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Transtornos de Ansiedade e
Personalidade
2
Terapia analítico-comportamental:
4
deve-se investigar todas as possíveis
conseqüências ambientais que mantém uma
classe de respostas;
modelo de seleção pelas conseqüências dá
ênfase à ação do controle operante sobre as
respostas;
as técnicas devem considerar a função do
comportamento no ambiente que pode ser
diferente em cada caso.
5
Psicoterapia Funcional-Analítica (FAP):
A FAP é uma forma de tratamento que enfatiza a
análise da relação terapeuta-cliente, no contexto
clínico – ou seja, na sessão, no momento em que
ela ocorre.
A ênfase dada por Kohlenberg (1987) está
exatamente na análise desta relação e dos
aspectos nela envolvidos. Esta análise passa a ser
a própria intervenção, que conseqüentemente,
produzirá mudanças de comportamento nas
relações diárias dos clientes. Na relação
terapêutica, é possível evocar e mudar padrões de
comportamento (os chamados comportamentos-
problema), identificados, também, como
comportamentos clinicamente relevantes (CRBs).
6
Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)
7
Análise Clínica do Comportamento (ACC):
9
Para os behavioristas radicais a
personalidade é resultado da experiência de
vida e história de reforçamento de cada
pessoa. É o repertório comportamental do
indivíduo - o conjunto de comportamentos
que ocorre de forma consistente em muitas
situações, resultado de contingências
também consistentes ao longo do tempo.
10
Transtorno de Personalidade
11
Critérios Diagnósticos para um
Transtorno da Personalidade (DSM- IV)
(1) Cognição
(2) Afetividade
(3) Funcionamento interpessoal
(4) Controle dos impulsos
12
Critérios Diagnósticos para um
Transtorno da Personalidade
14
Transtorno de Personalidade na Análise
do Comportamento
15
A análise do comportamento propõe identificar
as variáveis de controle (as condições que dão
origem e mantêm os comportamentos).
Características descritivas, não contam sobre
controlar variáveis, dificultando a análise
funcional.
16
Com base na análise funcional, Kohlenberg e
Tsai (1991), reconheceram as reações
internas do terapeuta e seus sentimentos
como centrais para o diagnóstico, e
focalizaram o tratamento dos comportamentos
problemáticos do cliente ocorrendo dentro da
sessão. Em um sistema ideal, as reações do
terapeuta para o comportamento problemático
do cliente, seriam incluídas como ferramentas
e critérios de diagnóstico.
17
O enfoque analítico funcional enfatiza o
papel das contingências interpessoais na
causa, tratamento e construção do sistema
de classificação para os fenômenos
comportamentais conhecidos como TP
(transtornos de personalidade).
18
NOÇÃO DO SELF E BEHAVIORISMO
RADICAL:
19
O behaviorismo radical vê o self como
decorrente de uma aprendizagem que se
tornou possível a partir do desenvolvimento
da linguagem e dos treinos verbais na
presença de uma pessoa que estimula essa
noção por meio de repetições da palavra
“eu” associada a diferentes verbos que
indicam ações ou comportamentos.
Assim, o conceito de self é entendido como
produto da aprendizagem possibilitada pela
comunidade verbal que utiliza a palavra “eu”
diante de comportamentos de um indivíduo
(Sousa, 2003).
20
O self, então, é resultado de estímulos
externos em que a comunidade modela o
comportamento de indivíduos.
22
TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE BORDERLINE
23
Os borderlines são vistos como clientes que
não aproveitam bem a psicoterapia,
desistem cedo do tratamento e facilmente
recaem.
São também conhecidos por sua
ambivalência, isto é, por apresentarem
sentimentos e ações contraditórias entre si,
ou que se modificam muito rapidamente.
Apresentam dificuldade para escolher e
tomar uma decisão, podem tentar suicídio
em função de um sofrimento inexplicável
ou indefinível e, freqüentemente relatam
crises de identidade 24
DSM – IV e Análise do Comportamento
28
A partir da análise funcional da queixa,
incluindo observação do comportamento na
relação terapêutica, chegar-se-ia às classes
comportamentais que são padrões de
comportamento reunidos por terem a mesma
função ,a mesma causa.
29
Perturbações na identidade,
relacionamentos instáveis e instabilidade
afetiva poderiam ser visto, em determinado
caso, como uma falta de responsividade a
SDs internos, que indicaria uma história de
falta de reforçamento e/ou punição para
expressões do tipo: “eu sou”, “ eu gosto”, “
eu sinto”.
30
Kohlenberg sugere que a ausência de SDs
internos poderia produzir um “self diferente”. O
cliente costuma dizer por exemplo: “ sou um
eremita”.Esta verbalização mostra que, para ele,
a noção, mesmo que ruim, do “ self sozinho” é
melhor que a instabilidade do self
externo(presente, ausente, punitivo, reforçador).
Estar sozinho poderia significar relaxar, não
responder ao controle dos outros. É uma
esquiva do controle excessivo dos outros. Outra
forma de esquiva é não se envolver mesmo
estando presente, ou retirar-se para o
isolamento após contatos interpessoais
intensos. 31
Outra fala comum entre os clientes é: “sinto-me
dividido, como se houvesse dois eus”. Essa
afirmação pode ser produto de contingências
muito diferentes administradas pela família ou
por outros e nas circunstancias em que está
sozinho.
32
Segundo Kohlenberg e Tsai (2001) a noção
de self inclui alguns atributos complexos:
primeiro, ela se refere a algo diferente do
corpo, o self não é físico; segundo, o self é
modelado por estímulos externos,
geralmente por outras pessoas; em terceiro
lugar, há um self que é imutável e não mais
sujeito ao controle dos outros, mas que nem
sempre pode ser acessado. Esse terceiro
atributo do self refere-se ao que Hayes
(1984) chamou de perspectiva de ver-se.
33
Entendemos que esse self seria um estimulo
privado que permite a qualquer individuo ver-
se como diferente de seu repertório
comportamental e ver-se como constante e
continuo, a despeito das diferentes
mudanças de contexto e ambientes as quais
se expõem, ou mudanças de repertório, ou
mesmo de tipo de controle (externo ou
interno) ao qual está respondendo.
34
O “eu” que uma pessoa usa para falar de si
mesmo é controlado parcialmente por
eventos internos, mas pode haver
experiências que não colocam o “eu” sob
essas condições.Nesses casos, o “eu” passa
a ser controlado apenas por eventos
públicos, afetando sua estabilidade e
independência, assim, alguns transtornos
comportamentais podem ocorrer, como é o
caso do Transtorno de personalidade
Borderline .
35
Para a análise do comportamento o “eu”
emerge a partir de repetições de frases que se
iniciam com “eu”. O “eu” é uma perspectiva
constante, imutável, a partir da qual você
observa a si mesmo e ao mundo. Há, no
entanto, pais que punem ou dificultam a
aprendizagem do “eu”.Dessa forma, não
valorizar as afirmações sob controle interno que
começam com “eu quero”, “eu gosto”, “ eu
sinto”, dificultam a formação desse lócus de
analise ou ainda confundem a criança que
passa a falar “eu” quando percebe a presença
do desejo dos pais. Os pais reforçam ou punem
as emissões verbais de acordo com os próprios
sentimentos, não levando em conta os
sentimentos privados da criança. 36
Kohlenberg e Tsai (2001) hipotetizam que a
dificuldade em ter um “eu” sob controle
privado levaria a criança ao desenvolvimento
de um “eu” instável ou “ inseguro”,
dependente da avaliação e presença do
outro. Isso ainda poderia levar a falta de
espontaneidade e criatividade.
37
A noção de self dos clientes borderlines
geralmente é ausente ou frágil.
39
1.Invalidando relatos de experiências
negativas
2.Simplificando o controle de sentimento ou
problema, bem como o esforço que a
criança deveria fazer para lidar com ele
3.Criticando e punindo a criança quando ela
expressasse sentimentos ou opiniões que
divergissem das dos pais
40
Na visão comportamental de Linehan e
Kerer (1993), a invalidação é a falta de
reforço positivo para o controle privado das
respostas da criança.
41
Outra condição que pode existir decorrente
disso, é que a noção de self perde-se ou
modifica-se. A pessoa deixa de ter a
percepção de constancia do self. Pode haver
uma sensação de “ “vazio” ou de
despersonalização, levando-a a pensar que
o que ela sente não é ela mesma.
Algumas pessoas podem passar a esquivar-
se de forma física ou emocional de outras
pessoas, de maneira a evitar que os outros
possam exercer controle, mesmo que de
maneira positiva, sobre seu self
42
Outras pessoas, podem desenvolver o medo
de ficarem sozinhas. Kohlenberg e Tsai
(1991) relatam que isso provavelmente
ocorra porque passaram não apenas por
condições invalidantes , mas também por
situações de negligência extrema
43
Tratamento do Transtorno Borderline na FAP
Identificar controle excessivo do “eu”para SDs
externos. Reforçar verbalização sob o controle
dos SDs privados. Ex.: eu gosto, eu sinto, eu
quero
O comportamento de responder
excessivamente ao controle externo pode
aparecer na sessão com aquele cliente que
concorda com o terapeuta, age cautelosamente,
é cortes e precisa muito da opinião do
terapeuta. Kohlenberg e Tsai (1991), sugerem a
técnica de associação livre: “conte-me tudo que
entre na sua cabeça- todos os pensamentos,
sentimentos e imagens”, esperar e modelar
respostas que surjam sob controle interno. 44
Criar condições, na sessão, para que o
cliente fale mais de si mesmo, sem o
controle do terapeuta.
Ajudar na organização geral da vida do
cliente – estimular tomadas de decisão
imediatas.
Aumentar a freqüência de expressão
emocional “verdadeira” ( que está sob o
controle de SDs internos).
Desenvolver vínculos afetivos –
reforçamento natural na sessão
(demonstração de carinho, interesse, afeto,
atenção)
45
Fazer com que o cliente estabeleça confiança
no terapeuta.
Validar sentimentos ( inclusive os negativos):
ensinar análise comportamental, ensinar auto
observação, reforçar naturalmente opiniões,
pensamentos, expressões negativas, ações e
pequenas mudanças.
Bloquear esquivas de sentimentos e promover
exposição e aceitação emocional na sessão:
lembrar as experiências passadas na sessão,
estabelecer contingências positivas para o
enfrentamento e aceitação, analisar
funcionalmente o comportamento do outro
46
Fornecer critérios para que o cliente possa fazer
mudanças, tomar decisões e analisar seus
próprios comportamentos.
Ajudar o cliente a perder o medo da vida e a ter
esperança de ter momentos felizes.
A análise funcional feita junto com o cliente é
um importante estratégia de validação de suas
experiências, já que demonstra que todos o
comportamentos são normais e funcionais no
contexto de vida do cliente, tanto os passados
como os atuais
Reforçar a capacidade para superar problemas
também é importante
47
Como se faz “validação” na terapia
48
Estudo de caso clínico
História de vida
O cliente tinha 31 anos no inicio da terapia,
solteiro, pertencente a uma família de 5 irmãos,
sendo ele o 4º filho. Seus pais são semi-
analfabetos e sempre foram paupérrimos e
ignorantes. Relatou ter sido maltratado e
abusado fisicamente na infância além de ter
passado fome e sofrido negligencia. Por
necessidade começou a trabalhar aos 13 anos
em um bar, onde começou a beber muito. Foi
despedido aos 15 anos e arrumou outro
emprego, na função de auxiliar de serviços
gerais.
49
Teve bom desempenho, foi promovido,
conseguiu estudar, se formar, fazer mestrado
e arrumar um emprego bom. Seus
relacionamentos afetivos neste período foram
caóticos, conturbados e o último, profundo e
fracassado. Suas amizades sempre foram
superficiais e cheias de desconfianças, com
apenas um único amigo real e constante. Sua
família era um local de convivência sem
nenhum vinculo afetivo entre a pessoas.
Sentia-se infeliz e estranho, confuso,
angustiado e estava bebendo muito.
50
Foi encaminhado para a psicoterapia após ter
tentado suicídio, num momento de depressão,
desespero e sentimentos de estar sendo
perseguido por pessoas desconhecidas que
estavam ao seu redor.Na primeira sessão o
cliente relatou seus pensamentos paranóicos,
sua vontade de morrer e sua dificuldade em
enfrentar sua nova vida profissional, em uma
cidade nova, com pessoas desconhecidas,
pois havia ingressado, por concurso público,
num órgão de pesquisa em outro estado.
51
Pontos relevantes
52
O cliente relatou, nas sessões
subseqüentes, seu desejo de largar tudo, e
arrumar um sub-emprego em sua cidade
natal. Lá ele tinha identidade, aqui não. O
cliente achava que as pessoas olhavam
estranho para ele e não tinha coragem de ter
nenhum tipo de relacionamento, ele se
relacionava apenas com prostitutas com
objetivo puramente sexual. O cliente havia
alugado uma casa na nova cidade mas não
suportava ficar nela; a casa estava
totalmente vazia porque ele não conseguia
mobília-lá. 53
Como e quanto a auto-imagem do cliente
dependia do que ele era na família, que lhe
mostrava ser uma pessoa totalmente
desprezível. A auto-imagem presa aos SDs
externos e passados; como foi indiferente às
muitas mudanças de sua vida nos últimos
anos. Embora tivesse estudado e trabalhado
sentia-se da mesma forma. Recusava algo
bom como seu; sentia-se angustiado por
estar nesta nova situação.
54
Com relação ao seu corpo, sentia-se feio,
magro demais, estranho; achava impossível
alguém deseja-lo, a não ser que fosse pior que
ele. Mesmo querendo engordar, para ele
comida era só para matar a fome, não
comendo bem e não diferenciava paladares.
Observa-se que havia forte predisposição para
fugir dessa situação; não se envolver com o
prazer para assegurar-se da sua identidade
estabilidade; onde ele sempre foi bom:
agüentar sofrer para sobreviver. A
demonstração de sofrimento evitava punição
do pai e também o livrava da esperança inútil
de dias melhores. 55
O início da terapia constou de
aconselhamentos para decisões importantes
que o cliente deveria tomar e apoio para
melhorar sua depressão. O cliente achava que
não iria conseguir, não sabia avaliar seus
trabalho, sentia-se observado e com medo de
receber críticas, além de sentimentos de
inferioridade.
Pediu ajuda da T, depois de seis meses, para
comprar roupas, comida, móveis, carro. A T
elogiava suas decisões, valorizava pequenas
iniciativas, comentava sua própria percepção
de algo e pedia a opinião dele. Na fase de
anorexia desenvolveu-se atividades para
estimular o paladar, comer coisas boas na
56
clínica, etc.
Aos poucos as contingências positivas para
seus comportamentos melhoraram a
autoconfiança e ele falava menos em ir
embora. Aceitou a proposta da T para
começar a sair de casa e fazer amigos e deu
certo. Ficou com medo da intimidade dos
amigos e cortou-os . Só depois de algum
tempo se aproximou de outras pessoas e
novamente foi bem sucedido. Começou a
sais demais, a beber demais e piorou da
depressão. Começou-se tudo de novo,
devagar.
57
O cliente começa a mostrar afetividade pela
T, que responde com reciprocidade, o cliente
melhora no trabalho, mantém alguns
amigos, troca idéias com a T e toma
decisões.
Ainda não consegue namorar e nem levar
alguém para casa. Falou de sua inveja dos
poderosos e da sua raiva do pai.
Depois dessa fase foi iniciada exposição
verbal às situações do passado, uma vez
que cliente quis saber porque era assim.
58
Transtorno de Personalidade Esquiva
Comportamento de Esquiva no
Contexto Clínico
59
Definição segundo DSM-IV:
60
Critérios Diagnósticos – DSM-IV
Evita atividades que envolvam contato
interpessoal significativo com outras
pessoas devido ao medo da crítica, da
desaprovação ou da rejeição.
É incapaz de se envolver com as pessoas a
menos que tenha certeza de que será
aceito.
Limitado a relacionamentos íntimos, devido
ao medo de ficar envergonhado, ou do
ridículo.
61
Preocupação de estar sendo criticado ou
rejeitado em situações sociais.
Inibido em novas situações de contato
interpessoal em função de sentimentos de
inadequação.
Tem uma visão de si mesmo como
socialmente inapto, sem atrativos pessoais
ou inferior aos outros.
Relutante a assumir riscos pessoais ou
engajar-se em quaisquer novas atividades
que possam resultar embaraço.
62
Análise do Comportamento
(Sidman,1989)
63
Definição:
64
Visão de self
Kohlenberg sugere que, nestes casos, a
noção, mesmo que ruim, do “ self sozinho” é
melhor que a instabilidade do sef externo
(presente, ausente, punitivo, reforçador).
Estar sozinho poderia significar relaxar, não
responder ao controle dos outros. É uma
esquiva do controle excessivo dos outros.
Outra forma de esquiva é não se envolver
mesmo estando presente, ou retirar-se para
o isolamento após contatos interpessoais
fortemente agradáveis
65
Descrição do Caso:
66
Análise Funcional:
68
Principais conseqüências da Esquiva:
70
Alteração nas contingências:
ANSIEDADE E ESQUIVA
71
A terapeuta começou a trabalhar a esquiva
do cliente diante destas situações, as quais
envolviam responsabilidades e
compromissos.
72
O cliente justificava sua esquiva por meio de
comportamento privados, como:
Sentimento Comportamento
73
A esquiva emocional pode ser observada e
sinalizada pelo terapeuta.
O cliente deve aprender a tolerar sua
próprias reações emocionais e vivenciá-las
ACEITAÇÃO
74
O que é a Aceitação?
75
O cliente foi encorajado a permanecer nas
situações aversivas através de:
Treino de relaxamento e respiração;
Enfrentamento gradual da situação de
estudo;
Aceitação dos sentimentos evocados.
76
Bloqueio da Esquiva:
78
Quando o bloqueio das esquivas de
responsabilidades e compromissos tornou-se
mais freqüente, e a terapia passou a assumir
uma função semelhante às demais
contingências do cliente, ou seja, de
cobrança...
79
...o cliente abandonou
temporariamente o
tratamento terapêutico.
80
Conclusão:
81
Apesar de ser muito difícil o manejo do
comportamento de esquiva no contexto
clínico, ele é bastante freqüente e de possível
alteração. O que pode ser realizado a partir do
enfrentamento gradual destas situações e
aceitação dos sentimento evocados por estas
contingências.
82
Pontos a serem destacados no
tratamento dos transtornos de
Personalidade
-Reforçar padrões adequados de
comportamento, mesmo que incipientes.
-Evitar feedback negativo para classes
específicas de comportamento do cliente.
-Descrever junto ao cliente aspectos de sua
história de vida que levaram a aquisição das
dificuldades atuais, sem criticar os
comportamentos inadequados.
-Validar expressão de sentimentos negativos e
positivos. Mostrar compreensão e empatia. Para
isso é importante não perder de vista a história
de vida do cliente e a aquisição de tais
83
comportamentos.
-Criar condições na sessão para a expressão do
“eu” sob controle de estímulos privados. Fazer
exercício de associação livre; responder
questões pessoais, preferências por
determinadas situações, estimular verbalização
de sensações produzidas pelos cinco sentidos;
pedir opinião do cliente para várias situações e
valorizá-las, etc.
-Reforçar emissões controladas pelo “eu” como
estímulo privado.
-Manter consistência em termos de
relacionamento interpessoal e afetivo na
sessão.
-Manter consistência nas orientações.
84
-Mostrar que alguns comportamentos são
inadequados, por exemplo, sensações de medo de
estar sendo perseguido, separando sempre a
compreensão do terapeuta de que o sentimento do
cliente é real, mas que a perseguição não está
acontecendo. Explicar que o medo proveniente de
situações passadas, e a falta de aprendizagem de
discriminações desses estados podem realmente levar
a interpretações erradas.
-Dar feedback a partir da análise funcional do contexto
dilui ou elimina a aversividade da técnica.
-Modificar a noção de causalidade do comportamento
do cliente. A visão de que o comportamento foi
aprendido retira a culpa do cliente. Investir nestas
análises.
85
Enfatizar no que o indivíduo faz de melhor;
Fazer muitas perguntas sobre padrões funcionais
saudáveis. Examinar situações.
Desenvolver o papel ativo do cliente na sessão:
ajudar a procurar as causas de seu comportamento.
Não desqualificar emoções internas e imprevisíveis
do paciente, mas relacioná-las com suas ações e
com as contingências das quais emergem, durante o
processo de análise funcional.
Utilizar descrição colaborativa.
86
Pontos comuns nas psicoterapias sobre
os Transtornos de Personalidade(TP).
87
TP envolve problemas centrais comuns a
todos os casos, como também características
especificas de acordo com os pacientes e a
forma da desordem. Estratégias gerais são
usadas durante todo o tratamento para dirigir-
se ao problema principal do cliente .
Intervenções especificas para cada caso são
necessárias.
89
O progresso do tratamento pode ser
descrito como uma série de fases:
92
Estratégias terapêuticas propostas
95
As respostas eliciadas no indivíduo quando
exposto ao estímulo aversivo original, podem
ser transferidas a estímulos neutros que
ocorram em um mesmo intervalo de tempo.
Essas respostas passam então, a se manifestar
em outras situações nas quais haja a presença
daqueles estímulos que antecederam
caracteristicamente a situação aversiva;
97
Contingências de reforçamento positivo para
comportamentos problemáticos, controle por
regras e baixa densidade de reforçamento para
repertórios sociais podem também estar
mantendo as respostas de ansiedade ou
evitação;
I-Definições:
103
IV-LEITURA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL
DO PÂNICO
106
V-Tentativas de solucionar o problema:
controlar os pensamentos catastróficos;
1. Plano de Tratamento
109
3.1 3.1.1. Ansiedade antecipatória ou medo de
ter medo:
a) Terapia de Aceitação e Tolerância Emocional. Uso da
F.A.P. (Psicoterapia Analítico Funcional) e bloqueio das
respostas de fuga-esquiva.
113
Próximas Exposições
a) Treino respiratório
114
b) Relaxamento - reduzir medo e ansiedade na
medida em que o relaxamento produz senso de
controle e domínio.
115
c) Exposição - É a técnica utilizada para
vencer a esquiva fóbica. Refere-se à
confrontação ou aproximação repetida ao
objeto ou situação temida, até que o medo
ou a esquiva diminua de intensidade.
117
VII-Considerações finais:
b) A relação terapêutica
118
VIII-Material para o cliente
Ansiedade: Como lidar com esse problema
Lembre-se que:
122
TRANSTORNO
OBSESSIVO-COMPULSIVO.
I-Introdução
A analise do comportamento oferece uma
proposta eficaz, experimentalmente embasada,
de atendimento individual ou em grupo para o
tratamento do TOC.
É objetivo desse trabalho apresentar as
principais técnicas para o tratamento do TOC,
assim como contextualizar e discutir sua
aplicação clinica.
123
II – DEFINIÇÃO (DSM-IV-TR):
124
COMPULSÕES: comportamentos repetitivos
(p.ex., lavar as mãos, organizar, verificar) ou
atos encobertos (p.ex., orar, contar ou repetir
palavras em silêncio) que a pessoa se sente
compelida a executar em resposta a uma
obsessão ou de acordo com regras que devem
ser rigidamente aplicadas.
Visam prevenir ou reduzir o sofrimento ou evitar
algum evento ou situação temida; entretanto,
esses comportamentos ou atos encobertos não
têm uma conexão realista com o que visam
neutralizar ou evitar ou são claramente
excessivos.
125
III-Variáveis ambientais relacionadas
com a instalação e manutenção do TOC:
127
Reforçamento positivo: reforçadores sociais
importantes como atenção, elogios, contato
afetivo, podem controlar a emissão de respostas
obsessivo-compulsiva. Isso por que essas
respostas podem, em algumas circunstâncias,
proporcionar um desempenho desejável pela
sociedade. Por ex.: quando uma criança é
reforçada pelos pais por manter seus cadernos
impecáveis pelo excesso de cuidado.
É importante ressaltar que, muitas vezes, esse
esquema de reforçamento positivo é utilizado de
forma inconsistente (intermitente), ou seja, ora a
comunidade pune ora reforça fortalecendo ainda
mais o comportamento.
128
Diminuição dos reforçadores sociais: isso
ocorre quando a família, por exemplo, deixa
de exigir do indivíduo o cumprimento de
determinadas responsabilidades em função
de sua “doença”, considerando, muitas
vezes, a pessoa incapacitada para outras
atividades. Assim, as ações dos clientes são
minimizadas ainda mais, o que acaba por
reduzir os contatos sociais possivelmente
reforçadores.
129
Déficits de habilidades: podem ser o próprio
resultado dos comportamentos obsessivo-
compulsivos, bem como o elemento principal
envolvido na manutenção e gênese do
problema.
131
IV – PASSOS INICIAIS
A) Avaliação do paciente em relação ao TOC
e a seu funcionamento geral
História de vida passada e atual
História desenvolvimento do problema
Levantamento do repertório
comportamental atual
Tratamentos anteriores
Expectativas da Terapia
Comorbidades;
Tipos de obsessões e compulsões
(freqüência , durações,etc);
Situações que favorecem o TOC;
Observações e eventual aplicação de
escalas.
133
D) Estabelecimento de um relacionamento
terapêutico sólido. Objetivos:
134
E) Estabelecer objetivos do tratamento
comportamental
136
Passos:
137
b) Listar o conteúdo das obsessões e compulsões.
Ex : Mania de limpar tudo, pensamento de que
pode haver contaminação.
c) Hierarquizar as situações dos mais difíceis as
mais fáceis para fazer enfrentamento ou
exposição. Ex: Cliente que não come fora da
cama e que não anda no seu próprio carro.
Como começar?
d) Persuadir o cliente da importância da exposição
e da prevenção de respostas. Lembre-se : É um
procedimento aversivo!
138
e) Levar o paciente a: Tolerar sensações e
emoções provenientes do enfrentamento. Ele
será levado a “ viver o que evita sentir”, “ fazer o
que não faz” , “pensar no que não gosta”;
f) Levar o paciente a correr os riscos potenciais
que evita ao emitir esquivas e rituais, com ajuda
do terapeuta e familiares. Questionar os riscos.
139
g) Levar o paciente a concluir, vivenciando, que o
sofrimento (ansiedade ou obsessão)
desaparecem lentamente, sem a emissão de
rituais.
Ex: Uma cliente que não dorme na sua própria
cama, foi levada a fazê-lo com a ajuda da mãe,
tendo ficado 3 horas seguidas com níveis altos
de ansiedade e com pensamentos obsessivos de
contaminação. Depois dormiu (na cama).
140
B) análise funcional:
144
Cabe ao analista do comportamento investigar
as possíveis variáveis que estão mantendo o
comportamento-problema e atuar na modificação
de contingências, buscando a diminuição do
sofrimento do cliente, tratando-se de quaisquer
comportamentos, inclusive os que tipicamente,
caracterizam o TOC;
Uma mulher que Uma criança que Uma mulher que Uma criança que
fecha e torna a checa inúmeras verifica e torna a verifica e torna a
fechar sua porta vezes se o verificar se a verificar se as
antes de ir para interruptor da luz CHECANDO porta de casa e luzes estão
o trabalho todo está desligado, QUESTIONANDO as janelas estão apagadas
dia por meia mesmo VERIFICANDO fechadas todas quando ela sai
hora. parecendo ser as noites antes do quarto,
óbvio que a luz de ir para a exatamente
está apagada. cama. como seus pais
lhe ensinaram a
fazer 146
O QUE É TOC O QUE NÃO É TOC
Adultos Crianças e Adultos Crianças e
adolescentes adolescentes
Um homem que Uma criança que Uma mulher que Uma criança cuja
guarda por 19 guarda fósforos dedica todo seu parede do quarto
anos jornais "por usados para se tempo livre e está coberta com
acaso" sem proteger contra dinheiro para flâmulas de
nenhum sistema um eventual COLECIONANDO
montar sua todos os seus
de arquivamento incêndio em sua ACUMULANDO coleção de arte. times de
ou busca. casa. esportes
favoritos.
147
O QUE É TOC O QUE NÃO É TOC
148
Referências
Bibliográficas
APA (1995). DSM-IV-TR – Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais. Trad. Dayse Batista. 4a ed. Porto Alegre:
Artes Médicas.
151