ORTEGA, C.D. Do princípio monográfico à unidade documentária:
exploração dos fundamentos da Catalogação. Rio de Janeiro, 2011.
ORTEGA, C. D. Fundamentos da organização da informação frente à
produção de documentos. Transinformação, v. 20, n. 1, p. 7-15, 2008.
Resumo Sobre a catalogação, o seu processo evolutivo desde os primórdios até
a era moderna, foi caraterizada de várias transformações e vários teóricos discutiram várias abordagens. Porque antigamente , os catálogos eram tidos apenas como listas de itens, hoje o catálogo exerce função social na democratização de acesso à informação e provisão para o conhecimento.
Garrido Arilla (1999) destaca, entre os acontecimentos que foram
importantes para a história da catalogação, o trabalho de Otlet e La Fontaine com o Institut International de Bibliographie, criado em 1895 em vista do crescimento da comunidade intelectual e a propagação colossal das publicações científicas. Garrido Arilla (1999) afirma que quiseram construir um arquivo central de todas as publicações impressas editadas em todos os países, desde a invenção da imprenta. Estava posta a necessidade de padronização de catálogos. Não é novidade que história e o desenvolvimento da catalogação moderna é origem e produto da evolução dos códigos de catalogação é assunto exposto, até por serem estes recursos essenciais aos processos da catalogação descritiva; calcada no uso de códigos, normas ou padrões que subsidiam a elaboração e arranjo dos catálogos bibliográficos. No seu processo analisamos códigos de catalogação anglo-americanos (AACR, AACR2 e AACR2r); e a International Standard Bibliographic Description (ISBD).
consideramos catalogação descritiva como a ação que trata dos aspectos
formais dos documentos e a catalogação de assunto, ou representação temática, aquela que se ocupa da definição de termos que representem o conteúdo destes documentos.
Garrido Arilla (1999) situa a operação de aspectos descritivos e
temáticos dentro do processo global da catalogação, sendo, a primeira voltada para a descrição dos documentos (a chamada Descrição Bibliográfica) e uma segunda, cuja missão é o estabelecimento de pontos de acesso ao documento, o que, posteriormente, permitirá a sua recuperação. E ainda indica que os elementos descritivos e temáticos são complementares e, deste modo, a escolha dos Pontos de Acesso tem a função de agrupar e unificar as entradas (por assunto, nome, instituições e título) apresentadas em um documento, o que permitirá a sua recuperação.
Com os exame da catalogação prática e teórica em âmbito
internacional, feito pela IFLA, o que resultou na publicação do FRBR. Um ponto decisivo para a elaboração do FRBR foi a questão dos custos com a catalogação que seria resolvida com a redução de duplicatas de catalogação.Dois objetivos propostos no FRBR estabeleceram a estrutura do modelo: o primeiro, que indica a necessidade de relacionar dados bibliográficos às necessidades do usuários, e o segundo, que aconselha considerar as relações de atributos e entidades dos modelos conceituais com as tarefas dos usuários (INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS AND INSTITUTIONS, 1998). No relatório final do FRBR são definidos três grupos de entidades e a forma de relacionamento entre eles: 1) para ilustrar produtos do trabalho intelectual ou artístico; 2) para indicar a responsabilidade pelos produtos do grupo 1, quer sejam desenvolvidos ou criados ou produzidos ou disseminados ou custodiados; e 3) para indicar os assuntos das obras do grupo 1. Duas concepções são consideradas: o conceito de obra proposto por Panizzi como parte dos princípios para a produção de catálogos de bibliotecas, depois retomado no modelo Functional Requirements for Bibliographic Records (FRBR); e o conceito de assunto como modo de identificar a unidade intelectual (a partir da unidade física), desenvolvido pela Documentação e aplicado em sistemas de informação científica.
Bibliotecas Digitais ou Plataformas Digitais Colaborativas? :: Por uma Compreensão do Funcionamento das Bibliotecas Digitais (Não) Autorizadas no Espaço Digital