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Resumo
São apresentados diversos métodos para a medição de vazão em cursos d’água
naturais: volumétrico, colorimétrico, calhas e vertedores, ultra-som e por
velocidade. São detalhadas as diversas formas de medição com molinete: a vau,
São Paulo, 2000
sobre pontes, com barco fixo ou em movimento e em teleféricos. São discutidos
os cuidados para se obter a melhor precisão nos resultados.
Objetivo
• Saber escolher uma seção de um rio para ser uma estação fluviométrica;
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PHD – 307 HIDROLOGIA APLICADA
Referências Bibliográficas
Você encontrará em mais detalhes o assunto tratado nesta apostila nas seguintes
referências:
• Pinto, N.L.S. et al. – Hidrologia Básica – São Paulo: Edgard Blucher, 1976.
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Índice
1 Introdução 4
2 Medição de vazão 5
3.2 Limnígrafo 30
3.2.1 Quanto à medição 30
3.2.2 Quanto à transmissão do sinal 32
3.2.3 Quanto à gravação 33
4 Curva-chave 34
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11 IInnttrroodduuççããoo
O levantamento dos dados de vazões pode ser feito pelo Estado, para estabelecer
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uma rede hidrométrica básica, ou por empresas que tenha interesse particular em
determinadas informações, como as empresas de geração de energia, de saneamento e
as do setor agroindustrial.
22 M
Meeddiiççããoo ddee vvaazzããoo
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mééttrriiccoo
22..11..11 VVoolluum
22..11..22 C
Caallhhaass PPaarrsshhaallll
As calhas Parshall são, assim como os vertedores, são estruturas construídas no
curso d’água e possuem sua própria “curva-chave”. Assim, a determinação de vazão a
partir do nível é direta para a seção onde a mesma está instalada. Entretanto, se não há
ondas de cheia propagando pelo canal, a vazão que passa pela calha é a mesma que
passa por qualquer outra seção do rio. Pode-se então determinar a curva-chave para
outras seções de interesse medindo o nível da água em tais seções e relacionando-os
com a vazão medida pela calha ou vertedor.
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QL = k ⋅ H n
Q A = QL ⋅ C
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22..11..33 VVeerrtteeddoorr
Vertedores triangulares:
5
Q = 1,42 ⋅ H 2
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Vertedores retangulares:
3
Q = 1.84 ⋅ L − 0.2 ⋅ H ) 2
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Figura 5 – Vertedor retangular em rio e passagem nítida do regime fluvial para torrencial –
profundidade crítica
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de 0,030 m3/s.
l
Emissor-receptor de ultra-som
c+v
v
c-v
22..11..44 U
Ullttrraassssôônniiccoo
Dois aparelhos emissor-receptores de ultra-som são posicionados de forma a
emitirem pulsos de cerca de 4Mhz na direção do fluxo de água. De montante para jusante
a propagação do pulso é favorecida pelo fluxo de água, tendo a velocidade v acrescida à
sua velocidade de propagação neste meio fluido. No sentido oposto, ocorre o contrário.
Assim, como os dois pulsos são produzidos simultaneamente aparece uma defasagem no
tempo de recepção.
1 1 2⋅l ⋅v 2⋅l ⋅v
∆T = l ⋅ − ⇒ ∆T = 2 ≈ ∆T =
c −v c + v c +v 2
c2
c 2 ⋅ ∆T
v=
2⋅l
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22..11..55 EElleettrroom
maaggnnééttiiccoo
O princípio eletromagnético do método determina o perfil de velocidades do
escoamento. Assim, com o perfil da seção do rio pode se calcular sua vazão.
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22..11..66 C
Coolloorriim
mééttrriiccoo oouu rraaddiiooaattiivvoo
Há situações em que a aplicação dos métodos anteriores é inviável ou até mesmo
impossível. Por exemplo,
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q ⋅ C1 = (Q + q ) ⋅ C 2
O produto químico utilizado como traçador não deve reagir com impurezas
existentes na água do rio e muito menos ser prejudicial à fauna ou à flora. Caso seja
radioativo, deve-se corrigir o efeito do decaimento no tempo.
Moolliinneettee
22..11..77 M
Caso o molinete não seja fixo numa haste, deve-se prendê-lo a um lastro (peso
entre 10 e 100 kg) para que fique aproximadamente na vertical. Este lastro tem a forma
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Figura 8 – Molinete
Figura 9 – Molinete preso a haste, preso a cabo com lastro (embaixo) e lastro (peixes)
As velocidades limites que podem ser medidas com molinete são de cerca de 2,5
m/s com haste e de 5 m/s com lastro. Acima destes valores os riscos para o operador e o
equipamento passam a ser altos. Em boas condições, a precisão relativa para uma vazão
assim medida é de cerca de 5%.
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22..22..11 A
A vvaauu
Este método é aplicado a medições com nível d’água não superior a 1,20 m e
velocidade compatível com a segurança do operador. Consiste em prender o molinete
numa haste, sempre tomando o cuidado de mantê-lo a uma distância mínima do leito
(aproximadamente 20 cm)
Apesar de apresentar certa facilidade para uma medição de vazão com molinete, a
seção de uma ponte pode interferir na velocidade do escoamento. Se a ponte possui
pilares apoiados no leito do rio, o escoamento é alterado e pode provocar erosão no leito.
A determinação da geometria da seção é mais complicada. Uma alternativa seria afastar
ao máximo o molinete da ponte através de suportes, fazendo-se assim as medições numa
seção menos influenciada.
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22..22..33 C
Coom
m tteelleefféérriiccoo
No caso de não se dispor de pontes e o rio ser profundo, mas não muito largo,
pode-se utilizar o recurso do teleférico para levantar o perfil de velocidades. Há casos
também em que há material transportado pelo rio (toras), sendo aplicado este método
para a segurança do operador.
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22..22..44 C
Coom
m bbaarrccoo ffiixxoo
Num rio como o do item anterior (desde que não haja material de grande porte
transportado) pode-se também utilizar o recurso do barco fixo. O barco é preso nas
margens do rio através de cabos, sendo este o método mais comum de medição com
molinete.
22..22..55 C
Coom
m bbaarrccoo m
móóvveell
Se o rio for de largura suficiente para inviabilizar o uso de cabos, pode-se ainda
fazer a medição com o barco em movimento. O barco se desloca com uma velocidade
constante de uma margem a outra, com o molinete fixado num leme especial a uma
profundidade constante. A decomposição da velocidade do barco e das velocidades
indicadas pelo molinete possibilita estabelecer a velocidade média da água na
profundidade escolhida. A medição se repete a várias profundidades.
22..33 C
Cáállccuulloo ddee uum
maa vvaazzããoo aa ppaarrttiirr ddee uum
maa m
meeddiiççããoo
Alguns dos métodos descritos anteriormente fornecem diretamente a vazão numa
determinada seção do rio. Outros, como molinete e o ultrassônico, fornecem o perfil de
velocidades da seção. Nestes casos, precisamos ainda da geometria da seção para
calcular a vazão que passa por ela.
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Q =V ⋅ S
onde:
Q: vazão em m3/s;
V: velocidade do escoamento;
S: área da seção;
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22..33..11 D
Deetteerrm
miinnaaççããoo ddaa vveelloocciiddaaddee m
mééddiiaa nnoo ppeerrffiill
Normalmente, utiliza-se quatro processos principais:
Pontos múltiplos;
Dois pontos;
Um ponto;
Integração;
O primeiro consiste em realizar uma medida no fundo (0,15 m a 0,20 m do leito),
uma na superfície (0,10 m de profundidade) e, entre esses dois extremos, vários pontos
que permitam um bom traçado da curva de velocidades em função da profundidade.
Calculando-se a área desse diagrama e dividindo-a pela profundidade, tem-se a
velocidade média na vertical considerada. Toma-se a velocidade superficial igual àquela
medida a 0,10 m e a de fundo como sendo a metade da mais próxima ao leito.
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22..33..22 M
Meeddiiddaa ddaa áárreeaa ddaa sseeççããoo ee ddeetteerrm
miinnaaççããoo ddaa áárreeaa ddee iinnfflluuêênncciiaa
A profundidade numa vertical é medida através do próprio elemento sustentador do
molinete, seja ele uma haste graduada (a partir do fundo) ou cabo (a partir da superfície
da água). Isto é feito ao se levantar o perfil de velocidades naquela vertical, tocando o
leito com o “peixe” ou com a haste. Em rios muito profundos e/ou com altas velocidades
de escoamento onde a medição com cabos e lastros torna-se inaplicável, pode-se utilizar
recursos como a batimetria e os sonares.
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Tabela 1 – Cuidados no espaçamento das medições para uma boa representatividade do perfil (Fonte:
Anuário Fluviométrico n. 2 Ministério da Agricultura - DNPM – 1941)
Largura do rio (m) Espaçamento máx (m)
Até 3 0.30
3a6 0.50
6 a 15 1.00
15 a 30 2.00
30 a 50 3.00
50 a 80 4.00
80 a 150 6.00
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Ponto inicial
(instalação do teodolito
ou fixação da
trena) di+1
di
di-1
d0
pi-1 pi pi+1
(di - di-1)/2
(pi-1 + pi)/2 pi
Pi −1 + Pi Pi+1 + Pi
+ Pi Pi +
Ai =
2 ⋅ (d i − d i−1 ) + 2 ⋅ (d i +1 − d i )
2 2 2 2
Exemplo 1
Com a folha de medição de descargas fornecida, calcular a vazão do rio sabendo-
se que cada contagem de rotações do molinete foi feita em 50 segundos. A curva de
calibração do aparelho segue abaixo:
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20.50
18.40
6.40
17.40
5.40
16.40
4.40
15.40
1.40
1 2 3 4 13 14 15 16 17
0.10
0.40
1.25
Margem 1.58
1.91 1.56
adotada 1.99 1.94
1.99
Margem
adotada
A velocidade média do perfil desta vertical pode ser calculada pelo método dos
dois pontos, lembrando-se que a tabela fornece o número de rotações do eixo do
molinete que deve ser convertido em velocidade.
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Assim,
Portanto,
Perceba que uma pequena área (em verde) próxima a cada margem foi
desconsiderada, como mostra a figura abaixo:
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20.50
18.40
6.40
17.40
5.40
16.40
4.40
15.40
1.40
1 2 3 4 13 14 15 16 17
0.10
0.40
1.25
Margem 1.58
1.91 1.56
adotada 1.99 1.94
1.99
Margem
adotada
Vamos calcular a vazão em tais áreas, e analisar sua influência na vazão total:
P1 + P2 0.40 + 1,58
+ P1 + 0,40
A' =
2 ⋅ (d 2 − d 1 ) = 2 ⋅ (4,40 − 1,40) = 1,043 m 2
2 2 2 2
Qdesconsiderada = Q'+Q" = V2 ⋅ A' +V16 ⋅ A" = 0,067 ⋅ 1,043 + 0,196 ⋅ 0,407 = 0,150 m 3 / s
0,150
Erro = = 0,02
7,821
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33 M
Meeddiiççããoo ddoo N
Níívveell dd’’Á
Ágguuaa
33..11 R
Réégguuaa ((lliim
mnníím
meettrroo))
A maneira mais simples para medir o nível de um curso d’água é colocar uma
régua vertical na água e observar sua marcação. As réguas são geralmente constituídas
de elementos verticais de 1 metro graduados em centímetro. São placas de metal
inoxidável ou de madeira colocadas de maneira que o elemento inferior fique na água
mesmo em caso de estiagem excepcional.
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O observador faz leitura de cotas com uma freqüência definida pelo órgão operador
da estação, pelo menos uma vez por dia. Em geral a precisão destas observações é da
ordem de centímetros.
33..22 LLiim
mnnííggrraaffoo
Este equipamento grava as variações de nível continuamente no tempo. Isto
permite registrar eventos significativos de curta duração ocorrendo essencialmente em
pequenas bacias.
33..22..11 Q meeddiiççããoo
Quuaannttoo àà m
Bóia flutuante;
Sensor de pressão a gás, que possui uma membrana que separa o gás do
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32
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Registro
Mangueira
Bico injetor
Bolhas
de ar
Figura 23 - Borbulhador
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33
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Pontos de reversão
NA do cursor
Figura 25 – Alavanca tipo “rosca sem fim” e sistema de transmissão mecânica da posição do nível
33..22..33 Q
Quuaannttoo àà ggrraavvaaççããoo
Em suporte de papel, que podem ser: fita colocada em volta de um tambor
com rotação de uma horta a 1 mês;
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44 C
Cuurrvvaa--cchhaavvee
Como já foi dito, a curva-chave relaciona o nível de um rio com sua vazão. Para
obtê-la, fazemos medições de vazão pelos métodos apresentados anteriormente para
diversos níveis e obtemos pares cota-descarga. A relação é obtida a partir da interpolação
destes pontos e, como esta operação não contempla todos os níveis possíveis, utiliza-se
ainda a extrapolação.
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Regime permanente1;
Período de validade:
01/04/1959 a 31/12/1965
Seção transversal no
local da régua
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Q = K ⋅ A ⋅ ( Rh ⋅ j )
1/ 2
onde:
Q: vazão;
K: coeficiente de atrito;
A: área molhada da seção;
Rh: raio hidráulico;
j: declividade do curso d’água;
PHR
α ⋅ v2 α ⋅ Q2
He = y + = y+
2⋅ g 2 ⋅ g ⋅ A2
∂He α ⋅ Q 2 dA
Hemín ⇒ = 0 ⇒ 1− ⋅
∂y g ⋅ A 3 dy
dy dA = L ⋅ dy
dA
yc
α ⋅Q2
PHR
1− ⋅L =0
g ⋅ A3
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g ⋅ A3
Q2 =
α ⋅L
onde:
Q: vazão;
g: aceleração da gravidade;
A: área molhada da seção;
P: perímetro da seção molhada na superfície;
Em ambos os casos as características geométricas da seção (A, Rh, P) são função
da profundidade do rio. Portanto, isto garante que a vazão é uma função indireta do nível
do d’água.
Q = a ⋅ (H − H 0 )
b
onde:
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Q = a ⋅ (H − H 0 )
b
Pode-se ainda determinar todos estes parâmetros por tentativa e erro, através de
ferramentas iterativas como se verá no exemplo 2.
44..11 FFeerrrraam
meennttaass iitteerraattiivvaass
É necessário um cálculo iterativo para se obter a expressão da curva-chave, pois
não se conhece o valor de H0 para realizar uma regressão linear e obter as constantes a e
b da expressão logarítmica. Para tanto, pode-se utilizar ferramentas iterativas de planilhas
eletrônicas, como o Optimizer do QuattroPro (Corel) ou Solver do Excel (Microsoft). O
Solver é uma ferramenta suplementar, e caso não o encontre diretamente no menu
Ferramentas ou em Ferramentas>Suplementos... será preciso instalá-lo.
Exemplo 2
Determine a curva-chave do rio Paraíba a partir dos pares cota-descarga da tabela
4.
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Assim, monta-se uma planilha semelhante a da tabela abaixo, onde Qcal é obtido a
partir dos valores de a, b e H0, segundo a expressão Q = a ⋅ (H − H 0 ) .
b
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Vazão (m3/s)
300
Qcalc
H Qobs H-ho Qcalc (Qcal-Qobs)^2 250
0,87 75 0,37 0 5604 200
0,98 82 0,48 0 6686 150
1,12 84 0,62 0 6992 100
50
1,13 84 0,63 0 6989
0
1,15 95 0,65 0 8945
0 1 2 3 4
1,26 107 0,76 1 11326
Lâmina (m)
1,35 104 0,85 1 10666
1,39 110 0,89 1 11926
1,4 117 0,90 1 13500 Qcal x Qobs
1,45 115 0,95 1 13018 400
1,56 131 1,06 1 16868 350
Qobs
Qcal (m3/s)
Deseja-se obter as constantes de forma que a soma dos quadrados dos desvios
seja mínima, aproximando ao máximo os valores de vazão calculados com os valores
reais medidos.
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RIO PARAIBA
400
350
300
250
Q (m3/s)
200
Qobs
150
100
50
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
H (m)
Figura 29 – Pares cota – vazão, sugerindo um valor de H0 a ser “chutado” (H para vazão nula).
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Tabela 6 – Planilha eletrônica após aplicado o Solver (pode ser ativada com um clique duplo)
PHD - 307 Hidrologia Aplicada - Curva - Chave definida no EXCEL
hmín = 0,87
Curva-Chave Rio Paraíba
ho = -2,4929
a= 3,4472 400
b= 2,5793 350 Qobs
Vazão (m3/s)
300 Qcalc
H Qobs H-ho Qcalc (Qcal-Qobs)^2 250
0,87 75 3,36 79 14 200
0,98 82 3,47 86 12 150
100
1,12 84 3,61 95 115
50
1,13 84 3,62 95 130
0
1,15 95 3,64 97 3
0 1 2 3 4
1,26 107 3,75 104 6
Lâmina (m)
1,35 104 3,84 111 50
1,39 110 3,88 114 16
1,4 117 3,89 115 5 Qcal x Qobs
400
1,45 115 3,94 119 13
350
1,56 131 4,05 127 13
Qobs
1,68 136 4,17 137 2 300
Qcalc
Qcal (m3/s)
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Vazão (m3/s)
300
Qcalc
250
200
150
100
50
0
0 1 2 3 4
Lâmina (m)
Expressão da curva-chave:
Q = 3,4472 ⋅ (H + 2,4929 )
2, 5793
44..22 V
Vaalliiddaaddee ddaa C
Cuurrvvaa--C
Chhaavvee
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hrégua Q
Data 1 Assoreamento
Q2
Data 2 Erosão
Q1
hrégua h
Figura 31 – Alteração da seção ao longo do tempo e conseqüente reflexo na curva cota-descarga.
Q
Figura 32 – Extrapolação equivocada da curva-chave (.....) e comportamento real (___).
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A Rh
hlim h hlim h
Figura 33 – Mudança brusca nas relações entre área, raio hidráulico e nível, acompanhando a
variação no perfil da seção.
55 S
Síínntteessee
Os passos são:
Medição da vazão por meio dos recursos do item 2, para vários níveis
observados pelo mecanismo instalado anteriormente;
Determinação da curva-chave;
Monitoramento do nível;
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PHD – 307 HIDROLOGIA APLICADA
APÊNDICE
1. Classificação do escoamento
Prof. Dr. Rubem La Laina Porto Prof. Dr. Kamel Zahed Filho Ricardo Martins da Silva