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LEGISLAÇÃO RELATIVA

AO DPRF
PROF. MARCELO LEBRE

EMENTA:
1. Lei n.º 9.503/1997 - Código de Trânsito Brasileiro e suas atualizações. 2. Perfil constitucional:
funções institucionais. 3. Lei 9.654/1982. 4. Decreto nº 6.061/2007 e alterações. 5. Decreto
1.655/1995.

01. PERFIL CONSTITUCIONAL E FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DA PRF

02. LEI Nº 9.503/1997 - CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

03. LEI Nº 9.654/1982

04. DECRETO Nº 6.061/2007

05. DECRETO Nº 1.655/1995

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ção dos direitos autorais é crime previsto na Lei 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
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EMENTA: 1. Lei n.º 9.503/1997 - Código de Trânsito de 28 de dezembro de 2012 (que alterou tópicos da Lei
Brasileiro, e suas atualizações; 2 Perfil constitucional: nº 9.654/98), passou-se a perceber nova divisão de clas-
funções institucionais. 3 Lei 9.654/1982. 4 Decreto nº ses (da seguinte forma): Terceira (padrões I, II e III),
6.061/2007 e alterações. 5 Decreto 1.655/1995. Segunda (padrões I, II, III, IV, V e VI), Primeira (pa-
drões I, II, III, IV, V e VI) e Especial (padrões I, II e III)
– este tema será melhor abordado adiante.

01 PERFIL CONSTITUCIONAL E P Nota: a denominação “patrulheiro” não mais existe


desde 1998. Assim como não se utiliza mais o termo
FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DA “Polícia das Estradas” (nome empregado quando de
PRF sua criação, em 1928, no governo do presidente Wa-
shington Luís).
Inicialmente, é necessário lembrar que a
Constituição de 1988 ressaltou a importância do tema A Polícia Rodoviária Federal está presente em
segurança pública, aduzindo ser ela um direito social, todas as unidades da federação e é administrada
consoante se infere do artigo 6º da CF/88. pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal
(DPRF), com sede em Brasília/DF. Os estados-fede-
A segurança pública, dever do Estado, direito e res-
rados são divididos em unidades administrativas
ponsabilidade de todos, é exercida para a preservação
chamadas de “Regionais”. Uma regional pode ser uma
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
«Superintendência» (no caso de Estados maiores) ou
patrimônio, através dos seguintes órgãos (art. 144 da
um «Distrito» (em Estados menores). E vale observar
CF/88):
que algumas regionais englobam mais de um Estado
I - polícia federal; brasileiro. As regionais são divididas em «Delegacias»,
que coordenam os postos ou Unidades Operacionais
II - polícia rodoviária federal; (bases de fiscalização).
III - polícia ferroviária federal;
Inclusive, a PRF possui atualmente mais de qua-
IV - polícias civis; trocentos postos de fiscalização nos mais diversos
municípios brasileiros, proporcionando à estrutura do
V - polícias militares e corpos de bombeiros mi-
órgão uma capilaridade que poucas instituições nacio-
litares.
nais possuem.
De acordo com o art. 144, §2º da CF/88, a Polícia
A PRF, assim como outras polícias, também é dota-
Rodoviária Federal é um órgão permanente, organiza-
da de unidades de policiamento especializados, como
do e mantido pela União e estruturado em carreira, e
o Núcleo de Operações Especiais (NOE), cujos inte-
que se destina (na forma da lei) ao patrulhamento os-
grantes recebem treinamento especializado para atuar
tensivo das rodovias federais. Vale dizer: a PRF é um
em ações específicas - como em Operações de Controle
dos órgãos democráticos responsáveis por ofertar e as-
de Distúrbios, Ações Táticas, Anti e Contra Bombas,
segurar a segurança pública.
Tiro de Precisão, ações em área de caatinga, etc.
P Nota: a doutrina entende que a PRF é responsável
apenas pelo patrulhamento das rodovias federais, por- P Em suma: a PRF é um órgão democrático vinculado
que o patrulhamento das rodovias estaduais é matéria à União (atua em âmbito nacional), que tem por com-
de competência das polícias dos Estados. petência direta, a missão de realizar atividades de na-
tureza policial envolvendo fiscalização, patrulhamento
e policiamento ostensivo, atendimento e socorro às
Originariamente, a PRF estava subordinada ao an- vítimas de acidentes rodoviários e demais atribuições
tigo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem relacionadas com a área operacional do Departamento
(hoje DNIT), até a publicação da Lei nº 8.028, de 12 de Polícia Rodoviária Federal.
de abril de 1990, que redefiniu a estrutura do Poder
Executivo no Brasil.

Mas veja observar que, para além das atribuições


gerais delineadas pela CF/88, a PRF também possui 02 LEI Nº 9.503/1997 - CÓDIGO DE
outras atribuições específicas delineadas na Lei nº
9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), no Decreto nº
TRÂNSITO BRASILEIRO
1.655, de 3 de outubro de 1995 (que define a compe-
tência da Polícia Rodoviária Federal e dá outras pro-
vidências) e no seu Regimento Interno, aprovado pela 2.1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Portaria Ministerial nº 1.375, de 2 de agosto de 2007.
Inicialmente, vale firmar que o trânsito, de qual-
O cargo de PRF sempre foi dividido em quatro quer natureza, nas vias terrestres do território nacio-
classes: Agente, Agente Operacional, Agente Especial nal, abertas à circulação, rege-se pelo disposto na Lei
e Inspetor. Ocorre que, com o advento da Lei nº 12.775, 9.503, de 23 de setembro de 1997 (o CTB).

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Por oportuno, vale anotar que a utilização das vias administrativos para a execução das atividades
por pessoas, veículos e animais, isolados ou em gru- de trânsito;
pos, conduzidos ou não, para fins de circulação, para-
da, estacionamento e operação de carga ou descarga, III - estabelecer a sistemática de fluxos perma-
entra no conceito de “trânsito” para efeitos desta Lei. nentes de informações entre os seus diversos
órgãos e entidades, a fim de facilitar o processo
Por “vias terrestres” (urbanas e rurais), entendem- decisório e a integração do Sistema.
-se as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos,
as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os se-
uso regulamentado pelo órgão ou entidade com cir- guintes órgãos e entidades:
cunscrição sobre elas, de acordo com as peculiarida- I - o Conselho Nacional de Trânsito - CON-
des locais e as circunstâncias especiais. E não só isso: TRAN, coordenador do Sistema e órgão máxi-
para efeitos desta Lei, são consideradas vias terrestres mo normativo e consultivo;
as praias abertas à circulação pública e as vias internas
pertencentes aos condomínios constituídos por unida- II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CE-
des autônomas (trata-se de uma cláusula de equipara- TRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito
ção trazida pelo art. 2º, §único do CTB). Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos,
consultivos e coordenadores;
Vale também anotar que as disposições do CTB
são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos III - os órgãos e entidades executivos de trânsito
proprietários, condutores dos veículos nacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente Municípios;
mencionadas.
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviá-
No Brasil, existe todo um Sistema Nacional de rios da União, dos Estados, do Distrito Federal e
Trânsito, composto por inúmeros órgãos, os quais, em dos Municípios;
suas ações, darão prioridade à defesa da vida, nela in-
V - a Polícia Rodoviária Federal;
cluída a preservação da saúde e do meio-ambiente.
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Dis-
E é certo que os órgãos e entidades componentes
trito Federal;
do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âm-
bito das respectivas competências, objetivamente, VII - as Juntas Administrativas de Recursos de
por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, Infrações - JARI.
omissão ou erro na execução e manutenção de progra-
mas, projetos e serviços que garantam o exercício do P Nota: é de se observar que a Polícia Rodoviária Fede-
direito do trânsito seguro. ral é um dos órgãos que integram Sistema Nacional de
Trânsito (nos termos do art. 7º do CTB). Em relação aos
P Nota: os conceitos e definições estabelecidos para os demais órgãos que compõe este sistema, aconselha-se
efeitos do CTB constam do Anexo I (ao qual remetemos simples leitura dos pertinentes dispositivos do Código
simples leitura para as provas de concurso da PRF). de Trânsito (arts. 8º a 25 do CTB).

Em relação às atribuições da Polícia Rodoviária


2.2. DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO Federal, no âmbito das rodovias e estradas federais, o
O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de art. 20 do CTB dispõe que lhe compete:
órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as nor-
Federal e dos Municípios que tem por finalidade o mas de trânsito, no âmbito de suas atribuições;
exercício das atividades de planejamento, administra-
ção, normatização, pesquisa, registro e licenciamento II - realizar o patrulhamento ostensivo, execu-
de veículos, formação, habilitação e reciclagem de con- tando operações relacionadas com a segurança
dutores, educação, engenharia, operação do sistema pública, com o objetivo de preservar a ordem,
viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infra- incolumidade das pessoas, o patrimônio da
ções e de recursos e aplicação de penalidades. União e o de terceiros;

São objetivos básicos do Sistema Nacional de III - aplicar e arrecadar as multas impostas por
Trânsito: infrações de trânsito, as medidas administra-
tivas decorrentes e os valores provenientes de
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de estada e remoção de veículos, objetos, animais e
Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao escolta de veículos de cargas superdimensiona-
conforto, à defesa ambiental e à educação para o das ou perigosas;
trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
IV - efetuar levantamento dos locais de aciden-
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a tes de trânsito e dos serviços de atendimento,
padronização de critérios técnicos, financeiros e socorro e salvamento de vítimas;

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V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e) da educação para o trânsito (arts. 74 a 79 do


e adotar medidas de segurança relativas aos CTB);
serviços de remoção de veículos, escolta e trans-
porte de carga indivisível; f) da sinalização de trânsito (arts. 80 a 90 do
CTB);
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias
federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário g) da engenharia de tráfego, da operação, da fis-
a adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo calização e do policiamento ostensivo de trânsi-
cumprimento das normas legais relativas ao di- to (arts. 91 a 95 do CTB);
reito de vizinhança, promovendo a interdição h) dos veículos (arts. 96 a 117 do CTB);
de construções e instalações não autorizadas;
i) dos veículos em circulação internacional (arts.
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estu- 118 e 119 do CTB);
dos sobre acidentes de trânsito e suas causas,
adotando ou indicando medidas operacionais j) do registro de veículos (arts. 120 a 129 do
preventivas e encaminhando-os ao órgão rodo- CTB);
viário federal;
k) do licenciamento (arts. 130 a 135 do CTB);
VIII - implementar as medidas da Política Na-
cional de Segurança e Educação de Trânsito; l) da condução de escolares (arts. 136 a 139 do
CTB);
IX - promover e participar de projetos e progra-
m) da condução de moto-frete (arts. 139-a e b
mas de educação e segurança, de acordo com as
do CTB);
diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
n) da habilitação (arts. 140 a 160 do CTB);
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do
Sistema Nacional de Trânsito para fins de arre- o) das infrações (arts. 161 a 255 do CTB – os
cadação e compensação de multas impostas na quais sofreram algumas reformas face ao teor
área de sua competência, com vistas à unificação das Leis nº 12.760/12 e nº 12.619/12);
do licenciamento, à simplificação e à celeridade
das transferências de veículos e de prontuários p) das penalidades (arts. 256 a 268 do CTB);
de condutores de uma para outra unidade da
Federação; q) das medidas administrativas (arts. 269 a 279
do CTB);
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes
r) do processo administrativo (arts. 280 a 290 do
e ruído produzidos pelos veículos automotores
CTB);
ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido
no art. 66, além de dar apoio, quando solicitado,
às ações específicas dos órgãos ambientais. 2.4. DOS CRIMES DE TRÂNSITO

Noções gerais:
2.3. NORMAS ADMINISTRATIVAS DO CTB
A Lei nº 9.503/97 trouxe algumas figuras penais e
O Código de Trânsito Brasileiro prevê toda uma sé- processuais penais entre os arts. 291 a 312.
rie de normas de cunho meramente administrativas,
Neste diapasão, os vários “crimes de trânsito estão
que estabelecem situações relacionadas à circulação
delineados neste capítulo específico do CTB. Assim, o
de veículos, educação para o trânsito, sinalização de art. 302 CTB fez a previsão do homicídio culposo na
trânsito, infrações de trânsito, etc. Anota-se que tais condução de veículo automotor (e vale anotar que o
tópicos não são usualmente explorados nas provas de fato não precisa ocorrer em via pública para haver a
concurso público e, quando o são, a banca examinado- configuração do delito); o art. 303 trouxe a lesão culpo-
ra cobra a penas o texto expresso da lei. Por isso, em sa (que é crime de menor potencial ofensivo); o art. 304
relação aos dispositivos subsequentes, recomenda-se trouxe a omissão de socorro em casos de acidente (que
simples leitura do texto legal: é um crime subsidiário); o art. 305 trata do condutor
que se afasta do local do acidente para fugir da respon-
a) das normas gerais de circulação e conduta sabilidade; o art. 306 fala do relevante crime de em-
(arts. 26 a 67 do CTB); briaguez ao volante (que é delito de perigo abstrato,
mas necessita que o fato seja cometido em via pública);
b) da condução de veículos por motoristas pro-
o art. 308 fala do crime de racha; o art. 309 de dirigir
fissionais (arts. 67-a a d do CTB);
sem permissão, habilitação ou com o registro cassado;
c) dos pedestres e condutores de veículos não o art. 310 pune aquele que permite, confia ou entrega a
motorizados (arts. 68 a 71 do CTB); direção indevidamente para outrem; o art. 311 fala em
trafegar em velocidade incompatível; e o art. 312 fala
d) do cidadão (arts. 72 e 73 do CTB); da inovação artificiosa.

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P De todas estas figuras, o concursando deve dar espe- que, na figura simples, trata-se de crime de menor po-
cial atenção ao crime de homicídio culposo (art. 302) tencial ofensivo). Todavia, a pena é aumentada (ma-
e lesão culposa (art. 303) na direção de veículo auto- jorada) de um terço à metade, se o agente: não pos-
motor. Lembre-se que ambos são crimes comuns, mate- suir permissão para dirigir ou carteira de habilitação;
riais, comissivos, instantâneos, de dano, unissubjetivos praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; deixar
e plurissubsistentes. de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem ris-
co pessoal, à vítima do acidente; no exercício de sua
profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de
P Também dê especial atenção ao art. 306 do CTB, que transporte de passageiros.
é crime comum, formal (não exige resultado naturalís-
tico), de forma livre, comissivo, de perigo abstrato (não Verifica-se ainda que, por força do art. 291, §1º do
exige efetivo prejuízo ao bem tutelado), unissubjetivo e CTB, aplica-se para os casos de lesão culposa na dire-
plurissubsistente.
ção de veículo, o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei
no 9.099/95 (composição de danos, transação penal e
representação do ofendido), exceto se o agente estiver:
P ATENÇÃO: cuidado para não confundir as figuras
penais com as “infrações administrativas de trânsito”. sob a influência de álcool ou qualquer outra substância
E lembre-se que a sanção na esfera administrativa não psicoativa que determine dependência; participando,
ilide a punição na esfera penal (e vice-versa); não há bis em via pública, de corrida, disputa ou competição au-
in idem nestas hipóteses. tomobilística, de exibição ou demonstração de perícia
em manobra de veículo automotor, não autorizada
pela autoridade competente; transitando em veloci-
dade superior à máxima permitida para a via em cin-
Crimes de trânsito em espécie: quenta quilômetros por hora.
a) Homicídio culposo na direção de veículo - art.
302 CTB: “Praticar homicídio culposo na direção de P Nota: embora não previsto expressamente no CTB, a
jurisprudência entende ser cabível o perdão judicial do
veículo automotor”. Trata-se de crime comum, mate-
art. 107, IX do Código Penal nestes casos (por aplicação
rial, unissubjetivo e essencialmente culposo (seja por analógica, “in bonam partem”, do art. 129, §8º do CP).
negligência, imprudência ou imperícia), razão pela
qual não admite tentativa. Nota-se ainda, que a con-
duta não precisa ser realizada em via pública (pois tal
não figura como elementar do tipo penal; assim, aque- c) Omissão de socorro em caso de acidente sem
le que causar a morte de outrem culposamente, na di- culpa - art. 304 CTB: “Deixar o condutor do veículo,
reção de veículo, em uma estrada de campo particular, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à
poderá responder pelo art. 302 do CTB). vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa
causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade públi-
A pena é de detenção, de dois a quatro anos, e ca”.
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor. Todavia, Veja que tal crime não é comum, e sim próprio: pois
a reprimenda é aumentada (majorada) de um terço à somente pode ser praticado pelo condutor do veículo
metade, se o agente: não possuir permissão para di- automotor envolvido no acidente com vítima, que não
rigir ou carteira de habilitação; praticá-lo em faixa de tenha agido com culpa (pois, caso tenha agido culpo-
pedestres ou na calçada; deixar de prestar socorro, samente, responderá pelos já citados arts. 302 ou 303
quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do do CTB, a depender do resultado). Trata-se de crime
acidente; no exercício de sua profissão ou atividade, omissivo próprio (já que a conduta é “deixar de pres-
estiver conduzindo veículo de transporte de passagei- tar imediato socorro”) e doloso (consistente na vonta-
ros. de de não prestar assistência, mesmo podendo fazê-
-lo), o qual não admite tentativa.
P Nota: embora não previsto expressamente no CTB, a
jurisprudência entende ser cabível o perdão judicial do A pena é de detenção, de seis meses a um ano, ou
art. 107, IX do Código Penal nestes casos (por aplicação multa (alternativamente), se o fato não constituir ele-
analógica, “in bonam partem”, do art. 121, §5º do CP). mento de crime mais grave (o que indica ser um crime
subsidiário). E por força do parágrafo único do art. 304
CTB, incide nas penas previstas neste artigo o condu-
b) Lesão corporal culposa na direção de veículo - tor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida
art. 303 CTB: “Praticar lesão corporal culposa na dire- por terceiros ou que se trate de vítima com morte ins-
ção de veículo automotor”. Trata-se de crime comum, tantânea ou com ferimentos leves (o que é bastante
material, unissubjetivo e culposo, que almeja a prote- criticado pela doutrina, embora não encontre coro na
ção da integridade corporal do indivíduo. jurisprudência dominante).
A pena é de detenção, de seis meses a dois anos e
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a d) Embriaguez ao volante - art. 306 CTB: “Condu-
habilitação para dirigir veículo automotor (veja então zir veículo automotor com capacidade psicomotora

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alterada em razão da influência de álcool ou de outra P Nada obstante, em relação à prova pericial, vale lem-
substância psicoativa que determine dependência”: brar que ninguém é obrigado a produzir prova contra si
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e próprio (por força do art. 5º, LXVIII da CF/88). É o direito
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a da “não auto-incriminação”.
habilitação para dirigir veículo automotor.
Vale observar que tal conduta criminosa já havia P Ademais, veja que dirigir embriagado é também uma
sido alterada anteriormente com a Lei 11.705/2008 (a infração de trânsito de natureza gravíssima (art. 165 do
célebre “Lei seca”, que assim definia o crime – verbis: CTB). E tal infração pode também ser caracterizada pelo
“Conduzir veículo automotor, na via pública, estando agente de trânsito mediante a obtenção de outras pro-
com concentração de álcool por litro de sangue igual vas em direito admitidas também (conforme dispõe o
ou superior a seis decigramas, ou sob a influência de art. 277 CTB).
qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência”).
P Anote-se, por fim, que se o agente dirigir embriagado
e ocasionar morte ou lesão culposa da vítima, o art. 306
Ocorre que a figura foi novamente alterada com o
do CTB não incidirá (sob pena de gerar dupla punição,
advento da Lei nº 12.760, de 20 de dezembro de 2012, a visto que a conduta será alcançada pelos arts. 302 ou
qual lhe deu nova redação (supramencionada). É certo 303, § único do CTB).
que tal figura ainda almeja-se a proteção da incolumi-
dade pública, e que o sujeito passivo é a coletividade
como um todo. Ademais, trata-se de crime doloso e e) Racha - art. 308 CTB: “Participar, na direção de
comum, pois tem como sujeito ativo qualquer pessoa. veículo automotor, em via pública, de corrida, dispu-
Trata-se de crime de perigo abstrato (presumido ta ou competição automobilística não autorizada pela
autoridade competente, desde que resulte dano poten-
pelo legislador), razão pela qual basta que o indivíduo
cial à incolumidade pública ou privada”.
esteja conduzindo veículo automotor com capacidade
psicomotora alterada em razão da influência de álco- A pena é de detenção, de seis meses a dois anos,
ol ou de outra substância psicoativa que determine multa e suspensão ou proibição de se obter a permis-
dependência. E é exatamente neste tocante que está a são ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
principal alteração trazida pela novel legislação: antes Veja que o crime só se caracteriza se o racha for re-
da reforma, se exigia a concentração de álcool por litro alizado em via pública. Trata-se de crime doloso, co-
de sangue igual ou superior a seis decigramas, e hoje missivo, plurissubjetivo (pois o concurso de agentes é
não mais. necessário para sua configuração), de perigo concreto
(só se caracteriza se a conduta resultar em dano poten-
Ou seja, agora basta provar que o agente estava cial) e de mão-própria.
com sua capacidade psicomotora alterada. E isso quer
dizer que a exigência da prova pericial (ou bafômetro)
deixou de ser imprescindível para a comprovação da f) Dirigir sem habilitação - art. 309 do CTB: “Di-
materialidade delitiva. rigir veículo automotor, em via pública, sem a devida
permissão para dirigir ou habilitação ou, ainda, se cas-
Basta ver, inclusive, que o próprio art. 306, §1º do sado o direito de dirigir, gerando perigo de dano”.
CTB aduz que a conduta será constatada da seguinte
forma: A pena é de detenção, de seis meses a um ano, ou
multa. Trata-se de crime doloso, comissivo e de perigo
concreto (pois só se caracteriza se a conduta do agente
Inciso I: Por concentração igual ou superior a gerar risco de dano; do contrário, vira mera infração
6 decigramas de álcool por litro de sangue ou administrativa de trânsito).
igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar; ou
Ademais, quanto ao tema, vale ressaltar o teor
Inciso II: Por sinais que indiquem, na forma dis- da Súmula 720 do STF: “O art. 309 do CTB, que
ciplinada pelo Contran, alteração da capacidade reclama decorra do fato perigo de dano, derro-
psicomotora. gou o art. 32 da Lei das contravenções penais no
tocante à direção sem habilitação em vias terres-
tres”.
E o art. 306, §2º vai além, aduzindo que a verifi-
cação do disposto neste artigo poderá ser obtida me-
diante teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, ví- g) Outros crimes de trânsito: o art. 305 fala de
deo, prova testemunhal ou outros meios de prova em afastar-se o condutor do veículo do local do acidente,
direito admitidos, observado o direito à contraprova. para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe
possa ser atribuída (penas - detenção, de seis meses
Veja então, que a prova pericial ainda é válida para a um ano, ou multa); o art. 310 pune aquele que per-
comprovar a situação de embriaguez, mas ela não será mite, confia ou entrega a direção indevidamente para
o único meio de prova. outrem (pena -detenção, de seis meses a um ano, ou

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multa); o art. 311 fala em trafegar em velocidade in- obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
compatível (pena - detenção, de seis meses a um ano, automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por
ou multa); e o art. 312 traz o crime de inovação arti- efeito de condenação penal, estiver recolhido a estabe-
ficiosa (“inovar artificiosamente, em caso de acidente lecimento prisional.
automobilístico com vítima, na pendência do respec-
tivo procedimento policial preparatório, inquérito po-
licial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou 5. Nos casos de lesão corporal culposa na condução
de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o de veículo automotor, aplica-se o disposto nos arts. 74,
perito, ou juiz: penas - detenção, de seis meses a um 76 e 88 da Lei nº 9.099/95 (respectivamente: composi-
ano, ou multa). ção, transação e representação do ofendido), exceto se
o agente estiver:

Notas finais sobre a legislação de trânsito: I - sob a influência de álcool ou qualquer outra
substância psicoativa que determine dependên-
1. Nos crimes de trânsito, a pena do agente será cia;
agravada se cometer a infração (art. 298 CTB):
II - participando, em via pública, de corrida, dis-
- Com dano potencial para duas ou mais pesso- puta ou competição automobilística, de exibição
as ou com grande risco de grave dano patrimo- ou demonstração de perícia em manobra de veí-
nial a terceiros; culo automotor, não autorizada pela autoridade
competente;
- Utilizando o veículo sem placas, com placas
falsas ou adulteradas; III - transitando em velocidade superior à máxi-
ma permitida para a via em 50 km/h (cinquenta
- Sem possuir Permissão para Dirigir ou Cartei- quilômetros por hora).
ra de Habilitação;

- Com Permissão para Dirigir ou Carteira de Ha-


bilitação de categoria diferente da do veículo; q 03 LEI Nº 9.654/1998
- Quando a sua profissão ou atividade exigir
cuidados especiais com o transporte de passa- Foi a Lei º 9.654, de 2 de junho de 1998, que criou a
geiros ou de carga; carreira de Policial Rodoviário Federal. Mas vale ano-
tar que esta legislação sofreu significativas alterações
- Utilizando veículo em que tenham sido adulte- com o advento da Lei nº 11.358/06, da Lei nº 11.784/08,
rados equipamentos ou características que afe- Lei nº 12.269/10 e da Lei nº 12.775/12.
tem a sua segurança ou o seu funcionamento de
acordo com os limites de velocidade prescritos Logo o art. 1º da Lei 9.654/98 diz: “Fica criada,
nas especificações do fabricante; no âmbito do Poder Executivo, a carreira de Policial
Rodoviário Federal, com as atribuições previstas na
- Ou ainda, sobre faixa de trânsito temporária Constituição Federal, no Código de Trânsito Brasileiro
ou permanentemente destinada a pedestres. e na legislação específica”.

A carreira da PRF de nível intermediário sempre


2. A prisão em flagrante só se aplica aos crimes do esteve estruturada da seguinte forma (com as seguin-
art. 302 e 303 do CTN, e só é cabível se o causador do tes classes): de Inspetor, Agente Especial, Agente
acidente não prestar auxílio para as vítimas (por força Operacional e Agente. E as atribuições gerais destas
do art. 301 do CTB). classes são as seguintes:

a) Classe de Inspetor: atividades de natureza


3. Em crimes de trânsito, a suspensão ou a proi-
policial e administrativa, envolvendo direção,
bição de se obter a permissão ou a habilitação para
planejamento, coordenação, supervisão, con-
dirigir veículo automotor pode ser imposta como pe-
trole e avaliação administrativa e operacional,
nalidade principal, isolada ou cumulativamente com
coordenação e direção das atividades de corre-
outras penalidades.
gedoria, inteligência e ensino, bem como a ar-
ticulação e o intercâmbio com outras organiza-
4. A penalidade de suspensão ou de proibição de ções e corporações policiais, em âmbito nacional
se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir ve- e internacional, além das atribuições da classe
ículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco de Agente Especial.
anos. Assim, transitada em julgado a sentença conde-
natória, o réu será intimado a entregar à autoridade b) Classe de Agente Especial: atividades de na-
judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para tureza policial, envolvendo planejamento, coor-
Dirigir ou a Carteira de Habilitação. Por fim, tem-se denação, capacitação, controle e execução admi-
que a penalidade de suspensão ou de proibição de se nistrativa e operacional, bem como articulação e

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www.editoraaprovare.com.br Legislação Relativa ao DPRF

intercâmbio com outras organizações policiais, duação, devidamente reconhecido pelo Ministério da
em âmbito nacional, além das atribuições da Educação, e os demais requisitos estabelecidos no edi-
classe de Agente Operacional. tal do concurso.

c) Classe de Agente Operacional: atividades de A investidura no cargo de Policial Rodoviário


natureza policial envolvendo a execução e con- Federal dar-se-á no padrão único da classe de Agente,
trole administrativo e operacional das ativida- onde o titular permanecerá por pelo menos três anos
des inerentes ao cargo, além das atribuições da ou até obter o direito à promoção à classe subsequente.
classe de Agente. Todavia, a partir de 1º de janeiro de 2013, a investidu-
ra no cargo de Policial Rodoviário Federal dar-se-á no
d) Classe de Agente: atividades de natureza po- padrão inicial da Terceira Classe.
licial envolvendo a fiscalização, patrulhamento
e policiamento ostensivo, atendimento e socor-
P O ocupante do cargo de Policial Rodoviário Federal
ro às vítimas de acidentes rodoviários e demais
permanecerá preferencialmente no local de sua pri-
atribuições relacionadas com a área operacional meira lotação por um período mínimo de 3 (três) anos
do Departamento de Polícia Rodoviária Federal. exercendo atividades de natureza operacional voltadas
ao patrulhamento ostensivo e à fiscalização de trânsito,
Todavia, com o advento da Lei nº 12.775/2012, uma sendo sua remoção condicionada a concurso de remo-
ção, permuta ou ao interesse da administração.
reformulação na carreira em nível superior, a qual
está agora estruturada nas seguintes classes: Terceira,
Segunda, Primeira e Especial. Os ocupantes de cargos da carreira de Policial
Rodoviário Federal ficam sujeitos a integral e exclusi-
a) Classe Especial: atividades de natureza poli- va dedicação às atividades do cargo.
cial e administrativa, envolvendo direção, pla-
nejamento, coordenação, supervisão, controle e Os cargos em comissão e as funções de confiança
avaliação administrativa e operacional, coorde- do Departamento de Polícia Rodoviária Federal serão
nação e direção das atividades de corregedoria, preenchidos, preferencialmente, por servidores inte-
inteligência e ensino, bem como a articulação e grantes da carreira que tenham comportamento exem-
o intercâmbio com outras organizações e corpo- plar e que estejam posicionados nas classes finais, res-
rações policiais, em âmbito nacional e interna- salvados os casos de interesse da administração, con-
cional, além das atribuições da Primeira Classe. forme normas a serem estabelecidas pelo Ministro de
Estado da Justiça.
b) Primeira Classe: atividades de natureza po-
licial, envolvendo planejamento, coordenação, Anota-se, por fim, que é de quarenta horas sema-
capacitação, controle e execução administrativa nais a jornada de trabalho dos integrantes da carreira
e operacional, bem como articulação e intercâm- de que trata esta Lei.
bio com outras organizações policiais, em âm-
bito nacional, além das atribuições da Segunda
Classe.
04 DECRETO Nº 6.061/2007
c) Segunda Classe: atividades de natureza poli-
cial envolvendo a execução e controle adminis-
trativo e operacional das atividades inerentes ao O Decreto nº 6.061, de 15 de março de 2007 apro-
cargo, além das atribuições da Terceira Classe. va a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo
dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas
d) Terceira Classe: atividades de natureza poli- do Ministério da Justiça, e dá outras providências.
cial envolvendo a fiscalização, patrulhamento e
De acordo com art. 2º, inciso II, alínea ‘h’ do alu-
policiamento ostensivo, atendimento e socorro
dido Decreto, o Departamento de Polícia Rodoviária
às vítimas de acidentes rodoviários e demais
Federal (DPRF) faz parte da estrutura organizacional
atribuições relacionadas com a área operacional
do Departamento de Polícia Rodoviária Federal. do Ministério da Justiça, figurando enquanto “órgão
específico singular”.

De acordo com o art. 3º da Lei, o ingresso nos car- O mesmo Decreto, em seu art. 37, diz que “ao
gos da carreira de que trata esta Lei dar-se-á mediante Departamento de Polícia Rodoviária Federal cabe
aprovação em concurso público, constituído de duas exercer as competências estabelecidas no art. 20 da Lei
fases, ambas eliminatórias e classificatórias, sendo a no 9.503, de 23 de setembro de 1997, e no Decreto no
primeira de exame psicotécnico e de provas e títulos e 1.655, de 3 de outubro de 1995”.
a segunda constituída de curso de formação.

São requisitos para o ingresso na carreira: o di- P Anota-se que no aludido Decreto, não há nenhum
ploma de curso superior completo, em nível de gra- outro dispositivo relevante que trate da PRF.

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Prof. Marcelo Lebre www.editoraaprovare.com.br

IX - efetuar a fiscalização e o controle do tráfi-


05 DECRETO Nº 1.655/1995
co de menores nas rodovias federais, adotan-
do as providências cabíveis contidas na Lei n°
Consoante mencionado anteriormente, o Decreto 8.069/90 (ECA);
nº 1.655, de 3 de outubro de 1995, define a competên-
cia da Polícia Rodoviária Federal, e dá outras provi- X - colaborar e atuar na prevenção e repressão
dências. aos crimes contra a vida, os costumes, o patri-
mônio, a ecologia, o meio ambiente, os furtos e
De acordo com o art. 1° do Decreto, à Polícia roubos de veículos e bens, o tráfico de entorpe-
Rodoviária Federal, órgão permanente, integrante da centes e drogas afins, o contrabando, o descami-
estrutura regimental do Ministério da Justiça, no âm- nho e os demais crimes previstos em leis.
bito das rodovias federais, compete:
Por fim, o art. 2º do Decreto ressalta que o docu-
I - realizar o patrulhamento ostensivo, execu- mento de identidade funcional dos servidores policiais
tando operações relacionadas com a segurança da Polícia Rodoviária Federal confere ao seu portador
pública, com o objetivo de preservar a ordem, livre porte de arma e franco acesso aos locais sob fis-
a incolumidade das pessoas, o patrimônio da calização do órgão, nos termos da legislação em vigor,
União e o de terceiros; assegurando - lhes, quando em serviço, prioridade em
todos os tipos de transporte e comunicação.
II - exercer os poderes de autoridade de polícia
de trânsito, cumprindo e fazendo cumprir a le-
gislação e demais normas pertinentes, inspecio-
nar e fiscalizar o trânsito, assim como efetuar BIBLIOGRAFIA
convênios específicos com outras organizações
similares; BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional.
São Paulo. Ed. Malheiros.
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por
infrações de trânsito e os valores decorrentes da
MARCÃO, Renato. Crimes de trânsito. São Paulo. Ed.
prestação de serviços de estadia e remoção de
Saraiva.
veículos, objetos, animais e escolta de veículos
de cargas excepcionais;
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional
IV - executar serviços de prevenção, atendimen- Positivo. São Paulo. Ed. Malheiros.
to de acidentes e salvamento de vítimas nas ro-
dovias federais;

V - realizar perícias, levantamentos de locais


boletins de ocorrências, investigações, testes de
Acesse www.editoraaprovare.com.br e ad-
dosagem alcoólica e outros procedimentos esta-
belecidos em leis e regulamentos, imprescindí- quira a Apostila Teórica Completa
veis à elucidação dos acidentes de trânsito;
para o Concurso da Polícia Rodoviá-
VI - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar ria Federal:
e adotar medidas de segurança relativas aos
serviços de remoção de veículos, escolta e trans-
porte de cargas indivisíveis;

VII - assegurar a livre circulação nas rodovias


federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário
a adoção de medidas emergenciais, bem como
zelar pelo cumprimento das normas legais re-
lativas ao direito de vizinhança, promovendo
a interdição de construções, obras e instalações
não autorizadas;

VIII - executar medidas de segurança, planeja-


mento e escoltas nos deslocamentos do Presi-
dente da República, Ministros de Estado, Chefes
de Estados e diplomatas estrangeiros e outras
autoridades, quando necessário, e sob a coorde-
nação do órgão competente;

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