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Profª Débora Souto

Radiologia-UNIC

TERMINOLOGIA RADIOLÓGICA

TERMOS GERAIS

Usados no posicionamento radiológico, são definidos e ilustrados para


esclarecer significados e definições.

RADIOGRAFIA X FILME DE RAIOS X:


Uma radiografia é um filme de raio x contendo uma imagem processada
de uma parte anatômica.
Um filme é um pedaço de material plástico sobre o qual a imagem será
fixada.
Quando se diz radiografia, fala-se do filme e da imagem nele contida, já
quando de diz “filme” fala-se do filme sem a imagem radiográfica.

EXAME RADIOGRÁFICO:
Um exame radiográfico simples inclui cinco funções básicas:
a) Identificar o paciente;
b) Posicionamento do paciente;
c) Seleção das medidas de proteção radiológicas;
d) Exposição;
e) Processamento ou revelação .

CHASSI OU MAGAZINE:
O chassi é um compartimento (caixa) apropriado para alojar o filme,
internamente é revestido pelo ECRAN.

O chassi e o filme possuem medidas apropriadas e adequadas as


necessidades do serviço. As medidas mais comuns são: 13X18, 18X24, 24X30, 30X40,
35X35, 35X43.
ECRAN:
Funciona como agente emissor de luz visível ao ser iluminado pelos raios
x. Geralmente são cobertos com uma resina de proteção sob a camada
emissora,existe outra camada, a branca com propriedade refletora.

RADIOTRANSPARENTE:
Diz-se material radiotransparente, todos matérias não resistente a
passagem dos raios x, não havendo dificuldades para impressionar o filme, o exemplo
são os plásticos, madeira de compensados, isopor e etc.

RADIOPACOS:
São os materiais que oferecem resistência aos raios x, como por exemplo,
os metais de maior número atômico (ferro, aço, etc) , e também algumas estruturas
como os ossos.

INCIDÊNCIAS:
Incidência é um termo de posicionamento que, por definição, descreve a
trajetória do raio central, projetando uma imagem no filme radiográfico.

PLANOS E CORTES

POSIÇÃO ANATÔMICA:
Uma posição de pé aduzidos (abaixados) e retos, palmas para frente com
os dedos para baixo. Esta posição especifica do corpo é usada como referência para
todos os termos de posicionamento.
O corpo deve ficar o mais ereto possível, e todo o plano frontal deve estar
alinhado.
PLANOS SAGITAIS:
Podemos dizer que plano sagital é uma linha imaginária que divide o
corpo em duas partes, direita e esquerda. Chama-se sagital por causa da sutura sagital
do crânio.
O plano médio-sagital ou plano mediano é um plano sagital que demarca
a linha média do corpo, ou seja, divide em partes exatamente iguais em direita e
esquerda, por tanto qualquer plano paralelo ao plano médio-sagital é denominado
somente de plano sagital.

PLANOS CORONAIS:
Este plano divide o corpo em partes anterior e posterior. Chama-se
coronal por causa da sutura coronal do crânio.
O plano médio-coronal divide o corpo em partes exatamente iguais em
anterior e posterior, qualquer outro plano paralelo a este é somente plano coronal .

PLANO TRANSVERSAL, AXIAL OU HORIZONTAL:


Qualquer plano que passa através do corpo formando ângulo reto com os
planos sagitais e coronais dividindo o corpo em partes superior e inferior.

CORTES TRANSVERSAIS OU AXIAIS:


São feitos em ângulos em qualquer ponto ao longo do eixo longitudinal do
corpo ou suas partes.

SUPERFÍCIES DO CORPO

DORSAL OU POSTERIOR:
Refere-se à metade posterior do corpo, observa-se a pessoa por trás,
inclui a dorso das mãos e a planta dos pés.
VENTRAL OU ANTERIOR:
Refere-se a metade frontal do paciente ou à parte do corpo observada de
frente, inclui o dorso dos pés e a palma das mãos.

PLANTAR:
Refere-se a parte posterior do pés, é a planta (parte de baixo) dos pés.

PALMAR:
Refere-se à palma da mão, na posição anatômica seria o mesmo que a
superfície ventral ou anterior da mão.
OBS: Volar significa palma da mão e pode se referir a planta do pé.
VOLA significa cavidade da mão ou do pé.

DORSO:
Significa topo ou costas, refere-se a parte posterior da mão e a parte
anterior do pé.

ORTOSTÁTICA:
É a posição vertical, de pé ou sentado dependendo da parte a ser
estudada.

DECÚBITO:
Significa estar deitado, ou seja, na posição horizontal.

DECÚBITO DORSAL:
Significa deitar sobre o dorso, com a face voltada para cima.

DECÚBITO VENTRAL:
Significa deitar sobre o abdome (ventre), com a face voltada para a
mesa(porém, esta deve estar virada para o lado).
TRENDELEMBURG:
Posição em decúbito com o plano do corpo inclinado de forma que a
cabeça fique mais baixa que os pés, esta inclinação varia entre 30 e 40 graus.

POSIÇÃO DE FOWLER:
Posição em decúbito com o plano do corpo inclinado de forma que a
cabeça mais alta que os pés em 30 graus.

POSIÇÃO DE LITOTOMIA:
Posição com os joelhos parcialmente dobrados, as coxas aduzidas
externamente, os MMII sustentados por suportes para pernas e tornozelos.
Esta posição é muito usada na urografia retrógrada ou posição cirúrgica
para remoção de calculo renal.
POSIÇÃO LATERAL OU PERFIL:
Como o próprio nome diz, é um a posição lateral da parte a ser estudada
é demarcada pela entrada e saída do raio central.

POSIÇÃO OBLÍQUA:
Posição inclinada ou angulada na qual o plano médio-sagital e o plano
médio coronal são perpendiculares ao filme, ou seja, é uma intermediária entre a frente
e a lateral. Normalmente se não haver especificações esta intermediária será de 45
graus.

POSIÇÃO OBLIQUA POSTERIOR (D ou E):


É especifica, na qual a parte posterior esquerda ou direita esta mais
próxima do filme ou receptor de imagem.

POSIÇÃO OBLIQUA ANTERIOR (D ou E):


É aquela em que a face anterior direita ou esquerda esta mais próxima do
filme ou receptor de imagem.
TERMOS DE RELAÇÃO

INCIDÊNCIA AXIAL:
Axial refere-se ao eixo transversal de uma estrutura ou parte, em torno da
qual um corpo em rotação gira ou é disposto.
Acrescenta-se a esta os termos súpero-inferior e ínfero-superior,
descrevendo assim a direção do raio central.
SÚPERO-INFERIOR = CÉFALO CAUDAL
ÍNFERO-SUPERIOR = CAUDO CEFÁLICO

INCIDÊNCIA TANGENCIAL:
Significa tocar uma curva uma superfície somente em um ponto. A
exemplo do arco zigomático, túnel do carpo e ponte do carpo.

MEDIAL E LATERAL:
Tudo que se diz medial é em direção a linha média do corpo e lateral é em
direção oposta ao corpo.

PROXIMAL E DISTAL:
Proximal é próximo da origem ou inicio, em geral o que está próximo da
linha média é proximal , em relação aos MMSS e MMII as partes mais distante do corpo
são as partes distais e mais próximas são proximais.

SIGNIFICADOS:
AP= Antero Posterior MIE= Membro Inferior Esquerdo
PA= Póstero Anterior MMSSII= Todos os Membros
RC= Raio Central INTRA= Dentro ou no Interior
MMSS= Membros Superiores INTER= Situado entre
MSD= Membro Superior Direito PMS= Plano Médio sagital
MMII= Membros Inferiores PMC= Plano Médio Coronal
TERMOS DE MOVIMENTO

FLEXÃO:
Ao fletir ou dobrar uma articulação o ângulo entre as partes é diminuído.

EXTENSÃO:
Ao estender ou retificar uma articulação o ângulo entre as parte é
aumentado.

HIPEREXTENSÃO:
Extensão de uma articulação além da posição neutra ou ereta.

FLEXÃO ULNAR:
O ângulo entre a mão e a ulna é diminuída.

FLEXÃO RADIAL:
O ângulo entre a mão e o radio é diminuído.

EVERSÃO:
É um movimento de força para fora do pé na articulação do tornozelo,
aplicada ao calcâneo sem rotação da perna. A superfície plantar é voltada ou rotada
para fora. Essa posição serve para avaliação de possível alongamento do espaço
articular do tornozelo.

INVERSÃO:
Um movimento de força para dentro na articulação do tornozelo sem
rotação da perna. Exatamente o oposto da eversão.

VARO:
Descreve a curvatura de uma parte para fora ou em direção à linha média.
VALGO:
Descreve a curvatura de uma parte para dentro ou em direção à linha
média.
OBS: Para não se confundir é só lembrar que, quem é valgo não cavalga.

ABDUÇÃO:
Um movimento de afastamento do braço ou perna em relação ao corpo.

ADUÇÃO:
Um movimento do braço ou perna em direção ao corpo. Movimento em
direção a linha média .

SUPINAÇÃO:
Um movimento de rotação da mão para a posição anatômica (palma para
cima).

PRONAÇÃO:
Um movimento para a posição oposta a posição anatômica (palma para
baixo).

PROTRAÇÃO:
Um movimento para frente a partir de uma posição normal.

RETRAÇÃO:
Um movimento para trás, ou a condição de ser levado para trás.

CIRCUNDAÇÃO:
Mover em forma de círculo. Este movimento envolve uma seqüência de:
- Flexão, abdução, extensão e adução.
TÉCNICA E IMAGEM

PERSPECTIVA HISTÓRICA DA RADIOLOGIA

Numa sexta-feira em 08 de novembro de 1895, Wilhelm Conrad Rontgen


(1845-1923), professor de física teórica na Universidade de Wurzburg descobriu os
raios X. Físico, apesar de não ser médico, Rontgen levou sete semanas de
trabalho intensivo para redigir o célebre memorial “SOBRE UMA NOVA ESPÉCIE DE
RADIAÇÃO”, publicado no Boletim da Sociedade Físico-Médica de Wurzburg, no dia
23 de janeiro de1896.
O ano de 1895, foi excepcional Pierre Curie casa-se com Marie
Skowoldska, Luís Pasteur falece, no subsolo do café de Paris ocorre a primeira sessão
de cinema, e o automóvel conhece os primeiros pneumáticos, além da grande
descoberta da época, os raios X. Não foi como disseram algumas pessoas, um achado
ocasional. As pesquisas dos físicos e os desenvolvimentos da industria elétrica
(iluminação, transporte, telefones) prepararam o terreno, Rontgen improvisou seu
aparelho com suas próprias mãos, mas com ferramentas bem conhecidas (raios
catódicos estudados em vários laboratórios, tubos com vácuo e geradores de alta
tensão).
Na memorável noite de 08 de novembro, Rontgen se questionava, assim
como outros físicos de sua época, os raios catódicos podem se propagar fora do tubo?
Caso afirmativo, em que distância e quais seus efeitos? Ele também constata que,
após envolver o tubo com o papelão, que as radiações não luminosas atravessavam o
vidro e papelão e tornavam fluorescentes, à distancia um écran de platino-cianureto de
bário, essas radiações invisíveis que saíam do tubo, eram os raios X.
Em julho de 1898, Marie Curie e Pierre Curie descobriram “polônio” e em
dezembro do mesmo ano eles descobriram o “rádio”.
Em 1898, o primeiro uso do radio nos U.S.A., os tubos de radio foram
primeiramente usados no tratamento tumores malignos ginecológicos ao passo que,
soluções de radio foram usados para o tratamento de artrites e gota.
Em 1928 Dr Geiger e o Dr Muller construíram e aperfeiçoaram um tubo
detector de radiação baseado em um contador primitivo de 1906.
Em 1939 foi feito um tratamento com pacientes de câncer, utilizando feixe
de nêutrons de cycloton.
Em 1951 a primeira unidade empregando o cobalto 60 (60c) foi usado na
terapia de radiação, no Canadá.
Em 1952 o primeiro acelerador linear de elétrons designado para a radio
terapia foi instalado no Canadá.
Em 1960 foi desenvolvido o sistema de planejamento e tratamento
computadorizado.
Em 1972 Geofrey N. Hounsfield inventou o sistema de tomografia
computadorizada.
Em 1985, noventa anos após o descobrimento dos raios X, os
profissionais operadores de equipamentos de radiodiagnósticos foram reconhecidos
como profissionais especializados, a prática profissional foi reconhecida por lei e
a profissão foi regulamentada por lei específica, sendo criado os Conselhos Regionais
de Técnicos em Radiologia (CRTR) subordinados ao Conselho Nacional de Técnicos
em Radiologia(CONTER). .

FORMACÃO DOS RAIOS X

No momento em que os elétrons acelerados alcançam grande velocidade


e atingem um alvo metálico, sua energia cinética se transforma em calor (99%) e raios
X (1%).
Um tubo de raios X compreende:
 Uma fonte de elétrons (cátodo);
 Energia de aceleração dos elétrons;
 O trajeto dos elétrons;
 O ânodo;
 O tubo.
Um filamento é aquecido, a corrente elétrica deste filamento é medida
em miliamper , e a sua variação depende a quantidade de raios X.
Após o aquecimento do filamento (cátodo) os elétrons são liberados e
então se chocam com uma peça metálica (ânodo) que desacelera os elétrons
provocando uma explosão e transformando a energia dos elétrons em calor e em raios
X
Os raios X são raios eletromagnéticos com capacidade de atravessar o
corpo com facilidade atenuando de acordo com densidade das estruturas corporais. Ao
atravessar um objeto, os raios X dão origem aos raios secundários, proporcional a
quilovoltagem usada para sua formação.

FATORES RADIOGRÁFICOS

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO:
O objetivo dos Técnicos em Radiologia não deve ser apenas fazer uma
radiografia passável ou diagnóstica na qual estejam evidentes apenas alterações
patológicas, mas produzir uma imagem ótima que possa ser avaliada por um padrão
previamente definido por um conceito próprio.

DENSIDADE:
É grau de enegrecimento da radiografia processada, quando maior o grau
de enegrecimento, maior o grau de densidade e menor a quantidade de luz que
atravessará a radiografia quando colocada de frente a um negatoscópio.

CONTRASTE:
É a diferença de tons de cinza entre as densidades do filme. Constitui o
fator que torna visíveis a forma e os detalhes das estruturas em estudo. Há duas
variedades de contraste:
 ESCALA LONGA – no qual há uma longa seqüência de
tons, desde o quase branco até o quase preto, também é
conhecido como escala de cinza”;
 ESCALA CURTA – no qual há menor número de
tonalidades entre o branco e o preto, produzindo
radiografias brilhantes.

DETALHE:
É a fidelidade das imagens obtidas, as quais devem-se apresentar nítidas
ao examinador. Verifica-se uma interdependência entre as três qualidades, as
radiografias com densidade excessiva impede a absorção do contraste, e o detalhe
será mal observado se contraste for de proporção excessiva (curto ou longo).
Portanto, no que diz respeito a visibilidade das imagens, o detalhe
depende do contraste e o contraste depende da densidade.

FATORES QUE MODIFICAM A QUALIDADE DAS RADIOGRAFIAS:

mAs (miliamper-segundo):
O miliamper-segundo é o produto batido com a fusão do tempo(seg)
com o miliamper(Ma). Compreende-se que, é a quantidade de raios X durante a
exposição, sendo ele o grande responsável pela escala de cinza.
Kv (quilivolts):
O quilovolts significa mil volts, portanto 80 Kv significa 80 mil volts, um
valor alto levando em consideração a voltagem residencial que utilizamos (220. ou 110).
No raio X o Kv representa a velocidade do impacto dos elétrons liberados do cátodo(-)
contra o anodo(+), diz-se também que é a potência dos raios X durante a exposição.
No ato da exposição a quilovoltagem atinge o pico de potência, daí a
representação por Kvp (expressão mais usada pelos americanos).
DFoFi:
Modifica a densidade do detalhe. A densidade do filme aumenta quando
aproximamos o tubo de raios X da parte a ser radiografada e diminui quando
afastamos. Este fato é conseqüência da lei do inverso do quadrado da distância.
Quanto mais distante da fonte, menos intenso é o feixe de raios X, enquanto que, mais
próximo, mais intenso.
OBS: O aumento na DFoFi possui o benefício de diminuir a ampliação e a distorção da
imagem, aumentando o detalhe.
Observe o desenho abaixo:
DOFi:
O aumento da DOFi amplia a imagem e prejudica o detalhe, alargando a
penumbra.
OBS: Ao optar por usar o foco fino, pode-se, obter uma boa imagem mesmo com a
ampliação.

TEMPO DE EXPOSIÇÃO:
O uso do tempo de exposição curto evita perda do detalhe quando o
paciente ou algum órgão está em movimento. O tempo longo exige completa
imobilização do paciente, isso possibilita uma ótima definição óssea, porém o tempo
longo é prejudicial ao aparelho e principalmente ao paciente.
CONES OU COLIMADORES:
Reduzem bastante a produção de radiação secundária, restaurando o
contraste e evitando a penumbra. Deve-se levar em conta que, ao se eliminar essas
radiações prejudiciais, a quantidade total de radiação que chega ao filme é menor,
reduzindo a densidade desnecessária.
POSIÇÃO DO ÂNODO:
A parte do filme que corresponde ao lado do ânodo recebe menor
quantidade de radiação, tornando-se menos densa. Este fato conhecido como efeito
anódico é mais evidente quando se usa filme longo.
Observe o desenho abaixo:

ELETRONS ÂNODO
CÁTODO
FILAMENTO

120% 100% 80%


RC
EFEITO ANÓDICO
GRADE ANTI-DIFUSORAS:
Modificam o contraste e a densidade, reduzem a densidade porque
constituem um obstáculo á passagem dos raios X e melhoram o contraste porque
eliminam a radiação desnecessária para formação da imagem.

IDENTIFICAÇÃO DA RADIOGRAFIA:
A identificação do paciente é fundamental, seja por nome ou número, por
isso deve-se dar total atenção aos identificadores.
A regra universal é que, a identificação fique sempre a direita do paciente,
devendo ser colocada de acordo com a posição anatômica do paciente, se o objeto a
ser examinado for posicionado em PA, a identificação também será colocada em PA.
Sempre que o paciente for posicionado em ortostática (em pé) a
identificação será colocada na parte superior do chassi, e se o paciente estiver em
decúbito a identificação ficará na parte inferior do chassi. Isso se aplica nos raios X de
abdome, tórax e coluna.

FATORES DE EXPOSIÇÃO:
Um estudo completo das técnicas radiológicas inclui todos os fatores ou
variáveis relacionados à precisão da reprodução das estruturas e tecidos radiografados
ou em outros receptores de imagem.
As três variáveis que podem ser ajustadas no painel de controle do
aparelho de raios X são:
 Kv
 mA
 Seg
A miliamperagem e o tempo, geralmente são combinados em uma fusão,
isso acontece com a multiplicação dos valores, dessa multiplicação cria-se o mAs, esse
valor é obtido nas fórmulas, a partir deste resultado efetua-se um novo cálculo para
obter o mA e o Seg. O mAs (mA e Seg) é o fator que determina a quantidade de raios
X durante a exposição.
Para adequar essas variáveis ao volume dos objetos existem as seguintes
fórmulas.
Para obter o Kv : Para obter o mAs:
Kv = Esp x 2 + C mAs = Kv x Co
Onde:
C = constante do aparelho Logo, a constante do aparelho
varia em
Co = constante do objeto osso = 1,0
Esp = espessura do objeto pulmão = 0,08
Partes moles = 0.5
Para obter o tempo (Segundo) é preciso determinar o valor do mA, para
isso vamos considerar que:
MMSSII = 100mA
Corpo = 200mA
Pulmão = 300mA
Normalmente usamos a palavra “FOCO” para definir o mA. Os aparelhos
convencionais costumam ter foco de 50, 100, 200, 300 e 500, podendo variar de marca
para marca, pois alguns aparelhos contam com o foco de 150 e 600mA.
Para obter a separação do mA e o Seg. precisamos determinar o foco
ideal e utilizar a seguinte fórmula:
Sabemos que:
mAs = mA x Seg
Logo:
Seg = mAs / mA

Ex: Raio X de coluna lombar


Kv = Esp x 2 + C mAs = Kv x Co Seg = mAs /mA
Kv = 24 x 2 + 20 mAs = 68 x 1,0 Seg = 68 / 200
Kv = 48 + 20 mAs = 68 Seg = 0,34
Kv = 68

Então teremos a seguinte técnica:

68 Kvp 200 mA 0,34 Seg

Podemos ainda, modificar a técnica de acordo com a necessidade ou a


opção pessoal de cada técnico.

Para compensar, dizemos que, de 10 à 13 Kv equivalem ao dobro do mAs,


isso significa que ao modificar o mAs somente uma variável estará sendo modificada,
ou seja se dobrar o tempo, o mA não será modificado.
Ex:
68 Kvp 58 Kvp 58 Kvp
200 mA = 200 mA = 400mA
0,34 Seg 0,68 Seg 0,34 Seg

Então podemos concluir que, se aumentarmos em mais 10 ou 13 Kvp,


teremos que diminuir a metade do mAs, ou a metade de um dos seus elementos (mA
ou Seg).

Ex:
68 Kvp 78 Kvp 78 Kvp
200 mA = 100 mA = 200 mA
0,34 Seg 0,68 Seg 0,17 Seg

Para finalizar este estudo, vamos observar que, a metade do mA é igual


ao
dobro do tempo, e o dobro do tempo é igual a metade do mA.

Ex:
68 Kvp 68 Kvp 68 Kvp
200 mA = 100 mA = 400 mA
0,34 Seg 0,68 Seg 0,17 Seg

CONDUTA PROFISSIONAL

ÉTICA PROFISSIONAL:
O Técnico em Radiologia Médica é um profissional da área médica e um
membro importante da equipe de saúde, responsável pelo exame radiográfico dos
pacientes. Isso requer não apenas amplo conhecimento da anatomia humana, mas
conhecer os princípios básicos de formação de imagem e de proteção radiológica, e
acima de tudo, conhecer o significado de ser um profissional responsável pelos
pacientes sobre seus cuidados, ou seja, ser responsável por suas ações dentro de um
código de ética especifico.
Esse código de ética é o maior reconhecimento da tecnologia radiológica
como uma profissão, indicando responsabilidades por suas ações e comportamento,
aumentando as responsabilidades dos técnicos em radiologia.
O termo “’ETICA” refere-se, em geral, aos princípios morais de
comportamento dos indivíduos. Especificamente, um código de ética descreve as
regras de conduta aceitável em relação a outros, como definido em algumas profissões.
Como profissional da área médica, o TR deve seguir um código rígido de
conduta com absoluta honestidade no desempenho de suas atribuições profissionais.
PROTOCOLOS:
Cada instituição radiológica, seja uma clínica, hospital ou pronto
atendimento, devem ter um protocolo e ordem de consenso para a realização dos
exames. Isso é necessário para um sistema de trabalho ordenado e eficaz, no qual
todos os técnicos trabalhem de forma uniforme.

PRINCIPIOS DE POSICIONAMENTO

BIOTIPO:

A escolha do tamanho do filme e o modo de se posicionar um paciente


requer um conhecimento das variações comuns da forma do corpo (biotipos).
O corpo humano pode ser classificado de quatro maneiras distintas, essa
classificação é denominada de biotipo, e os quatros biotipos são:

Hiperestênico: É mais atarracado e maciço, a cavidade torácica é lagarga e


profunda de frente para traz com uma dimensão vertical curta, indicando um diafragma
alto, com a parte superior do abdome muito larga, afetando a localização de órgãos da
cavidade abdominal.
Estênico: Entre a população é o mais próximo da média, é ligeiramente
atarracado e freqüentemente musculoso. Os órgãos torácico e abdominais estão mais
próximos do normal.
Hipoestênico: Assim como o estênico, também é o mais próximo da
média, porém, é mais magro e as vezes mais alto, no entanto a vesícula e o estomago
estão mais baixos e estão mais próximos da linha central.
Astênico: Este biotipo é magro ao extremo com a cavidade torácica
estreita e rasa, porém sua dimensão vertical é longa, indicando um diafragma baixo
com a parte superior do abdome mais estreita no topo.

Em uma visão abrangente o técnico deverá:


1. Ler e avaliar completamente a requisição de exame;
2. Identificar o paciente;
3. Preparar a sala (mesa, chassi e acessórios)
4. Preparar o paciente;
5. Explicar ao paciente sobre o exame e solicitar sua
colaboração;
6. Posicionar corretamente o paciente;
7. Preservar o pudor do paciente;
8. Proteger contra a radiação desnecessária o paciente e se
necessário o seu acompanhante;
9. Aplicar as técnica e expor o paciente a radiação;
10. Reorganizar a sala e efetuar uma boa revelação.
Obviamente, isso é somente um modelo primário das atribuições de um
protocolo sério, no qual o TR deve se enquadrar rigorosamente, pois nele consta as
normas do serviço.

PROTEÇÃO RADIOLÓGICA:
O técnico em radiologia deve ter muita preocupação com a própria
proteção e com a proteção de pacientes e acompanhantes.
É importante ter cautela com doses permissíveis, por isso deve ser hábito
fazer uso do material de segurança radiológica, inclusive o paciente deve ser
preservado o máximo possível, porém, a proteção não deve comprometer o exame,
pois o resultado final do exame é prioridade, mesmo havendo a relação custo-benefício
para o paciente. O acompanhante deve permanecer na sala de exames somente
quando estritamente necessário, quando isso acontecer ele deve estar vestido com o
avental de chumbo e colar tireoidiano.

O paciente deve estar com as partes de não interesse protegidas do feixe de radiação.

O técnico deve sempre trabalhar com o dosímetro preso à gola de sua


camisa. Esse instrumento é a principal ferramenta para o controle das doses de
radiação.

POSICIONAMENTO:
O profissional de radiologia deve seguir uma seqüência para o
posicionamento:
1. Posicionar o paciente;
2. Medir o objeto;
3. Posicionar o objeto de interesse;
4. Posicionar o filme.

INCIDÊNCIAS

INCIDÊNCIA DE ROTINA:
As incidências de rotina são básicas, portanto, podemos concluir que são
essenciais para qualquer inicio de estudo radiográfico, por isso serão sempre as
primeiras a serem executadas.

INCIDENCIA ALTERNATIVA:
Como o próprio nome diz, é uma segunda opção, uma substituta caso a
primeira não possa ser efetuada e por isso não deve ser feita junto com a principal. O
TR deve optar entre uma e outra de acordo com as condições de cada situação.

INCIDÊNCIA ESPECIAL:
Estas incidências também podem ser chamadas de complementares,
porque após serem feitas as incidências de rotina, poderão ser solicitadas as
incidências complementares (especiais), isso por que este tipo de incidência irá
acrescentar informações ao estudo radiológico.

PONTOS DE REPAROS

Papa um bom posicionamento é necessário conhecer alguns pontos de


referência do corpo humano. Agora vamos tratar o ponto de referencia como ponto de
reparo.
Na palpação é possível observar muitos desses pontos. Vamos estudar os
principais pontos de reparo no esqueleto, porém é bom salientar que, alguns desses
pontos devem ser palpados com cautela, pois podem causar constrangimento ao
paciente, a sínfise púbica está em um local um tanto delicado, assim como o cóccix, por
isso é de bom ton mater um dialogo explicativo com o paciente, manter o paciente
informado é fundamental para uma boa colaboração durante o decorrer do exame.

Boa sorte!!

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