa de publicização, transfere-se para o Administração Pública Patrimonialista - No patrimonialismo, o aparelho
setor público não-estatal a produção dos serviços competitivos ou não- do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus
exclusivos de Estado, estabelecendo-se um sistema de parceria entre auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são
Estado e sociedade para seu financiamento e controle. considerados prebendas. A res publica não é diferenciada da res principis.
Desse modo, o Estado reduz seu papel de executor ou prestador direto Em consequência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de
de serviços, mantendo-se entretanto no papel de regulador e provedor ou administração. No momento em que o capitalismo e a democracia se
promotor destes, principalmente dos serviços sociais como educação e tornam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir
saúde, que são essenciais para o desenvolvimento, na medida em que do Estado. Neste novo momento histórico, a administração patrimonialista
envolvem investimento em capital humano; para a democracia, na medida torna-se uma excrescência inaceitável.
em que promovem cidadãos; e para uma distribuição de renda mais justa, Administração Pública Burocrática - Surge na segunda metade do sé-
que o mercado é incapaz de garantir, dada a oferta muito superior à de- culo XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção
manda de mão-de-obra não-especializada. Como promotor desses servi- e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu
ços, o Estado continuará a subsidiá-los, buscando, ao mesmo tempo, o desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia
controle social direto e a participação da sociedade. funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional
Nessa nova perspectiva, busca-se o fortalecimento das funções de re- legal. Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo
gulação e de coordenação do Estado, particularmente no nível federal, e a são sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança prévia nos administra-
progressiva descentralização vertical, para os níveis estadual e municipal, dores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. Por isso, são
das funções executivas no campo da prestação de serviços sociais e de sempre necessários controles rígidos dos processos, como por exemplo na
infra-estrutura. admissão de pessoal, nas compras e no atendimento a demandas.
Considerando essa tendência, pretende-se reforçar a governança - a
capacidade de governo do Estado - através da transição programada de um Por outro lado, o controle - a garantia do poder do Estado - transforma-
tipo de administração pública burocrática, rígida e ineficiente, voltada para se na própria razão de ser do funcionário. Em consequência, o Estado
si própria e para o controle interno, para uma administração pública geren- volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é
cial, flexível e eficiente, voltada para o atendimento do cidadão. O governo servir à sociedade. A qualidade fundamental da administração pública
brasileiro não carece de "governabilidade", ou seja, de poder para governar, burocrática é a efetividade no controle dos abusos; seu defeito, a ineficiên-
dada sua legitimidade democrática e o apoio com que conta na sociedade cia, a auto-referência, a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cida-
civil. Enfrenta, entretanto, um problema de governança, na medida em que dãos vistos como clientes. Esse defeito, entretanto, não se revelou determi-
sua capacidade de implementar as políticas públicas é limitada pela rigidez nante na época do surgimento da administração pública burocrática porque
e ineficiência da máquina administrativa. os serviços do Estado eram muito reduzidos. O Estado limitava-se a manter
a ordem e administrar a justiça, a garantir os contratos e a propriedade.
2- AS TRÊS FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração Pública Gerencial - Emerge na segunda metade do sé-
A reforma do aparelho do Estado tornou-se imperativa nos anos 90 por culo XX, como resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas
uma segunda razão. Não apenas ela se constituiu em uma resposta à crise e sociais do Estado e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globa-

Conhecimentos Específicos 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lização da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os ção para o cidadão-cliente, do controle por resultados, e da competição
problemas associados à adoção do modelo anterior. A eficiência da admi- administrada.
nistração pública - a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade
dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário - torna-se então essencial. No presente momento, uma visão realista da reconstrução do aparelho
A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente do Estado em bases gerenciais deve levar em conta a necessidade de
pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e equacionar as assimetrias decorrentes da persistência de aspectos patri-
pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações. monialistas na administração contemporânea, bem como dos excessos
formais e anacronismos do modelo burocrático tradicional. Para isso, é
A administração pública gerencial constitui um avanço, e até um certo fundamental ter clara a dinâmica da administração racional-legal ou buro-
ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isso não crática. Não se trata simplesmente de descartá-la, mas sim de considerar
significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a os aspectos em que está superada e as características que ainda se man-
administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, têm válidas como formas de garantir efetividade à administração pública.
embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a
admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema O modelo gerencial tornou-se realidade no mundo desenvolvido quan-
estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante do, através da definição clara de objetivos para cada unidade da adminis-
de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está tração, da descentralização, da mudança de estruturas organizacionais e
na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concen- da adoção de valores e de comportamentos modernos no interior do Esta-
trar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administra- do, se revelou mais capaz de promover o aumento da qualidade e da
ção pública, que continua um princípio fundamental. eficiência dos serviços sociais oferecidos pelo setor público. A reforma do
aparelho do Estado no Brasil significará, fundamentalmente, a introdução
Na administração pública gerencial a estratégia volta-se: (1) para a de- na administração pública da cultura e das técnicas gerenciais modernas.
finição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em
sua unidade; (2) para a garantia de autonomia do administrador na gestão
dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à 3- BREVE HISTÓRICO
disposição para que possa atingir os objetivos contratados; e (3) para o
controle ou cobrança a posteriori dos resultados. Adicionalmente, pratica-se 3.1 A Reforma do DASP
a competição administrada no interior do próprio Estado, quando há a No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos
possibilidade de estabelecer concorrência entre unidades internas. No anos 30. Surge no quadro da aceleração da industrialização brasileira, em
plano da estrutura organizacional, a descentralização e a redução dos que o Estado assume papel decisivo, intervindo pesadamente no setor
níveis hierárquicos tornam-se essenciais. Em suma, afirma-se que a admi- produtivo de bens e serviços. A partir da reforma empreendida no governo
nistração pública deve ser permeável à maior participação dos agentes Vargas por Maurício Nabuco e Luiz Simões Lopes, a administração pública
privados e/ou das organizações da sociedade civil e deslocar a ênfase dos sofre um processo de racionalização que se traduziu no surgimento das
procedimentos (meios) para os resultados (fins). primeiras carreiras burocráticas e na tentativa de adoção do concurso como
forma de acesso ao serviço público. A implantação da administração públi-
A administração pública gerencial inspira-se na administração de em-
ca burocrática é uma consequência clara da emergência de um capitalismo
presas, mas não pode ser confundida com esta última. Enquanto a receita
moderno no país.
das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente
na compra de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de Com o objetivo de realizar a modernização administrativa, foi criado o
impostos, ou seja, de contribuições obrigatórias, sem contrapartida direta. Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP, em 1936. Nos
Enquanto o mercado controla a administração das empresas, a sociedade - primórdios, a administração pública sofre a influência da teoria da adminis-
por intermédio de políticos eleitos - controla a administração pública. En- tração científica de Taylor, tendendo à racionalização mediante a simplifica-
quanto a administração de empresas está voltada para o lucro privado, para ção, padronização e aquisição racional de materiais, revisão de estruturas e
a maximização dos interesses dos acionistas, esperando-se que, através aplicação de métodos na definição de procedimentos. Registra-se que,
do mercado, o interesse coletivo seja atendido, a administração pública nesse período, foi instituída a função orçamentária enquanto atividade
gerencial está explícita e diretamente voltada para o interesse público. formal e permanentemente vinculada ao planejamento.
Neste último ponto, como em muitos outros (profissionalismo, impesso- No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP
alidade), a administração pública gerencial não se diferencia da administra- representou a tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos,
ção pública burocrática. Na burocracia pública clássica existe uma noção baseada no princípio do mérito profissional. Entretanto, embora tenham
muito clara e forte do interesse público. A diferença, porém, está no enten- sido valorizados instrumentos importantes à época, tais como o instituto do
dimento do significado do interesse público, que não pode ser confundido concurso público e do treinamento, não se chegou a adotar consistente-
com o interesse do próprio Estado. Para a administração pública burocráti- mente uma política de recursos humanos que respondesse às necessida-
ca, o interesse público é frequentemente identificado com a afirmação do des do Estado. O patrimonialismo (contra o qual a administração pública
poder do Estado. Ao atuarem sob esse princípio, os administradores públi- burocrática se instalara), embora em processo de transformação, mantinha
cos terminam por direcionar uma parte substancial das atividades e dos ainda sua própria força no quadro político brasileiro. O coronelismo dava
recursos do Estado para o atendimento das necessidades da própria buro- lugar ao clientelismo e ao fisiologismo.
cracia, identificada com o poder do Estado. O conteúdo das políticas públi- 3.2 Rumo à Administração Gerencial
cas é relegado a um segundo plano. A administração pública gerencial
nega essa visão do interesse público, relacionando-o com o interesse da Tendo em vista as inadequações do modelo, a administração burocrá-
coletividade e não com o do aparato do Estado. tica implantada a partir de 30 sofreu sucessivas tentativas de reforma. Não
obstante, as experiências se caracterizaram, em alguns casos, pela ênfase
A administração pública gerencial vê o cidadão como contribuinte de na extinção e criação de órgãos, e, em outros, pela constituição de estrutu-
impostos e como cliente dos seus serviços. Os resultados da ação do ras paralelas visando alterar a rigidez burocrática. Na própria área da
Estado são considerados bons não porque os processos administrativos reforma administrativa esta última prática foi adotada, por exemplo, no
estão sob controle e são seguros, como quer a administração pública Governo JK, com a criação de comissões especiais, como a Comissão de
burocrática, mas porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo Estudos e Projetos Administrativos, objetivando a realização de estudos
atendidas. para simplificação dos processos administrativos e reformas ministeriais, e
O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios a Comissão de Simplificação Burocrática, que visava à elaboração de
da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de projetos direcionados para reformas globais e descentralização de serviços.
gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incen- A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei nº 200, entretanto, consti-
tivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor tui um marco na tentativa de superação da rigidez burocrática, podendo ser
técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemática, à recompensa considerada como um primeiro momento da administração gerencial no
pelo desempenho, e à capacitação permanente, que já eram características Brasil. Mediante o referido decreto-lei, realizou-se a transferência de ativi-
da boa administração burocrática, acrescentam-se os princípios da orienta-

Conhecimentos Específicos 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dades para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de empresas estatais, seja em termos do uso patrimonialista das autarquias e
economia mista, a fim de obter-se maior dinamismo operacional por meio fundações (onde não havia a exigência de processo seletivo público para a
da descentralização funcional. Instituíram-se, como princípios de racionali- admissão de pessoal), não é correto afirmar que tais distorções possam ser
dade administrativa, o planejamento e o orçamento, o descongestionamen- imputadas como causas do mesmo. Na medida em que a transição demo-
to das chefias executivas superiores (desconcentração/descentralização), a crática ocorreu no Brasil em meio à crise do Estado, esta última foi equivo-
tentativa de reunir competência e informação no processo decisório, a cadamente identificada pelas forças democráticas como resultado, entre
sistematização, a coordenação e o controle. outros, do processo de descentralização que o regime militar procurara
implantar. Por outro lado, a transição democrática foi acompanhada por
O paradigma gerencial da época, compatível com o monopólio estatal uma ampla campanha contra a estatização, que levou os constituintes a
na área produtiva de bens e serviços, orientou a expansão da administra- aumentar os controles burocráticos sobre as empresas estatais e a estabe-
ção indireta, numa tentativa de "flexibilizar a administração" com o objetivo lecer normas rígidas para a criação de novas empresas públicas e de
de atribuir maior operacionalidade às atividades econômicas do Estado. subsidiárias das já existentes.
Entretanto, as reformas operadas pelo Decreto-Lei nº 200/67 não de- Afinal, geraram-se dois resultados: de um lado, o abandono do cami-
sencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central, nho rumo a uma administração pública gerencial e a reafirmação dos ideais
permitindo a coexistência de núcleos de eficiência e competência na admi- da administração pública burocrática clássica; de outro lado, dada a inge-
nistração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da administra- rência patrimonialista no processo, a instituição de uma série de privilégios,
ção direta ou central. O núcleo burocrático foi, na verdade, enfraquecido que não se coadunam com a própria administração pública burocrática.
indevidamente através de uma estratégia oportunista do regime militar, que Como exemplos, temos a estabilidade rígida para todos os servidores civis,
não desenvolveu carreiras de administradores públicos de alto nível, prefe- diretamente relacionada à generalização do regime estatutário na adminis-
rindo, ao invés, contratar os escalões superiores da administração através tração direta e nas fundações e autarquias, a aposentadoria com proventos
das empresas estatais. integrais sem correlação com o tempo de serviço ou com a contribuição do
servidor.
Em meados dos anos 70, uma nova iniciativa modernizadora da admi-
nistração pública teve início, com a criação da SEMOR - Secretaria da Todos esses fatos contribuíram para o desprestígio da administração
Modernização. Reuniu-se em torno dela um grupo de jovens administrado- pública brasileira, não obstante o fato de que os administradores públicos
res públicos, muitos deles com formação em nível de pós-graduação no brasileiros são majoritariamente competentes, honestos e dotados de
exterior, que buscou implantar novas técnicas de gestão, e particularmente espírito público. Essas qualidades, que eles demonstraram desde os anos
de administração de recursos humanos, na administração pública federal. 30, quando a administração pública profissional foi implantada no Brasil,
foram um fator decisivo para o papel estratégico que o Estado jogou no
No início dos anos 80 registrou-se uma nova tentativa de reformar a bu- desenvolvimento econômico brasileiro. A implantação da indústria de base
rocracia e orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a nos anos 40 e 50, o ajuste nos anos 60, o desenvolvimento da infra-
criação do Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de estrutura e a instalação da indústria de bens de capital, nos anos 70, de
Desburocratização - PrND, cujos objetivos eram a revitalização e agilização novo o ajuste e a reforma financeira, nos anos 80, e a liberalização comer-
das organizações do Estado, a descentralização da autoridade, a melhoria cial nos anos 90, não teriam sido possíveis não fosse a competência e o
e simplificação dos processos administrativos e a promoção da eficiência. espírito público da burocracia brasileira.
As ações do PrND voltaram-se inicialmente para o combate à burocratiza-
As distorções provocadas pela nova Constituição logo se fizeram sentir.
ção dos procedimentos. Posteriormente, foram dirigidas para o desenvolvi-
No governo Collor, entretanto, a resposta a elas foi equivocada e apenas
mento do Programa Nacional de Desestatização, num esforço para conter
agravou os problemas existentes, na medida em que se preocupava em
os excessos da expansão da administração descentralizada, estimulada
destruir ao invés de construir. O governo Itamar Franco buscou essencial-
pelo Decreto-Lei nº 200/67.
mente recompor os salários dos servidores, que haviam sido violentamente
3.3 O Retrocesso de 1988 reduzidos no governo anterior. O discurso de reforma administrativa assu-
me uma nova dimensão a partir de 1994, quando a campanha presidencial
As ações rumo a uma administração pública gerencial são, entretanto, introduz a perspectiva da mudança organizacional e cultural da administra-
paralisadas na transição democrática de 1985 que, embora representasse ção pública no sentido de uma administração gerencial.
uma grande vitória democrática, teve como um de seus custos mais sur-
preendentes o loteamento dos cargos públicos da administração indireta e 4. DIAGNÓSTICO
das delegacias dos ministérios nos Estados para os políticos dos partidos
Como resultado do retrocesso burocrático de 1988 houve um encare-
vitoriosos. Um novo populismo patrimonialista surgia no país. De outra
cimento significativo do custeio da máquina administrativa, tanto no que se
parte, a alta burocracia passava a ser acusada, principalmente pelas forças
refere a gastos com pessoal como bens e serviços, e um enorme aumento
conservadoras, de ser a culpada da crise do Estado, na medida em que
da ineficiência dos serviços públicos. Os dados das Tabelas 1 e 2 confir-
favorecera seu crescimento excessivo.
mam claramente essa tendência pós-Constituição. Embora tenha havido
A conjunção desses dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um uma substancial diminuição do número de servidores civis ativos do Poder
retrocesso burocrático sem precedentes. Sem que houvesse maior debate Executivo da União, que caiu de 713 mil em 1989 para 580 mil em 1995
público, o Congresso Constituinte promoveu um surpreendente engessa- (Tabela 1), a participação da folha de pagamentos da União no PIB não se
mento do aparelho estatal, ao estender para os serviços do Estado e para reduziu; na verdade, aumentou, passando de 2,89 por cento entre 1980-
as próprias empresas estatais praticamente as mesmas regras burocráticas 1987 para 3,17 por cento do PIB na média do período 1988-1994 (Tabela
rígidas adotadas no núcleo estratégico do Estado. A nova Constituição 2). O crescimento dos gastos foi ainda muito mais acentuado nos estados e
determinou a perda da autonomia do Poder Executivo para tratar da estru- municípios, que passaram a receber uma parcela maior da arrecadação
turação dos órgãos públicos, instituiu a obrigatoriedade de regime jurídico tributária.
único para os servidores civis da União, dos Estados-membros e dos
Municípios, e retirou da administração indireta a sua flexibilidade operacio- O aumento dos gastos com pessoal foi menor na administração federal
porque a necessidade de ajuste fiscal, somada à redução relativa de sua
nal, ao atribuir às fundações e autarquias públicas normas de funcionamen-
to idênticas às que regem a administração direta. participação na receita tributária, levou à suspensão de quase todos os
concursos públicos e, portanto, a uma diminuição do número de servidores
Este retrocesso burocrático foi em parte uma reação ao clientelismo ativos, visto que os funcionários que se aposentavam não eram substituí-
que dominou o país naqueles anos. Foi também uma consequência de uma dos. Na verdade, o que vem ocorrendo ao longo dos últimos anos é uma
atitude defensiva da alta burocracia que, sentindo-se injustamente acusada, mudança no perfil dos servidores: há um crescente número de inativos
decidiu defender-se de forma irracional. comparado com o total de ativos.
O retrocesso burocrático não pode ser atribuído a um suposto fracasso
O contingente de servidores ativos do Poder Executivo - considerando
da descentralização e da flexibilização da administração pública que o
os civis da administração direta, autarquias, fundações, empresas públicas,
Decreto-Lei nº 200 teria promovido. Embora alguns abusos tenham sido
sociedades de economia mista e ex-territórios - registrou um declínio nos
cometidos em seu nome, seja em termos de excessiva autonomia para as
últimos anos. Em 1988, havia 1.444.000 servidores ativos. Ao final de 1994,

Conhecimentos Específicos 73 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
eram contabilizados 1.197.000 funcionários. Não dispomos da evolução retirou a competência exclusiva do Poder Executivo para atuar na organiza-
histórica do número de funcionários dos demais poderes, mas sua partici- ção da administração pública no tocante à estruturação dos órgãos públi-
pação no total é bem reduzida. cos. Esse fato criou sérios obstáculos à modernização das organizações do
Estado, sem impedir que a mudança das estruturas continuasse a ser
Dada essa redução do número de funcionários, não se pode falar em submetida a critérios políticos indesejáveis.
excesso de quadros na União. O que existem são áreas que concentram
um número desnecessário de funcionários e outras que apresentam déficit, Visando maior racionalização no uso de recursos, a Constituição de
como no caso das atividades finais nos setores de saúde e educação. 1988 assegurou como princípio administrativo a descentralização da exe-
cução dos serviços sociais e de infra-estrutura, bem como dos recursos
Além disso, temos que associar essa análise ao processo de descen- orçamentários para os estados e municípios. Consequentemente, estes
tralização de funções entre os níveis de governo, no âmbito do Estado, e últimos aumentaram sua participação na repartição da carga tributária.
deste para o setor público não-estatal. A composição da força de trabalho Entretanto, os avanços no sentido de conceder maior autonomia na execu-
no setor público em 1992 (que não deve ter sofrido nenhuma alteração ção de serviços e de favorecer as unidades subnacionais caminham lenta-
substancial até o presente), no que se refere à sua distribuição entre as três mente, menos por falta de definição legal do problema, e mais pela crença
esferas de governo, mostra que os estados empregavam praticamente a arraigada na cultura política brasileira de que cabe à União promover
soma (49%) do que empregavam municípios (26%) e a União (25%). Este diretamente o desenvolvimento social do país. Essa crença está em contra-
perfil de distribuição, que demonstra uma clara concentração em nível dição com a profunda tradição municipalista brasileira, que vem do período
estadual, revela-se a princípio incoerente com a municipalização da execu- colonial, e aos poucos vai sendo abandonada, à medida em que os municí-
ção de serviços, conforme dispõe o texto constitucional. pios, melhor dotados de recursos financeiros, vêm assumindo crescentes
4.1 Perguntas Básicas responsabilidades na área social.
O diagnóstico da administração pública brasileira envolve a resposta a O modelo burocrático tradicional, que a Constituição de 1988 e todo o
algumas perguntas básicas: sistema do Direito Administrativo brasileiro privilegiam, está baseado no
formalismo, no excesso de normas e na rigidez de procedimentos. A pretex-
(1) O Estado deve permanecer realizando as mesmas atividades? Al- to de garantir a impessoalidade, dificulta-se a transparência administrativa,
gumas delas podem ser eliminadas? Ou devem ser transferidas da União inibindo-se, desse modo, o controle social. A excessiva regulamentação é
para os estados ou para os municípios? Ou ainda, devem ser transferidas expressão da ênfase nas normas e processos, e ocorre em detrimento dos
para o setor público não-estatal? Ou então para o setor privado? resultados.
(2) Por outro lado, dadas as novas funções, antes reguladoras que A rigidez da estabilidade assegurada aos servidores públicos civis im-
executoras, deve o Estado criar novas instituições? pede a adequação dos quadros de funcionários às reais necessidades do
(3) Para exercer as suas funções o Estado necessita do contingente de serviço, e dificulta a cobrança de trabalho. Da mesma forma, a transforma-
funcionários existente? A qualidade e a motivação dos servidores são ção do concurso público - cuja exigência generalizada na administração
satisfatórias? Dispõe-se de uma política de recursos humanos adequada? pública representou o grande avanço da Constituição de 1988 - em uma
espécie de tabu dificulta as transferências de funcionários entre cargos de
(4) As organizações públicas operam com qualidade e eficiência? Seus natureza semelhante. Por outro lado, as exigências excessivas de controles
serviços estão voltados prioritariamente para o atendimento do cidadão, no processo de compras e o detalhismo dos orçamentos são exemplos
entendido como um cliente, ou estão mais orientadas para o simples con- dessa perspectiva burocrática implantada na lei brasileira, que dificultam de
trole do próprio Estado? forma extraordinária o bom funcionamento da administração pública. Des-
taca-se a deficiência de sistemas de informação e a inexistência de indica-
Para responder as essas perguntas será necessário um trabalho amplo
dores de desempenho claros para os diversos órgãos da administração
e permanente de avaliação do setor público brasileiro. Um trabalho que foi
direta e indireta.
em parte realizado no governo de transição, quando dois ministérios foram
extintos e diversos órgãos reestruturados ou mesmo criados. Está claro, 4.3 Recursos Humanos
porém, que ainda há muito a fazer. Na verdade, o que está se iniciando é
uma ampla reforma administrativa, para a qual este Plano Diretor estabele- A legislação brasileira reflete a ausência de uma política de recursos
ce as diretrizes. humanos coerente com as necessidades do aparelho do Estado. É, em
princípio, o aspecto da administração pública mais vulnerável aos efeitos da
No esforço de diagnóstico da administração pública brasileira centra- crise fiscal e da política de ajuste.
remos nossa atenção, de um lado, nas condições do mercado de trabalho e
na política de recursos humanos, e, de outro, na distinção de três dimen- A legislação que regula as relações de trabalho no setor público é ina-
sões dos problemas: (1) a dimensão institucional-legal, relacionada aos dequada, notadamente pelo seu caráter protecionista e inibidor do espírito
obstáculos de ordem legal para o alcance de uma maior eficiência do empreendedor. São exemplos imediatos desse quadro a aplicação indis-
aparelho do Estado; (2) a dimensão cultural, definida pela coexistência de criminada do instituto da estabilidade para o conjunto dos servidores públi-
valores patrimonialistas e principalmente burocráticos com os novos valores cos civis submetidos a regime de cargo público e de critérios rígidos de
gerenciais e modernos na administração pública brasileira; e (3) a dimen- seleção e contratação de pessoal que impedem o recrutamento direto no
são gerencial, associada às práticas administrativas. As três dimensões mercado, em detrimento do estímulo à competência.
estão inter-relacionadas. Há uma tendência a subordinar a terceira à primei- Enumeram-se alguns equívocos da Constituição de 1988 no campo da
ra, quando se afirma que é impossível implantar qualquer reforma na área administração de recursos humanos. Por meio da institucionalização do
da gestão enquanto não forem modificadas as instituições, a partir da Regime Jurídico Único, deu-se início ao processo de uniformização do
Constituição Federal. É claro que essa visão é falsa. Apesar das dificulda- tratamento de todos os servidores da administração direta e indireta. Limi-
des, é possível promover já a mudança da cultura administrativa e reformar tou-se o ingresso ao concurso público, sendo que poderiam ser também
a dimensão-gestão do Estado, enquanto vai sendo providenciada a mudan- utilizadas outras formas de seleção que tornariam mais flexível o recruta-
ça do sistema legal. mento de pessoal sem permitir a volta do clientelismo patrimonialista (por
4.2 Dimensão Institucional-Legal exemplo, o processo seletivo público para funcionários celetistas, que não
façam parte das carreiras exclusivas de Estado).
Na história brasileira registram-se movimentos de reforma administrati-
va identificados com a fusão, extinção e criação de órgãos. Essas mudan- Os concursos públicos, por outro lado, são realizados sem nenhuma
ças, que revelam uma grande instabilidade do organograma governamen- regularidade e avaliação periódica da necessidade de quadros, fato que
tal, não evitaram a manutenção de estruturas obsoletas, pesadas e hierar- leva à admissão de um contingente excessivo de candidatos a um só
quizadas, pouco dinâmicas e excessivamente caras, sobretudo devido à tempo, seguida de longos períodos sem uma nova seleção, o que inviabili-
tendência à centralização e à superposição de órgãos e de funções. za a criação de verdadeiras carreiras.

Em 1988, num esforço de impedir o arbítrio e fortalecer as instituições Além disso, a extensão do regime estatutário para todos os servidores
democráticas, a Constituição, por força do que dispôs o artigo 48, inciso XI, civis, ampliando o número de servidores estáveis, não apenas encareceu

Conhecimentos Específicos 74 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
enormemente os custos da máquina administrativa, mas também levou incentivos fiscais e das transferências legais e constitucionais), sofreu um
muitos funcionários a não valorizarem seu cargo, na medida em que a incremento nesta década em relação aos valores observados nos anos 80,
distinção entre eficiência e ineficiência perde relevância. Como os incenti- em grande parte devido à Constituição de 1988. A partir de 1990, tem-se
vos positivos são também limitados - dada a dificuldade de estabelecer mantido no intervalo entre 55 e 60%.
gratificações por desempenho, e o fato de que a amplitude das carreiras
(distância percentual entre a menor e a maior remuneração) foi violenta- Já os dados da Tabela 5 mostram o crescimento da folha de pagamen-
mente reduzida, na maioria dos casos não superando os 20% -, os adminis- to da União e a participação de ativos e inativos/pensionistas na mesma.
tradores públicos ficaram destituídos de instrumentos para motivar seus Essas despesas incluem o pagamento dos servidores da administração
funcionários, a não ser as gratificações por ocupação de cargos em comis- direta, indireta, empresas públicas, sociedades de economia mista e ainda
são (DAS). A redução da amplitude de remuneração das carreiras, inclusive transferências a estados e ao DF.
de algumas mais recentes como as dos analistas do Tesouro, dos analistas A partir das informações da Tabela 5 podemos observar claramente
de orçamento e dos gestores, reduziu as mesmas, na verdade, a meros uma evolução proporcionalmente maior dos gastos com inativos que com
cargos, ao eliminar uma das características típicas das carreiras, que é o ativos, fruto do crescimento do número de aposentados nos últimos anos
estímulo à ascensão ao longo do tempo. (entre o início de 1991 e junho de 1995, da ordem de aproximadamente
Do ponto de vista dos quadros técnicos, gerenciais e operacionais, ob- 110.000 pessoas), que não foi acompanhado da contratação de novos
serva-se que a administração de recursos humanos carece da existência de ativos, e do pagamento de proventos, em média, 8,3 % superiores ao valor
um sistema de incentivos para o profissional, sendo patente a ausência de do último salário do funcionário (para quem se aposenta após cumprir o
uma política orgânica de formação, capacitação permanente e de remune- tempo integral de serviço).
ração condizente com a valorização do exercício da função pública. O número de funcionários ativos na administração direta e indireta
(considerando os civis do Poder Executivo) atingia em março último
O perfil da distribuição de servidores em carreiras apresenta sérias dis- 580.035 pessoas (54,8% do total), enquanto o número de inativos e institui-
torções. Do total de funcionários civis estatutários, cerca de 47% estão dores de pensão (que geram as pensões) chegava a 478.181 (45,2% do
agrupados fora de carreiras específicas, sem definição de atribuições, total). A tendência mostra que, dada a idade média elevada dos ativos (42
alocados no Plano de Cargos e Carreiras - PCC. Ressalta-se, ainda, uma anos), e mantida a média anual do número de aposentadorias (aproxima-
concentração de pessoal nos níveis operacionais, sendo o quadro técnico, damente 18.000, sem considerarmos os períodos atípicos), em três anos o
representante da inteligência do Estado, bastante reduzido. número de ativos se igualará ao de inativos.
Consideram-se carreiras estruturadas apenas a Diplomacia, o Magisté- Estima-se que 36% dos gastos com pessoal da União serão direciona-
rio e as dos Militares. São aquelas que possuem uma amplitude entre o dos para o pagamento de inativos em 1995. Se desconsiderarmos, entre-
piso e o teto salarial (entre a menor e a maior remuneração) que estimula o tanto, as despesas esporádicas como férias, 13º salário, diárias, indeniza-
servidor a buscar a ascensão funcional e possibilita a prática de políticas de ção de transporte e despesas de exercícios anteriores (algumas delas
promoção baseadas em avaliações de desempenho, conforme podemos típicas dos servidores ativos), essa proporção se eleva para 45%.
observar na Tabela 3. Outras carreiras, como as dos Procuradores, da Do ponto de vista fiscal, a situação se tornará insustentável: a União te-
Polícia Federal, Receita Federal, Finanças, Controle e Orçamento e dos rá de incorrer em déficits crescentes, ou comprimir ainda mais os gastos
Gestores têm alguma estruturação, mas sua amplitude de remuneração é com salários dos servidores em atividade e as despesas com consumo e
pequena. investimento para arcar com o pagamento de aposentadorias. Portanto, a
A administração pública brasileira, embora marcada pela cultura buro- reforma do sistema previdenciário do servidor público é um passo funda-
crática e regida pelo princípio do mérito profissional, não chegou a se mental e imprescindível para o equacionamento da crise fiscal e a própria
consolidar, no conjunto, como uma burocracia profissional nos moldes reforma do Estado.
weberianos. Formaram-se grupos de reconhecida competência, como é o Além de explosivo do ponto de vista fiscal, o sistema previdenciário pú-
caso das carreiras acima descritas, bem como em áreas da administração blico é hoje, do ponto de vista social, um sistema injusto e desequilibrado,
indireta, mas os concursos jamais foram rotinizados e o valor de sua remu- na medida em que aposenta o servidor quando ele ainda possui plena
neração real variou intensamente em função de políticas salariais instáveis. capacidade para trabalhar e paga uma aposentadoria ao funcionário muito
Os instrumentos de seleção, avaliação, promoção e treinamento que deram acima da recebida no setor privado, que não guarda correspondência com
suporte a esse modelo estão superados. sua contribuição. Tudo isso pago pelo contribuinte, quando se sabe que no
Brasil, dado o peso dos impostos indiretos, quanto menor o nível de renda,
Embora seja possível interpretar que a Constituição de 1988 e o Regi- maior a proporção desta que é destinada aos impostos.
me Jurídico Único tenham originalmente tentado preservar a administração,
evitando a utilização política dos cargos e promovendo a valorização atra- Conforme podemos ver na Tabela 6, o benefício médio do aposentado
vés da proteção ao servidor, o que se observa de fato é que contribuíram pela União é 8,1 vezes maior que o benefício do aposentado do INSS,
para restringir a capacidade operacional do governo, ao dificultar a adoção enquanto que a contribuição média do servidor público federal é 3,4 vezes
de mecanismos de gestão de recursos humanos que sejam baseados em maior que a dos segurados no INSS.
princípios de valorização pelo efetivo desempenho profissional e também
eficazes na busca da melhoria dos resultados das organizações e da quali- Enquanto no INSS o trabalhador recebe uma aposentadoria, em média,
dade dos serviços prestados. de 1,7 salários mínimos, sendo que 73% dos beneficiados recebem proven-
tos na faixa de um salário mínimo e 90% na faixa de até cinco salários
4.4 O Mercado de Trabalho no Setor Público mínimos, os inativos civis do Poder Executivo recebem em média 15 salá-
rios mínimos, do Legislativo 36 salários mínimos e do Judiciário 38 salários
As condições do mercado de trabalho no setor público também desem- mínimos. No INSS, os trabalhadores mais pobres se aposentam, por idade,
penham um papel importante na gestão de recursos humanos do Estado e, aos 62 anos; no serviço público, aqueles que cumprem integralmente o
consequentemente, em seu próprio processo de modernização, na medida tempo de serviço deixam de trabalhar, em média, aos 56 anos (sem consi-
em que podem definir o grau de estímulo ao ingresso neste mercado para derarmos os professores, que se aposentam mais cedo e certamente
profissionais com boa formação e treinamento e recém-formados que se contribuiriam para reduzir o valor desta média; os professores universitá-
demonstrem competentes. Nesse sentido, vamos analisar a relação entre a rios, por exemplo, aposentam-se com frequência antes dos 50 anos e, em
crise fiscal, a dinâmica deste mercado e o comportamento da remuneração média, aos 53 anos).
dos servidores, e traçar uma comparação entre as estruturas salariais dos
setores público e privado. As pessoas que começam a servir ao Estado com idade relativamente
avançada contribuem durante um intervalo reduzido para o sistema previ-
4.4.1 Crise Fiscal e Gastos com Ativos e Inativos denciário do setor público. Não obstante, conseguem se aposentar com
A participação dos gastos com pessoal na receita da União vem apre- vencimentos integrais, que, afinal, acabam por ser 8,3% maiores que o
sentando uma tendência histórica crescente. A partir da Tabela 4, podemos último salário devido a uma promoção adicional na passagem para a inati-
observar que a participação dos gastos globais com pessoal na receita vidade (para aqueles que cumprem o tempo integral de serviço); há a
disponível (que corresponde à receita tributária bruta, descontada dos possibilidade de contagem de tempo de serviço em dobro em algumas

Conhecimentos Específicos 75 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
situações, e os reajustes dos salários dos ativos (inclusive gratificações por do porte e da localidade das empresas; para o setor público, foram conside-
produtividade) são repassados aos inativos. Não há, necessariamente, radas a estrutura de remuneração e a distribuição de frequência dos servi-
nenhuma relação atuarial entre tempo de serviço, de contribuição e valor dores na escala salarial de cada cargo. Para os executivos foi feita uma
dos proventos. amostra do valor da remuneração dos ocupantes de DAS de diversos
níveis, considerando o diretor-presidente como DAS de Natureza Especial,
Além de o sistema ser injusto, cerca de 85% de seu financiamento re- diretores como DAS-6 e gerentes como DAS-5, exceto para os cargos da
cai sobre o Tesouro, dado o fato de que só recentemente os servidores área jurídica, que têm uma estrutura hierárquica um pouco distinta. Não
passaram a contribuir para sua aposentadoria. No INSS, para cada R$ 1,0 estão incluídos benefícios indiretos dos cargos.
arrecadado, é gasto aproximadamente R$ 1,9 com benefícios; no setor
público, para cada R$ 1,0 arrecadado, gastam-se R$ 4,6 com benefícios. Pode-se argumentar que o leque salarial (a distância entre o menor e o
maior salário) é muito grande no setor privado e, consequentemente, a
4.4.2 Evolução da Remuneração dos Servidores estrutura salarial do setor público estaria contribuindo para melhorar o perfil
A política remuneratória do servidor durante o governo Collor foi mar- da distribuição da renda no país. Isto é em parte verdade. Entretanto, a
cada por uma queda generalizada dos níveis reais de salário, que visava à ordenação dos salários (do maior para o menor) não é semelhante nos dois
compressão dos gastos do Tesouro com pessoal. Conforme pode se ob- setores: esta última característica contribui decisivamente para a desmoti-
servar na Tabela 7, o salário das carreiras selecionadas sofreu uma redu- vação do servidor, gera distorções na produtividade e desestimula o ingres-
ção significativa em comparação ao vigente antes de 1990 (tal comporta- so no setor público.
mento é semelhante para as demais não incluídas no quadro). A partir de Concluindo, a inexistência tanto de uma política de remuneração ade-
1993, o governo logrou recuperar os níveis salariais dos servidores, que quada (dada a restrição fiscal do Estado) como de uma estrutura de cargos
atualmente se encontram numa situação próxima à do final dos anos 80. e salários compatível com as funções exercidas, e a rigidez excessiva do
processo de contratação e demissão do servidor (agravada a partir da
4.4.3 Desequilíbrios nas Remunerações
criação do Regime Jurídico Único), tidas como as características marcantes
A característica fundamental do sistema remuneratório da União é o do mercado de trabalho do setor público, terminam por inibir o desenvolvi-
desequilíbrio. Um sistema burocrático de remuneração é um sistema em mento de uma administração pública moderna, com ênfase nos aspectos
que todos os vencimentos estão organizados em uma tabela única, consti- gerenciais e na busca de resultados.
tuída de 30 a 40 entradas. As carreiras se organizam nessa estrutura de Nesse quadro, a existência da gratificação por ocupação de cargos em
remunerações universal. Uma carreira de nível superior terá uma maior comissão - DAS -, que geralmente é entendida como um grave desvio do
extensão e ocupará a faixa superior da tabela, uma carreira operacional modelo burocrático, na medida em que permite a contratação de pessoal
situar-se-á na parte inferior da tabela. A Tabela 7 nos oferece uma ideia externo ao serviço público, na verdade é um elemento positivo a dar algu-
dessas distorções. Observe-se a diferença entre o PCC de nível superior e ma racionalidade ao sistema de remuneração e ao estabelecer um sistema
a remuneração das demais carreiras de nível superior. de incentivo para os servidores mais competentes.
No Brasil, não há nada parecido com um sistema universal e padroni- Em primeiro lugar, apenas uma minoria dos cargos são ocupados por
zado de remuneração de servidores, do tipo existente nos países desenvol- não-servidores. Conforme podemos ver pela Tabela 9, 75,5% dos ocupan-
vidos, onde a administração pública burocrática alcançou pleno desenvol- tes de DAS são servidores estatutários ou das empresas públicas federais.
vimento. Ou melhor, existe o Plano de Cargos e Carreiras - PCC, que Em segundo lugar, a remuneração global dos detentores de DAS obedece
poderia preencher esse papel, mas que na verdade é apenas a situação da a uma escala crescente, aproximando-se de um sistema de carreira.
qual todos querem sair para integrarem carreiras específicas que, graças a
A lei que no início de 1995 aumentou o valor nominal dos DAS de 4 a 6
seu sistema de gratificações especiais, acabam sendo razoavelmente
e a retribuição dos Cargos de Natureza Especial, ao determinar que a
remuneradas. No geral, o que existe é um sistema de remunerações extre-
remuneração de origem dos servidores fosse descontada, apenas aperfei-
mamente distorcido, em que algumas carreiras, especialmente as jurídicas
çoou ainda mais esse sistema. Na verdade, o sistema de DAS, ao flexibili-
e, em segundo plano, as econômicas, são bem remuneradas, em função de
zar a estrutura rígida e distorcida do sistema remuneratório brasileiro, é um
gratificações que visariam premiar desempenho, enquanto que os demais
passo na direção de uma administração pública gerencial. Os DAS são
cargos, especialmente os de nível superior do PCC, são mal pagos. São ocupados a partir de um verdadeiro mercado, no qual os ministros e diri-
também muito bem remuneradas, quando comparadas com o setor privado, gentes públicos que dispõem de DAS disputam entre si os melhores qua-
as funções operacionais, que exigem baixa qualificação.
dros do serviço federal. Dessa forma se premiam os mais competentes.
Existe no país uma crença generalizada de que a remuneração dos Certamente, existem distorções no sistema, derivadas da consignação de
servidores públicos é baixa. A verdade não é exatamente essa. Elas são DAS para pessoas sem mérito, geralmente provenientes de fora do serviço
baixas para alguns setores, altas para outros. A Tabela 8 baseia-se em público. Essas distorções, entretanto, são a exceção e não a regra. Uma
uma comparação entre os salários do setor público e do setor privado, na exceção cuja ocorrência será cada vez mais rara à medida em que um
qual foram confrontadas as remunerações de cargos com atribuições número alto e crescente de DAS seja reservado por lei a servidores fede-
semelhantes nos dois mercados. Para o cálculo do salário dos servidores, rais.
foi utilizada a estrutura de remuneração e a distribuição dos funcionários na
4.5 Dimensão Cultural e Dimensão-Gestão
escala salarial de cada cargo. Os dados foram coletados no SIAPE. No
caso dos trabalhadores das empresas privadas foi utilizada a pesquisa de Os problemas até agora analisados estão fortemente relacionados com
cargos e salários da Coopers & Lybrand. Os valores estão atualizados pela sua dimensão institucional-legal, dependendo, portanto, de reforma consti-
inflação até o mês de maio de 1995. Nos cargos executivos do setor público tucional, ou de mudança na legislação infraconstitucional, mas todos esses
estão considerados os DAS de 4 a Natureza Especial. entraves estão diretamente relacionados com a cultura burocrática existen-
Os resultados mostram que enquanto os executivos e profissionais de te no país, intensamente preocupada em evitar as práticas clientelistas ou
nível superior recebem salários mais elevados no setor privado, os menos patrimonialistas. Como sabemos, historicamente a dominação racional-legal
qualificados (como os que trabalham em atividades auxiliares da adminis- ou burocrática surgiu no século XIX como uma forma superior de domina-
tração, CPD, estoques, manutenção, instalação, vigilância, portaria, limpeza ção, legitimada pelo uso da lei, em contraposição ao poder tradicional
e copa, entre outros) têm remuneração substancialmente maior no setor (divino) e arbitrário dos príncipes e ao afeto das lideranças carismáticas.
público (os dados detalhados se encontram em anexo no final deste traba- Surgiu, portanto, como uma reação à cultura patrimonialista, então domi-
lho). A principal consequência dessa situação é a dificuldade em recrutar nante. Sua afirmação implicou o desenvolvimento, no nível da administra-
pessoas mais qualificadas na administração pública, importantes para a ção pública, de uma cultura burocrática, que, no plano político, correspon-
renovação, criação e disseminação de métodos que contribuam para a deu à prevalência do Estado liberal e à correspondente ideologia liberal,
modernização gerencial do Estado. que o direito administrativo expressa bem.
Inicialmente, foram levantados os cargos com atribuições semelhantes Essa cultura burocrática não reconhece que o patrimonialismo, embora
no setor público e no privado. Para calcular a remuneração média de cada presente como prática, já não constitui mais valor hoje no Brasil. Não
cargo, foi utilizado, no setor privado, o salário médio, independentemente reconhece que os políticos, em uma democracia, são crescentemente

Conhecimentos Específicos 76 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
controlados por seus eleitores. Por isso, ela mantém uma desconfiança às carreiras burocráticas. É preciso garantir a profissionalização sem a
fundamental nos políticos, que estariam sempre prontos a subordinar a correspondente rigidez da burocracia.
administração pública a seus interesses eleitorais. Na prática, o resultado é Finalmente, é essencial contar-se com uma motivação negativa, possi-
uma desconfiança nos administradores públicos, aos quais não se delega bilitada através da demissão por insuficiência de desempenho. Embora
autoridade para decidir com autonomia os problemas relacionados com os secundária em relação às motivações positivas, não há dúvida que sem ela
recursos humanos, materiais e financeiros. Explica-se daí a rigidez da será muito difícil, senão impossível, levar o funcionário comum a valorizar o
estabilidade e dos concursos, o formalismo do sistema de licitações, e o seu emprego.
detalhismo do orçamento. Esses obstáculos a uma administração pública
eficiente só poderão ser superados quando, conjuntamente com a mudança O diagnóstico mostra que para uma reforma consistente do aparelho
institucional-legal ocorra uma mudança cultural no sentido da administração do Estado necessita-se, hoje, mais que um mero rearranjo de estruturas. A
pública gerencial. superação das formas tradicionais de ação estatal implica descentralizar e
redesenhar estruturas, dotando-as de inteligência e flexibilidade, e sobretu-
A dimensão institucional-legal e a dimensão cultural dos entraves a do desenvolver modelos gerenciais para o setor público capazes de gerar
uma administração pública moderna, gerencial, eficiente e voltada para o resultados.
atendimento do cidadão complementam-se com a dimensão-gestão. Na A modernização do aparelho do Estado exige, também, a criação de
verdade, é nesta última que a administração pública demonstra sua ener- mecanismos que viabilizem a integração dos cidadãos no processo de
gia, pois sua eficiência e efetividade dependerão da capacidade de gestão definição, implementação e avaliação da ação pública. Através do controle
nela existente. social crescente será possível garantir serviços de qualidade.
Essa dimensão diz respeito a um elemento central da técnica adminis- 5- O APARELHO DO ESTADO E AS FORMAS DE PROPRIEDADE
trativa de como fazer, com que métodos, de que modo, sob orientação de
quais valores. A boa gestão é aquela que define objetivos com clareza, Para enfrentar os principais problemas que representam obstáculos à
recruta os melhores elementos através de concursos e processos seletivos implementação de um aparelho do Estado moderno e eficiente, torna-se
públicos, treina permanentemente os funcionários, desenvolve sistemas de necessário definir um modelo conceitual, que distinga os segmentos fun-
motivação não apenas de caráter material mas também de caráter psicos- damentais característicos da ação do Estado. A opção pela construção
social, dá autonomia aos executores e, afinal, cobra os resultados. Nada desse modelo tem como principal vantagem permitir a identificação de
disso existe na administração pública federal. estratégias específicas para cada segmento de atuação do Estado, evitan-
do a alternativa simplista de proposição de soluções genéricas a problemas
O modelo burocrático implantado no país soma aos defeitos inerentes que são peculiares dependendo do setor. Entretanto, tem a desvantagem
à administração pública burocrática, relacionados com o controle rígido dos da imperfeição intrínseca dos modelos, que sempre representam uma
processos, a falta de treinamento e de estrutura de carreiras que, pelo simplificação da realidade. Essas imperfeições, caracterizadas por eventu-
contrário, caracterizam as boas burocracias ainda existentes em países ais omissões e dificuldades de estabelecimento de limites entre as frontei-
como a França e o Japão. Os instrumentos de supervisão e acompanha- ras de cada segmento, serão aperfeiçoadas na medida do aprofundamento
mento são pouco criativos, sendo desse modo insuficientes para caminhar do debate.
passo a passo com a mudança tecnológica e atender à necessidade de
repensar e propor novos objetivos e métodos de forma ágil, em menor O Estado é a organização burocrática que possui o poder de legislar e
tempo e a um custo mais baixo. Além disso, o sistema carece de mecanis- tributar sobre a população de um determinado território. O Estado é, portan-
mos auto-reguladores e é refratário às inovações. Sua capacidade de to, a única estrutura organizacional que possui o "poder extroverso", ou
resposta aos novos e constantes estímulos é limitada, fato que o torna seja, o poder de constituir unilateralmente obrigações para terceiros, com
extravasamento dos seus próprios limites.
arcaico e ineficiente.
O aparelho do Estado ou administração pública lato sensu, compreen-
O mecanismo por excelência de motivação, na administração pública de (a) um núcleo estratégico ou governo, constituído pela cúpula dos três
burocrática, é o da promoção por mérito em carreiras formalmente estabe- Poderes, (b) um corpo de funcionários, e (c) uma força militar e policial.
lecidas. Através desse mecanismo, em que o tempo, além dos cursos, a
avaliação de desempenho e os exames são essenciais, o administrador O aparelho do Estado é regido basicamente pelo direito constitucional
ascende lentamente na sua profissão. Dada, entretanto, a dinâmica do e pelo direito administrativo, enquanto que o Estado é fonte ou sancionador
desenvolvimento tecnológico das sociedades contemporâneas, esse siste- e garantidor desses e de todos os demais direitos. Quando somamos ao
ma de carreira foi se tornando crescentemente superado. Os jovens admi- aparelho do Estado todo o sistema institucional-legal, que regula não ape-
nistradores não estão dispostos a esperar o alcance dos 50 anos para nas o próprio aparelho do Estado mas toda a sociedade, temos o Estado.
ocuparem cargos de direção. Por outro lado, a instabilidade do sistema
5.1 Os Setores do Estado
político e administrativo brasileiro dificultou adicionalmente o desenvolvi-
mento de carreiras. Mesmo as novas carreiras, criadas na segunda metade 5.2 Setores do Estado e Tipos de Gestão
dos anos 80, como as dos gestores e dos analistas de finanças e orçamen-
to, tiveram sua amplitude de remuneração rapidamente reduzida, para 5.3 Setores do Estado e Formas de Propriedade
permitir o acesso dos jovens. O sistema de premiação e motivação dos 5.1 Os Setores do Estado
funcionários públicos foi crescentemente identificado com a ocupação de
cargos em comissão. No aparelho do Estado é possível distinguir quatro setores:

Torna-se, assim, essencial repensar o sistema de motivação dos servi- NÚCLEO ESTRATÉGICO. Corresponde ao governo, em sentido lato. É
dores públicos brasileiros. Não há dúvida que a motivação positiva funda- o setor que define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimen-
mental é aquela relacionada com o sentido de missão do servidor. Para o to. É, portanto, o setor onde as decisões estratégicas são tomadas. Corres-
servidor público é mais fácil definir esse sentido do que para o empregado ponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e, no
privado, já que a atividade do Estado está diretamente voltada para o Poder Executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus
interesse público, enquanto que a atividade privada só está indiretamente, auxiliares e assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formula-
através do controle via mercado. Entretanto, em momentos de crise e de ção das políticas públicas.
transição como o que vivemos, o papel do Estado e do servidor público ATIVIDADES EXCLUSIVAS. É o setor em que são prestados serviços
ficam confusos. A ideia burocrática de um Estado voltado para si mesmo que só o Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder
está claramente superada, mas não foi possível ainda implantar na adminis- extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como
tração pública brasileira uma cultura de atendimento ao cidadão-cliente. exemplos temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previ-
A segunda motivação é a da profissionalização do serviço público, não dência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumpri-
apenas através de concursos e processos seletivos públicos, mas princi- mento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de
palmente através de um sistema de promoções na carreira em função do saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação
mérito acompanhadas por remuneração correspondentemente maior. Essa básica, o serviço de emissão de passaportes etc.
motivação é fundamental, mas já vimos que não pode ter a rigidez peculiar

Conhecimentos Específicos 77 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
SERVIÇOS NÃO-EXCLUSIVOS. Corresponde ao setor onde o Estado Já para o setor não-exclusivo ou competitivo do Estado a propriedade
atua simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e ideal é a pública não-estatal. Não é a propriedade estatal porque aí não se
privadas. As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. Este, exerce o poder de Estado. Não é, por outro lado, a propriedade privada,
entretanto, está presente porque os serviços envolvem direitos humanos porque se trata de um tipo de serviço por definição subsidiado. A proprie-
fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porque possuem dade pública não-estatal torna mais fácil e direto o controle social, através
"economias externas" relevantes, na medida que produzem ganhos que da participação nos conselhos de administração dos diversos segmentos
não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado. As envolvidos, ao mesmo tempo que favorece a parceria entre sociedade e
economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da socie- Estado. As organizações nesse setor gozam de uma autonomia administra-
dade, não podendo ser transformadas em lucros. São exemplos desse tiva muito maior do que aquela possível dentro do aparelho do Estado. Em
setor: as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus. compensação seus dirigentes são chamados a assumir uma responsabili-
dade maior, em conjunto com a sociedade, na gestão da instituição.
PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS PARA O MERCADO. Corres-
ponde à área de atuação das empresas. É caracterizado pelas atividades No setor de produção de bens e serviços para o mercado a eficiência é
econômicas voltadas para o lucro que ainda permanecem no aparelho do também o princípio administrativo básico e a administração gerencial, a
Estado como, por exemplo, as do setor de infra-estrutura. Estão no Estado mais indicada. Em termos de propriedade, dada a possibilidade de coorde-
seja porque faltou capital ao setor privado para realizar o investimento, seja nação via mercado, a propriedade privada é a regra. A propriedade estatal
porque são atividades naturalmente monopolistas, nas quais o controle via só se justifica quando não existem capitais privados disponíveis - o que não
mercado não é possível, tornando-se necessária, no caso de privatização, a é mais o caso no Brasil - ou então quando existe um monopólio natural.
regulamentação rígida. Mesmo nesse caso, entretanto, a gestão privada tenderá a ser a mais
adequada, desde que acompanhada por um seguro sistema de regulação.
5.2 Setores do Estado e Tipos de Gestão
6. OBJETIVOS
Cada um desses quatro setores referidos apresenta características pe-
culiares, tanto no que se refere às suas prioridades, quanto aos princípios A definição dos objetivos e estratégias da reforma do aparelho do Es-
administrativos adotados. tado apresentada a seguir decorre do diagnóstico e dos pressupostos
teóricos que presidiram a análise anterior.
No núcleo estratégico, o fundamental é que as decisões sejam as me-
lhores, e, em seguida, que sejam efetivamente cumpridas. A efetividade é Dada a crise do Estado e o irrealismo da proposta neoliberal do Estado
mais importante que a eficiência. O que importa saber é, primeiro, se as mínimo, é necessário reconstruir o Estado, de forma que ele não apenas
decisões que estão sendo tomadas pelo governo atendem eficazmente ao garanta a propriedade e os contratos, mas também exerça seu papel com-
interesse nacional, se correspondem aos objetivos mais gerais aos quais a plementar ao mercado na coordenação da economia e na busca da redu-
sociedade brasileira está voltada ou não. Segundo, se, uma vez tomadas ção das desigualdades sociais.
as decisões, estas são de fato cumpridas.
Reformar o Estado significa melhorar não apenas a organização e o
Já no campo das atividades exclusivas de Estado, dos serviços não- pessoal do Estado, mas também suas finanças e todo o seu sistema insti-
exclusivos e da produção de bens e serviços o critério eficiência torna-se tucional-legal, de forma a permitir que o mesmo tenha uma relação harmo-
fundamental. O que importa é atender milhões de cidadãos com boa quali- niosa e positiva com a sociedade civil.
dade a um custo baixo.
A reforma do Estado permitirá que seu núcleo estratégico tome deci-
Como já vimos, existem ainda hoje duas formas de administração pú- sões mais corretas e efetivas, e que seus serviços - tanto os exclusivos,
blica relevantes: a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA e a AD- que funcionam diretamente sob seu comando, quanto os competitivos, que
MINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL. A primeira, embora sofrendo do estarão apenas indiretamente subordinados na medida que se transformem
excesso de formalismo e da ênfase no controle dos processos, tem como em organizações públicas não-estatais - operem muito mais eficientemente.
vantagens a segurança e a efetividade das decisões. Já a administração
pública gerencial caracteriza-se fundamentalmente pela eficiência dos Reformar o aparelho do Estado significa garantir a esse aparelho maior
serviços prestados a milhares senão milhões de cidadãos. Nesses termos, governança, ou seja, maior capacidade de governar, maior condição de
no núcleo estratégico, em que o essencial é a correção das decisões toma- implementar as leis e políticas públicas. Significa tornar muito mais eficien-
das e o princípio administrativo fundamental é o da efetividade, entendido tes as atividades exclusivas de Estado, através da transformação das
como a capacidade de ver obedecidas e implementadas com segurança as autarquias em "agências autônomas", e tornar também muito mais eficien-
decisões tomadas, é mais adequado que haja um misto de administração tes os serviços sociais competitivos ao transformá-los em organizações
pública burocrática e gerencial. públicas não-estatais de um tipo especial: as "organizações sociais".
No setor das atividades exclusivas e de serviços competitivos ou não- Na reforma do aparelho do Estado podemos distinguir alguns objetivos
exclusivos, o importante é a qualidade e o custo dos serviços prestados aos globais e objetivos específicos para seus quatro setores.
cidadãos. O princípio correspondente é o da eficiência, ou seja, a busca de
6.1 Objetivos Globais:
uma relação ótima entre qualidade e custo dos serviços colocados à dispo-
sição do público. Logo, a administração deve ser necessariamente gerenci-  Aumentar a governança do Estado, ou seja, sua capacidade adminis-
al. O mesmo se diga, obviamente, do setor das empresas, que, enquanto trativa de governar com efetividade e eficiência, voltando a ação dos
estiverem com o Estado, deverão obedecer aos princípios gerenciais de serviços do Estado para o atendimento dos cidadãos;
administração.
 Limitar a ação do Estado àquelas funções que lhe são próprias, reser-
5.3 Setores do Estado e Formas de Propriedade vando, em princípio, os serviços não-exclusivos para a propriedade pú-
blica não-estatal, e a produção de bens e serviços para o mercado para
Outra distinção importante é a relacionada às formas de propriedade.
a iniciativa privada;
Ainda que vulgarmente se considerem apenas duas formas, a PROPRIE-
DADE ESTATAL e a PROPRIEDADE PRIVADA, existe no capitalismo  Transferir da União para os estados e municípios as ações de caráter
contemporâneo uma terceira forma, intermediária, extremamente relevante: local: só em casos de emergência cabe a ação direta da União;
a PROPRIEDADE PÚBLICA NÃO-ESTATAL, constituída pelas organiza-  Transferir parcialmente da União para os estados as ações de caráter
ções sem fins lucrativos, que não são propriedade de nenhum indivíduo ou regional, de forma a permitir uma maior parceria entre os estados e a
grupo e estão orientadas diretamente para o atendimento do interesse União.
público. O tipo de propriedade mais indicado variará de acordo com o setor
do aparelho do Estado. 6.2 Objetivos para o Núcleo Estratégico:

No núcleo estratégico a propriedade tem que ser necessariamente es-  Aumentar a efetividade do núcleo estratégico, de forma que os objeti-
tatal. Nas atividades exclusivas de Estado, onde o poder extroverso de vos democraticamente acordados sejam adequada e efetivamente al-
Estado é exercido, a propriedade também só pode ser estatal. cançados;

Conhecimentos Específicos 78 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 Para isso, modernizar a administração burocrática, que no núcleo terceira dimensão aborda a gestão pública a partir do aperfeiçoamento da
estratégico ainda se justifica pela sua segurança e efetividade, através administração burocrática vigente e da introdução da administração geren-
de uma política de profissionalização do serviço público, ou seja, de cial, incluindo os aspectos de modernização da estrutura organizacional e
uma política de carreiras, de concursos públicos anuais, de programas dos métodos de gestão.
de educação continuada permanentes, de uma efetiva administração Essas dimensões, ainda que guardem certa independência, operarão
salarial, ao mesmo tempo que se introduz no sistema burocrático uma de forma complementar. A primeira permitirá mudanças estruturais no
cultura gerencial baseada na avaliação do desempenho; funcionamento do aparelho do Estado, já que pressupõe a eliminação dos
 Dotar o núcleo estratégico de capacidade gerencial para definir e principais entraves no sistema jurídico-legal; a segunda, entretanto, viabili-
supervisionar os contratos de gestão com as agências autônomas, res- zará a operacionalização da cultura gerencial centrada em resultados
ponsáveis pelas atividades exclusivas de Estado, e com as organiza- através da efetiva parceria com a sociedade, e da cooperação entre admi-
ções sociais, responsáveis pelos serviços não-exclusivos do Estado re- nistradores e funcionários; finalmente, a terceira possibilitará concretizar
alizados em parceria com a sociedade. novas práticas gerenciais e assim obter avanços significativos, ainda que os
constrangimentos legais não sejam totalmente removidos.
6.3 Objetivos para as Atividades Exclusivas:
Em seguida serão apresentados os enunciados estratégicos para cada
 Transformar as autarquias e fundações que possuem poder de Estado dimensão e a definição de uma estratégia complementar, abordando a
em agências autônomas, administradas segundo um contrato de ges- transição entre o momento atual e o desejado, apontando os resultados
tão; o dirigente escolhido pelo Ministro segundo critérios rigorosamente parciais a serem obtidos nos curto, médio e longo prazos.
profissionais, mas não necessariamente de dentro do Estado, terá am- 7.1 Dimensão Institucional-Legal
pla liberdade para administrar os recursos humanos, materiais e finan-
ceiros colocados à sua disposição, desde que atinja os objetivos quali- A estratégia proposta, nessa dimensão, está orientada no sentido de
tativos e quantitativos (indicadores de desempenho) previamente acor- viabilizar as transformações fundamentais pretendidas com a reforma do
dados; aparelho do Estado, em três direções. Em primeiro lugar, permitindo a
 Para isso, substituir a administração pública burocrática, rígida, voltada focalização do Estado no atendimento das demandas sociais básicas. Em
para o controle a priori dos processos, pela administração pública ge- segundo lugar, facilitando o redirecionamento da maneira tradicional de
atuar do Estado, evoluindo de um papel executor para um papel de promo-
rencial, baseada no controle a posteriori dos resultados e na competi-
ção administrada; tor do desenvolvimento social e econômico. Finalmente, a estratégia pro-
posta deverá criar as condições para a implementação do modelo de admi-
 Fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privilegiem a partici- nistração gerencial no setor de serviços do Estado.
pação popular tanto na formulação quanto na avaliação de políticas
públicas, viabilizando o controle social das mesmas. É importante destacar que o compromisso fundamental do Estado não
é o de realizar dentro de seu aparelho todas as funções demandadas pela
6.4 Objetivos para os Serviços Não-Exclusivos:
sociedade. Ao invés, é o de assegurar ou facilitar a sua realização sempre
 Transferir para o setor público não-estatal esses serviços, através de que possível, o que deverá implicar a adoção de mecanismos inovadores
um programa de "publicização", transformando as atuais fundações de operação e funcionamento.
públicas em organizações sociais, ou seja, em entidades de direito pri-
vado, sem fins lucrativos, que tenham autorização específica do Poder Para a operacionalização das mudanças pretendidas será necessário o
Legislativo para celebrar contrato de gestão com o Poder Executivo e aperfeiçoamento do sistema jurídico-legal, notadamente de ordem constitu-
assim ter direito a dotação orçamentária; cional, de maneira a remover os constrangimentos existentes que impedem
a adoção de uma administração ágil e com maior grau de autonomia, capaz
 Lograr, assim, uma maior autonomia e uma consequente maior res- de enfrentar os desafios do Estado moderno. Nesse sentido, a reforma
ponsabilidade para os dirigentes desses serviços; contempla a proposição de emendas constitucionais. Algumas reformas,
 Lograr adicionalmente um controle social direto desses serviços por como a da ordem econômica, já aprovada pelo Congresso, e a reforma
parte da sociedade através dos seus conselhos de administração. Mais tributária, no momento em discussão, estão no âmbito mais amplo da
amplamente, fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privile- reforma do Estado. A reforma da Previdência é tanto uma reforma do
Estado em geral quanto uma reforma do aparelho do Estado, quando trata
giem a participação da sociedade tanto na formulação quanto na avali-
do sistema de aposentadorias e pensões dos servidores públicos.
ação do desempenho da organização social, viabilizando o controle so-
cial; Essa emenda reveste-se de enorme importância para o país, dado o
 Lograr, finalmente, uma maior parceria entre o Estado, que continuará caráter explosivo do aumento das despesas do Estado com os inativos.
a financiar a instituição, a própria organização social, e a sociedade a Esse problema será enfrentado na medida que sejam evitadas as aposen-
que serve e que deverá também participar minoritariamente de seu fi- tadorias precoces, antes dos 60 anos, e que os proventos da aposentadoria
nanciamento via compra de serviços e doações; tornem-se proporcionais à contribuição realizada. Será importante, também,
a eliminação de aposentadorias especiais e o estabelecimento de regras
 Aumentar, assim, a eficiência e a qualidade dos serviços, atendendo para a atualização dos valores, desvinculadas dos aumentos reais dados
melhor o cidadão-cliente a um custo menor. aos funcionários na ativa.
6.5 Objetivos para a Produção para o Mercado: 7.2 As Emendas Constitucionais
 Dar continuidade ao processo de privatização através do Conselho de Finalmente, temos as duas emendas da reforma administrativa, tam-
Desestatização; bém já no Congresso, e a emenda da previdência na parte que diz respeito
aos servidores públicos. Essas emendas visam, a curto prazo, facilitar o
 Reorganizar e fortalecer os órgãos de regulação dos monopólios natu- ajuste fiscal especialmente nos estados e municípios, onde existe excesso
rais que forem privatizados;
de quadros, mas também na União no que diz respeito ao sistema previ-
 Implantar contratos de gestão nas empresas que não puderem ser denciário. A médio prazo visam possibilitar a modernização da administra-
privatizadas. ção burocrática prevalecente no núcleo estratégico e a introdução da admi-
nistração gerencial no setor de prestação de serviços do Estado. Visam
também, através da definição de tetos para as remunerações dos funcioná-
7- ESTRATÉGIA DE TRANSIÇÃO rios ativos e para os proventos dos pensionistas, e através da exigência de
A estratégia da reforma do aparelho do Estado está concebida a partir projeto de lei para aumentos de remuneração nos três Poderes, a eliminar
privilégios e desequilíbrios, que caracterizam o sistema remuneratório
de três dimensões: a primeira, institucional-legal, trata da reforma do siste-
ma jurídico e das relações de propriedade; a segunda é cultural, centrada público brasileiro. Acompanhando a reforma constitucional, será necessário
na transição de uma cultura burocrática para uma cultura gerencial; a aprovar no Congresso toda uma nova legislação infraconstitucional.

Conhecimentos Específicos 79 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
7.2.1 As Duas Emendas da Administração Pública precoces, que tornam o sistema previdenciário público brasileiro um siste-
ma de privilégios. A aposentadoria dos funcionários ocorrerá basicamente
As emendas do capítulo da administração pública são fundamentais no por idade, com uma pequena correção para o tempo de serviço, e será
processo de transição para uma administração pública gerencial porque proporcional à contribuição do servidor.
incorporam ou viabilizam uma nova perspectiva em relação à gestão e ao
controle do aparelho do Estado. Os dispositivos compreendidos no projeto Esses dois princípios aplicam-se também ao setor privado. O sistema
são de importância estratégica para a consecução da reforma administrati- previdenciário público continuará, entretanto, distinto do setor privado, na
va, contemplando os princípios e normas de gestão, as relações jurídicas medida em que o Estado continuará garantindo integralmente o sistema
dos servidores com a administração e as prerrogativas dos três poderes previdenciário dos servidores, independentemente do seu nível de remune-
para a organização administrativa e a fixação de vencimentos dos cargos ração. Para o setor privado, a expectativa é a de que o Estado garantirá a
de seus serviços auxiliares ou administrativos. aposentadoria até um certo número de salários mínimos e, a partir daí,
cada cidadão deverá adotar um sistema de aposentadoria complementar
A primeira emenda cobre o capítulo da administração pública. Suas contratado com fundos privados.
principais mudanças são:
A emenda constitucional não define, naturalmente, os detalhes do sis-
 fim da obrigatoriedade do Regime Jurídico Único, permitindo-se a volta tema previdenciário público. A ideia geral é a de se exigir uma contribuição
de contratação de servidores celetistas; que seja, atuarialmente, compatível com uma aposentadoria de 75 a 80%
do salário médio recebido nos últimos 36 meses anteriores à passagem
 exigência de processo seletivo público para a admissão de celetistas e
para a inatividade, dado o rendimento médio esperado para as contribui-
a manutenção do concurso público para a admissão de servidores es-
ções dos servidores. Não será necessário, porém - e provavelmente não
tatutários;
será conveniente -, criar um sistema de capitalização, já que o Estado é
 flexibilização da estabilidade dos servidores estatutários, permitindo-se mau gestor desse tipo de fundo. O sistema de aposentadoria pública,
a demissão, além de por falta grave, também por insuficiência de de- embora baseado em um cálculo de rendimentos de um fundo virtual, deverá
sempenho e por excesso de quadros; continuar a ser um sistema de repartição e não de capitalização. Em princí-
pio deverá ser comum para os detentores de cargos e empregos.
a. nos dois últimos casos o servidor terá direito a uma indenização;
7.3 Legislação Infraconstitucional
b. no caso de insuficiência de desempenho, que tem por objetivo le-
var o servidor a valorizar o seu cargo e permitir ao administrador público A aprovação das emendas constitucionais exigirá imediatamente a de-
cobrar trabalho, o funcionário só poderá ser demitido depois de devidamen- finição de uma série de leis complementares e ordinárias, que tratarão
te avaliado e terá sempre direito a processo administrativo específico com principalmente do seguinte:
ampla defesa;
 definição do processo específico de demissão por insuficiência de
c. no caso de exoneração por excesso de quadros, a exoneração de-
desempenho;
verá obedecer a critérios gerais estabelecidos em lei complementar, e os
cargos correspondentes serão automaticamente extintos, não podendo ser  definição da indenização no caso de demissão por insuficiência de
recriados em um prazo de quatro anos; desempenho e no de desligamento por excesso de quadros, prevendo-
se maior indenização no segundo caso;
 possibilidade de se colocar servidores em disponibilidade com remune-
ração proporcional ao tempo de serviço como alternativa à exoneração  definição das carreiras exclusivas de Estado (que não devem ser
por excesso de quadros; confundidas com as atividades exclusivas de Estado, embora haja uma
relação estreita entre os dois conceitos), constituídas por funcionários
 permissão de contratação de estrangeiros para o serviço público, que exercem o poder de estado; seus membros não poderão ser exo-
sempre através de concurso ou processo seletivo público, desde que nerados por excesso de quadros;
lei específica o autorize;
 definição na mesma lei complementar dos critérios gerais de exonera-
 limitação rígida da remuneração dos servidores públicos e membros ção por excesso de quadros;
dos Poderes, inclusive vantagens pessoais, à remuneração do Presi-
dente da República;  definição das regras do processo seletivo público;
 limitação rígida dos proventos da aposentadoria e das pensões ao  definição do novo sistema de previdência dos funcionários, que será
valor equivalente percebido na ativa; garantido pelo Estado, baseado em aposentadoria por idade e em pro-
ventos proporcionais à contribuição ou ao tempo trabalhado para o Es-
 facilidade de transferência de pessoal e de encargos entre pessoas tado;
políticas da Federação, a União, os Estados-membros, o Distrito Fede-
ral e os Municípios, mediante assinatura de convênios;  definição do sistema de saúde dos servidores;
 eliminação da isonomia como direito subjetivo, embora mantenha,  revisão do Estatuto Jurídico dos Servidores Civis;
implicitamente, o princípio, que é básico para qualquer boa administra-  definição de lei geral sobre o sistema remuneratório da União, com
ção.
vistas a aumentar a transparência da remuneração e conferir efetivida-
A segunda emenda estabelece: (1) um tratamento equilibrado entre os de aos tetos de retribuição;
três Poderes nas prerrogativas relativas à organização administrativa; e (2)
a fixação de vencimentos dos servidores dos três Poderes, excluídos os  elaboração de leis prevendo a desburocratização e a desregulamenta-
titulares de poder, através de projeto de lei. A iniciativa será sempre do ção dos serviços públicos;
poder respectivo, mas a aprovação passa a depender da sanção presiden-  revisão da lei da previdência pública, incluindo os detentores de cargos
cial. e empregos.
Essa segunda emenda obedece rigorosamente ao princípio da auto-
nomia dos três Poderes. Essa autonomia foi concebida por Montesquieu 7.4 Dimensão Cultural e da Gestão
como um sistema de freios e contrafreios, para evitar a prevalência de um A transição para uma administração pública gerencial só será possível
poder sobre o outro. Em relação à remuneração dos servidores, esse se, ao mesmo tempo que se aprovam as mudanças legais, vá mudando a
sistema de freios e contrafreios deixou de existir, o que vem provocando cultura administrativa do País. Essa cultura, fortemente marcada pelo
distorções graves de caráter isonômico. Não se pretende eliminar a curto patrimonialismo recente, tem ainda um forte caráter burocrático, pois parte
prazo tais distorções, mas é fundamental estabelecer um limite para elas. de uma desconfiança fundamental na possibilidade de cooperação e de
7.2.2 A Emenda da Previdência ação coletiva. Os indivíduos são vistos como essencialmente egoístas e
aéticos, de forma que só o controle a priori, passo a passo, dos processos
A emenda da previdência é fundamental para o setor público. Através administrativos permitirá a proteção da coisa pública. A mudança para uma
dela termina-se com a aposentadoria integral e com as aposentadorias cultura gerencial é uma mudança de qualidade. Não se parte para o oposto,

Conhecimentos Específicos 80 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
para uma confiança ingênua na humanidade. O que se pretende é apenas cumprimento dos objetivos, a partir de uma sistemática de acompanhamen-
dar um voto de confiança provisório aos administradores, e controlar a to e avaliação permanente dos resultados obtidos pelos diversos projetos
posteriori os resultados. específicos que serão listados abaixo. Na medida que obstáculos sejam
removidos, novos projetos serão propostos visando adaptar a estratégia às
Só esse tipo de cultura permite a parceria e a cooperação. Só através novas realidades identificadas. Assim, este plano diretor não pretende
dela será possível viabilizar não apenas as diversas formas de parceria esgotar a tarefa de reformar o aparelho do Estado, mas tem o firme propó-
com a sociedade, como também a cooperação em nível vertical entre sito de tornar irreversível o processo de mudança através de resultados
administradores e funcionários públicos, entre governo e sindicatos de imediatos no curto prazo, e outros de mais longo alcance nos médio e longo
funcionários. A verdadeira eficiência é impossível sem essa parceria e essa prazos. Serão considerados, para efeito deste documento, o curto prazo até
cooperação.
o final deste ano de 95, o médio prazo, o período compreendido entre os
Por outro lado, os controles a posteriori dos resultados deverão ser ex- anos de 96 e 97, e o longo prazo, o final deste governo, ou seja, o início de
tremamente severos. A administração pública burocrática, produto de um 99. Assim, a expectativa é de no curto prazo iniciar o processo de moderni-
estágio inferior da sociedade, muito mais autoritário e classista, enfatiza os zação da gestão através de ações que independam de modificações mais
processos porque sabe ou supõe que não poderá punir os transgressores. estruturais no sistema jurídico-legal. No médio prazo espera-se, com a
A administração pública gerencial enfatiza os resultados porque pressupõe aprovação das emendas e respectivas regulamentações, além do projeto
que será capaz de punir os que falharem ou prevaricarem. de Organizações Sociais, dar continuidade ao processo de modernização
Sem a mudança cultural da administração pública burocrática para a da gestão de forma mais consistente, a partir da combinação de ações
gerencial será impossível implementar as reformas institucionais-legais. E tanto na dimensão institucional, quanto na da gestão. Finalmente, no longo
será igualmente inviável avançar na dimensão-gestão. As três mudanças, prazo, o objetivo é consolidar o processo de mudança, a partir da ideia de
entretanto, não deverão ocorrer sequencial mas concomitantemente, ora sua irreversibilidade, dotando o aparelho do Estado de uma estrutura com
com prevalência de uma dimensão, ora com prevalência de outra. um grau de flexibilidade tal que permita enfrentar os desafios de ajustamen-
to que certamente serão impostos, porém, ainda, imprevisíveis. A seguir,
A reforma concreta do aparelho do Estado ocorre na dimensão-gestão. serão detalhados os resultados esperados nessas três dimensões tempo-
É aí que a administração pública se torna mais efetiva e eficiente. É aí que rais.
ocorrem as mudanças culturais necessárias. É aí que as práticas adminis-
trativas gerenciais de fato ocorrem. É aí que se definem os indicadores de No curto prazo, é possível imaginar avanços na direção da moderniza-
desempenho, que se treina e motiva o pessoal, que se desenvolvem estra- ção da gestão pública, a partir de ações específicas de laboratórios, visan-
tégias flexíveis para o atingimento das metas estabelecidas. do ao estabelecimento de duas instituições básicas: as "agências autôno-
mas" entre as atividades exclusivas de Estado e as "organizações sociais"
A mudança da gestão, embora dependa das reformas institucionais-
entre os serviços competitivos ou não-exclusivos.
legais, não se limita a elas nem pode esperar por elas. É preciso implantar
na administração pública toda uma nova filosofia, toda uma nova cultura Essas ações serão precedidas de um programa de sensibilização do
gerencial e suas respectivas práticas. corpo gerencial e demais servidores para a adoção do novo modelo de
A modernização da gestão se fará através da implantação de laborató- gestão, e apoiadas por um amplo programa de treinamento e desenvolvi-
rios especialmente nas autarquias voltadas para as atividades exclusivas mento de recursos humanos, nas diversas escolas de governo. Em parale-
do Estado, visando iniciar o processo de transformação em agências autô- lo, será desencadeado um programa de desregulamentação, visando a
nomas, ou seja, em agências voltadas para resultados, dotadas de flexibili- eliminar os atuais entraves, no âmbito do Executivo, ao modelo proposto.
dade administrativa e ampla autonomia de gestão. Também está prevista a continuidade, sob novo enfoque, do Programa da
Qualidade e Participação na Administração Pública, visando a aperfeiçoar a
Primeiramente, será implementada uma ação de avaliação institucional, prestação dos serviços públicos e o início do processo de avaliação institu-
com o objetivo de identificar a finalidade de cada órgão da administração cional, a partir da construção de um sistema de indicadores que permitam
pública no sentido de promover o (re)alinhamento com os objetivos maiores aferir o desempenho organizacional tanto na perspectiva interna, quanto na
do Estado. Em seguida, será elaborada uma sistemática de avaliação, a dos usuários dos serviços, viabilizando dessa forma o controle social.
partir da construção de indicadores de desempenho, que permita mensurar Finalmente, pode ser considerado como resultado, ainda no curto prazo, a
os graus de consecução dos objetivos pretendidos. realização de concursos públicos em áreas estratégicas da administração
pública, permitindo iniciar o processo de recuperação das capacidades
Em paralelo, serão implementadas ações na área de recursos huma-
técnica e gerencial no âmbito do aparelho do Estado. Essas mudanças,
nos, que permitam o aperfeiçoamento das capacidades gerenciais e técni-
ainda que limitadas do ponto de vista de sua abrangência e profundidade,
cas do setor público, através de recrutamento de pessoal estratégico, a
significam os primeiros passos na direção do aperfeiçoamento contínuo da
partir de concursos e processos seletivos públicos anuais para pequenos
gestão governamental.
contingentes, caracterizando, dessa forma, um processo permanente de
atualização dos quadros do aparelho do Estado. Ainda nessa área, o papel No médio prazo, a expectativa de aprovação das emendas constitucio-
a ser desempenhado pelas escolas de governo será fundamental, através nais e respectivas regulamentações, das autorizações legislativas para a
de programas de treinamento e desenvolvimento de recursos humanos implementação das organizações sociais e o aprofundamento da implanta-
diretamente relacionados aos objetivos da reforma do aparelho do Estado. ção da nova cultura gerencial, centrada em resultados, na competição
O conjunto de ações na área de recursos humanos tem por objetivo a administrada e baseada na avaliação do desempenho, permitirão mudan-
valorização do servidor público eficiente, através do reconhecimento por ças mais estruturais na direção pretendida. Espera-se, nessa etapa, que os
parte do cidadão de seu trabalho e da consequente mudança de imagem órgãos da administração pública adotem uma nova postura gerencial,
perante a sociedade, envolvendo maior grau de autonomia, iniciativa e baseada em objetivos bem definidos, alinhados com os do governo, e que
responsabilização, diminuindo controles formalistas e incentivando a ado- implementem uma nova sistemática de avaliação de desempenho, tanto em
ção de uma política que seja consequente tanto com o bom desempenho nível institucional, quanto individual. Ainda, a médio prazo, espera-se a
quanto com a insuficiência do mesmo. implementação do projeto cidadão e a adoção de uma nova política de
recursos humanos que dê consequência ao novo modelo a ser implantado.
Concluindo, a estratégia da reforma, nessa dimensão, prevê, ainda, a
Esses resultados deverão indicar uma nova visão para a administração
retomada do programa de qualidade, que deverá enfatizar não apenas o
pública brasileira, focalizada no cidadão e na profissionalização do servidor,
aspecto qualidade total mas também o aspecto participação, essencial para
a partir de um redesenho institucional e gerencial baseado no controle
o aumento da eficiência dos serviços no nível operacional. O Programa da
social.
Qualidade e Participação na Administração Pública estará voltado para o
aprimoramento e melhoria da qualidade e eficiência na prestação de servi- Finalmente, no longo prazo, espera-se que a reforma do aparelho do
ços pelo setor público. Estado produza as transformações fundamentais que viabilizem o novo
Estado desejado, indutor e promotor do desenvolvimento social e econômi-
7.5 A Dinâmica da Transição co do País. Para alcançar esse estágio, e com a flexibilidade requerida para
Os objetivos e princípios deste Plano Diretor da Reforma do Aparelho enfrentar os novos desafios que certamente serão impostos, os resultados
do Estado serão implementados de forma gradual. Buscar-se-á assegurar o esperados estão relacionados a duas dimensões: a primeira, de natureza

Conhecimentos Específicos 81 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
interna, diz respeito à consolidação da cultura gerencial e da efetiva valori- O Projeto das Agências Autônomas desenvolver-se-á em duas dimen-
zação dos servidores, através do resgate da identidade com o serviço sões. Em primeiro lugar, serão elaborados os instrumentos legais necessá-
público; a segunda, de natureza externa, a partir do surgimento de uma rios à viabilização das transformações pretendidas, e um levantamento
nova sociedade, baseada na participação popular, que recoloca o Estado visando superar os obstáculos na legislação, normas e regulações existen-
como instrumento do exercício pleno da cidadania. tes. Em paralelo, serão aplicadas as novas abordagens em algumas autar-
quias selecionadas, que se transformarão em laboratórios de experimenta-
8- PROJETOS
ção.
A reforma do aparelho do Estado, na dimensão-gestão, será realizada 8.1.3 Organizações Sociais e Publicização
através de uma série de projetos conduzidos pelo Ministério da Administra-
ção Federal e da Reforma do Estado. O papel do MARE, entretanto, apoia- A estratégia de transição para uma administração pública gerencial
do pelo Comitê Executivo da Reforma do Estado, e orientado pela Câmara prevê, ainda na dimensão institucional-legal, a elaboração, que já está
da Reforma do Estado, será apenas o de estimulador. O trabalho efetivo de adiantada, de projeto de lei que permita a "publicização" dos serviços não-
reforma deverá ser feito no nível dos ministérios, que desenvolverão seus exclusivos do Estado, ou seja, sua transferência do setor estatal para o
próprios projetos, sempre assessorados pelo MARE. público não-estatal, onde assumirão a forma de "organizações sociais".
8.1 Projetos Básicos O Projeto das Organizações Sociais tem como objetivo permitir a des-
centralização de atividades no setor de prestação de serviços não-
Na dimensão-gestão são três os projetos básicos que permitirão a im- exclusivos, nos quais não existe o exercício do poder de Estado, a partir do
plantação da administração pública gerencial no serviço público brasileiro. pressuposto que esses serviços serão mais eficientemente realizados se,
Em um plano horizontal, temos o projeto de Avaliação Estrutural, que mantendo o financiamento do Estado, forem realizados pelo setor público
examinará de forma global a estrutura do Estado. No nível das atividades não-estatal.
exclusivas de Estado, temos, operando de forma vertical, em maior profun-
didade, o projeto das Agências Autônomas e, no nível dos serviços não- Entende-se por "organizações sociais" as entidades de direito privado
exclusivos, o projeto das Organizações Sociais acompanhado pelo progra- que, por iniciativa do Poder Executivo, obtêm autorização legislativa para
ma de publicização. celebrar contrato de gestão com esse poder, e assim ter direito a dotação
orçamentária.
8.1.1 Avaliação Estrutural
As organizações sociais terão autonomia financeira e administrativa,
Esse projeto é fundamental para o desenvolvimento das agências au- respeitadas as condições descritas em lei específica como, por exemplo, a
tônomas e das organizações sociais. Tem por objetivo analisar as missões forma de composição de seus conselhos de administração, prevenindo-se,
dos órgãos e entidades governamentais, identificando superposições, desse modo, a privatização ou a feudalização dessas entidades. Elas
inadequação de funções e possibilidades de descentralização visando dotar receberão recursos orçamentários, podendo obter outros ingressos através
o Estado de uma estrutura organizacional moderna, ágil e permeável à
da prestação de serviços, doações, legados, financiamentos, etc.
participação popular. Essa é naturalmente uma ação permanente e prioritá-
ria do governo, já expressa em uma série de atos a partir da medida provi- As entidades que obtenham a qualidade de organizações sociais goza-
sória que promoveu a reorganização do governo e a extinção de dois rão de maior autonomia administrativa e, em compensação, seus dirigentes
ministérios - o Ministério do Bem-Estar Social, inclusive suas fundações terão maior responsabilidade pelo seu destino. Por outro lado, busca-se
vinculadas, e o Ministério da Integração Regional. através das organizações sociais uma maior participação social, na medida
O projeto parte de algumas perguntas básicas: (1) Qual a missão desta em que elas são objeto de um controle direto da sociedade através de seus
entidade? (2) O Estado deve se encarregar dessa missão e das respectivas conselhos de administração recrutados no nível da comunidade à qual a
atividades envolvidas? (3) Quais podem ser eliminadas? (4) Quais devem organização serve. Adicionalmente, se busca uma maior parceria com a
ser transferidas da União para os estados ou para os municípios? (5) E sociedade, que deverá financiar uma parte menor mas significativa dos
quais podem ser transferidas para o setor público não-estatal? (6) Ou então custos dos serviços prestados.
para o setor privado? A transformação dos serviços não-exclusivos estatais em organizações
Por outro lado, dadas as novas funções, antes reguladoras que execu- sociais se dará de forma voluntária, a partir da iniciativa dos respectivos
toras: (1) Deve o Estado criar novas instituições? (2) Quais? ministros, através de um Programa Nacional de Publicização. Terão priori-
dade os hospitais, as universidades e escolas técnicas, os centros de
A resposta a essas perguntas deverá ser a menos ideológica e a mais pesquisa, as bibliotecas e os museus. A operacionalização do Programa
pragmática possível. O que interessa é obter um resultado ótimo, dados será feita por um Conselho Nacional de Publicização, de caráter interminis-
recursos escassos. Esse resultado, entretanto, não é nem pode ser julgado terial.
apenas do ponto de vista econômico. Outros pontos de vista, como os da
justiça, da cultura, da segurança, são também essenciais na resposta a 8.2 Projetos Adicionais
essas perguntas. Além dos três projetos mencionados, uma série de outros projetos são
Com base na resposta a essas perguntas, haverá a proposta de extin- fundamentais para a implantação de uma gestão de caráter gerencial no
ção, privatização, publicização e descentralização de órgãos, e também de Estado brasileiro. Enumeramos abaixo os principais projetos.
incorporação e criação de órgãos.
8.2.1 Projeto Cidadão
Parte-se de uma discussão sobre funções e papéis do Estado, em suas
diferentes esferas, para em seguida proceder à análise das competências e Esse projeto tem como objetivo aperfeiçoar as relações entre os órgãos
estruturas organizacionais da administração direta e indireta, visando da Administração Pública e os cidadãos, no âmbito de suas atribuições
verificar se são insuficientes, superdimensionadas, ou superpostas, além de institucionais, atendendo à diretriz do Projeto de Reforma do Estado, de
considerar as possibilidades de descentralização. localização das ações nas necessidades do cidadão, atuando nas seguin-
tes áreas:
Essa análise será efetuada buscando compatibilizar os programas e  simplificação de obrigações de natureza burocrática instituídas pelo
prioridades do Estado com a estrutura institucional do Governo Federal. aparelho do Estado, com que se defronta o cidadão do nascimento à
Dada a importância da tarefa e sua abrangência, um grupo de trabalho do
sua morte;
Comitê Executivo da Reforma do Estado deverá preocupar-se permanen-
temente com o tema, que, por outro lado, é função do MARE.  implementação de sistema de recebimento de reclamações e suges-
tões do cidadão sobre a qualidade e a eficácia dos serviços públicos
8.1.2 Agências Autônomas que demandam uma resposta pró-ativa da Administração Pública a
respeito;
A responsabilização por resultados e a consequente autonomia de ges-
tão inspiraram a formulação desse projeto, que tem como objetivo a trans-  implementação de sistema de informação ao cidadão a respeito do
formação de autarquias e de fundações que exerçam atividades exclusivas funcionamento e acesso aos serviços públicos, e quaisquer outros es-
do Estado, em agências autônomas, com foco na modernização da gestão. clarecimentos porventura solicitados;

Conhecimentos Específicos 82 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 na definição da qualidade do serviço, que deverá constar dos indicado- estratégico do Estado, e carreiras de empregados celetistas, utilizadas na
res de desempenho, um elemento fundamental será o tempo de espera administração indireta e nos serviços operacionais inclusive do núcleo
do cidadão para ser atendido; as filas são a praga do atendimento pú- estratégico.
blico ao cidadão. Os planos de carreira serão estruturados em classes hierarquizadas
 A abrangência do projeto deve ser considerada sob dois aspectos: segundo a natureza e a complexidade das tarefas, fazendo-se a distribui-
 quanto às esferas de governo, na primeira fase, sua amplitude será ção escalonada dos cargos e empregos entre as classes e a promoção na
restrita aos órgãos federais, sendo ampliada gradativamente para as carreira será baseada em avaliação de desempenho e aprovação em
esferas estaduais e municipais; cursos específicos.
 quanto à natureza da administração pública, o projeto estará voltado A organização das carreiras atenderá às necessidades da administra-
inicialmente para a administração direta, englobando, posteriormente, a ção e será baseada nas atribuições dos cargos, buscando-se, sempre que
administração indireta, autárquica e fundacional. possível, o enriquecimento do trabalho, especialmente nas áreas de ativi-
8.2.2 Indicadores de Desempenho dades rotineiras, podendo ser genéricas, quando vinculadas ao exercício de
atividades comuns de toda administração, ou específicas de um ou mais
Esse projeto, essencial para a implementação das agências autônomas órgãos ou entidades, dependendo das atribuições.
e das organizações sociais, terá de ser realizado pelo MARE em parceria
com o Ministério do Planejamento e Orçamento, implicará um esforço Juntamente com a estruturação das carreiras deverá ser desenvolvida
sistemático e amplo para definir indicadores de desempenho quantitativos uma política de concursos regulares que permita uma lotação adequada ao
para as atividades exclusivas do Estado. Esses indicadores, somados mais pleno desenvolvimento das atividades e a recomposição regular e perma-
adiante à definição de um orçamento global, serão a base para a celebra- nente da sua força de trabalho. Os concursos para as principais carreiras
ção de contrato de gestão entre o dirigente da entidade e o respectivo serão realizados anualmente. Portaria do MARE determinará a realização
ministro. E a partir do contrato de gestão será possível implantar um mode- dos concursos, o número de vagas, e o mês de sua realização até 1999.
lo de administração pública gerencial. Quanto à aposentadoria e programa de saúde dos servidores públicos,
A diferença entre esse projeto e o das agências autônomas ou o das o projeto propõe uma nova regulamentação para os benefícios que com-
organizações sociais está no fato de que enquanto aqueles se concentrarão põem a seguridade social do servidor público, notadamente no que diz
em umas poucas entidades, nas quais se realizará um esforço concentrado respeito aos critérios de concessão da aposentadoria, os quais deverão
de aplicação das novas técnicas de gestão, neste toma-se apenas o passo pautar-se pelos princípios gerais que regem o Regime Geral da Previdência
preliminar desse processo - a definição de indicadores de desempenho Social, quais sejam: a) delimitação do prazo de carência; b) proporcionali-
claros - mas se generaliza a cobrança para toda a administração pública dade no que tange à quantidade de contribuições e seus valores versus o
federal. Esse projeto, portanto, como o da Avaliação Estrutural, é um proje- valor do benefício da aposentadoria; e c) manutenção de aposentadorias
to horizontal, que buscará abranger todas as autarquias e fundações públi- especiais para servidores envolvidos em atividades penosas, insalubres e
cas hoje existentes. perigosas. Dessa forma, pretende-se rever os critérios de concessão e os
valores e formas de reajuste das pensões.
8.2.3 Qualidade e Participação
Assim, busca-se reduzir a pressão existente sobre o Tesouro Nacional
Esse projeto foi concebido como instrumento básico da modernização no que se refere ao pagamento dos inativos e pensionistas, extinguindo-se
da gestão pública, com ênfase nos princípios da qualidade e da participa- aquelas vantagens que são distorcidas e não se coadunam mais com a
ção dos funcionários no nível operacional. O que se busca é não apenas realidade, sendo passíveis de reprovação pela sociedade. Esse projeto
uma mudança nas formas de gestão mas também da cultura das organiza- propõe, também, a criação de formas de financiamento adequadas para o
ções, no que diz respeito à cooperação entre administradores e funcioná- Programa de Atenção Integral à Saúde do servidor e seus dependentes.
rios. Tem como objetivo a introdução de novos conceitos e técnicas de
gestão pública, baseados no desempenho, na redução ao mínimo dos 8.2.5 Valorização do Servidor para a Cidadania
erros, e na participação dos funcionários na definição dos processos de Esse projeto tem como objetivo resgatar os talentos individuais e pro-
trabalho. mover sinergia dos grupos e organizações que constituem a Administração
A qualidade total e a produtividade assumiram em anos recentes uma Pública Federal, visando oferecer ao cidadão brasileiro serviços de melhor
importância muito grande entre as técnicas administrativas. Este plano qualidade e maior prontidão às suas demandas.
reconhece essa importância, mas entende que essas técnicas são um Pretende-se: (1) criar condições psicossociais necessárias ao fortale-
grande avanço se lograrem, no nível operacional, uma qualidade maior dos cimento do espírito empreendedor do serviço público, conjugada ao com-
serviços, dentro da filosofia do erro zero, e uma maior cooperação entre portamento ético e ao desempenho eficiente; (2) reforçar o sentido de
funcionários e administradores. No nível mais geral, a estratégia da admi- missão e o comprometimento do servidor público para com a prestação de
nistração pública gerencial é a fundamental, devendo subordinar-se a ela o serviços de melhor qualidade para o cidadão; e (3) obter maior satisfação
programa da qualidade e da produtividade, que, no setor público, é preferí- do servidor público com o seu trabalho e com sua qualidade de vida.
vel chamar de programa da qualidade e da participação. O projeto será implantado gradativamente através da ação participati-
8.2.4 Nova Política de Recursos Humanos va, de modo que os próprios servidores assumam sua implementação no
regime de co-gestão. Serão constituídas equipes de mobilização em cada
A preparação da nova administração pública que surgirá das reformas Ministério, e um núcleo central de mobilização, além da formação de con-
em curso passa necessária e essencialmente pela profissionalização e pela sultores internos para fornecer orientação metodológica.
valorização do servidor público. Assim, uma nova política de recursos
humanos deverá ser formulada para atender aos papéis adicionais do 8.2.6 Desenvolvimento de Recursos Humanos
Estado de caráter regulatório e de articulação dos agentes econômicos,
Esse projeto deverá ser implementado pelas diversas escolas de admi-
sociais e políticos, além do aprimoramento na prestação dos serviços
nistração pública do Estado, como forma de viabilizar a estratégia de mo-
públicos. dernização da gestão pública. Tem como objetivo a formação e capacitação
A adequação dos recursos humanos constitui-se, dessa forma, em ta- dos servidores públicos para o desenvolvimento de uma administração
refa prioritária nesse contexto de mudança, exigindo uma política que pública ágil e eficiente.
oriente desde a captação de novos servidores, o desenvolvimento de O novo modelo de operação das áreas de treinamento prevê as se-
pessoal, um sistema remuneratório adequado que estimule o desempenho guintes iniciativas: (1) um núcleo básico com texto-síntese dos valores que
através de incentivos, e a instituição de carreiras compatíveis com as compõem o novo paradigma da gestão governamental; (2) uma área de
necessidades do aparelho do Estado modernizado. tecnologia educacional para apoiar a atividade pedagógica; (3) novos
Com relação às carreiras, elas podem ser classificadas em carreiras de instrumentos de avaliação, a partir da revisão dos utilizados na avaliação da
Estado, formadas principalmente por servidores estatutários no núcleo reação, e novos instrumentos que permitam avaliar o impacto do treinamen-
to.
Conhecimentos Específicos 83 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Nesse contexto, a programação dos cursos deverá enfatizar temas co- segurança e eficiência, que possuam um caráter gerencial e sejam disponi-
mo novas estratégias de gestão pública, desenvolvimento gerencial e de bilizadas para toda a administração pública.
recursos humanos orientados para a introdução da administração gerencial,
atendimento ao público, além de treinamento na utilização da tecnologia de Aumentando a confiabilidade e diminuindo os custos desses sistemas,
informações, que será ferramenta básica na implementação dos programas será possível torná-los acessíveis à sociedade, para que esta controle e
de reforma do aparelho do Estado. julgue o desempenho da administração pública. Com isso, os sistemas
também estarão articulados com os objetivos do Projeto Cidadão e da Rede
8.2.7 Revisão da Legislação Infraconstitucional de Governo, ao permitir que a disponibilização dessas informações ocorra
por vários meios (com ênfase em sistemas de fácil acesso como a INTER-
Dada a importância e urgência desse projeto, o mesmo já se encontra NET) alimentados permanentemente pelos serviços e recursos da Rede do
detalhado no item 7.3 deste Plano Diretor. Governo.
8.2.8 Rede do Governo
O projeto visa ao provimento de uma moderna rede de comunicação de
dados interligando de forma segura e ágil a administração pública, permi- GESTÃO DE MATERIAL E CONTROLE DE
tindo, assim, um compartilhamento adequado das informações contidas em ESTOQUES E ALMOXARIFADO.
bancos de dados dos diversos organismos do aparelho do Estado, bem
como um serviço de comunicação (baseado em correios, formulários,
agenda e "listas de discussão", todos eletrônicos) de forma a poder repas- ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
sar à sociedade em geral e aos próprios órgãos do governo, a maior quan- INTRODUÇÃO
tidade possível de informação, contribuindo para melhor transparência e Não há como uma empresa funcionar sem a existência de recursos, se-
maior eficiência na condução dos negócios do Estado. jam eles financeiros, humanos ou materiais. Esta disciplina irá focar a sua
atenção sobre estes últimos, sejam eles no que diz respeito aos insumos ou
Inicialmente, utilizando a infra-estrutura de comunicação de dados dis- aos bens patrimoniais indispensáveis no processo de fabricação.
ponível em Brasília (REMAV - Rede Metropolitana de Alta Velocidade, Com a crescente concorrência existente por um participação no merca-
RENPAC - Rede de Pacotes, etc.), será construída incrementalmente a do consumidor as empresas buscam identificar formas de melhorar seus
Rede do Governo (estendendo-a posteriormente ao resto do país) com desempenhos, encontrando maneiras diferentes de obterem vantagens
ênfase: competitivas. Uma das formas de obter uma vantagem, se não competitiva,
mas pelo menos comparativa é através de uma boa gestão dos recursos
 na segurança para garantir a privacidade e inviolabilidade da comuni- materiais e patrimoniais.
cação; Com os custos crescente é importante gerir bem seus estoques e seu
 na padronização de procedimentos para diminuir custos e simplificar o patrimônio produtivo de forma a utilizá-los com a máxima eficiência e eficá-
uso; cia. É sobre isso que estaremos falando a partir de agora.
 no compartilhamento de informações para evitar desperdícios.
O CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS:
Enquanto não é tecnicamente possível a operação plena da rede, se-
Administração de Recursos Materiais engloba a sequência de opera-
rão disponibilizados alguns bancos ou tipo de informações através da
ções que tem início na identificação do fornecedor, na compra do bem ou
INTERNET e interligados alguns órgãos em Brasília com serviços de co-
serviço, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento (arma-
municação eletrônica. A partir de 1996, com a implantação de redes de alta
zenagem), em seu transporte durante o processo produtivo, em sua arma-
velocidade no restante do país, a rede do governo será expandida aos
zenagem como produto acabado e, finalmente, em sua distribuição ao
principais centros.
consumidor final.
8.2.9 Sistemas de Gestão Pública (Controle e Informações Geren-
ciais) A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E SUA
AMPLITUDE
Os sistemas administrativos voltados para a gestão pública abrangem Sendo o ambiente competitivo como é faz-se necessário a busca de al-
áreas diversas: pessoal civil, serviços gerais, organização e modernização ternativas de vencer os concorrentes. A administração de materiais é
administrativa, informação e informática, planejamento e orçamento e bastante ampla e pode contribuir a partir do momento que envolve as
controle interno. O objetivo desses sistemas é permitir a transparência na seguintes atividades:
implementação das diversas ações do governo, possibilitando seu acompa-  Gerenciamento dos recursos materiais:
nhamento e avaliação, bem como a disponibilização das informações não  Gerenciamento dos estoques de :
privativas e não confidenciais para o governo como um todo e a sociedade.
 Materiais auxiliares
Para esse fim, foram desenvolvidos ou encontram-se em desenvolvi-  Matéria-prima
mento vários sistemas de informações, com graus variados de automação,  Produtos/materiais em processo
dos quais se destacam o processamento do orçamento fiscal e da seguri-  Produtos acabados
dade social, o registro dos gastos efetuados pelo Tesouro Nacional (SIAFI),  Gerenciamento dos Recursos Patrimoniais:
a folha de pagamento e os dados cadastrais dos servidores civis federais  Equipamentos
(SIAPE), o orçamento de investimentos (SIDOR), o planejamento de ações  Instalações, prédios, veículos, etc.
do governo (SISPLAN), a movimentação do cadastro de fornecedores, de  Compras:
preços e do catálogo de materiais e serviços (SIASG) e o fornecimento de  O que deve ser comprado
informações sobre a organização governamental e suas macroatribuições  Como deve ser comprado
(SIORG).
 Quando deve ser comprado
Esses sistemas têm sido, independentemente das intenções de sua  Onde deve ser comprado
concepção inicial, voltados para as necessidades operacionais da adminis-  De quem deve ser comprado
tração pública, tornando secundárias ou inexistentes tanto as informações  Por que preço deve ser comprado
gerenciais quanto as de interesse público. Consequentemente, não têm  Em que quantidade deve ser comprado
exercido a função de instrumentos de apoio à tomada de decisão. É neces-  Logística interna e
sário um projeto que permita a interligação e o redirecionamento estratégico  Logística Externa
dos diversos sistemas de informação, de forma a incorporar os novos Do desempenho satisfatório dessas atividades dependem os Departa-
conceitos de gestão do aparelho do Estado. Além de estabelecer padrões mentos de Vendas, Produção, Manutenção, os Setores Administrativos, etc.
de integração e de suporte tecnológico adequados ao desenvolvimento de Tem-se de considerar:
novos sistemas, mantendo e melhorando os atuais, é preciso buscar infor-  que o número de itens e a diversidade dos mesmos é grande,
mações coletadas de forma coerente e sem duplicidade e processadas com  que as informações tem de ser precisas e rápidas

Conhecimentos Específicos 84 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 que a manutenção de estoques representa parcela significativa do A Administração de Materiais é, sem dúvida, um ramo da Ciência da
ativo da empresa, etc. Administração - cujos princípios não podem escapar ao conhecimento de
toda Secretaria - mesmo porque trata das normas que regem a administra-
O ADMINISTRADOR DE MATERIAIS ção de recursos essenciais à produção de bens e serviços.
É o profissional a quem cabe o gerenciamento, o controle e a direção
da empresa na área de materiais, buscando os melhores resultados em Em estudando o assunto, SÉRGIO BOLSONARO MESSIAS tece as
termos de lucratividade e produtividade. seguintes considerações: "Sob a designação genérica de materiais
entende-se, portanto, todas as coisas contabilizáveis que entram, na
COMO AVALIAR O DESEMPENHO DA ÁREA DE MATERIAIS qualidade de elementos constitutivos e constituintes, na linha de produção
Dentro de cada uma das sub - áreas da administração de materiais po- de uma empresa. Além disso, abarca também designação outros itens
derão ser estabelecidos indicadores de desempenho próprios que devem contabilizáveis que, embora não contribuindo diretamente para a fabricação
fornecer informações sobre a realidade da área de materiais, possibilitando ou manufatura de produtos específicos, fazem parte da rotina diária da
assim a tomada de ações corretivas de forma a eliminar os desvios, e para empresa. É o caso, por exemplo, de materiais de escritório para os serviços
isso é preciso que: burocráticos, de materiais de limpeza para os serviços de conservação, de
 Os dados coletados sejam completos e confiáveis; materiais de reposição para os serviços de manutenção, de materiais de
 Que expressem informação de valor para a empresa segurança para os serviços de prevenção contra acidentes de trabalho, e
 Devem ser simples de forma a que os próprios operadores possam assim por diante.
coletá-los sem confusão
 Devem ser de fácil entendimento por todos A administração tem por finalidade assegurar o contínuo abastecimento
Como exemplos podemos citar: de artigos próprios, necessários e capazes de atender aos serviços
 % de erros nas ordens de compra executados por uma empresa. O abastecimento de materiais, porém,
 % de itens comprados recebidos na data correta deverá processar-se com três requisitos básicos:
a) qualidade produtiva;
 % de falta de matérias-primas
b) data de entrega;
 Rotatividade dos estoques
c) menor custo de aquisição
 % do ativo imobilizado em estoques
 % de produtos acabados entregues aos clientes nas datas combi- Tais requisitos objetivam diminuir os custos operacionais da empresa
nadas, etc. para que ela e seus produtos possam ser competitivos no mercado. Para
sermos mais específicos: os materiais precisam de qualidade produtiva
EVOLUÇÃO E MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NA ADMINSITRAÇÃO para assegurar a aceitação do produto final. Precisam estar na empresa na
DE MATERIAIS data desejada para o seu pronto consumo e o preço de aquisição deles
Se considerarmos a posição do homem de produção e de vendas seu deve ser o menor, para que o bem acabado possa situar-se em boas condi-
desejo é de que exista a maior quantidade de matérias-primas e produtos ções de concorrência nas áreas consumidoras e dar à empresa margem
acabados, respectivamente, estocados de forma a poder atender as suas satisfatória de rentabilidade do capital investido em sua compra.
necessidades. Porém sendo a manutenção de estoques algo extremamente
caro para a empresa é preciso que o Administrador de Materiais equilibre A administração tem plena razão de ser quando determinado material,
os mesmos de forma a satisfazer ambos, os administradores de produção e ou mesmo serviço, deve ser adquirido ou contratado fora da empresa.
vendas e também ao administrador financeiro. Vemos aí o começo do seu campo de atuação. A partir deste momento
constatamos a essencialidade do serviço da administração de materiais,
Sendo assim várias tem sido as etapas que vem ocorrendo dentro da que se aplica a todas as empresas. sejam pequenas, médias ou grandes,
administração de materiais cabendo ressaltar algumas delas tais como: uma vez que nenhuma delas - sobretudo as gigantescas e modernas
 A logística – operação integrada, que trata das atividades de mo- organizações empresariais - é autosuficiente; necessitam de materiais que
vimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de materiais e elas não produzem, em razão da diversificação do sistema de produção.
produtos desde a aquisição até o ponto de consumo final, bem Surge este serviço em toda sua expressão e razão de ser quando é
como dos fluxos de informações; formulado um pedido de qualquer material por quaisquer departamentos,
 Técnicas japonesas de administração tais como o JIT/Kanban; divisões ou seções da empresa, visto que o princípio da administração de
 Desenvolvimento de Parcerias – fornecedores preferenciais materiais é centralizar as aquisições, com o fim precípuo de conseguir
 Programação de fornecedores – manter uma programação inte- melhor preço e melhor qualidade dos materiais a serem comprados.
grada entre o PCP da fábrica e o fornecedor via EDI (Eletronic Da-
ta Interchange) ou Internet O serviço de administração de materiais continua ainda em seu campo
 O ECR (Efficient Consumer Response) ou resposta eficiente ao próprio de atuação quando entrega o material pedido ou requisitado ao
consumidor – fornecedores e distribuidores trabalhando juntos para órgão consumidor dentro da empresa. Tem sob sua direta responsabilidade
agregar valor para o consumidor e reduzir custos. as tarefas administrativas de compra, transporte, armazenagem, conserva-
 Uso de simulações ção, manipulação e controle de estoques. Gerindo as tarefas administrati-
 Uso de CEP para identificar rapidamente as variações nos proces- vas de compra, de transporte do material do fornecedor até o depósito ou
sos, etc. armazém, de guarda e conservação, bem como de manipulação e de
controle, o serviço de administração de materiais cuida desde a compra até
DESAFIOS E TENDÊNCIAS a entrega ao utilizador dos materiais pedidos ou requisitados, obedecendo
Com certeza o maior desafio continuará sendo a busca do equilíbrio às especificação técnicas exigidas para cada material em particular.
entre o nível dos estoques os recursos financeiros disponíveis. Quanto
manter em estoque com o menor risco de falta de materiais. Como atender Após o fornecedor ter recebido o pagamento, segundo as condições
a esta equação. previamente contratadas, o serviço de administração de materiais comple-
menta e completa a sua função, cessando aí toda a sua responsabilidade
A tendência aponta para uma necessidade crescente no desenvolvi- pelo material entregue ao utilizador ou consumidor dentro da empresa.
mento de técnicas de previsão que possibilitem minimizar as possibilidades
de erro na administração dos recursos materiais. Será necessário que a Assim, o serviço de administração de materiais é o único setor dentro
área de materiais e seu administrador sejam o mais dinâmicos possível de da empresa informado e autorizado para entrar em contato com os forne-
forma a responder de forma rápida as movimentações do mercado. Para cedores e realizar compromissos entre aqueles e a empresa.
isso um excelente suporte de informática é fundamental, fornecendo as
informações em tempo real. O serviço de administração de materiais, por ser um dos setores vitais
A integração entre as empresas, fornecedores e compradores, deve ser da empresa, merece lugar de destaque em sua organização. Hodiernamen-
cada vez mais intensa buscando ganhos para a cadeia como um todo. te, vimos assistindo à sua crescente valorização e reconhecimento como

Conhecimentos Específicos 85 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
setor principal - em nível de administração - ao lado de .setores outros, cuja poder processar adequadamente suas atribuições específicas, mormente
importância já era assinalada. É plenamente justificável, portanto, que ele nas áreas de controle financeiro, O controle físico de materiais variará de
seja situado, no organograma da empresa, nos escalões superiores da acordo com o tamanho das empresas, uma vez que suas funções particula-
administração" (in " Manual de Administração de Materiais", Atlas, 8ª edi- res abrangem a verificação e fiscalização do volume, da qualidade e da
ção, pgs. 14 e segs.). rotação dos estoques,

Funções e Objetivos Este setor de armazém ou depósito tem a competência da guarda,


"Na moderna estrutura empresarial, as funções precípuas do serviço de conservação e manipulação dos materiais, em obediência a um critério
administração de materiais, como já assinalamos, são as de compra, trans- determinado, que mais adiante discutiremos, Esse setor divide-se em
porte, armazenagem, conservação, manipulação e controle de estoques, diversos subalmoxarifados, conforme a natureza dos materiais neles esto-
Deve ter um setor de compras, um de controle e outro de armazém. cados. Ademais, mantém contato e relações funcionais com a inspeção
técnica, órgão subordinado à administração da produção.
Incumbe ao setor de compras:
1°) comprar ou alugar materiais ou serviços que a empresa necessita; O funcionamento harmônico e integrado destes três tipos setores do
2°) manter contato - quando necessário - com os serviços serviço de administração de materiais garante o pleno exercício de suas
administrativos, em particular, ou em geral, da empresai e, funções e propicia a essa administração a coesão operacional indispensá-
3°) controlar o transporte dos materiais adquiridos. vel que a situa como unidade em mútua articulação e dependência com as
demais em nível hierárquico, em nível de planejamento e também em nível
As compras de materiais ou aluguéis de serviços necessários à empre- de decisão." (Sérgio Bolsonaro Messias, "Manual de Administração de
sa deverão ser feitos sempre junto aos fornecedores que apresentem boa Materiais", Atlas, 8ª, pgs, 18 a 20)
qualidade e preço bom em suas mercadorias ou serviços, com relação aos
seus demais concorrentes em determinada aquisição de materiais ou em Classificação dos Materiais
certa contratação de serviços a ser efetuada. E também possam entregá- Sobre Classificação de Materiais, Bolsonaro (Manual de Administração
los ou prestá-los dentro dos limites de tempo estatuídos pelo comprador, de Materiais, Atlas,8ª, pgs. 27 e 28) assim escreve:
"Classificar materiais significa ordená-los segundo critérios preestabe-
Apesar de as empresas possuírem um cadastro de fornecedores, pre- lecidos, agrupando-os conforme as características semelhantes ou não,
cisarão ficar alertas, a fim de poder detectar o aparecimento de novos sem, contudo, ocasionar confusão ou dispersão no espaço e alteração na
fornecedores e de novas organizações prestadoras de serviços, Ocorre, à qualidade, em virtude de contatos com outros materiais de fácil decomposi-
vezes, que um novo fornecedor pode, por entrar recentemente no mercado, ção, combustão, deterioração, etc.
fabricar bens com novos métodos de produção mais eficientes, A conse-
quência disto é obvia: melhor qualidade produtiva e melhores preços ou Essa classificação deve seguir o esquema decimal de Melville Dewey,
seus corolários ante os concorrentes - custo menor de produção e, portan- que proporciona inúmeras variações de agrupamentos, permitindo a rápida
to, pronta colocação nos mercados consumidores. identificação e localização dos materiais.

Quanto à compras propriamente ditas, elas podem ser de dois tipos; as Especificação dos Materiais
efetuadas no mercado local, ou compras locais, e as realizadas no mercado Os departamentos de compras ou suprimentos, por seus auxiliares
estrangeiro, mediante importação, ou compras importadas. Por outro lado, especializados, que são os agentes compradores, têm a felicidade de
o aluguel de serviços poderá ser feito por meio de contrato por um período contarem, hoje em dia, com um grande auxiliar, que são as normas
"x" com a organização prestadora de serviços, ou pela admissão de pesso- técnicas, as referências técnicas e as especificações; estas, sem dúvida,
al especializado na empresa, com tempo predeterminado ou estabelecido são de um auxílio e ajuda incomensuráveis.
para a execução dos serviços pretendidos.
É evidente que através de uma descrição exata daquilo que se deseja,
O contrato que o setor de compras mantém com os serviços adminis- cria-se um clima de compreensão entre quem compra e quem vende
trativos da empresa evidencia-se na estreita e intensa relação " poderíamos alguma coisa.
até designá-la por contínua - com a contabilidade geral, subordinada à Em linhas gerais, a especificação nada mais é do que o comprador dar
administração financeira e orçamentária, todos os detalhes, do que deseja adquirir, ao vendedor.
O controle do transporte dos materiais adquiridos pela seção de com- Atualmente, aqueles que adquirem contam com os inestimáveis auxilia-
pras visa acompanhar, mediante as notas de conhecimento, o percurso dos res, que são os institutos especializados e mundialmente conhecidos como
bens, desde a saída dos fornecedores até a recepção na empresa, levando A.S.T.M., A.S.A. e C.F.E.,, existindo ainda um sem número de especifica-
em consideração as condições de segurança e, principalmente, o rigoroso ções e normas técnicas, como por exemplo: As Alemãs, lnglesas, France-
cumprimento das datas de entrega. Por outro lado, a empresa deverá ter sas, ltalianas, etc.
uma frota de veículos " cuja quantidade dependerá, como é natural, do
tamanho dela - para transportar alguns bens provenientes de fornecedores Aqui no Brasil, contamos com a A,B,N, T, - Associação Brasileira de
que não dispõem de meios de transporte próprios e, sobretudo, os importa- Normas Técnicas -, instituição genuinamente nacional, que não fica nada a
dos, que, na maioria dos casos, chegam por via marítima. Para ilustrar esse dever às congêneres.
aspecto, tomemos o exemplo do Estado de São Paulo, que possui em seu
território apenas o porto de Santos para carga e descarga de materiais em Os serviços prestados pela A.B.N.T. ao País, com a colaboração das
larga escala. Estes, uma vez liberados pela alfândega - e quando aí são "Normas Brasileiras ,adotadas oficialmente em todo o Brasil, são de um
inspecionados os aspectos legais, securitários etc. nota-se sempre a pre- valor inestimável.
sença de um elemento ou mais do setor de compras ou de armazém da
empresa - tem de chegar até as organizações consumidoras por transporte Os compradores modernos, utilizando e fornecendo aos vendedores
rodoviário, próprio ou alugado. especificações corretas e sucintas daquilo que desejam adquirir, estão
automaticamente indicando, de maneira racional, aquilo que desejam
Neste último caso, temos um exemplo de aluguel de serviços comprar. E podemos concluir, que quanto mais precisas, minuciosas e com
necessários à empresa, ligado à administração de materiais por intermédio todos os detalhes descritos, ter-se-á certeza de que as cotações que irão
da seção de compras, como já vimos. receber estarão fundamentadas corretamente.
O setor de controle divide-se em dois tipos bem característicos: o con- Outro fato que revela o grande valor das especificações é o fato de a
trole físico dos materiais adquiridos e o controle financeiro dos mesmos. sua função dar, a todas as pessoas com quem desejamos transacionar, a
Este setor também está estritamente relacionado com a contabilidade geral, indicação exata dos requisitos específicos e das nossas exigências.
porquanto deverá estar ciente das normas legais de escrituração para

Conhecimentos Específicos 86 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Com o uso das especificações, evitaremos uma série de mal entendido, Este termo - zelado - poderá possuir diversos significados, como por
que são muito comuns quando não se esclarece exatamente o que se exemplo: Os limites em que tais estoques deverão ser mantidos, pois tais
deseja comprar ou adquirir. limites implicam na soma de capitais a serem investidos, a fim de que os
estoques não sejam sacrificados em seus "máximos e mínimos "; o que
É, ainda, considerada como uma linguagem internacional, através da poderia redundar em prejuízo, pois se eles forem mal calculados, haverá
qual, independentemente da procedência ou nacionalidade, falar-se-á o possibilidades dos mesmos serem sobrepujados pela maior procura ou
mesmo idioma. utilização, ou então pela menor procura ou aplicação.
Deve-se considerar, também, que uma especificação correta e precisa Estes cálculos de "máximos e mínimos " em estoque são naturalmente
nos mínimos detalhes supera, na maioria das vezes, a uma amostra con-
muito complexos; os mestres internacionais e os nossos mestres nacionais
creta, não oferecendo margens para dúvidas ou possibilidades de ofereci-
já gastaram muita tinta e fosfato; para explicar como efetuar tais previsões
mentos similares, " (Sequeira de Araújo, " Administração de Materiais",
bastará dar uma vista de olhos na vasta literatura existente sobre a matéria,
Atlas, 5ª, pgs. 70 e 71). inclusive naquelas conhecidas por traduções para verificarmos como é
complexa esta matéria.
Recebimento dos Materiais
O Setor de Recebimento de Materiais desempenha as funções de de-
Geralmente, quando nos referimos a estoques, procuramos abordar as
sembalagem dos bens recebidos e verificação das quantidades e condi- quantidades existentes, e raramente, muito raramente, a conservação
ções. Aqui surge a questão se se deve ou não suplementar o Setor de destas quantidades; este é um ponto que merece ser trazido a debates, e
Recebimento com uma via do pedido de compra. sempre procuramos abordar nestes cursos rápidos e intensivos.
Aqueles que se opõem a esse fornecimento argumentam que os verifi-
cadores tendem a tomar mais cuidado nas conferências quando eles não
É normal que cada empresa, de acordo com suas especializações,
possuem meios de confrontação. Todavia, a emissão do relatório de rece- utilize processos próprios para a fixação de seus estoques e conservação
bimento às cegas, exige que os conferentes possuam certos conhecimen- de suas matérias-primas, máquinas, acessórios, materiais destinados a
tos adicionais aos normalmente necessários. Para solucionar essa dificul-
produção, a manutenção, a reposição, etc.; estes sistemas, métodos,
dade, surgiu um meio termo para o qual a cópia do pedido de compra processos são sempre peculiares ao ramo a que se dedicam; os
enviada ao setor de recebimento não clontém as quantidades solicitadas. profissionais almoxarifes, pela prática constante com tais materiais, que
lhes permite utilizar meios próprios, conseguem prolongar a vida útil dos
O relatório de recebimento é, pois, uma descrição dos materiais recebi- materiais sob sua custódia; estes processos ou sistemas preconizados pela
dos: suas quantidades fornecedor, o número do pedido de compra, grau e
"prática" muitas vezes se transformam em verdadeiros "segredos de ofício "
condições dos materiais e outras informações julgadas oportunas. O relató-
que eles não gostam de transmitir a quem quer que seja.
rio de inspeção e teste de materiais pode, em alguns casos, ser feito no
mesmo impresso do relatório de recebimento.
A custódia ou estocagem de materiais, matérias-primas, gêneros ali-
mentícios em geral exigem conhecimentos especializados dos responsá-
lnspeção de recebimento. Em algumas empresas industriais há neces- veis, fato este que valoriza o trabalho deste profissional no mercado de
sidade de verificação completa e precisa dos materiais usados no processo trabalho.
produtivo, organizando-se, para tanto, os serviços de lnspeção de Recebi-
mento (subordinado ao setor de Controle de Qualidade) cuja principal
Não somente o ângulo biológico deverá ser estudado, mas também os
atribuição é verificar se os bens recebidos estão de acordo com as especifi-
danos físicos que poderão inutilizar partidas consideráveis, como a "ferru-
cações, desenhos e outras informações dadas ao fornecedor. Muitas vezes,
gem" e outros eventos, insetos, roedores, etc.
essa conferência exige testes de laboratório feitos em amostras do material
recebido.
Normalmente os produtos químicos vêm acompanhados de instruções
dos fabricantes, para sua melhor conservação em estocagem, não obstante
Como dito anteriormente, o resultado da inspeção e teste será indicado
existam milhares de itens, que geralmente são mantidos em custódia nos
no relatório de inspeção e teste de materiais que pode estar incluído no
almoxarifados, por tempo muitas vezes prolongado, os quais não possuem
próprio relatório de recebimento.
nenhuma indicação; para estes, os almoxarifes terão de encontrar melhor
solução.
Quando a encomenda for, em todo ou em parte, rejeitada, uma comu-
nicação imediata é feita ao setor de Compras; poderá ser realizada pelo Os mais adiantados pensadores do vasto mundo dos negócios estão
relatório de recebimento e inspeção de materiais, quando for usado um de acordo que no momento atual estamos sentindo todo o peso de uma
único relatório para essas funções. Em seguida, o setor de Compras infor-
inflação mundial, difícil de controlar; as mercadorias, os materiais, as maté-
mará o fornecedor do ocorrido e providenciará a devolução dos bens rejei- rias-primas, os equipamentos, os acessórios etc. em estoque numa organi-
tados. " (Marco Aurélio P. Dias, "Gerência de Materiais", Atlas, 1988, p. 33 zação, quer seja industrial, comercial ou em outro ramo qualquer da ativi-
e 34)
dade humana, vale tanto ou mais do que o dinheiro depositado em estabe-
lecimento de crédito, considerando que no regime inflacionário que atraves-
Estocagem de Materiais
samos, a moeda tende sempre a desvalorizar-se, enquanto os estoques,
O Estoque é o conjunto de bens guardados para utilização na ocasião inversamente, valorizar-se-ão constantemente.
que a necessidade determinar.
Sem desejar particularizar a importância dos estoques para cada uma
JORGE SEQUEIRA DE ARAÚJO repassa os seguintes ensinamentos das atividades humanas, é necessário que se ressalte a importância da
sobre a estocagem de materiais:
palavra que, também, poderá significar - previsão e provisão.
"Genericamente, a palavra estoques de origem inglesa - STOKS - sig-
nifica aquilo que é reservado para ser utilizado em tempo oportuno; poderá, Para melhor avaliarmos a importância dos estoques nas empresas, se-
outrossim, significar poupança ou previsão.
ja de que tipo for, podemos compará-los ao trabalho do coração, de cujo
Laconicamente os nossos dicionários, em sua maioria, esclarecem -
perfeito funcionamento dependem a boa saúde e a própria vida de um ser.
mutatís mutandis - que são mercadorias geralmente destinadas a venda ou
Da mesma forma a saúde e a vida de uma empresa, ou seja, a sua estabili-
a exportação nas suas quantidades disponíveis.
dade financeira e os lucros necessários ao seu desenvolvimento estão
intimamente relacionados e dependentes de um bom trabalho do controle
A concepção do verdadeiro significado ficará condicionada ao uso ou dos seus estoques.
utilidade que venham a ter para cada um ; cada industrial, cada comercian-
te tem uma concepção própria sobre as vantagens e desvantagens da O estoque de uma empresa, configuradamente, é a válvula reguladora
manutenção de seus estoques, uma cousa porém é comum: os estoques entre os abastecedores e os departamentos, seções, setores, etc., que
custaram dinheiro, valem dinheiro e terão que ser zelados como se dinheiro consomem, utilizam, e transformam tudo aquilo que é adquirido sendo uma
fosse.
Conhecimentos Específicos 87 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
das principais funções dos estoques controlar, mantendo o necessário da política brasileira de transportes, essa realidade não se modificará
equilíbrio entre as aquisições e as necessidades certas do consumo. sensivelmente em termos globais nas próximas décadas, por maiores que
sejam os esforços do governo na modernização dos transportes marítimos
Não se deverá esquecer que a finalidade primordial dos estoques é a e ferroviários.
de alimentar os setores consumidores, em quantidades estritamente neces-
sárias, em se tratando de produção industrial, e que, comercialmente O sistema rodoviário opera em linha gerais, apoiado na infra-estrutura
falando, os estoques, também, deverão ser calculados com a maior apro- das 6.000 empresas existentes em todo Brasil, com seus terminais de
ximação possível sobre a base de consumo ou de procura normais tendo carga, frotas de apoio, equipamentos para carga e descarga e estrutura de
em vista o fato de fazer-se grandes pedidos que venham a exceder o comunicação e administrativa. O transporte, propriamente dito, ou seja, o
consumo médio, correndo o risco de imobilizar capitais consideráveis; ao deslocamento da carga é feito pela utilização de duas grandes frotas: os
contrário, se os pedidos forem muito restringidos, poderão ser sobrepujados 57.OOO veículos carreteiros, ou seja, veículos com motoristas autônomos,
pela procura, e neste caso, por não ter o que fornecer, o prejuízo será proprietários de seus caminhões. Executando condições especiais, os
evidente, comercialmente falando. carreteiros trabalham como subcontratados das empresas.
Com referência aos estoques industriais, devemos considerar que os
Ao utilizar o sistema de transporte rodoviário, é necessário examinar
estoques, em sua grande maioria, destinam-se à produção, cumprindo
algumas particularidades do material a ser transportado e, sempre que
estudar os diversos tipos de estoques..." ("Administração de Materiais", possível, adequá-lo com os equipamentos normalmente usados pelas
Atlas, 5a Edição, pgs. 106 e segs.). empresas que operam o sistema. Tal precaução é indispensável para
Tipos de Estoques atingir-se o aproveitamento ótimo dos veículos em sua capacidade (peso ou
Há cinco tipos de estoques a serem considerados:
metro cúbico) e, consequentemente, reduzir o custo operacional e o custo
estoque de Matérias-primas
do frete. Sempre que um lote de carga permita o aproveitamento racional
estoque de Produtos em fabricação dos veículos, os transportadores têm a possibilidade de evitar a aplicação
estoque de Produtos acabados do sobrepreço ao frete final. Isso significa que, se o material oferecer condi-
estoque de Produtos semi-acabados
ções para aproveitamento ótimo, o custo fica menor no cômputo final.
estoque Materiais indiretos.
De maneira geral, as empresas transportadoras remuneram seus servi-
Matérias-primas: São os materiais básicos componentes dos bens ços mediante cobrança do frete e seus adicionais. Cada uma dentro de seu
produzidos. Sua utilização é diretamente proporcional à quantidade de bens critério necessita obter remuneração compatível com seus custos operacio-
fabricados. nais, que não são diferentes das outras atividades econômicas. Assim, ao
estipular o frete por tonelada ou por metro cúbico ou por viagem, a empresa
Produtos em fabricação: São bens ainda não acabados, faltando, tem de considerar todos os seus custos diretos e indiretos.
ainda, algumas fases para serem completados. São também chamados
semi-usinados. Outro fator importante, para a análise de transportes, são as compras
realizadas pela empresa. Vários fatores influem na decisão de operar as
Produtos acabados: Estes já estão prontos para serem utilizados. compras pelo sistema CIF ou FOB, e a tendência normal dos setores de
Ficam estocados até sua entrega a quem vai utilizá-los. compra é optar pelo primeiro, isto é, receber a carga em seus depósitos,
deixando aos fornecedores a incumbência de escolher os meios de trans-
Produtos semi-acabados: São bens que ainda dependem de pequenos porte para o cumprimento dos prazos de entrega. Mas a elevação dos
acertos, regulagens, pintura, lustramento, etc. custos de transporte nos últimos tempos vem pressionando a política de
vendas com o objetivo de transferir esses custos ao comprador, ou seja, os
Materiais indiretos: São materiais que não entram diretamente na fornecedores procuram negociar FOB, retirando esta parcela de custo do
produção de bens. produto a ser vendido.

Seu consumo não tem proporcionalidade com o volume da produção. Embora as duas condições de custo continuem a ser praticadas, todos
os negócios FOB trarão novo encargo para os responsáveis pela adminis-
Expedição: Distribuição de Materiais tração de materiais: a escolha do transportador. Nas compras FOB, caberá
Em "Administração de Materiais - Uma abordagem Logística", MARCO ao comprador estabelecer uma política de transporte que lhe permita man-
AURÉLIO P. DIAS (Atlas, 2ª, p. 34g e 35) escreve sobre o sistema de ter custos adequados, ao mesmo tempo que terá de responder pela eficiên-
distribuição: cia da operação para que seus insumos cheguem ao almoxarifado nos
prazos necessários à manutenção dos estoques. Com isso torna-se indis-
O sistema de distribuição de produtos de uma empresa sempre foi im- pensável estabelecer critérios básicos de transporte que lhe permitam a
portante e complexo, pois o transporte é um considerável elemento de escolha das opções mais condizentes com suas necessidades.
custo em toda a atividade industrial e comercial. Desde a crise do petróleo,
num país onde quase 80% das mercadorias são transportadas via rodoviá- É fácil constatarmos então a importância de um Departamento centrali-
ria, a racionalização desta operação passou a ser vital à estrutura econômi- zador de serviços de transportes utilizados pela empresa. Basta verificar-
co-financeira das empresas. A decisão entre a frota própria, leasing ou mos que, quanto mais bem estruturados estivermos, maiores serão as
transporte de terceiros é bem mais complexa do que parece. possibilidades de colocação de produtos em diferentes mercados. Entretan-
to, a utilização de sistemas de distribuição não representa somente um
Cada situação tem características específicas e não existem regras ge- custo adicional para a empresa, mas também fator relevante na formação
rais que garantam o acerto da escolha. O que para determinada empresa é do preço final do produto.
altamente rentável pode ser um fator de aumento de custos para outra. Em
função disto, o responsável pela distribuição de produtos precisa ser um No Brasil tal participação chega a níveis de 5% a 7%, dependendo, é
especialista, muito bem entrosado e conhecedor das demais áreas da claro, da mercadoria a ser distribuída. Estes índices, no entanto, são bem
empresa. maiores para os países que possuem infra-estrutura de maior sofisticação
para tais serviços; por exemplo, nos EUA, o nível de participação poderá
Quando se toma conhecimento de que uma empresa, para mandar 20 t estar compreendido entre um mínimo de 12% e máximo de 30%.
de carga num veículo cuja capacidade é de 25 t, está aumentando em 25%
seu custo de frete, este custo adicional nem sempre é notado à primeira Análise de Valor, Qualidade e Normas Técnicas de Materiais
vista, mas ao final será a carga que pagará o frete falso ou a capacidade "A avaliação adequada dos materiais recebidos e localizados no esto-
ociosa. que é um importante problema de contabilidade de custos. A questão é
quais elementos deveriam ser incluídos na avaliação de materiais? O preço
O sistema rodoviário responde hoje pelo transporte de 70% a 80% das de fatura dos materiais no ponto de embarque do fornecedor, menos os
cargas movimentadas no Brasil, e, sem entrar no mérito de erros e acertos descontos comerciais oferecidos (não confundir com descontos de caixa),

Conhecimentos Específicos 88 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mais os custos de transporte até o setor de recebimento do comprador, diretos. E, como pode ser facilmente percebido, frequentemente não há
podem ser chamados de elementos visíveis do custo, os quais são facil- qualquer correlação entre as flutuações dos preços de materiais e do
mente reconhecidos nos registros contábeis. produto acabado.

Mas que disposição deveria ser dada para outros itens do custo dos O princípio do custo de substituição reconhece como base mais apro-
materiais de natureza menos tangível, tais como: recebimento, desembala- priada para a avaliação o preço de mercado, de estoques e bens disponí-
gem, inspeção, teste, seguros, estocagem, controle e registros de estoque veis, ou seja, o preço que seria pago por eles na data do inventário. Neste
e custos de compra? lnegavelmente, esses custos ocorrem com a finalida- caso, também se tem a antecipação do prejuízo ou lucro, conforme as
de de colocar os materiais em condições de uso, tanto quanto os custos de condições do mercado (alta ou baixa). Este método, como o anterior, não é
transporte e o correspondente ao preço pago ao fornecedor. aceito para fins de imposto de renda, como, também, pelos contadores.

Dessa maneira, todos os custos incorridos para colocar os materiais O uso do preço de venda como método de avaliação de estoques é
em condições desejáveis de uso deveriam compor o custo real dos materi- aceito apenas em certos casos. Os produtos defeituosos, materiais estra-
ais. Todavia, por propósitos práticos, para evitar dificuldades na determina- gados e co-produtos para fins de uma melhor determinação de custo,
ção do custo dos serviços de recebimento, manuseio, compra e estocagem podem ser facilmente avaliados pelo preço de mercado.
aplicáveis a cada encomenda recebida de materiais, a maioria das empre-
sas se limita a computar os custos visíveis, ou seja, preço de fatura dos Métodos de Avaliação de Custo
materiais, menos os descontos comerciais e mais despesas de transporte. Um método de determinação de custos reais é a identificação específi-
ca de materiais em estoque com os preços efetivamente pagos por eles,
Avaliação de estoque. As quatro principais bases de avaliação do constante da fatura do fornecedor ou qualquer registro de custo é aplicável,
estoque são as seguintes: na prática, apenas quando existem poucos itens ou lotes de itens. A deter-
Custo real. minação do custo correto de materiais é um problema complexo, a menos
Custo ou mercado (o que for mais baixo). que todos tenham sido adquiridos sob contratos de longa duração a preço
Custo de substituição. fixo. Os preços de mercado estão sujeitos a flutuações constantes, e, em
Valor de venda. vista disso, cada fatura recebida pode ter um preço mais alto ou mais baixo
por unidade de material que a precedente.
Se a contabilidade segue uma técnica consistente de trabalho, o méto-
do mais lógico de avaliação de estoques é o do custo real. As informações Outros métodos mais conhecidos de determinação de custos reais são:
para a Administração baseiam-se no custo real de departamentos, opera- FIFO - First-in, first-out (primeiro a entrar, primeiro a sair)i
ções, territórios, produtos, encomendas etc., não incluindo qualquer resul- LIFO - Last-in, last-out (último a entrar, último a sair);
tado (originado da adoção de qualquer outro método de avaliação), até a médio;
venda do produto ou liquidação da empresa. São os seguintes os argumen- custo standart
tos dados em favor da avaliação dos inventários pelo custo real:
 custo é uma base uniforme que pode ser aplicada para todos os Método FIFO:
elementos de estoque e usada consistentemente período após Este método é usado com sucesso para itens razoavelmente volumo-
período. sos e de custo unitário elevado desde que sejam facilmente identificáveis
 fato de haver flutuações nos preços de materiais ou mercadorias com o lote específico de compra a que pertençam.
não significa necessariamente que os produtos vendidos estejam
sujeitos às mesmas reações. Quando este método é usado, pressupõe-se que as saídas de materi-
 Os materiais ou mercadorias são apenas um elemento do custo do ais sejam feitas conforme a ordem cronológica de entrada, ou seja, os mais
produto vendido; em muitas empresas, os custos da mão-de-obra velhos primeiro; naturalmente, essas saídas são avaliadas pelo custo
direta dos gastos gerais de fabricação são muito mais significantes. unitário do lote a que pertenciam e, por esse motivo, o estoque remanes-
 É difícil determinar preços de mercado para materiais e panes cente é avaliado pelos custos unitários mais recentes. Se a quantidade
acabadas não comuns (não padronizadas). desejada for maior que as unidades remanescentes do primeiro lote, usa-se
 Quando o método de custeamento usado for o FIFO ou o LIFO, em o preço de custo do segundo lote para a diferença entre a quantidade
geral, os últimos custos no primeiro caso (FIFO) e os primeiros requisitada e a remanescente do primeiro lote. Todavia, o manuseio físico
custos no segundo caso (LIFO) aproximam-se muito do valor de do material, em geral, não obedece à ordem de custeamento, mesmo
mercado ou custo de substituição. sendo recomendável para itens que estão sujeitos à deterioração e obso-
 Quando o custo for usado como base não se admite a apuração de lescência.
perdas ou lucros antecipados (afetando as operações correntes
antes que a venda tenha sido realizada) Método LIFO:
 Os preços de mercado podem ser comparados com custos estatís- Também é conhecido como método do "custo de substituição" e ba-
ticos em relatórios e demonstrativos financeiros, sem haver neces- seia-se na argumentação que os lotes são consumidos na ordem inversa
sidade de alteração dos registros contábeis. ao recebimento, ou seja, o último é consumido primeiro, em seguida o
penúltimo, posteriormente o antepenúltimo, e assim por diante.
Uma objeção ao custo como base para cômputo de estoque relaciona- Na realidade, esta prática não é inteiramente observada, isto é, não há
se com a avaliação do balanço, Se o preço de mercado tem crescido em a distinção física dos lotes de conformidade com a sua idade (tempo em
comparação com os custos reais, torna-se debatível se o estoque estimado estoque), mas uma distinção nos registros contábeis para fins de avaliação
na base do custo apresenta o valor correto, Todavia, essa não é uma (apreçamento).
objeção muito séria, porque se houver uma importante variação no valor de O uso deste método tende a nivelar ou equilibrar os lucros e perdas du-
mercado, o inventário pode ser avaliado pelo custo e, no rodapé do balan- rante períodos seguidos de alta ou baixa de preços, ou seja, em períodos
ço, ser indicado o valor do mercado, ou ainda, constituir-se uma reserva de alta os lucros decrescerão e, nos de baixa, crescerão. A demonstração
apropriada de reavaliação, de lucros e perdas é mais atual, comparada com os demais métodos de
avaliação, embora, em consequência, o estoque aparecerá no balanço
O método de avaliação por custo ou mercado que for mais baixo, é ba- avaliado pelos preços mais antigos e, portanto, desatualizado.
seado na teoria que, se os preços de mercado são mais baixos do que o
custo dos bens ou mercadorias, haverá uma variação correspondente no Método do preço médio:
preço dos produtos vendáveis. As perdas antecipadas são concretizadas O método da média ponderada pode ser usado com grandes vanta-
por um ajustamento dos inventários contra o débito na conta de Lucros e gens quando o preço está sujeito a constantes variações (para baixo ou
Perdas. Esse método tem aplicação muito difícil nas empresas industriais, para cima), quando o estoque consiste em itens fungíveis encontrados na
porque são imensas as dificuldades na determinação do estoque de produ- indústria do petróleo, mineração, alimentos enlatados etc., ou quando haja
tos em processo de fabricação e centenas ou milhares os itens de materiais necessidade de mistura de um material com outro.

Conhecimentos Específicos 89 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Método do preço standart: sempre tomados em consideração ao elaborar uma especificação de um
Em muitas empresas este método é utilizado vantajosamente para determinado material:
certo período de tempo. forma física;
o enquadramento no tipo mais econômico;
Seu uso, exige que se realize, antecipadamente, um estudo dos contra- o comportamento em serviço.
tos de fornecimento efetuados, listas de preços e condições do mercado
para o período contábil. Para maior facilidade burocrática, os custos dos A forma física. Para se obter a forma física de qualquer material ou tipo
bens adquiridos são ajustados para o standard por ocasião do seu recebi- de material, é necessário que a especificação se atenha à sua usinagem
mento, evitando a necessidade de reajustamento dos custos unitários de sob os seguintes preceitos:
cada item de material após cada entrada (método do custo médio pondera- 1°) a matéria-prima a ser empregada;
do) ou a identificação dos lotes remanescentes no Almoxarifado após cada 2°) o volume, o peso, a consistência e a composição das matérias-
saída (métodos FIFO e LIFOI." (MARCO AURÉLIO P. DIAS, em "Gerência primas;
de Materiais", Atlas, 1988, pgs. 37 a 40). 3°) a resistência mecânica;
4°) a forma que corresponda a uma apresentação que incida na
Em discorrendo sobre A qualidade do Artigo, SEQUEIRA DE ARAÚJO psicologia do trabalho a ser executado.
ensina que "Em administração de materiais sabe-se, perfeitamente, que a Tipo econômico. O tipo econômico do material é o que em linhas gerais
qualidade do artigo é de importância fundamental em todas as compras e obedece aos seguintes preceitos:
que na maioria das vezes um produto vende pela "tradição de qualidade". 1°) o volume do material, eliminando o supérfluo;
Tanto isto é verdade, que é objeto de zelo, por parte da maioria dos 2°) o custo da usinagem, considerada a quantidade a ser empregada;
produtores, a manutenção da boa qualidade, fator que, sem dúvida alguma, 3°) a aplicação racional;
dá origem à aceitação de suas mercadorias por parte dos consumidores. 4°) o tempo de vida útil.

Os diretores, os gerentes, os administradores de materiais, dentro da O comportamento em serviço. O Comportamento do material em


moderna administração das empresas têm sob sua responsabilidade e, serviço é a prova efetiva de sua boa formação física, e que se pode verificar
portanto, dependem de sua orientação, todos os setores que tenham rela- por:
ção com o controle dos materiais (quando nos referimos a materiais, gene- 1°) reação da matéria-prima na temperatura ambiente;
ricamente estamos nos referindo a tudo aquilo que diga respeito à inversão 2°) verificação da boa ou má aceitação quando utilizado;
de capitais nas suas aquisições, quer sejam materiais destinados à produ- 3°) defeitos verificados;
ção, como ao consumo geral e manutenção). 4°) exame do desgaste quando empregado.

O Administrador de Materiais, dentro da moderna análise do cargo, de- De posse destes elementos, as pessoas que especificarem terão pos-
verá ser praticamente um técnico que conhece perfeitamente a origem e a sibilidade de uma descrição completa de determinado material ou matéria-
qualidade do produto a ser adquirido, ou então, tendo dúvidas deverá prima, que ficará perfeitamente identificado, evitando assim confusões com
recorrer às especificações, às normas técnicas, às referências ou a docu- similares. A aquisição de materiais de acordo com as especificações equi-
mentos referentes a fornecimentos anteriores, quando houver necessidade vale a uma garantia de qualidade.
de especificar claramente um determinado artigo.
Um outro ângulo na administração de materiais, que se beneficia de
A qualidade do artigo é considerada de grande importância no século forma acentuada, é o setor de conferência e recebimento dos materiais
em que vivemos, no qual estão sendo superadas tradicionais e importantes adquiridos para a empresa.
teorias. Por incrível que pareça, todos estes aspectos da evolução, a que
assistimos, estão diretamente ligados ao fator qualidade, requisito tão O departamento de Compra ou o Agente Comprador, ao efetuar aquisi-
necessário no terreno tecnológico. ções, por um dos sistemas adotados pela empresa, apresenta aos fornece-
dores todos os dados relativos ao material que necessita.
De um modo geral a qualidade que deverá possuir um material é regida
por uma especificação adequada. A especificação de um material nada Esses dados é que constituem as especificações, propriamente, assim
mais significa, de acordo com os mestres, do que a descrição do aspecto denominadas. O comerciante consultado irá guiar-se para fornecer a sua
físico do mesmo; portanto tais descrições devem redigidas com clareza nos cotação, pelas especificações descritivas que caracterizam o material, cuja
seus pormenores. cotação é solicitada.

Especificar corretamente um material é uma verdadeira obra de arte; Após os necessários trâmites será emitida, pelo setor competente, uma
especificar é determinar nos materiais de consumo, nas ferramentas-, nos ordem de compra em favor do fornecedor; este documento é feito em
equipamentos, nos acessórios, etc., as qualidades necessárias para a sua diversas vias, uma destas vias se destina ao almoxarifado que irá receber e
aplicação segura e econômica nos setores a que se destinam. conferir o material.

As especificações, quando elaboradas com critério e conscienciosa- No pedido ao fornecedor consta a especificação do material cuja cota-
mente, são auxiliares imprescindíveis de uma boa administração de materi- ção foi aceita; portanto, na via destinada ao almoxarifado a mesma automa-
ais. Tendo necessidade de adquirir algo, e tendo desse algo uma perfeita ticamente figura e por esta via é que ele poderá receber mercadorias, tendo
especificação, ter-se-á uma boa oportunidade de comprar corretamente o por base, para a conferência, a especificação constante da mesma.
material que necessitamos.
A nota fiscal emitida pelo comerciante, de acordo com a lei, deverá ser
Atualmente não se ignora que uma especificação bem redigida o espelho da nota de compra recebida; da comparação dos dizeres cons-
equivale a uma amostra real e concreta, não permitindo dúvidas, nem tantes da via da nota de compra e da via da nota fiscal, o conferente ou
deixando margem para a oferta de similares. recepcionista do almoxarifado poderá, então, iniciar a conferência direta
dos materiais que está recebendo" ("Administração de Materiais", Atlas, 5ª,
Os trabalhos de especificação dos materiais de uma empresa serão p. 40 a 43).
sempre realizados por uma equipe e raramente por uma única pessoa, pois
tarefa de tanta responsabilidade não poderá ser realizada a contento, por Gestão de Estoque
um único indivíduo. "É absolutamente imprescindível o bom controle dos estoques, para se
atingir a meta das boas aquisições para um empresa. A finalidade precípua
Como colaboração ao administrador de materiais, ou ao pessoal de de tal controle é ter-se os itens à mão, quando necessário, e proporcionar a
sua equipe, ao qual será cometida a tarefa da especificação dos materiais proteção adicional das reservas dos estoques (estoques mínimos), os quais
utilizados pela empresa, iremos relacionar os fatores que deverão ser são teoricamente intocáveis, porém servindo, na prática, para preencher as

Conhecimentos Específicos 90 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
necessidades, quando demandas extraordinárias surgem, ou quando as Deste modo, é verdade que as diretrizes de ação relativas às compras
compras de rotina não são bem sucedidas, como por exemplo, quando as e aos estoques andam de mãos dadas. Têm ambas o objetivo comum de
entregas são retardadas ou rejeitadas. buscar o custo final mais barato e viável para os materiais comprados.

A finalidade, precípua dos estoques mínimos é a de permitir ao Depar- Não obstante, há ocasiões em que a política de uma empresa para o
tamento de Compras ou ao comprador da empresa, conforme o caso, estoque determina ou modifica a política estabelecida para as compras, em
efetuar as necessárias consultas aos fornecedores inscritos no cadastro de vez de acontecer o contrário. Esta é uma das razões para que se estabele-
fornecedores, com o tempo folgado para que algumas ofertas sejam rece- ça o controle dos estoques como uma responsabilidade conjunta, onde
bidas e mesmo permitir outras vantagens, tais como: ajustar as quantidades quer que tal plano organizacional esteja sendo praticado.
de encomenda para que sejam de acordo com a embalagem comercial,
padrão, lotes de fabricação econômicos e lotações completas de veículos Não raro, o Depto. de Compras tem a responsabilidade do controle dos
de transportes, estudo dos tipos de pallets ou de containers (cofres de materiais, além das aquisições propriamente ditas; deve ter este ponto de
carga) a serem economicamente utilizados, com a finalidade de se obter vista amplo da função total do controle de materiais e ser capaz de adaptar,
um custo mínimo de transportes. tanto a política de compras como a diretriz dos estoques para atingir, assim,
o objetivo final da Administração de Materiais.
Atualmente, cada dia que passa mais se difundem estes modernos
meios de transportar cargas, tanto que, na aviação, já operam aviões Estoques de Segurança. Uma das atribuições específicas do setor
cargueiros adaptados à utilização de pallets, denominados aviões paletiza- "CONTROLE DOS ESTOQUES" é evitar que a produção venha a ser
dos, sendo de notar que, mais recentemente, os containers (cofres de paralisada por falta de um item do estoque. Este risco é mínimo pelo esta-
carga) estão sobrepujando a utilização dos pallets, pois oferecem mais belecimento do estoque de segurança ou reserva.
segurança e maneabilidade no transporte de mercadorias.
A falta de um pequeno item, como um rótulo ou um fino revestimento
Como ocorre na aviação, assim também acontece no transporte marí- da tampa de uma garrafa, pode parar a produção, tão efetivamente como a
timo sendo que barcos especialmente construídos podem aumentar em falta de um ingrediente de grande importância para o produto ser embalado.
muito a sua capacidade de carga a ser transportada de porto a porto,
aumentando consideravelmente sua capacidade de transporte; entre outras Deste modo, torna-se ainda mais importante tomar providências para
vantagens operacionais, diminui o tempo de estadia nos portos, sendo um estoque de segurança dos itens pequenos que serão controlados,
digno de registro que, buscando abreviar tais estadias, algumas companhi- atribuindo-lhes a mesma importância dos itens de maior importância.
as estão operando com um sistema de barcaças carregadas com contai-
ners que, embora o navio permaneça ao largo, elas se desprendem do O estoque mínimo, ou como querem alguns, o estoque de segurança,
barco, levando diretamente ao caís as mercadorias que transportam. ou então, estoque de reserva, é um problema básico do controle dos esto-
ques. Estoques de segurança demasiadamente grandes representam um
A quantidade matemática das quantidades de encomendas economi- desperdício, em se tratando de despesas, e podem adquirir um caráter
camente interessantes, qualquer que seja a fórmula ou método, sempre muito sério.
representa o custo da manutenção de estoques, e as taxas variáveis para
este fator, que são encontradas em algumas tabelas de quantidades a Um fato relativo aos estoques, que nem sempre é reconhecido é que,
serem encomendadas, mostram que isto não é apenas uma questão de embora os estoques de segurança possam representar uma porcentagem
juros decorrentes dos investimentos nos estoques. Há evidentemente a relativamente pequena do valor total dos estoques movimentados durante o
consideração básica da administração e operação eficiente dos almoxarifa- ano, eles podem chegar a 60% ou mais do estoque total a qualquer tempo,
dos, o que depende, em parte, das diretrizes adotadas para os estoques. o que é a base do custo de manutenção de estoque. Por outro lado esto-
ques mínimos demasiadamente pequenos não cumprem a sua finalidade.
Os custos da manipulação e da manutenção de registros variam, como
o fazem, também, os custos de compras, segundo a frequência e o volume Um estudo feito em uma grande indústria mostrou que a sua fábrica
das encomendas e das entregas, e há quantidades ótimas do ponto de poderia operar com sucesso, sem qualquer efeito sério sobre a produção se
vista da administração dos estoques, que por sua vez não coincidem ne- 1,5% (um e meio por cento) dos itens de almoxarifado estivessem sempre
cessariamente com as quantidades ótimas de compras." em falta nos estoques; e se 3% dos itens estivessem naquelas mesmas
condições, as perdas de produção seriam sérias; chegando a 5% os pro-
A limitação das reais instalações de armazenagem são citadas como gramas estariam completamente inutilizados e o Depto. de Compras teria
sendo um fator limitante na política das compras. Toda a área de custo de um seríssimo problema em providenciar os itens necessários." (Sequeira de
se proporcionar e manter instalações para a manipulação e o armazena- Araújo, "Administração de Materiais", Atlas, 5ª, p. 110 e segs.)
mento é um problema da administração dos estoques.
Formulários-Modelos para Controle de Estoque de Materiais
Enquanto o agente comprador talvez se preocupe com o dado geral re- À página 155 de sua obra "Administração de Materiais", Sequeira de
lativo ao emprego de materiais, anual ou mensalmente, o encarregado e Araújo (Atlas, 5ª edição) inicia a descrição de "Modelos indispensáveis ao
responsável pelo controle dos estoques analisa o registro muito mais deta- controle dos materiais":
lhado do número de demandas por mês, por dia, como sendo este dado um
item necessário para determinar os pontos de encomenda e as quantidades GUIA DE ENTRADA DO MATERIAL - (Mod. 10)
mínimas de estoque. Deste modo, são evitadas as faltas de estoque, em- Este modelo, também denominado "Guia da Entrada de Material", é uti-
pregando-se os pedidos dos departamentos, relativos às suas necessida- lizado como aviso ao setor que solicitou a aquisição do material, como
des operacionais. também aos órgãos da administração, engenheiros, contramestres, etc.,
que tenham necessidade de saber se o material foi recebido.
Devemos considerar, ainda, que o investimento em materiais é um fator
da política financeira, que pode superar as considerações estritamente Consideramos esse modelo, utilizado na maioria das organizações
relativas aos custos e às quantidades de compras. industriais de nossa Pátria, como uma espécie de cópia fiel da nota fiscal,
que por lei acompanha o material.
Poderão existir excelentes razões circunstanciais ou de diretrizes que
Geralmente, a nota fiscal é apresentada em duas vias ao almoxarifado
sugiram uma política de investimentos em materiais, na qual as poupanças
das compras sejam sacrificadas em benefício da fluidez das fontes de e ocorre que, não raro, os setores que solicitam a compra de materiais
capital, ou sugiram, ainda, a sua aplicação em outras áreas dos negócios. tenham necessidade de saber se o material já foi recebido, a fim de que
possam levar avante as tarefas nas quais os mesmos serão utilizados.
As decisões administrativas desta espécie são, frequentemente, completa-
das por meio de diretrizes estabelecidas para o estoque e seu controle. As unidades de processamento e apuração de dados também têm
necessidade de serem informadas do recebimento de tais materiais;

Conhecimentos Específicos 91 A Opção Certa Para a Sua Realização


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portanto, este modelo é remetido a tais setores, como uma espécie de NOTA DE TRANSFERÊNCIA DE MATERIAIS - (Mod. 18)
aviso da recepção dos materiais, pelo Almoxarifado. É normal a existência deste tipo de controle da transferência de materi-
ais, principalmente nas grandes empresas. Poderá ocorrer que um determi-
AVISO DE ENTRADA DE MATERIAL - (Mod. 11) nado almoxarifado esgote seu estoque e tenha necessidade de ser abaste-
Verdadeiramente, muitas vezes torna-se um problema remeter a 2ª via cido rapidamente; é necessário que se efetue uma transferência de um
da nota fiscal aos setores interessados na aquisição e consequentemente para outro almoxarifado da empresa; emite-se, então, o modelo 18, que
recepção do material, os quais solicitaram a compra. Para sanar este acompanhará o material transferido e controlará perfeitamente a tramitação,
inconveniente, as empresas utilizam nos seus serviços de almoxarifado o autenticando e documentando a mesma para os devidos fins.
modelo 1 1 . Esse modelo, quando convenientemente assinado pelos
responsáveis, que poderão ser os setores que recebem e conferem os TRANSFERÊNCIA DE MATERIAL - (Mod. 19)
materiais, poderá espelhar todos os dados relativos ao material recebido É uma outra versão do modelo 18; neste existe um espaço reservado
tornando-se uma cópia fiel das anotações das notas fiscais. para a "JUSTIFICATIVA" de transferência.
Essa "justificativa" deverá ser apresentada pela autoridade que deter-
NOTA DE RECEBIMENTO DE MATERIAL – (mod. 12) mina a transferência; isto é importante, pois quando não existir tal autoriza-
É mais uma versão dos modelos anteriores. Conforme procuramos evi- ção, ignora-se, muitas vezes, quem determinou a operação e as razões
denciar, os setores que solicitam a aquisição de materiais e mesmo o Setor pelas quais ela foi realizada.
de Controle dos Estoques, têm necessidade de serem informados imedia-
tamente do recebimento dos materiais por parte do almoxarifado, razão NOTA DE SUPRIMENTO – (mod. 20)
pela qual a emissão deste relatório poderá ser diária, semanal ou mesmo Este modelo, denominado "Nota de Suprimento", é uma versão dos
quinzenal, de acordo com as determinações superiores. modelos anteriores, porém, ele, no rodapé, faz menção a despesas especi-
ais efetuadas com a transferência, pois poderá ocorrer que tenhamos que
RECEPÇÃO DE MATERIAL - (Mod. 13) debitar por fretes, carretos, embalagens, despachos, etc., efetuados com a
O controle do material recebido pelos almoxarifados é feito também por referida transferência de um almoxarifado para outro situado em ponto
este tipo de modelo. Conforme se verifica, a discriminação do material distante.
recebido e todos os dados relativos à identificação da origem estão perfei-
tamente espelhados no modelo em apreço; além de ser uma cópia da nota RECOLHIMENTO DE MATERIAL USADO (mod. 21)
fiscal contém, ainda, outros dados que interessam não só à alta administra- Há necessidade de documentar-se o material que é recolhido ao almo-
ção como à própria contabilidade da empresa. xarifado ou a um subalmoxarifado, cuja situação originou o modelo 21 . O
material recolhido poderá ser recuperado ou não; portanto é necessário que
AVISO AO FORNECEDOR DO RECEBIMENTO DE MATERIAL POR esta condição seja perfeitamente esclarecida. Todas as demais situações
ESTRADA DE FERRO OU CAMINHÃO (Mod. 14) estão perfeitamente documentadas, existindo, ainda, neste modelo, um
O modelo 14 é utilizado pelo almoxarifado para avisar ao fornecedor do espaço reservado para a "justificativa" de tal recolhimento.
recebimento por estrada de ferro ou caminhão, ou por outro meio qualquer
o recebimento do material permitindo, desta forma, o seu faturamento, por GUIA DE REMESSA DE MATERIAIS - (Mod. 22)
pane da firma fornecedora. É pois o documento que habilita o fornecedor a Por certo, não necessitaremos acentuar a importância deste documen-
entrar com o seu faturamento, a fim de receber a importância que lhe é to para controle dos materiais remetidos. Solicitamos a atenção dos inte-
devida pela empresa que adquiriu seus materiais. ressados para determinados detalhes inseridos neste modelo; por exemplo,
no rodapé, temos um espaço reservado para "Dados Relativos ao Recebi-
CERTIFICADO PARA DEPRECIAÇÃO DE MATERIAL NO mento". O transporte efetuado por navios ou caminhões, seguidamente
ALMOXARIFADO – (Mod. 15) modificam a conferência por parte de quem recebe os materiais, não só no
Não raro o material estocado nos almoxarifados sofrem uma deprecia- seu aspecto quantitativo, como também no de apresentação.
ção. As causas poderão ser diversas; normalmente o tempo prolongado no Na parte superior é inserido um "código de advertência", muito
qual são mantidos em custódia é o principal responsável: ferrugem, mofo, necessário para a verificação das diversas situações em que o material é
empedramento, etc., que poderão ocasionar depreciações. recebido.
Às vezes, a depreciação processa-se no recebimento do material, o No espaço superior notamos o titulo "Referência", que são indicações
qual é transferido de um outro setor, no qual estava depositado; outras codificadas ou abreviaturas de origem do material, como por exemplo: AF,
vezes, é por ocasião dos fornecimentos aos setores que se constatam será autorização de fornecimento n°; OC, ordem de compra n°, e assim
mutações ocorridas durante a estocagem do material no almoxarifado; sucessivamente.
outras razões poderão ser apresentadas, tais como: defeitos na "Quantidade remetida" e "Quantidade aceita" são, também, anotações
embalagem, fugas, precipitações, evaporações, achatamentos importantes, que deverão constar desse documento; são fatores que deve-
(compressão), etc. rão, sem dúvida alguma, ser levados em consideração nos dados relativos
à remessa e ao recebimento.
BAIXA DE MATERIAL - (Mod. 16)
Poderá ocorrer que um setor, subordinado ou não ao almoxarifado, te-
GUIA DE EXPEDIÇÃO - (Mod. 23)
nha necessidade de dar baixa no material que estava sob sua responsabili-
"Guia de Expedição" é a denominação do modelo 23. Conforme a pró-
dade; para tanto deverá emitir o modelo 16 que servirá para os órgãos, nos pria denominação esclarece, esse modelo acompanha o material requisita-
quais o material está cadastrado, efetuarem os lançamentos necessários à do; ele, em si, documenta o fornecimento feito para efeitos de controle dos
referida baixa. Existe um grande espaço no canto inferior, do lado esquer-
materiais fornecidos. A guia de expedição poderá substituir a via de requisi-
do, destinado a "JUSTIFICATIVA", que deverá ser devidamente apresenta- ção do material, pois, conforme esclarecemos no modelo 7, relativo a
da por que pede a baixa.
requisições de materiais do almoxarifado, existirá, sempre, uma via da
MATERIAL MANUFATURADO –(mod. 17) mesma destinada a ser apensada ao mapa de movimento diário, talvez por
Por vezes, na própria organização, são fabricados ou produzidos pro- exigência do "controle dos estoques"; além da referida via deverá ser
dutos que, por várias razões, são recolhidos ao almoxarifado; nestas cir- emitida uma "Guia de Expedição", que se trata do modelo 23.
cunstâncias o almoxarifado receberá essa produção, que será capeada ou
acompanhada pelo modelo 17. Destaca-se nesse documento aquilo que foi ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO N° 1 - (Mod. 24)
produzido e o que foi recebido. Nos modernos almoxarifados, principalmente nos que servem às
Uma ficha de controle deverá ser organizada e o material, devidamente grandes indústrias, é normal a existência de 20.OCO a 30.000 itens em
conferido, será incorporado ao estoque do almoxarifado, dando-se, oportu- estoque num único edifício.
namente, ciência a todos os órgãos interessados. É um trabalho de organização a rápida localização de um determinado
Competirá ao setor "custos" as anotações que digam respeito ao mate- material ou tipo de material entre os milhares de itens postos em custódia
rial produzido, pois a ele caberá calcular mão-de-obra, matéria-prima, etc., nas modernas instalações.
para que se tenha o custo real do material produzido.

Conhecimentos Específicos 92 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Afim de que possamos localizar onde está estocado determinado tipo Dois sistemas, atualmente, são largamente utilizados pelo "Controle
de material, é necessária a organização de um fichário de localização. Geral". Um denomina-se "vertical" e o outro "horizontal".

O modelo 24 é idealizado para a identificação do material e sua locali- O sistema vertical consiste em colocar as fichas verticalmente, isto é,
zação na área de estocagem. Além da descrição da classe teremos anui- são colocadas em caixas que poderão ser de madeira, ferro ou aço; geral-
dade em estoque e a sua localização, pois estoque n°... poderá informar o mente essas fichas possuem grandes formatos e são impressas em pape-
número do conjunto e a prateleira respectiva. lão fino. A desvantagem do procedimento é que quando são alguns milha-
res de itens a serem controlados o número de caixas é naturalmente consi-
Ainda na ficha consta a perfeita nomenclatura do material, isto é, a sua derável, o que dá origem à ocupação de um espaço muito grande, porém a
especificação correta, bem como o nome do funcionário que efetuou o não ser este inconveniente, não existe nenhuma restrição ao seu uso;
fichamento. algumas empresas acreditam que o sistema oferece algumas vantagens,
porque, sendo maiores as fichas, essas poderão conter mais algumas
ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO N° 2 - (Mod. 25) informações valiosas (Modelo 28).
Este modelo é uma simplificação do modelo anterior (mod. 24). Con-
forme podemos constatar, ele apenas destina-se à localização do material, O sistema conhecido por Kardex é o mais difundido, inegavelmente.
onde o mesmo está estocado e o número que lhe corresponde no lote. Apresenta uma série de vantagens que deverão ser consideradas, como,
Existe ainda a menção de "mínimo em estoque" e o tipo de "unidade" que por exemplo, um grande número de fichas num espaço relativamente
foi adotada. reduzido.
Esses dois modelos permitem a rápida localização dos materiais nas
áreas de estocagem; conforme esclarecemos, são milhares de itens exis- Este sistema é adotado pela maioria das empresas produtoras de
tentes em determinados almoxarifados industriais e é absolutamente ne- arquivos de aço, onde as fichas de controle são colocadas em gavetas na
cessário que se obtenha rapidamente a sua exata localização a fim de que posição horizontal. Cada gaveta do arquivo possui número variável de
as requisições possam ser atendidas com presteza. fichas, sendo colocadas no sentido horizontal. Poderão conter 25 ou mais
fichas cada gaveta; por sua vez cada móvel poderá conter 10, 20 e mais
NOTA DE DEVOLUÇÃO AO ALMOXARIFADO – (mod. 26) gavetas (Modelo 29).
O material, não raro, é requisitado em quantidades superiores às ne-
cessidades. Isto ocorre com materiais difíceis de serem calculados em suas DUPLO CONTROLE
exatas quantidades, por tal razão o mesmo terá que ser devolvido ao O método do "Duplo Controle" é um sistema de controle dos mais sim-
almoxarifado, já que não será utilizado. Este modelo é emitido em diversas ples e seguro, que possibilita a conferência rápida dos saldos em estoque,
vias, como por exemplo: via para recibo, que ficará em poder de quem sem haver necessidade de pesar, medir, etc. os saldos existentes, permi-
devolve; uma via para as devidas anotações nas fichas de estoque e estor- tindo, outrossim, localizar imediatamente qualquer erro, esquecimento,
no do débito; uma via para o controle contábil do estoque e finalmente uma inversões, etc. de lançamentos efetuados.
via, para quem devolve registrar em suas fichas de estoques.
Apoia-se, o sistema, na movimentação de duas fichas, denominadas
NOTA DE DEVOLUÇÃO ESPECIAL - (Mod. 27) respectivamente:
Este modelo destina-se a materiais que foram reparados, recondicio- a) Ficha de prateleira ou estoque físico
nados, remontados, testados ou examinados. É uma guia que acompanha b) Ficha controladora ou controle geral.
o material desde que o mesmo é retirado do almoxarifado; no seu retorno,
dado os processos de recuperação pelos quais muitas vezes os materiais FICHA DE PRATELEIRA - (Modelos 30 e 31)
passam, poderá haver modificações que serão perfeitamente esclarecidas Como a sua própria denominação indica, esta ficha destina-se a con-
nas respectivas colunas. O número de vias do modelo é optativo." trolar o material no próprio local em que está estocado. O seu uso evita
estar contando ou pesando, medindo ou calculando os materiais cada vez
Variáveis e Técnicas que desejarmos nos certificar de sua real existência física. A ficha perma-
Araújo ("Administração de Materiais", Atlas, 5ª edição), às pgs. 178 e nece junto ao material, quer esteja nas prateleiras ou em outros locais; a
segs., denominando CONTROLE GERAL o setor que "tem por missão mesma será movimentada toda vez que o material é retirado, ou, de forma
controlar a vida do material (máquinas, equipamentos, peças, veículos, inversa, quando registrarmos novas entradas.
acessórios, etc.) e da matéria-prima utilizada numa empresa", trata das
técnicas utilizadas, mediante controle e fichas. As fichas de prateleira limitam-se a registrar os movimentos de
"entradas e saídas", bem como a exibir automaticamente o saldo existente.
"Para ser perfeito, como é exigível, este serviço terá que ser organiza-
do de forma racional; as suas fichas de controle ao serem examinadas Neste sistema de controle, utilizando este tipo de fichas, não faremos
deverão fornecer automaticamente todos os dados relativos a cada um dos menção a preços e outras referências que naturalmente serão fornecidas
pelas fichas de controle geral. (Mod. 32).
materiais e matérias-primas adquiridas para os serviços da organização.
Essa ficha de estoque físico, registrando todas as entradas e saídas, é
Essas fichas deverão conter todas as informações necessárias com re- sem dúvida alguma um poderoso auxiliar para o pessoal que trabalha com
ferência ao material, desde o preço pago por sua aquisição até o número os estoques, pois em caso de dúvida sobre um fornecimento ou entrada de
de unidades existentes em estoque no dia em que se faz a consulta. . um material, encontra-se na ficha de prateleira todos os elementos de que
necessitamos para esclarecemos diferenças porventura surgidas no contro-
Como é natural, existem diversos modelos de fichas de controle geral; le geral.
pode-se afirmar que cada empresa idealiza, de acordo com as suas neces-
sidades e atividades, o modelo que utiliza. Tais modelos são executados Ao movimentar essas fichas, registrando todas as entradas e saídas,
por encomenda dos interessados ou pelas tipografias ou então pelos pró- iremos automaticamente balanceando a existência à medida que o material
prios vendedores das organizações que de dedicam a este ramo de comér- der entrada ou for fornecido. No último caso mencionaremos a data, o
cio. número da requisição, o funcionário ou setor que requisitou e na coluna
respectiva a quantidade e logo após o novo saldo.
Cumpre considerar que ainda muitas empresas possuem e utilizam os
seus livros de estoques em cujas folhas escrituram-se as entradas e saídas Por ocasião de balanços e balancetes as datas e os saldos poderão
dos materiais; esses livros que antecederam os fichários, atualmente em ser lançados com tinta vermelha, assinalando desta forma, perfeitamente
uso, tinham denominações diversas; uma das mais antigas de nosso co- visível, quando foram executados tais trabalhos.
nhecimento é o "Livro de Tombo", que data de remotas eras, constando,
que antigamente os mesmos, no tempo do Brasil Império, importavam-se Examinando este modelo, verificamos que no alto existe um ilhós, que
de Portugal. servirá para melhor fixar as fichas nos locais a elas destinados; um simples

Conhecimentos Específicos 93 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
prego ou balmaz servirá para dependurar a ficha junto ao material em d) preço médio;
estoque. e) observações sobre o material em estoque e na produção, de
acordo com as devoluções e outras observações, porventura
Observando o formato das fichas de prateleiras pode-se confeccionar encaminhadas ao órgão controlador;
um "porta-ficha" que poderá ser feito em folha de flandres, alumínio ou f) razões de determinadas compras;
outro metal qualquer, fácil de dobrar; esse "porta-ficha" protegerá a ficha g) setores, seções, oficinas que utilizarem o material ou a matéria-
em uso do constante manuseio a que geralmente é submetida. prima, data das saídas de material, quantidades, custos do
material requisitado;
Na parte superior da ficha existe um espaço reservado para diversas h) cálculos sobre as possibilidades do estoque em relação ao
anotações de importância, como por exemplo: - Código, controle das exis- consumo;
tências, máximos e mínimos em estoque, o número da ficha (que deverá i) dados estatísticos de consumo por seções ou global;
ser idêntico ao número do artigo dado na ficha de controle geral), a deno- j) referências sobre a melhor época, para novas aquisições, razões,
minação do material e finalmente qual a unidade (quilo, litro, metro, tonela- estudos sobre novas fontes de produção ou de aquisição;
da, dúzia, cento, etc.) do material em estoque; isto é de importância, pois l) máximos e mínimos a serem observados com relação aos
pela unidade mencionada, ele deverá ser fornecido. O formato 20 x 30 cm e estoques disponíveis;
a impressão - frente/verso - será ideal. m) tipo de acondicionamento ou embalagem, unidade (caixas com dú-
zias, centos, milheiros, quilos, toneladas, metros, etc.) e observa-
A economia de tempo obtida com o uso dessa ficha, no controle dos ções gerais sobre o aspecto dos materiais, apresentação, etc.;
materiais no local em que estão realmente estocados, é verdadeiramente n) registros mensais de entradas e saídas, consumos médios
notável. verificados.

Apesar de sua denominação "Ficha de prateleira" ela poderá, ou me- E assim, sucessivamente, de acordo com as necessidades peculiares a
lhor, deverá ser utilizada em outros locais, onde existam materiais estoca- cada ramo de atividade, iremos introduzindo as observações que mais
dos que sejam recebidos ou fornecidos parceladamente, como exemplifica- possam interessar à administração, e, visando atingir tal objetivo, as fichas
remos: de controle geral deverão fornecer rapidamente as informações acima
mencionadas
Em determinado local estão estocados, digamos, 100 toneladas de um
determinado material, como por exemplo ferro em barras. Esse material é Como é natural, ela pode e deve ser alterada de acordo com o ramo a
fornecido na unidade - quilos; portanto, ao atendermos requisições do que pertença a empresa, considerando os materiais e matérias-primas com
mesmo, pesamos e entregamos - quilos. Em determinado momento os os quais trabalha. As fichas em apreço poderão ser executadas para serem
auditores, os fiscais, enfim alguém interessado, deseja saber quantos quilos utilizadas em fichários horizontais ou verticais.
realmente existem no lote; se não utilizarmos as fichas de estoque físico ou
de prateleira, teremos que mandar diversos operários braçais procederem à O modelo que estamos estudando tem capacidade para receber as
verificação, isto é, o material terá que ser pesado em sua totalidade; este seguintes informações.
serviço não poderá ser feito rapidamente, teremos que consumir um grande
espaço de tempo, dependendo do tipo de balanças que contarmos para Material: Destinado a registrar a denominação pura e simples pela qual
realizar a pesagem. Talvez serão consumidos dias e semanas e as horas- o material é identificado na empresa;
homem serão muitas a pesar na folha de pagamento deste pessoal.. Con-
tando com o concurso da ficha, poderemos no minuto em que apresentada Código: Quando for adotado o sistema de codificação dos
a questão, informar que a pilha contém tantas toneladas ou quilos. materiais de consumo ou permanente, bem como da matéria-prima;

Outro ângulo: no laboratório existem determinados produtos químicos Estoque: Máximo e mínimo para as previsões de consumo;
ou preparados que são fornecidos ou utilizados, tendo como unidade:
gramas ou miligramas; um pequeno frasco contém digamos cinco gramas Embalagem: Apresentação e estocagem dos materiais: caixas, fardos,
para aviar uma receita ou completar uma fórmula; são solicitadas 1,5 g do pacotes, litros, barricas, sacos, tambores, etc.
produto; registramos na ficha esta saída e a qualquer momento poderemos
informar que no frasco ainda restam 3,5 g evitando-se, desta forma, pesar Unidade: Referência sobre a unidade adotada para estoque: dezena,
ou retirar o produto para ser pesado, considerando, ainda, que o mesmo cento, quilo, milheiro, grosa, tonelada, litro, etc.
poderá ser altamente volátil, razão pela qual o seu peso específico poderá
modificar-se toda vez que for manipulado. Ficha n°: Que deverá corresponder ao número dado à ficha de
prateleira, com a finalidade de facilitar um rápido confronto;
Cumpre salientar o valor deste sistema de imediata verificação, da exis- Substituída pela de n°: Quando ocorrer que cada ficha tenha a sua
tência física de um material em estoque, por ocasião da realização de numeração própria de acordo com o sistema adotado;
balanços e balancetes. Toda e qualquer diferença em quantidade porventu-
ra acusada no fichário central, ou na ficha de controle geral, será imediata- Substitui a de n°: Utilizado quando se tratar do sistema acima
mente localizada pelo confronto dos lançamentos das fichas de prateleira mencionado.
com as fichas de controle geral.
No corpo central desta ficha figuram as colunas clássicas em tal
FICHA DE CONTROLE GERAL OU CENTRAL (mod. 32) sistema de controle, bem como as três encontradas normalmente: -
Esta ficha denominada "Controladora", sem dúvida, é a principal. É a Entradas - Saídas - Saldos.
mesma ficha utilizada nos fichários verticais ou horizontais, é um documen-
to informativo por excelência. Nenhuma administração de materiais poderá Em ambas as margens do modelo a que estamos fazendo referência
prescindir de seu concurso. Ela é a maior e melhor fonte de informações existe uma numeração em sentido vertical. Essa numeração poderá ter a
sobre tudo que diga respeito aos materiais pertencentes a uma empresa, seguinte utilidade:
portanto é considerado documento imprescindível dentro de qualquer tipo 1°) Quanto houver necessidade de ser mencionar o número do
de organização. lançamento, referência, n° tal.
Geralmente, ao estabelecermos sistemas de controle sobre os 2°) Destina-se a localizar rapidamente a linha correspondente ao
materiais de uma empresa, buscamos por intermédio destas fichas obter lançamento, evitando-se desta forma confusão na leitura das
rapidamente as seguintes informações: linhas.
a) quantidade do material em estoque na data considerada;
b) última aquisição; Material - Especificação: Como o próprio nome indica, destina-se à
c) nome e endereço do fornecedor; descrição característica do, material ao qual corresponde.

Conhecimentos Específicos 94 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Fornecedores: Nome das firmas que forneceram o material. O incomparável mestre, e grande amigo que foi, Affonso Campiglia,
Data: Registro da data do fornecimento. prefaciando "Saiba Comprar para a Sua Empresa ", apresentou o "check-
Quantidade: Das mercadorias adquiridas ou recebidas. list" de Edward Mcsweeney, compilado por J,K. Lasser, em seu "Manual de
Prefixos: Que corresponderão à abreviatura dada ao nome da firma Administração de Empresa", já citado, que iremos comentar, onde estão
fornecedora e servirá para identificar na coluna competente a procedência, alinhados esses dez itens fundamentais, que nos permitem uma visão da
pois em determinadas ocasiões o nome a ser lançado é por demais importância do setor de compras de uma empresa:
complexo e extenso.
Observações: Para registrar tudo aquilo que for necessário citar. 1°) "Uso de previsões de mercado, a fim de obter vantagens nas
Registros mensais: Os registros mensais, existentes no rodapé, encomendas".
permitirão consignar todos os dados relativos às entradas e saídas, bem Por previsões de mercado entendemos que refira-se a tudo aquilo que
assim, outros informes julgados necessários. o mercado, onde se atua, possa oferecer, no momento ou em épocas
futuras.
FICHA VOLANTE DE MATERIAL - (Mod. 33) Essas previsões terão que ser obtidas; as fontes de informações terão
Esta ficha é muito utilizada nas pequenas empresas; limita-se este do- que ser seguras e rápidas; devemos, outrossim, considerar que se por um
cumento a registrar a movimentação de um pedido de compras entre o lado existem informações que são essenciais, seja qual for o ramo industrial
almoxarifado e o órgão comprador da empresa; ela dispensa maiores ou comercial, por outro lado certas informações são especificadas para
esclarecimentos pois, os dizeres inseridos são claros e indicam perfeita- cada ramo.
mente todas as situações percorridas do pedido feito pelo almoxarifado ao Por mais que se tente dissimular, sempre as empresas estão
setor de compras." profundamente interessadas em saber, para sua melhor orientação, o que
estão fazendo os seus competidores...
Compras Os elementos que adquirem para essas empresas, como será óbvio
É oportuno lembrar o "check-list" de Mcsweeney, apresentado por acentuar, também estão interessados nos planos de produção das empre-
SEQUEIRA DE RAÚJO, em "Administração de Materiais" (Editora Atlas, 5º sas rivais, onde estão se suprindo, quanto pretendem comprar, quais os
edição, pgs. 77 a 85). planos de produção, etc., etc.
"Num "check-list" acerca do funcionamento do setor de compras nas Portanto, essas previsões de mercado, pelo prisma do elemento que
empresas, são citados dez itens fundamentais para o perfeito desempenho compra, poderão referir-se às quantidades de mercadorias, de matérias-
desse importante departamento. primas disponíveis não só na praça, como também em outras panes.
1°) Uso de previsões de mercado, a fim de obter vantagens nas Essas informações consideradas básicas para quem compra não são
encomendas. impossíveis de serem obtidas; muito pelo contrário, estão à mão, bastando
2°) Padronização dos artigos e especificações escritas, para prevenir apenas que sejam consultadas ou examinadas. Daremos aqui, as mais
variações evitáveis. comuns entre nós, fontes estas que habilmente ou maneirosamente pode-
3°) Exame periódico dos padrões de qualidade e outras rão oferecer todos os elementos que necessitamos para as previsões de
especificações, para reduzir exigências possivelmente excessivas. mercado.
4°) Laboratório de física ou instalações para provas, para o Antes de relacionarmos tais fontes de informações, devemos acentuar
estabelecimento de especificações de compras, assim como para que elas serão também de grande utilidade para o setor de vendas e colo-
testar materiais e suprimentos recebidos. cação dos produtos da empresa; portanto os elementos que adquirem
5°) Uso de "encomendas-contrato", segundo as quais o fornecedor é devem solicitar a colaboração valiosa dos elementos que vendem; essa
autorizado a manter permanentemente uma certa quantidade de colaboração é imprescindível ao êxito que todos almejam.
materiais ou suprimentos em estoque, do qual se farão as retira-
das, cabendo ao fornecedor armazenar o grosso desses materiais; Páginas Amarelas dos Guias Telefônicos
aliviando assim, na fábrica, o problema do armazenamento. Estes catálogos já se tornaram tradicionais como fontes de informações
6°) Uso de contratos amplos e duradouros com cláusula sobre para os compradores. Será, portanto, desnecessário esclarecer o ótimo
reajustamento de preços. auxílio que prestam, não só à indústria, como também ao comércio. A
7º) Análise de consumo, de forma a que encomendas corresponden- divisão em ramos industriais é efetuada com muito critério, pois permite
tes possam ser combinadas e feitas com intervalos maiores, ao in- uma rápida escolha entre diversos produtores, facilitando imensamente as
vés de fazer encomendas parceladas mais numerosas, de artigos consultas necessárias ao estudo de uma boa aquisição.
separados, o que exige diversas tomadas de preços e avoluma os
processos. Transportadores
8°) Contatos periódicos com fornecedores, para ver se podem ser Quando habilmente entrevistados pelo pessoal do setor de compras
mudadas as especificações, de forma a diminuir os custos para podem, em virtude de suas funções, fornecer dados complementares sobre
elas e, consequentemente os preços. os demais concorrentes que se utilizam dos seus serviços.
9°) Conservação de várias fontes de suprimentos,. em particular dos
artigos essenciais, a fim de cobrir-se contra a falha de qualquer Concorrentes
uma delas. Ocorre, mais comumente do que se pensa, a obtenção de informações
10º) Processos adequados para o pronto pagamento de contas, a fim do próprio concorrente ou de um concorrente sobre outro concorrente.
de permitir o aproveitamento de descontos para revendedores e,
se possível, dos "descontos por antecipação", revisão periódica de Empregados
prazos. Valiosas informações partem muitas vezes dos próprios empregados
das firmas concorrentes, especialmente de seus vendedores. Estes costu-
Comentários em torno do "check-Iist" mam trocar ideias com os colegas de outras firmas, não só sobre a própria
A Difícil Arte de Comprar para a Empresa linha dos produtos que vendem, mas também, quanto ao andamento geral
Um dos principais objetivos de qualquer empreendimento, seja comer- dos negócios de suas empresas.
cial ou industrial, é o de obter razoáveis lucros para o capital investido. O
Departamento de Compras é, sem dúvida, um dos principais fatores para a Agências de Informações e Publicações Técnicas
consecução desse objetivo. Comprar resume-se em trocar dinheiro por Podem e devem constituir boa fonte de informações sobre os principais
bens manufaturados ou matérias-primas. Mas, para efetuar uma troca concorrentes em um determinado setor, não somente por meio suas publi-
conveniente, isto é, precisa e inteligente, o elemento que adquire tem que cações normais, mas, também, mediante consultas específicas, direta ou
ser bom. "O bom comprador é aquele que tem a intuição do momento exato indiretamente realizadas.
de comprar". O elemento que adquire, ou que faz parte de uma equipe de
compradores de uma empresa, deve possuir, além da intuição, agilidade Revendedores
mental, para poder considerar rapidamente a oferta recebida, pois nem Um grande número de revendedores trabalha com produtos de vários
sempre é preferível adquirir aquilo que menos custa, fabricantes. Pela observação da reação dos consumidores diante dos

Conhecimentos Específicos 95 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
diferentes produtos e pelo seu contato com a capacidade de venda dos concorrência, é necessário que se fique alerta, pois muitas vezes o consu-
demais concorrentes, o revendedor sempre apresentará ótimas credenciais midor adultera os fatos de acordo com as suas conveniências, a fim de
como informante. obter vantagens na compra de determinado produto. No caso de serem
utilizadas entrevistadoras, é importante que o consumidor não saiba para
Instituições Governamentais que empresa a pesquisa está sendo realizada.
Diversos órgãos e serviços federais, estatuais e municipais fornecem
estatísticas e outros dados referentes a quase todos os ramos industriais, É grande o número de dirigentes que não possuem, e julgam muito di-
como é o caso dos que são compilados pelo CENSO, os quais podem fícil conseguir, as informações constantes dos itens acima. No entanto, uma
contribuir para uma melhor tomada de consciência da situação. série enorme de informações imprescindíveis está à disposição daqueles
que quiserem utilizá-las sistemática e organizadamente, como acabamos
Associações e Sindicatos
de expor.
Não só elementos completos sobre a estruturação de concorrências em
um ramo industrial, mas também uma série de outras informações impor- 2°) "Padronização dos artigos e especificações escritas, para
tantes, podem resultar desses contatos. prevenir variações evitáveis”
O ângulo por nós escolhido, como não poderia deixar de ser, é aquele
Bancos
que diz respeito à especificação e à padronização dos materiais dentro de
Para certos ramos industriais que operam nos meios bancários, é uma empresa industrial de porte médio; foi o que tentamos fazer; porém,
surpreendente e essencial o número de informações que se poderá colher para aqueles que tenham necessidade de se aprofundar mais na matéria,
nessa fonte. recomendamos o magnífico "Anais do 1° Seminário de Produtividade",
realizado em Belo Horizonte em 1.959, publicação esta feita sob os auspí-
Tendência da Política de Vendas
cios da Confederação Nacional da Indústria..
Possíveis planos a serem implantados, reformulados ou apenas
ampliados. 3°) "Exame periódico de padrões de qualidade e outras
especificações, para reduzir exigências possivelmente excessivas".
Conhecimento e Crítica dos Produtos ou Serviços dos A ideia da perfeição não se inclui na padronização; o "padrão", de
Concorrentes acordo com os mestres, jamais deverá ser considerado "imutável". Os
Pelas manifestações dos consumidores e dos vendedores.
padrões deverão ficar sujeitos a mudanças de tempos a tempos, para que
não venham a desencorajar a pesquisa e a investigação; aqueles que
Imprensa
dentro de uma empresa estão encarregados da padronização, ou então,
A análise em jornais e revistas, dos balanços e das demonstrações de
aqueles que devem zelar pela padronização deverão ter mentalidade
lucros e perdas de sociedades anônimas, que, embora não contenham
receptiva, para colher favoravelmente todo e qualquer aperfeiçoamento que
dados que possam refletir exatamente em sua situação, poderão fornecer
possa ser incorporado ao padrão adotado.
pistas excelentes, que servirão para posterior investigação. Outras publica-
ções legais, tais como modificação do tipo de sociedade, aumento de 4°) "Laboratório de física ou instalações para provas, para o
capital, alterações da sociedade ou personalidade jurídica, etc., também estabelecimento de especificações de compras, assim como para
devem ser atentamente examinadas.
testar materiais e suprimentos recebidos".
Este é o 4° item do "Check-list" de Edward McSweeney, que estamos
Fornecedores
comentando, e podemos afirmar que esta recomendação do mestre está,
É muito frequente as empresas concorrentes adquirirem matérias-
atualmente, sendo cumprida pela maioria das empresas em nosso país.
primas, produtos ou complementos, de um mesmo fornecedor.
Não resta a menor dúvida de que a nacionalização da indústria auto-
Em muitos casos, o comprador de uma empresa poderá, habilmente,
mobilística, com todas as suas exigências técnicas, muito contribuiu para
obter dados sobre a competição de preços diretamente do fornecedor ou
que as empresas, que, de uma ou de outra forma desejassem colocar seus
pela análise de dados relativos a aquisições efetuadas por meio de concor-
produtos na então nascente indústria automobilística, se equipassem com
rências.
laboratórios químicos metalúrgicos, departamento de inspeções, controle
de qualidade, dinamômetros, enfim, toda uma série de requisitos básicos e,
Como por exemplo: pode citar-se o número de embalagens unitárias
indispensáveis à manutenção de uma característica de alta qualidade
especificado na concorrência. Feito o cálculo da possível flutuação do exigida pelos produtores.
estoque médio, poderá ele indicar, aproximadamente, a sua previsão de
vendas para o período. As informações diretas, relativas a planos para o
Esta disciplinação e o surto de progresso industrial se devem princi-
futuro, devem ser pistas falsas, capazes de levar os concorrentes a enga- palmente, à segura e inteligente orientação do G.E.I.A. (Grupo Executivo da
nos irreparáveis. Indústria Automobilística) que, como órgão governamental muito tem feito
pelo desenvolvimento industrial do Brasil.
Estudo Comparativo
Estudo comparativo dos produtos ou serviços oferecidos no mercado,
É lógico que quando existirem especificações, referências ou normas
esclarecendo as vantagens e as desvantagens de cada um. técnicas prontas, os compradores, por certo, se valerão delas para obter o
êxito desejado em suas aquisições. Porém, como ninguém ignora, existem
Potencialidade dos Concorrentes
milhares de utilidades que não estão ainda nas especificações elaboradas;
Com relação à expansão rápida da produção, em termos de capital, ao por este motivo terão que ser redigidas certas especificações mínimas, pelo
equipamento, à mão-de-obra, à alteração rápida de seu plano de vendas,
pessoal especializado da empresa, na maioria das vezes pelos próprios
ao aperfeiçoamento de seus produtos e ao acesso às fontes de financia- engenheiros.
mento.
5°) "Uso de 'encomendas-contrato', segundo as quais o fornece-
Consumidores
dor é autorizado a manter permanentemente uma certa quantidade de
Propositadamente, deixamos para último, esta notável fonte de
materiais e suprimentos em estoque, do qual se farão as retiradas,
informações, em que se constituem os consumidores.
cabendo ao fornecedor armazenar o grosso destes materiais, alivian-
do na fábrica, o problema do armazenamento".
As informações fornecidas pelos consumidores a respeito de preços, É o nosso conhecido desdobramento ou parcelamento de um pedido.
condições de pagamento, descontos, novos modelos, vantagens e desvan- Numa autorização de fornecimento, que é o documento que o fornecedor
tagens das produtos em concorrência, etc., poderão ser obtidas. por inter-
recebe juntamente com a ordem de compra, a quantidade de entregas está
médio, dos vendedores ou mediante uma pesquisa de campo. No caso de em aberto, pois a autorização é o documento que fixa as datas e quantida-
serem os vendedores de uma empresa, instruídos para obter dos consumi-
des a serem periodicamente recebidas: geralmente, as entregas são firmes
dores visitados e registrar o maior número possível de informações sobre a
Conhecimentos Específicos 96 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
nos três primeiros meses, o restante em data ulteriormente fixada; isto QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO PÚBLICO.
permite ao fornecedor regular o seu estoque de matérias-primas, ou então
calcular calmamente a sua produção para completar o pedido.
A IMAGEM DA INSTITUIÇÃO, A IMAGEM
PROFISSIONAL, SIGILO E POSTURA.
6°) "Uso de contratos amplos e duradouros com cláusula sobre FORMAS DE TRATAMENTO.
reajustamento de preços".
Absolutamente necessária esta cláusula nos contratos de compra, Qualidade no atendimento ao público
consideramos o momento inflacionário que atravessamos. A qualidade no atendimento é pré-requisito de qualquer serviço presta-
do no mercado, tanto no setor público quanto no privado. Aqui, interessa
7°) "Análise do consumo de forma que as encomendas corres- que essa qualidade esteja voltada também para os pré-requisitos constitu-
pondentes possam ser combinadas e feitas com intervalos maiores, cionais do ato administrativo e dos princípios gerais da administração
ao invés de fazer encomendas parceladas mais numerosas de artigos pública, já comentados nos tópicos de Direito Administrativo e constitucio-
separados, o que exige diversas tomadas de preços e avoluma os nal. Mas também estão relacionados a:
processos. "
Indubitavelmente, esta é forma ideal de se adquirir e que é preconizada Comunicabilidade
por todos os mestres da matéria. Tanto na sua divulgação (publicidade) quanto na entrega do serviço, o
ato de atendimento público deve ser livre de embaraços e complicações na
A análise e o exame dos dados estatísticos de consumo nos fornecem sua prestabilidade. Deve chegar como informação completa e eficaz, capaz
as quantidades consumidas, e, paralelamente, as quantidades a serem de realizar-se como atendimento às necessidades a que se propõe satisfa-
consumidas. O processo em foco é muito utilizado, principalmente pelos zer.
órgãos governamentais, que no início dos exercício, baseados nos dados
Mas também é pré-requisito ligado diretamente ao comportamento do
estatísticos apurados, realizam suas provisões.
servidor que entrega o serviço, que deverá portar-se de maneira gentil,
objetiva e eficaz, na mesma proporção e com os mesmos objetivos no
Evidentemente, muitas vezes o recurso dos dados estatísticos terão
atendimento.
que ser abandonados pois existem situações perante as quais o adminis-
trador de materiais não poderá utilizá-los, como é o caso de obras novas. Apresentação
A apresentação se refere ao servidor, que deverá estar sempre de
8°) "Contatos periódicos com os fornecedores para ver se podem acordo com a prestação a que se determinou. Assim, é importante que
ser mudadas as especificações, de forma a diminuir os custo para eles esteja adequadamente trajado, demonstrando higiene e organização pes-
e, consequentemente, os preços". soal.
Acreditamos que este item ficará subordinado ao volume e à constân-
cia do material a ser adquirido; atualmente, o problema está sendo contor- Atenção
nado pelas grandes empresas, que adquirem materiais encomendados aos Refere-se à atenciosidade desprendida no ato do atendimento. É im-
produtores denominados "satélites", destacando um funcionário altamente prescindível para a conclusão de eficiência do atendimento.
categorizado para acompanhar a produção encomendada; este técnico
permanece na fábrica produtora e acompanha passo a passo as fases da Cortesia
produção, tendo poderes delegados pela sua empresa para orientar e Ser cortês e polido é obrigação que provém da urbanidade, requisito
dirimir dúvidas que por ventura se apresentem durante o processo, ou os constitucional do ato de atendimento.
processos utilizados no departamento de produção, fazendo, portanto,
verificações "in loco ". Interesse e presteza
São importantíssimos para concluir o atendimento em eficiência. Estão
Este técnico que acompanha as fase da produção pessoalmente será, expressos na boa vontade e determinação em atingir os objetivos do aten-
então, a pessoa mais credenciada para estudar a conveniência de serem dimento, até fim.
mudadas as especificações dadas, com o objetivo de diminuir os custos e,
consequentemente, o preço do material em produção. Eficiência
Requisito já comentado, é o cerne da realização do ato de atendimen-
9°) "Conservação de várias fontes de suprimentos, em particular, to. É tão importante que está prescrito no texto da Constituição Federal
dos artigos essenciais, a fim de cobrir-se contra a falha de qualquer como princípio da administração pública.
delas ".
O cadastro dos fornecedores será, sempre, o melhor informante sobre Tolerância
as várias fontes de suprimentos que normalmente são consumidos pela
Leia-se aqui paciência, para não se confundir com favorecimento me-
empresa; este cadastro para ser completo, como se exige deverá descer a
diante benevolência. Deve o funcionário ser tolerante com o público atendi-
minúcias e apresentar todos os dados relativos à firma fornecedora.
do ou assistido, no sentido de compreender suas dificuldades e viabilizar a
melhor e mais adequada solução do problema apresentado.
É intuitivo que quanto maior for o número de firmas fornecedoras da
empresa, maior certeza terão os órgãos que adquirem para a mesma de
que estão pagando o preço que o material realmente vale na praça. Discrição
Recomenda-se que seja o servidor discreto no atendimento, evitando
É aconselhável que além dos fornecedores habituais, devidamente ca- situações de constrangimento para os atendidos, não adentrando em
dastrados, tenha-se também assentamentos sobre outras firmas que pode- situações particulares ou impertinentes. É comum o atendido expor certas
rão, numa emergência, fornecer ou serem consultadas sobre preços de situações pessoais (atendimento médico, por exemplo) ou segredos de
materiais normalmente adquiridos; poder-se-á denominar estas firmas família (atendimento jurídico) que devem ser tratadas com a devida reserva
como "fornecedores não habituais" e ter paralelamente um cadastro das e respeito.
mesmas.
Conduta
10°) "Processos adequados para o pronto pagamento de contas, a É o conjunto de todas essas recomendações e práticas, no ato do
fim de permitir o aproveitamento de descontos para revendedores e, atendimento, dentro dos critérios de urbanidade já mencionados. Mas
se possível, dos 'descontos por antecipação', revisão periódica dos também é a livre condução de sua vida privada, que deverá ser sempre
prazos ". condizente com o exercício do cargo que ocupa. Ex.: as restrições de
Este último item do "check-list" de McSweeney obviamente, ficará comportamento social inadequado por que passam os juízes e promotores,
condicionado a maiores ou menores possibilidades de capitais, bem como sob risco de comprometerem a qualidade e credibilidade dos seus traba-
da política financeira adotada pela empresa." lhos.

Conhecimentos Específicos 97 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Objetividade 4. Saiba dividir
Ligado à eficiência e à presteza. Devem ser os atendimentos feitos Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas. Não parta do
com loquacidade, tornando-se práticos e simplificados ao máximo para o princípio que é o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa.
atendido. Alcançar o objetivo do atendimento, sem rodeios ou dificuldades Compartilhar responsabilidades e informação é fundamental.
adicionais.
5. Trabalhe
Servidor e opinião pública (o órgão e a opinião pública) Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações.
Nos dias de hoje, um dos elementos de mensuração da qualidade é a Dividir tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente
opinião pública. Mas aqui, trata-se mais da imagem que tem o servidor e o diferente.
órgão público a que pertence. Tomemos como exemplo o INSS e a sua já
clássica má fama no atendimento ao público. Muitas vezes isso decorre, 6. Seja participativo e solidário
mas da desorganização dos serviços prestados, do mau planejamento, da Procure dar o seu melhor e procure ajudar os seus colegas, sempre
inadequação de práticas administrativas do que da real conduta de seus que seja necessário. Da mesma forma, não deverá sentir-se constrangido
servidores. Isso torna a imagem do serviço e por consequência, do órgão, quando necessitar pedir ajuda.
associada à má qualidade, o que gera uma imagem pública ruim. Outro
exemplo é o atendimento médico na saúde pública, que dispensa maiores
7. Dialogue
comentários. Essa imagem de descaso e ineficiência reflete na opinião que
o público em geral tem desses serviços. Ao sentir-se desconfortável com alguma situação ou função que lhe te-
nha sido atribuída, é importante que explique o problema, para que seja
Fatores positivos do relacionamento possível alcançar uma solução de compromisso, que agrade a todos.
Chamamos de fatores positivos todos aqueles que, num somatório ge-
ral, irão contribuir para uma boa qualidade no atendimento. Assim, desde 8. Planeje
que cumpridos ou atendidos todos os requisitos antes mencionados para o Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que surja
concurso de um bom atendimento, estaremos falando de um bom relacio- uma tendência para se dispersarem; o planejamento e a organização são
namento entre servidor e atendidos. Os níveis de relacionamento aqui ferramentas importantes para que o trabalho em equipe seja eficiente e
devem ser elevados, tendo em vista sempre o direito de cada assistido de eficaz. É importante fazer o balanço entre as metas a que o grupo se
receber com qualidade a supressão de suas necessidades. propôs e o que conseguiu alcançar no tempo previsto.

Comportamento receptivo e defensivo 9. Evite cair no "pensamento de grupo"


Receptivo, como o próprio nome já diz, é o comportamento que trans- Quando todas as barreiras já foram ultrapassadas, e um grupo é muito
corre naturalmente aberto, solícito, prestativo, objetivo, claro, sem rodeios, coeso e homogêneo, existe a possibilidade de se tornar resistente a mu-
indo direto ao ponto da necessidade do atendido. Defensivo, ao contrário, é danças e a opiniões discordantes. É importante que o grupo ouça opiniões
aquele em que o servidor cria obstáculos e dificuldades para livrar-se do externas e que aceite a ideia de que pode errar.
encargo, obstruindo a qualidade.
Aproveite o trabalho em equipe
Empatia e compreensão mútua Afinal o trabalho de equipe, acaba por ser uma oportunidade de con-
E empatia é resultado de uma preparação do servidor em atender. De viver mais perto de seus colegas, e também de aprender com eles.
sua dedicação ao exercício da função. Deve ser natural e quase pessoal.
Pode estar resumido no aspecto daquele servidor que “gosta do que faz”. Trabalho em equipe
Será muito mais fácil transmitir empatias nesses casos. O resultado da É da essência do trabalho em órgãos públicos o inter-relacionamento
empatia, mesmo que consciente e provocada com gentileza, é a compreen- de qualidade ímpar, devido ao alto grau de responsabilidade desejado.
são mútua, que certamente facilitará o atendimento e a conclusão pela Como os órgãos obedecem a estruturas pré-determinadas por Lei, as
eficiência. repartições, seções, departamentos, etc. já trazem pronta a sua funcionabi-
lidade e todas elas, sem exceção, dependem de trabalho em equipe. É o
Trabalho em equipe perfil principal da administração moderna, que se projeta na administração
Dez ótimas dicas para o trabalho em equipe pública como solução inteligente (isso ocorre já há alguns anos).
Cada vez mais o trabalho em equipe é valorizado. Porque ativa a cria-
Assim, o trabalho em equipe deixa de ser uma característica para ser
tividade e quase sempre produz melhores resultados do que o trabalho uma determinante superior de funcionabilidade do setor público. Ainda que
individual, já que "1+1= 3". Por tudo isto aqui ficam dez dicas para trabalhar funcione isoladamente, sozinho num posto de atendimento, o servidor terá
bem em equipe.
vinculada a sua rotina a de outros colegas, que recebem sua produção ou
lhe enviam informações e procedimentos a serem cumpridos.
1. Seja paciente
Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, afinal "cada cabeça Personalidade e relacionamento no trabalho
uma sentença". Por isso é importante que seja paciente. Procure expor os
Não há muito que se falar em personalidade do servidor e tampouco do
seus pontos de vista com moderação e procure ouvir o que os outros têm a
setor em que funciona, pois as instruções que normatizam sua prestabilida-
dizer. Respeite sempre os outros, mesmo que não esteja de acordo com as
de são determinadas em escala decrescente (vêm de cima para baixo, já
suas opiniões. prontas) e sua conduta profissional está “amarrada” no código de ética do
serviço público. Tanto com os colegas de trabalho quanto no atendimento
2. Aceite as ideias dos outros
ao público, sua personalidade deve ser “moldada” segundo os princípios
As vezes é difícil aceitar ideias novas ou admitir que não temos razão; que regem o atendimento público, como vimos no texto sobre a ética no
mas é importante saber reconhecer que a ideia de um colega pode ser serviço público. Comportando-se de acordo com aqueles princípios, o
melhor do que a nossa. Afinal de contas, mais importante do que o nosso servidor estará atendendo perfeitamente ao perfil de personalidade deseja-
orgulho, é o objetivo comum que o grupo pretende alcançar. do para o exercício da função pública.
3. Não critique os colegas
Eficácia no comportamento interpessoal
As vezes podem surgir conflitos entre os colegas de grupo; é muito im-
portante não deixar que isso interfira no trabalho em equipe. Avalie as Está ligada diretamente ao princípio de mesmo nome, que norteia o
ideias do colega, independentemente daquilo que achar dele. Critique as serviço público, a administração pública e demais atividades em que o
ideias, nunca a pessoa. interesse público é alvo ou cliente. Significa que o servidor não pode se
interpor, em atitude de cunho pessoal, ante os interesses coletivos, sem

Conhecimentos Específicos 98 A Opção Certa Para a Sua Realização


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risco de comprometer a eficácia, a segurança da realização do serviço, do Dentro de um sistema empresarial, existe a organização técnica e a or-
atendimento, da prestação pública. ganização humana. Estas organizações estão inter-relacionadas e são
interdependentes.
Os funcionários públicos são treinados para atuarem segundo o que
hoje se chama etiqueta profissional, uma espécie de código de conduta A organização humana de uma fabrica é muito mais do que um simples
convencional, nascido no próprio mercado, das relações modernas do conjunto, um agrupamento de indivíduos, pois cada um deles tem seus
mundo dos negócios e que permeou para a qualidade de atendimento e próprios sentimentos, interesses, desejos, frustrações, necessidades físicas
inter-relacionamentos no setor público. e sociais, associados a sua própria história de vida. Tais indivíduos, dentro
O saber se comportar e a aparência são questões cada vez mais exigi- desse sistema empresarial, estabelecem frequentes inter-relações, cada
das para o funcionário público. As administrações desenvolvem cursos e qual com uma forma particular de se comunicar.
treinamento para prepararem seus funcionários. Quem faz o curso aprende
ainda: É claro que uma grande parte dessas relações é criada pelas caracte-
a) a criticar com resultados positivos; rísticas do trabalho, como, por exemplo, os técnicos de segurança que, por
b) transformar reclamações em resultados e lidar com colegas e cli- imposição de suas próprias tarefas, passam a maior parte do tempo estabe-
entes de temperamento difícil; lecendo e mantendo contatos com todos os operários das varias seções da
fábrica. Quase toda a atividade executada pelos técnicos de segurança
c) apresentar ideias e projetos com eficiência;
envolve relacionamento com outras pessoas. Por este motivo, ele deve
d) conduzir reuniões e até mesmo contornar situações mais graves, estar atento a essas relações, deve procurar manter um ambiente, onde as
como o assédio sexual, por exemplo comunicações possam se processar de forma aberta, confiante e adequa-
da.
NOÇÕES DE RELAÇÕES HUMANAS
1 - Introdução Um ponto importante, que devemos levar em consideração, são as di-
Vivemos num tempo em que o avanço dos transportes, da urbaniza- ferenças entre as pessoas. Saber que cada pessoa é especifica, original e
ção, da comunicação de massa, da tecnologia e da informática coloca o ser possui reações próprias; que, em sua formação, cada uma foi marcada por
humano em maior contato com o mundo, com a sua própria nação e consi- realidades diferentes: meio familiar, escolar, cultural, social profissional, etc,
go mesmo. e que cada indivíduo atuará em função de sua própria experiência de vida.

No entanto, toda essa evolução dificulta, de certa forma, o envolvimen- Devemos saber, também que toda pessoa tem necessidades que diri-
to entre os seres humanos, pois a atenção do homem está voltada para a gem o seu comportamento, as quais ela procura constantemente satisfazer.
tecnologia, muito mais do que para as relações humanas. Este distancia- Não só as pessoas são diferentes entre si, mas também as necessidades
mento do homem para com o próprio homem gera insatisfações, angustias, variam de indivíduo para indivíduo.
vazios e ansiedade nos indivíduos.
Esta grande diversidade pode se constituir em uma imensa riqueza
Podemos ver um lado positivo em nossa época, que é a tendência de, humana, mas, de início, pode ser fonte de oposições violentas entre os
ao nos isolarmos, sermos levados a tomar consciência de nós mesmos. indivíduos.
Quanto maior a nossa disponibilidade em relação a nós mesmos, maior
abertura teremos para com os outros e cada vez mais o nosso ser pessoal Por estes motivos, devemos estar aberto para respeitar tais diferenças.
se tornará social. Isto porque já não teremos receio dos outros e/ou do
Outro fator relevante é o que se refere aos Juízos de Valor acerca das
ambiente, pois o ser pessoal aprendeu a lidar consigo mesmo.
pessoas. Normalmente, temos tendência para julgar os atos e as palavras
dos outros em função da nossa própria experiência e de certos preconcei-
Durante toda a vida, somos afetados pôr nossa habilidade de nos rela- tos. Este conformismo no julgamento é muito grave, pois nos arriscamos a
cionarmos com outras pessoas, quer com indivíduos quer com grupos. É classificar as pessoas por categorias e de forma definitiva. Deixamos, pois,
uma das habilidades mais importantes que o ser humano pode desenvolver de perceber o indivíduo tal como ele é, e de manter o diálogo, se não
e a comunicação interpessoal. reagirmos rápida e eficazmente contra este tipo de atitude.

Podemos ajudar o indivíduo a abrir-se para uma experiência total de si Outro ponto a ser considerado é o Uso da Linguagem. A nossa lingua-
mesmo, para um relacionamento humano eficaz e para ser um comunica- gem pode constituir um obstáculo a comunicação e consequentemente
dor mais eficiente, oferecendo-lhe a oportunidade de estabelecer bons afetar o relacionamento humano. E preciso, sempre, nos colocarmos no
relacionamentos dentro do grupo ao qual pertence, seja este profissional, lugar da pessoa que esta nos ouvindo.
familiar, social, religioso, político, etc. Em tal grupo, o indivíduo deve ser
respeitado como uma pessoa específica, com suas inibições, frustrações, Devemos usar um vocabulário adaptado à realidade com a qual esta-
angustias, satisfações, ansiedades, enfim, pela sua individualidade enquan- mos trabalhando, um vocabulário compreensível para todos.
to ser humano.
Um outro aspecto a ser focalizado é a Falta de Abertura. Muitas vezes,
2 - Relações Humanas temos uma ideia ou tomamos uma posição para a qual tentamos, simples-
Comumente, entende-se a expressão "relações humanas" como sen- mente, obter a aprovação dos outros, sem ouvi-los, sem dar atenção ao
do os contatos que se processam, em todas as situações, entre os seres que eles pensam e dizem. Se nós fecharmos sobre nós mesmos, ficaremos
humanos. limitados ao monologo, deixando de receber e aprender muitas informações
valiosas para o nosso crescimento, e mesmo o aperfeiçoamento humano,
Muitas pessoas podem falar sobre relações humanas, discuti-las em em geral , estará sendo prejudicado.
conferências, discursos e mesmo em conversas informais, mas não são
capazes de concretizar essas relações. Estar disponível em relação ao outro exige um esforço permanente,
mas compensador, porque, só assim, poderemos manter um autentico e
Efetuar "relações humanas", significa, portanto, muito mais do que es- profundo relacionamento, que invariavelmente gera satisfação.
tabelecermos e/ou mantermos contatos com outros indivíduos. Significa
entender o relacionamento entre as pessoas, compreende-las, respeitando Como podemos observar, se as verdadeiras relações humanas são
a sua personalidade, cuja estrutura é, sem duvida, diferente da nossa. proveitosas e importantes de se praticarem pois evitam comportamentos
desajustados que foram gerados por insatisfações; mantém o bem-estar
Além de compreender os indivíduos, precisamos ter flexibilidade de individual e coletivo e, acima de tudo, proporcionam segurança, paz e
ação (comportamento), ou seja, adequar o nosso comportamento, apropri- tranquilidade aos indivíduos e à empresa.
adamente, a uma situação dada, com determinadas pessoas.

Conhecimentos Específicos 99 A Opção Certa Para a Sua Realização


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3 - Dinâmica de Grupo cipação cada vez maior.
Kurt Lewin, psicólogo alemão, e reconhecido por todos no campo da 5 - Desenvolvimento interpessoal - Treinamento em grupo
Psicologia de Grupo foi um dos primeiros teóricos e experimentadores das Todo grupo é composto por pessoas que diferem uma das outras em
leis dinâmicas que regem o comportamento dos indivíduos em grupo. sua maneira de ser e de executar um trabalho.

Para este autor, todos os grupos devem ser compreendidos como tota- Os indivíduos trazem para o grupo certas características que lhes são
lidade dinâmicas que resultam das interações entre os membros. peculiares tais como: interesses, aptidões, desejos, inibições, frustrações,
em outras palavras, suas personalidades.
Estes grupos adotam formas de equilíbrio no seio de um campo de for-
ças, tensões e pelo campo perceptivo dos indivíduos". Estas forças, tais Todas essas características atuam como forças na dinâmica de grupo.
como: movimento, ação, interação, reação, etc., é que constituem o aspec- Outras forças podem resultar da interação das pessoas. A integração e a
to dinâmico do grupo e, consequentemente, afetam a sua conduta. transformação de todas essas forcas é a própria Dinâmica Interna do
Grupo, e uma das forças internas mais importantes é a participação, o
A Dinâmica de Grupo como disciplina moderna dentro do campo da empenho pessoal e psicológico dos indivíduos no grupo.
Psicologia Social, estuda e analisa a conduta do grupo como um todo, as
variações da conduta individual de seus membros, as reações entre os Quanto maior essa participação, mais favoráveis serão as atitudes dos
grupos ao formular leis e princípios, e ao introduzir técnicas que aumentem indivíduos para com o grupo e tanto maior seu interesse pelo grupo.
a eficácia dos grupos.
As pessoas que mais participam, são as que compreendem as finalida-
No campo da Psicologia Social, o grupo pode ser definido como uma des e funções básicas do grupo, sentem-se seguras no desempenho de
reunião de duas ou mais pessoas que compartilham normas, e cujos papeis suas funções, conhecem a importância delas para o objetivo final e o funci-
sociais estão estritamente intervinculados. onamento do grupo.

No campo da Dinâmica de Grupo, os grupos são classificados em pri- A vida de um grupo passa por varias fases, e em cada uma delas, os
mários e secundários. membros atuam de formas diferentes, tanto em relação à etapa de vida do
grupo como em relação aos demais membros.
O grupo primário é composto por um número reduzido de pessoas que
se relacionam "face a face", ligadas por laços emocionais com relações Dependendo do tipo de grupo (formal, informal, profissional, social,
diretas, mantendo-se um processo de associação e cooperação íntima. treinamento, etc.) e da fase em que se encontra, haverá certas funções a
Exemplo: grupo de amigos, grupo familiar, grupo de estudo e o próprio serem executadas por seus componentes.
grupo de trabalho.
Algumas funções soam mais genéricas que outras, existindo em todos
O fato de um grupo ser pequeno, não significa sempre que é um grupo os grupos, e são desempenhadas pelos membros, para que o grupo possa
primário. Para que exista, é preciso que haja interação entre os participan- mover-se ou progredir em direção às suas metas.
tes, no qual cada membro deverá perceber cada um como pessoas indivi- O complexo processo de interação humana, exige de cada participante
duais. um determinado desempenho, o qual variará em função da dinâmica de sua
personalidade e da dinâmica grupal na situação, momento ou contexto.
Nos grupos secundários as relações se mantém mais frias, impessoais
e formais. Estas se estabelecem através de comunicações indiretas, como Em todos os grupos em funcionamento, seus membros podem desem-
é o caso das empresas, instituições, etc. penhar eventualmente, alguns papeis nao-construtivos, dificultando a tarefa
do grupo, criando obstáculos e canalizando energias para atividades e
O comportamento do grupo depende em grande parte do número de comportamentos não condizentes com os objetivos comuns do grupo. Estes
participantes. Este é um fator importante, no que diz respeito a produção e papéis correspondem às necessidades individuais, às motivações de cunho
ao nível de desenvolvimento grupal. pessoal, à problemas de personalidade, ou, muitas vezes, decorrem de
falhas de estruturação ou da dinâmica do próprio grupo.
A delimitação exata de um pequeno grupo e de um grande grupo, varia
segundo os diferentes autores. Estudiosos no assunto são unânimes em 6. Responsabilidades de um bom participante
afirmar que o pequeno grupo não deve ultrapassar de 20 participantes, e Podem ser diversas as razões que motivam a nossa participação numa
que o ideal para a sua constituição é de 5 a 12 elementos, possibilitando dinâmica de grupo, ou qualquer tipo de grupo, mas devemos estar abertos
assim, maior coesão, interação e participação. e atentos para os seguintes pontos básicos:
 ajudar a estabelecer um clima positivo no grupo, tentando, quando
4 - Objetivos da dinâmica de grupo possível, auxiliar os outros, sendo cooperativo;
a) ajudar o indivíduo a adquirir e desenvolver comportamentos mais  participar e contribuir para as discussões;
funcionais que os utilizados até o momento;  ter consciência das suas necessidades;
b) colaborar com o indivíduo no sentido de descentra-lo de si mesmo
e situa-lo em relação aos outros;
 visar principalmente as necessidades grupais;
c) levar o membro do grupo a se perceber honestamente, em uma  perceber como as interações individuais afetam o grupo;
autocrítica objetiva e construtiva, onde o indivíduo terá possibilida-  auxiliar os participantes quando estes tiverem dificuldade em co-
des de perceber e solucionar seus problemas; municar-se;
d) ajudar o indivíduo a perceber o seu crescimento como algo positi-  respeitar os membros do grupo como seres humanos;
vo, dando ênfase ao potencial de cada um;  manter o dialogo e não o monologo;
e) oferecer condições para que o indivíduo tenha noção do seu pró-
prio valor;
 discutir as dificuldades que você tem em relação ao grupo;
f) levar o membro do grupo a um nível de responsabilidade individual  controlar as reações agressivas;
pelos seus atos;  expor com clareza as sugestões e pontos de vista;
g) desenvolver no indivíduo tolerância consigo e com os outros;  não permitir que você ou outros membros, assumam papeis de
h) levar o indivíduo a respeitar a variedade de opiniões e atos que ajudante;
existem nas pessoas;  comunicar-se clara e objetivamente;
i) levar o indivíduo a integração e ajustamento nos grupos em que
 ouvir e atender o outro participante;
participa para uma atuação cada vez mais satisfatória, e uma parti-

Conhecimentos Específicos 100 A Opção Certa Para a Sua Realização


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 integrar-se totalmente a vida do grupo, sem perder a sua própria A representação direta no governo é uma possibilidade facultada aos
individualidade e originalidade. grupos que dispõem de meios para tanto. Assim, um sindicato que conte
com grande número de filiados e se disponha a articular-se com um partido
7 - Papel do coordenador na Dinâmica de Grupo político tem chances de pôr seus próprios representantes nos órgãos
legislativos. Já para os grupos pouco expressivos quanto ao número de
O coordenador da Dinâmica de Grupo deve ser acima de tudo um edu-
cador. Sua tarefa prioritária é criar condições tais, que os treinandos pos- associados, mas economicamente poderosos, torna-se mais fácil influir na
sam aprender e crescer como pessoas, confiando em si e nos outros, como escolha de funcionários para as assessorias burocráticas ou técnicas, e
mesmo na nomeação de ministros, do que guindar seus próprios represen-
recursos valiosos para a aprendizagem.
tantes ao nível das posições legislativas.
Isto é possível quando o coordenador expressa expectativas positivas
Legitimidade. Os métodos utilizados pelos grupos tendem a variar em
e incentiva a participação de cada treinando; quando e capaz de aprender
cada sociedade, em função do grau de legitimidade atribuído a suas ativi-
com os outros membros a fornecer e receber informações; quando respeita
dades. No Reino Unido, por exemplo, a interação entre os administradores
e aceita todos os membros do grupo.
e os representantes dos grupos tende a ser frequente, aberta e instituciona-
Deve ouvir atentamente, todas as pessoas do mesmo modo, mesmo lizada, uma vez que ambas as partes encaram como necessária e normal a
que tenha ideias preconcebidas sobre este ou aquele participante. adoção do sistema de consulta mútua como método de tomada de deci-
sões. Na Itália, a influência exercida pelos grupos tende a ser vista com
A vida do grupo será mais fecunda se cada membro do grupo e coor- desconfiança e não se acredita que dela possam resultar reais benefícios
denador fornecer a sua contribuição, colocando a serviço de todos a com- para a coletividade. Em consequência disso, os grupos tendem a adotar um
petência e as qualidades que possui. estilo de atuação mais encoberto e menos formalizado.

A integração não se realizará no interior de um grupo e, em conse- Nos Estados Unidos, onde certas atividades dos grupos de interesse
quência, sua criatividade não poderá ser duradoura, se as relações inter- são regulamentadas por lei, existem escritórios de assessoria dedicados a
pessoais entre todos os membros do grupo não estiverem baseadas em promover, em caráter profissional, os interesses de qualquer cliente que
comunicações abertas, confiantes e adequadas. contrate seus serviços. O Federal Regulation of Lobbying Act (regulamento
federal da lei sobre grupos de interesse), de 1946, obriga todas as pessoas
Grupo de interesse que pretendam influir no processo legislativo a se registrarem no Congres-
A função geral de vincular governantes e governados é desempenhada so, declarando a que projeto de lei se opõem ou qual defendem, quem as
por vários tipos de instituição, como partidos políticos, movimentos sociais está empregando e quais são as despesas envolvidas no caso, desde a
ou meios de comunicação de massa. Tal tarefa, no entanto, pode ser remuneração que recebem até os gastos que pretendem fazer para con-
exercida por grupos de interesse, expressão que os cientistas políticos quistar a colaboração de funcionários e políticos.
contemporâneos preferem à tradicional "grupos de pressão", por ser mais
abrangente do que aquela. No Brasil, a atividade dos grupos de interesse é mais conhecida pela
palavra inglesa lobby. Reveste sentido pejorativo quando se refere à prática
Grupo de interesse é o conjunto de indivíduos que procura defender tradicional dos representantes ("lobistas") de grandes empresas, especial-
determinada causa comum junto a órgãos oficiais, para o que utiliza os mente empreiteiras interessadas em contratar irregularmente obras públi-
meios legítimos ou tolerados que estiveram a seu alcance. Do ponto de cas milionárias. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
vista do governo, essa é também uma oportunidade de se manter informa-
do das necessidades e reivindicações dos diferentes setores da sociedade. DINÂMICA DE GRUPOS
Os grupos humanos têm vida própria e peculiar, que ultrapassa as ca-
O interesse em torno do qual o grupo se organiza deve ser entendido racterísticas dos indivíduos que os compõem e se manifesta não só na
em sentido amplo. Seu conteúdo pode coincidir com uma reivindicação de relação de um grupo com outro, mas também, e principalmente, nas rela-
caráter estritamente econômico até a defesa de uma causa concernente ao ções que os membros de um grupo mantêm entre si.
bem-estar da sociedade, ou a posições ideológicas que expressam o ponto
de vista de uma camada da população. A expressão "grupo de interesse" Do ponto de vista teórico, a dinâmica de grupos é uma área das ciên-
pode ser aplicada, portanto, a associações patronais, a sindicatos de em- cias sociais, em particular da sociologia e da psicologia, que procura aplicar
pregados, a associações profissionais e aos diversos grupos que se organi- métodos científicos ao estudo dos fenômenos grupais. Do ponto de vista
zam para pleitear algo em favor dos moradores de um bairro, dos pratican- aplicado ou técnico, a dinâmica de grupos é o método de trabalho baseado
tes de uma religião, dos defensores de causas beneficentes, ideais, morais nessa teoria.
e outras.

É próprio do grupo de interesse não pretender ocupar o lugar do go- O estudo da dinâmica de grupos iniciou-se em 1946, quando teve início
verno, mas apenas influir sobre as decisões oficiais. Desse modo, os gru- a atividade de Kurt Lewin e alguns de seus colaboradores no Instituto de
pos de interesse distinguem-se claramente dos partidos políticos. Tecnologia de Massachusetts. Em cada grupo, composto de aproximada-
mente dez membros, eram levadas a termo discussões e dramatizações,
Atuação. Os padrões de relacionamento entre os grupos e o governo cuja evolução era observada por um pesquisador. Não demorou a desco-
podem ser formais ou informais. São exemplo dos primeiros as relações brir-se que aquele era um poderoso método de educação e terapia.
institucionalizadas que têm lugar mediante canais legais de acesso ao
governo, e compreendem o comparecimento perante comissões legislati- O novo método recebeu o nome de T-Group, grupo de aprendizagem
vas, órgãos ministeriais, departamentos ou agências do executivo. ativo no qual cada participante encontra seu papel, que não é definido de
antemão, e explicita sua capacidade ou sua resistência para executar a
Outro padrão consiste nos contatos informais, que incluem vasta gama tarefa, bem como para submeter-se à influência dos demais participantes.
de relações. Os grupos, ou seus representantes, podem estabelecer rela- Nesse sentido, a dinâmica de grupos se configura como instrumento de
ções informais com legisladores ou funcionários públicos, valendo-se da adaptação e meio de integração pessoal.
existência de pontos de aproximação, como é o caso de pessoas de mes-
ma origem regional ou social, que frequentaram a mesma escola ou têm Terapia de grupos. Após a segunda guerra mundial, o grande número
amigos ou parentes comuns. Além disso, são ainda usados como recursos de soldados que necessitavam de tratamento psicológico incentivou os
para a criação e manutenção dessas relações informais a participação em psiquiatras a experimentarem a terapia de grupo. Até então, embora reco-
reuniões, almoços, passeios e outras formas de entretenimento. Com base nhecessem a influência dos grupos no comportamento das pessoas, os
nos contatos assim estabelecidos, as relações podem assumir formas que médicos defendiam a importância da privacidade da relação entre médico e
vão da persuasão e troca de favores até o suborno. paciente. Os novos métodos se revelaram eficazes e, nos anos do pós-

Conhecimentos Específicos 101 A Opção Certa Para a Sua Realização


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guerra, a terapia de grupo se desenvolveu rapidamente e acabou se esten- A empatia também é a primeira condição para a prática da psicotera-
dendo ao trabalho de psicologia clínica e de aconselhamento, bem como ao pia. É preciso ter uma percepção do mundo do outro como se fosse o seu
de assistentes sociais. próprio, o que leva a pessoa a desenvolver sua auto-estima, pois sente que
é importante e que seus sentimentos são considerados. A empatia muitas
As técnicas de terapia de grupos são tão variadas quanto as de terapia vezes é tudo que uma pessoa precisa, pois geralmente não encontra isso
individual, mas todas se assemelham na ênfase que dão ao alívio das dentro da própria família. E é a falta dessa compreensão que faz com que
tensões mediante ações diretas ou na criação de uma atmosfera grupal muitos relacionamentos terminem.
favorável ao autoconhecimento e ao amadurecimento pessoal.
Como desenvolver a empatia
Psicologia humanista. Antes mesmo de 1960, o psicólogo americano Mas como alguém pode saber o que sentimos? Entrando em sintonia
Carl Rogers passou a trabalhar com grupos mais orientados para os aspec- com nossa dor física ou emocional. É reconhecer as emoções ou necessi-
tos emocionais do que para a aprendizagem de comportamentos. Rogers, dades do outro. E para desenvolver essa capacidade é preciso que a
junto com Fritz Perls, desenvolveu uma prática que denominou psicologia pessoa saiba antes de tudo ouvir e respeitar as próprias necessidades e
humanista cuja aplicação grupal devia permitir o desenvolvimento das dores. Tratar-se com empatia, ser compreensivo consigo mesmo como
aptidões pessoais num ambiente de equilíbrio e de integração pessoal, e gostaria que fossem com você é característica básica para o autoconheci-
favorecer o encontro profundo com o outro. Esse encontro, que pode ser ou mento.
não pessoal, é favorecido quando existe uma transparência e disponibilida-
de, permitindo que se transcenda a individualidade e se atinja um estado de Empatia começa com a capacidade de estar bem consigo mesmo, de
paz e felicidade. Nesse caso, o grupo se transforma num ponto de encontro perceber as coisas que não gosta dentro de você e as coisas desagradá-
básico, com apoio de um moderador que deve atuar como catalisador dos veis da sua personalidade. Pessoas com dificuldade de entender o outro
processos afetivos interpessoais. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil muitas vezes demonstram que possivelmente não receberam compreensão
Publicações Ltda. em suas necessidade e sentimentos durante sua vida. Se suas próprias
necessidades não foram supridas como poderá entender as necessidades
Empatia de alguém?
Você pratica a empatia com alguém? Descubra
por Rosemeire Zago A base e a prática da empatia
A empatia se baseia na capacidade de se colocar no lugar do outro; na
Como você se sente quando está contando algo muito triste que te percepção daquilo que as pessoas estão sentindo ou passando e na habili-
aconteceu e percebe que a pessoa que supostamente está te ouvindo dade de ouvir com carinho e atenção aquilo que estão nos comunicando e
demonstra um leve sorriso no rosto ou continua atenta ao que está passan- isso deve ser feito não só através de palavras, mas também nos gestos, o
do na TV? Ou ainda, muda de assunto com uma piada nada conveniente tom de voz, e especialmente, nas expressões faciais.
para o momento? Péssimo, não é mesmo? Sente-se como tivesse falando
com uma parede ou pedra, fria, insensível, dura! É preciso colocar o sentimento à frente das palavras. Conseguindo se
colocar no lugar do outro, você se sensibiliza com as dificuldades e o
Alguém que demonstra ser incapaz de sentir o que você está sentindo. sofrimento, e é isso que nos torna mais humanos e nos possibilita realmen-
Você se sente incompreendido, e muitas vezes até se arrepende de ter te ajudar alguém. Entrar em contato com os próprios sentimentos é a base
contado aquilo para tal pessoa. Promete a si mesmo que não contará mais para desenvolver a empatia. Como alguém que despreza as próprias
nada para ela devido a sua falta de sensibilidade. Não é apenas o que a necessidades e sentimentos poderá compreender as necessidades do
outra pessoa nos fala que faz com que nos sintamos compreendidos, mas outro?
principalmente suas expressões faciais, seu corpo, se nos envolve, se nos Para desenvolver a empatia procure ouvir com a intenção de entender
toca com um profundo abraço, se nos compreende com seu olhar ou se nos e não de argumentar, como faz a maioria das pessoas, sempre atentas
olha com indiferença ou com alguma expressão contrária aquilo que esta- para saberem onde podem discordar. Deixe as pedras de lado se deseja ter
mos sentindo. uma comunicação verdadeira com alguém. A essência de escutar com
empatia não é concordar, mas entender profundamente o que o outro quer
Mas e aquelas pessoas que fazem com que nos sintamos à vontade e dizer e principalmente, o que está sentindo.
temos cada vez mais desejo de falar, falar? Elas têm o que chamamos de
empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa e Como é reconfortante ter alguém que nos compreenda e a sensibilida-
tentar "ver com os olhos dela". de é a principal característica para essa sintonia. Sensibilidade não só com
o outro, mas para consigo mesmo. As pessoas que têm empatia aprende-
O que é empatia ram desde cedo que os sentimentos devem ser respeitados, começando
O termo empatia foi utilizado pela primeira vez por E.B. Titchener, psi- pelos próprios. E se não receberam isso na infância, sempre é tempo de
cólogo, e o termo origina-se do termo grego empátheia, que significa "entrar aprender. Um bom exercício para isso é aprender a escutar a si mesmo,
no sentimento". Para alcançarmos este estágio é necessário deixar de lado respeitando acima de tudo, os próprios sentimentos. Afinal, só conseguimos
nossos próprios pontos de vista e valores para poder entrar no mundo do dar ao outro aquilo que temos por nós mesmos!
outro sem julgamentos. E como isso é difícil de fazer!
IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA EMPRESA
Geralmente, nem acabamos de falar e já estamos sendo julgados. Isso, As Relações Interpessoais desenvolvem-se em decorrência do proces-
quando não tentam nos interromper com opiniões, ainda que nem tenha- so de interação.
mos pedido, só queríamos falar, desabafar. Sabemos que isso nem sempre
é fácil de encontrarmos nas relações, mas é o que esperamos quando Em situações de trabalho, compartilhadas por duas ou mais pessoas,
contamos algo para alguém: sermos ouvido em todos os sentidos e mais há atividades predeterminadas a serem executadas, bem como interações
importante, sentir que o outro está nos compreendendo, seja com um gesto e sentimentos recomendados, tais como: comunicação, cooperação, respei-
ou um simples olhar, mas que demonstra de alguma forma sentir nossa dor. to e amizade. Na medida em que as atividades e interações prosseguem,
os sentimentos podem ser diferentes dos indicados inicialmente e então,
É preciso deixar claro que empatia não tem nada a ver com necessida- inevitavelmente, os sentimentos influenciarão as interações e as próprias
de compulsiva de realizar desejo alheios, de ajudar e de servir. E também é atividades. Assim, sentimentos positivos de simpatia e atração provocarão
muito diferente da simpatia, que é algo que sentimos pelo que o outro está aumento de produtividade.
vivenciando, sem entretanto, sentir o que ele está sentindo. E muito menos
tem haver com alexitimia, que se refere a pessoas que não conseguem Esse ciclo "atividades-interações-sentimentos" não se relaciona direta-
identificar e nem descrever seus sentimentos. mente com a competência técnica de cada pessoa e sim com o equilíbrio

Conhecimentos Específicos 102 A Opção Certa Para a Sua Realização


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emocional de cada indivíduo originando a harmonia do grupo. Quando uma efeitos de destruição no campo das instituições e sistemas de organização
pessoa começa a participar de um grupo, há uma base interna de diferen- social.
ças que englobam conhecimentos, informações, opiniões, preconceitos,
atitudes, experiências anteriores, gostos, heranças, valores e estilos com- Executiva. Supostamente presente nas grandes organizações, a lide-
portamentais, o que traz inevitáveis diferenças de percepções e opiniões rança executiva se caracteriza principalmente pela habilidade organizadora
em relação a cada situação compartilhada pelo grupo. e capacidade de orientação das forças coletivas.

Como essas diferenças são encaradas e tratadas determinará a moda- Coercitiva. A liderança coercitiva, também chamada autoritária, carac-
lidade de relacionamento entre o membro do grupo, seus colegas de traba- teriza-se pela total absorção do poder de decisão e peculiar distância social
lho, superiores e camadas hierárquicas abaixo dele. A maneira de lidar com que separa a personalidade que a exerce da coletividade sobre a qual atua.
diferenças individuais cria um certo clima entre as pessoas e tem forte De tarefa e socioemocional. A liderança de tarefa tem como caracterís-
influência sobre toda a vida em grupo, principalmente nos processos de tica principal a estruturação de ideias e a iniciativa na solução de proble-
comunicação, no relacionamento interpessoal, no comportamento organi- mas, enquanto a liderança socioemocional funciona como fator de escoa-
zacional e na produtividade. mento de tensões e promoção do moral.

O relacionamento interpessoal pode tornar-se produtivo a partir do de- Estatutária e espontânea. O poder de influência e as funções de dire-
senvolvimento pessoal e manter-se harmonioso e prazeroso, permitindo o ção do líder por delegação estatutária decorrem de imposições legais. A
trabalho cooperativo em equipe, com integração de esforços, conjugando rigor, tais líderes não se revestem de autenticidade e em pouco tempo se
energias, conhecimentos e experiências ou tornar-se muito tenso, conflitivo, deixam anular pela maior habilidade de organização e iniciativa dos líderes
levando à desintegração de esforços, à divisão de energias e crescente espontâneos, ou passam a exercer formas autoritárias de ação.
deterioração do desempenho grupal quando por falta de visão, de consci- Autoritária e democrática ou liberal. O conceito de liderança autoritária
ência do ser humano em relação ao seu desenvolvimento pessoal, emocio- coincide com o da coercitiva. Define-se pela competência exclusiva do líder
nal e profissional. na determinação dos objetivos do grupo, em cuja discussão e fixação os
liderados são totalmente excluídos. A liderança democrática se caracteriza
A liderança e a participação eficaz em grupo dependem, essencialmen- pela preocupação de, tanto quanto possível, incorporar os liderados nas
te, da competência interpessoal do líder e dos seus membros. O trabalho tarefas de direção.
em equipe só terá expressão real se alcançar a tão desejada e propalada
sinergia para obter muito mais do que a simples soma das competências Funções desempenhadas pelos líderes. As funções de que se inves-
técnicas individuais como resultado conjunto do grupo. O caminho para tem os líderes podem ser primárias, quando se mostram essenciais ao
essa convivência salutar deve partir daquele que conhece, enfim, a nature- desempenho da liderança, ou secundárias, quando decorrem da própria
za do seu papel na sociedade e tem consciência de sua responsabilidade posição assumida pelo líder. São funções primárias: (1) a de diretor ou
perante seu grupo social e profissional. Yolanda Fernandes coordenador das atividades do grupo, que pode ser distribuída e delegada;
(2) a de planejador dos meios capazes de possibilitar a total realização dos
Liderança objetivos visados pelo grupo; (3) a de especialista e centro de informações;
A ideia da liderança vinculada aos atributos pessoais do líder predomi- (4) a de representante externo do grupo; (5) a de árbitro e mediador, com a
nou até o início do século XX. Modernamente, entende-se liderança como decorrência natural de punir e distribuir recompensas. São funções secun-
uma função organizacional, subordinada à dinâmica de grupo. dárias: (1) a de apresentar-se como símbolo do grupo; (2) a de ideólogo
que, como a anterior, está muito vinculada à liderança autoritária, mais que
Liderança é o processo de estímulo pelo qual, mediante ações recípro- à liberal; (3) a de figura paternal; (4) a de bode expiatório ou vítima propicia-
cas bem-sucedidas, as diferenças individuais são controladas e a energia tória, em condições de crise ou consequente estado de depressão.
humana que delas deriva se encaminha em benefício de uma causa co-
mum. Esse conceito, decorrente das contribuições do movimento gestaltis- No que toca às expectativas em torno da conduta dos líderes, há que
ta, apoiado nas obras dos psicólogos Kurt Lewin e Kurt Koffka, contraria o observar algumas: (1) o líder deve agir de maneira a ser percebido pelos
que predominava no início do século XX, segundo o qual a liderança se integrantes do grupo como um de seus membros; (2) os valores e as nor-
vincula estritamente aos atributos pessoais do líder. Tal conceito se expres- mas consagradas pela coletividade devem ter sido incorporados no líder;
sa, de forma radicalizada, na tese do líder nato. (3) o grupo deve poder beneficiar-se da investidura do líder, destacado dos
demais por suas qualificações; (4) ao líder cabe a tarefa de corresponder às
Segundo a perspectiva que subordina a liderança à dinâmica de grupo, expectativas do grupo.
o estudo da matéria deve envolver não apenas a pessoa do líder como os
demais integrantes do grupo; não apenas as pessoas, como também as As sociedades modernas deram origem a vasto número de situações
relações que se estabelecem entre elas; não apenas o meio, como os potenciais de liderança nos setores de política, economia, lazer, trabalho
fatores históricos e culturais que sobre ele atuam. A liderança, portanto, não etc. Ante a complexidade dos grupos de interesses sociais, a autoridade
é condição passiva ou reunião de certos traços ou combinações de traços, subdividiu-se, de forma a suprir as necessidades situacionais e atingir os
mas se produz na interação dos membros do grupo como expressão de objetivos específicos de cada grupo. A exigência de uma liderança eficiente
ativa participação e demonstração de capacidade para conduzir cooperati- e empreendedora no campo político decorre do crescimento do estado e da
vamente à realização de metas. Dentro dessa perspectiva, equiparou-se o economia, particularmente no século XX, em face da rivalidade internacio-
líder a uma figura que emerge de um fundo ou contexto e a ele permanece nal com vistas ao progresso econômico.
vinculado por meio de contínua troca de influências.
O líder moderno deve ser recrutado para cumprir objetivos sociais e po-
Formas de liderança. Distinguem-se várias formas de liderança, combi- líticos, com base no merecimento e no conhecimento especializado. Seu
nando diferentes critérios de classificação, fundados na origem dessa campo de ação é regulado por leis e normas jurídicas. Essa conceituação
capacidade, em sua extensão ou na técnica de exercitá-los. moderna difere essencialmente da tradicional, em que poderosos e rígidos
sistemas autocráticos e de classes fechadas atribuíam aos líderes valores
Carismática. Assim denominada por Max Weber, a liderança carismáti- especiais de dominação. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações
ca, supostamente de origem sobrenatural, é aceita pelo grupo em períodos Ltda.
de pesadas frustrações e depressões coletivas.
Personalidade
De persona, "máscara" ou "personagem de teatro", veio a palavra per-
Reformista. Os representantes da liderança reformista se caracterizam sonalidade, o conjunto de qualidades que definem uma pessoa. A psicolo-
pela imensa carga de hostilidade e agressão de que são portadores. Seus gia estuda as diferenças e semelhanças entre as pessoas e busca terapias
dotes oratórios e capacidade de persuasão são capazes de gerar notáveis para corrigir os transtornos de personalidade.

Conhecimentos Específicos 103 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Personalidade é o termo utilizado para designar a organização dinâmi- vários tipos de entrevista e os dados obtidos por esse meio com frequência
ca do conjunto de sistemas psicofísicos que determinam os ajustamentos modificam a avaliação final da personalidade cujos dados haviam sido
do indivíduo ao meio em que vive. Tem, pois, várias características: (1) é indicados anteriormente por outros métodos. Durante muito tempo, a psico-
única, própria a um só indivíduo, ainda que este tenha traços comuns a logia atribuiu grande importância aos métodos ditos morfológicos de descri-
outros indivíduos; (2) é uma integração das diversas funções, e mesmo que ção da personalidade, tais como os elaborados por especialistas como
esta integração ainda não esteja concretizada, existe uma tendência à William Herbert Sheldon e Ernst Kretschmer, ambos proponentes de tipolo-
integração que confere à personalidade o caráter de centro organizador; (3) gias em que determinadas características de personalidade eram associa-
é temporal, pois é sempre a de um indivíduo que vive historicamente; (4) das a tipos físicos. A relação entre biótipo e tipo psicológico não é mais
não é estímulo nem resposta, mas uma variável intermediária que se afir- considerada tão importante pelos especialistas, embora não deixe de
ma, portanto, como um estilo pela conduta. fornecer subsídios ao estudo da personalidade humana.

No estudo da personalidade registram-se duas teorias opostas: a ca- Teorias psicanalíticas. Para Sigmund Freud, a estrutura da personali-
racterologia e a psicologia das personalidades, ou personologia, na termi- dade é formada por três instâncias: id, ego e superego. O id é inato, e dele
nologia de Henry Alexander Murray. Para a primeira, personalidade é um deriva a energia necessária à formação do ego e do superego. Tanto o que
conjunto de traços mais ou menos fundamentais que, agrupados, formam é herdado psicologicamente quanto os instintos já existem no id no momen-
tipos em número limitado, aos quais podem ser reduzidos todos os indiví- to do nascimento. As necessidades do id são atendidas pelos processos
duos. A personalidade será então uma estrutura fundamental estável, primários e pelos atos reflexos.
analisada em seu comportamento atual. Já a personologia busca os fatores
dinâmicos da conduta, as motivações, os complexos centrais que influem À medida que a criança entra em interação com o ambiente, atos refle-
na integração da personalidade. No que tange à psicologia da personalida- xos e processos primários passam a ser insuficientes para reduzir a tensão
de, a teoria volta-se para sua função integrativa, considerando-a de um psicológica provocada por agentes internos e externos, e o ego se estrutura
ponto de vista histórico, num esquema evolutivo. para estabelecer contato com a realidade exterior. Por intermédio dos
processos secundários, encontra então na realidade os objetos adequados
Aspectos. No estudo da personalidade devem ser observados quatro à reestruturação do equilíbrio desestabilizado por tensões psíquicas. O
aspectos: prosseguimento das interações com o meio conduz à formação do supere-
(1) Dados psicofisiológicos, provenientes da hereditariedade e matura- go, ou seja, a internalização do julgamento moral, em que atuam o eu-ideal
ção em relação constante com o adquirido. O ponto de vista mais aceito e a consciência. O eu-ideal se manifesta por meio de injunções a respeito
quanto à relação entre hereditariedade e meio é o de uma interação. Os de como a pessoa deve agir em relação a suas aspirações e a consciência
efeitos da hereditariedade e do ambiente não são meramente somados, estabelece o que ela não pode fazer.
mas a extensão da influência de um fator depende da contribuição do outro.
Os dados psicofisiológicos podem ser considerados como produto da Personalidade básica. O conceito de personalidade básica surgiu da
hereditariedade e do meio. Assim, uma pequena diferença de hereditarie- colaboração entre o antropólogo Ralph Linton e o psicanalista Abraham
dade e uma ligeira modificação do ambiente podem produzir uma enorme Kardiner. Com base em trabalhos de Linton sobre populações de Madagas-
diferença da personalidade. car e das ilhas Marquesas, Kardiner realizou análises para verificar a exis-
(2) Transformações da conduta e fixação de tipos de comportamento. tência de correlações entre as instituições da cultura e a personalidade.
As transformações dependem de diversos fatores: (a) tendências elementa- Desses primeiros estudos, base de trabalhos posteriores sobre cultura e
res ou adquiridas, inatas ou surgidas com a maturação, que suscitam e personalidade, surgiu o conceito (mais produto de reflexão teórica que de
dirigem o comportamento; (b) operações já existentes, instintivas ou adqui- trabalho de campo) de personalidade-base, ou personalidade básica, para
ridas, que formam o fundamento da transformação, seja por assimilação a definir condutas e atitudes comuns à maioria dos integrantes de um grupo.
um novo todo, seja por dissociação; (c) obstáculos sociais ou modelos
culturais, cuja influência foi valorizada pela psicanálise; (d) variabilidade Só após as primeiras ideias formuladas por Kardiner é que se fizeram
pessoal, a personalidade em formação, que proíbe ou facilita certas possibi- experiências de campo, na década de 1940. Kardiner compreendia a exis-
lidades, na qual se destaca o funcionamento da autodeterminação. A tência de certos padrões fixos de pensamento e ação, aceitos em geral por
fixação das condutas mais complexas que substituem as condutas inade- um grupo de indivíduos e que podem causar distúrbios a estes, quando
quadas pode ser explicada pelo que a psicologia experimental chama de lei violados. As instituições primárias são formadas por certos desejos do
do efeito, e a psicanálise de princípio da realidade: permanecem as condu- indivíduo, independentemente de seu controle (como apetite, sensualidade
tas que levam a um resultado favorável. etc.), e vão compor a estrutura da personalidade-base. Esta estrutura dá
(3) Determinismo social e cultura. Observações de psicólogos e antro- origem a outras instituições, de caráter secundário, que atuam para aliviar
pólogos dão exemplos de diversidade de comportamento com referência à tensões. É exemplo de uma instituição secundária a maneira pela qual os
percepção, memória e julgamento estético, segundo o tipo de grupo social. membros de uma cultura solicitam a proteção divina. Se bem que o concei-
As diferenças culturais também interferem no conceito de comportamento to de divindade seja universal, o modo de solicitar sua proteção varia enor-
normal e anormal, que exigem referência a um tipo determinado de norma memente de povo para povo, em geral como decorrência de experiências
social. Mesmo comportamentos anteriormente considerados básicos da criadas na mentalidade da criança e dos objetivos definidos pela sociedade.
natureza humana são entendidos, na atualidade, como produtos de deter- Esta variação de experiências indica que a estrutura da personalidade-base
minado tipo de cultura. é formada de elementos comuns à personalidade da maioria dos membros
(4) Condições de unidade do ego e de identidade pessoal. Tais condi- individuais de uma cultura dada.
ções são estudadas pela psicologia evolutiva e pela psicanálise. A tarefa
principal do indivíduo será manter essa unidade, apesar das modificações Surgida na década de 1930, a formulação do conceito de personalida-
do tempo e das situações dispersivas. A história individual deve ser vista de-base teve seu mais amplo desenvolvimento na década seguinte, quando
em seu quadro social, no âmbito do movimento evolutivo das sociedades. foi comprovado por experiências de campo. Cora Dubois estudou os nati-
vos da ilha de Alor, na Melanésia, e encontrou três componentes da perso-
Métodos experimentais. São estes os principais métodos experimentais nalidade: uma estrutura básica que pode ser fisiológica e comum a toda a
empregados no estudo da personalidade: (1) escalas de avaliação, nas humanidade; tendências individuais da personalidade; e formas culturais
quais os traços aparecem numa escala e o examinador deve classificar o que atuam sobre os dois primeiros componentes e ocasionam certas ten-
examinado pela cotação dos diversos traços: (2) questionários, série de dências centrais, que podem ser denominadas personalidade modal. Nesse
perguntas ao examinado, sobre motivações, atitudes, interesses etc.; (3) mesmo período, Linton realizou estudos que comprovaram sua hipótese de
técnicas projetivas, com estímulos pouco estruturados, algumas mais que a estrutura básica da personalidade se refere mais a certos denomina-
sujeitas que outras a alguma correção. dores comuns da personalidade de todos os membros de um grupo.

De todos esses métodos, o mais utilizado é o da entrevista, raramente A teoria da personalidade-base trouxe considerável avanço para as re-
dispensada pelo avaliador da personalidade de um indivíduo. Existem lações entre antropologia e psicologia, e sua aplicação por especialistas de

Conhecimentos Específicos 104 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
uma ou de outra dessas disciplinas conduziu a uma soma de dados e de não a discussão sobre o tema, mas o seu próprio posicionamento, a fim de
material científico valiosa para o desenvolvimento das ciências sociais. influir a opinião pública, induzindo a sociedade a pensar dessa ou daquela
Com a segunda guerra mundial, aumentaram os estudos sobre diferentes maneira. Senhores respeitáveis, críticos de revistas, jornais e noticiários de
culturas, e o conceito de personalidade-base tomou a denominação de televisão, moldam o pensamento popular ao bel prazer de seus endinheira-
caráter nacional. Os estudos sobre o caráter nacional desenvolveram-se dos anunciantes, em clara oposição ao interesse público.
principalmente a partir de uma unidade psíquica da humanidade, diferenci-
ando-se cada cultura como resultado de escolhas e rejeições operadas A estratégia aqui rascunhada, para obter resultados satisfatórios, deve
sobre os dados culturais comuns a uma certa área geográfica. Foi este o ser implementada, necessariamente, em caráter permanente e de longo
método utilizado por Ruth Benedict ao estudar o caráter nacional japonês, prazo, já que desmistificar um estereótipo social é sabidamente uma tarefa
em seu livro The Chrysanthemum and the Sword (1946; O crisântemo e a de paciência e que demanda, principalmente, tempo.
espada). Além de descrever a cultura japonesa, a autora conceituou o
princípio da configuração única de cada cultura e de cada conjunto de Para o sucesso de uma campanha institucional deste porte é impres-
tradições históricas. cindível a continuidade das ações, sob pena de os valiosos e dispendiosos
esforços depreendidos na conquista de posições favoráveis à imagem do
O comportamento de cada grupo nacional pode ser analisado em rela- Servidor Público percam-se em uma breve interrupção das ações institucio-
ção a situações particulares e a atitudes e comportamentos de outros nais, pois os ataques da mídia ao serviço público certamente não cessarão.
grupos nacionais. Este é o caráter nacional, que a rigor é o mesmo conceito Essa continuidade de ações, por seu tempo, depende de garantia por parte
de personalidade-base, ou seja, uma configuração psicológica particular dos sindicatos, federações e até das confederações e coordenações nacio-
própria dos membros de uma sociedade dada, que se manifesta por um nais, se possível de forma estatutária, dos recursos necessários, humanos
certo estilo de vida sobre o qual os indivíduos limitam suas variantes singu- e financeiros, de modo que se possa tornar tal campanha institucional como
lares. Esta configuração é formada por um conjunto de traços. É a persona- uma rubrica indispensável nos orçamentos e planejamentos das adminis-
lidade-base não porque constitua exatamente uma personalidade, mas por trações sindicais.
ser a base da personalidade dos membros do grupo, a matriz sobre a qual
os traços de caráter se fixam e se desenvolvem. ©Encyclopaedia Britannica Muitas ideias simples, baratas e de fácil implementação, para positivar
do Brasil Publicações Ltda. a imagem do servidor público e acabar com o estereótipo do paletó na
cadeira, pipocam por este país, nos mais diversos setores do serviço públi-
Uma Nova Imagem para o Servidor Público co. Porém, são ações que, de forma isolada, dificilmente surtiriam algum
Durante as últimas décadas, o Servidor Público foi alvo, por parte da efeito positivo, o que as faz se dissiparem antes mesmo de postas em
mídia, de um processo deliberado de formação de uma caricatura, que prática.
transformou sua imagem no estereótipo do cidadão que trabalha pouco,
ganha muito, não pode ser demitido e é invariavelmente malandro e corrup- O que faz falta é a canalização e aprimoramento desses assuntos por
to. Com raríssimas exceções, presentes aliás em qualquer profissão ou uma equipe multidisciplinar, a fim de transformarem-se ideias em iniciativas
ramo social, sabemos que tal imagem é falsa e ardilosamente mentirosa. positivas e, na prática, de forma lenta, sistemática e contínua, através da
utilização dos vários mecanismos de convencimento e de mídia, iniciar o
Sabemos também que é difícil contrapor, mesmo com argumentos ver- processo que resultará numa sociedade na qual se possa defender o
dadeiros e inteligentes, a tantos anos de bem feita propaganda negativa servidor público como um esteio das instituições democráticas, primordiais
pela mídia. Essa verdadeira lavagem cerebral é levada a cabo a mando de para a soberania, liberdade e defesa dos direitos mais elementares.
segmentos sociais privilegiados, que sentem-se prejudicados em não poder
exercer plenamente os desmandos do capital e do poder. O bloqueio das Por menores a mais demorados que sejam os resultados, serão sem-
ingerências dessa classe dominante dá-se, visivelmente, por conta do pre satisfatórios e de longa duração, pois desde sempre a impopularidade
heroísmo das diversas instituições do poder público e seus servidores, as do serviço público só cresce e, a estagnação ou o recuo deste quadro de
quais somente conduzidas e representadas por servidores públicos está- impopularidade serão vitórias demoradas mas imprescindíveis para alavan-
veis, capacitados e bem remunerados, podem refutar os ataques subversi- car e facilitar as demais conquistas almejadas por esses valorosos cida-
vos da alternância do poder e do crescimento e concentração do capital. dãos brasileiros: os servidores públicos municipais, estaduais e federais
das três esferas de poder. Sergio Amorim dos Santos
Assim urge necessária uma nova estratégia, permanente e progressiva,
de esclarecimento da sociedade civil, a fim de desmistificar a função públi- A OPINIÃO PÚBLICA, OS RICOS E O "CANSEI" - ATUALIZADO (20/08)
ca, mostrando o porquê de sua existência e necessidade, o porquê de sua
necessária e constante valorização. Há uma hostilidade contra o "Cansei" que é compreensível. Ela provém
do pessoal que apoia o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. É razoável
que quem apoia o governo tente desqualificar quem é contra o governo,
O cidadão, mesmo bem atendido por um servidor público, o que sabe-
vocês não acham? Não é desejável, mas é compreensível. Especialmente
mos que é a regra, embora só sejam divulgadas as exceções, não conse-
num ambiente de radicalização política. Incompreensível, para mim, é a
gue sustentar uma boa imagem do serviço e do servidor públicos, pois a
atitude das pessoas que vivem descendo a lenha no governo federal e
mídia e o estereótipo negativo por ela criado tratam logo de desmanchar a
também achincalham o "Cansei". Pensei um pouco antes de escrever este
boa impressão, convencendo o cidadão, em seu íntimo, de que aquele bom
post, porque normalmente reluto quando é para discutir o comportamento
atendimento recebido fora, quem sabe, sorte.
da opinião pública. Mas como este texto tratará de generalidades e
abstrações acho que ninguém vai se ofender.
O convencimento da opinião pública através da mídia é uma prática po-
lítica e social largamente utilizada por quase todos os setores sociais, a fim Aquela hostilidade contra o "Cansei" que nasce exatamente da
de defender seus interesses e promover sua reivindicações. Infelizmente tal
oposição a Lula me deixa, como disse, com a pulga atrás da orelha.
ação é praticada, principalmente as de maior poder de penetração social,
Matutando e tentando ligar as coisas. Faz tempo, por exemplo, que eu
para defesa de interesses puramente econômicos. Raras são as campa- desconfio da tese de que a opinião pública (uso a expressão a partir do
nhas de mídia e tentativas de convencimento e formação de opinião pública
método gramsciano, o desenvolvido na cadeia) é vaquinha de presépio da
que defendem o interesse coletivo, estas geralmente patrocinadas por oposição. É o contrário.
organizações não governamentais de defesa da infância, do meio-
ambiente, sindicatos, entre outras.
A oposição é que está refém da opinião pública. Por sinal, nessa
Não estamos falando aqui de campanhas milionárias de marketing. parceria entre a opinião pública e a oposição só quem tem se dado bem é a
Vemos diariamente na mídia esses setores sociais organizados praticando opinião pública -que de tempos em tempos exibe o seu poder, enquanto a
seus lobbies, influindo nas pautas dos Jornais e Telejornais, dos programas oposição não consegue ganhar umazinha sequer.
de auditório e dominicais e até na criação das telenovelas, trazendo à tona

Conhecimentos Específicos 105 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Na eleição do ano passado, por exemplo, a oposição foi atrás dos No contexto global da Administração Pública a representação humana
conselhos da opinião pública e se deu mal. se faz através dos agentes públicos, conceituados pelo consagrado Hely
Lopes Meirelles: "como pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitori-
A opinião pública vem com suas maluquices e acaba arrastando a amente, do exercício de alguma função estatal" [01]. Ainda, o gênero agente
oposição a situações que a oposição não planejou nem desejou. Dura tem público, comporta as espécies agentes políticos, agentes administrativos,
sido a vida da nossa oposição, nesse cabresto que lhe foi colocado pela agentes honoríficos e agentes delegados, com algumas sub-espécies, que
opinião pública. Não se sabe o que a oposição deseja ou propõe para o em outra oportunidade poderão ser objeto de análise mais específica.
Brasil, pois ela se limita a reverberar os movimento espasmódicos da
opinião pública. É nessa conjuntura que aparece o "Cansei", um movimento Os órgãos públicos, como centros de competência instituídos para o
orgânico de oposição ao governo federal mas que não nasceu da opinião desempenho de funções estatais, têm seus cargos ocupados por pessoas
pública. Aliás, um registro. O "Cansei" conseguiu em poucas semanas físicas que atuam como seus agentes, com parcelas de seu poder, ou seja,
mobilizar mais gente contra o governo do que dois anos de campanha da a máquina estatal somente exteriorizará e concretizará sua vontade política
opinião pública contra Lula. Querem saber? Eu aposto que o problema da através de seus servidores públicos, que ocuparão os cargos existentes e
opinião pública com o Cansei é porque o "Cansei" não veio da opinião desempenharão, nos limites dos princípios que norteiam a Administração
pública, e portanto não está encabrestado por ela. A opinião pública está Pública, o serviço pretendido pelo governante, em benefício da sociedade.
com ciúmes do "Cansei", que não lhe pediu licença para ir às ruas gritar
"Fora Lula". Nosso propósito é demonstrar as dificuldades e os problemas que re-
sultam ao Poder Público, consequentemente, à coletividade, quando a
Eu me oponho politicamente ao "Cansei". Eu defendo que Lula está figura relevante do agente público pratica, de modo espontâneo ou não, o
fazendo um bom governo e deve ficar no cargo até o fim do mandato. Se o absenteísmo, culminando na prestação de um serviço de má qualidade ou
governo fosse meu, eu faria coisas diferentes. Mas o fato é que os votos deficitário, com sérios prejuízos aos seus destinatários.
foram do Lula e não meus. É uma premissa fundamental. Eu me limito a
analisar e criticar as realizações do governo Lula no âmbito do que Lula Absenteísmo, palavra de origem francesa, absentéisme, significa pes-
prometeu quando pediu os votos dos eleitores em 2002 e 2006. Não no soa que falta ao trabalho, ou ainda, ausência no serviço por inúmeros
âmbito do que eu acho que o Lula deveria fazer. Mas este post não é sobre motivos, propositais ou por circunstâncias alheias à vontade do trabalhador.
o governo. É sobre as relações entre a oposição, a opinião pública e o
"Cansei". Eu saudei desde o início o movimento, pois nada há de mais Trazendo o conceito acima para o serviço público, o Administrador da
saudável do que as pessoas descontentes com o governo irem para a rua Coisa Pública, como dirigente e fiscalizador de um órgão estatal, se depara
dizer que estão descontentes. Eu não estou nem aí para o fato de haver com graves situações concretas com resultados nefastos e jamais preten-
gente rica no "Cansei". didos pelo Estado.

O problema do Brasil não são os ricos. A China, por exemplo, tem hoje O absenteísmo tem se tornado problema crucial tanto para as organi-
muito mais ricos do que tinha trinta anos atrás. E a China está muito melhor zações particulares como para as estatais e, respectivamente, aos seus
do que estava trinta anos atrás. Enriquecer é glorioso, afirmava o arquiteto administradores, os quais percebem a repercussão no quantitativo de
da China contemporânea, Deng Xiaoping. Ele tinha razão. Quem é rico tem recursos humanos e, por via de consequência, o reflexo na qualidade do
dinheiro sobrando para investir e, portanto, propiciar oportunidades serviço prestado. Suas causas estão ligadas a múltiplos fatores, tornando-o
econômicas a quem não é tão rico assim. complexo e de difícil gerenciamento, pois, inúmeras situações pessoais do
servidor podem desencadear no seu surgimento, como exemplo problemas
O Brasil deveria copiar a China nesse aspecto. Precisamos de ricos em de ordem pessoal, biológica, ambiental, social, familiar, financeira, funcio-
maior quantidade, e de ricos mais ricos. Acho que nisso o pessoal do nal, etc.
"Cansei" concorda comigo. Onde é que talvez esteja a nossa maior
discordância? Pode ser que a turma do "Cansei" ache que o Brasil estaria Segundo Gaidzinski, que desenvolveu um estudo para dimensionar o
melhor se os ricos além de ficarem cada vez mais ricos também quadro de pessoal para os serviços, classificou as ausências em previstas
mandassem no país. Eu penso que não, que o melhor é os ricos cuidarem e não previstas. Constituem a primeira classe aquelas permitidas e de
de enriquecer enquanto os não tão ricos assim governam. Mas é apenas direito ao servidor, podendo ser planejadas com antecedência como férias,
uma diferença de pontos de vista. Não é motivo para ficar brigando. Até folgas e feriados. As ausências não previstas são as que efetivamente
porque quem vai decidir a parada não somos nem eu nem a turma do caracterizam o absenteísmo, pelo seu caráter imprevisível, como faltas
"Cansei". Muito menos a opinião pública. É o povo, na urna. Esse, por sinal, abonadas e injustificadas, licenças médicas, acidente de trabalho, licenças
talvez seja o maior problema do pessoal do "Cansei" e também da opinião maternidade e paternidade, período de nojo, de gala, de cursos de especia-
pública: depois dos discursos, contar o voto na urna. Blog do Alon lização e outras situações que impedirão o servidor ao trabalho.

ABSENTEÍSMO NO SERVIÇO PÚBLICO Em quaisquer, das hipóteses, este fenômeno ocasiona não só custos
Texto extraído do Jus Navigandi
diretos, mas também indiretos, representados pela diminuição da produtivi-
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9204
dade porque haverá menos servidores em ação, com redução da qualidade
do serviço uma vez que um outro funcionário em atividade executará tam-
Luís Fernando Quinteiro de Souza
delegado seccional de Polícia de Ourinhos (SP), professor de Direito Administra-
bém o serviço do ausente, ocasionando, certamente, a diminuição da
tivo e Direito Processual Penal nas Faculdades Integradas de Ourinhos eficiência e eficácia nos resultados esperados.

O estudo da Administração Pública, partindo do conceito jurídico de Es- Apesar da possibilidade de rotatividade de pessoal, de modo célere,
tado, compreende, inicialmente, a organização soberana, com a instituição que a iniciativa privada têm a seu alcance, diante do regime jurídico adota-
constitucional dos três Poderes que compõem o Governo, na clássica do para a contratação e demissão, nos moldes da Consolidação das Leis
tripartição de Montesquieu, isto é, Legislativo, Executivo e Judiciário, inde- do Trabalho, ainda assim é oneroso a qualquer empresa privada, pelas
pendentes e harmônicos entre si, com funções precípuas e imanentes do responsabilidades trabalhistas decorrentes de demissão e de admissão de
Estado. novo empregado, com a respectiva capacitação, mas, de qualquer forma, é
sempre bom realçar, em que pese tais encargos, constitui num verdadeiro e
Sequencialmente, segue-se a organização da Administração, consis- autêntico privilégio constitucional, à disposição do empregador, do qual não
tindo na estruturação legal das entidades e órgãos que irão desempenhar dispõe o Administrador Público, diante de funcionário ausente por desídia
as funções, através de agentes públicos e o rol de suas atividades, numa ou necessidade premente, o qual, para submeter-se a um processo disci-
concepção moderna de desenvolvimento e funcionamento dos serviços a plinar administrativo, goza de um elenco de situações privilegiadas, que
serem prestados aos administrados, ou seja, à coletividade, de forma demanda muito tempo a concretizar-se.
generalizada.

Conhecimentos Específicos 106 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
É de extrema relevância que o servidor público (que um dia, por crité- De fato, a opinião tem sua origem nos grupos, mas só assim não carac-
rios de seleção e por meio de concurso público, se destacou entre seus terizaremos a opinião pública, porque esses grupos transformam-se em
inúmeros pares, foi aprovado e vislumbrou a possibilidade de fazer carreira públicos quando se organizam em torno das controvérsias, com ou sem
na atividade de governo, com segurança e estabilidade, características contiguidade espacial, discutem, informam-se, refletem, criticam e procuram
inexistentes na iniciativa privada), atue, de modo perene, com a consciência uma atitude comum, e atitude para a professora Sarah Chucid da Viá “é
voltada à importância de seu trabalho assíduo e permanente, para o desen- uma tendência para atuar, agir. Relaciona-se com os hábitos, com os
volvimento de seu país, de seu Estado e de sua cidade, além de seu cres- comportamentos e transforma-se em opinião quando adquire um caráter
cimento interior, dignificando o seu nome e sua atividade laborativa, tanto verbal e simbólico”, mas onde fica o indivíduo na opinião pública?
para conhecimento próprio e servir de exemplo à sua linha ascendente
como para sua descendência, destacando-se entre seus pares. Ora, todos nós sabemos que o indivíduo, o ser humano, é um ser soci-
al e não vive sozinho. No mínimo pertencerá ao grupo primário “família”. Na
Entretanto, concomitantemente, com a grande massa de servidores verdade, ainda não se sabe qual é a real natureza do termo opinião pública,
que pensam, ajam e atuam de maneira sóbria e responsável, concretizando mas analisando o que dizem os especialistas podemos encontrar pontos de
e materializando os anseios do Poder Central e, reconhecidos como dignos destaque sobre o assunto. Vejamos:
paladinos estatais, temos um insignificante segmento de funcionários, mal • a opinião pública está diretamente relacionada a um fenômeno so-
contratados e mal formados, despidos de qualquer senso de responsabili- cial que poderá ou não ter caráter político;
dade e respeito para com seus pares e para com sua entidade estatal, os • é um pouco mais que a simples soma das opiniões;
quais absorvem proventos correspondentes, sem prestar uma atividade • é influenciada pelo sistema social de um país, de uma comunida-
sequer, sobrecarregando o colega de trabalho e que por meio de subterfú- de;
gios legais, arcaicos e absurdos como reiteradas e descabidas licenças • é influenciada pelos veículos de comunicação massiva;
médicas, por patologias relativamente simples, conseguem burlar a Admi- • poderá ou não ter origem na opinião resultante da formação do pú-
nistração Pública, de modo a impedi-la de torná-lo readaptado para outra blico;
atividade, culminando, por vezes, em permanecer claro o seu cargo, até por • não deve ser confundida com a vontade popular, pois esta se rela-
décadas, sem, inclusive, a viabilização de uma aposentadoria precoce, o ciona aos sentimentos individuais mais profundos;
que ensejaria o preenchimento do claro existente naquela carreira, com • depende e resulta de uma elaboração maior;
consequências externas, que atingem o público em geral, como menor
qualidade e desempenho do serviço prestado. • não é estática, é dinâmica.

Convém aqui destacar que a opinião de um grupo não é a opinião do


Por outro lado, o Administrador Público inovador, diante de situações público, e a melhor forma de esclarecermos o assunto ainda é o exemplo.
dessa natureza, para a qual não concorreu e sequer deu causa, tem a Assim, sabemos que no grupo primário “família”, a hierarquia, bem como a
oportunidade de, também com supedâneo aos princípios informadores do comunicação face a face, interfere na discussão que é mais do tipo demo-
Estado de Direito, fazer uso de sua imaginação, criando ou buscando crático direto, onde geralmente a opinião preponderante é a do líder do
alternativas permitidas, para sobrepor àquelas carências provocadas pelo grupo (o chefe da família, por exemplo).
absenteísmo e, consequentemente, minimizando o estado de ira e revolta No grupo primário “família”, os problemas são mais concretos, mas nas
no ambiente de trabalho, promovendo cursos de capacitação, prêmios de sociedades mais complexas, os grupos secundários (escola, igreja) carac-
incentivo e de valorização profissional, procurando recursos para moderni- terizam-se por apresentarem indivíduos com multiplicidade de tarefas e de
zar o labor e, assim, ofertando melhores meios ao desenvolvimento de atividades, e os problemas tornam-se mais abstratos, bem como as rela-
qualquer atividade a que está incumbido o Estado. ções também se tornam mais abstratas e surge a controvérsia que, a meu
ver, é a origem da formação do público.
FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA OPINIÃO PÚBLICA
Sidineia Gomes Freitas A essa altura, surge o indivíduo no público que, segundo o Prof. Dr.
INTRODUÇÃO Cândido Teobaldo de Souza Andrade:
Falar de opinião pública é assunto apaixonante e controverso. Isto pos- • não perde a faculdade de crítica e autocontrole;
to, fica ainda mais difícil darmos um passo além e analisarmos o tema: • está disposto a intensificar sua habilidade de crítica e de discussão
Formação e desenvolvimento da opinião pública. frente a controvérsia;
Pela profundidade do assunto, temos consciência de que não o esgota- • age racionalmente através de sua opinião, mas está disposto a fa-
remos, mas sim indicaremos alguns parâmetros para a sua discussão. zer concessões e compartilhar de experiência alheia.
CONCEITO DE OPINIÃO PÚBLICA Seria bom se estivéssemos sempre diante de públicos e de indivíduos
Na verdade, o conceito de opinião pública vem se transformando atra- no público, mas Monique Augras nos diz que “A opinião pública é, declara-
vés dos tempos. No século XIX ocorreu a primeira revolução industrial, damente, uma alavanca na mão do demagogo. Daí em diante aparecerá
surgiu a imprensa e as reivindicações deixaram de representar apenas os um duplo aspecto: expressão genuína da vontade do povo e meio de
interesses de um grupo dominante, abrangendo caráter não só político, manipulação desse povo”. Nas sociedades complexas nem sempre a
mas também social e econômico. opinião pública influencia e determina ações, sejam tais ações de caráter
Os estudiosos da opinião pública consideram-na, antes de mais nada, puramente social, ou de caráter político e econômico. Por isso, precisamos
um estudo essencialmente interdisciplinar que envolve a Sociologia, a verificar que fatores interferem na formação e no desenvolvimento da
Psicologia Social, a Ciência Política e outras. opinião pública.
O senso comum utiliza o termo opinião pública com naturalidade (gran-
de parte de nossos representantes políticos assim agem), mas ao investi- OPINIÃO PÚBLICA: FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
gador interessa saber o que é opinião pública. Além da classificação dos grupos, os fatores sociais, os psicológicos, a
persuasão e os veículos de comunicação massiva interferem na formação e
A reflexão nos leva, automaticamente, a lembrarmos de grupo, de pú-
desenvolvimento da opinião pública.
blico, de atitude de maioria, de opinião, do indivíduo no grupo, no público.
No sentido de facilitarmos a análise isolaremos as interferências.
A professora Sarah Chucid da Viá refere-se à definição de Kimbal
Young: “Opinião é conjunto de crenças a respeito de temas controvertidos Fatores Sociais
ou relacionados com interpretação valorativa ou o significado moral de O tipo de sociedade ao qual pertencemos, nossa classe social e as vá-
certos fatos”. rias relações estabelecidas interferem na formação da opinião pública. Nas
sociedades mais estáticas as opiniões são mais permanentes e se aproxi-
Monique Augras afirma “a opinião é um fenômeno social. Existe ape-
mam mais de crenças, enquanto que em sociedades mais dinâmicas os
nas em relação a um grupo, é um dos modos de expressão desse grupo e indivíduos tendem a mudar de opinião e devido à grande mobilidade social,
difunde-se utilizando as redes de comunicação do grupo”.
opiniões se transformam ou até mesmo desaparecem.

Conhecimentos Específicos 107 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os grandes centros urbanos apresentam grande mobilidade social dife- Os veículos de comunicação massiva usam e abusam da propaganda.
renciando-se da população concentrada em aldeias rurais, onde há mais Basta nos colocarmos diante de um aparelho de televisão realizarmos uma
dificuldades nos contatos e nas informações. simples contagem do número de comerciais veiculados. Estamos diante de
veículos onerosos e somente grupos poderosos podem mantê-los e mane-
A classe social também interfere na formação da opinião. “Marx afirma já-los, mas a opinião pública existe, não pode continuar a ser manipulada
que toda a opinião é opinião de classe, uma opinião determinada pelo de maneira abusiva e desejamos chegar mais próximos da verdade. Porque
grupo social em que se vive”, nos lembra a professora Sarah C. da Via. ao invés de negarmos o poder de tais veículos, não utilizá-los de modo
mais racional e equitativo? Os grupos de interesse agem.
Os Fatores Psicológicos e a Persuasão PÚBLICO E OPINIÃO PÚBLICA
Os fatores psicológicos são os que melhor explicam a formação da O professor Cândido Teobaldo de Souza Andrade e quase todas as
opinião pública, pois opinião relaciona-se com o conjunto de crença e obras que falam de Relações Públicas admitem a existência de grupos,
ideologia de um indivíduo que tem disposição para expressar-se (caso não mas sabem que um grupo pode ou não se constituir como um público.
se expresse trata-se de uma atitude latente) e “a opinião seria um dos Desta forma, chegamos às características da opinião pública que, segundo
modos de expressão dessa disposição, surgindo a propósito de um aconte- o professor Teobaldo, fica assim caracterizada:
cimento determinado. Sendo essencialmente expressão, a opinião é de • não é uma opinião unânime;
natureza comunicativa e interpessoal. Serve de mediadora entre o mundo • não é, necessariamente, a opinião da maioria;
exterior e a pessoa sob dois aspectos: 1) adaptação à realidade e ao grupo;
• normalmente é diferente da opinião de qualquer elemento do públi-
2) exteriorização”, nos lembra a professora Sarah C. da Viá.
co;
• é uma opinião composta, formada das diversas opiniões existentes
Ocorre que a adaptação à realidade e ao grupo, bem como a exteriori- no público;
zação, envolvem a identificação, a projeção e a rejeição que verificamos no • está em contínuo processo de formação das diversas opiniões
relacionamento social, e não é difícil observarmos isto nas representações existentes no público;
coletivas, pois todos desejam a aprovação social. “As opiniões considera-
• está em contínuo processo de formação e em direção a um con-
das pelo indivíduo com a maior cautela; inversamente, se alguém tiver
senso completo, sem nunca alcançá-lo.
necessidade de agressão e de autonomia, expressá-la-ás sem restrições”,
analisa a professora Sarah C. da Viá. Sabemos que os grupos de interesse, as pessoas interessadas e os
espectadores constituem o público.
Ainda considerando a identificação, a projeção e a rejeição iremos en-
contrar os estereótipos criados nas sociedades de massa onde os fatores Os grupos de interesse têm importante papel na formação da opinião
afetivos e irracionais funcionam com maior intensidade. pública e, mais uma vez, o professor Teobaldo nos lembra que os grupos
de interesse colocam a controvérsia e esforçam-se para obter aliados entre
Os estereótipos apresentam algumas características que auxiliam so- os desinteressados. Desta forma o desinteresse, e a não informação contri-
bremaneira a formação e desenvolvimento da opinião pública. Vejamos: buem para a ação dos grupos de interesse. “Esses grupos de interesse, no
• o estereótipo é persistente, pode permanecer por gerações; seu esforço para moldar opiniões, podem provocar, pela propaganda, o
• é elaborado por um grupo para definir-se ou definir outro grupo; estabelecimento de atitudes emocionais e sentimentos. A contrapropagan-
• apresenta ma imagem idealizada do próprio grupo; da faz aparecer, novamente, a controvérsia e o processo de discussão.
Assim, pode-se notar que a propaganda é prejudicial somente quando
• apresenta a esquematização, onde as qualidades de um objeto
existe apenas uma propaganda”.
são reduzidas a uma só;
• engloba todos em único conceito; De fato, a opinião pública deve funcionar como fiscal necessário e, pa-
• tem função compensatória de frustrações, assim, o outro grupo ra que isto ocorra, os seres racionais devem tornar-se cada vez mais racio-
passa a ser responsabilizado pelas frustrações. nais, mas vivemos em uma sociedade de massas onde o interesse privado
geralmente se sobrepõe ao interesse público. Hoje, o que temos é a multi-
Os estereótipos são, de fato, fantasias, mas fantasias que determinam dão, que foi característica da antiguidade e da Idade Média. Temos a
atitudes que podem levar à ação. Pessoas, frases, modelos podem trans- massa de consumidores. Onde está o público?
formar-se em estereótipos.
A opinião pública não é resultado do impulso de multidões passageiras que,
Criar estereótipos, alterar e induzir opiniões irá requerer a persuasão. A excitadas por um fato novo e na fantasia criada pelos estereótipos e apaixonada
persuasão tem na propaganda sua melhor arma de ação, pois a propagan- por seus oradores, precisam adquirir a exata consciência de nação.
da pode ser definida como técnica que manipula as representações, os
estereótipos e influencia nas ações humanas, nas atitudes das pessoas. Precisamos não só informar, mas principalmente formar, e Canfield já
Por outro lado, sabemos que o homem é um ser social, é passível de registrava: “No seu papel de divulgar informações ao público, o profissional
influência e, portanto, pode ser persuadido. Quer e deseja a aprovação de Relações Públicas ocupa uma posição chave na formação de uma
social. opinião pública esclarecida”.

De fato, a persuasão e a propaganda andam de mãos dadas, pois o OBSERVAÇÕES FINAIS


professor Cândido Teobaldo de Souza Andrade nos diz: “A propaganda é A controvérsia deve ser vista como fato natural em uma sociedade
considerada suspeita, porque na área da discussão pública, ela molda mais evoluída. Assim, a iniciativa privada e o governo devem acostumar-se
opiniões e julgamentos, não baseada apenas no mérito da controvérsia, a discutir.
mas, principalmente, agindo sobre os sentimentos. O objetivo precípuo da
propaganda é implantar uma atitude que vem a ser sentida pelas pessoas Não é porque uma empresa é alvo de críticas, que deixará de existir.
como natural, certa e espontânea. Deseja assim a propaganda criar uma Pelo contrário, é necessário que se estabeleça o diálogo e que os empresá-
convicção e obter ação de acordo com essa convicção”. rios assumam sua responsabilidade social, pois o público não só deseja,
mas principalmente merece explicações.

Os Veículos de Comunicação Massiva “Hoje, mais do que ontem, a humanidade tem como seu alicerce a opi-
Somos constantemente bombardeados pelos veículos de comunicação nião pública e exclusivamente sobre essa base o mundo pode sobreviver. A
massiva que agem sobre nossas opiniões, nossas atitudes, nossas ações. sociedade de massas precisa ser substituída pela comunidade de públicos,
Bombardeiam nossos lares e formam nossas crianças. pela evasão do pensamento coletivo, mediante apelos dirigidos à razão e à
reflexão. A humanidade só poderá viver em harmonia se existir ampla e
A interferência desses veículos vem sendo lembrada a todo momento livre comunicação, sob pena de sofrermos uma imprevisível rebelião das
nos problemas levantados em nosso curso. massas”, nos lembra o professor Teobaldo.
Conhecimentos Específicos 108 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Childs nos diz: “Os grupos de pressão identificam seus interesses com Ao entrarmos com o nome do usuário, o windows efetuará o Logon (en-
o interesse público. Essa identificação não se pode efetivar com um simples trada no sistema) e nos apresentará a área de trabalho:
movimento de pena ou agir de mão. O público está sempre interessado em
decisões mais sábias e racionais quanto a assuntos de relevância para ele. Área de trabalho
Suas competência para decidir sabiamente depende, em grande parte, do
grau em que os grupos de pressão esclarecem o seu espírito, e não da
extensão em que despertam instintos animais”.

Childs continua sua análise, demonstrando as condições básicas para


o exercício da democracia que são:
• direito de escolha;
• liberdade de expressão;
• substituição de apelos irracionais por apelos menos irracionais, já
que as emoções e os sentimentos não podem ser esquecidos;
• mais informação às massas e muita reflexão;
• educação;
• uso adequado da propaganda.

Childs apresenta ainda os pontos fundamentais que Relações Públicas


deve observar, no que se refere ao controle social, quando falamos em
opinião pública.
Vejamos:
• Relações Públicas, em seu sentido mais amplo, referem-se àque-
les aspectos do nosso comportamento individual ou institucional  Área de Trabalho ou Desktop
que tem implicações sociais;  Na Área de trabalho encontramos os seguintes itens:
• O problema fundamental de relações públicas é por essas relações  Ícones:
em conformidade com o interesse público – um interesse que está  Barra de tarefas
sendo constantemente redefinido pela opinião das massas;  Botão iniciar
• Temos não só o dever de sujeitar-nos à opinião pública, mas tam-
bém a responsabilidade e a oportunidade de modelá-la e guiá-la; Atalhos e Ícones
• Agindo assim, precisamos estar conscientes do significado social Figuras que representam recursos do computador, um ícone pode re-
da propaganda – do papel que cabe na teoria democrática e das presentar um texto, música, programa, fotos e etc. você pode adicionar
condições essenciais para o seu correto funcionamento; ícones na área de trabalho, assim como pode excluir. Alguns ícones são
• Em última análise, a opinião pública é aquilo que, coletivamente, padrão do Windows: Meu Computador, Meus Documentos, Meus locais de
fazemos com que ela seja. Só quando procuramos, de todas as Rede, Internet Explorer.
maneiras possíveis, melhorar a sua qualidade é que nos libertamos
dos perigos do conformismo”. Atalhos
Primeiramente visualize o programa ou ícone pelo qual deseja criar o
A estes aspectos, devemos incluir a administração da controvérsia e, atalho, para um maior gerenciamento de seus programas e diretórios,
neste caso, a profa. Sarah C. da Viá nos traz as diferenças no tratamento acesse o Meu Computador local onde poderemos visualizar todos os drives
da informação, quando diz: “Numa comunidade de públicos, a discussão é do computador no exemplo abaixo será criado um atalho no drive de dis-
o meio de comunicação fundamental, e os veículos de comunicação de quete na área de trabalho:
massa, quando existem, apenas ampliam e animam a discussão, ligando Depois de visualizar o diretório a ser criado o atalho, clique sobre o
um grupo primário com as discussões de outro”. E continua: “Numa socie- ícone com o botão direito do mouse e escolha a opção, criar atalho.
dade de massas, o tipo de comunicação dominante é o veículo formal, e os
públicos se tornam apenas simples mercados dos veículos de comunicação
de massa”.

NOÇÕES DE INFORMÁTICA: CONCEITOS BÁ-


SICOS DE SOFTWARE E HARDWARE. AMBI-
ENTE WINDOWS XP OU 7. CONCEITO E OR-
GANIZAÇÃO DE ARQUIVOS (PAS-
TAS/DIRETÓRIOS).

WINDOWS XP

Iniciando o Windows
Ao iniciar o windows XP a primeira tela que temos é tela de logon, nela,
selecionamos o usuário que irá utilizar o computador.

O atalho será criado na área de trabalho, podermos criar atalhos pelo


menu rápido, simplesmente clicando com o mouse lado direito, sobre o
ícone, programa, pasta ou arquivo e depois escolher a opção, criar atalho.

A criação de um atalho não substitui o arquivo, diretório ou programa


de origem, a função do atalho simplesmente será de executar a ação de
abrir o programa, pasta, arquivo ou diretório rapidamente, sem precisar
localizar o seu local de origem.

Conhecimentos Específicos 109 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Sistemas de menu Todos os programas
Windows XP é, até hoje, o sistema operacional da Microsoft com o O menu Todos os Programas, ativa automaticamente outro submenu,
maior conjunto de facilidades para o usuário, combinado com razoável grau no qual aparecem todas as opções de programas. Para entrar neste sub-
de confiabilidade. menu, arraste o mouse em linha reta para a direção em que o submenu foi
aberto. Assim, você poderá selecionar o aplicativo desejado. Para executar,
Barra de tarefas por exemplo, o Paint, basta posicionar o ponteiro do mouse sobre a opção
A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste momen- Acessórios. O submenu Acessórios será aberto. Então aponte para Paint e
to, mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela, dê um clique com o botão esquerdo do mouse.
permitindo assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com
rapidez e facilidade.

A barra de tarefas é muito útil no dia a dia. Imagine que você esteja cri-
ando um texto em um editor de texto e um de seus colegas lhe pede para
você imprimir uma determinada planilha que está em seu micro.

Você não precisa fechar o editor de textos. Apenas salve o arquivo que
está trabalhando, abra a planilha e mande imprimir, enquanto imprime você
não precisa esperar que a planilha seja totalmente impressa, deixe a im-
pressora trabalhando e volte para o editor de textos, dando um clique no
botão ao correspondente na Barra de tarefas e volte a trabalhar.

A barra de Tarefas, na visão da Microsoft, é uma das maiores ferra-


mentas de produtividade do Windows. Vamos abrir alguns aplicativos e ver MEU COMPUTADOR
como ela se comporta. Se você clicar normalmente na opção Meu Computador, vai abrir uma
tela que lhe dará acesso a todos os drives (disquete, HD, CD etc.) do
sistema e também às pastas de armazenamento de arquivos.
Botão Iniciar

O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá


acesso ao Menu Iniciar, de onde se pode acessar outros menus que, por
sua vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar
mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu
Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais
disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre
um item com uma seta, será exibido outro menu.

O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que esti-


ver instalado no computador, ou fazer alterações nas configurações do
computador, localizar um arquivo, abrir um documento.

Meus documentos
A opção Meus Documentos abre a pasta-padrão de armazenamento de
arquivos. A pasta Meus Documentos recebe todos os arquivos produzidos-
pelo usuário: textos, planilhas, apresentações, imagens etc. Naturalmente,
você pode gravar arquivos em outros lugares. Mas, em condições normais,
eles são salvos na pasta Meus Documentos.

O botão iniciar pode ser configurado. No Windows XP, você pode optar
por trabalhar com o novo menu Iniciar ou, se preferir, configurar o menu
Iniciar para que tenha a aparência das versões anteriores do Windows
(95/98/Me). Clique na barra de tarefas com o botão direito do mouse e
selecione propriedades e então clique na guia menu Iniciar.

Esta guia tem duas opções:


 Menu iniciar: Oferece a você acesso mais rápido a e−mail e Inter-
net, seus documentos, imagens e música e aos programas usados
recentemente, pois estas opções são exibidas ao se clicar no botão
Iniciar. Esta configuração é uma novidade do Windows XP
 Menu Iniciar Clássico: Deixa o menu Iniciar com a aparência das
versões antigas do Windows, como o windows ME, 98 e 95.

Conhecimentos Específicos 110 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Acessórios do Windows Fechar: Este botão fecha o aplicativo que está sendo executado e sua
O Windows XP inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferra- janela. Esta mesma opção poderá ser utilizada pelo menu Arquivo/Sair. Se
mentas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramentas para o arquivos que estiver sendo criado ou modificado dentro da janela não foi
melhorar a performance do computador, calculadora e etc. salvo antes de fechar o aplicativo, o Windows emitirá uma tela de alerta
perguntando se queremos ou não salvar o arquivo, ou cancelar a operação
Se fôssemos analisar cada acessório que temos, encontraríamos vá- de sair do aplicativo.
rias aplicações, mas vamos citar as mais usadas e importantes. Imagine
que você está montando um manual para ajudar as pessoas a trabalharem MEU COMPUTADOR
com um determinado programa do computador. Neste manual, com certeza O ícone de Meu Computador representa todo o material em seu com-
você acrescentaria a imagem das janelas do programa. Para copiar as putador. Meu Computador contém principalmente ícones que representam
janelas e retirar só a parte desejada, utilizaremos o Paint, que é um pro- as unidades de disco em seu sistema: a unidade de disquete A, o disco
grama para trabalharmos com imagens. As pessoas que trabalham com rígido C e sua unidade de CD-ROM ou de DVD, bem como outros discos
criação de páginas para a Internet utilizam o acessório Bloco de Notas, que rígidos, unidades removíveis etc. Clicar nesses ícones de unidade exibe o
é um editor de texto muito simples. Assim, vimos duas aplicações para dois conteúdo das unidades, arquivos e pastas, que são a soma de tudo em seu
acessórios diferentes. computador. (Daí o nome, Meu Computador.)

A pasta acessório é acessível dando−se um clique no botão Iniciar na Windows Explorer gerenciamento de arquivos e pastas
Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e, no submenu O Windows Explorer tem a mesma função do Meu Computador: Orga-
que aparece, escolha Acessórios. nizar o disco e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por exemplo,
cópia, exclusão e mudança no local dos arquivos. Enquanto o Meu Compu-
tador traz como padrão a janela sem divisão, você observará que o Win-
dows Explorer traz a janela dividida em duas partes. Mas tanto no primeiro
como no segundo, esta configuração pode ser mudada. Podemos criar
pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa, copiar arquivos
para disquete, apagar arquivos indesejáveis e muito mais.

Componentes da Janela
Para exemplificarmos uma janela, utilizaremos a janela de um aplicati-
vo do Windows. O Bloco de Notas. Para abri−lo clique no botão Iniciar /
Todos os Programas / Acessórios / Bloco de Notas.

Janela do Windows Explorer


No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas em seu
computador e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta seleci-
onada. Ele é especialmente útil para copiar e mover arquivos. Ele é com-
posto de uma janela dividida em dois painéis: O painel da esquerda é uma
árvore de pastas hierarquizada que mostra todas as unidades de disco, a
Lixeira, a área de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta);
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à esquerda e
funciona de maneira idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu
Computador, como padrão ele traz a janela sem divisão, é possível dividi−la
também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas) Para abrir o
Windows Explorer, clique no botão Iniciar, vá a opção Todos os Progra-
mas / acessórios e clique sobre Windows Explorer ou clique sob o botão
Barra de Título: esta barra mostra o nome do arquivo (Sem Título) e o iniciar com o botão direito do mouse e selecione a opção Explorar.
nome do aplicativo (Bloco de Notas) que está sendo executado na janela.
Através desta barra, conseguimos mover a janela quando a mesma não Preste atenção na Figura da página anterior que o painel da esquerda
está maximizada. Para isso, clique na barra de título, mantenha o clique e na figura acima, todas as pastas com um sinal de + (mais) indicam que
arraste e solte o mouse. Assim, você estará movendo a janela para a contêm outras pastas. As pastas que contêm um sinal de – (menos) indi-
posição desejada. Depois é só soltar o clique. cam que já foram expandidas (ou já estamos visualizando as sub−pastas).
Na Barra de Título encontramos os botões de controle da janela. Estes Painel de controle
são: O Painel de controle do Windows XP agrupa itens de configuração de
Minimizar: este botão oculta a janela da Área de trabalho e mantém o dispositivos e opções em utilização como vídeo, resolução, som, data e
botão referente á janela na Barra de Tarefas. Para visualizar a janela no- hora, entre outros. Estas opções podem ser controladas e alteradas pelo
vamente, clique em seu botão na Barra de tarefas. usuário, daí o nome Painel de controle.
Maximizar: Este botão aumenta o tamanho da janela até que ela ocupe
toda a Área da Trabalho. Para que a janela volte ao tamanho original, o Para acessar o Painel de controle
botão na Barra de Título, que era o maximizar, alternou para o botão Res- 1. Clique em Iniciar, Painel de controle.
taurar. Clique neste botão e a janela será restaurada ao tamanho original. 2. Inicialmente o Painel de controle exibe nove categorias distintas.

Conhecimentos Específicos 111 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Não há nenhuma regra sobre excluir arquivos e pastas até se falar de


Meus Documentos. Você não pode excluir a pasta Meus Documentos. A
Microsoft quer que você a tenha e você irá mantê-la. Então, você deve
conviver com isso! Se clicar com o botão direito do mouse na pasta Meus
Documentos em sua área de trabalho, notará que há uma opção Excluir.
Essa opção é para excluir o atalho, que é realmente o que você vê na área
de trabalho, mas você não está eliminando a pasta Meus Documentos.

Você pode renomear Meus Documentos se quiser. Clique com o botão


direito do mouse na pasta e escolha Renomear. Digite o novo nome. Embo-
ra não seja recomendado.

Você pode compartilhar a pasta Meus Documentos com outros compu-


tadores conectados ao seu computador e com aqueles que estão configu-
rados como um usuário diferente em seu computador. Siga exatamente os
passos.

Compartilhar Meus Documentos


1. Clique com o botão direito do mouse na pasta Meus Documentos.
Painel de controle 2. Escolha Propriedades.
3. Clique na opção desejada. 3. Clique a guia Compartilhamento.
4. Na próxima tela escolha a tarefa a ser realizada. Isto traz a guia Compartilhamento para frente -onde você deci-
de quem consegue compartilhar, quem não, e quanto controle
Utilize os botões de navegação: essas pessoas têm sobre sua pasta.
4. Escolha Compartilhar Esta Pasta.
Voltar Para voltar uma tela. Tudo agora ganha vida e você tem todo tipo de opção:
Criando uma pasta (DIRETÓRIO)
Avançar Para retornar a tarefa. A pasta Meus Documentos pode ficar facilmente desorganizada se vo-
cê não se antecipar e criar pastas adicionais para organizar melhor seu
Acima Para ir ao diretório acima. material. Lembre-se: Meus Documentos é como um grande gabinete de
arquivos. Quando precisar de um novo arquivo, digamos para um novo
assunto, você prepara uma pasta para ele. Conforme continuar a trabalhar,
Pesquisar Para localizar arquivos, imagens, sons, vídeos, etc. você preencherá cada pasta com arquivos diferentes.

Pastas Para exibir o conteúdo de uma pasta. Criar uma pasta (DIRETÓRIO)
1. Dê um clique duplo em Meus Documentos.
PASTAS E ARQUIVOS 2. Clique em Arquivo > Novo, ou
Uma unidade de disco pode ter muitos arquivos. Se todos eles estives- 1. Em Meus Documentos clique com o botão direito do mouse
sem em um mesmo lugar, seria uma confusão. 2. Novo > Pasta
Para evitar esse caos, você pode colocar seus arquivos de computador COMO ABRIR ARQUIVOS E PASTAS
em pastas. Essas pastas são utilizadas para armazenar arquivos e ajudar a Tudo no Windows se abre com um clique duplo do mouse. Abra uma
mantê-Ios organizado assim como as prateleiras e cabides ajudam você a pasta para exibir os arquivos (e talvez até outras pastas) armazenados
manter suas roupas organizadas nessa pasta. Abra um arquivo para iniciar um programa, ou abra um docu-
Os destaques incluem o seguinte: mento para editar.
 Meus Documentos
4. Digite o nome e tecle ENTER Abrir um arquivo ou pasta
5. Pronto! A Pasta está criada. 1. Dê um clique duplo em um ícone da unidade de disco.
O ícone da unidade (C:) é uma boa escolha. Há sempre material aí
 Fazer uma pasta dentro. Um clique duplo no ícone abre unidade (C:) e permite que
 Excluir arquivos você veja que arquivos e pastas residem lá.
 Recuperar arquivos 2. Dê um passeio.
 Renomear arquivos Dê um clique duplo em uma pasta. Isso abre a pasta, e você vê ou-
 Copiar arquivos tra janela cheia de arquivos e talvez ainda mais pastas.
3. Para abrir outra pasta, dê um clique duplo em seu ícone.
 Mover arquivos
4. Feche a pasta quando tiver terminado.
Clique no botão fechar (x) da janela da pasta localizado no canto
Entendendo como as pastas funcionam
superior direito da janela.
As pastas contêm arquivos, normalmente arquivos de um tipo relacio-
nado. Por exempIo, todos os documentos utilizados para criar um livro,
Só para lembrá-Io de onde você está com todos estes arquivos e pas-
como esta apostila por exemplo, residem em uma pasta chamada Apostila.
tas abertos, o nome da pasta atual que está vendo aparece na parte supe-
Cada matéria é um arquivo. E cada arquivo da área de informática é colo-
rior da janela, na barra de título.
cado dentro de uma pasta chamada informática, dentro da pasta Apostila.
Estas pastas mantêm esses arquivos específicos separados de outros
Excluindo arquivos
arquivos e pastas no disco rígido.
1. Selecione o arquivo destinado a ser destruído.
Clique no arquivo uma vez com o mouse para selecioná-lo.
Meus Documentos
Seu disco rígido do PC tem uma grande quantidade de espaço onde 2. Escolha Excluir a partir do menu Arquivo.
pode ser feita uma pasta -e então se esquecer do lugar onde você a colo- Aparecerá a mensagem: Você tem certeza de que quer enviar o
cou. Então o Windows facilita as coisas para você fornecendo uma pasta arquivo para a Lixeira?
pessoal, chamada Meus Documentos. Essa é a localização principal para
todo o material que você criará e usará enquanto estiver no Windows. 3. Clique em Sim.

Conhecimentos Específicos 112 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Se você mudar de ideia, você pode sempre clicar em Não. Se você es-  Meus Documentos - Faz uma cópia do arquivo ou pasta na pasta
colher Sim, talvez tenha uma breve animação gráfica representando papéis Meus Documentos.
voando para um balde. Isso significa que seu arquivo está sendo jogado
fora. Movendo arquivos
Mover arquivos é como copiar arquivos, embora o original seja excluí-
Recuperação de arquivos do; apenas a cópia (o arquivo "movido") permanece. É como recortar e
OK, você exclui o arquivo. Pensando bem, você não está tão seguro se colar em qualquer programa. Lembre-se de que toda a questão em torno de
deveria ter excluído este arquivo. Não se preocupe. Há um ícone em sua mover, copiar e excluir arquivos é para manter as coisas organizadas de
Área de trabalho chamado Lixeira. modo que seja fácil localizar seus arquivos.
Recuperando um arquivo Você pode mover arquivos de duas maneiras: recortando e colando ou
1. Dê um clique duplo no ícone Lixeira. arrastando.
2. Localize o arquivo que você excluiu
3. Clique uma vez no arquivo. Recortando e colando
4. Clique em Arquivo. Recortar e colar um arquivo ou uma pasta é a opção para se mudar um
5. Escolha Restaurar. arquivo ou pasta para o seu local correto.
Recortar e colar um arquivo
Renomear um arquivo 1. Localize o arquivo que você quer utilizar.
1. Localize o arquivo que quer renomear Novamente, este arquivo pode ser localizado em qualquer lugar. Abra
Você pode utilizar o Explorer, ou se estiver abrindo um arquivo a Meus Documentos, utilize o Explorer, ou uma pasta qualquer.
partir de qualquer pasta e encontrar aí um arquivo que quer reno- 3. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
mear, você pode seguir os passos abaixo para alterar o nome de 4. Escolha Recortar.
arquivo. 4. Localize e abra a pasta onde você quer colar o arquivo.
2. Pressione a tecla F2. 5. Selecione Editar do menu.
Depois de pressionar a tecla F2, o texto do nome de arquivo já está 6. Selecione Colar.
selecionado para você. Você pode substituir inteiramente o nome Pronto!
existente, simplesmente começando a digitar ou mover o cursor pa-
ra editar partes do nome. Arrastando arquivos
3. Digite um novo nome. Arrastar arquivos é a maneira mais rápida e fácil de mover um arquivo.
4. Pressione Enter. É especialmente conveniente para aqueles arquivos que você deixou um
E aí está: você tem um novo nome. pouco largados por aí sem uma pasta para acomodá-los.
Arrastar um arquivo
Copiando arquivos 1. Selecione o arquivo e arraste
No Windows, copiar um arquivo é como copiar informações em um Não solte o arquivo depois de clicar nele. Você está literalmente
programa: você seleciona o arquivo e então escolhe Copiar do menu Editar. agarrando o arquivo, e irá arrastá-lo.
Para fazer a cópia, você localiza uma nova pasta ou unidade de disco para 2. Paire o ícone sobre a pasta desejada.
o arquivo e então escolhe o comando Colar do menu Editar. Isso é copiar e Essa é a pasta onde você quer que o arquivo resida.
colar! 3. Solte o ícone.
Copiar um arquivo
1. Localize o arquivo que quer copiar Agora seu arquivo reside seguramente em sua nova casa.
2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo. Localizando arquivos e pastas
3. Selecione Copiar. Por mais que tente se manter organizado, há momentos em que você
4. Localize o lugar onde você quer colar essa nova cópia. não pode se lembrar de onde colocou um arquivo ou uma pasta. Embora o
5. Selecione Editar da barra de menus. Windows tente mantê-lo organizado com a pasta Meus Documentos, as
6. Escolha Colar da lista. coisas podem ficar confusas.
Felizmente, o Windows fornece um recurso Pesquisar. Esse recurso
Para ser realmente eficiente, você deve fazer isso a partir do Windows procura arquivos e pastas com base em vários tipos de critérios.
Explorer. Todos os seus arquivos estão listados e disponíveis para serem
manuseados. Apenas selecione o arquivo que quer copiar, escolha Editar Lixeira do Windows
do menu e então clique em Copiar. Agora, vá para a nova localização do A Lixeira é uma pasta especial do Windows e ela se encontra na Área
arquivo, clique em Editar novamente no menu e clique em Colar. de trabalho, como já mencionado, mas pode ser acessada através do
Windows Explorer. Se você estiver trabalhando com janelas maximizadas,
Enviar Para não conseguirá ver a lixeira. Use o botão direito do mouse para clicar em
A opção Enviar Para permite enviar uma cópia de um arquivo ou de uma área vazia da Barra de Tarefas. Em seguida, clique em Minimizar
uma pasta para uma das muitas localizações: um disquete (normalmente todas as Janelas. Para verificar o conteúdo da lixeira, dê um clique sobre o
na unidade A:), sua área de trabalho, um destinatário de correio (por correio ícone e surgirá a seguinte figura:
eletrônico) ou a pasta Meus Documentos.

Utilizar Enviar Para


1. Localize seu arquivo (ou pasta).
2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
3. Escolha Enviar Para.
4. Clique em uma das quatro opções:
 Disquete -Você deve ter um disco na unidade A: (ou sua unidade
de disquete).
 Área de trabalho - Cria um atalho na área de trabalho para o arqui-
vo ou pasta selecionado.
 Destinatário de correio - Abre o programa de correio eletrônico Out-
look Express. Digite o endereço na caixa Para, ou clique no Catá-
logo de Endereços ao lado da palavra Para e escolha um endereço
de e-mail. Clique no botão Enviar quando tiver terminado

Conhecimentos Específicos 113 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Atenção para o fato de que, se a janela da lixeira estiver com a aparên- A Formatação rápida remove arquivos do disco sem verificá-lo em
cia diferente da figura acima, provavelmente o ícone Pasta está ativo. busca de setores danificados. Use esta opção somente se o disco tiver sido
Vamos apagar um arquivo para poder comprovar que o mesmo será colo- formatado anteriormente e você tiver certeza de que ele não está danifica-
cado na lixeira. Para isso, vamos criar um arquivo de texto vazio com o do. Para obter informações sobre qualquer opção, clique no ponto de
bloco de notas e salva-lo em Meus documentos, após isto, abra a pasta, e interrogação no canto superior direito da caixa de diálogo Formatar e, em
selecione o arquivo recém criado, e então pressione a tecla DELETE. seguida, clique na opção. Não será possível formatar um disco se houver
Surgirá uma caixa de dialogo como a figura a seguir: arquivos abertos, se o conteúdo do disco estiver sendo exibido ou se ele
contiver a partição do sistema ou de inicialização.

Para formatar um volume básico (formatando o computador)


1. Abra o Gerenciamento do computador (local).
2. Clique com o botão direito do mouse na partição, unidade lógica ou
volume básico que você deseja formatar (ou reformatar) e, em se-
guida, clique em Formatar ou copiar disco (ou backup para efetuar
uma cópia da unidade lógica)
3. Selecione as opções desejadas e clique em OK.

Para abrir o Gerenciamento do computador, clique em Iniciar, aponte


Esvaziando a Lixeira para Configurações e clique em Painel de controle. Clique duas vezes
Ao Esvaziar a Lixeira, você está excluindo definitivamente os arquivos
em Ferramentas administrativas e, em seguida, clique duas vezes em
do seu Disco Rígido. Estes não poderão mais ser mais recuperados pelo
Gerenciamento do computador.
Windows. Então, esvazie a Lixeira somente quando tiver certeza de que Na árvore de console, clique em Gerenciamento de disco. Importante:
não precisa mais dos arquivos ali encontrados. A formatação de um disco apaga todas as informações nele contidas.
1. Abra a Lixeira
2. No menu ARQUIVO, clique em Esvaziar Lixeira. Trabalhando com o Microsoft WordPad
Você pode também esvaziar a Lixeira sem precisar abri-la, para tanto, O Acessório Word Pad é utilizado no Windows principalmente para o
basta clicar com o botão DIREITO do mouse sobre o ícone da Lixeira e usuário se familiarizar com os menus dos programas Microsoft Office, entre
selecionar no menu de contexto Esvaziar Lixeira. eles o Word.
O Word Pad não permite, criar tabelas, rodapé nas páginas, cabeçalho
Gerenciamento da lixeira
e mala direta. Portanto é um programa criado para um primeiro contato com
Como alterar a configuração da lixeira os produtos para escritório da Microsoft.
a. Dar um clique simples sobre a lixeira, com o botão direito do mou-
Entre suas funcionalidades o WordPad lhe permitirá inserir texto e ima-
se.
gens, trabalhar com texto formatado com opções de negrito, itálico, subli-
b. Clicar em Propriedades nhado, com suporte a várias fontes e seus tamanhos, formatação do pará-
Pode-se definir grafo à direita, à esquerda e centralizado, etc.
c. se os arquivos deletados devem ser guardados temporariamente
Para iniciar o WordPad.
na Lixeira ou sumariamente deletados
1. Clique em Iniciar, aponte para Todos os Programas.
d. tamanho da área de disco que poderá ser utilizada pela Lixeira.
2. Posicione o cursor do mouse em Acessórios.
e. se deve aparecer a pergunta confirmando a exclusão.
3. Clique em WordPad.
Ajuda do Windows
Para obter ajuda ou suporte do Windows XP, basta executar o seguinte
comando, pressionar a tecla Alt + F1 será exibido uma caixa de diálogo
com todos os tópicos e índice de ajuda do sistema, caso ainda não seja
esclarecida as suas dúvidas entre em contato com o suporte on-line através
da internet.

1) Barra Padrão
Na barra Padrão, é aonde encontramos os botões para as tarefas que
executamos com mais frequência, tais como: Abrir, salvar, Novo documen-
to, imprimir e etc.

Funções dos botões:


1. Novo documento
2. Abrir documento
3. Salvar
Formatação e cópia de discos 4. Imprimir
1. Se o disco que você deseja formatar for um disquete, insira-o em 5. Visualizar
sua unidade. 5. Localizar (esmaecido)
2. Abra Meu computador e clique no disco que você deseja formatar. 6. Recortar (esmaecido)
3. No menu Arquivo, aponte para o nome do disquete e clique em 7. Copiar (esmaecido)
Formatar ou Copiar disco para efetuar uma cópia. 8. Colar

Conhecimentos Específicos 114 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
9. Desfazer Para abrir o Paint, siga até os Acessórios do Windows. A seguinte ja-
10. Inserir Data/Hora nela será apresentada:

Barra de formatação
Logo abaixo da barra padrão, temos a barra de Formatação, ela é usa-
da para alterar o tipo de letra (fonte), tamanho, cor, estilo, disposição de
texto e etc.

Funções dos botões:


1. Alterar fonte
2. Alterar tamanho da fonte
3. Lista de conjunto de caracteres do idioma
4. Negrito
5. Itálico
6. Sublinhado
7. Cor da fonte
8. Texto alinhado á esquerda
9. Texto Centralizado
10. Texto alinhado a direita
11. Marcadores Nesta Janela, temos os seguintes elementos:

Formatando o texto
Para que possamos formatar (alterar a forma) de um texto todo, pala-
vras ou apenas letras, devemos antes de tudo selecionar o item em que
iremos aplicar a formatação. Para selecionar, mantenha pressionado o
botão esquerdo do mouse e arraste sobre a(s) palavra(s) ou letra(s) que
deseja alterar:

Feito isto, basta apenas alterar as propriedades na barra de formatação.


Você pode ainda formatar o texto ainda pela caixa de diálogo para for-
matação, para isso clique em: Menu Formatar / Fonte, a seguinte tela será
Nesta Caixa, selecionamos as ferramentas que iremos utilizar para cri-
apresentada:
ar nossas imagens. Podemos optar por: Lápis, Pincel, Spray, Linhas, Cur-
vas, Quadrados, Elipses e etc.

Caixa de cores
Nesta caixa, selecionamos a cor que iremos utilizar, bem como a cor do
fundo em nossos desenhos.

Vejamos agora as ferramentas mais utilizadas para criação de ima-


gens:

Lápis: Apenas mantenha pressionado o botão do mouse so-


bre a área em branco, e arraste para desenhar.

Pincel: Tem a mesma função do lápis mas com alguns recur-


sos a mais, nos quais podemos alterar aforma do pincel e o
Aqui, você também poderá fazer formatações do texto, bom como co-
tamanho do mesmo.
locar efeitos como Riscado e sublinhado.Com o Neste menu (Formatar),
temos também a opção de formatar o parágrafo, definindo os recuos das
margens e alinhamento do texto. Spray: Com esta ferramenta, pintamos como se estivéssemos
com um spray de verdade, podendo ainda aumentar o tama-
Paint nho da área de alcance dele, assim como aumentamos o ta-
O Paint é um acessório do Windows que permite o tratamento de ima- manho do pincel.
gens e a criação de vários tipos de desenhos para nossos trabalhos.
Preencher com cor ou Balde de tinta: Serve para pintar os ob-
Através deste acessório, podemos criar logomarcas, papel de parede, jetos, tais como círculos e quadrados. Use-o apenas se a sua
copiar imagens, capturar telas do Windows e usa-las em documentos de figura estiver fechada, sem aberturas.
textos.
Ferramenta Texto: Utilizada para inserir textos no Paint. Ao
Uma grande vantagem do Paint, é que para as pessoas que estão ini- selecionar esta ferramenta e clicarmos na área de desenho,
ciando no Windows, podem aperfeiçoar-se nas funções básicas de outros devemos desenhar uma caixa para que o texto seja inserido
programas, tais como: Abrir, salvar, novo, desfazer. Além de desenvolver a dentro da mesma. Junto com a ferramenta texto, surge tam-
coordenação motora no uso do mouse. bém a caixa de formatação de texto, com função semelhante
a estudada no WordPad, a barra de formatação.
Conhecimentos Específicos 115 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
É Sistema Operacional multitarefa e para múltiplos usuários. O novo
sistema operacional da Microsoft trouxe, além dos recursos do Windows 7,
muitos recursos que tornam a utilização do computador mais amigável.
Algumas características não mudam, inclusive porque os elementos
que constroem a interface são os mesmos.
Calculadora
A calculadora do Windows contém muito mais recursos do que uma
calculadora comum, pois além de efetuar as operações básicas, pode ainda VERSÕES DO WINDOWS 7
trabalhar como uma calculadora científica. Para abri-la, vá até acessórios. Foram desenvolvidas muitas versões do Windows 7 para que atendam
às diversas características de plataformas computacionais e necessidades
A Calculadora padrão contém as funções básicas, enquanto a calcula- tecnológicas diferentes e existentes no mercado (residencial e corporativo).
dora cientifica é indicada para cálculos mais avançados. Para alternar entre Windows 7 Starter: Projetado especificamente para ajudar mais as
elas clique no menu Exibir pessoas em mercados de tecnologia em desenvolvimento a aprender
habilidades valiosas com computador e a atingir novas oportunidades. Ideal
para netbooks.
Windows 7 Home Premium: É ideal para residências com necessi-
dades básicas de computação como e-mail, navegação na Internet e com-
partilhamento/visualização de fotos, músicas e vídeos.
Windows 7 Professional: É a edição para aqueles que preferem tra-
balhar tanto no ambiente doméstico quanto no ambiente de trabalho. Com
todos os recursos do Windows Home Premium, ele ainda permite trabalhar
com funcionalidades como Modo Windows XP para executar aplicativos
mais antigos que se executam normalmente no Windows XP e possui
Calculadora padrão backup automático para os seus dados.
Windows 7 Ultimate: É a escolha certa para quem quer ter tudo. Al-
terne facilmente entre os mundos de produtividade e experimente a edição
mais completa do Windows 7. Além das funcionalidades do Windows Home
Premium e do Windows Professional, o Ultimate tem os recursos de eco-
nomia de energia, segurança como BitLocker e BitLocker To Go, recursos
de mobilidade como Direct Access que funciona integrado a uma rede com
Windows Server 2008 R2.

ÁREA DE TRABALHO
A Área de trabalho é composta pela maior parte de sua tela, em que
ficam dispostos alguns ícones. Uma das novidades do Windows 7 é a
interface mais limpa, com menos ícones e maior ênfase às imagens do
Calculadora cientifica plano de fundo da tela. Com isso você desfruta uma área de trabalho
Para utilizá-la com o mouse, basta clicar sobre o número ou função suave. A barra de tarefas que fica na parte inferior também sofreu mudan-
desejada. ças significativas.
 O sinal de divisão é representado pela barra (I).
 A multiplicação é representada pelo asterisco (*)
LIXEIRA
 A raiz quadra é representado por [sqrt].
A Área de trabalho do Windows 7 é bem colorida e possui apenas um
Conhecendo alguns botões: ícone: o da Lixeira.
Back: exclui o último dígito no número escrito. Na Lixeira ficam armazenados os arquivos que são apagados pelo
CE: limpa o número exibido. usuário, ou intencionalmente ou acidentalmente. Mas eles podem ser
C: apaga o último cálculo. recuperados, por isso ela possui a ilustração do símbolo da reciclagem.
MC: limpa qualquer número armazenado na memória Como padrão, na instalação do Windows, será colocado na área de
MR: chama o número armazenado na memória. trabalho apenas o ícone Lixeira, porém, você poderá inserir quantos ícones
MS: armazena na memória o número exibido. desejar.
M+: soma o número exibido ao que está na memória.

Além de acionarmos os números e funções através do mouse, também BARRA DE TAREFAS


podemos acessá-los através do teclado.Perceba que a janela da É uma área de suma importância para a utilização do Windows 7, pois
calculadora possui uma barra de menu. Escolha o menu Exibir e escolha a no botão Iniciar ficam os principais comandos e recursos do Windows.
opção Científica. A Barra de tarefas tem ainda a importante função de avisar quais são
os aplicativos em uso, pois é mostrado um retângulo pequeno com a des-
Para retornar à calculadora padrão escolha o menu Exibir e a opção crição do(s) aplicativo(s) que está(ão) ativo(s) no momento, mesmo que
Padrão. algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela, permitindo
assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com rapidez e
facilidade.
INTRODUÇÃO AO MICROSOFT WINDOWS 7 Podemos alternar entre as janelas abertas com a sequência de teclas
ALT+TAB (FLIP) permitindo escolher qual janela, ou programa deseja
Visualmente o Windows 7 é semelhante ao seu antecessor, o Win- manipular, ALT+ESC que alterna entre as janelas abertas sequencialmente
dows Vista, porém a interface é muito mais rica e intuitiva, tornando a e Tecla Windows (WINKEY) + TAB (FLIP 3D) abre o Windows Aero
experiência individual um verdadeiro prazer. Esse sentido se traduz na (FLIP3D).
facilidade de localizar seus aplicativos e arquivos. Hoje encontramos ícones A barra de tarefas também possui o menu Iniciar, barra de inicialização
tridimensionais, agrupamento de aplicativos na barra de tarefas, design rápida e a área de notificação, onde você verá o relógio. Outros ícones na
moderno e visualizações dinâmicas que permitem localizar de forma fácil, área de notificação podem ser exibidos temporariamente, mostrando o
rápida e atraente os programas ou documentos abertos. status das atividades em andamento. Por exemplo, o ícone da impressora é

Conhecimentos Específicos 116 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
exibido quando um arquivo é enviado para a impressora e desaparece Desligamento: O novo conjunto de comandos permite Desligar o com-
quando a impressão termina. Você também verá um lembrete na área de putador, Bloquear o computador, Fazer Logoff, Trocar Usuário, Reiniciar,
notificação quando novas atualizações do Windows estiverem disponíveis Suspender ou Hibernar.
para download no site da Microsoft. Para desligar o computador, clique no botão Iniciar e, em seguida, cli-
O Windows 7 mantém a barra de tarefas organizada consolidando os que no botão para ligar/desligar no canto inferior direito do menu Iniciar.
botões quando há muitos acumulados. Por exemplo, os botões que repre- Normalmente, o botão Ligar/desligar tem a seguinte aparência:
sentam arquivos de um mesmo programa são agrupados automaticamente Suspender: Quando você clica neste botão, o computador entra em
em um único botão. Clicar no botão permite que você selecione um deter- modo de suspensão. O Windows salva automaticamente seu trabalho, o
minado arquivo do programa. monitor é desativado e o ruído da ventoinha do computador para. Geral-
Outra característica muito interessante é a pré-visualização das janelas mente, uma luz na parte externa do gabinete do computador pisca ou fica
ao passar a seta do mouse sobre os botões na barra de tarefas. amarela para indicar que o computador está em suspensão. Todo o pro-
cesso leva apenas alguns segundos.
BOTÃO INICIAR Como o Windows salva seu trabalho, não há necessidade de fechar os
programas e arquivos antes de colocar o computador em suspensão. Na
Está no mesmo local do menu Iniciar, encontrado na Barra de tarefas, próxima vez que você ligar o computador (e inserir sua senha, se necessá-
o qual, quando clicado, apresenta a listagem de comandos existentes. rio), a aparência da tela será exatamente igual a quando você desligou o
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá computador.
acesso ao Menu Iniciar, de onde se podem acessar outros menus que, por Para acordar o computador, pressione o botão para ligar/desligar no
sua vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar gabinete do computador. Como você não tem de esperar o Windows iniciar,
mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu o computador acorda em segundos e você pode voltar ao trabalho quase
Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais imediatamente.
disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre
um item com uma seta, será exibido outro menu.
PLANO DE FUNDO
O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que esti- Todos nós temos uma foto preferida, não é mesmo? Qual é a sua?
ver instalado no computador, ou fazer alterações nas configurações do Aquela que está no porta-retratos da sua mesa de trabalho ou de estudos?
computador, localizar um arquivo, abrir um documento. É apresentado em Com o Windows, você pode exibir suas fotos favoritas como plano de fundo
duas colunas. A coluna da esquerda apresenta atalhos para os progra- da área de trabalho de seu computador.
mas instalados e para os programas abertos recentemente. Na coluna Além de fotos, o plano de fundo pode ser uma imagem ou um desenho,
da direita o menu personalizado apresentam atalhos para as principais que deixa o ambiente de trabalho do Windows mais bonito cu até mesmo
pastas do usuário como Documentos, Imagens, Músicas e Jogos. A personalizado, ou seja, do jeito que você gosta.
sequência de teclas para ativar o Botão Iniciar é CTRL+ESC ou a Tecla do
Windows (WINKEY). Quando vai a alguma loja ou escritório, você já deve ter notado que al-
gum monitor exibe fotos de família ou mesmo belas paisagens, não é
As opções existentes no botão Iniciar estão dispostas no lado esquer- mesmo?
do do menu e no direito. À esquerda você encontra os aplicativos ou recur-
Os planos de fundo da área de trabalho do Windows, também são co-
sos colocados na sua máquina.
nhecidos como papéis de parede. Hoje em dia existem vários sites especia-
Algumas opções que poderão estar no botão Iniciar: lizados em disponibilizar papéis de parede, com os mais variados temas:
Todos os Programas: Exibe uma lista completa com todos os pro- carros, animais, anjos, etc.
gramas do Windows 7 e aplicativos instalados em seu computador.
Lupa: A Lupa amplia partes diferentes da tela. Esse recurso é útil pa- ÍCONES
ra a exibição de partes difíceis de ver.
Representação gráfica de um arquivo, pasta ou programa. Você pode
Windows Fax e Scan: Permite que se receba ou emita fax, além de adicionar ícones na área de trabalho, assim como pode excluir. Alguns
escanear um documento. ícones são padrões do Windows: Computador, Painel de Controle, Rede,
Visualizador XPS: Visualizador dos arquivos criados em formato XPS Lixeira e a Pasta do usuário.
(XML Paper Specification). Os ícones de atalho são identificados pela pequena seta no canto in-
Calculadora: Aplicativo calculadora que auxilia na criação de contas ferior esquerdo da imagem. Eles permitem que você acesse programas,
simples. arquivos, pastas, unidades de disco, páginas da web, impressoras e outros
Paint: Aplicativo para edição de imagens, além de permitir criá-las. computadores.
Conexão de Área de Trabalho Remota: Aplicativo que possibilita a Os ícones de atalho oferecem links para os programas ou arquivos que
conexão com outros computadores remotamente, desde que se obedeçam eles representam. Você pode adicioná-los e excluí-los sem afetar os pro-
às permissões. gramas ou arquivos atuais. Para selecionar ícones aleatórios, pressione a
tecla CTRL e clique nos ícones desejados.
Notas Autoadesivas: São lembretes que ficam pendurados na Área
de trabalho do Windows. Quando você instala programas em seu computador, alguns deles au-
tomaticamente criam um ícone de atalho na área de trabalho. Veja a seguir
Conectar a um Projetor: Aplicativo que permite a conexão facilitada
a um projetor para exibição da tela em ambientes apropriados, tais como alguns exemplos de ícones:
auditórios, salas de reunião, salas de treinamento etc. Windows Live Messenger
Ponto de Partida: Central de tarefas em que são oferecidos recursos Internet Explorer
que facilitam o uso do Windows, tais como Backup de arquivos, personali- Adobe PhotoShop CS3
zar o Windows, conexão à internet, entre outros. CorelDRAW X3
Windows Live Messenger: Aplicativo que permite a conversa com Autodesk AutoCAD 2010
outras pessoas em tempo real, no modo texto.
Cada ícone contém o nome, do programa ou pasta, correspondente.
Este nome pode ser modificado conforme a necessidade.
DESLIGANDO SEU COMPUTADOR
Quando você termina de usar o computador, é importante desligá-lo
TRABALHANDO COM JANELAS
corretamente não apenas para economizar energia, mas também para
garantir que os dados sejam salvos e para ajudar a manter seu computador Mesmo que o conteúdo de cada janela seja diferente, todas as janelas
mais seguro. E o melhor de tudo: o computador iniciará rapidamente na têm algumas coisas em comum.
próxima vez que você quiser utilizá-lo. A maioria das janelas possuem as mesmas partes básicas.

Conhecimentos Específicos 117 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3 Você pode criar livremente as pastas. O Windows 7 utiliza a Biblioteca
4 como padrão para armazenar seus dados. Isso permite maior organização
e facilita a localização. Ainda assim, por exemplo, dentro da pasta Docu-
5
mentos é possível criar pastas para organizar suas informações.
2 A vantagem de poder criar uma pasta é exatamente ter os trabalhos
6 organizados e divididos por assunto, como se fossem gavetas de um armá-
1 rio.
1 - Barra de Título: Está localizada na parte superior de uma janela, Ao abrir o Windows Explorer o novo sistema de BIBLIOTECAS permite
sendo colorida em azul, na instalação padrão, Apresenta o nome do pro- acesso rápido as principais pastas do usuário.
grama em uso e/ou nome do documento atualmente aberto. Veja a seguir uma explicação sobre as partes da janela do Windows
Explorer.
Permite que o usuário movimente a janela para um outro local da tela, Botões Minimizar, Maximizar e Fechar: servem, respectivamente, pa-
ou seja, o usuário posiciona o mouse sobre a Barra de Título, pressiona e ra reduzir a janela a um botão na barra de tarefas, para fazer com que a
segura o botão esquerdo do mouse e arrasta a janela para outra posição, janela ocupe a tela toda e para fechar o programa.
fazendo com que todo o conteúdo sofra também um deslocamento. Botões Avançar e Voltar: o botão Voltar serve para que volte à pasta
2 - Barra de Menus: Ao longo da parte superior de toda as janelas há anterior, ou seja, a pasta que você acessou antes da atual. O botão Avan-
uma Barra de Menu que relaciona todos os menus disponíveis. Um menu çar passa para a pasta seguinte.
consiste em uma lista de comandos que executam tarefas. Barra de endereço: é o local onde você digita o endereço da pasta ou
A maioria dos programas possui um menu Arquivo, um menu Editar e do arquivo desejado. Enquanto você digita, o botão Ir para é exibido. Ao
um menu Ajuda, além de outros, exclusivos do próprio programa. localizar a pasta ou o arquivo desejado, basta clicar sobre este botão.
3 – Botão Minimizar: Permite ocultar a janela, deixando-a visível so- Caixa de Pesquisa: utilizando esta caixa, você poderá procurar rapi-
mente como um botão na barra de tarefas. damente por qualquer arquivo ou pasta que esteja no computador. Você
verá mais detalhes sobre ela no próximo tópico.
4 – Botão Maximizar: Ao clicar neste botão, a janela ocupa a tela intei-
Barra de Ferramentas: exibe várias opções, de acordo com os itens
ra do monitor. Com a janela maximizada, este botão se transforme no botão que são acessados no painel de navegação. Você verá como utilizá-la a
Restaurar Tamanho. seguir, ainda neste tópico.
Botão Restaurar Tamanho: Este botão também está localizado no Painel de navegação: Como o próprio nome diz, através dele você
meio dos 3 botões, porém só é apresentado se a janela estiver maximizada, navega pela área de trabalho, pelas bibliotecas, pelo disco rígido do compu-
portanto o botão Restaurar se alterna com o botão de Maximizar depen- tador e pela rede, caso o computador esteja conectado a alguma.
dendo de como a respectiva janela esteja apresentada. Pressionar o botão No painel de navegação, os itens são divididos em categorias: Favori-
"Restaurar" faz com que a janela de aplicativo retorne ao seu tamanho tos, Bibliotecas, Computador e Rede.
anterior. Favoritos: Permite que você acesse os itens da Área de trabalho, os
5 – Botão Fechar: Como o próprio nome diz, este botão é utilizado pa- arquivos que foram baixados da Internet (pasta Downloads) e todos os
ra fechar a janela do programa. locais que você acessou recentemente, no seu computador ou na rede.
6 – Barras de rolagem: Permite rolar o conteúdo da janela para cima, Bibliotecas: Uma biblioteca se parece muito com uma pasta, mas não
para baixo e para os lados, para ver informações que estão fora de visão no armazena arquivos. Em vez disso, uma biblioteca aponta para os locais em
momento. que seus arquivos estão armazenados e mostra todos como uma só coleção.
Computador: Exibe o disco rígido do computador (Disco Local C:). Se
houver mais de um disco ou se um disco estiver particionado, o Windows
WINDOWS EXPLORER Explorer irá exibi-la com a letra seguinte (Disco Local D:). O item Computa-
No computador, para que tudo fique organizado, existe o Windows dor também exibe a unidade de CD ou DVD, caso haja alguma.
Explorer. Ele é um programa que já vem instalado com o Windows e pode Rede: Se o seu computador estiver conectado a uma rede, este item
ser aberto através do Botão Iniciar ou do seu ícone na barra de tarefas. fará parte do painel de navegação e irá exibir todos os computadores que
Este é um dos principais utilitários encontrados no Windows 7. Permite fazem parte da rede.
ao usuário enxergar de forma interessante a divisão organizada do disco Painel direito: Exibe todas as opções referentes aos itens que estão
(em pastas e arquivos), criar outras pastas, movê-las, copiá-las e até mes- no painel de navegação.
mo apagá-las.
Com relação aos arquivos, permite protegê-los, copiá-los e movê-los ARQUIVOS E PASTAS
entre pastas e/ou unidades de disco, inclusive apagá-los e também reno- Agora, você aprenderá mais sobre os arquivos e as pastas. Como você
meá-los. Em suma, é este o programa que disponibiliza ao usuário a possi- já sabe, cada arquivo possui um nome que o identifica, facilitando o traba-
bilidade de gerenciar todos os seus dados gravados. lho do usuário.
O Windows 7 é totalmente voltado para tarefas e usuários, portanto o Cada um também tem seu formato. Por exemplo, existem arquivos do
que você enxerga são os arquivos do usuário que está ligado. Eventual- Bloco de notas, do Paint, do WordPad e assim por diante. De modo que um
mente, se efetuar a troca de usuários e abrir o Windows Explorer, ele arquivo criado pelo Bloco de notas não pode ser aberto pelo Paint, pois o
mostrará primeiramente os arquivos desse novo usuário e assim sucessi- formato desse arquivo é texto, e o Painel reconhece arquivos de imagens.
vamente. Podemos identificar o formato de um arquivo observando o seu ícone,
Os arquivos são muito importantes e, portanto merecem uma atenção que é igual ao ícone do aplicativo que o criou.
especial. Não podem estar espalhados pelo computador, precisam ser Vendo os ícones, você pode ver como é fácil distinguir qual é o forma-
guardados em locais específicos, chamado pastas. to de cada arquivo. Primeiro por causa do seu ícone, e segundo porque
Uma das novidades do Windows 7 são as Bibliotecas. Por padrão já seus nomes facilitam a identificação.
consta uma na qual você pode armazenar todos os seus arquivos e docu- Portanto, ao salvar arquivos, dê-lhes nomes pequenos e fáceis de
mentos pessoais/trabalho, bem como arquivos de músicas, imagens e identificá-los, relacionados ao assunto do seu conteúdo.
vídeos. Também é possível criar outra biblioteca para que você organize da
Outra coisa importante que deve ser lembrada é que dois arquivos do
forma como desejar.
mesmo formato não podem ter o mesmo nome no mesmo local, ou seja,
O Windows Explorer está dividido em várias partes. A porção da es-
na mesma pasta. Agora, caso um arquivo seja do formato texto e o outro
querda mostra a sua biblioteca, que pode incluir seus arquivos, suas músi-
formato de desenho, esse problema não ocorre.
cas, filmes e imagens; há também o ícone Favoritos para visualizar seus
sites preferidos, a área de trabalho, sua rede doméstica ou de trabalho e o O sistema operacional reconhece o formato de um arquivo pela sua ex-
Computador. tensão. Como o próprio nome diz, ela é uma extensão do nome do próprio
À direita do Windows Explorer você pode observar os arquivos existen- arquivo. Seria como se fosse o sobrenome, para saber de que família ele
tes na pasta explorada. pertence (família das imagens, dos textos, das músicas etc).

Conhecimentos Específicos 118 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Todo arquivo possui uma extensão (quase sempre formada por três le- BLOCO DE NOTAS
tras), e ela vem depois de seu nome. Por padrão, o Windows oculta todas Aplicativo de edição de textos (não oferece nenhum recurso de forma-
as extensões dos arquivos, mostrando apenas o nome dele, mas é a partir tação) usado para criar ou modificar arquivos de texto. Utilizado normal-
delas que o sistema sabe qual aplicativo deverá abrir o arquivo solicitado. mente para editar arquivos que podem ser usados pelo sistema da sua
O nome do arquivo é separado de sua extensão por um ponto (.). máquina.
Receita O Bloco de Notas serve para criar ou editar arquivos de texto que não
Receita.txt exijam formatação e não ultrapassem 64KB. Ele cria arquivos com exten-
sões .INI, .SYS e .BAT, pois abre e salva texto somente no formato ASCII
Extensão
(somente texto).
oculta
Extensão
WORD PAD
oculta
Editor de texto com formatação do Windows. Pode conter imagens, ta-
Observação - Note que a extensão dos arquivos do Bloco de notas é belas e outros objetos. A formatação é limitada se comparado com o Word.
"txt". A extensão padrão gerada pelo Word Pad é a RTF. Lembre-se que por
É por esse motivo que podemos dar o mesmo nome a arquivos com meio do programa Word Pad podemos salvar um arquivo com a extensão
extensões diferentes na mesma pasta. Pois o sistema percebe que eles DOC entre outras.
não pertencem ao mesmo formato.
O tipo de um arquivo pode ter mais de uma extensão. É o caso dos ar- PAINT
quivos de imagem. A diferença está na qualidade dos formatos, na quanti-
Editor simples de imagens do Windows. A extensão padrão é a BMP.
dade de espaço em disco que o arquivo ocupa e em quais aplicativos ele
Permite manipular arquivos de imagens com as extensões: JPG ou JPEG,
pode ser aberto.
GIF, TIFF, PNG, ICO entre outras.
Além dessas extensões, existe também outro tipo de arquivo que é es-
sencial para o funcionamento de todo o sistema operacional. São os arqui-
vos executáveis. CALCULADORA
Os arquivos executáveis possuem a extensão EXE. Eles são os arqui- Pode ser exibida de quatro maneiras: padrão, científica, programador e
vos principais dos aplicativos no Windows. Todo aplicativo possui um estatística.
arquivo com a extensão EXE, que é o responsável pela execução do mes-
mo (por isso o nome executável). WINDOWS LIVE MOVIE MAKER
Vamos pegar como exemplo a calculadora. Na verdade, a calculadora Editor de vídeos. Permite a criação e edição de vídeos. Permite inserir
propriamente dita é o arquivo calc.exc, que fica localizado em uma das narrações, músicas, legendas, etc... Possui vários efeitos de transição para
pastas internas do Windows. unir cortes ou cenas do vídeo. A extensão padrão gerada pelo Movie Maker
Portanto, o atalho da calculadora, que fica no grupo Acessórios, do é a MSWMM se desejar salvar o projeto ou WMV se desejar salvar o vídeo.
menu Iniciar, direciona diretamente para esse arquivo.
Sem os atalhos, precisaríamos abrir os aplicativos sempre pelo seu ar- PAINEL DE CONTROLE
quivo executável, tornando o trabalho muito complicado, pois cada aplicati-
O Painel de controle fornece um conjunto de ferramentas administrati-
vo fica instalado em uma pasta diferente no sistema operacional.
vas com finalidades especiais que podem ser usadas para configurar o
Windows, aplicativos e ambiente de serviços. O Painel de controle inclui
LIVE ICONS (MODOS DE EXIBIÇÃO) itens padrão que podem ser usados para tarefas comuns (por exemplo,
Os ícones “ao vivo” no Windows 7 são um grande melhoramento em Vídeo, Sistemas, Teclado, Mouse e Adicionar hardware). Os aplicativos
relação aos ícones tradicionais. Nas aplicações que tenham esta funciona- e os serviços instalados pelo usuário também podem inserir ícones no
lidade disponível, os Live Icons fornecem-lhe uma pré-visualização em Painel de controle.
miniatura do conteúdo de cada arquivo, em vez de uma representação Existem três opções de modo de exibição para o Painel de controle: O
genérica da aplicação que está associada ao arquivo. Conseguirá ver pré- modo de exibição Categoria, Ícones grandes e Ícones pequenos.
visualização dos arquivos - incluindo as primeiras páginas dos seus docu-
mentos, as suas fotos e mesmo as capas dos álbuns das músicas que têm
A JANELA
gravadas no computador sem ter que abrir qualquer desses arquivos.
Botões Minimizar, Maximizar e Fechar: Servem, respectivamente,
para reduzir a janela a um botão barra de tarefas, para fazer com que a
Painel de Visualização janela ocupe a tela toda e para fechar o programa.
De forma a oferecer-lhe uma maneira ainda mais completa de pré- Botões Avançar e Voltar: O botão Voltar serve par que volte à cate-
visualizar os conteúdos dos documentos sem ter que os abrir, os Explora- goria anterior, ou seja, a categoria que você acessou antes da atual. O
dores como o Explorador de Documentos, Explorador de Música e o Explo- botão Avançar passa para a categoria seguinte.
rador de Imagens oferecem-lhe um Painel de Visualização opcional.
Barra de endereço: É o local onde você digita o endereço da catego-
Nas aplicações que disponibilizem esta funcionalidade poderá navegar ria ou item desejado. Enquanto você digita, o botão é exibido.
por pré-visualizações legíveis de vários documentos ou antever alguns
Caixa de Pesquisa: Através desta caixa, você poderá procurar rapi-
segundos do conteúdo de arquivos de mídia. Para isso basta clicar no
damente por qualquer item do Painel de Controle.
botão “Mostrar Painel de Pré-Visualização” que fica na Barra de Ferra-
mentas.
MODO DE EXIBIÇÃO CATEGORIA
APLICATIVOS DE WINDOWS 7 O modo de exibição Categoria exibe os ícones do Painel de controle
de acordo com o tipo de tarefa que o usuário desejar executar.
O Windows 7 inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferra-
mentas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramentas para Sistema e Segurança: Exibe uma série de recursos para manuten-
melhorar o desempenho do computador, calculadora e etc. ção e segurança de seu computador, tais como: Central de Ações, Firewall
do Windows, Sistema, Windows Update, Opções de energia, Backup e
Se fôssemos analisar cada acessório que temos, encontraríamos vá-
Restauração etc.
rias aplicações, mas vamos citar as mais usadas e importantes.
A pasta Acessórios é acessível dando−se um clique no botão Iniciar Rede e Internet: Exibe o status e as tarefas de rede, tais como: Cen-
na Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e no subme- tral de Rede e Compartilhamento, Grupos Doméstico e Opções da Internet.
nu, que aparece, escolha Acessórios.

Conhecimentos Específicos 119 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Hardware e Sons: Exibe várias opções para você adicionar novos
Hardwares e Gerenciar os dispositivos de Áudio e Vídeo em geral. Esse novo recurso permite a criação de listas de atalhos para acesso
Programas: Nesta opção você pode gerenciar todos os programas mais dinâmico aos documentos, sites e programas usados com mais fre-
em seu computador, podendo desinstalar e restaurar os programas instala- quência. Além da atualização automática, é possível fixar os atalhos favori-
dos. tos, para que não sejam trocados.

Contas de Usuários e Segurança familiar: Permite gerenciar os A cada versão do Windows, a Microsoft prepara novas imagens para
usuários do computador, determinando se o usuário poderá executar algu- papéis de parede, com o Windows 7 não poderia ser diferente. E ainda há
mas tarefas ou não. uma novidade, o novo sistema operacional permite a configuração de
Uma conta de usuário é o conjunto de informações que diz ao Win- apresentação de slides para planos de fundo, trocando as imagens automa-
dows quais arquivos e pastas o usuário poderá acessar, quais alterações ticamente.
poderá efetuar no computador e quais são suas preferências pessoais.
Cada pessoa acessa sua conta com um nome de usuário e uma senha. A barra de alternância de tarefas do Windows 7 foi reformulada e agora
é interativa. Permite a fixação de ícones em determinado local, a reorgani-
zação de ícones para facilitar o acesso e também a visualização de miniatu-
Há três tipos principais de contas: ras na própria barra.
Administrador: Criada quando o Windows é instalado, Ele lhe dá
acesso completo ao computador. Para facilitar o compartilhamento de arquivos e impressoras na rede
doméstica, a Microsoft criou o recurso dos grupos domésticos. Uma vez
Usuário padrão: Permite que você execute tarefas comuns e traba- criado o grupo, torna-se muito mais ágil e simples o compartilhamento de
lhe com seus próprios arquivos. músicas, vídeos, documentos e fotos entre computadores. Permite também
Convidado: Destina-se às pessoas que precisam de acesso tempo- a proteção por senhas e o controle do conteúdo compartilhado.
rário ao computador.
Diferentemente do Windows Vista, que prendia as gadgets na barra la-
Controle dos Pais teral do sistema. O Windows 7 permite que o usuário redimensione, arraste
e deixe as gadgets onde quiser, não dependendo de grades determinadas.
Ajuda a controla o modo como as crianças usam o computador. Por
exemplo, você pode definir limites para a quantidade de horas que seus
filhos podem usar o computador, os jogos que podem jogar e os programas O gerenciador de jogos do Windows 7 permite a conexão com feeds de
que podem executar. atualizações e novas aplicações da Microsoft, registra vitórias, derrotas e
outras estatísticas. O novo sistema operacional conta ainda com a volta de
Aparência e Personalização: Nesta opção você pode controlar toda três jogos online do Windows XP, Damas, Espadas e Gamão, todos refor-
a aparência de seu computador, o modo como sua tela será exibida. Pode- mulados e redesenhados.
rá alterar o tema, o Plano de fundo da Área de trabalho, ajustar a Reso-
lução da tela etc. O novo Windows Media Center tem compatibilidade com mais formatos
de áudio e vídeo, além do suporte a TVs online de várias qualidades,
Relógio, Idioma e Região: Nesta opção você poderá alterar a Data e incluindo HD. Também conta com um serviço de busca mais dinâmico nas
hora, Fuso horário e muitos outros. bibliotecas locais, o TurboScroll.

Facilidade de Acesso: Permite que o Windows sugira configurações, Além do já conhecido Ponto de Restauração, o Windows 7 vem tam-
poderá Otimizar a exibição visual, Alterar configuração do mouse etc. bém com o Windows Backup, que permite a restauração de documentos e
arquivos pessoais, não somente os programas e configurações.
MODOS DE EXIBIÇÃO ÍCONES PEQUENOS E ÍCONES GRANDES
Os modos de exibições Ícones grandes e Ícones pequenos exibem Uma das inovações mais esperadas do novo OS da Microsoft, a com-
os ícones do Painel de controle em um modo de exibição que é familiar aos patibilidade total com a tecnologia do toque na tela, o que inclui o acesso a
usuários de versões anteriores do Windows 7. pastas, redimensionamento de janelas e a interação com aplicativos.

ÍCONES GRANDES Os usuários do Windows Vista sofriam com a interface pouco intuitiva
do assistente para conexão de redes sem fio. No Windows 7 isso acabou, o
NOVIDADES DO WINDOWS 7 sistema simples permite o acesso e a conexão às redes com poucos cli-
Ajustar ques.
O recurso Ajustar permite o redimensionamento rápido e simétrico das
janelas abertas, basta arrastar a janela para as bordas pré-definidas e o Para quem não gosta de teclado e mouse, o Windows 7 vem com muito
sistema a ajustará às grades. mais compatibilidade com a tecnologia Tablet. Conta com reconhecimento
de manuscrito e de fórmulas matemáticas, digitalizando-as.

Exclusivo das versões Home Premium, Professional e Ultimate, o Aero Para compatibilidade com programas corporativos de pequenas e mé-
Peek permite que o usuário visualize as janelas que ficam ocultadas pela dias empresas, o novo sistema operacional conta com suporte ao modo
janela principal. Windows XP, que pode ser baixado no site da Microsoft.

Livre-se de spywares, malwares, adwares e outras pragas virtuais com


A barra de tarefas do Windows 7 conta com uma grande atualização
gráfica. Agora o usuário pode ter uma prévia do que está sendo rodado, o Windows Defender do Windows 7, agora mais limpo e mais simples de
apenas passando o mouse sobre o item minimizado. ser configurado e usado.
Windows Firewall
Para proteção contra crackers e programas mal-intencionados, o Fire-
Área de trabalho bagunçada? Muitas janelas abertas? Basta selecionar wall do Windows. Agora com configuração de perfis alternáveis, muito útil
a janela deseja, clicar na barra de títulos e sacudir. Todas as outras janelas para uso da rede em ambientes variados, como shoppings com Wi-Fi
serão minimizadas automaticamente. pública ou conexões residências.

Conhecimentos Específicos 120 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Notas Autoadesivas as contas disponíveis para acesso ao Windows. Para criar uma nova conta
As notas autoadesivas servem para colar lembretes na área de traba- utilize o painel de navegação, em Ferramentas do Sistema expanda o
lho. Podem ser digitadas ou manuscritas, caso o computador possua Tablet item Usuários e Grupos Locais para visualizar a pasta Usuários. Clique
ou tela sensível ao toque. com o botão direito do mouse na pasta Usuários e selecione Novo Usuá-
rio...
Central de Ações
Chega de balões de alerta do Windows atrapalhando os aplicativos. O
Windows 7 conta com a central de ações, recurso configurável que permite a
escolha do que pode ou não pode interferir no sistema durante as aplicações.
Novo Paint e nova Calculadora
O Paint e a Calculadora do Windows 7 foram todos reformulados. No
Paint novas paletas de ferramentas, novos pincéis e novas formas pré-
definidas e na Calculadora os novos modos de exibição, padrão, científica,
programador e estatística.
Flip 3D Em seguida observamos a janela Novo Usuário, onde você digitará as
Flip 3D é um feature padrão do Windows Vista que ficou muito funcio- informações pertinentes do novo usuário para o Windows onde apenas o
nal também no Windows 7. No Windows 7 ele ficou com realismo para cada campo Nome de Usuário é obrigatório. A senha deve ser inserida, quanto
janela e melhorou no reconhecimento de screens atualizadas. maior e mais complexa melhor para sua segurança, caso não deseje colo-
Novo menu Iniciar cá-la apenas deixe em branco. Os itens restantes podem ser configurados
Comando de voz (inglês) de acordo com as necessidades do administrador do computador e do novo
usuário.
Leitura nativa de Blu-Ray e HD DVD
Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows Media Pla-
yer, integrado ao Windows Explorer
Arquitetura modular, como no Windows Server 2008
Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Windows (Paint
e WordPad, por exemplo), como no Office 2007.
Aceleradores no Internet Explorer 8
Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória RAM
UAC personalizável
Melhor desempenho
Gerenciador de Credenciais
Boot otimizado e suporte a boot de VHDs (HDs Virtuais)
Após criar a nova conta é necessário realizar o logoff (via menu Inici-
Instalação do sistema em VHDs
ar) da conta atual, e automaticamente o novo usuário aparecerá na tela de
boas vindas do Windows 7. Lembrando que todo este procedimento só
GADGETS poderá ser realizado pelo usuário administrador ou pela própria conta de
Os Gadgets colocam informação e diversão, como notícias, fotos, jo- administrador padrão do sistema assim como toda e qualquer alteração só
gos e as fases da Lua diretamente na sua área de trabalho. poderá ser feita via administrador.
No Windows Vista, os gadgets foram agrupados na Barra Lateral. O
Windows 7 os liberta na tela, onde é possível movê-los e redimensioná-los Como criar um slide para a área de trabalho do Windows 7
como você preferir.
No Windows 7 os planos de fundo da área de trabalho estão mais per-
Arraste um gadget para perto da borda da tela – ou outro gadget – e sonalizados do que no Windows vista. Agora você pode selecionar várias
observe como ele se ajusta direitinho no lugar, para um visual melhor. imagens ao mesmo tempo com o objetivo de criar um slide, e configurá-las
Janelas abertas no caminho dos seus gadgets? Use o Peek para que eles para que mudem aleatoriamente.
reapareçam instantaneamente. No Painel de controle acesse o ícone Personalização, e em seguida
Fonte: www.bishost.com.br você poderá escolher dentre alguns pacotes de imagens para criar um slide
Win7 para o plano de fundo da sua área de trabalho. Dentre essas imagens é
Como Criar Contas de Usuário com as Ferramentas Administrati- possível escolher fotos, imagens da internet, enfim, que ficará ao seu
vas do Windows critério.
Na plataforma Windows a tarefa de criar contas de usuário não se deve Na imagem abaixo você pode escolher dentre vários pacotes de planos
apenas ao item Contas de Usuário do Painel de Controle. Existe um outro de fundo. Basta selecionar o desejado e partir para configurá-los.
caminho que permite a mesma funcionalidade porém com mais detalhes,
este caminho é através das Ferramentas Administrativas do Windows.
Para que você entenda com mais clareza veja o tutorial abaixo realizado no
Windows 7.
Acesse o Painel de Controle e entre no item Ferramentas Adminis-
trativas, em seguida acesse as ferramentas do item Gerenciamento do
Computador.

Acessando o Gerenciamento do Computador você visualizará o me-


nu de navegação localizado a esquerda do painel e no painel central todas

Conhecimentos Específicos 121 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Nos itens Plano de fundo da área de trabalho é possível configurar o As opções são:
tempo em que um slide muda para outro e cor de janela. Isso você verá na - Sempre combinar, ocultar rótulos (Não importando a quantidade de
tela abaixo. programas a barra combinará as janelas somente pelo ícone do programa,
ou seja, sem rótulos)
- Combinar quando a barra de tarefas estiver cheia (Exibirá nor-
malmente as janelas do modo tradicional com os rótulos até o quanto a
barra suportar, quando ultrapassar combinará os rótulos sumirão)
- Nunca combinar (As janelas serão exibidas tradicionalmente como
nos sistemas anteriores)
E por último as notificações dos ícones da parte direita da barra de ta-
refas que também não são novidades para nós usuários das versões ante-
riores do Windows.
Após configurar á seu gosto clique em Aplicar e Ok.

Como ajustar efeitos visuais no Windows 7


No Windows 7 você também pode configurar alguns recursos visuais
para melhorar o desempenho. Para acessar rapidamente utilize as teclas
Windows + Pause Break, clique em Configurações avançadas do sis-
tema e entre na aba avançado, na guia Desempenho clique no botão
Configurações para visualizar as Opções de desempenho.

Depois de personalizar ao seu gosto clique em Salvar alterações para


aplicar as configurações.

Como personalizar a barra de tarefas do Windows 7


No Windows 7 a barra de tarefas apresenta alguns novos recursos que
o Windows Vista não possui, uma das principais novidades é a combinação
de telas quando utilizadas do mesmo programa. Na imagem abaixo você
poderá enxergar como configurar e personalizar ao seu gosto. Para acessá-
la clique com o botão direito no menu Iniciar e clique em Propriedades.

Na janela opções de desempenho você verá as opções de ajuste de


efeitos visuais. Onde 2 são contraditórias, Ajustar para obter uma melhor
aparência e Ajustar para obter um melhor desempenho. Pois a 1°
opção citada define cada item da lista marcado para utilizar todos os recur-
sos visuais do sistema de vídeo otimizando a aparência a todo vapor, e a
Primeiro vamos ás caixinhas de seleção, nelas você poderá aplicar os 2° opção desmarcar todos os itens da lista definindo o sistema de vídeo
seguintes recursos: para a configuração mínima porém otimizando o desempenho do sistema
- Bloquear barra de tarefas (Para fixá-la obrigatoriamente na parte in- operacional justificando que quanto mais recursos visuais menor é o de-
ferior da área de trabalho) sempenho do computador e vice-versa.
- Ocultar Automaticamente a barra de tarefas (Para usá-la somente Mas com a opção Personalizar você poderá escolher o item a qual de-
quando passar o mouse) seje que o sistema de vídeo utilize, dessa maneira haverá um maior equilí-
- Usar ícones pequenos (Ajuda a diminuir o tamanho total da barra de brio entre a aparência e o desempenho. Após escolher os itens clique em
tarefas) Aplicar e Ok para que a configuração desejada entre em vigor no Windows
7.
No recurso de seleção a seguir você poderá definir o local dessa barra Como utilizar as Notas autoadesivas do Windows 7
para as posições: Superior, Direita, Esquerda ou Inferior. Dentre os programas novos que acompanham no novo sistema Win-
E o mais novo recurso é o da combinação de janelas, perfeito para dows 7 temos as Notas Autoadesivas que simula uma espécie de etiqueta
aqueles que utilizam muitos programas ao mesmo tempo, pois agora você adesiva de anotação. É um novo recurso que permite a inserção de peque-
não se preocupará de ter que ficar olhando para um monte de janelas. nos textos que servem para avisos, recados, etc.

Conhecimentos Específicos 122 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para utilizá-las, basta clicar sobre Notas Autoadesivas na lista de pro- O próximo passo é anotar a senha gerada pelo grupo e repassar para
gramas no menu Acessórios do menu Iniciar. Ao executar uma nova nota as outras máquinas (usuários) se conectarem ao grupo doméstico criado.
será inserida na área de trabalho pronta para receber textos. Você também Ao estar conectados poderão compartilhar tudo que foi configurado para o
poderá modificar a cor clicando com o botão direito sobre a nota e selecio- grupo.
nar dentre as cores disponíveis.
Para adicionar uma nova nota posicione a seta do mouse em sua área
superior e clique no botão +. Para fechá-la clique no botão x na outra
extremidade da nota, mas lembre-se que dessa maneira o texto digitado
não será salvo. O programa salva as notas automaticamente se for fecha-
do, sendo que as notas só aparecerão na área de trabalho com o programa
em execução, você poderá checar que estará minimizado na barra de
tarefas e as notas estarão sendo exibidas.

Como Configurar Grupo Doméstico no Windows 7


Um novo recurso no sistema Windows 7 é a possibilidade de criar gru-
pos domésticos que facilita todo um processo para realizar o compartilha-
mento de impressora e arquivos. Muito útil para Administradores de redes.
É uma forma mais simples de se configurar uma "rede" lógica. Tendo uma
estrutura física que garanta o interligamento de máquinas é possível criar Para que outro usuário se conecte ao grupo basta entrar no Centro de
um grupo doméstico em uma única máquina e distribuir para as outras com Rede e Compartilhamento, clicar em Disponível para ingressar, inserir a
Windows 7. Siga o tutorial abaixo. senha gerada e pronto. Depois de ingressar o usuário poderá acessar os
Para criar o grupo acesse a Central de Rede e Compartilhamento do arquivos compartilhados pelo Windows explorer.
Windows 7 pelo Painel de controle.

Como utilizar o Windows Defender no Windows 7


Uma combinação interessante e razoavelmente eficaz de proteção no
Em seguida clique em Escolher o que você deseja compartilhar. Windows 7 é a utilização manual do Windows Defender aliado a um bom
antivírus. A execução contínua de um bom programa antivírus constante-
mente atualizado ajuda muito a proteger o seu computador de vírus, spywa-
res, etc. No caso do Windows Defender é aconselhável sua ativação manu-
al a cada período prolongado do seu computador. Para executá-lo rapida-
mente faça o seguinte:
Abra o menu Iniciar, no campo Pesquisar programas e arquivos, di-
gite Windows defender. O ícone do programa surgirá no painel superior do
campo de pesquisa do menu Iniciar.

Marque as bibliotecas desejadas para o compartilhar e clique em


Avançar.

Ao executá-lo pela primeira vez o programa mostrará uma mensagem


indicando a necessidade de verificação, na imagem acima a mensagem se
refere que a verificação já foi realizada com sucesso e sem detecção ne-
nhuma. Quanto ao escaneamento você poderá realizar 3 tipos: Verificação
Rápida, Completa ou Personalizada. As 2 primeiras verificações são
iniciadas automaticamente ao se clicá-las, quanto a verificação Personali-

Conhecimentos Específicos 123 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
zada será possível selecionar os diretórios do seu sistema para ser scane- funcionam mais. Tudo o que queremos nessa hora é voltar no tempo, o que
ado. Para acioná-la clique na setinha ao lado do botão Verificar, em segui- pode ser feito graças à Restauração do Sistema.
da clique em Verificação Personalizada. A função também serve como tentativa de solucionar qualquer compor-
tamento diferente que o Windows passe a apresentar, o que pode ser
causado por diversos fatores – falhas inexplicadas do sistema, atualizações
feitas de modo errado, vírus.

Como funciona
Ao criarmos um ponto de retorno dentro da Restauração do Sistema,
fazemos com que o computador memorize todas as configurações ineren-
tes ao funcionamento da máquina, o que em geral acontece no registro do
Windows.
Desta forma, temos a segurança de poder voltar atrás quando instala-
mos um aplicativo danoso à saúde do sistema operacional. Criar um ponto
de restauração no Windows 7 é muito fácil e demanda poucos segundos de
atenção. Siga os seguintes passos para realizar o processo:
Clique no botão Selecionar e marque as unidades desejadas para rea-
lizar a verificação e clique em Ok e você voltará para a janela anterior. Crie o ponto de restauração
1. Clique no botão Iniciar e digite Criar ponto na lacuna de pesquisa
para encontrar a função, como indicado na figura:

2. Selecione a função Criar, localizada na parte inferior da janela:

Em seguida clique no botão Verificar agora e aguarde o término da


verificação.

3. Digite um nome para identificar o ponto e evitar enganos posterior-


mente:

Lembre-se que o Windows Defender não é um Antivírus, e que deve


ser utilizado juntamente com qualquer antivírus legítimo para que seu
Windows 7 mantenha-se protegido.

Criando Ponto de Restauração no Windows 7


Durante o uso do computador, instalamos e removemos dezenas de
programas do sistema operacional. Estas mudanças podem causar falhas e
4. Clique em criar e aguarde o término do processo.
problemas sérios ao Windows, em especial quando lidamos com desenvol-
vedores ruins e certas aplicações específicas, como antivírus e temas para Fácil assim, seu primeiro ponto de restauração do sistema está criado!
a Área de Trabalho. Agora vamos ensiná-lo a reverter situações complicadas que o Windows 7
possa apresentar. O processo é tão fácil quanto o primeiro e em boa parte
Muitas vezes instalamos o aplicativo e tudo parece correr bem, até que dos casos gera resultados satisfatórios para os usuários.
algumas funções passam a apresentar erros e outras simplesmente não

Conhecimentos Específicos 124 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Restaure o sistema EDITOR DE TEXTO MS WORD 2007/2010.
1. Abra novamente o Menu Iniciar e digite Restauração para encontrar
o processo:
Abrir um novo documento e começar a digitar
1. Clique na guia Arquivo.

2. Clique em Novo.
3. Clique duas vezes em Documento em branco.
Iniciar um documento de um modelo
O site Modelos no Office.com oferece modelos para vários tipos de do-
cumentos, incluindo currículos, folhas de rosto, planos de negócios, cartões
de visita e documentos de estilo APA.
2. Caso a restauração recomendada não seja a que você criou, marque 1. Clique na guia Arquivo.
a seleção Escolher um outro ponto de restauração:

2. Clique em Novo.
3. Em Modelos Disponíveis, siga um destes procedimentos:
 Clique em Modelos de Exemplo para selecionar um
modelo disponível em seu computador.

Observação Para baixar um modelo listado no Office.com, é preciso es-


tar conectado à Internet.
4. Clique duas vezes no modelo que você deseja.

SALVAR E REUTILIZAR MODELOS


3. Escolha o ponto de sua preferência e clique para avançar: Se você alterar um modelo baixado, poderá salvá-lo em seu computador e
usá-lo novamente. É fácil localizar todos os seus modelos personalizados,
clicando em Meus modelos na caixa de diálogo Novo Documento. Para
salvar um modelo na pasta Meus modelos, siga este procedimento:
1. Clique na guia Arquivo.

2. Clique em Salvar Como.


3. Na caixa de diálogo Salvar Como, clique em Modelos.
4. Salve seus arquivos importantes e somente após ter certeza de que
tudo está correto clique em Concluir para começar a restauração. 4. Na lista Salvar como tipo, selecione Modelo do Word.
5. Digite um nome para o modelo na caixa Nome do arquivo e
clique em Salvar.

Excluir um documento
1. Clique na guia Arquivo.

2. Clique em Abrir.
3. Localize o arquivo que você deseja excluir.
4. Clique com o botão direito no arquivo e clique em Excluir no
menu de atalho.

Em alguns casos podem ser necessários diversos minutos para retor- Adicionar um título
nar o seu Windows 7 a um ponto anterior no tempo. Para problemas A melhor maneira de adicionar títulos no Word é aplicando estilos. Você
causados por aplicativos instalados e danos feitos ao registro, a tarefa pode usar os estilos internos ou pode personalizá-los.
recupera o bom funcionamento do computador na grande maioria dos Aplicar um estilo de título
casos. 1. Digite o texto do seu título e selecione-o.
Fonte: computerdicas

Conhecimentos Específicos 125 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique no estilo deseja- Por exemplo, os conjuntos de estilos Tradicional e Word 2003 definem
do. Se não conseguir ver o estilo que deseja, clique no botão o uso de espaçamento simples. O conjunto de estilos Manuscrito usa
espaçamento duplo.
Mais para ampliar a galeria Estilos Rápidos.
3. Quando encontrar o espaçamento desejado, clique em seu nome.
Observação É possível ver como o texto selecionado irá aparentar com
um estilo específico colocando seu ponteiro sobre o estilo que deseja
visualizar. Alterar o espaçamento entre linhas em uma parte do documento
Observação Se o estilo que você deseja não aparecer a Galeria de Es- 1. Selecione os parágrafos em que deseja alterar o espaçamento entre
tilos Rápidos, pressione CTRL+SHIFT+S para abrir o painel de tarefas linhas.
Aplicar estilos. Em Nome do estilo, digite o nome do estilo que deseja. A 2. Na guia Página Inicial, no grupo Parágrafo, clique em Espaçamento
lista mostra apenas os estilos já usados no documento, mas é possível entre Linhas.
digitar o nome de qualquer estilo definido para o documento.

Personalizar um estilo de título


Você pode alterar a fonte e a formatação de um estilo de título.
1. Selecione o texto do título que você deseja personalizar.
2. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique no estilo de
título que deseja personalizar.
3. Siga um destes procedimentos:
3. Efetue as alterações desejadas.
Por exemplo, você pode alterar a fonte, o tamanho ou a cor.  Clique no número de espaçamentos entre linha que deseja.
Por exemplo, clique em 1,0 para usar um espaçamento simples com o
Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique com o botão direito do
mouse no estilo de título personalizado e clique em Atualizar Título para espaçamento usado em versões anteriores do Word. Clique em 2,0 para
obter um espaçamento duplo no parágrafo selecionado. Clique em 1,15
Corresponder à Seleção.
para usar um espaçamento simples com o espaçamento usado no Word
2007.
 Clique em Opções de Espaçamento entre Linhas e se-
lecione as opções desejadas em Espaçamento. Consul-
te a lista de opções disponíveis a seguir para obter mais
informações.
Sempre que você aplicar esse estilo de título ao documento, ele incluirá
as suas personalizações. OPÇÕES DE ESPAÇAMENTO ENTRE AS LINHAS
Simples Essa opção acomoda a maior fontenumerais, símbolos e ca-
Ajustar os espaços entre linhas e parágrafos racteres alfabéticos, também denominada tipo. Arial e Courier New são
O espaçamento entre linhas determina a quantidade de espaço vertical exemplos de fontes. As fontes normalmente vêm em tamanhos diferentes,
entre as linhas do texto em um parágrafo. O espaçamento entre parágrafos como 10 pontos, e em vários estilos, como negrito.) nessa linha, além de
determina o espaço acima ou abaixo de um parágrafo. uma quantidade extra de espaço. A quantidade de espaço extra varia
dependendo da fonte usada.
Espaçamento entre linhas no Word 2010
1,5 linha Essa opção é uma vez e meia maior que o espaçamento de
No Microsoft Word 2010, o espaçamento padrão para a maioria dos
linha simples.
conjuntos de Estilos Rápidos é de 1,15 entre linhas e uma linha em branco
entre parágrafos. O espaçamento padrão em documentos do Office Word Duplo Essa opção é duas vezes maior que o espaçamento de linha
2003 é de 1,0 entre linhas e nenhuma linha em branco entre parágrafos. simples.
Pelo menos Essa opção define o mínimo de espaçamento entre as li-
nhas necessário para acomodar a maior fonte ou gráfico na linha.
Exatamente Essa opção define o espaçamento de linha fixa, expresso
em pontos. Por exemplo, se o texto estiver em uma fonte de 10 pontos,
você poderá especificar 12 pontos como o espaçamento de linha.
Múltiplos Essa opção define o espaçamento entre linhas que pode ser
expresso em números maiores do que 1. Por exemplo, definir o espaça-
mento entre linhas como 1,15 aumentará o espaço em 15%, e definir o
espaçamento entre linhas como 3 aumentará o espaço em 300% (espaça-
mento triplo).
Observação Se uma linha contiver um caractere de texto, um elemento
Espaçamento de linha de 1,0 e nenhum espaço entre parágrafos gráfico ou uma fórmula grande, o Word aumentará o espaçamento dessa
Espaçamento entre linhas de 1,15 e uma linha em branco entre parágra- linha. Para espaçar todas as linhas igualmente dentro de um parágrafo, use
fos o espaçamento exato e especifique uma quantidade de espaço que seja
grande o suficiente para conter o maior caractere ou elemento gráfico na
Alterar o espaçamento entre as linhas linha. Se aparecerem itens recortados, aumente o espaçamento.
A maneira mais fácil de alterar o espaçamento de linha de um docu-
mento inteiro é aplicar um conjunto de Estilos Rápidos que use o espaça-
mento desejado. Se você desejar alterar o espaçamento de linha de uma Alterar o espaçamento antes ou após os parágrafos
parte do documento, poderá selecionar os parágrafos e alterar suas confi- A maneira mais fácil de alterar o espaçamento entre parágrafos de um
gurações de espaçamento de linha. documento inteiro é aplicar um conjunto de Estilos Rápidos que use o
Usar um conjunto de estilos para alterar o espaçamento de um docu- espaçamento desejado. Se você desejar alterar o espaçamento entre
mento inteiro parágrafos de uma parte do documento, selecione os parágrafos e altere
suas configurações de espaçamento anterior e posterior.
1. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique em Alterar Estilos.
Use um estilo definido para alterar o espaçamento entre parágrafos de
2. Aponte para Conjunto de Estilos e aponte para os vários conjuntos um documento inteiro
de estilo. Usando a visualização ao vivo, observe como o espaçamento
1. Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique em Alte-
entre linhas muda de um conjunto de estilo para o outro.
rar Estilos..

Conhecimentos Específicos 126 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
você só precisa apontar e dar um clique para obtê-la. Um procedimento
simples e poderoso.
Pelo fato de as Intranets serem de fácil construção e utilização, tornam-
se a solução perfeita para conectar todos os setores da sua organização
para que as informações sejam compartilhadas, permitindo assim que seus
2. Aponte para Conjunto de Estilos e aponte para os vários funcionários tomem decisões mais consistentes, atendendo melhor a seus
conjuntos de estilo. Usando a visualização ao vivo, ob- clientes.
serve como o espaçamento entre linhas muda de um
conjunto de estilo para o outro. HISTÓRIA DAS INTRANETS
Por exemplo, o conjunto de estilos do Word 2003 não insere espaços De onde vêm as Intranets? Vamos começar pela história da Internet e
extras entre parágrafos e um pequeno espaço acima de títulos. O conjunto da Web, para depois abordar as Intranets.
de estilos do Word 2007 usa um espaço duplo entre parágrafos e adiciona
mais espaço acima títulos. Primeiro, a Internet
3. Quando encontrar o espaçamento desejado, clique em O governo dos Estados Unidos criou a Internet na década de 70, por
seu nome. razões de segurança nacional. Seu propósito era proteger as comunicações
Alterar o espaçamento antes e depois de parágrafos selecionados militares, caso ocorresse um ataque nuclear. A destruição de um computa-
dor não afetaria o restante da rede. Na década seguinte, a Fundação
Por padrão, parágrafos são seguidos por uma linha em branco e os tí- Nacional de Ciência (Nacional Science Foundation — NSF) expandiu a
tulos têm um espaço extra acima deles. rede para as universidades, a fim de fornecer aos pesquisadores acesso
1. Selecione os parágrafos em que deseja alterar o es- aos caros supercomputadores e facilitar a pesquisa.
paçamento anterior ou posterior.
2. Na guia Layout da Página, no grupo Parágrafo, em Na começo da década de 90, a NSF permitiu que a iniciativa privada
Espaçamento, clique na seta ao lado de Antes ou assumisse a Internet, causando uma explosão em sua taxa de crescimento.
Depois e digite a quantidade de espaço desejada. A cada ano, mais e mais pessoas passam a usar a Internet, fazendo com
que o comércio na Web continue a se expandir.

A INTRANET
Com a introdução do Mosaic em 1993, algumas empresas mostraram
interesse pela força da Web e desse programa. A mídia noticiou as primei-
ras organizações a criar webs internas, entre as quais a Lockheed, a
Hughes e o SÃS Instituto. Profissionais provenientes do ambiente acadêmi-
co sabiam do que as ferramentas da Internet eram capazes e tentavam
CONCEITOS DE INTERNET E INTRANET. IN- avaliar, por meio de programas pilotos, seu valor comercial. A notícia se
TERNET EXPLORER. CORREIO ELETRÔNICO espalhou, despertando o interesse de outras empresas.
(WEBMAIL). Essas empresas passaram a experimentar a Internet, criando gateways
(portal, porta de entrada) que conectavam seus sistemas de correio eletrô-
O que é uma Intranet? nico com o resto do mundo. Em seguida, surgiram os servidores e navega-
Vamos imaginar que você seja o diretor de informática de uma compa- dores para acesso à Web. Descobriu-se então o valor dessas ferramentas
nhia global. A diretora de comunicações precisa de sua ajuda para resolver para fornecer acesso a informações internas. Os usuários passaram a
um problema. Ela tem de comunicar toda a política da empresa a funcioná- colocar seus programas e sua documentação no servidor da web interna,
rios em duas mil localidades em 50 países e não conhece um meio eficaz protegidos do mundo exterior. Mais tarde, quando surgiram os grupos de
para fazê-lo. discussão da Internet, percebeu-se o valor dos grupos de discussão inter-
1. O serviço de correio é muito lento. nos. Este parece ser o processo evolutivo seguido por muitas empresas.
2. O correio eletrônico também consome muito tempo porque exige
atualizações constantes dos endereços dos funcionários. Antes que pudéssemos perceber, essas ‘internets internas’ receberam
3. O telefone é caro e consome muito tempo, além de apresentar o muitos nomes diferentes. Tornaram-se conhecidas como webs internas,
mesmo problema do caso anterior. clones da Internet, webs particulares e webs corporativas. Diz-se que em
4. O fax também é muito caro e consome tempo, pelas mesmas ra- 1994 alguém na Amdahl usou o termo Intranet para referir-se à sua Internet
zões. interna. A mídia aderiu ao nome e ele passou a ser usado. existiam outras
5. Os serviços de entrega urgente de cartas e pacotes oferecido por pessoas que também usavam isoladamente esse termo. Acredito que esta
algumas empresas nos Estados Unidos não é prático e é bastante seja uma daquelas ideias que ocorrem simultaneamente em lugares dife-
dispendioso em alguns casos. rentes. Agora é um termo de uso geral.
6. A videoconferência também apresenta um custo muito alto.
CRESCIMENTO DAS INTRANETS
Você já agilizou a comunicação com pessoas fora da empresa disponi- A Internet, a Web e as Intranets têm tido um crescimento espetacular.
bilizando um site Web externo e publicando informações para a mídia e A mídia costuma ser um bom indicador, a única maneira de não ouvir falar
analistas. Com essas mesmas ferramentas, poderá melhorar a comunica- do crescimento da Internet e da Web é não tendo acesso a mídia, pois
ção com todos dentro da empresa. De fato, uma Internei interna, ou Intra- muitas empresas de pequeno e praticamente todas de médio e grande
net, é uma das melhores coisas para proporcionar a comunicação dentro porte utilizam intranets. As intranets também são muito difundidas nas
das organizações. escolas e nas Faculdades.
Simplificando, trata-se de uma Internet particular dentro da sua organi- QUAIS SÃO AS APLICAÇÕES DAS INTRANETS?
zação. Um firewall evita a entrada de intrusos do mundo exterior. Uma A aplicabilidade das Intranets é quase ilimitada. Você pode publicar in-
Intranet é uma rede interna baseada no protocolo de comunicação TCP/IP, formações, melhorar a comunicação ou até mesmo usá-la para o groupwa-
o mesmo da Internet. Ela utiliza ferramentas da World Wide Web, como a re. Alguns usos requerem somente páginas criadas com HTML, uma lin-
linguagem de marcação por hipertexto, Hypertext Markup Language guagem simples de criação de páginas, mas outras envolvem programação
(HTML), para atribuir todas as características da Internet à sua rede particu- sofisticada e vínculos a bancos de dados. Você pode fazer sua Intranet tão
lar. As ferramentas Web colocam quase todas as informações a seu alcan- simples ou tão sofisticada quanto quiser. A seguir, alguns exemplos do uso
ce mediante alguns cliques no mouse. Quando você da um clique em uma de Intranets:
página da Web, tem acesso a informações de um outro computador, que • Correio eletrônico
pode estar em um país distante. Não importa onde a informação esteja: • Diretórios

Conhecimentos Específicos 127 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Gráficos Para facilitar o acesso a informações na Web, Marc Andreessen e al-
• Boletins informativos e publicações guns colegas, estudantes do Centro Nacional de Aplicações para Super-
• Veiculação de notícias computadores (National Center for Supercomputing Applications - NCSA),
• Manuais de orientação da Universidade de Illinois, criaram uma interface gráfica para o usuário da
• Informações de benefícios Web chamada Mosaic. Eles a disponibilizaram sem nenhum custo na
• Treinamento Internet e, assim que os usuários a descobriam, passavam a baixá-la para
• Trabalhos à distância (job postings) seus computadores; a partir daí, a Web decolou.
• Memorandos
• Grupos de discussão INTERNET
• Relatórios de vendas Computador e Comunicação
• Relatórios financeiros O computador vem se tornando uma ferramenta cada vez mais impor-
• Informações sobre clientes tante para a comunicação. Isso ocorre porque todos eles, independente-
• Planos de marketing, vídeos e apresentações mente de marca, modelo, tipo e tamanho, têm uma linguagem comum: o
• Informações de produto sistema binário.
• Informações sobre desenvolvimento de produto e esboços
• Informações sobre fornecedores Pouco a pouco, percebeu-se que era fácil trocar informações entre
• Catálogos de insumos básicos e componentes computadores. Primeiro, de um para outro. Depois, com a formação de
• Informações de inventario redes, até o surgimento da Internet, que hoje pode interligar computadores
• Estatísticas de qualidade de todo o planeta.
• Documentação de usuários do sistema
• Administração da rede É claro que, além do custo da conexão, o candidato a internauta preci-
• Gerência de ativos sa ter um computador e uma linha telefônica ou conexão de banda larga. O
• Groupware e workflow software necessário para o acesso geralmente é fornecido pelo provedor.

COMO SE CONSTITUEM AS INTRANETS? Da Rede Básica à Internet


Cada Intranet é diferente, mas há muito em comum entre elas. Em al- A comunicação entre computadores torna possível desde redes sim-
gumas empresas, a Intranet é apenas uma web interna. Em outras, é uma ples até a Internet. Isso pode ser feito através da porta serial, uma placa de
rede completa, que inclui várias outras ferramentas. Em geral, a Intranet é rede, um modem, placas especiais para a comunicação Wireless ou as
uma rede completa, sendo a web interna apenas um de seus componentes. portas USB ou Firewire.. O backbone – rede capaz de lidar com grandes
Veja a seguir os componentes comuns da Intranet: volumes de dados – dá vazão ao fluxo de dados originados deste forma.
• Rede 1. A porta serial é um canal para transmissão de dados presente em
• Correio eletrônico praticamente todos os computadores. Muitos dispositivos podem
• Web interna ser conectados ao computador através da porta serial, sendo que o
• Grupos de discussão mais comum deles é o mouse. A porta serial pode também ser
• Chat usada para formar a rede mais básica possível: dois computadores
• FTP interligados por um cabo conectado a suas portas seriais.
• Gopher 2. Para que uma rede seja realmente útil, é preciso que muitos com-
• Telnet putadores possam ser interligados ao mesmo tempo. Para isso, é
preciso instalar em cada computador um dispositivo chamado pla-
Rede ca de rede. Ela permitirá que muitos computadores sejam interliga-
Inicialmente abordaremos a rede, que é a parte mais complexa e es- dos simultaneamente, formando o que se chama de uma rede lo-
sencial de uma Intranet. Ela pode constituir-se de uma ou de várias redes. cal, ou LAN (do inglês Local Area Network). Se essa LAN for ligada
As mais simples são as locais (local área network — LAN), que cobrem um à Internet, todos os computadores conectados à LAN poderão ter
único edifício ou parte dele. Os tipos de LANs são: acesso à Internet. É assim que muitas empresas proporcionam
- Ethernet. São constituídas por cabos coaxiais ou cabos de par acesso à Internet a seus funcionários.
trançado (tipo telefone padrão) conectados a um hub (eixo ou pon- 3. O usuário doméstico cujo computador não estiver ligado a nenhu-
to central), que é o vigilante do tráfego na rede. ma LAN precisará de um equipamento chamado modem. O mo-
- Token Ring. Também compostas de cabos coaxiais ou de par tran- dem (do inglês (modulator / demodulator) possibilita que computa-
çado conectados a uma unidade de junção de mídia (Media Atta- dores se comuniquem usando linhas telefônicas comuns ou a ban-
chment Unit — MAU), que simula um anel. Os computadores no da larga. O modem pode ser interno (uma placa instalada dentro
anel revezam-se transmitindo um sinal que passa por cada um de do computador) ou externo (um aparelho separado). Através do
seus dispositivos, permitindo a retransmissão. modem, um computador pode se conectar para outro computador.
- Interface de fibra para distribuição de dados (Siber Distributed Data Se este outro computador for um provedor de acesso, o usuário
Interface). Essas redes usam cabos de fibra ótica em vez dos de doméstico também terá acesso à Internet. Existem empresas co-
par trançado, e transmitem um sinal como as redes Token Ring. merciais que oferecem esse serviço de acesso à Internet. Tais em-
LANs sem fio (wireless) são uma tecnologia emergente, porém caras e presas mantêm computadores ligados à Internet para esse fim. O
indicadas apenas para casos em que haja dificuldade de instalação de uma usuário faz uma assinatura junto a um provedor e, pode acessar o
rede com cabos. computador do provedor e através dele, a Internet. Alguns prove-
dores cobram uma taxa mensal para este acesso.
SURGE A WEB
A World Wide Web foi criada por Tim Berners-Lee, em 1989, no Labo- A História da Internet
ratório Europeu de Física de Partículas - CERN, passando a facilitar o Muitos querem saber quem é o “dono” da Internet ou quem ou quem
acesso às informações por meio do hipertexto, que estabelece vínculos administra os milhares de computadores e linhas que a fazem funcionar.
entre informações. Quando você dá um clique em uma frase ou palavra de Para encontrar a resposta, vamos voltar um pouco no tempo. Nos anos 60,
hipertexto, obtém acesso a informações adicionais. Com o hipertexto, o quando a Guerra Fria pairava no ar, grandes computadores espalhados
computador localiza a informação com precisão, quer você esteja em seu pelos Estados Unidos armazenavam informações militares estratégicas em
escritório ou do outro lado do mundo. função do perigo de um ataque nuclear soviético.

A Web é constituída por home pages, que são pontos de partida para a Surgiu assim a ideia de interconectar os vários centros de computação
localização de informações. Os vínculos de hipertexto nas home pages dão de modo que o sistema de informações norte-americano continuasse
acesso a todos os tipos de informações, seja em forma de texto, imagem, funcionando, mesmo que um desses centros, ou a interconexão entre dois
som e/ou vídeo. deles, fosse destruída.

Conhecimentos Específicos 128 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O Departamento de Defesa, através da ARPA (Advanced Research dezenas ou centenas de documentos. O site da Geocities, por exemplo, fica
Projects Agency), mandou pesquisar qual seria a forma mais segura e no endereço http://www.geocities.com
flexível de interconectar esses computadores. Chegou-se a um esquema
chamado chaveamento de pacotes. Com base nisso, em 1979 foi criada a A estrutura de um site
semente do que viria a ser a Internet. A Guerra Fria acabou, mas a herança Ao visitar o site acima, o usuário chegaria pela entrada principal e esco-
daqueles dias rendeu bastante. O que viria a ser a Internet tornou-se uma lheria o assunto que lhe interessa. Caso procure informações sobre móveis,
rede voltada principalmente para a pesquisa científica. Através da National primeiro seria necessário passar pela página que fala dos produtos e só
Science Foundation, o governo norte-americano investiu na criação de então escolher a opção Móveis. Para facilitar a procura, alguns sites colo-
backbones, aos quais são conectadas redes menores. cam ferramentas de busca na home page. Assim, o usuário pode dizer qual
informação está procurando e receber uma relação das páginas que falam
Além desses backbones, existem os criados por empresas particulares, daquele assunto.
todos interligados. A eles são conectadas redes menores, de forma mais ou
menos anárquica. É nisso que consiste a Internet, que não tem um dono. As ligações entre as páginas, conhecidas como hyperlinks ou ligações
de hipertexto, não ocorrem apenas dentro de um site. Elas podem ligar
Software de Comunicação informações armazenadas em computadores, empresas ou mesmo conti-
Até agora, tratamos da comunicação entre computadores do ponto de nentes diferentes. Na Web, é possível que uma página faça referência a
vista do equipamento (hardware). Como tudo que é feito com computado- praticamente qualquer documento disponível na Internet.
res, a comunicação requer também programas (software). O programa a
ser utilizado depende do tipo de comunicação que se pretende fazer. Ao chegar à página que fala sobre os móveis da empresa do exemplo
acima, o usuário poderia encontrar um link para uma das fábricas que
Os sistemas operacionais modernos geralmente são acompanhados de fornecessem o produto e conferir detalhes sobre a produção. De lá, poderia
algum programa básico de comunicação. Por exemplo, o Internet Explorer existir uma ligação com o site de um especialista em madeira e assim por
acompanha o Windows. diante.

Com programas desse tipo é possível acessar: Na Web, pode-se navegar entre sites diferentes
- Um computador local utilizando um cabo para interconectar as por- O que faz essa malha de informações funcionar é um sistema de ende-
tas seriais dos dois computadores; reçamento que permite a cada página ter a sua própria identificação. Assim,
- Um computador remoto, através da linha telefônica, desde que os desde que o usuário saiba o endereço correto, é possível acessar qualquer
dois computadores em comunicação estejam equipados com mo- arquivo da rede.
dens.
Na Web, você vai encontrar também outros tipos de documentos além
Além desses programas de comunicação de uso genérico, existem ou- dessas páginas interligadas. Vai poder acessar computadores que mantém
tros mais especializados e com mais recursos. Geralmente, quando você programas para serem copiados gratuitamente, conhecidos como servido-
compra um computador, uma placa fax modem ou um modem externo eles res de FTP, grupos de discussão e páginas comuns de texto.
vêm acompanhados de programas de comunicação. Esses programas
podem incluir também a possibilidade de enviar e receber fax via computa- URL - A Web tem um sistema de endereços específico, tamém chama-
dor. do de URL (Uniform Resource Locator, localizador uniforme de recursos).
Com ele, é possível localizar qualquer informação na Internet. Tendo em
Resumo mão o endereço, como http://www.thespot.com, você pode utilizá-lo no
Uma rede que interliga computadores espalhados por todo o mundo. navegador e ser transportado até o destino. O endereço da página, por
Em qualquer computador pode ser instalado um programa que permite o exemplo, é http://www.uol.com.br/internet/fvm/url.htm
acesso à Internet. Para este acesso, o usuário precisa ter uma conta junto a Você pode copiá-lo e passar para um amigo.
um dos muitos provedores que existem hoje no mercado. O provedor é o Cada parte de um endereço na Web significa o seguinte:
intermediário entre o usuário e a Internet. http://www.uol.com.br/internet/fvm/url.htm
Onde:
MECANISMOS DE CADASTRAMENTO E ACESSO A REDE http://
Logon
Significado: Procedimento de abertura de sessão de trabalho em um É o método pelo qual a informação deve ser buscada. No caso, http:// é
computador. Normalmente, consiste em fornecer para o computador um o método utilizado para buscar páginas de Web. Você também vai encon-
username (também chamado de login) e uma senha, que serão verificados trar outras formas, como ftp:// (para entrar em servidores de FTP), mailto:
se são válidos, ou não. Pode ser usado para fins de segurança ou para que (para enviar mensagens) e news: (para acessar grupos de discussão),
o computador possa carregar as preferências de um determinado usuário. entre outros.

www.uol.com.br
Login - É a identificação de um usuário para um computador. Outra
É o nome do computador onde a informação está armazenada, tam-
expressão que tem o mesmo significado é aquele tal de "User ID" que de
vez em quando aparece por aí. bém chamado de servidor ou site. Pelo nome do computador você pode
antecipar que tipo de informação irá encontrar. Os que começam com www
são servidores de Web e contém principalmente páginas de hipertexto.
Username (Nome do Usuário) ou ID
Quando o nome do servidor começar com ftp, trata-se de um lugar onde
 Significado: Nome pelo qual o sistema operacional identifica o
pode-se copiar arquivos. Nesse caso, você estará navegando entre os
usuário.
diretórios desse computador e poderá copiar um programa imediatamente
 usenet - Conjunto dos grupos de discussão, artigos e computado-
para o seu micro.
res que os transferem. A Internet inclui a Usenet, mas esta pode
/internet/fvm/
ser transportada por computadores fora da Internet.
 user - O utilizador dos serviços de um computador, normalmente É o diretório onde está o arquivo. Exatamente como no seu computa-
registado através de um login e uma password. dor a informação na Internet está organizada em diretórios dentro dos
 Senha é a segurança utilizada para dar acesso a serviços privados. servidores.
sistema _enderecos.htm
PROTOCOLOS E SERVIÇOS DE INTERNET
Site - Um endereço dentro da Internet que permite acessar arquivos e É o nome do arquivo que será trazido para o seu navegador. Você de-
documentos mantidos no computador de uma determinada empresa, pes- ve prestar atenção se o nome do arquivo (e dos diretórios) estão escritos
soa, instituição. Existem sites com apenas um documento; o mais comum, em maiúsculas ou minúsculas. Na maior parte dos servidores Internet, essa
porém, principalmente no caso de empresas e instituições, é que tenha diferença é importante. No exemplo acima, se você digitasse o nome do

Conhecimentos Específicos 129 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
arquivo como URL.HTM ou mesmo Url.Htm, a página não seria encontrada. encontrar. Todos os mecanismos de busca têm a mesma função, encontrar
Outro detalhe é a terminação do nome do arquivo (.htm). Ela indica o tipo informações; porém nem todos funcionam da mesma maneira Vistos de
do documento. No caso, htm são páginas de Web. Você também vai encon- uma forma simplificada, os mecanismos de busca têm três componentes
trar documentos hipertexto como este com a extensão htm, quando se trata principais:
de páginas produzidas em um computador rodando Windows. Outros tipos 1. Um programa de computador denominado robot, spider, crawler,
de arquivos disponíveis na Internet são: txt (documentos comuns de texto), wanderer, knowbot, worm ou web-bot. Aqui, vamos chamá-los
exe (programas) zip, tar ou gz (compactados), au, aiff, ram e wav (som) e indistintamente de robô. Esse programa "visita" os sites ou páginas
mov e avi (vídeo). armazenadas na web. Ao chegar em cada site, o programa robô
"pára" em cada página dele e cria uma cópia ou réplica do texto
e-mail, correio: contido na página visitada e guarda essa cópia para si. Essa cópia
 Significado: local em um servidor de rede no qual ficam as men- ou réplica vai compor a sua base de dados.
sagens, tanto enviadas quanto recebidas, de um dado usuário. 2. O segundo componente é a base de dados constituída das cópias
 e-mail - carta eletrônica. efetuadas pelo robô. Essa base de dados, às vezes também de-
 Grupos - Uma lista de assinantes que se correspondem por correio nominada índice ou catálogo, fica armazenada no computador,
eletrônico. Quando um dos assinantes escreve uma carta para um também chamado servidor do mecanismo de busca.
determinado endereço eletrônico (de gestão da lista) todos os ou- 3. O terceiro componente é o programa de busca propriamente dito.
tros a recebem, o que permite que se constituam grupos (privados) Esse programa de busca é acionado cada vez que alguém realiza
de discussão através de correio eletrônico. uma pesquisa. Nesse instante, o programa sai percorrendo a base
 mail server - Programa de computador que responde automatica- de dados do mecanismo em busca dos endereços - os URL - das
mente (enviando informações, ficheiros, etc.) a mensagens de cor- páginas que contém as palavras, expressões ou frases informadas
reio eletrônico com determinado conteúdo. na consulta. Em seguida, os endereços encontrados são apresen-
tados ao usuário.
HTTP (Hypertext Transfer Protocol) Funções básicas de um sistema de busca.
Significado: Este protocolo é o conjunto de regras que permite a trans- Esses três componentes estão estreitamente associados às três fun-
ferência de informações na Web e permite que os autores de páginas de ções básicas de um sistema de busca:
hipertextos incluam comandos que possibilitem saltos para recursos e  a análise e a indexação (ou "cópia") das páginas da web,
outros documentos disponíveis em sistemas remotos, de forma transparen-  o armazenamento das "cópias" efetuadas e
te para o usuário.  a recuperação das páginas que preenchem os requisitos indicados
HTML - Hypertext Markup Language. É uma linguagem de descrição pelo usuário por ocasião da consulta.
de paginas de informacao, standard no WWW, podendo-se definir páginas Para criar a base de dados de um mecanismo de busca, o programa
que contenham informação nos mais variados formatos: texto, som, ima- robô sai visitando os sites da web. Ao passar pelas páginas de cada site, o
gens e animações. robô anota os URL existentes nelas para depois ir visitar cada um desses
HTTP - Hypertext Transport Protocol. É o protocolo que define como é URL. Visitar as páginas, fazer as cópias e repetir a mesma operação: cópia
que dois programas/servidores devem interagir, de maneira a transferirem e armazenamento, na base de dados, do que ele encontrar nesses sites.
entre si comandos ou informacao relativos a WWW. Essa é uma das formas de um mecanismo de busca encontrar os sites na
Newsgroup - Um grupo de news, um fórum ou grupo de discussão. web.
A outra maneira de o mecanismo de busca encontrar os sites na web é
NOVAS TECNOLOGIAS o "dono" do site informar, ao mecanismo de busca, qual o endereço, o URL,
Cabo de fibra ótica – Embora a grande maioria dos acessos à internet do site. Todos os mecanismos de buscas têm um quadro reservado para o
ainda ocorra pelas linhas telefônicas, em 1999 começou a ser implantada cadastramento, submissão ou inscrição de novas páginas. É um hiperlink
no Brasil uma nova tecnologia que utiliza cabos de fibra ótica. Com eles, a que recebe diversas denominações conforme o sistema de busca. Veja
conexão passa a se realizar a uma velocidade de 128, 256 e 512 kilobites alguns exemplos.
por segundo (kbps), muito superior, portanto, à feita por telefone, a 33 ou
56 kps. Assim, a transferência dos dados da rede para o computador do
usuário acontece muito mais rapidamente. Nome do hiperlink Mecanismos de busca
Internet2 –Voltada para projetos nas áreas de saúde, educação e ad-
ministração pública, oferece aos usuários recursos que não estão disponí- Acrescente uma URL RadarUol
veis na internet comercial, como a criação de laboratórios virtuais e de
bibliotecas digitais. Nos EUA, já é possível que médicos acompanhem Cadastre a sua página no Radix Radix
cirurgias a distância por meio da nova rede. Esta nova rede oferece veloci-
dades muito superiores a da Internet, tais como 1 Megabites por segundo e Inserir site Zeek
velocidades superiores. Sua transmissão é feita por fibras óticas, que
permitem trocas de grandes quantidades de arquivos e informações de uma Nos sites de língua inglesa, usam-se, geralmente, hiperlinks denomina-
forma mais rápida e segura que a Internet de hoje em dia. dos List your site, Add URL ou Add a site.
No Brasil, a internet2 interliga os computadores de instituições públicas Resumindo: num mecanismo de busca, um programa de compu-
e privadas, como universidades, órgãos federais, estaduais e municipais, tador visita as páginas da web e cria cópias dessas páginas para si.
centros de pesquisas, empresas de TV a cabo e de telecomunicação. Essas cópias vão formar a sua base de dados que será pesquisada por
ocasião de uma consulta.
FERRAMENTAS E APLICATIVOS COMERCIAIS DE NAVEGAÇÃO, Alguns mecanismos de busca:
DE CORREIO ELETRÔNICO, DE GRUPOS DE DISCUSSÃO, DE BUSCA
E PESQUISA Radix RadarUol
MECANISMOS DE BUSCA
As informações na internet estão distribuídas entre inúmeros servido- AltaVista Fast Search
res, armazenadas de formas diversas. As páginas Web constituem o
recurso hipermídia da rede, uma vez que utilizam diversos recursos como Excite Snap
hipertextos, imagens, gráficos, sons, vídeos e animações.
Buscar informações na rede não é uma tarefa difícil, ao contrário, é HotBot Radix
possível encontrar milhões de referências a um determinado assunto. O
problema, contudo, não é a falta de informações, mas o excesso. Google Aol.Com
Os serviços de pesquisa operam como verdadeiros bibliotecários, que
nos auxiliam a encontrar as informações que desejamos. A escolha de um Northern Light WebCrawler
“bibliotecário” específico, depende do tipo de informações que pretendemos

Conhecimentos Específicos 130 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
COMO EFETUAR UMA BUSCA NA INTERNET
Exemplo: http://www.apostilasopcao.com.br
Onde:
1. http:// - O Hyper Text Transfer Protocol, o protocolo padrão que
permite que os computadores se comuniquem. O http:// é inserido
pelo browser, portanto não é necessário digitá-lo.
2. www – padrão para a Internet gráfica.
3. apostilasopcao – geralmente é o nome da empresa cadastrada jun-
to ao Comitê Gestor.
4. com – indica que a empresa é comercial.

As categorias de domínios existentes na Internet Brasil são:


NAVEGADOR INTERNET
Histórico da Internet UTILIZANDO LINKS
A Internet começou no início de 1969 sob o nome ARPANET (USA). A conexão entre páginas da Web é que caracteriza o nome World Wide
Abreviatura Descrição Web (Rede de Amplitude Mundial).
Gov.br Entidades governamentais
Basicamente, as páginas da Web são criadas em HTML (Hyper Text
Org.br Entidades não-governamentais
Markup Language). Como essas páginas são hipertextos, pode-se fazer
Com.br Entidades comerciais
links com outros endereços na Internet.
Mil.br Entidades militares
Os links podem ser textos ou imagens e quando se passa o mouse em
Composta de quatro computadores tinha como finalidade, demonstrar cima de algum, o ponteiro torna-se uma “mãozinha branca espalmada”,
as potencialidades na construção de redes usando computadores dispersos bastando apenas clicar com o botão esquerdo do mouse para que se façam
em uma grande área. Em 1972, 50 universidades e instituições militares links com outras páginas.
tinham conexões.
Hoje é uma teia de redes diferentes que se comunicam entre si e que INTERNET EXPLORER 7
são mantidas por organizações comerciais e governamentais. Mas, por
mais estranho que pareça, não há um único proprietário que realmente
possua a Internet. Para organizar tudo isto, existem associações e grupos A compilação Internet Explorer 7 inclui melhoramentos de desempe-
que se dedicam para suportar, ratificar padrões e resolver questões opera- nho, estabilidade, segurança e compatibilidade de aplicações. Com esta
cionais, visando promover os objetivos da Internet. compilação, a Microsoft também introduziu melhoramentos estéticos e
funcionais à interface de utilizador, completou alterações na plataforma
A Word Wide Web CSS, adicionou suporte para idiomas e incluiu uma função de auto-
A Word Wide Web (teia mundial) é conhecida também como WWW, desinstalação no programa de configuração, que desinstala automatica-
uma nova estrutura de navegação pêlos diversos itens de dados em vários mente versões beta anteriores do Internet Explorer 7, tornando a desinsta-
computadores diferentes. O modelo da WWW é tratar todos os dados da lação da nova compilação ainda mais fácil.
Internet como hipertexto, “Link” isto é, vinculações entre as diferentes
partes do documento para permitir que as informações sejam exploradas
interativamente e não apenas de uma forma linear.

Programas como o Internet Explorer, aumentaram muita a popularidade


da Internet graças as suas potencialidades de examinador multimídia, Clicando na setinha você verá o seguinte menu
capaz de apresentar documentos formatados, gráficos embutidos, vídeo,
som e ligações ou vinculações e mais, total integração com a WWW.

Este tipo de interface poderá levá-lo a um local (site) através de um de-


terminado endereço (Ex: www.apostilasopcao.com.br) localizado em qual-
quer local, com apenas um clique, saltar para a página (home page) de um
servidor de dados localizado em outro continente.

Note que os que estão em cima do que está marcado são as “próximas
páginas” (isso ocorre quando você volta várias páginas), e os que estão em
baixo são as páginas acessadas. E o Histórico é para ver o histórico,
últimos sites acessados.

Navegação Barra de endereço e botões atualizar e parar


Para podermos navegar na Internet é necessário um software navega-
dor (browser) como o Internet Explorer ou Netscape (Estes dois são os
mais conhecidos, embora existam diversos navegadores).
BOTÕES DE NAVEGAÇÕES
Endereços na Internet
Todos os endereços da Internet seguem uma norma estabelecida pelo
InterNic, órgão americano pertencente a ISOC (Internet Society). Voltar
Abaixo as funções de cada botão de seu navegador Internet Explorer
No Brasil, a responsabilidade pelo registro de Nomes de Domínios na 7.0 da Microsoft.
rede eletrônica Internet é do Comitê Gestor Internet Brasil (CG), órgão
responsável. De acordo com as normas estabelecidas, o nome do site, ou O botão acima possibilita voltar na página em que você acabou de sair
tecnicamente falando o “nome do domínio”, segue a seguinte URL (Univer- ou seja se você estava na página da Microsoft e agora foi para a da aposti-
sal Resource Locator), um sistema universal de endereçamento, que permi- lasopcao, este botão lhe possibilita voltar para a da Microsoft sem Ter que
te que os computadores se localizem na Internet: digitar o endereço (URL) novamente na barra de endereços.

Conhecimentos Específicos 131 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Alternar entre as abas
Avançar Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas
O botão avançar tem a função invertida ao botão voltar citado acima. Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e
suas respectivas páginas

Parar
O botão parar tem como função obvia parar o download da página em
execução, ou seja, se você está baixando uma página que está demorando
muito utilize o botão parar para finalizar o download.

O botão atualizar tem como função rebaixar a página em execu-


ção, ou seja ver o que há de novo na mesma. Geralmente utilizado para
rever a página que não foi completamente baixada, falta figuras ou textos.

Home
O botão página inicial tem como função ir para a página que o seu na- Alternar entre as abas
vegador está configurado para abrir assim que é acionado pelo usuário, Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas
geralmente o Internet Explorer está configurado para ir a sua própria página Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e
na Microsoft, caso o usuário não adicionou nenhum endereço como página suas respectivas páginas
principal.
Download
É nada mais que baixar arquivos da Internet para seu computador
Pesquisar
Upload em português significa carregar – é a transferência de um arquivo
Este botão, é altamente útil pois clicando no mesmo Internet Explorer do seu computador para outro computador.
irá abrir uma seção ao lado esquerdo do navegador que irá listar os princi-
pais, sites de busca na Internet, tal como Cadê, Google, Altavista etc. A Como efetuar download de uma figura na Internet.
partir daqui será possível encontrar o que você está procurando, mas a) Clique com o botão direito do mouse sobre a figura desejada;
veremos isto mais a fundo nas próximas páginas. b) Escola a opção Salvar figura como;
c) Escolha o nome e a pasta onde o arquivo será baixado;
d) Clique em Salvar.
Favoritos
O botão favoritos contem os Websites mais interessantes definidos pe- Como efetuar download de arquivos na Internet
lo usuário, porém a Microsoft já utiliza como padrão do IE 6 alguns sites Alguns arquivos como jogos; músicas; papéis de parede; utilitários co-
que estão na lista de favoritos. mo antivírus etc.; são disponibilizados na Internet para download a partir de
links (texto destacado ou elemento gráfico), e o procedimento é parecido
Para você adicionar um site na lista de favoritos basta você clicar com com o download de figuras.
o botão direito em qualquer parte da página de sua escolha e escolher a) Clique no respectivo link de download;
adicionar a favoritos. Geralmente utilizamos este recurso para marcar b) Aparecerá uma tela com duas opções, Abrir arquivo ou Salvar ar-
nossas páginas preferidas, para servir de atalho. quivo em disco;
c) Escolha Salvar arquivo em disco;
d) Escolha a pasta de destino e logo em seguida clique em Salvar.
Histórico e) Observa-se a seguir uma Janela (de download em execução) que
O botão histórico exibe na parte esquerda do navegador quais foram os mostra o tempo previsto e a porcentagem de transferência do ar-
sites visitados nas últimas semanas, ou dias com isso você pode manter quivo. O tempo de transferência do arquivo varia de acordo com o
um controle dos sites que você passou nas últimas semanas e dias. Bas- ser tamanho (byte, kilobyte, megabyte).
tante útil para usuários que esqueceram o nome do site e desejam acessar
novamente. MOZILLA FIREFOX

O Firefox da Fundação Mozilla, é um programa gratuito e de código


Página aberto, e constitui-se em uma alternativa viável de navegador ("browser"
O botão tem várias funções: Recortar para acessar a Internet).
Copiar – Colar - Salvar Página - Enviar esta página através de e-mail
- Zoom Esta ferramenta aumenta o zoom da página fazendo com que ela Como outros programas freeware conta, no seu desenvolvimento, com
possa ficar ilegíve.Esta outra ferramenta só precisa ser utilizada se você o auxílio de muitas pessoas, em todo o mundo, que contribuem para o
não conseguir enxergar direito a letras ou imagens de um site - Tamanho controle de qualidade do navegador, que o copiam, testam as principais
do texto, configura o tamanho da fonte da página - Ver código fonte, versões e sugerem melhorias.
visualiza o código fonte da página - Relatório Da Segurança, verifica se a
página contem diretivas de segurança ou certificadas digitais - Privacidade O Firefox pode ser usado sozinho, mas nada impede que seja usado
da página, verifica se a página esta configurada de acordo com a sua simultaneamente com outro navegador, pois as suas configurações são
política de privacidade. independentes. Note-se que no caso de usar dois programas, a escolha de
qual navegador deve ser o padrão do sistema fica a critério do usuário.

Impressão Algumas caracterísiticas


Botão utilizado para imprimir a página da internet . Desde a versão 1.5 houve várias melhorias no sistema de atualização,
navegação mais rápida, suporte a SVG ("Scalable Vector Graphics"), novas
versões de CSS (3), JavaScript na versão 1.6, uma nova janela de Favori-
Alternar entre as abas
tos, e melhorias no bloqueio de pop-ups, e várias correções de bugs.
Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas.
Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e
Nota-se que a velocidade de abertura das páginas aumentou, tanto pa-
suas respectivas páginas
ra novas páginas quanto para as já visitadas. Mesmo páginas complexas,
Conhecimentos Específicos 132 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
desenvolvidas com diversos recursos em Flash, DHTML e Shockwave, Como abrir uma nova aba
carregam em tempo sensivelmente menor. E a tecnologia de recuperação Para abrir um link em uma nova aba: - clicar nele com o botão direito
de páginas recentemente visitadas permite que, assim que você clicar no do mouse e, no menu que aparece, selecionar “Abrir em nova aba”. ou -
botão Voltar (Back), o site seja carregado quase que instantaneamente. Clicar no link mantendo pressionada a tecla Ctrl ou - Selecionar “Nova aba”
no "Arquivo" (ou pressionar as teclas <CTRL> e <T>) ou - Clicar no link
Uma das alterações na interface é a possibilidade de reorganizar as com o botão do meio (ou clique na rodinha do mouse). ou - Usar o botão
abas de navegação usando o recurso de arrastar e soltar, o que é útil para "Nova aba" na barra de ferramentas. ou - Dar um duplo clique em uma
quem abre muitas abas e quer deixar juntos sites relacionados entre si. região vazia da barra de abas.

Com relação ao sistema de busca integrado, além dos mecanismos já Como trocar de aba utilizando o teclado
presentes em versões anteriores (Google, Yahoo! e Amazon, por exemplo), - Ir para a aba da esquerda: <CTRL> <Shift> <Tab> ou <CTRL>
é possível adicionar o sistema da Answers.com como padrão. <PgUp> - Ir para a aba da direita: <CTRL> <Tab> ou <CTRL> <PgDo>

Segurança Como verificar a versão


Com relação à segurança,
1. A partir da versão 1.5 as atualizações para o Firefox são automáti-
cas, liberando o usuário de prestar atenção a alertas de segurança
e aviso de novas correções para o navegador.
2. Foi criado um atalho para apagar rapidamente as informações
pessoais do usuário, incluindo o histórico de sites navegados, da-
dos digitados em formulários da web, cookies, senhas que foram
gravadas, entre outros. O atalho está acessível clicando-se no me-
nu "Ferramentas" - "Limpar dados pessoais" mas também pode ser
acionado pela combinação de teclas <Ctrl> <Shift> <Del>. E, para
os esquecidos, o Firefox pode ser configurado para remover esses
dados automaticamente sempre que for fechado. Abrir o Firefox. Clicar em "Ajuda" - "Sobre o Mozilla Firefox". Na janela
A instalação do Firefox cria ícones novos: na tela, (uma raposa que se abre verificar o número da versão.
com cauda em fogo) ao lado do "Botão Iniciar".
Codificação de caracteres
Extensões Ao visualizar um "site", a acentuação pode aparecer toda confusa e ca-
O Firefox admite dezenas de "extensões", ou seja de programas que se racteres estranhos podem estar presentes. É comum que letras com acen-
fundem a ele e que adicionam novos recursos ao navegador. Portanto, tos e "ç" apareçam como "?" ou outros códigos. (Por exemplo: Sua codifi-
cada internauta pode adicionar novos recursos e adaptar o Firefox ao seu ca&ccedil;&atilde;o de caracteres est&aacute; errada).
estilo de navegar. Ou seja, quem escolhe como o Firefox deve ser é o Deve-se ressaltar que existem protocolos padrão que determinam a
usuário. codificação dos caracteres que devem ser respeitados pelas pessoas que
criam páginas para serem visualizadas na Internet.
Como abrir o Navegador Mas, se a página ou a mensagem de e-mail não informar a codificação
Para abrir o programa deve-se clicar duplo no novo atalho que aparece em que foi escrita, o texto pode aparecer não formatado corretamente.
ao lado do botão "Iniciar" ou no ícone que aparece na tela, Ou clicar em Duas das mais importantes codificações são:
Botão Iniciar - Programas - Mozilla Firefox - Mozilla Firefox - ISO: "International Standardization Organization". É o padrão oci-
dental, utilizado também no Brasil. Cada caractere só possui 1 byte
Navegação com abas (8 bits), gerando um máximo de 256 caracteres.
O Firefox possibilita abrir várias páginas na mesma janela, em diferen- - UTF-8: Padrão mundial, que pode ser usado em quase todos os
tes abas ou “orelhas” que aparecem logo abaixo da barra de navegação. idiomas.
Assim o navegador não é carregado a cada vez que se abre uma página Cada caractere possui 2 bytes (16 bits), o que permite um valor máxi-
em outra janela e o sistema economiza memória e ganha em estabilidade. mo bem maior que o anterior: 65.536 caracteres.

Portanto, para acessar a outra página basta clicar na sua respectiva Como determinar a codificação
aba. Ou seja: - um "site", pode ficar, inteiro, dentro de uma única janela, No menu "Exibir" clicar em "Codificação" Selecionar Ocidental (ISO-
cada página em uma aba, ou - várias páginas, cujos endereços são diferen- 8859-1) e ver a página. Se ainda não estiver correta, selecionar Unicode
tes, podem ficar em várias abas, na mesma janela. (UTF-8) e, novamente, e ver a página. Essas são as codificações mais
frequentes atualmente, mas há outras opções presentes que podem ser
testadas.

Como bloquear janelas de propagandas


O Firefox continua com um recurso excelente: a possibilidade de blo-
Como adicionar o botão “Nova aba” na barra de ferramentas quear o aparecimento de janelas de propagandas, ou seja, a não permissão
Clicar em Exibir - Barras de ferramentas - Personalizar. do surgimento de propagandas no formato pop, janelas que abrem automa-
Na janela de personalização arraste e solte o botão "Nova aba" em al- ticamente, estourando na tela em sequência, por cima (pop up) ou por
guma barra de ferramentas. baixo (pop under) da janela que ocupa o "site" que está sendo visualizado.

Conhecimentos Específicos 133 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Evidentemente, em alguns sites é importante aparecerem janelas ex- Prejuízos
tras com informações relevantes (por exemplo, os sites dos bancos que Assim como podem favorecer, eles também podem danificar o compu-
usam janelas pop para informar os horários de funcionamento das agên- tador, trazendo vírus, spams e outras pragas virtuais. Por isso, é preciso
cias, em dias próximos a feriados). cuidado. Legalmente é proíbido descarregar qualquer coisa que viole os
Mas, é muito difícil (e chato, e oneroso) ter de aturar janelas pop gigan- Direitos Autorais (como musicas,imagens,videos, etc).Embora haja sempre
tes aparecendo em qualquer "site", apenas com objetivo de propagandear exceções, o que deve ser analisado caso a caso. Problemas com spam e
artigos ou serviços nos quais não se está interessado. vírus não são exclusividade do ato de fazer um download, alguns deles
Há muitos programas para evitar tais anúncios, mas o Firefox já tem espalham-se automaticamente por redes locais.
uma opção interna para bloquear essas janelas.
Dicas para maior segurança
Clicar em "Ferramentas" - "Opções" Utilizar um antivirus é crucial, quanto maior poder maior segurança. É
Abrir o item "Conteúdos" recomendável também que se tenha um firewall e um antispyware
E selecionar "Bloquear janelas popup"
Upload
Upload é a transferência de dados de um computador local para um
servidor. Caso ambos estejam em rede, pode-se usar um servidor de FTP,
HTTP ou qualquer outro protocolo que permita a transferência.

Definição
Caso o servidor de upload esteja na Internet, o usuário do serviço pas-
sa a dispor de um repositório de arquivos, similar a um disco rígido, dispo-
nível para acesso em qualquer computador que esteja na Internet.Upload é
parecido com Download, só que em vez de carregar arquivos para a sua
máquina, você os envia para o servidor.

Características
Os provedores gratuitos de upload variam bastante na sua política, ca-
pacidades e prazo de validade das transferências. Mas em geral todos
funcionam da seguinte forma: o usuário que envia o arquivo fornece o
endereço de e-mail (ou correio eletrônico) de um destinatário. Este recebe
Quando uma janela popup for bloqueada, um ícone novo pode ser uma mensagem de e-mail do servidor de upload, informando a disponibili-
exibido na barra de status, informando o bloqueio. Para visitar esse site, dade do arquivo, junto com uma URL. Basta que ele então clique nessa
deve-se clicar no ícone para desbloquear a popup. URL para receber o arquivo.

Gerenciamento de pop-ups e cookies


O pop-up é uma janela extra que abre no navegador ao visitar uma pá-
gina ou clicar em um link específico. A pop-up é utilizada pelos criadores do
Como alterar o tamanho do texto, ao visualizar um "site" site para abrir alguma informação extra ou como meio de propaganda.
Se um determinado "site" tiver um tamanho de letra muito grande ou Como ativar o Bloqueador de pop-ups
muito pequeno, pode-se controlar a sua visualização: Observação O Bloqueador de pop-ups está ativado por padrão. Você
Clicar em "Exibir" - Tamanho do texto e em Aumentar ou Diminuir ou precisará ativá-lo apenas se estiver desativado.
Clicar em <Ctrl> + para aumentar ou em <Ctrl> - para diminuir o tamanho
da fonte. O Bloqueador de pop-ups pode ser ativado das seguintes maneiras:
• Sob solicitação.
Lembrar que <Ctrl> 0 retorna pra o tamanho normal • No menu Ferramentas.
• A partir das Opções da Internet.
Ordenar lista de sites favoritos
Para colocar a lista de favoritos em ordem alfabética, clicar em: Favori- Sob solicitação
tos - Organizar - Exibir - "Ordenar pelo nome" Você pode ativar o Bloqueador de pop-ups ao ser solicitado a fazer is-
Como permitir Java e Java Script so antes que a primeira janela pop-up apareça.
Clicar em "Ferramentas" - "Opções" Abrir o item "Configurações" e se-
lecionar "Permitir Java" e "Permitir JavaScript" No menu Ferramentas

Como salvar uma página visitada


Vá no Menu Favoritos > Adicionar Página > OK

DOWNLOAD E UPLOAD
Para configurar o Bloqueador de pop-ups no menu Ferramentas, exe-
Download (significa descarregar, em português), é a transferência de cute as seguintes etapas:
dados de um computador remoto para um computador local, o inverso de - Clique em Iniciar, aponte para Todos os programas e clique em
upload. Por vezes, é também chamado de puxar (ex: puxar o arquivo) ou Internet Explorer.
baixar (baixar o arquivo). Tecnicamente, qualquer página da Internet que
você abre consiste em uma série de descarregamentos. O navegador  No menu Ferramentas, aponte para Bloqueador de Pop-ups e
conecta-se com o servidor, descarrega as páginas HTML, imagens e outros clique em Habilitar Bloqueador de Pop-ups para ativar o
itens e as abre, confeccionando a página que você vê. Mas o termo descar- Bloqueador de pop-ups ou em Desabilitar Bloqueador de Pop-
regar tornou-se sinônimo de copiar arquivos de um servidor remoto para o ups para desativá-lo.
seu, porque quando o navegador não pode abrir um arquivo em sua janela
(como um executável por exemplo) ele abre a opção para que o mesmo Como definir as configurações do Bloqueador de pop-ups
seja salvo por você, configurando um descarregamento. As seguintes definições do Bloqueador de pop-ups podem ser configu-
radas:
Benefícios • Permitir lista de sites.
Eles trazem arquivos favoráveis ao cotidiano e à diversão.

Conhecimentos Específicos 134 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Permitir lista de sites Entretanto, para acessar os newsgroups, você precisa de um leitor,
Você pode permitir que as janelas pop-up abram em um site, adicio- chamado newsreader (Leitor de Notícias). Um popular leitor de newsgroup,
nando esse site à lista de Sites permitidos. Para fazer isso, execute as é o Outlook Express, esse mesmo que vem com o Internet Explorer e você
seguintes etapas: usa para acessar seus e-mails, pois além de ser cliente de e-mail, ele tem
 Clique em Iniciar, aponte para Todos os programas e clique em capacidade de acessar servidores de newsgroups, mas com algumas
Internet Explorer. limitações.
2. No menu Ferramentas, aponte para Bloqueador de Pop-ups e cli- Em alguns casos, também é possível acessar os mesmos grupos de
que em Configurações do Bloqueador de Pop-ups. discussão via navegador, mas isso se o administrador do servidor disponibi-
3. Na caixa Endereços do site a ser permitido:, digite o endereço do lizar esse recurso. Porém, acessando via navegador, estaremos deixando
site e clique em Adicionar.
de usar o serviço newsgroup de fato, passando a utilizar um simples
 Clique em Fechar.
fórum da Internet.
Gerenciamento de Cookies
Um cookie é um grupo de dados trocados entre o navegador e o servi- Operação
Basicamente, um newsgroup funciona assim:
dor de páginas, colocado num arquivo (ficheiro) de texto criado no compu-
1. Alguém envia uma mensagem para o grupo, posta ela.
tador do utilizador. A sua função principal é a de manter a persistência de
sessões HTTP. A utilização e implementação de cookies foi um adendo ao 2. Essa mensagem fica armazenada no servidor do news, e qualquer
HTTP e muito debatida na altura em que surgiu o conceito, introduzido pela pessoa que acessar o servidor e o grupo onde essa mensagem foi postada,
poderá visualizá-la, respondê-la, acrescentar algo, discordar, concordar,
Netscape, devido às consequências de guardar informações confidenciais
etc. A resposta também fica armazenada no servidor, e assim como a
num computador - já que por vezes pode não ser devidamente seguro,
mensagem original, outras pessoas poderão "responder a resposta" da
como o uso costumeiro em terminais públicos.
mensagem original. Para entender melhor, veja um exemplo da estrutura de
Um exemplo é aquele cookie que um site cria para que você não preci- um newsgroup, veja o exemplo na figura abaixo.
se digitar sua senha novamente quando for ao site outra vez. Outros sites
podem utilizá-los para guardar as preferências do usuário, por exemplo,
quando o sítio lhe permite escolher uma cor de fundo para suas páginas.

Para excluir cookies específicos:


1 – Na guia ferramentas clique em Opções de Internet
2 – Guia Geral, clique no botão Configurações e logo após no botão
Exibir Arquivos.
3 – Na próxima janela, que será a unidade de disco rígido que está
sendo armazenado os cookies, localize o cookie que deseja ex-
cluir.
4 – Se desejar excluir mais de um cookie pressione CTRL à medida
que for clicando em cada cookie (esta operação faz com que vo-
cê selecione um grupo de cookies).
5 – Aperte a tecla Delete.
6 – Ao terminar clique Ok.

Lembrete: Determinados sites da Internet armazenam seu nome de


membro, senha e outras informações pessoais. Assim ao excluir todos os
cookies o usuário deverá redigitar as senhas e outras informações dos sites
visitados. Cada servidor possui diversos grupos dentro dele, divididos por tema.
Atualmente, a maior rede brasileira de newgroups é a U-BR (http://u-
br.tk). A U-BR foi criada após o UOL ter passado a não disponibilizar mais
acesso via NNTP (via Gravity, Outlook Express, Agent, etc.) para não-
assinantes. De certa forma, isso foi bom, pois acabou "obrigando" os usuá-
rios a buscar uma alternativa. Eis então que foi criada a U-BR.
A grande vantagem da U-BR, é que ela não possui um servidor central,
ou seja, se um dos servidores dela ficar "fora do ar", você pode acessar
usando um outro servidor. Os temas (assuntos) disponíveis nos news-
groups em geral, variam desde Windows XP até Política, passando por
hardware em geral, sociologia, turismo, cidades, moutain-bike, música,
Jornada nas Estrelas, futebol, filosofia, psicologia, cidades, viagens, sexo,
humor, música e muito mais. É impossível não achar um tema que lhe
agrade.

Instalação configuração e criação de contas


Para acessar um news, você precisa usar um programa cliente, o
newsreader. Um dos mais populares é o Outlook Express, da Microsoft,
mas não é o melhor. Existem inúmeros programas disponíveis na Internet,
que possibilitam, a criação de grupos de discurções, entre eles destacam-
O QUE SÃO "GRUPOS DE DISCUSSÃO" (NEWSGROUPS) se o Gravity, da MicroPlanet.
Grupos de discussão, Grupos de Notícias ou Newsgroups, são espé- Para usários do Linux, recomendo o Pan Newsreader (também
cies de fóruns, como estes que você já conhece. As comunidades do Orkut disponível para Windows).
também seguem um molde parecido com os newsgroups, porém com Para configurar uma conta de acesso no Outlook Express, vá no menu
muitas limitações. São incomparavelmente inferiores aos newsgroups. Ferramentas > Contas > Adicionar > News. Siga os passos exibidos na
Tanto os fóruns da web como as comunidades do Orkut, você acessa pelo Tela, informando o servidor de sua preferência quando solici-
seu navegador (Firefox, Internet Explorer, Netscape, etc.), através de um tado, veja no exemplo abaixo:
endereço de uma página.

Conhecimentos Específicos 135 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
CONFIGURAÇÃO DE UMA CONTA DE NEWSGROUP

MICROSFT OUTLOOK EXPRESS


Para configurar o acesso aos newsgroups, siga os passos referidos em
baixo:

No Microsoft Outlook Express, seleccionar Tools / Accounts

Clique em "Yes" para obter as mensagens dos newsgroups.

Aqui vai iniciar o processo de configuração da sua conta nos news-


groups. Para tal terá de preencher o nome e endereço de correio electróni-
co que pretende que apareçam nas mensagens, bem como o endereço de
servidor de newsgroups: news.iol.pt.

Nesta janela, poderá escolher quais pretende ver, clicando no "News"


desejado e posteriormente em "Subscribe". Depois de ter seleccionado
todos os newsgroups que pretende visualizar, deverá clicar em "OK".

Depois de seleccionados, poderá encontrar os newsgroups escolhidos


na pasta news.iol.pt.

Conhecimentos Específicos 136 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Aqui vai iniciar o processo de configuração da sua conta nos news- sagens marcadas com sinalizadores rápidos em cada pasta da caixa de
groups. Para tal terá de preencher o nome e endereço de correio electróni- correio.
co que pretende que apareçam nas mensagens, bem como o endereço de
servidor de newsgroups: news.iol.pt. Organizar por Conversação. Se você receber muitos emails diaria-
mente, poderá se beneficiar da opção de agrupamento denominada Orga-
nizar por Conversação. O modo de exibição Organizar por Conversação
CORREIO ELETRÔNICO mostra a lista de mensagens de uma forma orientada a conversação ou
"segmentada". Para que você leia os emails com mais rapidez, esse modo
MICROSOFT OFFICE OUTLOOK de exibição mostra primeiro apenas as mensagens não lidas e marcadas
Envie e receba email; gerencie sua agenda, contatos e tarefas; e regis- com Sinalizadores Rápidos. Cada conversação pode ser ainda mais ex-
tre suas atividades usando o Microsoft Office Outlook. pandida para mostrar todas as mensagens, inclusive os emails já lidos.
Para organizar as mensagens dessa forma, clique em Organizar por Con-
Iniciando o Microsoft Office Outlook
versação no menu Exibir.
Clique em Iniciar, Todos os programas, Microsoft Office, Microsoft Offi-
ce Outlook.
Pastas de Pesquisa. As Pastas de Pesquisa contêm resultados de
Esta versão do Outlook inclui novos recursos criados para ajudá-lo a pesquisa, atualizados constantemente, sobre todos os itens de email cor-
acessar, priorizar e lidar com comunicação e informações, de forma a respondentes a critérios específicos. Você pode ver todas as mensagens
otimizar o seu tempo e facilitar o gerenciamento do fluxo crescente de não lidas de cada pasta na sua caixa de correio em uma Pasta de Pesquisa
emails recebidos. denominada "Emails Não Lidos". Para ajudá-lo a reduzir o tamanho da
caixa de correio, a Pasta de Pesquisa "Emails Grandes" mostra os maiores
Experiência de Email Dinâmica. O Outlook ajuda você a ler, organi- emails da caixa de correio, independentemente da pasta em que eles estão
zar, acompanhar e localizar emails com mais eficiência do que antigamen- armazenados. Você também pode criar suas próprias Pastas de Pesquisa:
te. O novo layout da janela exibe mais informações na tela de uma só vez, escolha uma pasta na lista de modelos predefinidos ou crie uma pesquisa
mesmo em monitores pequenos. A lista de mensagens foi reprojetada para com critérios personalizados e salve-a como uma Pasta de Pesquisa para
utilizar o espaço de forma mais inteligente. Como resultado disso, você uso futuro.
perderá menos tempo com a navegação e dedicará mais tempo à realiza-
ção de suas tarefas. O agrupamento automático de mensagens ajuda o Calendários Lado a Lado,. Agora você pode exibir vários calendários
usuário a localizar e a ir para emails em qualquer lugar da lista com mais lado a lado na janela Calendário do Outlook.Todos os calendários podem
rapidez do que antes. E você ainda pode mover ou excluir todas as mensa- ser vistos lado a lado: calendários locais, calendários de pastas públicas,
gens em um grupo de uma vez. calendários de outros usuários ou lista de eventos da equipe do Microsoft
Windows® SharePoint™ Services. Os calendários são codificados por
Filtro de Lixo Eletrônico. O novo Filtro de Lixo Eletrônico ajuda a evi- cores para ajudá-lo a distingui-los.
tar muitos dos emails indesejáveis que você recebe todos os dias. Ele usa a
tecnologia mais avançada desenvolvida pelo Centro de Pesquisa da Micro- Regras e Alertas. O Outlook o alertará da chegada de novos emails na
soft para avaliar se uma mensagem deve ser tratada como lixo eletrônico sua Caixa de Entrada exibindo uma notificação discreta na área de traba-
com base em vários fatores como, por exemplo, o horário em que a men- lho, mesmo quando você estiver usando outro programa. É possível criar
sagem foi enviada e o seu conteúdo. O filtro não identifica nenhum reme- rapidamente regras para arquivar emails com base na mensagem, selecio-
tente ou tipo de email específico; ele se baseia no conteúdo da mensagem nando a mensagem e clicando em Criar Regra.
e faz uma análise avançada da estrutura da mensagem para determinar a
probabilidade de ser ou não lixo eletrônico. Qualquer mensagem detectada Modo de Transferência em Cachê. Se você usa o Microsoft Exchange
pelo filtro é movida para a pasta Lixo Eletrônico, de onde ela pode ser Server não precisa mais se preocupar com problemas causados por redes
recuperada ou revisada posteriormente. Você pode adicionar emails à Lista lentas ou distantes. O Outlook pode baixar a caixa de correio para o seu
de Remetentes Confiáveis para garantir que as mensagens desses reme- computador, reduzindo a necessidade de comunicação com o servidor de
tentes nunca sejam tratadas como lixo eletrônico e pode ainda bloquear email. Se a rede ficar indisponível, o Outlook continuará utilizando as infor-
mensagens de determinados endereços de email ou nomes de domínio mações já baixadas — e talvez você nem perceba a queda da rede. O
adicionando o remetente à Lista de Remetentes Bloqueados. Outlook se adapta ao tipo de rede disponível, baixando mais itens de email
em redes mais rápidas e oferecendo mais controle sobre os itens baixados
Painel de Navegação. O Painel de Navegação é mais do que uma em redes lentas. Se usar o Outlook com o Microsoft Exchange Server, você
simples lista de pastas: ele combina os recursos de navegação principal e se beneficiará de uma redução significativa no tráfego da rede, que o
compartilhamento do Outlook em um local de fácil utilização. Em Email, ajudará a obter as informações com mais rapidez.
você encontrará mais pastas de email do que antigamente. Além disso,
poderá adicionar suas pastas favoritas ao início da lista. Em Calendário, Ícones de listas de mensagens do Outlook Express
você poderá exibir os calendários compartilhados de outras pessoas lado a Os ícones a seguir aparecem nos e-mails e indicam a prioridade das
lado com o seu próprio calendário. Em Contatos, você verá a lista de todas mensagens, se as mensagens possuem arquivos anexados ou ainda se as
as pastas de contatos que poderá abrir (estejam elas armazenadas no seu mensagens estão marcadas como lidas ou não lidas. Veja o que eles
computador ou em um local da rede), bem como maneiras aperfeiçoadas significam:
de exibir os contatos. Todos os oito módulos do Outlook possuem uma
interface de usuário criada para ajudá-lo a encontrar rapidamente o que
você está procurando, na forma como você gosta de ver essa informação.

Painel de Leitura. O Painel de Leitura é o local ideal para ler emails,


sem a necessidade de abrir uma janela separada para cada mensagem.
Como um pedaço de papel, o Painel de Leitura é posicionado verticalmen-
te. Esse layout é mais confortável e, em conjunto com a nova lista de
mensagens de várias linhas, significa que você pode ver quase o dobro do
conteúdo de um email em um monitor do mesmo tamanho, se comparado
com o Painel de Visualização das versões anteriores do Outlook.

Sinalizadores Rápidos. Se você precisar responder a um email, mas


não tiver tempo agora, clique no ícone do sinalizador ao lado da mensagem
para marcá-la com um Sinalizador Rápido. Os diversos sinalizadores colo-
ridos facilitam a categorização das mensagens. A pasta denominada – Para
Acompanhamento" sempre contém uma lista atualizada de todas as men-

Conhecimentos Específicos 137 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Como criar uma conta de e-mail compartilhamento de contatos com outras identidades, a pasta Contatos
Para adicionar uma conta de e-mail em seu Outlook faça o seguinte: compartilhados. Nenhuma destas pastas pode ser excluída. Você pode
1. Entre em contato com seu provedor de serviços de Internet ou do criar um novo contato na pasta compartilhada ou compartilhar um contato
administrador da rede local e informe-se sobre o tipo de servidor de existente, movendo um de seus contatos para a pasta Contatos comparti-
e-mail usado para a entrada e para a saída dos e-mails. lhados.
2. Você precisará saber o tipo de servidor usado : POP3 (Post Office 1. Clique em Ferramentas/ Catálogo de Endereços.
Protocol), IMAP (Internet Message Access Protocol) ou HTTP Seu catálogo de endereços irá se abrir. Se você não estiver visuali-
(Hypertext Transfer Protocol). Precisa também saber o nome da zando a pasta Contatos compartilhados à esquerda, clique em Exi-
conta e a senha, o nome do servidor de e-mail de entrada e, para bir de seu Catálogo de Endereços, clique em Pastas e grupos.
POP3 e IMAP, o nome de um servidor de e-mail de saída, geral-
mente SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)

Vamos à configuração:
3. No menu Ferramentas, clique em Contas.

Na lista de contatos, selecione o contato que deseja compartilhar.


Arraste o contato para a pasta Contatos compartilhados ou para uma
de suas subpastas.

Salvar um rascunho
Para salvar um rascunho da mensagem para usar mais tarde, faça o
seguinte:
1. Com sua mensagem aberta, clique em Arquivo.
2. A seguir, clique em Salvar.
Você também pode clicar em Salvar como para salvar uma mensagem
de e-mail em outros arquivos de seu computador no formato de e-mail
(.eml), texto (.txt) ou HTML (.htm ou html).

Abrir anexos
Para ver um anexo de arquivo, faça o seguinte:
1. No painel de visualização, clique no ícone de clipe de papel no ca-
beçalho da mensagem e, em seguida, clique no nome do arquivo.
Ou apenas clique no símbolo de anexo

Na parte superior da janela da mensagem, clique duas vezes no ícone


Logo a seguir visualizaremos o assistente de configuração do Outlook, de anexo de arquivo no cabeçalho da mensagem.
posteriormente clique no botão adicionar- Email. (Quando uma mensagem tem um arquivo anexado, um ícone de clipe
de papel é exibido ao lado dela na lista de mensagens.)
Salvar anexos

Para salvar um anexo de arquivo de seu e-mail, faça o seguinte:


1. Clique na mensagem que tem o arquivo que você quer salvar.
2. No menu Arquivo, clique em Salvar anexos.
Clique em Email e o Assistente para conexão com a Internet irá se
abrir. Basta seguir as instruções para estabelecer uma conexão com um
servidor de e-mail ou de notícias e ir preenchendo os campos de acordo
com seus dados.
Observação:
Cada usuário pode criar várias contas de e-mail, repetindo o procedi-
mento descrito acima para cada conta. Uma nova janela se abre. Clique no(s) anexo(s) que você quer sal-
var.
Compartilhar contatos 4. Antes de clicar em Salvar, confira se o local indicado na caixa abai-
Para compartilhar contatos você tiver outras identidades (outras pesso- xo é onde você quer salvar seus anexos. (Caso não seja, clique em
as) usando o mesmo Outlook Express, poderá fazer com que um contato "Procurar" e escolha outra pasta ou arquivo.)
fique disponível para outras identidades, colocando-o na pasta Contatos 5. Clique em Salvar.
compartilhados. Desta forma, as pessoas que estão em seu catálogo de
endereços "aparecerão" também para outras identidades de seu Outlook. O Como redigir um e-mail
catálogo de endereços contém automaticamente duas pastas de identida- A competitividade no mundo dos negócios obriga os profissionais a
des: a pasta Contatos da identidade principal e uma pasta que permite o uma busca cada vez maior de um diferencial em sua qualificação. Sabe-se

Conhecimentos Específicos 138 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
da importância de uma boa comunicação em nossos dias. Quantos não 4. Escreva a mensagem com palavras claras e objetivas.
vivem às voltas com e-mails, atas, cartas e relatórios? 5. Coloque em destaque (negrito, sublinhado, ou itálico) os aspectos
principais do e-mail.
A arte de se comunicar com simplicidade é essencial para compor 6. Digite o seu nome completo ou nome da empresa.
qualquer texto. Incluímos aqui todas e quaisquer correspondências comer- 7. Abaixo digite o seu e-mail (no caso do destinatário querer respon-
ciais, empresariais ou via Internet (correio eletrônico). der para você, ou guardar seu endereço).
8. Envie a mensagem.
Uma correspondência tem como objetivo comunicar algo. Portanto, é
fundamental lembrar que a comunicação só será eficiente se transmitir ao Verificar novas mensagens
destinatário as ideias de modo simples, claro, objetivo, sem deixar dúvidas Para saber se chegaram novas mensagens, faça o seguinte:
quanto ao que estamos querendo dizer. Com seu Outlook aberto, clique em Enviar/receber na barra de ferra-
mentas.
O e-mail é uma forma de comunicação escrita e, portanto, exige cuida-
do. A maior diferença entre um e-mail e uma correspondência via correio Os e-mail serão recebidos na caixa de entrada do Outlook, caso houver
tradicional está na forma de transmissão, sendo a primeira, indubitavelmen- algum e-mail a ser enviado, o mesmo será enviado automaticamente.
te, mais rápida e eficiente.
Pastas Padrões
Ao escrevermos um e-mail, sobretudo com finalidade comercial ou em- As pastas padrões do Outlook não podem ser alteradas. Você poderá
presarial, devemos observar alguns pontos: criar outras pastas, mas não deve mexer nas seguintes pastas:
1. A forma como você escreve e endereça o e-mail permite que o des-
tinatário interprete seu interesse e o quanto ele é importante para você. Caixa de Entrada: local padrão para onde vão as mensagens que che-
O bom senso deve sempre prevalecer de acordo com o tipo de mensa- gam ao seu Outlook. (Você pode criar pastas e regras para mudar o lugar
gem a ser transmitida. A natureza do assunto e a quem se destina o e-mail para o qual suas mensagens devam ser encaminhadas.).
determinam se a mensagem será informal ou mais formal. Em qualquer um 1. Caixa de Saída: aqui ficam os e-mails que você já escreveu e que
dos casos, os textos devem ser curtos, bastante claros, objetivos. vai mandar para o(s) destinatário(s).
2. Itens Enviados: nesta pasta ficam guardados os e-mails que você
O alinhamento à esquerda facilita a leitura. já mandou.
2. Quando vamos enviar um e-mail em nome de uma empresa ou or- 3. Itens Excluídos: aqui ficam as mensagens que você já excluiu de
ganização, é conveniente deixar em destaque que se trata de uma comuni- outra(s) pasta(s), mas continuam em seu Outlook.
cação institucional, o que não se faz necessário na correspondência tradici- 4. Rascunhos: as mensagens que você está escrevendo podem ficar
onal, uma vez que esse aspecto é evidenciado pelo timbre, nome ou marca guardadas aqui enquanto você não as acaba de compor definitiva-
já impresso no papel. mente. Veja como salvar uma mensagem na pasta Rascunhos.
No caso dos e-mails, temos apenas os campos Para ou To e, para en-
viarmos com uma cópia para outra pessoa, preenchemos o campo CC Criar novas pastas
(Cópia Carbono). Para organizar seu Outlook, você pode criar ou adicionar quantas pas-
Convém ressaltar que existe um outro campo que pode utilizado para tas quiser.
enviarmos uma cópia para outra pessoa, de modo que não seja exibido o 1. No menu Arquivo, clique em Pasta.
endereço em questão: é o campo CCO (Cópia Carbono Oculta). 2. Clique em Nova.
Às vezes, recebemos um e-mail com uma lista enorme de destinatá- 3. Uma nova janela se abrirá.
rios, o que não é nada recomendável. Se quisermos enviar uma mesma
mensagem para um grande Na caixa de texto Nome da pasta, digite o nome que deseja dar à pasta
Veja o exemplo: e, em seguida, selecione o local para a nova pasta.
Posteriormente basta clicar no botão enviar
Lembre-se de que o Outlook Express vai criar sua pasta nova dentro
daquela que estiver selecionada no momento. Se você selecionar, por
exemplo, "Caixa de Entrada" e solicitar uma nova pasta, esta será posicio-
nada dentro da Caixa de Entrada.

Para grupos de endereços, é preferível colocarmos todos eles no cam-


po CCO e apenas um endereço no campo Para. Estaremos fazendo um
favor a quem recebe, além de não estarmos divulgando o endereço de
outras pessoas desnecessariamente.

3. É importante indicar no campo Assunto qual é o tema a ser tratado.


Uma indicação clara nessa linha ajuda na recepção da mensagem. Lembre-
se de que seu destinatário pode receber muitas mensagens e não presuma
que ele seja um adivinho. Colocar, por exemplo, apenas a palavra “informa-
ções” no campo assunto, não ajuda em nada. Especifique claramente o
conteúdo. Por exemplo: Informações sobre novo curso.

4. No espaço reservado à mensagem, especifique logo no início o


emissor e o receptor. Exemplo:
Prezado Cliente
Agradecemos aquisição de nossos produtos.
Grato.

Podemos sintetizar assim: Se o que você quer é uma nova pasta, independente das que você já
1. Sempre colocar o assunto. criou, selecione sempre o item Pastas Locais
2. Indique o emissor e o destinatário no corpo da mensagem. Dê um nome e selecione o local onde quer que fique esta nova pasta
3. Coloque apenas uma saudação. que você acabou de criar.

Conhecimentos Específicos 139 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
MOZILLA THUNDERBIRD Ao final, clique em Seguinte.
1. Para configurar sua conta no Thunderbird, ao abrir o programa, na
tela principal, clique no menu Ferramentas e em seguida em Configurar
contas...

6. No campo Nome de utilizador:, digite seu login (sem @usp.br no fi-


nal) do email USP. No campo Nome de utilizador do servidor SMTP:
,digite seu login novamente. Logo após, clique em Seguinte.
2. Clique em Adicionar conta...

3. Selecione a opção Conta de Correio Eletrônico e clique em Se-


7. No campo Nome da conta: digite o seu endereço eletrônico da
guinte.
USP e clique em Seguinte.

4. No campo O seu Nome:, preencha com o seu nome (ele aparecerá


na mensagem enviada ao destinatário). No campo Endereço e Correio:
digite o seu endereço eletrônico da USP e clique em Seguinte.
8. Clique em Concluir.

5. Selecione o tipo de recepção de sua preferência (recomendado


POP). No campo Servidor de Recepção: digite em letras minúsculas
pop.usp.br. No campo Enviar mensagens por este servidor SMTP:
digite em letras minúsculas smtp.usp.br.

Conhecimentos Específicos 140 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
9. De volta à tela de Configuração de Conta, no menu do lado es- 13. De volta à tela de Configuração de Conta, selecione a opção Con-
querdo, clique na opção Servidor de Saída (SMTP). figurações do Servidor no menu esquerdo (referente ao seu email
@usp.br).

10. No campo que irá aparecer, selecione o item correspondente ao


smtp da usp e em seguida clique em Editar...

14. Marque a opção Deixar mensagens no servidor (para que, ao


baixar as mensagens, seja mantida uma cópia no email USP). Clique em
OK para finalizar.

11. Na tela de configuração do Servidor SMTP que irá surgir, altere o


número da porta de 25 para 587.

15. Feche o Thunderbird e reabra-o novamente. Agora, basta clicar


em Obter correio no menu superior para enviar/receber suas mensagens.

12. Na área de Autenticação e Segurança abaixo, a opção Usar no-


me de utilizador e senha deve estar marcada (caso não esteja, marque-a),
e no campo Nome de utilizador:, logo abaixo, digite seu login (sem
@usp.br no final). No item Usar ligação segura: deixe marcada a opção
Não. Ao final, clique em OK.

Fonte: cce.usp.br

COMUNICAÇÃO: PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO E REDE DE


LOCAIS E REMOTAS
Atualmente é praticamente impossível não se deparar com uma rede
de computadores, em ambientes relacionados à informática, principalmente
porque a maioria dos usuários de computadores se conectam a Internet -
que é a rede mundial de computadores.

Conhecimentos Específicos 141 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
As redes de computadores surgiram da necessidade de troca de infor- Redes Cliente/Servidor
mações, onde é possível ter acesso a um dado que está fisicamente locali- Este tipo de rede é usado quando se deseja conectar mais de 10 com-
zado distante de você, por exemplo em sistemas bancários. Neste tipo de putadores ou quando se deseja ter uma maior segurança na rede. Nesse
sistema você tem os dados sobre sua conta armazenado em algum lugar, tipo de rede aparece uma figura denominada servidor. O servidor é um
que não importa onde, e sempre que você precisar consultar informações computador que oferece recursos especializados, para os demais micros da
sobre sua conta basta acessar um caixa automático. rede, ao contrário do que acontece com a rede ponto-a-ponto onde os
computadores compartilham arquivos entre si e também podem estar
As redes não são uma tecnologia nova. Existe desde a época dos pri- fazendo um outro processamento em conjunto.
meiros computadores, antes dos PC‘s existirem, entretanto a evolução da
tecnologia permitiu que os computadores pudessem se comunicar melhor a A grande vantagem de se ter um servidor dedicado é a velocidade de
um custo menor. resposta as solicitações do cliente (computador do usuário ou estações de
Além da vantagem de se trocar dados, há também a vantagem de trabalho), isso acontece porque além dele ser especializado na tarefa em
compartilhamento de periféricos, que podem significar uma redução nos questão, normalmente ele não executa outra tarefas. Em redes onde o
custos de equipamentos. A figura abaixo representa uma forma de compar- desempenho não é um fator importante, pode-se ter servidores não dedica-
tilhamento de impressora (periférico) que pode ser usado por 3 computado- dos, isto é, micros servidores que são usados também como estação de
res. trabalho.

É importante saber que quando nos referimos a dados, não quer dizer Outra vantagem das redes cliente/servidor é a forma centralizada de
apenas arquivos, mas qualquer tipo de informação que se possa obter de administração e configuração, o que melhora a segurança e organização da
um computador. rede.
Os principais motivos que levam a implantação de uma rede de compu-
tadores são: Para uma rede cliente/servidor podemos ter vários tipos de servidores
• Possibilitar o compartilhamento de informações (programas e da- dedicados, que vão variar conforme a necessidade da rede, para alguns
dos) armazenadas nos computadores da rede; tipos desses servidores podemos encontrar equipamentos específicos que
• Permitir o compartilhamento de recursos associados às máquinas fazem a mesma função do computador acoplado com o dispositivo, com
interligadas; uma vantagem, o custo desses dispositivos são bem menores. Abaixo
• Permitir a troca de informações entre os computadores interliga- temos exemplos de tipos de servidores:
dos;
• Permitir a troca de informações entre usuários dos computadores Servidor de Arquivos: É um servidor responsável pelo armazenamen-
interligados; to de arquivos de dados - como arquivos de texto, planilhas eletrônicas,
• Possibilitar a utilização de computadores localizados remotamente; etc... É importante saber que esse servidor só é responsável por entregar
• Permitir o gerenciamento centralizado de recursos e dados; os dados ao usuário solicitante (cliente), nenhum processamento ocorre
nesse servidor, os programas responsáveis pelo processamento dos dados
Tipos de redes dos arquivos deve estar instalados nos computadores clientes.
Do ponto de vista da maneira com que os dados de uma rede são • Servidor de Impressão: É um servidor responsável por processar
compartilhados podemos classificar as redes em dois tipos básicos: os pedidos de impressão solicitados pelos micros da rede e enviá-
• Ponto-a-ponto: que é usado em redes pequenas; los para as impressoras disponíveis. Fica a cargo do servidor fazer
• Cliente/servidor: que pode ser usado em redes pequenas ou em o gerenciamento das impressões.
redes grandes. • Servidor de Aplicações: É responsável por executar aplicações
do tipo cliente/servidor como, por exemplo, um banco de dados. Ao
Esse tipo de classificação não depende da estrutura física usada pela contrário do servidor de arquivos, esse tipo de servidor faz proces-
rede (forma como está montada), mas sim da maneira com que ela está samento de informações.
configurada em software. • Servidor de Correio Eletrônico: Responsável pelo processamen-
to e pela entrega de mensagens eletrônicas.
Redes Ponto-a-Ponto
Esse é o tipo mais simples de rede que pode ser montada, praticamen- Componentes de uma Rede
te todos os Sistemas Operacionais já vêm com suporte a rede ponto-a- Cliente: Um cliente em uma rede, corresponde a todo computador que
ponto (com exceção do DOS). Nesse tipo de rede, dados e periféricos busca a utilização de recursos compartilhados ou o acesso a informações
podem ser compartilhados sem muita burocracia, qualquer micro pode que encontram-se em pontos centralizados na rede.
facilmente ler e escrever arquivos armazenados em outros micros e tam- Servidor: Um servidor em uma rede corresponde a um computador
bém usar os periféricos instalados em outros PC‘s, mas isso só será possí- que centraliza o oferecimento de recursos compartilhados e que atende as
vel se houver uma configuração correta, que é feita em cada micro. Ou requisições dos computadores clientes desta rede.
seja, não há um micro que tenha o papel de servidor da rede, todos micros Usuário: Corresponde a toda pessoa que utiliza um computador cliente
podem ser um servidor de dados ou periféricos. e que procura acess de uma rede
Administrador: O administrador de uma rede corresponde ao profissi-
Apesar de ser possível carregar programas armazenados em outros onal que que cuida do gerenciamento dos recursos da rede, manutenção,
micros, é preferível que todos os programas estejam instalados individual- segurança etc.
mente em cada micro. Outra característica dessa rede é na impossibilidade Hardware de rede: A placa de redes ou interface corresponde ao dis-
de utilização de servidores de banco de dados, pois não há um controle de positivo que anexado ao computador permite que ele possa ser conectado
sincronismo para acesso aos arquivos. fisicamente a rede.
Modem: É responsável pela modulação e demodulação dos dados, ou
Vantagens e Desvantagens de uma rede Ponto-a-Ponto: seja codifica o sinal de entrada e saída dos dados.
• Usada em redes pequenas (normalmente até 10 micros); Sistema operacionais: Para um computador operar em uma rede, tan-
• Baixo Custo; to no papel cliente, como no servidor, é necessário que o sistema operacio-
• Fácil implementação; nal instalado neste computador possa suportar as operações de comunica-
• Baixa segurança; ção em rede. Todos os sistemas operacionais atuais suportam e reconhe-
• Sistema simples de cabeamento; cem a operação em rede,implementando em suas operações de entrada e
• Micros funcionam normalmente sem estarem conectados a rede; saída, as funções de utilização como clientes e servidores. Temos como
• Micros instalados em um mesmo ambiente de trabalho; exemplo os seguintes sistemas: Windows (9x, XP, NT, 2000 e 2003), Novell
• Não existe um administrador de rede; Netware, Mac OS, Unix e Linux.
• Não existe micros servidores; Protocolo: O protocolo de rede corresponde a um padrão de comuni-
• A rede terá problemas para crescer de tamanho. cação existente em uma rede. Para que dois computadores possam trocar

Conhecimentos Específicos 142 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
informações entre si, é necessário que utilizem o mesmo protocolo de rede. A grande vantagem da rede sem fio é a mobilidade que ela permite aos
Como exemplos de protocolos de rede atuais temos: TCP/IP, IPX/SPX, computadores, particularmente aos notebooks e portáteis de mão (Palmtops
AppleTalk, SNA, NETBEUI. ou PDAs). Um exemplo pode ser dado pelo caso de uma empresa que man-
Topologia: Uma topologia de rede corresponde ao desenho lógico que tém um grande depósito de armazenamento e que necessita que um funcio-
uma rede apresenta. Mostrando principalmente o caminho da comunicação nário possa levar um computador portátil e registrar a quantidade dos itens no
entre os computadores de uma rede. estoque conferindo em cada prateleira. Este computador estaria ligado a rede
da empresa, permitindo ao funcionário consultar os dados no banco de dados
Classificação de redes de computadores de estoque e atualizando esses valores se fosse necessário.
As redes de computadores podem ser classificadas de duas formas:
pela sua dispersão geográfica e pelo seu tipo de topologia de interconexão.
Em relação a dispersão geográfica podemos classifica-las como:
Rede Local - LAN (Local Area Network): que são redes de pequena
dispersão geográfica dos computadores interligados que conectam compu-
tadores numa mesma sala, prédio, ou campus com a finalidade de compar-
tilhar recursos associados aos computadores, ou permitir a comunicação
entre os usuários destes equipamentos.
Rede de Longa Distância -WAN (Wide Area Network): redes que
usam linhas de comunicação das empresas de telecomunicação. É usada
para interligação de computadores localizados em diferentes cidades,
estados ou países. O que é topologia física da rede
Rede Metropolitana - MAN (Metropolitan Area Network): computa- “Topologia física de rede refere-se ao layout físico dos computadores
dores interligados em uma região de uma cidade, chegando, às vezes, a em uma rede”.
interligar até computadores de cidades vizinhas próximas. São usadas para
Os profissionais de rede utilizam esse termo quando querem referir-se
interligação de computadores dispersos numa área geográfica mais ampla,
ao projeto físico da rede, ou a forma como os computadores, e outros
onde não é possível ser interligada usando tecnologia para redes locais.
componentes de rede, ficam dispostos no projeto geral de uma rede.
Podemos fazer interligações entre redes, de forma que uma rede distin-
ta possa se comunicar com uma outra rede. Entre as formas de interliga- A forma de realizar uma tarefa pode tornar um processo mais eficiente.
ções de rede destacamos a Internet, Extranet e Intranet. Computadores conectam-se para compartilharem recursos e promoverem
serviços para toda a rede. A forma de conectar computadores em rede
Internet pode torná-los mais eficientes nas atividades de rede. A topologia de uma
A Internet (conhecida como rede mundial de computadores) é uma in- rede pode afetar o seu desempenho e sua capacidade.
terligação de mais de uma rede local ou remota, na qual é necessário a Montar ou organizar uma rede não é um processo muito simples. De-
existência de um roteador na interface entre duas redes. A transferência de vem-se combinar diferentes tipos de componentes, escolher o sistema
dados ocorre de forma seletiva entre as redes, impedindo assim o tráfego operacional de rede, além de prever como estes componentes estarão
desnecessário nas redes. A Internet tem por finalidade restringir o fluxo das sendo conectados em diferentes tipos de ambientes.
comunicações locais ao âmbito de suas limitações físicas, permitindo o Neste ponto a topologia da rede se mostra crucial, por que define como
acesso a recursos remotos e o acesso de recursos locais por computadores estes componentes estarão sendo interligados em diferentes ambientes e
remotos, quando necessário. situações e em última análise definem como a informação vai se propagar
na rede.
lntranet
A Intranet é uma rede privada localizada numa corporação constituída A topologia física de rede também vai definir a topologia lógica da rede
de uma ou mais redes locais interligadas e pode incluir computadores ou ou, como é mais conhecida, a tecnologia de rede a ser utilizada.
redes remotas. Seu principal objetivo é o compartilhamento interno de Quando usado sozinho, o termo topologia, refere-se a topologia física
informações e recursos de uma companhia, podendo ser usada para facili- da rede.
tar o trabalho em grupo e para permitir teleconferências. o uso de um ou Uma topologia normalmente não corresponde a toda a rede, mas a de-
mais roteadores podem permitir a interação da rede interna com a Internet. senhos básicos encontrados em diversas partes de uma rede e que assim
Ela se utiliza dos protocolos TCP/IP, HTTP e os outros protocolos da Inter- acabam formando o conjunto completo de uma rede que pode acabar
net são usados nas comunicações e é caracterizada pelo uso da tecnologia combinando várias topologias.
WWW dentro de uma rede corporativa. As estruturas básicas de topologia que formam uma rede podem ser:
Barramento - Anel - Estrela - Malha e Sem fio
Extranet
É uma rede privada (corporativa) que usa os protocolos da Internet e
Barramento
os serviços de provedores de telecomunicação para compartilhar parte de
Na topologia de barramento os computadores ficam conectados em um
suas informações com fornecedores, vendedores, parceiros e consumido-
único segmento denominado barramento central ou backbone. Esse seg-
res. Pode ser vista como a parte de uma Intranet que é estendida para
mento conecta todos os computadores daquele segmento em uma única
usuários fora da companhia. Segurança e privacidade são aspectos funda-
linha. Pode ser o caso de que este barramento central do ponto de vista
mentais para permitir o acesso externo, que é realizado normalmente
físico, ser formado de pequenos trechos interligados, mas em termos de
através das interfaces da WWW, com autenticações, criptografias e restri-
transmissão de sinal ser considerado apenas um trecho único.
ções de acesso. Pode ser usado para troca de grandes volumes de dados,
compartilhamento de informações entre vendedores, trabalho cooperativo
entre companhias, etc.

Redes sem fio


A tecnologia hoje, atingiu um grau de disseminação na sociedade que
faz com que esteja presente em todas as áreas de trabalho e também até
nas áreas do entretenimento. Esse crescimento fez com que as pessoas
precisem se conectar em redes em qualquer lugar a qualquer hora. Em
muitas situações é impossível ou mesmo muito custoso montar uma estru-
tura de conexão utilizando cabeamento convencional. É aí que entra a
conexão de redes sem fio. As redes sem fio (ou também conhecidas pelos Comunicação
termos em inglês Wireless e WiFi) correspondem a infra estruturas que Os computadores na topologia de barramento enviam o sinal para o
permitem a conexão de computadores entre si ou a uma rede convencional, backbone que é transmitido em ambas as direções para todos os computa-
utilizando tecnologias de comunicação que dispensam a utilizam de cabos. dores do barramento.

Conhecimentos Específicos 143 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Problemas com o barramento
Anel
Numa topologia em anel os computadores são conectados numa estru-
tura em anel ou um após o outro num circuito fechado. A comunicação é
feita de computador a computador num sentido único (horário) através da
conexão em anel.
Uma característica importante desta topologia é que cada computador
recebe a comunicação do computador anterior e retransmite para o próximo
computador.

Funcionamento
Na topologia de anel a comunicação entre os computadores é feita
através de um processo denominado passagem de token ou bastão. Um
sinal especial denominado Token (bastão) circula pelo anel no sentido
horário e somente quando recebe o token é que um computador transmite
Terminador com defeito ou solto: Se um terminador estiver com defeito, seu sinal. O sinal circula pelo anel até chegar ao destino, passando por
solto, ou mesmo se não estiver presente, os sinais elétricos serão retorna- todos os outros computadores. Só após receber de volta o sinal é que o
dos no cabo fazendo com que os demais computadores não consigam computador libera o token permitindo assim que outro computador possa se
enviar os dados. comunicar.
Rompimento do backbone: Quando ocorre um rompimento no backbo-
ne, as extremidades do ponto de rompimento não estarão terminadas e os Problemas
sinais começarão a retornar no cabo fazendo com que a rede seja desati- O único problema da topologia de anel é a dependência total do anel
vada. Objetos pesados que caíam sobre o cabo podem provocar o seu físico implementado, sendo que se for rompido ou comprometido, a comu-
rompimento. O rompimento às vezes não é visual, ficando interno ao cabo, nicação em todo o anel é interrompida.
dificultando a identificação.

Estrela
Na topologia estrela, os computadores ficam ligados a um ponto central
que tem a função de distribuir o sinal enviado por um dos computadores a
todos os outros ligados a este ponto. Esta topologia é assim chamada, pois
seu desenho lembra uma estrela.

Malha
Na topologia em malha os computadores estariam conectados uns aos
outros diretamente formando um desenho semelhante a uma trama ou
malha.

Funcionamento Funcionamento
O ponto central da topologia estrela pode ser um dispositivo de rede A topologia em malha não é utilizada para conexão de computadores,
denominado Hub ou ainda ser um dispositivo mais complexo tal como uma pois implicaria em múltiplas conexões a partir de cada computador, o que
switch ou roteador. A implementação mais comum encontrada é a que numa grande rede se tornaria inviável. Mas esta topologia pode ser encon-
utiliza um hub como ponto central e cabeamento de par-trançado. trada na conexão de componentes avançados de rede tais como roteado-
No caso de um Hub o sinal enviado é simplesmente redirecionado a res, criando assim rotas alternativas na conexão de redes.
todas as conexões existentes neste Hub, chegando assim a todos os
computadores ligados no Hub. Redes sem fio
Na topologia de estrela, há a necessidade de uma conexão de cabo Na topologia sem fio os computadores são interligados através de um
entre cada computador e o Hub ou outro dispositivo agindo como ponto meio de comunicação que utiliza uma tecnologia sem fio tal como RF (rádio
central. -frequência) ou Infravermelho.

Problemas Funcionamento
Os problemas ou desvantagens da utilização desta topologia podem A comunicação numa topologia sem fio é feita computador a computa-
ser resumidos nos seguintes: dor através do uso de uma frequência comum nos dispositivos em ambos
• Utilização de uma grande quantidade e metragem de cabos. Em os computadores.
grandes instalações de rede será preciso um cabo para conectar Quando um computador entra no raio de alcance do outro computador,
cada computador ao hub. Dependendo da distância que o hub fica cada um passa a enxergar o outro, permitindo assim a comunicação entre
dos computadores, a metragem e a quantidade de cabos, pode se eles.
tornar significativa. Numa rede RF multiponto, existem pontos de conexão denominados
• Perda de Conexão na falha do hub. Se, por qualquer razão, o hub wireless access points - WAP que conectam computadores com dispositi-
for desativado ou falhar, todos os computadores ligados a este hub vos RF (tranceivers) a uma rede convencional. Este sistema é o mais
vão perder a conexão uns com os outros. utilizado em escritórios e também no acesso a Internet em redes metropoli-
tanas.

Conhecimentos Específicos 144 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Problemas segmento da rede. Como o nome sugere, ele repete as informações rece-
O principal problema da topologia sem fio é a segurança da comunica- bidas em sua porta de entrada na sua porta de saída. Isso significa que os
ção. Pelo fato de que a comunicação sem fio pode ser capturada por qual- dados que ele mandar para um micro em um segmento, estes dados esta-
quer receptor sintonizado na mesma frequência da comunicação, torna-se rão disponíveis em todos os segmentos, pois o repetidor é um elemento
necessário que exista um mecanismo adicional de segurança na implemen- que não analisa os quadros de dados para verificar para qual segmento o
tação desta topologia tal como a criptografia da comunicação. quadro é destinado. Assim ele realmente funciona como um “extensor” do
Outro problema também encontrado nas redes sem fio é a interferência cabeamento da rede. É como se todos os segmentos de rede estivessem
proveniente de dois pontos. fisicamente instalados no mesmo segmento.
Outros dispositivos que atuam na mesma banda de espectro.
Obstáculos tais como paredes ou naturais, tal como montes. Hubs
Os Hubs são dispositivos concentradores, responsáveis por centralizar
Equipamentos de rede a distribuição dos quadros de dados em redes fisicamente ligadas em
Placas Adaptadoras de Rede estrelas. Funcionando assim como uma peça central, que recebe os sinais
Para que um computador possa se conectar numa mídia de redes é transmitidos pelas estações e os retransmite para todas as demais. Existem
necessário que exista uma expansão em seu hardware para permitir essa vários tipos de hubs, vejamos:
comunicação. Esta expansão é denominada placa adaptadora de rede e
pode se apresentar de duas formas: � Passivos: O termo “Hub” é um termo muito genérico usado para
• Como uma placa de expansão conectada em um slot vazio do definir qualquer tipo de dispositivo concentrador. Concentradores
computador. de cabos que não possuem qualquer tipo de alimentação elétrica
são chamados hubs passivos funcionando como um espelho, refle-
tindo os sinais recebidos para todas as estações a ele conectadas.
Como ele apenas distribui o sinal, sem fazer qualquer tipo de am-
plificação, o comprimento total dos dois trechos de cabo entre um
micro e outro, passando pelo hub, não pode exceder os 100 me-
tros permitidos pelos cabos de par trançado.
Conector de mídia � Ativos: São hubs que regeneram os sinais que recebem de suas
Baseado na mídia a ser utilizada cada placa adaptadora de rede pode portas antes de enviá-los para todas as portas. Funcionando como
apresentar os seguintes conectores responsáveis para ligar a mídia. repetidores. Na maioria das vezes, quando falamos somente “hub”
• RJ45 – o mais comum utilizado com cabo de par-trançado estamos nos referindo a esse tipo de hub. Enquanto usando um
• BNC – mais antigo, uti Hub passivo o sinal pode trafegar apenas 100 metros somados os
• AUI – utilizado com adaptadores para coaxial ThickNet dois trechos de cabos entre as estações, usando um hub ativo o
• ST/SC – utilizados para fibra óptica sinal pode trafegar por 100 metros até o hub, e após ser retransmi-
tido por ele trafegar mais 100 metros completos.
Padrão
Uma placa adaptadora de rede pode utilizar um dos seguintes padrões � Inteligentes: São hubs que permitem qualquer tipo de monitora-
de rede hoje utilizados: mento. Este tipo de monitoramento, que é feito via software capaz
• Etthenert - o mais utilizado de detectar e se preciso desconectar da rede estações com pro-
• Token Ring – mais antigo – em desuso blemas que prejudiquem o tráfego ou mesmo derrube a rede intei-
• FDDI – utilizado em redes de fibra óptica MAN ra; detectar pontos de congestionamento na rede, fazendo o possí-
• WLAN – redes sem fio vel para normalizar o tráfego; detectar e impedir tentativas de inva-
são ou acesso não autorizado à rede entre outras funções, que va-
Velocidade riam de acordo com a fabricante e o modelo do Hub.
Dentro de cada padrão existem diferentes velocidades de transmissão
como por exemplo no caso de Ethernet: Switches
• GigaBit Ethernet – 1000 Mbits/s O switch é um hub que, em vez de ser um repetidor é uma ponte. Com
• Standard Ethernet – 10 Mbits/s isso, em vez dele replicar os dados recebidos para todas as suas portas,
• Fast Ethernet – 100 Mbits/s ele envia os dados somente para o micro que requisitou os dados através
da análise da Camada de link de dados onde possui o endereço MAC da
Endereço físico placa de rede do micro, dando a ideia assim de que o switch é um hub
Cada placa adaptadora de rede vem com um endereço,já designado no Inteligente, além do fato dos switches trazerem micros processadores
fabricante, que unicamente te de informação pela mídia, a placa adaptadora internos, que garantem ao aparelho um poder de processamento capaz de
de rede identifica esta placa dentro da rede. traçar os melhores caminhos para o trafego dos dados, evitando a colisão
Este endereço é formado internamente como um número de 48 bits e dos pacotes e ainda conseguindo tornar a rede mais confiável e estável.
visualizado externamente como um conjunto de 12 caracteres hexadeci- De maneira geral a função do switch é muito parecida com a de um
mais. bridge, com a exceção que um switch tem mais portas e um melhor desem-
O endereço físico também é denominado endereço MAC e é exclusivo penho, já que manterá o cabeamento da rede livre.
de cada placa adaptadora de rede. Outra vantagem é que mais de uma comunicação pode ser estabeleci-
da simultaneamente, desde que as comunicações não envolvam portas de
Cabeamento de redes origem ou destino que já estejam sendo usadas em outras comunicações.
Quando temos que implementar uma rede de mídia com fio, dizemos
que temos que efetuar cabeamento desta rede. Diferença entre Hubs e Switches
O processo de cabeamento corresponde a conectar todos os computa- Um hub simplesmente retransmite todos os dados que chegam para
dores numa rede utilizando o tipo de cabo correto em cada situação diferen- todas as estações conectadas a ele, como um espelho. Causando o famo-
te que se encontrar. Para a área de redes podemos usar os seguintes tipos so broadcast que causa muito conflitos de pacotes e faz com que a rede
de cabos: fica muito lenta.
• Coaxial O switch ao invés de simplesmente encaminhar os pacotes para todas
• Par – trançado as estações, encaminha apenas para o destinatário correto pois ele identifi-
• Fibra óptica ca as maquinas pelo o MAC addrees que é estático. Isto traz uma vanta-
gem considerável em termos desempenho para redes congestionadas,
Repetidores além de permitir que, em casos de redes, onde são misturadas placas
O repetidor é um dispositivo responsável por ampliar o tamanho máxi- 10/10 e 10/100, as comunicações possam ser feitas na velocidade das
mo do cabeamento da rede. Ele funciona como um amplificador de sinais, placas envolvidas.
regenerando os sinais recebidos e transmitindo esses sinais para outro

Conhecimentos Específicos 145 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Roteadores Utilizando o Backup
Roteadores são pontes que operam na camada de Rede do modelo Você pode utilizar o "Backup" para fazer backup dos arquivos em seu
OSI (camada três), essa camada é produzida não pelos componentes disco rígido. É possível fazer backup dos arquivos em disquetes, em uma
físicos da rede (Endereço MAC das placas de rede, que são valores físicos unidade de fita ou em outro computador de sua rede. Se seus arquivos
e fixos), mais sim pelo protocolo mais usado hoje em dia, o TCP/IP, o originais forem danificados ou perdidos, você poderá restaurá-los a partir do
protocolo IP é o responsável por criar o conteúdo dessa camada. backup.
Isso significa que os roteadores não analisam os quadros físicos que
estão sendo transmitidos, mas sim os datagramas produzidos pelo protoco- Observações
lo que no caso é o TCP/IP, os roteadores são capazes de ler e analisar os o Você pode também iniciar o "Backup" clicando em Iniciar, apon-
datagramas IP contidos nos quadros transmitidos pela rede. tando para Programas, para Acessórios, para Ferramentas de
O papel fundamental do roteador é poder escolher um caminho para o sistema e, em seguida, clicando em Backup.
datagrama chegar até seu destino. Em redes grandes pode haver mais de o Se você não vir o 'Backup' no menu Acessórios, ele não está
um caminho, e o roteador é o elemento responsável por tomar a decisão de instalado. Para saber como instalá-lo, clique em Tópicos relaci-
qual caminho percorrer. Em outras palavras, o roteador é um dispositivo onados.
responsável por interligar redes diferentes, inclusive podendo interligar
redes que possuam arquiteturas diferentes.

O que são protocolos


Pacote é uma estrutura de dados utilizada para que dois computado-
res possam enviar e receber dados em uma rede. Através do modelo OSI,
cada camada relaciona-se com a superior e inferior a ela agregando infor-
mações de controle aos pacotes.
Cada camada do modelo OSI se comunica com a camada adjacente à
sua, ou seja, as camadas de um computador se comunicam com as mes-
mas camadas em um outro computador.
Para que dois computadores possam enviar e receber pacotes e para
que as camadas possam comunicar-se de forma adjacente (no mesmo
nível) é necessário um tipo de software chamado de protocolo.

Mas o que são protocolos?


“Protocolos são padrões que definem a forma de comunicação en-
Para ativar o backup automático em seu computador
tre dois computadores e seus programas”.
1. para exibir a caixa de diálogo Rede.
Protocolos de Mercado
Com o desenvolvimento das redes LAN e WAN, e mais recentemente 2. Na lista de componentes de rede, clique no agente de backup
com o crescimento da Internet, alguns protocolos tornaram-se mais co- que o administrador de rede configurou no servidor (ARCserve
muns. Entre eles pode-se citar: NetBEUI, IPX/SPX e TCP/IP Agent ou Backup Exec Agent) e, em seguida, clique em Pro-
Cada um desses protocolos apresenta características próprias e que priedades.
podem ser utilizados em situações diferentes. 3. Clique em Ativar o backup da rede e, em seguida, complete o
restante da caixa de diálogo.
Endereços de IP
Um host TCP/IP dentro de uma LAN é identificado por um endereço ló- Observações
gico de IP. o Você pode também abrir a caixa de diálogo Rede clicando em
O endereço de IP identifica a localização de um computador na rede da Iniciar, apontando para Configurações, clicando em Painel de
mesma forma que um endereço em uma rua identifica uma casa em uma controle e, em seguida, clicando duas vezes em Rede.
cidade. Assim como um endereço residencial identifica uma única residên- o Antes de ativar o backup automático, será necessário instalar o
cia ou uma casa, um endereço de IP deve ser único em nível global ou agente de backup em seu computador.
mundial e ter um único formato. Um exemplo de endereços TCP/IP seria: Também podemos citar o Winzip, ARJ etc. como uma forma de
192.168.10.1 Backup, tornando assim o trabalho de Backup mais fácil e seguro.

CÓPIAS DE SEGURANÇA (BACKUP). NOÇÕES BÁSICAS DE ARMAZENAMENTO DE


DADOS (PLANILHAS ELETRÔNICAS DO MS
EXCEL 2007/2010).

O que é o Excel?
Excel é um programa de planilhas do sistema Microsoft Office. Você
pode usar o Excel para criar e formatar pastas de trabalho (um conjunto de
planilhas) para analisar dados e tomar decisões de negócios mais bem
informadas. Especificamente, você pode usar o Excel para acompanhar
dados, criar modelos de análise de dados, criar fórmulas para fazer cálculos
desses dados, organizar dinamicamente os dados de várias maneiras e
apresentá-los em diversos tipos de gráficos profissionais.

Cenários comuns de uso do Excel incluem:


Contabilidade Você pode usar os poderosos recursos de cálculo do
Excel em vários demonstrativos de contabilidade financeira; por exemplo,
de fluxo de caixa, de rendimentos ou de lucros e perdas.
Orçamento Independentemente de as suas necessidades serem pes-
soais ou relacionadas a negócios, você pode criar qualquer tipo de orça-

Conhecimentos Específicos 146 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mento no Excel; por exemplo, um plano de orçamento de marketing, um Para uma pasta de trabalho com base em uma existente, clique em
orçamento de evento ou de aposentadoria. Novo a partir de existente, navegue para o local da pasta de trabalho
Cobrança e vendas O Excel também é útil para gerenciar dados de desejada e clique em Criar Novo.
cobrança e vendas, e você pode criar facilmente os formulários de que Para uma pasta de trabalho com base em um modelo, clique em Mode-
precisa; por exemplo, notas fiscais de vendas, guias de remessa ou pedi- los de exemplo ou Meus modelos e selecione o modelo desejado.
dos de compra. Início rápido: inserir dados em uma planilha
Relatórios Você pode criar muitos tipos de relatórios no Excel que refli- Para trabalhar com dados em uma planilha, primeiramente insira esses
tam uma análise ou um resumo de dados; por exemplo, relatórios que dados nas células da planilha. Em seguida, convém ajustar os dados para
medem desempenho de projeto, mostram variação entre resultados reais e torná-los visíveis e exibi-los exatamente da forma como você deseja.
projetados, ou ainda relatórios que você pode usar para previsão de dados. Como?
Planejamento O Excel é uma ótima ferramenta para criar planos pro- 1. Inserir os dados
fissionais ou planejadores úteis; por exemplo, um plano de aula semanal,
de pesquisa de marketing, de imposto para o final do ano, ou ainda plane- Clique em uma célula e, em seguida, digite os dados nessa célula.
jadores que ajudam a organizar refeições semanais, festas ou férias. Pressione ENTER ou TAB para mover para a próxima célula.
Acompanhamento Você pode usar o Excel para acompanhamento de Dica Para inserir dados em uma nova linha de uma célula, insira uma
dados de uma folha de ponto ou de uma lista; por exemplo, uma folha de quebra de linha pressionando ALT+ENTER.
ponto para acompanhar o trabalho, ou uma lista de estoque que mantém o Para inserir uma série de dados, como dias, meses ou números pro-
controle de equipamentos. gressivos, digite o valor inicial em uma célula e, em seguida, na próxima
Usando calendários Por causa de seu espaço de trabalho semelhante célula, digite um valor para estabelecer um padrão.
a grades, o Excel é ideal para criar qualquer tipo de calendário; por exem- Por exemplo, se quiser obter a série 1, 2, 3, 4, 5..., digite 1 e 2 nas du-
plo, um calendário acadêmico para controlar atividades durante o ano as primeiras células.
escolar, um calendário de ano fiscal para acompanhar eventos e etapas Selecione as células que contêm os valores iniciais e, em seguida, ar-
comerciais.
raste a alça de preenchimento por todo o intervalo que você
deseja preencher.
Tarefas básicas do Excel
Dica Para preencher em ordem crescente, arraste para baixo ou para a
Uma das melhores maneiras de saber mais sobre o Excel é abrir o pro- direita. Para preencher em ordem decrescente, arraste para cima ou para a
grama e tentar usar os diversos recursos. Entretanto, se você preferir esquerda.
aprender de uma maneira mais focada ou quiser apenas uma pequena
ajuda para começar, poderá consultar os seguintes artigos de "início rápi-
do". 2. Ajustar configurações
Para quebra automática de linha em uma célula, selecione as células
Início rápido: criar uma pasta de trabalho que você deseja formatar e, na guia Página Inicial, no grupo Alinhamento,
Ao criar uma nova pasta de trabalho, você pode usar um modelo em clique em Quebra Automática de Linha.
branco ou basear a pasta de trabalho em um modelo existente que já
forneça alguns dados, layout e formatação que você deseja usar.
Como?
Clique na guia Arquivo.
1. Isso abrirá o modo de exibição do Microsoft Office Backstage, que
oculta temporariamente a planilha. Para ajustar a largura de coluna e a altura de linha para adaptar auto-
2. Clique em Novo. maticamente o conteúdo de uma célula, selecione as colunas ou linhas
desejadas e, na guia Página Inicial, no grupo Células, clique em Formato.

Em Tamanho da Célula, clique em Ajustar Largura da Coluna Au-


tomaticamente ou Ajustar Altura da Linha Automaticamente.
Dica Para ajustar automaticamente de forma rápida todas as colunas
ou linhas da planilha, clique no botão Selecionar Tudo e, em seguida,
clique duas vezes em qualquer borda entre os dois títulos de coluna ou
linha.

3. Em Modelos Disponíveis, clique no modelo de pasta de trabalho


que você deseja usar. 3. Formatar os dados
Para aplicar formatação numérica, clique na célula que contém os nú-
meros que você deseja formatar e, na guia Página Inicial, no grupo Núme-
ro, clique na seta ao lado de Geral e clique no formato desejado.

Dicas
Para uma pasta de trabalho nova e em branco, clique duas vezes em
Pasta de Trabalho em Branco.

Conhecimentos Específicos 147 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para alterar a fonte, selecione as células que contêm os dados que vo- Na guia Página Inicial, no grupo Fonte, clique na seta ao lado de Cor
cê deseja formatar e, na guia Página Inicial, no grupo Fonte, clique no
formato desejado. de Preenchimento e em Cores do tema ou Cores Padrão, clique na
cor desejada.
Início rápido: formatar números em uma planilha
Aplicando diferentes formatos de número, é possível exibir números
como porcentagens, datas, moedas e assim por diante. Por exemplo, ao
trabalhar no orçamento trimestral, você pode usar o formato de número
Moeda para mostrar valores monetários.
Início rápido: formatar uma planilha
Você pode ajudar a melhorar a legibilidade de uma planilha aplicando
diferentes tipos de formatação. Por exemplo, você pode aplicar bordas e
sombreamento para ajudar a definir as células em uma planilha.
Como?
1. Aplicar bordas à célula
Selecione a célula ou o intervalo de células ao qual deseja adicionar
uma borda.
Dica Para selecionar rapidamente toda a planilha, clique no botão Se-
lecionar Tudo. Como?
1. Selecione as células que você deseja formatar.

Na guia Página Inicial, no grupo Fonte, clique na seta ao lado de Bor-


das e clique no estilo de borda desejado.

2. Na guia Página Inicial, no grupo Número, clique no Iniciador de


Caixa de Diálogo ao lado de Número (ou apenas pressione
CTRL + 1).

Dica O botão Bordas exibe o estilo de borda usado mais recentemen-


te. Você pode clicar no botão Bordas (não na seta) para aplicar esse estilo.

2. Alterar a cor e o alinhamento do texto


Selecione a célula ou o intervalo de células que contém (ou conterá) o 3. Na lista Categoria, clique no formato que deseja usar e ajuste as
texto que você deseja formatar. Você também pode selecionar uma ou mais configurações, se necessário. Por exemplo, ao usar o formato
partes do texto dentro de uma célula e aplicar cores de texto diferentes a Moeda, você pode selecionar um símbolo de moeda diferente,
essas seções. mostrar mais ou menos casas decimais ou alterar a maneira co-
Para alterar a cor de texto nas células selecionadas, na guia Página mo são exibidos os números negativos.

Inicial, no grupo Fonte, clique na seta ao lado de Cor da Fonte e em


Cores do tema ou Cores Padrão, clique na cor que você deseja usar.

Observação Para aplicar uma cor diferente das cores de tema e cores
padrão disponíveis, clique em Mais Cores e defina a cor a ser usada na
guia Padrão ou Personalizada da caixa de diálogo Cores.

Para alterar o alinhamento do texto nas células selecionadas, na guia


Página Inicial, no grupo Alinhamento, clique na opção de alinhamento
desejada.

Para obter mais informações sobre formatos de número, consulte o ar-


tigo sobre Formatos de número disponíveis.
Início rápido: imprimir uma planilha
Por exemplo, para alterar o alinhamento horizontal de conteúdos de cé-
Antes de imprimir uma planilha, convém visualizá-la para verificar se
lula, clique em Alinhar Texto à Esquerda , Centro ou Alinhar o ela está do jeito que você quer. Ao visualizar uma planilha no Microsoft
Excel, ela é aberta no modo de exibição do Microsoft Office Backstage.
Texto à Direita . Nesse modo de exibição, é possível alterar a configuração e o layout da
página antes da impressão.
3. Aplicar sombreamento de célula Como?
Selecione a célula ou o intervalo de células em que você deseja aplicar 1. Visualizar a planilha
o sombreamento. Clique na planilha ou selecione as planilhas que você deseja visualizar.

Conhecimentos Específicos 148 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Clique em Arquivo e depois clique em Imprimir.
Atalho do teclado Você também pode pressionar CTRL+P.
Observação A janela de visualização será exibida em preto e branco,
quer a(s) planilha(s) inclua(am) cores ou não, a menos que a configuração
esteja definida para impressão em uma impressora colorida.
Para visualizar as páginas anteriores e seguintes, na parte inferior da
janela Visualizar Impressão, clique em Próxima Página e Página Anterior.
Observação Próxima Página e Página Anterior estão disponíveis
apenas quando você seleciona mais de uma planilha ou quando uma
planilha contém mais de uma página de dados. Para exibir várias planilhas,
em Configurações, clique em Imprimir Toda a Pasta de Trabalho.

Observação Se uma planilha tiver uma área de impressão definida, o


Excel imprimirá apenas essa área. Se você não quiser imprimir apenas a
área definida, marque a caixa de seleção Ignorar área de impressão.
Início rápido: criar uma tabela do Excel
Para tornar mais fácil o trabalho com dados, você pode organizar os
dados em formato de tabela em uma planilha.

2. Definir opções de impressão


Siga um ou mais destes procedimentos:
Para alterar a impressora, clique na caixa suspensa em Impressora e As tabelas oferecem facilidade de filtragem, além de colunas calcula-
selecione a impressora desejada. das e linhas de total, o que simplifica os cálculos.
Como?
Para fazer alterações na configuração da página, incluindo orientação, 1. Em uma planilha, selecione o intervalo de células que você deseja
tamanho do papel e margens, selecione as opções desejadas em Configu- incluir na tabela. As células podem estar vazias ou podem conter
rações. dados.Na guia Página Inicial do grupo Estilos, clique em Forma-
Para dimensionar a planilha inteira a fim de ajustá-la a uma única pági- tar como Tabela e depois clique no estilo de tabela desejado.
na impressa, em Configurações, clique na opção desejada na caixa sus-
pensa de opções de escala.

Atalho de teclado Você também pode pressionar CTRL+L ou


CTRL+T.Se o intervalo selecionado contiver dados que você deseja exibir
como cabeçalhos da tabela, marque a caixa de seleção Minha tabela tem
cabeçalhos na caixa de diálogo Formatar como Tabela.
Observações
Cabeçalhos de tabela exibirão nomes padrão se você não marcar a
caixa de seleção Minha tabela tem cabeçalhos. É possível alterar os
nomes padrão selecionando o cabeçalho padrão que você deseja substituir
e digitando o texto desejado.
Ao contrário de listas no Microsoft Office Excel 2003, uma tabela não
tem uma linha especial (marcada com *) para a rápida adição de novas
linhas.
Dica Para obter informações sobre como especificar cabeçalhos e ro- Início rápido: filtrar dados usando um filtro automático
dapés, consulte Usar cabeçalhos e rodapés em impressões de planilhas.
Para obter informações sobre como repetir linhas ou colunas específicas A filtragem de informações em uma planilha possibilita encontrar valo-
nas páginas impressas, consulte Repetir linhas ou colunas específicas em res rapidamente. Você pode filtrar uma ou mais colunas de dados. Com a
todas as páginas impressas filtragem, é possível controlar não apenas o que ver, mas também o que
excluir. Você pode filtrar com base nas opções escolhidas em uma lista, ou
criar filtros específicos focados exatamente nos dados desejados.
3. Imprimir uma planilha total ou parcialmente Você pode pesquisar texto e números ao filtrar, usando a caixa de diá-
Siga um destes procedimentos: logo Pesquisar na interface de filtro.
Para imprimir parte de uma planilha, clique na planilha e selecione o in- Durante a filtragem de dados, linhas inteiras serão ocultadas se valores
tervalo de dados que você deseja imprimir. de uma ou mais colunas não atenderem aos critérios de filtragem. Você
Para imprimir a planilha inteira, clique na planilha para ativá-la. pode filtrar valores numéricos ou texto, filtrar por cor, para células que
Clique em Imprimir. tenham formatação de cores aplicada ao plano de fundo ou ao texto dessas
Atalho do teclado Você também pode pressionar CTRL+P. células.
Em Configurações, selecione uma opção para imprimir a seleção, Como?
uma ou mais planilhas ativas ou a pasta de trabalho inteira. 1. Selecione os dados a serem filtrados

Conhecimentos Específicos 149 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Clique em para executar uma classificação crescente (A a Z ou do


número menor para o maior).

Na guia Dados, no grupo Classificar e Filtrar, clique em Filtrar.

Clique em para executar uma classificação decrescente (Z a A ou


do número maior para o menor).
3. Classificar especificando critérios
Você pode escolher as colunas em que deseja classificar clicando no
Clique na seta no cabeçalho da coluna para exibir uma lista na qual comando Classificar no grupo Classificar e Filtrar da guia Dados.
escolher opções de filtro. Selecione uma única célula em qualquer lugar do intervalo que você
Nota Dependendo do tipo de dados na coluna, o Microsoft Excel exibe deseja classificar.
Filtros de Número ou Filtros de Texto na lista. Na guia Dados, no grupo Classificar e Filtrar, clique em Classificar.
2. Filtrar selecionando valores ou pesquisando
A seleção de valores em uma lista e a pesquisa são as maneiras mais
fáceis de filtrar. Ao clicar na seta em uma coluna que tenha a filtragem
ativada, todos os valores dessa coluna são exibidos em uma lista.
A caixa de diálogo Classificar é exibida.
Na lista Classificar por, selecione a primeira coluna que você deseja
classificar.
Na lista Classificar em, selecione Valores, Cor da Célula, Cor da
Fonte ou Ícone de Célula.
Na lista Ordem, selecione a ordem que deseja aplicar à operação de
classificação: crescente ou decrescente, alfabética ou numericamente (isto
é, A a Z ou Z a A para texto ou menor para maior ou maior para menor para
números).
Início rápido: aplicar formatação condicional
Aplicando a formatação condicional aos seus dados, você identifica ra-
pidamente variações em uma faixa de valores com uma visão rápida.

1. Use a caixa de diálogo Pesquisar para inserir texto ou números a


serem pesquisados
2. Marque e desmarque as caixas de seleção para mostrar os valo-
res encontrados na coluna de dados Este gráfico mostra dados de temperatura com formatação condicional
3. Use critérios avançados para encontrar valores que atendam a que usam uma escala de cores para diferenciar valores altos, médios e
condições específicas baixos. O procedimento a seguir usa esses dados.
Para selecionar por valores, na lista, desmarque a caixa de seleção Como?
(Selecionar Tudo). Isso desmarca todas as caixas de seleção. Em segui- 1. Selecione os dados que você deseja formatar condicional-
da, selecione apenas os valores desejados e clique em OK para ver os mente
resultados.
Para pesquisar texto na coluna, digite o texto ou números na caixa de
diálogo Pesquisar. Como opção, use caracteres curinga, como asterisco (*)
ou ponto de interrogação (?). Pressione ENTER para ver os resultados.
Início rápido: classificar dados usando um filtro automático
Ao classificar informações em uma planilha, você pode ver os dados
como desejar e localizar valores rapidamente. Você pode classificar um
Aplique a formatação condicional
intervalo ou uma tabela de dados em uma ou mais colunas de dados; por
exemplo, pode classificar funcionários primeiro por departamento e, em Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique na seta ao lado de
seguida, por sobrenome. Formatação Condicional e, em seguida, clique em Escalas de Cor.
Como?
1. Selecionar os dados que deseja classificar
Selecione um intervalo de dados, como A1:L5 (várias linhas e colunas)
ou C1:C80 (uma única coluna). O intervalo pode incluir títulos que você
criou para identificar colunas ou linhas.

2. Classificar rapidamente
Selecione uma única célula na coluna em que deseja classificar.
Conhecimentos Específicos 150 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Passe o mouse sobre os ícones de escalas de cores para visualizar os 3. Preencha a fórmula
dados com formatação condicional aplicada. Para preencher uma fórmula que usa uma combinação de números, re-
Em uma escala de três cores, a cor superior representa valores mais ferências de célula e operadores, pressione ENTER.
altos, a do meio, valores médios, e a inferior, valores mais baixos. Esse Para preencher uma fórmula que usa uma função, preencha as infor-
exemplo usa a escala de cores Vermelho-Amarelo-Azul. mações requeridas da função e pressione ENTER. Por exemplo, a função
2. Teste a formatação condicional ABS requer um valor numérico — pode ser um número digitado ou uma
Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique na seta ao lado de célula selecionada contendo um número.
Formatação Condicional e teste os estilos disponíveis. Suas fórmulas preenchidas poderão ser semelhantes aos exemplos a
seguir:
Fórmula Descrição

=3+7 Adiciona dois números

=B1+C1+D1 Adiciona os valores em três células

=ABS(-3) Converte um número em seu valor positivo

Início rápido: usar uma função em uma fórmula


Além de digitar fórmulas que executam cálculos matemáticos básicos
— como soma, subtração, multiplicação e divisão — você pode usar uma
vasta biblioteca de funções de planilha internas do Microsoft Excel para
fazer muito mais.

Início rápido: criar uma fórmula


As fórmulas são equações que podem executar cálculos, retornar in-
formações, manipular o conteúdo de outras células, testar condições e
mais. Uma fórmula sempre começa com um sinal de igual (=).
A tabela a seguir mostra alguns exemplos de fórmulas e suas descri-
ções.
Fórmula Descrição

=5+2*3 Adiciona 5 ao produto de 2 vezes 3.

=RAIZ(A1) Usa função RAIZ para retornar a raiz quadrada do valor em A1.

=HOJE() Retorna a data atual.

=SE(A1>0,"M Testa a célula A1 para determinar se ela contém um valor maior


ais","Menos" que 0. Se o resultado do teste for verdadeiro, o texto "Mais"
) aparecerá na célula; se for falso, o texto "Menos" aparecerá.
Como? Você pode usar estas funções para retornar informações, como:
1. Selecione uma célula e comece a digitar Obter a data atual.
Em uma célula, digite o sinal de igual (=) para iniciar a fórmula.2. Pre- Descobrir o número de caracteres em uma célula.
encha o restante da fórmula Manipular texto; por exemplo, converter "olá" em "Olá" ou até em
Siga um destes procedimentos: "OLÁ".
Digite uma combinação de números e operadores; por exemplo, 3+7. Calcular um pagamento de empréstimo.
Use o mouse para selecionar outras células (inserindo um operador en- Testar o conteúdo de duas células para ver qual é a maior ou se são
tre elas). Por exemplo, selecione B1 e, em seguida, digite o sinal de mais idênticas.
(+), selecione C1 e digite +; em seguida, selecione D1. Como?
Digite uma letra para escolher entre uma lista de funções de planilha. 1. Comece a digitar em uma célula
Por exemplo, digitar "a" exibe todas as funções disponíveis que começam Em uma célula, digite o sinal de igual (=) e depois digite uma letra, co-
com a letra "a." mo "a", para ver uma lista de funções disponíveis.
Use a tecla de seta para baixo para percorrer a lista até o final.
Ao percorrer a lista, você verá uma Dica de Tela (uma descrição breve)
para cada função. Por exemplo, a Dica de Tela para a função ABS é "Re-
torna o valor absoluto de um número, um número sem sinal."
2. Escolha uma função e preencha seus argumentos
Na lista, clique duas vezes na função desejada. O Excel insere o nome
da função na célula, seguido por um parêntese de abertura; por exemplo,
=SOMA(.
Digite um ou mais argumentos após o parêntese de abertura, se ne-
cessário. Argumento é uma informação que a função usa. O Excel mostra
que tipo de informação você deve digitar como argumento. Pode ser um
número, texto ou uma referência a outra célula.
Por exemplo, a função ABS requer um número como argumento. A
função MAIÚSCULA (que converte qualquer texto minúsculo em maiúscu-
lo) requer uma cadeia de texto como argumento. A função PI não requer
argumentos, já que simplesmente retorna o valor de pi (3,14159...).

Conhecimentos Específicos 151 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

3. Preencha a fórmula e veja os resultados


Pressione ENTER.
O Excel adiciona o parêntese de fechamento e a célula mostra o resul-
tado da função usada na fórmula. Selecione a célula e olhe na barra de
fórmula para ver a fórmula.

Quando você posiciona o ponteiro do mouse sobre qualquer tipo de


gráfico, uma Dica de tela mostra seu nome.
Para obter mais informações sobre qualquer um dos tipos de gráfico,
consulte Tipos de gráficos disponíveis.
3. Use as Ferramentas de Gráfico para adicionar elementos como
Início rápido: criar gráficos com seus dados
títulos e rótulos de dados e para alterar o design, layout ou forma-
Um gráfico é uma representação visual de seus dados. Usando ele- to de seu gráfico.
mentos como colunas (em um gráfico de colunas) ou linhas (em um gráfico
de linhas), um gráfico exibe uma série de dados numéricos em um formato
gráfico.

Dica Se você não conseguir ver as Ferramentas de Gráfico, clique em


qualquer local dentro do gráfico para ativá-las.

PROVA SIMULADA I

01. Formatar significa:


a) dar forma
O formato gráfico de um gráfico facilita a compreensão de grandes b) transformar o texto em formato carta
quantidades de dados e do relacionamento entre séries de dados diferen- c) transformar o texto em formato ofício
tes. Um gráfico também mostra a visão geral, para que seja possível anali- d) nenhuma das anteriores
sar seus dados e procurar tendências importantes.
Como? 02. A formatação funciona como
1. Selecione os dados que deseja incluir no gráfico. a) enfeite
b) alternativa de programação
c) alternativa de espaçamento
d) nenhuma das anteriores

03. As fontes representam


a) programas do computador
b) as letras apresentadas no texto
c) os arquivos
d) nenhuma das anteriores
Dica Os dados devem ser organizados em linhas e colunas, com rótu- 04. Subscrito significa:
los de linhas à esquerda e rótulos de coluna acima dos dados — o Excel a) utilizar a letra “itálico”
determina automaticamente a melhor maneira de plotar dados no gráfico. b) utilizar a letra “sript”
2. Na guia Inserir, no grupo Gráficos, clique no tipo de gráfico que c) rebaixar o texto
deseja usar e clique em um subtipo de gráfico. d) nenhuma das anteriores

05. Para copiar e remover um texto podemos


a) selecionar o texto e usar Ctrl V – Ctrl C
b) selecionar o texto e usar Ctrl X – Ctrl V
c) selecionar o texto e usar Ctrl – Alt – Insert
d) nenhuma das anteriores

06. A Mediatriz serve para


a) calcular o meio da página
Dica Para ver todos os tipos de gráfico disponíveis, clique em pa- b) calcular o cabeçalho da página
ra iniciar a caixa de diálogo Inserir Gráfico e clique nas setas para rolar c) adicionar espaço extra nas margens para encadernação
entre os tipos de gráfico. d) nenhuma das anteriores

Conhecimentos Específicos 152 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
07. A Orientação define 18 - Os periféricos do computador são as/os:
a) o tamanho da impressão a) Unidade Central de Processamento e Memória de Massa.
b) define se a impressão deve ser feita na horizontal ou vertical b) Dispositivos ou Unidades de Entrada.
c) o tipo de papel a ser usado c) Unidade Central de Processamento e Memória Principal.
d) nenhuma das anteriores d) Unidade de Controle e Unidade de Lógica e Aritmética.
e) Dispositivos ou Unidades de Entrada/Saída
08. O zoom nos permite
a) reduzir ou ampliar a apresentação da tela 19 - A memória principal divide-se basicamente em:
b) negritar todo o texto a) Memória Volátil e Memória de Massa.
c) formar o texto parcialmente b) Memória Magnética e Memória Secundária.
d) nenhuma das anteriores c) Memória RAM e Memória ROM.
d) Memória de Bolha e Memória de Massa.
09. Para salvar um documento em pasta ou disquete devemos clicar e) Memória Alta e Memória Baixa.
a) salvar + o lugar onde salvar
b) salvar como + o lugar onde salvar 20 - São memórias auxiliares:
c) salvar + arquivo + locar onde alvar a) Discos magnéticos e Memória EPROM.
d) nenhuma das anteriores b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas.
c) Memória RAM e Memória ROM.
10. Para criar um novo documento devemos clicar d) Memória de Bolha e Memória Principal.
e) Memória Alta e Memória Baixa.
a) Arquivo + Novo
b) Meus documentos + Arquivo + Novo
21 - São periféricos somente de entrada:
c) Meus documentos + Novo + Arquivo + local
a) Teclado, scanner e leitora de código de barras.
d) Nenhuma das anteriores
b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas.
c) Teclado, vídeo e impressora.
11. A imagem de uma página criada, por uma luz brilhante refletida, d) Discos magnéticos e memória RAM.
medida e quantificada, de cada ponto de uma página original, caracte- e) Scanner, plotter e leitora de cartão perfurado.
riza o princípio de funcionamento de
a) um plotter, somente. 22 - São periféricos somente de saída:
b) um scanner, somente. a) Teclado, scanner e leitora de código de barras.
c) uma impressora laser, somente. b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas.
d) um plotter ou uma impressora laser. c) Vídeo, impressora laser e plotter.
e) um scanner ou uma impressora laser. d) Discos magnéticos e memória RAM.
e) Scanner, plotter e leitora de cartão perfurado.
12. A criação de cópias de segurança para restaurar ou recuperar arqui-
vos perdidos, em casos de defeito no disco rígido do computador, po- 23 - São periféricos magnéticos de entrada/saída:
de ser realizada por programas a) Teclado, scanner e leitora de código de barras.
a) fontes. b) aplicativos. b) Discos rígidos e Fitas Magnéticas.
c) compiladores. d) de editar, copiar e colar. e) de backup. c) Vídeo, impressora laser e plotter.
d) Discos magnéticos e memória RAM.
13. O Acessório do Windows utilizado para desenhar é o e) Scanner, plotter e leitora de cartão perfurado.
a) Paint. b) WordPad.
c) ScanDisk. e) Mídia Player. e) Microsoft Exposition. 24 - Genericamente pode-se classificar os computadores em:
a) Grande porte, minis e mainframes.
14. Os comandos comuns que podem ser usados em qualquer item do b) Minicomputadores e estações de trabalho.
Windows, clicando-se o botão direito do mouse sobre o item desejado, c) Analógicos e microcomputadores.
estão contidos d) Mainframes, minis e microcomputadores.
a) na barra de tarefas. b) na barra de propriedades. e) Transistorizados, digitais e híbridos.
c) no menu Iniciar. d) no menu de atalho.
e) no Windows Explorer. 25 - A definição de um microcomputador é:
a) Equipamento com grande capacidade de memória principal (256
15. A criação de um arquivo, a partir de um documento digitado no Word, Megabytes), vários processadores, alta velocidade de processamento.
é realizado através da caixa de diálogo denominada b) Equipamento usado geralmente em controle de processos, com
a) Novo. potência e capacidade menor que os mainframes.
b) Editar. c) Equipamento baseado em um único processador, com média capaci-
c) Arquivo. dade de armazenamento em disco fixo (10 a 80 Gigabytes), com di-
d) Salvar tudo. mensões reduzidas.
e) Salvar como. d) Equipamento com ou sem unidades de disquetes, com velocidade de
processamento de 10 MIPS.
16. A unidade central do computador é composta de: e) Equipamento com três processadores em paralelo e média
a) Unidade Central de Processamento e Memória de Massa. capacidade de armazenamento em disco fixo.
b) Dispositivos ou Unidades de Entrada.
c) Unidade Central de Processamento e Memória Principal. RESPOSTAS
d) Unidade de Controle e Unidade de Lógica e Aritmética. 01. A 09. B 18. E
e) Periféricos ou Unidades de Entrada/Saída 02. A 10. A 19. C
03. B 11. B 20. B
17. A unidade central de processamento (UCP) é composta de: 04. C 12. E 21. A
a) Unidade Central de Processamento e Memória de Massa. 05. B 13. A 22. C
b) Dispositivos ou Unidades de Entrada. 06. C 14. D 23. B
c) Unidade Central de Processamento e Memória Principal. 07. B 15. E 24. D
d) Unidade de Controle e Unidade de Lógica e Aritmética. 08. A 16. C 25. C
e) Periféricos ou Unidades de Entrada/Saída 17. D

Conhecimentos Específicos 153 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
PROVA SIMULADA II 13) Para iniciar a Agenda, devemos acionar:
a) iniciar, acessórios, programas
01) O que é o Windows e qual a sua finalidade? b) iniciar, programas, aplicativos
a) ambiente gráfico que tem como objetivo facilitar a vida do usuário. c) iniciar, programas, acessórios
b) aplicativo com recursos avançados. d) n.d.a.
c) gerenciador de arquivos que manipula dados e pastas.
d) n.d.a. 14) Porque não podemos desligar o computador, sem antes encerrar uma
sessão:
02) São propriedades do periférico Mouse: a) para não interromper a impressão
a) soltar, formatar, ampliar b) para não perder dados valiosos ou danificar arquivos abertos
b) copiar, direcionar, maximizar. c) para não interromper os vínculos com aplicativos
c) apontar, clicar e arrastar, d) n.d.a.
d) n.d.a.
15) O Paint, o Word Pad, a Agenda e os Jogos são:
03) O botão INICIAR do Windows serve para: a) aplicativos do Windows
a) reduzir e ampliar uma janela b) menus do Windows
b) iniciar o Windows c) janelas do Windows
c) abrir aplicativos, configurar o Windows, abrir documentos, etc. d) n.d.a.
d) n.d.a.
16) O Excel é:
04) Quais os ícones de dimensionamento de janelas: a) planilha eletrônica
a) iniciar, gerenciar e fechar b) processador de texto
b) maximizar, minimizar e restaurar c) filtro
c) abrir, explorar e localizar d) n.d.a.
d) n.d.a.
17) Qual o comando de atalho para abrir um documento no Excel?
05) Para alterar o tamanho de uma janela, basta: a) crtl +a+o
a) clicar em sua borda até que apareça uma seta de duas pontas, arras- b) ctrl+p
tando para os lados ou para o centro c) ctrl+a
b) clicar em seu centro, movimentando-a para os lados d) n.d.a.
c) clicar em sua barra de título e arrastá-la
d) clicar no botão “maximizar” do lado direito da barra de título 18) No Excel o botão abrir encontra-se na:
a) barra de entrada
06) Os comandos dos Windows são geralmente organizados em: b) barra de ferramentas
a) caixas de diálogo c) barra lateral
b) janelas d) n.d.a.
c) menus
d) n.d.a. 19) No Excel o comando CTRL+B é usado para:
a) salvar um arquivo
07) Para alterar a exibição das janelas, deve-se acionar: b) sair do Excel
a) meu computador c) imprimir o documento
b) área de trabalho d) n.d.a.
c) barra de tarefas
d) n.d.a. 20) Para fechar todas as janelas abertas de todas as pastas de trabalho
no Excel o atalho é
08) Uma caixa de diálogo permite:
a) Alt + shift + p
a) acionar um menu
b) Alt + f4
b) abrir um aplicativo Windows
c) Alt +4
c) controlar janelas, formatação de documentos, etc.
c) n.d.a.
d) n.d.a.

09) Para acessar a pasta de um aplicativo, utilizamos: 21) O comando configurar página no Excel serve para:
a) iniciar ou acessórios a) controlar gráficos
b) meu computador ou Windows Explorer b) controlar impressão
c) caixa de entrada ou meu computador c) controlar a aparência das planilhas impressas
d) n.d.a. d) n.d.a.

10) O Windows armazena seus arquivos de programas e de documentos 22) O comando do Excel usado para imprimir um documento é:
em: a) ctrl + p b) ctrl + a c) ctrl + j d) n.d.a.
a) pastas b) janelas c) ícones d) n.d.a.
23) O botão do Excel inserir linha, insere uma nova linha vazia______da
11) Para criar pastas, aciono menu: linha selecionada.
a) arquivo, novo, pasta (menu secundário) a) na frente
b) arquivo, editar, copiar b) ao lado
c) editar, recortar, pasta c) acima
d) n.d.a. d) abaixo

12) O Windows dispõe de um acessório que simula um CD-Player. Qual é 24) O botão do Excel inserir planilha, encontra-se na categoria:
este acessório? a) arquivo
a) WordPad b) editar
b) Paint c) célula
c) FreeCell d) inserir
d) multimídia

Conhecimentos Específicos 154 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
25) No Excel uma fórmula pode conter: 36) O que torna o Word, um software amigável é:
a) janela, referências, operadores, nomes e funções a) a sua auto formatação
b) constantes, referências, guias, nomes e funções b) a facilidade de uso e suas teclas de atalhos
c) constantes, referências, operadores, nomes e funções c) seu padrão de página
d) n.d.a. d) n.d.a.

26) Quais as três maneiras básicas que permitem trocar informações 37) O assistente de resposta serve para:
entre arquivos ou programas no Excel a) configurar página
a) clipboard, vinculando arquivos ou incorporando aplicações b) acrescentar borda
b) localizando, adicionando ou incorporando aplicações c) ajuda durante o trabalho, com dicas, referências, aplicação e respos-
c) clipboard, vinculando redes ou incorporando aplicações tas visuais passo a passo.
d) n.d.a. d) n.d.a.

27) Para que servem as fórmulas no Excel? 38) Alinhar e recuar os parágrafos, para que isto seja leito é necessário o
a) Para substituir dados comando_________ no menu ________
b) automatizar os cálculos em uma planilha a) formatar – layout
c) para gravar em cd-rom o resultado b) formatar – parágrafo
d) n.d.a. c) parágrafo – formatar
d) n.d.a.
28) O Excel salva seu documento com a extensão:
a) cdr 39) O comando de formulário no menu inserir do Word:
b) tif a) insere um campo de formulário
c) xls b) remove um campo de formulário
d) n.d.a. c) oculta um formulário
d) n.d.a.
29) O Word é:
a) uma planilha eletrônica 40) Qual a finalidade do comando cabeçalho e rodapé no menu exibir do
b) um processador de texto Word?
c) um editor de tabelas a) ocultar o texto de rodapé apenas com um tipo de letra
d) n.d.a. b) inserir e modificar o cabeçalho e o rodapé
c) mudar as margens padrões do rodapé da margem superior
30) Para organizar rapidamente todos os documentos abertos na tela, d) n.d.a.
basta escolher ____ todas no menu janela do Word
a) abrir 41) Para aplicar uma borda rapidamente a um parágrafo, escolha o botão
b) fechar ________ na barra de ferramentas formatação.
c) ordenar a) Janela
d) n.d.a. b) Bordas
c) Sombras
31) O comando tela inteira (Menu Exibir) do Word, serve para: d) n.d.a
a) ocultar todos os elementos de tela
b) visualizar a impressão 42) Qual o comando para mudar o tipo de letra de um trabalho no Word?
c) inserir tabela a) comando fonte (menu formatar)
d) n.d.a. b) comando fonte (menu inserir)
c) comando fonte (menu exibir)
32) O modo layout da página no Word, permite visualizar a página como d) n.d.a.
será quando ___.
a) Aberta GABARITO
b) Importada
c) Impressa 1. A 2. C 3. C 4. B
d) n.d.a. 5. D 6. C 7. A 8. C
9. B 10. A 11. A 12. D
33) Para inserir ou incorporar um objeto no Word, usamos o comando 13. C 14. B 15. D 16. A
objeto que se encontra no menu: 17. C 18. B 19. A 20. B
a) inserir 21. C 22. A 23. C 24. D
b) formatar 25. C 26. A 27. B 28. C
c) tabela 29. B 30. C 31. A 32. C
d) n.d.a. 33. A 34. C 35. C 36. B
37. C 38. C 39. A 40. B
34) Para que servem as ferramentas do Word?
41. B 42. A
a) para consertar o programa
b) para manutenção de disco
c) para auxiliar o seu trabalho e fazer com que ele tenha uma aparência
profissional PROVA SIMULADA III
d) n.d.a.
1) Qual a ferramenta para fazer uma cópia de formatos de caractere e
35) Para adicionar ou remover marcadores ou numeração rapidamente, parágrafo no Microsoft Word, depois de selecionado o texto que pos-
clique sobre o botão ______ ou o botão__________ na barra de fer- sui a formatação desejada?
ramentas formatação. a) Colar
a) adicionar; inserir b) Copiar
b) marcadores; inserir c) Colar especial
c) marcadores, numeração d) Pincel
d) n.d.a. e) nda

Conhecimentos Específicos 155 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2) No Word, para se salvar o documento aberto com um nome diferente d) Selecionar/linha no menu Tabela seleciona todas as células da linha
do nome em uso, deve-se utilizar a opção: que contém o ponto de inserção.
a) Alterar Nome do menu Arquivo e) nda
b) Salvar Como do menu Arquivo
c) Alterar Nome do menu Ferramentas 10) Caso o usuário do Microsoft Word deseje inserir uma quebra de
d) Salvar Como do menu Ferramentas página incondicional, deve posicionar o cursor onde deseja inserir a
e) nda quebra da página e, em seguida, pressionar simultaneamente as te-
clas:
3) No editor de textos Word, considere um texto com vários parágrafos e a) Alt e Page Down
sem nenhuma formatação inicial. Após dar um clique triplo sobre b) Ctrl e End
qualquer palavra de um parágrafo qualquer e, em seguida, clicar no c) Alt e End
botão Negrito e, finalmente, no botão Itálico, é correto afirmar que: d) Ctrl e Enter
a) todo o texto ficará com formatação Itálico. e) nda
b) apenas a palavra que recebeu o clique triplo ficará com formatação
Negrito e Itálico 11) Os diferentes tipos de arquivos são representados por extensões. O
c) todo o texto ficará com formatação Negrito e Itálico. Word permite a abertura e o salvamento de vários tipos de arquivos.
d) a palavra que recebeu o clique duplo ficará com formatação Negrito e Assinale a extensão que não é reconhecida pelo Word para abertura
Itálico. de arquivo como documento:
e) nda a) *.dot
b) *.rtf
4) A AutoCorreção do Microsoft Word é um recurso bastante útil durante c) *.bmp
o processo de criação de um documento. Qual das alternativas abaixo d) *.txt
NÃO é verdadeira no que se refere ao uso da AutoCorreção? e) nda
a) A AutoCorreção pode ser utilizada para corrigir erros de ortografia,
mas não pode corrigir erros no uso de maiúsculas. 12) Para que uma palavra seja impressa em negrito no Word:
b) Por meio dela pode-se detectar e corrigir automaticamente erros de a) selecione a palavra dando um clique sobre ela e pressione o botão N;
digitação. b) basta pressionar N;
c) Pode ser usada para inserir texto, elementos gráficos ou símbolos c) coloque o cursor à esquerda da palavra, dê um clique e pressione N e
rapidamente Backspace;
d) Pode ser utilizada para corrigir erros de gramática. d) selecione a palavra dando dois cliques sobre ela e pressione o botão
e) Nda N;
e) nda
5) Marque a alternativa com o conjunto de teclas que, quando seleciona-
das ao mesmo tempo pelo usuário, criam um novo documento no Mi- 13) Sobre o Word, não é correto afirmar que a opção:
crosoft Word: a) Classificar no menu Tabela organiza as informações em listas e linhas
a) CTRL e N b) SHIFT e N selecionadas em ordem alfabética, numérica ou de datas.
c) SHIFT e C d) CTRL e C e) nda b) Propriedades da Tabela no menu Tabela permite ajustar a largura,
altura, alinhamento e outros atributos de linhas e colunas em tabelas.
6) Sobre o MS Word podemos afirmar corretamente que: c) Personalizar no menu Tabela permite personalizar uma tabela já
a) faz correção ortográfica automática existente.
b) através da régua horizontal podemos alterar recuos d) Ocultar linhas de grade no menu Tabela permite exibir ocultar as
c) permite voltar apenas as 20 últimas operações feitas linhas de grade pontilhadas para ajudá-lo a ver em quais células está
d) não podemos criar atalhos de teclado, pois já fazem parte do Word trabalhando.
e) nda e) nda

7) Marque a alternativa INCORRETA sobre a impressão de documentos 14) Quanto às teclas de Atalho utilizadas no Word, podemos afirmar que:
no Microsoft Word: a) CTRL+P imprime automaticamente o documento ativo sem questio-
a) Permite imprimir intervalos de páginas, uma alternativa a imprimir nar.
todas as páginas de um documento. b) Para selecionar o texto todo do documento, deve-se usar CTRL+A
b) Ao imprimir duas cópias de um documento com três páginas estas c) CTRL+B salva o documento do Word na mesma cópia previamente
podem ser impressas nas seguintes sequências: 1,2,3,1,2,3 ou gravada.
1,1,2,2,3,3. d) CTRL+J alinha o texto somente à direita da página.
c) Para imprimir várias cópias de um documento, deve-se pressionar a e) nda
tecla CTRL juntamente com a tecla P para cada cópia desejada.
d) Permite imprimir apenas a página correntemente visualizada, sem 15) O Word não permite salvar os documentos como:
necessidade de outro meio para explicitar qual é essa página. a) somente texto com quebras de linha.
e) nda b) texto MS-DOS com quebras de linha.
c) banco de dados.
8) No Word, para alterar a caixa de um texto selecionado, ou seja, trocar d) HTML
de maiúsculas para minúsculas ou vice-versa, utilizando o teclado, e) nda
deve-se pressionar, em conjunto, as teclas
a) Ctrl e + b) Ctrl e F3 16) No editor de texto Word, considere um texto com vários parágrafos,
c) Shift e F5 d) Shift e F3 e) nda cada um com várias linhas e sem nenhuma formatação inicial. Após
clicar sobre uma palavra de um parágrafo qualquer e, em seguida, cli-
9) Sobre o Word, não é correto afirmar que a opção: car no botão Centralizar, é correto afirmar que:
a) Mesclar células no menu Tabela combina as células selecionadas em a) apenas a linha que contém a palavra que recebeu o clique ficará
uma única célula. Dividir células no menu Tabela divide as células se- centralizada.
lecionadas no número de linhas e colunas informados. b) todo o texto ficará centralizado.
b) Selecionar/coluna no menu Tabela seleciona todas as células da c) apenas a palavra que recebeu o clique ficará centralizada.
coluna que contém o ponto de inserção. d) o parágrafo que contém a palavra que recebeu o clique ficará centrali-
c) Selecionar/tabela no menu Tabela seleciona todas as células da zado.
tabela que contém o ponto de inserção e) nda

Conhecimentos Específicos 156 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
17) Uma das formas de movimentarmos um texto ou objeto é depois de 26 São funções dos menus Inserir e Formatar no Microsoft Word, respec-
selecionarmos o texto ou objeto: tivamente:
a) acionarmos simultaneamente, Ctrl+C, clicar no ponto para onde a) Inserir tabela / Manipular blocos de texto.
iremos copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+V. b) Inserir marcadores / Alterar elementos de texto.
b) acionarmos simultaneamente Ctrl+X, clicar no ponto para onde iremos c) Inserir marcadores / Manipular blocos de texto.
copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+V. d) Inserir símbolos especiais / Alterar elementos de texto.
c) acionarmos simultaneamente Ctrl+V, clicar no ponto para onde iremos
copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+C. Gabarito
d) acionarmos simultaneamente Ctrl+V, clicar no ponto para onde iremos 1 D 14 C
copiar o texto ou objeto e acionarmos simultaneamente Ctrl+X. 2 B 15 C
3 D 16 D
18) Analise as seguintes sentenças sobre o Word 4 A 17 B
1) O modo de exibição de estrutura de tópicos mostra a estrutura do 5 A 18 A
documento. Os recuos e símbolos exibidos nesse modo não afetam a 6 B 19 C
forma como o documento aparece no modo de exibição normal e não 7 C 20 D
são impressos. 8 D 21 A
2) Você pode adicionar uma borda a um ou a todos os lados de cada
9 D 22 B
página de um documento, a páginas de uma seção, somente à primei-
10 D 23 D
ra página ou a todas as páginas, exceto a primeira. Também é possí-
11 C 24 D
vel adicionar bordas de página em vários estilos de linha e cores, bem
como uma grande variedade de bordas de elementos gráficos. 12 D 25 C
13 C 26 D
19) Sobre o Word, não é correto afirmar que a opção:
a) Nova janela no menu Janela cria uma nova janela com o mesmo
conteúdo da janela ativa.
b) Dividir no menu Janela divide a janela ativa em painéis. PROVA SIMULADA IV
c) Lista de janelas no menu Janela permite que tenhamos ativadas
diversas janelas ao mesmo tempo. 1) Analise as seguintes afirmações sobre conceitos de Internet.
d) Lista de janelas no menu Janela lista os arquivos abertos no Word I. A Internet é uma grande rede de computadores, sendo, de fato, a maior
neste momento. de todas.
II. São exemplos de serviços disponíveis na Internet: WWW, FTP, POP,
20) Uma forma de abrir uma janela para alterar o tipo de fonte em um SMTP e HTML.
texto no Word é, após selecioná-lo, clicar no menu III. Podemos conectar um computador à Internet através de um modem
a) Exibir e em Barra de Ferramentas Dial-up ou ADSL (banda larga), ou ainda, através da infra-estrutura de
b) Ferramentas e em Tipos de Fontes TV a cabo ou via satélite.
c) Editar e em Substituir Assinale a alternativa que contém a(s) afirmação(ões) CORRETA(S).
d) Formatar e em Fonte a) Apenas I. b) Apenas I e II.
c) Apenas II. d) Apenas III.
21) Para um usuário que deseja criar estrutura de itens para um determi-
nado texto, a sequência de comandos que permite esse procedimento
é 2) Uma política de segurança é um conjunto de normas, regras e práticas
a) Formatar -- Marcadores e Numeração. que regulam como uma organização gerencia, protege e distribui suas
b) Formatar -- Parágrafo. informações e recursos. Com relação aos mecanismos utilizados para
c) Inserir -- Marcadores e Numeração. promover a segurança de redes de computadores, a criptografia de cha-
d) Inserir -- Parágrafo. ve pública
a) baseia-se na utilização de chaves distintas: uma para codificação (E) e
22) São Modos de Exibição do Microsoft Word , EXCETO: outra para decodificação (D), escolhidas de forma que a derivação de D
a) Normal a partir de E seja, em termos práticos, muito difícil de ser realizada.
b) Padrão b) é um método assimétrico e baseia-se na utilização de uma única chave
c) Layout de Impressão pública para codificar e decodificar a informação, escolhida de forma
d) Layout da Web que a violação dessa chave seja, em termos práticos, muito difícil de ser
realizada.
23) São opções disponíveis apenas no menu Ferramentas: c) baseia-se na definição de duas chaves públicas para codificar e uma
a) Ortografia e Gramática, Quebra e Configurar Página. terceira, também pública, para decodificar a informação, escolhidas de
b) Régua,Colar Classificar. forma que a violação dessas chaves sejam, em termos práticos, muito
c) Abrir, Localizar, Dividir. difícil de ser realizada.
d) Idioma, Mala Direta, Macro. d) é um método simétrico, permitindo que uma mesma chave seja utilizada
para codificar e decodificar a informação, escolhida de forma que a vio-
24) A seleção de texto pelo teclado do PC se faz com as teclas. lação dessa chave seja, em termos práticos, muito difícil de ser realiza-
a) Tab+seta da.
b) Ctrl+s 3) A partir do Microsoft Outlook 2000 (considerando instalação padrão em
c) Alt+Shift português), um usuário pode:
d) Shift+seta I - manter um calendário pessoal para compromissos;
II - enviar e receber mensagens de correio e de fax;
25) É um conjunto de características de formatação que podem ser apli- III - manter um diário das mensagens recebidas e/ou enviadas.
cadas ao texto de seu documento para rapidamente alterar sua apa-
rência. Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):
a) Janela a) I, apenas.
b) Data b) II, apenas.
c) Estilo c) III, apenas.
d) Hora d) I, II e III.

Conhecimentos Específicos 157 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4) São formas de conexão que permitem acesso em banda larga, EXCE- 11) Considerando as afirmações abaixo, assinale a alternativa correta.
TO: a) A Internet é uma rede privada muito comum dentro de uma companhia
a) Wi-Fi b) ADSL. ou organização, sendo que seus programas e aplicativos são voltados
c) Conexão via rádio d) MODEM em linha discada. unicamente para uso interno de seus usuários.
b) O termo intranet significa uma coleção de redes de computadores
5) Novos vírus podem propagar-se através de volumes compartilhados distribuídas em diferentes países e interconectadas por um conjunto de
conectados em rede. Observe a descrição dos procedimentos a seguir roteadores formando uma enorme rede virtual.
sugeridos como formas de minimizar ou evitar a propagação ou o rece- c) Um navegador da Web (ou Web browser) é uma ferramenta de software
bimento dessas ameaças através dos recursos de rede: que possibilita aos usuários acessar recursos na Internet tais como in-
I. Definir os compartilhamentos como somente de leitura. formações de uma página da web. Como exemplo de um navegador da
II. Proteger os compartilhamentos por senha. web, pode-se citar o Internet Explorer da Microsoft.
III. Definir os compartilhamentos como somente alteração. d) URLs (Uniform Resource Locators) são imagens ou porções de textos
IV. Instalar um programa antivírus. muito comuns em páginas Web que, ao serem clicados com um mouse,
O número de procedimentos que podem ser considerados efetivos é: permitem que um arquivo, uma imagem, uma música ou outra página
a) 0 Web seja acessada.
b) 1
c) 2 12) Considere as afirmativas:
d) 3 I. O acesso à Internet é feito através da conexão de um computador a um
provedor de acesso, ou seja, uma empresa que provê acesso à Internet
6) O recurso implementado em alguns roteadores, que traduz um grupo de aos seus clientes através da manutenção de uma infra-estrutura tecno-
endereços IP inválidos para um grupo de endereços IP válidos na Inter- lógica, tanto de hardware quanto de software (linhas telefônicas, compu-
net e vice-versa, permitindo que os computadores tenham acesso à In- tadores, roteadores, páginas, e-mail e outros).
ternet sem que seus endereços sejam propagados (roteados), é conhe- II. World Wide Web ou "WWW" é uma rede mundial de computadores que
cido como: fornece informações para quem se conecta à Internet, através de um
a) NAT; navegador (browser), que descarrega essas informações (chamadas
b) SMTP; "documentos" ou "páginas") de servidores de internet (ou "sites") para a
c) DNS; tela do computador do usuário.
d) NIS; III. Intranet é uma rede corporativa que se utiliza da mesma tecnologia e
infra-estrutura de comunicação de dados da Internet, mas restrita a um
7) A alocação dinâmica de endereços aos clientes de uma rede pode ser mesmo espaço físico de uma empresa.
realizada por um servidor do tipo: Em relação à Internet e à Intranet, é correto o consta APENAS em:
a) SMTP. a) I. b) III.
b) DHCP. c) I e II. d) I e III.
c) WINS.
d) POP3. 13) Uma das atuais e grandes preocupações de segurança é contra as
pragas digitais, ou seja, os vírus. Analise as alternativas abaixo e assina-
8) Assinale a afirmativa correta: le a mais correta:
Com relação aos conceitos básicos de Internet e World Wide Web, é a) Com um ANTI-SPAM atualizado, tenho a proteção adequada.
correto afirmar: b) Com um FIREWALL, tenho a proteção adequada.
a) Algumas organizações usam redes privadas, cujos computadores não c) Com um ANTI-VÍRUS atualizado, tenho a proteção adequada.
são acessíveis por máquinas externas e vice-versa. Essas redes são d) Todas as alternativas estão corretas.
chamadas de Intranets, pois utilizam variações da tecnologia da Internet
e os servidores possuem arquitetura proprietária.
14) Considerando as afirmações abaixo, assinale a alternativa correta.
b) Algumas organizações usam redes privadas, cujos computadores não
a) A Internet é uma rede privada muito comum dentro de uma companhia
são acessíveis por máquinas externas a elas. Essas redes são chama-
ou organização, sendo que seus programas e aplicativos são voltados
das de Internets dedicadas, pois são variações da tecnologia da Internet
unicamente para uso interno de seus usuários.
e os servidores possuem arquitetura proprietária.
b) O termo intranet significa uma coleção de redes de computadores
c) A World Wide Web é apenas uma das inúmeras aplicações centraliza-
distribuídas em diferentes países e interconectadas por um conjunto de
das e proprietárias que utiliza os serviços de comunicação da Internet, roteadores formando uma enorme rede virtual.
logo não poderia operar em outra rede que não a Internet. c) Um navegador da Web (ou Web browser) é uma ferramenta de software
d) A World Wide Web é apenas uma das inúmeras aplicações distribuídas
que possibilita aos usuários acessar recursos na Internet tais como in-
que utiliza os serviços de comunicação da Internet, logo poderia operar formações de uma página da web. Como exemplo de um navegador da
também em outra rede que não a Internet. web, pode-se citar o Internet Explorer da Microsoft.
d) URLs (Uniform Resource Locators) são imagens ou porções de textos
9) Na Internet, plug in significa:
muito comuns em páginas Web que, ao serem clicados com um mouse,
a) um hardware que é reconhecido automaticamente pelo browser.
permitem que um arquivo, uma imagem, uma música ou outra página
b) um software que é acoplado a um aplicativo para ampliar suas funções. Web seja acessada.
c) um hardware que é reconhecido automaticamente pelo sistema operaci-
onal. 15) No Internet Explorer 7.0 há um recurso de navegação que armazena as
d) um link presente em uma página Web. entradas vistas anteriormente e sugere entradas correspondentes para
você em endereços e formulários Web. Este recurso é chamado de:
10) No contexto do Windows Internet Explorer, os “cookies” são: a) Assistente de perfil.
a) as configurações de segurança que você criou para o seu ambiente de b) Cookies.
rede, incluindo todas as proteções de acesso do Internet Explorer; c) Certificados.
b) atualizações de segurança para seu computador que, uma vez por mês, d) AutoCompletar.
são liberadas pelo fabricante do software;
c) os arquivos temporários gerados pelo Internet Explorer, cada vez que 16) Em relação à manipulação de contatos no Outlook Express, é INCOR-
você visita um site. Nesses arquivos ficam armazenadas todas as ima- RETO afirmar:
gens dos sites que você visitou; a) Um único contato pode possuir mais de um endereço de e-mail cadas-
d) pequenos arquivos de texto que alguns sites web colocam em seu trado no mesmo item de contato.
computador para armazenar diversas informações sobre você e seu b) O Outlook Express possui o recurso de autocompletar para nomes e
computador; apelidos de contatos, simultaneamente.

Conhecimentos Específicos 158 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) Mensagens podem ser enviadas para múltiplos contatos, utilizando-se o ___________________________________
separador de ponto-e-vírgula (;) ou utilizando-se os campos “para:”, “cc:”
e “cco:”. ___________________________________
d) Caso o apelido digitado no campo “para:” de uma nova mensagem ___________________________________
possua várias entradas na lista de contatos, a mensagem é enviada pa-
ra todos essas entradas. ___________________________________
___________________________________
17) O componente do Windows que é necessário para a configuração de
uma conexão via linha discada é: _______________________________________________________
a) a discagem automática.
b) o acesso à rede dial-up. _______________________________________________________
c) a conexão direta via cabo. _______________________________________________________
d) o Serviço do Internet Mail.
_______________________________________________________
18) A Internet, além de concentrar uma grande quantidade de informações _______________________________________________________
em servidores destinados a esse fim, possui a função de meio de comu-
nicação. _______________________________________________________
Com relação às diversas maneiras de se comunicar através da Internet,
_______________________________________________________
é correto afirmar que:
a) O e-mail é a única forma de comunicação que permite a duas ou mais _______________________________________________________
pessoas se comunicarem simultaneamente.
b) Para duas ou mais pessoas se comunicarem simultaneamente com o _______________________________________________________
uso do Chat, é obrigatório que nos computadores de todas elas tenha _______________________________________________________
um programa FTP cliente instalado.
c) Ao transferir um arquivo de qualquer servidor FTP na Internet para o _______________________________________________________
computador do usuário utilizando um programa FTP cliente, é obrigató- _______________________________________________________
rio o uso de um gerenciador de correio eletrônico para autenticar e auto-
rizar o acesso. _______________________________________________________
d) Ao inscrever-se em uma lista de discussão, o usuário passa a receber
_______________________________________________________
mensagens de diversas pessoas da lista, sobre o tema central. Ao envi-
ar uma mensagem destinada às pessoas da referida lista, esse mesmo _______________________________________________________
usuário só necessita enviar um único e-mail para a lista, que essa se
encarregará de fazer a distribuição aos seus participantes. _______________________________________________________
_______________________________________________________
19) Cada conta de e-mail tem um endereço único, que é dividido em duas
partes: a primeira é usada para identificar a caixa de correio de um usu- _______________________________________________________
ário, e a segunda é usada para identificar o servidor em que a caixa de
correio reside. Por exemplo, no e-mail bemtivi@passaro.com.br, bemtivi _______________________________________________________
é a primeira parte e passaro.com.br é a segunda parte. Com relação às _______________________________________________________
caixas postais e endereços eletrônicos, é correto afirmar que
a) cada conta de e-mail está associada a um endereço IP único válido na _______________________________________________________
Internet. _______________________________________________________
b) em um servidor de e-mail apenas o e-mail da conta do administrador
deverá estar associado a um endereço IP único válido na Internet. _______________________________________________________
c) o software de e-mail no servidor remetente utiliza a segunda parte para
_______________________________________________________
selecionar o servidor de destino e o software de e-mail no computador
de destino utiliza a primeira parte para identificar a caixa de correio do _______________________________________________________
usuário.
d) se o servidor de e-mail estiver associado a endereço IP 192.168.2.0, o _______________________________________________________
endereço IP do primeiro e-mail deverá ser 192.168.2.1, o do segundo _______________________________________________________
192.168.2.2 e assim sucessivamente.
_______________________________________________________
20) Uma das opções de configuração disponível no Internet Explorer para _______________________________________________________
verificar se há versões mais atualizadas das páginas armazenadas é:
a) a cada intervalo de datas. _______________________________________________________
b) a cada página visitada.
c) quando o Internet Explorer for iniciado pela manhã.
_______________________________________________________
d) quando o Internet Explorer for iniciado à tarde. _______________________________________________________
Gabarito _______________________________________________________

1 D 11 C _______________________________________________________
2 A 12 C _______________________________________________________
3 D 13 D
4 D 14 A _______________________________________________________
5 D 15 D _______________________________________________________
6 A 16 D
7 B 17 B _______________________________________________________
8 D 18 D _______________________________________________________
9 B 19 C
10 D 20 B _______________________________________________________
_______________________________________________________

Conhecimentos Específicos 159 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
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Conhecimentos Específicos 160 A Opção Certa Para a Sua Realização

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