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Cognição Social

Uma premissa básica: o conhecimento sobre o mundo é um elemento

essencial a sobrevivência. A capacidade de lembrar as causas e e razão de um

determinado evento é um dos aspectos mais importantes da natureza humana e uma

premissa básica de estudo da cognição social.

A cognição social é uma orientação teórica em psicologia social que mais tem

crescido nas últimas décadas, possui relação próxima com a psicologia cognitiva. Mas,

assim como outras abordagens, carece de ser complementada com outras para

explicar muitos aspectos dos seres humanos.

Os estudos sobre a cognição dependem da aceitação de uma premissa básica:

o conhecimento sobre o mundo é um elemento essencial para a sobrevivência.

Esta capacidade de raciocinar sobre as causas e razões de um determinado

evento é um dos elementos mais importantes na caracterização da natureza humana e

uma das premissas básicas de estudo da cognição social (Moskowitz, 2005).


1 A psicologia cognitiva e a cognição social

A cognição social é uma das principais orientações teóricas da psicologia social. Trata-

se de uma abordagem que estabelece uma relação muito próxima com a psicologia

cognitiva.

Uma perspectiva intraindividual

Suas explicações, e muito do que tem a dizer a respeito dos comportamentos e das

ações humanas, representam uma visão parcial e deve ser complementada por outras

abordagens, para que se possa alcançar uma visão integrada do ser humano, seus

comportamentos e suas ações.

1.1. O estudo da mente humana

As atitudes, as crenças, os valores, a formação de impressões e muitos outros tópicos que se

referiam a constructos mentalistas gozaram de prestígio entre a maior parte dos psicólogos

sociais nas várias décadas de domínio da abordagem comportamental na psicologia.

1.2. Definições e conceitos básicos

A única diferença que poderia ser postulada entre estas duas disciplinas seria relativa

à natureza dos fenômenos estudados:

a. as pessoas exercem de forma intencional uma série de influências no ambiente em

que vivem;

b. a percepção da pessoa é mútua e ocorre uma negociação entre quem percebe e

quem é percebido, de forma que o eu se encontra diretamente envolvido na

cognição, sendo ao mesmo tempo sujeito e objeto;


c. os objetos da cognição não são estáticos e podem sofrer algum tipo de mudança

a partir do momento em que se percebem sendo avaliados e julgados, de forma que a

veracidade ou a precisão das cognições a respeito das outras pessoas é bem mais

difícil de ser estabelecida que no caso de objetos não-sociais;

d. toda e qualquer cognição social envolve alguma forma de explicação sobre o

evento ou as circunstâncias em que a pessoa está envolvida;

e. toda cognição social é compartilhada.

Estas diferenças entre os objetos de estudo da psicologia cognitiva e da psicologia

social cognitiva permitem definir os elementos centrais para a caracterização da

perspectiva da cognição social.

A aceitação da ideia de que os julgamentos, as lembranças e as avaliações sobre as

pessoas são moldados e guiados pelo conhecimento prévio, bem como pelas

representações formadas a respeito do mundo em que se vive.


1.3. Caracterização da psicologia cognitiva

Três dimensões: a da formulação dos problemas de pesquisa, a da

metodologia de investigação e a da teoria.

1.3.1. Questões fundamentais da pesquisa

Questão fundamental é esclarecer em que sentido a cognição de objetos

sociais difere da cognição dos objetos não sociais. Os objetos sociais não se

defrontam com as pessoas em um encontro social; as crenças e os julgamentos

podem ser modificáveis; é avaliativa nas suas implicações e; relaciona-se com a

retomada na corrente principal que é o papel do agente que não tem consciência

durante o processamento da informação.

O paradigma do processamento de informação

A questão da organização do conhecimento

Esquemas mentais

A questão do automatismo de controle

1.3.2. A dimensão metodológica

Tipo de informação e organização dos conteúdos

Influência da informação previamente armazenada no

processamento mental

Modificação dos conteúdos armazenados

1.3.3. A dimensão metodológica

1.3.4. A dimensão teórica: o avanço cognitivo e o taticamente motivado

O avaro cognitivo

O taticamente motivado
2 Categorização Social

2.1. As categorias sociais

2.2. Relações entre as categorias

2.3. Perspectivas teóricas

2.3.1. Teorias dos protótipos e dos exemplares

2.3.2. Teoria essencialista da categorização: os criminosos como exemplo

2.4. Consequências da categorização


3 O agente cognitivo

3.1. Os processos inferenciais

3.1.1 Julgamento social

3.1.2.Uso de heurísticas

Representatividade

Acessibilidade

Ancoragem e ajustamento

Regressão à média

Eu como ponto de Referência

Falso Consenso

3.2. O julgamento de probabilidade e o raciocínio bayesiano

3.3. A correlação ilusória


4 Conclusões

Impactos da perspectiva da cognição social no desenvolvimento da psicologia

social

1 – Essa breve revisão demonstrou como muitos dos principais temas de

investigação do comportamento social deixa claro que alguns dos

desenvolvimentos teóricos, conceituais e metodológicas mais marcantes da

psicologia social atual estão subordinados à perspectiva da cognição social;

2 – Esses esforços dizem respeito a uma “sobreposição” dos antigos estudos de

cunho behavioristas pelos estudos que percebiam em fatores internos e não

observáveis interferiam no funcionamento da mente humana;

3 – É uma perspectiva bem aceita entre psicólogos sociais, como exemplo a

Teoria das Representações Sociais ou, até mesmo, a proposta de Van Dijk, um

linguista que trabalha com esquemas mentais com base na cognição social;

5 – Em suma, psicólogos sociais trabalham de forma articulada com teorias

psicossociais;

6 – A retomada nos níveis de análise propostos por Doise (2002) como uma

teoria global que permite estudar fenômenos a partir de diferentes enfoques,

mas de forma integrada. Já que levam em consideração diferentes níveis de

análise
Doise (2002) – Níveis de Análise

1.

2.

3.

4.

Isso é importante porque evita que explicações restritivas sejam vistas enquanto

verdades absolutas e possam ser visualizadas de um aspecto mais amplo, como

todo fenômenos psicossocial merece ser compreendido.

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