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2011D e p a r t a m e n t o Mondlane
Faculdade de Economia
Universidade Eduardo de Contabilidade e finanças
Tabela 1 Vendas..............................................................................................................62
Tabela 2 Taxas de crescimento histórico.........................................................................64
Tabela 3 Dados de entrada projectados.......................................................................64
Tabela 3 Dados de entrada projectados
A analise das demonstrações financeiras pode ter várias perspectivas dependendo dos
objectivos que se pretendem:
• Introdução
• Análise da situação financeira de uma empresa
• Planeamento financeiro de longo prazo
Cada grupo termina com uma avaliação individual e presencial com a duração de 2
horas.
Temas
• Valores absolutos
• Percentagens
• Números índices
• Análise gráfica
1.1 Exercício
A análise de rácios estabelece relação entre dois elementos heterogéneos das DFs
do mesmo exercício. Os rácios podem ser classificados de acordo com os elementos
envolvidos na sua computação, nomeadamente:
1.1 Exercício
1.1 Resolução
1. Na pasta Análise financeira criar uma subpasta chamada Tema 2.
2. Dentro desta subpasta, criar um workbook com o nome de análise de rácios.
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3. Dentro do workbook “análise de rácios”criar as seguintes folhas de cálculo
○ Análise do risco de crédito
○ Análise de rendibilidade
○ Avaliação da empresa.
4. Dentro da folha de cálculo “análise do risco de crédito” calcular os seguintes
rácios:
○ Liquidez
i. Rácio de liquidez geral
ii.Rácio de liquidez reduzida
iii.Rácio de liquidez imediata
iv.Prazo médio de recebimentos (dias)
v.Prazo médio de existências
○ Desempenho operacional
i. Rendibilidade comercial
ii.Rácio da margem operacional
iii.Rendibilidade liquida das vendas
○ Uso de activos
i. Rotação do caixa
ii.Rotação de contas a receber
iii.Rotação de existências
iv.Rotação do fundo de maneio
v.Rotação de instalações e equipamentos
vi.Rotação do activo total
b) Solvabilidade
1. Análise da rendibilidade
A rendibilidade dos activos indica que para cada metical investido os activos
geram 16.51 cêntimos de resultados antes dos impostos. E que cada um metical
do investimento dos accionistas rende 98.04 centimos. Ambos racios são
significativamente altos.
b) Desempenho operacional
1. Avaliação da empresa
Duas empresas estão a concorrer para um crédito num banco que só pode aceitar uma
das empresas. As duas empresas apresentaram a seguinte informação.
Empresa A Empresa B
Activos
Caixa 18 500 33 000
Contas a receber 36 400 56 400
Livranças a receber 8 100 6 200
Inventario 83 440 131 500
Despensas pré-pagas 4 000 5 950
Instalações e equipamento 284 000 303 400
Total do activo 434 440 536 450
Passivo e capital próprio
Passivo circulante 60 340 92 300
Empréstimo a longo prazo 79 800 100 000
Acções ordinárias, 5MT par 175 000 205 000
value
Resultados retidos 119 300 139 150
Passivo total e capital próprio 434 440 536 450
Empresa A Empresa B
Vendas 660 000 780 200
Custo de mercadorias 485 100 532 500
Juros 6 900 11 000
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Impostos 12 800 19 300
Resultados líquidos 67 770 105 000
EPS 1.94 2.56
Empresa A Empresa B
Contas a receber 28 800 53 200
Livranças a receber 0 0
Inventario 54 600 106 400
Activo totais 388 000 372 500
Acções ordinárias, 5 par value 175 000 205 000
Resultados retidos 94 300 90 000
Pretende-se:
O activo de uma empresa pode ser financiado por capitais próprios, empréstimos de
longo prazo e passivo circulante (empréstimos de curto prazo). A Análise do
financiamento de uma empresa subdivide-se de acordo com a duração das obrigações
financeiras
Isto significa que a gestão de dividas de clientes, existências e dividas aos seus credores
é fulcral para uma boa saúda financeira das empresas, na medida em que está em causa
a sua solvabilidade, ou seja, a sua capacidade de fazer face aos compromissos normais
de exploração à medida que eles vão surgindo. A gestão deve garantir que a
transformação das suas existências e dívidas de terceiros gere meios líquidos de tal
forma que a empresa tenha sempre meios para satisfazer as dívidas, contraídas
continuamente, à medida que estas se vão vencendo. Assim sendo, é importante que o
grau de liquidez (ou seja, a capacidade de transformação em meios líquidos) do activo
circulante seja adequado ao grau de exigibilidade do seu passivo circulante ou de curto
prazo. A liquidez é a capacidade de uma empresa de converter activos em numerário ou
obter numerário para honrar obrigações de curto prazo. O fundo de maneio é um
indicador de liquidez.
Matematicamente:
Matematicamente:
Fundo de Maneio = Capitais permanentes – Imobilizado líquido
Uma das preocupações da Análise financeira é perceber até que ponto a empresa tem
condições para pagar os seus compromissos à medida que eles se vão vencendo.
Esquematicamente:
Existências Fornecedores
Disponibilidades
Activo Fixo Capital próprio
• Activo circulante deve ser financiado com o passivo de curto prazo, FMP
óptica de liquidez
Esquematicamente:
Esquematicamente:
A empresa tem mais obrigações a curto prazo do que bens e direitos a receber a
curto prazo, ou seja, Passivo - Activo circulante> 0
• Capital Próprio
• Clientes
• + Existências
• + Fornecedores
• + Adiantamentos de clientes
• FMF < 0 parte dos fundos não estáveis financiam activos fixos
(factor de risco)
Vejamos o significado das relações existentes entre a liquidez geral (LG) e o fundo de
maneio (FM)
(2) LG <1 => FM<0; a regra do equilíbrio financeiro mínimo não é satisfeita, podendo
acontecer que o financiamento de investimento em capital fixo é feito com recursos
financeiros exigíveis a curto prazo.
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(3) LG > 1 => FM > 0; sempre existe equilíbrio financeiro
PRETENDE-SE:
Balanço PASSIVO
Ano Empréstimos
AnoN N+1 bancários a MLP 240,000 236,000
700,0 746,0 Empréstimos
Imobilizado Corpóreo 00 00 bancários a CP 86,000 77,000
- -
Amortizações 125,0 160,0
Acumuladas 00 00 Fornecedores 42,000 47,000
Investimentos 58,25 75,00 Estado e Outros entes
Financeiros 0 0 Puiblicos 10,000 8,000
34,00 37,00 Acréscimos e
Mercadorias 0 0 Diferimentos 7,000 7,000
Clientes 46,00 38,50 385,000 375,000
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0 0
Caixa + Depósitos à 131,3 154,3
Ordem 16 93 844,566 890,893
844,5 890,8 DEMONSTRAÇÃO DE
66 93 RESULTADOS
AnoN Ano N+1
CAPITAL PRÓPRIO E
PASSIVO Vendas 486,000 512,000
CAPITAL PRÓPRIO CMVMC 218,700 230,400
320,0 350,0
Capital 00 00 FSE 52,000 55,000
76,00 90,00
Reservas Legais 0 0 Custos com pessoal 64,000 64,000
Amortizações do
Reservas Livres 0 0 Exercício 35,000 38,000
Resultados Resultados
Transitados 0 5,000 Operacionais 116,300 124,600
Resultado Líquido do 63,56 70,89
Exercicio 6 3 Encargos Financeiros 22,820 20,345
459,5 515,8 Resultados
66 93 Extraordinários 0 0
Resultados antes
Impostos 93,480 104,255
Imposto sobre o
rendimento 29,914 33,362
Resultado Liquido 63,566 70,893
1.1 Resolução
1) Determine para ambos os anos:
Liquidez geral:
LG: Activo circulante/D.C.P. =
ANO N
34000+46000+131316/86000+42000+10000+70000 = 211316/145000 = 1,46
ANO N+1
37000+38500+154393/77000+47000+8000+7000 =229893/139000= 1,65
Liquidez Reduzida:
LR: Activo circulante - existências/D.C.P. =
ANO N
46000+131316/86000+42000+10000+70000 =177316/145000 = 1,22
ANO N+1
38500+154393/77000+47000+8000+7000 =192893/139000= 1,39
Liquidez Imediata:
Li: Disponibilidades/D.C.P. =
ANO N
131316/86000+42000+10000+70000 =131316/145000 = 0,91
ANO N+1
154393/ 77000+47000+8000+7000=154393/ 139000= 1,11
• Liquidez = 1 → FM = 0 (Nulo)
• Liquidez <1 → FM <0 (Negativo)
• Liquidez> 1 → FM> 0 (positivo)
No ano passado, a empresa Batata da Angonia, teve vendas no valor de 500 000. A
empresa deseja contrair um empréstimo de 100 000 para financiar o seu fundo de
maneio. A empresa submeteu o pedido a dois bancos. O Banco A exige uma margem
operacional de pelo menos 25% e o Banco B requer uma liquidez geral de 2:1. A
informação actual da Batata da Angonia é a seguinte:
Alem dos capitais próprios e divida, as empresas podem recorrer ao capital de risco
(private equity), leasing, empréstimo obrigacionista, empréstimo externo e project
finance. A selecção das fontes de financiamento é feita na base do seu custo total de
financiamento.
Onde:
C0 – valor do empréstimo
R – taxa de juro
N – prazo
Isc- taxa de imposto de selo sobre a abertura do crédito
Isj – taxa de imposto de selo sobre os juros
A empresa NFD pretende adquirir novos equipamentos fabris no valor de 1250 000
Euros que irão ser financiados em 80% por capitais alheios. A taxa de imposto sobre
lucros da empresa é de 40%. Considere as seguintes fontes de financiamento
alternativas:
Reembolso capital: 30% (1º ano); 30% (2º ano) e 40% (3º ano);
Leasing
Empréstimo obrigacionista
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Valor nominal: 800 000 Euros
1.2 Solução
Solução
Empréstimo bancário em
euros
1) Cálculo do imposto de selo de abertura de
crédito (ISAC)
Montante do empréstimo 1,000,000
Taxa de abertura de Montante liquido a receber é 1000
credito 0.50% 000*99.5%
valor a ser repartido pelos 5
ISAC 5,000 semestres
2) Cálculo da prestação Constante
Taxa nominal anual 6.00%
Taxa efectiva semestral 3.00%
Prestação semestral 218,355
3) Mapa de serviço da
Empréstimo bancário em
divisas
1) Cálculo da comissão
1,000,0
Montante do emprestimo 00 =620 000/ 0.62
Montante pago
Taxa da comissão 0.50% antecipadamente
Valor da comissão + imposto
do selo 5,200
2) Cálculo do ISAC
Taxa de abertura 0.50%
ISAC 5,000
3) Mapa de serviço da
dívida
Moed
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 a
Empréstimo
obrigacionista
1) Cálculos
auxiliares
=800 000 1,000,0
Valor da emissão * 125% 00
=800 000
Despesas de emissão * 1% 8,000
=800000* 200,00
Prémio de emissão 25% 0
=800000* 224,00
Prémio de reembolso 28% 0
2) Mapa de serviço
da divida
Resposta
Leasing: 3.69%
Prazo: 2 anos
Reembolso: bullet;
A empresa contactou também uma empresa de leasing que lhe apresentou a seguinte
proposta alternativa:
Pretende-se que:
a) Determine a taxa média anual de depreciação do EUR face ao USD que torna
indiferente a opção pelo empréstimo em EUR ou USD.
Passivo e capitais
proprios
147,8 50,40 22,00
Contas a pagar 00 0 0
30,00 14,40 28,00
Imposto a pagar 0 0 0
Emprestimos a longo 120,0 73,00 22,40
Demonstração de
resultados
Ano 5 Ano 4 Ano 3
1,684, 1,250, 1,050,
Vendas 000 000 000
Custo de mercadorias 927,00 810,00 512,00
vendidas 0 0 0
757,00 440,00 538,00
Resultados brutos 0 0 0
Custos de marketing e 670,00 396,70 467,76
administrativos 0 0 0
Resultados operacionais 87,000 43,300 70,240
Juro 12,000 7,300 2,240
Resultados antes dos
impostos 75,000 36,000 68,000
Imposto 30,000 14,400 27,200
Resultados líquidos 45,000 21,600 40,800
Informação adicional
Onde:
RL - resultados líquidos
1. Use o quadro a seguir para calcular ROA de cada ano empresa nos dois anos em
falta.
6/30/9
AMERICA ONLINE 6/30/96 5 6/30/94
Rendibilidade das
vendas 2.70% -8.50% 5.90%
Rotação do activo 1.14 0.97 0.7
Rendibilidade do
activo 3.08%
12/31/9 12/31/
COCA-COLA CO 6 95 12/31/94
Rendibilidade das
vendas 18.80% 16.60% 15.80%
Rotação do activo 1.15 1.2 1.17
Rendibilidade do
activo 21.57%
1/31/9
DELL COMPUTER 1/31/97 6 1/31/95
Rendibilidade das
vendas 6.70% 4.90% 4.00%
Rotação do activo 2.59 2.47 2.18
Rendibilidade do
activo 17.37%
1/31/9
WAL-MART 1/31/97 6 1/31/95
Rendibilidade das
vendas 2.90% 2.90% 3.20%
Rotação do activo 2.65 2.49 2.51
Rendibilidade do 7.68%
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activo
A decomposição dos rácios permite ter uma visão integrada dos factores que afectam o
desempenho da empresa. Segundo estas componentes a Rendibilidade do Capital Total
Investido depende da :
• Eficiência na utilização do capital investido medido por Rácios de
funcionamento
• Relação entre os custos e as vendas medida por Rácios de Rendibilidade das
Vendas
Por outras palavras, a decomposição da RCI mostra o efeito dos custos variáveis e fixos
na utilização do capital investido para gerar resultados operacionais.
Onde,
• RO – resultados operacionais
• Activo económico, AE = Activo fixo + NFM
• MB – margem bruta
• VN – volume de negócios
• MBVN Rendibilidade bruta do volume de negócios ou efeito dos custos
variáveis
• ROMB Efeito dos custos fixos
• VNAE Rotação do activo económico
• Efeito dos custos variáveis: traduz a parcela dos resultados operacionais que
gera margem bruta após a cobertura dos gastos variáveis. Quanto maior o valor
deste rácio menor o peso dos gastos variáveis nos rendimentos de exploração
• Efeito dos custos fixos: traduz a parcela de margem bruta que gera resultados
operacionais após a cobertura dos gastos fixos. Quanto maior o valor deste rácio
menor o peso dos gastos fixos na margem bruta.
Será que a inclusão de capital alheio na estrutura de capital da empresa tem algum
impacto na rendibilidade do capital próprio?
Exemplo ilustrativo
Porquê?
Resposta. Qualquer rácio de dívida acima dos 60% pois a partir desse nível de
endividamento a RCP é inferior à RCP que podemos obter sem recurso a capital alheio.
Nova questão:
Os factores que explicam a variação da RCP com o uso da divida podem ser explicados
usando dois modelos:
onde:
• RCP rendibilidade do capital próprio
• REA rendibilidade económica das aplicações
• APL aplicações totais líquidas
• CP capital própria
• RAI resultado antes de imposto
• RAJI resultado antes de juros e impostos
• RL resultado − líquido do exercício
O risco, aqui, refere-se a possibilidade da variação dos resultados operacionais que pode
afectar a rendibilidade dos capitais próprios. A variação dos resultados operacionais tem
maior impacto na RCP duma empresa endividada.
Exemplo:
Exemplo:
Considere a empresa “No Debt”, completamente financiada por capital próprio e a
empresa “Some Debt” endividada a 40% (custo marginal da dívida = 9.25%/ano).
Exceptuando a estrutura de capital, ambas são exactamente iguais (i.e., têm os mesmos
activos, o mesmo resultado antes de juro e imposto e pagam a mesma taxa de imposto
sobre lucro)
Cenário base
1.1.1 Impacto da variação dos resultados operacionais sobre a RCP em cada uma
das duas empresas
Retomemos agora o nosso exemplo considerando que:
• O resultado antes de juros e impostos das duas empresas varia (redução de 50%
ou 25%; aumento de 25%);
• Tudo o resto fica constante
1) Aqui o que é interessante notar é o efeito sobre a REA e a RCP de uma variação no
RAJI. De facto, apresentamos 4 cenários:
• O Normal foi analisado no quadro acima
• O Mau implica uma redução de 50% nos resultados operacionais relativamente
ao cenário normal
• O Fraco implica uma redução de 25% nos resultados operacionais relativamente
ao cenário normal
• O Muito bom implica um aumento de 25% nos resultados operacionais
relativamente ao cenário normal
1) Podemos notar que nos cenários Mau e Fraco a REA diminui relativamente ao seu
valor no cenário normal
• Isto é o resultado da diminuição do RAJI, mantendo o valor do capital total
invariável para qualquer um dos cenários
Taxa de crescimento sustentável: mede quão depressa uma empresa pode fazer crescer
os seus activos (vendas) num determinado período (usualmente um ano) recorrendo à
captação de capital alheio adicional e à retenção do resultado líquido sem alterar a sua
estrutura de capital.
1.1 Exercício
Demonstração de Resultados
Vendas 1000
Custos 800
Resultados 200
Impostos (34%) 68
Resultado Liquido 132
Dividendos 44
Informações complementares
Custos 80% vendas
Impostos 34%
Taxa de dividendos 33,33%
Balanço
Activo Passivo
Activo Circulante Passivo circulante
Caixa 160 Contas a pagar 300
Contas a Empréstimos a curto
receber 440 prazo 100
Total do passivo
Existências 600 circulante 400
Total Act
Circulante 1200 Dividas M/L Prazo 800
Capital Próprio 800
Activo Fixo 100
Liquido 1800 Resultados retidos 0
1.2 Resolução
Demonstração de Resultados
Vendas 1250
Custos 75% vendas 937.5
RAJI 312.5
Juros 5,56% 50.04
RAI 262.46
Impostos (34%) 89.2364
Resultado Liquido 173.2236
Dividendos 33,33% 58
Incremento dos Resultados Retidos 115.49
Resolução
CÁLCULO DA CAPACIDADE INSTALADA
Balanço
Variaç Variaç
Activo ão Passivo ão
Activo Circulante Passivo circulante
Caixa 200 40 Contas a pagar 375 75
Contas a Emprestimos a curto
receber 550 110 prazo 100 0
Total do passivo 47
Existências 750 150 circulante 5 75
Total Act 15
Circulante 00 300 Dividas M/L Prazo 800
Capital Proprio 800
Activo Fixo 200 111
Liquido 0 200 Resultados retidos 5 115
35 Total Passivo e Capital 31
Activo total 00 500 Proprio 90 190
Análise de RCP
Custo do capital alheio 5.56%
REA = RAJI/AP Totais 10%
REA-r 4.44%
Calh/Cproprios 56%
Imposto 34%
RCP = RL/CP 8.66%
Modelo aditivo
RCP = (rea + (rea-r)*CA/CP)*(1-34%)
REA 10%
(REA-R)*CA/CP 2%
Segundo o modelo aditivo, REA contribrui em 10%, a alvanca
financeira em 3%,
e efeito fiscal reduz o RCP em 34%
Modelo multiplicativo
RCP = rea * apl/cp*rai/raji*rl/rai 8.66%
REA 10%
apl/cp*rai/raji 1.3123
RL/RAI 0.66
Até agora, temos vindo a analisar o passado financeiro das empresas, avaliando relatos
financeiros e desempenho financeiro históricos. Daqui em diante, vamos analisar o
futuro financeiro e não o passado, ou seja relatos financeiros projectados.
Num mercado perfeitamente competitivo este exercício não seria necessário porque as
empresas obteriam financiamento instantaneamente para qualquer projecto com um
valor actual líquido e a fonte de financiamento não teria nenhum impacto no valor da
empresa. No entanto, no mercado real, os gestores precisam de tempo de contrair novas
dividas ou tramitar acções para assegurar melhores condições de financiamento.
As empresas optam por alternativas de investimentos com valor actual líquido positivo
(positive NPV) onde possam obter vantagens competitivas. O planeamento estratégico
identifica estas oportunidades de investimento com NPV positivo e outras opções de
negócio não imediatamente com NPV positivo. Estas opções de negócio podem ser
novos segmentos de mercado que podem criar futuras opções de investimento.
a) Cenário óptimo
b) Cenário normal
c) Cenário péssimo
Os planos das unidades podem ser investimentos com NPV positivo ou opções de
investimento sem NPV positivo imediato.
Já que o futuro das empresas depende das decisões financeiras tomadas hoje, espera-se
que o planeamento preste atenção as oportunidades e opções de investimento. Por
@2011 – UEM – FE , Análise Financeira – Fernando Lichucha Página
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exemplo, a necessidade de investimentos adicionais deve tomar em conta a capacidade
da empresa de utilizar os activos fixos de forma intensiva ajustando horas extras e
introduzindo novos turnos. Igualmente o aumento de investimentos pode requerer o
aumento do fundo de maneio funcional. Por exemplo, a projecção do aumento de
vendas pode requerer o aumento de existências e contas a receber.
Os modelos de planeamento financeiro variam dos mais simples aos mais sofisticados
com centenas de variáveis. Os modelos financeiros automatizam processos do
planeamento financeiro que seriam repetitivos e laboriosos. Estes modelos costumavam
ser bastantes onerosos e requeriam pessoas talentosas. Actualmente, as planilhas
electrónicas são utilizadas para resolver problemas de planeamento financeiro
complexos a um preço negligível.
O plano duma banca, duma barraca, duma perfumaria na entrada do prédio pode estar
na cabeça do proprietário. Mas, o plano duma loja, duma machamba comercial, duma
empresa, instituição do ensino superior não pode andar na cabeça dos gestores. Apesar
desta diferença de magnitude da entidade em análise, as componentes dum plano,
independentemente da natureza, tamanho e complexidade da entidade, são três: os
dados de entrada, o modelo e resultados do modelo, ver Figura 1.
Figura 1 Componentes dum plano financeiro
Tabela 1 Vendas
ANO Vendas
2001 2058000
2002 2534000
Figura 2 Taxas crescimento dos dados históricos
2003 2472000
2004 2850000
2005 3000000
No presente caso vamos utilizar a equação da regressão linear para projectar as vendas
do ano 2002.
Método Taxa
Taxa média simples 10,3%
Taxa média composta 9,88%
Taxa insinuada-Regressão 8,1%
Projecção Valor
Taxa de crescimento de vendas 10%
Taxa de imposto 40%
Taxa de crescimento dos dividendos 8%
Taxa de juro dos titulos a pagar e titulos negociaveis 9%
Taxa de juro das obrigações 11%
Taxa de cupão das acções preferenciais 10%
1) Custos
2) Caixa e equivalentes
3) Contas a receber
4) Existências
Figura 7 Proporções
Os fundos adicionais necessários para suprir o deficit de 114,36 provem das seguintes
fontes:
• Títulos a pagar vão contribuir com 25% de 114,36 = 28,59 a uma taxa de juro de
8%
• Títulos de longo prazo contribuem 25% de 114,36 = 28,59 a uma taxa de juro de
10%
• Emissão de acções ordinárias contribui com 50% de 114,36 = 57,18. Isto
equivale o crescimento em número de acções em 57,18/ (23 cotação da acção) =
2,49.
Figura 11 Balanço 2
Figura 12 Resultados 2
Ficou-se com um deficit de 4,58 ver a Figura 11. Normalmente o balanço não fica
balanceado depois da segunda iteração. Deve-se continuar até o AFN estar muito
próximo do zero.
Figura 14 Resultados 3 e 4
Figura 17 FCF
Os cálculos revelam uma melhoria assinalável dos fluxos de caixa livres, que indica que
o desempenho operacional da empresa pode melhorar em 2006 relativamente ao ano
2005.
Contudo, os rácios de rendibilidade são todos baixos, o que indica que a empresa não esta a operar
devidamente. Com esta avaliação, o Presidente de Conselho de Administração vai solicitar os
directivos executivos para reverem os seus planos operacionais, reduzir existências, cobrar com
celeridade as contas a receber, economizar o uso de activos fixos, e reduzir custos operacionais.
Para depois fazer uma nova projecção, com novas e elevadas metas e bónus dos executivos serão
baseados na realização das novas e elevadas metas.
Planeamento Financeiro
Ultimo Grito da Moda 1999 2000 2001 2002
Plano Financeiro Histórico Histórico Histórico Histórico
Pressupostos
Taxa de crescimento das vendas 26.3% 24.3% 19.8%
Imposto 42.1% 43.5% 42.1% 37.9%
Taxa de juro curto prazo 6.3% 6.3% 6.4% 6.5%
Taxa de juro longo prazo 7.4% 7.4% 7.5% 7.6%
Taxa de dividendos 33.9% 35.0% 35.0% 35.0%
Preço/Rendimentos 438.1 442.0 448.7 497.3
Demonstração de resultados
Vendas 73.84 93.28 115.93 138.84
Custo de mercadorias vendidas 41.83 58.39 75.49 89.83
Margem bruta 32.01 34.89 40.44 49.01
Capital próprio
Acções 90.00 130.00 160.00 220.00
Resultados retidos 91.81 97.69 104.42 112.52
Total do Capital próprio 181.81 227.69 264.42 332.52
O presente tema usa o planeamento financeiro para avaliar uma empresa. A avaliação
duma empresa inclui muitos aspectos complexos, entre os quais, os seguintes:
Pão Fresco
Proporções
1995 1996
Activo circulante
Contas a receber 20.6% 21.9%
Inventário 3.0% 4.0%
Despesas antecipadas 6.3% 5.3%
Passivo circulante
Contas a pagar e outras despesas 14.6% 17.1%
Custos operacionais
Custo de mercadorias vendidas 39.7% 40.9%
Despesas de vendas, gerais e administrativas 30.1% 31.6%
Provisão para impostos % do RAI 41.3% 41.8%
Pão Fresco
Balanço
1995 1996
Activo circulante
Caixa e equivalentes 2,016,245 3,023,989
Contas a receber 1,278,771 4,194,238
Inventário 185,314 759,104
Despesas antecipadas 392,116 1,006,169
Instalações e equipamento
Ao custo de aquisição 4,000,000 13,030,853
Depreciação -400,000 -1,703,085
Activo fixo líquido 3,600,000 11,327,768
Passivo circulante
Contas a pagar e outras despesas 906,648 3,271,271
Estado 157,935 423,486
Outros 52,910 151,189
Capital Próprio
Acções 4,610,999 4,610,999
Resultados retidos 897,896 897,896
Passivo e Capital próprio 7,472,446 20,311,268
Pão Fresco
Demonstração de Resultados
1995 1996
Vendas
Mercadorias 6,076,345 18,977,564
Serviços 131,326 176,111
Total de vendas 6,207,671 19,153,675
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Despesas operacionais
Custos de mercadorias vendidas -2,461,470 -7,839,481
Depreciação -400,000 -1,303,085
Despesas de vendas, gerais e administrativas -1,866,614 -6,045,369
Encargos financeiros -50,763 -84,606
Proveitos financeiros 100,812 171,362
Resultados antes dos impostos 1,529,636 4,052,496
Provisão para impostos -631,740 -1,693,943
Resultados líquidos 897,896 2,358,553
Ano Vendas
2007 28 048 500
2008 42 021 000
2009 55 993 500
2010 69 966 000
2011 83 938 500
O uso da divida como “balanceador” resultou num empréstimo negativo no ano 2011.
Isto, acontece porque o modelo gerou recursos suficientes para dispensar o uso da
divida. Vamos transferir o excesso de liquidez para caixa e equivalentes.
2006
Demonstração de vendas
Vendas 1,000
(50
Custo de mercadorias vendidas 0)
(3
Encargos financeiros 2)
Proveitos financeiros 6
(1
Depreciação 00)
3
RAI 74
(1
Impostos 50)
2
Resultados líquidos 25
(
Dividendos 90)
1
Resultados retidos 35
Balanço
Passivo circulante 80
3
Divida 20
4
Acções 50
1
Resultados retidos acumulados 50
1,0
Passivo e capital proprio 00
• Montante do empréstimo
• Tipo do empréstimo - conta corrente, empréstimo sazonal suportado por
existências ou contas a receber, empréstimo à prazo suportado por activos, etc.
• O conhecimento que o banco tem do cliente
• A estratégia do banco;
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• O risco financeiro do mutuário; e
• Oportunidades de negócio do mutuário.
Os planos de negócios são também, por vezes, chamados de planos estratégicos, planos
de investimento, planos de expansão, planos operacionais, anuais, internos, de
crescimento, planos de produto, planos de custo e muitos outros nomes. Todos eles são
planos de negócios.
9
• Qual é o nome do negócio e a sua área de actividade?
• Qual a missão?
• Qual é o âmbito do negócio e o mercado potencial para os seus produtos?
• Porque constitui uma proposta inovadora e vencedora?
• Quais os recursos, humanos e financeiros que são necessários?
• Qual o prazo previsto para começar a apresentar lucros?
• Quais são os pontos fortes e fracos do projecto?
• Quais as suas referências e a sua experiência relevante para o projecto concreto?
Os elementos necessários para descrever cada uma das duas partes são:
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Apresentação geral do sector de actividade
Idade da população?
Distribuição em sexo?
Local de residencia?
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Agregados familiares ( numero de crianças, familias alargadas, etc.)?
Que factores demograficos, economicos, sociais, fiscais podem afectar o seu mercado
alvo.
Provavelmente, esta é uma das secções mais dificeis de escrever. A primeira coisa na
Análise da concorrencia é obter o perfil dos seus concorrentes. Segundo, obter a
seguinte a informação sobre os concorrentes:
Descrever como vai atrair clientes para comprarem os sues produtos ou serviços. O
plano de marketing inclui o seguinte:
Demonstração de resultados
por naturezas
7.
1 Vendas
7.
2 Prestações de Serviços
Volume de Negócios
(-) Variação da Produção
6.
1 CMCMV
6.
3 Outros custos variáveis (FST)
Margem Bruta de Contribuição
6.
3 FST- Custos Fixos
2 Anexos
ANEXO 1