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Análise de Investimentos

Unidade 01 – Introdução à Análise de Investimentos


Prof. Guilherme Monteiro de Menezes

INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

INTRODUÇÃO

O principal objetivo de uma empresa é a maximização da riqueza de seus proprietários a


longo prazo. Para se alcançar este objetivo, é necessária uma busca contínua do
desenvolvimento de novos produtos, construção de novas fábricas, substituição de
equipamentos obsoletos, modernização de processos produtivos etc, incorporando à
empresa o “investimento”.

“Investimento” é definido como o ato de aplicação de recursos que irão resultar em


benefícios futuros compensadores. Como a capacidade de recursos é insuficiente para
atender a todas as oportunidades, a administração da empresa vê-se obrigada a agir no
sentido de decidir racionalmente quanto a alocação destes recursos.

As tomadas de decisões a partir de juízos de valor, experiência anterior, intuição, têm


colocado em risco o elevado aporte de capital exigido. Os métodos quantitativos de análise
surgiram no sentido de enfocar objetivamente estas decisões.

A EMPRESA

A empresa sob o ponto de vista econômico-financeiro pode ser visualizada em seus


aspectos internos através de seu balanço. Nele, é possível demonstrar de onde provêm os
recursos financeiros e onde eles foram aplicados. O diagrama abaixo mostra de forma
sintética o funcionamento de uma empresa.

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Aplicação dos Ativo Passivo Origem dos


Recursos Circulante Circulante Recursos

Investimento Exigível a Capital de Terceiros


Longo Prazo
Juros
Ativo Fixo
Permanente
Lucro Patrimônio Capital Próprio
Operacional Líquido
Dividendos

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No PASSIVO estão registradas as fontes ou origem dos recursos captados pela empresa.
Estes recursos que provêm de diversas fontes são de dois tipos:

 Financiamento e Empréstimos ou Capital de Terceiros

Curto Prazo – registrado no Passivo Circulante


Longo Prazo – registrado no Exigível a Longo Prazo

 Capital Próprio – Patrimônio Líquido, que corresponde aos recursos aplicados pelos
acionistas através da aquisição no mercado primário. O Capital Próprio da empresa
é constituído do Capital Social (Ações Ordinárias e Preferenciais), Lucro Retido e
Reservas.

No ATIVO é registrada a aplicação dos recursos:

 Ativos de Curto Prazo  Ativo Circulante


Caixas e Bancos
Contas a Receber
Estoques etc.

 Ativos de Longo Prazo  Ativo Fixo ou Permanente


Instalações
Equipamentos
Prédios
Veículos
Terrenos etc.

Pode-se então concluir que o capital é constituído de uma composição de diversas origens,
e representa a Estrutura de Capital da empresa. Os agentes aplicadores de capital desejam
receber, em contrapartida, uma remuneração pelo capital investido. Os financiamentos e
empréstimos são remunerados pelo pagamento de Juros; os acionistas pelo pagamento de
Dividendos.

Do outro lado, o Ativo é a máquina impulsora que produz e gera recursos excedentes aos
custos resultando no Lucro Operacional. Este lucro deve ser suficiente para pagar o custo
dos recursos aplicados. Assim, o objetivo básico da empresa é o de sempre procurar uma
situação em que os Ativos consigam gerar excedentes superiores às demandas do Passivo,
ou seja, que obedeçam às condições seguintes:

RENTABILIDADE DOS ATIVOS > CUSTO DE CAPITAL DA EMPRESA

LUCRO > JUROS + DIVIDENDOS

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Quando a empresa está com a rentabilidade de seus ativos maior que o seu Custo de
Capital, ela passa a gerar excedentes – são as “Reservas”, que são alocadas no Patrimônio
Líquido e que, em última análise, pertencem aos acionistas.

CUSTO DE CAPITAL

Custo de Capital é, de uma forma estática, a ponderação do custo dos recursos aplicados, ou
seja, é o custo do passivo da empresa. Como exemplo, se o passivo de uma empresa é
composto de empréstimos e financiamento que custam 16% aa e os acionistas são
remunerados a 12% aa sobre o Capital que aqui pode ser considerado igual ao Patrimônio
Líquido, temos:

Exigível 8.000.000 a 16% aa


Patrimônio Líquido 4.000.000 a 12% aa

Ponderação: 8.000.000 x 0,16 + 4.000.000 x 0,12 = 14,67


8.000.000 + 4.000.000

Custo de Capital da empresa = 14,67% aa.

CUSTO DE OPORTUNIDADE

O Custo de Oportunidade corresponde a rentabilidade que a empresa estaria conseguindo


obter por seus recursos se estes não tivessem sido deslocados para uma aplicação
alternativa.

Exemplo: Uma empresa resgata parte de seus recursos aplicados em CDB’s com
rendimento de 10% aa para investir na aquisição de uma nova máquina para sua unidade
industrial. Será necessário, então, que a empresa compare a rentabilidade dos CDB’s
resgatados com os ganhos oferecidos pela nova máquina.

A empresa tomará uma decisão correta se os ganhos oferecidos pelo investimento proposto
forem maiores que o Custo de Oportunidade dos recursos alocados ao investimento, que
neste caso são de 10% aa.

TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE

Uma empresa só deverá aplicar seus recursos se a rentabilidade oferecida por esta aplicação
for superior a uma taxa determinada. Esta taxa que chamamos de Taxa Mínima de
Atratividade tem como base o Custo de Capital e o Custo de Oportunidade da empresa.
Quando uma empresa decide investir, ela irá buscar recursos em três fontes:

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Capital de Terceiros – através de empréstimos e financiamentos captados em


bancos, instituições financeiras ou no mercado de capitais, através da emissão de
títulos de curto prazo (ex: Commercial Paper) ou de longo prazo (ex: Debêntures).

Capital Próprio – através de aumento de capital pela emissão de novas ações a


serem subscritas pelos acionistas.

Recursos Disponíveis internamente na empresa – que estão aplicados no mercado


de capitais aguardando oportunidade de investimento.

As duas primeiras fontes compõem o Custo de Capital e a terceira corresponde ao Custo de


Oportunidade da empresa. Esquematicamente temos:

Capital de Terceiros Recursos Disponíveis


Capital Próprio Internamente

 
CUSTO DE CUSTO DE
CAPITAL OPORTUNIDADE

 
TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE

Exemplo: Uma empresa está planejando investir US$ 100,0 MM em um novo projeto de
exploração mineral. Os recursos necessários terão como fonte:

Financiamentos Nacionais: US$ 20,0 MM a 12% aa


Financiamentos Estrangeiros: US$ 30,0 MM a 8% aa
Emissão de Debêntures: US$ 10,0 MM a 14% aa
Emissão de Ações: US$ 15,0 MM a 10% aa (expectativa mínima dos acionistas)
Recursos Disponíveis na empresa US$ 25,0 MM a 15% aa (aplicados no Mercado Financeiro)

 Custo do Capital de Terceiros:

(20,0 x 0,12) + (30,0 x 0,08) + (10,0 x 0,14) = 10,33%


20,0 + 30,0 + 10,0

 Custo do Capital Próprio: 10% aa

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 Custo de Oportunidade: 15% aa

 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE:

(60,0 x 0,1033) + (15,0 x 0,10) + (25,0 x 0,15) = 11,45% aa


60,0 + 15,0 + 25,0

Conclusão: O projeto somente será atrativo se sua Rentabilidade for maior que 11,45% aa.

CUSTO DE CAPITAL (EMPRESA) x CUSTO DE CAPITAL (INVESTIMENTO)

Vamos considerar uma empresa que tem um Custo de Capital de 14,67% aa e esteja
querendo investir em um projeto que possui uma rentabilidade de 12,50% aa. O projeto
pretendido pela empresa exige investimentos da ordem de R$ 60.000,00 cujos recursos
serão provenientes das seguintes fontes:

Financiamentos: R$ 40.000,00 a 10% aa


Recursos Próprios: R$ 20.000,00 a 12% aa

Ponderação: 40.000,00 x 0,10 + 20.000,00 x 0,12 = 10,67% aa


40.000,00 + 20.000,00

Custos dos Recursos para o investimento: 10,67% aa.

Pergunta: Deve a empresa realizar o investimento? Se o custo de Capital da Empresa for


considerado como a Taxa Mínima de Atratividade, o Investimento é inviável
economicamente, ou seja, a empresa não deverá realizar o investimento, pois:

Rentabilidade do Investimento < Custo de Capital da Empresa (TMA)

12,50% aa < 14,67% aa

Entretanto, se a Taxa Mínima de Atratividade considerada for o Custo Ponderado dos


Recursos Alocados ao Investimento, o investimento passa a ser viável economicamente:

Rentabilidade do Investimento > Custo dos Recursos do Investimento (TMA)

12,50% aa > 10,67% aa

Cabe a cada empresa decidir que critério utilizar na tomada de decisão, ou seja, que taxa a
empresa deve adotar com Taxa Mínima de Atratividade.

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MOTIVOS PARA O DISPÊNDIO DE CAPITAL – INVESTIMENTO

Aquisição de Ativos: geralmente para ampliação da capacidade de produção ou


diversificação da linha de produtos

Substituição de Ativos / Modernização: que poderá incluir a reconstrução, o reparo ou a


inclusão de uma nova máquina, ou ainda, instalações novas. O conceito de modernização
de equipamentos e instalações também é chamado de Revamping.

Outras finalidades: que embora resultem em dispêndios de capital, não resultam em


aquisição ou transformação de ativos tangíveis. Estes dispêndios incluem propaganda,
pesquisa e desenvolvimento, serviços de consultoria, aquisição de softwares,
desenvolvimento de novos produtos etc. Todos estes dispêndios visam, de uma forma ou de
outra, benefícios futuros para a empresa.

INFLAÇÃO

Nos estudos de Análise de Investimento, normalmente não se trabalha com inflação e se


utiliza uma moeda de poder aquisitivo constante.

O impacto inflacionário, se previsto, deve ser aplicado a estes valores referidos a moeda
constante. Assim, efeitos tais como defasagem de preços, variações de custos, oscilações
cambiais, ganhos financeiros provocados pela inflação e outros efeitos, caso sejam
previstos, ficam refletidos no estudo.

TIPOS DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO

 Alternativa Mutuamente Excludente: são aquelas que possuem a mesma função, ou


seja, são concorrentes entre si. A aceitação de uma alternativa exclui a possibilidade
de aceitação das outras.

Exemplo: Uma empresa deseja comprar um computador, para informatizar o processo de


desenvolvimento de novos produtos. Existem três propostas de três fabricantes
concorrentes. A empresa, após análise criteriosa, irá escolher um dos fabricantes para
fornecer o equipamento.

 Alternativas Independentes: são aquelas que se distinguem entre si de tal modo que
a aceitação de uma delas não elimina a aceitação das outras.

Exemplo: Uma empresa está cogitando em investir US$ 1 MM e se depara com três
alternativas de investimento:

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- Investir na compra de novos equipamentos
- Fazer propaganda institucional da empresa
- Construir um novo refeitório para os empregados

A escolha de uma das alternativas não impede a empresa de implementar também as outras
alternativas.

RACIONAMENTO DE CAPITAL

Se uma empresa possui recursos ilimitados para investimento, é bastante simples tomar
decisões. Todas as alternativas que forneçam retornos maiores do que um nível
predeterminado (TMA) podem ser aceitas. Entretanto, as empresas só dispõem de uma
quantia preestabelecida para investimento. Inúmeros projetos poderão disputar essa quantia
limitada. A essa disputa pelos recursos escassos chamamos de Racionamento de capital.

Exemplo: Suponhamos que uma empresa disponha de R$ 80.000,00 para investir no ano
corrente e que existam cinco alternativas disputando esta verba. No quadro abaixo estão as
alternativas, o volume de investimento necessário e um indicador de rentabilidade – a TIR
Taxa Interna de Retorno (que será estudada mais adiante).

ALTERNATIVAS INVESTIMENTO R$ TIR % AA


A 20.000,00 38%
B 40.000,00 35%
C 50.000,00 30%
D 10.000,00 26%
E 30.000,00 25%
150.000,00

A Taxa Mínima de Atratividade da empresa é de 20% AA (que neste exemplo é a taxa que
a empresa obtém no Mercado Financeiro). A solução desta questão de Racionamento de
Capital será determinar o conjunto de alternativas que resultem na maximização da Taxa
Interna de Retorno do Investimento de R$ 80.000,00.

No exemplo proposto, existem várias possibilidades de utilização da verba de R$ 80.000,00

1) Rentabilidade Média: 32,75% aa

ALTERNATIVAS INVESTIMENTO R$ TIR % AA


A 20.000,00 38%
B 40.000,00 35%
D 10.000,00 26%
Merc. Fin. 10.000,00 20%
80.000,00

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2) Rentabilidade Média: 31,50% aa

ALTERNATIVAS INVESTIMENTO R$ TIR % AA


A 20.000,00 38%
C 50.000,00 30%
D 10.000,00 26%
80.000,00

3) Rentabilidade Média: 30,125% aa

ALTERNATIVAS INVESTIMENTO R$ TIR % AA


A 20.000,00 38%
D 10.000,00 26%
E 30.000,00 25%
80.000,00

Outros conjuntos de alternativas poderão ser formados, mas provavelmente nenhum deles
terá uma Rentabilidade Média maior que 32,75% aa.

TIPOS DE DECISÃO SOBRE INVESTIMENTOS

Existem dois tipos de decisão sobre investimentos, a saber:

Aceitar / Rejeitar: exige simplesmente a aplicação de critérios de avaliação e a compara


cão do retorno calculado com um padrão mínimo aceitável pela empresa – como por
exemplo a TMA. Uma decisão Aceitar / Rejeitar é também utilizada na avaliação de
projetos mutuamente exclusivos.

Classificação: as alternativas são avaliadas segundo um critério predeterminado, como por


exemplo, a TIR - Taxa Interna de Retorno. A alternativa com TIR mais alta será
classificada em primeiro lugar e assim sucessivamente. Apenas as alternativas aceitáveis
devem ser classificadas. Esta classificação é útil para avaliar as alternativas dentro de um
esquema de Racionamento de Capital.

DESENVOLVIMENTO DE DADOS PARA ANÁLISE DE INVESTIMENTO

Para se avaliar alternativas de investimento é necessário determinar as saídas e entradas de


caixa após a dedução do Imposto de Renda. Usa-se para isso Fluxos de Caixa ao invés de
valores contábeis, já que esses fluxos é que afetam a capacidade da empresa em liquidar
seus compromissos ou comprar ativos. Os valores contábeis que aparecem no
Demonstrativo de Resultado não implicam necessariamente em desembolso efetivo na

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época em que eles são registrados. Existem também outros registros contábeis que não
envolvem qualquer pagamento, tais como as depreciações, provisões, exaustões etc.

COMPONENTES PRINCIPAIS DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO

Para o desenvolvimento de uma Análise Econômica e Financeira de um Projeto é


necessário levantar as seguintes informações:

Informações sobre o Investimento:


 Orçamento de Investimento
 Investimento Líquido / Substituição de Equipamentos
 Cronograma de Desembolso do investimento
 Valor Residual / Vida Útil
Informações sobre o capital de Giro
Informações sobre as Receitas ou Benefícios gerados pelo Projeto
Informações sobre os Custos Operacionais
Informações sobre o regime Fiscal incidente sobre o Projeto para que possam ser
calculados:
 Depreciação e Exaustão
 Tributos incidentes sobre as receitas e o Resultado do Projeto.

ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO

A atividade de execução de um orçamento de Investimento envolve equipes


interdisciplinares de engenheiros, economistas e administradores. Este pessoal pesquisa,
delineia, especifica e orça o projeto de investimento a partir de fontes disponíveis de dados.

COMPONENTES DE UM ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO

O Orçamento de Investimento compõe-se de:

Custo Básico: corresponde principalmente ao valor de aquisição do equipamento,


instalações etc.

Custos de Instalação: são os custos necessários para fazer com que o bem adquirido ou o
serviço contratado funcione. Exemplo: gastos com transporte, montagem, gastos com
parada de produção, assistência técnica etc.

Despesas Pré-Operacionais; referem-se às despesas com testes e start-up. Engloba


matérias-primas para testes, energia, treinamento de pessoal etc. Este item de investimento

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é relevante nos casos de implantação de grandes instalações ou nos projetos com tecnologia
mais sofisticada.

TIPOS DE ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO

Dependendo de sua finalidade, um Orçamento de Investimento pode ser enquadrado em um


dos seguintes tipos:

Orçamento Preliminar: é o orçamento feito na fase inicial de estudo de um projeto, como


base para verificação de sua potencialidade. São obtidos pela correlação com projetos
similares já realizados. Sua margem de erro varia na faixa de 25% – 40%.

Orçamento para Estudo de Viabilidade: Engloba os casos em que as informações


disponíveis permitem desenvolver orçamentos com precisão aceitável para execução de
estudos de viabilidade. Os dados gerais do projeto são definidos tais como: capacidade da
instalação, layout preliminar, especificação dos equipamentos principais etc. Sua margem
de erro varia na faixa de 15% – 25%.

Orçamento Detalhado: é o orçamento feito após o desdobramento do projeto em


subunidades, e o conseqüente desenvolvimento do projeto detalhado de cada unidade. Esse
orçamento serve de base para realizar, quando da implementação do projeto, o seu
acompanhamento e controle. Sua margem de erro não deve ser superior a 5% – 10%.

SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS / INVESTIMENTO LÍQUIDO

Investimentos em substituição de equipamento incorporam fatos adicionais ao Orçamento


de Investimento. Estes fatos envolvem remoção do equipamento existente e a sua venda
pelo valor de mercado. Neste caso, o Orçamento de Investimento deve deduzir do valor
desembolsado com o equipamento novo a quantia líquida que for apurada com a venda do
equipamento que está sendo substituído, acrescido do feito da tributação incidente sobre a
venda, caso ocorra.

Quando a venda deste equipamento é realizada por uma quantia diferente do valor contábil
(*) constante nos livros, é necessário calcular o Imposto de Renda sobre a diferença. Esta
diferença é chamada de Lucro ou Prejuízo não-operacional.

(*) O valor contábil de um bem é o custo original corrigido monetariamente (não aplicável,
quando se trabalha com moeda constante), subtraído da sua depreciação acumulada.

Lucro (ou Prejuízo) operacional é entendido pela Legislação Tributária Brasileira como a
diferença entre o preço de venda de um bem e o seu valor contábil. Assim temos:

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Exemplo de Venda com apuração de Lucro não-operacional

O equipamento antigo com valor contábil de R$ 1.200,00 é vendido por R$ 2.000,00.


Haverá então, um lucro não operacional de R$ 800,00 sobre o qual deverá incidir o Imposto
de Renda. Considerando o IR com uma alíquota de 40% temos:

800,00 x 0,40 = 320,00

Exemplo de venda com apuração de Prejuízo não-operacional

O mesmo equipamento é vendido por R$ 1.000,00. Haverá um prejuízo não operacional de


R$ 200,00. Este prejuízo deverá gerar um crédito de IR que reduzirá o valor do
investimento líquido em:

200,00 x 0,40 = 80,00

Se o equipamento novo custa R$ 5.000,00 o investimento líquido será:

 Com a venda do equipamento antigo por R$ 2.000,00

Inv. Líq. = 5.000,00 – 2.000,00 + 320,00 = 3.320,00

 Com a venda do equipamento antigo por R$ 1.000,00

Inv. Líq. = 5.000,00 – 1.000,00 – 80,00 = 3.920,00

Resumo

Equipamento Novo – Valor de Aquisição: R$ 5.000,00


Equipamento antigo – Valor Contábil: R$ 1.200,00

Hipóteses Preço de Venda Lucro / Prejuízo IR (40%) Inv. Líquido


Com Lucro R$ 2.000,00 R$ 800,00 R$ 320,00 R$ 3.320,00
Sem Lucro R$ 1.200,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 3.800,00
Com Prejuízo R$ 1.000,00 (R$ 200,00) (R$ 80,00) R$ 3.920,00

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CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO DO INVESTIMENTO

Desenvolvido o orçamento de investimento, é feito o seu cronograma de desembolso que


corresponde a uma distribuição escalonada dos valores de custo do investimento nos
respectivos períodos de realização. A distribuição é feita com base em uma programação,
que pode ser representada por um diagrama de barras ou uma rede PERT.

Para elaboração do Cronograma de Desembolso é necessário ainda definir a periodicidade


(mensal, trimestral, anual etc) e as condições especiais de pagamento vinculadas a algum
equipamento específico.

Caso a empresa não conheça com precisão as datas dos desembolsos, mas conheça o
cronograma físico da implantação do projeto, é possível estabelecer uma curva teórica de
desembolso que corresponde em média ao que ocorre na prática. Esta curva teórica tem o
perfil de uma parábola invertida cuja área totaliza 100% do desembolso da obra. O quadro
seguinte exibe um trecho da tabela:

Tabela em Percentual (%)


Períodos 1 2 3 4 5 6 Total
1 100,00 - - - - - 100,00
2 50,00 50,00 - - - - 100,00
3 30,00 40,00 30,00 - - - 100,00
4 20,00 30,00 30,00 20,00 - - 100,00
5 14,29 22,86 25,70 22,86 14,29 - 100,00
6 10,71 17,86 21,43 21,43 17,86 10,71 100,00

Estas tabelas, que representam curvas normais aproximadas, podem ter diversos perfis.
Cabe a cada empresa estabelecer o perfil ideal em função do tipo de projeto, equipamentos
envolvidos etc. (Veja ANEXO I ao final da apostila)

Exemplo: Um investimento de R$ 100.000,00 é composto de três atividades principais:

Atividade Custo
A – Terraplanagem R$ 20.000,00
B – Construção do Prédio R$ 30.000,00
C – Instalação dos Equipamentos R$ 50.000,00

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Cronograma Físico da Construção:

QUADRIMESTRES
Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9
A – Terraplanagem xxx xxx xxx xxx xxx
B – Construção do Prédio xxx xxx xxx xxx
C – Inst. Equipamentos xxx xxx xxx

Aplicando os percentuais sobre os valores de cada atividade temos:

QUADRIMESTRES
Atividade Custo 1 2 3 4 5 6 7 8 9
A 20,0 2,8 4,6 5,2 4,6 2,8
B 30,0 6,0 9,0 9,0 6,0
C 50,0 15,0 20,0 15,0
Total 100,00 2,8 4,6 5,2 4,6 8,8 9,0 24,0 26,0 15,0
2014 2015 2016

Se a periodicidade do Fluxo de Caixa for anual teremos o seguinte cronograma:

Ano Desembolso (R$ M)


2014 12,6
2015 22,4
2016 65,0
Total 100,0

CAPITAL DE GIRO

Para o propósito de elaboração e avaliação de investimentos conceitua-se Capital de Giro


como a soma total dos recursos que a empresa necessita investir, em bases permanentes, na
manutenção de estoques e de uma carteira de títulos a fim de que possa funcionar
normalmente sem crises e interrupções. O Capital de Giro está representado pelos seguintes
itens:

 Estoque de matérias-primas, produtos semi-acabados e produtos acabados;


 Crédito a clientes sob a forma de títulos a receber, adiantamento a fornecedores etc;
 Recursos líquidos ou reserva de caixa e depósitos em bancos para pagamentos de
despesas mensais.

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Estes recursos adicionais são necessários no início do empreendimento e crescem ou


diminuem conforme o volume das operações. Sob o ponto de vista financeiro, o Capital de
Giro tem a mesma natureza do Capital Fixo, uma vez que cria uma necessidade financeira
de longo prazo. Normalmente a estimativa do CG acompanha o orçamento dos custos do
investimento. É importante notar que no final da vida útil do empreendimento, todo o
Capital de Giro é recuperado retornando ao Caixa da empresa.

Para se estimar o volume de Capital de Giro é necessário estabelecer principalmente:

 Política de vendas (à vista, a prazo etc)


 Volume de estoques;
 Necessidades mínimas de caixa.

RECEITAS

As receitas do empreendimento são as entradas de caixa resultantes das vendas dos


produtos ou serviços geradas pelo investimento. A Receita deve ser líquida, ou seja, após o
pagamento dos impostos incidentes sobre as vendas, principalmente o IPI, ICMS, ISS, PIS /
Cofins e outros.

Convém salientar que para a Análise de Investimento o importante é o recebimento ou a


entrada efetiva dos recursos no caixa da empresa. Assim, se o empreendimento prevê
vendas a prazo, deve-se converter este faturamento em valores monetários na data do
efetivo recebimento desta fatura.

ECONOMIA GERADA PELO INVESTIMENTO

Alternativas que têm somente custo e que não geram receita são analisadas de forma
comparativa. A análise é feita sob a seguinte perspectiva: o que acontecerá com os custos se
a empresa adotar a alternativa em estudo? Se esta alternativa for mais eficiente e tiver
melhor rendimento do que a situação atual, ela irá ter custos menores e, portanto, irá gerar
uma “Economia”. Esta “Economia” pode ser considerada como uma receita já deduzida dos
custos operacionais.

CUSTOS OPERACIONAIS

Os Custos Operacionais (empreendimento) são as saídas de caixa resultantes do processo


de produção tais como pagamento de mão-de-obra, gastos com aquisição de matérias-
primas, combustível etc. Estes custos podem ser classificados em dois tipos:

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Custos Fixos: são custos que não dependem do volume de produção ou de vendas, são
geralmente função do tempo e possuem características contratuais. Como exemplo típico
temos os aluguéis.

Custos Variáveis: estes custos variam diretamente com o volume de produção ou de


vendas. Como exemplo, temos as matérias-primas, a mão-de-obra direta, as comissões
sobre vendas etc.

DEPRECIAÇÃO – VIDA ÚTIL – TAXA DE DEPRECIAÇÃO

Os elementos que integram o ativo imobilizado (com exceção de terrenos e alguns outros
itens), têm um período limitado de vida útil. Desta forma, o custo de tais ativos deve ser
alocado aos exercícios beneficiados pelo uso no decorrer de sua vida útil.

A diminuição de valores dos elementos do ativo imobilizado será registrada periodicamente


nas contas de:

Depreciação: quando corresponder a perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência.

Exaustão: quando corresponder a perda do valor, decorrente de sua exploração, de direitos


cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nesta exploração.

Embora existam várias fórmulas conhecidas de cálculo, a Legislação Brasileira permite que
a depreciação seja calculada utilizando somente o Método Linear. Fórmula para cálculo:

Depreciação = Invest. Inicial – Valor Residual


Vida Útil

Valor Residual

O Valor Residual refere-se ao que poderá ser apurado com a venda do Investimento Inicial
após o término de sua vida útil.

Vida Útil

Uma dificuldade associada ao cálculo da depreciação é a determinação do período de vida


útil do ativo imobilizado. A vida útil é afetada por fatores funcionais como a inadequação e
o obsoletismo, resultantes do surgimento de substitutos mais aperfeiçoados. No Brasil, a
depreciação dos bens do ativo imobilizado é facultativa. A Secretaria da Receita Federal
determina taxas máximas e períodos de depreciação, embora não proíba o contribuinte de
apropriar cotas inferiores às fixadas e nem proíba de deixar de depreciar.

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Na prática, prevalecem as taxas anuais de depreciação consagradas pela jurisprudência


administrativa, dentre as quais se destacam:

Tipos de Ativo Alíquota anual Vida Útil


Prédio e Construções 4% 25 anos
Móveis e Utensílios 10% 10 anos
Máquinas e Equipamentos 10% 10 anos
Veículos / Ferramentas 20% 5 anos
Ônibus 25% 4 anos

Para alguns tipos de bens a lei permite coeficientes de depreciação acelerados. Tomando o
coeficiente 1,0 como base para um turno de 8 horas temos:

2 turnos de 8 horas  1,5


3 turnos de 8 horas  2,0

Estes coeficientes devem ser multiplicados pelas alíquotas de depreciação. Em caso de


dúvida, a empresa deve solicitar uma perícia ao Instituto Nacional de Tecnologia ou outra
entidade regional de tecnologia. Não se deve confundir a aceleração da depreciação por
uso, para o qual não há necessidade de autorização especial e a aceleração por estímulo
fiscal cuja autorização depende de aprovação prévia. Este incentivo fiscal pode resultar na
elevação da alíquota de depreciação em até três vezes.

TRIBUTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA – IMPOSTO DE RENDA /


CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Para fins de cálculo do imposto devido a legislação brasileira não distingue entre lucro
operacional e ganhos de capital (lucro não operacional); da mesma forma, não faz distinção
entre o prejuízo operacional e a perda de capital (prejuízo não operacional) para fins de
compensação de exercícios futuros.. Abaixo estão relacionados os vário tributos que
incidem sobre o Resultado do Exercício.:

Contribuição Social sobre o Lucro (CSSL):

Base de cálculo = Resultado do Exercício


Contribuição Social = 9% sobre a Base de Cálculo

Imposto de Renda (IR):

Base de cálculo = Resultado do Exercício


Imposto de Renda = 15% sobre Base de Cálculo
Adicional de 10% sobre a parcela da Base de Cálculo que exceder a R$ 240.000,00

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O Anexo II apresenta um estudo mais detalhado sobre os percentuais de impostos que


incidem sobre o Resultado do Exercício.

COMPENSAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

A Legislação brasileira, a partir de 1995, permite que o prejuízo apurado de um exercício


fiscal seja compensado por prazo indeterminado. Existe, entretanto, a limitação de se poder
compensar somente 30% do lucro do exercício, de cada vez, até que seja completado o total
do Prejuízo a Compensar.

Na prática, cabe a cada empresa decidir se deve ou não compensar o prejuízo de um


exercício nos exercícios futuros nos estudos de avaliação de Projetos de Investimentos.
Caso a empresa não faça a compensação, ela estará subestimando os Índices de Avaliação
do Projeto. O exemplo comparativo será apresentado após o tópico “Estrutura do Fluxo de
Caixa Operacional”.

DESEMBOLSO DO IMPOSTO DE RENDA / CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

O desembolso dos tributos incidentes sobre o Resultado do Exercício deve estar


adequadamente representado no Fluxo de Caixa. A legislação tributária estabelece que a
partir de 1993 / 19994 as empresas deverão pagar os tributos sobre o resultado no próprio
exercício. Até então, os tributos eram desembolsados no exercício seguinte, em quotas ou
em pagamento único.

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO DA UNIDADE 01


EXERCÍCIOS SOBRE FLUXOS DE CAIXA

1 – Uma empresa comprou um ativo há 5 anos por R$ 200.000 e vem depreciando-o pelo
Método Linear por 10 anos. Entretanto, a empresa está estudando a hipótese de substituí-lo
por uma máquina nova mais sofisticada. O preço de compra de uma nova máquina é de R$
500.000 mais R$ 100.000 adicionais para sua instalação. Ela será também depreciada
linearmente durante 5 anos, com valor residual nulo. Sabe-se ainda que a máquina usada
pode ser vendida por R$ 100.000 e que a empresa paga 30% sobre o lucro apurado como
Imposto de Renda. Deseja-se saber:

a) Qual o Investimento Líquido que a empresa deverá fazer.

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b) Considerar também a hipótese da máquina usada ser vendida por R$ 120.000

c) Idem por R$ 80.000.

Respostas: (a) R$ 500.000; (b) R$ 486.000; (c) R$ 514.000.

2 – A Padaria “Pão Quente” está pensando em substituir um de seus fornos por um novo e
mais sofisticado, que irá aumentar seu lucro. O novo forno custará R$ 54.000 e terá R$
4.000 de custos de instalação. A empresa deseja depreciar o novo forno, para o qual não se
espera nenhum valor residual, pelo Método Linear, durante 8 anos. O forno antigo que foi
comprado há dois anos por R$ 36.000 e que estava sendo depreciado também pelo Método
linear durante uma vida de 10 anos, poderá ser vendido por R$ 40.000. A alíquota de
Imposto de Renda é de 45%. Pede-se:

a) Determinar o Investimento Líquido referente ao novo forno proposto.

b) Determinar o Investimento Líquido se o forno antigo foi vendido pelo seu valor contábil.

c) Idem por R$ 12.000.

Respostas: (a) R$ 23.040; (b) R$ 29.200; R$ 38.440

3 – Estabelecer o Cronograma “Trimestral de Desembolso” para o Projeto de Instalação de


uma unidade industrial orçada em US$ 250.000,00. O Cronograma e os respectivos custos
das atividades estão descritos a seguir:

Cronograma de Construção:

TRIMESTRES
Ativ Custo (US$) 1 2 3 4 5 6 7 8 9
A 80.000,00 XX XX XX XX XX
B 30.000,00 XX XX XX XX XX XX
C 20.000,00 XX XX XX
D 70.000,00 XX XX XX
E 50.000,00 XX XX XX

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Respostas:

TRIM DESEMBOLSO (US$) %


1 11.430,00 4,57
2 21.500,00 8,60
3 25.920,00 10,37
4 30.720,00 12,29
5 25.860,00 10,34
6 32.360,00 12,94
7 46.210,00 18,48
8 41.000,00 16,40
9 15.000,00 6,00
TOTAL 250.000,00 100,00

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ANEXO I – CRONOGRAMA DE DESEMBOLSOS UNITÁRIOS


– CURVA NORMAL –

12 Períodos

Per 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
1 100,00 - - - - - - - - - - - 100,00
2 50,00 50,00 - - - - - - - - - - 100,00
3 30,00 40,00 30,00 - - - - - - - - - 100,00
4 20,00 30,00 30,00 20,00 - - - - - - - - 100,00
5 14,29 22,86 25,70 22,86 14,29 - - - - - - - 100,00
6 10,71 17,86 21,43 21,43 17,86 10,71 - - - - - - 100,00
7 8,33 14,29 17,86 19,04 17,86 14,29 8,33 - - - - - 100,00
8 6,67 11,67 15,00 16,66 16,66 15,00 11,67 6,67 - - - - 100,00
9 5,45 9,70 12,73 14,55 15,14 14,55 12,73 9,70 5,45 - - - 100,00
10 4,55 8,18 10,91 12,73 13,63 13,63 12,73 10,91 8,18 4,55 - - 100,00
11 3,85 6,99 9,44 11,19 12,24 12,58 12,24 11,19 9,44 6,99 3,85 - 100,00
12 3,30 6,04 8,24 9,89 10,99 11,54 11,54 10,99 9,89 8,24 6,04 3,30 100,00
OBS: valores em percentual (%)

ANEXO II – ALÍQUOTA DO IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL


EM FUNÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO A PARTIR DE 1999

Resultado Exercício Imposto de Renda +


Valores em R$ Contribuição Social
Até 100.000 24,00%
300.000 26,00%
500.000 29,20%
1.000.000 31,60%
10.000.000 33,76%
100.000.000 33,98%
Acima de 500.000.000 34,00%

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BIBLIOGRAFIA

CAMPOS, Breno de. Finanças I e Análise de Investimentos. Belo Horizonte: Apostila


FDC, 2003, 101 pg.

MENEZES, Guilherme Monteiro de, SANTOS, Raquel Maria Gherard dos, ANTÔNIO,
Vânia Barroso de. Matemática Financeira para cursos em EAD. Belo Horizonte: Apostila
PUC Minas, 2014, 212 pg.

SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira – Aplicações à Análise de


Investimentos. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1999.

VIEIRA SOBRINHO, José Dutra. Matemática Financeira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2000

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