A INDIVIDUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA SOCIAL NA AMERICA DO NORTE
O individualismo surgiu ainda na época do Renascimento, e se tornou um componente
essencial na tradição intelectual do ocidente. Com o surgimento da Reforma, imprensa e a propagação da literatura, muitos agora podiam ler as escrituras sagradas por si mesmas ao invés de aceitar as palavras do outros. Isso criou grupos de minorias ativas que discordavam e não se conformavam dos consensos anteriores. Quando esta representação se consolidou houve uma perseguição e começou uma migração seletiva do velho mundo para o novo mundo. Cientistas sociais como o sociólogo Weber (1922) e o historiador econômico Tawney (1926) identificaram vínculos de natureza histórica, entre o espirito (isto é a Geist) do protestantismo e o surgimento do capitalismo. Esta situação gerou uma dinâmica própria em torno de industrialização e urbanização dessas sociedades e foi aí que nasceu as ciências sociais(Dahrwendorf1955). O Individualismo então secularizou-se, quando se torna uma ideologia dominante dentro de uma cultura, torna-se também invisível para aqueles indivíduos que possuem esta ideologia. Nesse caso a ideologia fica igualada as crenças coletivas, quando objeto destas crenças coletivas e o indivíduo, isto não e entendido como ideologia. Ichheiser (1949) demonstrou que a representação social do indivíduo, como agente moral autônomo está situada no coração da ideologia do sucesso e do fracasso. Seu compatriota, Heide (1958) demonstrou que é com base nesta representação coletiva do indivíduo que exaltamos as pessoas quando elas obtém sucesso e as censuramos quando fracassam.No começo da era moderna Moscovici (1961) inaugurou uma forma sociológica de psicologia social e nomeou Durkheim como seu ancestral, ele rejeitou a noção de representação de Durkheim para adotar a sua própria representação social. Ele fez baseado no fato de que há poucas, se e que as há, representações coletivas nas sociedades modernas. Eu diria que em muitas sociedades modernas, o individualismo e uma representação coletiva do sentido pleno do termo usado por Durkheim. As raízes do individualismo estão enterradas no solo de toda a tradição intelectual do ocidente, mas seu florescimento e um fenômeno caracteristicamente Americano. Suas raízes podem ser encontradas no dualismo cartesiano no começo da filosofia moderna. O individualismo, na forma como emprego o termo aqui é um valor central, e como representação coletiva, deve ser diferenciado das representação individuais coletivamente partilhadas. As consequências do individualismo como representação coletiva podem ser encontrada no que Graumann (1986) chama de individualização da psicologia social e no que Manicas (1987) chama de americanização das ciências sociais. Dos dois processos, aqueles descritos por Graumann e o mais restritos. Eles se relacionam com uma única ciência social, asaber a psicologia social. É de duração restrita porque o Behaviorismo de F.H.Allport que é o objeto de estudo de Graumann tem sua influência no desenvolvimento histórico da psicologia social dos Estados Unidos no, período entre as guerras. No período que seguiu a segunda guerra mundial, as ciências sociais nos EUA tornaram-se individualizadas quando coletivamente passaram a ser chamadas de ciências de comportamento. Isso aumenta a o alcance e prolonga a duração da tese de Graumann. Pois pode aplica-la em outras ciências. A emergência das ciências de comportamento durante o período da guerra fria ajusta-se a tese de Manicas sobre a americanização das ciências sociais. A mudanças de nome foi um truque com o fim de atrair recursos financeiros para as ciências de comportamentos. O preço do sucesso contudo foi a individualização das ciência sociais nos EUA.
A enorme influência Behaviorismo sobre a psicologia produziu, no da década de 1960,
certo número de campos de estudos entre os quais a psicologia desfrutava de um lugar central. Uma vez que outrora as ciências sociais são vista, em conjunto, como as ciências do comportamento. O nascimento desses campo interdisciplinares, tais como a psicologia transcultural, psicologia ambiental, e História das ciências do comportamento foram resultado desse desenvolvimento dopós-guerra. São um prolongamento na era moderna da individualização das ciências sociais.