Você está na página 1de 17

A esquerda e os mitos difamatórios http://www.olavodecarvalho.org/semana/130710dc.

html

A esquerda e os mitos difamatórios


Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 10 de julho de 2013

No show de ignorância dado à Folha de S. Paulo pelos líderes


da FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), a estrela
Armazém maior foi sem dúvida o sr. Milton Hatoum, que, incapaz de
Automatico lembrar o nome de um só escritor brasileiro importante que
Modula fosse de direita, ainda completou a performance com esta
www.modula.e… maravilha: “Diziam que Nelson Rodrigues era, mas discordo.
Economize até 90% Era provocador, irônico, e na ditadura lutou para libertar
do espaço com o presos.”
armazen
automático Modula!
De um lado, é absolutamente impossível, a quem quer
que tenha lido o cronista carioca, ignorar seu anticomunismo
intransigente, seu horror aos “padres progressistas”, seu apoio
inflexível ao governo militar e até o orgulho com que ele se
qualificava publicamente de “reacionário”.

É óbvio que o sr. Hatoum só conheceu o pensamento de


Nelson Rodrigues por ouvir falar, e ainda assim com muita cera
nos ouvidos.

Em segundo lugar, socorrer e proteger presos e


perseguidos políticos durante a ditadura foi uma das ocupações
mais constantes dos intelectuais de direita, entre os quais
Adonias Filho (um dos muitos omitidos, por falta de espaço, no
artigo anterior), Josué Montello, Antônio Olinto, Gilberto
Freyre e Paulo Mercadante. Para cúmulo de ironia, o mais
célebre e aguerrido defensor de presos políticos naquela época
foi o advogado Heráclito Sobral Pinto, um católico
ultraconservador que confessava e comungava todos os dias e,
quando não estava tirando gente da cadeia, estava escrevendo
furiosas diatribes contra o Concílio Vaticano II. Hoje seria
chamado de “fundamentalista” e jogado no lixo com a multidão
dos outros “ninguéns”.

O que nunca se viu no mundo foi o beautiful


people comunista correr em massa para estender a mão a
perseguidos da ditadura soviética, chinesa, húngara, polonesa,
romena ou cubana.

Ao contrário, sempre que aparecia algum foragido


revelando as torturas e padecimentos sem fim sofridos nos
cárceres comunistas, a gangue toda se reunia, não raro em
escala mundial, para achincalhá-lo como “agente do
imperialismo”.

Se o sr. Hatoum não conhece nem Nelson Rodrigues,


seria loucura esperar que soubesse algo, por exemplo, do caso
Kravchenco, em que toda a intelectualidade esquerdista se
juntou para desmoralizar o ex-funcionário soviético que
denunciava os horrores do Gulag. Kravchenco
reuniu testemunhas, provou o que dizia e venceu um processo

2 de 4 26/07/2013 16:18
A esquerda e os mitos difamatórios http://www.olavodecarvalho.org/semana/130710dc.html

judicial contra toda a plêiade dos bem-pensantes.

D-Link Print Soljenítsin, quando esteve nos EUA, contou que os


Sever dissidentes soviéticos nunca receberam a menor ajuda da elite
R$288,91 esquerdista americana, e sim apenas de sindicatos de
KaBuM!
trabalhadores (na época acentuadamente anticomunistas).
15% de Desconto
no Boleto
Quando esteve no Brasil o pastor Richard Wurmbrand,
homem que por dezesseis anos sofrera torturas e maus tratos
numa prisão romena (confirmados em público por uma
comissão médica da ONU), a mídia esquerdista o tratou como
se fosse um demônio, um conspirador fascista.

A mentalidade esquerdista intoxica-se de mitos


difamatórios de maneira a não cair jamais na tentação de ver no
adversário um rosto humano. Até hoje os quatrocentos
guerrilheiros mortos na ditadura, muitos deles caídos de armas
na mão, merecem mais lágrimas do que os cem milhões de civis
desarmados que eles, como membros do movimento comunista
internacional, ajudaram a matar. Até hoje os que nadam em
indenizações milionárias como prêmio da sua cumplicidade
com os regimes mais bárbaros e genocidas não consentem em
dizer uma só palavra de conforto às vítimas da guerrilha
brasileira, dando por pressuposto que a condição de ser
humano é monopólio da esquerda, que aqueles que a esquerda
matou, mesmo transeuntes inocentes, não passam de cachorros
loucos abatidos pelo bem da saúde pública.

Para o sr. Hatoum, basta um sinal de bondade na pessoa


de Nélson Rodrigues, para produzir a conclusão automática e
infalível: Não, ele não pode ter sido de direita.

Nunca li os romances do sr. Hatoum, mas até admito,


como hipótese extrema, que um idiota possa escrever um bom
livro de ficção. O que é inadmissível é aceitar como
“intelectual”, como formador de opinião, um sujeito que formou
a sua na base do puro zunzum e sai por aí arrotando
julgamentos sobre o que desconhece.

Hoje, esse tipo de gente domina não só a FLIP, como todo


o mercado editorial, as universidades e a mídia cultural, mas
um dia a juventude brasileira, cansada de ser ludibriada por
esses farsantes, adquirirá cultura por conta própria (espero
sinceramente ajudá-la nisso) e não se curvará mais às opiniões
recebidas. Submeterá seus gurus aos testes mais duros e
chutará o traseiro daqueles que forem desmascarados como
ignorantes palpiteiros a serviço de interesses mafiosos e
partidários. Garanto que, entre meus alunos, há pelo menos
cem que são incomparavelmente superiores, em inteligência e
conhecimentos, aos donos da FLIP e à massa de seus
puxa-sacos. O renascimento cultural do Brasil vem-se
preparando no silêncio e na modéstia do trabalho sério, do
esforço genuíno, na paciente aquisição dos instrumentos da
vida intelectual superior. Quando esses jovens ocuparem o
espaço que merecem, não haverá mais lugar para os picaretas
de luxo, para os comedores insaciáveis de verbas públicas, para
os apadrinhados de um governo que vive da mentira e da
corrupção. Quando soar a hora, cada um destes últimos,
desprovido da interproteção mafiosa, será julgado no tribunal

3 de 4 26/07/2013 16:18
A esquerda e os mitos difamatórios http://www.olavodecarvalho.org/semana/130710dc.html

da competência e da honradez intelectual e, muito


previsivelmente, jogado às trevas do anonimato, de onde nunca
deveria ter saído.

Comente este artigo no fórum:

http://www.seminariodefilosofia.org/forum/15

Home - Informações - Textos - Links - E-mail

4 de 4 26/07/2013 16:18
Consultores iluminados http://www.olavodecarvalho.org/semana/130715dc.html

Consultores iluminados
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 15 de julho de 2013

Pelo seu currículo de cientista político membro de não sei quantas


associações e outras tantas comissões, o sr. Alberto Carlos Almeida é
um típico representante da classe de consultores iluminados a que as
nossas elites políticas e empresariais concedem atenção reverente e
Armazém
sólida remuneração. Tão típico que, em entrevista ao programa
Automatico
Marília Gabriela, ele mostrou mais uma vez que o exercício de tão
Modula altas funções, neste país, independe de qualquer domínio das matérias
www.modula.e… sobre as quais se opina.
Economize até 90%
do espaço com o Não digo que todos os seus pareceres sobre o que quer que seja
armazen ilustrem esse fenômeno. Não li, por exemplo, o seu livro A Cabeça do
automático Modula! Brasileiro, que juram que é bom, coisa em que vou continuar
acreditando sob palavra até que um exemplar dessa obra me caia nas
mãos e mostre se ela é, ou não, capaz de se defender sem apoio
externo.

Mas, quando um cidadão investido de autoridade científica,


consultado em público nessa qualidade, emite sobre matéria grave
uma opinião que ameaça lançar o descrédito sobre uma instituição
milenar e todas as pessoas que a representam, espera-se que o faça,
pelo menos, com algum senso de responsabilidade e conhecimento de
causa. Se ele falha a esse dever elementar em circunstância tão
exigente, não é demasiado supor que o fará mais ainda em assuntos de
menor consequência, como, por exemplo, "a cabeça do brasileiro".

P erguntado pela entrevistadora sobre quais as causas do atraso


brasileiro, e em especial do desprezo do nosso povo pela educação, o
distinto não hesitou em lançar todas as culpas sobre um único
suspeito: a Igreja Católica. E fez isso não no tom de quem arriscasse
um palpite informal, mas de quem transmitisse a plateia uma certeza
científica bem provada.

Sua tese, em resumidas contas, foi esta: a Igreja Católica, ao longo da


História europeia, e também nas Américas desde a descoberta, só se
ocupou da educação da elite, da aristocracia, deixando o povo na
ignorância. Foi a Reforma protestante que inaugurou a educação
popular, datando daí o progresso com que as nações assim
beneficiadas sobrepujaram as suas concorrentes católicas. No Brasil
em especial, os grandes malvados foram os jesuítas, que apenas
davam instrução às elites e nada para o povo.

O sr. Almeida, com toda a evidência, jamais leu uma história da


educação. Então eis aqui algumas coisinhas que ele teria a obrigação
de saber para poder opinar a respeito:
1. Ao longo de toda a História medieval, a Igreja não educou
aristocracia nenhuma. Os nobres, os barões, consideravam que só a
guerra era atividade à sua altura, o estudo sendo bom apenas para as
mulheres, os futuros padres e alguns empregados subalternos.

2. Desde o começo da Idade Média até épocas bastante avançadas


para dentro da modernidade, as escolas elementares fundadas pela
Igreja funcionavam ou nas catedrais, ou nos templos paroquiais, ou
nos monastérios. O sr. Almeida acredita realmente que os nobres,
abandonando seus palácios, iam frequentá-las, submetendo-se ao
vexame de nivelar-se aos padrecos e escreventes?

3. Quanto às universidades, elas não formavam os nobres e sim


médicos, advogados, professores, funcionários: eram uma via de

2 de 4 26/07/2013 16:05
Consultores iluminados http://www.olavodecarvalho.org/semana/130715dc.html

ascensão social para quem vinha de baixo. A aristocracia reinante só


passou a se interessar por elas quando se tornaram centros de uma
influência política independente. Começou então, entre os governos
D-Link Print
monárquicos e a Igreja, a disputa pelo domínio sobre a massa
Sever
R$288,91 universitária. Como a Igreja levou a melhor, o que se seguiu foi um
KaBuM! dos fenômenos mais característicos da modernidade: a criação de uma
15% de Desconto nova intelectualidade composta quase que inteiramente de nobres,
no Boleto alheia e não raro hostil às universidades. Os nomes de Descartes,
Bacon, Montaigne e Newton representam-na exemplarmente, assim
como a criação da Royal Society. A história real é exatamente inversa
à história imaginária do sr. Almeida.

4. Em meados do século 18, decorridos nada menos do que dois


séculos da Reforma protestante, a França católica ainda era o país
mais próspero e culto da Europa, enquanto a Alemanha, berço de
Lutero, jazia no atraso econômico e cultural mais abjeto, ao ponto de
que o alemão não tinha sequer se consolidado como língua de alta
cultura (os intelectuais escreviam em francês ou latim). Ainda em
meados do século 19, foi em Paris que pela primeira vez um
governante alemão, Otto von Bismarck, percebeu que era importante
para cada nação ter uma classe média educada, modelo que ele então
procurou implantar no seu país, apenas com signo religioso invertido,
perseguindo os católicos e fomentando a educação protestante.

5. Porém, o mais bonito na entrevista foi o que o sr. Almeida disse


dos jesuítas. Quem quer que tenha estudado um pouquinho a história
deles sabe que seu principal esforço foi educar índios, que estavam no
fundo do poço social. Nas Missões, os nativos brasileiros receberam
educação muito superior àquela de que dispunha, nas capitais, uma
classe alta notabilizada pela mais acachapante indolência intelectual e
que, quando desejava educar seus filhos, os enviava à Europa e não
aos jesuítas.

6. Desde a Independência até o advento da República, a Igreja esteve


proibida de abrir escolas, de modo que a população urbana em
expansão se viu cada vez mais privada de uma instrução comparável,
pelo menos, àquela que os índios haviam recebido nas Missões. A
incultura popular no Brasil não resultou da educação católica, mas do
estrangulamento dela ao longo de quase um século.

O sr. Almeida jura que o problema do Brasil é a educação. É sim. A


começar pela dele próprio. E pela dos consultores iluminados em
geral.

Comente este artigo no fórum:

http://www.seminariodefilosofia.org/forum/15

3 de 4 26/07/2013 16:05
Consultores iluminados http://www.olavodecarvalho.org/semana/130715dc.html

Home - Informações - Textos - Links - E-mail

4 de 4 26/07/2013 16:05
Casal de coelhos http://www.olavodecarvalho.org/semana/130718dc.html

Casal de coelhos
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 18 de julho de 2013

Ainda a propósito da entrevista do sr. Alberto Carlos Almeida,


suspeito que uma pergunta continua zumbindo nas cabeças dos
Armazém leitores: se a culpa da má educação brasileira não foi da Igreja
Automatico Católica, foi de quem?
Modula
www.modula.e… Não sei, nem me considero presidente de um Tribunal de
Economize até 90% Crimes Educacionais, mas uma coisa é certa: o desprezo pelo
do espaço com o conhecimento, neste País, veio sempre junto com o culto dos
armazen signos exteriores que o representam e que, aparentemente com
automático Modula!
vantagem, o substituem: títulos, diplomas, cargos, honrarias,
espaço na mídia, boas amizades nos altos círculos, etc. O
fenômeno já foi tão documentado e satirizado na nossa
literatura (Lima Barreto e Graciliano Ramos, por exemplo), que
não há necessidade de insistir nele. Mas o pior é que entre
esses dois vícios complementares se formou, há tempos, um
círculo de reforço mútuo que parece impossível de romper.

Funciona assim: como nossa elite empresarial e política não é


das mais cultas, as almas bem intencionadas que dela emergem
com o propósito louvável de remediar os males nacionais não
têm por si próprias a capacidade de avaliar, pelo exame direto
das obras e ideias, quem, entre os intelectuais disponíveis, é
competente ou um emérito medalhão de cabeça oca. Resultado:
têm de julgá-los pelos sinais exteriores, os títulos e cargos, e
acabam dando ouvidos a quem não tem nada de sério a lhes
informar nem de útil a lhes sugerir. A incultura gera incultura
com a fecundidade de um casal de coelhos.

Mais grave ainda é quando o prestígio enganador vem de fora,


desembarcando aqui com as pompas do "ultramoderno". No
governo Vargas, um belo projeto de educação popular acabou
tomando por modelo as ideias de John Dewey, então celebrado
na mídia dos Estados Unidos como um grande inovador. Hoje
sabe-se que Dewey foi, de fato, o destruidor da educação
americana, até então a melhor do mundo. Dos anos 60 em
diante – sim, já em pleno governo militar – veio a moda do
socioconstrutivismo, adornado com os nomes de Jean Piaget,
Emilia Ferrero, Vigotsky e não sei mais quantos.

Há meio século a aplicação dessa teoria insensata vem


embrutecendo a inteligência das nossas crianças, ao mesmo
tempo que a expansão triunfal do número de escolas e o
controle cada vez mais centralizado da educação nacional levam
a democratização da inépcia aos rincões mais afastados e às
populações mais pobres. Com muita coerência aliás, o sr.
Almeida prefere culpar por isso os jesuítas do tempo do Brasil-
Colônia em vez de enxergar o que está ocorrendo bem diante do
seu nariz.

E por que acontecem essas coisas? Porque a elite inculta se

2 de 4 26/07/2013 16:11
Casal de coelhos http://www.olavodecarvalho.org/semana/130718dc.html

deixa levar pela mídia e pelos prestígios fosfóricos do dia em


lugar de examinar e testar, e assim acaba somando erros e
Print Server desastres com uma persistência obscena.
TP-Link - Branco
R$178,00 Q uem nota esse fenômeno não pode deixar de concluir que o
Walmart
problema do Brasil é o inverso daquele apontado pelo sr.
Só hoje!
Oportunidade Almeida: em vez de educar apenas a elite sem dar atenção ao
única. Grandes povo, temos tentado dar educação a todo o povo antes de ter
Ofertas.
uma elite qualificada para educá-lo, ou até mesmo para
examinar seriamente o problema da educação popular.

Quem quer que tenha lecionado ao menos por um dia percebe


que o processo educacional tem uma estrutura irradiante:
primeiro você educa dez, que educam cem, que educam mil, que
educam um milhão e assim por diante. Inverter essa ordem é
como querer que os filhos gerem os pais.

Os governos deste país prometem educação a milhões antes de


poder reunir dez educadores sérios para discutir como fazê-lo.
Por que não formar os dez primeiro? Os que objetem que isso é
elitismo direitista deveriam ler Lênin e perguntar por que ele
organizou primeiro a elite do Partido e depois a massa. Lênin
sabia que o rabo não abana o cachorro.

Como quebrar o círculo vicioso de uma elite inculta, guiada por


palpiteiros tão ineptos quanto ela mesma? Só há um jeito,
no meu entender: criar, fora do sistema educacional, longe da
grande mídia, longe dos prestígios consolidados, uma nova
intelectualidade preparadíssima, sincera e agressiva o bastante
para, no momento devido, cortar as cabeças ocas, expulsar as
vacas sagradas e começar a tratar dos problemas com
seriedade.

***

Não por coincidência, é por isso mesmo que, em geral, acho


inútil ficar "tomando posição", a cada momento, ante os
descalabros do dia. Pois já não sabemos de onde, em última
análise, provêm todos eles? Não sabemos que, por trás de tudo
de mau que acontece no País, está a ignorância pomposa e
irresponsável de uma elite que só dá ouvidos a medalhões ainda
mais ignorantes, pomposos e irresponsáveis? Para que ficar
criticando políticos de alta rotatividade se sabemos que um só
pseudo-intelectual basta para gerar milhares deles e
substituí-los por outros piores a cada dez ou quinze anos?

Para que ficar tentando matar baratas pelo método de jogar


uma naftalina na cabeça de cada uma que aparece? O que é
preciso é armar umas quantas centenas de jovens com um spray
intelectual capaz de, amanhã ou depois, sanear o ambiente.

***

Mudando de assunto: a revista alemã Der Spiegel está


chamando os Estados Unidos de "United Stasi of America".
Stasi era a polícia secreta da Alemanha Oriental, comunista.
Depois de instituir o grampo universal que resultou no maior
vazamento de informações de todos os tempos, o sr. Barack
Hussein Obama quer agora que todos os funcionários públicos
se espionem obrigatoriamente uns aos outros. É uma ideia que

3 de 4 26/07/2013 16:11
Casal de coelhos http://www.olavodecarvalho.org/semana/130718dc.html

já aparece em Maquiavel, no seu projeto da "Terceira Roma" –


a tirania indestrutível.

Comente este artigo no fórum:

http://www.seminariodefilosofia.org/forum/15

Home - Informações - Textos - Links - E-mail

4 de 4 26/07/2013 16:11
Eram longas aquelas tardes http://www.olavodecarvalho.org/textos/130628Nogylongastardes.html

Eram longas aquelas tardes


Gustavo Nogy
28 de junho de 2013

ERAM LONGAS aquelas tardes de sábado na Vila Mariana. Eram


curtas, aquelas tardes. Estudei com o professor e filósofo Olavo de
Carvalho entre os anos de 2002 e 2005, pouco antes de sua partida –
creio que definitiva, feliz e infelizmente – para os EUA.
As Caras E As
Mascaras
R$44,00 Reuníamo-nos na sede de sua então editora, e ali assistíamos às
Livraria Cultura palestras de quatro, cinco horas, com breve interrupção para o café e
Os Produtos que para as conversas. A propósito: não eram palestras. Eram aulas. E os
você procura com alunos não eram tratados como estúpidos.
Frete Grátis!
Estávamos no primeiro mandato do apedeuta da silva e Olavo, entre
digressões mais ou menos abruptas para comentar o descalabro
intelectual a que nos metíamos imprudentemente, ensinava a teoria
discursiva de Aristóteles, a fenomenologia de Edmund Husserl, a
filosofia política de Eric Voegelin e Eric Weil, a ontologia de Louis
Lavelle e a metafísica de Bernard Lonergan. Vi nascer ali, como texto
base para estudo, a tradução das ‘Reflexões Autobiográficas’, de
Voegelin, assinada pela Maria Inês, sua filha.

Quatro, cinco horas de aula, quase sempre sem qualquer anotação de


apoio, e sem perder a ordem na exposição nem por um único
momento. Era impressionante. Tão impressionante quanto sua
humildade para responder, a depender da pergunta que lhe fosse feita,
com um simples “Não sei. Não estudei o assunto. Prometo prestar
atenção nisso e voltamos ao tema em tempo oportuno”.

Enquanto todos, ou quase todos os intelectuais ‘profissionais’ davam


de ombros e comemoravam as benesses do sistema democrático
brasileiro, Olavo de Carvalho, sem peias e sem meias palavras
respondia: “É o começo do fim”. E hoje sabemos quem estava certo e
quem estava errado.

E o fato é que nunca fui de fazer alarde acerca desses dois anos e meio
de estudo e dessas generosas conversas com o Olavo. Que, por sua
vez, nunca gostou muito de ser chamado de ‘mestre’, nem admitia ser
visto como ‘guru’ ou guia de qualquer coisa. Eu digo por que eu sei,
por que eu estive lá. É dos sujeitos mais generosos e engraçados que
conheci. Mas, sobretudo: de uma honestidade intelectual rara. Nada
ali soa falso. Mesmo seus erros ou seus exageros eventuais não pecam
por falsidade, coisa encontradiça nos meios intelectuais hodiernos. Ser
falso e cínico, na academia, é certeza de longa e brilhante carreira.

Nunca fiz em público o que já fiz em privado, mas faço-o, desta vez,
aqui: muito obrigado, Olavo de Carvalho.

Fiquem com a entrevista do ótimo cientista político – e, se ele me


permite, amigo – Bruno Garschagen. Nem tudo está perdido nesta
pocilga.

Eram longas aquelas tardes de sábado na Vila Mariana. Eram curtas,


aquelas tardes.

2 de 3 26/07/2013 16:12
Eram longas aquelas tardes http://www.olavodecarvalho.org/textos/130628Nogylongastardes.html

Armazém
Automatico
Modula
www.modula.e…
Economize até 90%
do espaço com o
armazen
automático Modula!

Comente este artigo no fórum:

http://www.seminariodefilosofia.org/forum/15

Home - Informações - Textos - Links - E-mail

3 de 3 26/07/2013 16:12
Olavo, o sobrevivente http://www.olavodecarvalho.org/textos/briguetolavosobrevivente.html

Olavo, o sobrevivente
Paulo Briguet
Gazeta do Povo, 17 de junho de 2013

Daqui a 20 ou 30 anos, se a cultura brasileira conseguir


sobreviver ao processo de esvaziamento espiritual que a vem
Armazém degradando continuamente, o filósofo Olavo de Carvalho será
Automatico lembrado como o grande líder intelectual das últimas gerações.
Modula Ainda que a mentalidade revolucionária espalhe o seu domínio
www.modula.e… absoluto sobre todos os campos do saber, sempre haverá
Economize até 90% alguém para afirmar – talvez não em voz alta, por causa da
do espaço com o patrulha – que o célebre autor de O Imbecil Coletivo resistiu
armazen
automático Modula! corajosamente à marcha do nosso país rumo ao brejo da
barbárie ideológica.

Desde 1994/95, quando lançou os fundamentais A Nova Era e a


Revolução Cultural e O Jardim das Aflições, Olavo de Carvalho
tem sido uma referência para quem acredita na cultura como
expressão dos mais altos valores espirituais de um povo. De 3 a
7 de junho, o professor Olavo reuniu, na sua casa-biblioteca em
Richmond (EUA), cinco escritores para discutir a degradação
cultural brasileira e os rumos da literatura em língua
portuguesa.

Para descobrir se há luz no fim do túnel, ou mesmo se existe um


túnel, estiveram em Richmond o crítico literário Rodrigo
Gurgel, o cientista político e jornalista Bruno Garschagen, o
poeta e ensaísta Ângelo Monteiro e o professor e filósofo
português Miguel Bruno Duarte. Este cronista também teve a
honra de ser convidado. Lá, ouvi muito mais do que falei;
aprendi muito mais do que expressei; testemunhei muito mais
do que contribuí.

De certa forma, o encontro em Richmond foi o ápice de uma


trajetória iniciada há 18 anos – no tempo em que eu lia
escondido os artigos de Olavo, sem ter coragem de confessá-lo
aos meus colegas de militância política. Graças a ele, e aos
autores que ele indicava, abandonei todos os resquícios da
minha mentalidade revolucionária – as escamas dos olhos e os
tampões dos ouvidos.

No Evangelho de Mateus, temos a preciosa imagem do grão de


mostarda. É a menor entre as sementes da terra, mas se torna a
maior das hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que
as aves do céu podem aninhar-se debaixo de sua generosa
sombra. A vida de Olavo é plantar essa semente.

Vivemos tempos difíceis. Tempos profetizados por Gustavo


Corção, nos quais “a atividade impera sobre a contemplação, o
apetite domina o juízo, a opinião substitui a verdade”. Mas a
existência de um pensador como Olavo de Carvalho nos faz ter a
certeza de que as portas do inferno não prevalecerão. Não é por
acaso que o nome Olavo quer dizer “o sobrevivente”. Já
achamos o túnel; procuremos a luz. E que não seja a luz de um

2 de 3 26/07/2013 16:14
Olavo, o sobrevivente http://www.olavodecarvalho.org/textos/briguetolavosobrevivente.html

D-Link Print
Sever ônibus ou um dentista em chamas.
R$288,91
KaBuM!
15% de Desconto
no Boleto

Comente este artigo no fórum:

http://www.seminariodefilosofia.org/forum/15

Home - Informações - Textos - Links - E-mail

3 de 3 26/07/2013 16:14
A influência de Olavo de Carvalho http://www.olavodecarvalho.org/textos/130702falcon.html

A influência de Olavo de Carvalho


Rafael Falcón
Ask.fm, 2 de julho de 2013

Rafael, qual foi a influência do Olavo de Carvalho na sua formação?

Armazém
Não foi, ainda é. E não acho que vai parar de ser. Aprendi de
Automatico
muita gente, mas a importância do que aprendi com Olavo é
Modula
incomparável. Embora ele fale de muitos assuntos, e eu tenha
www.modula.e…
aprendido fatos ou teorias específicas por meio de suas aulas,
Economize até 90%
do espaço com o não é isso o que faz mais diferença. A cada coisa que ensina, ele
armazen expressa um aspecto diferente, uma sutileza mais aguda de um
automático Modula! conhecimento maior. Não é o conhecimento específico de uma
área, mas um modo de abordar e organizar o conhecimento, e
também de reagir-lhe. É uma coerência interna da alma. O
contato com Olavo produz aos poucos uma imagem
impressionante de sua harmonia interior. Contemplando essa
harmonia, eu mesmo percebi muita desordem na minha
própria alma, e usando Olavo como guia pude restaurar peças
fundamentais da minha consciência. O processo continua.
Olavo não pára de impressionar.

É claro que, visto de fora, isso parece deslumbramento sectário. Hoje


em dia parece que admirar uma pessoa é pecado. Mas estou
absolutamente convencido de que as pessoas que têm pudor de
admirar quem lhes é superior, ou que têm medo de ser "manipuladas",
incapacitam-se automaticamente à educação no sentido mais elevado.
Educação integral subentende uma pessoa integral. Se você só
consegue admirar um conhecimento determinado que o mestre tem,
você não pode aprender o que ele tem de mais valioso: ele mesmo. No
mais, estou seguro de que não sou "manipulado", pelo simples fato de
que, a respeito de quase tudo que Olavo fala de mais técnico (como
política, por exemplo), eu não sei se concordo. Eu não concordo nem
discordo: eu não sei. E quem me ensinou a diferenciar o que eu sei do
que não sei, e a conviver com a consciência de minha ignorância
quase total, foi ele mesmo, com sua atitude, simultaneamente honesta
e intensa, para com o conhecimento.

Comente este artigo no fórum:

http://www.seminariodefilosofia.org/forum/15

2 de 3 26/07/2013 16:15
A influência de Olavo de Carvalho http://www.olavodecarvalho.org/textos/130702falcon.html

D-Link Print
Sever
R$288,91
KaBuM!
15% de Desconto
no Boleto

Home - Informações - Textos - Links - E-mail

3 de 3 26/07/2013 16:15
Blog http://padrepauloricardo.org/blog/tag/372-olavo-de-carvalho

Home / Blog

29/04/2013 19:02 | Categoria: Not cias

AD MULTOS ANNOS!

V rzea Grande, 29 de abril de 2013.

Car ssimo Olavo,

Hoje dia de seu anivers rio e sinto-me no dever de louvar a Deus por sua vida e de reconhecer: SOU-LHE MUIT SSIMO
OBRIGADO!

N s de l ngua portuguesa usamos, para manifestar nossa gratid o, esta estranha palavra: “obrigado”. A maior parte das
pessoas usa a express o de forma irrefletida e os poucos que refletem n o deixam de se indagar. O que h de obrigat rio na
gratid o, j que, como recorda S neca, a gratid o muito menos grata quando for ada?

Santo Tom s de Aquino, com a simplicidade dos s bios, resolve o problema:“a gratid o uma d vida de honra, ou seja,
uma obriga o que se cumpre espontaneamente” . Mas disto decorre, ent o, que a ingratid o seria uma esp cie de
“roubo”, e desta verdade o Doutor Ang lico tira a consequ ncia irrefrag vel: “a ingratid o sempre um pecado”.

Tudo isto para dizer que este meu preito de gratid o nasce de uma liberdade que se reconhece devedora. Em meu
apostolado, tenho frequentemente encontrado leigos e sacerdotes que poderiam, como eu, dividir suas vidas em dois
per odos: antes e depois do Olavo.

Meu contato com o seu pensamento foi h exatos 11 anos, quando li seu artigo “Cem anos de pedofilia”, publicado em
a 27 de abril de 2002. Conheci seu site www.olavodecarvalho.org e dali para frente tornei-me um vido leitor de tudo o
que ca sse em minhas m os e que fosse de sua autoria. A cada p gina lida, escamas ca am-me dos olhos. De v tima ignorante
e atordoada de um processo revolucion rio e anticrist o, fui me tornando um pastor mais consciente e ativo na defesa do
rebanho de Cristo.

O (n. 941) ensina que as obras de miseric rdia espiritual s o sete.1 Dar bom conselho; 2 Ensinar
os ignorantes; 3 Corrigir os que erram; 4 Consolar os aflitos; 5 Perdoar as inj rias; 6 Sofrer com paci ncia as fraquezas do
nosso pr ximo; 7 Rogar a Deus por vivos e defuntos.

Esta lista bem poderia fazer parte de seu .

Neste dia de Santa Catarina de Sena, pe o a Deus que lhe conceda ainda muitos anos de generoso magist rio e que, na sua
bondade, o Nosso Senhor lhe conceda colher alegremente o que foi semeando entre l grimas.

Fa o quest o de postar em meu site esta pequena carta para, com isto, poder ser em p blico a voz de muitos de seus alunos
e amigos ao lhe dizer um sincero e cordial: Muito obrigado!

Deus lhe pague e recompense!

Padre Paulo Ricardo

1 de 2 26/07/2013 16:16
Blog http://padrepauloricardo.org/blog/tag/372-olavo-de-carvalho

Tags: Pe. Paulo Ricardo, Olavo de Carvalho

2 de 2 26/07/2013 16:16

Você também pode gostar