Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUSAM
Agente Administrativo
ÍNDICE
LÍNGUA PORTUGUESA:
Leitura, interpretação e compreensão de texto................................................................................................................................................. 01
Pontuação ......................................................................................................................................................................................................... 42
Classes e emprego de palavras. Morfologia. Vozes do Verbo. Emprego de tempos e modos verbais ........................................................... 18
Sintaxe .............................................................................................................................................................................................................. 36
Crase ................................................................................................................................................................................................................. 41
Fonologia .......................................................................................................................................................................................................... 18
MATEMÁTICA:
Números naturais. Operação no conjunto dos números inteiros e racionais: adição, subtração, multiplicação e divisão. Múltiplos e
divisores de um número inteiro. Máximo Divisor Comum (MDC) e Mínimo Múltiplo Comum (MMC) de um número natural .......................... 01
Porcentagem ..................................................................................................................................................................................................... 19
1 Agente Administrativo
Sistemas de medidas decimais: medidas de comprimento (perímetro), de superfície, de capacidade, de volume e de massa, medidas de
tempo ................................................................................................................................................................................................................ 14
Equações do 1º grau. Sistemas de equações do 1º grau com duas variáveis. Inequações de 1º grau. Resolução de problemas ................. 19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Serviços e rotinas de protocolo, expedição e arquivo. Classificação de documentos e correspondências ..................................................... 01
Qualidade no atendimento ao público. A imagem da instituição, a imagem profissional, sigilo e postura. Formas de tratamento ................. 97
Noções de informática: conceitos básicos de software e hardware. Ambiente Windows XP ou 7................................................................. 109
Conceitos de Internet e intranet. Internet Explorer. Correio eletrônico (webmail) .......................................................................................... 127
2 Agente Administrativo
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
APOSTILAS OPÇÃO
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da TEXTO NARRATIVO
época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen- As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for-
tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar
não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica dos fatos.
da fonte e na identificação do autor. Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de heroína, personagem principal da história.
resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce-
to, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa- O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota-
da. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal
adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por contracena em primeiro plano.
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso- Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não vés do diálogo.
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e Exemplo:
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen- “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
perante os acontecimentos. val a cidade é do povo e de ninguém mais”.
Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po- No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:
dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios
travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o
desenlace ou desfecho. os verbos de locução podem ser omitidos.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente, Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens.
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a Exemplo:
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
resses entre as personagens. que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-
nos sombrios por vir”.
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten-
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho, Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- Exemplo:
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- hora, sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés
cionados ao principal. no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- (José Lins do Rego)
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve- TEXTO DESCRITIVO
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são ex- Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
tensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
narrativo.
Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa- vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, unificada.
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa-
to que aconteceu depois. Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo pouco.
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
espírito. transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente
Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis- através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-
semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên-
que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o
aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri- que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti-
zado por: vo, fenomênico, ela é exata e dimensional.
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das
personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon- personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos,
tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa. pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen-
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra- to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-
tiva que é feito em 1a pessoa. cial e econômico .
- visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê, Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o
aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per- observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama,
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra- para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as
dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa. partes mais típicas desse todo.
Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos
apresentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma
Língua Portuguesa 2 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e Na escrita, o que fazemos é buscar intenções de sermos entendidos e
típicos. desejamos estabelecer um contato verbal com os ouvintes e leitores, e
Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada, que todas as frases ou palavras articuladas produzem significações dotadas de
se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de um intencionalidade, criando assim unidades textuais ou discursivas. Dentro
incêndio, de uma briga, de um naufrágio. deste contexto da escrita, temos que levar em conta que a coerência é de
Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge- relevada importância para a produção textual, pois nela se dará uma se-
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu- quência das ideias e da progressão de argumentos a serem explanadas.
lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É Sendo a argumentação o procedimento que tornará a tese aceitável, a
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer apresentação de argumentos atingirá os seus interlocutores em seus objeti-
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- vos; isto se dará através do convencimento da persuasão. Os mecanismos
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. da coesão e da coerência serão então responsáveis pela unidade da for-
mação textual.
TEXTO DISSERTATIVO
Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- Dentro dos mecanismos coesivos, podem realizar-se em contextos
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques- verbais mais amplos, como por jogos de elipses, por força semântica, por
tão, e pressupõe um exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever recorrências lexicais, por estratégias de substituição de enunciados.
com clareza, coerência e objetividade.
Um mecanismo mais fácil de fazer a comunicação entre as pessoas é a
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir linguagem, quando ela é em forma da escrita e após a leitura, (o que ocorre
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como agora), podemos dizer que há de ter alguém que transmita algo, e outro
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. que o receba. Nesta brincadeira é que entra a formação de argumentos
com o intuito de persuadir para se qualificar a comunicação; nisto, estes
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan- argumentos explanados serão o germe de futuras tentativas da comunica-
do o contexto. ção ser objetiva e dotada de intencionalidade, (ver Linguagem e Persua-
são).
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em:
Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- Sabe-se que a leitura e escrita, ou seja, ler e escrever; não tem em sua
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob- unidade a mono característica da dominação do idioma/língua, e sim o
jetiva da definição do ponto de vista do autor. propósito de executar a interação do meio e cultura de cada indivíduo. As
Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo- relações intertextuais são de grande valia para fazer de um texto uma
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan- alusão à outros textos, isto proporciona que a imersão que os argumentos
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias dão tornem esta produção altamente evocativa.
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de- A paráfrase é também outro recurso bastante utilizado para trazer a um
sencadeia a conclusão. texto um aspecto dinâmico e com intento. Juntamente com a paródia, a
Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia paráfrase utiliza-se de textos já escritos, por alguém, e que tornam-se algo
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in- espetacularmente incrível. A diferença é que muitas vezes a paráfrase não
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para possui a necessidade de persuadir as pessoas com a repetição de argu-
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer mentos, e sim de esquematizar novas formas de textos, sendo estes dife-
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese rentes. A criação de um texto requer bem mais do que simplesmente a
e opinião. junção de palavras a uma frase, requer algo mais que isto. É necessário ter
na escolha das palavras e do vocabulário o cuidado de se requisitá-las,
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é bem como para se adotá-las. Um texto não é totalmente autoexplicativo, daí
a obra ou ação que realmente se praticou. vem a necessidade de que o leitor tenha um emassado em seu histórico
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou uma relação interdiscursiva e intertextual.
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. As metáforas, metonímias, onomatopeias ou figuras de linguagem, en-
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou tram em ação inseridos num texto como um conjunto de estratégias capa-
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje- zes de contribuir para os efeitos persuasivos dele. A ironia também é muito
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a utilizada para causar este efeito, umas de suas características salientes, é
respeito de algo. que a ironia dá ênfase à gozação, além de desvalorizar ideias, valores da
oposição, tudo isto em forma de piada.
O TEXTO ARGUMENTATIVO
Baseado em Adilson Citelli Uma das últimas, porém não menos importantes, formas de persuadir
A linguagem é capaz de criar e representar realidades, sendo caracte- através de argumentos, é a Alusão ("Ler não é apenas reconhecer o dito,
rizada pela identificação de um elemento de constituição de sentidos. Os mais também o não-dito"). Nela, o escritor trabalha com valores, ideias ou
discursos verbais podem ser formados de várias maneiras, para dissertar conceitos pré estabelecidos, sem porém com objetivos de forma clara e
ou argumentar, descrever ou narrar, colocamos em práticas um conjunto de concisa. O que acontece é a formação de um ambiente poético e sugerível,
referências codificadas há muito tempo e dadas como estruturadoras do capaz de evocar nos leitores algo, digamos, uma sensação...
tipo de texto solicitado. Texto Base: CITELLI, Adilson; “O Texto Argumentativo”
São Paulo SP, Editora ..Scipione, 1994 - 6ª edição.
Para se persuadir por meio de muitos recursos da língua é necessário
que um texto possua um caráter argumentativo/descritivo. A construção de
um ponto de vista de alguma pessoa sobre algo, varia de acordo com a sua TIPOLOGIA TEXTUAL
análise e esta dar-se-á a partir do momento em que a compreensão do
conteúdo, ou daquilo que fora tratado seja concretado. A formação discursi- A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles
va é responsável pelo emassamento do conteúdo que se deseja transmitir, verbais e não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia
ou persuadir, e nele teremos a formação do ponto de vista do sujeito, suas intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os
análises das coisas e suas opiniões. Nelas, as opiniões o que fazemos é interlocutores.
soltar concepções que tendem a ser orientadas no meio em que o indivíduo
viva. Vemos que o sujeito lança suas opiniões com o simples e decisivo Esses interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um
intuito de persuadir e fazer suas explanações renderem o convencimento texto escrito, pois nunca escrevemos para nós mesmos, nem mesmo
do ponto de vista de algo/alguém. falamos sozinhos.
A progressão temática ocorre geralmente através de um esquema de Apesar das diferenças existentes entre os métodos de pesquisa destas
temas derivados. Cada argumento pode encerrar um tópico com seus ciências, os textos têm algumas características que são comuns a todas
respectivos comentários. suas variedades: neles predominam, como em todos os textos informativos,
as orações enunciativas de estrutura bimembre e prefere-se a ordem
Estes artigos, em virtude de sua intencionalidade informativa, apresen- sintática canônica (sujeito-verbo-predicado).
tam uma preeminência de orações enunciativas, embora também incluam,
com frequência, orações dubitativas e exortativas devido à sua trama Incluem frases claras, em que não há ambiguidade sintática ou semân-
argumentativa. As primeiras servem para relativizar os alcances e o valor tica, e levam em consideração o significado mais conhecido, mais difundido
da informação de base, o assunto em questão; as últimas, para convencer das palavras.
o leitor a aceitar suas premissas como verdadeiras. No decorrer destes
artigos, opta-se por orações complexas que incluem proposições causais O vocabulário é preciso. Geralmente, estes textos não incluem vocábu-
para as fundamentações, consecutivas para dar ênfase aos efeitos, con- los a que possam ser atribuídos um multiplicidade de significados, isto é,
cessivas e condicionais. evitam os termos polissêmicos e, quando isso não é possível, estabelecem
mediante definições operatórias o significado que deve ser atribuído ao
Para interpretar estes textos, é indispensável captar a postura termo polissêmico nesse contexto.
ideológica do autor, identificar os interesses a que serve e precisar sob que
circunstâncias e com que propósito foi organizada a informação exposta. A Definição
Para cumprir os requisitos desta abordagem, necessitaremos utilizar
estratégias tais como a referência exofórica, a integração crítica dos dados Expande o significado de um termo mediante uma trama descritiva, que
determina de forma clara e precisa as características genéricas e diferenci-
do texto com os recolhidos em outras fontes e a leitura atenta das
ais do objeto ao qual se refere. Essa descrição contém uma configuração
entrelinhas a fim de converter em explícito o que está implícito.
de elementos que se relacionam semanticamente com o termo a definir
Embora todo texto exija para sua interpretação o uso das estratégias através de um processo de sinonímia.
mencionadas, é necessário recorrer a elas quando estivermos frente a um Recordemos a definição clássica de "homem", porque é o exemplo por
texto de trama argumentativa, através do qual o autor procura que o leitor excelência da definição lógica, uma das construções mais generalizadas
aceite ou avalie cenas, ideias ou crenças como verdadeiras ou falsas, dentro deste tipo de texto: O homem é um animal racional. A expansão do
cenas e opiniões como positivas ou negativas. termo "homem" - "animal racional" - apresenta o gênero a que pertence,
A Reportagem "animal", e a diferença específica, "racional": a racionalidade é o traço que
nos permite diferenciar a espécie humana dentro do gênero animal.
É uma variedade do texto jornalístico de trama conversacional que, Usualmente, as definições incluídas nos dicionários, seus portadores
para informar sobre determinado tema, recorre ao testemunho de uma mais qualificados, apresentam os traços essenciais daqueles a que se
figura-chave para o conhecimento deste tópico. referem: Fiscis (do lat. piscis). s.p.m. Astron. Duodécimo e último signo ou
A conversação desenvolve-se entre um jornalista que representa a pu- parte do Zodíaco, de 30° de amplitude, que o Sol percorre aparentemente
blicação e um personagem cuja atividade suscita ou merece despertar a antes de terminar o inverno.
atenção dos leitores. Como podemos observar nessa definição extraída do Dicionário de La
Real Academia Espa1ioJa (RAE, 1982), o significado de um tema base ou
A reportagem inclui uma sumária apresentação do entrevistado, reali- introdução desenvolve-se através de uma descrição que contém seus
zada com recursos descritivos, e, imediatamente, desenvolve o diálogo. As traços mais relevantes, expressa, com frequência, através de orações
perguntas são breves e concisas, à medida que estão orientadas para unimembres, constituídos por construções endocêntricas (em nosso exem-
divulgar as opiniões e ideias do entrevistado e não as do entrevistador. plo temos uma construção endocêntrica substantiva - o núcleo é um subs-
A Entrevista tantivo rodeado de modificadores "duodécimo e último signo ou parte do
Zodíaco, de 30° de amplitude..."), que incorporam maior informação medi-
Da mesma forma que reportagem, configura-se preferentemente medi- ante proposições subordinadas adjetivas: "que o Sol percorre aparentemen-
ante uma trama conversacional, mas combina com frequência este tecido te antes de terminar o inverno".
com fios argumentativos e descritivos. Admite, então, uma maior liberdade,
uma vez que não se ajusta estritamente à fórmula pergunta-resposta, mas As definições contêm, também, informações complementares relacio-
detém-se em comentários e descrições sobre o entrevistado e transcreve nadas, por exemplo, com a ciência ou com a disciplina em cujo léxico se
somente alguns fragmentos do diálogo, indicando com travessões a mu- inclui o termo a definir (Piscis: Astron.); a origem etimológica do vocábulo
dança de interlocutor. É permitido apresentar uma introdução extensa com ("do lat. piscis"); a sua classificação gramatical (s.p.m.), etc.
os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas
podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações Essas informações complementares contêm frequentemente
sobre as declarações do entrevistado. abreviaturas, cujo significado aparece nas primeiras páginas do Dicionário:
Lat., Latim; Astron., Astronomia; s.p.m., substantivo próprio masculino, etc.
Por tratar-se de um texto jornalístico, a entrevista deve necessa-
riamente incluir um tema atual, ou com incidência na atualidade, embora a O tema-base (introdução) e sua expansão descritiva - categorias bási-
conversação possa derivar para outros temas, o que ocasiona que muitas cas da estrutura da definição - distribuem-se espacialmente em blocos, nos
destas entrevistas se ajustem a uma progressão temática linear ou a temas quais diferentes informações costumam ser codificadas através de tipogra-
derivados. fias diferentes (negrito para o vocabulário a definir; itálico para as etimologi-
as, etc.). Os diversos significados aparecem demarcados em bloco median-
te barras paralelas e /ou números.
SESSÃO é o intervalo de tempo que dura uma reunião: 9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do
Assistimos a uma SESSÃO de cinema. Oriente, o falar do Norte.
Reuniram-se em SESSÃO extraordinária. Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
SECÇÃO (ou SEÇÃO) significa parte de um todo, subdivisão: 10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o
Lemos a noticia na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de esportes. Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
Compramos os presentes na SECÇÃO (ou SEÇÃO) de brinquedos.
Escrevem-se com letra inicial minúscula:
HÁ / A 1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,
Na indicação de tempo, emprega-se: nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
HÁ para indicar tempo passado (equivale a faz): ingleses, ave-maria, um havana, etc.
HÁ dois meses que ele não aparece.
Ele chegou da Europa HÁ um ano. 2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando
A para indicar tempo futuro: empregados em sentido geral:
Daqui A dois meses ele aparecerá. São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
Ela voltará daqui A um ano. 3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio
Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
FORMAS VARIANTES
Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer 4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta:
uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos. "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis)
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,
aluguel ou aluguer hem? ou hein?
mirra." (Manuel Bandeira)
alpartaca, alpercata ou alpargata imundície ou imundícia
amídala ou amígdala infarto ou enfarte
assobiar ou assoviar laje ou lajem ACENTUAÇÃO GRÁFICA
assobio ou assovio lantejoula ou lentejoula
azaléa ou azaleia nenê ou nenen ORTOGRAFIA OFICIAL
Por Paula Perin dos Santos
bêbado ou bêbedo nhambu, inhambu ou nambu
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da
bílis ou bile quatorze ou catorze Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
cãibra ou cãimbra surripiar ou surrupiar internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros:
carroçaria ou carroceria taramela ou tramela 2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa
chimpanzé ou chipanzé relampejar, relampear, relampeguear dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência obrigató-
debulhar ou desbulhar ou relampar ria em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo
porcentagem ou percentagem Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que
fleugma ou fleuma falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve
sua implementação.
EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que
uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar
Escrevem-se com letra inicial maiúscula: que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que
1) a primeira palavra de período ou citação. as diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua." subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática.
No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de
letra maiúscula. Leis ou Acordos.
REAVER COBRIR
Presente do indicativo reavemos, reaveis Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem
Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve- Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram
ram Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram
Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, Particípio coberto
reouveram Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir
Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou-
vésseis, reouvessem FALIR
Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, Presente do indicativo falimos, falis
reouverem Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam
O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen- Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram
ta a letra v Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão
Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam
SABER Presente do subjuntivo não há
Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem
Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos, Imperativo afirmativo fali (vós)
soubéreis, souberam Imperativo negativo não há
Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, Gerúndio falindo
soubessem Particípio falido
Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem
MENTIR SUMIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
FUGIR
Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam ADVÉRBIO
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam
IR
Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-
Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão vérbio, exprimindo uma circunstância.
Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam
Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram Os advérbios dividem-se em:
Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão
nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan-
Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam
Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão te, através, defronte, aonde, etc.
Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão 2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve,
Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem
Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem 3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
Gerúndio indo melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.
Particípio ido 4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema-
siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem,
OUVIR
Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem mal, quase, apenas, etc.
Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam 5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efetivamente, etc.
Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
6) NEGAÇÃO: não.
Particípio ouvido
7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,
PEDIR provavelmente, etc.
Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem
Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram
Há Muitas Locuções Adverbiais
Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam
Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra-
Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.
2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite,
POLIR às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de
Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem
repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam
Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam 3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom
grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge-
REMIR ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis-
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.
Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam 4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui-
RIR
na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem 5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam 6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma,
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram etc.
Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão
7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.
Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam
Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam Advérbios Interrogativos
Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?
Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem
Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem Palavras Denotativas
Gerúndio rindo Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te-
Particípio rido rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão,
Conjuga-se como rir: sorrir
situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc.
VIR 1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.
Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm 2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc.
Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham 3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc.
Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram
Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram 4) DE DESIGNAÇÃO - eis.
Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão 5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam 6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.
Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Você lá sabe o que está dizendo, homem...
Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem Mas que olhos lindos!
Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem Veja só que maravilha!
Observação: INTERJEIÇÃO
Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o
chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB, Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem
porém, não consigna esta espécie de conjunção. ser:
- alegria: ahl oh! oba! eh!
Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que, - animação: coragem! avante! eia!
por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc. - admiração: puxa! ih! oh! nossa!
- aplauso: bravo! viva! bis!
Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, por- - desejo: tomara! oxalá!
tanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex- - dor: aí! ui!
to. Assim, a conjunção que pode ser: - silêncio: psiu! silêncio!
1) Aditiva (= e): - suspensão: alto! basta!
Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai. LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo
A nós que não a eles, compete fazê-lo. valor de uma interjeição.
2) Explicativa (= pois, porque): Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam!
Apressemo-nos, que chove. Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!
3) Integrante:
Diga-lhe que não irei.
4) Consecutiva:
Tanto se esforçou que conseguiu vencer. SINTAXE
Não vão a uma festa que não voltem cansados.
Onde estavas, que não te vi? FRASE
5) Comparativa (= do que, como): Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo.
A luz é mais veloz que o som. O tempo está nublado.
Ficou vermelho que nem brasa. Socorro!
Que calor!
CONCORDÂNCIA VERBAL 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-
CASOS GERAIS corda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Que são florestas equatoriais?
O menino chegou. Os meninos chegaram. Quem eram aqueles homens?
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular.
O pessoal ainda não chegou. 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
A turma não gostou disso. a expressão numérica.
Um bando de pássaros pousou na árvore. São oito horas.
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao Hoje são 19 de setembro.
plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Os Estados Unidos são um grande país.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
Os Alpes vivem cobertos de neve. fica no singular.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular. Três batalhões é muito pouco.
Flores já não leva acento. Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
O Amazonas deságua no Atlântico.
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome Maria era as flores da casa.
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen- O homem é cinzas.
temente.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). concorda com o predicativo.
5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o Dançar e cantar é a sua atividade.
sujeito paciente. Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
Vende-se um apartamento.
Vendem-se alguns apartamentos. 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o concorda com o pronome.
verbo para a 3ª pessoa do singular. A ciência, mestres, sois vós.
Precisa-se de funcionários. Em minha turma, o líder sou eu.
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no
singular e o verbo no singular ou no plural. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo,
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) apenas um deles deve ser flexionado.
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural. Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular.
Mais de um jurado fez justiça à minha música.
10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo
no singular. Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição. calmente do outro.
11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e
sujeito. adjetivos).
Deu uma hora. Exemplos:
Deram três horas. - acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM
Bateram cinco horas. EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
Naquele relógio já soaram duas horas. PARA = passagem
12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da A regência verbal trata dos complementos do verbo.
frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito.
Ela é que faz as bolas. ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
Eu é que escrevo os programas. 1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é • pretender (transitivo indireto)
um pronome relativo. No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova. Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
Fui eu que fiz a lição 2. OBEDECER - transitivo indireto
Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí- Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
veis. 3. PAGAR - transitivo direto e indireto
• que: Fui eu que fiz a lição. Já paguei um jantar a você.
• quem: Fui eu quem fez a lição. 4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
• o que: Fui eu o que fez a lição. Já perdoei aos meus inimigos as ofensas.
14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na 5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto
terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a Prefiro Comunicação à Matemática.
este sua impessoalidade. 6. INFORMAR - transitivo direto e indireto.
Chove a cântaros. Ventou muito ontem. Informei-lhe o problema.
Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões.
16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto: • Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “mo-
O amor implica renúncia. da” ou "maneira":
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição Aos domingos, trajava-se à inglesa.
COM: Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo.
O professor implicava com os alunos
• no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi- • Antes da palavra casa, se estiver determinada:
ção EM: Referia-se à Casa Gebara.
Implicou-se na briga e saiu ferido
• Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar.
17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A: Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa).
Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA: • Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo.
Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso. Voltou à terra onde nascera.
Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam 3. Homônimas - quando são escritas ou pronunciadas de modo idêntico
uma cadeia de frase: mas são diferentes quanto ao significado.
• A estrada de ferro Santos – Jundiaí. Os homônimos podem ser:
a) perfeitos - quando possuem a mesma grafia (homógrafos) e a
• A ponte Rio – Niterói. mesma pronúncia (homófonos):
cura (padre) - cura (do v. curar)
• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre. verão (estação) - verão (verbo ver)
são (sadio) - são (verbo ser)
ASPAS b) imperfeitos - quando têm a mesma grafia mas pronúncia diferente
São usadas para: (homógrafos) ou a mesma pronúncia mas grafia diferente (homó-
• Indicar citações textuais de outra autoria. fonos). Exemplos: selo (substantivo) - selo (verbo selar) / ele (pro-
"A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles) nome) - ele (letra)
• Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se 4. Parônimas - quando se assemelham na forma mas têm significados
expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaísmo, formas populares: diferentes.
Há quem goste de “jazz-band”. Exemplos: descriminar (inocentar) - discriminar (distinguir) / discente
Não achei nada "legal" aquela aula de inglês. (relativo a alunos) - docente (relativo a professores)
• Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc. A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a
"Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro. seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.
A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se no
• Em casos de ironia: seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias
A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente. interpretações.
Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão.
Observe os exemplos:
PARÊNTESES Denotação
Empregamos os parênteses: As estrelas do céu.
• Nas indicações bibliográficas. Vesti-me de verde.
"Sede assim qualquer coisa. O fogo do isqueiro.
serena, isenta, fiel".
(Meireles, Cecília, "Flor de Poemas"). Conotação
As estrelas do cinema.
• Nas indicações cênicas dos textos teatrais: O jardim vestiu-se de flores.
"Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos O fogo da paixão.
fora das órbitas. Amália se volta)".
(G. Figueiredo) SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido
• Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória: figurado:
"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-lo, morrendo de Construí um muro de pedra - sentido próprio
fome." Maria tem um coração de pedra – sentido figurado.
(C. Lispector) A água pingava lentamente – sentido próprio.
• Para isolar orações intercaladas:
"Estou certo que eu (se lhe ponho
Minha mão na testa alçada) FIGURAS DE LINGUAGEM
Sou eu para ela."
(M. Bandeira) Consideradas pelos autores clássicos gregos e romanos como inte-
COLCHETES [ ] grantes da arte da retórica, de grande importância literária, as figuras de
Os colchetes são muito empregados na linguagem científica. linguagem contribuem também para a evolução da língua.
Figuras de linguagem são maneiras de falar diferentes do cotidiano
ASTERISCO comum, com o fim de chamar a atenção por meio de expressões mais
O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para vivas. Visa também dar relevo ao valor autônomo do signo linguístico, o que
alguma nota (observação). é característica própria da linguagem literária. As figuras podem ser de
dicção (ou metaplasmos), quando dizem respeito à própria articulação dos
BARRA vocábulos; de palavra (ou tropos), quando envolvem a significação dos
A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas termos empregados; de pensamento, que ocorre todas as vezes que se
abreviaturas. apresenta caprichosamente a linguagem espiritual; ou de construção,
quando é conseguida por meios sintáticos.
A silepse pode ser: de gênero = Vossa Majestade mostrou-se genero- A comunicação verbal se processa da seguinte forma: o emissor envia
so. (V.Majestade = feminino e generoso = masculino); de número = O povo mensagem ao receptor. Para que possa ser compreendida, a mensagem
lhe pediram que ficasse. (o povo = singular e pediram = plural); de pessoa = requer um contexto, isto é, uma situação a que ela se refere; um código
Os brasileiros somos nós.(os brasileiros = 3ª pessoa e somos = 1ª pessoa). pelo menos parcialmente comum entre o emissor e o receptor e, finalmente,
um canal que torne possível a comunicação.
ANTÍTESE = consiste na exposição de uma ideia através de conceitos
ou pensamentos opostos, quer fazendo confrontos, quer associando-os. No ato de comunicação verbal, podemos dar maior ênfase a um fator
Por exemplo: Buscas a vida, e eu a morte; procuras a luz, e eu as trevas. do que a outro. Daí a existência de seis funções da linguagem:
. Emotiva
IRONIA = consiste no uso de uma expressão, pela qual dizemos o con-
. Conativa
trário do que pensamos com intenção sarcástica e entonação apropriada.
Por exemplo: A excelente D. Celeste era mestra na arte de judiar dos . Referencial
alunos. . Fática
. Metalinguística
EUFEMISMO = consiste no uso de uma expressão em sentido figurado . Poética
para suavizar, atenuar uma expressão rude ou desagradável. Por exemplo:
Ficou rico por meios ilícitos (= roubou). A função emotiva centraliza -se no próprio emissor, na primeira pessoa
do discurso, procurando expressar sentimentos e emoções. O uso de
HIPÉRBOLE = consiste em exagerar a realidade, a fim de impressionar interjeições e sinais de pontuação, com o ponto de exclamação e as reti-
o espírito de quem ouve. Por exemplo: Ele se afogava num dilúvio de cências, é característica dessa função da linguagem.
cartas. Ex: meu amor, tem dó!
PROSOPOPEIA = consiste na personificação de coisas e evocação de Ah! morena, tem pena...
deuses ou de mortos. Por exemplo: As estrelas disseram-me: aqui esta- A função conativa centraliza -se no receptor, na segunda pessoa (com
mos. quem está falando), procurando influenciá-lo. O uso do imperativo é a
característica dessa função da linguagem.
ANTONOMÁSIA = substituição de um nome próprio por um nome co-
mum, por uma apelido ou por um título que tornou a pessoa conhecida. Por Os anúncios publicitários, na intenção de convencer o receptor, utilizam
exemplo: O Mártir da Inconfidência (para Tiradentes). em larga a função conativa.
Ex: não deixe a peteca cair.
- É um tumor em forma de pedículo. 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de
- Mas o que é pedículo? flexão de grau.
(A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo.
-...Deixa para lá... de qualquer forma, é bom mesmo você ir tirar esse
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran-
“pólipo”. te as férias.
Dizemos que há metalinguagem quando se utiliza um código para se (C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos.
falar dele próprio. (D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim.
Assim, um filme que discorre sobre o próprio cinema, um poema que (E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.
fala sobre a própria poesia, são exemplos de utilização da metalinguagem.
Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala-
A função poética centraliza -se na própria mensagem. vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
É importante saber que dificilmente você encontrará um texto que ocor- 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
ra apenas uma única função da linguagem. Um mesmo texto pode apresen- estatal ciência e tecnologia.
tar diversas funções da linguagem. Mas sempre haverá uma predominante. (A) à ... sobre o ... do ... para
(B) a ... ao ... do ... para
(C) à ... do ... sobre o ... a
(D) à ... ao ... sobre o ... à
PROVA SIMULADA (E) a ... do ... sobre o ... à
01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras. 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a
(A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer. franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
(B) O chefe deferia da opinião dos subordinados. eles devem estar aptos comercializar seus produtos.
(C) O processo foi julgado em segunda estância. (A) ao ... a ... à
(D) O problema passou despercebido na votação. (B) àquele ... à ... à
(E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio. (C) àquele...à ... a
(D) ao ... à ... à
02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (E) àquele ... a ... a
(A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz.
(B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. 10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a
(C) A colega não se contera diante da situação. norma culta.
(D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. (A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso
(E) Quando você vir estudar, traga seus livros. trarão grandes benefícios às pesquisas.
(B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando
03. O particípio verbal está corretamente empregado em: com o meio ambiente.
(A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol-
(B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. vendo projetos na área médica.
(C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre-
(D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. sentadas pelos economistas.
(E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. (E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no
litoral ou aproveitam férias ali.
Língua Portuguesa 46 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
(A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às respeitam as regras de pontuação.
chuvas. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,
(B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla- que temos uma arrecadação bem maior que a prevista.
mações. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma
(C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada.
cultura. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade
(D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da Policial, confessou sua participação no referido furto.
culpa. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste
(E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó- negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados.
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele- 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-
aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido- te, apenas a:
res. (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
(Texto adaptado) (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi- (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente: (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
(A) seus ... lhes ... los ... lhes Leia o período para responder às questões de números 19 e 20.
(B) delas ... a elas ... lhes ... deles
(C) seus ... nas ... los ... deles O livro de registro do processo que você procurava era o que estava
(D) delas ... a elas ... lhes ... seu sobre o balcão.
(E) seus ... lhes ... eles ... neles
19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem a
(A) processo e livro.
13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo
(B) livro do processo.
com o padrão culto.
(C) processos e processo.
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações.
(D) livro de registro.
(B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente.
(E) registro e processo.
(C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido.
(D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada.
20. Analise as proposições de números I a IV com base no período
(E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris.
acima:
I. há, no período, duas orações;
14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto
II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
direto e indireto em: III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
(A) Apresentou-se agora uma boa ocasião.
IV. de registro é um adjunto adnominal de livro.
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo.
(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa.
Está correto o contido apenas em
(D) A conta, deixamo-la para ser revisada. (A) II e IV.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder.
(B) III e IV.
(C) I, II e III.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo.
(D) I, II e IV.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos
(E) I, III e IV.
respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é:
(A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção.
21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do
(B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho:
(C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção.
I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas;
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção.
(E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura
pelo Juiz;
16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen-
do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração te ao da palavra mas;
de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex-
celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve- Está correto o contido apenas em
rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das (A) II e IV.
Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se (B) III e IV.
programar e participar do referido evento. (C) I, II e III.
Atenciosamente, (D) I, III e IV.
ZZZ (E) II, III e IV.
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-
(A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos to, a alternativa correta é:
(B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos (A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos (B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis.
(D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos (C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais.
(E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos (D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais.
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis.
NÚMEROS NATURAIS. OPERAÇÃO NO CONJUNTO Usaremos o símbolo estrela (* ) quando quisermos indicar que o
DOS NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS: ADIÇÃO, número zero foi excluído de um conjunto.
SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO. MÚLTI-
PLOS E DIVISORES DE UM NÚMERO INTEIRO. MÁ- Exemplo: N * = { 1 ; 2; 3; 4; .. .} ; o zero foi excluído de N.
XIMO DIVISOR COMUM (MDC) E MÍNIMO MÚLTIPLO
Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos indicar que os
COMUM (MMC) DE UM NÚMERO NATURAL.
números negativos foram excluídos de um conjunto.
Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram excluídos de Z.
1. Conjunto dos números naturais
Chamamos de conjunto dos números naturais, e indicamos com lN, o
Usaremos o símbolo menos ( - ) quando quisermos indicar que os
seguinte conjunto:
números positivos foram excluídos de um conjunto.
lN = { 0; 1; 2; 3; 4; ...}
Exemplo: Z- = { ... ; -2; -1; 0 } ; os positivos foram excluídos de Z.
2. Conjunto dos números inteiros Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o símbolo (+) ou com o
Chamamos de conjuntos dos números inteiros, e indicamos com Z, o símbolo (-) .
seguinte conjunto: Exemplos
Z = { ...; -2; -1; 0; 1; 2;...)
a) Z *− = { 1; 2; 3; . .. } ; o zero e os negativos foram excluídos de Z.
3. Conjunto dos números racionais: b) Z *+ = { ... ; -3; -2; -1 }; o zero e os positivos foram excluídos de Z.
Chamamos de conjunto dos números racionais, e indicamos com Q, o
seguinte conjunto:
OPERAÇÕES COM CONJUNTOS
p
Q = x = | p, q ∈ Z e q ≠ 0
q 1. Conceitos primitivos
Antes de mais nada devemos saber que conceitos primitivos são
Observe que os números racionais são aqueles que podem ser escritos noções que adotamos sem definição.
como quocientes de dois inteiros.
Exemplos Adotaremos aqui três conceitos primitivos: o de conjunto, o de elemen-
5 to e o de pertinência de um elemento a um conjunto. Assim, devemos
a) =5; logo 5 ∈ Q entender perfeitamente a frase: determinado elemento pertence a um
1 conjunto, sem que tenhamos definido o que é conjunto, o que é elemento e
2 o que significa dizer que um elemento pertence ou não a um conjunto.
b) = 0,4 ; logo 0,4 ∈ Q
5
2. Notação
15 Normalmente adotamos, na teoria dos conjuntos, a seguinte notação:
c) = 2,5 ; logo 2,5 ∈ Q
6 • os conjuntos são indicados por letras maiúsculas: A, B, C, ... ;
1 • os elementos são indicados por letras minúsculas: a, b, c, x, y, ... ;
d) = 0,333 . . . ; logo 0,333.. . ∈ Q • o fato de um elemento x pertencer a um conjunto C é indicado
3 com x e C;
Observação: Números como 5, 0,4 e 2,5 são números racionais com • o fato de um elemento y não pertencer a um conjunto C é
representação decimal finita, ou seja, podemos escrevê-los, em sua forma indicado mm y t C.
decimal, com um número finito de algarismos. O número 0,333..., por sua
vez, é um número racional com representação decimal infinita e periódica, 3. Representação dos conjuntos
ou seja, só podemos escrevê-lo, em sua forma decimal, com um número Um conjunto pode ser representado de três maneiras:
infinito de algarismos, embora, a partir de um determinado ponto, haja uma • por enumeração de seus elementos;
repetição de algarismos até o fim. • por descrição de uma propriedade característica do conjunto;
Outro exemplo de número, que admite representação decimal infinita e • através de uma representação gráfica.
periódica, é 2,35474747...
Observação Importante Um conjunto é representado por enumeração quando todos os seus
Todos os números que tenham representação decimal finita ou infinita elementos são indicados e colocados dentro de um par de chaves.
e periódica são números racionais, ou seja, pertencem a Q..
1. União de conjuntos
Dados dois conjuntos A e B, chamamos união ou reunião de A com B,
e indicamos com A ∩ B, ao conjunto constituído por todos os elementos Resolução
que pertencem a A ou a B.
Usando os diagramas de Euler-Venn, e representando com hachuras a Se juntarmos, aos 20 elementos de A, os 30 elementos de B,
intersecção dos conjuntos, temos: estaremos considerando os 5 elementos de A n B duas vezes; o que,
1ª) FECHAMENTO
A soma de dois números inteiros é sempre um número inteiro: (-3) +
(+6) = + 3 ∈ Z
2ª) ASSOCIATIVA
Se a, b, c são números inteiros quaisquer, então: a + (b + c) = (a + b) +
Exemplo: {a;b;c;d;e;f} - {b;d;e}= {a;c;f}
c
Exemplo:(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2)
Observação: O conjunto complementar de B em relação a A é formado
(+3) + (-2) = (-1) + (+2)
pelos elementos que faltam para "B chegar a A"; isto é, para B se igualar a
A. +1 = +1
5 Observações:
Exemplo:
1 5 1
2 + +3 = Um círculo dividido em 3 partes iguais indicamos (das três partes ha-
3 12 6 churamos 2).
7 5 19 Quando o numerador é menor que o denominador temos uma fração
+ + = própria. Observe:
3 12 6
28 5 38 Observe:
+ + =
12 12 12
28 + 5 + 38 71
=
12 12
8 9 1
= + − =
12 12 2
17 1
= − =
12 2
17 6
= − =
12 12
11
=
12
3 1 2 3
2)5 − − − 1 + =
2 3 3 4 1 2 3
9 2 5 3 Dizemos que: = =
= 5 − − − + = 2 4 6
6 6 3 4
- Para obter frações equivalentes, devemos multiplicar ou dividir o nu-
7 20 9 merador por mesmo número diferente de zero.
= 5 − − + =
6 12 12 1 2 2 1 3 3
Ex: ⋅ = ou . =
30 7 29 2 2 4 2 3 6
= − − =
6 6 12 Para simplificar frações devemos dividir o numerador e o denominador,
23 29 por um mesmo número diferente de zero.
= − =
6 12
Quando não for mais possível efetuar as divisões dizemos que a fração
46 29 é irredutível.
= − =
12 12
Exemplo:
17
= 18 2 9 3
12 : = = ⇒ Fração Irredutível ou Simplificada
12 2 6 6
3 4 Multiplicação de Frações
Respostas: 1) 2)
4 5
Para multiplicar duas ou mais frações devemos multiplicar os numera-
dores das frações entre si, assim como os seus denominadores.
REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MENOR DENOMINADOR COMUM Exemplo:
1 3 2 3 2 3 6 3
Ex.: e . = x = =
3 4 5 4 5 4 20 10
Numeração: Processo de representação dos números, utilizando-se Toda fração com denominador 10, 100, 1000,...etc, chama-se fração
símbolos e palavras. decimal.
3 4 7
Sistema de numeração: É um sistema de contagem ou um conjunto Ex: , , , etc
de regras para indicarmos os números. 10 100 100
Base de uma contagem: É o número de elementos do agrupamento Escrevendo estas frações na forma decimal temos:
que se faz para contar os elementos do conjunto. 3
= três décimos,
10
Ex.: Quando os palitos de uma caixa de fósforos são contados um a
um, diz-se que foi empregada a base 1. 4
= quatro centésimos
100
Sistema de número decimal
7
Principio da posição decimal:Todo algarismo colocado = sete milésimos
imediatamente à esquerda do outro, representa unidade de ordem, imedia- 1000
Exercícios
1) Transformar as frações em números decimais.
1 4 1
1) 2) 3)
5 5 4
Respostas: 1) 0,2 2) 0,8 3) 0,25
Operações com números decimais
Adição e Subtração 2) Efetuar as operações:
Coloca-se vírgula sob virgula e somam-se ou subtraem-se unidades de 1) 1,6 : 0,4 2) 25,8 : 0,2
mesma ordem. Exemplo 1: 3) 45,6 : 1,23 4) 178 : 4,5-3,4.1/2
5) 235,6 : 1,2 + 5 . 3/4
10 + 0,453 + 2,832
10,000 Respostas: 1) 4 2) 129 3) 35,07
+ 0,453 4) 37,855 5) 200,0833....
2,832
13,285 Multiplicação de um número decimal por 10, 100, 1000
Exemplo 2: Para tornar um número decimal 10, 100, 1000..... vezes maior, desloca-
47,3 - 9,35 se a vírgula para a direita, respectivamente, uma, duas, três, ... casas
47,30 decimais.
9,35 2,75 x 10 = 27,5 6,50 x 100 = 650
37,95 0,125 x 100 = 12,5 2,780 x 1.000 = 2.780
0,060 x 1.000 = 60 0,825 x 1.000 = 825
Exercícios. Efetuar as operações:
1) 0,357 + 4,321 + 31,45 DIVISÃO
2) 114,37 - 93,4 Para dividir os números decimais, procede-se assim:
3) 83,7 + 0,53 - 15, 3 • iguala-se o número de casas decimais;
• suprimem-se as vírgulas;
Respostas: 1) 36,128 2) 20,97 3) 68,93 • efetua-se a divisão como se fossem números inteiros.
Multiplicação com números decimais
Exemplos:
Multiplicam-se dois números decimais como se fossem inteiros e sepa- ♦ 6 : 0,15 = 6,00 0,15
ram-se os resultados a partir da direita, tantas casas decimais quantos 000 40
forem os algarismos decimais dos números dados. Igualam – se as casas decimais.
Cortam-se as vírgulas.
Exemplo: 5,32 x 3,8 1. 7,85 : 5 = 7,85 : 5,00 785 : 500 = 1,57
5,32 → 2 casas, Dividindo 785 por 500 obtém-se quociente 1 e resto 285
x 3,8→ 1 casa após a virgula
______ Como 285 é menor que 500, acrescenta-se uma vírgula ao quociente
4256 e zeros ao resto
1596 + • 2 : 4 0,5
______ Como 2 não é divisível por 4, coloca-se zero e vírgula no quociente e
20,216 → 3 casas após a vírgula zero no dividendo
1 000 100 10 1 0,1 0,01 0,001 Usaremos o símbolo estrela (*) quando quisermos indicar que o
número zero foi excluído de um conjunto.
LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL
Exemplo: N* = { 1; 2; 3; 4; ... }; o zero foi excluído de N.
Procedemos do seguinte modo:
1º) Lemos a parte inteira (como um número natural).
Usaremos o símbolo mais (+) quando quisermos indicar que os
2º) Lemos a parte decimal (como um número natural), acompanhada
números negativos foram excluídos de um conjunto.
de uma das palavras:
• décimos, se houver uma ordem (ou casa) decimal
Exemplo: Z+ = { 0; 1; 2; ... } ; os negativos foram excluídos de Z.
• centésimos, se houver duas ordens decimais;
• milésimos, se houver três ordens decimais. Usaremos o símbolo menos (-) quando quisermos indicar que os
números positivos foram excluídos de um conjunto.
Exemplos:
1) 1,2 Lê-se: "um inteiro e Exemplo: Z − = { . .. ; - 2; - 1; 0 } ; os positivos foram excluídos de Z.
dois décimos".
2) 12,75 Lê-se: "doze inteiros Algumas vezes combinamos o símbolo (*) com o símbolo (+) ou com o
e setenta e cinco símbolo (-).
centésimos". Exemplos
3) 8,309 Lê-se: "oito inteiros e ♦ Z *− = ( 1; 2; 3; ... ) ; o zero e os negativos foram excluídos de Z.
trezentos e nove
milésimos''. ♦ Z *+ = { ... ; - 3; - 2; - 1 } ; o zero e os positivos foram excluídos de Z.
Observações:
1) Quando a parte inteira é zero, apenas a parte decimal é lida. Exercícios propostos:
1. Completar com ∈ ou ∉
Exemplos:
a) 0 N 7 *
g) Q
a) 0,5 - Lê-se: "cinco décimos". b) 0 N* 1 +
c) 7 Z h) 7 Q
b) 0,38 - Lê-se: "trinta e oito centésimos".
d) - 7 Z+
c) 0,421 - Lê-se: "quatrocentos e vinte e um
i) 72 Q
e) – 7 Q−
milésimos". j) 7 R*
1
2) Um número decimal não muda o seu valor se acrescentarmos ou f) Q
7
suprimirmos zeros â direita do último algarismo.
Exemplo: 0,5 = 0,50 = 0,500 = 0,5000 " .......
3) Todo número natural pode ser escrito na forma de número decimal, 2. Completar com ∈ ou ∉
colocando-se a vírgula após o último algarismo e zero (ou zeros) a a) 3 Q d) π Q
sua direita. b) 3,1 Q e) 3,141414... Q
Exemplos: 34 = 34,00... 176 = 176,00... c) 3,14 Q
2.
Símbo km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
a) ∈ c) ∈ e) ∈ lo
b) ∈ d) ∉
Valor1 000 10 000 100 1 m2 0,01 0,000 0,0000
3. 000m2 m2 m2 m2 1 m2 01 m2
a) ⊂ c) ⊄ e) ⊄ Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade
b) ⊄ d) ⊂ de área ê cem vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim,
podemos escrever:
4. 1 km2 = 100 hm2 1m2 = 100 dm2
1 hm2 = 100 dam2 1 dm2 = 100 cm2
1 dam2 = 100 m2 1 cm2 = 100 mm2
MEDIDAS DE VOLUME
Medir um sólido, ou a "quantidade de espaço" ocupada por ele significa
Reta numérica compará-lo com outro sólido tomado como unidade. A medida de um sólido
Uma maneira prática de representar os números reais é através da reta é chamada volume do sólido.
real. Para construí-la, desenhamos uma reta e, sobre ela, escolhemos, a Essa unidade é chamada metro cúbico e é representada por m3. O
nosso gosto, um ponto origem que representará o número zero; a seguir metro cúbico, seus múltiplos e submúltiplos são apresentados no quadro
escolhemos, também a nosso gosto, porém à direita da origem, um ponto seguinte:
para representar a unidade, ou seja, onúmero um. Então, a distância entre Múltiplos Unid Submúltiplos
os pontos mencionados será a unidade de medida e, com base nela, mar- ade
camos, ordenadamente, os números positivos à direita da origem e os quilômetr hectôm decâm metro decím centím milímetro
números negativos à sua esquerda. Nom o etro etro cúbic etro etro cúbico
e cúbico cúbico cúbico o cúbic cúbico
o
SISTEMAS DE MEDIDAS DECIMAIS:
Símb km3 hm3 dam3 m3 cm3 dm3 mm3
MEDIDAS DE COMPRIMENTO (PERÍMETRO), olo
DE SUPERFÍCIE, DE CAPACIDADE, DE VOLUME E
DE MASSA, MEDIDAS DE TEMPO Valor 1 000 000 1 000 1000 1 m3 0,001 0,0000 0,000000
000m3 000m3 m3 m3 01 m3 001 m3
MEDIDAS DE COMPRIMENTO
As medidas lineares de comprimento têm como unidade legal o metro, Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade
representado por m. Assim, medir uma distancia significa compará-la com o
de volume é mil vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
metro e determinar quantas vezes ela o contém.
Assim, podemos escrever:
No quadro abaixo, vemos o metro, seus múltiplos e submúltiplos.
1 km3 = 1000 hm3 1m3 = 1000 dm3
Múltiplos Uni Submúltiplos 1 hm3 = 1000 dam3 1 dm3 = 1000 cm3
dad 1 dam3 = 1000 m3 1 cm3 = 1000 mm3
e
Nome quilô hectôme decâmet met decímet centímet milímetr MEDIDAS DE CAPACIDADE
metro tro ro ro ro ro o A capacidade, por ser um volume, pode ser medida em unidades volu-
Símbo km hm dam m dm cm mm
lo me, já estudadas. Todavia, uma unidade prática - o litro ( l ) – foi definida,
Valor 1000 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m de acordo com a seguinte condição:
m 1 litro = 1 dm3
Observando a quadro apresentado, podemos notar que cada unidade
de comprimento é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior. ou seja, 1 litro equivale ao volume de um cubo de 1 dm de aresta. O
Assim, podemos escrever: litro, seus múltiplos e submúltiplos são apresentados no quadro seguinte:
1 km = 10 hm 1m = 10 dm
1 hm = 10 dam 1 dm = 10 cm Múltiplos Unida Submúltiplos
1 dam = 10 m 1 cm = 10 mm de
MEDIDAS DE SUPERFÍCIE Nome hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro
Medir uma superfície é compará-la com outra superfície tomada como Símbolo hl dal l dl cl ml
unidade. A medida de uma superfície é chamada área da superfície. Valor l l
A unidade legal de medida da área de uma superfície é a área de um 100 10 1l 0,1 l 0,01 l 0,001 l
quadrilátero cujos lados medem 1 metro e que tem a seguinte forma:
1m Observando o quadro apresentado, podemos notar que cada unidade
de capacidade é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior.
1m 1m Assim, podemos escrever:
1 hl = 10 dal 1dal = 10 litros
1 litro = 10 dl 1 dl = 10 cl
1m 1 cl = 10 ml
Essa unidade é chamada metro quadrado e representada por m2 . MEDIDAS DE MASSA
3. PROPORÇÃO INVERSA X Y
Grandezas como tempo de trabalho e número de operários para a =
6 5
mesma tarefa são, em geral, inversamente proporcionais. Veja: Para uma
tarefa que 10 operários executam em 20 dias, devemos esperar que 5 Esse sistema pode ser resolvido, usando as propriedades de
operários a realizem em 40 dias. proporção. Assim:
X + Y
Podemos destacar outros exemplos de grandezas inversamente = Substituindo X + Y por 660,
proporcionais: 6 + 5
660 X 6 ⋅ 660
Velocidade média e tempo de viagem, pois, se você dobrar a veloci- vem = ⇒ X = = 360
11 6 11
dade com que anda, mantendo fixa a distância a ser percorrida, reduzirá o
tempo do percurso pela metade. Como X + Y = 660, então Y = 300
Concluindo, A deve receber $ 360,00 enquanto B, $ 300,00.
Número de torneiras de mesma vazão e tempo para encher um tanque, 4.2 INVERSAMENTE PROPORCIONAL
x 6 1680
6 900
x 60 10 12000 10 ⋅ 33600
= ⇒ x= = 28
x 33600 12000
A resposta à pergunta "Mantendo o mesmo espaço percorrido, se au-
mentarmos a velocidade, o tempo aumentará?" é negativa. Vemos, então, Concluíndo, serão necessárias 28 máquinas.
que as grandezas envolvidas são inversamente proporcionais.
Como a proporção é inversa, será necessário invertermos a ordem dos
termos de uma das colunas, tornando a proporção direta. Assim: Regra de três composta é um processo prático utilizado para
resolver problemas que envolvem mais de duas grandezas propor-
60 cionais.
x 90
FIGURA 4.8
NOTAS:
• Sempre que os dizeres a serem inscritos são extensos, devemos
dar preferência ao gráfico em barras (séries geográficas e
especificas). Porém, se ainda assim preferirmos o gráfico em
colunas, os dizeres deverão ser dispostos de baixo para cima,
Quando representamos, em um mesmo sistema de coordenadas, a nunca ao contrário.
variação de dois fenômenos, a parte interna da figura formada pelos • A ordem a ser observada é a cronológica, se a série for histórica, e
gráficos desses fenômenos é denominada área de excesso: a decrescente, se for geográfica ou categórica.
• A distância entre as colunas (ou barras), por questões estéticas,
não deverá ser menor que a metade nem maior que os dois terços
da largura (ou da altura) dos retângulos.
Exemplo:
2.2. Gráfico em colunas ou em barras BALANÇA COMERCIAL - BRASIL - 1984-88
É a representação de uma série por meio de retângulos, dispostos ver- ESPECIFICAÇÃO VALOR (US$ 1.000.000)
ticalmente (em colunas) ou horizontalmente (em barras). 1984 1985 1986 1987 1988
Quando em colunas, os retângulos têm a mesma base e as alturas são Exportação (FOB) 27.005 25.639 22.348 26.224 33.789
proporcionais aos respectivos dados. Importação 13.916 13.153 14.144 15.052 14.605
Quando em barras, os retângulos têm a mesma altura e os comprimen- FONTE: Ministério da Economia.
tos são proporcionais aos respectivos dados.
Assim estamos assegurando a proporcionalidade entre as áreas dos
retângulos e os dados estatísticos.
Exemplos:
a. Gráfico em colunas
CONSTRUÇÃO DE AERONAVES BRASIL — 1984-89
ANOS UNIDADES
1984 184
1985 171
1986 167
1987 203
1988 199
1989 197
FONTE: EMBRAER
2.4. Gráfico em setores
Este gráfico é construído com base em um círculo, e é empregado
sempre que desejamos ressaltar a participação do dado no total.
O total é representado pelo círculo, que fica dividido em tantos setores
quantas são as partes.
Os setores são tais que suas áreas são respectivamente proporcionais
aos dados da série.
Obtemos cada setor por meio de uma regra de três simples e direta,
FIGURA 4.7 lembrando que o total da série corresponde a 3600
4. CARTOGRAMA
O cartograma é a representação sobre uma carta geográfica.
Este gráfico é empregado quando o objetivo é o de figurar os dados es-
tatísticos diretamente relacionados com áreas geográficas ou políticas.
Distinguimos duas aplicações:
a. Representar dados absolutos (população) — neste caso, lançamos
mão, em geral, dos pontos, em número proporcional aos dados
NOTAS: (Figura 4.12).
• O gráfico em setores só deve ser empregado quando há, no máximo, b. Representar dados relativos (densidade) — neste caso, lançamos
sete dados. mão, em geral, de hachuras (Figura 4.13).
• Se a série já apresenta os dados percentuais, obtemos os
respectivos valores em graus multiplicando o valor percentual por Exemplo:
3,6. Dada a série:
POPULAÇÃO PROJETADA DA REGIÃO SUL DO BRASIL — 1990
3. GRÁFICO POLAR ESTADO POPULAÇÃO(hab) ÁREA(km2) DENSIDADE
É o gráfico ideal para representar séries temporais cíclicas, isto é, séries Paraná 9.137.700 199.324 45,8
temporais que apresentam em seu desenvolvimento determinada periodicida- Santa Catarina 4.461.400 95.318 46,8
de, como, por exemplo, a variação da precipitação pluviométrica ao longo do Rio Grande do Sul 9.163.200 280.674 32,6
ano ou da temperatura ao longo do dia, a arrecadação da Zona Azul durante FONTE: IBGE.
a semana, o consumo de energia elétrica durante o mês ou o ano, o número
de passageiros de uma linha de ônibus ao longo da semana etc. Obtemos os seguintes cartogramas:
O gráfico polar faz uso do sistema de coordenadas polares.
RESOLVA
1. Arredonde cada um dos dados abaixo, deixando-os com apenas uma
casa decimal:
a. 2,38 = 2,4 d. 4,24 = ... g. 6,829 =...
b. 24,65 24,6 e. 328,35 = .... h. 5,550 = ...
c. 0351 = ... f. 2,97 = ... i. 89,99 = ...
- ANGULO RASO
1.3. Compensação É formado por semi-retas opostas.
Suponhamos os dados abaixo, aos quais aplicamos as regras do arredon-
damento:
25,32 25,3
17,85 17,8
10,44 10,4
+ 31,17 + 31,2
84,78 84,8(?)
(84,7)
- ANGULOS SUPLEMENTARES
Verificamos que houve uma pequena discordância: a soma é exatamente
São ângulos que determinam por soma um ângulo raso.
84,7 quando, pelo arredondamento, deveria ser 84,8. Entretanto, para a apre-
sentação dos resultados, é necessário que desapareça tal diferença, o que é
possível pela prática do que denominamos compensação, conservando o
mesmo número de casas decimais.
1.POSTULADOS
A reta é ilimitada; não tem origem nem extremidades.
Na reta existem infinitos pontos.
Dois pontos distintos determinam uma única reta (AB).
2. SEMI-RETA
Um ponto O sobre uma reta divide-a em dois subconjuntos, - ÂNGULO RETO
denominando-se cada um deles semi-reta. Considerando ângulos suplementares e congruentes entre si, diremos
que se trata de ângulos retos.
3. SEGMENTO
Sejam A e B dois pontos distintos sobre a reta AB . Ficam - MEDIDAS
determinadas as semi-retas: 1 reto ↔ 90° (noventa graus)
AB e BA .
1 raso ↔ 2 retos ↔ 180°
1° ↔ 60' (um grau - sessenta minutos)
AB ∩ BA = AB 1' ↔ 60" (um minuto - sessenta segundos)
A intersecção das duas As subdivisões do segundo são: décimos, centésimos etc.
Consequências:
4 ângulos alternos congruentes:
) ) ) )
d ≅ n = 180 0 (alternos a ≅ p (alternos
) ) ) )
c ≅ m = 180 0 internos) b ≅ q externos)
90o = 89o 59’ 60”
5 ângulos colaterais suplementares:
) )
- ÂNGULOS COMPLEMENTARES a + q = 180 o
São ângulos cuja soma é igual a um reto. ) ) (colaterais externos )
b + p = 180 o
) )
d + m = 180 o
) ) (colaterais internos)
c + n = 180 o
- EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
5) Na figura, determine x.
x + 30° = 50° ⇒
x = 20°
- TRIÂNGULOS
- – Ângulos
∆ ABC = AB ∪ BC ∪ CA
AB; BC; CA são os lados
) ) )
A; B; C são ângulos internos
) ) )
A ex ; Bex ; Cex são angulos externos
- - Congruência de triângulos
Dizemos que dois triângulos são congruentes quando os seis
elementos de um forem congruentes com os seis elementos
correspondentes do outro.
) ) )
A + B + C = 180 °
) )
A ≅ A' AB ≅ A' B'
) )
B ≅ B' e BC ≅ B ' C '
) )
C ≅ C ' AC ≅ A' C'
⇔ ∆ABC ≅ ∆A' B' C'
- - Critérios de congruência
LAL: Dois triângulos serão congruentes se possuírem dois lados e
Consequências: o ângulo entre eles congruentes.
) ) LLL: Dois triângulos serão congruentes se possuírem os três
A + A ex = 180° ) ) ) lados respectivamente congruentes.
) ) ) ⇒ Aex = B + C ALA : Dois triângulos serão congruentes se possuírem dois
A + B + C = 180°
ângulos e o lado entre eles congruentes.
LAAO : Dois triângulos serão congruentes se possuírem dois
Analogamente: ângulos e o lado oposto a um deles congruentes.
) ) )
Bex = A + C
) ) ) - - Pontos notáveis do triângulo
C ex = B + A 1 O segmento que une o vértice ao ponto médio do lado oposto é
denominado MEDIANA.
G é o baricentro a + b + c = 13
Propriedade: AG = 2GM a = 2b 3b = 9
BG = 2GN a + b = 9
CG = 2GP
b)
x < 6 + 8 ⇒ x < 14
6 < x + 8 ⇒ x > -2 ⇒ 2 < x < 14
8 < x + 6 ⇒ x > 2
Assim, o maior numero inteiro possível para medir o terceiro lado é 13.
Propriedades:
• Lados opostos congruentes.
)) • Ângulos apostos congruentes.
Sendo ∆ABC isósceles, vem: B ≅ C e portanto: • Diagonais se encontram no ponto médio
) ) ) ) )
B ≅ C = 50° , pois A + B + C = 180 ° . ♦ Retângulo:
"Paralelogramo com um ângulo reto".
Assim, x = 80° + 50° ⇒ x = 130°
- POLIGONOS
O triângulo é um polígono com o menor número de lados possível (n =
3),
De um modo geral dizemos; polígono de n lados.
♦ Losango:
"Paralelogramo com os quatro lados congruentes".
( n = número de dlados n ( n - 3)
= )
2
De 1 vértice saem (n - 3) diagonais.
De n vértices saem n . (n - 3) diagonais; mas, cada uma é considerada
duas vezes.
n ( n - 3)
Logo ; d =
2
- - Soma dos ângulos internos Propriedades:
3. Todas as do paralelogramo.
Si = 180° ( n - 2 ) 4. Diagonais são perpendiculares.
- - Soma dos ângulos externos 5. Diagonais são bissetrizes internas.
Se = 360° ♦ Quadrado:
"Retângulo e losango ao mesmo tempo".
- – Quadriláteros
♦ Trapézio:
"Dois lados paralelos".
AB // DC
SEMELHANÇAS
1. TEOREMA DE THALES
Um feixe de retas paralelas determina sobre um feixe de retas
♦ Paralelogramo: concorrentes segmentos correspondentes proporcionais.
“Lados opostos paralelos dois a dois”.
AB // DC e AD // BC
3. CRITÉRIOS DE SEMELHANÇA 2
ou c =a.m (I)
a) (AA~ ) Dois triângulos possuindo dois ângulos
correspondentes congruentes são semelhantes.
• (LAL~) Dois triângulos, possuindo dois lados proporcionais e
AC HC
∆AHC ~ ∆BAC ⇔ = ⇔
os ângulos entre eles formados congruentes, são b) BC AC
semelhantes.
⇔ AC 2 = BC ⋅ HC
• (LLL) Dois triângulos, possuindo os três lados
proporcionais, são semelhantes. ou 2 (II)
b =a.n
Representação:
) )
A ≅ A'
) ) Cada cateto é média proporcional entre a hipotenusa e a sua
∆ABC ~ ∆A'B'C'⇔ B ≅ B' e projeção sobre a mesma.
) )
C ≅ C'
AH HB
AB BC AC ∆AHB ~ ∆CHA ⇔ = ⇔
= = =k c) CH HA
A'B' B'C' A'C'
⇔ AH 2 = CH ⋅ HB
razão de semelhança
ou h2 = m . n (III)
Exemplo: calcule x
Consequências:
(I) + (II) vem:
c 2 + b 2 = am + an ⇔
Resolução : ⇔ c 2 + b 2 = a (m + n ) ⇔
a
∆ABC ~ ∆MNC ⇔ 2 2 2
⇔ c +b = a
AB AC x 9
= ⇒ = ∴x = 6 4.2 - Teorema de Pitágoras
MN MC 4 6
4. RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
a2 + b2 = c2
Na figura:
O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.
Exemplo:
Na figura, M é ponto médio de BC , Â = 90°
e M̂ = 90°. Sendo AB = 5 e AC = 2, calcule Al.
AB BC • Área do quadrado:
b) ∆ABC ~ ∆MBI ⇔ = ou S 4 = l 24
MB BI
5 29 29 b) Triângulo equilátero:
= ⇔ BI = = 2,9
29 BI 10
2
Logo, sendo AI = AB - BI, teremos:
AI = 5 - 2,9 ⇒ AI = 2,1
AC = l 3 (lado do triângulo)
OA = R (raio do círculo)
OH = a (apótema do triângulo)
Relações:
l3 3
AC2 = AH2 + HC2 ⇒ h=
2
• AO = 2 OH ⇒
(o raio é o dobro do apótema) l3 = R 3
Nas figuras valem as seguintes relações:
δ 2 =PA . PB=PM . PN
(lado em função do raio)
Área:
l 23 3
• S=
4
(área do triângulo equilátero em função do lado)
2 c) Hexágono regular:
o número δ é denominado Potência do ponto
P em relação à circunferência.
δ 2= d2 − R 2
6. POLÍGONOS REGULARES
a) Quadrado:
AB = l 6 (lado do hexágono)
OA = OB = R (raio do círculo)
OM = a (apótema)
Relações:
• ∆ OAB é equilátero ⇒
R 3
a=
d. OM é altura ∆O AB ⇒ 2
2. Área:
S = 6 ⋅ S ∆ABC ⇒ 3R 2 3 1. Pitágoras: a2 = b2 + c2 ⇒
S=
2
⇒ a2 =122 + 92 ⇒ a = 15 cm
5. Retângulo: S=b.h
3. b2 = a . n ⇒ 122 = 15 . n ⇒ n = 9,6 cm
As diagonais de um losango medem 6m e 8m. Calcule o seu
perímetro:
Resolução:
6. Paralelogramo:
S=b.h
7. Triângulo: b⋅h
S= l 2 = 4 2 = 32 ⇒ l = 5 m
2
O perímetro é: P = 4 X 5 m = 20 m
Calcule x na figura:
8. Losango:
D⋅d
S=
2
Resolução:
PA . PB = PM . PN ⇒ 2. ( 2 + x ) = 4 X 10
⇔
4 + 2 x = 40 ⇔ 2 x = 36 ⇔
9. Trapézio:
S =
(B + b )h
2 ⇔ x=18
D = a2 + b2 + c 2 (diagonal)
2. PIRÂMIDES
São sólidos com uma base plana e um vértice fora do plano dessa
base.
Cálculos:
A b = área do polígono da base.
A l = soma das áreas laterais.
A T = A l + 2A b (área total).
1
V= Ab ⋅ h (volume)
V = a3 (volume)
3
A T = a2 3 (área total)
1.2 - PARALELEPÍPEDO RETO RETÂNGULO
a3 2
V=
12 ( volume )
A b = πR 2 ( área da base)
Volume: 4 3
πR
3
3. O suplemento de 36°12'28" é:
a) 140º 27’12” b) 143°47'32"
c) 143°57'42" d) 134°03'03" e) n.d.a.
g2 = h2 + R2
A l = πRg (área lateral) 4. número de diagonais de um polígono convexo de 7 lados é:
2 a) 6 b) 8 c) 14 d) 11 e) 7
A b = πR (área da base)
AT = Al + Ab 5. O polígono que tem o número de lados igual ao número de diagonais é
(área total)
o:
a) quadrado b) pentágono
1 c) hexágono d) de15 lados e) não existe
v= ⋅ Ab ⋅ h (volume)
3 6. O número de diagonais de um polígono convexo é o dobro do número
de vértices do mesmo. Então o número de lados desse polígono é:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 3
2) Com as retas suportes dos lados (AD e BC) não paralelos do trapézio 5) Em um prisma reto, a altura tem 7 m, a base é um triângulo isósceles
ABCD, construímos o ∆ ABE. Sendo AE = 12 cm; AD = 5 cm; BC = 3 cujo perímetro é 5 m e um dos lados tem 3 cm. Calcule o volume.
cm. O valor de BE é:
a) 6,4cm b) 7,2 cm c) 3,8 cm d) 5,2 cm e) 8,2cm 6) Dão-se um prisma quadrangular e outro triangular, ambos regulares, de
mesma altura, 3 m e mesma aresta da base. De quanto se deve
3) O lado AB de um ∆ ABC mede 16 cm. Pelo ponto D pertencente ao aumentar a altura do segundo para se ter o mesmo volume do
lado AB, distante 5 cm de A, constrói-se paralela ao lado BC que primeiro?
1. Um parafuso penetra 3,2 mm a cada 4 voltas. Quantas voltas deverá 9. Uma árvore de 4,2 m de altura projeta no solo urna sombra de 3,6 m.
dar para penetrar 16 mm? No mesmo instante, uma torre projeta urna sombra de 28,80 m. Qual
a) 20 voltas é a altura da torre?
b) 18 voltas a) 33,60
c) 22 voltas b) 28,90
d) 16 voltas
c) 32,00
e) n.d.a.
d) 19,12
e) N.D.A.
2. Sabe-se que 8 kg de café cru dão 6 kg de café torrado. Quantos kg de
10. Para assoalhar urna sala de 80 m2 de área, foram necessários 900
café cru devem ser levados ao forno para obtermos 27 kg de café
tacos de madeira. Quantos tacos iguais a esses seriam necessários
torrado?
para assoalhar urna sala de 60 m2 de área?
a) 36
a) 700
b) 40
b) 800
c) 38 c) 760
d) 26 d) 675
e) n.d.a. e) n.d.a.
3. 40 pintores pintam um edifício em 10 dias. Querendo fazer o mesmo 11. Uma torneira despeja 40 litros de água em 5 minutos. Em quanto
serviço em 8 dias, quantos pintores seriam necessários? tempo esta torneira encheria um reservatório de 2 m3 de capacidade?
a) 50 a) 230min
b) 48 b) 220 min
c) 60 c) 250 min
d) 62 d) 242 min
e) n.d.a. e) n.d.a.
4. 8 máquinas produzem 600 peças de metal por hora. Quantas 12. Uma vara de bambu de 1,5 m de altura projeta no solo uma sombra
máquinas idênticas às primeiras são necessárias para produzir 1 500 de 1 m. Quanto medirá a sombra projetada no mesmo instante por um
peças de metal por hora? prédio de 18 m de altura?
a) 30 a) 13 m
b) 25 b) 12 m
c) 40 c) 10,5 m
d) 20 d) 14,2 m
e) n.d.a. e) n.d.a.
17. Com certa quantidade de arame, constrói-se uma tela de 20 m de 26. Um quadro de futebol disputa 16 partidas, vencendo 10 e empatando
comprimento por 3 m de largura. Diminuindo-se a largura em 1,80 m, 2. Pede-se : 1º) a taxa de vitórias em relação ao número de partidas
qual seria o comprimento de outra tela fabricada com a mesma disputadas; 2º) a taxa de empates em relação ao número de partidas
quantidade de arame? disputadas.
a) 48 m a) 62,5 e 12,5
b) 50m b) 61,0 e 11,9
c) 52 m c) 63,1 e 13,3
d) 54 m d) 62,1 e 11,9
e) n.d.a. e) n.d.a.
18. Para azulejar uma parede de 15 m2 de área foram usados 300 27. Em 1980, a população de uma cidade era de 60 000 habitantes. Em
azulejos. Quantos azulejos iguais a esses seriam usados para 1981, a população da mesma cidade é de 61920 habitantes. Qual foi
azulejar uma parede retangular de 8 m por 3 m? a taxa de crescimento populacional em relação à de 1980?
a) 479 a) 4,1
b) 500 b) 3,1
c) 566 c) 3,2
d) 480 d) 1,9
e) n.d.a. e) n.d.a.
19. A velocidade de um automóvel é de 72 km/h. Qual seria a sua 28. Dos 15.000 candidatos que inscreveram-se para o vestibular na
velocidade em m/s? PUC.SP. Foram aprovados 9600. Qual a taxa de aprovação?
a) 22 a) 67
b) 18 b) 71
c) 32 c) 66
d) 20 d) 64
e) n.d.a. e) n.d.a.
29. Em dezembro de 1996, o preço da gasolina passou de R$ 0,45 para
20. Um terreno retangular tem 10 m de frente por 40 m de lateral. Se R$ 0,51 o litro. De quanto % foi o aumento?
diminuirmos 2 m da frente do terreno, quantos m devemos aumentar a) 13,3
ao comprimento a fim de conservar a sua área? b) 12,9
a) 11 m c) 11,8
b) 12 m d) 14,1
c) 10 m e) n.d.a.
d) 9 m
e) n.d.a. 30. Na compra de uma bicicleta, cujo preço é R$ 180,00, dá-se um
desconto de R$ 27,00. De quanto % é o desconto dado?
21. $ 6 400,00 representam quantos % de $ 320 000,00? a) 17
a) 3 b) 15
b) 2 c) 13
c) 4 d) 11
d) 5 e) n.d.a.
e) n.d.a.
22. 150 alunos representam quantos % de 2 000 alunos? 31. $ 300,00 representam 24% de uma quantia x. Qual é o valor de x?
50. O volante de uma máquina, dando 318 voltas em 6 minutos, põe em 58. Certo capital, acrescido dos juros resultantes de sua aplicação
movimento uma fieira que produz 265 metros de tecido em 60 durante 8 meses, eleva-se a R$ 23 100,00. O mesmo capital,
minutos. Que tempo será preciso para fabricar 564 metros de tecido, acrescido dos juros resultantes de 13 meses de aplicação, à mesma
se o volante der 376 voltas em 4 minutos? taxa, eleva-se a R$ 23 475,00. Calcular o capital e a taxa anual.
a) 75 min a) 22.500,00 e 4% a.a.
b) 72 min b) 21.000,00 e 5%
c) 69 c) 23.650,00 e 5%
d) 65 d) 21.654,00 e 4%
e) n.d.a. e) n.d.a.
GABARITO
51. Certo capital, acrescido de juros de 6,5% a.a. em 1 ano e 4 meses,
importa em $ 7 824,00. Determinar o capital.
a) 7.200,00 1. A 21. B 41. A
b) 6,980,00 2. A 22. A 42. A
c) 7.430,00 3. A 23. D 43. A
d) 8.020,00 4. D 24. C 44. B
e) n.d.a. 5. C 25. A 45. E
6. D 26. A 46. C
7. A 27. C 47. A
52. Um capital, com os juros correspondentes a 5 meses, eleva-se a R$ 8. A 28. D 48. E
748,25. O mesmo capital, com os juros correspondentes a 8 meses, 9. A 29. A 49. C
eleva-se a R$ 759,20. Determinar o capital. 10. D 30. B 50. B
a) 770,00 11. C 31. B 51. A
b) 760,00 12. B 32. C 52. D
c) 695,00 13. C 33. D 53. A
d) 730,00 14. A 34. A 54. D
e) n.d.a. 15. B 35. D 55. B
16. A 36. C 56. A
53. Determinar o capital e os juros cuja soma, no fim de 5 meses, à taxa 17. B 37. D 57. A
de 5,5% a.a., atingiu R$ 17 676,00. 18. D 38. A 58. A
a) 17.280,00 e 396,00 19. D 39. A
b) 16.980,00 3 400,00 20. C 40. A
As empresas que investem pela solução Gestão Documental A preocupação dos governos e autoridades em conservar determina-
conseguem um retorno elevado pois reduzem a quantidade de documentos dos documentos em lugares seguros por motivos de ordem administrativa,
em papel, há um ganho na produtividade devido a uma uniformização dos jurídica ou militar, remonta à antiguidade, sobretudo no que diz respeito a
processos e facilitando a implementação de normas de qualidade. títulos de propriedade. Os eruditos do Renascimento foram os primeiros a
ocupar-se dos arquivos como fonte da história, dando início aos estudos de
As vantagens na sua utilização são as seguintes: diplomática, que levariam à moderna crítica histórica. A partir da revolução
Redução do custo do número de cópias, aumento de produtividade na francesa, os arquivos tornaram-se bem público, proclamando-se o direito do
povo de acesso aos documentos, cuja preservação foi oficialmente reco-
procura, no re-encaminhamento de documentos e redução do espaço de
arquivo; nhecida como de responsabilidade do Estado.
Gestão de Informação Integrada é conseguida a partir da consolidação Uma arquivística essencialmente voltada para os diplomas medievais
transparente dos documentos eletrônicos (originados pela aplicações surgiu no século XIX, principalmente após a criação da École des Chartes
Office) e de documentos com origem em papel; (Escola das Cartas), que passaria a formar arquivistas paleógrafos altamen-
•Acesso: o arquivo deve oferecer condições de consulta imediata, pro- REFERÊNCIAS CRUZADAS
porcionando pronta localização dos documentos.
A expressão referências cruzadas é largamente usada pelas pessoas
A procura de documentos de todos os tipos aumentou muito nos últi- que lidam com arquivos, enquanto entre os bibliotecários a palavra mais
mos anos, graças principalmente à necessidade cada vez maior de infor- empregada é remissão.
mações. O arquivo não se reduz apenas a guardar documentos; significa
também uma fonte inesgotável de informações, que pretende atender a A principal finalidade das referências cruzadas é a de informar a quem
todos e a todas as questões. for consultar o arquivo que determinado assunto ou nome está arquivado
em tal pasta. As referências cruzadas podem vir em pequenas fichas,
ARQUIVOS DE PROSSEGUIMENTO principalmente quando colocadas em índices. Quando, porém, guardadas
Esses arquivos são muito importantes para a empresa, já que por meio nos próprios arquivos, devem estar escritas em folhas de papel e inseridas
deles se podem acompanhar assuntos pendentes ou que aguardam provi- nas respectivas pastas. Por exemplo, um fornecedor do Mappin provavel-
dências: cartas que esperam respostas; duplicatas a cobrar; faturas a mente terá uma pasta com esse nome no arquivo, apesar de a razão social
pagar; apólices de seguro que devem ser renovadas; lembretes ou contro- dessa loja de departamento ser “Casa Anglo Brasileira S:A.”. Recomenda-
les para renovação de assinaturas de jornais ou revistas; contratos a serem se, nesse caso, que se escreva numa ficha ou folha de papel:
assinados; enfim, inúmeros assuntos que não devem ser simplesmente
arquivados e fatalmente esquecidos. O arquivo de prosseguimento possibi- É muito comum encontrar anotações como “Veja também”, indicando
lita à secretária constante follow up. que o assunto ou nome possui outras ligações importantes. Suponha-se
uma empresa que se dedica principalmente ao comércio exterior. E prová-
Também conhecido como arquivo de andamento, ou de follow up, pre-
vel que ela arquive os conhecimentos aéreos relativos à carga transportada
cisa ser organizado convenientemente e, para isso, existem métodos
numa pasta de ‘Carga Aérea”. Entretanto, essas exportações são efetuadas
tradicionais, como o cronológico e o alfabético, e modernos, como o de
por uma companhia aérea, por exemplo, a VARIG. Nesse caso, recomen-
jogos de fichas prontas, o de equipamentos compactos, próprios para
da-se que se abra uma pasta em nome de VARIG, em que poderão ser
vários tipos de controle, ou os desenvolvidos pela informática.
colocados, por exemplo, os horários dos voos, inclusive dos voos carguei-
1. Método cronológico: em primeiro lugar, prepara-se um jogo de do- ros, as cidades que ela serve, as conexões possíveis, as tarifas de carga
ze guias com os nomes dos meses e depois um jogo de guias numeradas aérea e outras informações pertinentes, e ainda uma observação: Veja
de•1 a 31, representando os dias dos meses. Esse ultimo jogo deve ser também Carga Aérea.
disposto apos a guia do mês em curso. À medida que os dias vão passan-
do, deve-se colocá-los nos mês seguinte. No caso de empresas com muito Igualmente no caso de siglas, deve-se fazer uma referência cruzada.
movimento de contas a receber e/ou a pagar, inclusive com prazos de 30, Assim, pode-se abrir uma pasta para Cacex e fazer uma referência para
60 ou 90 dias, recomenda-se a utilização de três jogos de guias numera- Carteira de Comércio Exterior, ou vice-versa. O importante é que a pasta
das, de modo que o acompanhamento seja trimestral e não mensal, ou, fique com a forma mais conhecida e mais fácil. Por exemplo, talvez seja
então, que se guardem os documentos em pastas separadas até o momen- preferível abrir uma pasta para “Instituto Nacional do Livro” e uma referên-
to oportuno. cia cruzada para “INL”, para não se fazer confusão com IML (Instituto
O método cronológico permite a utilização de pastas ou cartões. Ha- Médico Legal).
vendo opção pelo uso de pastas, será necessária uma cópia adicional de De um lado, a referência cruzada é muito importante, pois ajuda e agili-
todos os documentos que exigem prosseguimento e que serão colocados za o funcionamento do arquivo, porém, de outro, deve-se tomar cuidado e
nas pastas por ordem alfabética dos nomes e, em seguida, arquivados evitar o excesso de referências que acarretam volume muito grande de
após as guias que correspondem às datas de acompanhamento. papéis, congestionando, consequentemente, o arquivo.
O emprego de cartões ou fichas elimina a necessidade de cópias adici-
onais dos documentos, porém exige anotações pormenorizadas para que TRANSFERÊNCIA
se possa fazer o acompanhamento. Como nas empresas de grande porte o Há documentos que estão sujeitos ao fator tempo, isto é, há aqueles
número de cartões ou fichas é imenso, tal fato dificulta sobremaneira o que têm valor de um ano; outros de dois, três, cinco ou mais anos; outros,
manuseio e, além disso, aumenta a possibilidade de falhas no acompa- ainda, possuem valor permanente e nunca poderão ser destruídos.
nhamento.
2. Método alfabético: esse método também possibilita o uso de pastas Os documentos também podem ser analisados pela frequência de sua
ou cartões. As pastas são colocadas em ordem alfabética. Nas margens utilização: alguns são muito procurados, outros são consultados poucas
superiores das pastas, deverão constar: letra correspondente; números de vezes, ou quase nunca, e ainda existem aqueles que, após a conclusão do
1 a 31, representando os dias do mês; e um indicador móvel que se deslo- fato que os criou, não servirão para mais nada.
ca na pasta, servindo para indicar o dia específico.
CIRCULAR
AVISO
1 – Conceito
1. Conceito Uma circular é uma forma multidirecional que possibilita uma instituição
Um aviso constitui-se em um tipo de comunicação, direta ou indireta, dirigir-se, ao mesmo tempo, a várias repartições ou pessoas.
afixada em local público ou privado, com características amplas e variadas.
1.2 - Modelo
1.2 – Modelo Uma circular constitui-se do nome do órgão ou empresa e da data loca-
Um aviso deve apresentar um timbre e um símbolo referentes à institui- lizada à direita da folha. Seguindo estes elementos vêm o número precedi-
ção que o utiliza, seguidos de um número que identifique o documento e de do de CIRCULAR, o assunto, o texto, a assinatura, o cargo e, por último, a
um título. O texto deve ser estruturado em forma de parágrafo, o local e a data de publicação.
data devem estar localizados à direita, alinhados com o texto e, por último,
devem vir a assinatura e o cargo do responsável pelo aviso, ambos centra- Este documento não deve conter nem destinatário, pois não é unidire-
lizados na página. cional, tão pouco endereçamento. Vejamos um exemplo:
Pinto Martins
CARTA OFICIAL Presidente
Publicado no D.P. de 21/08/00
1 - Conceito
Uma carta oficial consiste num meio de comunicação de caráter oficial COMUNICADO
decorrente do cargo ou da função públicos.
1 – Conceito
1.2 – Modelo Um comunicado, também chamado de comunicação, constitui-se num
Uma carta oficial deve ser estruturada de maneira que contenha um aviso que pode ter caráter externo ou interno.
timbre, local e data por extenso e número, antecedido por "c", que é um
indicativo de carta. Acompanhando estes elementos devem estar o endere- 1.2 – Modelo
çamento, o vocativo, o texto, fecho e, por último, a assinatura, nome do Um comunicado de caráter externo deve ser dotado de um título que
remetente. indique tratar-se de uma comunicação, o nome da instituição comunicante e
Vejamos dois exemplos: Solicitamos de Vossa Magnificência que o período especial de provas
continue vigorando, uma vez que do contrário, os alunos que fazem prova
EX.1 no último horário serão prejudicados, dada a insuficiência de meios de
DECLARAMOS que o Senhor José Saramago atuou neste Gabinete no transporte no Campus Carreiros.
período de 25 de janeiro de 1999 a 30 de dezembro de 1999, recebendo
mensalmente um salário mínimo. Atenciosamente,
EX.2 OFÍCIO
DECLARO, para fins de comprovação junto à Comissão de Curso de
Direito, que Maria Madalena, matrícula nº 123456, graduanda do curso de 1 – Conceito
Direito, participou do IV Seminário de Direito Penal, desta Instituição. Um ofício é um documento utilizado por órgãos do governo ou autar-
quias para correspondência externa e que tem por finalidade tratar de
Rio Grande, 26 de junho de 2000. assuntos oficiais.
Marcos da Silva 1.2 – Modelo
Presidente do Diretório Acadêmico de Direito Um ofício deve conter em sua estrutura um timbre representado por um
símbolo e o nome da unidade impressa no alto da folha e a numeração,
dentro do ano, que o ofício recebe, em ordem cronológica de feitura, segui-
EDITAL do da sigla de indicação do órgão eminente. Este, por sua vez, faz-se
anteceder o nome da correspondência escrito por extenso ou abreviado.
1 – Conceito Acompanhando estes elementos virá o local e data (dia, mês e ano) que
O edital é um meio de notificação direcionado ao público, que se afixa devem ser escritos a sete espaços duplos ou a 6,5cm. da borda superior. O
em local de acesso dos interessados ou se publica na imprensa. mês é escrito por extenso. Entre o espaço e a centena se deixa um alga-
rismo do ano, deve ser feito o ponto final e o término da data deve coincidir
1.2 – Modelo com a margem direita, que é de cinco espaços duplos ou de 5cm. A seguir
O edital constitui-se de um título (Edital de Convocação), do cargo da virá o vocativo que deve ser escrito a dez espaços duplos ou 10cm da
Conhecimentos Específicos 30 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
borda superior, na linha do parágrafo, a dez espaços ou 2,5cm da margem Considerando que, em número substancial, há necessidade de se co-
e, por fim, um texto, em forma de parágrafo expondo o assunto, que inicia- municar com o signatário da petição inicial, não só em seu interesse, como
se a 1,5cm do vocativo. Os parágrafos são enumerados rente a margem, no da administração.
com exceção do 1º e do fecho.
DETERMINA
A apresentação do ofício é feita no primeiro parágrafo. No decorrer do 1º Todos os órgãos desta secretaria, antes de darem andamento a
texto aprecia-se e se ilustra o assunto com os devidos esclarecimentos e qualquer expediente, deverão verificar se constam no mesmo os elementos
informações pertinentes. Na conclusão se faz a reafirmação da posição informativos e se a documentação exigida para a sua apreciação foi devi-
recomendada pelo emitente do ofício sobre o assunto. damente anexada.
Quanto ao fecho este deve estar localizado a um espaço duplo (ou 2º O endereço do peticionário deverá obrigatoriamente ser anexado,
1cm) do último parágrafo do texto, centrado à direita e seguido de vírgula. em todos os formulários, modelos, requerimentos, petições e solicitações.
Seguindo este elemento virá o nome do signatário datilografado em maiús-
culas, do cargo só com as iniciais maiúsculas, escritas sob o nome, a Rio Grande, 08 de maio de 1999
assinatura que deverá ser feita imediatamente acima do nome. SUPERVISOR ADMINISTRATIVO
APOSTILA
Estes dados devem estar centralizados à direita na direção vertical do
fecho, a três espaços duplos ou 2,5cm deste. Para os estudantes significa uma publicação avulsa com objetivos didá-
ticos, geralmente datilografada e mimeografada e de utilização restrita.
A identificação do destinatário deverá conter um pronome de tratamen-
to, acima da designação da função exercida pelo mesmo, seguido do nome Em sentido oficial, significa breve nota, adicionamento à margem de
deste e, após, o endereço. uma escritura. É um ato pelo qual se acrescenta informações a um docu-
mento público ou ato administrativo anterior a fim de esclarecê-lo, interpre-
Caso o ofício seja constituído por mais de uma folha, o endereço do tá-lo ou completá-lo. É um documento complementar de um ato.
destinatário deve constar da primeira.
Indica a nota ou aditamento feito à margem de qualquer documento
Na diagramação dos dados, o último deve estar a dois espaços duplos público, a fim de acrescentar algo que faltava ao texto. Expressa também
ou 2cm. da borda inferior do papel, e todas as linhas devem coincidir com o um ato pelo qual o documento é anotado, após ser registrado ou averbado.
texto, rentes à margem esquerda. Dessa forma, apostila-se o diploma ou título de nomeação, de sorte que o
indivíduo diplomado ou nomeado venha a exercer sua profissão ou cargo.
Entre os parágrafos do ofício deve ser deixado um espaço duplo ou
1cm. O espaço entre as linhas também é duplo; nas transcrições e citações ORDEM DE SERVIÇO
é um ou um e meio; estes, preferencialmente, devem vir salientados por
aspas e, se ultrapassarem cinco linhas, devem distar cinco espaços da É instrução dada a um servidor ou a um órgão administrativo. Encerra
margem esquerda. orientações a serem tomadas pela chefia para execução de serviços ou
desempenho de encargos. É o documento, é o ato pelo qual se determinam
Se o ofício tem por objetivo transmitir um assunto do interesse de di- providências a serem cumpridas por órgãos subordinados.
versos setores, é necessário que sejam tiradas tantas cópias forem preciso.
Nesse caso, o ofício passará a se chamar de ofício circular, grafado com
inicial maiúscula, antes do número de ordem. PORTARIA
Documento oficial que baixa de qualquer dos ministérios a uma reparti-
ção ou a um indivíduo e é assinado pelo ministro em nome do chefe do
ORDEM DE SERVIÇO Estado ou por um diretor da repartição. Em linguagem de Direito Adminis-
trativo significa todo documento emanado de uma autoridade, através do
1 – Conceito qual possa transmitir a seus subordinados as ordens de serviço de sua
Uma ordem de serviço é um documento oficial e interdepartamental, competência. Na administração pública é um ato pelo qual o Ministro de
com numeração própria e, às vezes, apresenta características de circular. Estado ou outra autoridade competente estabelece normas administrativas,
Refere-se ao ato de expedir determinações que serão executadas por baixa instruções para aplicação de leis e decretos ou define situações,
instituições de caráter social e por servidores desses órgãos. como dispensa, remoção, lotação. Muitas vezes as portarias são emprega-
das para nomeações, demissões, suspensões e reintegrações de funcioná-
1.2 - Modelo rios. As portarias em geral são atos de Ministros de Estado, e suas funções
Uma ordem de serviço deve ser estruturada de maneira que contenha e importâncias restringem-se à competência da autoridade administrativa
o nome do órgão emissor da ordem de serviço, o número do documento e o que as expediu.
ano. Deverá conter um título referindo-se ao SUPERVISOR ADMINISTRA-
TIVO, um texto, a data e, por fim, a assinatura do supervisor administrativo
e a explicitação de quem executa tal cargo. PETIÇÃO
Vejamos o exemplo: A petição é o meio pelo qual se pleiteia direitos perante a Justiça. É o
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL instrumento utilizado pelo advogado para obter uma decisão judicial que
satisfaça o interesse de seus clientes. Após a entrega da petição ao órgão
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA competente, caberá ao juiz pronunciar sua decisão. Para tanto, é necessá-
SUPERVISÃO DE APOIO ADMINISTRATIVO rio que a petição possua certos fatores capazes de provocar a reação
jurisdicional, como a descrição dos fatos, os fundamentos legais nos
ORDEM DE SERVIÇO Nº5 / 99/ SUA quais se baseia a pretensão e o pedido, ou seja, aquilo que se espera da
Justiça. Além disso, é muito importante que a petição seja redigida em bom
O SUPERVISOR ADMINISTRATIVO, no uso de suas atribuições, português e de forma concisa, contendo apenas palavras e dados suficien-
Considerando o fiel cumprimento da Lei nº1234, de 12 de outubro de tes para se alcançar o desejado.
1972, que regula prazos e o andamento dos expedientes administrativos.
Os modelos de petições oferecidos pelo DireitoNet buscam atender es-
Considerando que, para apreciação de qualquer tipo de requerimento tes requisitos, de forma que o usuário possa utilizá-los com base em seus
ou petição, deve o mesmo estar acompanhado de todos os dados impres- casos concretos. Os modelos são, também, bastante genéricos, pois visam
cindíveis á sua análise.
Destarte, os princípios explicitados no caput do art. 37 são, portanto, os De tudo isso podemos extrair uma importante conclusão. Contraria-
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da mente ao que ocorre em outros ordenamentos jurídicos, inexiste qualquer
eficiência. Outros se extraem dos incisos e parágrafos do mesmo artigo, possibilidade de ser juridicamente aceita, entre nós, a edição dos denomi-
como o da licitação, o da prescritibilidade dos ilícitos administrativos e o da nados decretos ou regulamentos "autônomos ou independentes". Como se
responsabilidade das pessoas jurídicas (inc. XXI e §§ 1.º a 6.º). Todavia, há sabe, tais decretos ou regulamentos não passam de atos administrativos
ainda outros princípios que estão no mesmo artigo só que de maneira gerais e normativos baixados pelo chefe do Executivo, com o assumido
implícita, como é o caso do princípio da supremacia do interesse público objetivo de disciplinar situações anteriormente não reguladas em lei. E,
sobre o privado, o da finalidade, o da razoabilidade e proporcionalidade. sendo assim, sua prática encontra óbice intransponível no modus constitu-
cional pelo qual se fez consagrar o princípio da legalidade em nossa Lei
Vejamos, agora, o significado de cada um dos precitados princípios Maior.
constitucionais da Administração Pública.
Regulamento, em nosso país, portanto, haverá de ser sempre o regu-
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS lamento de uma lei, ou de dispositivos legais objetivamente existentes.
Caput Do Art. 37 Qualquer tentativa em contrário haverá de ser tida como manifestamente
Conforme mencionado anteriormente, os princípios constitucionais ex- inconstitucional.
plícitos são aqueles presentes no art. 37, da Constituição Federal, de
maneira expressa. Assim, são eles: Princípio Da Impessoalidade
o princípio da legalidade, O princípio ou regra da impessoalidade da Administração Pública pode
o princípio da impessoalidade, ser definido como aquele que determina que os atos realizados pela Admi-
o princípio da moralidade, nistração Pública, ou por ela delegados, devam ser sempre imputados ao
o princípio da publicidade ente ou órgão em nome do qual se realiza, e ainda destinados generica-
e o princípio da eficiência. mente à coletividade, sem consideração, para fins de privilegiamento ou da
Passemos, então, a estudá-los uniformemente. imposição de situações restritivas, das características pessoais daqueles a
quem porventura se dirija. Em síntese, os atos e provimentos administrati-
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE vos são imputáveis não ao funcionário que os pratica mas ao órgão ou
Referido como um dos sustentáculos da concepção de Estado de Direi- entidade administrativa em nome do qual age o funcionário.
to e do próprio regime jurídico-administrativo, o princípio da legalidade vem
definido no inciso II do art. 5.º da Constituição Federal quando nele se faz A mera leitura dessa definição bem nos revela que esse princípio pode
declarar que: ser decomposto em duas perspectivas diferentes: a impessoalidade do
"ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão administrador quando da prática do ato e a impessoalidade do próprio
em virtude de lei". administrado como destinatário desse mesmo ato.
Desses dizeres decorre a ideia de que apenas a lei, em regra, pode in- Com efeito, de um lado, o princípio da impessoalidade busca assegurar
troduzir inovações primárias, criando novos direitos e novos deveres na que, diante dos administrados, as realizações administrativo-
ordem jurídica como um todo considerada governamentais não sejam propriamente do funcionário ou da autoridade,
mas exclusivamente da entidade pública que a efetiva. Custeada com
No campo da administração Pública, como unanimemente reconhecem dinheiro público, a atividade da Administração Pública jamais poderá ser
os constitucionalistas e os administrativistas, afirma-se de modo radical- apropriada, para quaisquer fins, por aquele que, em decorrência do exercí-
mente diferente a incidência do princípio da legalidade. Aqui, na dimensão cio funcional, se viu na condição de executá-la. É, por excelência, impesso-
dada pela própria indisponibilidade dos interesses públicos, diz-se que o al, unicamente imputável à estrutura administrativa ou governamental
administrador, em cumprimento ao princípio da legalidade, "só pode atuar incumbida de sua prática, para todos os fins que se fizerem de direito.
nos termos estabelecidos pela lei". Não pode este por atos administrativos
de qualquer espécie (decreto, portaria, resolução, instrução, circular etc.) Assim, como exemplos de violação a esse princípio, dentro dessa par-
proibir ou impor comportamento a terceiro, se ato legislativo não fornecer, ticular acepção examinada, podemos mencionar a realização de publicida-
em boa dimensão jurídica, ampara a essa pretensão (6). A lei é seu único e de ou propaganda pessoa do administrador com verbas públicas ou ainda,
definitivo parâmetro. a edição de atos normativos com o objetivo de conseguir benefícios pesso-
ais.
Temos, pois, que, enquanto no mundo privado se coloca como apropri-
ada a afirmação de que o que não é proibido é permitido, no mundo público No âmbito dessa particular dimensão do princípio da impessoalidade, é
assume-se como verdadeira a ideia de que a Administração só pode fazer o que está o elemento diferenciador básico entre esse princípio e o da iso-
que a lei antecipadamente autoriza. nomia. Ao vedar o tratamento desigual entre iguais, a regra isonômica não
abarca, em seus direitos termos, a ideia da imputabilidade dos atos da
Deste modo, a afirmação de que a Administração Pública deve atender Administração ao ente ou órgão que a realiza, vedando, como decorrência
à legalidade em suas atividades implica a noção de que a atividade admi- direta de seus próprios termos, e em toda a sua extensão, a possibilidade
nistrativa é a desenvolvida em nível imediatamente infralegal, dando cum- de apropriação indevida desta por agentes públicos. Nisso, reside a dife-
primento às disposições da lei. Em outras palavras, a função dos atos da rença jurídica entre ambos.
Administração é a realização das disposições legais, não lhe sendo possí-
vel, portanto, a inovação do ordenamento jurídico, mas tão-só a concretiza- Já, por outro ângulo de visão, o princípio da impessoalidade deve ter
ção de presságios genéricos e abstratos anteriormente firmados pelo sua ênfase não mais colocada na pessoa do administrador, mas na própria
exercente da função legislativa. pessoa do administrado. Passa a afirmar-se como uma garantia de que
este não pode e não deve ser favorecido ou prejudicado, no exercício da
Sobre o tema, vale trazer a ponto a seguinte preleção de MELLO: atividade da Administração Pública, por suas exclusivas condições e carac-
"Para avaliar corretamente o princípio da legalidade e captar-lhe o sen- terísticas.
tido profundo cumpre atentar para o fato de que ele é a tradução jurídica de
Isto posto, CARDOSO fornece uma definição desse princípio, hoje É relevante observar, todavia, que também a publicação como a comu-
agasalhado na órbita jurídico-constitucional: nicação não implicam que o dever de publicidade apenas possa vir a ser
satisfeito pelo comprovado e efetivo conhecimento de fato do ato adminis-
"Entende-se por princípio da moralidade, a nosso ver, aquele que de- trativo por seus respectivos destinatários. Deveras, basta que os requisitos
termina que os atos da Administração Pública devam estar inteiramente exigidos para a publicidade se tenham dado, nos termos previstos na
conformados aos padrões éticos dominantes na sociedade para a gestão ordem jurídica; e para o mundo do Direito não interessará se na realidade
dos bens e interesses públicos, sob pena de invalidade jurídica". fática o conhecimento da existência do ato e de seu conteúdo tenha ou não
chegado à pessoa atingida por seus efeitos. Feita a publicação ou a comu-
Admite o art. 5.º, LXXIII, da Constituição Federal que qualquer cidadão nicação dentro das formalidades devidas, haverá sempre uma presunção
possa ser considerado parte legítima para a propositura de ação popular absoluta da ciência do destinatário, dando-se por satisfeita a exigência de
que tenha por objetivo anular atos entendidos como lesivos, entre outros, à publicidade. Salvo, naturalmente, se as normas vigentes assim não deter-
própria moralidade administrativa. minarem.
Por outra via, como forma de também fazer respeitar esse princípio, a Assim, se a publicação feita no Diário Oficial foi lida ou não, se a co-
nossa Lei Maior trata também da improbidade administrativa. municação protocolada na repartição competente chegou ou não às mãos
Desse teor, o escólio de CARDOZO: Desta maneira, o art. 37, § 5.º dispõe sobre este princípio:
"Desse modo, pode-se definir esse princípio como sendo aquele que "A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por
determina aos órgãos e pessoas da Administração Direta e Indireta que, na qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressal-
busca das finalidades estabelecidas pela ordem jurídica, tenham uma ação vadas as respectivas ações de ressarcimento".
instrumental adequada, constituída pelo aproveitamento maximizado e
racional dos recursos humanos, materiais, técnicos e financeiros disponí- Nota-se, portanto, que a lei estabelece uma ressalva ao princípio. Nem
veis, de modo que possa alcançar o melhor resultado quantitativo e qualita- tudo prescreverá. Apenas a apuração e punição do ilícito, não, porém, o
tivo possível, em face das necessidades públicas existentes" . direito da Administração ao ressarcimento, à indenização, do prejuízo
causado ao erário.
Seguindo essa linha de orientação, temos que, como desdobramento
Afinado com esse mesmo entendimento, sumaria SILVA:
do princípio em estudo, a Constituição procurou igualmente reforçar o
"É uma ressalva constitucional e, pois, inafastável, mas, por certo, des-
sentido valorativo do princípio da economicidade, que, incorporado literal-
toante dos princípios jurídicos, que não socorrem quem fica inerte (dormien-
mente pelo art. 70, caput, da Carta Federal, nada mais traduz do que o
tibus non sucurrit ius)".
dever de eficiência do administrado na gestão do dinheiro público.
Princípio Da Responsabilidade Da Administração
Outros Princípios Constitucionais Explícitos
O princípio em estudo encontra amparo no art. 37, § 6.º, da Constitui-
Princípio Da Licitação
Licitação é um procedimento administrativo destinado a provocar pro- ção Federal, cuja compostura verifica-se que:
postas e a escolher proponentes de contratos de execução de obras,
serviços, compras ou de alienações do Poder Público. "As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado presta-
dores de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
A Administração Pública tem o dever de sempre buscar, entre os inte-
ressados em com ela contratar, a melhor alternativa disponível no mercado contra o responsável nos casos de dolo ou culpa".
para satisfazer os interesses públicos, para que possa agir de forma hones-
Assim, de imediata leitura desse texto resulta claro que todo agente
ta, ou adequada ao próprio dever de atuar de acordo com padrões exigidos
público que vier a causar um dano a alguém trará para o Estado o dever
pela probidade administrativa. De outro lado, tem o dever de assegurar
jurídico de ressarcir esse dano. Não importará se tenha agido com culpa ou
verdadeira igualdade de oportunidades, sem privilegiamentos ou desfavo-
recimentos injustificados, a todos os administrados que tencionem com ela dolo. O dever de indenizar se configurará pela mera demonstração do nexo
celebrar ajustes negociais. causal existente entre o fato ocorrido e o dano verificado.
É dessa conjugação de imposições que nasce o denominado princípio Temos, pois, que em nosso Direito a responsabilidade civil do Estado é
objetiva, ou seja, independe da conduta dolosa, negligente, imperita ou
da licitação. Consoante, CARDOZO define este princípio;
"De forma sintética, podemos defini-lo como sendo aquele que deter- imprudente daquele que causa o dano. Qualificar-se-á sempre que o agen-
mina como regra o dever jurídico da Administração de celebrar ajustes te estiver, nos termos do precitado dispositivo constitucional, no exercício
da função pública, não importando se age em nome de uma pessoa de
negociais ou certos atos unilaterais mediante prévio procedimento adminis-
direito público ou de direito privado prestadora de serviços públicos.
trativo que, por meios de critérios preestabelecidos, públicos e isonômicos,
possibilite a escolha objetiva da melhor alternativa existente entre as pro-
Destare, a obrigação de indenizar é a da pessoa jurídica a que perten-
postas ofertadas pelos interessados" .
ce o agente. O prejudicado terá que mover a ação de indenização contra a
O art. 37, XXI, alberga o princípio nos termos seguintes: Fazenda Pública respectiva ou contra a pessoa jurídica privada prestadora
"ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, de serviço público, não contra o agente causador do dano. O princípio da
impessoalidade vale aqui também.
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com
Impede ressalvar, todavia, que nem sempre as pessoas que integram a
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condi-
Administração Pública encontram-se a exercer propriamente função públi-
Conhecimentos Específicos 36 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ca. Por vezes, no âmbito do que admite nossa Constituição, será possível Consoante, SILVA discorre a respeito: "Tudo isso vai ter que ser defini-
encontrarmos pessoas da Administração Indireta que não estejam exercen- do pela lei referida no texto. A lei poderá outorgar aos administradores de
do tais tipos de atividades, como é o caso, por exemplo, das empresas tais órgãos uma competência especial que lhes permita celebrar o contrato,
públicas e das sociedades de economia mista para o exercício de atividade que talvez não passe de uma espécie de acordo-programa. Veremos como
econômica (art. 173, da CF). Nesses casos, naturalmente, eventuais danos o legislador ordinário vai imaginar isso"
por essas empresas causados a terceiros haverão de ser regrados pela
responsabilidade subjetiva, nos termos estabelecidos pela legislação civil. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS
Exigirão, em princípio, a configuração da ação dolosa ou culposa (negligen- Além dos quatro citados princípios explicitamente abrigados pelo texto
te, imprudente ou imperita), para que tenha nascimento o dever de indeni- constitucional, existem outros implicitamente agregados ao regramento
zar. constitucional da Administração Pública. Vejamos.
O mesmo se poderá dizer, ainda, do agente que vier a causar dano a Princípio Da Supremacia Do Interesse Público Sobre O Privado E
alguém fora do exercício da função pública. Nesse caso, por óbvio, não Princípio Da Autotutela
haverá de ser configurada a responsabilidade objetiva predefinida no art. A Administração Pública na prática de seus atos deve sempre respeitar
37, § 6.º, de nossa Lei Maior. a lei e zelar para que o interesse público seja alcançado. Natural, assim,
que sempre que constate que um ato administrativo foi expedido em des-
Entretanto, como pontifica MELLO, a responsabilidade objetiva "só está conformidade com a lei, ou que se encontra em rota de colisão com os
consagrada constitucionalmente para atos comissivos do Estado, ou seja, interesses públicos, tenham os agentes públicos a prerrogativa administra-
para comportamentos positivos dele. Isto porque o texto menciona ‘danos tiva de revê-los, como uma natural decorrência do próprio princípio da
que seus agentes causarem""; Assim sendo, condutas omissivas só podem legalidade.
gerar responsabilidade ao Poder Público quando demonstrada a culpa do
serviço. Desta maneira, discorre ARAUJO:
"O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, coloca
No mais, é importante ressalvar que, embora a responsabilidade civil os interesses da Administração Pública em sobreposição aos interesses
do Estado para com os administradores seja objetiva, a responsabilidade particulares que com os dela venham eventualmente colidir. Com funda-
dos agentes públicos perante a Administração Pública é induvidosamente mento nesse princípio é que estabelece, por exemplo, a autotutela adminis-
subjetiva. Como observa-se pelos próprios termos do citado art. 37, § 6.º, o trativa, vale dizer, o poder da administração de anular os atos praticados
direito de regresso que pode ser exercido contra aquele que causou o dano em desrespeito à lei, bem como a prerrogativa administrativa de revogação
apenas se configurará "nos casos de dolo ou culpa". de atos administrativos com base em juízo discricionário de conveniência e
oportunidade"
Princípio Da Participação A respeito, deve ser lembrada a Súmula 473 do Supremo Tribunal Fe-
O princípio da participação do usuário na Administração Pública foi in- deral, quando afirma que: "a administração pode anular os seus próprios
troduzido pela EC-19/98, com o novo enunciado do § 3.º do art. 37, que atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se
será apenas reproduzido devido à sua efetivação ser dependente de lei. originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade,
Diz o texto: respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreci-
Art. 37, § 3.ºA lei disciplinará as formas de participação do usuário na ação judicial".
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
I. – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em ge- Princípio Da Finalidade
ral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao Foi visto no exame do princípio da legalidade que a Administração Pú-
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade blica só pode agir de acordo e em consonância com aquilo que, expressa
dos serviços; ou tacitamente, se encontra estabelecido em lei. Inegável, portanto, que
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sempre tenha dever decorrente e implícito dessa realidade jurídica o cum-
sobre atos de governo, observando o disposto no art. 5.º, X (res- primento das finalidades legalmente estabelecidas para sua conduta.
peito à privacidade) e XXXIII (direito de receber dos órgãos públi-
cos informações de seu interesse ou de interesse coletivo em ge- Disto deduz-se o denominado princípio da finalidade. Como bem ob-
ral); serva MELLO:
III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abu-
sivo de cargo, emprego ou função na administração pública. "Esse princípio impõe que o administrador, ao manejar as competên-
cias postas a seu encargo, atue com rigorosa obediência à finalidade de
Princípio Da Autonomia Gerencial cada qual. Isto é, cumpre-lhe cingir-se não apenas à finalidade própria de
O princípio da autonomia gerencial é regido pelo § 8.º do art. 37, da todas as leis, que é o interesse público, mas também à finalidade específica
Constituição Federal, introduzido pela EC-19/98. Assim estabelece este obrigada na lei a que esteja dando execução".
dispositivo:
Art. 37, § 8.º. A Autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos ór- Enfim, o princípio da finalidade é aquele que imprime à autoridade ad-
gãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada ministrativa o dever de praticar o ato administrativo com vistas à realização
mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder da finalidade perseguida pela lei.
público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o
órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: Evidentemente, nessa medida, que a prática de um ato administrativo
I – o prazo de duração do contrato; in concreto com finalidade desviada do interesse público, ou fora da finali-
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obri- dade específica da categoria tipológica a que pertence, implica vício ense-
gações e responsabilidade dos dirigentes; jador de sua nulidade. A esse vício, como se sabe, denomina a doutrina:
III – a remuneração do pessoal. desvio de poder, ou desvio de finalidade.
Concluindo, essas considerações querem apenas mostrar que o princí-
Desta maneira, cria-se aqui uma forma de contrato administrativo inusi- pio da finalidade não foi desconsiderado pelo legislador constituinte, que o
tado entre administradores de órgãos do poder público com o próprio poder teve como manifestação do princípio da legalidade, sem que mereça censu-
público. Quando ao contrato das entidades não há maiores problemas ra por isso.
porque entidades são órgãos públicos ou parapúblicos (paraestatais) com
personalidade jurídica de modo que têm a possibilidade de celebrar contra- Princípio Da Razoabilidade E Da Proporcionalidade
tos e outros ajustes com o poder público, entendido poder da administração Na medida em que o administrador público deva estrita obediência à lei
centralizada. Mas, os demais órgãos não dispõem de personalidade jurídica (princípio da legalidade) e tem como dever absoluto a busca da satisfação
para que seus administradores possam, em seu nome, celebrar contrato dos interesses públicos (princípio da finalidade), há que se pressupor que a
com o poder público, no qual se inserem. prática de atos administrativos discricionários se processe dentro de pa-
A nosso ver, dentro do campo desse princípio, deve ser colocada, de Informações bibliográficas:
que diante do exercício das atividades estatais, o "cidadão tem o direito à
menor desvantagem possível". Com efeito, havendo a possibilidade de SERESUELA, Nívea Carolina de Holanda. Princípios constitucionais da Admi-
ação discricionária entre diferentes alternativas administrativas, a opção por nistração Pública . Jus Navigandi, Teresina, a. 7, n. 60, nov. 2002. Disponível em:
aquela que venha a trazer consequências mais onerosas aos administrados <http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=3489>. Acesso em: 25 mar. 2005.
é algo inteiramente irrazoável e descabido.
Como desdobramento dessa ideia, afirma-se também o princípio da ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA
proporcionalidade, por alguns autores denominado princípio da vedação de Administração Direta é aquela composta por órgãos ligados diretamen-
excessos. Assim, pondera MELLO: te ao poder central, federal, estadual ou municipal. São os próprios orga-
"Trata-se da ideia de que as consequências administrativas só podem nismos dirigentes, seus ministérios e secretarias.
ser validamente exercidas na extensão e intensidades proporcionais ao que
realmente seja demandado para cumprimento da finalidade de interesse Administração Indireta é aquela composta por entidades com persona-
público a que estão atreladas". lidade jurídica própria, que foram criadas para realizar atividades de Gover-
no de forma descentralizada. São exemplos as Autarquias, Fundações,
Em outras palavras: os meios utilizados ao longo do exercício da ativi- Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
dade administrativa devem ser logicamente adequados aos fins que se
pretendem alcançar, com base em padrões aceitos pela sociedade e no Administração direta
que determina o caso concreto (53). 1. Conceito
Constituída dos órgãos e serviços integrados na estrutura administrati-
Segundo STUMM, esse princípio reclama a cerificação dos seguintes va da Presidência da República, Governo dos Estados e do DF, Prefeituras
pressupostos: e dos Ministérios e Secretarias (DL 200/67).
Conformidade ou adequação dos meios, ou seja, o ato administrativo
deve ser adequado aos fins que pretende realizar; 2. Centralização administrativa
Necessidade, vale dizer, possuindo o agente público mais de um meio A atividade administrativa é centralizada quando é exercida diretamen-
para atingir a mesma finalidade, deve optar pelo menos gravoso à esfera te pelas entidades políticas estatais (União, Estados, Municípios e Distrito
individual; Federal), ou seja, pelo conjunto de órgãos que as compõem.
Proporcionalidade estrita entre o resultado obtido e a carga empregada
para a consecução desse resultado. 3. Órgãos públicos
3.1 Conceito
Por conseguinte, o administrador público não pode utilizar instrumentos Órgão público é a unidade de atuação integrante da estrutura da Admi-
que fiquem aquém ou se coloquem além do que seja estritamente necessá- nistração direta e da estrutura da Administração indireta (Lei 9.784/99).
rio para o fiel cumprimento da lei. Tem estrutura, competência própria, quadro de servidores, poderes funcio-
nais, mas não personalidade jurídica.
Assim sendo, sempre que um agente público assumir conduta despro- Exemplos: Ministério da Justiça, Secretaria de Administração, Receita
porcional ao que lhe é devido para o exercício regular de sua competência, Federal etc.
tendo em vista as finalidades legais que tem por incumbência cumprir,
3.2 Relação do Estado com os agentes públicos
poderá provocar situação ilícita passível de originar futura responsabilidade
Considerando que o Estado é pessoa jurídica e que, como tal não dis-
administrativa, civil e, sendo o caso, até criminal.
põe de vontade própria, ele atua sempre por meio de pessoas físicas, os
agentes públicos. Assim, de acordo com a teoria do órgão ou da imputação,
CONSIDERAÇÕES FINAIS
a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos, de tal
Segundo nossa carta constitucional, o "bem de todos" é objetivo fun-
modo que quando os agentes que os compõem manifestam sua vontade, é
damental da República Federativa do Brasil (art. 3.º, IV) e, por conseguinte,
como se o próprio Estado o fizesse.
uma finalidade axiológico-jurídica que se impõe como pólo de iluminação
para a conduta de todos os órgãos e pessoas que integram a estrutura 3.3 Classificação
básica do Estado brasileiro. 3.3.1 Quanto à posição estatal
Sendo assim, a noção do bem comum, historicamente condicionada e a) Independentes, originários da CF e representativos dos três Pode-
posta no âmbito das concepções dominantes em nossa sociedade e época, res de Estado, sem qualquer subordinação hierárquica (Casas Le-
gislativas, Chefia do Executivo, Tribunais e o Ministério Público);
Por várias vezes o Poder Público institui entidades para a realização de 4 SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
atividades típicas do setor privado, como a indústria, o comércio e a bancá- 4.1 Noção
ria, regidas pelas mesmas normas da iniciativa privada. As sociedades de economia mista são as pessoas jurídicas de direito
privado, com a participação do Poder Público e de particulares no seu
Esses entes podem ser a empresa pública ou a sociedade de econo- capital, criadas para a realização de atividade econômica de interesse
mia mista. Neste tópico dedicaremos ao estudo da primeira. coletivo, podendo, também, exercer serviços públicos.
As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado criadas São semelhantes à empresa pública, tendo como diferenças básicas o
por autorização legislativa específica, com capital exclusivamente público, fato do capital ser diversificado (capital público e privado) e só podendo ter
para realizar atividades econômicas ou serviços públicos de interesse da a forma de sociedade anônima.
Administração instituidora nos moldes da iniciativa particular, podendo Aspectos Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
revestir de qualquer forma admitida em direito.
3.2 Características Parte do capital pertencente ao
Capital exclusivamente Poder Público e outra parte ao
Capital
As empresas públicas possuem as seguintes características: público setor privado, tendo, sempre, o
o personalidade jurídica de direito privado; controle público.
o capital exclusivamente público; Qualquer forma admitida Somente a forma de Socieda-
o realização, em regra, de atividades econômicas; Forma
em Direito. de Anônima.
o revestimento de qualquer forma admitida no Direito;
o derrogações (alterações parciais) do regime de direito privado De acordo com o art.
o por normas de direito público; 109 da CF, as causas de As causas de interesse das
o criação por autorização legislativa específica. interesse das empresas sociedades de economia mista
Competência públicas federais serão federais serão julgadas na
3.3 Personalidade Jurídica de Direito Privado julgadas na Justiça Justiça Estadual, com exceção
Por realizarem, em regra, atividades econômicas, o art. 173 da Consti- Federal, com exceção das causas trabalhistas.
tuição da República estabelece que devem as empresas ter o mesmo das causas trabalhistas.
tratamento jurídico da iniciativa privada, inclusive no que tange às obriga-
ções tributárias e trabalhistas. 4.2 Características
As sociedades de economia mista possuem as seguintes característi-
3.4 Capital Exclusivamente Público cas:
A grande distinção entre a empresa pública e a sociedade de economia o personalidade jurídica de direito privado;
mista está na distribuição do capital, pois na primeira (empresa pública) só o capital público e privado;
há capital público, ou seja, todo o capital pertence ao poder público, inexis- o realização de atividades econômicas;
tindo capital privado. o revestimento da forma de Sociedade Anônima;
Ana Patrícia Aguilar insere as organizações sociais na categoria de en- 7 REGIME INTERNO
tidades paraestatais, por serem pessoas privadas que atuam em colabora- Seus empregados estão sujeitos ao regime Celetista, CLT. Têm que
ção com o Estado, "desempenhando atividade não lucrativa e às quais o ser contratados através de “concurso público de acordo com a natureza e a
Poder Público dispensa especial proteção", recebendo, para isso, dotação complexidade do cargo ou emprego, ressalvadas as nomeações para cargo
orçamentária por parte do Estado. em comissão”.
A administração varia segundo a modalidade, civil ou comercial, que a
Possui como objeto a formação de instituições empresariais tendo na lei determinar. Seus dirigentes são estabelecidos na forma da lei ou do
maioria das vezes em seu bojo a contribuição com o interesse coletivo, estatuto. Podendo ser unipessoal ou colegiada. Eles estão sujeitos a man-
sendo a sua atuação materialmente administrativa não governamental. Hely dado de segurança e ação popular.
Lopes Meirelles diz ser normalmente seu objeto:
8 RELAÇÕES COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
“A execução de uma atividade econômica empresarial, podendo ser Criadas por lei e de Competência comum das pessoas políticas. (Uni-
também uma atividade não econômica de interesse coletivo ou, mesmo, um ão, Estados, Distrito Federal e Municípios).
serviço público ou de utilidade pública delegado pelo Estado. Possuem autonomia administrativa e financeira não dependendo do
No primeiro caso a entidade paraestatal há que revestir a forma de em- Estado e nem tendo submissão a ele, tendo fiscalização do controle/tutela
presa pública ou sociedade de economia mista, devendo operar sob as por ter valor relevante social.
mesmas normas e condições das empresas particulares congêneres, para São Fomentadas, se de Interesse Coletivo pelo Estado, mediante con-
não lhes fazer concorrência, como dispõe expressamente a CF; nos outros trato gestão. Pode ter seu capital público ou misto. O fomento pode ser em
casos o estado é livre para escolher a forma e estrutura da entidade e forma de subvenção, financiamento, favor fiscais objetivando uma reper-
operá-la como lhe convier, porque em tais hipóteses não está intervindo no cussão coletiva e desapropriação.
domínio econômico reservado à iniciativa privada. Extintas por lei porque ninguém pode gerir os destinos de uma entida-
de criada em função do interesse coletivo.
O patrimônio dessas entidades pode ser constituído com recursos par-
ticulares ou contribuição pública, ou por ambas as formas conjugadas. Tais CONCLUSÃO
empreendimentos, quando de natureza empresarial, admitem lucros e As Entidades Paraestatais possuem uma conceituação bastante confu-
devem mesmo produzi-los, para desenvolvimento da instrução e atrativo do sa em que seus doutrinadores entram, em diversas matérias, em contradi-
capital privado.” ção uns com os outros.
Celso Antonio Bandeira de Mello acredita que não se tratam as socie-
6 RELAÇÕES COM TERCEIROS dades de economia mista e as empresas públicas de paraestatais, Sendo
As Entidades Paraestatais estão sujeitas a licitação, seguindo a lei acompanhado por Marçal Justen Filho que acredita serem apenas entida-
8.666/83, para compras, obras, alienações e serviços no geral, segundo o des paraestatais os serviços sociais autônomos.
artigo 17 da referida lei. Quando imóveis dependerão de avaliação prévia e Diferentemente do que eles acreditam, Hely Lopes Meirelles acredita
de licitação na modalidade de concorrência. Sendo apenas dispensada a que as empresas públicas e as sociedades de economia mista se tratam
licitação nos seguintes casos: sim de paraestatais junto com os serviços sociais autônomos.
“a) dação em pagamento; “ Hely Lopes Meirelles diz que as entidades paraestatais podem ser lu-
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da crativas por serem empresariais. Já Ana Patrícia Aguiar, Celso Antonio
Administração Pública, de qualquer esfera de governo; Bandeira de Mello e Marçal Justen Filho discordam dizendo que elas de-
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do vem ser não lucrativas.
inciso X do art. 24 desta Lei; São Fomentados pelo Estado, através de contrato social, quando são
d) investidura; de interesse coletivo. Não se submetem ao Estado porque são autônomos
Com esses estudos, um espaço enorme para novas ideias estava au- O planejamento envolve a determinação no presente do que se espera
tomaticamente aberto, e ele foi ocupado imediatamente. Henri Fayol, em para o futuro da organização, envolvendo quais as decisões deverão ser
seu livro General and Industrial Management, introduziu aquilo que hoje tomadas, para que as metas e propósitos sejam alcançados.
chamamos Processo Administrativo: planejamento, organização, comando,
coordenação e controle. Max Weber criou uma teoria de estrutura de poder Organizar: pode-se constatar que [...] se fosse possível sequenciar,
e autoridade, que denominou Escola Burocrática. Oliver Sheldon escreveu diríamos que depois de traçada(s) a(s) meta(s) organizacional (ais), é
o livro Filosofia da Administração, reconhecendo a responsabilidade e a necessário que as atividades sejam adequadas às pessoas e aos recursos
ética da administração perante a sociedade. da organização, ou seja, chega a hora de definir o que deve ser feito, por
quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-
A partir daí surgiram estudos que não podemos caracterizar como es- se, o que é preciso para a realização da tarefa. (ARAÚJO, 169, 2004).
colas propriamente ditas, porque foram surgindo em ondas e superpondo-
se uma teoria à outra, considerados mais propriamente como abordagens Logo, “organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos
teóricas. Virnet em uma estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo de
organizar tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a
A administração é um conjunto de normas e funções elaboradas para divisão de um todo em partes ordenadas.” (MAXIMIANO, 111, 2002).
disciplinar elementos de produção, que têm como objetivo alcançar um
resultado eficaz e retorno financeiro. Administrar envolve a elaboração de Liderar: envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num
planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é objetivo comum. “Meta(s) traçada(s), responsabilidades definidas, será
exigida a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de preciso neste momento uma competência essencial, qual seja, a de
Administração. influenciar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam
alcançados.” (ARAÚJO, 170, 2004).
A profissão de administrador é historicamente recente e foi
regulamentada no Brasil em 9 de setembro de 1965, data em que se Maximiano ao invés de liderar, define o terceiro passo como executar,
comemora o Dia do Administrador. “o processo de execução consiste em realizar as atividades planejadas que
envolvem dispêndio de energia física e intelectual” (MAXIMIANO, 119,
Os primeiros administradores profissionais (administrador contratado, 2002).
que não é o dono do negócio) foram os que geriram as companhias de
E por último controlar, que “estando a organização devidamente
navegação inglesas a partir do século XVII.
planejada, organizada e liderada, é preciso que haja um acompanhamento
das atividades, a fim de se garantir a execução do planejado e a correção
Segundo Jonh W. Riegel, "o êxito do desenvolvimento de executivos
em uma empresa é resultado, em grande parte, da atuação e da de possíveis desvios”(ARAÚJO, 170, 2004).
capacidade dos seus gerentes no seu papel de educadores.Cada superior Cada uma das características podem ser definidas separadamente,
assume este papel quando ele procura orientar e facilitar os esforços dos porém dentro da organização, são executadas em conjunto, ou seja, não
seus subordinados para se desenvolverem". podem ser trabalhados disjuntas.
Funções administrativas Princípios para um bom Administrador
Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador: Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas;
planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar - POCCC. Atualmente, Saber decidir e solucionar problemas;
sobretudo com as contribuições da Abordagem Neoclássica da Saber lidar com pessoas: comunicar eficientemente, negociar,
Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os conduzir mudanças, obter cooperação e solucionar conflitos.
princípios foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar, Organizar,
Ter uma visão sistêmica e global da estrutura da organização;
Dirigir e Controlar (PODC). Ressalte-se, então, que destas funções as que
sofreram transformações na forma de abordar foram "comandar e Ser proativo, ousado e criativo;
coordenar" que anteriormente chamava-se Dirigir (Liderança). Ser um bom líder;
Gerir com responsabilidade e profissionalismo.
Atualmente, as principais funções administrativas são:
Fixar objetivos (planejar) TAYLORISMO
Analisar: conhecer os problemas. Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração
desenvolvido pelo engenheiro estadunidense Frederick Winslow Taylor
Solucionar problemas
(1856-1915), que é considerado o pai da administração científica.
Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e Caracteriza-se pela ênfase nas tarefas, objetivando-se aumentar a
as pessoas). eficiência da empresa aumentando-se a eficiência ao nível operacional.
Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar)
Negociar Primeiros estudos essenciais desenvolvidos por Taylor
Tomar as decisões. Em relação ao desenvolvimento do pessoal e seus resultados
Mensurar e avaliar (controlar). objetivamente: acreditava que, oferecendo instruções sistemáticas
e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria
As características do gestor possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade..
Entende-se como características do gestor, suas funções, Em relação ao planejamento a atuação dos processos: achava que
habilidades e competências. todo e qualquer trabalho necessita, preliminarmente, de um estudo
Segundo Araújo (2004), “as funções do gestor foram, num primeiro para que seja determinada uma metodologia própria, visando
momento, delimitadas como: planejar, organizar, comandar, coordenar e sempre o seu máximo desenvolvimento.
controlar. No entanto, por ser essa classificação bastante difundida, é Em relação a produtividade e à participação dos recursos
comum encontrá-la em diversos livros e até mesmo em jornais de forma humanos: estabelecia a co-participação entre o capital e o
condensada em quatro categorias. São elas: planejar, organizar, liderar e trabalho, cujo resultado refletia em menores custos, salários mais
controlar.” elevados e, principalmente, em aumentos de níveis de
Planejar: “definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, produtividade.
como serão alcançadas e quais são seus propósitos e seus objetivos” Em relação ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às
(ARAÚJO, 169, 2004), ou como “ferramenta que as pessoas e as normas procedimentais: introduziu o controle com o objetivo de
Metodologia do estudo Ford criou o mercado de massa para os automóveis. Sua obsessão era
Taylor iniciou o seu estudo observando o trabalho dos operários. Sua tornar o automóvel tão barato que todos poderiam comprá-lo, porém
teoria seguiu um caminho de baixo para cima, e das partes para o todo; mesmo com o barateamento dos custos de produção, o sonho de Henry
dando ênfase na tarefa. Para ele a administração tinha que ser tratada Ford permaneceu distante da maioria da população.
como ciência. Desta forma ele buscava ter um maior rendimento do serviço
do operariado da época, o qual era desqualificado e tratado com desleixo Uma das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento
pelas empresas. Não havia, na época, interesse em qualificar o trabalhador, da linha de montagem. Os veículos eram montados em esteiras rolantes
diante de um enorme e supostamente inesgotável "exército industrial de que movimentavam-se enquanto o operário ficava praticamente parado,
reserva". O estudo de "tempos e movimentos" mostrou que um "exército" realizando uma pequena etapa da produção. Desta forma não era
industrial desqualificado significava baixa produtividade e lucros necessária quase nenhuma qualificação dos trabalhadores. Outra
decrescentes, forçando as empresas a contratarem mais operários. Taylor característica é a de que o trabalho é entregue ao operário, em vez desse ir
tinha o objetivo de acelerar o processo produtivo, ou seja, produzir mais em buscá-lo, fazendo assim a analogia à eliminação do movimento inútil.
menos tempo, e com qualidade.
O método de produção fordista exigia vultuosos investimentos e
Organização Racional do Trabalho grandes instalações, mas permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões
Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava de carros por ano, durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no
a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse processo de produção fordista foi o mítico Ford Modelo T, mais conhecido
de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um no Brasil como "Ford Bigode".
tempo médio, a fim de que as atividades fossem feitas em um
tempo menor e com qualidade, aumentando a produção de forma O Fordismo teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra
eficiente e eficaz. Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história
Estudo da fadiga humana: a fadiga predispõe o trabalhador à do capitalismo como Os Anos Dourados. Entretanto, a rigidez deste modelo
diminuição da produtividade e perda de qualidade, acidentes, de gestão industrial foi a causa do seu declínio. Ficou famosa a frase de
doenças e aumento da rotatividade de pessoal. Ford, que dizia que poderiam ser produzidos automóveis de qualquer cor,
Divisão do trabalho e especialização do operário, cada um se desde que fossem pretos. O motivo disto era que com a cor preta, a tinta
especializaria e desenvolveria as atividades em que mais tivessem secava mais rápido e os carros poderiam ser montados mais rapidamente.
aptidões.
Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o A partir da década de 70, o Fordismo entra em declínio. A General
conteúdo de tarefas de uma função, como executar e as relações Motors flexibiliza sua produção e seu modelo de gestão. Lança diversos
com os demais cargos existentes. modelos de veículos, várias cores e adota um sistema de gestão
Incentivos salariais e prêmios por produtividade profissionalizado, baseado em colegiados. Com isto a GM ultrapassa a
Condições de trabalho: O conforto do operário e o ambiente físico Ford, como a maior montadora do mundo.
ganham valor, não porque as pessoas merecessem, mas porque
são essenciais para o ganho de produtividade Na década de 70, após os choques do petróleo e a entrada de
Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a competidores japoneses no mercado automobilístico, o Fordismo e a
uniformidade e reduzir os custos Produção em massa entram em crise e começam gradativamente a serem
Supervisão funcional: os operários são supervisionados por substituídos pela Produção enxuta, modelo de produção baseado no
supervisores especializados, e não por uma autoridade Sistema Toyota de Produção.
centralizada.
Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do mundo e
Homem econômico: o homem é motivável por recompensas
põe um ponto final no Fordismo.
salariais, econômicas e materiais.
Pagamento diferenciado para quem produzia acima de um certo
TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
padrão.
A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol.
A empresa era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do
não recebiam influências externas. O sistema fechado é mecânico, homem econômico e pela busca da máxima eficiência.
previsível e determinístico. Porém, a empresa é um sistema que
movimenta-se conforme as condições internas e externas, portanto, um Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos
sistema aberto e dialético. incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e
responsabilidade.
Princípios da Administração Científica
Taylor pretendia definir princípios científicos para a administração das Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol
empresas. Tinha por objetivo resolver os problemas que resultam das defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência
relações entre os operários, como consequência modificam-se as relações na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por
humanas dentro da empresa, o bom operário não discute as ordens, nem executivos Europeus, os seguidores da Administração Científica só
as instruções, faz o que lhe mandam fazer. A gerência planeja e o operário deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos
apenas executa as ordens e tarefas que lhe são determinadas. Estados Unidos. O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez
com que grandes contribuintes do pensamento administrativo
Os quatro princípios fundamentais da administração Científica são: desconhecessem seus princípios.
1. Princípio do planejamento
2. Princípio da preparação dos trabalhadores Princípios Básicos
3. Princípio do controle Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser estudados de
4. Princípio da execução forma complementar aos de Taylor:
Considerações sobre a Teoria Clássica Apesar do seu neologismo, "Benchmarketing" é mais do que uma
Obsessão pelo comando - Tendo como ótica a visão da empresa simples combinação de palavras - exprime uma filosofia. Este processo não
a partir da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na se limita na simples identificação das melhores práticas, mas,
unidade do comando, autoridade e na responsabilidade. Em principalmente, na sua divulgação através das diversas técnicas do
função disso, é visto como obcecado pelo comando. Marketing. "Benchmarking é simplesmente o método sistemático de
A empresa como sistema fechado - A partir do momento em que procurar os melhores processos, as ideias inovadoras e os procedimentos
o planejamento é definido como sendo a pedra angular da gestão de operação mais eficazes que conduzam a um desempenho superior"
empresarial, é difícil imaginar que a organização seja vista como (Christopher E. Bogan).
uma parte isolada do ambiente.
No primeiro período de sua obra, Taylor voltou-se exclusivamente para Organização Racional Do Trabalho - ORT
a racionalização do trabalho dos operários, estendendo-se no segundo 1) Análise dos "tempos e movimentos"
período à definição de princípios de Administração aplicáveis a todas as 2) Estudo da fadiga humana
situações da empresa. A organização racional do trabalho se fundamenta 3) Divisão do trabalho e especialização (reduzir o trabalho a uma
na análise do trabalho operário, no estudo dos tempos e movimentos, na única tarefa, ou a tarefas simples)
fragmentação dás tarefas e na especialização do trabalhador. Buscava-se a 4) Desenho de cargos e tarefas
eliminação do desperdício, da ociosidade operária e a redução dos custos 5) Incentivos salariais e prêmios por produção
de produção. 6) "Homo Econômicus" (o operário movido por recompensas
financeiras)
A única forma de obter a colaboração dos operários foi o apelo aos 7) Condições ambientais de trabalho
planos de incentivos salariais e de prêmios de produção, com base no 8) Padronização de métodos, máquinas e equipamentos
tempo-padrão (eficiência = 100%), e na convicção de que o salário constitui 9) Supervisão funcional (administração funcional): A divisão do
a única fonte de motivação para o trabalhador (homem econômico). O trabalho aplicada às chefias
desenho de cargos e tarefas enfatiza o trabalho simples e repetitivo das
linhas de produção e montagem, a padronização e as condições de traba- Ford - "Linha de Montagem"
lho que assegurassem eficiência. Verificou-se que não adiantava racionali- Princípios
zar o trabalho do operário se o supervisor, o chefe, o gerente, o diretor 1) Fazer as coisas da melhor maneira possível
continuavam a trabalhar dentro do mesmo empirismo anterior. Para envol- 2) Distribuir com clareza as responsabilidades
ver esses escalões mais elevados, os engenheiros da Administração Cientí- 3) Escolher os trabalhadores mais capazes, não importa a que preço
fica passaram a se preocupar com os princípios de Administração capazes 4) Reduzir os juros na apreciação dos lucros
de balizar o comportamento dos gerentes e chefes. 5) Progredir sempre, para não retrogradar
Racionalização
Inúmeras críticas podem ser feitas à Administração Científica: o meca-
1) Produzir mais, com a mesma ou melhor qualidade e com o mesmo
nicismo de sua abordagem que lhe garante o nome de teoria da máquina, a
ou menor custo
superespecialização que robotiza o operário, a visão microscópica do
2) Remunerar melhor os trabalhadores, com o mesmo ou menor
homem tomado isoladamente e como um apêndice da maquinaria industri-
custo
al, a ausência de qualquer comprovação científica de suas afirmações e
3) Manter o ambiente de trabalho agradável e higiênico, diminuindo o
princípios, a abordagem", incompleta envolvendo apenas a organização
número e a gravidade dos acidentes, com o mesmo ou menor
formal, a limitação do campo de aplicação à fábrica, omitindo o restante da
custo
vida de uma empresa, a abordagem eminentemente prescritiva e normativa
4) Harmonizar ao máximo as chefias com os subordinados
e tipicamente de sistema fechado, entre outras.
5) Conciliar os interesses de todos
Contudo, estas limitações e restrições não apagam o fato de que a Críticas
Administração Científica foi o primeiro passo na busca de uma teoria admi- 1) Mecanicismo: A organização como uma "máquina"
nistrativa. E um passo pioneiro e irreversível. 2) Supeespecialização do operário
Vejamos, separadamente, cada uma dessas características da buro- Toda a estrutura no trabalho e o desempenho no cargo são assegura-
cracia. dos por um conjunto de regras e normas que ajustam completamente o
funcionário às exigências do cargo e às exigências da organização: a
Caráter legal das normas e regulamentos máxima produtividade.
A burocracia é uma organização ligada por normas e regulamentos
previamente estabelecidos por escrito. Em outros termos, é uma organiza- Competência técnica e meritocracia
ção baseada em uma espécie de legislação própria que define antecipada- A burocracia é uma organização na qual a escolha das pessoas é ba-
mente como a organização burocrática deverá funcionar. Essas normas e seada no mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais.
regulamentos são escritos. Também são exaustivos porque procuram cobrir A admissão, a transferência e a promoção dos funcionários são baseadas
todas as áreas da organização, prever todas as ocorrências possíveis e em critérios, válidos para toda a organização, de avaliação e de classifica-
enquadrá-las dentro de um esquema previamente definido capaz de regular ção e não em critérios particulares e arbitrários. Esses critérios universais
tudo o que ocorra dentro da organização. As normas e regulamentos são são racionais e levam em conta a competência, o mérito e a capacidade do
racionais porque são coerentes com os objetivos visados. Neste sentido, a funcionário em relação ao cargo ou função considerados. Daí a necessida-
burocracia é uma estrutura social racionalmente organizada. As normas e de de exames, concursos, testes e títulos para a admissão e promoção dos
regulamentos são legais porque conferem às pessoas investidas da autori- funcionários.
dade um poder de coação sobre os subordinados e também os meios
coercitivos capazes de impor a disciplina. As normas e regulamentos são Especialização da Administração
escritos para assegurar uma interpretação sistemática e unívoca. Desta A burocracia é uma organização que se baseia na separação entre a
maneira, economizam esforços e possibilitam a padronização dentro da propriedade e a administração. Os membros do corpo administrativo devem
organização. estar completamente separados da propriedade dos meios de produção.
Em outros termos, os administradores da burocracia não são os seus donos
Caráter formal das comunicações ou proprietários. O dirigente não é necessariamente o dono do negócio ou
A burocracia é uma organização ligada por comunicações escritas. As um grande acionista da organização, mas um profissional especializado na
regras, decisões e ações administrativas são formuladas e registradas por sua administração.
escrito. Daí o caráter formal da burocracia: todas as ações e procedimentos Profissionalização dos participantes
são feitos por escrito para proporcionar comprovação e documentação
A burocracia é uma organização que se caracteriza pela profissionali-
adequadas. Além disso, a interpretação unívoca das comunicações tam- zação dos seus participantes. Cada funcionário da burocracia é um profis-
bém é assegurada.
sional, pelas seguintes razões:
a) É um especialista: cada funcionário é especializado nas atividades
Caráter racional e divisão do trabalho do seu cargo. Sua especialização varia conforme o nível em que
A burocracia é uma organização que se caracteriza por uma sistemáti- está situado. Enquanto os que ocupam posições no topo da orga-
ca divisão do trabalho. Essa divisão do trabalho atende a uma racionalida-
nização (vértice da pirâmide organizacional) são generalistas, à
de, isto é, ela é adequada aos objetivos a serem atingidos: a eficiência da medida que se desce nos escalões hierárquicos, os que ocupam
organização. Daí o aspecto racional da burocracia. Há uma divisão sistemá- posições mais baixas vão se tornando gradativamente mais espe-
tica do trabalho, do direito e do poder, estabelecendo as atribuições de cialistas;
cada participante, os meios de obrigatoriedade e as condições necessárias.
b) É assalariado: os funcionários da burocracia participam da organi-
Cada participante passa a ter o seu cargo específico, as suas funções
zação e, para tanto, recebem salários correspondentes ao cargo
específicas e a sua específica esfera de competência e de responsabilida- que ocupam. Quanto mais elevado o cargo na escala hierárquica,
de.
maior o salário, e obviamente o poder;
c) É ocupante de cargo: o funcionário da burocracia é um ocupante
Impessoalidade nas relações
de cargo e seu cargo é a sua principal atividade dentro da organi-
Essa distribuição de atividades é feita impessoalmente, ou seja, é feita
zação, tomando todo o seu tempo de permanência nela;
em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. Daí o caráter
d) É nomeado por superior hierárquico: o funcionário é um profissio-
impessoal da burocracia. A administração da burocracia é realizada sem
nal selecionado e escolhido por sua competência e capacidade,
considerar as pessoas como pessoas, mas como ocupantes de cargos e nomeado (admitido), assalariado, promovido ou demitido da orga-
funções. O poder de cada pessoa é impessoal e deriva do cargo que ocu-
nização pelo seu superior hierárquico;
pa. Também a obediência prestada pelo subordinado ao superior é impes- e) Seu mandato é por tempo indeterminado: quando um funcionário
soal. Ele obedece ao superior, não em consideração à sua pessoa, mas ao
ocupa um cargo dentro da burocracia, o seu tempo de permanên-
cargo que o superior ocupa. A burocracia precisa garantir a sua continuida-
cia nesse cargo é indefinido e indeterminado;
de ao longo do tempo: as pessoas vêm e se vão, os cargos e funções f) Segue carreira dentro da organização: na medida em que um fun-
permanecem. Cada cargo abrange uma área ou setor de competência e de
cionário demonstre mérito, capacidade e competência, ele pode vir
responsabilidade. a ser promovido para outros cargos superiores. Em outros termos,
MAURANO, Adriana. A redefinição do papel do Estado e a introdução de novas As pesquisas de opinião têm revelado que a reforma do aparelho do
figuras jurídicas no Direito brasileiro . Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 531, 20 Estado conta com o apoio decidido da população. O apoio é fundamental,
dez. 2004. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6073>. mas não é suficiente. Se quisermos avançar na adoção de formas moder-
Acesso em: 15 jan. 2010. nas de gestão pública, é imprescindível, também, que os servidores pas-
Conhecimentos Específicos 69 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
sem a ter uma nova visão de seu papel, pois é no dia-a-dia do exercício das econômica expressava agora a dificuldade do Estado em continuar a admi-
funções públicas que a mais profunda e verdadeira reforma vai realizar-se. nistrar as crescentes expectativas em relação à política de bem-estar
aplicada com relativo sucesso no pós-guerra.
Por implicar a flexibilização da estabilidade do funcionalismo, a reforma
administrativa tem sido identificada como contrária aos interesses dos A Primeira Grande Guerra Mundial e a Grande Depressão foram o
servidores. Nada mais incorreto: os bons funcionários, que constituem a marco da crise do mercado e do Estado Liberal. Surge em seu lugar um
maioria absoluta, nada têm a temer. Muito pelo contrário: pretende-se novo formato de Estado, que assume um papel decisivo na promoção do
valorizar o servidor público, propiciando-lhe motivação profissional, remune- desenvolvimento econômico e social. A partir desse momento, o Estado
ração condizente com o mercado de trabalho nacional, além de razoável passa a desempenhar um papel estratégico na coordenação da economia
segurança no emprego. Só assim será restaurada a criatividade, a respon- capitalista, promovendo poupança forçada, alavancando o desenvolvimento
sabilidade e a dignidade do servidor público, cuja aspiração maior deve ser econômico, corrigindo as distorções do mercado e garantindo uma distribui-
a de bem servir a população. ção de renda mais igualitária.
Solicito encarecidamente a todos que exercem funções públicas no Não obstante, nos últimos 20 anos, esse modelo mostrou-se superado,
Governo Federal que leiam atentamente este "Plano Diretor da Reforma do vítima de distorções decorrentes da tendência observada em grupos de
Aparelho do Estado", porque, do bom cumprimento de suas diretrizes, empresários e de funcionários, que buscam utilizar o Estado em seu próprio
dependerá o êxito da transformação do Estado brasileiro. O "Plano", que já benefício, e vítima também da aceleração do desenvolvimento tecnológico
está sendo posto em prática em várias de suas dimensões, é resultado de e da globalização da economia mundial, que tornaram a competição entre
ampla discussão no âmbito da Câmara da Reforma do Estado. as nações muito mais aguda. A crise do Estado define-se então como: (1)
uma crise fiscal, caracterizada pela crescente perda do crédito por parte do
O desafio de implementar integralmente essa reforma, contudo, é Estado e pela poupança pública que se torna negativa; (2) o esgotamento
imenso e exigirá a dedicação e o entusiasmo de todos. É nosso dever dar da estratégia estatizante de intervenção do Estado, a qual se reveste de
uma resposta urgente e eficaz à população, que, ao me eleger Presidente várias formas: o Estado do bem-estar social nos países desenvolvidos, a
da República, acreditou na capacidade deste Governo de mudar o Brasil, estratégia de substituição de importações no terceiro mundo, e o estatismo
criando um modelo de justiça social, em que o direito a uma vida com nos países comunistas; e (3) a superação da forma de administrar o Esta-
dignidade lhe seja garantido. do, isto é, a superação da administração pública burocrática.
Brasília, novembro de 1995
Fernando Henrique Cardoso No Brasil, embora esteja presente desde os anos 70, a crise do Estado
1- INTRODUÇÃO somente se tornará clara a partir da segunda metade dos anos 80. Suas
manifestações mais evidentes são a própria crise fiscal e o esgotamento da
Estado e sociedade formam, numa democracia, um todo indivisível. O estratégia de substituição de importações, que se inserem num contexto
Estado, cuja competência e limites de atuação estão definidos precipua- mais amplo de superação das formas de intervenção econômica e social do
mente na Constituição, deriva seu poder de legislar e de tributar a popula- Estado. Adicionalmente, o aparelho do Estado concentra e centraliza fun-
ção, da legitimidade que lhe outorga a cidadania, via processo eleitoral. A ções, e se caracteriza pela rigidez dos procedimentos e pelo excesso de
sociedade, por seu turno, manifesta seus anseios e demandas por canais normas e regulamentos.
formais ou informais de contato com as autoridades constituídas. É pelo
diálogo democrático entre o Estado e a sociedade que se definem as A reação imediata à crise - ainda nos anos 80, logo após a transição
prioridades a que o Governo deve ater-se para a construção de um país democrática - foi ignorá-la. Uma segunda resposta igualmente inadequada
mais próspero e justo. foi a neoliberal, caracterizada pela ideologia do Estado mínimo. Ambas
revelaram-se irrealistas: a primeira, porque subestimou tal desequilíbrio; a
Nos últimos anos assistimos em todo o mundo a um debate acalorado - segunda, porque utópica. Só em meados dos anos 90 surge uma resposta
ainda longe de concluído - sobre o papel que o Estado deve desempenhar consistente com o desafio de superação da crise: a ideia da reforma ou
na vida contemporânea e o grau de intervenção que deve ter na economia. reconstrução do Estado, de forma a resgatar sua autonomia financeira e
No Brasil, o tema adquire relevância particular, tendo em vista que o Esta- sua capacidade de implementar políticas públicas.
do, em razão do modelo de desenvolvimento adotado, desviou-se de suas
Nesse sentido, são inadiáveis: (1) o ajustamento fiscal duradouro; (2)
funções precípuas para atuar com grande ênfase na esfera produtiva. Essa
reformas econômicas orientadas para o mercado, que, acompanhadas de
maciça interferência do Estado no mercado acarretou distorções crescentes
uma política industrial e tecnológica, garantam a concorrência interna e
neste último, que passou a conviver com artificialismos que se tornaram
criem as condições para o enfrentamento da competição internacional; (3) a
insustentáveis na década de 90. Sem dúvida, num sistema capitalista,
reforma da previdência social; (4) a inovação dos instrumentos de política
Estado e mercado, direta ou indiretamente, são as duas instituições cen-
social, proporcionando maior abrangência e promovendo melhor qualidade
trais que operam na coordenação dos sistemas econômicos. Dessa forma,
para os serviços sociais; e (5) a reforma do aparelho do Estado, com vistas
se uma delas apresenta funcionamento irregular, é inevitável que nos
a aumentar sua "governança", ou seja, sua capacidade de implementar de
depararemos com uma crise. Foi assim nos anos 20 e 30, em que clara- forma eficiente políticas públicas.
mente foi o mau funcionamento do mercado que trouxe em seu bojo uma
crise econômica de grandes proporções. Já nos anos 80 é a crise do Esta- Cabe aos ministérios da área econômica, particularmente aos da Fa-
do que põe em xeque o modelo econômico em vigência. zenda e do Planejamento, proporem alternativas com vistas à solução da
crise fiscal. Aos ministérios setoriais compete rever as políticas públicas,
É importante ressaltar que a redefinição do papel do Estado é um tema em consonância com os novos princípios do desenvolvimento econômico e
de alcance universal nos anos 90. No Brasil, essa questão adquiriu impor- social. A atribuição do Ministério da Administração Federal e Reforma do
tância decisiva, tendo em vista o peso da presença do Estado na economia Estado é estabelecer as condições para que o governo possa aumentar sua
nacional: tornou-se, consequentemente, inadiável equacionar a questão da governança. Para isso, sua missão específica é a de orientar e instrumenta-
reforma ou da reconstrução do Estado, que já não consegue atender com lizar a reforma do aparelho do Estado, nos termos definidos pela Presidên-
eficiência a sobrecarga de demandas a ele dirigidas, sobretudo na área cia através deste Plano Diretor.
social. A reforma do Estado não é, assim, um tema abstrato: ao contrário, é
algo cobrado pela cidadania, que vê frustradas suas demandas e expectati- Entende-se por aparelho do Estado a administração pública em sentido
vas. amplo, ou seja, a estrutura organizacional do Estado, em seus três Poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário) e três níveis (União, Estados-membros
A crise do Estado teve início nos anos 70, mas só nos anos 80 se tor- e Municípios). O aparelho do Estado é constituído pelo governo, isto é, pela
nou evidente. Paralelamente ao descontrole fiscal, diversos países passa- cúpula dirigente nos três Poderes, por um corpo de funcionários, e pela
ram a apresentar redução nas taxas de crescimento econômico, aumento força militar. O Estado, por sua vez, é mais abrangente que o aparelho,
do desemprego e elevados índices de inflação. Após várias tentativas de porque compreende adicionalmente o sistema constitucional-legal, que
explicação, tornou-se claro, afinal, que a causa da desaceleração econômi- regula a população nos limites de um território. O Estado é a organização
ca nos países desenvolvidos e dos graves desequilíbrios na América Latina burocrática que tem o monopólio da violência legal, é o aparelho que tem o
e no Leste Europeu era a crise do Estado, que não soubera processar de poder de legislar e tributar a população de um determinado território.
forma adequada a sobrecarga de demandas a ele dirigidas. A desordem
Em 1988, num esforço de impedir o arbítrio e fortalecer as instituições Além disso, a extensão do regime estatutário para todos os servidores
democráticas, a Constituição, por força do que dispôs o artigo 48, inciso XI, civis, ampliando o número de servidores estáveis, não apenas encareceu
Torna-se, assim, essencial repensar o sistema de motivação dos servi- NÚCLEO ESTRATÉGICO. Corresponde ao governo, em sentido lato. É
dores públicos brasileiros. Não há dúvida que a motivação positiva funda- o setor que define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimen-
mental é aquela relacionada com o sentido de missão do servidor. Para o to. É, portanto, o setor onde as decisões estratégicas são tomadas. Corres-
servidor público é mais fácil definir esse sentido do que para o empregado ponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e, no
privado, já que a atividade do Estado está diretamente voltada para o Poder Executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus
interesse público, enquanto que a atividade privada só está indiretamente, auxiliares e assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formula-
através do controle via mercado. Entretanto, em momentos de crise e de ção das políticas públicas.
transição como o que vivemos, o papel do Estado e do servidor público ATIVIDADES EXCLUSIVAS. É o setor em que são prestados serviços
ficam confusos. A ideia burocrática de um Estado voltado para si mesmo que só o Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder
está claramente superada, mas não foi possível ainda implantar na adminis- extroverso do Estado - o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como
tração pública brasileira uma cultura de atendimento ao cidadão-cliente. exemplos temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previ-
A segunda motivação é a da profissionalização do serviço público, não dência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumpri-
apenas através de concursos e processos seletivos públicos, mas princi- mento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de
palmente através de um sistema de promoções na carreira em função do saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação
mérito acompanhadas por remuneração correspondentemente maior. Essa básica, o serviço de emissão de passaportes etc.
motivação é fundamental, mas já vimos que não pode ter a rigidez peculiar
No núcleo estratégico a propriedade tem que ser necessariamente es- Aumentar a efetividade do núcleo estratégico, de forma que os objeti-
tatal. Nas atividades exclusivas de Estado, onde o poder extroverso de vos democraticamente acordados sejam adequada e efetivamente al-
Estado é exercido, a propriedade também só pode ser estatal. cançados;
Quanto à compras propriamente ditas, elas podem ser de dois tipos; as Especificação dos Materiais
efetuadas no mercado local, ou compras locais, e as realizadas no mercado Os departamentos de compras ou suprimentos, por seus auxiliares
estrangeiro, mediante importação, ou compras importadas. Por outro lado, especializados, que são os agentes compradores, têm a felicidade de
o aluguel de serviços poderá ser feito por meio de contrato por um período contarem, hoje em dia, com um grande auxiliar, que são as normas
"x" com a organização prestadora de serviços, ou pela admissão de pesso- técnicas, as referências técnicas e as especificações; estas, sem dúvida,
al especializado na empresa, com tempo predeterminado ou estabelecido são de um auxílio e ajuda incomensuráveis.
para a execução dos serviços pretendidos.
É evidente que através de uma descrição exata daquilo que se deseja,
O contrato que o setor de compras mantém com os serviços adminis- cria-se um clima de compreensão entre quem compra e quem vende
trativos da empresa evidencia-se na estreita e intensa relação " poderíamos alguma coisa.
até designá-la por contínua - com a contabilidade geral, subordinada à Em linhas gerais, a especificação nada mais é do que o comprador dar
administração financeira e orçamentária, todos os detalhes, do que deseja adquirir, ao vendedor.
O controle do transporte dos materiais adquiridos pela seção de com- Atualmente, aqueles que adquirem contam com os inestimáveis auxilia-
pras visa acompanhar, mediante as notas de conhecimento, o percurso dos res, que são os institutos especializados e mundialmente conhecidos como
bens, desde a saída dos fornecedores até a recepção na empresa, levando A.S.T.M., A.S.A. e C.F.E.,, existindo ainda um sem número de especifica-
em consideração as condições de segurança e, principalmente, o rigoroso ções e normas técnicas, como por exemplo: As Alemãs, lnglesas, France-
cumprimento das datas de entrega. Por outro lado, a empresa deverá ter sas, ltalianas, etc.
uma frota de veículos " cuja quantidade dependerá, como é natural, do
tamanho dela - para transportar alguns bens provenientes de fornecedores Aqui no Brasil, contamos com a A,B,N, T, - Associação Brasileira de
que não dispõem de meios de transporte próprios e, sobretudo, os importa- Normas Técnicas -, instituição genuinamente nacional, que não fica nada a
dos, que, na maioria dos casos, chegam por via marítima. Para ilustrar esse dever às congêneres.
aspecto, tomemos o exemplo do Estado de São Paulo, que possui em seu
território apenas o porto de Santos para carga e descarga de materiais em Os serviços prestados pela A.B.N.T. ao País, com a colaboração das
larga escala. Estes, uma vez liberados pela alfândega - e quando aí são "Normas Brasileiras ,adotadas oficialmente em todo o Brasil, são de um
inspecionados os aspectos legais, securitários etc. nota-se sempre a pre- valor inestimável.
sença de um elemento ou mais do setor de compras ou de armazém da
empresa - tem de chegar até as organizações consumidoras por transporte Os compradores modernos, utilizando e fornecendo aos vendedores
rodoviário, próprio ou alugado. especificações corretas e sucintas daquilo que desejam adquirir, estão
automaticamente indicando, de maneira racional, aquilo que desejam
Neste último caso, temos um exemplo de aluguel de serviços comprar. E podemos concluir, que quanto mais precisas, minuciosas e com
necessários à empresa, ligado à administração de materiais por intermédio todos os detalhes descritos, ter-se-á certeza de que as cotações que irão
da seção de compras, como já vimos. receber estarão fundamentadas corretamente.
O setor de controle divide-se em dois tipos bem característicos: o con- Outro fato que revela o grande valor das especificações é o fato de a
trole físico dos materiais adquiridos e o controle financeiro dos mesmos. sua função dar, a todas as pessoas com quem desejamos transacionar, a
Este setor também está estritamente relacionado com a contabilidade geral, indicação exata dos requisitos específicos e das nossas exigências.
porquanto deverá estar ciente das normas legais de escrituração para
Seu consumo não tem proporcionalidade com o volume da produção. Embora as duas condições de custo continuem a ser praticadas, todos
os negócios FOB trarão novo encargo para os responsáveis pela adminis-
Expedição: Distribuição de Materiais tração de materiais: a escolha do transportador. Nas compras FOB, caberá
Em "Administração de Materiais - Uma abordagem Logística", MARCO ao comprador estabelecer uma política de transporte que lhe permita man-
AURÉLIO P. DIAS (Atlas, 2ª, p. 34g e 35) escreve sobre o sistema de ter custos adequados, ao mesmo tempo que terá de responder pela eficiên-
distribuição: cia da operação para que seus insumos cheguem ao almoxarifado nos
prazos necessários à manutenção dos estoques. Com isso torna-se indis-
O sistema de distribuição de produtos de uma empresa sempre foi im- pensável estabelecer critérios básicos de transporte que lhe permitam a
portante e complexo, pois o transporte é um considerável elemento de escolha das opções mais condizentes com suas necessidades.
custo em toda a atividade industrial e comercial. Desde a crise do petróleo,
num país onde quase 80% das mercadorias são transportadas via rodoviá- É fácil constatarmos então a importância de um Departamento centrali-
ria, a racionalização desta operação passou a ser vital à estrutura econômi- zador de serviços de transportes utilizados pela empresa. Basta verificar-
co-financeira das empresas. A decisão entre a frota própria, leasing ou mos que, quanto mais bem estruturados estivermos, maiores serão as
transporte de terceiros é bem mais complexa do que parece. possibilidades de colocação de produtos em diferentes mercados. Entretan-
to, a utilização de sistemas de distribuição não representa somente um
Cada situação tem características específicas e não existem regras ge- custo adicional para a empresa, mas também fator relevante na formação
rais que garantam o acerto da escolha. O que para determinada empresa é do preço final do produto.
altamente rentável pode ser um fator de aumento de custos para outra. Em
função disto, o responsável pela distribuição de produtos precisa ser um No Brasil tal participação chega a níveis de 5% a 7%, dependendo, é
especialista, muito bem entrosado e conhecedor das demais áreas da claro, da mercadoria a ser distribuída. Estes índices, no entanto, são bem
empresa. maiores para os países que possuem infra-estrutura de maior sofisticação
para tais serviços; por exemplo, nos EUA, o nível de participação poderá
Quando se toma conhecimento de que uma empresa, para mandar 20 t estar compreendido entre um mínimo de 12% e máximo de 30%.
de carga num veículo cuja capacidade é de 25 t, está aumentando em 25%
seu custo de frete, este custo adicional nem sempre é notado à primeira Análise de Valor, Qualidade e Normas Técnicas de Materiais
vista, mas ao final será a carga que pagará o frete falso ou a capacidade "A avaliação adequada dos materiais recebidos e localizados no esto-
ociosa. que é um importante problema de contabilidade de custos. A questão é
quais elementos deveriam ser incluídos na avaliação de materiais? O preço
O sistema rodoviário responde hoje pelo transporte de 70% a 80% das de fatura dos materiais no ponto de embarque do fornecedor, menos os
cargas movimentadas no Brasil, e, sem entrar no mérito de erros e acertos descontos comerciais oferecidos (não confundir com descontos de caixa),
Mas que disposição deveria ser dada para outros itens do custo dos O princípio do custo de substituição reconhece como base mais apro-
materiais de natureza menos tangível, tais como: recebimento, desembala- priada para a avaliação o preço de mercado, de estoques e bens disponí-
gem, inspeção, teste, seguros, estocagem, controle e registros de estoque veis, ou seja, o preço que seria pago por eles na data do inventário. Neste
e custos de compra? lnegavelmente, esses custos ocorrem com a finalida- caso, também se tem a antecipação do prejuízo ou lucro, conforme as
de de colocar os materiais em condições de uso, tanto quanto os custos de condições do mercado (alta ou baixa). Este método, como o anterior, não é
transporte e o correspondente ao preço pago ao fornecedor. aceito para fins de imposto de renda, como, também, pelos contadores.
Dessa maneira, todos os custos incorridos para colocar os materiais O uso do preço de venda como método de avaliação de estoques é
em condições desejáveis de uso deveriam compor o custo real dos materi- aceito apenas em certos casos. Os produtos defeituosos, materiais estra-
ais. Todavia, por propósitos práticos, para evitar dificuldades na determina- gados e co-produtos para fins de uma melhor determinação de custo,
ção do custo dos serviços de recebimento, manuseio, compra e estocagem podem ser facilmente avaliados pelo preço de mercado.
aplicáveis a cada encomenda recebida de materiais, a maioria das empre-
sas se limita a computar os custos visíveis, ou seja, preço de fatura dos Métodos de Avaliação de Custo
materiais, menos os descontos comerciais e mais despesas de transporte. Um método de determinação de custos reais é a identificação específi-
ca de materiais em estoque com os preços efetivamente pagos por eles,
Avaliação de estoque. As quatro principais bases de avaliação do constante da fatura do fornecedor ou qualquer registro de custo é aplicável,
estoque são as seguintes: na prática, apenas quando existem poucos itens ou lotes de itens. A deter-
Custo real. minação do custo correto de materiais é um problema complexo, a menos
Custo ou mercado (o que for mais baixo). que todos tenham sido adquiridos sob contratos de longa duração a preço
Custo de substituição. fixo. Os preços de mercado estão sujeitos a flutuações constantes, e, em
Valor de venda. vista disso, cada fatura recebida pode ter um preço mais alto ou mais baixo
por unidade de material que a precedente.
Se a contabilidade segue uma técnica consistente de trabalho, o méto-
do mais lógico de avaliação de estoques é o do custo real. As informações Outros métodos mais conhecidos de determinação de custos reais são:
para a Administração baseiam-se no custo real de departamentos, opera- FIFO - First-in, first-out (primeiro a entrar, primeiro a sair)i
ções, territórios, produtos, encomendas etc., não incluindo qualquer resul- LIFO - Last-in, last-out (último a entrar, último a sair);
tado (originado da adoção de qualquer outro método de avaliação), até a médio;
venda do produto ou liquidação da empresa. São os seguintes os argumen- custo standart
tos dados em favor da avaliação dos inventários pelo custo real:
custo é uma base uniforme que pode ser aplicada para todos os Método FIFO:
elementos de estoque e usada consistentemente período após Este método é usado com sucesso para itens razoavelmente volumo-
período. sos e de custo unitário elevado desde que sejam facilmente identificáveis
fato de haver flutuações nos preços de materiais ou mercadorias com o lote específico de compra a que pertençam.
não significa necessariamente que os produtos vendidos estejam
sujeitos às mesmas reações. Quando este método é usado, pressupõe-se que as saídas de materi-
Os materiais ou mercadorias são apenas um elemento do custo do ais sejam feitas conforme a ordem cronológica de entrada, ou seja, os mais
produto vendido; em muitas empresas, os custos da mão-de-obra velhos primeiro; naturalmente, essas saídas são avaliadas pelo custo
direta dos gastos gerais de fabricação são muito mais significantes. unitário do lote a que pertenciam e, por esse motivo, o estoque remanes-
É difícil determinar preços de mercado para materiais e panes cente é avaliado pelos custos unitários mais recentes. Se a quantidade
acabadas não comuns (não padronizadas). desejada for maior que as unidades remanescentes do primeiro lote, usa-se
Quando o método de custeamento usado for o FIFO ou o LIFO, em o preço de custo do segundo lote para a diferença entre a quantidade
geral, os últimos custos no primeiro caso (FIFO) e os primeiros requisitada e a remanescente do primeiro lote. Todavia, o manuseio físico
custos no segundo caso (LIFO) aproximam-se muito do valor de do material, em geral, não obedece à ordem de custeamento, mesmo
mercado ou custo de substituição. sendo recomendável para itens que estão sujeitos à deterioração e obso-
Quando o custo for usado como base não se admite a apuração de lescência.
perdas ou lucros antecipados (afetando as operações correntes
antes que a venda tenha sido realizada) Método LIFO:
Os preços de mercado podem ser comparados com custos estatís- Também é conhecido como método do "custo de substituição" e ba-
ticos em relatórios e demonstrativos financeiros, sem haver neces- seia-se na argumentação que os lotes são consumidos na ordem inversa
sidade de alteração dos registros contábeis. ao recebimento, ou seja, o último é consumido primeiro, em seguida o
penúltimo, posteriormente o antepenúltimo, e assim por diante.
Uma objeção ao custo como base para cômputo de estoque relaciona- Na realidade, esta prática não é inteiramente observada, isto é, não há
se com a avaliação do balanço, Se o preço de mercado tem crescido em a distinção física dos lotes de conformidade com a sua idade (tempo em
comparação com os custos reais, torna-se debatível se o estoque estimado estoque), mas uma distinção nos registros contábeis para fins de avaliação
na base do custo apresenta o valor correto, Todavia, essa não é uma (apreçamento).
objeção muito séria, porque se houver uma importante variação no valor de O uso deste método tende a nivelar ou equilibrar os lucros e perdas du-
mercado, o inventário pode ser avaliado pelo custo e, no rodapé do balan- rante períodos seguidos de alta ou baixa de preços, ou seja, em períodos
ço, ser indicado o valor do mercado, ou ainda, constituir-se uma reserva de alta os lucros decrescerão e, nos de baixa, crescerão. A demonstração
apropriada de reavaliação, de lucros e perdas é mais atual, comparada com os demais métodos de
avaliação, embora, em consequência, o estoque aparecerá no balanço
O método de avaliação por custo ou mercado que for mais baixo, é ba- avaliado pelos preços mais antigos e, portanto, desatualizado.
seado na teoria que, se os preços de mercado são mais baixos do que o
custo dos bens ou mercadorias, haverá uma variação correspondente no Método do preço médio:
preço dos produtos vendáveis. As perdas antecipadas são concretizadas O método da média ponderada pode ser usado com grandes vanta-
por um ajustamento dos inventários contra o débito na conta de Lucros e gens quando o preço está sujeito a constantes variações (para baixo ou
Perdas. Esse método tem aplicação muito difícil nas empresas industriais, para cima), quando o estoque consiste em itens fungíveis encontrados na
porque são imensas as dificuldades na determinação do estoque de produ- indústria do petróleo, mineração, alimentos enlatados etc., ou quando haja
tos em processo de fabricação e centenas ou milhares os itens de materiais necessidade de mistura de um material com outro.
O Administrador de Materiais, dentro da moderna análise do cargo, de- De posse destes elementos, as pessoas que especificarem terão pos-
verá ser praticamente um técnico que conhece perfeitamente a origem e a sibilidade de uma descrição completa de determinado material ou matéria-
qualidade do produto a ser adquirido, ou então, tendo dúvidas deverá prima, que ficará perfeitamente identificado, evitando assim confusões com
recorrer às especificações, às normas técnicas, às referências ou a docu- similares. A aquisição de materiais de acordo com as especificações equi-
mentos referentes a fornecimentos anteriores, quando houver necessidade vale a uma garantia de qualidade.
de especificar claramente um determinado artigo.
Um outro ângulo na administração de materiais, que se beneficia de
A qualidade do artigo é considerada de grande importância no século forma acentuada, é o setor de conferência e recebimento dos materiais
em que vivemos, no qual estão sendo superadas tradicionais e importantes adquiridos para a empresa.
teorias. Por incrível que pareça, todos estes aspectos da evolução, a que
assistimos, estão diretamente ligados ao fator qualidade, requisito tão O departamento de Compra ou o Agente Comprador, ao efetuar aquisi-
necessário no terreno tecnológico. ções, por um dos sistemas adotados pela empresa, apresenta aos fornece-
dores todos os dados relativos ao material que necessita.
De um modo geral a qualidade que deverá possuir um material é regida
por uma especificação adequada. A especificação de um material nada Esses dados é que constituem as especificações, propriamente, assim
mais significa, de acordo com os mestres, do que a descrição do aspecto denominadas. O comerciante consultado irá guiar-se para fornecer a sua
físico do mesmo; portanto tais descrições devem redigidas com clareza nos cotação, pelas especificações descritivas que caracterizam o material, cuja
seus pormenores. cotação é solicitada.
Especificar corretamente um material é uma verdadeira obra de arte; Após os necessários trâmites será emitida, pelo setor competente, uma
especificar é determinar nos materiais de consumo, nas ferramentas-, nos ordem de compra em favor do fornecedor; este documento é feito em
equipamentos, nos acessórios, etc., as qualidades necessárias para a sua diversas vias, uma destas vias se destina ao almoxarifado que irá receber e
aplicação segura e econômica nos setores a que se destinam. conferir o material.
As especificações, quando elaboradas com critério e conscienciosa- No pedido ao fornecedor consta a especificação do material cuja cota-
mente, são auxiliares imprescindíveis de uma boa administração de materi- ção foi aceita; portanto, na via destinada ao almoxarifado a mesma automa-
ais. Tendo necessidade de adquirir algo, e tendo desse algo uma perfeita ticamente figura e por esta via é que ele poderá receber mercadorias, tendo
especificação, ter-se-á uma boa oportunidade de comprar corretamente o por base, para a conferência, a especificação constante da mesma.
material que necessitamos.
A nota fiscal emitida pelo comerciante, de acordo com a lei, deverá ser
Atualmente não se ignora que uma especificação bem redigida o espelho da nota de compra recebida; da comparação dos dizeres cons-
equivale a uma amostra real e concreta, não permitindo dúvidas, nem tantes da via da nota de compra e da via da nota fiscal, o conferente ou
deixando margem para a oferta de similares. recepcionista do almoxarifado poderá, então, iniciar a conferência direta
dos materiais que está recebendo" ("Administração de Materiais", Atlas, 5ª,
Os trabalhos de especificação dos materiais de uma empresa serão p. 40 a 43).
sempre realizados por uma equipe e raramente por uma única pessoa, pois
tarefa de tanta responsabilidade não poderá ser realizada a contento, por Gestão de Estoque
um único indivíduo. "É absolutamente imprescindível o bom controle dos estoques, para se
atingir a meta das boas aquisições para um empresa. A finalidade precípua
Como colaboração ao administrador de materiais, ou ao pessoal de de tal controle é ter-se os itens à mão, quando necessário, e proporcionar a
sua equipe, ao qual será cometida a tarefa da especificação dos materiais proteção adicional das reservas dos estoques (estoques mínimos), os quais
utilizados pela empresa, iremos relacionar os fatores que deverão ser são teoricamente intocáveis, porém servindo, na prática, para preencher as
A finalidade, precípua dos estoques mínimos é a de permitir ao Depar- Não obstante, há ocasiões em que a política de uma empresa para o
tamento de Compras ou ao comprador da empresa, conforme o caso, estoque determina ou modifica a política estabelecida para as compras, em
efetuar as necessárias consultas aos fornecedores inscritos no cadastro de vez de acontecer o contrário. Esta é uma das razões para que se estabele-
fornecedores, com o tempo folgado para que algumas ofertas sejam rece- ça o controle dos estoques como uma responsabilidade conjunta, onde
bidas e mesmo permitir outras vantagens, tais como: ajustar as quantidades quer que tal plano organizacional esteja sendo praticado.
de encomenda para que sejam de acordo com a embalagem comercial,
padrão, lotes de fabricação econômicos e lotações completas de veículos Não raro, o Depto. de Compras tem a responsabilidade do controle dos
de transportes, estudo dos tipos de pallets ou de containers (cofres de materiais, além das aquisições propriamente ditas; deve ter este ponto de
carga) a serem economicamente utilizados, com a finalidade de se obter vista amplo da função total do controle de materiais e ser capaz de adaptar,
um custo mínimo de transportes. tanto a política de compras como a diretriz dos estoques para atingir, assim,
o objetivo final da Administração de Materiais.
Atualmente, cada dia que passa mais se difundem estes modernos
meios de transportar cargas, tanto que, na aviação, já operam aviões Estoques de Segurança. Uma das atribuições específicas do setor
cargueiros adaptados à utilização de pallets, denominados aviões paletiza- "CONTROLE DOS ESTOQUES" é evitar que a produção venha a ser
dos, sendo de notar que, mais recentemente, os containers (cofres de paralisada por falta de um item do estoque. Este risco é mínimo pelo esta-
carga) estão sobrepujando a utilização dos pallets, pois oferecem mais belecimento do estoque de segurança ou reserva.
segurança e maneabilidade no transporte de mercadorias.
A falta de um pequeno item, como um rótulo ou um fino revestimento
Como ocorre na aviação, assim também acontece no transporte marí- da tampa de uma garrafa, pode parar a produção, tão efetivamente como a
timo sendo que barcos especialmente construídos podem aumentar em falta de um ingrediente de grande importância para o produto ser embalado.
muito a sua capacidade de carga a ser transportada de porto a porto,
aumentando consideravelmente sua capacidade de transporte; entre outras Deste modo, torna-se ainda mais importante tomar providências para
vantagens operacionais, diminui o tempo de estadia nos portos, sendo um estoque de segurança dos itens pequenos que serão controlados,
digno de registro que, buscando abreviar tais estadias, algumas companhi- atribuindo-lhes a mesma importância dos itens de maior importância.
as estão operando com um sistema de barcaças carregadas com contai-
ners que, embora o navio permaneça ao largo, elas se desprendem do O estoque mínimo, ou como querem alguns, o estoque de segurança,
barco, levando diretamente ao caís as mercadorias que transportam. ou então, estoque de reserva, é um problema básico do controle dos esto-
ques. Estoques de segurança demasiadamente grandes representam um
A quantidade matemática das quantidades de encomendas economi- desperdício, em se tratando de despesas, e podem adquirir um caráter
camente interessantes, qualquer que seja a fórmula ou método, sempre muito sério.
representa o custo da manutenção de estoques, e as taxas variáveis para
este fator, que são encontradas em algumas tabelas de quantidades a Um fato relativo aos estoques, que nem sempre é reconhecido é que,
serem encomendadas, mostram que isto não é apenas uma questão de embora os estoques de segurança possam representar uma porcentagem
juros decorrentes dos investimentos nos estoques. Há evidentemente a relativamente pequena do valor total dos estoques movimentados durante o
consideração básica da administração e operação eficiente dos almoxarifa- ano, eles podem chegar a 60% ou mais do estoque total a qualquer tempo,
dos, o que depende, em parte, das diretrizes adotadas para os estoques. o que é a base do custo de manutenção de estoque. Por outro lado esto-
ques mínimos demasiadamente pequenos não cumprem a sua finalidade.
Os custos da manipulação e da manutenção de registros variam, como
o fazem, também, os custos de compras, segundo a frequência e o volume Um estudo feito em uma grande indústria mostrou que a sua fábrica
das encomendas e das entregas, e há quantidades ótimas do ponto de poderia operar com sucesso, sem qualquer efeito sério sobre a produção se
vista da administração dos estoques, que por sua vez não coincidem ne- 1,5% (um e meio por cento) dos itens de almoxarifado estivessem sempre
cessariamente com as quantidades ótimas de compras." em falta nos estoques; e se 3% dos itens estivessem naquelas mesmas
condições, as perdas de produção seriam sérias; chegando a 5% os pro-
A limitação das reais instalações de armazenagem são citadas como gramas estariam completamente inutilizados e o Depto. de Compras teria
sendo um fator limitante na política das compras. Toda a área de custo de um seríssimo problema em providenciar os itens necessários." (Sequeira de
se proporcionar e manter instalações para a manipulação e o armazena- Araújo, "Administração de Materiais", Atlas, 5ª, p. 110 e segs.)
mento é um problema da administração dos estoques.
Formulários-Modelos para Controle de Estoque de Materiais
Enquanto o agente comprador talvez se preocupe com o dado geral re- À página 155 de sua obra "Administração de Materiais", Sequeira de
lativo ao emprego de materiais, anual ou mensalmente, o encarregado e Araújo (Atlas, 5ª edição) inicia a descrição de "Modelos indispensáveis ao
responsável pelo controle dos estoques analisa o registro muito mais deta- controle dos materiais":
lhado do número de demandas por mês, por dia, como sendo este dado um
item necessário para determinar os pontos de encomenda e as quantidades GUIA DE ENTRADA DO MATERIAL - (Mod. 10)
mínimas de estoque. Deste modo, são evitadas as faltas de estoque, em- Este modelo, também denominado "Guia da Entrada de Material", é uti-
pregando-se os pedidos dos departamentos, relativos às suas necessida- lizado como aviso ao setor que solicitou a aquisição do material, como
des operacionais. também aos órgãos da administração, engenheiros, contramestres, etc.,
que tenham necessidade de saber se o material foi recebido.
Devemos considerar, ainda, que o investimento em materiais é um fator
da política financeira, que pode superar as considerações estritamente Consideramos esse modelo, utilizado na maioria das organizações
relativas aos custos e às quantidades de compras. industriais de nossa Pátria, como uma espécie de cópia fiel da nota fiscal,
que por lei acompanha o material.
Poderão existir excelentes razões circunstanciais ou de diretrizes que
Geralmente, a nota fiscal é apresentada em duas vias ao almoxarifado
sugiram uma política de investimentos em materiais, na qual as poupanças
das compras sejam sacrificadas em benefício da fluidez das fontes de e ocorre que, não raro, os setores que solicitam a compra de materiais
capital, ou sugiram, ainda, a sua aplicação em outras áreas dos negócios. tenham necessidade de saber se o material já foi recebido, a fim de que
possam levar avante as tarefas nas quais os mesmos serão utilizados.
As decisões administrativas desta espécie são, frequentemente, completa-
das por meio de diretrizes estabelecidas para o estoque e seu controle. As unidades de processamento e apuração de dados também têm
necessidade de serem informadas do recebimento de tais materiais;
O modelo 24 é idealizado para a identificação do material e sua locali- O sistema vertical consiste em colocar as fichas verticalmente, isto é,
zação na área de estocagem. Além da descrição da classe teremos anui- são colocadas em caixas que poderão ser de madeira, ferro ou aço; geral-
dade em estoque e a sua localização, pois estoque n°... poderá informar o mente essas fichas possuem grandes formatos e são impressas em pape-
número do conjunto e a prateleira respectiva. lão fino. A desvantagem do procedimento é que quando são alguns milha-
res de itens a serem controlados o número de caixas é naturalmente consi-
Ainda na ficha consta a perfeita nomenclatura do material, isto é, a sua derável, o que dá origem à ocupação de um espaço muito grande, porém a
especificação correta, bem como o nome do funcionário que efetuou o não ser este inconveniente, não existe nenhuma restrição ao seu uso;
fichamento. algumas empresas acreditam que o sistema oferece algumas vantagens,
porque, sendo maiores as fichas, essas poderão conter mais algumas
ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO N° 2 - (Mod. 25) informações valiosas (Modelo 28).
Este modelo é uma simplificação do modelo anterior (mod. 24). Con-
forme podemos constatar, ele apenas destina-se à localização do material, O sistema conhecido por Kardex é o mais difundido, inegavelmente.
onde o mesmo está estocado e o número que lhe corresponde no lote. Apresenta uma série de vantagens que deverão ser consideradas, como,
Existe ainda a menção de "mínimo em estoque" e o tipo de "unidade" que por exemplo, um grande número de fichas num espaço relativamente
foi adotada. reduzido.
Esses dois modelos permitem a rápida localização dos materiais nas
áreas de estocagem; conforme esclarecemos, são milhares de itens exis- Este sistema é adotado pela maioria das empresas produtoras de
tentes em determinados almoxarifados industriais e é absolutamente ne- arquivos de aço, onde as fichas de controle são colocadas em gavetas na
cessário que se obtenha rapidamente a sua exata localização a fim de que posição horizontal. Cada gaveta do arquivo possui número variável de
as requisições possam ser atendidas com presteza. fichas, sendo colocadas no sentido horizontal. Poderão conter 25 ou mais
fichas cada gaveta; por sua vez cada móvel poderá conter 10, 20 e mais
NOTA DE DEVOLUÇÃO AO ALMOXARIFADO – (mod. 26) gavetas (Modelo 29).
O material, não raro, é requisitado em quantidades superiores às ne-
cessidades. Isto ocorre com materiais difíceis de serem calculados em suas DUPLO CONTROLE
exatas quantidades, por tal razão o mesmo terá que ser devolvido ao O método do "Duplo Controle" é um sistema de controle dos mais sim-
almoxarifado, já que não será utilizado. Este modelo é emitido em diversas ples e seguro, que possibilita a conferência rápida dos saldos em estoque,
vias, como por exemplo: via para recibo, que ficará em poder de quem sem haver necessidade de pesar, medir, etc. os saldos existentes, permi-
devolve; uma via para as devidas anotações nas fichas de estoque e estor- tindo, outrossim, localizar imediatamente qualquer erro, esquecimento,
no do débito; uma via para o controle contábil do estoque e finalmente uma inversões, etc. de lançamentos efetuados.
via, para quem devolve registrar em suas fichas de estoques.
Apoia-se, o sistema, na movimentação de duas fichas, denominadas
NOTA DE DEVOLUÇÃO ESPECIAL - (Mod. 27) respectivamente:
Este modelo destina-se a materiais que foram reparados, recondicio- a) Ficha de prateleira ou estoque físico
nados, remontados, testados ou examinados. É uma guia que acompanha b) Ficha controladora ou controle geral.
o material desde que o mesmo é retirado do almoxarifado; no seu retorno,
dado os processos de recuperação pelos quais muitas vezes os materiais FICHA DE PRATELEIRA - (Modelos 30 e 31)
passam, poderá haver modificações que serão perfeitamente esclarecidas Como a sua própria denominação indica, esta ficha destina-se a con-
nas respectivas colunas. O número de vias do modelo é optativo." trolar o material no próprio local em que está estocado. O seu uso evita
estar contando ou pesando, medindo ou calculando os materiais cada vez
Variáveis e Técnicas que desejarmos nos certificar de sua real existência física. A ficha perma-
Araújo ("Administração de Materiais", Atlas, 5ª edição), às pgs. 178 e nece junto ao material, quer esteja nas prateleiras ou em outros locais; a
segs., denominando CONTROLE GERAL o setor que "tem por missão mesma será movimentada toda vez que o material é retirado, ou, de forma
controlar a vida do material (máquinas, equipamentos, peças, veículos, inversa, quando registrarmos novas entradas.
acessórios, etc.) e da matéria-prima utilizada numa empresa", trata das
técnicas utilizadas, mediante controle e fichas. As fichas de prateleira limitam-se a registrar os movimentos de
"entradas e saídas", bem como a exibir automaticamente o saldo existente.
"Para ser perfeito, como é exigível, este serviço terá que ser organiza-
do de forma racional; as suas fichas de controle ao serem examinadas Neste sistema de controle, utilizando este tipo de fichas, não faremos
deverão fornecer automaticamente todos os dados relativos a cada um dos menção a preços e outras referências que naturalmente serão fornecidas
pelas fichas de controle geral. (Mod. 32).
materiais e matérias-primas adquiridas para os serviços da organização.
Essa ficha de estoque físico, registrando todas as entradas e saídas, é
Essas fichas deverão conter todas as informações necessárias com re- sem dúvida alguma um poderoso auxiliar para o pessoal que trabalha com
ferência ao material, desde o preço pago por sua aquisição até o número os estoques, pois em caso de dúvida sobre um fornecimento ou entrada de
de unidades existentes em estoque no dia em que se faz a consulta. . um material, encontra-se na ficha de prateleira todos os elementos de que
necessitamos para esclarecemos diferenças porventura surgidas no contro-
Como é natural, existem diversos modelos de fichas de controle geral; le geral.
pode-se afirmar que cada empresa idealiza, de acordo com as suas neces-
sidades e atividades, o modelo que utiliza. Tais modelos são executados Ao movimentar essas fichas, registrando todas as entradas e saídas,
por encomenda dos interessados ou pelas tipografias ou então pelos pró- iremos automaticamente balanceando a existência à medida que o material
prios vendedores das organizações que de dedicam a este ramo de comér- der entrada ou for fornecido. No último caso mencionaremos a data, o
cio. número da requisição, o funcionário ou setor que requisitou e na coluna
respectiva a quantidade e logo após o novo saldo.
Cumpre considerar que ainda muitas empresas possuem e utilizam os
seus livros de estoques em cujas folhas escrituram-se as entradas e saídas Por ocasião de balanços e balancetes as datas e os saldos poderão
dos materiais; esses livros que antecederam os fichários, atualmente em ser lançados com tinta vermelha, assinalando desta forma, perfeitamente
uso, tinham denominações diversas; uma das mais antigas de nosso co- visível, quando foram executados tais trabalhos.
nhecimento é o "Livro de Tombo", que data de remotas eras, constando,
que antigamente os mesmos, no tempo do Brasil Império, importavam-se Examinando este modelo, verificamos que no alto existe um ilhós, que
de Portugal. servirá para melhor fixar as fichas nos locais a elas destinados; um simples
Apesar de sua denominação "Ficha de prateleira" ela poderá, ou me- E assim, sucessivamente, de acordo com as necessidades peculiares a
lhor, deverá ser utilizada em outros locais, onde existam materiais estoca- cada ramo de atividade, iremos introduzindo as observações que mais
dos que sejam recebidos ou fornecidos parceladamente, como exemplifica- possam interessar à administração, e, visando atingir tal objetivo, as fichas
remos: de controle geral deverão fornecer rapidamente as informações acima
mencionadas
Em determinado local estão estocados, digamos, 100 toneladas de um
determinado material, como por exemplo ferro em barras. Esse material é Como é natural, ela pode e deve ser alterada de acordo com o ramo a
fornecido na unidade - quilos; portanto, ao atendermos requisições do que pertença a empresa, considerando os materiais e matérias-primas com
mesmo, pesamos e entregamos - quilos. Em determinado momento os os quais trabalha. As fichas em apreço poderão ser executadas para serem
auditores, os fiscais, enfim alguém interessado, deseja saber quantos quilos utilizadas em fichários horizontais ou verticais.
realmente existem no lote; se não utilizarmos as fichas de estoque físico ou
de prateleira, teremos que mandar diversos operários braçais procederem à O modelo que estamos estudando tem capacidade para receber as
verificação, isto é, o material terá que ser pesado em sua totalidade; este seguintes informações.
serviço não poderá ser feito rapidamente, teremos que consumir um grande
espaço de tempo, dependendo do tipo de balanças que contarmos para Material: Destinado a registrar a denominação pura e simples pela qual
realizar a pesagem. Talvez serão consumidos dias e semanas e as horas- o material é identificado na empresa;
homem serão muitas a pesar na folha de pagamento deste pessoal.. Con-
tando com o concurso da ficha, poderemos no minuto em que apresentada Código: Quando for adotado o sistema de codificação dos
a questão, informar que a pilha contém tantas toneladas ou quilos. materiais de consumo ou permanente, bem como da matéria-prima;
Outro ângulo: no laboratório existem determinados produtos químicos Estoque: Máximo e mínimo para as previsões de consumo;
ou preparados que são fornecidos ou utilizados, tendo como unidade:
gramas ou miligramas; um pequeno frasco contém digamos cinco gramas Embalagem: Apresentação e estocagem dos materiais: caixas, fardos,
para aviar uma receita ou completar uma fórmula; são solicitadas 1,5 g do pacotes, litros, barricas, sacos, tambores, etc.
produto; registramos na ficha esta saída e a qualquer momento poderemos
informar que no frasco ainda restam 3,5 g evitando-se, desta forma, pesar Unidade: Referência sobre a unidade adotada para estoque: dezena,
ou retirar o produto para ser pesado, considerando, ainda, que o mesmo cento, quilo, milheiro, grosa, tonelada, litro, etc.
poderá ser altamente volátil, razão pela qual o seu peso específico poderá
modificar-se toda vez que for manipulado. Ficha n°: Que deverá corresponder ao número dado à ficha de
prateleira, com a finalidade de facilitar um rápido confronto;
Cumpre salientar o valor deste sistema de imediata verificação, da exis- Substituída pela de n°: Quando ocorrer que cada ficha tenha a sua
tência física de um material em estoque, por ocasião da realização de numeração própria de acordo com o sistema adotado;
balanços e balancetes. Toda e qualquer diferença em quantidade porventu-
ra acusada no fichário central, ou na ficha de controle geral, será imediata- Substitui a de n°: Utilizado quando se tratar do sistema acima
mente localizada pelo confronto dos lançamentos das fichas de prateleira mencionado.
com as fichas de controle geral.
No corpo central desta ficha figuram as colunas clássicas em tal
FICHA DE CONTROLE GERAL OU CENTRAL (mod. 32) sistema de controle, bem como as três encontradas normalmente: -
Esta ficha denominada "Controladora", sem dúvida, é a principal. É a Entradas - Saídas - Saldos.
mesma ficha utilizada nos fichários verticais ou horizontais, é um documen-
to informativo por excelência. Nenhuma administração de materiais poderá Em ambas as margens do modelo a que estamos fazendo referência
prescindir de seu concurso. Ela é a maior e melhor fonte de informações existe uma numeração em sentido vertical. Essa numeração poderá ter a
sobre tudo que diga respeito aos materiais pertencentes a uma empresa, seguinte utilidade:
portanto é considerado documento imprescindível dentro de qualquer tipo 1°) Quanto houver necessidade de ser mencionar o número do
de organização. lançamento, referência, n° tal.
Geralmente, ao estabelecermos sistemas de controle sobre os 2°) Destina-se a localizar rapidamente a linha correspondente ao
materiais de uma empresa, buscamos por intermédio destas fichas obter lançamento, evitando-se desta forma confusão na leitura das
rapidamente as seguintes informações: linhas.
a) quantidade do material em estoque na data considerada;
b) última aquisição; Material - Especificação: Como o próprio nome indica, destina-se à
c) nome e endereço do fornecedor; descrição característica do, material ao qual corresponde.
No entanto, toda essa evolução dificulta, de certa forma, o envolvimen- Devemos saber, também que toda pessoa tem necessidades que diri-
to entre os seres humanos, pois a atenção do homem está voltada para a gem o seu comportamento, as quais ela procura constantemente satisfazer.
tecnologia, muito mais do que para as relações humanas. Este distancia- Não só as pessoas são diferentes entre si, mas também as necessidades
mento do homem para com o próprio homem gera insatisfações, angustias, variam de indivíduo para indivíduo.
vazios e ansiedade nos indivíduos.
Esta grande diversidade pode se constituir em uma imensa riqueza
Podemos ver um lado positivo em nossa época, que é a tendência de, humana, mas, de início, pode ser fonte de oposições violentas entre os
ao nos isolarmos, sermos levados a tomar consciência de nós mesmos. indivíduos.
Quanto maior a nossa disponibilidade em relação a nós mesmos, maior
abertura teremos para com os outros e cada vez mais o nosso ser pessoal Por estes motivos, devemos estar aberto para respeitar tais diferenças.
se tornará social. Isto porque já não teremos receio dos outros e/ou do
Outro fator relevante é o que se refere aos Juízos de Valor acerca das
ambiente, pois o ser pessoal aprendeu a lidar consigo mesmo.
pessoas. Normalmente, temos tendência para julgar os atos e as palavras
dos outros em função da nossa própria experiência e de certos preconcei-
Durante toda a vida, somos afetados pôr nossa habilidade de nos rela- tos. Este conformismo no julgamento é muito grave, pois nos arriscamos a
cionarmos com outras pessoas, quer com indivíduos quer com grupos. É classificar as pessoas por categorias e de forma definitiva. Deixamos, pois,
uma das habilidades mais importantes que o ser humano pode desenvolver de perceber o indivíduo tal como ele é, e de manter o diálogo, se não
e a comunicação interpessoal. reagirmos rápida e eficazmente contra este tipo de atitude.
Podemos ajudar o indivíduo a abrir-se para uma experiência total de si Outro ponto a ser considerado é o Uso da Linguagem. A nossa lingua-
mesmo, para um relacionamento humano eficaz e para ser um comunica- gem pode constituir um obstáculo a comunicação e consequentemente
dor mais eficiente, oferecendo-lhe a oportunidade de estabelecer bons afetar o relacionamento humano. E preciso, sempre, nos colocarmos no
relacionamentos dentro do grupo ao qual pertence, seja este profissional, lugar da pessoa que esta nos ouvindo.
familiar, social, religioso, político, etc. Em tal grupo, o indivíduo deve ser
respeitado como uma pessoa específica, com suas inibições, frustrações, Devemos usar um vocabulário adaptado à realidade com a qual esta-
angustias, satisfações, ansiedades, enfim, pela sua individualidade enquan- mos trabalhando, um vocabulário compreensível para todos.
to ser humano.
Um outro aspecto a ser focalizado é a Falta de Abertura. Muitas vezes,
2 - Relações Humanas temos uma ideia ou tomamos uma posição para a qual tentamos, simples-
Comumente, entende-se a expressão "relações humanas" como sen- mente, obter a aprovação dos outros, sem ouvi-los, sem dar atenção ao
do os contatos que se processam, em todas as situações, entre os seres que eles pensam e dizem. Se nós fecharmos sobre nós mesmos, ficaremos
humanos. limitados ao monologo, deixando de receber e aprender muitas informações
valiosas para o nosso crescimento, e mesmo o aperfeiçoamento humano,
Muitas pessoas podem falar sobre relações humanas, discuti-las em em geral , estará sendo prejudicado.
conferências, discursos e mesmo em conversas informais, mas não são
capazes de concretizar essas relações. Estar disponível em relação ao outro exige um esforço permanente,
mas compensador, porque, só assim, poderemos manter um autentico e
Efetuar "relações humanas", significa, portanto, muito mais do que es- profundo relacionamento, que invariavelmente gera satisfação.
tabelecermos e/ou mantermos contatos com outros indivíduos. Significa
entender o relacionamento entre as pessoas, compreende-las, respeitando Como podemos observar, se as verdadeiras relações humanas são
a sua personalidade, cuja estrutura é, sem duvida, diferente da nossa. proveitosas e importantes de se praticarem pois evitam comportamentos
desajustados que foram gerados por insatisfações; mantém o bem-estar
Além de compreender os indivíduos, precisamos ter flexibilidade de individual e coletivo e, acima de tudo, proporcionam segurança, paz e
ação (comportamento), ou seja, adequar o nosso comportamento, apropri- tranquilidade aos indivíduos e à empresa.
adamente, a uma situação dada, com determinadas pessoas.
Para este autor, todos os grupos devem ser compreendidos como tota- Os indivíduos trazem para o grupo certas características que lhes são
lidade dinâmicas que resultam das interações entre os membros. peculiares tais como: interesses, aptidões, desejos, inibições, frustrações,
em outras palavras, suas personalidades.
Estes grupos adotam formas de equilíbrio no seio de um campo de for-
ças, tensões e pelo campo perceptivo dos indivíduos". Estas forças, tais Todas essas características atuam como forças na dinâmica de grupo.
como: movimento, ação, interação, reação, etc., é que constituem o aspec- Outras forças podem resultar da interação das pessoas. A integração e a
to dinâmico do grupo e, consequentemente, afetam a sua conduta. transformação de todas essas forcas é a própria Dinâmica Interna do
Grupo, e uma das forças internas mais importantes é a participação, o
A Dinâmica de Grupo como disciplina moderna dentro do campo da empenho pessoal e psicológico dos indivíduos no grupo.
Psicologia Social, estuda e analisa a conduta do grupo como um todo, as
variações da conduta individual de seus membros, as reações entre os Quanto maior essa participação, mais favoráveis serão as atitudes dos
grupos ao formular leis e princípios, e ao introduzir técnicas que aumentem indivíduos para com o grupo e tanto maior seu interesse pelo grupo.
a eficácia dos grupos.
As pessoas que mais participam, são as que compreendem as finalida-
No campo da Psicologia Social, o grupo pode ser definido como uma des e funções básicas do grupo, sentem-se seguras no desempenho de
reunião de duas ou mais pessoas que compartilham normas, e cujos papeis suas funções, conhecem a importância delas para o objetivo final e o funci-
sociais estão estritamente intervinculados. onamento do grupo.
No campo da Dinâmica de Grupo, os grupos são classificados em pri- A vida de um grupo passa por varias fases, e em cada uma delas, os
mários e secundários. membros atuam de formas diferentes, tanto em relação à etapa de vida do
grupo como em relação aos demais membros.
O grupo primário é composto por um número reduzido de pessoas que
se relacionam "face a face", ligadas por laços emocionais com relações Dependendo do tipo de grupo (formal, informal, profissional, social,
diretas, mantendo-se um processo de associação e cooperação íntima. treinamento, etc.) e da fase em que se encontra, haverá certas funções a
Exemplo: grupo de amigos, grupo familiar, grupo de estudo e o próprio serem executadas por seus componentes.
grupo de trabalho.
Algumas funções soam mais genéricas que outras, existindo em todos
O fato de um grupo ser pequeno, não significa sempre que é um grupo os grupos, e são desempenhadas pelos membros, para que o grupo possa
primário. Para que exista, é preciso que haja interação entre os participan- mover-se ou progredir em direção às suas metas.
tes, no qual cada membro deverá perceber cada um como pessoas indivi- O complexo processo de interação humana, exige de cada participante
duais. um determinado desempenho, o qual variará em função da dinâmica de sua
personalidade e da dinâmica grupal na situação, momento ou contexto.
Nos grupos secundários as relações se mantém mais frias, impessoais
e formais. Estas se estabelecem através de comunicações indiretas, como Em todos os grupos em funcionamento, seus membros podem desem-
é o caso das empresas, instituições, etc. penhar eventualmente, alguns papeis nao-construtivos, dificultando a tarefa
do grupo, criando obstáculos e canalizando energias para atividades e
O comportamento do grupo depende em grande parte do número de comportamentos não condizentes com os objetivos comuns do grupo. Estes
participantes. Este é um fator importante, no que diz respeito a produção e papéis correspondem às necessidades individuais, às motivações de cunho
ao nível de desenvolvimento grupal. pessoal, à problemas de personalidade, ou, muitas vezes, decorrem de
falhas de estruturação ou da dinâmica do próprio grupo.
A delimitação exata de um pequeno grupo e de um grande grupo, varia
segundo os diferentes autores. Estudiosos no assunto são unânimes em 6. Responsabilidades de um bom participante
afirmar que o pequeno grupo não deve ultrapassar de 20 participantes, e Podem ser diversas as razões que motivam a nossa participação numa
que o ideal para a sua constituição é de 5 a 12 elementos, possibilitando dinâmica de grupo, ou qualquer tipo de grupo, mas devemos estar abertos
assim, maior coesão, interação e participação. e atentos para os seguintes pontos básicos:
ajudar a estabelecer um clima positivo no grupo, tentando, quando
4 - Objetivos da dinâmica de grupo possível, auxiliar os outros, sendo cooperativo;
a) ajudar o indivíduo a adquirir e desenvolver comportamentos mais participar e contribuir para as discussões;
funcionais que os utilizados até o momento; ter consciência das suas necessidades;
b) colaborar com o indivíduo no sentido de descentra-lo de si mesmo
e situa-lo em relação aos outros;
visar principalmente as necessidades grupais;
c) levar o membro do grupo a se perceber honestamente, em uma perceber como as interações individuais afetam o grupo;
autocrítica objetiva e construtiva, onde o indivíduo terá possibilida- auxiliar os participantes quando estes tiverem dificuldade em co-
des de perceber e solucionar seus problemas; municar-se;
d) ajudar o indivíduo a perceber o seu crescimento como algo positi- respeitar os membros do grupo como seres humanos;
vo, dando ênfase ao potencial de cada um; manter o dialogo e não o monologo;
e) oferecer condições para que o indivíduo tenha noção do seu pró-
prio valor;
discutir as dificuldades que você tem em relação ao grupo;
f) levar o membro do grupo a um nível de responsabilidade individual controlar as reações agressivas;
pelos seus atos; expor com clareza as sugestões e pontos de vista;
g) desenvolver no indivíduo tolerância consigo e com os outros; não permitir que você ou outros membros, assumam papeis de
h) levar o indivíduo a respeitar a variedade de opiniões e atos que ajudante;
existem nas pessoas; comunicar-se clara e objetivamente;
i) levar o indivíduo a integração e ajustamento nos grupos em que
ouvir e atender o outro participante;
participa para uma atuação cada vez mais satisfatória, e uma parti-
A integração não se realizará no interior de um grupo e, em conse- Nos Estados Unidos, onde certas atividades dos grupos de interesse
quência, sua criatividade não poderá ser duradoura, se as relações inter- são regulamentadas por lei, existem escritórios de assessoria dedicados a
pessoais entre todos os membros do grupo não estiverem baseadas em promover, em caráter profissional, os interesses de qualquer cliente que
comunicações abertas, confiantes e adequadas. contrate seus serviços. O Federal Regulation of Lobbying Act (regulamento
federal da lei sobre grupos de interesse), de 1946, obriga todas as pessoas
Grupo de interesse que pretendam influir no processo legislativo a se registrarem no Congres-
A função geral de vincular governantes e governados é desempenhada so, declarando a que projeto de lei se opõem ou qual defendem, quem as
por vários tipos de instituição, como partidos políticos, movimentos sociais está empregando e quais são as despesas envolvidas no caso, desde a
ou meios de comunicação de massa. Tal tarefa, no entanto, pode ser remuneração que recebem até os gastos que pretendem fazer para con-
exercida por grupos de interesse, expressão que os cientistas políticos quistar a colaboração de funcionários e políticos.
contemporâneos preferem à tradicional "grupos de pressão", por ser mais
abrangente do que aquela. No Brasil, a atividade dos grupos de interesse é mais conhecida pela
palavra inglesa lobby. Reveste sentido pejorativo quando se refere à prática
Grupo de interesse é o conjunto de indivíduos que procura defender tradicional dos representantes ("lobistas") de grandes empresas, especial-
determinada causa comum junto a órgãos oficiais, para o que utiliza os mente empreiteiras interessadas em contratar irregularmente obras públi-
meios legítimos ou tolerados que estiveram a seu alcance. Do ponto de cas milionárias. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
vista do governo, essa é também uma oportunidade de se manter informa-
do das necessidades e reivindicações dos diferentes setores da sociedade. DINÂMICA DE GRUPOS
Os grupos humanos têm vida própria e peculiar, que ultrapassa as ca-
O interesse em torno do qual o grupo se organiza deve ser entendido racterísticas dos indivíduos que os compõem e se manifesta não só na
em sentido amplo. Seu conteúdo pode coincidir com uma reivindicação de relação de um grupo com outro, mas também, e principalmente, nas rela-
caráter estritamente econômico até a defesa de uma causa concernente ao ções que os membros de um grupo mantêm entre si.
bem-estar da sociedade, ou a posições ideológicas que expressam o ponto
de vista de uma camada da população. A expressão "grupo de interesse" Do ponto de vista teórico, a dinâmica de grupos é uma área das ciên-
pode ser aplicada, portanto, a associações patronais, a sindicatos de em- cias sociais, em particular da sociologia e da psicologia, que procura aplicar
pregados, a associações profissionais e aos diversos grupos que se organi- métodos científicos ao estudo dos fenômenos grupais. Do ponto de vista
zam para pleitear algo em favor dos moradores de um bairro, dos pratican- aplicado ou técnico, a dinâmica de grupos é o método de trabalho baseado
tes de uma religião, dos defensores de causas beneficentes, ideais, morais nessa teoria.
e outras.
É próprio do grupo de interesse não pretender ocupar o lugar do go- O estudo da dinâmica de grupos iniciou-se em 1946, quando teve início
verno, mas apenas influir sobre as decisões oficiais. Desse modo, os gru- a atividade de Kurt Lewin e alguns de seus colaboradores no Instituto de
pos de interesse distinguem-se claramente dos partidos políticos. Tecnologia de Massachusetts. Em cada grupo, composto de aproximada-
mente dez membros, eram levadas a termo discussões e dramatizações,
Atuação. Os padrões de relacionamento entre os grupos e o governo cuja evolução era observada por um pesquisador. Não demorou a desco-
podem ser formais ou informais. São exemplo dos primeiros as relações brir-se que aquele era um poderoso método de educação e terapia.
institucionalizadas que têm lugar mediante canais legais de acesso ao
governo, e compreendem o comparecimento perante comissões legislati- O novo método recebeu o nome de T-Group, grupo de aprendizagem
vas, órgãos ministeriais, departamentos ou agências do executivo. ativo no qual cada participante encontra seu papel, que não é definido de
antemão, e explicita sua capacidade ou sua resistência para executar a
Outro padrão consiste nos contatos informais, que incluem vasta gama tarefa, bem como para submeter-se à influência dos demais participantes.
de relações. Os grupos, ou seus representantes, podem estabelecer rela- Nesse sentido, a dinâmica de grupos se configura como instrumento de
ções informais com legisladores ou funcionários públicos, valendo-se da adaptação e meio de integração pessoal.
existência de pontos de aproximação, como é o caso de pessoas de mes-
ma origem regional ou social, que frequentaram a mesma escola ou têm Terapia de grupos. Após a segunda guerra mundial, o grande número
amigos ou parentes comuns. Além disso, são ainda usados como recursos de soldados que necessitavam de tratamento psicológico incentivou os
para a criação e manutenção dessas relações informais a participação em psiquiatras a experimentarem a terapia de grupo. Até então, embora reco-
reuniões, almoços, passeios e outras formas de entretenimento. Com base nhecessem a influência dos grupos no comportamento das pessoas, os
nos contatos assim estabelecidos, as relações podem assumir formas que médicos defendiam a importância da privacidade da relação entre médico e
vão da persuasão e troca de favores até o suborno. paciente. Os novos métodos se revelaram eficazes e, nos anos do pós-
Como essas diferenças são encaradas e tratadas determinará a moda- Coercitiva. A liderança coercitiva, também chamada autoritária, carac-
lidade de relacionamento entre o membro do grupo, seus colegas de traba- teriza-se pela total absorção do poder de decisão e peculiar distância social
lho, superiores e camadas hierárquicas abaixo dele. A maneira de lidar com que separa a personalidade que a exerce da coletividade sobre a qual atua.
diferenças individuais cria um certo clima entre as pessoas e tem forte De tarefa e socioemocional. A liderança de tarefa tem como caracterís-
influência sobre toda a vida em grupo, principalmente nos processos de tica principal a estruturação de ideias e a iniciativa na solução de proble-
comunicação, no relacionamento interpessoal, no comportamento organi- mas, enquanto a liderança socioemocional funciona como fator de escoa-
zacional e na produtividade. mento de tensões e promoção do moral.
O relacionamento interpessoal pode tornar-se produtivo a partir do de- Estatutária e espontânea. O poder de influência e as funções de dire-
senvolvimento pessoal e manter-se harmonioso e prazeroso, permitindo o ção do líder por delegação estatutária decorrem de imposições legais. A
trabalho cooperativo em equipe, com integração de esforços, conjugando rigor, tais líderes não se revestem de autenticidade e em pouco tempo se
energias, conhecimentos e experiências ou tornar-se muito tenso, conflitivo, deixam anular pela maior habilidade de organização e iniciativa dos líderes
levando à desintegração de esforços, à divisão de energias e crescente espontâneos, ou passam a exercer formas autoritárias de ação.
deterioração do desempenho grupal quando por falta de visão, de consci- Autoritária e democrática ou liberal. O conceito de liderança autoritária
ência do ser humano em relação ao seu desenvolvimento pessoal, emocio- coincide com o da coercitiva. Define-se pela competência exclusiva do líder
nal e profissional. na determinação dos objetivos do grupo, em cuja discussão e fixação os
liderados são totalmente excluídos. A liderança democrática se caracteriza
A liderança e a participação eficaz em grupo dependem, essencialmen- pela preocupação de, tanto quanto possível, incorporar os liderados nas
te, da competência interpessoal do líder e dos seus membros. O trabalho tarefas de direção.
em equipe só terá expressão real se alcançar a tão desejada e propalada
sinergia para obter muito mais do que a simples soma das competências Funções desempenhadas pelos líderes. As funções de que se inves-
técnicas individuais como resultado conjunto do grupo. O caminho para tem os líderes podem ser primárias, quando se mostram essenciais ao
essa convivência salutar deve partir daquele que conhece, enfim, a nature- desempenho da liderança, ou secundárias, quando decorrem da própria
za do seu papel na sociedade e tem consciência de sua responsabilidade posição assumida pelo líder. São funções primárias: (1) a de diretor ou
perante seu grupo social e profissional. Yolanda Fernandes coordenador das atividades do grupo, que pode ser distribuída e delegada;
(2) a de planejador dos meios capazes de possibilitar a total realização dos
Liderança objetivos visados pelo grupo; (3) a de especialista e centro de informações;
A ideia da liderança vinculada aos atributos pessoais do líder predomi- (4) a de representante externo do grupo; (5) a de árbitro e mediador, com a
nou até o início do século XX. Modernamente, entende-se liderança como decorrência natural de punir e distribuir recompensas. São funções secun-
uma função organizacional, subordinada à dinâmica de grupo. dárias: (1) a de apresentar-se como símbolo do grupo; (2) a de ideólogo
que, como a anterior, está muito vinculada à liderança autoritária, mais que
Liderança é o processo de estímulo pelo qual, mediante ações recípro- à liberal; (3) a de figura paternal; (4) a de bode expiatório ou vítima propicia-
cas bem-sucedidas, as diferenças individuais são controladas e a energia tória, em condições de crise ou consequente estado de depressão.
humana que delas deriva se encaminha em benefício de uma causa co-
mum. Esse conceito, decorrente das contribuições do movimento gestaltis- No que toca às expectativas em torno da conduta dos líderes, há que
ta, apoiado nas obras dos psicólogos Kurt Lewin e Kurt Koffka, contraria o observar algumas: (1) o líder deve agir de maneira a ser percebido pelos
que predominava no início do século XX, segundo o qual a liderança se integrantes do grupo como um de seus membros; (2) os valores e as nor-
vincula estritamente aos atributos pessoais do líder. Tal conceito se expres- mas consagradas pela coletividade devem ter sido incorporados no líder;
sa, de forma radicalizada, na tese do líder nato. (3) o grupo deve poder beneficiar-se da investidura do líder, destacado dos
demais por suas qualificações; (4) ao líder cabe a tarefa de corresponder às
Segundo a perspectiva que subordina a liderança à dinâmica de grupo, expectativas do grupo.
o estudo da matéria deve envolver não apenas a pessoa do líder como os
demais integrantes do grupo; não apenas as pessoas, como também as As sociedades modernas deram origem a vasto número de situações
relações que se estabelecem entre elas; não apenas o meio, como os potenciais de liderança nos setores de política, economia, lazer, trabalho
fatores históricos e culturais que sobre ele atuam. A liderança, portanto, não etc. Ante a complexidade dos grupos de interesses sociais, a autoridade
é condição passiva ou reunião de certos traços ou combinações de traços, subdividiu-se, de forma a suprir as necessidades situacionais e atingir os
mas se produz na interação dos membros do grupo como expressão de objetivos específicos de cada grupo. A exigência de uma liderança eficiente
ativa participação e demonstração de capacidade para conduzir cooperati- e empreendedora no campo político decorre do crescimento do estado e da
vamente à realização de metas. Dentro dessa perspectiva, equiparou-se o economia, particularmente no século XX, em face da rivalidade internacio-
líder a uma figura que emerge de um fundo ou contexto e a ele permanece nal com vistas ao progresso econômico.
vinculado por meio de contínua troca de influências.
O líder moderno deve ser recrutado para cumprir objetivos sociais e po-
Formas de liderança. Distinguem-se várias formas de liderança, combi- líticos, com base no merecimento e no conhecimento especializado. Seu
nando diferentes critérios de classificação, fundados na origem dessa campo de ação é regulado por leis e normas jurídicas. Essa conceituação
capacidade, em sua extensão ou na técnica de exercitá-los. moderna difere essencialmente da tradicional, em que poderosos e rígidos
sistemas autocráticos e de classes fechadas atribuíam aos líderes valores
Carismática. Assim denominada por Max Weber, a liderança carismáti- especiais de dominação. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações
ca, supostamente de origem sobrenatural, é aceita pelo grupo em períodos Ltda.
de pesadas frustrações e depressões coletivas.
Personalidade
De persona, "máscara" ou "personagem de teatro", veio a palavra per-
Reformista. Os representantes da liderança reformista se caracterizam sonalidade, o conjunto de qualidades que definem uma pessoa. A psicolo-
pela imensa carga de hostilidade e agressão de que são portadores. Seus gia estuda as diferenças e semelhanças entre as pessoas e busca terapias
dotes oratórios e capacidade de persuasão são capazes de gerar notáveis para corrigir os transtornos de personalidade.
No estudo da personalidade registram-se duas teorias opostas: a ca- Teorias psicanalíticas. Para Sigmund Freud, a estrutura da personali-
racterologia e a psicologia das personalidades, ou personologia, na termi- dade é formada por três instâncias: id, ego e superego. O id é inato, e dele
nologia de Henry Alexander Murray. Para a primeira, personalidade é um deriva a energia necessária à formação do ego e do superego. Tanto o que
conjunto de traços mais ou menos fundamentais que, agrupados, formam é herdado psicologicamente quanto os instintos já existem no id no momen-
tipos em número limitado, aos quais podem ser reduzidos todos os indiví- to do nascimento. As necessidades do id são atendidas pelos processos
duos. A personalidade será então uma estrutura fundamental estável, primários e pelos atos reflexos.
analisada em seu comportamento atual. Já a personologia busca os fatores
dinâmicos da conduta, as motivações, os complexos centrais que influem À medida que a criança entra em interação com o ambiente, atos refle-
na integração da personalidade. No que tange à psicologia da personalida- xos e processos primários passam a ser insuficientes para reduzir a tensão
de, a teoria volta-se para sua função integrativa, considerando-a de um psicológica provocada por agentes internos e externos, e o ego se estrutura
ponto de vista histórico, num esquema evolutivo. para estabelecer contato com a realidade exterior. Por intermédio dos
processos secundários, encontra então na realidade os objetos adequados
Aspectos. No estudo da personalidade devem ser observados quatro à reestruturação do equilíbrio desestabilizado por tensões psíquicas. O
aspectos: prosseguimento das interações com o meio conduz à formação do supere-
(1) Dados psicofisiológicos, provenientes da hereditariedade e matura- go, ou seja, a internalização do julgamento moral, em que atuam o eu-ideal
ção em relação constante com o adquirido. O ponto de vista mais aceito e a consciência. O eu-ideal se manifesta por meio de injunções a respeito
quanto à relação entre hereditariedade e meio é o de uma interação. Os de como a pessoa deve agir em relação a suas aspirações e a consciência
efeitos da hereditariedade e do ambiente não são meramente somados, estabelece o que ela não pode fazer.
mas a extensão da influência de um fator depende da contribuição do outro.
Os dados psicofisiológicos podem ser considerados como produto da Personalidade básica. O conceito de personalidade básica surgiu da
hereditariedade e do meio. Assim, uma pequena diferença de hereditarie- colaboração entre o antropólogo Ralph Linton e o psicanalista Abraham
dade e uma ligeira modificação do ambiente podem produzir uma enorme Kardiner. Com base em trabalhos de Linton sobre populações de Madagas-
diferença da personalidade. car e das ilhas Marquesas, Kardiner realizou análises para verificar a exis-
(2) Transformações da conduta e fixação de tipos de comportamento. tência de correlações entre as instituições da cultura e a personalidade.
As transformações dependem de diversos fatores: (a) tendências elementa- Desses primeiros estudos, base de trabalhos posteriores sobre cultura e
res ou adquiridas, inatas ou surgidas com a maturação, que suscitam e personalidade, surgiu o conceito (mais produto de reflexão teórica que de
dirigem o comportamento; (b) operações já existentes, instintivas ou adqui- trabalho de campo) de personalidade-base, ou personalidade básica, para
ridas, que formam o fundamento da transformação, seja por assimilação a definir condutas e atitudes comuns à maioria dos integrantes de um grupo.
um novo todo, seja por dissociação; (c) obstáculos sociais ou modelos
culturais, cuja influência foi valorizada pela psicanálise; (d) variabilidade Só após as primeiras ideias formuladas por Kardiner é que se fizeram
pessoal, a personalidade em formação, que proíbe ou facilita certas possibi- experiências de campo, na década de 1940. Kardiner compreendia a exis-
lidades, na qual se destaca o funcionamento da autodeterminação. A tência de certos padrões fixos de pensamento e ação, aceitos em geral por
fixação das condutas mais complexas que substituem as condutas inade- um grupo de indivíduos e que podem causar distúrbios a estes, quando
quadas pode ser explicada pelo que a psicologia experimental chama de lei violados. As instituições primárias são formadas por certos desejos do
do efeito, e a psicanálise de princípio da realidade: permanecem as condu- indivíduo, independentemente de seu controle (como apetite, sensualidade
tas que levam a um resultado favorável. etc.), e vão compor a estrutura da personalidade-base. Esta estrutura dá
(3) Determinismo social e cultura. Observações de psicólogos e antro- origem a outras instituições, de caráter secundário, que atuam para aliviar
pólogos dão exemplos de diversidade de comportamento com referência à tensões. É exemplo de uma instituição secundária a maneira pela qual os
percepção, memória e julgamento estético, segundo o tipo de grupo social. membros de uma cultura solicitam a proteção divina. Se bem que o concei-
As diferenças culturais também interferem no conceito de comportamento to de divindade seja universal, o modo de solicitar sua proteção varia enor-
normal e anormal, que exigem referência a um tipo determinado de norma memente de povo para povo, em geral como decorrência de experiências
social. Mesmo comportamentos anteriormente considerados básicos da criadas na mentalidade da criança e dos objetivos definidos pela sociedade.
natureza humana são entendidos, na atualidade, como produtos de deter- Esta variação de experiências indica que a estrutura da personalidade-base
minado tipo de cultura. é formada de elementos comuns à personalidade da maioria dos membros
(4) Condições de unidade do ego e de identidade pessoal. Tais condi- individuais de uma cultura dada.
ções são estudadas pela psicologia evolutiva e pela psicanálise. A tarefa
principal do indivíduo será manter essa unidade, apesar das modificações Surgida na década de 1930, a formulação do conceito de personalida-
do tempo e das situações dispersivas. A história individual deve ser vista de-base teve seu mais amplo desenvolvimento na década seguinte, quando
em seu quadro social, no âmbito do movimento evolutivo das sociedades. foi comprovado por experiências de campo. Cora Dubois estudou os nati-
vos da ilha de Alor, na Melanésia, e encontrou três componentes da perso-
Métodos experimentais. São estes os principais métodos experimentais nalidade: uma estrutura básica que pode ser fisiológica e comum a toda a
empregados no estudo da personalidade: (1) escalas de avaliação, nas humanidade; tendências individuais da personalidade; e formas culturais
quais os traços aparecem numa escala e o examinador deve classificar o que atuam sobre os dois primeiros componentes e ocasionam certas ten-
examinado pela cotação dos diversos traços: (2) questionários, série de dências centrais, que podem ser denominadas personalidade modal. Nesse
perguntas ao examinado, sobre motivações, atitudes, interesses etc.; (3) mesmo período, Linton realizou estudos que comprovaram sua hipótese de
técnicas projetivas, com estímulos pouco estruturados, algumas mais que a estrutura básica da personalidade se refere mais a certos denomina-
sujeitas que outras a alguma correção. dores comuns da personalidade de todos os membros de um grupo.
De todos esses métodos, o mais utilizado é o da entrevista, raramente A teoria da personalidade-base trouxe considerável avanço para as re-
dispensada pelo avaliador da personalidade de um indivíduo. Existem lações entre antropologia e psicologia, e sua aplicação por especialistas de
O problema do Brasil não são os ricos. A China, por exemplo, tem hoje O absenteísmo tem se tornado problema crucial tanto para as organi-
muito mais ricos do que tinha trinta anos atrás. E a China está muito melhor zações particulares como para as estatais e, respectivamente, aos seus
do que estava trinta anos atrás. Enriquecer é glorioso, afirmava o arquiteto administradores, os quais percebem a repercussão no quantitativo de
da China contemporânea, Deng Xiaoping. Ele tinha razão. Quem é rico tem recursos humanos e, por via de consequência, o reflexo na qualidade do
dinheiro sobrando para investir e, portanto, propiciar oportunidades serviço prestado. Suas causas estão ligadas a múltiplos fatores, tornando-o
econômicas a quem não é tão rico assim. complexo e de difícil gerenciamento, pois, inúmeras situações pessoais do
servidor podem desencadear no seu surgimento, como exemplo problemas
O Brasil deveria copiar a China nesse aspecto. Precisamos de ricos em de ordem pessoal, biológica, ambiental, social, familiar, financeira, funcio-
maior quantidade, e de ricos mais ricos. Acho que nisso o pessoal do nal, etc.
"Cansei" concorda comigo. Onde é que talvez esteja a nossa maior
discordância? Pode ser que a turma do "Cansei" ache que o Brasil estaria Segundo Gaidzinski, que desenvolveu um estudo para dimensionar o
melhor se os ricos além de ficarem cada vez mais ricos também quadro de pessoal para os serviços, classificou as ausências em previstas
mandassem no país. Eu penso que não, que o melhor é os ricos cuidarem e não previstas. Constituem a primeira classe aquelas permitidas e de
de enriquecer enquanto os não tão ricos assim governam. Mas é apenas direito ao servidor, podendo ser planejadas com antecedência como férias,
uma diferença de pontos de vista. Não é motivo para ficar brigando. Até folgas e feriados. As ausências não previstas são as que efetivamente
porque quem vai decidir a parada não somos nem eu nem a turma do caracterizam o absenteísmo, pelo seu caráter imprevisível, como faltas
"Cansei". Muito menos a opinião pública. É o povo, na urna. Esse, por sinal, abonadas e injustificadas, licenças médicas, acidente de trabalho, licenças
talvez seja o maior problema do pessoal do "Cansei" e também da opinião maternidade e paternidade, período de nojo, de gala, de cursos de especia-
pública: depois dos discursos, contar o voto na urna. Blog do Alon lização e outras situações que impedirão o servidor ao trabalho.
ABSENTEÍSMO NO SERVIÇO PÚBLICO Em quaisquer, das hipóteses, este fenômeno ocasiona não só custos
Texto extraído do Jus Navigandi
diretos, mas também indiretos, representados pela diminuição da produtivi-
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9204
dade porque haverá menos servidores em ação, com redução da qualidade
do serviço uma vez que um outro funcionário em atividade executará tam-
Luís Fernando Quinteiro de Souza
delegado seccional de Polícia de Ourinhos (SP), professor de Direito Administra-
bém o serviço do ausente, ocasionando, certamente, a diminuição da
tivo e Direito Processual Penal nas Faculdades Integradas de Ourinhos eficiência e eficácia nos resultados esperados.
O estudo da Administração Pública, partindo do conceito jurídico de Es- Apesar da possibilidade de rotatividade de pessoal, de modo célere,
tado, compreende, inicialmente, a organização soberana, com a instituição que a iniciativa privada têm a seu alcance, diante do regime jurídico adota-
constitucional dos três Poderes que compõem o Governo, na clássica do para a contratação e demissão, nos moldes da Consolidação das Leis
tripartição de Montesquieu, isto é, Legislativo, Executivo e Judiciário, inde- do Trabalho, ainda assim é oneroso a qualquer empresa privada, pelas
pendentes e harmônicos entre si, com funções precípuas e imanentes do responsabilidades trabalhistas decorrentes de demissão e de admissão de
Estado. novo empregado, com a respectiva capacitação, mas, de qualquer forma, é
sempre bom realçar, em que pese tais encargos, constitui num verdadeiro e
Sequencialmente, segue-se a organização da Administração, consis- autêntico privilégio constitucional, à disposição do empregador, do qual não
tindo na estruturação legal das entidades e órgãos que irão desempenhar dispõe o Administrador Público, diante de funcionário ausente por desídia
as funções, através de agentes públicos e o rol de suas atividades, numa ou necessidade premente, o qual, para submeter-se a um processo disci-
concepção moderna de desenvolvimento e funcionamento dos serviços a plinar administrativo, goza de um elenco de situações privilegiadas, que
serem prestados aos administrados, ou seja, à coletividade, de forma demanda muito tempo a concretizar-se.
generalizada.
Os Veículos de Comunicação Massiva “Hoje, mais do que ontem, a humanidade tem como seu alicerce a opi-
Somos constantemente bombardeados pelos veículos de comunicação nião pública e exclusivamente sobre essa base o mundo pode sobreviver. A
massiva que agem sobre nossas opiniões, nossas atitudes, nossas ações. sociedade de massas precisa ser substituída pela comunidade de públicos,
Bombardeiam nossos lares e formam nossas crianças. pela evasão do pensamento coletivo, mediante apelos dirigidos à razão e à
reflexão. A humanidade só poderá viver em harmonia se existir ampla e
A interferência desses veículos vem sendo lembrada a todo momento livre comunicação, sob pena de sofrermos uma imprevisível rebelião das
nos problemas levantados em nosso curso. massas”, nos lembra o professor Teobaldo.
Conhecimentos Específicos 108 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Childs nos diz: “Os grupos de pressão identificam seus interesses com Ao entrarmos com o nome do usuário, o windows efetuará o Logon (en-
o interesse público. Essa identificação não se pode efetivar com um simples trada no sistema) e nos apresentará a área de trabalho:
movimento de pena ou agir de mão. O público está sempre interessado em
decisões mais sábias e racionais quanto a assuntos de relevância para ele. Área de trabalho
Suas competência para decidir sabiamente depende, em grande parte, do
grau em que os grupos de pressão esclarecem o seu espírito, e não da
extensão em que despertam instintos animais”.
WINDOWS XP
Iniciando o Windows
Ao iniciar o windows XP a primeira tela que temos é tela de logon, nela,
selecionamos o usuário que irá utilizar o computador.
A barra de tarefas é muito útil no dia a dia. Imagine que você esteja cri-
ando um texto em um editor de texto e um de seus colegas lhe pede para
você imprimir uma determinada planilha que está em seu micro.
Você não precisa fechar o editor de textos. Apenas salve o arquivo que
está trabalhando, abra a planilha e mande imprimir, enquanto imprime você
não precisa esperar que a planilha seja totalmente impressa, deixe a im-
pressora trabalhando e volte para o editor de textos, dando um clique no
botão ao correspondente na Barra de tarefas e volte a trabalhar.
Meus documentos
A opção Meus Documentos abre a pasta-padrão de armazenamento de
arquivos. A pasta Meus Documentos recebe todos os arquivos produzidos-
pelo usuário: textos, planilhas, apresentações, imagens etc. Naturalmente,
você pode gravar arquivos em outros lugares. Mas, em condições normais,
eles são salvos na pasta Meus Documentos.
O botão iniciar pode ser configurado. No Windows XP, você pode optar
por trabalhar com o novo menu Iniciar ou, se preferir, configurar o menu
Iniciar para que tenha a aparência das versões anteriores do Windows
(95/98/Me). Clique na barra de tarefas com o botão direito do mouse e
selecione propriedades e então clique na guia menu Iniciar.
A pasta acessório é acessível dando−se um clique no botão Iniciar na Windows Explorer gerenciamento de arquivos e pastas
Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e, no submenu O Windows Explorer tem a mesma função do Meu Computador: Orga-
que aparece, escolha Acessórios. nizar o disco e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por exemplo,
cópia, exclusão e mudança no local dos arquivos. Enquanto o Meu Compu-
tador traz como padrão a janela sem divisão, você observará que o Win-
dows Explorer traz a janela dividida em duas partes. Mas tanto no primeiro
como no segundo, esta configuração pode ser mudada. Podemos criar
pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa, copiar arquivos
para disquete, apagar arquivos indesejáveis e muito mais.
Componentes da Janela
Para exemplificarmos uma janela, utilizaremos a janela de um aplicati-
vo do Windows. O Bloco de Notas. Para abri−lo clique no botão Iniciar /
Todos os Programas / Acessórios / Bloco de Notas.
Pastas Para exibir o conteúdo de uma pasta. Criar uma pasta (DIRETÓRIO)
1. Dê um clique duplo em Meus Documentos.
PASTAS E ARQUIVOS 2. Clique em Arquivo > Novo, ou
Uma unidade de disco pode ter muitos arquivos. Se todos eles estives- 1. Em Meus Documentos clique com o botão direito do mouse
sem em um mesmo lugar, seria uma confusão. 2. Novo > Pasta
Para evitar esse caos, você pode colocar seus arquivos de computador COMO ABRIR ARQUIVOS E PASTAS
em pastas. Essas pastas são utilizadas para armazenar arquivos e ajudar a Tudo no Windows se abre com um clique duplo do mouse. Abra uma
mantê-Ios organizado assim como as prateleiras e cabides ajudam você a pasta para exibir os arquivos (e talvez até outras pastas) armazenados
manter suas roupas organizadas nessa pasta. Abra um arquivo para iniciar um programa, ou abra um docu-
Os destaques incluem o seguinte: mento para editar.
Meus Documentos
4. Digite o nome e tecle ENTER Abrir um arquivo ou pasta
5. Pronto! A Pasta está criada. 1. Dê um clique duplo em um ícone da unidade de disco.
O ícone da unidade (C:) é uma boa escolha. Há sempre material aí
Fazer uma pasta dentro. Um clique duplo no ícone abre unidade (C:) e permite que
Excluir arquivos você veja que arquivos e pastas residem lá.
Recuperar arquivos 2. Dê um passeio.
Renomear arquivos Dê um clique duplo em uma pasta. Isso abre a pasta, e você vê ou-
Copiar arquivos tra janela cheia de arquivos e talvez ainda mais pastas.
3. Para abrir outra pasta, dê um clique duplo em seu ícone.
Mover arquivos
4. Feche a pasta quando tiver terminado.
Clique no botão fechar (x) da janela da pasta localizado no canto
Entendendo como as pastas funcionam
superior direito da janela.
As pastas contêm arquivos, normalmente arquivos de um tipo relacio-
nado. Por exempIo, todos os documentos utilizados para criar um livro,
Só para lembrá-Io de onde você está com todos estes arquivos e pas-
como esta apostila por exemplo, residem em uma pasta chamada Apostila.
tas abertos, o nome da pasta atual que está vendo aparece na parte supe-
Cada matéria é um arquivo. E cada arquivo da área de informática é colo-
rior da janela, na barra de título.
cado dentro de uma pasta chamada informática, dentro da pasta Apostila.
Estas pastas mantêm esses arquivos específicos separados de outros
Excluindo arquivos
arquivos e pastas no disco rígido.
1. Selecione o arquivo destinado a ser destruído.
Clique no arquivo uma vez com o mouse para selecioná-lo.
Meus Documentos
Seu disco rígido do PC tem uma grande quantidade de espaço onde 2. Escolha Excluir a partir do menu Arquivo.
pode ser feita uma pasta -e então se esquecer do lugar onde você a colo- Aparecerá a mensagem: Você tem certeza de que quer enviar o
cou. Então o Windows facilita as coisas para você fornecendo uma pasta arquivo para a Lixeira?
pessoal, chamada Meus Documentos. Essa é a localização principal para
todo o material que você criará e usará enquanto estiver no Windows. 3. Clique em Sim.
1) Barra Padrão
Na barra Padrão, é aonde encontramos os botões para as tarefas que
executamos com mais frequência, tais como: Abrir, salvar, Novo documen-
to, imprimir e etc.
Barra de formatação
Logo abaixo da barra padrão, temos a barra de Formatação, ela é usa-
da para alterar o tipo de letra (fonte), tamanho, cor, estilo, disposição de
texto e etc.
Formatando o texto
Para que possamos formatar (alterar a forma) de um texto todo, pala-
vras ou apenas letras, devemos antes de tudo selecionar o item em que
iremos aplicar a formatação. Para selecionar, mantenha pressionado o
botão esquerdo do mouse e arraste sobre a(s) palavra(s) ou letra(s) que
deseja alterar:
Caixa de cores
Nesta caixa, selecionamos a cor que iremos utilizar, bem como a cor do
fundo em nossos desenhos.
ÁREA DE TRABALHO
A Área de trabalho é composta pela maior parte de sua tela, em que
ficam dispostos alguns ícones. Uma das novidades do Windows 7 é a
interface mais limpa, com menos ícones e maior ênfase às imagens do
Calculadora cientifica plano de fundo da tela. Com isso você desfruta uma área de trabalho
Para utilizá-la com o mouse, basta clicar sobre o número ou função suave. A barra de tarefas que fica na parte inferior também sofreu mudan-
desejada. ças significativas.
O sinal de divisão é representado pela barra (I).
A multiplicação é representada pelo asterisco (*)
LIXEIRA
A raiz quadra é representado por [sqrt].
A Área de trabalho do Windows 7 é bem colorida e possui apenas um
Conhecendo alguns botões: ícone: o da Lixeira.
Back: exclui o último dígito no número escrito. Na Lixeira ficam armazenados os arquivos que são apagados pelo
CE: limpa o número exibido. usuário, ou intencionalmente ou acidentalmente. Mas eles podem ser
C: apaga o último cálculo. recuperados, por isso ela possui a ilustração do símbolo da reciclagem.
MC: limpa qualquer número armazenado na memória Como padrão, na instalação do Windows, será colocado na área de
MR: chama o número armazenado na memória. trabalho apenas o ícone Lixeira, porém, você poderá inserir quantos ícones
MS: armazena na memória o número exibido. desejar.
M+: soma o número exibido ao que está na memória.
Contas de Usuários e Segurança familiar: Permite gerenciar os A cada versão do Windows, a Microsoft prepara novas imagens para
usuários do computador, determinando se o usuário poderá executar algu- papéis de parede, com o Windows 7 não poderia ser diferente. E ainda há
mas tarefas ou não. uma novidade, o novo sistema operacional permite a configuração de
Uma conta de usuário é o conjunto de informações que diz ao Win- apresentação de slides para planos de fundo, trocando as imagens automa-
dows quais arquivos e pastas o usuário poderá acessar, quais alterações ticamente.
poderá efetuar no computador e quais são suas preferências pessoais.
Cada pessoa acessa sua conta com um nome de usuário e uma senha. A barra de alternância de tarefas do Windows 7 foi reformulada e agora
é interativa. Permite a fixação de ícones em determinado local, a reorgani-
zação de ícones para facilitar o acesso e também a visualização de miniatu-
Há três tipos principais de contas: ras na própria barra.
Administrador: Criada quando o Windows é instalado, Ele lhe dá
acesso completo ao computador. Para facilitar o compartilhamento de arquivos e impressoras na rede
doméstica, a Microsoft criou o recurso dos grupos domésticos. Uma vez
Usuário padrão: Permite que você execute tarefas comuns e traba- criado o grupo, torna-se muito mais ágil e simples o compartilhamento de
lhe com seus próprios arquivos. músicas, vídeos, documentos e fotos entre computadores. Permite também
Convidado: Destina-se às pessoas que precisam de acesso tempo- a proteção por senhas e o controle do conteúdo compartilhado.
rário ao computador.
Diferentemente do Windows Vista, que prendia as gadgets na barra la-
Controle dos Pais teral do sistema. O Windows 7 permite que o usuário redimensione, arraste
e deixe as gadgets onde quiser, não dependendo de grades determinadas.
Ajuda a controla o modo como as crianças usam o computador. Por
exemplo, você pode definir limites para a quantidade de horas que seus
filhos podem usar o computador, os jogos que podem jogar e os programas O gerenciador de jogos do Windows 7 permite a conexão com feeds de
que podem executar. atualizações e novas aplicações da Microsoft, registra vitórias, derrotas e
outras estatísticas. O novo sistema operacional conta ainda com a volta de
Aparência e Personalização: Nesta opção você pode controlar toda três jogos online do Windows XP, Damas, Espadas e Gamão, todos refor-
a aparência de seu computador, o modo como sua tela será exibida. Pode- mulados e redesenhados.
rá alterar o tema, o Plano de fundo da Área de trabalho, ajustar a Reso-
lução da tela etc. O novo Windows Media Center tem compatibilidade com mais formatos
de áudio e vídeo, além do suporte a TVs online de várias qualidades,
Relógio, Idioma e Região: Nesta opção você poderá alterar a Data e incluindo HD. Também conta com um serviço de busca mais dinâmico nas
hora, Fuso horário e muitos outros. bibliotecas locais, o TurboScroll.
Facilidade de Acesso: Permite que o Windows sugira configurações, Além do já conhecido Ponto de Restauração, o Windows 7 vem tam-
poderá Otimizar a exibição visual, Alterar configuração do mouse etc. bém com o Windows Backup, que permite a restauração de documentos e
arquivos pessoais, não somente os programas e configurações.
MODOS DE EXIBIÇÃO ÍCONES PEQUENOS E ÍCONES GRANDES
Os modos de exibições Ícones grandes e Ícones pequenos exibem Uma das inovações mais esperadas do novo OS da Microsoft, a com-
os ícones do Painel de controle em um modo de exibição que é familiar aos patibilidade total com a tecnologia do toque na tela, o que inclui o acesso a
usuários de versões anteriores do Windows 7. pastas, redimensionamento de janelas e a interação com aplicativos.
ÍCONES GRANDES Os usuários do Windows Vista sofriam com a interface pouco intuitiva
do assistente para conexão de redes sem fio. No Windows 7 isso acabou, o
NOVIDADES DO WINDOWS 7 sistema simples permite o acesso e a conexão às redes com poucos cli-
Ajustar ques.
O recurso Ajustar permite o redimensionamento rápido e simétrico das
janelas abertas, basta arrastar a janela para as bordas pré-definidas e o Para quem não gosta de teclado e mouse, o Windows 7 vem com muito
sistema a ajustará às grades. mais compatibilidade com a tecnologia Tablet. Conta com reconhecimento
de manuscrito e de fórmulas matemáticas, digitalizando-as.
Exclusivo das versões Home Premium, Professional e Ultimate, o Aero Para compatibilidade com programas corporativos de pequenas e mé-
Peek permite que o usuário visualize as janelas que ficam ocultadas pela dias empresas, o novo sistema operacional conta com suporte ao modo
janela principal. Windows XP, que pode ser baixado no site da Microsoft.
Como funciona
Ao criarmos um ponto de retorno dentro da Restauração do Sistema,
fazemos com que o computador memorize todas as configurações ineren-
tes ao funcionamento da máquina, o que em geral acontece no registro do
Windows.
Desta forma, temos a segurança de poder voltar atrás quando instala-
mos um aplicativo danoso à saúde do sistema operacional. Criar um ponto
de restauração no Windows 7 é muito fácil e demanda poucos segundos de
atenção. Siga os seguintes passos para realizar o processo:
Clique no botão Selecionar e marque as unidades desejadas para rea-
lizar a verificação e clique em Ok e você voltará para a janela anterior. Crie o ponto de restauração
1. Clique no botão Iniciar e digite Criar ponto na lacuna de pesquisa
para encontrar a função, como indicado na figura:
2. Clique em Novo.
3. Clique duas vezes em Documento em branco.
Iniciar um documento de um modelo
O site Modelos no Office.com oferece modelos para vários tipos de do-
cumentos, incluindo currículos, folhas de rosto, planos de negócios, cartões
de visita e documentos de estilo APA.
2. Caso a restauração recomendada não seja a que você criou, marque 1. Clique na guia Arquivo.
a seleção Escolher um outro ponto de restauração:
2. Clique em Novo.
3. Em Modelos Disponíveis, siga um destes procedimentos:
Clique em Modelos de Exemplo para selecionar um
modelo disponível em seu computador.
Excluir um documento
1. Clique na guia Arquivo.
2. Clique em Abrir.
3. Localize o arquivo que você deseja excluir.
4. Clique com o botão direito no arquivo e clique em Excluir no
menu de atalho.
Em alguns casos podem ser necessários diversos minutos para retor- Adicionar um título
nar o seu Windows 7 a um ponto anterior no tempo. Para problemas A melhor maneira de adicionar títulos no Word é aplicando estilos. Você
causados por aplicativos instalados e danos feitos ao registro, a tarefa pode usar os estilos internos ou pode personalizá-los.
recupera o bom funcionamento do computador na grande maioria dos Aplicar um estilo de título
casos. 1. Digite o texto do seu título e selecione-o.
Fonte: computerdicas
A INTRANET
Com a introdução do Mosaic em 1993, algumas empresas mostraram
interesse pela força da Web e desse programa. A mídia noticiou as primei-
ras organizações a criar webs internas, entre as quais a Lockheed, a
Hughes e o SÃS Instituto. Profissionais provenientes do ambiente acadêmi-
co sabiam do que as ferramentas da Internet eram capazes e tentavam
CONCEITOS DE INTERNET E INTRANET. IN- avaliar, por meio de programas pilotos, seu valor comercial. A notícia se
TERNET EXPLORER. CORREIO ELETRÔNICO espalhou, despertando o interesse de outras empresas.
(WEBMAIL). Essas empresas passaram a experimentar a Internet, criando gateways
(portal, porta de entrada) que conectavam seus sistemas de correio eletrô-
O que é uma Intranet? nico com o resto do mundo. Em seguida, surgiram os servidores e navega-
Vamos imaginar que você seja o diretor de informática de uma compa- dores para acesso à Web. Descobriu-se então o valor dessas ferramentas
nhia global. A diretora de comunicações precisa de sua ajuda para resolver para fornecer acesso a informações internas. Os usuários passaram a
um problema. Ela tem de comunicar toda a política da empresa a funcioná- colocar seus programas e sua documentação no servidor da web interna,
rios em duas mil localidades em 50 países e não conhece um meio eficaz protegidos do mundo exterior. Mais tarde, quando surgiram os grupos de
para fazê-lo. discussão da Internet, percebeu-se o valor dos grupos de discussão inter-
1. O serviço de correio é muito lento. nos. Este parece ser o processo evolutivo seguido por muitas empresas.
2. O correio eletrônico também consome muito tempo porque exige
atualizações constantes dos endereços dos funcionários. Antes que pudéssemos perceber, essas ‘internets internas’ receberam
3. O telefone é caro e consome muito tempo, além de apresentar o muitos nomes diferentes. Tornaram-se conhecidas como webs internas,
mesmo problema do caso anterior. clones da Internet, webs particulares e webs corporativas. Diz-se que em
4. O fax também é muito caro e consome tempo, pelas mesmas ra- 1994 alguém na Amdahl usou o termo Intranet para referir-se à sua Internet
zões. interna. A mídia aderiu ao nome e ele passou a ser usado. existiam outras
5. Os serviços de entrega urgente de cartas e pacotes oferecido por pessoas que também usavam isoladamente esse termo. Acredito que esta
algumas empresas nos Estados Unidos não é prático e é bastante seja uma daquelas ideias que ocorrem simultaneamente em lugares dife-
dispendioso em alguns casos. rentes. Agora é um termo de uso geral.
6. A videoconferência também apresenta um custo muito alto.
CRESCIMENTO DAS INTRANETS
Você já agilizou a comunicação com pessoas fora da empresa disponi- A Internet, a Web e as Intranets têm tido um crescimento espetacular.
bilizando um site Web externo e publicando informações para a mídia e A mídia costuma ser um bom indicador, a única maneira de não ouvir falar
analistas. Com essas mesmas ferramentas, poderá melhorar a comunica- do crescimento da Internet e da Web é não tendo acesso a mídia, pois
ção com todos dentro da empresa. De fato, uma Internei interna, ou Intra- muitas empresas de pequeno e praticamente todas de médio e grande
net, é uma das melhores coisas para proporcionar a comunicação dentro porte utilizam intranets. As intranets também são muito difundidas nas
das organizações. escolas e nas Faculdades.
Simplificando, trata-se de uma Internet particular dentro da sua organi- QUAIS SÃO AS APLICAÇÕES DAS INTRANETS?
zação. Um firewall evita a entrada de intrusos do mundo exterior. Uma A aplicabilidade das Intranets é quase ilimitada. Você pode publicar in-
Intranet é uma rede interna baseada no protocolo de comunicação TCP/IP, formações, melhorar a comunicação ou até mesmo usá-la para o groupwa-
o mesmo da Internet. Ela utiliza ferramentas da World Wide Web, como a re. Alguns usos requerem somente páginas criadas com HTML, uma lin-
linguagem de marcação por hipertexto, Hypertext Markup Language guagem simples de criação de páginas, mas outras envolvem programação
(HTML), para atribuir todas as características da Internet à sua rede particu- sofisticada e vínculos a bancos de dados. Você pode fazer sua Intranet tão
lar. As ferramentas Web colocam quase todas as informações a seu alcan- simples ou tão sofisticada quanto quiser. A seguir, alguns exemplos do uso
ce mediante alguns cliques no mouse. Quando você da um clique em uma de Intranets:
página da Web, tem acesso a informações de um outro computador, que • Correio eletrônico
pode estar em um país distante. Não importa onde a informação esteja: • Diretórios
A Web é constituída por home pages, que são pontos de partida para a Surgiu assim a ideia de interconectar os vários centros de computação
localização de informações. Os vínculos de hipertexto nas home pages dão de modo que o sistema de informações norte-americano continuasse
acesso a todos os tipos de informações, seja em forma de texto, imagem, funcionando, mesmo que um desses centros, ou a interconexão entre dois
som e/ou vídeo. deles, fosse destruída.
Com programas desse tipo é possível acessar: Na Web, pode-se navegar entre sites diferentes
- Um computador local utilizando um cabo para interconectar as por- O que faz essa malha de informações funcionar é um sistema de ende-
tas seriais dos dois computadores; reçamento que permite a cada página ter a sua própria identificação. Assim,
- Um computador remoto, através da linha telefônica, desde que os desde que o usuário saiba o endereço correto, é possível acessar qualquer
dois computadores em comunicação estejam equipados com mo- arquivo da rede.
dens.
Na Web, você vai encontrar também outros tipos de documentos além
Além desses programas de comunicação de uso genérico, existem ou- dessas páginas interligadas. Vai poder acessar computadores que mantém
tros mais especializados e com mais recursos. Geralmente, quando você programas para serem copiados gratuitamente, conhecidos como servido-
compra um computador, uma placa fax modem ou um modem externo eles res de FTP, grupos de discussão e páginas comuns de texto.
vêm acompanhados de programas de comunicação. Esses programas
podem incluir também a possibilidade de enviar e receber fax via computa- URL - A Web tem um sistema de endereços específico, tamém chama-
dor. do de URL (Uniform Resource Locator, localizador uniforme de recursos).
Com ele, é possível localizar qualquer informação na Internet. Tendo em
Resumo mão o endereço, como http://www.thespot.com, você pode utilizá-lo no
Uma rede que interliga computadores espalhados por todo o mundo. navegador e ser transportado até o destino. O endereço da página, por
Em qualquer computador pode ser instalado um programa que permite o exemplo, é http://www.uol.com.br/internet/fvm/url.htm
acesso à Internet. Para este acesso, o usuário precisa ter uma conta junto a Você pode copiá-lo e passar para um amigo.
um dos muitos provedores que existem hoje no mercado. O provedor é o Cada parte de um endereço na Web significa o seguinte:
intermediário entre o usuário e a Internet. http://www.uol.com.br/internet/fvm/url.htm
Onde:
MECANISMOS DE CADASTRAMENTO E ACESSO A REDE http://
Logon
Significado: Procedimento de abertura de sessão de trabalho em um É o método pelo qual a informação deve ser buscada. No caso, http:// é
computador. Normalmente, consiste em fornecer para o computador um o método utilizado para buscar páginas de Web. Você também vai encon-
username (também chamado de login) e uma senha, que serão verificados trar outras formas, como ftp:// (para entrar em servidores de FTP), mailto:
se são válidos, ou não. Pode ser usado para fins de segurança ou para que (para enviar mensagens) e news: (para acessar grupos de discussão),
o computador possa carregar as preferências de um determinado usuário. entre outros.
www.uol.com.br
Login - É a identificação de um usuário para um computador. Outra
É o nome do computador onde a informação está armazenada, tam-
expressão que tem o mesmo significado é aquele tal de "User ID" que de
vez em quando aparece por aí. bém chamado de servidor ou site. Pelo nome do computador você pode
antecipar que tipo de informação irá encontrar. Os que começam com www
são servidores de Web e contém principalmente páginas de hipertexto.
Username (Nome do Usuário) ou ID
Quando o nome do servidor começar com ftp, trata-se de um lugar onde
Significado: Nome pelo qual o sistema operacional identifica o
pode-se copiar arquivos. Nesse caso, você estará navegando entre os
usuário.
diretórios desse computador e poderá copiar um programa imediatamente
usenet - Conjunto dos grupos de discussão, artigos e computado-
para o seu micro.
res que os transferem. A Internet inclui a Usenet, mas esta pode
/internet/fvm/
ser transportada por computadores fora da Internet.
user - O utilizador dos serviços de um computador, normalmente É o diretório onde está o arquivo. Exatamente como no seu computa-
registado através de um login e uma password. dor a informação na Internet está organizada em diretórios dentro dos
Senha é a segurança utilizada para dar acesso a serviços privados. servidores.
sistema _enderecos.htm
PROTOCOLOS E SERVIÇOS DE INTERNET
Site - Um endereço dentro da Internet que permite acessar arquivos e É o nome do arquivo que será trazido para o seu navegador. Você de-
documentos mantidos no computador de uma determinada empresa, pes- ve prestar atenção se o nome do arquivo (e dos diretórios) estão escritos
soa, instituição. Existem sites com apenas um documento; o mais comum, em maiúsculas ou minúsculas. Na maior parte dos servidores Internet, essa
porém, principalmente no caso de empresas e instituições, é que tenha diferença é importante. No exemplo acima, se você digitasse o nome do
Note que os que estão em cima do que está marcado são as “próximas
páginas” (isso ocorre quando você volta várias páginas), e os que estão em
baixo são as páginas acessadas. E o Histórico é para ver o histórico,
últimos sites acessados.
Parar
O botão parar tem como função obvia parar o download da página em
execução, ou seja, se você está baixando uma página que está demorando
muito utilize o botão parar para finalizar o download.
Home
O botão página inicial tem como função ir para a página que o seu na- Alternar entre as abas
vegador está configurado para abrir assim que é acionado pelo usuário, Clicando na setinha, abre-se um menu contendo todas as abas
geralmente o Internet Explorer está configurado para ir a sua própria página Clicando no ícone abre-se uma páginas mostrando todas as abas e
na Microsoft, caso o usuário não adicionou nenhum endereço como página suas respectivas páginas
principal.
Download
É nada mais que baixar arquivos da Internet para seu computador
Pesquisar
Upload em português significa carregar – é a transferência de um arquivo
Este botão, é altamente útil pois clicando no mesmo Internet Explorer do seu computador para outro computador.
irá abrir uma seção ao lado esquerdo do navegador que irá listar os princi-
pais, sites de busca na Internet, tal como Cadê, Google, Altavista etc. A Como efetuar download de uma figura na Internet.
partir daqui será possível encontrar o que você está procurando, mas a) Clique com o botão direito do mouse sobre a figura desejada;
veremos isto mais a fundo nas próximas páginas. b) Escola a opção Salvar figura como;
c) Escolha o nome e a pasta onde o arquivo será baixado;
d) Clique em Salvar.
Favoritos
O botão favoritos contem os Websites mais interessantes definidos pe- Como efetuar download de arquivos na Internet
lo usuário, porém a Microsoft já utiliza como padrão do IE 6 alguns sites Alguns arquivos como jogos; músicas; papéis de parede; utilitários co-
que estão na lista de favoritos. mo antivírus etc.; são disponibilizados na Internet para download a partir de
links (texto destacado ou elemento gráfico), e o procedimento é parecido
Para você adicionar um site na lista de favoritos basta você clicar com com o download de figuras.
o botão direito em qualquer parte da página de sua escolha e escolher a) Clique no respectivo link de download;
adicionar a favoritos. Geralmente utilizamos este recurso para marcar b) Aparecerá uma tela com duas opções, Abrir arquivo ou Salvar ar-
nossas páginas preferidas, para servir de atalho. quivo em disco;
c) Escolha Salvar arquivo em disco;
d) Escolha a pasta de destino e logo em seguida clique em Salvar.
Histórico e) Observa-se a seguir uma Janela (de download em execução) que
O botão histórico exibe na parte esquerda do navegador quais foram os mostra o tempo previsto e a porcentagem de transferência do ar-
sites visitados nas últimas semanas, ou dias com isso você pode manter quivo. O tempo de transferência do arquivo varia de acordo com o
um controle dos sites que você passou nas últimas semanas e dias. Bas- ser tamanho (byte, kilobyte, megabyte).
tante útil para usuários que esqueceram o nome do site e desejam acessar
novamente. MOZILLA FIREFOX
Com relação ao sistema de busca integrado, além dos mecanismos já Como trocar de aba utilizando o teclado
presentes em versões anteriores (Google, Yahoo! e Amazon, por exemplo), - Ir para a aba da esquerda: <CTRL> <Shift> <Tab> ou <CTRL>
é possível adicionar o sistema da Answers.com como padrão. <PgUp> - Ir para a aba da direita: <CTRL> <Tab> ou <CTRL> <PgDo>
Portanto, para acessar a outra página basta clicar na sua respectiva Como determinar a codificação
aba. Ou seja: - um "site", pode ficar, inteiro, dentro de uma única janela, No menu "Exibir" clicar em "Codificação" Selecionar Ocidental (ISO-
cada página em uma aba, ou - várias páginas, cujos endereços são diferen- 8859-1) e ver a página. Se ainda não estiver correta, selecionar Unicode
tes, podem ficar em várias abas, na mesma janela. (UTF-8) e, novamente, e ver a página. Essas são as codificações mais
frequentes atualmente, mas há outras opções presentes que podem ser
testadas.
Definição
Caso o servidor de upload esteja na Internet, o usuário do serviço pas-
sa a dispor de um repositório de arquivos, similar a um disco rígido, dispo-
nível para acesso em qualquer computador que esteja na Internet.Upload é
parecido com Download, só que em vez de carregar arquivos para a sua
máquina, você os envia para o servidor.
Características
Os provedores gratuitos de upload variam bastante na sua política, ca-
pacidades e prazo de validade das transferências. Mas em geral todos
funcionam da seguinte forma: o usuário que envia o arquivo fornece o
endereço de e-mail (ou correio eletrônico) de um destinatário. Este recebe
Quando uma janela popup for bloqueada, um ícone novo pode ser uma mensagem de e-mail do servidor de upload, informando a disponibili-
exibido na barra de status, informando o bloqueio. Para visitar esse site, dade do arquivo, junto com uma URL. Basta que ele então clique nessa
deve-se clicar no ícone para desbloquear a popup. URL para receber o arquivo.
DOWNLOAD E UPLOAD
Para configurar o Bloqueador de pop-ups no menu Ferramentas, exe-
Download (significa descarregar, em português), é a transferência de cute as seguintes etapas:
dados de um computador remoto para um computador local, o inverso de - Clique em Iniciar, aponte para Todos os programas e clique em
upload. Por vezes, é também chamado de puxar (ex: puxar o arquivo) ou Internet Explorer.
baixar (baixar o arquivo). Tecnicamente, qualquer página da Internet que
você abre consiste em uma série de descarregamentos. O navegador No menu Ferramentas, aponte para Bloqueador de Pop-ups e
conecta-se com o servidor, descarrega as páginas HTML, imagens e outros clique em Habilitar Bloqueador de Pop-ups para ativar o
itens e as abre, confeccionando a página que você vê. Mas o termo descar- Bloqueador de pop-ups ou em Desabilitar Bloqueador de Pop-
regar tornou-se sinônimo de copiar arquivos de um servidor remoto para o ups para desativá-lo.
seu, porque quando o navegador não pode abrir um arquivo em sua janela
(como um executável por exemplo) ele abre a opção para que o mesmo Como definir as configurações do Bloqueador de pop-ups
seja salvo por você, configurando um descarregamento. As seguintes definições do Bloqueador de pop-ups podem ser configu-
radas:
Benefícios • Permitir lista de sites.
Eles trazem arquivos favoráveis ao cotidiano e à diversão.
Vamos à configuração:
3. No menu Ferramentas, clique em Contas.
Salvar um rascunho
Para salvar um rascunho da mensagem para usar mais tarde, faça o
seguinte:
1. Com sua mensagem aberta, clique em Arquivo.
2. A seguir, clique em Salvar.
Você também pode clicar em Salvar como para salvar uma mensagem
de e-mail em outros arquivos de seu computador no formato de e-mail
(.eml), texto (.txt) ou HTML (.htm ou html).
Abrir anexos
Para ver um anexo de arquivo, faça o seguinte:
1. No painel de visualização, clique no ícone de clipe de papel no ca-
beçalho da mensagem e, em seguida, clique no nome do arquivo.
Ou apenas clique no símbolo de anexo
Podemos sintetizar assim: Se o que você quer é uma nova pasta, independente das que você já
1. Sempre colocar o assunto. criou, selecione sempre o item Pastas Locais
2. Indique o emissor e o destinatário no corpo da mensagem. Dê um nome e selecione o local onde quer que fique esta nova pasta
3. Coloque apenas uma saudação. que você acabou de criar.
Fonte: cce.usp.br
É importante saber que quando nos referimos a dados, não quer dizer Outra vantagem das redes cliente/servidor é a forma centralizada de
apenas arquivos, mas qualquer tipo de informação que se possa obter de administração e configuração, o que melhora a segurança e organização da
um computador. rede.
Os principais motivos que levam a implantação de uma rede de compu-
tadores são: Para uma rede cliente/servidor podemos ter vários tipos de servidores
• Possibilitar o compartilhamento de informações (programas e da- dedicados, que vão variar conforme a necessidade da rede, para alguns
dos) armazenadas nos computadores da rede; tipos desses servidores podemos encontrar equipamentos específicos que
• Permitir o compartilhamento de recursos associados às máquinas fazem a mesma função do computador acoplado com o dispositivo, com
interligadas; uma vantagem, o custo desses dispositivos são bem menores. Abaixo
• Permitir a troca de informações entre os computadores interliga- temos exemplos de tipos de servidores:
dos;
• Permitir a troca de informações entre usuários dos computadores Servidor de Arquivos: É um servidor responsável pelo armazenamen-
interligados; to de arquivos de dados - como arquivos de texto, planilhas eletrônicas,
• Possibilitar a utilização de computadores localizados remotamente; etc... É importante saber que esse servidor só é responsável por entregar
• Permitir o gerenciamento centralizado de recursos e dados; os dados ao usuário solicitante (cliente), nenhum processamento ocorre
nesse servidor, os programas responsáveis pelo processamento dos dados
Tipos de redes dos arquivos deve estar instalados nos computadores clientes.
Do ponto de vista da maneira com que os dados de uma rede são • Servidor de Impressão: É um servidor responsável por processar
compartilhados podemos classificar as redes em dois tipos básicos: os pedidos de impressão solicitados pelos micros da rede e enviá-
• Ponto-a-ponto: que é usado em redes pequenas; los para as impressoras disponíveis. Fica a cargo do servidor fazer
• Cliente/servidor: que pode ser usado em redes pequenas ou em o gerenciamento das impressões.
redes grandes. • Servidor de Aplicações: É responsável por executar aplicações
do tipo cliente/servidor como, por exemplo, um banco de dados. Ao
Esse tipo de classificação não depende da estrutura física usada pela contrário do servidor de arquivos, esse tipo de servidor faz proces-
rede (forma como está montada), mas sim da maneira com que ela está samento de informações.
configurada em software. • Servidor de Correio Eletrônico: Responsável pelo processamen-
to e pela entrega de mensagens eletrônicas.
Redes Ponto-a-Ponto
Esse é o tipo mais simples de rede que pode ser montada, praticamen- Componentes de uma Rede
te todos os Sistemas Operacionais já vêm com suporte a rede ponto-a- Cliente: Um cliente em uma rede, corresponde a todo computador que
ponto (com exceção do DOS). Nesse tipo de rede, dados e periféricos busca a utilização de recursos compartilhados ou o acesso a informações
podem ser compartilhados sem muita burocracia, qualquer micro pode que encontram-se em pontos centralizados na rede.
facilmente ler e escrever arquivos armazenados em outros micros e tam- Servidor: Um servidor em uma rede corresponde a um computador
bém usar os periféricos instalados em outros PC‘s, mas isso só será possí- que centraliza o oferecimento de recursos compartilhados e que atende as
vel se houver uma configuração correta, que é feita em cada micro. Ou requisições dos computadores clientes desta rede.
seja, não há um micro que tenha o papel de servidor da rede, todos micros Usuário: Corresponde a toda pessoa que utiliza um computador cliente
podem ser um servidor de dados ou periféricos. e que procura acess de uma rede
Administrador: O administrador de uma rede corresponde ao profissi-
Apesar de ser possível carregar programas armazenados em outros onal que que cuida do gerenciamento dos recursos da rede, manutenção,
micros, é preferível que todos os programas estejam instalados individual- segurança etc.
mente em cada micro. Outra característica dessa rede é na impossibilidade Hardware de rede: A placa de redes ou interface corresponde ao dis-
de utilização de servidores de banco de dados, pois não há um controle de positivo que anexado ao computador permite que ele possa ser conectado
sincronismo para acesso aos arquivos. fisicamente a rede.
Modem: É responsável pela modulação e demodulação dos dados, ou
Vantagens e Desvantagens de uma rede Ponto-a-Ponto: seja codifica o sinal de entrada e saída dos dados.
• Usada em redes pequenas (normalmente até 10 micros); Sistema operacionais: Para um computador operar em uma rede, tan-
• Baixo Custo; to no papel cliente, como no servidor, é necessário que o sistema operacio-
• Fácil implementação; nal instalado neste computador possa suportar as operações de comunica-
• Baixa segurança; ção em rede. Todos os sistemas operacionais atuais suportam e reconhe-
• Sistema simples de cabeamento; cem a operação em rede,implementando em suas operações de entrada e
• Micros funcionam normalmente sem estarem conectados a rede; saída, as funções de utilização como clientes e servidores. Temos como
• Micros instalados em um mesmo ambiente de trabalho; exemplo os seguintes sistemas: Windows (9x, XP, NT, 2000 e 2003), Novell
• Não existe um administrador de rede; Netware, Mac OS, Unix e Linux.
• Não existe micros servidores; Protocolo: O protocolo de rede corresponde a um padrão de comuni-
• A rede terá problemas para crescer de tamanho. cação existente em uma rede. Para que dois computadores possam trocar
Funcionamento
Na topologia de anel a comunicação entre os computadores é feita
através de um processo denominado passagem de token ou bastão. Um
sinal especial denominado Token (bastão) circula pelo anel no sentido
horário e somente quando recebe o token é que um computador transmite
Terminador com defeito ou solto: Se um terminador estiver com defeito, seu sinal. O sinal circula pelo anel até chegar ao destino, passando por
solto, ou mesmo se não estiver presente, os sinais elétricos serão retorna- todos os outros computadores. Só após receber de volta o sinal é que o
dos no cabo fazendo com que os demais computadores não consigam computador libera o token permitindo assim que outro computador possa se
enviar os dados. comunicar.
Rompimento do backbone: Quando ocorre um rompimento no backbo-
ne, as extremidades do ponto de rompimento não estarão terminadas e os Problemas
sinais começarão a retornar no cabo fazendo com que a rede seja desati- O único problema da topologia de anel é a dependência total do anel
vada. Objetos pesados que caíam sobre o cabo podem provocar o seu físico implementado, sendo que se for rompido ou comprometido, a comu-
rompimento. O rompimento às vezes não é visual, ficando interno ao cabo, nicação em todo o anel é interrompida.
dificultando a identificação.
Estrela
Na topologia estrela, os computadores ficam ligados a um ponto central
que tem a função de distribuir o sinal enviado por um dos computadores a
todos os outros ligados a este ponto. Esta topologia é assim chamada, pois
seu desenho lembra uma estrela.
Malha
Na topologia em malha os computadores estariam conectados uns aos
outros diretamente formando um desenho semelhante a uma trama ou
malha.
Funcionamento Funcionamento
O ponto central da topologia estrela pode ser um dispositivo de rede A topologia em malha não é utilizada para conexão de computadores,
denominado Hub ou ainda ser um dispositivo mais complexo tal como uma pois implicaria em múltiplas conexões a partir de cada computador, o que
switch ou roteador. A implementação mais comum encontrada é a que numa grande rede se tornaria inviável. Mas esta topologia pode ser encon-
utiliza um hub como ponto central e cabeamento de par-trançado. trada na conexão de componentes avançados de rede tais como roteado-
No caso de um Hub o sinal enviado é simplesmente redirecionado a res, criando assim rotas alternativas na conexão de redes.
todas as conexões existentes neste Hub, chegando assim a todos os
computadores ligados no Hub. Redes sem fio
Na topologia de estrela, há a necessidade de uma conexão de cabo Na topologia sem fio os computadores são interligados através de um
entre cada computador e o Hub ou outro dispositivo agindo como ponto meio de comunicação que utiliza uma tecnologia sem fio tal como RF (rádio
central. -frequência) ou Infravermelho.
Problemas Funcionamento
Os problemas ou desvantagens da utilização desta topologia podem A comunicação numa topologia sem fio é feita computador a computa-
ser resumidos nos seguintes: dor através do uso de uma frequência comum nos dispositivos em ambos
• Utilização de uma grande quantidade e metragem de cabos. Em os computadores.
grandes instalações de rede será preciso um cabo para conectar Quando um computador entra no raio de alcance do outro computador,
cada computador ao hub. Dependendo da distância que o hub fica cada um passa a enxergar o outro, permitindo assim a comunicação entre
dos computadores, a metragem e a quantidade de cabos, pode se eles.
tornar significativa. Numa rede RF multiponto, existem pontos de conexão denominados
• Perda de Conexão na falha do hub. Se, por qualquer razão, o hub wireless access points - WAP que conectam computadores com dispositi-
for desativado ou falhar, todos os computadores ligados a este hub vos RF (tranceivers) a uma rede convencional. Este sistema é o mais
vão perder a conexão uns com os outros. utilizado em escritórios e também no acesso a Internet em redes metropoli-
tanas.
O que é o Excel?
Excel é um programa de planilhas do sistema Microsoft Office. Você
pode usar o Excel para criar e formatar pastas de trabalho (um conjunto de
planilhas) para analisar dados e tomar decisões de negócios mais bem
informadas. Especificamente, você pode usar o Excel para acompanhar
dados, criar modelos de análise de dados, criar fórmulas para fazer cálculos
desses dados, organizar dinamicamente os dados de várias maneiras e
apresentá-los em diversos tipos de gráficos profissionais.
Dicas
Para uma pasta de trabalho nova e em branco, clique duas vezes em
Pasta de Trabalho em Branco.
Observação Para aplicar uma cor diferente das cores de tema e cores
padrão disponíveis, clique em Mais Cores e defina a cor a ser usada na
guia Padrão ou Personalizada da caixa de diálogo Cores.
2. Classificar rapidamente
Selecione uma única célula na coluna em que deseja classificar.
Conhecimentos Específicos 150 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Passe o mouse sobre os ícones de escalas de cores para visualizar os 3. Preencha a fórmula
dados com formatação condicional aplicada. Para preencher uma fórmula que usa uma combinação de números, re-
Em uma escala de três cores, a cor superior representa valores mais ferências de célula e operadores, pressione ENTER.
altos, a do meio, valores médios, e a inferior, valores mais baixos. Esse Para preencher uma fórmula que usa uma função, preencha as infor-
exemplo usa a escala de cores Vermelho-Amarelo-Azul. mações requeridas da função e pressione ENTER. Por exemplo, a função
2. Teste a formatação condicional ABS requer um valor numérico — pode ser um número digitado ou uma
Na guia Página Inicial, no grupo Estilos, clique na seta ao lado de célula selecionada contendo um número.
Formatação Condicional e teste os estilos disponíveis. Suas fórmulas preenchidas poderão ser semelhantes aos exemplos a
seguir:
Fórmula Descrição
=RAIZ(A1) Usa função RAIZ para retornar a raiz quadrada do valor em A1.
PROVA SIMULADA I
09) Para acessar a pasta de um aplicativo, utilizamos: 21) O comando configurar página no Excel serve para:
a) iniciar ou acessórios a) controlar gráficos
b) meu computador ou Windows Explorer b) controlar impressão
c) caixa de entrada ou meu computador c) controlar a aparência das planilhas impressas
d) n.d.a. d) n.d.a.
10) O Windows armazena seus arquivos de programas e de documentos 22) O comando do Excel usado para imprimir um documento é:
em: a) ctrl + p b) ctrl + a c) ctrl + j d) n.d.a.
a) pastas b) janelas c) ícones d) n.d.a.
23) O botão do Excel inserir linha, insere uma nova linha vazia______da
11) Para criar pastas, aciono menu: linha selecionada.
a) arquivo, novo, pasta (menu secundário) a) na frente
b) arquivo, editar, copiar b) ao lado
c) editar, recortar, pasta c) acima
d) n.d.a. d) abaixo
12) O Windows dispõe de um acessório que simula um CD-Player. Qual é 24) O botão do Excel inserir planilha, encontra-se na categoria:
este acessório? a) arquivo
a) WordPad b) editar
b) Paint c) célula
c) FreeCell d) inserir
d) multimídia
26) Quais as três maneiras básicas que permitem trocar informações 37) O assistente de resposta serve para:
entre arquivos ou programas no Excel a) configurar página
a) clipboard, vinculando arquivos ou incorporando aplicações b) acrescentar borda
b) localizando, adicionando ou incorporando aplicações c) ajuda durante o trabalho, com dicas, referências, aplicação e respos-
c) clipboard, vinculando redes ou incorporando aplicações tas visuais passo a passo.
d) n.d.a. d) n.d.a.
27) Para que servem as fórmulas no Excel? 38) Alinhar e recuar os parágrafos, para que isto seja leito é necessário o
a) Para substituir dados comando_________ no menu ________
b) automatizar os cálculos em uma planilha a) formatar – layout
c) para gravar em cd-rom o resultado b) formatar – parágrafo
d) n.d.a. c) parágrafo – formatar
d) n.d.a.
28) O Excel salva seu documento com a extensão:
a) cdr 39) O comando de formulário no menu inserir do Word:
b) tif a) insere um campo de formulário
c) xls b) remove um campo de formulário
d) n.d.a. c) oculta um formulário
d) n.d.a.
29) O Word é:
a) uma planilha eletrônica 40) Qual a finalidade do comando cabeçalho e rodapé no menu exibir do
b) um processador de texto Word?
c) um editor de tabelas a) ocultar o texto de rodapé apenas com um tipo de letra
d) n.d.a. b) inserir e modificar o cabeçalho e o rodapé
c) mudar as margens padrões do rodapé da margem superior
30) Para organizar rapidamente todos os documentos abertos na tela, d) n.d.a.
basta escolher ____ todas no menu janela do Word
a) abrir 41) Para aplicar uma borda rapidamente a um parágrafo, escolha o botão
b) fechar ________ na barra de ferramentas formatação.
c) ordenar a) Janela
d) n.d.a. b) Bordas
c) Sombras
31) O comando tela inteira (Menu Exibir) do Word, serve para: d) n.d.a
a) ocultar todos os elementos de tela
b) visualizar a impressão 42) Qual o comando para mudar o tipo de letra de um trabalho no Word?
c) inserir tabela a) comando fonte (menu formatar)
d) n.d.a. b) comando fonte (menu inserir)
c) comando fonte (menu exibir)
32) O modo layout da página no Word, permite visualizar a página como d) n.d.a.
será quando ___.
a) Aberta GABARITO
b) Importada
c) Impressa 1. A 2. C 3. C 4. B
d) n.d.a. 5. D 6. C 7. A 8. C
9. B 10. A 11. A 12. D
33) Para inserir ou incorporar um objeto no Word, usamos o comando 13. C 14. B 15. D 16. A
objeto que se encontra no menu: 17. C 18. B 19. A 20. B
a) inserir 21. C 22. A 23. C 24. D
b) formatar 25. C 26. A 27. B 28. C
c) tabela 29. B 30. C 31. A 32. C
d) n.d.a. 33. A 34. C 35. C 36. B
37. C 38. C 39. A 40. B
34) Para que servem as ferramentas do Word?
41. B 42. A
a) para consertar o programa
b) para manutenção de disco
c) para auxiliar o seu trabalho e fazer com que ele tenha uma aparência
profissional PROVA SIMULADA III
d) n.d.a.
1) Qual a ferramenta para fazer uma cópia de formatos de caractere e
35) Para adicionar ou remover marcadores ou numeração rapidamente, parágrafo no Microsoft Word, depois de selecionado o texto que pos-
clique sobre o botão ______ ou o botão__________ na barra de fer- sui a formatação desejada?
ramentas formatação. a) Colar
a) adicionar; inserir b) Copiar
b) marcadores; inserir c) Colar especial
c) marcadores, numeração d) Pincel
d) n.d.a. e) nda
7) Marque a alternativa INCORRETA sobre a impressão de documentos 14) Quanto às teclas de Atalho utilizadas no Word, podemos afirmar que:
no Microsoft Word: a) CTRL+P imprime automaticamente o documento ativo sem questio-
a) Permite imprimir intervalos de páginas, uma alternativa a imprimir nar.
todas as páginas de um documento. b) Para selecionar o texto todo do documento, deve-se usar CTRL+A
b) Ao imprimir duas cópias de um documento com três páginas estas c) CTRL+B salva o documento do Word na mesma cópia previamente
podem ser impressas nas seguintes sequências: 1,2,3,1,2,3 ou gravada.
1,1,2,2,3,3. d) CTRL+J alinha o texto somente à direita da página.
c) Para imprimir várias cópias de um documento, deve-se pressionar a e) nda
tecla CTRL juntamente com a tecla P para cada cópia desejada.
d) Permite imprimir apenas a página correntemente visualizada, sem 15) O Word não permite salvar os documentos como:
necessidade de outro meio para explicitar qual é essa página. a) somente texto com quebras de linha.
e) nda b) texto MS-DOS com quebras de linha.
c) banco de dados.
8) No Word, para alterar a caixa de um texto selecionado, ou seja, trocar d) HTML
de maiúsculas para minúsculas ou vice-versa, utilizando o teclado, e) nda
deve-se pressionar, em conjunto, as teclas
a) Ctrl e + b) Ctrl e F3 16) No editor de texto Word, considere um texto com vários parágrafos,
c) Shift e F5 d) Shift e F3 e) nda cada um com várias linhas e sem nenhuma formatação inicial. Após
clicar sobre uma palavra de um parágrafo qualquer e, em seguida, cli-
9) Sobre o Word, não é correto afirmar que a opção: car no botão Centralizar, é correto afirmar que:
a) Mesclar células no menu Tabela combina as células selecionadas em a) apenas a linha que contém a palavra que recebeu o clique ficará
uma única célula. Dividir células no menu Tabela divide as células se- centralizada.
lecionadas no número de linhas e colunas informados. b) todo o texto ficará centralizado.
b) Selecionar/coluna no menu Tabela seleciona todas as células da c) apenas a palavra que recebeu o clique ficará centralizada.
coluna que contém o ponto de inserção. d) o parágrafo que contém a palavra que recebeu o clique ficará centrali-
c) Selecionar/tabela no menu Tabela seleciona todas as células da zado.
tabela que contém o ponto de inserção e) nda
1 D 11 C _______________________________________________________
2 A 12 C _______________________________________________________
3 D 13 D
4 D 14 A _______________________________________________________
5 D 15 D _______________________________________________________
6 A 16 D
7 B 17 B _______________________________________________________
8 D 18 D _______________________________________________________
9 B 19 C
10 D 20 B _______________________________________________________
_______________________________________________________