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LENTES DE CONTATO

DENTAL CERÂMICAS
Weider Silva
Gil Montenegro
Tarcisio Pinto

INTRODUÇÃO
A crescente valorização de um sorriso esteticamente agradável tem levado os profissionais e
pacientes a buscar cada vez mais alternativas de tratamento para modificar a aparência
dental.1 Charles Pincus, em 1930, foi o precursor da técnica de laminados. Contratado
pela indústria cinematográfica de Hollywood para modificar os dentes dos artistas, Pincus
confeccionou laminados de resina e cerâmica, que eram colados diretamente sobre os dentes,
sem preparo protético.

Devido à falta de retenção dos preparos e à inexistência de agentes cimentantes de excelência,


as lâminas logo se soltavam, causando constrangimento nos pacientes. Assim, a técnica de
Pincus logo caiu em desuso.2 Em 1955, Buonocore deu início a uma nova geração de agentes
cimentantes, devido à iniciação da técnica do condicionamento ácido de esmalte. A partir
disso, Bowen, em 1962, desenvolveu os sistemas adesivos e, em 1963, modificou substanci-
almente as resinas compostas, por meio da introdução da partícula orgânica de bisfenol
glicidil metacrilato (BIS-GMA).

No final de 1980, foram desenvolvidas as técnicas de condicionamento e adesão das


superfícies cerâmicas. Iniciava a era da Odontologia Adesiva, na qual laminados de resina
composta ou cerâmicos puderam ser fixados ao dente com segurança e longevidade clínica,
mesmo sem o elemento dental ter recebido preparo protético prévio.1,3-16

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OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, o leitor poderá:
 avaliar o desuso atual dos sistemas metalocerâmicos;
 reconhecer subsídios para as indicações e limitações das cerâmicas puras;
 identificar as técnicas de preparo protético, moldagem e cimentação das lentes de
contato dental cerâmicas.

ESQUEMA CONCEITUAL

10 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


CERÂMICAS DENTÁRIAS
A cerâmica, termo vindo do grego keramiké, foi utilizada pela primeira vez na Odontologia
em 1774, na França, pelo dentista Nicholas Dubois de Chemant e pelo químico Alex
Duchateou. Essas cerâmicas eram denominadas convencionais ou feldspáticas por apresen-
tarem uma quantidade de feldspato maior do que os outros constituintes.

Devido à sua natureza vítrea, as cerâmicas convencionais ou feldspáticas apresentam uma


excelente estética, biocompatibilidade, adequada solubilidade e corrosão em meio bucal,
além de serem isolantes térmicas e elétricas.2

Entretanto, as propriedades mecânicas das cerâmicas convencionais ou feldspáticas limitam


sua utilização em áreas de estresse oclusal, devido à baixa resistência e maleabilidade, aliadas
à alta friabilidade. A fim de melhorar sua resistência, a utilização de metais como base suporte
é indicado, daí a denominação de peças metalocerâmicas.

SISTEMA METALOCERÂMICO
Apesar do sucesso clínico comprovado das peças metalocerâmicas, estas exigem um grande
desgaste dentário, uma vez que necessitam espaço para colocação de dois materiais; ale.
Além disso, apresentam uma estética com tom acinzentado, devido ao metal utilizado como
base, ou com tom esbranquiçado, devido à grande quantidade de revestimento opaco utilizado
na tentativa de esconder o metal.

Nos casos em que ocorrer recessão gengival, o halo acinzentado do metal fica exposto.
Ainda como desvantagem do sistema, pode se verificar as fraturas dentárias, devido ao metal
ser um material extremamente rígido, o qual não absorve cargas de estresse elevado, sendo
a carga transmitida em sua totalidade ao remanescente dental.9,17,18

SISTEMA DE CERÂMICA PURA


Ao longo dos anos, têm sido avaliadas alternativas para o fortalecimento das cerâmicas, a
fim de dispensar o metal como base, contudo, sem prejuízo da resistência mecânica e friabi-
lidade. Não é de hoje que as cerâmicas puras, ou seja, livres de metal, são utilizadas.

Em 1903, Charles Henry Land utilizou as cerâmicas puras, entretanto, sua utilização ficava
restrita a dentes anteriores e necessitava de desgastes dentários significativos, pois não existiam
sistemas adesivos na época.2,12

Desde então, a busca por cerâmicas puras estéticas e resistentes não cessou. Hoje em dia,
encontram-se à disposição as cerâmicas adesivas reforçadas com cristais de leucita ou dis-
silicato de lítio. Estas aliam perfeitamente essas propriedades, além de não necessitarem de
preparos dentários com espessuras e formas pré-definidas.

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As cerâmicas adesivas reforçadas com cristais de leucita ou dissilicato de lítio utilizam
preparos individualizados e definidos para cada situação específica, uma vez que a
adesão é que dá fixação à peça, ao contrário dos preparos retentivos não conserva-
dores, utilizados no sistema metalocerâmico tradicional.

Outro grupo de cerâmicas puras são as reforçadas com óxidos, as quais apresentam como
principais constituintes a zircônia e a alumina. Apesar da grande resistência mecânica, esses
óxidos conferem prejuízo estético e não permitem uma adequada adesão. Assim, necessitam
preparos dentários com o desenho adequado de retenção e estabilidade para resistir às forças
de deslocamento da peça protética.2,8,9,12,17-21

INDICAÇÕES DAS CERÂMICAS PURAS REFORÇADAS


As melhores indicações para as cerâmicas adesivas são:2,8,9,22
 inlays;
 onlays;
 coroas unitárias,
 facetas laminadas convencionais;
 lentes de contato.

As cerâmicas reforçadas com óxidos possuem praticamente as mesmas indicações das cerâmi-
cas adesivas, com exceção das lentes, entretanto, são mais bem indicadas para coroas múltiplas
posteriores ou quando o resultado estético de excelência não seja prioridade.12,17,18,23

LENTES DE CONTATO CERÂMICAS

Entende-se por lente de contato dental quando uma fina lâmina de cerâmica pura,
com espessura média de 0,5mm, é fixada a um substrato dental, que apresenta
mínima alteração de tamanho, forma, posição e/ou cor.

Na maioria dos casos, os preparos dentários são dispensados para sua utilização. Para os
casos de grandes alterações dentais, lâminas mais espessas são indicadas. Com isso, a no-
menclatura lentes passa a ser substituída por facetas laminadas convencionais, uma vez
que serão necessários preparos.

12 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


PREPARO PROTÉTICO DENTÁRIO PARA LENTES DE CONTATO

Entende-se por preparo dentário um desgaste seletivo com preservação máxima da


estrutura dental, com a intenção de criar espaço para a instalação de uma peça
protética, a qual deve se manter estável e preservar suas características de solidez e
resistência estrutural.24

O preparo dentário que irá receber uma restauração direta ou indireta antigamente possuía
formas e medidas pré-definidas, pois, em caso de agentes cimentantes e materiais restaurado-
res frágeis ou sem adesão à estrutura dental, essas peças se deslocavam com facilidade. Com
o advento dos materiais cimentantes adesivos e dos condicionadores ácidos dos dentes e das
peças, o custo biológico passou a ser mínimo frente à sua alta eficácia adesiva.

Os dentes aptos a receberem as lentes de contato dental – ou seja, dentes bem posicionados
com mínima ou nenhuma alteração de cor, forma ou tamanho – não necessitam de preparos
protéticos, uma vez que, com base nas técnicas adesivas, os parâmetros geométrico e mecâ-
nico do preparo dentário são de importância secundária, o que oportuniza a máxima preser-
vação da estrutura dentária.2

Nos casos em que as incisais possuam ângulos bem definidos ou pequena alteração de textura
superficial vestibular, uma mínima suavização (asperização) é realizada com discos abrasivos.
Os dentes que apresentam os seguintes sinais necessitam de preparos dentários convencionais
para facetas laminadas, sendo contraindicada a utilização de lentes de contato:
 sinais de bruxismo;
 alteração de cor significativa;
 posição vestibularizada na arcada dental;
 dimensões acentuadas.

Os desgastes com redução dentária irão variar de 0,5mm a 1,5mm, dependendo do diagnóstico
e planejamento individualizado prévio. Assim, os dentes mais vestibularizados e com maior
alteração de cor necessitam de maiores desgastes dentais. Para pacientes com linha de sorriso
alta, a preferência do término cervical é subgengival. Para os demais pacientes, são recomen-
dados términos supra ou no nível gengival.

Já as margens proximais devem ser estendidas até o ponto de contato, a fim de esconder a
linha de união peça/dente quando vista lateralmente. Em relação à redução incisal, esta deve
ser executada apenas nos casos de alteração de cor na região ou necessidade de aumento do
comprimento dental.

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1. Buonocore e Bowen tiveram papel importante na evolução da odontologia. Qual a con-
tribuição de cada um?

Resposta no final do artigo

2. Cite as propriedades das cerâmicas convencionais (feldspáticas):

Resposta no final do artigo

3. São indicações para as cerâmicas adesivas, EXCETO:


A) Inlays.
B) Onlays.
C) Coroas unitárias.
D) Bruxismo.
Resposta no final do artigo

4. Apesar do sucesso clínico comprovado dos sistemas metalocerâmicos há muitos anos,


esses sistemas apresentam alguns problemas. Quais são eles?

Resposta no final do artigo

14 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


5. As cerâmicas puras são objeto de estudos há anos, a fim de obter seu fortalecimento,
dispensando o metal usado como base, sem prejuízo da resistência mecânica e friabilidade.
Quais os dois grupos em que as cerâmicas puras podem ser classificadas?

Resposta no final do artigo

6. Explique o que são lentes de contato dental cerâmicas:

Resposta no final do artigo

7. Os idealizadores do condicionamento ácido em esmalte e do desenvolvimento das resi-


nas compostas foram respectivamente:
A) Bowen e Buonocore.
B) Buonocore e Bowen.
C) Pincus e Duchateou.
D) Buonocore e Pincus.
Resposta no final do artigo

TÉCNICA E MATERIAL DE MOLDAGEM PARA LENTES DE CONTATO


A moldagem é o ato clínico realizado para reproduzir uma réplica negativa perfeita dos
dentes e de seus tecidos adjacentes. Por meio dessa réplica (molde), é confeccionado um
modelo de gesso, no qual as peças protéticas serão executadas. Para a realização dessa
etapa, o profissional deve primeiro selecionar o tipo e tamanho da moldeira a ser utilizada.
Hoje em dia, as moldeiras plásticas totais são as preferidas.

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Em situações clínicas nas quais as margens dos preparos estão localizadas
subgengivalmente, a utilização de fio afastador gengival é recomendada. Primeiro
um fio de calibre menor é inserido no sulco gengival com o objetivo de obter o
afastamento no sentido cervical e depois um fio de calibre maior deve ser posicionado
para alcançar o afastamento lateral da gengiva.

Entre os materiais de moldagem a serem utilizados, a silicona de adição é a mais indicada,


uma vez que apresenta as seguintes características:9
 cópia fiel;
 resistência ao rasgamento;
 hidrofilia;
 fácil remoção;
 estabilidade dimensional;
 tempo de trabalho adequado;
 possibilidade de desinfecção.

A técnica de moldagem mais indicada para as lentes de contato é a moldagem de


passo único e de dupla mistura, associada à técnica de afastamento gengival utilizan-
do o fio duplo.

Na moldagem de passo único e de dupla mistura, associada à técnica de afastamento


gengival utilizando o fio duplo, o profissional vai remover apenas o fio afastador
gengival mais superficial e imediatamente inserir o material fluido de moldagem
com o auxílio da seringa de inserção. Antes mesmo que esse material tome presa, a
moldeira é carregada com o material denso, já manipulado, e inserida na boca do
paciente.12,25-27

TÉCNICA DE CIMENTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO


Uma série de fatores clínicos e laboratoriais é importante e determinante na longevidade das
lentes de contato. Um desses fatores é a cimentação, que tem como objetivo principal a
união entre a estrutura dentária, o material restaurador e o próprio agente cimentante, esta-
belecendo selamento marginal, adaptação e adesão estável entre os diferentes tipos de
substratos.

A técnica de escolha para cimentação de lentes de contato é a cimentação resinosa


adesiva, em vez da técnica de cimentação convencional com cimento fosfato de
zinco ou ionômero de vidro.25-27

16 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


Como vantagem da cimentação adesiva, pode-se citar o aumento da resistência do remanes-
cente dental, uma vez que a união adesiva proporciona a formação de um corpo único
entre a lente de contato e a estrutura dentária remanescente. Isso evita a concentração das
forças mastigatórias no corpo da cerâmica, permitindo a transmissão de tais forças para o
dente subjacente.

A baixa solubilidade, a alta resistência, a estabilidade de cor e a opção de seleção de cor do


agente cimentante também são vantagens importantes da cimentação resinosa adesiva sobre
a técnica convencional.2 Entretanto, a sensibilidade técnica e o custo elevado são limitações
dos cimentos resinosos adesivos.

PROTOCOLO CLÍNICO PARA CIMENTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO DENTAL

A técnica de escolha para cimentação das lentes de cerâmica é a adesiva, uma vez
que além de permitir um excelente vedamento marginal, reforça a estrutura dental
remanescente e permite escolha de cor para o cimento.25-27

Os cimentos resinosos adesivos podem ser classificados de acordo com seu sistema de ativa-
ção em químico, fotoativo e dupla ativação (Quadro 1).

Quadro 1
CLASSIFICAÇÃO DOS CIMENTOS RESINOSOS ADESIVOS

Químico  Possui duas pastas (base + catalisador) que são manipuladas e


tomam presa após certo tempo.
 É indicado para peças espessas (maiores do que 2mm), nas quais
a luz não atinge o cimento.
 Apresenta como desvantagem a falta de controle do tempo de
presa.

Fotoativo  Possui em sua formulação moléculas fotossensíveis


(canforoquinona), permitindo o controle total do tempo de
trabalho pelo profissional.
 Possibilita que as peças sejam perfeitamente adaptadas e o
excesso de cimento seja removido com mais acuidade.
 É indicado apenas para peças com espessura inferior a 2mm.

Dupla ativação  Alia as vantagens do sistema químico com o sistema fotoativo.


(dual)  Possui em sua formulação moléculas aminas, as quais não
possuem estabilidade de cor.
 Não deve ser utilizado na cimentação de peças de pouca
espessura, como as lentes de contato dental.

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É válido ressaltar que o profissional deve optar, como primeira escolha de cimentação para as
lentes de contato dental, por cimentos fotoativados, em vez de cimentos de presa química
ou dual, uma vez que estes podem alterar a cor após sua presa final, devido ao componente
amina terciária presente em sua formulação. Na técnica de cimentação adesiva, é necessário
tratamento específico do dente e da peça a ser cimentada (Quadro 2).

Quadro 2
TÉCNICA DE CIMENTAÇÃO ADESIVA

Tratamento do dente  Profilaxia com pedra-pomes.


 Lavagem com água até remoção do total do produto.
 Aplicação de ácido fosfórico por 30 segundos no esmalte e
10 segundos na dentina (caso esta esteja presente, como
nos casos de amelogênese imperfeita, em que, mesmo
sem a realização de preparos dentários, a dentina exposta
já está presente).
 Lavagem com água por 1 minuto.
 Aplicação de sistema adesivo fotopolimerizável,
entretanto, este só será ativado simultaneamente ao
cimento aplicado (sua fotopolimerização prévia poderá
ocasionar desadaptação da lente no ato da cimentação,
uma vez que não foi realizado desgaste dental).

Tratamento da peça  Aplicação de ácido fluorídrico de acordo com o tempo


recomendado pelo fabricante (p.ex., 20 segundos para os
sistemas reforçados com dissilicato de lítio).
 Lavagem com água por 1 minuto.
 Ressecamento da peça.
 Aplicação do agente de união silano (aguardar 1 minuto).
 Aplicação de sistema adesivo fotopolimerizável,
entretanto, este só será ativado simultaneamente ao
cimento aplicado (sua fotopolimerização prévia poderá
ocasionar desadaptação da lente no ato da cimentação,
uma vez que não foi realizado desgaste dental).
 Inserção do cimento na peça (a cor do cimento foi
previamente escolhida logo após a profilaxia do elemento
dental com pedra-pomes – alguns kits de cimentos
resinosos disponibilizam pastas de prova para uma correta
escolha da cor).
 Remoção do excesso do cimento com o auxílio do fio
dental.
 Fotopolimerização.
 Refinamento final com borrachas e escovas de polimento.

18 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


8. Como deve ser o preparo protético dentário para as lentes de contato dental cerâmicas?

Resposta no final do artigo

9. Quando é necessário realizar preparo protético com desgaste dentário para reabilitações
com facetas convencionais cerâmicas?

Resposta no final do artigo

10. Que técnica e material de moldagem são mais indicados para as lentes de contato dental
cerâmicas?

Resposta no final do artigo

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11. Relacione as colunas considerando a classificação dos cimentos resinosos adesivos:
(1) Químico ( ) Possui em sua formulação moléculas fotossensíveis (can-
(2) Fotoativo foroquinona), permitindo o controle total do tempo de
(3) Dupla ativação (dual) trabalho pelo profissional.
( ) Possui em sua formulação moléculas aminas, as quais
não possuem estabilidade de cor.
( ) Possui em sua formulação moléculas fotossensíveis (can-
foroquinona), permitindo o controle total do tempo de
trabalho pelo profissional.
( ) É indicado para peças espessas (maiores do que 2mm),
nas quais a luz não atinge o cimento.
( ) Não deve ser utilizado na cimentação de peças de pouca
espessura, como as lentes de contato dental.
( ) Apresenta como desvantagem a falta de controle do
tempo de presa.
Resposta ao final do artigo

12. Qual o tipo de cimento mais adequado para cimentação das lentes de contato dental
cerâmicas?

Resposta no final do artigo

13. Na técnica de cimentação adesiva das lentes de contato, faz-se necessário tratamento
específico do dente e da peça a ser cimentada. Explique o tratamento do dente e da
lente.

Resposta no final do artigo

20 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


14. Quando são indicadas as facetas com preparos dentais convencionais?
A) Dentes claros.
B) Dentes bem posicionados.
C) Dentes manchados.
D) Dentes com mínima alteração de dimensão.
Resposta no final do artigo

CASOS CLÍNICOS
A seguir, serão apresentados três casos clínicos para exemplificar o tema abordado neste
artigo.

Paciente com linha de sorriso alta, expondo grande quantidade de tecido gengival
(Figuras 1A-C).

B C

Figura 1 – A) Sorriso inicial. B) Close-up do sorriso: observar a desar-


monia dentária e gengival. C) Desalinhamento dentogengival severo.
A Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

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A paciente apresenta alguns dentes anteriores superiores já facetados com resina com-
posta. Diante da grande alteração de cor dentária existente, do malposicionamento
dentário e da necessidade de alteração de dimensão, foi proposta cirurgia periodontal
prévia e preparos dentários convencionais para facetas cerâmicas (Figuras 2A-I).

A B

C D

Figura 2 – A) Modelo de estudo inicial. B) Realização de cirurgia plástica gengival orientada por guia
cirúrgico. C) Guia cirúrgico. D) Preparos dentários realizados para confecção de facetas convencionais.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

22 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


E F

G H

Figura 2 (continuação) – E) Após a inserção de dois


fios afastadores, remoção do fio superficial e apli-
cação imediata de material de moldagem fluido.
F) Material de moldagem fluido – silicona de adi-
ção. G) Molde obtido por meio da moldagem em
passo único (fluido e denso simultâneos). H)
Facetas cerâmicas. I) Close-up das facetas cerâ-
micas.
I
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

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As Figuras 3A-D apresentam o resultado final do procedimento com sorriso harmônico.

Figura 3 – A) Vista final lateral direita. B) Vista final lateral esquerda.


C) Vista final frontal. D) Sorriso harmônico final.
C
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

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Paciente jovem, do sexo feminino, buscava um tratamento que melhorasse sua estética
dental (Figuras 4A-G).

A B

C D

E F

Figura 4 – A) Aspecto inicial do sorriso da pacien-


te. B) Vista frontal dos dentes superiores, mostran-
do a diferença de altura incisal dos elementos 12 e
22. C) Close-up do 11 e 21, evidenciando o po-
licromatismo dental e as restaurações antigas in-
satisfatórias. D) Inserção do primeiro fio afastador
número 000. E) Delimitação dos preparos com bro-
ca esférica e asperização vestibular com disco
abrasivo. F) Inserção do segundo fio afastador nú-
G mero 000. G) Remoção do fio afastador superficial.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

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Foi realizado um diagnóstico multidisciplinar minucioso e um planejamento prévio com
fotografias, radiografias, modelos de estudo, enceramento e planejamento virtual, sendo
possível tornar as reabilitações complexas em procedimentos seguros, rápidos e previsí-
veis (Figuras 5A-F).

A B

C D

E F

Figura 5 – A) Inserção simultânea do material de moldagem fluido e pesado. B) Obtenção do molde


final – técnica de moldagem de passo único, com duplo fio afastador. C) Modelo inicial encerado
previamente. D) Inserção no molde obtido inicialmente por meio do modelo encerado – mock-up, de
resina bisacrílica quimicamente ativada. E) Conjunto molde/resina bisacrílica levado em boca para ob-
tenção dos provisórios. F) Provisórios obtidos – fim da primeira sessão clínica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

26 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


Para o caso da paciente, foi indicado o uso de lentes de contato dentais em cerâmica
adesiva de dissilicato de lítio (Figuras 6A-J).

A C

D B E

F G H

I J

Figura 6 – A) Lentes de contato dentais em cerâmica adesiva de dissilicato de lítio. B) Verificação da


espessura das peças (0,5 mm). C) Condicionamento das peças com ácido fluorídrico 12%, por 20
segundos. D) Aspecto das peças após lavagem com água por 1 minuto. E) Condicionamento das peças
com ácido fosfórico 37%, por 20 segundos, com a finalidade de remover resíduos inorgânicos, produ-
zidos pelo condicionamento com ácido fluorídrico (opcional). F) Aspecto das peças após lavagem com
água por 1 minuto. G) Aplicação de silano por 1 minuto. H) Condicionamento dos dentes com ácido
fosfórico 37%, por 20 segundos. I) Aplicação de adesivo fotopolimerizável. J) Aplicação de cimento
resinoso fotopolimerizável nas peças.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

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As Figuras 7A-E mostram o aspecto final do sorriso da paciente.

A B

C D

Figura 7 – A) Vista frontal final das peças cimen-


tadas nos dentes superiores. B) Vista lateral direita
final – close-up. C) Vista frontal final – close-up –
mostrando o policromatismo natural obtido. D)
Vista lateral esquerda final – close-up. E) Aspecto
final do sorriso da paciente.
E Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

28 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


Paciente jovem, do sexo masculino, buscava um tratamento que melhorasse sua estética
dental (Figuras 8A-F).

B C

A D E

Figura 8 – A) Aspecto inicial do sorriso do paciente. B) Vista frontal


em oclusão. C) Vista frontal evidenciando os diastemas e a diferença
de altura das incisais dos dentes homólogos. D) Vista lateral direita.
E) Vista lateral esquerda. F) Sessão de clareamento com peróxido de
hidrogênio 35% por 1 hora.
F Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

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Por meio de minucioso exame clínico multidisciplinar e de um planejamento prévio
com modelos de estudo inicial, modelo encerado, além de radiografias e fotografias,
foi definido como plano de tratamento, a utilização de lentes de contato sem desgaste
dental, uma vez que o prognóstico era bastante favorável, pois os dentes apresentavam
boa posição, tamanho e cor (Figuras 9A-I).

A B

Figura 9 – A) Inserção de duplo fio afastador número 000 sem nenhum desgaste dental. B) Remoção
do fio superficial contínuo e obtenção do molde. C) Verificação da espessura das peças (0,5mm). D)
Condicionamento das peças com ácido fluorídrico 12% por 20 segundos.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

30 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


E F

G H

Figura 9 (continuação) – E) Após lavagem com água, aplicação de silano por 1 minuto. F) Aplicação de
adesivo sem realizar fotopolimerização. G) Condicionamento dos dentes com ácido fosfórico 37% por
20 segundos. H) Aplicação de adesivo sem realizar a fotopolimerização. I) Aplicação do cimento resinoso
fotopolimerizável.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

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A cerâmica escolhida para a reabilitação foi a reforçada com dissilicato de lítio. O ci-
mento foi o resinoso fotopolimerizável por aliar excelentes propriedades físicas, além
de não alterar sua cor (Figuras 10A-D).

A B

Figura 10 – A) Vista frontal final das peças cimentadas. B) Vista lateral direita – close-up. C) Vista
lateral esquerda – close-up. D) Aspecto final do sorriso do paciente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

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CONCLUSÃO
Os pacientes que necessitam de reabilitações extensas e complexas precisam de um planeja-
mento multidisciplinar muito bem elaborado, dentro das diversas áreas da odontologia para
que seja alcançado um resultado final previsível e agradável.

As situações que evidenciam a desarmonia estética devido à diferença de tamanho, forma,


posição e cor existente entre os elementos dentais podem ser tratadas a partir da utilização
de procedimentos adesivos indiretos, como lentes de contato dental, confeccionadas dentro
dos princípios estéticos, devolvendo ao paciente um sorriso equilibrado, harmônico e dura-
douro.

RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS


Atividade 1
Comentário: Buonocore e Bowen desempenharam papel importante no desenvolvimento
dos materiais adesivos. Em 1955, Buonocore iniciou a técnica do condicionamento ácido de
esmalte. A partir disso, Bowen, em 1962, desenvolveu os sistemas adesivos e, em 1963,
modificou substancialmente as resinas compostas por meio da introdução da partícula orgâ-
nica BIS-GMA.

Atividade 2
Comentário: As cerâmicas convencionais (feldspáticas) eram assim denominadas por apre-
sentarem uma quantidade de feldspato maior do que os outros constituintes. Devido à sua
natureza vítrea, elas apresentam excelente estética, biocompatibilidade, adequada solubili-
dade e corrosão em meio bucal, além de serem isolantes térmicas e elétricas. Entretanto,
suas propriedades mecânicas limitam sua utilização em áreas de estresse oclusal, devido à
sua baixa resistência e maleabilidade, aliada à alta friabilidade.

Atividade 3
Resposta: D
Comentário: As melhores indicações para as cerâmicas adesivas são: inlays; onlays; coroas
unitárias, facetas laminadas convencionais; e lentes de contato.

Atividade 4
Comentário: As cerâmicas puras podem ser classificadas em cerâmica pura adesiva e cerâmi-
ca reforçada com óxidos.

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Atividade 5
Comentário: Apesar do sucesso clínico comprovado das peças metalocerâmicas, estas exi-
gem um grande desgaste dentário, uma vez que necessitam espaço para colocação de dois
materiais; ale. Além disso, apresentam uma estética com tom acinzentado, devido ao metal
utilizado como base, ou com tom esbranquiçado, devido à grande quantidade de revesti-
mento opaco utilizado na tentativa de esconder o metal. Nos casos em que ocorrer recessão
gengival, o halo acinzentado do metal fica exposto. Ainda como desvantagem do sistema,
pode se verificar as fraturas dentárias, devido ao metal ser um material extremamente rígido,
o qual não absorve cargas de estresse elevado, sendo a carga transmitida em sua totalidade
ao remanescente dental.

Atividade 6
Comentário: Entende-se por lente de contato dental quando uma fina lâmina de cerâmica
pura, com espessura média de 0,5mm, é fixada a um substrato dental, que apresenta míni-
ma alteração de tamanho, forma, posição e/ou cor.

Atividade 7
Resposta: B
Comentário: Em 1955, Buonocore deu início a uma nova geração de agentes cimentantes,
devido à iniciação da técnica do condicionamento ácido de esmalte. A partir disso, Bowen,
em 1962, desenvolveu os sistemas adesivos e, em 1963, modificou substancialmente as
resinas compostas, por meio da introdução da partícula orgânica BIS-GMA.

Atividade 8
Comentário: Os dentes aptos a receberem as lentes de contato dental – ou seja, dentes bem
posicionados com mínima ou nenhuma alteração de cor, forma ou tamanho – não necessi-
tam de preparos protéticos, uma vez que, com base nas técnicas adesivas, os parâmetros
geométrico e mecânico do preparo dentário são de importância secundária, o que oportuniza
a máxima preservação da estrutura dentária. Nos casos em que as incisais possuam ângulos
bem definidos ou pequena alteração de textura superficial vestibular, uma mínima suavização
(asperização) é realizada com discos abrasivos.

Atividade 9
Comentário: Os dentes que apresentam os seguintes sinais necessitam de preparos dentários
convencionais para facetas laminadas, sendo contraindicada a utilização de lentes de conta-
to: sinais de bruxismo, alteração de cor significativa, posição vestibularizada na arcada dental
e dimensões acentuadas.

34 LENTES DE CONTATO DENTAL CERÂMICAS


Atividade 10
Comentário: A técnica de moldagem mais indicada para as lentes de contato é a moldagem
de passo único e de dupla mistura, associada à técnica de afastamento gengival utilizando o
fio duplo. Na moldagem de passo único e de dupla mistura, associada à técnica de afasta-
mento gengival utilizando o fio duplo, o profissional vai remover apenas o fio afastador
gengival mais superficial e imediatamente inserir o material fluido de moldagem com o auxí-
lio da seringa de inserção. Antes mesmo que esse material tome presa, a moldeira é carrega-
da com o material denso, já manipulado, e inserida na boca do paciente. Entre os materiais
de moldagem a serem utilizados, a silicona de adição é a mais indicada.

Atividade 11
Resposta: 2, 3, 2, 1, 3, 1

Atividade 12
Comentário: O profissional deve optar, como primeira escolha de cimentação para as lentes
de contato dental, por cimentos fotoativados, em vez de cimentos de presa química ou dual,
uma vez que estes podem alterar a cor após sua presa final, devido ao componente amina
terciária presente em sua formulação.

Atividade 13
Comentário: O tratamento do dente envolve a profilaxia com pedra-pomes; lavagem com
água até remoção do total do produto; aplicação de ácido fosfórico por 30 segundos no
esmalte e 10 segundos na dentina (caso esta esteja presente, como nos casos de amelogênese
imperfeita, que, mesmo sem a realização de preparos dentários, a dentina exposta já está
presente); lavagem com água por 1 minuto; e aplicação de sistema adesivo fotopolimerizável.
Entretanto, este só será ativado simultaneamente ao cimento aplicado (sua fotopolimerização
prévia poderá ocasionar desadaptação da lente no ato da cimentação, uma vez que não foi
realizado desgaste dental). O tratamento da peça envolve aplicação de ácido fluorídrico de
acordo com o tempo recomendado pelo fabricante (p.ex., 20 segundos para os sistemas
reforçados com dissilicato de lítio); lavagem com água por 1 minuto; ressecamento da peça;
aplicação do agente de união silano (aguardar 1 minuto); aplicação de sistema adesivo
fotopolimerizável, entretanto, este só será ativado simultaneamente ao cimento aplicado
(sua fotopolimerização prévia poderá ocasionar desadaptação da lente no ato da cimentação,
uma vez que não foi realizado desgaste dental); inserção do cimento na peça (a cor do
cimento foi previamente escolhida logo após a profilaxia do elemento dental com pedra-
pomes (alguns kits de cimentos resinosos disponibilizam pastas de prova para uma correta
escolha da cor); remoção do excesso do cimento com o auxílio do fio dental; fotopolimerização;
e refinamento final com borrachas e escovas de polimento.

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Atividade 14
Resposta: C
Comentário: Os dentes que apresentam os seguintes sinais necessitam de preparos dentários
convencionais para facetas laminadas, sendo contraindicada a utilização de lentes de contato:
sinais de bruxismo; alteração de cor significativa; posição vestibularizada na arcada dental; e
dimensões acentuadas. Os desgastes com redução dentária irão variar de 0,5mm a 1,5mm,
dependendo do diagnóstico e planejamento individualizado prévio. Assim, os dentes mais
vestibularizados e com maior alteração de cor necessitam de maiores desgastes dentais.

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