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Conteúdo Especifico de Auxiliar de Biblioteca

O bibliotecário tem como papel fundamental fazer a mediação entre o usuário e as informações de
que necessitam. Levando em consideração o aumento no volume das informações e as inovações
tecnológicas que interferem diretamente na organização, representação e recuperação da
informação, a responsabilidade desse profissional só tem aumentado. Pizarro e Davok (2008)
acrescentam ainda que o fato da sociedade estar passando por constantes transformações sociais,
econômicas e tecnológicas repercute nas atividades do profissional da informação, exigindo, cada
vez mais, qualificação e aperfeiçoamento contínuo. Considerando os conhecimentos e habilidades
que o profissional da informação deve possuir Ohira, Prado e Schmidt (2004, p. 51) destacam cinco
grandes áreas: Gestão e administração da informação: visão gerencial para administração e
operacionalização de Unidades e Sistemas de Informação, nos enfoques técnicos, tecnológicos,
organizacional e pessoal; Tratamento da informação: capacidade de análise e tratamento da
informação face à diversificação de suportes e formatos da informação e diante da multiplicidade de
uso da mesma; Tecnologia da Informação: estar constantemente atualizado diante dos últimos
desenvolvimentos tecnológicos e saber administrar com a tecnologia da informação; Atendimento e
interação com o usuário: sensibilidade às necessidades dos usuários e saber orientar os mesmos a
tratar o excesso de informação e a variedade de suportes; Atitudes e qualidades pessoais: capacidade
de comunicação, de inovação, persistência, responsabilidade, profissionalismo, criatividade,
entusiasmo, flexibilidade a mudanças e acima de tudo, contribuir para a resolução de problemas. 14
As funções desempenhadas pelo profissional da informação estão rapidamente passando por
modificações, pois a sociedade muda em todos os setores. Castro (2000) afirma que dentre todas as
transformações, as relacionadas à informação são as que causam maiores impactos, considerando
que não obedecem a fronteiras geográficas, linguísticas, culturais, políticas, educacionais, entre
outras. “A informação [...] tem sido afetada pelas tecnologias de informação, modificando seu
formato, seu suporte, seu processamento e disseminação, influindo na forma de mediação entre o
bibliotecário e o usuário/cliente” (VALENTIM, 2000, p. 17). É importante ressaltar que essas
mudanças alteram as formas de desempenhar as funções desse profissional, mas não alteram o
objetivo final, que é o de possibilitar a recuperação da informação. Da mesma forma acontece
dentro das bibliotecas, onde as TICs passam a ser consideradas ferramentas fundamentais para
realizar as atividades relacionadas aos documentos. Para Reis (2008, p. 47), o mundo globalizado e
as novas tecnologias estão mudando o conceito de bibliotecas. A sociedade moderna demanda
serviços integrados, customizados, e interativos. Novos modelos de gerenciamento, processamento,
armazenamento e disseminação da informação para o ensino e pesquisa surgem todos os dias. Em
linha com o nosso tempo a Biblioteca implementa o uso de novas tecnologias, visando maior
comodidade e facilidade de acesso à informação aos seus usuários. O trabalho realizado com o
documento em uma biblioteca pode ser dividido em três atividades: formação e desenvolvimento de
coleções, tratamento da informação e serviço de referência. Nessa pesquisa cabe destacar o
tratamento da informação, que segundo Dias (2001, p. 3) “[...] é definido como a função de
descrever os documentos, tanto do ponto de vista físico (características físicas dos documentos)
quanto do ponto de vista temático (ou de descrição do conteúdo)”. O tratamento da informação é a
atividade central, que proporciona suporte as atividades finais da biblioteca, ou seja, a
disponibilização dos documentos aos usuários. Pando (2005) afirma que essa atividade assume
papel fundamental para análise e representação da informação que será disponibilizada em
bibliotecas e centros de documentação, garantindo dessa forma que o usuário tenha acesso
qualificado às informações. Para Valentim (2000, p. 20), o tratamento da informação deve
contemplar novas metodologias de 15 análise, processamento e disseminação da informação,
buscando futuras realidades sociais. A informação é complexa necessitando de equipes
multidisciplinares para desenvolver os processos de análise da informação. O profissional da
informação deve aprender a trabalhar em equipe, buscando qualidade de resposta às pesquisas
solicitadas pelos usuários/clientes. Pando (2005) observa na literatura que a área de tratamento da
informação passa por transformações também nas denominações, no último meio século, passando
por expressões como processos técnicos, processamento técnico da informação, representação
descritiva e temática entre outros. A partir de um tratamento da informação que resulte na produção
de representações documentais (fichas de catálogos, referências bibliográficas, resumos, termos de
indexação, entre outros) a avaliação do usuário quanto à relevância do documento integral é
facilitada, atendendo assim suas necessidades informacionais. Para isso, é importante ressaltar a
criação e manutenção de linguagens de indexação e códigos de catalogação (DIAS, 2001). Essa
prática que envolve as atividades de catalogação, classificação e indexação vem passando por
transformações em virtude dos avanços tecnológicos, agilizando o serviço do profissional da
informação e facilitando a recuperação da informação. Conforme apontado por Valentim (2000, p.
17), novas mediações da informação entre o profissional da informação e o usuário devem ser
estudadas e implementadas, assim como a disseminação da informação e seus canais de distribuição
devem ser reestruturados. No caso específico da mediação da informação, as tecnologias de
informação têm afetado e afetarão sobremaneira a forma e o meio de mediar. A Internet, por
exemplo, modificou a forma e o meio quanto a busca da informação, consequentemente, modificou
também a forma e o meio de mediar a informação. Segundo Dias (2006), o tratamento da
informação pode ser manual ou automatizado, dependendo dos recursos financeiros da instituição,
no entanto, o que interessa para os usuários é a capacidade de recuperação que esse tratamento
representa. O bibliotecário, além de seguir normas e padrões para realizar o tratamento da
informação, deve ainda levar em consideração as especificidades da instituição onde atua e dos
usuários que atende. Nesse contexto, independente da forma como ocorre a mediação da
informação, essas atividades são fundamentais dentro de uma 16 unidade de informação, servindo
de suporte para organizar a informação e atender as necessidades dos usuários.

2.1.1 Catalogação A catalogação envolve a representação física e bibliográfica dos documentos


contidos numa unidade de informação por meio de catálogos que permitem a identificação e
visualização das características de determinado item. Para Mey (1995, p. 5), catalogação é o estudo,
preparação e organização de mensagens codificadas, com base em itens existentes ou passíveis de
inclusão em um ou vários acervos, de forma a permitir interseção entre as mensagens contidas nos
itens e as mensagens internas dos usuários. Albuquerque (2006, p. 65) afirma que a catalogação
“[...] tem a finalidade de representar um item, tornando visíveis suas características e levando em
consideração as características do usuário e da instituição”. A partir da elaboração de catálogos
padronizados é possível que os usuários e que outras bibliotecas identifiquem um documento. Os
catálogos podem ser manuais (em livros, folhas soltas ou fichas) ou automatizados (em fichas,
microfichas ou on-line). O principal objetivo de um catálogo é veicular os dados elaborados pela
catalogação relativos ao item de determinado acervo (MEY, 1995). Atualmente, os catálogos
automatizados são os mais utilizados em todos os tipos de bibliotecas. Para a elaboração desses
catálogos é fundamental que normas e padrões sejam seguidos. Mey (1995) afirma que a escolha do
melhor catálogo vai depender de cada biblioteca e destaca que a facilidade na consulta e
manutenção dependem das seguintes qualidades: flexibilidade, facilidade de manuseio,
portabilidade e compacidade. Conforme observado por Albuquerque (2006, p. 66), para a realização
da representação descritiva de um documento não ser uma tarefa aleatória, existem regras e códigos
que devem ser seguidos para a padronização do processo de catalogação. Assim, o uso de um
código que esteja em consonância com os objetivos e metas internacionais de catalogação se faz
necessário. 17 Isto está de acordo com o que foi citado por Barbosa (1978), que considera os
catálogos como o principal veículo de comunicação entre acervo e usuário, e para isso é
fundamental a adoção de uma linguagem padronizada, resultando numa linguagem de descrição
bibliográfica. No decorrer dos anos foram desenvolvidos e aperfeiçoados códigos de catalogação
para o estabelecimento de padrões auxiliando assim no tratamento da informação em bibliotecas.
Segundo Barbosa (1978), o primeiro código de catalogação surgiu em 1841 com as 91 regras
redigidas por Panizzi e aprovados pelos diretores do Museu Britânico. As principais características
desse código eram: a) a valorização da página de rosto; b) a introdução do conceito de autoria
coletiva, embora de maneira vaga e imprecisa; c) a escolha do cabeçalho de entrada de um autor, de
acordo com a forma encontrada na página-de-rosto, acatando, sempre, a vontade do autor. Este
cabeçalho era determinado: a) pelo prenome, quando preferido, seguido pelo sobrenome; b) pelo
título, no caso de obras anônimas, seguido pelo nome do autor quando identificado; c) pelo
pseudônimo, mesmo quando o nome verdadeiro fosse descoberto; (BARBOSA, 1978, p. 27) Em
1852, foi publicado por Charles J. Jewett um código para a Smithsonian Institution dos Estados
Unidos. Esse código foi baseado no de Panizzi, com algumas modificações no que diz respeito à
autoria (BARBOSA, 1978). Um dos mais completos códigos de catalogação foi o Rules for a
dictionary catalogue (Regras para um catálogo dicionário) publicado em 1876 por Charles Ami
Cutter. “É um código considerado bastante completo por incluir regras de catalogação de assuntos e
materiais e ser de fácil consulta e leitura além de apontar claramente os objetivos de um catálogo e
determinar a visão dos catalogadores” (ALBUQUERQUE, 2006, p. 68). De acordo com Barbosa
(1978) esse código consiste em 369 regras que incluem normas de entradas por autor e por título,
bem como instruções para a parte descritiva, cabeçalhos de assuntos, alfabetação e arquivamento de
fichas. Em 1899, foram elaboradas as Instruções Prussianas (Instruktionen für die Alphabetischen
Kataloge der Preussischen Bibliotheken) adotadas inicialmente na Alemanha, Áustria, Hungria,
Suécia, Suíça, Dinamarca Holanda e Noruega. Apenas em 1936 foi reconhecido como um código de
catalogação internacional (BARBOSA, 18 1978). Uma mudança considerável ocorre em 1901
quando a Library of Congress (LC) nos Estados Unidos começa a imprimir e vender suas fichas
catalográficas. Diante disso, a American Library Association (ALA) começa a estudar as regras
adotadas pela LC e em colaboração publica a primeira edição de seu código em 1808, Cataloging
rules: author and title entries (Regras de catalogação: entradas de autores e títulos). Em 1941 foi
publicada a segunda edição preliminar e em 1949 a segunda edição (MEY, 1995). No entanto, essa
segunda edição gerou muitas críticas por parte de bibliotecários americanos. Diante disso, Luther
Evans, diretor geral da LC, convidou Seymour Lubetzky para analisar essa edição. Para Barbosa
(1978, p. 38) essa análise provou [...] a fraqueza do código, principalmente na inconsistência,
repetição e arbitrariedade de suas normas, decorrentes, em grande parte, da ausência de um plano e
da organização sistemática das mesmas. [...] Conclui mencionando o custo dos trabalhos de
catalogação, razão da urgente necessidade de um código mais simplificado e de fácil aplicação, o
que certamente contribuiria para a economia daqueles trabalhos. Também para atender à
reorganização da Biblioteca apostólica Vaticana foi elaborado em 1920 o Código da Vaticana
(Norme per il catalogo degli stampati). Traduzido em várias línguas, inclusive português e espanhol,
tendo grande influência na America Latina. Inclui regras para entradas e catalogações descritivas,
redação de cabeçalhos de assuntos e arquivamento de fichas (BARBOSA, 1978). Aconteceu em
1961 o primeiro evento referente à normalização internacional para a catalogação, a Conferência
Internacional sobre Princípios de Catalogação, conhecida também como Conferência de Paris. Esse
evento reuniu 53 países e foram firmadas decisões sobre cabeçalhos para nomes pessoais e títulos
uniformes. Discutiu-se também sobre cabeçalhos para nomes de entidades coletivas e sobre os
impactos da eletrônica sobre a catalogação (MEY, 1995). A conferência de Paris ocasionou
mudanças em diversos códigos. Em 1967 as Instruções prussianas foram substituídas pelas Regeln
für die alfabetische katalogisierung (RAK) – Regras para a catalogação alfabética. No mesmo ano é
publicada a primeira edição das Anglo-american cataloging rules 19 (AACR) – Regras de
catalogação anglo-americanas. Em 1969 foi editada no Brasil a tradução para o português do
AACR, passando a ser adotado em quase todas as escolas de biblioteconomia brasileiras. A segunda
edição do AACR2 foi publicada em 1978 e traduzida no Brasil em dois volumes, em 1983 e 1985.
Em 1988 a segunda edição revista do AACR2R foi publicada e somente em 2004 traduzida no
Brasil. (MEY, 1995). Com o desenvolvimento das TICs surge mais uma vez a necessidade de
mudanças nos códigos utilizados, para dessa forma acompanhar os recursos digitais que podem
auxiliar na prática da catalogação. Assim, o mais recente código de catalogação é o Resource
Description and Access (RDA), que foi proposto pela International Federation of Libraries
Associations (IFLA) para substituir o AACR2R (CORRÊA, 2008). O RDA, publicado em 2010,
incide num padrão para descrição e acesso de recurso planejado para o mundo digital. Apresenta
orientações para catalogar tanto recursos digitais como tradicionais e dispõe de recursos que
auxiliam os usuários para encontrar, identificar e selecionar a informação que procuram (JOINT
STEERING COMMITTEE FOR DEVELOPMENT OF RDA, 2010). Corrêa (2008, p. 54),
considera que o RDA oferece [...] uma estrutura sólida, integrada e flexível, se propõe a buscar
soluções para algumas dificuldades e tem a seu favor as tecnologias de informação e comunicação
(TICs), que facilitam a solução de problemas de armazenamento, recuperação, acesso e transmissão
de informação e intercâmbio de registros bibliográficos, minimizando as barreiras econômicas e as
divergências de ideais em relação ao esquema de descrição adotado. A partir do que foi exposto é
possível perceber que os códigos de catalogação estão sempre evoluindo à medida que as
tecnologias avançam e que a informação ganha mais espaço com seus diferentes formatos e
suportes. Todos os avanços visam sempre possibilitar a descrição dos dados bibliográficos de uma
forma mais padronizada, facilitando a recuperação da informação. 20 2.1.2 Classificação A
classificação é uma das atividades que fazem parte do tratamento da informação, consistindo na
representação do assunto principal de um documento por meio de uma notação em números,
podendo ser complementada também com letras e sinais, dependendo do sistema de classificação
utilizado pela biblioteca. O objetivo dessa atividade é facilitar a organização e localização das obras
no acervo. Langridge (2006) aponta que essa notação é um instrumento de codificação que facilita o
arranjo dos itens em um sistema de classificação e atua como instrumento de localização ou elo
entre catálogo e acervo. Para Araújo (2006, p. 117), o elemento essencial da classificação incide na
[...] formação metódica e sistemática de grupos, a ação organizante de ordenar um determinado
conjunto de seres ou coisas em agrupamentos menores, a partir de características semelhantes
partilhadas por alguns (que os incluem dentro de determinado grupo) e não compartilhada pelos
demais (que não pertencem a esse grupo). Nesse processo, elege-se um critério de divisão,
promovemse distinções e aproximações, estatutos e avaliações. Conforme Gigante (1995, p. 2), “os
sistemas de classificação bibliográfica foram elaborados com o objetivo de organizar os acervos de
bibliotecas e facilitar o acesso dos usuários à informação contida nesses acervos”. A classificação é
um processo meio que pode ser desenvolvido com base na natureza da informação e de acordo com
as características e necessidades de uma comunidade específica (SOUZA, 2006). No decorrer dos
anos foram desenvolvidos esquemas de classificação bibliográfica com o intuito de organizar os
dados de um documento e facilitar sua recuperação. Conforme observado por Sayer’s (1967 apud
SOUZA, 2006, p. 29), [...] numa abordagem histórica da classificação em bibliotecas [...] diferentes
pontos de vista de uso de informação foram identificados no estabelecimento de princípios de
classificação na representação do conhecimento em tabelas e esquemas de classificação,
principalmente bibliográficos. [...] embora de naturezas muito diferentes, os esquemas produzidos
foram igualmente válidos em determinadas épocas, culturas e contextos de uso, sempre mantidas as
circunstâncias de origem e os fins específicos para os quais foram criados. 21 Nesse contexto,
pretende-se apresentar alguns dos sistemas de classificação bibliográfica que foram mais citados
pelos autores utilizados nessa pesquisa: Classificação Decimal de Dewey (CDD); Classificação da
LC; Classificação Decimal Universal (CDU) e; Classificação de Dois Pontos de Ranganathan. A
primeira edição da CDD foi publicada em 1876 pelo bibliotecário norteamericano Melvil Dewey. É
utilizada em todo o mundo sendo dividida em dez classes, sendo que uma representa Obras Gerais e
as demais representam as disciplinas fundamentais do conhecimento: Filosofia; Religião; Ciências
Sociais; Filologia; Ciências Puras; Ciências Aplicadas; Artes; Literatura; História, Geografia e
Biografia. (LANGRIDGE, 2006; SOUZA, 2006). As classes da Classificação da LC começaram a
ser publicadas separadamente a partir de 1902 pelos próprios funcionários. É utilizada em
bibliotecas de universidades nos Estados Unidos (EUA), na Grã-Bretanha e também na própria LC.
Apresenta cerca de vinte classes arranjadas na ordem: Humanidades; Ciências Sociais; Artes;
Ciência e Tecnologia (LANGRIDGE, 2006). Em 1905 foi publicada a primeira edição da CDU na
língua francesa. Foi criada com base na CDD pelos belgas Paul Otlet e Henri La Fontaine, pelo
holandês Frits Donker Duyvis e por outros membros de comitês da Federação Internacional de
Documentação (FID) (LANGRIDGE, 2006). No Brasil a CDU começou a ser utilizada em 1899 e
atualmente está sob responsabilidade do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
(IBICT), estabelecendo a Comissão Brasileira Da Classificação Decimal Universal com o objetivo
de difundir a CDU no Brasil e na América Latina (MIRANDA, 1996). A primeira edição da
Classificação dos Dois Pontos foi publicada em 1933 por S. R. Ranganathan. É utilizada em
bibliotecas na Índia e considerada a pioneira da classificação moderna. Essa classificação apresenta
cerca de quarenta classes principais ordenadas na seguinte sequência: Ciências e Tecnologias;
Misticismo; Artes; Humanidades (LANGRIDGE, 2006). No Brasil os esquemas de classificação
bibliográfica mais utilizados são a CDD e a CDU. O profissional bibliotecário deve conhecer as
especificidades de cada sistema e identificar qual o mais adequado para representar as informações
da biblioteca e facilitar a organização do acervo, atendendo as necessidades de seus usuários. 22
2.1.3 Indexação A atividade de indexação resulta na representação temática dos documentos por
meio de índices e resumos, possibilitando a recuperação dos assuntos principais. O resumo consiste
na descrição narrativa ou síntese de um documento, enquanto a indexação descreve seu conteúdo
utilizando vários termos de indexação, usualmente selecionados de algum tipo de vocabulário
controlado. O principal objetivo da indexação é indicar os assuntos dos documentos e sintetizar seu
conteúdo (LANCASTER, 1993). Para Inácio e Fujita (2009, p. 133), “na atividade de indexação
tem-se por finalidade a identificação e seleção de palavras que representem a essência dos
documentos” Nesse contexto, o papel do profissional responsável pela indexação é compreender os
documentos e realizar uma análise conceitual para representação do conteúdo, de forma que ocorra
uma correspondência entre o índice e o assunto pesquisado pelos usuários. Para isso, necessitam de
manuais que auxiliam na elaboração das políticas de indexação (FUJITA; RUBI, 2006a). Ainda de
acordo com Fujita e Rubi (2006b, p. 1), o indexador é um leitor que interage com o texto para
cumprir o objetivo da indexação. Nessa interação, o indexador lê o texto. Partindo dessa
constatação, o estudo da leitura oferece uma outra perspectiva para a compreensão do processo de
indexação e das dificuldades de um indexador frente a um documento: a de observação do processo
de leitura do indexador para verificar estratégias de compreensão que visam à identificação de
conceitos e de seu contexto para verificar os aspectos que influenciam e determinam a leitura
documentária como leitura profissional. Na evolução histórica da indexação, verifica-se que essa
atividade foi intensificada com o aumento das publicações periódicas e da literatura técnico
científica. Pois com esse aumento, surge a necessidade de criar mecanismos de controle
bibliográfico para a organização do assunto desse tipo de documento (SILVA; FUJITA, 2004). Silva
e Fujita (2004) consideram ainda que o século XIV é considerado o período em que a indexação
começa a ser aprimorada e apreciada pelo público que buscava recuperar a informação em meio ao
aumento no volume da massa documental. O marco principal foi a evolução dos índices das obras
isoladas para os 23 índices cooperativos e em nível internacional. No decorrer da pesquisa
diferentes expressões foram identificadas para definir a representação temática da informação. Na
bibliografia de biblioteconomia e ciência da informação aparecem às expressões indexação de
assuntos, catalogação de assuntos e classificação de assuntos. Todavia, para Lancaster (1993, p. 16),
o processo que consiste em decidir do que trata um documento e de atribuir-lhe um rótulo que
represente esta decisão é conceitualmente o mesmo, quer o rótulo atribuído seja extraído de um
esquema de classificação, de um tesauro ou de uma lista de cabeçalhos de assuntos, quer o item seja
uma peça bibliográfica completa ou parte dela, quer o rótulo seja subsequentemente arquivado em
ordem alfabética ou em alguma outra sequência (ou, com efeito, não arquivado de modo algum),
quer o objeto do exercício seja organizar documentos em estantes ou registros em catálogos, índices
impressos ou bases de dados legíveis por computador. Do ponto de vista de Fujita, Rubi e Bocatto
(2009), a indexação é um processo adequado a grandes serviços de informação produtores de bases
de dados que produzem índices. Por outro lado, a catalogação de assuntos remete a produção de
catálogos em bibliotecas, nos quais os documentos são armazenados e recuperados. A indexação,
como as outras atividades do tratamento da informação, envolve normas e padrões que auxiliam na
sua realização e facilitam na recuperação dos documentos. Segundo Lancaster (1993), os
vocabulários controlados são ferramentas fundamentais para o desenvolvimento da indexação,
identificado três tipos principais: esquemas de classificação bibliográfica, listas de cabeçalhos de
assuntos e tesauros. Os objetivos principais dessa ferramenta são: controlar sinônimos, diferenciar
homógrafos e reunir ou ligar termos cujos significados representem uma relação mais estreita entre
si. Com o auxílio do vocabulário controlado o indexador atribui os termos que servirão como pontos
de acesso mediante os quais um item bibliográfico é localizado e recuperado durante uma busca por
assunto. A recuperação pode ser realizada tanto num índice impresso, como numa base de dados
legível por computador. No entanto, os sistemas de recuperação informatizados possibilitam uma
busca mais apurada (LANCASTER, 1993). Alguns fatores devem ser levados em consideração
pelos indexadores, como 24 o conhecimento da área em que atua e a familiaridade com os usuários
que buscarão a informação. Nesse sentido, Inácio e Fujita (2009, p. 134), ressaltam que a
importância da indexação pode ser visualizada e comprovada no sucesso das buscas, que
consequentemente possibilitará a recuperação da informação desejada, refletindo, portanto, na
satisfação das necessidades informacionais da comunidade usuária. Como forma de visualização da
importância da indexação, podemos comprovar com o sucesso das buscas, consequentemente, da
recuperação da informação desejada refletindo na satisfação das necessidades informacionais da
comunidade usuária. A indexação consiste num processo subjetivo, e a forma que os termos serão
indexados pode variar de acordo com diversas possibilidades, seja a experiência do indexador, o
tipo de documento ou o usuário que busca a informação.

2 OS CATÁLOGOS DE BIBLIOTECAS Os catálogos possuem dupla função de acesso à


informação: conduzem os usuários a encontrar um documento pela descrição temática, e/ou pela
descrição física. São considerados o principal instrumento de recuperação da informação em
bibliotecas, sendo também os responsáveis em direcionar a localização física na estante, do
documento recuperado. “Então, no catálogo, o usuário pode encontrar duas importantes peças de
informação: se a biblioteca possui o item desejado e, se tem, onde ele esta localizado na coleção.”
(FERRAZ, 1991, p. 91). Enquanto produto do Tratamento Temático da Informação (TTI) em
bibliotecas, o catálogo insere-se na vertente da corrente teórica norte-americana denominada subject
cataloguing (catalogação de assuntos) (GUIMARÃES, 2009), entretanto, nosso foco no presente
ensaio incide apenas sobre o produto catálogo. Na próxima seção, uma breve consideração será feita
em relação à análise de assuntos no sentido de situá-la como parte primordial do tratamento
temático, para assim relacionarmos como a mesma interliga-se ao catálogo e se torna uma operação
importante e desafiadora para os bibliotecários. Foskett (1973, p. 164) arrola que “um catálogo de
biblioteca destina-se a registrar o acervo da biblioteca [...].” Guinchat e Menou (1994) fornecem
duas conceituações sobre os catálogos. Os descrevem como “listas de todos os documentos
conservados em unidades de informação” (p. 67) e explicam que “um catálogo é uma série
ordenada de referências ou de inscrições que registram as peças de uma coleção” (p. 197). Várias
são as definições encontradas na literatura, todavia é visível que em sua origem, os catálogos
possuíam a finalidade de Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.17,
n.1, p. 59-75, jan./jun., 2012 62 inventariar o acervo de uma biblioteca, pois segundo Shera e Egan
(1969, p. 11): Numa época em que a quantidade de publicações mantinha-se tão pequena que seus
conteúdos podiam ser conhecidos de todos os pesquisadores, a única exigência feita a um catálogo
de biblioteca era que revelasse os itens componentes de determinada coleção. Os catálogos surgiram
para armazenar e registrar as informações sobre os documentos existentes em um acervo, todavia,
sua função passou por uma metamorfose em decorrência do aumento de materiais impressos,
inclusive no que tange a ampliação da produção de livros e a consequente necessidade de
organização desse material para posterior recuperação. Por isso, ocorreu uma mudança de foco no
uso dos catálogos, de simples função de depósito para uma ferramenta arrojada de uso da
recuperação de informações (MARTINHO; FUJITA, 2011). Em relação à organização de um
catálogo impresso, a forma padrão ocorre pelas fichas de catalogação, as quais poderão estar
organizadas de acordo com a variedade de pontos de acesso4 . Segundo Shera e Egan (1969, p. 15),
os pontos de acesso permitem a localização de obras de acordo com o dispositivo bibliográfico, os
quais podem ser encontrados nas seguintes formas: 1. Por autor; 2. Por título; 3. Pela forma física;
4. Pela subdivisão de período (tempo); 5. Pela subdivisão geográfica (lugar); 6. Por identificação de
idioma; 7. Pelas características dos materiais e 4 Chama-se ponto de acesso ou entrada, o elemento
escolhido para descrição de um documento, que possibilitará a sua recuperação e permitirá a
organização nos catálogos. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.17,
n.1, p. 59-75, jan./jun., 2012 63 8. Por assunto. Além do conteúdo de entrada, a organização dos
catálogos também pode variar em função do tipo e das necessidades da comunidade usuária que
atende. De acordo com a sistematização de pontos de acesso, é possível descrever os vários tipos de
catálogos, dentre os quais citamos: de autor, de assunto (divide-se em sistemático e alfabético de
assuntos), de título, cronológico, geográfico, topográfico, dicionário, entre outros (GUINCHAT;
MENOU, 1994). Em decorrência dos tipos de catálogos que a biblioteca comporta, as fichas
catalográficas deverão ser confeccionadas de acordo com o elemento que serve de entrada principal
do documento, com os respectivos pontos de acesso. A mesma deverá ser desdobrada quantas vezes
forem necessárias, de acordo com cada entrada escolhida, sendo condizente com o tipo de catálogo
que irá abarcá-la. Assim, serão formados registros5 ordenados dos documentos de um acervo, em
detrimento a sua descrição física (representação descritiva ou bibliográfica) que também englobará
os pontos de acesso necessário para a sua recuperação, que poderá ser por autor, título, assunto,
entre outros. Com isso, o catálogo forma uma lista organizada e ordenada de registros, onde é
possível realizar pesquisas de documentos que passaram por um tratamento6 , estando disponível
“[...] a quem o consulta ter idéia do material a que se refere, sem necessidade de acesso físico a esse
material.” (FERRAZ, 1991, p. 91). Já para a forma de apresentação do suporte, os catálogos podem
ser manifestados na forma manual, impressa, semi- 5 Ou conforme explicado, Informações
Documentárias (ORTEGA, 2008). 6 O Tratamento da Informação se da pela dicotomia do
Tratamento de Forma (representação descritiva, física ou bibliográfica) e pelo Tratamento Temático
(representação temática ou de assuntos) de um documento. Revista ACB: Biblioteconomia em
Santa Catarina, Florianópolis, v.17, n.1, p. 59-75, jan./jun., 2012 64 automatizada e automatizada.
Os manuais são os publicados em forma de livros; os impressos são apresentados em forma de
listas; os semi-automatizados englobam a forma manual, a elétrica ou ótica e por fim, os
automatizados são os registrados em suporte legíveis pelo computador (GUINCHAT; MENOU,
1994). De acordo com Ferraz (1991, p. 99): Os catálogos impressos permanecem até a virada do
século, quando os catálogos de fichas tornaram-se mais comum; e desde a forma de fichas, a
maioria das bibliotecas deste século o utilizam para o registro de suas coleções. Gradativamente, os
catálogos eletrônicos vêm substituindo os catálogos em fichas [...]. Os catálogos em fichas foram
automatizados e são denominados de catálogos eletrônicos, em linha ou on-line7 , o qual é também
denominado pela literatura especializada de OPAC (Online Public Access Catalog). A diferença
basilar entre os dois tipos, além do suporte, esta no processo de busca e recuperação da informação
contida nos mesmos. “Os catálogos on-line oferecem várias vantagens no acesso à informação que
os impressos não têm, como a rapidez na busca, uma maior possibilidade de padronização das
informações etc.” (ARAÚJO; OLIVEIRA, 2005, p. 39).

2.1 CATALOGAÇÃO Na catalogação falando sobre o (FRBR), Moreno e Arellano (2005, p. 20)
apresentam algumas considerações como o início de um debate sobre a catalogação, que revela o
futuro da descrição bibliográfica no cenário mundial e a criação do Código de Catalogação
Internacional. O FRBR - Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos representa um avanço
significativo na área de representação bibliográfica, publicado em 1998, apresenta conceitos e
definições de entidades, relacionamentos e atributos, lançando um novo olhar sobre o objeto
bibliográfico, centrado no usuário e suas ações. Batista (2006, p.4) afirma a respeito do FRBR,
quando comenta sobre a catalogação no século XXI: “Que no cenário atual, em que a Internet
rompeu barreiras físicas e geográficas colocando a informação em tempo real”. Por isso à atividade
da catalogação passa a fazer parte de um processo mais amplo e complexo. Procurando adequar a
organização da informação às novas realidades. Novos estudos publicados apontam tendências e
perspectivas da catalogação no século XXI. Mas existem diversos princípios que orientam a
construção de códigos de catalogação. O mais determinante é a conveniência do utilizador
(usuário). (MEY 2009, p.19 – 20) destaca os seguintes princípios: 1- Conveniência do utilizador
(usuário): As decisões relativas à descrição e a formas controladas dos nomes para acesso devem
ocorrer tendo em conta o utilizador (usuário). 2- Uso comum: O vocabulário usado na descrição e
nos pontos de acesso deve estar de acordo com o da maioria dos utilizadores (usuários). 3-
Representação: As descrições e formas controladas dos nomes devem ser baseadas no modo como a
entidade se descreve. 4- Exatidão: A entidade descrita deve ser fielmente representada. 5-
Suficiência e necessidade: Só devem incluir-se nas descrições e formas controladas dos nomes para
acesso os elementos considerados necessários ao utilizador (usuário) e que sejam essenciais para
identificar, inequivocamente, uma entidade. 6- Significância: Os elementos dos dados devem ser
bibliograficamente significantes. 17 7- Economia: Quando há formas alternativas para atingir um
objetivo, deve dar-se preferência à forma que promova maior economia (isto é, o menor custo ou a
abordagem mais simples). 8- Consistência e normalização: As descrições e a construção de pontos
de acesso devem ser tão normalizadas quanto possível. Isso permite maior consistência o que, por
sua vez, aumenta a capacidade de partilhar dados bibliográficos e de autoridade. 9- Integração: As
descrições para todos os tipos de materiais e as formas controladas dos nomes de todos os tipos de
entidades devem ser baseadas, tanto quanto seja relevante, num conjunto comum de regras. No
Brasil foi adotado o formato MARC. O que veio reforçar a criação de softwares no formato MARC.
Para utilizar em base de dados bibliográficos. Estes softwares eram para armazenamento e
processamento de catálogos. Portanto a padronização da descrição bibliográfica também se tornou
imprescindível por ampliar a eficiência dos sistemas existentes no mercado e melhorar seu
desempenho. Dos softwares que utilizam o formato MARC 21, destacam-se aqueles que “utilizados
por grandes instituições de ensino brasileiras, e que possuem grandes acervos necessitam alterações
frequentes. Novas versões dos softwares têm sido geradas a partir das necessidades dos usuários,
por exemplo: O Pergamum, Aleph e Virtua” (CORREIA, 2008, p.31). Fusco (2011, p.115) cita
também que a metodologia de construção do catálogo é derivada do conceito da catalogação e é
vista como um processo subdividido em: 1) O projeto do catálogo: fase em que o catálogo baseado
em necessidades e requisitos informacionais define as estruturas dos objetos e elementos de
representação e seus relacionamentos; 2) A descrição do objeto documentário: fase em que o
catalogador realiza a entrada de dados em um registro baseado em um padrão de metadados e a
definição dos pontos de acesso deste registro com base em normas de catalogação. Registrar o
conhecimento é secular e os seus novos instrumentos, tais como o FRBR e RDA visam fornecer
recursos do século XXI, que vem para facilitar os processos de organização e de recuperação da
informação. Trata-se de um grande avanço para catalogação e dos registros bibliográficos. Vale
destacar que a historia da catalogação esta diretamente ligada às tecnologias disponíveis em cada
época como podemos verificar no tópico a seguir.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Classificação Decimal Universal (CDU ou UDC) é um sistema de classificação documentária desenvolvido pelos
bibliógrafos belgas Paul Otlet e Henri la Fontaine no final do século XIX. Segundo Suaiden Otlet “ao criar a CDU, estava
S
doando ao mundo, junto à sua magistral obra, um dos instrumentos mais poderosos para a organização, recuperação,
a
S
disseminação, acesso e uso de informação em qualquer tipo de coleção, seja de biblioteca, arquivo ou museu.”[1] Ela é
lbaseada na classificação decimal de Dewey, mas usa sinais auxiliares para indicar vários aspectos especiais de um
a
ltassunto ou relações entre assuntos. Assim, o sistema contém um elemento facetado ou analítico-sintético significativo e é
usado
ta especialmente em bibliotecas especializadas. A CDU tem sido modificada e expandida ao longo dos anos para
abranger
r
a a produção cada vez maior em todas as áreas do conhecimento humano e continua sofrendo um processo de
revisão contínua para dar conta de todos os novos desenvolvimentos. Tabosa (2011) afirma que, "a[2]Classificação
r
Decimal Universal foi desenvolvida no início do século XX, tendo sofrido várias alterações no decorrer do tempo, até a
p
forma que se apresenta atualmente. Baseada na CDD, a CDU também utiliza o sistema de casas decimais, dividindo o
a
p
conhecimento em dez grandes classes".
r
a
Os documentos classificados pela CDU podem ter qualquer forma (suporte), mais frequentemente papel impresso, mas
ra
também podem ser outras mídias como filmes, ilustrações, mapas e antiguidades e assim como diz Andrade: "A CDU
a
encontra- se na língua inglesa que é a oficial, na francesa, italiana, portuguesa e alemã.
a
a
n
DU
a
p
O QUE É A CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL A Classificação Decimal Universal
(CDU)
v
e é um sistema que possibilita a uniformização dos critérios de classificação dos documentos.
Baseia-se no conceito de que o conhecimento pode ser dividido em 10 classes principais, e estas
e
s
g
q
a
u

ã
s
o
a
podem ser subdivididas em subclasses, numa hierarquia decimal. É o sistema de classificação
utilizado na nossa biblioteca. As principais tabelas da CDU são:  0 Generalidades. Informação.
Organização.  1 Filosofia. Psicologia.  2 Religião. Teologia  3 Ciências Sociais. Economia.
Direito. Política. Assistência Social. Educação.  4 Classe vaga. (não é utilizada)  5 Matemática e
Ciências Naturais.  6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia.  7 Arte. Belas-artes. Recreação.
Diversões. Desportos.  8 Linguagem. Linguística. Literatura.  9 Geografia. Biografia. Historia.
Os documentos são classificados de acordo com o assunto principal que determina a cota que lhes é
colocada na lombada e são arrumados na estante com o número de CDU que lhes é atribuído. A
CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL - RESUMO 0 Generalidades. Ciência e
Conhecimento. Organização. Informação. Documentação. Biblioteconomia. Instituições.
Publicações.

O que é um thesaurus
Um thesaurus é uma palavra latina que significa "tesouro" e vem sendo traduzida para o português como “tesauro”. Pode ser definido como
um vocabulário controlado de conceitos que apresenta relações hierárquicas, associativas, de equivalência e de pertinência entre os termos
(Figura 3), com objetivo de auxiliar o usuário a encontrar a informação de que necessita com a menor margem de erro possível
(COLEPÍCOLO et al., 2006; EBECKEN; LOPES COSTA, 2003). Também pode apresentar uma classificação numérica hierárquica dos termos
usando o sistema decimal.
O Thesaurus Brased foi compilado a partir da análise de assuntos de documentos do Centro de Informação e Biblioteca em Educação (Cibec)
e apresenta uma estrutura principal de assuntos, denominada “matriz conceitual” que contempla quatro campos temáticos com suas
respectivas classes numéricas pelo sistema decimal, a saber:

A INFORMAÇÃO NO ÂMBITO DO CONTROLE BIBLIOGRÁFICO

A informação é uma palavra que desperta o interesse não só no campo da Biblioteconomia e Ciência da Informação, mas, também, nos
diferentes campos a quem interessam defini-la. Podemos perceber, a partir da literatura, diversos conceitos informação e, ao analisarmos sob
determinado campo semântico, podemos ter definições diferentes. Desta forma, conceituar ‘informação’ dependerá de uma visão
contextualizada. Assim, no contexto proposto, informação pode ser definida como todo dado trabalhado, tratado, útil, com valor significativo
atribuído ou agregado a ele e com um sentido natural e lógico para quem usa a informação (REZENDE, 2003). Tudo ao nosso redor se
transforma em informação por mais simples que seja, como aponta Lwoff (1970, p. 110), a informação determina a existência: o que podemos
denominar informação para um ser vivo é, pois uma serie de estruturas, de seqüência, uma ordem bem determinada. É está ordem que
apresenta a informação biológica. O conceito de informação corresponde a este conjunto de dados bastante complexos. Etimologicamente, a
palavra ‘informação1 ’ vem do latim informatio, onis, ("delinear, conceber ideia"), ou seja, dar forma ou moldar na mente, como em educação,
instrução ou treinamento. A palavra ‘informação’ do grego antigo para forma era μορφή (morphe; cf. morfo) e também εἶδος (eidos) "tipo, ideia,
forma, 'aquilo que se vê', configuração", a última palavra foi usada famosamente em um sentido filosófico técnico por Platão (e mais tarde,
Aristóteles) para denotar a identidade ideal ou essência de algo (BARROS, 2005). "Eidos" também pode ser associado com pensamento,
proposição ou mesmo conceito. Informação é um termo com muitos significados dependendo do contexto, mas como regra é relacionada de
perto com conceitos tais como significado, conhecimento, instrução, comunicação, representação e estímulo mental. Declarado simplesmente,
informação é uma mensagem recebida e entendida. Em termos de dados, pode ser definida como uma coleção de fatos dos quais conclusões
podem ser extraídas. Existem muitos outros aspectos da informação visto que ela é o conhecimento adquirido através do estudo, experiência
ou instrução. Mas, acima de tudo, informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados numa forma que se
some ao conhecimento da pessoa que o recebe (SERRA, 2007). Assim, percebe-se, que o termo ‘informação’ é bastante complexo, não se
restringe apenas a um campo do conhecimento, uma vez que todos os campos se alimentam da informação para o desenvolvimento de
atividades específicas, tornando-se, assim, interdisciplinar e possibilitando a interação com todos, em todos os ambientes. Como nos diz
Oliveira (2005, p. 18): Informação é um fenômeno tão amplo que abrange todos os aspectos da vida em sociedade; pode ser abordado por
diversas óticas, seja a comunicacional, a filosófica, a semântica, a sociológica, a pragmática e outras. Essa multiplicidade de possibilidades de
análise do fenômeno conduz uma reflexão sobre a natureza interdisciplinar, ou até transdisciplinar, da área, uma vez que esta, se por um lado
busca sua identidade cientifica, por outro, fragmenta-se ao abordar diferentes temáticas relacionadas ao ARTIGO DE REVISÃO Biblionline,
João Pessoa, v. 8, n. 1, p. 3-11, 2012. 5 binômio informação/comunicação (OLIVEIRA, 2005, p. 18). A partir desta reflexão, podemos concluir
que quem domina a informação tem poder de transformar e atravessar as fronteiras do conhecimento, além de transformar o individuo em
sujeito crítico e participativo, conscientes dos seus direitos e deveres enquanto cidadãos e responsáveis pelas mudanças sociais. Como diz
Barreto (1994, p. 3) a “informação é qualificada como um instrumento modificador da consciência do homem e de seu grupo”. Essencialmente,
quando nos reportamos ao controle dos registros, identifica-se, portanto, os registros do são informações produzidas como subprodutos de
atividades comerciais ou transações, ou conscientemente como um registro de tais atividades ou transações e retidas em virtude do seu valor.
Primariamente o seu valor é como evidência das atividades da organização, mas eles também podem ser conservados por seu valor
informativo. O gerenciamento de registros garante que a integridade dos registros seja preservada e acessada quando forem necessários.
(BEKENSTEIN, 2003) Desta forma, a informação é capaz de mudar, conscientizar e transformar, como confirma Araújo (1994, p. 84): se a
informação é a mais poderosa força de transformação do homem, o poder da informação aliado aos modernos meios de comunicação de
massa tem a capacidade ilimitada de transformar culturalmente o homem, a sociedade e a própria humanidade como um todo. Revela-se,
desta feita, a informação aliada aos meios de comunicação, tornando-se “fatorchave” para abrir os caminhos para o conhecimento na
sociedade da informação. Atualmente, a sociedade da informação conta com o auxílio das tecnologias e, através delas, disponibiliza de forma
mais rápida a disseminação e a transmissão da informação um
exemplo disto é a Internet que se tornou um grande
repositório de informações, fortalecendo, assim, o programa de Controle Bibliográfico.

4 CONTROLE BIBLIOGRÁFICO UNIVERSAL E A INTERNET Com o aumento da produção


bibliográfica, surgiram as bibliografias, um dos primeiros instrumentos de controle bibliográfico,
com o objetivo de organizar o conhecimento em determinadas instituições, voltadas para ramos
específicos do saber. Estas bibliografias, na maioria das vezes, elaborada por grandes bibliotecas, as
bibliografias, pretendiam ultrapassar o objetivo dos catálogos, que representavam o acervo de
determinada biblioteca, pois incluíam materiais de qualquer origem institucional e bibliográfica
(CAMPELLO, 2006). Após a invenção da imprensa muitas transformações surgiram e, desta forma,
o planejamento e produção das bibliografias foi repensado. Porém, somente a partir da década de
1970 as instituições internacionais começaram a desenvolver programas que visavam à
continuidade e consolidação do programa de controle de bibliográfico em âmbito nacional, ou seja,
em cada país que desejasse implementar suas atividades ao Programa de Controle Bibliográfico
Universal. O Programa de Controle Bibliográfico Universal, objetiva registrar e organizar as
informações, não somente, no ambiente físico, mas também, no ambiente digital, Consistindo, de
modo geral, em um arranjo de técnicas e procedimentos cujo objetivo é o de organizar determinado
conjunto de suportes de informação para torná-los acessíveis, da forma mais eficiente possível, a
qualquer indivíduo de que dele necessite. A expressão "suporte de informação" resume uma
infinidade de objetos, tais como: livros, periódicos, revistas, CDs, DVDs, microfilmes, partituras,
entre outros, ou seja, todo elemento capaz de armazenar informação. Castells (1999) nos diz que as
novas tecnologias não são simples ferramentas a serem aplicadas, mas processos a serem
desenvolvidos. Usuários e desenvolvedores podem torna-se a mesma coisa. Desta forma, os
usuários podem assumir o controle da tecnologia, como no caso da Internet. Seguese uma relação
próxima entre os processos sociais de criação e manipulação de símbolos (a cultura da sociedade) e
a capacidade de produzir e distribuir bens e serviços (forças produtivas). Assim, compreendemos
que o usuário, ao mesmo tempo em que poderá ter controle, poderá também, produzir informações é
neste ínterim, que se destaca a questão da confiabilidade dessas informações e documentos
publicados, pois corre-se o risco da obtenção da informação errada, uma vez que a Internet ainda
não oferece a ferramenta de controle da versão mais apropriada da informação, para determinado
usuário. Meadows (2005) afirma que o meio disponível e a natureza da comunidade cientifica
afetam não só a forma como a informação é apresentada, mas também a quantidade de informações
em circulação. A Internet é um repositório de informações de todos os tipos e, em consequência,
cresce sem estrutura e desordenadamente e sem um controle adequado. O Controle Bibliográfico na
Internet não segue uma estrutura e as informações se acumulam de forma desorganizada. Tremer
(2005, p. 38) diz que a “internet reinventou o caos, arduamente debatido e combatido por gerações
de homens letrados e bibliotecários”. A informação, enfim organizada nas estantes, se dispersou
novamente pelo mundo virtual sem ordem lógica aparente. E promete alcançar um volume ainda
maior que o passado. ARTIGO DE REVISÃO Biblionline, João Pessoa, v. 8, n. 1, p. 3-11, 2012. 8
Com isso, podemos inferir que o Programa de Controle Bibliográfico Universal é um projeto a ser
desenvolvido em longo prazo que, proposto pela Organização das Nações Unidas para a educação, a
ciência e a cultura (UNESCO) e Federação Internacional das Associações e Instituições
Bibliotecárias (IFLA) visa a uma forma estruturada e coerente da informação, de forma que possam
estar disponíveis através de sistemas de informações, com normas internacionalmente aceitas.

Fonte de informação

Fontes primárias, secundárias e terciárias

Fontes primárias, secundárias e terciárias


Fontes de informação são geralmente classificadas como fontes primárias, secundárias e
terciárias, dependendo da sua originalidade e sua proximidade com a fonte de origem.
Fontes Primárias
• As fontes primárias correspondem à “literatura primária” e são aqueles que se
apresentam e são disseminados exatamente na forma com que são produzidos por
seus autores (PINHEIRO, 2006).
• As fontes primárias são materiais originais nos quais outras pesquisas são
baseadas.
• Apresentam a informação na sua forma original, sem interpretação, sumarização ou
avaliação de outros escritores.
• Fontes primárias apresentam o pensamento original, reportam descobertas ou
compartilham novas informações.
Exemplos de fontes primárias:
• Anais de Congressos, conferências e simpósios
• Legislação
• Nomes e marcas comerciais
• Normas técnicas
• Patentes
• Periódicos
• Projetos de Pesquisa em andamento
• Relatórios técnicos
• Teses e dissertações (também podem ser secundários)
• Traduções
• Artigos periódicos científicos reportando resultados de pesquisa experimental
• Conjuntos de dados, como estatísticas do censo
• Trabalhos de literatura (poemas e ficções)
• Diários
• Autobiografias
• Cartas e correspondências
• Discursos
• Artigos de jornal (também podem ser secundários)
• Documentos governamentais
• Fotografias e trabalhos de arte
• Documentos originais (como certificado de nascimento)
• Comunicações via Internet (e-mail, listas de discussões)
Fontes secundárias e terciárias
• Segundo JCU (PRIMARY, 2006), as fontes secundárias são “interpretações e
avaliações de fontes primárias”; e as terciárias são uma espécie de “destilação e
coleção de fontes primárias e secundárias”.
Exemplos de fontes secundárias:
• Bases de dados e bancos de dados
• Bibliografias e índices (também podem ser terciárias)
• Biografias
• Catálogos de bibliotecas
• Centros de pesquisa e laboratórios • Dicionários e enciclopédias (também podem ser terciárias)
• Dissertações ou teses (geralmente primárias)
• Dicionários bilíngües e multilingües
• Feiras e exposições
• Filmes e vídeos
• Fontes históricas
• Livros
• Manuais
• Museus, arquivos e coleções científicas
• Siglas e abreviaturas
• Tabelas, Unidades de medidas e estatísticas
• Comentários
• publicações secundárias as bibliografias
• publicações ou periódicos de indexação e resumos
• artigos de revisão
Fontes terciárias
As fontes terciárias são as mais difíceis de definir e na JCU (PRIMARY, 2006) são
apontadas como “a categoria mais problemática de todas” e raramente encontra-se a
distinção entre fontes secundárias e terciárias. Conseqüentemente, os documentos incluídos
nessa categoria variam muito, entre os quais bibliografias de bibliografias, diretórios,
almanaques etc.
Exemplos de fontes terciárias:
• Bibliografias (também podem ser secundárias)
• Serviços de indexação e resumos
• Catálogos coletivos
• Guias de Literatura
• Bibliografias de bibliografias
• Bibliotecas e Centros de Informação

Mecanismos de Controle Bibliográfcoo


(a) Biblioteca Nacional – no papel de Agência Bibliográfca Nacional,
responsabiliza-se pelo controle do depósito legal e da produção da bibliografa
nacional.
Brasil: Fundação Biblioteca Nacional, RJ - <URL: http://www.bn.br>

(b) Bibliografa Nacional/Bibliografa comercial – divulga publicações editadas


dentro das fronteiras de cada país (Unesco)
Brasil: "Bibliografa Brasileira", 1983- (Substitui "Boletim Bibliográfco
da Biblioteca Nacional", 1918-1982)
"Catálogo Brasileiro de Publicações" – Ed.Nobel, 1980- [Bibliografa
comercial]
(c) Depósito Legal – exigência, defnida por lei, de se efetuar a entrega a um
órgão público (Biblioteca Nacional) de um ou mais exemplares de toda
publicação editada no país, em papel ou em qualquer suporte físico, destinada à
venda ou à distribuição gratuíta, como: monografas (livros, folhetos,
publicações ofciais, atas, relatórios técnicos, etc), periódicos (revistas, jornais,
boletins), material audiovisual (ftas K7, LPs, ftas de vídeo, flmes, CDs),
partituras musicais, fotos, estampas, desenhos, mapas, atlas, cartazes, etc. Não
inclui: teses e dissertações não editadas, recortes de jornais, folhetos e material
de propaganda, brindes, marcadores de livros.
Brasil: Decreto 1.825, de 20 dezembro 1907. Fundação Biblioteca Nacional:
<URL: http://www.dpt.bn.br/deplegal/deplegal.htm>
(d) Catalogação na Fonte – catalogação na publicação, antecipada à sua
divulgação. Brasil: Câmara Brasileira do Livro/SP (Publicação "Ofcina do
Livro") Sindicato Nacional de Editores de Livros/RJ
(e) Descrição Bibliográfca – ISBD-International Standard Bibliographic
Description – descrição bibliográfca padronizada internacionalmente, aplicada
aos seguintes tipos de documentos: (M)-Monografas/19774 (G)-Obras gerais-
19764 (S)-Publicações seriadas4 (CM)-Material cartográfco4 (NBM)-Material
não bibliogr4afco4 (PM)-Partituras musicais4 (A)-Obras raras4 (A N)-
Analíticas; (CF)-Arquivos de computador.
•<URLo httpo//www.alice.it/library/law.lib/isbd.htm>
•<URLo httpo//www.nlc-bnc.ca/ifa//VIVI/s13/sc.htm>
(f) VIdentifcação Numérica dos Documentos – sistema padronizado de
números para identifcação dos documentoso
ISBN-International Standard Book Number (1960)
ISMN-International Standard Music Number (1996)
Agência nacional: Biblioteca Nacional - <URL: http://www.bn.br>
ISSN-International Standard Serial Number (1972)
Agência nacional: IBICT <URL: http://www.ibict.br/~pai00181.htm>
Agência internacional: ISSN-Network <URL: http://www.issn.org>

CONTROLE BVIBLVIOGRÁFVICO ESPECVIALVIZADO BRASVILEVIRO


Controle da literatura especializada feito através das Bibliografas especializadas,
também chamadas de "Índices" e "Abstracts", como produtos impressos de bases de
dados bibliográfcos. Dedicam-se a cobrir uma área do conhecimento, de um assunto,
permitindo o controle da informação contida em diversos tipos de documentos,
principalmente artigos de periódicos. Os "índices" proporcionam unicamente as
referências bibliográfcas dos documentos sobre um assunto específco. Ex: "Index
Medicus", "Art Index". Os "abstracts" (resumos) relacionam trabalhos publicados
sobre um assunto apresentando, além das referências bibliográfcas, resumos dos
trabalhos indexados. Ex.: "Biological Abstracts", "Library Information Science
Abstracts".

VIBBD-VINSTVITUTO BRASVILEVIRO DE BVIBLVIOGRAFVIA E DOCUMENTAÇÃO


(1954-1980)
Controle e divulgação da produção bibliográfca brasileira nas áreas especializadas:
"Bibliografa Brasileira de Botânica", "Bibliografa Brasileira de Ciências Sociais",
"Bibliografa Brasileira de Direito", "Bibliografa Brasileira de Documentação",
"Bibliografa Brasileira de Física", "Bibliografa Brasileira de Matemática",
"Bibliografa Brasileira de Medicina", etc.

VIBVICT-VINSTVITUTO BRASVILEVIRO DE VINFORMAÇÃO EM CVIÊNCVIA E


TECNOLOGVIA (1981-) -
<URL: http://www.ibict.br/~ibict>
Descentralização do controle da produção bibliográfca nacional especializada.
Responde pela manutenção de bases de dados bibliográfcos, que têm como produtos:
"Bibliografa Brasileira de Ciência da Informação", "Bibliografa Brasileira de
Política, Ciência e Tecnologia"

VINSTVITUVIÇÕES RESPONSÁ/EVIS PELO CONTROLE DA PRODUÇÃO


BVIBLVIOGRÁFVICA NAS ÁREASo
Arquitetura – FAU/USP: "Índice de Arquitetura Brasileira"
<URL: http://www.fau.usp>
Comunicação – INTERCOM: "Bibliografa Brasileira de Comunicação"
<URL: http://www.intercom.org.br>
Direito – Senado Federal: "Bibliografa Brasileira de Direito"
<URL: http://www.dou.gov.br>
<URL: http://bdtextual.senado.gov.br/bdcoi/bbd/bbd.htm>
Educação – INEP: "Bibliografa Brasileira de Educação"
<URL: http://ddie-srv1.inep.gov.br/>
Energia Atômica – CIN/CNEN (participação na Base ININ-ATOMINDEX)
<URL: http://ibict.br/antares/cin_cnen.htm>
Medicina – BIREME: "LILACS-Literatura Latinoamericana en Ciencias de la
Salud"
<URL: http://www.bireme.br>
Medicina Veterinária – FMVZ/USP:"Bibliografa Brasileira de Medicina Veterinária
e Zootecnia"
<URL: http://www.fmvz.usp.br>
Odontologia – FO/USP: "Bibliografa Brasileira de Odontologia
<URL: http://www.fo.usp.br>
Normalização

Sumário Prefácio 1 Objetivo 2 Referências normativas 3 Definições 4 Estrutura 5 Regras gerais de


apresentação Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de
Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros
(ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de
Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta
Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. 1 Objetivo 1.1 Esta Norma estabelece
os princípios gerais para apresentação dos elementos que constituem o livro ou folheto. Destina-se a
editores, autores e usuários. 1.2 Esta Norma não se aplica à apresentação de publicações seriadas. 2
Referências normativas As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas
neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no
momento desta publicação. Como toda norma está sujeita à revisão, recomenda-se àqueles que
realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um
dado momento. NBR 6023:2002 - Informação e documentação - Referências - Elaboração NBR
6024:1989 - Numeração progressiva das seções de um documento - Procedimento NBR 6027:1989
- Sumário - Procedimento NBR 6034:1989 - Preparação de índice de publicações - Procedimento
NBR 10520:2002 - Informação e documentação - Citações em documentos - Apresentação 2 NBR
6029:2002 NBR 10521:1988 - Númeração Internacional para livro - ISBN - Procedimento NBR
12225:1992 - Títulos de lombada - Procedimento NBR 12899:1993 - Catalogação-na-publicação de
monografias - Procedimento CÓDIGO de Catalogação Anglo-Americano. 2. ed. São Paulo:
FEBAB, 1983-1985. IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993. 3
Definições Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: 3.1 agradecimento(s):
Texto onde o autor faz agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira relevante à
elaboração da publicação. 3.2 anexo: Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de
fundamentação, comprovação e ilustração. 3.3 apêndice: Texto ou documento elaborado pelo autor,
a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. 3.4
caderno: Folha impressa, anverso e verso, que, depois de dobrada, resulta em 4, 8, 16, 32 ou 64
páginas. 3.5 capa: Revestimento externo, de material flexível (brochura) ou rígido (cartonado ou
encadernado). A primeira e a quarta capa são as faces externas da publicação. A segunda e a terceira
capa são as faces internas ou verso da primeira e quarta capa, respectivamente. 3.6 citação: Menção,
no texto, de uma informação extraída de outra fonte. 3.7 coleção: Conjunto limitado de itens, de um
ou diversos autores reunidos sob um título comum, podendo cada item ter título próprio. 3.8
colofão: Indicação, no final do livro ou folheto, do nome do impressor, local e data da impressão e,
eventualmente, outras características tipográficas da obra. 3.9 créditos: Indicação dos nomes
pessoais ou institucionais e da natureza da participação intelectual, artística, técnica ou
administrativa na elaboração do item. 3.10 dados internacionais de catalogação-na-publicação:
Recurso técnico que registra as informações bibliográficas que identificam a publicação na sua
situação atual, incluindo o Número Internacional Normalizado (ISBN). 3.11 dedicatória: Texto em
que o(s) autor(es) presta(m) homenagem e/ou dedica(m) seu trabalho. 3.12 direito autoral
(copirraite): Proteção legal que o autor ou responsável - pessoa física ou jurídica - tem sobre a sua
produção intelectual, científica, técnica, cultural ou artística. 3.13 edição: Todos os exemplares
produzidos a partir de um original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma publicação todas
as suas impressões, reimpressões, tiragens etc., produzidas diretamente ou por outros métodos, sem
modificações, independentemente do período decorrido desde a primeira publicação. 3.14 editora:
Casa publicadora, pessoa(s) ou instituição(ões) responsável(eis) pela produção editorial de uma
publicação. 3.15 elementos pós-textuais: Elementos que complementam o trabalho. 3.16 elementos
pré-textuais: Elementos que antecedem o texto com informações que ajudam na sua identificação e
utilização. 3.17 elementos textuais: Parte do trabalho em que é exposta a matéria. 3.18 encarte:
Folha ou caderno, em geral de papel ou formato diferente, contendo ou não ilustrações, intercalado
no miolo, sem ser incluído na numeração. 3.19 epígrafe: Folha onde o autor apresenta uma citação,
seguida de indicação de autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho. 3.20 errata:
Lista de páginas e linhas em que ocorrem erros, seguidas das devidas correções. Apresenta-se,
quase sempre, em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho, depois de impresso. 3.21 falsa
folha de rosto: Folha opcional que antecede a folha de rosto, também chamada de olho e anterosto.
3.22 folha de rosto: Folha que contém os elementos essenciais à identificação do trabalho, também
chamada de rosto. 3.23 folhas de guarda: Folhas dobradas ao meio e coladas no começo e no fim do
livro, para prender o miolo às capas duras; também chamadas de guardas. 3.24 folheto: Publicação
não periódica que contém no mínimo cinco e no máximo 49 páginas, excluídas as capas e que é
objeto de Número Internacional Normalizado para Livro (ISBN). NBR 6029:2002 3 3.25 glossário:
Lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro,
utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições. 3.26 goteira: Concavidade formada
pelo corte das folhas, à frente dos livros ou folhetos que tenham o dorso arredondado, em oposição,
portanto, à lombada; também chamada de canal ou canelura. 3.27 ilustração: Desenho, gravura,
imagem que acompanha um texto. 3.28 indicador: Projeção de cavidade na lateral direita das folhas
do livro ou folheto, para destacar letras, números ou outros elementos. 3.29 índice: Lista de palavras
ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações
contidas no texto. 3.30 legenda: Texto explicativo redigido de forma clara, concisa e sem
ambigüidade, para descrever uma ilustração, tabela, quadro etc. 3.31 livro: Publicação não periódica
que contém acima de 49 páginas, excluídas as capas, e que é objeto de Número Internacional
Normalizado para Livro (ISBN). 3.32 local: Cidade onde está estabelecida a editora. 3.33 lombada:
Parte da capa do livro ou folheto que reúne as margens internas ou dobras das folhas, sejam elas
costuradas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas de outra maneira; também chamada de dorso.
3.34 mancha: Área de grafismo de um leiaute ou página, também chamada mancha gráfica. 3.35
marcador: Fita presa entre o miolo e a lombada do livro ou folheto, para marcar a folha de leitura.
3.36 miolo: Conjunto de folhas, reunidas quase sempre em cadernos, que formam o corpo da
publicação. 3.37 notas: Indicações, observações ou aditamentos ao texto feitas pelo autor e/ou
tradutor e/ou editor. 3.38 notas de referência: Notas que indicam fontes consultadas ou remetem a
outras partes da obra onde o assunto foi abordado. 3.39 notas de rodapé: Indicações, observações ou
aditamentos ao texto feitos pelo autor, tradutor ou editor, podendo também aparecer na margem
esquerda ou direita da mancha gráfica. 3.40 notas explicativas: Notas usadas para comentários,
esclarecimentos ou explanações, que não possam ser incluídos no texto. 3.41 orelha: Cada uma das
extremidades da sobrecapa ou da capa do livro, dobrada para dentro e, em geral, com texto sobre o
autor ou o livro. 3.42 página: Lado de uma folha. 3.43 páginas capitulares: Páginas de abertura das
unidades maiores do texto, como partes e capítulos, com apresentação gráfica uniforme ao longo do
texto. 3.44 posfácio: Matéria informativa ou explicativa, posterior à conclusão do texto que, de
alguma forma, altere ou confirme o conteúdo do mesmo. 3.45 prefácio: Texto de esclarecimento,
justificação, comentário ou apresentação, escrito pelo autor ou por outra pessoa, também chamado
de apresentação, prólogo, advertência etc. 3.46 primeira edição: Primeira publicação de um original.
3.47 publicação: Conjunto de páginas impressas com a finalidade de divulgar informação. 3.48
reedição: Edição diferente da anterior, seja por modificações feitas no conteúdo, na forma de
apresentação do livro ou folheto (edição revista, ampliada, atualizada etc.) ou seja por mudança de
editor. Cada reedição recebe um número de ordem: 2ª edição, 3ª edição etc. 3.49 referência:
Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua
identificação individual. 3.50 reimpressão: Nova impressão de um livro ou folheto, sem
modificações no conteúdo ou na forma de apresentação, exceto as correções de erros de composição
ou impressão. 3.51 separata: Publicação de parte de um trabalho (artigo de periódico, capítulo de
livro, colaborações em coletâneas etc.), mantendo exatamente as mesmas características
tipográficas e de formatação da obra original, que recebe uma capa, com as respectivas informações
que a vinculam ao todo, e a expressão “Separata de” em evidência. As separatas são utilizadas para
distribuição pelo próprio autor da parte, ou pelo editor. 3.52 série: Conjunto ilimitado de itens, sobre
um tema específico, com autores e títulos próprios, reunidos sob um título comum. 4 NBR
6029:2002 3.53 símbolo: Sinal que substitui o nome de uma coisa ou de uma ação. 3.54 sobrecapa:
Cobertura solta, em geral de papel, que protege a capa da publicação. 3.55 subtítulo: Informações
apresentadas em seguida ao título, visando esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo com o
conteúdo do item. 3.56 sumário: Enumeração das principais divisões, seções e outras partes do item,
na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. 3.57 tabela: Elemento demonstrativo de
síntese que constitui unidade autônoma. 3.58 tiragem: Total de exemplares impressos a cada edição
da publicação. 3.59 título: Palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o conteúdo de um
item. 3.60 título corrente: Linha impressa ao alto de cada página do texto, geralmente com a
indicação do(s) nome(s) do(s) autor(es) e do título da publicação nas páginas pares e do título do
capítulo ou seção, nas páginas ímpares. 3.61 volume: Unidade física da publicação. 4 Estrutura A
estrutura de um livro ou folheto é constituída por partes externa e interna. 4.1 Parte externa A parte
externa é constituída de: a) sobrecapa; b) capa(s); c) folhas de guarda; d) lombada; e) goteira; f)
orelhas. 4.2 Parte interna A parte interna é constituída de elementos pré-textuais, textuais e pós-
textuais. 4.2.1 Elementos pré-textuais Os elementos pré-textuais são constituídos de: a) falsa folha
de rosto; b) folha de rosto; c) dedicatória(s); d) agradecimento(s); e) epígrafe; f) lista de ilustrações;
g) lista de abreviaturas e siglas; h) lista de símbolos; i) lista de tabelas; j) errata; l) sumário; m)
prefácio. 4.2.2 Elementos textuais Os elementos textuais são constituídos de: a) introdução; b)
desenvolvimento; c) conclusão. NBR 6029:2002 5 4.2.3 Elementos pós-textuais Os elementos pós-
textuais são constituídos de: a) posfácio; b) referências; c) glossário; d) apêndice(s); e) anexo(s); f)
índice(s); g) colofão. 5 Regras gerais de apresentação A apresentação de livros e folhetos deve ser
conforme 5.1 a 5.15. 5.1 Sobrecapa Elemento opcional, constituído de primeira e quarta capas e
orelhas. Os princípios que regem o seu leiaute são idênticos aos da primeira e quarta capas e das
orelhas do livro. 5.2 Capa Elemento obrigatório constituído de primeira, segunda, terceira e quarta
capas. A capa deve ser apresentada conforme 5.2.1 a 5.2.3. 5.2.1 Primeira capa Devem ser
impressos os seguintes elementos: a) nome(s) do(s) autor(es); b) título e subtítulo (se houver) da
publicação, por extenso; c) indicação de edição; d) local (cidade); e) editora e/ou logomarca; f) ano
de publicação. 5.2.2 Segunda e terceira capas Não devem conter material impresso. 5.2.3 Quarta
capa ou contracapa Devem ser impressos os seguintes elementos: a) resumo do conteúdo; b) ISBN;
c) código de barra; d) endereço da editora. 5.3 Folhas de guarda Elemento obrigatório nos livros ou
folhetos encadernados, com materiais rígidos e elemento opcional para os livros ou folhetos
encadernados com materiais flexíveis. As folhas de guarda não devem conter material impresso. 5.4
Lombada Elemento obrigatório, quando o livro ou folheto a comportar, conforme a NBR 12225. A
lombada, se houver, deve conter os elementos na seguinte ordem: a) nome(s) do(s) autor(es)
impresso(s) longitudinalmente e legível(eis) do alto para o pé da lombada. Esta forma possibilita a
leitura quando a publicação está no sentido horizontal, com a face voltada para cima; b) título da
publicação, impresso da mesmo forma que o(s) nome(s) do(s) autor(es); c) elementos alfanuméricos
de identificação; d) logomarca da editora. 6 NBR 6029:2002 5.5 Orelhas Elemento opcional. No
caso de ser utilizado, deve conter as seguintes informações: a) dados biográficos do(s) autor(es); b)
comentário(s) sobre a obra; c) público a que se destina etc. 5.6 Elementos pré-textuais Os elementos
pré-textuais antecedem o texto com informações que ajudam na identificação e utilização do livro
ou folheto. A ordem dos elementos pré-textuais deve ser conforme 5.6.1 a 5.6.12. 5.6.1 Falsa folha
de rosto Elemento obrigatório, constituído de: a) anverso - deve conter o título principal por extenso
do livro ou folheto; b) verso - deve conter informações relativas à série a que pertence o livro ou
folheto. 5.6.2 Folha de rosto Elemento obrigatório que deve ser constituído conforme 5.6.2.1 e
5.6.2.2. 5.6.2.1 Anverso Os elementos do anverso da folha de rosto devem ser impressos conforme
5.6.2.1.1 a 5.6.2.1.7. 5.6.2.1.1 Autor(es) O(s) nome(s) do(s) autor(es) individual(ais), de entidade(s),
de editor(es) responsável(eis), de compilador(es), de coordenador(es), de organizador(es),
ilustrador(es), prefaciador(es), tradutor(es) etc. devem constar no anverso da folha de rosto, de
acordo com o projeto gráfico. O(s) título(s) e qualificação(ões) do(s) autor(es) podem ser incluídos,
logo após seu(s) nome(s), pois servem para indicar sua autoridade no assunto. 5.6.2.1.2 Título e
subtítulo O título e subtítulo (se houver) devem ser diferenciados tipograficamente. A obra em
vários volumes deve ter um título geral. Além deste, cada volume pode ter um título específico.
5.6.2.1.3 Indicação(ões) de edição e reimpressão A edição deve ser indicada, seguida, quando for o
caso, da indicação de reimpressão. 5.6.2.1.4 Numeração do volume A numeração do volume (se
houver) deve ser apresentada em algarismos arábicos. 5.6.2.1.5 Local O(s) local(is) de publicação
devem preceder o(s) nome(s) da(s) editora(s) a que se referem. 5.6.2.1.6 Editora O(s) nome(s) da(s)
editora(s) deve(m) ser localizado(s) na parte inferior da folha de rosto, após o(s) local(is),
precedendo o ano de publicação. NOTA - Não confundir com a designação do editor, utilizada para
indicar o responsável intelectual ou científico que atua na reunião de artigos para uma revista, jornal
etc., ou que coordena ou organiza a preparação de coletâneas. 5.6.2.1.7 Ano de publicação O ano de
publicação, de acordo com o calendário universal (gregoriano), deve ser apresentado em algarismos
arábicos. 5.6.2.2 Verso Os elementos do verso da folha de rosto devem ser impressos conforme
5.6.2.2.1 a 5.6.2.2.6. 5.6.2.2.1 Direito autoral Indicação da propriedade de direitos autorais,
localizada na parte superior do verso da folha de rosto, compreendendo o ano em que se formalizou
o contrato de direito autoral, antecedido do símbolo © e do detentor dos direitos. Exemplo: © 2001
IBICT NBR 6029:2002 7 5.6.2.2.2 Direito de reprodução do livro, folheto ou parte deles Devem ser
registradas informações sobre autorização de reprodução do conteúdo da publicação. Exemplos:
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Todos os direitos
desta edição reservados à Editora Flores Ltda. Nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida por qualquer meio, sem a prévia autorização deste órgão/entidade. 5.6.2.2.3 Título
original Quando o livro ou folheto for uma tradução, o título original deve ser mencionado.
5.6.2.2.4 Outros suportes disponíveis Podem ser registradas informações sobre outros suportes
disponíveis. Exemplos: Disponível também em: CD-ROM Disponível também em :
ACESSO E USO DA INFORMAÇÃO NO AMBIENTE EDUCACIONAL: AS FONTES DE INFORMAÇÃO

Silvana Beatriz Bueno


Resumo: O presente artigo faz uma reflexão da nova dimensão da informação no contexto educacional.
Abrange os temas educação na Sociedade da Informação e do Conhecimento, acesso à informação, busca,
uso da informação e fontes de informação. Sobre a busca e o uso da informação no ambiente educacional
discorre sobre o comportamento das crianças na busca da informação e os tipos de fontes de informação
adequadas ao ambiente escolar.

Palavras-Chave: Educação; Acesso à Informação; Busca da informação; Uso da Informação; Fontes de


Informação.

1 INTRODUÇÃO
O acesso e uso da informação no ambiente educacional vêm modificando as estruturas escolares no que
diz respeito ao ensino tradicional. Observam-se programas de incentivo à inovação, à criatividade e ao uso
das tecnologias de informação e comunicação. Surgem novas formas de circulação da informação, novos
meios de obter informação.

Fazendo-se necessário que o espaço de busca e uso da informação transcenda as paredes da biblioteca,
busca-se uma nova concepção da atividade da biblioteca escolar. Com base em estudo do comportamento
dos alunos no modo de busca das informações para pesquisas, obtêm-se um perfil de suas necessidades e
assim se adquire subsídios para uma prática mais efetiva. Para o exercício de suas atividades intelectuais,
ao aluno devem ser fornecidas orientações para que o mesmo possa encontrar as informações que
necessita.

Este artigo tem como objetivo fazer uma reflexão sobre o comportamento dos profissionais e usuários das
bibliotecas escolares no uso de fontes de informação no contexto educacional.

2 ACESSO À INFORMAÇÃO
Conforme a Federação Internacional de Associações de Bibliotecários e Bibliotecas (IFLA), todos os
cidadãos, independente de raça, religião, sexo, idade ou por qualquer outro motivo, têm direito ao acesso à
informação e o de expressar suas opiniões publicamente e as bibliotecas são o principal instrumento de
acesso ao conhecimento, às idéias e à manifestação do processo criativo. Contribuem para o
desenvolvimento e a manutenção da liberdade intelectual e ajudam a preservar os valores democráticos
básicos e os direitos civis universais.

Estas mudanças constantes aumentam a concorrência e a competitividade em escala global. Não se pode
negar a interferência da globalização e das evoluções tecnológicas como ponto decisivo para a explosão
informacional. Bem como a passagem para um mundo integrado tanto tecnologicamente como em redes de
informação. Com a globalização, que é basicamente o acesso à informação sem fronteiras, o uso do
controle bibliográfico deve assumir uma posição diferenciada do usado habitualmente. O acesso às
informações bibliográficas já está disponível na rede mundial de computadores, gerando recursos
financeiros, criando o interesse comercial das grandes organizações responsáveis pela disseminação de
informações. O usuário se beneficia com tudo isso, pois obtém a informação que precisa com rapidez, e
pode conseguir o documento por via eletrônica com economia de tempo e esforço. “A capacidade da
internet de interconectar o mundo inteiro possibilita a todos o direito de usufruir desse recurso. Portanto, o
acesso não deve estar sujeito a qualquer forma de censura ideológica, política ou religiosa, nem barreiras
econômicas”. (IFLA, 2002)

Desta visão globalizada surge um paradigma a ser analisado: se todo usuário deve ter liberdade para
conseguir as informações necessárias de que necessita e os limites ao uso e acesso à informação devem
ser eliminados, como ficariam aqueles que devido à sua situação econômica, são excluídos do mundo da
informação por não terem condições de acesso aos meios eletrônicos tão utilizados no mundo atual? É
diante deste paradigma que devem convergir as ações dos educadores na luta contra a exclusão social da
informação, levando a informação àqueles que não possuem de meios financeiros para consegui-la. “A
liberdade de acesso à informação, independentemente de suporte e fronteiras, é uma responsabilidade
primordial da biblioteca e dos profissionais da informação.” (IFLA, 2002). O surgimento de novas formas de
circulação da informação torna necessária esta avaliação.

Não é justo que seja imposto ao usuário da informação limites para o exercício de suas atividades
intelectuais, e sim, que ele possa receber todas as informações de que necessita. Um dos objetivos do
Manifesto da Biblioteca Escolar é “defender a idéia de que a liberdade intelectual e ao acesso à informação
são essenciais à construção de uma cidadania efetiva e responsável e à participação na democracia” (IFLA/
UNESCO, 1999). É importante que pessoas tenham não apenas o acesso à informação, mas também a
qualidade no acesso de acordo com suas realidades para poderem aplicá-la no sentido de buscar
transformar estas realidades. Somente em uma sociedade que conseguir democratizar conhecimento e
informação de uma forma global conseguiremos prosseguir para o desenvolvimento social.

3 BUSCA E USO DA INFORMAÇÃO


Para o uso da informação pré-supõe-se a necessidade de busca de informação. Segundo Choo (2003, p.66)
“a busca e o uso da informação são um processo dinâmico e socialmente desordenado que se desdobra em
camadas de contingências cognitivas, emocionais e situacionais”. Ao uso da informação está interligado o
valor que o usuário projeta sobre determinada informação. Para isso são realizados os estudos de usuários.
Os estudos de usuários visam saber o quê os indivíduos precisam em matéria de informação, ou saber se
as necessidades de informação por parte dos usuários de uma unidade de informação estão sendo
satisfatórias.

A partir destes estudos consegue-se mapear e listar categorias mais significativas para diferentes usuários.
Na escola como um todo, ou principalmente na sala de aula, a construção do conhecimento está
relacionada à transmissão de informações do professor ao aluno. Usuários de bibliotecas escolares
(crianças) buscam obter informações a partir do contato com o professor, e por meio dele, o contato com a
biblioteca e outras fontes de informação para pesquisa: revistas, jornais, dicionários, geralmente
relacionadas com atividades em sala de aula. Supõe-se que a busca por parte dos alunos é feita seguindo a
“Lei do menor esforço”, ou seja, busca-se primeiro, a informação da maneira mais fácil possível, as fontes
informais: o professor, os colegas, os pais; caso não seja bem sucedida, parte-se para as fontes formais: a
biblioteca. Isto demanda um maior esforço por parte da criança em selecionar o que precisa, em ler e
entender textos e interpretar a informação. O que ainda não representa uma busca livre e sim uma busca
direcionada.

A busca livre por parte das crianças aos materiais de interesse, principalmente livros infantis, decorrem do
trabalho do bibliotecário em evidenciar o livro como objeto lúdico, atrativo, para despertar o prazer, a
imaginação e a criatividade na construção de suas relações com o mundo. O prazer de ler está associado à
atração e à capacidade de imaginação que o livro proporciona. Crianças da faixa etária de 7 a 14 anos
criam expectativas em descobrir o que o livro tem a oferecer, por isso, devemos estimulá-las a buscar por
leituras, sejam elas complexas, científicas e para prazer. Ao ler, o indivíduo constrói os seus próprios
significados, elabora suas próprias questões e rejeita, confirma e/ou reelabora as suas próprias respostas.
(FERREIRA; DIAS, 2002, p. 40).

O adulto tem um comportamento de busca da informação diferente. Ele reconhece por si só uma deficiência
intelectual decorrente da sua falta de informação e procura sanar essa deficiência com a busca da
informação. A criança sozinha ainda não reconhece suas deficiências, na verdade ela é estimulada por
alguém ou algum meio e através dele vem em busca de coisas novas para explicar o que lhe foi transmitido.
O modelo de adulto que é referência para a criança é a figura do professor, é a partir dele que o aluno faz a
busca e o uso da informação e tem um contato significativo da necessidade da informação para sua vida.
Recente pesquisa sobre o comportamento dos professores da educação básica na busca da informação
para formação continuada demonstrou que os docentes buscam em primeiro lugar as redes informais de
informação e posteriormente os canais formais e esta busca está fundamentada na prática docente, ou seja,
nos conteúdos que devem ensinar. (GASQUE; COSTA, 2003). Também, Choo (2003, p. 95) afirma que
professores dão maior importância às informações que possam resolver problemas práticos. Isto reflete no
comportamento dos alunos em procurar informações para suprir as tarefas educacionais.
Deste contexto, conclui-se que muito ainda deve ser trabalhado nas escolas para o adequado uso e busca
da informação e que “aos usuários devem ser oferecidos à orientação necessária e o ambiente adequado
para que eles possam usar, com liberdade e confiança, as fontes e os serviços de informação de sua
escolha”. (IFLA, 2002).

4 FONTES DE INFORMAÇÃO
Sabe-se que fonte é um “documento (ou pessoa) de que (m) se obtém informação” (FERREIRA, 2001, p.
354). Consideram-se, então, dois tipos de fontes: as formais e as informais. Na escola, assim como em
outra organização, percebem-se as duas formas de se obter informação. A literatura confirma que as fontes
informais (os chamados colégios invisíveis) são mais rápidas e exigem menos esforço; em contrapartida, as
fontes formais demandam uma maior atenção, tempo e desgaste intelectual. Porém, uma não anula a outra,
ambas são importantes na construção do conhecimento.

O comportamento ou o tipo de necessidade de uso da informação delimita a quantidade de fontes a ser


pesquisada, conforme exposto por Choo (2003, p. 115) “[...] uma pessoa num estado de espírito
investigativo irá explorar mais fontes, enquanto uma pessoa numa atitude indicativa irá buscar informações
que levem à conclusão da pesquisa ou à ação.” Considera-se que as crianças se enquadram no perfil de
atitude indicativa, visto que recebe indicação de um assunto a ser pesquisado para cumprir sua tarefa
escolar. Caracterizada desta forma, conclui-se que o comportamento de busca de informações em crianças
com este perfil é aquela cuja primeira fonte pesquisada já satisfaz, e percebe-se que o resultado de sua
pesquisa é superficial, consistindo em apresentar a visão de um único autor.

Este tipo de pesquisa escolar é assunto polêmico e evidenciado com o advento da Internet, uma nova fonte
de pesquisa rica em informações fácil para as crianças. Se antes já era preocupante a forma como as
crianças realizavam suas pesquisas, agora é pauta para muitas discussões. É neste momento que é
imprescindível a ajuda especializada, mostrando como trabalhar as distintas fontes de pesquisa sobre o
mesmo assunto, as convergentes e divergentes opiniões dos autores e os diferentes materiais didáticos.

5 FONTES DE INFORMAÇÃO PARA EDUCAÇÃO


A história da educação escolar mostra que, durante os anos, as escolas definiram, criaram, modificaram e
utilizaram diferentes materiais didáticos como forma de aprendizagem; dentre estes materiais os livros
sempre foram fundamentais. (CAVALCANTI, [1996], p. 22).

Dentre as fontes de informação utilizadas nas bibliotecas escolares destacam-se: a literatura infantil e
infanto-juvenil; as obras de referência; os periódicos; os multimeios; o acervo técnico e a internet. Cada
uma destas fontes tem uma característica peculiar que agregam valor a sua existência, descritas a seguir:

a) LITERATURA INFANTIL E INFANTO-JUVENIL: trazem texto de qualidade e beleza que conquistam os


alunos, estimulando a imaginação, a interpretação e enriquecendo a escrita; segundo Cavalcanti ([1996], p.
24) “motivam a relação do aluno com o conteúdo escolar”.

b) OBRAS DE REFERÊNCIA (enciclopédias, dicionários, almanaques, catálogos, mapas,


atlas): são documentos com uma organização didática e de fácil entendimento, bem ilustrados.
Segundo Cavalcanti ([1996] p. 24) estes tipos de materiais “apóiam a autonomia do aprendiz”.

c) PERIÓDICOS (revistas, jornais, gibis) : Trazem informações atualizadas sobre


acontecimentos do mundo, diversificam as atividades em sala de aula, na interpretação de
textos informativos (entrevista, relato histórico, explicação científica). O trabalho desenvolvido
com base na leitura destes materiais ajuda a criança a perceber diferentes pontos de vista além
do seu. (CAVALCANTI, [1996], p. 37)

d) MULTIMEIOS (fitas VHS, Cd´s): diversificam as atividades escolares e criam um ambiente


imaginário.

e) ACERVO TÉCNICO: O acervo técnico constitui-se em uma literatura dirigida e específica a


uma determinada área do conhecimento. Neste acervo também se enquadram os livros
didáticos. “São chamados Livros Didáticos publicações dirigidas tanto aos professores quanto
aos alunos, que não apenas organizam os conteúdos a serem ensinados, como também
indicam a forma como o professor deve planejar suas aulas e tratar os conteúdos com seus
alunos”. (CAVALCANTI, [1996], p. 23)

f) INTERNET: A internet pode ser considerada uma fonte à parte, porque reúne, em um único
meio, todas as outras fontes de forma virtual. Sua apresentação encanta, diverte e ensina.
Neste ambiente, as crianças podem explorar, observar, ler e descobrir o que existe nos livros
de forma diferente. Faz-se necessária a intervenção dos adultos para que possam navegar em
ambiente adequado.

Compete aos profissionais da escola alfabetizar e atuar no letramento para o universo virtual, segundo o
Manifesto da IFLA sobre a internet:

[...] A internet permite às pessoas e às comunidades do mundo inteiro, desde as


menores e mais remotas localidades até as grandes cidades, o igual acesso à
informação. Esta pode ser utilizada para o desenvolvimento pessoal, a educação,
o estímulo, o enriquecimento cultural, atividade econômica ou a participação
informada na democracia. Todos podem apresentar seus interesses,
conhecimento e cultura [via internet] e torná-los disponíveis para o mundo. (IFLA,
2002)

[...] Os bibliotecários devem prover as informações e os recursos para que os


usuários aprendam a utilizar a Internet e a informação eletrônica eficazmente. Eles
devem atuar no sentido pró-ativo, para promover e facilitar o acesso responsável à
informação de qualidade em rede a todos os seus usuários, inclusive as crianças e
os jovens. (IFLA, 2002)

Considerando que a internet é uma das mais atrativas fontes de pesquisa atualmente, é interessante e
educativo explorar e navegar em ambientes apropriados para o trabalho com as crianças, tais como:

a) Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil


(http://docedeletra.com.br/aeilij/index.html): é uma entidade que congrega esses profissionais tanto para a
defesa dos direitos e interesses da categoria quanto para ações que apóiem a afirmação estética da
produção literária voltada para crianças e jovens, a difusão da leitura e a ampliação do público leitor. Foi
fundada em 30 de junho de 1999, no Rio de Janeiro, já com representações regionais no Rio, em São
Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Conta com o portal http://docedeletra.com.br que oferece acesso
as home pages de ilustradores e escritores de livros infantis, com resumo das obras publicadas para
consulta.

b) Editoras On-line: como por exemplo a Objetiva (http://www.objetiva.com.br/), que apresenta


uma das coleções História Literária para Crianças, também disponibiliza o catálogo de literatura
infanto-juvenil por título do livro ou autores. Este catálogo conta com um resumo da obra, o
número de páginas e o valor da obra e opção de compra.

c) Projetos: como o Projeto Memória de Leitura (http://www.unicamp.br/iel/memoria/index.htm):


estuda diferentes aspectos da leitura, com especial ênfase em sua história e em sua prática no
Brasil .

Também se pode acessar o sítio dos autores mais conceituados da literatura infanto-juvenil, como por
exemplo:

a) Ruth Rocha (http://www2.uol.com.br/ruthrocha/ home.htm) : encontramos no site a biografia da autora,


fotos, atividades para crianças, a lista completa de seus livros, histórias para ler na tela, histórias para ouvir
no computador e acesso a textos exclusivos que ainda não foram publicados.

b) Ziraldo (http://www.ziraldo.com.br/): além de escritor, é cartazista, jornalista, teatrólogo,


chargista, caricaturista, pintor e colecionador de piadas. O site apresenta os seus livros de A a
Z e obras selecionadas, as coleções e séries, cartazes e logotipos. Disponibiliza a versão on
line original do livro “Menino Maluquinho” maior sucesso editorial do autor, o site apresenta
também a biografia do autor, e a Sala de Leitura, com direito a piadas e anedotas.

c) Ana Maria Machado (http://www.anamariamachado.com/home.php): dispõe de um resumo


da vida e obra da artista (Biografia); informações e curiosidades sobre a autora (Caderno de
Notas); livros; novidades e endereço eletrônico para envio de mensagens a autora.

d) Ricardo Azevedo (http://www.ricardoazevedo.com.br/): escritor e ilustrador paulista, é autor


de mais 90 livros para crianças e jovens. Bacharel em Comunicação Visual pela Faculdade de
Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado, mestre em Letras pela Universidade
de São Paulo e doutorando na área de Teoria Literária (USP). Pesquisador na área da cultura
popular. Seu site é mais de caráter informativo.

e) Ângela Lago (http://www.angela-lago.com.br/): escritora e ilustradora de livros infantis.


Ganhadora de vários prêmios internacionais e nacionais. Criado por ela, seu site é bem
sofisticado, didático e interessante para as crianças, utiliza a liberdade no uso da cor e do
traço.

As competências, habilidades e atitudes na busca, recuperação, disseminação e uso da informação são


hoje as principais características do profissional da informação. Ele deverá ser um facilitador, capaz de guiar
os usuários, orientando-os para selecionar e contextualizar o que é relevante neste oceano de informações
disponíveis.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sociedade do conhecimento exige da escola novas funções. A função social se constitui como o principal
meio de acesso ao mundo da informação e do conhecimento. A função de gestão incorpora e exige nova
postura de ensino e está fundamentada nos quatro pilares da educação: aprender a conhecer; aprender a
fazer; aprender a conviver e aprender a ser. Neste sentido, a escola tem sua responsabilidade multiplicada,
e as bibliotecas escolares sua significativa parcela.

O caráter volátil e flexível que a informação assume hoje está além da capacidade da escola. Isto faz com
que os educadores assumam novos papéis, como por exemplo, o de formar alunos capazes de uma
análise crítica das informações que recebem para que possam utilizá-las estrategicamente e, a partir da
experiência de vida, construir conhecimento – produto desse processamento.

O conhecimento diferenciado dos bibliotecários sobre recuperação da informação e mecanismos de busca


favorece a indicação de fontes adequadas para pesquisa. Neste contexto, as bibliotecas escolares podem
transformar-se em importantes agentes nas decisões pedagógicas, não sendo somente suporte
informacional para educadores nas suas atividades de ensino.

Contexto e fases do processo de Recuperação da Informação O processo da Recuperação da


Informação do ponto de vista do bibliotecário, opera com fundamentação das informações
registradas e organizadas em um determinado suporte, o que armazena. O desenvolvimento de
estratégias de busca para a recuperação e localização da informação. Quando as informações
recuperadas são possíveis de interpretação e assimiladas produzem conhecimento. A recuperação é
o ato de investigar ou explorar com o fim de tornar a encontrar algo perdido. Para realizar tal
procedimento é usado processo que compreende o arranjo ordenado dos registros de
conhecimentos. (KENT, 1972, p. 23) Entendendo que a recuperação da informação requer a
organização prévia dos dados de maneira criteriosa, abrange tratamento técnico na informação. A
etapa do tratamento técnico é considerada fundamental, pois é a partir dela que as informações
podem ser criteriosamente selecionadas, localizadas e recuperadas. Atividades reconhecidamente
intelectuais destacam a presença do bibliotecário, responsável, por meio de suas habilidades e
competências, seja 16 pelo tratamento técnico das informações, ou nas técnicas e métodos de
disseminação e armazenamento. Para o exercício destacado dessas atividades, o bibliotecário
necessita ter conhecimento apto para produzir e desenvolver catalogação descritiva adequada e
correta; indexação baseada em recursos de controle de vocabulário, particularmente o uso de
tesauros, identificando as palavras-chave que pelo gênero e a espécie, dominando com segurança e
profissionalismo, essas ferramentas e suportes como condições essenciais para o sucesso no
processo da recuperação da informação. No entanto, para desenvolver e implantar o processo de
recuperação da informação é necessário à presença de recursos financeiros e humanos. O
desenvolvimento intelectual nesse nível exige muitos incentivos elevados para manutenção e
formação ou recursos humanos especializados. Paralelo a isso, devido à explosão de conhecimento
desenvolvida no sistema globalizado, para que o processo de recuperação da informação seja cada
vez mais eficiente é necessária a utilização de ferramentas sofisticadas, objetivando o bom
desempenho da recuperação a fim de produzir as informações procuradas pelos usuários. Conforme
afirma Lancaster (1993, p. 189) “freqüentemente se emprega um coeficiente de precisão junto com
o coeficiente de revogação para se ter uma indicação do grau de eficiência ou descriminação
atingido por uma consulta.” O processo de recuperação da informação possui fases com
características e funções próprias. Podem ser identificadas, as seguintes fases segundo Cardoso
(2004, p. 05) “passagens, expansão de consultas, filtragem de informação, categorização e extração
da informação e sua visualização.” Ainda de acordo com a autora essas fases são identificadas
conforme: 17 • As passagens estão relacionadas com a dificuldade do usuário de interpretar com
facilidade a similaridade das informações relevante a sua consulta; • A expansão das consultas está
relacionada com a fundamentação na localização das informações, uso de palavraschave na
localização das informações; • A filtragem de informação está ligada na análise do fluxo
informacional e comparação com o conteúdo das informações pertinentes; • Categorização e
extração da informação estão relacionadas com o processo de classificação e definição
informacional, seguindo critérios com categorias e conceitos definidos; • Visualização relação da
interação com o usuário em expressar sua necessidade, ou seja, formulação de sua busca/consulta.
(CARDOSO, 2004, p. 05) A etapa da passagem está relacionada com o estado de comunicação com
o usuário. A interação do usuário, expressando sua necessidade com finalidade de localizar sua
resposta. No entanto, nessa fase que compõe o processo de recuperação da informação, encontra-se
o grande desafio para uma busca exata e eficaz. O usuário enfrenta dificuldade em expressar sua
necessidade com clareza e exatidão, não sabendo expor o que realmente deseja, e em decorrência as
respostas para suas indagações, na maioria das vezes não coerentes e não satisfatórias. Essa fase
supõe-se ser, portanto considerada imprescindível dentre todas as outras do processo de recuperação
da informação. Seu destaque está relacionado com a importância em diagnosticar e identificar as
reais necessidades do usuário como uma etapa fundamental que inicia e percorre todo processo a
fim de satisfazer e suprir a necessidade do usuário. Para que sua necessidade seja alcançada é
importante demonstrar a complexidade relacionada ao desenvolvimento de cada etapa. Observa-se
que todas estas fases já citadas são seqüenciais para que haja a recuperação da informação. Paralelo
a isto, é de fundamental importância que todas as etapas se completem visando sempre à finalidade
que é suprir a necessidade do usuário com resultado em sua busca. No entanto, não se pode deixar
de mencionar que se uma destas etapas não for bem executada, o resultado final 18 não será
alcançado, e como conseqüência não obtendo o resultado esperado e desejado pelo usuário. Diante
do contexto apresentado verificam-se as etapas que compreendem a dificuldade do processo de
recuperação da informação em identificar, localizar e compreender por meio do usuário qual o tipo
de informação este deseja. Tamanha complexidade pode ser observada quando um usuário
aproxima-se com uma dúvida ou questionamento e não possui domínio em expressar por meio da
comunicação sua verdadeira necessidade. Ela se caracteriza pelo processo de realização do
diagnóstico e identificação das reais necessidades do usuário. Devido ao termo informação tornar-se
algo subjetivo por possíveis e inúmeras interpretações, o bibliotecário encontra-se diante de um
desafio. Este tendo como desafio identificar, diagnosticar a questão imposta por seu usuário,
transformar tal questão no nível de ser procurada e localizada, e tendo como finalidade produzir
essa informação e destinar ao usuário suprindo e satisfazendo sua busca. Perante o contexto
apresentado, questionam-se então quais são as verdadeiras dificuldades ou falhas encontradas para
que isso se concretize? Para responder tal indagação, foi possível localizar na literatura apresentada
sobre o assunto recuperação da informação, um conteúdo amplo e com fatores bem explicativos e
específicos sobre isto. Baseado na literatura de Figueiredo (1992) pode-se relacionar os tópicos
abaixo como fatores responsáveis pela complexidade no desenvolvimento do processo de
recuperação da informação. 19 3.2 FALHAS DEVIDAS À FALTA DE CAPACITAÇÃO DO
BIBLIOTECÁRIO ƒ falta de conhecimento do assunto e de cuidado na análise da questão; ƒ falta
do bibliotecário em realizar a negociação da questão; ƒ falta de habilidade na condução da
negociação; ƒ falta de preocupação com a imagem que projeta; ƒ falta de percepção para com as
comunicações não–verbais; ƒ falha do bibliotecário em descobrir ou compreender o que foi
perguntado ou é desejado; ƒ dificuldade em traduzir questões vagas em termos significativos; ƒ
falta de interesse ou motivação para auxiliar o usuário; ƒ tradução arbitrária da linguagem da
questão na linguagem lógica do sistema; ƒ falha de dar tempo suficiente para a negociação; ƒ
falta de conhecimento das maneiras diferentes pelas quais uma questão pode ser apresentada; ƒ
condicionamento inconsciente do usuário pelo bibliotecário para fazer questões gerais em vez de
específicas. 3.2 FALHAS DEVIDAS A FATORES HUMANOS ƒ problemas envolvendo a
interação usuário–bibliotecário 3.2 FALHAS DEVIDAS AO USUÁRIO E ALÉM DO CONTROLE
DIRETO DO BIBLIOTECÁRIO ƒ falha da maioria dos usuários em não perguntar exatamente o
que deseja; ƒ falha do usuário em não saber decidir exatamente o que deseja; ƒ inabilidade do
usuário para formalizar suas necessidades de informação; ƒ tendência dos usuários em formalizar
suas questões em termos do que sabem mais do que em termos do que não sabem; ƒ falta de
percepção dos usuários quanto à extensão da informação que pode ser levantada para responder à
sua questão; ƒ falta de conhecimento do usuário do tipo de documento que responderá à sua
questão; ƒ falta de conhecimento do usuário do vocabulário das obras de referência; ƒ tendência
dos usuários para apresentar questões muito gerais ou muito específicas; 20 ƒ tendência dos
usuários de começar com uma questão geral quando desejam uma resposta específica; ƒ tendência
dos usuários em pensar que conhecem os instrumentos que responderão à questão e propor uma
questão mais específica; ƒ tendência dos usuários em abordar questões em termos de assunto; ƒ
tendência dos usuários em fazer pedidos que não expressam de maneira exata as suas necessidades
de informação; ƒ tendência dos usuários em apresentar suas questões em termos dos seus pontos
de vista particulares; ƒ falta de percepção por parte dos usuários, para saber quais os materiais
mais adequados às suas necessidades de informação; ƒ falha do usuário por não admitir sua falta
de conhecimento sobre o assunto da questão; ƒ falta de percepção do bibliotecário com relação aos
hábitos mentais do usuário. 3.2 FALHAS DEVIDAS À FALTA DE POLÍTICA NAS
BIBLIOTECAS ƒ existência de uma mesa de referência como uma barreira física à interação
usuário–bibliotecário; ƒ falta de políticas que digam respeito ao tempo para busca, incluindo o
suporte de pessoal auxiliar; ƒ falta de políticas ditando os deveres do bibliotecário; ƒ falta de
capacitação em serviço e falta de supervisão. (Fonte: FIGUEIREDO, 1992, p. 59 a 70) Paralelo aos
itens relacionados deve ser levado em consideração também o posicionamento do usuário perante a
interação com o profissional bibliotecário, dificultando a comunicação. Na literatura proposta pela
autora acima citada pode-se identificar fatores que do ponto de vista do usuário, são uma série de
barreiras para a desejável interação com o bibliotecário. 3.2.5 BARREIRAS OBSERVADAS PELO
USUÁRIO ƒ Não sabe que reação o bibliotecário vai ter em relação à sua questão; ƒ Não está à
vontade para propor sua questão; ƒ Pode sentir que suas necessidades de informação não são
importantes para outra pessoa; ƒ Pode não estar satisfeito com serviços anteriores e não deseja se
expor novamente; ƒ Não gosta de admitir falta de conhecimento sobre a biblioteca e os serviços
oferecidos; 21 ƒ Não tem idéia do item que poderá responder à sua questão; ƒ Não tem
conhecimento das obras de referência existentes; ƒ Raramente compreende a linguagem do
sistema; ƒ Não tem conhecimento da profundidade e qualidade da coleção; ƒ Não gosta de
revelar por que necessita da informação; ƒ O usuário toma decisões subjetivas sobre o
bibliotecário (e este, em contrapartida, avalia o usuário); ƒ Não pede ajuda ao bibliotecário porque
não gosta da imagem que ele projeta; ƒ Não tem confiança na habilidade do bibliotecário para
resolver o seu problema de informação; ƒ Pode ser tímido e isto o impede de se aproximar da
autoridade representada pelo bibliotecário; ƒ Possui alto nível e pode sentir que propor uma
questão significa mostrar ignorância pessoal. (Fonte: FIGUEIREDO, 1992, p. 59 a 70)
Fundamentado nos itens acima relacionados observa-se que para o bibliotecário consiga realizar
todas as etapas do processo de recuperação da informação, é de fundamental importância a
comunicação e troca de informação entre o cliente/usuário e o bibliotecário, dando ênfase na fase
inicial e principal da recuperação da informação: as passagens. Segundo Figueiredo (1992) a função
essencial para que haja uma boa comunicação é definir que informação o usuário deseja, esclarecer
a questão e definir a quantidade, nível e material que responderá a questão. Ainda de acordo com as
palavras da autora acima (1992) existem ações remediadoras para os problemas apresentados, o
bibliotecário deve procurar desenvolver um diálogo, tendo como finalidade conhecer os interesses e
necessidades do usuário e paralelo a isto, associar uma solução ao questionamento realizado. Para
proporcionar uma solução à formulação feita, recomenda-se ao bibliotecário identificar os objetivos
do seu usuário, estabelecer metas na sua busca e esquematizar um plano na sua trajetória de
localizar e recuperar a informação desejada. 22 Estas ações remediadoras abordadas são
consideradas por Figueiredo, como recomendações para minimizar os fatores anteriores citados.
Entre elas: • O bibliotecário necessita ter uma auto–imagem positiva, acreditando que ele é a melhor
ligação entre uma pessoa e a informação procurada. • Precisa compreender e possuir um interesse
genuíno pelas pessoas, aceitar cada uma como é e respeitar a dignidade pessoal de cada uma. •
Necessita refletir e analisar se apresenta uma expressão de quem está disposto a ajudar, tendo um ar
amigo, ou se ao contrário é frio e desinteressado. • Necessita encorajar a apresentação de questões e
tentar vencer a relutância natural que as pessoas sentem em pedir ajuda, a menos que isto não seja
requerida ou desejada pelo usuário. • Necessita constantemente demonstrar um comportamento
aberto, acessível, intuitivamente percebido pelo usuário, e que, geralmente, o encoraja. • Necessita
mostrar atenção, paciência, cortesia, tato e percepção. Uma breve conversa pode atrair um usuário
relutante. • Necessita mostrar a importância da necessidade de informação e encorajar o usuário e
discuti-Ia com ele. • Necessita prestar serviço de maneira que o usuário deseje voltar quando
precisar novamente de ajuda. • Necessita dar atenção total ao usuário, tentar fazê-lo ficar à vontade,
mostrar emp 23 em suportes distintos: papel, digitais, eletrônicas é condição imprescindível para
que por esse modo possa produzir a informação e proporcionar ao usuário o que necessita e procura.
Após desenvolver essas etapas, o bibliotecário recorre a um filtro de seleção em suas fontes
alocadas. E por meio disso, é possível localizar e recuperar a informação relevante ao usuário,
levando-se em conta sua capacidade e competência profissional. Conforme Vakkari (1999 apud
CORRÊA 2003, p. 22) A recuperação de informação pode ser vista como parte de um amplo
processo de busca por informação. Por busca de informação entende-se o processo de pesquisar,
obter e usar informação para um propósito (por exemplo, produzir a solução para uma tarefa)
quando a pessoa não tem suficiente conhecimento anterior. Por recuperação da informação entende-
se o uso de um sistema de informação para obter informação relevante para um propósito (por
exemplo, uma tarefa). De acordo com Corrêa (2003), para ter mais compreensão do processo de
recuperação da informação, pode-se estabelecer abordagem do sistema, abordagem interativa e
abordagem centrada no usuário. Estes três tipos de abordagem interligam-se e complementam suas
finalidades. Como destaca Corrêa (2003) a abordagem do sistema é considerada uma função
mecânica, pois consiste na busca, localização e recuperação das informações em suporte, levando-
se em consideração o interesse informacional do usuário. Concomitantemente a esta abordagem,
deve-se evidenciar o papel a ser desempenhado pelo bibliotecário perante a utilização e manuseio
coerente e correto das ferramentas para uma melhor busca das informações. A abordagem interativa
está correlacionada com a interação do usuário com o suporte que aloca as informações. Para
concluir, a abordagem centrada no usuário relaciona-se diretamente com a etapa das passagens,
sendo esta 24 um destaque importante na comunicação e interação entre o bibliotecário e o usuário.
Como etapa complementar ao processo de recuperação da informação e diretamente relacionado às
passagens, destaca-se a expansão das consultas. Esta fase tem como embasamento as fontes de
informação primárias secundárias e terciárias. Para melhor localização das informações, utiliza-se o
recurso das palavras-chave, a fim de fundamentar sua localização com mais eficácia e exatidão.
Devido ao uso de palavras-chave torna-se de extrema importância que o profissional bibliotecário
possua competência e habilidade para desenvolver com qualidade uma boa indexação e utilizando a
linguagem documentária como fundamento. De acordo com Lancaster (1993, p. 06) “a indexação
de assuntos e a redação de resumos são atividades intimamente relacionadas, uma vez que ambas
implicam a preparação de uma representação do conteúdo temático dos documentos”. Conforme a
citação utilizada, pode-se compreender então que a indexação utiliza palavras-chave específicas que
descrevem o conteúdo informacional das determinadas informações organizadas segundo uma
ordenação estruturada e registrada em algum tipo de suporte. Paralelo a isso os resumos são base
complementar que sintetizam e descrevem em poucas palavras o conteúdo informacional, sendo que
muitas destas palavras são consideradas palavras-chave para serem usadas na localização e
recuperação das informações contidas nos documentos. O exemplo abaixo descreve a indexação,
em termos práticos os tesauros utilizados: 25 Figura 1: Organograma da indexação Para que o
processo de indexação seja eficiente e contribua positivamente no processo de recuperação da
informação é necessário saber utilizar esta ferramenta, dominando suas etapas: análise
conceitual/atinência, tradução, vocabulários controlados, indexação como classificação e
especificidade do vocabulário. Relacionado às etapas da indexação pode-se compreender que
análise conceitual/atinência implica em definir qual o conteúdo descrito e trabalhado no documento
registrado. A tradução pode ser definida de acordo com Lancaster (1993, p. 13) “a conversão da
análise conceitual de um documento num determinado conjunto de termos de indexação”. Paralelo a
tradução encontra-se os vocabulários controlados: esquemas de classificação bibliográfica
(Classificação Decimal de Dewey), lista de cabeçalhos de assuntos e tesauros. Estes vocabulários,
segundo Lancaster (1996, p. 14) têm como finalidade “ [...] controlar sinônimos, optando por uma
forma única e padronizada, com remissivas de todas as outras, diferenciarem homógrafos,
reunir/ligar termos cujos significados apresentem uma relação estreita entre si[...] ”. 26 Ao
compreender todas essas etapas do processo de indexação, pode-se observar que não somente usar
tais ferramentas auxilia na recuperação da informação, bem como é de extrema e fundamental
importância que o profissional bibliotecário possua competência e habilidade para manusear e
trabalhar com tais ferramentas. E, por meio disto, possibilitando uma indexação com qualidade e de
colaboração eficiente nas buscas, no processo de recuperação da informação. A etapa da filtragem
de informação está relacionada à análise do fluxo informacional e a comparação com o conteúdo
das informações pertinentes. De acordo com a citação anterior pode-se compreender e observar que
esta etapa é uma conseqüência da expansão das consultas e uma indexação de qualidade. A busca do
usuário está relacionada com seu suprimento em suas necessidades reais de informação. Para que
essa busca seja realizada com eficácia é necessário que as etapas anteriores descritas sejam
realizadas, e como conseqüência o filtro das informações serve como critério seletivo para sua
localização. As informações são armazenadas em suportes, no entanto pode ser manuseada com
suas especificidades, cada qual como se fosse única, e na localização faz-se um comparativo com as
demais informações pertinentes. Outra fase do processo de recuperação da informação que tem
destaque é a categorização e extração de informação. Nessa etapa as informações já foram
trabalhadas, ou seja, classificadas possuindo critérios de categorias e conceitos definidos.
Procedimentos dessa natureza facilitam identificar e diagnosticar as informações quando localizadas
e recuperadas, pois estas mesmas informações foram classificadas, catalogadas e armazenadas de
acordo com uma categorização respeitando suas especificidades. 27 Pode-se considerar como
ultima fase do processo de recuperação a visualização da informação. Essa etapa engloba todas as
outras fases e suas importantes funções, no entanto é importante destacar que ainda nesse grau do
processo de recuperação, deve-se considerar que o usuário pode ter dificuldades em interpretar o
resultado de suas buscas, e isso é uma conseqüência gerada e desenvolvida ao longo do processo de
recuperação da informação pela sua complexidade em formular sua necessidade e saber expressá-la.
Essa distância é provocada principalmente pelo limitado conhecimento do usuário no universo da
pesquisa. Além do problema de formulação da consulta, o grande volume de dados presentes nos
sistemas de recuperação de informação atuais implica que a apresentação dos resultados para o
usuário também é uma tarefa difícil. (CARDOSO, 2004. p. 05) Os tópicos acima relacionados
possibilitam a melhor compreensão e assimilação das fases do processo de recuperação da
informação, demonstrando a complexidade do processo, e paralelo a isso, permite destacar a
importância do profissional bibliotecário perante todo o desenvolvimento das etapas da recuperação
da informação.

INTRODUÇÃO

No cotidiano do bibliotecário de referência, que atende diretamente às questões formuladas

pelos usuários, observa-se inúmeras reações, entre elas os aspectos emocionais e de necessidade

informacional do pesquisador.

Para efetuar a comunicação na busca informacional, necessita-se conhecer quais os motivos

que levam ao usuário a posicionar-se diante do bibliotecário de referência. Muitas vezes o caminho

inicia-se em uma relação de especificar o que se deseja, para que se necessita, e o respectivo

refinamento, conseguindo dessa maneira, concretizar as etapas da pesquisa do usuário.

A partir do momento da formulação da pergunta sobre o tema e a escolha das palavras-

chave, inicia-se o processo de busca de material bibliográfico para efetuar a pesquisa. E por

intermédio de ferramentas usuais, tais como tesauros para delimitação dos termos, pesquisa no

catálogo tradicional e eletrônico, diferentes estratégias de pesquisa, a escolha das técnicas de busca,

permite bibliotecário saber como trabalhar as possíveis causas e minimizar as frustrações que possa

existir na obtenção do documento. Atualmente, tornou-se um requisito fundamental saber

operacionalizar por meio das novas tecnologias da informação o recebimento e a entrega da

pesquisa solicitada pelo usuário.

Este artigo pretende de uma forma prática e objetiva oferecer algumas diretrizes aos

bibliotecários que atuam na interação com os usuários diretamente na busca de informações para

realização de pesquisas.

Interação do usuário diante do bibliotecário de referência

A interação é um processo de influência mútua. Na biblioteca ela ocorre quando o usuário

busca uma informação solicitando o auxílio do bibliotecário.


O usuário necessita conhecer a biblioteca e seus recursos para facilitar a busca de material

bibliográfico para concretizar suas pesquisas. Geralmente as bibliotecas oferecem seus serviços

entrelaçados, mas, algumas de grande porte ainda oferecem seus serviços em setores específicos,

tais como:

circulação - possibilita realizar o empréstimo, reservas, reposição do material bibliográfico

nas respectivas coleções, fotocópia de documentos, entre outros;

referência - ambiente para consultas rápidas em fontes de informação, tais como: os

abstracts, bases de dados, enciclopédias, guias, orientação a biblioteca e a pesquisa;

catálogos por assuntos, autores e títulos - indiferente se impresso (os tradicionais fichários)

ou online;

empréstimo inter-bibliotecário - possibilita o acesso ao acervo de bibliotecas de outras

instituições;

coleções especiais - acervo classificado por formatos, temática ou relevância, tais como a

videoteca, mapoteca, ou o depósito legal.

Usuário na busca da informação

Independente de ser considerado usuário tradicional ou digital, todos vêem a biblioteca

através de um problema. Para exemplificar, a experiência indica as diferentes categorias de

usuários:

os experientes: usuários de bibliotecas que levam questões ao bibliotecário sabendo

exatamente o que precisam e formulam suas perguntas com clareza;

os com objetivos, mas com dificuldades de expressão: são os grupos de usuários que

sabem o que querem mas não conseguem expressar adequadamente suas palavras; e,

os inexperientes: grupos de usuários que não têm certeza - clareza, quanto ao que precisam.

Os usuários de bibliotecas acadêmicas são indivíduos oriundos da comunidade acadêmica,

tais como: calouros, veteranos, graduados, professores, pós-graduandos, pós-graduados,

pesquisadores e técnicos no apoio institucional, mas, muitas bibliotecas atendem também a


comunidade em geral. Portanto, além de conhecer o acervo e sua distribuição é necessário que o

bibliotecário que atue diretamente com os usuários tenha a necessidade de estar bem preparado para

atender a demanda e abrangência informacional.

Pode-se mencionar que existem questões que interferem direta ou indiretamente na interação

entre os usuários e o bibliotecário, tanto psicológicas, educacionais, culturais e sociais. A relação

pode ser ampliada ou diminuída conforme ambos os lados da interação. Alguns fatores prejudicam

ou interferem na interação, provocando falhas no processo de busca e acesso à informação, tais

como:

 Problemas decorrentes no processo de comunicação tais como: dicção, formulação de termos

para pesquisa, ruídos da linguagem, ambiente.

 Imagem distorcida sobre o papel e as habilidades do bibliotecário no auxílio a realização da

pesquisa.

 Expectativas sobre diversas reações quanto ao bibliotecário e ao próprio usuário: empatia,

simpatia, e apatia.

 Dificuldades em propor a questão de pesquisa onde possam ocorrer fatos como não sentir-se a

vontade no diálogo para formulação da questão de referência ou surgimento da timidez.

 Impacto de serviços anteriores não-satisfatórios provocando certos medos e receios para expor

novos interesses de busca, evitando causar insegurança pessoal.

 Arrogância de ambas as partes.

 Implicações culturais, sociais, econômicas e educacionais.

 Visibilidade e transparência do local de atendimento ao usuário. Grogan (1995, p. 90) menciona

o estudo realizado por Katz sobre bibliotecas que ainda não conseguem proporcionar maneiras

fáceis de ver e de usar que possibilitam o acesso direto ao local de trabalho do bibliotecário.

 Dificuldades de encontrar o setor de referência ou quando o usuário se aproxima do profissional

questionado e pergunta se ele trabalha na biblioteca, por exemplo: Você trabalha aqui?

 Alguns usuários parecem ter a sensação de estar importunado o bibliotecário.


Recomenda-se ao bibliotecário utilizar além das habilidades técnicas no manuseio e

instrução do acervo que a biblioteca possui, conhecer e empregar os aspectos fundamentais nas

relações humanas, tais como: a acessibilidade, a auto-imagem positiva, reservar tempo suficiente

para a entrevista, ser paciente e amistoso, demonstrar sem superioridade que domina os

instrumentos de acesso às questões.

Formulação da estratégia de busca

Na interação ocorre a questão de como formular uma pergunta sobre o tema de pesquisa do

usuário. Rowley (1994, p. 129) menciona que a estratégia de busca é o "conjunto de decisões

tomadas e de procedimentos adotados durante uma busca". Portanto, como estratégia pode-se dizer

que o bibliotecário inicia sua entrevista para delimitar a questão dando oportunidades ao usuário de

responder sem impor limites. Poderá utilizar perguntas abertas ou fechadas para facilitar as

principalmente as delimitações sobre o que se procura.

Como segundo passo, necessita identificar a sua busca por meio de todos os meios de acesso

bibliográfico, seja pelas bibliografias, catálogos, índices especializados, pessoas ou até mesmo

outras instituições.

Observa-se as maiores dificuldades que aparecem no cotidiano do bibliotecário e do usuário

podem ser: a abrangência da pesquisa; os idiomas a serem utilizados; delimitação de tempo;

dificuldades no domínio da área do conhecimento e uso dos termos nos catálogos devido à

linguagem controlada.

As principais diferenças em pesquisar os catálogos tradicionais de catálogos de acesso

remoto está no fato de realizar a pesquisa dentro da biblioteca, possibilitando obter informações

mais precisas sobre o documento: disponível, emprestável, custos para obtenção, retorno, reserva ou

realizar a consulta in loco.

Lancaster (1996, p. 126) considera como elemento importante no estudo sobre uso do

catálogos a análise dos motivos pelos quais os usuários não conseguem encontrar entradas

existentes no catálogo.
Existem diferenças entre pesquisar em bases de dados tradicionais (material impresso),

bases em CD-ROMs, bases de dados comerciais online e os mecanismos de busca da Web,

principalmente advindas da velocidade da recuperação dos dados obtidos e pelo uso de expressões

de busca booleana, entruncamento de termos e seus adjacentes ou proximidade na formulação da

estratégia de busca, seja entre outros o tipo de busca realizada, os comandos usados, tempo

despendido, cabeçalhos de assuntos empregados, etc.

Iniciar a pesquisa pelo material de referência da biblioteca significa conhecer as fontes tais

como: enciclopédias gerais e específicas das áreas do conhecimento, dicionários, abstracts e

índices, tesauros, manuais técnicos, normas e especificações técnicas, almanaques, guias, atlas,

entre outras. Necessita-se especificar e localizar o tópico da pesquisa e utilizar fontes impressas ou

eletrônicas. Selecionar uma base de dados conforme a área do conhecimento: geral e específica.

Definir um assunto geral e específico. Selecionar o tópico da pesquisa. Pesquisar diversos tópicos,

isto é, obter o resultado da pesquisa, selecionar itens de interesse, obter versão impressa e/ou digital

da referência ou texto integral.

Ao utilizar o catálogo da biblioteca (fichas ou online) são necessários alguns procedimentos,

como: definir assunto geral, assuntos específicos, listar referências, imprimir ou anotar material

bibliográfico obtido. Também necessita-se saber quando usar recursos paralelos, seja pelo acesso

online para coleções digitais na própria biblioteca e também de outras bibliotecas para obtenção do

material seja pelo empréstimo inter-bibliotecário, ou acesso a bases de dados de textos na íntegra

entre bibliotecas conveniadas.

A Internet está sendo considerada um recurso importante no desenvolvimento das pesquisas,

pois cada vez mais o usuário pode consultar pelo acesso online catálogos e fontes eletrônicas e

digitais das bibliotecas e instituições.

Mas são necessários observar alguns cuidados ao utilizar a Web como fonte de pesquisa, tais

como: ter critérios de avaliação do documento de hipermídia para detectar se a informação é

fidedigna e que tipo de informação está sendo oferecida: negócios, lazer, governamental, pesquisas
recentes, comunidades eletrônicas (grupos de discussões, informativos dirigidos), e eventos. Cabe

lembrar que a Web não possui cobertura total e nem substitui a revisão de artigos pelos pares, mas

ajuda significativamente na realização de buscas e pesquisas tanto acadêmicas como comerciais.

Uso do tesauros

Para estabelecer as palavras-chave numa pesquisa, necessita-se que sejam definidos os

termos designativos de busca por meio de palavras que podem ser definidas com auxílio de

tesauros, descritores, lista de cabeçalhos de assuntos. O bibliotecário deverá traduzir a linguagem do

usuário empregada de forma natural para a terminologia aceita pelo sistema.

Pesquisa no catálogo tradicional e eletrônico

Bertholino (1999, p. 150) menciona que as "linguagens de indexação são fundamentais para

o processo de busca em bases de dados. Portanto, a linguagem de indexação e linguagem de busca

devem estar relacionadas. As lógicas de buscas são o meio de especificar as combinações dos

termos para uma recuperação de informação bem sucedida."

No estudo efetuado por Ramos et al. (1999, p. 175) constatou-se que "o usuário, quando da

busca de informação automatizada em linha e/ ou em CD-ROM, comporta-se de maneira

semelhante tanto na utilização das fontes para definição dos termos de busca e objetivos de

levantamento quanto na obtenção dos documentos recuperados. Em ambos os casos, a participação

do bibliotecário é ativa, mesmo quando da utilização do CD-ROM diretamente do seu local de

trabalho, uma vez que a estratégia de busca é formulada antecipadamente."

Lancaster (1996, p. 153) salienta que um catálogo online "apresenta evidente vantagens,

uma vez que geralmente é possível proporcionar pontos de acesso adicionais de modo fácil e

econômico." Por exemplo, um catálogo online eficaz deveria possibilitar acesso a uma obra por

meio de qualquer das palavras constantes de seu título.

Estratégias de pesquisa e técnicas de busca

Para realizar pesquisas em catálogos tradicionais e/ou online, em bases de dados referenciais

(bibliográficas, catalográficas ou referenciais) e bases de dados de fontes (numéricas e de texto


integral), ou nos mecanismos de busca e diretórios de pesquisa disponíveis na Internet, requer-se

algumas habilidades para localizar a informação de maneira precisa e eficaz. Para facilitar o

manuseio de tão variados mananciais informacionais, geralmente os bibliotecários realizam o

treinamento individual ou em grupo de usuários dentro da própria biblioteca. Alguns participam da

criação de tutoriais para disseminar de maneira simples e objetiva a utilização desses recursos.

Segundo Bertholino (1999, p. 151) a formulação da estratégia de busca é fundamental para

refinar a busca e poder obter resultados relevantes aos interesses do usuário. É importante, na

definição das palavras-chave, informar os termos sinônimos, correlacionados e equivalentes, bem

como suas respectivas definições no idioma inglês, adotado pela maioria das bases internacionais, e

também consultar tesauros, vocabulários controlados, dicionários especializados e outras fontes.

Entre as técnicas de busca, pode-se destacar a imensa utilização da pesquisa baseada na

lógica booleana e sua teoria. Bauwens (1996, p. 78) menciona que em estudos comparativos

confirmam que a busca booleana é ainda superior que a pesquisa na linguagem natural.

Os operadores booleanos mais utilizados são E, OU e NÃO, e podem ser combinados na

formulação da busca. Cada operador possui suas limitações, por exemplo:

 E (AND - &) relaciona dois ou mais termos, limitando a busca. Apresenta resultados que

contêm todos os termos listados darão um bom resultado. Por exemplo: bibliotecas &

Florianópolis mostrará resultados com ambos os termos: bibliotecas e Florianópolis.

 OU (OR - | ) relaciona dois termos e reúne todos os documentos que incluam pelo menos um

deles. Por exemplo: buscar design | "ciências e matemática" mostrará resultados que contêm um

dos termos ou ambos.

 NÃO (NOT - !) o operador ! buscará registros que contêm o termo de pesquisa que o precede,

mas não o termo que o sucede. Por exemplo: ensino de ciências ! ensino de matemática,

resultará em documentos relacionados ao ensino de ciências, sem mostrar nenhum onde apareça

também ensino de matemática.

Operadores de proximidade: NEAR ou ADJ


NEAR ( ~ ) encontra documentos contendo ambas as palavras especificadas ou frases

contendo até dez palavras entre elas. Exemplo NEAR/3 até três palavras entre os termos.

ADJ - utilizado para termos que estão juntos. Este operador booleano ADJ é muitas vezes

reconhecido como a opção "frase exata" comuns nos mecanismos de busca na Web.

Os parênteses ( ) servem para elaborar pesquisas ainda mais complexas, definindo operações

menores dentro da expressão inteira. A busca funciona, nesse caso, considerando os parênteses

como se fossem termos isolados, e depois os combina. Por exemplo: "ensino" & ( (ciências|

matemática) & Brasil). Apresentará resultados que contenham o termo ensino, o termo Brasil, ao

mesmo tempo, pelo menos o termo ciências ou o termo matemática.

Podem ser realizadas também busca por campo específico. Essa forma de busca

originalmente encontrada nas bases de dados possibilita pesquisar cada etiqueta da definição de

campo. Facilita ao usuário especificar que deseja determinado título, autor, local. Entre os softwares

de controle bibliográfico, destaca-se o Micro CDS/ISIS, que possibilita ao usuário utilizar os

operadores booleanos (E=*, NÃO=^, OU = +) e também restringir a campos específicos.

Para realizar buscas na Internet, Elkordy (1999) relaciona alguns motivos para usar meta-

mecanismos de busca:

 quando não foi possível localizar por intermédio de um ou dois grandes mecanismos de

busca;

 quando o tópico é obscuro;

 quando pretende-se visualizar os resultados mais relevantes de diversas bases de dados

numa pesquisa;

 quando se pretende buscar uma variedade de resultados simultaneamente sobre um

mesmo tópico;

 quando se deseja comparar a indexação de diversos mecanismos de busca;

 quando se conhece a literatura da Web sobre determinado assunto, mas gostaria de

certificar-se de que não esqueceu-se nenhum.


As principais diferenças entre as técnicas de busca tradicional para a digital advém da

velocidade obtida no uso de computadores para realização das buscas. Além de verificar com maior

exatidão os dados, possibilita oferecer ao usuário a informação digital, onde com o simples apertar

de teclas pode-se ter a informação sem sair da frente da tela do computador. Exemplificando: um

usuário solicita por meio de um formulário eletrônico determinada pesquisa, logo em seguida a

solicitação é processada e encaminhada em arquivo (bits) para o respectivo usuário.

Faz necessário observar alguns cuidados ao utilizar técnicas de busca em bases de dados

online/CD-ROM, para evitar os erros mais comuns. Os erros mais comuns na formulação da busca

online referente a Web são: as pronúncias incorretas e de digitação; péssimas descrições para limitar

termos ou conceitos; questões muito amplas ou específicas; falta do uso de sinônimos adequados.

Também cabe ao usuário e ao bibliotecário saber diferenciar quando utiliza-se recursos

disponíveis no formato impresso e localizados na própria biblioteca, de busca direta na Web, ou a

realização da busca numa base de dados do mecanismo observando itens como atualização,

mudanças ou exclusão de documentos.

Frustração do usuário

As frustrações dos usuários podem ocorrer devido fatores como: a não obtenção da

informação procurada, abrangência e profundidade da pesquisa, e, segurança ou insegurança na

precisão dos termos.

No estudo efetuado por Ramos et al. (1999, p. 174-5) "os resultados obtidos reafirmam o

que a literatura existente estabelece sobre as vantagens da utilização das bases em CD-ROM, das

quais o usuário tem a oportunidade de selecionar o que precisa (...) isto revela a necessidade de

elaborar bem uma estratégia a fim de alcançar o fim desejado. Comparando as buscas realizadas e

os resultados obtidos, constata-se que quanto menor o índice de recuperação, maior a sua

relevância, o que exige uma estratégia de busca bem elaborada, com descritores e cabeçalhos de

assuntos adequados, e uma participação do bibliotecário no preenchimento do formulário de

levantamento bibliográfico, durante a entrevista e a realização da busca."


As frustrações podem acontecer quando após o levantamento das referências, seja numa

base de dados ou no catálogo, não se pode obter a obra por motivos diversos tais como esteja

emprestada, está sendo restaurada, não exista na respectiva biblioteca, ou que não esteja

imediatamente disponível o texto na íntegra.

As reações decorrentes das frustrações dos usuários está na insatisfação no momento de

obtenção da informação, provocando o questionamento sobre quanto tempo vai demorar e qual o

custo. Algumas reações apresentam a indignação do usuário devido o material não estar disponível

para consulta imediata da fonte na própria biblioteca.

Os termos utilizados na formulação da busca podem ser considerados múltiplos não sendo o

caso de sinônimos e sim de linguagem figurativa. A sentença de busca proporciona resultados

diferenciados, a partir dos quais o usuário poderia utilizar uma sentença diferente de todas as

palavras ou indicando ou excluindo termos. Cada vez mais, os mecanismos de busca oferecem

resultados apresentando o grau de relevância dos termos conforme a expressão utilizada.

Cabe lembrar que, ao utilizar um mecanismo, o usuário está somente pesquisando naquela

base de dados, ou seja num determinado mecanismo de busca. Portanto, o usuário necessita utilizar

outros mecanismos eqüivalendo aspectos de atualização e abrangência (tamanho da base de dados),

formatos dos documentos, as limitações de campos de busca e expressões de busca, resultados

(ranking, comparação de documentos, os mais utilizados).

Elkordy (1999) menciona que cada mecanismo de busca apresenta resultados diferentes

devido ao algoritmo e o método que está sendo usado para cálculo.

Segundo Lancaster (1996) a análise das causas de insucesso pode também revelar algumas

causas de ineficiência interna da biblioteca. Sugere que sejam anotados pelo usuário a) informações

sobre os itens que não consegue encontrar no catálogo, e b) o fato de não ter conseguido localizar

nas estantes um item do qual se conhece o número de chamada.

Portanto pode-se dizer que a colaboração direta do usuário possibilita criar mecanismos para

que o treinamento do acesso e o uso da coleção seja eficaz. Lancaster (1996, p. 152) menciona o
fator que, isoladamente, é o mais importante na determinação de êxito ou malogro na utilização do

catálogo provavelmente é a exatidão e completeza das informações de que o usuário dispõe ao

dirigir-se ao catálogo.

Recebimento e entrega da pesquisa

As bibliotecas recebem e entregam os pedidos de pesquisas por intermédio dos meios de

comunicação disponíveis, nos quais o usuário possa realizar a pesquisa in loco consultando o

bibliotecário e também pelas tecnologias disponíveis, como pelo telefax, telefone, e-mail,

formulários interativos Web.

O tempo despendido entre o pedido e a entrega pode variar conforme a questão colocada

pelo usuário, isto é, algumas questões podem ser respondidas imediatamente, outras demandam

maior tempo para serem concretizadas. Por exemplo, o bibliotecário reserva previamente, um tempo

para a entrevista com o usuário, onde pode-se estabelecer as delimitações sobre profundidade,

abrangência, idiomas, época, tipo de documentos, da pesquisa, limitando assim as estratégias de

busca a serem utilizadas na pesquisa.

Segundo Lancaster (1996, p. 180) o "bibliotecário deve possuir um conhecimento minucioso

das fontes de informações disponíveis. No entanto, a cultura geral não deixa de ter importância. Em

particular, o bibliotecário deve ter uma boa noção dos acontecimentos atuais. (...) A capacidade de o

bibliotecário se comunicar com eficiência influi, em primeiro lugar, em sua compreensão da

questão, bem como sua capacidade de transmitir uma resposta correta ao usuário. A capacidade de

tomar decisões afeta a eficiência da estratégia de busca formulada pelo bibliotecário. Outras

decisões importantes incluem quando encaminhar para uma fonte externa e quando desistir por

completo."

As habilidades que os bibliotecários necessitam possuir para atender as necessidades

informacionais dos usuários são:

 dominar corretamente as técnicas da biblioteconomia;


 preferencialmente conhecer as áreas do conhecimento, incluindo as fontes e os canais de

informação disponíveis; e,

 utilizar adequadamente a psicologia das relações humanas, principalmente ao tocante no

que se refere preparar o usuário para a possíveis frustrações.

Vale ressaltar o que diz Ramos et al. (1999, p. 176) alertando aos "profissionais de

informação, os bibliotecários precisam entender o que os usuários esperam e necessitam dos

sistemas de informação automatizados, bem como identificar as causas de erros e as estratégias

frustradas".

DISSEMINAÇÃO SELETIVA DE INFORMAÇÃO (DSI) O processo de Disseminação

Seletiva de Informação ou Selective Dissemination of Information (SDI), foi criado na década de 50

por Hans Peter Luhn, da IBM Corporation, com a finalidade de aperfeiçoar serviços de alerta

oferecidos por bibliotecas, centros de documentação e sistemas especializados de informações

documentais. Luhn (1961) define DSI como “aquele serviço dentro de uma organização que se

refere à canalização de novos itens de informação, vindos de quaisquer fontes, para aqueles pontos

onde a probabilidade de utilização, em conexão com o interesse corrente [do usuário], seja alta”.

Como um serviço de referência, o objetivo de um DSI é reunir a literatura mundial corrente e

anunciá-la seletivamente para uma grande comunidade de usuários. (LONGO, 1978). Para

Housman (1973), o DSI atuaria como a automação de uma função clássica da biblioteca tradicional,

que consiste em informar ao usuário sobre as novas aquisições, compatíveis com seu interesse de

consulta. Antes, segundo explica Longo (1978, p. 102), “existiam serviços manuais de alertas por

meio do manuseio de títulos de periódicos e da compilação de resumos para as referências que

fossem consideradas relevantes, distribuindoas então pelos usuários”. Como um serviço tipicamente

voltado para a filtragem de informação, um dos aspectos mais importantes em relação à

configuração de um DSI é a construção do “perfil de interesse” a partir de uma base de

conhecimento específico sobre a necessidade do usuário, característica que o distingue dos demais
serviços de alerta. Ainda em relação ao perfil, devese mencionar que o mesmo pode ser

prontamente modificado de acordo com a mudança da necessidade de informação do usuário. Entre

as vantagens desse tipo de serviço, Longo (1978) destaca a redução considerável do tempo gasto

pelos usuários durante o exame e seleção de literatura corrente, o maior uso da coleção das unidades

de informação pelos usuários, além de incentivar uma mudança no comportamento do profissional

da informação que passa a ter uma postura mais ativa em relação ao usuário. Sousa e Brigheti

(1981), por sua vez, apontam para a responsabilidade das bibliotecas de prover sua comunidade de

serviços de recuperação e localização da informação compatíveis com a necessidade de sua

clientela. Disseminar seletivamente a informação é uma das formas de disponibilizá-la ao usuário,

uma vez que se trata de uma extensão dos serviços convencionais de referencia. Atualmente os

serviços de DSI continuam tendo um alto índice de aceitação entre os pesquisadores apesar das

facilidades oferecidas pelos bancos de dados online e das diversas opções de ferramentas de busca.

Isso porque o grau de relevância da informação recuperada por meio de um DSI é bastante superior

às encontradas nas pesquisas bibliográficas realizadas 5 pelo próprio usuário, sem contar com o

auxílio de sistemas de filtragem ou a intermediação de um profissional habilitado. No âmbito dos

serviços oferecidos pelas bibliotecas digitais, parece que estes são orientados a um usuário genérico.

Dificilmente são levadas em consideração as preferências de seus usuários quanto ao acesso à

informação. Na visão de Speroni et al (2006), o aumento do número de bibliotecas digitais e de suas

coleções implica no crescimento da quantidade de usuários e seu nível de exigência. Dessa forma,

“as novas gerações de bibliotecas digitais devem oferecer serviços mais avançados que atendam às

expectativas dos usuários e consequentemente, otimizem o processo de acesso às informações que

sejam mais relevantes” (SPERONI et al, 2006, pg. 12-13).

MANUAL DO SISTEMA

1 . ABORDAGEM GERAL
1.1 .COMO PARTICIPAR

1.1.1. BIBLIOTECA

Qualquer biblioteca, centro de informação/documentação, empresa e


organização, no Brasil e no exterior, pode participar do Comut na condição de
Biblioteca Solicitante bastando para isso cadastrar-se no Programa e adquirir Bônus
Comut.
A participação como Biblioteca Base envolve algumas questões entre as quais
a avaliação do potencial do acervo e da infra-estrutura da biblioteca, além da
assinatura de convênio com a Gerência do Comut.

1.1.2 USUÁRIO

Qualquer pessoa, no Brasil e no exterior, pode participar do Comut como


usuário bastando para isso cadastrar-se no Programa.
Na condição de Usuário Institucional basta que o usuário se cadastre e faça
suas solicitações de cópias através de uma Biblioteca Solicitante.
Na condição de Usuário Solicitante, além de se cadastrar, o usuário deve
adquirir Bônus Comut. Nesse caso o próprio usuário faz as suas solicitações de
cópias sem a intermediação de uma Biblioteca Solicitante.

1.2 SOBRE O COMUT

1.2.1 HISTÓRICO

O Comut foi instituído inicialmente junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de


Pessoal de Nível Superior-Capes pela Portaria nº 456, de 05 de agosto de 1980 do
Ministério da Educação e Cultura.

Pelo Segundo Termo de Ajuste, de 05 de novembro de 1980, ao Convênio


Capes/CNPq, o Conselho Nacional de desenvolvimento Científico e Tecnológico,
através do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Ibict, passou
a integrar, como co-responsável, o Comut.

Através da Portaria nº 033 de 04 de janeiro de 1991, do Ministro da Educação e do


Secretário de Ciência e Tecnologia da Presidência da República, o Comut passou a
ser instituído junto à Secretaria Nacional de Educação Superior - Sesu e à
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-Capes, do Ministério
da Educação e junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico-CNPq, através do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia -Ibict e à Financiadora de Estudos e Projetos-Finep, instituições
supervisionadas pela Secretaria da Ciência e Tecnologia da Presidência da República.

Através da Portaria nº 590, de 05 de março de 2002, do Ministro da Educação e


do Ministro da Ciência e Tecnologia, o Comut adequou-se às novas
estruturas administrativas e organizacionais de seus mantenedores passando a ser
instituído junto à Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior-Capes e à secretaria de Educação Superior-Sesu, do Ministério da Educação
e junto ao Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia-Ibict e à
Financiadora de Estudos e Projetos-Finep, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

De 1980 a 1996 todos os procedimentos operacionais (solicitação/atendimento


de cópias de documentos) e administrativos foram feitos de forma manual através de
formulários impressos de solicitação e controle. O envio de cópias aos usuários era
basicamente feito pelo correio e, eventualmente, através de Fax.

As operações de solicitação de cópias foram informatizadas em 1996 com o


objetivo de facilitar as atividades administrativas e operacionais, agilizar os
procedimentos e permitir a participação do usuário final (o que acabou não
ocorrendo).

No ano de 2002, com o objetivo de modernizar o Programa, adequando-o às


novas realidades tecnológicas, foi elaborado o Projeto Novo Modelo Comut,
desenvolvido em conjunto pela Gerência do Programa e a empresa Brisa Informática,
que levou ao atual modelo do Comut.

1.2.2 HISTÓRICO ESTATÍSTICO

SOLICITAÇÃOES/FOTOCÓPIAS ATENDIDAS

ANO SOLICITAÇÕES FOTOCÓPIAS


ATENDIDAS
1981 2.229 25.704
1982 24.371 293.031
1983 47.274 608.432
1984 54.469 642.778
1985 83.553 842.388
1986 80.214 882.330
1987 106.475 1.498.110
1988 120.554 1.729.068
1989 90.789 1.233.008
1990 59.778 896.670
1991 83.217 1.047.362
1992 84.796 914.329
1993 87.130 973.892
1994 95.490 877.947
1995 96.193 1.081.269
1996 82.121 957.090
1997 75.650 986.810
1998 80.923 1.022.680
1999 101.031 1.237.167
2000 99.181 1.218.676
2001 100.330 1.301.943
2002 104.162 1.456.304
TOTAL 1.759.930 21.726.988

NUMERO DE BIBLIOTECAS CADASTRADAS ANUALMENTE

1981 337
1982 478
1983 531
1984 584
1985 692
1986 756
1987 806
1988 869
1989 906
1990 932
1991 1.001
1992 761 recadastramento diminuiu o número de bibliotecas
1993 816
1994 903
1995 924
1996 966
1997 1.020
1998 730 recadastramento diminuiu o número de bibliotecas
1999 873
2000 1.032
2001 1.199
2002 1.422
1.2.3 OBJETIVOS DO COMUT

I – Facilitar o acesso ao documento requerido nas tarefas de pesquisa, ensino e


gerenciamento independentemente de sua localização, mediante a celebração de
convênios de prestação de serviços com Bibliotecas-Base (depositárias) e
fornecedores de textos completos (editores, livreiros, bases de dados de texto
completo etc.), sob a égide de um sistema de comutação
bibliográfica descentralizado.

II – Desburocratizar o processo administrativo e contábil nas transações de


compra e venda de cópias de documentos.

III – Contribuir para o aperfeiçoamento do ensino e da pesquisa, criando


condições para a transferência e uso cooperativos de informações interdisciplinares
armazenadas nas instituições depositárias dos acervos bibliográficos.

IV – Apoiar a Biblioteca Digital Brasileira, criada no âmbito do Ibict, no


fornecimento de cópias de documentos disponibilizados nas Bases de Dados.

V – Garantir a obtenção de cópias de documentos em texto completo


oferecidos, mediante pagamento, através da Internet.

1.2.4 DOCUMENTOS ATENDIDOS PELO COMUT


O Comut utiliza o acervo (em papel ou meio eletrônico) existente nas
Bibliotecas Base do Programa constituído de:

Periódicos
Teses
Anais de Congressos
Partes de Documentos

Além do acervo das Bibliotecas Base o Comut, através do Setor de Busca


Monitorada, pode utilizar acervos de outras bibliotecas e/ou serviços nacionais e
internacionais.

1.2.4.1 PERIÓDICOS

Definição:
São publicações de duração indeterminada, publicadas em partes, editadas em
fascículos a intervalos normalmente regulares, com a colaboração de diversos
autores, sob a direção de uma ou várias pessoas ou de uma entidade responsável,
tratando de assuntos diversos porém dentro de limites de um esquema mais ou menos
definido (jornais, revistas, anuários etc.)

Periódicos utilizados pelo Comut:


O Comut utiliza o acervo de periódicos (em papel ou meio eletrônico)
existentes nas Bibliotecas Base do Programa. É permitida a solicitação de cópias de
artigos de periódicos de acordo com a Lei de Direitos Autorais.
A localização das Bibliotecas Base que possuem os periódicos utilizados pelo
Programa é feita principalmente através do Catálogo Coletivo Nacional de
Publicações Seriadas – CCN do Ibict.

Solicitação de artigos de periódicos:


A solicitação de artigos de periódicos é feita através do Formulário para
solicitação específico.

1.2.4.2 TESES/DISSERTAÇÕES

Definição
Trabalhos que apresentam o resultado de um estudo científico ou uma pesquisa
experimental de tema específico e bem delimitado. Devem ser elaborados com base
em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade
em questão.

Teses/dissertações utilizadas pelo Comut:


O Comut utiliza o acervo de teses (em papel ou meio eletrônico) existentes nas
Bibliotecas Base do Programa. É permitida a solicitação de cópias de teses de acordo
com a Lei de Direitos Autorais.
A localização das Bibliotecas Base que possuem as teses utilizadas pelo
Programa é feita principalmente através da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
- BDTD do Ibict.

Solicitação de teses/dissertações
A solicitação de teses/dissertações é feita através do Formulário para
Solicitação específico.
1.2.4.3 ANAIS DE CONGRESSOS

Definição
Conjunto de trabalhos técnico/científicos apresentados em Congressos,
Seminários, Fóruns, Reuniões Técnico/Científicas etc.

Anais de congressos utilizados pelo Comut:


O Comut utiliza o acervo de anais de congressos (em papel ou meio eletrônico)
existentes nas Bibliotecas Base do Programa. É permitida a solicitação de cópias de
anais de congressos de acordo com a Lei de Direitos Autorais.
A localização das Bibliotecas Base que possuem os anais de congressos
utilizados pelo Programa pode ser feita através do Catálogo existente no Centro de
Informações Nucleares que possue uma Base de Dados sobre o assunto.

Solicitação de anais de congressos


A solicitação de anais de congressos é feita através do Formulário para
Solicitação específico.

1.2.4.4 PARTES DE DOCUMENTOS

Definição
Partes de trabalhos técnico/científicos, tais como capítulos de livros
(respeitada a Lei de Direitos Autorais), partes de relatórios técnicos etc.

Solicitação de partes de documentos


A solicitação de partes de documentos é feita através do Formulário para
Solicitação específico.

1.2.5 MANTENEDORES

São os órgãos responsáveis pela manutenção financeira e de infra-estrutura do


Programa de Comutação Bibliográfica – Comut.
Atualmente existem quatro órgãos mantenedores ligados a órgãos públicos
federais:

- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –


Capes, do Ministério da Educação.
- Secretaria de Educação Superior – Sesu, do Ministério da Educação.
- Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – Ibict,
do Ministério da Ciência e Tecnologia.
- Financiadora de Estudos e Projetos – Finep, do Ministério da Ciência
e Tecnologia.

A Portaria nº 590, de 05 de março de 2002, e o Regimento Interno do Comut


permitem a participação de novos organismos, públicos e/ou privados, como
mantenedores do Comut.

1.2.6 ESQUEMA ORGANIZACIONAL

1.2.6.1 CONSELHO TÉCNICO

Criado através da Portaria Interministerial nº 590, de 05 de março de 2002,


substituiu a Comissão Executiva do Programa de Comutação Bibliográfica – Comut.
É o órgão encarregado de administrar, em instância superior, as atividades do
Comut. É formado por um representante de cada instituição mantenedora (Ibict,
Capes, Sesu e Finep), por dois representantes das Instituições fornecedoras de cópias,
um representante dos usuários e um representante da CBBU.

Membros do Conselho Técnico:

Ronaldo Mota – Representante da SESU


fone: (61) 2104-8012

Maria da Glória Bataglia – Representante da FINEP


fone: (21) 2555-0581

Emir José Suaiden – Representante do IBICT


fone: (61) 3217-6350

Elenara Chaves Edler de Almeida – Representante da CAPES


fone: (61)3410-8857

Sigrid Karin Weiss Dutra – Representante da CBBU


fone: (48) 3331-9303

Representante das Bibliotecas: PUCRS, UFBA e FIOCRUZ

Ricardo Crisafulli Rodrigues – Gerente do Comut


1.2.6.2 GERÊNCIA DO COMUT

Criada através da Portaria Interministerial nº 590, de 05 de março de 2002, substituiu


a Secretaria Executiva do Programa de Comutação Bibliográfica – Comut.
Instalada fisicamente no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
– Ibict, é o órgão encarregado de administrar e operar o Comut.

Endereço
Comut – Gerência
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - Ibict
SAS – Quadra 05 – Lote 06 – Bloco H – 4º andar
70070-914 - Brasília-DF

Gerente
Ricardo Crisafulli Rodrigues
Tel. + 55(61)3217-6378
E-Mail ricardo@ibict.br

Monitoramento Operacional
Ideliza Amélia de Araújo
Tel. + 55(61)3217-6376
E-Mail ideliza@ibict.br

Busca Monitorada
Ideliza Amélia de Araújo
Tel. + 55(61)3217-6376
E-Mail ideliza@ibict.br
Shirley Lopes dos Santos
Tel. + 55(61)3217-6388
E-Mail shirley@ibict.br

Apoio às Bibliotecas-Base
Elenice Batista Afonso
Tel. + 55(61)3217-6324
Fax + 55(61)3217-6497
E-Mail elenice@ibict.br

Venda De Bônus Comut/Cadastramento De Bibliotecas E Usuários


Elenice Batista Afonso
Tel. + 55(61)3217-6324
Fax + 55(61)3217-6497
E-Mail elenice@ibict.br

1.2.6.3 BIBLIOTECAS-BASE

São bibliotecas/centro de documentação de instituições de ensino e/ou pesquisa


com acervo considerado adequado para o atendimento de demanda de cópias em uma
ou mais áreas de conhecimento e com uma infra-estrutura mínima necessária aos
propósitos da comutação bibliográfica.

1.2.6.4 FORNECEDORES DE TEXTO COMPLETO

São as editoras, livreiros, fornecedores de periódicos, bases de dados diversas


de documentos em texto completo etc. que possibilitam o acesso a textos completos
de documentos através da Internet “mediante pagamento”, utilizando-se dos
mecanismos de senha e de bônus do Comut.

1.2.6.5 BIBLIOTECAS SOLICITANTES

São as bibliotecas/centros de documentação de instituições (de ensino,


pesquisa, assessoria técnica, operações, administração, serviços, indústrias etc.)
demandantes de informação documentária básica para as tarefas de ensino, pesquisa
ou gerenciamento.

1.2.6.6 USUÁRIOS SOLICITANTES

São as pessoas físicas demandantes de informação documentária básica para


suas tarefas de ensino, pesquisa ou gerenciamento que operam diretamente com o
Comut, sem a interferência de uma Biblioteca Solicitante. Os Usuários Solicitantes
podem monitorar todas as suas solicitações de cópias, inclusive cancelando
diretamente os pedidos, se for o caso.

1.2.6.7 USUÁRIOS INSTITUCIONAIS

São as pessoas físicas demandantes de informação documentária básica para


suas tarefas de ensino, pesquisa ou gerenciamento que operam indiretamente com o
Comut fazendo solicitações através de uma Biblioteca Solicitante. Os Usuários
Institucionais podem monitorar todas as suas solicitações, mas não podem fazer
cancelamentos de pedidos uma vez que as solicitações foram feitas através de uma
Biblioteca Solicitante.

1.2.6.8 BUSCA MONITORADA

Serviço que permite a localização, a obtenção e o envio ao usuário de documentos


existentes em instituições, fora da rede Comut, no Brasil e no exterior. A Busca
Monitorada, situada junto à Gerência do Comut, é acionada quando as Bibliotecas-
Base do Comut não dispõem do documento desejado pelo usuário.
A vantagem para o usuário, ao autorizar a Busca Monitorada, no Formulário de
Solicitação de Cópias, é poder utilizar todos os mecanismos operacionais e
financeiros do Comut sem preocupar-se com o preenchimento de novos formulários e
com o uso de outras formas de pagamento para acessar outros serviços no Brasil e no
exterior.
Os serviços obtidos através da Busca Monitorada têm preços diferenciados daqueles
cobrados pelo atendimento feito diretamente pelas Bibliotecas-Base do Programa. O
prazo de recebimento das cópias pode ser alterado conforme as dificuldades de
localização do documento e de obtenção das cópias.

O levantamento bibliográfico é a base do referencial teórico de qualquer monografia, em qualquer nível. Fazer um levantamento

bibliográfico significa pesquisar/selecionar textos compatíveis com o tema escolhido que irão apoiar as afirmações e explanações a

serem desenvolvidas. Esta é a fase em que o aluno começa a se transformar em um pesquisador.

É importante salientar que a qualidade da monografia está diretamente ligada à relevância dos textos selecionados para
embasamento teórico. Dessa forma, para garantir uma redação científica de qualidade é imprescindível que se utilize os melhores
autores sobre o assunto.

Mas, como selecionar bons autores? Inicialmente, devem ser selecionados livros e artigos de periódicos de autores que certamente
foram citados/estudados ao longo do curso que o aluno freqüenta. No decorrer desta fase de seleção o pesquisador poderá
observar que alguns autores são mais citados do que outros, sendo esta também, uma forma interessante de descobrir os melhores
autores que tratam do tema a ser desenvolvido.

Com essa seleção inicial é possível tomar conhecimento de muitos outros autores consultando as Referências (listagem dos dados
das fontes de informações citadas nos textos, em ordem alfabética de autor) que normalmente são encontradas nas páginas finais
dos livros e após o final de artigos científicos. Isto é o que podemos chamar de “puxar o fio da meada”, por que a partir de um autor
podemos tomar conhecimento de outros tantos autores de livros, artigos de periódicos e até sites idôneos que tratam dos aspectos
abordados.

O “fio da meada” também pode ser “puxado” na Biblioteca, verificando os livros diretamente nas estantes que contém o assunto de
interesse para a monografia. Todas as Bibliotecas são organizadas com um mesmo padrão, ou seja, os livros do mesmo assunto
ficam juntos sob um mesmo número de classificação, em ordem alfabética de autor. Dessa forma, o pesquisador poderá verificar
nos terminais de consulta qual o número que identifica o assunto de interesse para sua busca nas estantes e assim, folhear muitos
outros livros de diferentes autores que tratam do mesmo assunto, “puxando ainda mais o fio da meada”.

Outro recurso que pode ser de grande auxílio é utilização dos serviços do Bibliotecário, profissional que organiza todas as fontes de
informações encontradas na Biblioteca e que poderá orientar em pesquisas, indicar livros, artigos de periódicos, Bases de Dados
nacionais e internacionais, sites e efetuar levantamentos bibliográficos. Este profissional poderá também indicar outras Bibliotecas,
por vezes até especializadas e orientar na utilização dos serviços de “empréstimos entre Bibliotecas”, com o qual o pesquisador
poderá emprestar livros de outras Instituições sob a responsabilidade da Faculdade/Universidade que freqüenta.

A seleção inicial das fontes das informações deve ser baseada em “leituras de reconhecimento”, ou seja, nesta fase, não se faz
leituras aprofundadas de capítulos inteiros, mas sim, uma análise breve de livros e artigos de periódicos para avaliar até que ponto
serão relevantes para a monografia. Para efetuar esta análise, é importante analisar o sumário, trechos de capítulos, citações e
referências com o objetivo de detectar se o material realmente merece ser selecionado.
Mas não basta selecionar fontes de informações relevantes, é de fundamental importância fazer anotações (fichamentos) sobre os
materiais localizados, para quando for utilizá-los saber exatamente onde encontrá-los. Dessa forma, deve-se anotar: autor, título,
edição, local de publicação, editora, localização da fonte informação (para materiais pesquisados em Bibliotecas, anotar o nº de
classificação – CDD ou CDU e Pha) e breves observações sobre os materiais, tais como: aspectos importantes encontrados nos
materiais e pequenos trechos relevantes.

Nesta fase de seleção, os trechos de textos copiados literalmente devem ser anotados entre aspas para posteriormente poder
diferenciar textos do pesquisador, de textos de autores consultados e fazer as devidas citações (NBR 10520). Todas essas
anotações são de grande importância, tanto para localização das fontes consultadas, quanto à elaboração de citações (NBR 10520)
e lista de Referências (NBR 6023).

DEFININDO A ESTRATÉIA DO SISTEMA DE INFORMAÇES BIBLIÓRAFIIAS

A fim de se eitar r aedd̂dctr gede ritar dr uee cnduedde defidtçn esa raagtcr cnm defidtçn de eartrs nte rctndrts
rigeds rstecans tndem se cndstde rdns:
r) r n grdtarçn em uee se tdse e n Stbt aem esa raagtrs cir rs extiictarss
b) n rmbtedae exae dn a cndstde rdn dr un meirçn esa raagtcr dr emt esr cnmn em andn e dn Stbt em tr atceir s
c) em uee diiei r esa raagtr dn Stbt rtntr r esa raagtr ginbris
4. d) r esa raagtr dn Stbt a sefictedaemedae cir r tr r uee n estndśiei (ge edae) e r dt eçn dr emt esr
tnssrm cnd cn dr ́ttdr e efictedaemedae snb e medrdcrs nte rctndrtss
5. e) r esa raagtr dn Stbt a deae mtdrdae dr uetin uee se tirdear t naear dectde tdciet se dn n crmedan e se
rduet es
g) n desemtedhn ge ri dn Stbt a te tndt crmedae eitsan aeddn em itsar ardan r ser eritarçn esa raagtcr cnmn ns
sees eseiardns nte rctndrtss
Qerdan mrts deme nsrs un em rs te ged ars as uerts se estndde ḑn ne as uerts ḑn se tnde estndde stm cnm
fi mear ardan mrtn es se ̧n ns t nbiemrs esa r aagtcns dn Stbt.
A te cetçn de arts t nbiemrs deitdn a uriar de emn ne mears uee teir riritr çn dr ueritdrde dns se itcns ne
tein cn irtsn rdmtdtsa ratin dn Stbt ge rm n uee se tnde tr chrmr de "rdstedrde esa raa gtcr" ceans "stdanmrs"
tndem se tdedatfi crdns tn rigeds uran es cnmn n descn dhectmedan dn rmbtedae e dns citedaes (esé tns) r uriar
de " emn"dn stsaemr r tdextsâdctr de tdae rçn e de a rbrihn cnd aedan r tdextsâdctr de nbaeatin ceda ri r
snb etnstçn drs t tn tdrdes dns nbaeat ins estecificns r tdrdeuerçn ne urihrs stsaeḿatcrs dns se itcns e t ndeans
ge r dns tein stsaemr r deae tn rçn t ng es stir dn raeddtmedan as decesstdrdes dns esé tns e r u esa rçn dns
esé tns drs ́ ers/detr armedans uee n stsaemr t eaed de raedde .
Dtsatdget n uee urae dn cnmn urae a n crmtdhn tr r srdr r "rdstedrde esa raa gtcr." A dtsatdçn eda e tnsae r
esa raagt cr e tnsae r nte rctndri an dr se ueddr medari tr r r tdedatficrçn dr crtrctdrde esa raagtcr de edunuee
cndg êdctr e e rçn a medrdcrs.
Qerdan rn edunuee n Stbt deie eitar rbs a rçes cndcetans e rataedes irgrs e sem estectfictdrde bem cnmn
cnmtiextdrdes ne cndstde rçes nte rctndrts t emrae rs. Eduerdan t ndean de se itcns e ́ ers de suruu n Stbt
armbam decesstar de dt eçn
r fim de n tedar se tr r r nbaedçn de eseiardns chrie.
Qerdan a cndg êdctr n Stbt deie desed iniie e riritr ser tnsae r em uedçn dr esa raagtr dr emt esr. Isan
stgdtficr uee n
Stbt tnde ae ser esa raagtr t rt tr desde uee esar sear cndstsaedae e mrdaedhr r mesmr fiinsnfir dn stsaemr mrtn .
Qerddn a erçn as medrdcrs n Stbt deie se iexiiei e nesrdn n sefictedae tr r te cebe uee andr r medrdcr a ra
ardan rme rcrs cnmn ntn aedtdrdes e armbam uee esars uiatmrs şn n desrfin dn stsaemr. Pr r uee se rt nietaem
esars ntn aedtdr des e se rursaem rmercrs crbe rn Stbt urae em rcnmtrdhrmedan cetdrdnsn e u eueedae dns
rmbtedaes tdae dns e exae dns r eie rueans rdritsrddn:
1) se r medrdcr rtntr r esa raagtr raeri ne ns dnins emns uee r emt esr esá anmrddn
2) se r medrdcr tmtitcr eun meirçes/ mndtficrçes uee r ce an ne madtn t r an a r ̧n meihn trs e mrtn rdeuerçn
a eritdrde
3) se cndstde rdns ns rmbtedaes tdae dns e exae dns r medrdcr irie r tedr.
À mrdet r dn rctncidtn rdae tn uerdan mrts etnsars tnstatirs r esars ueesa̧es mrts rt nt trdn a n mnmedan tr r r
an mrdr de dectşes nte rctndrts.
METODOLÓIA DE PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAÇES BIBLIÓRAFIIAS
EM ́ERAL
Umr cndseuêdctr irg rdae cresrdr teir dtsan çn dns cndcetans de rçn esa raagt cr e rçn nte rctndri rtr ece
ḑn r rs ieaes drs eartrs eserimedae segetdrs tr r n tirdearmedan de stsaemrs de tdun mrçes btbitng ́ficrs em
ge ri. Esar se uêdctr de trssns ge rimedae tmtitcr:
r) n "desedhn"/defidtçn dn stsaemr
b) r defidtçn/tirdearmedan dns t ndeans e se itcns
c) n ieirdarmedan dns ece sns fidrdcet ns decesś tns
d) r tdedatficrçn dns nbaeatins e t tn tdr des dn stsaemr
e) r tdedatficrçn/exrme dns ece sns tdun mrctndrts dtstndiiets dns rmbted aes tdae dns e exae dns
u) n ieirdarmedan/tesuetsr dn attn de td un mrçn e t ndeans extgtdns (esaedns de esé tns)
g) r tdedatficrçn dn me crdn r se ratd gtdn.
Esar meandningtr uee em ge ri ege r cndcetçn e n desediniitmedan dn Stbt aedde dn edardan r rcr ear

t nbiemrs de rdae r einieçn e mrdeaedçn dns sts aemrs extgtddn cndseueedaes grsans tr r r ser edefidtçn.

Umr seuêdctr mrts rt nt trdr dns trs sns r se em segetdns dn tirdearmedan de Stbts tnde se nbatdr tdie aeddn
se cnm tiearmedae r n dem rdae tn medae des c tar.
r) r tdedatficrçn dn me crdn r se ratdgt dn
b) n ieirdarmedan/tesuetsr dn attn de td un mrçn/t ndeans extgtdns
c) r tdedatficrçn/exrme dns ece sns tdun mrctndrts dtstndiiets dns rmbted aes tdae dns e exae dns
d) r tdedatficrçn dns nbaeatins e t tn tdr des dn stsaemr
e) n ieirdarmedan dns ece sns fidrdcet ns decesś tns
u) r defidtçn/tirdearmedan dns t ndeans e se itcns
g) n "desedhn"/defidtçn dn stsaemr.

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