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Edição
(Processo de
Aprovação de
Peças de Produção)
MÓDULO 5
Módulo complementar (planilhas, tabelas, exercícios).
Módulo 1
Conceitos de PPAP (princípios,
objetivos, aplicações, benefícios,
mudanças) e seus vínculos com a
evolução da qualidade nas empresas
(ISO 9001, TS 16949 e APQP).
Qualidade e mudanças
Inicialmente, vamos entender por que as questões ligadas à qualidade
estão sendo tão valorizadas, nas últimas décadas. Assim sendo,
queremos abordar esse tema, como introdução ao PPAP:
Mudanças ocorrendo no mundo e seus impactos nas empresas e
nos consumidores;
TQM (Total Quality Management) – Gerenciamento da qualidade
total;
ISO 9001 (International Standardization for Organization) – Sistema
de gestão da qualidade, requisitos;
ISO/TS 16949 (Technical Specification) - Norma específica
desenvolvida para sistemas da qualidade da indústria automotiva;
APQP (Advanced Product Quality Planning) - Planejamento
avançado da qualidade do produto;
PPAP (Production Part Approval Process) – Processo de aprovação
de peças de produção.
As ligações entre esses assuntos, visam buscar uma visão
sistêmica, integrada, dos Sistemas de Gerenciamento da
Qualidade.
As ondas de mudanças mundiais
A aceleração das mudanças (econômicas, políticas, sociais, qualidade, tecnologia,
etc), vem impactando fortemente os países, as organizações e os consumidores.
Toffler, no livro “Terceira onda”, best seller mundial, comenta sobre a evolução da
humanidade, que ele dividiu em 3 ondas de cenários:
1ª. onda (sociedade agrícola), iniciada séculos atrás, e que pouco dela
existe atualmente: A atividade econômica era centrada na produção
agrícola/pastoril, a indústria era extrativa, a economia local (barganha), a
tecnologia rudimentar, baseada na força humana (escravo) e na força animal.
2ª. onda (sociedade industrial), iniciada há 300-400 anos atrás (parte dela
persiste hoje): A economia centrou-se na indústria (vapor/elétrica), indústria de
transformação (forjamento, fundição, usinagem, etc), a economia passou de
local a nacional, a tecnologia avançou, predominando a força das máquinas.
3ª. onda (sociedade do conhecimento, ou pós industrial), iniciada cerca
de 120 anos atrás, que Toffler estima ser a onda do futuro (próximos 50-100
anos): Maior velocidade das mudanças, a economia será transnacional
(multinacionais, blocos econômicos), o uso da super-tecnologia (computador) e
a força do cérebro predominará (investimentos no homem, aumentando seu
conhecimento/competência), tendo a informação um papel privilegiado. Na sua
visão, uma empresa é competitiva se seus funcionários são participativos,
comprometidos e empreendedores (lideranças terão que gerar condições).
Características das ondas
Na sociedade industrial (2ª. onda), o sucesso econômico tinha como motivo-meio só
recompensas econômicas. Apenas o trabalho, a matéria prima e o capital eram
considerados os fatores primários de produção (e o homem?). Os bens/serviços eram
padronizados (eficiência), muita burocracia (hierarquia decisiva e autocrática) e o
trabalho repetitivo e rotineiro (padronização). Havia a crença de que quanto maior a
empresa, maior seria sua lucratividade. Frases típicas: “O homem certo para o lugar
certo”; “Um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar”.
Na sociedade do conhecimento (3ª. onda), o sucesso econômico envolve, também,
recompensas sociais e psicológicas. Existem limites superiores para a economia de
escala nas empresas, e a informação é o mais importante fator de negócio. A produção
é “artesanal” (informação/super-tecnologia, com bens e serviços individualizados) em
busca de um padrão de eficácia organizacional. Papéis são cambiáveis, interação
modular e temporária, decisões situacionais (polivalência, job rotation). A crença de que
o progresso vem de um avanço social, político, econômico e tecnológico, sendo que o
trabalho deve ser variado, não repetitivo e auto-realizador. Frases típicas: “O homem
com potencial para os lugares incertos”; “Lugares, coisas e pessoas dinamicamente e
transitoriamente integrados”.
3ª.
1ª. 2ª.
Consumidor é um alvo
móvel, está sempre
mudando!
Histórico da qualidade (1)
Com as mudanças dos consumidores e o aumento das demandas, as empresas
passam a fabricar mais (linhas de montagem) e com mais qualidade, menores custos,
em prazos mais curtos e melhoram o atendimento (pré, durante e pós venda).
Shewhart foi um dos precursores na geração de ferramentas voltadas à qualidade, com
o CEP (Controle estatístico do processo – década de 30), mas foi seguido por outros
especialistas, como Deming, Juran, Feigenbaum, Ishikawa, Crosby, etc.
Qualidade “ideal”
Sistema de gestão da
Enfoque sistêmico Qualidade – ISO 9000
Garantia da qualidade
Pouco uso de metodologias e técnicas modernas, com atraso no tempo (tanto no nível
de fornecedores, como nas operações internas).
Custos operacionais altos, reduzindo a margem de lucro;
Não uso do custo da qualidade
Processos descontrolados/incapazes, sem sistemas que “produzam” qualidade, a partir
do planejamento/projeto do processo/produto (prevenção). Pouco investimento em
máquinas e equipamentos tecnologicamente mais modernos (restrições financeiras).
Inexistência de sistema organizado para atacar/reduzir problemas com qualidade, com
sistemas de medição da qualidade parcos ou inexistentes.
Envolvimento pessoal e ênfase em processos participativos de pequena monta, com
gerência/supervisão despreparadas.
Pressão da força de trabalho (salários, benefícios, condições de trabalho); normas e
regulamentações do governo (mais abrangentes e rígidas); pressões dos fornecedores
(preços, compromissos mais longos e melhores alternativas de negócios).
ISO 9000 – Certificações até 2005
160.000
140.000
120.000
100.000
Nº cert.
80.000
60.000
40.000
20.000
0
em A
Au ça
lia
Es pão
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Fr a
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Al US
di
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n
rá
It á
an
an
hi
Ín
Un
Br
Ja
R pa
st
C
ei
Realização
Requisitos Resultados
5. Responsabilidade
da administração
Requisitos do cliente
Satisfação do cliente
4.1- 4.2 - 4.5 - 4.16
7. Realização do
produto/serviço
Input 4.3 - 4.4 - 4.6 - 4.7- 4.8 - Output
4.9 - 4.11 - 4.15
Processo - Visão gerencial
Recursos Métodos
Pessoal Procedimentos
Equipamentos Critérios
Capital
Material
ISO 9000 – Alguns paradigmas
A = Auditoria
Nº documentos MR = Análise crítica
A MR A MR A MR A Tempo
Frases assassinas!
É burocracia pura!
Não serve para o Brasil!
É contra a cultura da empresa!
Não funciona na prática!
Não vamos parar de vender para fazer a ISO!
O que interessa é a qualidade do produto!
Envolvimento da Alta Administração
Os princípios da gestão da qualidade podem ser usados como base
para esse envolvimento, consistindo de:
Estabelecer a política da qualidade e seus objetivos na empresa;
Assegurar foco nos requisitos do cliente, através de toda a organização;
Assegurar que processos adequados sejam implementados, para alcançar
totalmente os requisitos do cliente e os objetivos da qualidade;
Assegurar que um efetivo SGQ seja estabelecido, implementado e mantido;
Assegurar avaliação dos recursos necessários, decidindo por ações de melhoria;
Comparar os resultados alcançados contra as expectativas de objetivos;
Decidir por ações que garantam a política e os objetivos da qualidade;
Levar em conta que a empresa é um sistema sócio-técnico.
ISO/TS 16949 (Technical Specification)
• Representa um acordo entre os membros de um comitê técnico, que tem uma
análise crítica a cada 3 anos, para se decidir se ela será transformada numa
Norma Internacional.
Foi desenvolvida pelo IATF (International Automotive Task Force) e por
representantes do ISO/TC 176 (Gerenciamento e Garantia da Qualidade), e
seus sub-comitês.
Escopo: Ela especifica, em conjunto com a ISO 9001, requisitos do sistema da
qualidade, para projeto, desenvolvimento, produção e, se relevante, instalação
e serviços associados de produtos automotivos.
QS 9000
ISO 9001
2ª edição - 2002
Composição da Norma:
Prefácio; Parte 0 – Introdução;
Parte 1 – Escopo; Parte 2 – Referências Normativas;
Parte 3 – Termos e Definições;
Partes 4, 5, 6, 7 e 8 – Requisitos do sistema de gestão;
Anexo A – Plano de controle; Bibliografia.
TS 16949 - Requisitos do sistema
4 - Sistema de gestão da qualidade 7 - Realização do produto
4.1 - Requisitos gerais 7.1 - Planejamento da realização do
produto
4.2 - Requisitos gerais da 7.2 - Processos relacionados a cliente
documentação 7.3 - Projeto e desenvolvimento
5 - Responsabilidade da Direção 7.4 - Aquisição
7.5 - Produção e fornecimento de
5.1 - Comprometimento da Direção
serviço
5.2 - Foco no cliente 7.6 - Controle de dispositivos de
5.3 - Política da qualidade medição e monitoramento
Compromisso da
Atuando através de equipes multifuncionais
Alta Gerência
Objetivos:
Comunicação eficiente, com todos os envolvidos.
Realização de todos os passos requisitados, dentro
do prazo estabelecido.
Ocorrência mínima, de problemas e riscos de
qualidade, no lançamento de novos produtos.
Equipe – Comportamentos desejáveis
Comportamentos desejáveis, para um trabalho eficaz em equipe!
Ter visão positivista das pessoas no trabalho, acreditando que elas são responsáveis,
criativas e comprometidas.
Haver comportamentos gerenciais que enfatizem tanto os resultados de produção,
como a satisfação das pessoas que trabalham.
Partilhar o poder com os subordinados, com autonomia e delegação para todos,
permitindo tomada de decisões no local de trabalho (delegação).
Acreditar no conceito de equipes auto dirigidas e gerar mecanismos para seu uso.
Incentivar comunicação ativa, aberta e transparente (exposição e feedback altos).
Otimizar os relacionamentos inter-pessoais, em todos os níveis pessoais (chefias,
colegas, subordinados), gerando sempre aliados.
Gostar daquilo que faz, motivando-se e motivando pessoas, buscando trabalho em
equipe, auto reconhecimento e auto realização.
Ter sempre comportamentos empreendedores (fazer acontecer).
Usar de empatia e assertividade.
Características de desenho
(dimensional, performance,
material, caract. esp.) + Cp / Cpk + APQP e a ISO/TS
custos + perdas + lead time +
confidencialidade
Análises críticas +
monitoramento Monitoramento
Verificação
Verificação
Verificação
Verificação
Retro-alimentação
APQP - Fases
Conceito
Início/Aprovação
Aprovação
do programa Protótipo Piloto Lançamento
Planejamento e
Ciclo de melhoria
definição do programa
contínua
Projeto e desenvolvim.
do produto
Produção
Aplicabilidade:
O PPAP deve aplicar-se ao site interno ou
externo da organização (glossário), que
forneça peças e serviços de produção,
materiais de produção e materiais a granel.
Para materiais a granel, o PPAP não é
requerido, a menos que especificado pelo
representante autorizado do cliente. (continua)
Aplicabilidades – Notas
Uma organização que forneça peças ou serviços de produção,
normalizados por catálogo, deve atender ao PPAP, a menos que
formalmente acordado com o representante autorizado do cliente.
CLIENTE CLIENTE
Notas:
1. Atividades mostradas não estarão sempre presentes.
2. Registros mostrados podem estar em diversas formas e em diversos locais de armazenamento.
Mudanças da 4ª. edição (Parte 1)
Alinhamento do PPAP à ISO/TS 16949:2002, incluindo:
Alinhamento da ordem dos requisitos do PPAP com os produtos automotivos
desenvolvidos e manufaturados;
Inclusão de um exemplo de fluxo de processo para o PPAP.
Realocação das instruções específicas de consumidores para websites apropriados
(exemplo: OEM e IAOB, www.iaob.org), para requisitos atuais.
Atualização dos requisitos de caminhões OEM, enviados para o Apêndice H.
Revisão do PSW (Part submission warrant), para:
Fornecer um fluxo mais lógico para os campos de descrição das peças e projeto;
Tornar os endereços dos fornecedores aplicáveis para locais internacionais;
Incluir relatório de materiais IMDS para indicar o status do relatório.
Atualização de requisitos específicos do PPAP, incluindo:
Relatório de materiais e requisitos de identificação polimérica no registro do
projeto;
Índices de capacidade de processo usados (Cpk e Ppk);
Definição e aprovação de peças de catálogo e a definição de peças black box.
Mudanças da 4ª. edição (Parte 2)
Modificação dos requisitos de notificação e submissão do consumidor, para alinhar com
requisitos OEM (retirado item I.3.3 do PPAP 3ª. edição).
Maior clareza e comunização dos Apêndices C, D e E, para tornar semelhante aos
requisitos dos relatórios.
Revisão do Apêndice para permitir especificação de aplicabilidade do OEM e para
eliminar duplicações.
Reorganizado e atualizado o Apêndice F para reforçar a importância do checklist dos
materiais a granel. Nota: A Ford requer que todas as organizações que fornecem
materiais a granel cumpram o PPAP.
Revisão do Glossário, para ser consistente com as atualizações no texto.