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AULA 00 – REVISAÇO CESPE/FCC/FGV

AULA 00 – CONCEITOS E FINALIDADES DA DOCUMENTAÇÃO GERAL.

DOCUMENTAÇÃO GERAL.

A documentação é ... o processo de criação, coleta, organização, armazenamento e disseminação de documentos ou in-
formações (TRE-BA/CESPE/2010), c.a. 1870, a partir do desenvolvimento da indústria gráfica (SEDUC-AM/CESPE/2011).
A documentação jurídica é ... a reunião, análise e indexação da doutrina, da legislação, da jurisprudência e de documentos
oficiais relativos a atos normativos ou administrativos (BASA/CESPE/2012) (ATIENZA, 1979).

1. DISTINGUIR BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO.

BIBLIOTECONOMIA Parte da bibliologia que trata das atividades relativas à organização, administração, legislação e regula-
mentação das bibliotecas. De acordo com o LISA (Library and Informations Science Abstracts), alguns dos assuntos relaciona-
dos a biblioteconomia: administração, arquivo, descarte, edifícios, empréstimos, obras raras, orçamento e finanças (SER-
PRO/CESPE/2013). Relaciona-se à ciência da informação, e à documentação. A biblioteconomia distingue-se da arquivologia
e da museologia pela natureza do objeto (MS/CESPE/2013): pela seleção, acervamento é artificial; pela quantidade de exem-
plares, múltiplos. A biblioteca considerada uma instituição social: Escola de Chicago, 1920 e 1930. Sociologia e Educação. O
ponto focal é a biblioteca em si mesma. BIBLIOTECA é uma instituição social. Três propriedades: PROPRIEDADES MATERIAIS -
coleções de objetos (documentos) e equipamentos; PROPRIEDADES ORGANIZACIONAIS - estruturas administrativas e de pes-
soal; PROPRIEDADES INTELECTUAIS - classificação, estrutura de catalogação, política de seleção (Pref. Florianópolis/FGV/2014).
São atribuições exclusivas da biblioteconomia: as bibliotecas públicas; a Biblioteca Nacional; as bibliotecas escolares e univer-
sitárias; as bibliotecas especializadas. Fonseca (2007): classificamos ela entre as ciências documentológicas aplicadas, ao
lado da arquivologia, da museologia e dos serviços de documentação científica (sentido restrito).

DOCUMENTAÇÃO A documentação surge no final do Séc. XIX, c.a. 1895, de nome ‘bibliografia’. Tratava-se da ‘explosão bibli-
ográfica’, do ‘Instituto Internacional de Bibliografia IIB’ etc. O IIB tinha a missão do Repertório Bibliográfico Universal (RBU). O
ideário da documentação [mesmo que nomeada como bibliografia] surge no contexto da Revolução Industrial, e a Ciência da
Informação após a 2ª Guerra Mundial (TJAM/CESPE/2019). A obra de Paul Otlet, Traité de Documentation (1934), é conside-
rada a base da ciência da informação, pois o seu ideário não difere, com exceção das tecnologias da informação, dos objetivos
da ciência da informação (MPE-SE/FCC/2010). O ideário de Otlet e La Fontaine sobre o valor e a universalidade da documen-
tação pode ser considerado como origem para a ciência da informação (TRT6/FCC/2012). A documentação preconiza o uso
da classificação de assuntos para possibilitar a determinado assunto seja organizado e encontrado quando necessário
(TRT21/CESPE/2010). Apesar de ter nascido com o nome de ‘bibliografia’, a documentação difere, em muito, da mera elabo-
ração de listas de livros e de outras técnicas daquela (TRT21/CESPE/2010) e (TRE-BA/CESPE/2010). A área de documentação
consolidou-se como um conjunto de técnicas de representação de conteúdos de documentos em suas diversas tipologias e
em qualquer suporte, visando à recuperação, ao acesso e ao uso destes conteúdos (TRT6/FCC/2012).

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO Disciplina que investiga as propriedades e o comportamento da informação, as forças que gover-
nam o fluxo da informação e os meios de processamento da informação para uma ótima acessibilidade e usabilidade (MPE-
SE/FCC/2010). [...] Ela tem componentes da ciência pura e da ciência aplicada que desenvolve seus serviços e produtos. Estudo
interdisciplinar da origem, comunicação e consumo dos produtos culturais (CUNHA; CAVALCANTI, 2008). Possui paradigmas,
e não propriedades: PARADIGMA FÍSICO processos de armazenagem e busca da informação que ignoram aspectos semânticos
e pragmáticos do uso da informação, excluindo, portanto, o papel do usuário no processo informativo. PARADIGMA COGNI-
TIVO a finalidade da Ciência da Informação seria a recuperação dos conteúdos de informação, a partir da necessidade de um
(ou vários) sujeitos cognitivos, cujas necessidades não são supridas apenas pela existência e disponibilização dos suportes
informacionais. PARADIGMA SOCIAL considera a condição social e material da existência humana, prevalecendo, então, o
entendimento de que a necessidade informacional dos sujeitos é construída nas relações e interações sociais.

Observação: A documentação pode ser tratada em sentido amplo ou estrito (BASA/CESPE/2012) e (TJ-RR/CESPE/2012).

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2. ABORDAR AS RELAÇÕES ENTRE BIBLIOTECONOMIA, BIBLIOGRAFIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO.

Não é correto afirmar que: há um eixo evolutivo que liga biblioteconomia, documentação e ciência da informação, sendo que a
documentação NÃO veio substituir a biblioteconomia e NÃO foi substituída pela ciência da informação (FONSECA, 2007),
(TRT6/FCC/2012). A ciência da informação, por sua vez, é um campo do saber dedicado às questões científicas, enquanto a
biblioteconomia dedica-se à aplicação e às práticas profissionais (CAPES/CESPE/2012). Embora a biblioteconomia, a documen-
tação e a ciência da informação sejam áreas diferentes no que se refere a sua trajetória histórica e função social, elas asse-
melham quanto à evolução do objeto de interesse e ao grau de utilização das tecnologias (CAPES/CESPE/2012). DOCUMEN-
TAÇÃO X BIBLIOGRAFIA A bibliografia surgiu no séc. XV (1494) com o alemão Johann Tritheim, ‘liber de scriptoribus ecclesias-
ticis (livros dos escritos eclesiásticos), 7.000 títulos de 982 autores. Vários outros repertórios surgem nos sec. XV e XVI. MAL-
CLÈS (1956): a bibliografia se ocupa da pesquisa, transcrição, descrição e classificação dos textos impressos e miltigrafados,
visando a organizar repertórios; limitava-se aos livros, antes da 1a Guerra Mundial, quando surgiu a documentação. DOCU-
MENTAÇÃO X BIBLIOTECONOMIA A matéria-prima da biblioteconomia era texto impresso – (livro) ou periódico (revista) – a
documentação passou a interessar-se pelos ‘documentos não-convencionais’. Atenção: A documentação contribuiu para o
desenvolvimento da normalização dos registros bibliográficos, não enfatizou o processamento de dados (DPU/CESPE/2016)
na sua gênese [mas, de 1950 em diante], uso da reprografia e microformas. O uso de computadores é característica marcante
[atualmente] (DPU/CESPE/2016) nas suas atividades, produz publicações secundárias (índices, resumos, DSI, etc.).

3. ABORDAR O DESENVOLVIMENTO E INSTITUCIONALIZAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO.

DATAS E PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES: Em 1895 – criação do Instituto Internacional de Bibliografia IIB; Em 1895 – 1ª Conferência
Internacional de Bibliografia; Em 1931 – IIB passa a Instituto Internacional de Documentação IID; Em 1938 – IID passa a FID.

Criação do Instituto Internacional de Bibliografia IIB. “... o problema da fragmentação disciplinar, por meio da dispersão e
sucessão, fez com que Otlet e La Fontaine fundassem em Bruxelas, no ano de 1895, um Instituto Internacional de Bibliografia,
cujo objetivo era o Repertório Bibliográfico Universal, o RBU chegou a ter 16 milhões de fichas em 1934 [...]. Otlet queria
oferecer um índice de assuntos que permitiria ir (por assuntos) ao coração do conhecimento. A ideia da criação da Biblioteca
Universal de Otlet e La Fontaine não foi implementada, mas deixou como legado para os profissionais da informação novos
conceitos, como o de documento e bibliografia (Câmara Municipal de Recife/FGV/2014). As ciências documentológicas de
natureza histórico-descritiva, à época, eram a bibliologia, a bibliografia e a bibliometria. BIBLIOLOGIA – ciência histórica do
livro, a bibliomática (informatização); BIBLIOGRAFIA – recenseio dos livros, da mesma forma que a demografia; BIBLIOMETRIA
– análise estatística da: bibliografia geral – macrobibliometria; e bibliografia especializada – microbibliometria.

Mudança de denominação para Instituto Internacional de Documentação IID. Por ocasião do 10º congresso anual (em
1931), o IIB passou a Instituto Internacional de Documentação IID. Nos Estados Unidos, fundaram o American Documentation
Institute ADI (em 1937). Estava constituído a nova ciência, de Otlet em seu Traité de Documentation. O vocábulo documenta-
ção é um neologismo criado por Paul Otlet (ABIN/CESPE/2017). Otlet adotou a palavra bibliografia inicialmente em 1903, em
artigo intitulado Les sciences bibliographiques et la documentation; Entre 1905 e 1917, Otlet foi abandonando a palavra bi-
bliografia em suas publicações em proveito das palavras documentação e informação. No tratado de Documentação, ele fez
uso da palavra Documentologia, ultrapassando as palavras bibliografia, bibliologia e documentação. Os anos 30, a documen-
tação passou por um paradigma, mudou sua denominação de bibliografia, e passou a ser documentação” (SER-
PRO/CESPE/2013). A documentação e a bibliografia possuem funções distintas no que se refere à prática de acompanhar o
documento desde a sua produção até o seu uso (CADE/CESPE/2014). O campo da documentação e informação consiste na
organização de acervos segundo códigos de catalogação e classificação, e outros instrumentos (ABIN/CESPE/2017).

A mudança de denominação de IID para FID. O IID teve seu nome alterado para Federação Internacional de Documentação em
1937. A partir de 1986, recebeu a denominação Federação Internacional de Informação e Documentação, mantendo a sigla
original. O objetivo da criação da Federação Internacional de Documentação (FID) foi resolver os problemas de acesso à
documentação científica (MS/CESPE/2013). A FID foi dissolvida em 2002.

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Revolução Industrial --> -- sistematização das técnicas bibliográficas para o controle; -- criação do IIB, em 1895. 1ª Guerra
Mundial 1914-1918 --> -- abandono da palavra bibliografia para documentação; -- IIB se transforma IID, 1931. -- Tratado de
Documentação, Otlet 1935; -- IID se transforma FID, 1937. 2ª Guerra Mundial 1939-1945 --> -- surge a Ciência da Informação.
Europa e EUA possuem movimentos diferentes de institucionalização. DOCUMENTAÇÃO NA EUROPA: 1927 – criação da Asso-
ciation of Special Libraries ASLIB; 1931 – criação do Instituto Internacional de Documentação IID. DOCUMENTAÇÃO NOS EUA.
1937 – criação da ADI; 1958 – criação do Institute of Information Scientists IIS; 1968 – ADI passa a ASIS.

4. ABORDAR AS CARACTERÍSTICAS DO REPERTÓRIO BIBLIOGRÁFICO UNIVERSAL.

O REPERTÓRIO BIBLIOGRÁFICO UNIVERSAL. Para a elaboração do RBU foram definidas normas para registros bibliográficos,
registros catalográficos internacionais, formato dos documentos (em particular, a ficha) e tipos de mobiliários; as normas
foram redigidas por Charles Sustrac e o formato de 7,5 por 12 cm inspiradas nas normas anglo-saxãs. Podemos dizer que as
técnicas da documentação colaboraram para a catalogação cooperativa (TJ-RR/CESPE/2012). Estabelecer as normativas da
representação primária foi muito importante (EBESERH/CESPE/2018 – adaptada). A Classificação Decimal de Dewey CDD, pu-
blicada em 1876 nos Estados Unidos, utilizada em sua 5ª edição, de 1894. Em 1905, a CDD, utilizada em francês, mais tarde
sendo revista e conduzindo a um novo instrumento, a Classificação Decimal Universal CDU, utilizada na Europa até hoje.

5. ORIGEM DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO A PARTTIR DA DOCUMENTAÇÃO.

Assim como outros campos interdisciplinares (Ciência da Computação, etc.), a Ciência da Informação nasceu da revolução
científica e técnica que se seguiu à 2a Guerra Mundial. A história da Ciência da Informação sofreu influências marcantes da:
1) A Documentação, que trouxe novas conceituações; e, 2) A Recuperação da Informação, que viabilizou o surgimento de
sistemas automatizados de recuperação de informações (OLIVEIRA, 2005). DATAS: Association of Special Libraries and Infor-
mation Bureaux ASLIB, em 1934; Institute of Information Scientists ISI, em 1958; e, O ADI passa a ser American Society for
Information Science ASIS, em 1968. O ideário de Otlet e La Fontaine sobre o valor e a universalidade da documentação pode
ser considerado como origem para a ciência da informação (TRT6/FCC/2012). O tratado de documentação é considerado o
primeiro texto da ciência da informação (ABIN/CESPE/2017). Le Coadic (2004) afirma que a documentação é uma das primeiras
disciplinas: [...] a documentação recorre a técnicas não-convencionais de organização e análise, de qualquer documento.
Entre as técnicas, a da microfilmagem de documentos, a mecânica da literatura, nos microfilmes e o ‘seletor rápido’; e o sis-
tema 'Minicard’ da Kodak. Porém, o desenvolvimento tecnológico mais importante, de nascimento da ciência da informação,
foi, o cartão perfurado IBM. Hjørland (2006) aponta a evolução da organização do conhecimento a partir de: 1. Classificação
e indexação nas bibliotecas, por volta de 1876, Charles A. Cutter (1837-1903), Melvil Dewey (1851-1931), Henry Bliss (1870-
1955) e S. R. Ranganathan (1892-1972) (TJDFT/CESPE/2015). 2. Documentação, em 1892, Paul Otlet (1868-1944) e Henri La
Fontaine (1854-1943); 3. Armazenamento e recuperação da informação, década de 1950, a influência dos computadores e os
novos conceitos de revocação e precisão; 4. Bibliometria, por Eugene Garfield do Science Citation Index, em 1963, recupera-
ção pelas citações que recebem; 5. Texto completo, hipertexto e internet, recuperação de texto completo.

TEORIA – DOCUMENTAÇÃO X RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO X CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO: DOCUMENTAÇÃO: o texto ‘o tra-


tado de documentação’ Paul Otlet; Leis da bibliometria; problemas: explosão bibliográfica / documentária. RECUPERAÇÃO DA
INFORMAÇÃO: o texto 'As we may a Think' de Vannevar Bush; Leis da bibliometria; problema: experimento UNITERMO. CIÊNCIA
DA INFORMAÇÃO: o texto 'Teoria Matemática da Informação' de Shannon e Weaver; Leis da Infometria; Problema: explosão
da informação / implosão do tempo.

6. ABORDAR O CONCEITO AMPLIADO DO DOCUMENTO.

São considerados documentos: livro, revista, jornal, peça de arquivo, estampa, fotografia, medalha, música, filme e disco
(SERPRO/CESPE/2013) e a documentação considera perfurações em série, sinais magnéticos, signos visuais e signos auditivos
como documentos do tipo suporte de dados (EBESERH/CESPE/2018). DOCUMENTO É: tudo o que representa ou exprime com
a ajuda de sinais gráficos (palavras, imagens, mapas, figuras, símbolos ...) um objeto, uma ideia (LE COADIC, 2004). A biblio-
teconomia distingue-se da arquivologia e da museologia pela natureza do objeto (MS/CESPE/2013): e isto se aplica ao direcio-
namento que cada uma faz em relação à Documentação.

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7. ABORDAR O TRATADO DE DOCUMENTAÇÃO, TRADUZIDO EM 2018 PARA O PORTUGUÊS.

A documentação extrapola e explora uma coleção ou acervo (EBESERH/CESPE/2018), criando registros secundários do conhe-
cimento (SOUZA, 2000). A fundação e consolidação da Documentação, observável na literatura e nas práticas documentárias,
indica a existência de objeto construído histórica e conceitualmente. O tratado da documentação, escrito por Paul Otlet,
sugere que os documentalistas elaborem o seu próprio manual para aplicação em seu centro de documentação
(DPU/CESPE/2016). Um dos princípios estabelecidos por Paul Otlet preconiza o registro do pensamento humano e da reali-
dade exterior em elementos de natureza material, isto é, documentos que possibilitem o acesso à informação e ao conheci-
mento (EBESERH/CESPE/2018). Assim, critérios como materialidade e organização são utilizados para que se identifique um
objeto como documento (SUFRAMA/CESPE/2014). No âmbito da documentação, “informação como coisa” refere-se a uma
classe ampla de objetos que formam os sistemas de informações documentais ou bibliográficas, razão por que objetos da
natureza, artefatos, imagens e sons estão incluídos dessa classe (EBESERH/CESPE/2018). Na organização de um sistema de
informação, a intencionalidade de um documento deve-se ao produtor do objeto (SUFRAMA/CESPE/2014). A bibliometria
estuda os aspectos quantitativos da produção bibliográfica em um determinado campo do conhecimento (CNJ/CESPE/2013).

NASCEM OS ESTUDOS DA BIBLIOMETRIA Fonseca (2007) “estatística das ideias” Ortega y Gasset, 1935, uma missão do biblio-
tecário. Eugene Garfield e seus colaboradores, em 1963; Institute for Scientific Information, na Filadélfia e as ‘cadeias de
citação’ NÚCLEO da ciência da informação, em 1953; Science Citation Index (1963--); Social Sciences Citation Index (1973--);
RELEMBRANDO as principais Leis Bibliométricas (CNJ/CESPE/2013), (FUB/CESPE/2015) e (STJ/CESPE/2018): A Lei de Bradford
está relacionada a PERIÓDICOS e zonas sucessivas de ocorrências. Ordem de 1: n: n2: n3 …. A Lei de Lotka está relacionada a
AUTORES “pequena quantidade de cientistas produz grande quantidade de publicações”, metade pesada, ou 80/20. A Lei de
Zipf relacionada a PALAVRAS e a frequência de seu uso, pequeno grupo de palavras são mais usadas que outras.

8. OUTRAS PERSONALIDADES DA DOCUMENTAÇÃO.

Em 1952, o bibliotecário americano Mortiner Taube fundava a Documentation Incorporated, o passo importante para o ADI.
Em 1956, publicavam o Documentation in action. [...] o ADI muda seu nome para American Society for Information Science
(ASIS), hoje American Society for Information Science and Technology (ASIS&T). E quase ninguém mais falou em documenta-
ção nos EUA. Estudos sobre Documentação: Bradford (1951), Vickery (1959), Shera (1996, entre outros), S. Fernández e I.
Arroyo (1983), e outros; grupo francês das Ciências da Informação e Comunicação e López Yepes. O livro de Suzanne Briet
’’Qu’est-ce que la documentation?’’, de 1951. “Nasceu uma nova profissão — a de documentalista — (BRIET, 2016) e nova
ciência – a documentologia – (OTLET, 2018). André Cannone, na Bélgica; Rayward (1967, 1975, outros); M. Buckland, ao lado
de Rayward; Segundo Buckland (1996). Apenas nos anos 1950 a Documentação surgiu com força nos Estados Unidos, divi-
dindo espaço com a Biblioteconomia Especializada, e rapidamente sendo realocada pela Ciência da Informação. A obra de
Otlet foi esquecida entre 1940 a 1965, década em que foi significativamente retomada na Europa. [...] Os melhores textos
em documentação: o belga Paul Otlet, a francesa Suzanne Briet e os espanhóis Lasso de La Veja e López yepes.

9. GUICHAT; MENOU (1994) Introdução geral às ciências e técnicas da informação e documentação.

A obra de Guichat & Menou, traduzida pelo IBICT, do francês, em 1994, é muito importante: os documentos podem diferen-
ciar-se de acordo com suas características físicas e intelectuais:

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS: -- DE ACORDO COM SUA NATUREZA (p. ex., textuais e não-textuais – iconográficos ou gráficos;
sonoros; audiovisuais; compostos (textuais e não-textuais); magnéticos; informáticos). -- DE ACORDO COM SEUS MATERIAIS
(p. ex., couro, argila, circuito integrado), suportes analógicos e digitais. -- DE ACORDO COM SUA PRODUÇÃO (p. ex., documen-
tos brutos e manufaturados) -- DE ACORDO COM UTILIZAÇÃO (p. ex., eletrônicos, digitais) -- PELA SUA PERIODICIDADE -- PELAS
SUAS COLEÇÕES -- PELA SUA PUBLICAÇÃO (p.ex., documentos não-publicados, literatura cinzenta, subterrânea, não-conven-
cional; documentos publicados, literatura branca, convencional).
CARACTERÍSTICAS INTELECTUAIS: -- DE ACORDO COM OBJETIVOS: (p. ex., para elaboração de prova, testemunho, exposição
de ideias, etc.). -- GRAU DE ELABORAÇÃO: (p. ex., documentos primários, secundários, terciários). -- DE ACORDO COM O
CONTEÚDO: (p. ex., exaustividade, acessibilidade, grau de originalidade, etc.). -- DE ACRODO COM SUA ORIGEM: (p. ex.,
fonte, autoria, etc.). -- QUANTO AOS SEUS TIPOS: (p. ex., monografias, periódicos, patentes, documentos não-textuais).
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... RELEMBRANDO as operações do ciclo documentário x ciclo informacional: - CICLO DOCUMENTÁRIO: 1) Estimativa preliminar
(CPRM/CESPE/2013); 2) Pesquisa da informação; 3) Pesquisa dos documentos (suportes da informação); 4) Pesquisa das infor-
mações bibliográficas; 5) Aquisição e obtenção; 6) Transferência da informação; 7) Tratamento material (registro, etc.); 8) Tra-
tamento intelectual do documento; 9) Tratamento material dos documentos (preparação para o armazenamento); 10) Pesquisa
dos documentos para produtos e serviços de informação; 11) Difusão seletiva da informação; 12) Publicação; 13) Consulta; 14)
Empréstimo; e 15) Reprodução. - CICLO INFORMACIONAL: 1) Identificação de necessidades de informação; 2) Coleta de infor-
mação; 3) Organização e armazenagem; 4) Distribuição; e 5) Uso da informação.

É sempre importante lembrar do ciclo documentário: o ciclo informacional engloba quatro processos básicos: produção, dis-
tribuição, aquisição e uso (SERPRO/CESPE/2013). E, já caiu em prova: CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS DOCUMENTOS PELA
FORMA DE PUBLICAÇÃO - A forma de publicação permite estabelecer uma distinção entre os documentos publicados e os
não-publicados. A literatura branca é a convencional; a literatura cinzenta, ou não-convencional, ou subterrânea, são os anais
de congressos, conferências, relatórios, etc. Os não publicados (CADE/CESPE/2014). E, também é importante: CARACTERÍSTI-
VAS INTELECTUAIS QUANTO AO GRAU DE ELABORAÇÃO - O grau de elaboração de um documento permite uma distinção
essencial entre documentos primários, secundários e terciários. Os documentos primários são os originais, elaborados por um
autor; Os documentos secundários são aqueles que se referem aos documentos primários e que não existiriam sem estes.
São as bibliografias, os catálogos e os boletins de resumos, entre outros. Os documentos terciários são aqueles elaborados a
partir de documentos primários e/ou secundários. São as sínteses e os estados-da-arte. ATENÇÃO! Esta categorização é rela-
tiva aos documentos, e não é a mesma das fontes de informação. OUTROS TEMAS: ESTRUTURA DE UM DOCUMENTO: podem
ser: monográficos, seriados, não-publicados, não-textuais, partes e unidades documentais. AS CONDIÇÕES DE UM DOCU-
MENTO: o documento deve ser autêntico; - O documento deve ser confiável; - O documento deve ser, na medida do possível,
acessível materialmente. TEMPO DE VIDA DE UM DOCUMENTO - depende do seu valor intrínseco, da disciplina ou domínio
tratado, do seu grau de atualidade, de sua pertinência aos objetivos da unidade de informação e às necessidades dos usuários.

DOCUMENTAÇÃO DE HOJE E DE AMANHÃ. O ciclo documentário consiste em Entrada → Tratamento ou processamento →


saída. A condensação da informação é a base da armazenagem da informação e da sua reordenação com vistas a facilitar sua
posterior recuperação. SELEÇÃO; AQUISIÇÃO; REGISTRO OU TOMBAMENTO; DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA → anotam-se as ca-
racterísticas descritivas do documento: autor, entidade responsável, título, volume, língua, etc.; ANÁLISE (CONDENSAÇÃO) →
resume conteúdo do documento; INDEXAÇÃO → identificam-se os conceitos de que se trata o documento (linguagem natural
/ linguagem documentária); PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO CONDENSADA → desdobramento das fichas; ARMAZENA-
GEM DOS DOCUMENTOS; PRODUTOS DO PROCESSAMENTO → catálogos p. ex., bases de dados, índices; INTERROGAÇÃO E
BUSCA → pesquisa bibliográfica; RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO → aspecto fundamental → finalidade do trabalho docu-
mental; DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO → serviço personalizado que canaliza para usuário da informação seleci-
onadas correntes de acordo com seu perfil de interesse; RECONDICIONAMENTO OU REEMPACOTAMENTO DA INFORMAÇÃO
→ estudos críticos condensados sobre determinados aspectos de interesse e relevância (ROBREDO, 1994).

10. A NOÇÃO AMPLIADA DO DOCUMENTO CONTINUA NA BIBLIOTECONOMIA E NA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO.


“Um documento é uma prova em apoio a um fato”. As definições da Union Française des Organismes de Documentation (ufod),
‘documento’ é: “toda base de conhecimento fixada materialmente e suscetível de ser utilizada para consulta, estudo ou prova”
(...) (BRIET, 2016). Essa noção ampliada é da documentação, e não da biblioteconomia, pelo menos inicialmente: A noção ampla
do conceito de documento, não foi adotada pela biblioteconomia desde seu surgimento, sendo adotada com o surgimento
da documentação (CAPES/CESPE/2012). Por que? A biblioteconomia, no contexto deste recorte histórico, estava focada nas
bibliotecas públicas: a biblioteconomia expandiu-se com o aumento do número de bibliotecas públicas, no final do século XIX
até o início do século XX (DPU/CESPE/2016) e (BASA/CESPE/2012). Mas, atualmente: em biblioteconomia e documentação, o
termo documento pode ser empregado como equivalente ao termo suporte de dados (CNJ/CESPE/2013).
BIBLIOGRAFIAS IMPORTANTES:

• BRIET, S. O que é documentação. Brasília: Briquet de Lemos, 2016. vii, 118 p.


• OTLET, P. O tratado de documentação: o livro sobre o livro: teoria e prática. Brasília: Briquet de Lemos, 2018.
• ROBREDO, J.; CUNHA, M. B. Documentação de hoje e amanhã. São Paulo: Global, 1994.

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