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INTRODUÇÃO
A EMPRESA
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
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Análise de Investimentos
Unidade 01 – Introdução à Análise de Investimentos
Prof. Guilherme Monteiro de Menezes
No PASSIVO estão registradas as fontes ou origem dos recursos captados pela empresa.
Estes recursos que provêm de diversas fontes são de dois tipos:
Capital Próprio – Patrimônio Líquido, que corresponde aos recursos aplicados pelos
acionistas através da aquisição no mercado primário. O Capital Próprio da empresa
é constituído do Capital Social (Ações Ordinárias e Preferenciais), Lucro Retido e
Reservas.
Pode-se então concluir que o capital é constituído de uma composição de diversas origens,
e representa a Estrutura de Capital da empresa. Os agentes aplicadores de capital desejam
receber, em contrapartida, uma remuneração pelo capital investido. Os financiamentos e
empréstimos são remunerados pelo pagamento de Juros; os acionistas pelo pagamento de
Dividendos.
Do outro lado, o Ativo é a máquina impulsora que produz e gera recursos excedentes aos
custos resultando no Lucro Operacional. Este lucro deve ser suficiente para pagar o custo
dos recursos aplicados. Assim, o objetivo básico da empresa é o de sempre procurar uma
situação em que os Ativos consigam gerar excedentes superiores às demandas do Passivo,
ou seja, que obedeçam às condições seguintes:
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Quando a empresa está com a rentabilidade de seus ativos maior que o seu Custo de
Capital, ela passa a gerar excedentes – são as “Reservas”, que são alocadas no Patrimônio
Líquido e que, em última análise, pertencem aos acionistas.
CUSTO DE CAPITAL
Custo de Capital é, de uma forma estática, a ponderação do custo dos recursos aplicados, ou
seja, é o custo do passivo da empresa. Como exemplo, se o passivo de uma empresa é
composto de empréstimos e financiamento que custam 16% aa e os acionistas são
remunerados a 12% aa sobre o Capital que aqui pode ser considerado igual ao Patrimônio
Líquido, temos:
CUSTO DE OPORTUNIDADE
Exemplo: Uma empresa resgata parte de seus recursos aplicados em CDB’s com
rendimento de 10% aa para investir na aquisição de uma nova máquina para sua unidade
industrial. Será necessário, então, que a empresa compare a rentabilidade dos CDB’s
resgatados com os ganhos oferecidos pela nova máquina.
A empresa tomará uma decisão correta se os ganhos oferecidos pelo investimento proposto
forem maiores que o Custo de Oportunidade dos recursos alocados ao investimento, que
neste caso são de 10% aa.
Uma empresa só deverá aplicar seus recursos se a rentabilidade oferecida por esta aplicação
for superior a uma taxa determinada. Esta taxa que chamamos de Taxa Mínima de
Atratividade tem como base o Custo de Capital e o Custo de Oportunidade da empresa.
Quando uma empresa decide investir, ela irá buscar recursos em três fontes:
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CUSTO DE CUSTO DE
CAPITAL OPORTUNIDADE
TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE
Exemplo: Uma empresa está planejando investir US$ 100,0 MM em um novo projeto de
exploração mineral. Os recursos necessários terão como fonte:
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Conclusão: O projeto somente será atrativo se sua Rentabilidade for maior que 11,45% aa.
Vamos considerar uma empresa que tem um Custo de Capital de 14,67% aa e esteja
querendo investir em um projeto que possui uma rentabilidade de 12,50% aa. O projeto
pretendido pela empresa exige investimentos da ordem de R$ 60.000,00 cujos recursos
serão provenientes das seguintes fontes:
Cabe a cada empresa decidir que critério utilizar na tomada de decisão, ou seja, que taxa a
empresa deve adotar com Taxa Mínima de Atratividade.
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INFLAÇÃO
O impacto inflacionário, se previsto, deve ser aplicado a estes valores referidos a moeda
constante. Assim, efeitos tais como defasagem de preços, variações de custos, oscilações
cambiais, ganhos financeiros provocados pela inflação e outros efeitos, caso sejam
previstos, ficam refletidos no estudo.
Alternativas Independentes: são aquelas que se distinguem entre si de tal modo que
a aceitação de uma delas não elimina a aceitação das outras.
Exemplo: Uma empresa está cogitando em investir US$ 1 MM e se depara com três
alternativas de investimento:
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- Investir na compra de novos equipamentos
- Fazer propaganda institucional da empresa
- Construir um novo refeitório para os empregados
A escolha de uma das alternativas não impede a empresa de implementar também as outras
alternativas.
RACIONAMENTO DE CAPITAL
Se uma empresa possui recursos ilimitados para investimento, é bastante simples tomar
decisões. Todas as alternativas que forneçam retornos maiores do que um nível
predeterminado (TMA) podem ser aceitas. Entretanto, as empresas só dispõem de uma
quantia preestabelecida para investimento. Inúmeros projetos poderão disputar essa quantia
limitada. A essa disputa pelos recursos escassos chamamos de Racionamento de capital.
Exemplo: Suponhamos que uma empresa disponha de R$ 80.000,00 para investir no ano
corrente e que existam cinco alternativas disputando esta verba. No quadro abaixo estão as
alternativas, o volume de investimento necessário e um indicador de rentabilidade – a TIR
Taxa Interna de Retorno (que será estudada mais adiante).
A Taxa Mínima de Atratividade da empresa é de 20% AA (que neste exemplo é a taxa que
a empresa obtém no Mercado Financeiro). A solução desta questão de Racionamento de
Capital será determinar o conjunto de alternativas que resultem na maximização da Taxa
Interna de Retorno do Investimento de R$ 80.000,00.
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Outros conjuntos de alternativas poderão ser formados, mas provavelmente nenhum deles
terá uma Rentabilidade Média maior que 32,75% aa.
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época em que eles são registrados. Existem também outros registros contábeis que não
envolvem qualquer pagamento, tais como as depreciações, provisões, exaustões etc.
ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO
Custos de Instalação: são os custos necessários para fazer com que o bem adquirido ou o
serviço contratado funcione. Exemplo: gastos com transporte, montagem, gastos com
parada de produção, assistência técnica etc.
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é relevante nos casos de implantação de grandes instalações ou nos projetos com tecnologia
mais sofisticada.
Quando a venda deste equipamento é realizada por uma quantia diferente do valor contábil
(*) constante nos livros, é necessário calcular o Imposto de Renda sobre a diferença. Esta
diferença é chamada de Lucro ou Prejuízo não-operacional.
(*) O valor contábil de um bem é o custo original corrigido monetariamente (não aplicável,
quando se trabalha com moeda constante), subtraído da sua depreciação acumulada.
Lucro (ou Prejuízo) operacional é entendido pela Legislação Tributária Brasileira como a
diferença entre o preço de venda de um bem e o seu valor contábil. Assim temos:
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Resumo
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Caso a empresa não conheça com precisão as datas dos desembolsos, mas conheça o
cronograma físico da implantação do projeto, é possível estabelecer uma curva teórica de
desembolso que corresponde em média ao que ocorre na prática. Esta curva teórica tem o
perfil de uma parábola invertida cuja área totaliza 100% do desembolso da obra. O quadro
seguinte exibe um trecho da tabela:
Estas tabelas, que representam curvas normais aproximadas, podem ter diversos perfis.
Cabe a cada empresa estabelecer o perfil ideal em função do tipo de projeto, equipamentos
envolvidos etc. (Veja ANEXO I ao final da apostila)
Atividade Custo
A – Terraplanagem R$ 20.000,00
B – Construção do Prédio R$ 30.000,00
C – Instalação dos Equipamentos R$ 50.000,00
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QUADRIMESTRES
Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9
A – Terraplanagem xxx xxx xxx xxx xxx
B – Construção do Prédio xxx xxx xxx xxx
C – Inst. Equipamentos xxx xxx xxx
QUADRIMESTRES
Atividade Custo 1 2 3 4 5 6 7 8 9
A 20,0 2,8 4,6 5,2 4,6 2,8
B 30,0 6,0 9,0 9,0 6,0
C 50,0 15,0 20,0 15,0
Total 100,00 2,8 4,6 5,2 4,6 8,8 9,0 24,0 26,0 15,0
2014 2015 2016
CAPITAL DE GIRO
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RECEITAS
Alternativas que têm somente custo e que não geram receita são analisadas de forma
comparativa. A análise é feita sob a seguinte perspectiva: o que acontecerá com os custos se
a empresa adotar a alternativa em estudo? Se esta alternativa for mais eficiente e tiver
melhor rendimento do que a situação atual, ela irá ter custos menores e, portanto, irá gerar
uma “Economia”. Esta “Economia” pode ser considerada como uma receita já deduzida dos
custos operacionais.
CUSTOS OPERACIONAIS
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Custos Fixos: são custos que não dependem do volume de produção ou de vendas, são
geralmente função do tempo e possuem características contratuais. Como exemplo típico
temos os aluguéis.
Os elementos que integram o ativo imobilizado (com exceção de terrenos e alguns outros
itens), têm um período limitado de vida útil. Desta forma, o custo de tais ativos deve ser
alocado aos exercícios beneficiados pelo uso no decorrer de sua vida útil.
Depreciação: quando corresponder a perda do valor dos direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência.
Embora existam várias fórmulas conhecidas de cálculo, a Legislação Brasileira permite que
a depreciação seja calculada utilizando somente o Método Linear. Fórmula para cálculo:
Valor Residual
O Valor Residual refere-se ao que poderá ser apurado com a venda do Investimento Inicial
após o término de sua vida útil.
Vida Útil
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Para alguns tipos de bens a lei permite coeficientes de depreciação acelerados. Tomando o
coeficiente 1,0 como base para um turno de 8 horas temos:
Para fins de cálculo do imposto devido a legislação brasileira não distingue entre lucro
operacional e ganhos de capital (lucro não operacional); da mesma forma, não faz distinção
entre o prejuízo operacional e a perda de capital (prejuízo não operacional) para fins de
compensação de exercícios futuros.. Abaixo estão relacionados os vário tributos que
incidem sobre o Resultado do Exercício.:
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1 – Uma empresa comprou um ativo há 5 anos por R$ 200.000 e vem depreciando-o pelo
Método Linear por 10 anos. Entretanto, a empresa está estudando a hipótese de substituí-lo
por uma máquina nova mais sofisticada. O preço de compra de uma nova máquina é de R$
500.000 mais R$ 100.000 adicionais para sua instalação. Ela será também depreciada
linearmente durante 5 anos, com valor residual nulo. Sabe-se ainda que a máquina usada
pode ser vendida por R$ 100.000 e que a empresa paga 30% sobre o lucro apurado como
Imposto de Renda. Deseja-se saber:
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b) Considerar também a hipótese da máquina usada ser vendida por R$ 120.000
2 – A Padaria “Pão Quente” está pensando em substituir um de seus fornos por um novo e
mais sofisticado, que irá aumentar seu lucro. O novo forno custará R$ 54.000 e terá R$
4.000 de custos de instalação. A empresa deseja depreciar o novo forno, para o qual não se
espera nenhum valor residual, pelo Método Linear, durante 8 anos. O forno antigo que foi
comprado há dois anos por R$ 36.000 e que estava sendo depreciado também pelo Método
linear durante uma vida de 10 anos, poderá ser vendido por R$ 40.000. A alíquota de
Imposto de Renda é de 45%. Pede-se:
b) Determinar o Investimento Líquido se o forno antigo foi vendido pelo seu valor contábil.
Cronograma de Construção:
TRIMESTRES
Ativ Custo (US$) 1 2 3 4 5 6 7 8 9
A 80.000,00 XX XX XX XX XX
B 30.000,00 XX XX XX XX XX XX
C 20.000,00 XX XX XX
D 70.000,00 XX XX XX
E 50.000,00 XX XX XX
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Respostas:
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12 Períodos
Per 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Total
1 100,00 - - - - - - - - - - - 100,00
2 50,00 50,00 - - - - - - - - - - 100,00
3 30,00 40,00 30,00 - - - - - - - - - 100,00
4 20,00 30,00 30,00 20,00 - - - - - - - - 100,00
5 14,29 22,86 25,70 22,86 14,29 - - - - - - - 100,00
6 10,71 17,86 21,43 21,43 17,86 10,71 - - - - - - 100,00
7 8,33 14,29 17,86 19,04 17,86 14,29 8,33 - - - - - 100,00
8 6,67 11,67 15,00 16,66 16,66 15,00 11,67 6,67 - - - - 100,00
9 5,45 9,70 12,73 14,55 15,14 14,55 12,73 9,70 5,45 - - - 100,00
10 4,55 8,18 10,91 12,73 13,63 13,63 12,73 10,91 8,18 4,55 - - 100,00
11 3,85 6,99 9,44 11,19 12,24 12,58 12,24 11,19 9,44 6,99 3,85 - 100,00
12 3,30 6,04 8,24 9,89 10,99 11,54 11,54 10,99 9,89 8,24 6,04 3,30 100,00
OBS: valores em percentual (%)
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BIBLIOGRAFIA
MENEZES, Guilherme Monteiro de, SANTOS, Raquel Maria Gherard dos, ANTÔNIO,
Vânia Barroso de. Matemática Financeira para cursos em EAD. Belo Horizonte: Apostila
PUC Minas, 2014, 212 pg.
VIEIRA SOBRINHO, José Dutra. Matemática Financeira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2000
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