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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL – JECRIM 2018.1
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 4
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LJEC – Lei nº 9.099/95)........................................................ 5
1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL DOS JUIZADOS ................................................................... 5
2. OBJETIVOS DA LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS .................................................................. 5
3. JURISDIÇÃO CONSENSUAL .................................................................................................. 5
4. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 9.099/95............................................................................ 7
5. CRITÉRIOS/PRINCÍPIOS ORIENTADORES E FINALIDADES DOS JUIZADOS .................... 7
5.1. PRINCÍPIO DA ORALIDADE ............................................................................................ 8
5.2. PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE ....................................................................................... 8
5.3. PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE ................................................................................... 9
5.4. PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL .................................................................... 9
5.5. PRINCÍPIO DA CELERIDADE PROCESSUAL ................................................................. 9
6. COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL ............................................................ 9
6.1. HIPÓTESES DE MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS PREVISTAS NA
LEI 9
6.1.1. Conexão e continência (art. 60, parágrafo único)..................................................... 10
6.1.2. Impossibilidade de citação pessoal do acusado (art. 66, parágrafo único da Lei) .... 10
6.1.3. Complexidade da causa (art. 77, §2º) ...................................................................... 11
6.2. NATUREZA DA COMPETÊNCIA DO JEC: ABSOLUTA OU RELATIVA?....................... 11
6.3. CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DE PENA (MAJORANTES E MINORANTES) 12
6.4. AGRAVANTES E ATENUANTES ................................................................................... 12
7. EXCESSO DA ACUSAÇÃO ................................................................................................... 13
8. INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO ................................................................ 13
8.1. EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE IMPO .......................................................................... 13
8.2. INFRAÇÃO DE OFENSIVIDADE INSIGNIFICANTE, INFRAÇÃO DE MÉDIO POTENCIAL
OFENSIVO E INFRAÇÃO DE ÍNFIMO POTENCIAL OFENSIVO .............................................. 14
8.3. ESTATUTO DO IDOSO (LEI 10.741/03, ART. 94) .......................................................... 15
8.4. FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO (E COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS
TRIBUNAIS) .............................................................................................................................. 16
8.5. CRIMES ELEITORAIS .................................................................................................... 16
8.6. INSTRUMENTOS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO ............................................... 16
8.7. LEI 11.340/06 (LEI MARIA DA PENHA).......................................................................... 17
8.7.1. Varas especializadas ............................................................................................... 18
9. APLICAÇÃO DA LEI 9.099/95 NA JUSTIÇA MILITAR ........................................................... 19
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10. COMPETÊNCIA TERRITORIAL NO ÂMBITO DOS JUIZADOS (ART. 63) ......................... 19
11. TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (art. 69) ............................................... 20
11.1. PREVISÃO LEGAL ..................................................................................................... 20
11.2. ATRIBUIÇÃO PARA LAVRATURA DO TC.................................................................. 20
11.3. PRISÃO EM FLAGRANTE (ART. 69, PARÁGRAFO ÚNICO) ..................................... 20
12. FASE PRELIMINAR ........................................................................................................... 21
13. COMPOSIÇÃO DOS DANOS CIVIS (art. 74) ..................................................................... 21
14. REPRESENTAÇÃO NOS JUIZADOS (art. 75) ................................................................... 22
15. TRANSAÇÃO PENAL (art. 76) ........................................................................................... 22
15.1. CONCEITO ................................................................................................................. 23
15.2. MITIGAÇÃO AO PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DA AÇÃO PENAL PÚBLICA 23
15.3. REQUISITOS .............................................................................................................. 23
15.3.1. Infração de menor potencial ofensivo ................................................................... 24
15.3.2. Não ser caso de arquivamento do termo circunstanciado .................................... 24
15.3.3. Não ter sido o autor da infração condenado ......................................................... 25
15.3.4. Não ter sido o agente beneficiado por transação penal pelo prazo de cinco anos
anteriores 25
15.3.5. Circunstâncias favoráveis .................................................................................... 25
15.3.6. Reparação do dano ambiental nos crimes ambientais ......................................... 25
15.4. LEGITIMIDADE PARA OFERECIMENTO DA TRANSAÇÃO PENAL.......................... 25
15.4.1. Juiz ...................................................................................................................... 25
15.4.2. MP ....................................................................................................................... 26
15.5. RECUSA INJUSTIFICADA POR PARTE DO TITULAR DA AÇÃO PENAL EM
OFERECER A PROPOSTA DE TRANSAÇÃO PENAL ............................................................. 27
15.5.1. Por parte do ofendido nos crimes de ação penal privada ..................................... 27
15.5.2. Por parte do MP nos crimes de ação penal pública .............................................. 27
15.6. MOMENTO PARA O OFERECIMENTO DA TRANSAÇÃO PENAL ............................ 27
15.7. DESCUMPRIMENTO INJUSTIFICADO DA TRANSAÇÃO PENAL HOMOLOGADA .. 28
15.8. RECURSOS CABÍVEIS EM RELAÇÃO À TRANSAÇÃO PENAL ................................ 28
16. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO (art. 77 e seguintes) .................................................... 29
16.1. AUDIÊNCIA PRELIMINAR .......................................................................................... 29
16.1.1. Início da ação penal - Oferecimento oral da denúncia .......................................... 29
16.1.2. Diligências indispensáveis.................................................................................... 30
16.1.3. Citação do acusado em audiência (art. 78) .......................................................... 30
16.2. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO......................................................... 31
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16.2.1. Renovação das soluções consensuais (art. 79) ................................................... 31
16.2.2. Defesa/resposta preliminar (art. 81 da Lei) ........................................................... 31
16.2.3. (Des) necessidade de resposta à acusação ......................................................... 32
16.2.4. Juízo de admissibilidade da peça acusatória ....................................................... 33
16.2.5. Possibilidade de absolvição sumária .................................................................... 33
16.2.6. Ordem dos atos na audiência de instrução e julgamento ..................................... 34
17. SISTEMA RECURSAL NA LEI 9.099/95 ............................................................................ 35
17.1. ÓRGÃOS DO SISTEMA RECURSAL DO JECRIM ..................................................... 35
17.2. APELAÇÃO NO JECRIM (art. 82) ............................................................................... 35
17.3. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO JECRIM (art. 83)............................................... 36
17.4. RECURSO EXTRAORDINÁRIO/RECURSO ESPECIAL NO JECRIM ........................ 36
17.5. HABEAS CORPUS NO JECRIM ................................................................................. 37
17.6. MANDADO DE SEGURANÇA..................................................................................... 37
17.7. REVISÃO CRIMINAL NO JECRIM .............................................................................. 38
17.8. CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE JECRIM E JUÍZO COMUM ......................... 38
18. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (art. 89) ................................................... 38
18.1. CABIMENTO ............................................................................................................... 38
18.1.1. “Igual ou inferior a um ano” .................................................................................. 39
18.1.2. “Não esteja sendo processado” ............................................................................ 40
18.1.3. “Condenado por outro crime” ............................................................................... 40
18.1.4. “Demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (sursis)” –
art. 77 CP 40
18.1.5. “Prévio recebimento da peça acusatória” ............................................................. 40
18.2. INICIATIVA PARA A PROPOSTA ............................................................................... 41
18.3. CABIMENTO EM AÇÃO PENAL PRIVADA................................................................. 41
18.4. CONDIÇÕES DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO ............................. 41
18.5. REVOGAÇÃO DA SUSPENSÃO ................................................................................ 42
18.6. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE .................................................................................. 42
18.7. SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO (§6º) ....................................................................... 43
18.8. RECURSO CABÍVEL CONTRA A DECISÃO QUE SUSPENDE O PROCESSO ........ 43
18.9. CABIMENTO DE ‘HABEAS CORPUS’ ........................................................................ 43
18.10. DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO ............................................................................ 44
18.11. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO NOS CRIMES AMBIENTAIS ........... 44
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APRESENTAÇÃO
Olá!
O Caderno Legislação Penal Especial possui como base as aulas dos professores Renato
Brasileiro, Cleber Masson e Vinícius Marçal, serão analisadas dezesseis leis, as mais cobradas em
concurso público.
Dois livros foram utilizados para complementar nosso CS de Legislação Penal Especial: a)
Legislação Criminal para Concursos (Fábio Roque, Nestor Távora e Rosmar Rodrigues Alencar),
ano 2016 e b) Legislação Criminal Comentada (Renato Brasileiro), ano 2017, ambos da Editora
Juspodivm.
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina
+ informativos + súmulas + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você
faça uma boa prova.
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito
importante!! As bancas costumam repetir certos temas.
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JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS (LJEC – Lei nº 9.099/95)
A CF deixa claro que a competência dos juizados será para julgar os crimes de menor
potencial ofensivo, observando os princípios da celeridade, da informalidade e da economia
processual. Além disso, será permitido a transação. Por fim, a CF autoriza que os recursos das
decisões dos juizados serão analisados pelas turmas recursais.
• Transação penal;
Conferir uma prestação jurisdicional mais célere para os crimes de menor potencial ofensivo,
evitando, assim, a prescrição.
3. JURISDIÇÃO CONSENSUAL
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Acordo entre MP e autor da infração penal.
Benefícios da Lei
Art. 69, Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele
comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em
caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de
cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a
vítima.
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada
pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser
executado no juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação
penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta
a renúncia ao direito de queixa ou representação.
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c) Representação nos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas: o não
oferecimento da representação dentro do prazo de seis meses a contar do
conhecimento da autoria acarreta a decadência e consequente extinção da
punibilidade (art. 88);
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a
um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a
denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos,
desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam
a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
Logo que entrou em vigor, muito se discutiu sobre a constitucionalidade da Lei, em virtude
da possibilidade de jurisdição consensual, na qual o autor do fato cumpre uma espécie de pena
alternativa sem o devido processo legal.
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Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade,
informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que
possível, a conciliação ou a transação.
Deve-se dar preferência à palavra falada sobre a escrita, sem que esta seja excluída.
Cita-se, como exemplo, o art. 77, que prevê denuncia oral (deve ser reduzida a termo).
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de
pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese
prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de
imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências
imprescindíveis.
d) Integridade física do juiz: o juiz que presidir a instrução deverá, pelo menos em regra,
proferir sentença. Esse princípio também está previsto no art. 399, §2º, do CPP.
Procura-se diminuir o quanto possível a massa dos materiais que são juntados aos autos do
processo sem que se prejudique o resultado final da prestação jurisdicional.
Art. 77, § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base
no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do
inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a
materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova
equivalente.
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5.3. PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE
Entre duas alternativas igualmente válidas, deve se optar pela menos onerosa às partes e
ao próprio Estado.
Pode-se afirmar que, com relação às infrações penais, a competência dos Juizados é fixada
com base em dois critérios:
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6.1.1. Conexão e continência (art. 60, parágrafo único)
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados
e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das
infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de
conexão e continência.
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o
tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e
continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da
composição dos danos civis.
Para melhor ilustrar, imagine que “A” tenha praticado um crime de desacato, infração de
menor potencial ofensivo (pena de 6 meses a 2 anos) e tenha cometido um homicídio doloso, crime
de competência do júri.
Se os delitos tivessem sido praticados sem conexão e sem continência, o desacato seria
julgado no JECrim e o homicídio no júri.
De acordo como art. 60, parágrafo único da Lei 9.099/95, em havendo conexão entre uma
IMPO e um crime do juízo comum (ou do júri), ambos os delitos deverão ser processados e julgados
perante o juízo comum (ou do júri), devendo, no caso, ser observados os institutos despenalizadores
(composição civil dos danos/transação penal) em relação a IMPO.
6.1.2. Impossibilidade de citação pessoal do acusado (art. 66, parágrafo único da Lei)
A citação no JEC (sumaríssimo) é pessoal, ou seja, não se admite citação por edital, que vai
contra a celeridade deste rito.
Em não sendo possível a citação pessoal, os autos são remetidos ao juízo comum, para que
se proceda à citação por edital, observando-se o procedimento SUMÁRIO (art. 538 do CPP -
Novidade), bem como os institutos despenalizadores.
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CPP Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o
juizado especial criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes
para a adoção de outro procedimento, observar-se-á o procedimento sumário
previsto neste Capítulo.
OBS: O processo somente será remetido ao juízo comum após o oferecimento da denúncia. Além
disso, mesmo sendo encontrado o acusado posteriormente, não será restabelecida a competência
do JEC.
Art. 66, Parágrafo único - Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz
encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do
procedimento previsto em lei.
Quem julga a apelação contra a decisão da vara criminal que julga a IMPO complexa? Cabe
ao TJ ou à Turma Recursal? Quem julga é o Tribunal de Justiça, uma vez que a competência da
turma recursal é limitada à apreciação de decisões oriundas de Juizados.
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1ª C: A competência é absoluta, não só porque está prevista na CF/88, como também porque
é uma competência estabelecida em razão da matéria (qual matéria? IMPO). Posição de Ada
Grinover, Gustavo Badaró, Mirabete.
Problema: Se ela é absoluta, não pode ser prorrogada. Porém, a própria lei prevê três
hipóteses de modificação da competência, vista acima.
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Além disso, o reconhecimento de agravantes e atenuantes sequer permite que a pena seja
fixada fora dos limites legais.
7. EXCESSO DA ACUSAÇÃO
A redação original do art. 61 da lei em tela previa, basicamente, que todas as contravenções
penais, bem como os crimes com pena máxima não superior a 01 ano, ou multa, salvo crimes
submetidos a procedimento especial (ex.: lei de abuso de autoridade), eram considerados infrações
de menor potencial ofensivo.
Em 2001, por conta da edição da Lei 10.259/01 (Juizados Especiais Federais), o conceito
começa a ser modificado, eis que o parágrafo único do art. 2º prevê como IMPO, os crimes com
pena máxima não superior a 02 anos, ou multa.
OBS: A lei não falava em contravenção, mas por razão óbvia: a JF não julga contravenções.
Discussão que surgiu à época: Teria a Lei do JEF alterado o conceito da Lei do JEC? Duas
teorias surgiram:
1ª: Teoria dualista (sistema bipartido) - Haverá dois conceitos distintos de IMPO, um na JE,
outro na JF, em razão da expressão “desta Lei”.
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Prevaleceu o sistema unitário, em homenagem ao princípio da isonomia.
No entanto, toda essa discussão é esvaziada em 2006, quando, por meio da Lei 11.313/06,
modifica-se o conceito de IMPO previsto no art. 61 da Lei 9.099/95.
Infração de médio potencial ofensivo, segundo a doutrina, são aqueles em que se admite
a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/95). Ou seja, são crimes e contravenções
com pena mínima igual ou inferior a um ano.
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a
um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a
denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos,
desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam
a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
Por exemplo, furto simples que possui pena mínima igual a um ano, mas como a pena
máxima é superior a dois anos, não vai para o juizado.
Infração de ínfimo potencial ofensivo é aquela em que não é cominada pena privativa de
liberdade, a exemplo do art. 28 da Lei de Drogas.
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Infração de máximo potencial ofensivo são aquelas que não admitem a suspensão
condicional do processo, ou seja, que têm pena mínima cominada igual ou inferior a 1 ano.
Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de
liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento
previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente,
no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo
Penal.
Em crimes contra o idoso previstos no Estatuto com pena máxima não superior a 04 anos
aplica-se o procedimento sumaríssimo.
Entretanto, só vai para o JECrim se for uma infração de menor potencial ofensivo. Do
contrário, vai para um juízo comum, seguindo o procedimento sumaríssimo. De modo a dar uma
resposta mais célere.
Informativo n. 556 do STF: ADI 3.096 promovida pelo PGR, para dar ao dispositivo
interpretação conforme à CF, no sentido de somente se aplicar o procedimento e não os benefícios
da Lei 9.099/95. Mérito pendente de julgamento.
Destaca-se que, ao contrário da Lei Maria da Penha, não há proibição para aplicação da Lei
9.099/95.
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Em suma:
- Crime previsto no Estatuto do Idoso com pena máxima não superior a 2 anos: é tratado como
infração de menor potencial ofensivo. Logo, será julgado pelos Juizados, e terá direito aos institutos
despenalizadores;
- Crime previsto no Estatuto do Idoso com pena máxima superior a 2 anos e que não ultrapasse os
4 anos: nesse caso, aplica-se o art. 94. Logo, o delito será da competência do Juízo Comum,
aplicando-se o procedimento comum sumaríssimo;
- Crime previsto no Estatuto do Idoso com pena máxima superior a 4 anos: é da competência do
Juízo Comum, aplicando-se o procedimento comum ordinário;
O juízo competente não será o JEC e tampouco o procedimento será o sumaríssimo, mesmo
que se trate de infrações de menor potencial ofensivo.
Assim, por exemplo, caso um deputado federal pratique uma IMPO será julgado pelo STF,
sem prejuízo da aplicação dos institutos despenalizadores.
IMPO eleitoral não vai para o JEC, mas sim para a justiça eleitoral.
É um conceito, relativamente, recente. Foi trazido pela Lei 13.060/2014, que entrou em vigor
em 23 de dezembro de 2014.
Os instrumentos de menor potencial ofensivo são armas não letais, a exemplo do gás
lacrimogêneo, arma de dar choque.
CS – JECRIM 2018.1 16
Art. 2o Os órgãos de segurança pública deverão priorizar a utilização dos
instrumentos de menor potencial ofensivo, desde que o seu uso não coloque
em risco a integridade física ou psíquica dos policiais, e deverão obedecer
aos seguintes princípios:
I - legalidade;
II - necessidade;
III - razoabilidade e proporcionalidade.
Parágrafo único. Não é legítimo o uso de arma de fogo:
I - contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que não represente risco
imediato de morte ou de lesão aos agentes de segurança pública ou a
terceiros; e
II - contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública, exceto
quando o ato represente risco de morte ou lesão aos agentes de segurança
pública ou a terceiros.
Lei 11.340/06 Art. 41. Aos crimes (inclui contravenção penal, por ex. vias de
fato) praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher (art. 5º e
art. 7º), independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099,
de 26 de setembro de 1995.
Art. 41 da Lei 11.340/06 - Violência doméstica e familiar contra a mulher. Em CRIMES dessa
lei, qualquer que seja a pena, é vedada a incidência da Lei 9.099/95. Ou seja, não pode ser aplicado
o procedimento sumaríssimo, nem a competência do JEC, tampouco os institutos
despenalizadores.
Analisando o disposto no art. 41 da Lei Maria da Penha, o Supremo entendeu que o preceito
alcança toda e qualquer prática delituosa contra a mulher, até mesmo quando consubstancia
contravenção penal, como é a relativa a vias de fato.
CS – JECRIM 2018.1 17
possível considerar-se ilegítimo o uso do sexo como critério de diferenciação, visto que a mulher
seria eminentemente vulnerável no tocante a constrangimentos físicos, morais e psicológicos
sofridos em âmbito privado. Sob o enfoque constitucional, consignou-se que a norma seria corolário
da incidência do princípio da proibição de proteção insuficiente dos direitos fundamentais.
Sublinhou-se que a lei em comento representaria movimento legislativo claro no sentido de
assegurar às mulheres agredidas o acesso efetivo à reparação, à proteção e à justiça. Discorreu-
se que, com o objetivo de proteger direitos fundamentais, à luz do princípio da igualdade, o
legislador editara microssistemas próprios, a fim de conferir tratamento distinto e proteção especial
a outros sujeitos de direito em situação de hipossuficiência, como o Estatuto do Idoso e o da Criança
e do Adolescente.
O art. 33 reconhece que há uma carência de juiz no Brasil, assim, não sendo possível a
criação das varas especializadas, a competência poderá ser declinada para uma vara criminal, o
juiz criminal irá acumular.
O problema é que o TJDF, valendo-se do art. 33 da LMA, outorgou a competência para uma
vara de juizado especial criminal. Vejamos a tabela:
Por fim, ressalta-se a Súmula 542 do STJ, a qual está em consonância com o que foi
decidido pelo STF:
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no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o
julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência
doméstica e familiar contra a mulher.
Art. 14 da 11.340/06. Ele se refere aos juizados de violência doméstica e familiar contra a
mulher, porém, devemos compreender que se refere não aos juizados especiais criminais, mas sim
à criação de varas especializadas.
Para o STF, o art. 14 recomenda a criação das varas especializadas, não impõe. Por isso,
não há falar em inconstitucionalidade.
No início da vigência da Lei, como não havia qualquer vedação, tanto o STJ quanto o STF
admitiam sua aplicação ao âmbito militar.
No entanto, em 1999 surge a Lei 9.839/99, que acrescenta o art. 90-A à Lei dos juizados,
proibindo a aplicação da Lei dos Juizados no âmbito da Justiça Militar.
A Lei 9.839/99 tem natureza gravosa (‘Lex gravior’), pois priva o acusado do gozo dos
institutos despenalizadores da Lei 9.099/95, logo o art. 90-A só se aplica aos crimes militares
praticados após a sua vigência, tendo em vista se tratar de uma novatio legis in pejus.
Inicialmente, destaca-se que o CPP determina que a competência será fixada pelo local em
que for consumado o delito, nos termos do art. 70.
Diferentemente, a Lei dos Juizado determina que a competência será fixada pelo local em
que a infração foi praticada, conforme disposto no art. 63.
Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi
praticada a infração penal.
A Lei dos Juizados é uma das exceções ao CPP, pois usa a expressão “lugar em que foi
praticada a infração penal”. Qual teoria teria sido adotada? Três correntes:
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2ª C: É sinônimo de consumada (teoria do resultado).
3ª C: A lei do JEC adota a teoria mista. Seria competente tanto o local da ação quanto o
local da consumação (teoria da ubiquidade).
É uma das primeiras novidades da Lei do JEC. No âmbito dos Juizados, é desnecessária a
instauração de inquérito policial (em homenagem à celeridade e informalidade).
De acordo com o art. 69, quem lavra o TC é a autoridade policial. Quem é autoridade policial?
1ªC (MINORITÁRIA): o TC pode ser lavrado pela polícia judiciária (civil e federal), bem como
pela polícia militar.
STF – segue a segunda corrente, afirmando que a lavratura pela polícia militar consiste em
usurpação de competência.
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A pessoa em situação de flagrante será captura e conduzida de forma coercitiva à delegacia
de polícia. Contudo, ao invés da lavratura de APF, será lavrado o TC.
b) A transação penal.
Ou seja, é uma audiência eminentemente conciliatória, motivo pelo qual a presença das partes
é facultativa. Não há condução coercitiva.
Se a infração for de ação penal privada ou pública condicionada à representação, uma vez
feita a composição dos danos, a consequência será a renúncia ao direito de queixa e de
representação, acarretando na extinção da punibilidade do autor do fato.
# É possível a composição dos danos civis em crime de ação penal pública incondicionada?
R: Em tese, a Lei dos Juizados afirma que a composição é cabível em crimes de ação penal privada,
havendo renúncia ao direito de queixa. Prevê, ainda, a composição para os crimes de ação penal
pública condicionada à representação, acarretando, igualmente, em renúncia ao direito de
representação. Contudo, apesar do silêncio da lei, é possível a composição civil de danos nos
crimes de ação penal pública incondicionada, mas não traz benefícios.
CS – JECRIM 2018.1 21
De acordo com Renato Brasileiro, a composição civil de danos no caso de ação penal
incondicionada poderia ser feita utilizando o arrependimento posterior (ponte de prata), previsto no
art. 16 do CP, ensejando uma redução da pena, desde que houve a efetiva reparação do dano.
CP, Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa,
reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da
queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois
terços.
Essa medida foi pensada para as infrações que produzem danos materiais ou morais a uma
vítima determinada. Em regra, o MP não intervém nessa fase, salvo se o ofendido for incapaz.
Reduzida a termo e homologada, a composição vale como título executivo judicial a ser
executado na Vara Cível. Se o valor não ultrapassar 40 salários mínimos, a execução se dará no
Juizado Especial Cível (JEC).
Art. 75 - Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente
ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal, que
será reduzida a termo.
Parágrafo único - O não oferecimento da representação na audiência
preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser exercido no
prazo previsto em lei.
Não ocorrendo ou não sendo possível a composição dos danos civis, o processo segue
normalmente. Momento no qual deverá ser dada, imediatamente, ao ofendido a oportunidade de
exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo (art. 75). Diz, ainda, o parágrafo
único do art. 75 que o não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica
decadência do direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei (art. 75).
Percebe-se que para o art. 75, a representação deve ser feita em juízo. No entanto, a
jurisprudência tem considerado válida a representação feita perante a autoridade policial, quando
da lavratura do TC, isso se justifica principalmente porque o prazo decadencial é de 6 meses a partir
do conhecimento da autoria (veja que devido a morosidade do andamento dos processos e data
para a audiência, poderia dar-se a decadência do direito de representação/queixa).
A representação deve ser encarada como qualquer ato que demonstre a intenção do ofendido
de ver o agente ser processado, prescindindo-se de formalidades desnecessárias. Não sendo feita
a representação (em juízo ou na delegacia), deve-se aguardar o decurso do prazo de 06 meses
para que se possa falar em decadência.
CS – JECRIM 2018.1 22
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá
reduzi-la até a metade.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena
privativa de liberdade, por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela
aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente
a adoção da medida.
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida
à apreciação do Juiz.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração,
o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em
reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo
benefício no prazo de cinco anos.
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida
no art. 82 desta Lei.
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de
certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo
dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação
cabível no juízo cível.
15.1. CONCEITO
É um instituto despenalizador.
Trata-se de acordo celebrado entre o titular da ação penal e o autor do fato, sempre assistido
por seu defensor, pelo qual se propõe a aplicação imediata de pena restritiva de direito ou multa,
dispensando-se a instauração do processo.
A transação é o melhor exemplo de mitigação a esse princípio, pois ela permite que o MP
deixe de oferecer a denúncia. Entretanto, não há ampla discricionariedade do MP, haja vista a lei já
prever requisitos para a transação. Por conta disso, a doutrina diz que na transação penal vige o
princípio da discricionariedade regrada ou mitigada.
15.3. REQUISITOS
CS – JECRIM 2018.1 23
§ 1º - Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá
reduzi-la até a metade.
§ 2º - Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena
privativa de liberdade, por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela
aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente
a adoção da medida.
Apenas contravenções ou crimes, com pena máxima não superior a dois anos, estão sujeitos
a transação penal, ressalvado os crimes da Lei Maria da Penha (Súmula 536 do STJ)
Ressalta-se que qualquer procedimento investigatório pode ser arquivado, não apenas o
inquérito policial, nos termos do art. 28 do CPP.
CS – JECRIM 2018.1 24
15.3.3. Não ter sido o autor da infração condenado
Para ter direito à transação penal o autor da infração não pode ter sido condenado por
SENTENÇA DEFINITIVA1 pela prática de CRIME2 a pena PRIVATIVA DE LIBERDADE3.
1. Sentença definitiva = é aquela que já transitou em julgado. Ou seja, não basta acordão
condenatório, deve ter transitado em julgado.
15.3.4. Não ter sido o agente beneficiado por transação penal pelo prazo de cinco anos
anteriores
O único efeito concreto que deriva de uma transação penal é o impedimento de nova
transação pelo lapso de cinco anos.
Tratando-se de crime ambiental, para que seja possível a transação penal, o dano deverá
ser reparado.
15.4.1. Juiz
A proposta de transação penal não pode ser concedida ex officio pelo juiz.
Durante muito tempo houve essa discussão. Uma primeira corrente dizia que a transação
penal seria um direito subjetivo do acusado. Por conta disso, ela poderia ser concedida de ofício
pelo juiz. Essa corrente não ganhou corpo na jurisprudência. Por quê?
CS – JECRIM 2018.1 25
Simples. Se for transação, ela pressupõe a aceitação de ambas as partes. Além disso,
pudesse o juiz conceder a transação de ofício, ele estaria usurpando um poder que não é seu:
poder de promover a ação penal pública.
Assim, prevalece atualmente que, caso o juiz não concorde com a recusa injustificada da
proposta de transação penal por parte do MP, deve remeter a questão ao procurador-geral (ou
Câmara Criminal do MPF), nos termos do art. 28 do CPP.
Nesse sentido é a Súmula 696 do STF, que apesar de dispor sobre a suspensão condicional
do processo, aplica-se perfeitamente à transação, uma vez que ambos os institutos refletem o
exercício do direito de ação.
15.4.2. MP
Pela leitura do caput do art. 76 da Lei 9.099/95, observa-se que há referência APENAS à
ação penal pública, seja ela condicionada (representação) ou incondicionada, com expressa
legitimação do MP para oferecer a transação penal.
Diante disso, indaga-se: é possível transação penal em crime de ação penal privada? Com
base no princípio da isonomia, a doutrina afirma que não é razoável excluir a possibilidade de
transação penal aos crimes de ação penal privada. Assim, é perfeitamente cabível transação penal
nos casos de crimes de ação penal privada. Há, contudo, divergência sobre a legitimidade para o
oferecimento. Parte da doutrina sustenta que compete ao MP (Enunciado 112 do FONAJE); outros
entendem que compete ao ofendido ou ao seu representante legal (majoritário – STJ);
Obs.: Renato Brasileiro entende que é verdadeiro absurdo afirmar que o MP seria competente para
o oferecimento de transação penal, tendo em vista que se trata de um crime de ação penal privada,
em que a titularidade do direito não é sua.
CS – JECRIM 2018.1 26
que significa que o seu implemento requer o mútuo consentimento das partes.
IV - Na injúria não se imputa fato determinado, mas se formulam juízos de
valor, exteriorizando-se qualidades negativas ou defeitos que importem
menoscabo, ultraje ou vilipêndio de alguém. V - O exame das declarações
proferidas pelo querelado na reunião do Conselho Deliberativo evidenciam,
em juízo de prelibação, que houve, para além do mero animus criticandi,
conduta que, aparentemente, se amolda ao tipo inserto no art. 140 do Código
Penal, o que, por conseguinte, justifica o prosseguimento da ação penal.
Queixa recebida. (APn 634/RJ, Rel. Ministro FELIX FISCHER, CORTE
ESPECIAL, julgado em 21/03/2012, DJe 03/04/2012)
Em suma:
Aqui, não há nada a fazer, porque a ação penal privada está sujeita aos princípios da
oportunidade e da disponibilidade. Ou seja, o oferecimento da proposta ocorre pela vontade do
ofendido.
Aqui, aplica-se o art. 28 do CPP, o qual consagra o princípio da devolução. Assim, havendo
controvérsia entre o juiz e promotor (não pode ser compelido a oferecer a transação penal, sob
pena de violação de sua independência funcional), o juiz devolve o conhecimento da questão ao
Procurador Geral, a fim de que este ofereça ou não a transação penal.
Neste sentindo, Súmula 696 do STF que deve ser aplicada à transação penal, mesmo que
faça referência à suspensão condicional do processo:
CS – JECRIM 2018.1 27
Ressalta-se que a transação penal (e a suspensão condicional do processo), em situações
excepcionais, poderá ser concedida durante o processo, a exemplo dos casos desclassificação e
de procedência parcial da pretensão punitiva.
É o caso do agente que é processado pelo crime de furto qualificado, mas durante a
instrução constata-se que é um furto simples, ocasião em que poderá ser ofertada a suspensão
condicional do processo (o mesmo se aplica à transação penal)
1ª Corrente: Homologada a proposta de transação penal, temos sentença com coisa julgada
formal e material, devendo a pena ser executada, seja ela de multa (dívida ativa), seja restritiva de
direitos (execução de obrigação de fazer, não fazer ou dar). Era adotada pelo STJ.
2ª Corrente PREVALECE: O titular da ação penal pode oferecer a respectiva peça acusatória,
pois a decisão homologatória não faz coisa julgada material, deixando de produzir efeitos quando
descumprida. Nesse sentido, a SV 35.
CS – JECRIM 2018.1 28
Frise-se: A decisão homologatória não interrompe o prazo prescricional.
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de
pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese
prevista no art. 76 desta Lei (transação penal), o Ministério Público oferecerá
ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências
imprescindíveis.
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo
de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial,
prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime
estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente.
§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a
formulação da denúncia, o Ministério Público poderá requerer ao Juiz o
encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único do art.
66 desta Lei.
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral,
cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstâncias do caso
determinam a adoção das providências previstas no parágrafo único do art.
66 desta Lei.
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de
pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese
prevista no art. 76 desta Lei (transação penal), o Ministério Público oferecerá
ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências
imprescindíveis.
Não havendo composição dos danos ou transação, cabe ao MP dar início à persecução penal,
ainda na audiência preliminar, por meio do oferecimento oral da peça acusatória (princípio da
oralidade e informalidade).
A denúncia será reduzida a termo e deverá preencher os mesmos requisitos previstos no art.
41 do CPP.
Art. 77, § 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base
no termo de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do
CS – JECRIM 2018.1 29
inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a
materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova
equivalente.
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de
pena, pela ausência do autor do fato, ou pela não ocorrência da hipótese
prevista no art. 76 desta Lei (transação penal), o Ministério Público oferecerá
ao Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de
diligências imprescindíveis.
Se perceber que a causa é complexa, é nesse momento que o MP deve requerer a remessa
do feito para o juízo comum.
CS – JECRIM 2018.1 30
§ 2º - Não estando presentes o ofendido e o responsável civil, serão intimados
nos termos do art. 67 desta Lei para comparecerem à audiência de instrução
e julgamento.
§ 3º - As testemunhas arroladas serão intimadas na forma prevista no art. 67
desta Lei.
Se o acusado não estiver presente, será citado pessoalmente (por mandado) ou por hora
certa (não é unânime). Será cientificado de que deverá trazer à audiência suas testemunhas ou
apresentar requerimento para intimação, no mínimo cinco dias antes de sua realização.
Frise-se: Não se admite citação por EDITAL no JEC. Se o acusado estiver em lugar incerto,
os autos serão remetidos ao juízo comum. Lembrando que não há impedimento a priori para citação
por carta precatória/rogatória (há quem diga que dificulta a celeridade dos JECrims não devendo
ser admitido)
Não estando presentes o ofendido e o responsável civil, serão intimados nos termos do art.
67 da Lei (por qualquer meio admitido em direito).
Conforme o art. 79, antes da abertura da audiência deverão ser renovadas as tentativas de
conciliação e de transação penal.
Não é todo procedimento que admite defesa preliminar. Atualmente, temos nos seguintes
procedimentos:
CS – JECRIM 2018.1 31
• Juizados especiais criminais;
• Lei de drogas;
Pode ser oral (caso em que será reduzido a termo) ou por escrito. Visa impedir a instauração
de uma lide temerária. Objetiva a rejeição da peça acusatória (e para alguns também a absolvição
sumária).
Feita a defesa, o juiz decide se rejeita (ou se absolve sumariamente) ou recebe a peça
acusatória.
Resposta acusação é o nome que a uma peça apresentada pela defesa, prevista no art.
396-A do CPP.
CS – JECRIM 2018.1 32
Salienta-se que a resposta à acusação não se confunde com a defesa preliminar
(apresentada entre o oferecimento da peça acusatória e o seu recebimento), pois é apresentada
após o recebimento da peça acusatória.
A Lei dos Juizados não prevê resposta à acusação. O art. 394, §4º do CPP é claro ao prever
que as disposições dos arts. 395 a 398 serão aplicadas a TODOS os procedimentos penais de
primeiro grau, ainda que não regulados pelo CPP. Trata-se de verdadeira norma geral, assim, pelo
menos em tese, poderíamos aplicar tais artigos ao JECRIM.
Em primeiro lugar, são analisados os aspectos formais (processuais) da denúncia (art. 395
do CPP), a saber: aptidão da peça inicial, condições da ação e pressupostos processuais, justa
causa.
Feito isso, o juiz passa a analisar as causas legais de absolvição sumária (art. 397 do
CPP).
CS – JECRIM 2018.1 33
Apesar de a Lei dos Juizados não falar nada da absolvição, é óbvio que é cabível, nos termos
do art. 394, § 4º do CPP. Além de ser uma medida mais benéfica ao réu, possibilita o encerramento
do processo de forma mais célere, o que vai ao encontro dos princípios do JEC.
Não sendo caso de rejeição ou absolvição sumária, tem lugar a decisão de recebimento da
peça acusatória, que dará início à instrução processual.
Nucci diz que esse recebimento deve ser fundamentado, assim como todo procedimento em
que há a defesa preliminar. Isto devido ao art. 93, IX da CF agregado ao fato de que não pode o
juiz simplesmente ignorar os argumentos levantados preliminarmente pelo autor do fato.
OBSERVAÇÃO: Há quem entende que não existe absolvição sumária no JEC, exatamente por
existir a análise de recebimento ou rejeição da denúncia num momento imediatamente anterior. Há
também quem diga que a análise da absolvição sumária deva ser feita depois do recebimento da
denúncia, que ocorre depois de verificada a ausência de causas de rejeição.
1) Instrução
2) Debates orais
CS – JECRIM 2018.1 34
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação deste, serão
concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de
manifestação da defesa.
3) Sentença
Juízo ad quem: Turma recursal, composta por três juízes de primeira instância.
CUIDADO: O juiz que apreciou a causa em 1º grau, obviamente não poderá integrar a turma
recursal que irá julgá-lo.
A Turma Recursal é funciona como juízo ad quem exclusivo dos juizados especiais criminais,
ou seja, não poderá julgar infrações de menor potencial ofensivo que sai do juizado e vai para a
vara comum.
CS – JECRIM 2018.1 35
2) Prazo: 05 dias para interpor. 2) Prazo de 10 dias para interpor.
3) Depois de interposta, mais 08 dias para arrazoar. 3) A interposição DEVE estar acompanhada das
razões recursais (daí o prazo maior).
2ª C: Apesar do teor do art. 82, §1º, a não apresentação de razões não impede o
conhecimento do recurso, caso no qual terá efeito devolutivo amplo (STF 1ª T. HC 85.344).
2) Cabimento 2) Cabimento
- Obscuridade; - Obscuridade
- Contradição; - Contradição
- Omissão. - Omissão
- Ambiguidade;
CS – JECRIM 2018.1 36
Contra decisão das turmas recursais, desde que preenchidos todos os requisitos, é cabível
recurso extraordinário.
STJ Súmula: 203 Não cabe recurso especial contra decisão proferida por
órgão de segundo grau dos Juizados Especiais.
Caberá HC, mas desde que haja risco à liberdade de locomoção. Por exemplo, o art. 28 da
Lei de Drogas é julgado nos juizados, mas como não há risco à liberdade, não será possível o HC.
STF Súmula: 693 – não cabe “habeas corpus” contra decisão condenatória a
pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a
pena pecuniária seja a única cominada.
Lembrar do art. 51 do CPP, o qual afirma que a pena de multa é dívida de valor.
A Súmula foi superada no julgamento do HC 86.834, apesar de ainda não ter sido cancelada.
CS – JECRIM 2018.1 37
• MS contra a Turma Recursal, caberá à Turma Recursal também, tendo em vista que se
usa o art. 21, VI da LC 21/79.
OBS: Nesse caso, quem julga a revisão criminal é a própria turma recursal. STJ CC 47.718.
Por exemplo, imagine o conflito entre um juiz do JECRIM e um juiz de Vara Criminal, como
será resolvido?
2º - Para saber quem irá solucionar o conflito basta encontrar o órgão jurisdicional em
comum.
Para o exemplo acima, inicialmente afirmava-se que o conflito deveria ser resolvido pelo
STJ. Havia, inclusive, entendimento sumulado
**Erro: “seção”? Seção é o Estado, ele quis dizer com “mesma seção judiciária” os que estão
submetidos ao mesmo TRF (região).
18.1. CABIMENTO
CS – JECRIM 2018.1 38
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a
um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer
a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos,
desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que
autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz,
este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o
acusado a período de prova, sob as seguintes condições:
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II - proibição de freqüentar determinados lugares;
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do
Juiz;
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para
informar e justificar suas atividades.
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a
suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
§ 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a
ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a
reparação do dano.
§ 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado,
no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição
imposta.
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
§ 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.
§ 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo
prosseguirá em seus ulteriores termos.
Pena: Pena mínima igual ou inferior a um ano. Seja ou não infração de menor potencial
ofensivo (não precisa ser no JECRIM, pode ser até em processo originário dos tribunais).
Causa aumento/diminuição
CS – JECRIM 2018.1 39
STF Súmula 723 Não se admite a suspensão condicional do processo por
crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o
aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
Deve-se levar em conta o lapso temporal da reincidência (05 anos – art. 64). STF HC 85751
e 88157.
18.1.4. “Demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (sursis)” – art.
77 CP
CS – JECRIM 2018.1 40
Lembrando que se o advogado não quiser e o acusado sim, prevalece a vontade do
acusado.
Vale tudo que foi dito para transação penal, assim colacionamos o que consta acima.
A proposta de suspensão condicional do processo não pode ser concedida ex officio pelo
juiz. Pudesse o juiz conceder a suspensão de ofício, ele estaria usurpando um poder que não é seu:
poder de promover a ação penal pública.
Assim, prevalece atualmente que, caso o juiz não concorde com a recusa injustificada da
proposta de suspensão condicional do processo por parte do MP, deve remeter a questão ao
procurador-geral (ou Câmara Criminal do MPF), nos termos do art. 28 do CPP.
Estão previstas nos incisos do §1º do art. 89. O §2º permite ainda que outras condições
“inominadas” sejam previstas pelo juiz. Entretanto, as condições devem ser razoáveis, não
importando em situações vexatórias, sob pena de violação do princípio da dignidade da pessoa
humana.
Art. 89
§ 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz,
este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o
acusado a período de prova, sob as seguintes condições:
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
II - proibição de frequentar determinados lugares;
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do
Juiz;
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para
informar e justificar suas atividades.
§ 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a
suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
CS – JECRIM 2018.1 41
A jurisprudência entende que é possível a imposição de pena restritiva de direitos como
condição, vejamos:
2) Não cumprir qualquer das outras condições (que não a reparação do dano).
Conforme o §5º, expirado o período de prova sem a revogação do benefício, o juiz julgará
extinta a punibilidade.
CS – JECRIM 2018.1 42
Há quem entenda que a revogação só pode ser realizada durante o tempo de prova.
Expirado o período, mesmo que o juiz verifica que o beneficiário cometeu algum deslize que autorize
a revogação, nada poderá fazer senão declarar extinta a punibilidade.
Há divergência.
Doutrina: Apelação.
O STJ em alguns julgados entendeu que, como o processo está suspenso, não há risco à
liberdade de locomoção, logo não é cabível o HC. Não é a melhor posição.
Esse HC ocorre bastante quando o advogado e o acusado, sob pressão, aceitam a proposta,
mas depois verificam que seria caso de princípio da insignificância, e acabam buscando o
trancamento da ação penal por meio do HC.
CS – JECRIM 2018.1 43
18.10. DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO
CPP Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia
ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em
consequência, tenha de aplicar pena mais grave. (emendatio)
§ 1o Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade
de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de
acordo com o disposto na lei.
9.099/95:
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior
a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer
a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos,
desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido
condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam
a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
Cabendo a todos crimes definidos na lei, com a pena mínima cominada em não mais de um
ano, sendo assim a lei dos crimes ambientais segue a regra geral. Edis Milaré, Antonio Fernandes,
Cezar Roberto Bitencourt, Vladimir e Gilberdo Passos de Freitas.
CS – JECRIM 2018.1 44
do dano ambiental, ressalvada a impossibilidade prevista no inciso I
do § 1° do mesmo artigo;
LJEC Art. 89
§ 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
*Réu sujeito a condições previstas no art. 89§1º, I a *Além das condições da lei 9099 art. 89, para ter a
IV e §2º (não necessariamente durante TODO extinção da punibilidade, o réu deve promover a
tempo) reparação do dano ambiental (ficando provada por
laudo de reparação do dano ambiental). Art. 28, I,
*Cumprindo todas as condições durante o período, 9605/98
o juiz decreta a extinção da punibilidade.
*Salvo se houver a impossibilidade da reparação do
dano.
CS – JECRIM 2018.1 45