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EMMA HART

TRADUÇÃO: SUK WRAITH


REVISÃO INICIAL CHRIS RASS
REVISÃO FINAL: THAISE QUEEN
LEITURA FINAL: CINTIA QUEEN
FORMATAÇÃO: MEL DUSK

EMMA HART
EMMA HART

EMMA HART
Imagina isto. Você está pronta para sair depois de uma noite e está
pensando em como - chocar horror - deixar seu número e pedir que ele seja
seu namorado falso para o casamento de sua irmã neste fim de semana.
Quando ele acordar. Bem, isso aconteceu comigo. E com café e omeletes,
encontrei um encontro.

Foi assim que acabei chegando ao casamento com um cara que eu não
sabia nada. Eu não sabia o sobrenome dele, como nos conhecemos ou
quanto tempo estávamos namorando. Eu não sabia onde ele cresceu, o que
ele fez na faculdade, ou quantos irmãos ele tinha. Eu com certeza não
sabia que ele era Adam Winters, jogador de hockey do time - e não apenas
o jogador favorito do meu pai, mas o ídolo do meu sobrinho. O que
significa que estou com problemas. Grandes e grandes problemas. Minha
mãe está desconfiada, minha irmã é louca no crack, e meu avô contará a
qualquer um que ouvir sobre seu tempo no Red Light District de
Amsterdã. Quatro dias. Eu tenho que manter isso por quatro dias, e então
Adam e eu podemos voltar à nossa vida normal, onde não fazemos sexo
sempre que estamos sozinhos e minha família não está interrogando ele
sobre suas intenções comigo.

EMMA HART
A manhã seguinte

Eu estive em muitas situações difíceis na minha vida.

De fato, você quase poderia dizer que eu era uma especialista em


estranheza. Se fosse um diploma, eu teria terminado a minha graduação aos
dez anos e entregue o meu PhD aos meus doces dezesseis anos, que como a
história já ditava, não foram tão doces assim. Principalmente, porque eu
encontrei o meu então namorado em uma rodada muito intensa de tênis de
amígdalas com meu primo de 27 anos.

Isso foi em parte minha culpa, por namorar um veterano que achava
divertido colocar sua cobra na cesta de uma menina, que não era legalmente
capaz de ser a cesta, mas o fez mesmo assim.

Desajeitadamente.

Então, houve o dia na terceira série em que eu comecei uma briga séria - tão
séria quanto uma discussão poderia ser na terceira série - com Millie Turner.
Foi algo sobre quem seria o mais rápido se dependurando nas barras para
chegar ao outro extremo do brinquedo.

Isso não importava mais. Eu era a mais rápida, mas muito mais desajeitada.
No meio do caminho, minhas mãos escorregaram e foi tudo o que ela

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descreveu.

Na verdade, não foi. O que ela descreveu foi sobre como eu acabei caída de
costas, com meu vestido enrolado em volta da minha cintura e com minhas
calcinhas da Barbie dando um show para toda a minha turma.

Eu nem pretendia entrar em todos os detalhes do que me aconteceram


desde então. Começando pela minha menstruação dando as boas vindas,
enquanto eu usava shorts brancos no meio de um aeroporto. Ou por eu
beijando um menino na nona série, para descobrir depois que ele só queria um
abraço.

Ou por eu descobrir que meus pais tinham um preconceito genuíno, em


relação à perfeita união de uma irmã mais velha e desajeitada, que estava a
apenas uma semana de casar-se com seu namorado do ensino médio. Que
passou a ser um médico - o mais jovem médico de nosso Estado a abrir seu
próprio consultório pediátrico e contratar quatro outros médicos, por favor!
Quero dizer, quem deu a mínima que foi o papai quem comprou o prédio? Não
meus pais, nem ninguém na nossa cidade. Não. Todos amavam o Dr. Mark
Perkins.

Até eu o fiz. Principalmente porque ele era apenas uma pessoa muito legal -
e não porque ele nunca contou a ninguém, que eu tinha me masturbado uma
vez.

Vê? desajeitada.

Mas, rendo-me, nada foi tão estranho quanto a situação que eu enfrentava
agora.

Tipo... ter um cara quente dormindo em sua cama.

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Ele era lindo. Oh, lindo pra caralho. Sua cabeça era adornada por um
perfeito cabelo castanho-escuro que se espalhava pelo travesseiro cor de
creme. Aqui, ali, em todos os lugares, e eu fiquei dividida entre acordá-lo ou não
acordá-lo.

Ignorando que seus ousados olhos azuis estavam fechados enquanto ele
dormia, e seus cílios castanho-escuros encostavam-se às maçãs do rosto
detestavelmente altas, eu.... bem, eu não tinha nada, porque não poderia
ignorar isso.

Ele tossiu durante o sono, rolando do seu lado para as costas. Ele jogou um
braço sobre o rosto, cobrindo os olhos. A sombra que cobria toda a sua
mandíbula parecia mais sombria, graças à luz do sol que entrava na sala através
das cortinas cinza-escuras.

Deus, ele era lindo. Eu vou esculpir a sua beleza em mármore. O tipo de
beleza que deve ser exibida nos museus pelos próximos anos. Em cem anos, as
pessoas se maravilharão com a sua estátua, da mesma forma que acontece com
a Mona Lisa hoje.

Deus, o que eu estava fazendo, parada aqui olhando para ele como a idiota
que eu sou? Precisava deixar um bilhete e sair.

E não, não era um bilhete desculpando-me, era para deixar o meu número.

Se minha vida fosse um programa de TV, o público suspiraria neste exato


momento. Ou falariam baixarias, como acontece.

Suspirei e encostei-me na parede. Eu estava louca? Deixando o meu número


após uma noite, e pedindo-lhe para ser o meu encontro para o casamento da
minha irmã neste fim de semana?

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Sim. Quer dizer, eu sabia disso. Foi estranho. Definitivamente não é algo que
uma pessoa normal faria.

Deus. Havia um taco de hóquei na parede acima de sua cama, parecia cada
vez mais tentador usá-lo como uma arma para bater na minha cabeça.

Eu não poderia pedir a um estranho para ser o meu encontro. Não


importava o quão desesperada eu estivesse. Eu acabaria por dar munição à
minha mãe, ou afirmaria que, não importando a data, eu teria uma emergência
familiar e não poderia ir.

Eu com certeza não pediria ao Sr. Hottie McTottie, o deus grego, para vir
comigo.

Se eu fosse honesta comigo mesma, minha mãe daria uma olhada nele e
saberia que não era real. Eu não estava nem perto de ser o suficiente para ter
um cara como ele.

Inferno. Eram sete e meia da manhã, eu estava em pé olhando-o, vestindo


uma camiseta com os dizeres eu corro com café, caos e palavrões. Eu a tinha
usado no bar ontem à noite também. Era assim que eu era chique.

Em minha defesa, só deveria ser um momento para uma bebida e foi tudo
culpa da minha melhor amiga, Avery, que se não tivesse nos levado ao local
para confraternizar... Bem, isso não importava agora.

A menos que alguém inventasse a viagem no tempo nos próximos dois


minutos e cinco segundos, essa seria a situação em que eu estava presa.

Agora, como eu escrevo essa nota?

“Você costuma encarar as pessoas, enquanto elas dormem?”

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Eu pulei, pressionando minha mão no meu tórax. Aparentemente, eu tinha
divagado enquanto olhava para Hottie McTottie e em algum momento durante
o meu monólogo interior, ele acordou.

Bem, merda.

Agora, isso foi estranho.

A Rainha da Inabilidade ataca novamente...

"Bem?", ele sentou-se na cama, com os l|bios ligeiramente levantados. “Eu


sei que você não é muda. Se você fosse, não teria feito tanto barulho como na
noite passada”.

Eu abri minha boca, mas minhas bochechas ardiam quentes antes que eu
pudesse dizer qualquer coisa.

Hottie McTottie riu. "Desculpa. Achei que você queria me matar e estou
tentando convencê-la a falar”. Ele fez uma pausa, seus olhos azuis escuros
olhando para a minha camisa. "Ou você precisa de café, para fazer sua boca
funcionar?".

"O que?".

"Lá está ela". Ele sorriu. "Sua camiseta. Tem os dizeres que você corre com
café, caos e palavrões. Imagino que você tenha alguns palavrões passando pela
sua cabeça agora, e isso seria definitivamente um pequeno caos”. Ele levantou-
se, jogando as cobertas de lado... e dando-me um inferno de uma visão de sua
bunda. E do seu pau.

Eu pisquei e desviei o olhar, corando novamente. Por que eu fiquei


surpresa? Eu estava nua quando acordei, era lógico que ele também estaria.

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“N~o se preocupe”, disse ele, com sua voz grave mal conseguindo esconder
sua risada contida. "Vesti minha cueca boxer".

"Sim, bem", eu limpei minha garganta. "hum ...".

“J| vesti a calça de moletom, vamos". Ele agarrou-me pelos ombros e me


direcionou para a porta. "Eu farei o café, então você será capaz de formar uma
frase".

Sua ideia tinha mérito. Não vou mentir.

Ele guiou-me pelas escadas, com as mãos ainda nos meus ombros e
conduziu-me para a cozinha, que era grande e brilhante, com armários brancos
e grandes portas de vidro que deixavam entrar a luz do sol matutina.

Eu olhei para o quintal. Era tão...masculino. Ele tinha uma piscina de


tamanho decente perto do deck, que abrigava uma churrasqueira
impressionante, eu tinha certeza de que podia ver no canto uma banheira de
hidromassagem, do outro lado.

"Como bebe o seu café?", ele perguntou, alcançando o topo do armário. Seus
músculos das costas flexionaram quando ele puxou duas canecas. "Com creme?
Açúcar? Preto? Ou você é uma garota de leite ou cappuccino?”.

"Jesus, você tem o seu próprio Starbucks aqui?".

"Não", ele olhou por cima do ombro com outro sorriso. "Mas isso fez você
falar".

Eu franzi meus l|bios. “Creme, um tablete de açúcar, Por favor".

"Você conseguiu, Red!".

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"Red? Você quer dizer vermelho? Que tipo de nome é esse?”.

"Do tipo que eu dou a uma ruiva, cujo nome eu não consigo me lembrar", ele
disse simplesmente, sem rodeios , acionando a sua impressionante cafeteira.

Oh! Graças a Deus. Não fui só eu.

O que? Aqueles coquetéis de ontem eram fortes. Julgue-me.

Eu não acho que ele disse que o seu nome era Hottie McTottie. Eu acho que
começava com ... hum... E? Não. Ele tinha um nome e definitivamente começava
com um A.

"A julgar pelo seu olhar, é mútuo", ele deslizou uma xícara cheia de café pela
ilha da cozinha. “Você pode sentar-se, Red. Eu não irei expulsá-la”.

"Meu nome é Poppy", eu disse, empoleirando-me em um dos bancos negros.


"E eu lembro-me perfeitamente o seu nome".

"Tudo bem. Qual é o meu nome?".

Eu hesitei. "Aaron".

Ele balançou a cabeça, rindo. "Adam".

"O que?".

"Adam. Meu nome é Adam", ele fez uma pausa. "E, por mais bonito que seja
Poppy, eu ficarei com Red".

"Por quê?".

"Porque papoulas são vermelhas, então faz sentido".

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"Uau. Como você est| de ressaca?”

"Ressaca o suficiente para que eu esteja feliz por não ter que trabalhar", ele
respondeu, acionando o botão da máquina pela segunda vez. Ele se virou e
olhou para mim, depois disse por cima do som da m|quina, “Se importa em
dizer-me por que você estava me encarando, enquanto eu dormia?”

Não.

Absolutamente não.

“Eu n~o estava olhando-o, não intencionalmente. Eu estava pensando".

Isso foi vergonhoso, Poppy. Tão vergonhoso.

"Pensando. Eu não posso dizer que é algo que as garotas costumam fazer no
meu quarto.” Ele pegou o café e o colocou na ilha, encostando-se no lado
oposto. Seus bíceps ficaram tensos, quando ele descansou seus antebraços na
bancada de mármore preta, e eu voltei a minha atenção para as suas veias
correndo pelos antebraços.

Por que eu queria lambê-los?

Era a ressaca?

Eu precisava desse café.

"Você recebe muitas meninas no seu quarto?", eu perguntei, levantando


uma sobrancelha.

“N~o particularmente”. Isso fez-me soar muito mais puta do que eu sou.

"Não me entenda mal, mas acho que você está mentindo".

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"Por quê?".

"Você já se olhou no espelho ultimamente?".

Adam abaixou a cabeça e riu. "Quase diariamente", disse ele, encontrando


meus olhos novamente. "O que isso tem a ver com alguma coisa?"

Eu balancei meu dedo para ele. “Eu n~o estou apaixonando-me por isso. Só
estou dizendo que você parece o tipo de cara que abre caminho pela vida, com
uma mulher atr|s de outra”.

"Isso parece terrivelmente um julgamento, vindo de uma garota que não


pode ficar sem café."

Eu bufei. "Se você acha que esta camisa é ruim, você deve ver o resto delas".

"Você tem uma coleção?".

“Algumas pessoas colecionam, eu n~o sei, quebra-cabeças. Eu coleciono


camisetas sarc|sticas”. Eu encolhi os ombros.

"Eu, sinceramente, não conheço ninguém que colecione quebra-cabeças".

"Foi uma figura de linguagem".

"Isso foi o melhor que você poderia inventar?".

"Você sabe", eu disse lentamente. "Eu gostei mais de você, quando seu rosto
estava entre as minhas pernas".

Adam começou a rir.

E, oh Deus, foi uma risada gloriosa. Como Nutella em waffles belgas. Molho
de chocolate no sorvete. Cereja no bolo.

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Urgh... Agora eu estava com fome.

"Eu não me importei tanto assim" disse ele, com um brilho nos olhos. "Mas
isso ainda não explica, por que você estava vendo-me dormir".

"OK. Eu não estava vendo-o dormir”, eu insisti. "Eu estava realmente


pensando, mas posso entender que acordar com uma ruiva de ressaca no meio
do seu quarto, olhando para você na cama, poderia ser interpretado como algo
estranho".

Bem, foda-se isso. Eu estava preocupada por ter sida apanhada em uma
loucura total.

"Isso aconteceu antes?".

"Você não desejaria saber", ela murmurou, tomando um gole de seu copo.

"Por que você estava lá, então?"

Eu estalei a minha língua. "Eu esperava evitar essa conversa".

Adam olhou para mim. “Bem, eu sei que usei camisinha, o que elimina um
monte de cen|rios problem|ticos”.

Suspirei e revirei os olhos. "Obrigada por esclarecer-me sobre isso. Eu


realmente n~o sabia o que era um preservativo”.

Seus lábios se curvaram um pouco. Ele tinha o sorriso mais contagiante, que
alcançava os seus olhos toda vez, fazendo-os brilhar um pouco mais.

Isso me incomodou porque eu não estava em uma situação para sorrir.


Claro, eu acabei de ter sexo quente louco com um cara quente como o inferno,
mas que seja.

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"Olha, eu provavelmente deveria ir" eu disse, terminando meu café.

"Você está com fome?" Adam perguntou, endireitando-se.

Eu parei. "Eu o quê?".

Ele foi até um armário que se estendia do chão ao teto e abriu a porta,
revelando uma geladeira atrás dela. "Está com fome? Eu tenho ingredientes
para omeletes. Você quer uma omelete?”

O que estava acontecendo?

"Uh ... claro?".

“Você n~o parece certa. Tem bacon, tomate, presunto, queijo, cogumelos...”

“Eu odeio cogumelos...e tomates”.

Ele sacudiu a cabeça. "Como isso é possível?"

Eu encolhi os ombros. "Eles são viscosos".

"Certo. Bacon no omelete? Com presunto? Queijo?"

A sério. O que estava acontecendo?

"OK, eu acho".

Ele tirou um monte de coisas da geladeira e jogou na ilha na minha frente.


“N~o se preocupe, eu sei cozinhar. Eu n~o vou lhe matar”.

Eu olhei para a quantidade de ingredientes no balcão. "Isso me deixa mais


tranquila".

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Omeletes e constrangimento

Acontece que Adam sabia cozinhar. E minha barriga estava muito, muito
feliz com isso.

"Então" disse ele, empurrando o prato para o lado. "O que você estava
pensando?".

Suspirei, embalando minha xícara de café. "Eu sabia que havia uma
pegadinha nisso".

“Ei, eu cozinhei seu café da manh~ e n~o lhe achei completamente maluca
pelo jeito que eu acordei. Dê-me algum crédito”. Ele sorriu. "Você terminou?".

Eu assenti.

Ele se levantou, com o abdômen definido se destacando enquanto se


inclinava sobre o balcão para pegar o meu prato.

Deus, isso não era justo. Ele era gostoso, tinha um ótimo corpo e sabia usar
o seu pênis de tamanho generoso. Havia alguma coisa imperfeita nele?

“Você est| me encarando de novo. Isso é um problema que você tem?”

"Eu tenho um monte de problemas" eu disse. "Todos eles começam com a


minha família, e é exatamente por isso que eu estava olhando para você em

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primeiro lugar", eu terminei em um murmúrio.

"Isso soa como partes interessantes e estranhas" Adam admitiu, puxando


um banquinho de volta para ele, que sentou-se, imitando a forma como eu
segurava a minha xícara. "Por que você apenas não me diz, e eu decidirei o
quão estranha eu realmente acho que você seja?".

"Oh, garoto. Você está abrindo uma lata inteira de minhocas. Quero dizer,
quem usa uma camisa como esta em uma noite fora?” Fiz sinal para a minha
camisa cinza.

Sua boca se contraiu quando ele mais uma vez olhou para baixo. "Eu não
queria mencionar isso, mas...".

Eu franzi meus lábios e bati nele, com um olhar sombrio.

"Brincadeira, eu estava brincando". Ele ergueu as mãos, rindo.

Eu não sairei ilesa disso. Inferno, o homem acordou comigo olhando para
ele como se eu estivesse, potencialmente, tramando seu assassinato, então ele
fez o meu café da manhã.

Ele era obviamente um cara legal, e merda - eu não tinha mais nada a
perder, sabe!?

Eu estava indo para o casamento de Rosie sozinha, então que diabos!

"OK". Eu olhei fixamente para a minha xícara de café. "Começarei dizendo


que minha mãe é ... um mal necessário para a maioria das pessoas".

Ele levantou uma sobrancelha, mas não disse nada.

“Minha irm~ se casar| com seu namorado do ensino médio neste fim de

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semana. Ele é um médico estupidamente bem sucedido, minha mãe está
positivamente fora de si de alegria que minha irm~ n~o estragou tudo”. Eu
parei. "E disseram-me que se eu aparecesse sem um acompanhante, eu estou
morta para ela".

Sua sobrancelha esquerda juntou-se à direita.

"Ok, eu estou exagerando um pouco, mas foi o que ela me disse". Eu


disfarcei uma risada. “Resumindo, falhei miseravelmente em encontrar um
acompanhante. Ent~o… a raz~o pela qual eu estava pairando sobre você como
uma louca esta manhã, era porque eu estava tentando descobrir como eu
poderia deixar o meu número e explicar essa situação em um bilhete sem
parecer… Uh, a esquisitona que eu pareço agora".

Ele riu. “A nota teria sido mais estranha. Confie em mim".

"Mesmo?".

"Sim. Acordar para descobrir que alguém com quem eu fiz sexo, deixou-me
um bilhete para me convidar para o casamento de sua irmã? Eu acharia um
pouco estranho e também desejaria que você nunca me encontrasse
novamente”. Ele bufou.

"E você não achou esquisito agora?".

"Um pouco. Mas ei, apesar disso, eu gosto de você, Red”. Ele deu-me um
sorriso torto e inclinou a cabeça para o lado. “E eu entendi sua situaç~o. Eu
tenho quatro irmãs, se eu aparecesse em um de seus casamentos sem uma
acompanhante, minha mãe me mataria”.

“Isso é exatamente o que vai acontecer comigo neste final de semana. Com
alguma sorte, ela vai ignorar-me completamente”. Eu parei. "Provavelmente, eu

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teria um final de semana melhor se eu for honesta".

Adam levou a caneca à boca e engasgou, batendo a mão na boca. "Jesus. Eu


conheço esse sentimento".

“Eu tomo meus chutes onde posso lev|-los, quando ela está preocupada.
Não saio ilesa, especialmente porque sei que ela fará da minha vida um inferno
após o casamento”.

Ele tossiu de novo, batendo no peito. “Qual é o problema com o


casamento?”.

Eu olhei para ele. "O que?".

“Qual é o problema? É uma coisa de um dia? Um fim de semana?".

Ele estava considerando isso? Sendo um acompanhante para uma ruiva


louca que o viu dormir?

Eu não fiz, mas soou mais dramático assim.

"Ser| algo de quatro dias" eu disse lentamente. “Acontecer| em Key West,


chegada na manhã de sexta-feira, saída na segunda à noite. O casamento será
no domingo { noite”.

"Esta sexta?".

Eu assenti. "Está bem. Foi uma ideia ridícula, eu entrei em pânico".

“Ei, eu n~o disse n~o. Eu estava apenas confirmando se ser| neste fim de
semana.”

Eu olhei para ele.

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Não. Ele não iria concordar... ou iria?

"Eu não poderia chegar lá na sexta de manhã porque eu tenho uma reunião
de trabalho, mas eu posso ir depois de você e encontrá-la por lá". Ele descansou
os braços no balcão e inclinou-se para frente. "Se você quiser assim, é isso".

Eu pisquei rapidamente. "Você...você fingiria ser meu par pelo fim de


semana, apenas para eu não ser torturada pela minha mãe?"

"Sim, mas se a situação for a inversa e nós dois ainda estivermos solteiros,
espero que o favor seja devolvido".

"Você será meu namorado falso?".

"Ser seu namorado falso inclui sexo real?".

Bem, esse era um cenário que eu não havia considerado. Julgando pela noite
anterior, no entanto...

“Eu terei que liberar o estresse de alguma forma e eu realmente n~o sou
uma maratonista. Além disso, a noite passada n~o foi exatamente terrível”.

Ele sorriu, confiança brilhando completamente. "Concordo. Olha, Red, eu


estou livre, eu posso fazer isso. Contanto que n~o fique muito estranho”.

"Por que seria estranho?".

Seu sorriso vacilou por um momento, ele olhou para mim como se não
entendesse por que eu estava fazendo essa pergunta. "Eu sou seu namorado
falso", disse ele, quase como uma reflexão tardia. "E tudo que eu sei sobre você,
é como fazer você chegar ao orgasmo".

“Isso é um conhecimento sólido, e é tudo o que você precisa saber para

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tornar o fim de semana um sucesso”. Eu dei a ele meu próprio meio sorriso.

“Tudo bem, Red. Faremos isso".

***

"Você perdeu sua maldita mente" disse Avery, puxando a rolha da garrafa
de vinho com um pequeno estalo. “Eu n~o posso acreditar que você far| isso.
Ele tem um pau m|gico?”.

Talvez.

"Ele só está me ajudando" eu disse cautelosamente. “Quer dizer, ele também


tirar| algo bom disso, ele far| sexo”.

“Oh, bem, tudo bem. Você tirar| a sua m~e das suas costas por um fim de
semana e far| sexo regularmente”. Ela parou, com a garrafa de vinho pronta
para servir. "Espere, eu vejo a sua lógica”.

Eu ri, cruzando os meus pés sob a minha bunda. "É louco, eu sei que é. Eu
não sei nada sobre ele, exceto que o seu nome é Adam, que ele tem uma casa
muito legal, que ele tem um pau m|gico e que faz uma omelete razo|vel”.

De cara séria, ela encontrou meus olhos e disse: "Case-se com ele".

"Avery...".

"Estou falando sério. Omeletes são difíceis, garota. Acho que nunca fiz uma
omelete que n~o tenha acabado como ovos mexidos”.

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"Você queima torrada".

“Eu fiz isso uma vez e foi porque meu irm~o idiota virou o termostato. Você
sabe disso". Ela terminou de derramar o segundo copo de vinho e me entregou.
“Estou apenas preocupada com você. Você sabe como é a sua m~e”.

"Exatamente. É por isso que estou feliz por ter um par”.

"Um par que você não conhece".

"Eu o conheço muito bem" eu disse. "Eu sei como fazê-lo gozar".

"Oh, bem, bata na minha bunda e me chame de Suzy - esse é o tipo de


informação que sua mãe quer saber!" disse ironicamente.

Eu parei. "Ela pode parar de fazer perguntas se vir com quem estou saindo".

"Ela vai é ligar para o padre local e mandar você para confessar seus
pecados!".

"Mentira! Ser| apenas um exorcismo”.

"O que, ironicamente, ela precisa de vez em quando", ponderou Avery.

"De vez em quando?".

“Ei, ela ainda é sua m~e. Eu só estou sendo sincera sobre isso”.

“Ser sincera seria compar|-la ao próprio diabo. Ou seria ela mesma, afinal,
alguém j| confirmou o sexo de Satan|s?”. Eu girei o meu copo.

Avery sacudiu a cabeça. “Pare de tentar distrair-se do assunto em questão:


Seu acompanhante ser um Adam que você n~o conhece”.

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"Ainda bem que meu nome não é Eve, então".

"Poppy".

Suspirei. "Avery".

“Você realmente pensou nisso? Quer dizer, do começo ao fim, com todas as
implicações, sua mãe, do segundo em que você chegar até o segundo em que for
embora?”.

Não. De jeito nenhum.

“Ela perguntar| por que você nunca o mencionou a ela. Ela perguntar| onde
você o encontrou, há quanto tempo você namora, com o que ele trabalha, o
qu~o rica a família dele é...”.

"E eu direi que dinheiro não é tudo".

"E disse a garota do dinheiro..." ironizou.

"Quem mora com sua melhor amiga e trabalha na Cheesecake Factory?"


lembrei a ela. “Meus pais têm dinheiro, eu n~o tenho".

Ela soltou um suspiro. “Ponto bem feito. Mas ela ainda perguntar| todo o
tipo de coisas antes que você tenha uma chance de descobrir alguma resposta,
porque ela irá bombardeá-lo no segundo em que ele chegar. Você não se
lembra do baile de finalistas?”

“Via de regra, tento esquecer isso”.

“Ela ficou no final da sua garagem por trinta minutos até Percy Hamilton
chegar aqui, apenas para interrogar o pobre bastardo sobre a situação
financeira de sua família e quais eram suas intenções com você. Você tinha

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dezoito anos”.

"E, se bem me lembro" eu disse lentamente. "Ele estava tão farto dela no
momento em que chegou às intenções, que ele lhe disse que pretendia tirar a
minha virgindade inexistente".

Avery bufou em seu copo. “Eu pensei que ela fosse parir uma vaca. Uma
vaca legítima. Ela estava furiosa, mas ela tinha que deixar você ir”.

"E foi exatamente por isso que Percy não transou comigo naquela noite" eu
lembrei a ela. "Eu tinha dezoito anos e ela levou as chaves do meu carro".

“J| lhe ocorreu que sua m~e é uma aberraç~o no controle?”.

"Todo santo dia, desde que eu tinha idade suficiente para entender o que
era uma coisa dessas". Eu balancei a cabeça solenemente. "É por isso que eu
acho que posso ser capaz de levar alguém, que é basicamente um estranho,
para o casamento".

"Eu não vejo a sua lógica em tudo".

Sentei-me em linha reta, correndo meus dedos pelo meu cabelo. Meu
cotovelo apoiado nas costas do sofá, e descansei minha cabeça na minha mão.
"Pense nisso. É o casamento da Rosie. Ela ficará tão presa em garantir que nada
dê errado, que ela se esquecer| de Adam muito r|pido”.

"Você subestima a sua mãe".

"Eu sou uma otimista".

“Sua camiseta tem três taças de vinho. Duas s~o meio cheias e rotuladas de
otimistas e pessimistas, e a terceira é vazia e rotulada de realista. Você é a
realista, Pop. A única coisa sobre a qual você já se mostrou otimista é quanto

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molho de queijo você ter| nas suas batatas fritas”.

"Bem, se alguma vez houve algo para ser otimista, é isso". Eu sorri
abertamente. “Eu acho que ficarei bem. Vivemos { uma hora da nossa cidade
natal. Meus pais não podem saber quem ele é, e nós não nos falamos o
suficiente para eles se preocuparem se eu tenho ou não um namorado. Além
disso, mamãe nem me perguntou. Acho que ela só acreditou em mim quando eu
disse que levaria um acompanhante”.

"Isso é porque você disse a ela que descrença contra sua própria filha era
um pecado, e ela é tão menopáusica que ela acreditou em você".

“Ela manipulou a puberdade, a menopausa é meu brinquedo”.

"Eu não acho que funciona assim".

"Provavelmente não, mas a noção disso é encantadora".

Avery bufou. “Você precisa parar de assistir a seriados britânicos. Você está
começando a falar ridiculamente como eles”.

"Olha, só porque eu tenho uma obsessão por The Crown e você continua
usando a assinatura do seu ex para assistir a Friends, isso não me deixa
ridícula" eu lhe disse. “Pelo menos use as senhas de Greg para algo decente.
Como encomendar pornografia para o apartamento dele”.

Ela fez uma pausa, colocando o cabelo escuro atrás da orelha. "Eu poderia
fazer isso?".

"Eu gostaria" eu disse. "Mas eu sou uma idiota".

"Ele me enganou". Ela realmente parou e considerou. "Onde eu iria


encontrar pornô anão?".

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"Eu vou lhe enviar um link".

"Você sabe onde..." Ela congelou. "N~o. Você assinou isso, para sua m~e?”.

"N~o. Rosie o fez. Acabei de encontrar a assinatura” eu disse. "Eu n~o sou
tão má".

"O que ela fez para Rosie?".

"Eu não sei. Eu nunca perguntei. Eu nunca considerei que ela teria sido uma
dor maior para Rosie, do que para mim.”

"Bem..." disse Avery. “Esse é um ponto muito v|lido. E eu considerarei a


coisa pornográfica do anão. Tem certeza de que não precisa de mim para vir
neste fim de semana?”.

Eu queria minha melhor amiga e companheira de quarto no casamento. Ela


tinha um convite permanente, com base no tempo em que ela pudesse sair do
trabalho. Em outras palavras: meus pais não queriam incomodar seus pais,
porque basicamente toda a nossa vida estivemos juntas e minha mãe amava
Avery.

"Aves, se você puder sair do trabalho, mesmo para o domingo, você sabe
que tem uma cadeira reservada", eu a lembrei.

“Eu n~o estou perguntando isso. Eu estou perguntando se você precisa de


mim. Isso é algo diferente. Você precisa de mim?".

Eu balancei a cabeça antes que eu pudesse mudar de ideia. "Mas só se você


puder fugir".

Ela piscou. "Tenho certeza de que posso tentar alguma coisa".

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Família e foda-se isso

BEM VINDO A KEY WEST

Não me senti muito bem-vinda. O letreiro era objetivo e bonito, claro.


Amigável e turístico, mas eu queria estar em qualquer outro lugar do que aqui.

Realmente, não importava que eu tivesse visto aquele cartaz há quarenta e


cinco minutos. As estradas pareciam todas iguais e era um milagre que elas
ainda estavam lá, com todos os turistas que subiam e desciam todos os dias.

Eu já sabia como esse fim de semana seria. Meu sobrinho causaria estragos
em todas as oportunidades. O avô tiraria uma história aleatória do bolso de trás
e questionaria a todos se queriam ouvir ou não. Minha irmã viciada em controle
se tornara a Bridezilla. Minha mãe agiria como a Rainha demoníaca, e
dispararia o temor de Deus em qualquer um que ousasse falar fora do ideal.

E meu pai? Bem, ele provavelmente tomaria um copo de uísque no banheiro


sem qualquer regularidade.

E eu me juntaria a ele. Esse era o único jeito de lidar com minha maldita
família.

EMMA HART
Suspirei, quando o gigantesco resort que minha irmã reservara para o
casamento apareceu. Eu nem estava na propriedade do resort ainda, mas eu já
me sentia como um peixe fora d'água.

Sem dúvida, minha mãe e minha irmã estariam vestidas com classe e
refinamento, como damas decentes. Eu estava vestindo uma camisa com um
galo e com a legenda: "O que o cacareja?" e shorts jeans rasgados.

Deus, eu deveria estar com um problema no estômago, parecia isso. Porque


esta situação só iria piorar, assim que o Adam aparecesse mais tarde.

Fato é, que o que Avery disse para mim, fazia todo o sentido e eu passei os
últimos dias me perguntando o que diabos eu estava fazendo.

Eu não conhecia o Adam muito bem. Na verdade, eu não sabia nada sobre
ele. Claro, eu sabia que ele tinha um corpo que faria uma sala cheia de mulheres
chorar, um lindo pau mágico e um inferno de língua.

Mas isso não mudou o fato de que eu não sabia nada sobre ele como pessoa.
Eu não sabia onde ele nasceu ou se ele se mudou ou cresceu lá? Com o que ele
trabalha? Ele se formou na faculdade? Quem foi o seu maior exemplo? Ele tinha
algum passatempo? Quem era ele, realmente?

Como diabos eu consegui passar por isso, sem a minha mãe de olhos de
águia descobrir o que eu fiz? Então, não importa o que aconteceu, eu estava em
apuros. Por mentir, trapacear, só Deus sabia que tipo de merda ela tiraria do
chapéu.

Ugh. Isso só seria o inferno na Terra, não é?

Por que eu estava me perguntando isso? Eu sabia. Eu sabia que este fim de
semana seria o inferno no segundo em que a Rosie anunciou que estava noiva e

EMMA HART
tinha marcado um encontro e reservado o local. Muito literalmente tudo no
mesmo fôlego.

Eu saí de Key West para ver minha família o mínimo possível. Você pode
imaginar como fiquei encantada ao descobrir que passaria quatro dias com
eles.

Agora, ao entrar no amplo estacionamento que se enchia rapidamente com


os convidados da minha irmã, aqueles quatro dias haviam começado.

Eu desliguei o motor e fiquei sentada por um tempo. Com alguma sorte, eu


poderia entrar no meu quarto e largar minha mala antes de me encontrar com
a minha família.

Na verdade, meu pai estaria bem. Ele me contrabandeava para o bar e me


dava uma dose de coragem líquida para passar esse fim de semana.

Inferno, eu precisava da garrafa inteira.

Ugh. Duplo ugh. Triplo ugh.

TOC Toc.

Eu pulei na batida ao lado da minha cabeça, batendo a mão na alavanca do


câmbio no processo. Empurrando minha cabeça, eu literalmente contive um
gemido ao ver o rosto da minha mãe pressionado contra a minha janela.

Ela bateu sua unha rosa-bebê no vidro e fez um movimento que me dizia
que meu jogo estava acabado e era hora de abrir a janela.

Eu pressionei o botão para abaixar o vidro. "Oi mãe".

"Poppy!" Ela praticamente colocou a cabeça pela janela e enfiou o cabelo

EMMA HART
tingido de castanho atrás da orelha. "Por que você está sentada aqui no
estacionamento?".

"Eu acabei de chegar aqui", eu menti. Se por apenas eu quis dizer vinte
minutos, então, com certeza havia acabado de chegar.

“N~o, você n~o o fez. Eu vi seu carro estacionar vinte minutos atr|s”.

"Você estava observando?".

"Claro. Você disse que estaria aqui por volta das onze, onze e meia”.

Ótimo. Eu deveria saber.

"Por que você está sentada no estacionamento?" Ela repetiu, estalando os


lábios cor-de-rosa e atirando-me um olhar penetrante, cortesia de seus olhos
azul-escuros. “Você est| enrolando para entrar? Para o casamento da sua
irm~?”.

Jesus. Eu ainda não estava fora do carro e minha ovelha negra interna já
estava aparecendo.

"Não. Estou com dor de cabeça. Tomei um pouco de ibuprofeno e esperei


que ele desse-me um chute antes de entrar”. Outra mentira, mas desta vez, um
pouco mais crível.

Mamãe apertou os olhos. "Você não parece estar com dor de cabeça".

Eu olhei para ela. "Ele tem sintomas visíveis agora?".

"Enxaqueca tem".

“Eu n~o tenho enxaqueca. Estou com dor de cabeça. São coisas totalmente

EMMA HART
diferentes”.

"Excelente. Bem, vinte minutos devem ser o suficiente para suas pílulas,
ent~o vamos l|. Nós temos coisas para fazer”. Ela recuou do carro e abriu a
porta.

Isso é o que ela diz.

Peguei minha bolsa do banco do passageiro e saí. "Nós? O que eu tenho que
fazer?".

“Você é a dama de honra. Você tem que garantir que sua irm~ tenha tudo de
que ela precise”.

Eu quase engasguei com a minha própria saliva. "Você quer que eu seja sua
escrava pelo fim de semana?".

"Não. Mas, você precisa organizar as damas de honra, garantir que as flores
sejam entregues na sala certa no domingo à tarde, certificar-se de que os
baristas no bar da praia não estraguem os coquetéis. Ah, e você também precisa
experimentar os coquetéis especiais propostos e escolher dois para serem
servidos na recepç~o”.

OK. Eu poderia aprofundar-me na última opção. "Eu tenho que pagar pelos
coquetéis?".

Mamãe parou no porta-malas do meu carro. "Isso é com o que você está
preocupada?".

“Este lugar cobra quinze dólares por coquetel. Eu sou uma garçonete. Claro
que estou preocupada com isso”. O que? Eu n~o ia colidir com algum arbusto.

Ela suspirou. “N~o, você n~o precisa pagar por eles. Mas você n~o deve ficar

EMMA HART
bêbada. Ah, e também fique de olho no seu pai, eu já roubei uma garrafa de
uísque da mala dele”.

"Ele sabe como lidar com reuniões de família em alto estilo" eu disse
baixinho, quando abri o porta-malas.

"O que é que foi isso?".

"Nada, mãe". Eu tirei o meu caso.

"Poppy, onde está seu vestido de dama de honra?". Os olhos de mamãe se


arregalaram.

Oh, bom. Rosie não lhe contara.

"Est| aqui. Na suíte de Rosie. Onde deveria estar”.

Ela agarrou meu pulso. "Não, não. A última coisa que ouvi foi que as damas
de honra trariam os seus vestidos. Você se esqueceu?”.

"Relaxa, mãe" minha irmã avisou. "Está no meu quarto". Ela desceu as
escadas que levavam ao prédio do resort e foi até o meu carro, com seu cabelo
loiro-mel esvoaçando atrás dela. "Ei, você!". Ela me envolveu em um abraço
grande e apertado.

Eu a abracei de volta. Nós tínhamos um ótimo relacionamento,


principalmente porque só nos víamos de vez em quando. Sem dúvida,
odiaríamos uma à outra se nos víssemos todos os dias - éramos muito
parecidas.

"Mãe, sério, fique fria" disse Rosie, deixando-me ir e tocando no braço dela.
“Eu fui até Orlando para encontrar o meu vestido, lembra? Nós escolhemos os
vestidos das damas de honra e eu os mandei despacharem tudo para mim. O de

EMMA HART
Poppy ficou para fazer um ajuste final. Estava aqui, esperando quando eu
cheguei na terça-feira. Eu juro".

Mam~e fungou. “Alguém poderia ter me contado. E ainda estou magoada,


n~o fui convidada para a festa do vestido”.

“E eu disse que sentia muito, mas foi a única vez que todas as garotas
puderam se reunir para fazer a viagem. Se você não estivesse em um cruzeiro,
estaria l| conosco”. Rosie piscou em minha direç~o.

Essa foi uma dose pesada de besteira. Nós tínhamos deliberadamente


planejado a festa do vestido para coincidir com o cruzeiro dos meus pais.

Eu não precisava explicar o porquê.

Fechei o porta-malas e puxei a mala pela alça. "Posso fazer a admissão do


quarto antes de começarmos o drama, por favor?".

"Não há drama aqui" mamãe fungou, parecendo tão irritada quanto parecia.

"Sim. Vamos fazer a admiss~o”. Rosie agarrou meu braço e me puxou para
os degraus. "Agora".

Eu não poderia concordar mais.

***

"Este é o seu quarto" disse Rosie, tocando o sensor com o cartão-chave. "Eu
me certifiquei de que nossas famílias tenham os melhores, então é mais uma

EMMA HART
mini-suíte". Ela abriu a porta, revelando uma enorme sala com janelas do chão
ao teto que davam para a praia.

"Santa mãe....".

Minha irmã sorriu.

Havia uma TV e um sofá, uma porta aberta levava a um quarto gigante com
portas mais gigantes ainda que davam para uma sacada.

"Então, no seu quarto...há uma suíte e um armário de roupas ao lado. O


telefone está na mesa de cabeceira. Eles atendem ao serviço de quarto vinte e
quatro horas por dia e sete dias por semana, para quando você estiver evitando
a mam~e” ...

"Você me pegou".

"Basta configurar o seu cartão na mesa principal e eles vão cobrar tudo isso,
ok?".

Eu assenti. "Parece bom". Eu levei minha mala para o quarto. "Como estão
as coisas?".

"Estava indo bem até que mamãe apareceu". Ela suspirou e se empoleirou
no braço do sofá. "Eu juro, eu serei uma Bridezilla nas próximas vinte e quatro
horas se ela não relaxar".

"Oh, Deus. Eu temia que isso acontecesse”.

Rosie sacudiu a cabeça. “N~o. Você pensaria que era o casamento dela. Ela
está constantemente tentando ajustar as coisas, e ela forçou Mark e eu a jantar
com ela na noite passada.” Ela encontrou meus olhos. “Foi uma tortura. Tortura
pura. Mandei uma mensagem para Celia e fiz com que fingisse que Rory estava

EMMA HART
doente, só para eu poder fugir”.

"E você deixou Mark com eles?".

"Veja, eu cresci com ela agindo assim. Ele está se casando com a minha
família. Pense nisso como um aquecimento”.

Cruel. Tão cruel.

“Ent~o, esta manh~, ela apareceu na nossa suíte enquanto est|vamos


tomando café da manhã. Ela se apavorou sobre você aparecer hoje sem o seu
par e porque você estaria aparecendo sozinha, ela tem certeza de que seu par
lhe abandonou e n~o vir|”. Ela passou a m~o pelo cabelo. "Ele vem, n~o é?".

"Ele disse que sim". Dei de ombros. "Eu não posso chegar até Orlando e
arrastá-lo até aqui, posso?".

"Oh, Deus".

“Ele estar| aqui, ok? N~o se preocupe. Eu prometo".

Rosie se levantou e apertou minhas mãos. "Ufa. OK. Você me ligará quando
ele chegar? Eu quero conhecê-lo".

"Claro". Eu sorri. "Você precisa de mim para fazer alguma coisa?".

Ela balançou a cabeça. “Mam~e tem o seu itiner|rio do fim de semana.


Mandarei uma mensagem para o papai e ver se ele consegue falar com ela, para
falar com você, mas se não, você pode conseguir isso hoje à noite. Tudo o que
você precisa fazer é pegar o seu par e aparecer no salão de festas, conhecido
como Palm Ballroom para a recepç~o da noite anterior ao casamento, ok?”.

Uma recepção antes do casamento? Casamento de quem eu participaria? Da

EMMA HART
minha irmã ou da realeza britânica?

"Entendi. Que horas?".

“Sete em ponto, mas {s seis e meia seria ainda melhor”.

"Eu estarei lá às seis" eu sorri ironicamente.

"Você é a melhor!" Ela abraçou-me novamente. “Ok, eu tenho que encontrar


Celia e Rory, eu lhe prometi que ela poderia passar a tarde na praia desde que
ela fique com o Rory a noite toda.

Ah sim. A babá mais limpa e a mulher mais adorável. Para não mencionar
que ela era do Alabama, e faz o melhor bolo de frutas com pêssego que eu já
provei.

"OK. Sem problemas. Acho que Adam deve chegar a tempo da festa, mas
posso mandar-lhe uma mensagem para checar”.

“Ok, bom. Legal. Impressionante". Ela respirou fundo. "Este é o maior


momento de paz que tive desde a manhã de ontem".

Com isso, ela deu à minha mão um último aperto e deixou-me sozinha na
suíte.

Puxei meu celular da bolsa e mandei uma mensagem para Adam.

Eu: Ei, Você sabe a que horas estará aqui?

Sua resposta foi muito mais rápida do que eu pensava.

EMMA HART
Adam: Eu estava prestes a enviar uma mensagem para você. Meu
encontro foi cancelado, então sairei mais cedo. Eu estarei aí por volta das
quatro. Isso é bom?

Oh! Graças a Deus.

Um: ele estaria aqui a tempo da festa.

Dois: ele ainda viria.

Eu: Perfeito. Vejo você então!

Adam: Até logo, Red.

EMMA HART
Sustos de Sexta à noite

Adam: Eu estou no estacionamento. Em qual quarto você está?

Mandei uma mensagem de volta com o número do quarto e do andar, joguei


meu telefone no sofá. Borboletas voaram pelo meu estômago e quando eu
pressionei minhas mãos contra a minha barriga, percebi que estava nervosa
como o inferno.

Eu estava louca, verdadeiramente insana. Por que eu achei que pedir para
ele ser o meu acompanhante de fim de semana, era uma boa ideia? E por que
diabos eu estava nervosa em vê-lo? E por que nesse segundo, sabendo que ele
estava aqui? Eu não me senti assim o dia todo. Com certeza, passei o dia inteiro
na praia com meu sobrinho, Rory e com Rosie, mas ainda assim não fiquei
nervosa.

Ughhh

Cada segundo que passava parecia um pesadelo. Onde ele estava? Ele estava
no elevador? No final do corredor? Andar de baixo? Ainda no carro dele?

EMMA HART
Três batidas soaram na porta. Eu pulei e olhei para ela por um minuto,
antes de mover-me para abri-la.

Ele estava tão bonito quanto eu me lembrava. Aquele cabelo escuro, aquela
mandíbula raspada, aqueles olhos brilhantes...

"Hey" disse ele, a voz mergulhando no final da palavra.

"Oi" Eu sorri, minhas bochechas corando um pouco e abri completamente


aberta. "Entre".

"Obrigado". Ele entrou no quarto e olhou ao redor. "Agradável. Ótima vista


também”.

"Definitivamente. Eu acho que minha irmã está me amaciando por eu ter


que lidar com a nossa m~e” eu disse, pegando minha |gua da mesa de centro da
sala. “O quarto é por ali. H| um closet se você quiser guardar suas coisas”.

"Consegui" Ele puxou uma mala cor de ardósia cinza para o quarto. “Ei, Red.
Eles possuem serviço de quarto? Eu preciso de um banho e estou morrendo de
fome”.

“Sim, eles possuem. Quer o menu?”.

"Quero" Ele voltou para o quarto, puxando a camisa sobre a cabeça.


"Desculpa. Estou suado”.

Sim. Bem. Como se apenas ficar suado fizesse com que ele parecesse muito
pior, porque de onde eu estava, suado ou não, ele estava quente como o inferno,
com seu abdômen rígido e músculos ondulados.

“N~o se preocupe com isso. N~o é como se eu n~o tivesse visto isso antes”.

EMMA HART
Adam olhou por cima do menu para me dar um meio sorriso sexy.
"Verdade. Está com fome?".

Na verdade eu estava.

Eu assenti.

"Você se importa de pedir, enquanto eu tomo um banho?".

"Não, eu não me importo. O que você quer?".

"Vou comer o cheeseburguer de bacon com uma Pepsi" ele respondeu,


entregando-me o cardápio. "Dê-me quinze minutos".

Peguei o cardápio, assentindo e sorrindo. Ele desapareceu no banheiro e eu


soltei um longo suspiro.

Bem, isso não tinha sido muito estranho. Exceto pelo segundo em que ele
arrancou a camisa.

Examinei o cardápio, decidindo rapidamente que o cheeseburger e a Pepsi


pareciam perfeitos e liguei para o serviço de quarto para fazer o pedido. O som
do chuveiro aberto encheu a sala e eu caí no sofá com a minha água. Peguei
meu telefone e mandei uma mensagem para Rosie dizendo que Adam estava
aqui, para que ela pudesse parar de suspirar.

Primeira coisa: assim que Adam sair do chuveiro, precisaríamos descobrir


as coisas que a minha mãe ia perguntar. Se fôssemos passar o fim de semana
como namorados, o básico precisarei ser decorado antes que algo pudesse dar
errado.

Minha mãe era como um cão farejador, ela farejaria a menor mentira se
você não cobrisse os seus rastros o suficiente.

EMMA HART
O chuveiro desligou e eu bati meus dedos contra o material macio que
cobria a almofada do sofá ao meu lado. Como eu farei isso? Vou direto ao ponto
ou menciono-o gentilmente?

"Então" veio a voz de Adam. "Você já pensou em como convenceremos a sua


família, de que temos um relacionamento real?".

Eu virei minha cabeça, então congelei.

Uhhh

Ele estava em pé na porta. Alto. Bronzeado. Musculoso. E molhado.

Muito, muito molhado.

Seu cabelo escuro estava grudado na testa, pingando água nos ombros,
onde as gotículas se arrastavam até o seu tórax. Eu vi um gotejar passar sobre o
seu abdômen, e depois na toalha branca fofa que ele segurava em sua cintura.

"Red? Você está ouvindo?".

Eu empurrei minha atenção de sua cintura para o seu rosto. Seus lábios
formavam um sorriso entendedor e ele enxugou o rosto com outra toalha.

"Estou ouvindo", eu disse. "Você perguntou como vamos convencer a minha


família neste fim de semana, que isso não é um truque".

“Oh, bom. Você reteve a informaç~o. Eu pensei que poderia ter se perdido
em algum lugar entre meus ombros e meu pau”.

Eu olhei para ele. "Já estou lamentando isso".

“N~o. Vou lembrar-lhe mais tarde, porque essa é uma ótima ideia” Ele

EMMA HART
piscou. "Bem? Você tem alguma ideia?".

“Sim, mas sinceramente? Por favor, coloque algumas calças. Se a pessoa que
trouxer o nosso jantar for uma mulher, ela ir| desmaiar no corredor”.

Ele me encarou por um segundo, depois caiu na gargalhada e voltou para o


quarto. Ele retornou dois minutos depois, desta vez vestindo calça de moletom
cinza claro.

"Tudo bem" disse ele, sentando-se comigo no sofá. "Qual é o plano?".

"Para você usar mais roupas, então eu paro de me distrair", eu murmurei,


ignorando seu bufo silencioso. “Acho que precisamos concordar com as coisas
mais básicas: onde nos conhecemos, quando nos conhecemos e quão sério é o
est|gio do nosso relacionamento”.

Adam assentiu e coçou a mandíbula. “Bem, eu voto que nos atenhamos {


verdade sempre que possível. Nós nos conhecemos em um bar, então vamos
realmente usar isso”.

"Concordo. Mas quando?".

“Digamos que alguns meses atr|s. Isso é vago o bastante para tornar nosso
relacionamento sério o suficiente para que você me leve a um casamento, mas
não necessariamente sério, para já ter apresentado-me { sua família”.

“Você é bom nisso. Você j| fez isso antes?".

"Não. Acredite em mim, eu não tenho o hábito de acompanhar mulheres


aleatórias e quentes para casamentos familiares”.

Corei com ele referindo-se a mim como "quente". Droga. Ele era encantador.
“Ok, ent~o, nos encontramos em um bar h| alguns meses e recentemente

EMMA HART
acabamos ficando mais sério. Como isso parece?”.

Ele assentiu. "Eu acho que é bom. Devemos ser capazes de desviar de
qualquer outra coisa. A chave é não nos separar e, se assim estivermos,
encontrar um ao outro para preencher as lacunas. Concorda?".

Eu tomei um gole de água e retornei o seu aceno de cabeça. "Concordo. Caso


contrário, chamaremos a alguém para causar uma distração, para que
possamos fugir”.

Seu sorriso fez seus olhos brilharem. “Eu vi aqueles saltos no quarto. Você
acha que conseguir| correr com eles?”.

Merda. “Uma porra que n~o, absolutamente".

“N~o se preocupe, Red. Entendi. Vou jogar-lhe por cima do ombro e


correremos para o pôr do sol”.

Ele parecia tão sério que eu não pude deixar de rir. Claro, isso o fez quebrar
a sua seriedade e riu também. "Não, mas sério, se você não puder correr, eu
lidarei com isso".

"Você tem a minha total confiança", eu consegui dizer entre risos.

Ele se levantou ao som de duas batidas e uma chamada de "Serviço de


quarto!" Ele abriu a porta e atirou na pobre jovem do outro lado um sorriso
deslumbrante. "Obrigado. Eu fico com isso. Não se preocupe, eu acerto. Você
tem a comanda?” Sem palavras, ela entregou-lhe uma carteira de couro e uma
caneta. Adam a abriu e assinou com um floreio.

"Ai está. Obrigado". Ele sorriu mais uma vez, puxou a bandeja para dentro
do quarto e fechou a porta na coitadinha.

EMMA HART
"Bem, isso foi bom" eu disse. “E eles deveriam cobrar na minha conta. Est|
no sistema”.

Adam encolheu os ombros. “Eu configurei para a minha conta durante o


caminho. Eles n~o questionaram”.

"O que? Você está aqui me fazendo um favor. Eu posso pelo menos pagar o
serviço de quarto”.

“Ei, eu também recebo algo disso. Namorado falso, sexo de verdade.


Lembra?". Eu lembrei.

“E se houver sexo real, você precisa de sustento e estou feliz em pagar por
isso. Ent~o...” Ele empurrou a bandeja bem na minha frente. “Coma, Red. Você
precisará para passar pela festa... e pelo o que eu planejei para você mais
tarde”.

"O que você planejou?".

Ele sorriu e pegou seu hambúrguer.

Oh, cara.

Eu deveria ter pedido uma dose de vodka com essa Pepsi.

***

"Você está pronta para fazer isso?".

Eu olhei para Adam. Ele estava vestido com uma camisa branca, mangas

EMMA HART
enroladas até os cotovelos. Suas calças pretas estavam perfeitamente ajustadas
para caberem nele como uma luva, até seus sapatos pretos estavam tão
brilhantes que, se eu chegasse perto o suficiente, provavelmente seria capaz de
ver meu reflexo neles.

Além do óbvio? Não, eu não estava pronta. Eu me arrependi de ter dito à


Rosie que estaria lá às seis. Ninguém mais estaria lá para distrair minha família
do fato de que eu estava levando um cara super gostoso como o meu par.

Inferno, eu precisava me distrair disso. Eu já tinha olhado a sua bunda


nessas calças.

Não importa que as pessoas buscassem os olhos em uma sala lotada, eu


estaria procurando sua bunda para encontrá-lo.

Eu só queria… você sabe. Estenda a m~o e apert|-la. Como um caranguejo.


Apertar, apertar, apertar.

"Red. Preste atenção". Adam bateu palmas com força.

"Oh, meu Deus, se você quer que eu me concentre, fique feio ou algo assim!"
Eu estalei, alisando meu vestido justo.

Ele riu. "Certo. Isso veio da mulher que tem o meu pau se contorcendo
agora”.

"Não é a única coisa que está se contorcendo." Eu me mexi


desconfortavelmente. “Eu n~o sou uma pessoa extravagante. Eu prefiro
camisetas que fazem minha m~e se sentir desajeitada”.

"É por isso que há uma camiseta no armário que diz: 'Sinto muito, vou
tentar parar de xingar' seguido por uma alegação de que é uma mentira e

EMMA HART
alguém pode se foder?".

Eu balancei a cabeça solenemente. "Eu ia usá-la amanhã, no café da manhã,


e depois mudar para aquela que diz: Sou alérgico a estupidez, eu começo a
sarcasmo".

"O que é isso? Um aviso para quem fala com você?”.

“Todas as minhas camisetas s~o avisos. Incluindo aquela que afirma que eu
estou voando e a outra que diz: Hoje n~o, Satan|s”.

"Isso é para a sua mãe?".

"Não, mas está prestes a ser". Eu sorri. "Obrigada. Isso vai realmente irritá-
la”.

Ele bufou e caminhou até mim. "Disponha. Vamos tentar essa conversa
novamente? Você está pronta?".

"Oh, não".

"Eu imaginei. Parece que você est| prestes a caminhar para a sua morte”.

“E poderia muito bem ser. Se minha m~e descobrir que estamos fingindo,
nunca terá um final. Ela mencionará isso em meus aniversários futuros, meu
casamento, meu funeral”.

"Ela não irá descobrir". Adam passou as mãos pelos meus braços. "Eu
prometo. Nós vamos tirar o melhor dessa relaç~o”.

Eu olhei para ele. “Isso seria muito mais f|cil se soubéssemos algo um sobre
o outro, além de quão bom somos na cama”.

EMMA HART
“Foi a sua ideia maluca, Red. Agora você tem que lidar com isso”.

"Eu não esperava que você concordasse em ir ao casamento da irmã de uma


estranha".

"Nem eu". Ele riu. "Vamos. Quatro dias. Qu~o difícil poderia ser?”.

"Você não está preparado para minha família, Adam".

Sua risada se acalmou e ele torceu os l|bios. “Talvez n~o, mas pelos sons
disso, você também n~o est| e você os conhece”.

"Prepare-se para a loucura".

"Estou pronto. Mas primeiro...” Ele baixou a cabeça, aproximando o rosto do


meu. Eu tomei uma respiração curta e afiada, meus olhos se fecharam quando
seus lábios tocaram os meus.

Foi melhor do que eu me lembrava.

O beijo foi firme, mas seus lábios eram suaves. Quente e devagar, ele me
beijou completamente, deslizando uma mão em meus cachos soltos e apoiando
a parte de trás da minha cabeça.

Meu coração trovejou contra minhas costelas.

"Aí" Adam murmurou, lábios apenas um suspiro do meu. "Agora podemos


ir".

Eu assenti. "Nós podemos ir".

Ele se afastou e lançou seu olhar sobre minha boca. “Nenhum batom seu
borra. Você é tudo de bom”.

EMMA HART
"Graças a Deus por isso" eu murmurei sob sua respiração, seguindo-o em
direção à porta.

Seus ombros silenciosamente tremiam quando ele me guiou para fora do


quarto, com uma mão nas minhas costas. Um arrepio percorreu minha espinha
e eu fiz o pior trabalho possível em escondê-lo, se a sua risada silenciosa... ou
não tão silenciosa ... seria qualquer indicação.

Fizemos nosso caminho até o elevador e esperamos em silêncio. Foi


estranho, pelo menos para mim. Adam não parecia estar incomodado com isso.
Ele estava totalmente relaxado. Um pouco relaxado demais, se você me
perguntasse.

Não que alguém pedisse, mas eu tinha o hábito terrível de dar minha
opinião de qualquer maneira.

Entramos no elevador, felizmente vazio. Meu telefone tocou dentro da


minha bolsa e eu o procurei enquanto Adam apertou o botão do segundo andar,
onde ficava o Palm Ballroom.

Rosie: Eu vou matá-la

Eu: vou voltar para o meu quarto

Rosie: Venha e me salve FFS

Suspirei.

"Está bem?" Adam perguntou, deslizando o olhar para mim.

EMMA HART
"Minha irmã mandou uma mensagem me implorando para salvá-la, o que
significa que minha mãe está toda a luz do sol e a porra do arco-íris" eu
respondi. "Mal posso esperar".

“Eu deveria anim|-la, certo? Ela não estava esperando você sozinha?”.

"Ela esperava que você n~o aparecesse" eu concordei. “Ent~o, você est|
certo. Você deve animá-la por uns bons, oh, quinze minutos”.

Ele arqueou uma sobrancelha quando as portas se abriram. "Você não está
me assustando nem um pouco, Red".

"Eu lhe avisei" eu o lembrei, enquanto ele me guiou para fora do elevador.

Sua mão era tão gentil contra as minhas costas. Isso não impediu os
arrepios que corriam pela minha pele, sem que ele sequer a tocasse.

Eu segurei minha bolsa contra o meu estômago enquanto me virava na


direção do salão de baile. Não foi difícil de encontra-lo, a família de Mark tinha
reservado todo o resort para o fim de semana e ainda havia placas brancas e
rosa bebê, que direcionavam os convidados para o salão de baile.

Como não havia mais ninguém chegando, porque estávamos adiantados


como eu havia prometido, ficamos completamente sozinhos na área externa.

"Pronto?" Eu perguntei a Adam.

"Sim. Você está?".

“Eu n~o estava pronta h| cinco minutos. Você acha que essa merda mudou
nos últimos cinco minutos?”.

Ele riu, me puxando para mais perto do seu lado. "Vamos. Se passarmos a

EMMA HART
primeira hora como namorados falsos serão sessenta minutos a nosso favor.
Sessenta minutos. Nós podemos fazer isso".

“Cara, você é t~o otimista. Eu posso ter que terminar com você”. Eu balancei
a cabeça. "Você vai arruinar totalmente a minha pessoa odiosa".

"É essa que você mostra com as suas camisas?".

"Sim. Abrace isso ou será a morte do nosso relacionamento totalmente


real”.

Ele pressionou o rosto no lado da minha cabeça enquanto entramos no


salão de baile.

Eu não posso mentir. Ficou lindamente decorado com balões brancos e cor-
de-rosa perolados adornando cada mesa, cada buquê de quatro balões
brotando do topo de um arranjo de flores brancas e cor-de-rosa.

Se já não era óbvio, a paleta de cores para o casamento era branco e rosa
bebê.

Resumindo, ficou perfeito. Tudo, desde os guardanapos até as luzes acima


do bar haviam sido trocados.

Foi como em um conto de fadas. Sério. A visão da minha irmã era irreal.

Se eu precisasse de uma festa de recepção antes do casamento, ela


consistiria em nachos, mergulhos e Friends With Benefits tocando na tela
grande. E eu, sozinha, na minha cama, com mais ninguém.

Eu não era minha irmã.

Nem mesmo chegava perto.

EMMA HART
“Poppy! Finalmente!" Minha mãe veio correndo até nós.

Nós mal estávamos na maldita sala.

"Onde você esteve? Precisamos de você para ajudar a configurar!”

Eu dei uma olhada duas vezes. “Eu disse a Rosie seis. Ela nunca me disse
que precisaria de ajuda, senão eu estaria aqui”.

“Bem, graças a Deus você finalmente est| aqui. E você n~o est| sozinha”.
Breve surpresa cruzou o seu rosto. “Miranda Dunn. M~e da Papoula. E você
é...?".

Eu olhei para Adam. Eu acho que ele finalmente "entendeu" porque nos
confrontamos. E foram a porra de sessenta segundos.

"Adam. É um prazer, minha senhora. Ele ignorou o aperto de mão oferecido


e, em vez disso, pegou a m~o dela e beijou seus dedos”.

Mam~e colocou a m~o no tórax. “Bonito e tem boas maneiras” ela disse para
mim, então voltou-se ao para Adam. "Você me parece familiar. Já nos
encontramos antes?"

"Tenho certeza que eu me lembraria se tivéssemos". Ele atirou-lhe um


sorriso encantador.

"Huh" disse a minha m~e. “Você é muito familiar para mim. Talvez eu
conheça um membro da família? Qual é o seu sobrenome?".

Essa foi uma excelente pergunta.

Adam abriu a boca para falar, mas foi interrompido pelo meu pai.

EMMA HART
“Adam Winters! Enquanto eu vivo e respiro”. Papai pegou a m~o dele e
apertou-a com entusiasmo. “O que você fez, Poppy? Você trouxe Adam Winters,
para o casamento de sua irm~?”.

Estava faltando encaixar alguma peça aqui. Algo grande.

"Eu, er..." eu comecei.

"Adam Winters!" Mamãe bateu palmas. "Claro! Eu te disse que conhecia sua
fisionomia!”.

Adam sorriu.

Eu olhei para ele. Meu peito estava apertado. O que estava acontecendo? O
que eu estava perdendo?

“Meu neto vai ficar louco. Espere aí! Marca!" Papai gritou, girando em
círculos. "Marca! Pegue Rory!

"Papai? Por que você est| gritando?" Rosie perguntou. “Rory est| aqui
comigo. O que está acontecendo?".

Eu também queria saber disso.

Ela olhou para cima e viu Adam. "Bem, merda".

Adam riu.

“Rosie! Olhe o seu linguajar!" Mam~e a repreendeu.

Eu olhei para o meu sobrinho de seis anos que estava olhando para Adam
como se ele tivesse acabado de conhecer seu herói. Você sabe, como imagino
que ficaria se conhecesse Channing Tatum.

EMMA HART
Adam se agachou para ficar olho a olho com Rory. "Ei amigo. É Rory, certo?”.

Rory assentiu completamente estupefato.

"Eu sou Adam". Ele estendeu a mão, mas Rory estava congelado no lugar.
"Como vai você?".

Rory abriu a boca, mas em vez de falar, ele começou a chorar.

Minha boca caiu enquanto eu olhava para a situação na minha frente.

Ah, sério.

O QUE. ESTAVA. ACONTECENDO?

"Uh", disse Adam, levantando-se. "Sinto muito".

Rosie abraçou Rory e deu uma risadinha para Adam. “N~o sinta. Ele lhe
ama. Uma vez que ele tiver superado o choque, ele provavelmente irá segui-lo
por todo o fim de semana”.

Ah, sério!

"Eu estarei esperando quando ele estiver mais calmo" Adam tocou minhas
costas novamente com um sorriso.

"O que está acontecendo?" Mark disse, juntando-se ao grupo e ajustando


sua gravata. “Por que Rory est| chorando? Sam, você o assustou de novo?”.

Papai riu. "N~o. Ele acabou de conhecer o seu herói”.

Mark olhou em volta do grupo até que seus olhos pousaram em Adam.
“Adam Winters! Bem, inferno. Que prazer". Eles apertaram as m~os. “Poppy?
Você trouxe Adam Winters?”.

EMMA HART
Eu fiz a única coisa que pude.

Eu assenti.

Mark sacudiu a cabeça, incrédulo. “Este é o nosso presente de casamento?


Você está brincando!" Ele riu.

Eu encontrei os olhos de Rosie. Eu ia hiperventilar se alguém não me tirasse


dessa situação.

“Querida, você pode levar Rory? Agora que todos nós fomos apresentados,
eu realmente preciso de Poppy para me ajudar com alguma coisa” ela disse,
conseguindo um Rory agora mais calmo colado à sua perna direita.

"Com o que você precisa da ajuda dela?" Mamãe perguntou, olhando entre
mim e ela.

"Alguma coisa!" Ela agarrou meu braço e me arrastou para longe. Os olhos
de mamãe se estreitaram quando saímos do salão de baile.

Oh, Deus.

Ela sabia.

Ela sabia que eu não sabia.

Eu estava tão, tão ferrada.

EMMA HART
O que o Cluck e um disco de hóquei

"O que está errado?" Rosie disse em voz baixa.

"O que está acontecendo?" Eu respirei, pressionando minhas mãos contra o


meu estômago. "Por que todo mundo sabe quem ele é?".

Seus lábios se separaram e ela olhou para mim. "Espera. Você está me
dizendo que n~o sabe quem ele é?”.

Eu esfreguei minha mão na minha testa. "Jesus, n~o”.

"Estou tão confusa".

"Ele não é meu namorado", eu sussurrei. "Nós nos conhecemos na semana


passada, eu dormi com ele, pedi que ele viesse comigo para o seu casamento e
ele concordou".

"O que?" Rosie fez uma pausa e depois riu. "Ok, vamos voltar a isso, mas
novamente: você não sabe quem ele é?".

“Eu n~o tenho a mínima ideia! Meu Deus. O que est| acontecendo?".

"Ok, primeiro, você precisa se acalmar". Ela agarrou meus braços e me

EMMA HART
olhou nos olhos. “Lembra quando eu estava em trabalho de parto e você me
falou para respirar?”.

Eu balancei a cabeça, minha respiração engatando.

"Respire. E respire. E respire. Ela fez isso por mais alguns segundos, até que
minha respiração ficou sob controle novamente. "OK?".

"Eu estou bem. Desculpa. Eu entrei em pânico".

"Essa é a razão geral para um ataque de pânico" disse ela. "Adam Winters é
uma estrela do Orlando Storms".

"Eu n~o sei o que isso significa". Ela suspirou. “Ele é um maldito famoso
jogador de hockey. Ele é o jogador favorito do papai, do Mark e ele é o ídolo de
Rory. Ele é a razão pela qual Rory está aprendendo a jogar. Ele quer ser como
Adam quando for mais velho. Você entende isso?".

Oh.

Ah, Merda.

Sim. Eu entendi isso.

"Oh, foda-se" eu sussurrei. "Isso só foi de mal a pior".

"Por quê?".

“Porque mam~e vai pensar que eu fiz isso deliberadamente para lhe
ofuscar, e eu n~o posso dizer a ela que eu n~o sabia quem ele era!”.

"Oh" Rosie respirou. "Ah, Merda. Ok, não se preocupe. Nós podemos lidar
com isso. Eu posso falar com ela”.

EMMA HART
"Como? Como podemos me tirar desta situaç~o?”.

“Eu vou dizer a ela que ela n~o deu a você uma escolha. Você est| saindo
com ele, então você teve que trazê-lo, porque você n~o poderia vir sozinha”.

"OK. Jesus. Isto est| ficando um verdadeiro show de horrores ”.

"O que está acontecendo?" Mark perguntou, tocando nos nossos ombros.
"Sua mãe está prestes a surtar lá".

Rosie olhou para mim.

"Rosie, não!" Eu implorei.

"Alguém trouxe o jogador de hóquei mais famoso do país para o casamento


e não sabia quem ele era". Ela sorriu para ele.

"O que?" Mark olhou para mim, lutando contra o riso. “Papoula... n~o. Ela
está mentindo".

"Ohhh!" Eu cobri meu rosto. "É verdade. Droga. Eu dormi com ele na
semana passada e pedi para ele ser o meu par. Eu não tinha ideia de quem ele
era até dez minutos atr|s”.

Ele nem tentou esconder sua risada.

“N~o ria de mim! Isso é um desastre!".

"Oh, Pops". Ele me envolveu em um abraço e eu fiz beicinho com a minha


irmã. "Só você para fazer algo assim".

"Mamãe não pode descobrir" disse Rosie. "E também se ela tentar alegar
que Poppy fez isso para ofuscar o casamento, nós temos que mudar o foco, ok?".

EMMA HART
Mark me soltou e deu um sinal para ela. "Diga-me o que fazer e eu farei".

"Mantenha-a longe de mim" eu murmurei. "Onde está o bar?".

***

"Oi" disse Adam, deslizando na cadeira ao meu lado. "Você está se


escondendo de sua mãe?".

“Em regra, sim”. Tomei um grande gole do meu vinho. "Ent~o... isso tem sido
divertido e nada estranho".

Ele olhou para baixo e riu. "De jeito nenhum".

Suspirei e virei minha cabeça para encontrar seus olhos. "Por que você não
me disse, quem você é?".

"Você nunca perguntou", ele respondeu simplesmente. "E pela primeira vez
em muito tempo, eu estava com alguém que não olhou para mim e me
reconheceu".

"Você sabia, que eu não sabia quem você é?".

"Sim. Isso ficou óbvio quando nos conhecemos. Sua amiga também. Vocês
eram as únicas mulheres na área que não estavam tentando chamar a minha
atenção naquele bar e quando eu me aproximei, percebi que você realmente
n~o sabia quem eu era”. Ele fez uma pausa, girando a garrafa de cerveja ao
redor. "Claro, se eu soubesse que estaria vindo para cá e entrando em uma
família de fanáticos por hockey, eu teria lhe avisado".

EMMA HART
"E eu realmente teria apreciado isso". Eu abaixei minha cabeça e ri. "Meu
Deus. Isso é uma loucura. Sinto muito por você estar aqui”.

"Eu n~o estou. Sua família é ótima. Sua m~e é um pouco intrag|vel”.

"Um pouco?" Eu olhei para ele. "Ela perdeu o senso de absurdo!".

Ele riu, inclinando-se mais perto. "Estou tentando ser legal".

“Apenas diga o que você acha que é. Você deve ter notado que minha família
costuma dizer o que pensa”.

"Eu percebi isso quando seu pai me disse que eu sou um jogador incrível,
mas que eu preciso parar de perder as chances que uma posição de suporte
poderia ter".

"Oh, Deus" eu murmurei.

Adam riu e tocou minhas costas. “N~o se preocupe, Red. Ele tem raz~o".

"Oh, Deeeeuuusss" eu murmurei novamente. "Eu quero morrer".

“N~o h| necessidade de ser t~o dram|tica. Est| bem. Pense pelo lado
positivo, não tivemos que lidar com todo aquele cen|rios de ‘Como vocês se
conheceram?’”

"Ainda não" eu o corrigi. "Mas o pior ainda está por vir".

"Por quê?".

“Meu avô chega aqui amanh~. Ele é o pior de todos nós. Ele tem uma
história para cada funç~o da família e ele vai falar sem parar”.

"É uma coisa boa, já que eu sou um ouvinte paciente" Ele sorriu.

EMMA HART
"É tarde demais para mim, mas você ainda pode sair". Eu terminei meu
vinho. "Minha mãe, sem dúvida, vai dizer que eu deliberadamente trouxe você
como meu encontro para ofuscar a minha irmã".

"O que você não poderia ter feito, porque você não tinha ideia de quem eu
era".

"Adam, eu n~o posso dizer isso a ela. Eu perco em todos os cen|rios”.

Ele olhou para mim por um minuto, depois riu.

"Isso não é engraçado".

"É ridículo. Tenho a sensação de que este fim de semana pode ser o mais
divertido que j| tive em tempos” disse ele.

"Mesmo? Estar em uma sala onde todos sabem quem você é, parece
divertido para você?”.

"Bem, faz parte do meu trabalho".

"Eu quero dizer aqui, agora".

Ele virou seu corpo inteiro até que ele estava de frente para mim e se
inclinou. “Na verdade, ninguém me reconheceu de jeito nenhum. Somente sua
família. Na maior parte, a menos que alguém aqui seja um fã, eles não saberão
quem eu sou”.

"Como eu".

Ele sorriu. "Como você, Red".

Corei e empurrei o cabelo atrás da minha orelha. "Espero que sim. Se

EMMA HART
muitas f~s derem em cima de você, minha m~e me matar|”.

“Devo montar uma mesa no canto se isso acontecer? Enviar pessoas em


grupos?”.

"Não. Apanhe-me e corremos como você prometeu”.

"Combinado. Para onde correremos?”.

"Para qualquer lugar onde a minha mãe não esteja" Eu bufei.

Rosie sentou na outra cadeira. "Tudo bem" disse, inclinando-se para nós
dois. “Eu acho que eu convenci a mam~e que você n~o fez isso para me ofuscar.
Eu a ouvi mencionar isso para papai, que prontamente disse a ela para calar a
boca e sair de lá. Então ela ficou puta comigo por falar com ela ao invés de
entreter os meus convidados”. Ela fez uma careta e beliscou os dedos. "Estou
tão perto de agir como Bridezilla sobre ela".

“Rosie. Você não deveria estar entretendo seus convidados? Mamãe


apareceu do nada e segurou as costas de uma cadeira”.

"Estávamos apenas esclarecendo alguma coisa" disse Rosie.

"Como o quê?".

"Ela não tem certeza sobre um dos coquetéis" eu menti. "Eu disse a ela que
vou fazer o coquetel amanhã no almoço, para que ela não tenha que se
preocupar".

Mamãe nos olhou desconfiada. "Com qual coquetel ela estava preocupada?".

Ah, merda.

EMMA HART
"Isso importa? É a funç~o da Poppy lidar com os coquetéis” disse Rosie.

"Graças a Deus" eu murmurei.

"O que é que foi isso?" Mamãe atirou em mim com os olhos.

"Eu tossi".

"Hmm". Ela olhou para todos nós com um rápido movimento de olhar e
sentou-se em uma cadeira. “Rosie, os pais de Mark est~o procurando por você.
Eles têm um presente para Rory em seu quarto, e não sabem o que gostaria de
fazer com ele”.

Minha irmã me lançou um olhar e se levantou.

“Também é hora dos discursos depois disso. Poppy?”.

"Sim?".

"Seu discurso está pronto?".

“Que discurso?”. Eu n~o tenho discurso. Eu tenho que dizer algo no


casamento, mas não agora.

Mamãe me encarou. "Você está programada para fazer um discurso hoje à


noite".

Com os dentes cerrados, eu disse: "Então, me desafie".

"Você vai incomodar sua irmã, por não fazer o que deveria ter feito?".

Eu cruzei os braços e sentei na minha cadeira. Ela não ia me culpar por isso.
Sem uma maldita chance. Ninguém me falou sobre discursos nesta festa, eu não
iria ficar em pé ali parecendo uma idiota. De jeito nenhum.

EMMA HART
Mamãe suspirou. "Bem. Sem fala. Mas espero que você preste muita
atenç~o”.

"Mãe, isso é um casamento, não uma aula de matemática".

Ela parecia que ia dizer alguma coisa, mas em vez disso estalou a língua e
virou-se para Rosie. "Vamos".

Rosie mexeu os dedos e seguiu mamãe pelas mesas.

Eu soltei um suspiro pesado, descansei meus cotovelos na mesa, então


enterrei meu rosto em minhas mãos. "Foda-me".

Adam riu, esfregando a m~o nas minhas costas. “Precisa de uma bebida?”.

Eu assenti.

Eu precisava de dez.

***

Eu peguei a mão da minha irmã antes que ela se envolvesse em outra


conversa com um convidado. “Ei. Eu queria que você soubesse que estamos
indo embora”.

Ela olhou para o relógio delicado em seu pulso. "Mas já?".

“Sim, três primos de Mark reconheceram Adam e, de qualquer forma, como


bons adolescentes, fizeram um maior barulho. Eles roubaram as canetas do
garçom, tiraram fotos e guardaram guardanapos. Eu acho que provavelmente é

EMMA HART
melhor sairmos antes que alguém perceba que ele está recebendo muita
atenç~o”.

Ela sorriu. "Concordo. OK. Temos que nos encontrar com o padre de manhã,
mas você estar| pronta para o jantar de ensaio, certo?”.

"Seis e meia, bem aqui" eu disse.

"OK" Ela me abraçou e eu saí do salão antes que minha mãe me visse e
tentasse me impedir.

Adam estava me esperando. "Você conseguiu escapar da nave-mãe?".

Eu mordi de volta uma risada e assenti. "Como um ninja".

"Rápido. Vamos antes que alguém mais me reconheça. Ele pegou minha
m~o e deu um pux~o”.

“Opa, cuidado. Eu n~o posso correr nesses saltos. E n~o, isso n~o é um
convite para você me arrastar como um homem das cavernas”.

“Tire-os, então. Eu estou no limite. Só é preciso mais um fã maluco de


hockey de sua família aparecer e sair da festa, que eu estou ferrado. E se eu
estiver ferrado...” Ele levantou uma sobrancelha.

Eu tirei meus sapatos. "Para onde estamos indo?" Eu perguntei quando ele
me arrastou para o elevador e apertou o botão para baixo.

"Para a praia. Est| quieto l| fora”.

"Também é tranquilo no nosso quarto".

"Eu sei. Mas se eu te levar até l| agora, n~o ficar| quieto por muito tempo”.

EMMA HART
Ele me lançou um olhar. "E depois do que aconteceu mais cedo, acho que
provavelmente precisamos nos conhecer um pouco mais".

Bem, havia uma lógica que eu não podia negar. Não havia dúvida, de que
minha mãe começaria seu bombardeio de perguntas no segundo em que ela
estiver por perto e nos encontrar sozinhos. Se eu tivesse outro momento de sob
o faro dos seus faróis como eu tive esta noite, eu estaria acabada.

"Essa é uma boa ideia".

As portas do elevador se abriram e, felizmente para nós, o saguão estava


deserto. Principalmente porque todos ainda estavam na recepção pré-nupcial
da minha irmã, mas ainda assim, nós demos a volta pela frente do hotel e para
baixo, para o caminho que conduzia à praia privada.

"Não há ninguém aqui" Adam disse, quando entramos na areia. “Sua irm~
reservou o resort inteiro, ou algo assim?”.

"Na verdade, ela o fez" eu confirmei, balançando a cabeça. “A família de


Mark é podre de rica e a minha não é exatamente pobre. Sem mencionar que o
próprio Mark ganha uma tonelada de dinheiro”.

"O que a sua irmã faz?".

"Ela fica bonita" eu murmurei. "Ela diz que voltará a estudar para fazer um
curso de negócios e marketing, mas esperamos por isso há dois anos".

"Em outras palavras, ela vai se casar, vai alegar que estudará e,
milagrosamente, engravidará novamente".

Eu apontei para ele quando nos sentamos. "Nós apostamos em grupo sobre
quando ela voltar| para a escola” e essa foi a minha resposta.

EMMA HART
"Posso entrar nisso?" Ele abriu um botão da camisa e recostou-se nas mãos.

"Não. Eu preciso de quinhentos dólares a mais do que você”. Eu parei. "Além


disso, eu não acho que eu realmente tenha cem dólares de sobra para pagar a
minha parte, então, venha com o esperma de Mark". Eu cruzei meus dedos.

Ele riu. “Eu darei meu apoio ao esperma de Mark, para que você não tenha
que pagar cem dólares. Mas, ei, já que também é meu voto, se acontecer, eu
pago a sua parte”.

Eu revirei meus olhos. "Obrigada. Fazer caridade é t~o sensual”.

Outra risada "Pense nisso como um trabalho de equipe em nossa escolha".

"Isso soa melhor".

"Então, eu tenho uma pergunta". Adam girou a cabeça para o lado e olhou
para mim. "Se a sua família tem dinheiro, por que você não tem cem dólares
extras?".

Suspirei e recostei-me nos cotovelos. "Porque" eu disse, olhando para ele,


"eu sou uma garçonete na Cheesecake Factory".

Seus lábios puxaram para cima.

"Do que você está sorrindo?".

"Eu realmente gosto muito de cheesecake." Ele deu uma risada. “Ent~o,
minha próxima pergunta. Se eles têm dinheiro, por que você é uma garçonete
na Cheesecake Factory?”.

“Porque eu fiquei um ano estudando direito e decidi que ser dominada por
minha mãe, tanto na minha vida pessoal quanto profissional, me levaria a pular

EMMA HART
de um penhasco no meu vigésimo quinto aniversário. Como você pode ver, eu
passei essa idade sem morrer” eu disse. “Meu pai é um advogado experiente e
minha mãe é paralegal. Esse é o negócio da família. Enquanto eles alcançam o
sucesso, eu estou servindo cheesecake para pessoas que, provavelmente, não
deviam comer muito disso.”

"Eu quero dizer que é uma merda, mas você fez essa escolha, então... bom
para você".

“N~o é de todo mal. Às vezes, eu pego o cheesecake que sobrou e levo para
casa. Foi por isso que tive que perder dez quilos antes do casamento”
murmurei.

"Mesmo? Você teve que perder dez quilos? Onde você os perdeu?”.

“Em algum lugar no meio da DisneyWorld. Embora, se fosse esse o caso, eles
teriam me encontrado novamente”.

Adam riu. "Realmente, eu tenho que me afastar durante a temporada ou


aquele lugar estragar| toda a minha dieta”.

"Você já foi para a DisneyWorld?".

“Tenho quatro irm~os. Um é casado, um noivo de longo prazo, duas


sobrinhas e um sobrinho. Eu levo as crianças. Eles vão para ver a magia, eu vou
para ter a comida e eu ganho os pontos de super tio e irmão. Todo mundo
vence”.

"Eu realmente preciso roubar Rory com mais frequência".

“Sua família mora em Orlando?”.

Eu balancei a cabeça. “Meus pais dividem seu tempo entre Miami, onde é a

EMMA HART
matriz do escritório de advocacia e Key West. Eles estão velhos o suficiente
agora que podem trabalhar meio período na maioria das vezes. E Rosie e Mark
moram em Fort Lauderdale”.

"Onde você nasceu?".

"Ei, você está fazendo muitas perguntas para alguém que não estava
envergonhado hoje cedo".

Seus olhos brilharam. "Bem. Pergunte você. Pergunte-me o que quiser. Eu


sou um livro aberto”.

"OK" Eu fingi pensar. "Por que você não me disse, que era um jogador de
hóquei famoso?".

"Eu já te disse isso".

"Eu sei. Eu só queria que você soubesse que nunca vou deixar você se
esquecer disso”.

Ele assentiu devagar. “Ponto ganho. Farei melhor da próxima vez”.

“Droga, certo você far|. Ok, onde você nasceu?”.

"Em Orlando" disse ele, com olhos ainda nos meus.

"Quantos anos você tem?".

“Vinte e oito. Farei vinte e nove em outubro”.

"O que fez você querer jogar hóquei?".

"Oh" Ele inclinou a cabeça para o lado. “Eu realmente n~o sei. Minha família
sempre foi grande amante desse esporte e tanto meu avô como o meu pai

EMMA HART
jogaram na escola, mas meu pai meio que se esgotou na faculdade quando
percebeu que não era realmente bom o suficiente para jogar nas principais
ligas”.

"Mas você sabia que você era?".

“Eu fui pela primeira vez para o gelo quando eu tinha quatro anos. Foi uma
coisa fácil de ficar obcecado, sabe? Meu pai me levava para ver todos os jogos
em casa do time Storms, eu acho que me senti em casa no gelo. Eu fui o pior
adolescente de todos os tempos. Eu não festejei nem fiquei louco. Eu tive
ótimas notas e isso significava que eu poderia ter uma bolsa de estudos para a
faculdade de hockey”.

"Nossa".

"Isso soou como alguém em choque".

“Um pouco. Lembre-se que eu não sei nada sobre qualquer esporte.
Nadinha. Exceto que as calças de beisebol são um presente de Deus para as
mulheres”.

Ele riu, deixando cair a cabeça para trás.

"Eu só estou dizendo" eu lutei meu próprio riso. "Isso é loucura. Minha irmã
disse que você era uma estrela em ascens~o, mas eu n~o sei o que é isso”.

"Hum...".

"Espere, você sabe o que é isso?" Eu provoquei.

Ele estendeu a mão e me cutucou. "Estou tentando explicar de uma maneira


que você possa entender".

EMMA HART
"Caramba, valeu".

"Seja bem-vinda" Ele piscou. “Eu sou um jogador atacante. Ent~o, é meu
trabalho pontuar, praticamente”.

“Oh. Como diabos isso foi t~o difícil de explicar?”.

“Você acha que as calças de beisebol s~o um presente de Deus para as


mulheres. Primeiro, sou eu. E segundo, eles têm que usar proteção, o que
impede o livre acesso”.

"Eu pularei a parte em que você acha que é um presente de Deus para as
mulheres, e concordar com você na coisa da proteção" eu disse. "Então, isso
pode parecer estúpido, mas você ganhou alguma coisa?".

"No hóquei?".

"Não, no futebol".

Ele me olhou de lado. "Eu não aceitaria esse sarcasmo se você não fosse tão
fofa".

"Ótimo. Eu fui de ser sensual mais cedo, para agora ser comparada com
gatinhos recém-nascidos e coelhos”.

Ele riu novamente e arrepios subiram pelos meus braços. “Sim, eu ganhei
algumas coisas. Como você pode morar em Orlando e não saber nada sobre
esportes?”.

"Da mesma forma que as pessoas da cidade vivem no país e não sabem nada
sobre a limpeza de frangos" retruquei. "Eu não me importo muito com
esportes, então eu não sei nada sobre isso".

EMMA HART
"Uau. Então, você está namorando um jogador de hóquei e não se importa
com o que ele faz”.

“Falso namoro”.

"Não faz diferença".

“Se eu estou namorando você, provavelmente deveria saber o que você


ganhou. Você sabe, ent~o eu n~o pareceria uma idiota se alguém me perguntar”
eu terminei secamente.

Adam suspirou. “Garota, eu n~o estou vivendo isso, estou? Você n~o estava
mentindo l|, Red?”.

"Eu não minto, eu seria incapaz de fazer isso com você, a menos que você
seja a minha m~e”.

"Todo esse fim de semana é uma mentira".

Eu parei. "Olha, se você será técnico sobre as coisas, esse relacionamento


não vai funcionar, garoto do hockey".

"Mesmo? É disso que você me chamará? Garoto do Hockey?”.

“Você me chama de Red porque meu nome é Poppy e meu cabelo é


vermelho”. Ambas as razões s~o conexas.

Ele se sentou e ergueu as mãos. "Está bem, está bem. Eu ganhei o prêmio
Dave Tyler Junior de Melhor Jogador do Ano quando eu tinha dezessete anos e
desde que virei profissional com os Storms, eu ganhei a Stanley Cup três vezes”.

Eu o olhei em silêncio. "Veja, eu pensei que isso ajudaria, mas... não ajudou,
né?".

EMMA HART
"Você nem sabe o que é a Stanley Cup?".

"Além do fato de que meu desinteresse por esporte já está firmemente


estabelecido... Eu pareço com o tipo de garota que acompanha hockey?".

Ele se virou e olhou para mim. Da cabeça aos pés, seu olhar tomou cada
centímetro do meu corpo e eu fiz o meu melhor para não reagir como se
estivesse me incomodando.

Porque isso foi o que aconteceu. Seu olhar foi muito lento e cuidadoso
demais para não me incomodar.

“N~o, você n~o parece. De modo nenhum".

Eu engoli e baixei meu olhar por um segundo. “Certo, ent~o explique esses
prêmios, taças e essas coisas para mim. Antes que alguém mencione isso e
eu...”.

“Pareça um idiota. Sim, eu sei". Seus l|bios se curvaram para um lado e ele
estendeu a m~o, gentilmente empurrando o cabelo do meu rosto. “O prêmio
Dave Tyler Junior é dado ao melhor jogador americano atuando pelo Junior
Hockey. Eu parei depois disso para poder me concentrar na faculdade”.

"E a Stanley Cup?".

“É o maior prêmio do campeonato nacional. Aquele que todos querem


ganhar”.

"E você fez isso três vezes?".

"Em seis anos".

"Uau. Até eu sei que é impressionante.” Eu apertei os meus l|bios juntos.

EMMA HART
"Você acha que isso é suficiente para você saber por uma noite?".

“Depende. O que faremos agora?".

Puxei meu celular da minha bolsa e olhei para a hora. 10h30min. “Eu tenho
que acordar cedo. Eu tenho que provar coquetéis e escolher três para serem
servidos no casamento e farei isso no almoço, ent~o..” Eu fechei minha bolsa de
volta, prendendo-a com o fecho.

"Então..." Adam murmurou, chegando até mim. Sua mão deslizou em meus
cachos e ele segurou a parte de trás da minha cabeça.

"Assim". Minha respiração engatou porque eu sabia exatamente o que ia


acontecer.

O Rei do Beijo estava prestes a me beijar.

E ele fez. Seus lábios cobriram os meus e arrepios percorreram minha


espinha no exato momento. Eu levantei uma mão para o lado de seu pescoço e
lentamente caí para trás, então estava deitada na areia.

Adam passou a língua contra a costura dos meus lábios. Ele inclinou a parte
superior de seu corpo sobre mim, beijando-me mais profundamente enquanto
eu separava meu lábio. Sua língua brincou com a minha e faíscas de luxúria
dispararam entre as minhas pernas.

Eu só queria que ele continuasse. Eu queria ficar nessa pequena bolha na


praia, com a mão no meu cabelo e os lábios nos meus. Com sua outra mão
viajando pelo meu corpo e sobre a curva do meu quadril enquanto eu segurava
o seu pescoço.

Ele tinha gosto de uísque e cocaína e cheirava como o meu próximo grande

EMMA HART
erro.

Seus dedos cavaram em minha bunda enquanto o beijo se aprofundava


ainda mais, mais quente, mais desesperado, mais carente.

"Ó meu Deus!".

Eu me afastei de Adam ao som da voz da minha mãe.

Claro.

Eu. Estava. Claramente. Fodida.

Essa sempre foi a história da minha vida, não foi?

Eu olhei para cima para ver a mam~e olhando para nós. “Hum... Oi, m~e?".

"Eu estava... não importa!". Virou-se e caminhou de volta ao hotel o mais


rápido que pôde, mal parando para ter certeza se os saltos da grife Jimmy Choos
não afundaram na grama, ou se ela sentiu a falta de uma das pedras que
formavam o caminho entre o hotel e a praia.

"Isso foi estranho" eu murmurei, rolando para longe de Adam.

“Você acha que é estranho para você? Meu pau est| tentando escapar da
minha calça. Isso é estranho”. Ele se sentou e olhou para mim. “Ah. Sim. Você
tem um pouco de...”. Ele limpou a lateral da boca.

Eu limpei o lado da minha boca e tirei um pouco de batom borrado. "Eu


limpei?".

Ele assentiu. "Vamos. Tudo acabar| logo, de qualquer maneira”. Ele ajudou-
me a levantar da areia, pegou meus sapatos e entrelaçou os dedos nos meus.

EMMA HART
Eu sabia exatamente onde isso estava indo. E eu não estava nem brava.

EMMA HART
Cocktales e Cocktails

Adam encostou o cartão de acesso contra o sensor, que apitou mostrando a


cor verde brilhante e abriu a porta. Sua mão ainda estava firmemente ligada à
minha e ele me puxou para dentro. Meu corpo estava contra o dele e nossos
lábios estavam juntos antes que a porta se fechasse.

Ele jogou o cartão de acesso no sofá e, com as mãos nos meus quadris,
levou-me para o quarto. Eu quebrei o beijo para soltar minha bolsa que
enroscou na TV, o que durou apenas alguns segundos.

Os dedos de Adam se espalharam pela parte inferior das minhas costas.


Enfiei a minha mão na gola da camisa dele enquanto ele me beijava, me
afundando levemente. Sua língua mais uma vez provocou a minha, o beijo se
aprofundou e foi direto para o calor que sentimos quando fomos
interrompidos.

Eu queria enrolar meus dedos no cabelo dele, mas também queria tirar a
sua camisa. Foi um grande problema, mas quando uma de suas mãos subiu
pelas minhas costas e segurou meu zíper, minha escolha foi feita.

Meus dedos foram para os seus botões. Eu desfiz dois e quando ele abriu o
zíper do meu vestido, as pontas dos seus dedos roçaram minha pele, deixando-
me formigando onde quer que ele me tocasse.

EMMA HART
Meu coração batia duas vezes mais rápido e o meu clitóris pulsava como um
louco.

Eu o queria.

Com todos os botões desfeitos, eu puxei sua camisa para fora de suas calças.
Ele estendeu a mão para puxar as alças dos meus ombros ao mesmo tempo em
que me movi para empurrar a camisa para baixo, e nós tivemos um estranho
minuto de empurrar e puxar que terminou com nós dois rindo.

Adam tirou a camisa e a jogou no chão. Ele me beijou quando ele enfiou os
dedos debaixo das minhas alças e as deslizou pelos meus ombros e pelos meus
braços.

Nós giramos e ele tirou os sapatos, me empurrando para a cama. Eu pulei na


coberta macia e fofa, mas eu mal tive um segundo para pensar em quão suave
ela era antes de Adam me empurrar sobre minhas costas e se inclinar sobre
mim.

Ele me beijou plenamente antes de seus lábios percorrerem meu queixo,


meu pescoço, deslizando o vestido enquanto passeava pelo meu corpo. Ele se
levantou, puxando-o pelas minhas pernas e jogou-o junto à camisa no chão.

Adam explorou meu corpo com as duas mãos e a boca, da minha clavícula
para o meu seio nu e dos meus mamilos para o cós da minha calcinha. Ele era
implacável e metódico, beijando cada centímetro e tocando ainda mais.

Ele puxou minha calcinha para o lado, desejando arranca-la com a sua boca.
Não teve tempo nenhum para encontrar meu clitóris com sua língua e logo
começou a trabalhar. Ele brincou como mágico, sabendo exatamente como
provocar o clitóris e brincar para me fazer gozar. Ele o circulou em espiral e o
sacudiu até que meus quadris estivessem empurrando embaixo dele e eu mal

EMMA HART
conseguia respirar quando o orgasmo tomou conta do meu corpo.

Ele adorou, segurando minha boceta em sua boca até que eu ficasse mole
em suas mãos.

Então, ele se levantou, jogando sua cueca para o lado. O preservativo surgiu
do nada- eu não podia ver, ele me cegou muito bem com esse orgasmo - e ele
separou minhas pernas como se ele estivesse determinado a estar entre elas.

A cabeça de seu pênis esfregou meu clitóris algumas vezes antes dele
finalmente se empurrar para dentro de mim. Era um alívio do tipo mais
diabólico e perfeito, mas torturante ao mesmo tempo. Eu não sabia o que ele
estava guardando para mim, mas eu queria mais. Queria ele.

Ele não se conteve, suas mãos deslizaram pelo meu corpo até que elas
estavam posicionadas de cada lado da minha cabeça e as minhas estavam
firmemente presas ao redor do seu pescoço.

Ele me fodeu profundo e duro, impulsionado por nada além de desejo.


Minha boceta apertou em torno de seu pênis duro e cada segundo me fez mais
quente e mais ansiosa para o orgasmo que eu sabia que estava chegando.

Meu coração disparou, os pulmões apertando enquanto eu tentava


controlar a minha respiração. Eu agarrei-o como se ele fosse uma âncora para a
Terra, quando o prazer construiu em mim. Com cada golpe constante de seu
pênis, cheguei mais perto da borda até que eu não aguentei mais.

Eu cedi à onda de prazer que inundou meu corpo. O orgasmo me atingiu


com força, perigosamente, e meu corpo arqueou e se contorceu em resposta a
isso.

A força com que ele me segurou mostrou que o seu orgasmo o atingira tão

EMMA HART
forte quanto o meu. Nós desmoronamos em uma pilha flácida.

Ele era bom, tão bom pra caralho. Minha vagina queria sinceramente chorar
e chorar e se curvar ao seu pênis. Isso é fato.

Eu o tirei de cima de mim depois de um minuto ou mais. Sexo quente ou


não, uma garota precisava se limpar e tirar a calcinha. E fazer xixi. Essa era a
vida real, e enquanto as estrelas pornôs poderiam dormir assim, eu não era
uma estrela pornô, nem tinha câmeras direcionadas para mim prestes a
desligar a gravação.

Eu fiz o meu caminho para o banheiro para me limpar e peguei calcinhas


limpas no caminho de volta. Adam fez pouco mais do que remover o
preservativo e jogá-lo no lixo.

Ainda assim, isso não o impediu de rolar e me abraçar.

"O que você está fazendo?" Eu murmurei.

"Adormecendo".

"As pessoas não costumam me tocar enquanto eu durmo".

"Sério?".

"Sério" eu confirmei. "Eu não gosto de ser tocada".

Ele ergueu os braços e rolou de costas.

Suspirando feliz, fiquei confortável do meu lado, me aconchegando.

Adam se aproximou e agarrou minha bunda.

Eu limpei minha garganta.

EMMA HART
"Eu prometo" ele murmurou.

E foi uma promessa cumprida.

***

Eu gemi e rolei. Havia um peso sobre o meu estômago e eu não gostei disso.
E não fazia o menor sentido, já que eu não conseguia dormir enquanto alguém
me tocasse.

Abri os olhos depois de algumas piscadas pesadas e olhei para a mão na


cama ao lado da minha. Lentamente, segui o braço forte e bronzeado da mão
até o ombro que pertencia a Adam Winters.

Como isso aconteceu?

Lentamente, eu me movi para fora do seu aperto e cheguei ao chão. Eu não


usava nada além de uma calcinha, cruzei meu braço sobre meus seios enquanto
entrava no banheiro na ponta dos pés.

Eu me olhei no espelho, eu estava uma bagunça. Minha maquiagem dos


olhos estava borrada, fazendo-me parecer um pouco como um bebê panda e
meu batom estava manchado no canto da minha boca.

Eu peguei um produto de limpeza facial - ou dois - e limpei meu rosto da


bagunça provocada pelo sexo e muitos beijos. Quando limpei os últimos
borrões pretos do meu olho, entrei no espaçoso boxe e liguei a água quente.

Eu terminei de limpar meu rosto e joguei o lenço na lata de lixo ao lado da

EMMA HART
pia. Tirar minhas roupas me levou dois segundos e eu pisei no chuveiro sob a
água quente.

Eu soltei um longo suspiro quando o chuveiro bateu em meus ombros.


Trabalhou meus músculos enquanto me alonguei, certificando-me de que todo
o meu corpo sentisse os efeitos da água quente.

A porta se abriu.

Eu me virei com um puxão. "O que você esta fazendo aqui?".

"Tomando banho" Adam murmurou, entrando atrás de mim,


completamente nu. Ele fechou a porta e envolveu um braço em volta de mim.
"O que você está fazendo?".

"Tomando banho", eu disse simplesmente. "O que mais eu estaria fazendo


no chuveiro?".

"Eu posso pensar em algumas coisas que poderíamos fazer no chuveiro".

"Eu tenho certeza que você pode, mas isso não é um filme pornô e eu só
quero lavar meu cabelo".

Ele riu, beijando meu ombro, sua cabeça mergulhando sob a corrente de
água. "Então, lave o seu cabelo".

"Eu provavelmente vou te dar um soco na cara".

"Eu acho que sobreviverei".

Revirei os olhos e peguei o xampu que coloquei aqui ontem à tarde. Meu
cabelo era uma mistura estranha da cor laranja natural com ruivo. Quase um
ombre, que marca um sombreado da minha cor natural nas raízes a um laranja

EMMA HART
mais claro e brilhante nas pontas. Isso deixava minha mãe louca, mas o brilho
refletia a minha personalidade muito melhor do que o tom mais escuro de
ruivo.

Eu espremi um monte saudável de xampu em minhas mãos e esfreguei-as


juntas. De alguma forma, eu consegui colocar na minha cabeça sem realmente
socar o rosto de Adam, ensaboei-o, enxaguei-o e peguei o condicionador.

Desta vez eu não tive tanta sorte. Meu cotovelo acertou a sua mandíbula.

"Porra!" Ele se afastou de mim.

"Eu lhe disse!" Eu disse, virando enquanto passava o condicionador pelo


meu cabelo. "Eu avisei que eu acertaria em você".

"Não, você disse que me socaria na cara" Ele massageou a sua mandíbula de
lado a lado. "Não me dar uma cotovelada na porra da mandíbula".

"Tanto faz. Você sabia que seria nocauteado”. Ugh. Eu me virei, ent~o minha
cabeça estava debaixo d'água e enxaguei o condicionador. Em algum momento
entre enxaguar, eu girei de volta e inclinei a cabeça para trás para que tudo se
lavasse.

Quando meu cabelo ficou limpo, voltei para Adam. Seu cabelo estava
ensaboado e ele segurou minhas mãos.

"Vire-se" ele murmurou, pegando minha esponja da pequena prateleira de


plástico.

"Eu posso me limpar".

"Claro, você pode, mas cale a boca". Ele ensaboou a esponja e me virou,
depois passou a esponja para cima e para baixo no meu braço. Água quente e

EMMA HART
sabão cobriam a minha pele quando ele me puxou para trás do fluxo do
chuveiro e esfregou a esponja sobre as minhas costas. Ele passou pelos meus
ombros e desceu pelo meu outro braço lentamente.

Foi estranho. Ninguém jamais fizera isso por mim, pelo menos desde os
meus seis anos. Mas havia algo tão estranhamente sexy em Adam usando a
esponja para explorar meu corpo.

Hum. Sexy.

Ele queria fazer sexo no chuveiro?

Deus. Eu não era uma garota de fazer sexo no chuveiro. Eu era uma garota
de escorregar no sabão no chuveiro.

Inferno, quem disse que eu precisaria de sabão?

"Uh, Adam?".

"Sim?".

"Nós não vamos fazer sexo no chuveiro, não é?".

Adam parou, então me virou e me puxou uma passo para a frente para que
eu não fosse atingida no rosto pela água. "Por quê?" ele disse, sobrancelha
levantada. "Você está oferecendo?".

Eu balancei a cabeça. "Não. Estou lhe dizendo que, se você tentar, baterei na
sua cara novamente”.

"Não destrua meus sonhos, Red".

Suspirei. “N~o, porque você n~o ouviu, idiota. Mas porque eu posso

EMMA HART
escorregar no chuveiro. Você entende isso?".

"Compreendo". Ele agarrou meus ombros e lentamente nos girou para que
suas costas estivessem debaixo d'água. "Desculpa. Estou com frio. Você já
escorregou no chuveiro?”.

"Agora estou com frio!" Eu abri a porta e peguei uma toalha do trilho
aquecido. "Sim. E eu nem usava patins”. Uau, isso me faz soar como um adulto
inútil.

Ele riu, enxaguando todo o sabão de seu corpo antes de desligar o chuveiro.
Ele saiu comigo e olhou para baixo. “Você deveria estar sobre um ch~o de
ladrilhos? Quero dizer, eu sei primeiros socorros, mas me preocupo com a sua
segurança...”.

Eu puxei uma segunda toalha para envolver meu cabelo. "Se eu cair, vou
levar você comigo".

"Não há como você me arrastar para o chão com você".

"Eu não disse que eu levaria todo o seu corpo". Eu olhei intencionalmente
para o seu pênis. Então, virei meu cabelo para que eu pudesse envolvê-lo com a
toalha.

“Bem, nesse caso, deixe-me pegar uma toalha e eu vou levá-la para o quarto.
Eu preferiria que você n~o colocasse meu pau fora da comiss~o”.

"Por quê?" Eu me endireitei e parei. “Na verdade, quero dizer, eu sei o


porque. Eu não sei porque eu perguntei isso. Eu preciso de café."

Adam riu e enfiou a toalha na cintura. Ele deu um passo atrás de mim e
tocou suas m~os na minha cintura. “Vamos l|, Red. Vamos lev|-la daqui para o

EMMA HART
tapete no quarto sem você tirar meu o pênis”.

"Eu sou perfeitamente capaz de...ahh!". Meu pé saiu de baixo de mim. Meu
coração pulou na minha garganta. Toda a minha vida passou diante dos meus
olhos em uma névoa de cheesecakes e camisas inapropriadas. E minha bunda
nunca bateu no chão.

Eu apertei minhas mãos sobre meus olhos. O corpo duro contra o qual eu
estava pressionado tremeu e o riso retumbou contra meu ouvido.

"Perfeitamente capaz disso, hein?". Adam murmurou, lábios roçando minha


orelha. Seu braço estava preso em volta da minha cintura firmemente, e ele não
mostrou nenhum sinal que me soltaria.

“Eu seria capaz se você n~o tivesse mencionado sobre cuidar do seu pênis. É
tudo culpa sua".

"Claro, culpe a coisa pela qual você estava gritando em um travesseiro na


noite passada".

"Teria eu gritando assassinato sangrento se minha bunda batesse no chão


de azulejos". Eu pisei no tapete de pelúcia e olhei para ele. "Eu agradeceria por
salvar a minha vida, se você não tivesse sido a causa da minha quase morte".

"Eu vejo os dramas em sua família".

“Estou apenas preparando você para hoje. O dia inteiro será gasto com
minha família. Você está animado?".

Adam finalmente me soltou completamente e caminhou até as portas do


armário. Ele olhou para mim de lado. "Oh, sim. Eu não posso esperar. Seu avô
n~o vem hoje?”.

EMMA HART
Eu olhei para o relógio na parede. “Logo depois do almoço. Graças a Deus
minhas ordens s~o para testar todos os coquetéis”.

“Todos os coquetéis? Quantos est~o na sua lista?”.

"Seis. Eu tenho que diminuir para três”.

“Parece divertido. Precisa de uma m~o?".

"Quer almoçar com minha mãe?". Eu perguntei ironicamente. "Você acha


que ela honestamente confia em mim, para me deixar sozinha para fazer um
trabalho tão importante?".

Ele agarrou o nó que mantinha sua toalha no lugar e abriu a porta do


armário, olhando para mim. "Ah, sério? Ela não pode nem deixar você fazer
coquetéis?”.

Sentei-me na beira da cama e olhei para ele. “Aqui est| como ser| a
programação de hoje. Minha mãe surtará como uma mosca por aí até meu avô
chegar aqui em segurança. Quando ele chegar, ele dirá a todos que conhece
uma história excêntrica de sua vida louca. Isso, por sua vez, levará minha irmã à
insanidade, porque enquanto os pais de Mark estão acostumados com ele, todo
o resto não está. Algo inevitavelmente dará errado, porque é assim que
funciona nesta família. Rosie virará a Bridezilla - ela já está no limite - e então,
mamãe surtará porque ela está pirando. Meu pai guardará um pequeno frasco
de uísque escondido em algum lugar de sua roupa e eu me esgueirarei até um
pequeno canto isolado do hotel e roubarei esse frasco dele”.

Adam piscou para mim. “Posso ter uma emergência familiar? Eu sei que
disse que poderia lidar com isso, mas depois de conhecer sua mãe... Da maneira
mais gentil possível, ela poderia ser pior?”.

EMMA HART
“Oh, garoto do hóquei. Você n~o tem ideia".

EMMA HART
A vida é uma praia ... Então você encontra uma

"Tudo bem" disse Adam, segurando um pedaço de melão. "O que acontece
entre agora e o coquetel extravagante no almoço?".

"Bem" eu comecei. “Por um lado, precisamos disfarçar você. Não tenho ideia
de quem é essa adolescente, mas eu gostaria que ela devolvesse o meu
tímpano”.

"Ela não gritou tão alto".

Eu dividi um croissant em dois e lhe dei um olhar bravo. “Adam, ela gritou
tão alto em um ponto que apenas os cães a ouviram. E esses cachorros estavam
na Europa”.

"Pelo menos estávamos do lado de fora?".

“Você acabou de sair correndo. Deus sabe por que você fez isso depois do
banho...”.

"Eu planejei sair para tomar café antes, mas, bem, você estava nua".

"Não é uma desculpa", eu disse. "Porque quando você voltou, eu estava com
fome".

"Você poderia comer sem mim".

EMMA HART
“N~o sem ninguém gritando com você como se fossem garotas de treze anos
conhecendo a maldita Taylor Swift”.

Ele inclinou a cabeça para o lado. "Para ser justo, ela é meio gostosa".

"Esse não é o ponto aqui".

Ele estendeu as mãos. "Não é minha culpa que eu seja um jogador de hockey
bonito, famoso e rico".

Eu pisquei para ele. "A menos que alguém tenha apontado uma arma para a
sua cabeça e feito você ser um bonito, famoso e rico jogador de hockey, então,
hã, sim, é".

“Eu odeio concordar com você, mas você est| certa. Eu escolhi tudo, menos
a parte bonita. Eu tive sorte com isso”.

“Ugh. Seguirei esportes de agora em diante, para ter certeza de que nunca
mais me encontrarei com um omelete no casamento” murmurei, depois
arranquei um pedaço de croissant.

"Eu sou um excelente encontro de casamento".

Eu engoli a massa e derramei a última mordida no meu prato. "Desde que


você chegou aqui, você foi bajulado pelo meu pai, meu sobrinho, meu futuro
cunhado, minha irmã, três primos e agora uma adolescente que eu nunca vi na
minha vida".

"Para ser justo" Adam disse, pegando sua xícara de café, "eu também fui
bajulado por você".

“Eu n~o dou a mínima para as pessoas. Eu n~o sou f~ de nada”.

EMMA HART
"Exceto camisetas gráficas".

"Este é um top e é mais um anúncio de serviço público".

“Diz 'N~o hoje, Satan|s'”.

“Que parte de ‘minha m~e est| aqui‘ você n~o entende?”.

Ele engasgou com o café. Na verdade, ficou engasgado. Ele teve que pousar a
caneca e bater com o punho no peito.

"Desculpa. Eu n~o queria lhe matar” eu disse a ele. "Mas é a vingança para a
coisa do banheiro de hoje de manhã".

“Que coisa de banheiro?” a pergunta veio aguda - continue, adivinhe - minha


mãe.

Adam tossiu de novo, inclinando-se para longe dela.

Buceta.

"Ele saiu do chuveiro e deixou o chão encharcado" eu menti suavemente,


pegando o pedaço de croissant que eu tinha descartado um segundo atrás. "Eu
quase morri".

Mamãe revirou os olhos. "Não há necessidade de ser tão dramática, Poppy".

"Foi o que eu disse" Adam conseguiu riscar. “Eu a peguei, ela estava bem,
n~o se feriu, nem estava perto da morte”.

Eu funguei. "Isto é o que você pensa".

Os olhos azuis escuros da mamãe esvoaçaram entre nós. "café da manhã


tardio?".

EMMA HART
Ela era como um cachorro com um osso. Um grande osso feito de granito
que precisava de diamante para lascar.

"Sim” eu disse. "Adam teve que trabalhar fora e nós dissemos que
tomaríamos café da manhã juntos já que eu tenho que fazer as coisas do
casamento pelo resto do dia".

"Faz sentido. Você viu sua irmã? Ou seu pai? Ele deveria pegar seu avô e eu
tenho algo para perguntar a Rosie”.

"Você sabe que pode mandar uma mensagem para ela, certo?".

"Poppy".

"Mamãe".

Adam olhou para mim.

Recostei-me no banco para que as letras na minha camisa ficassem


totalmente visíveis.

O olhar de mamãe caiu para ela. "Você deveria usar camisas tão ridículas?".

"Elas s~o legais e confort|veis". Eu cruzei meus braços no meu tórax. “N~o,
eu não vi nenhum deles. Se eu o fizer, deixarei que saibam que você está
procurando-os”.

Ela assentiu. "Boa. Vou falar com o organizador de casamentos. Há um


problema com o plano da mesa”.

"Rosie fez o plano da mesa".

“Bem, acho que o planejador mexeu com isso. Eu tenho que falar com ela”.

EMMA HART
O plano de mesa era a única coisa que minha irmã se recusava a permitir
que alguém fizesse qualquer intromissão, de modo que a conversa iria ser
fabulosamente fantástica.

"Bem, tudo bem" eu disse, cansada.

Mamãe voltou sua atenção de mim para Adam. Depois de um segundo de


silêncio, ela disse: "Posso espera-lo para o almoço, Adam?".

Ele limpou o canto da boca com o guardanapo e endireitou-se.


"Absolutamente. Eu adoraria conhecer a família da Poppy um pouco mais. Você
parece um grupo fascinante”.

Com licença. Eu preciso ir vomitar.

A expressão frustrada da minha mãe vacilou. "E eu mal posso esperar para
ouvir mais sobre o namorado que eu nunca soube que ela tinha".

Foda-se.

"Eu não tenho que lhe contar tudo, mãe".

"Não nos conhecemos há tanto tempo" Adam acrescentou, antes que


mamãe pudesse responder. “Honestamente, eu n~o tinha certeza se poderia vir
neste fim de semana devido a obrigações de trabalho, então é por isso que ela
nunca lhe contou. Tenho certeza de que ela não queria aborrecê-lo mudando
tudo no último minuto”.

Droga. Ele foi bom.

Quase bom demais.

Como provado pelo fato de que os olhos de mamãe brevemente se

EMMA HART
estreitaram para ele, antes que ela o sacudisse. "Isso faz sentido", disparou por
seus malditos dentes.

Você sabe como eu sabia disso?

Ela suspeitou muito antes. Você simplesmente não deixa morrer uma ideia,
porque um cara gostoso sorriu para você.

Tudo bem, talvez sim, mas minha mãe não. E o botão da minha calça
provavelmente estava mais solto do que ela.

Espero que sim.

“Ent~o... almoço. Eu lhe encontro no bar da praia. Eles servem comida lá e


eu serei capaz de ajudá-la com os coquetéis” mam~e disse, virando-se para
mim.

Eu levantei minha xícara de café em um brinde. "Vejo você então, mãe"


Satanás. Tanto faz.

“Estou ansioso por isso”. Adam atirou-lhe o sorriso mais devastadoramente


bonito que eu já vi.

Ah, sério.

Todas as calcinhas de mulheres num raio de dezesseis quilômetros?

Poof. Caíram.

Bem desse jeito.

Coma o seu coração, David Copperfield. Eu aposto que você não poderia
fazer isso.

EMMA HART
As bochechas da mamãe esquentaram e ela realmente pareceu aturdida por
um segundo. "Ótimo. Impressionante. Fantástico".

Minhas sobrancelhas subiram e ela olhou para mim antes de se virar e se


afastar.

Adam riu.

"Você acabou de flertar com a minha mãe?". Eu perguntei a ele, colocando


minha xícara na mesa com um barulho.

Ele balançou sua cabeça. "Eu a encantei".

"Dá na mesma. A última vez que ela ficou nervosa foi em um show do Pink
Floyd e se meu pai não tivesse provas fotográficas, eu juraria que ele estava
mentindo.

"Eu não sou Pink Floyd" Ele riu. "Eu acho que não faz nenhum mal se ela
gostar de mim".

"O que? Como se você ainda fosse meu namorado na próxima semana?”.

"N~o. Mas a menos que você queira que ela te pegue na sua mentira...”.

Eu apontei com uma raspa crocante de bacon para ele. “N~o v| l|. Eu n~o
quero jogar esse jogo. Eu j| estou flertando com as apostas como est|”.

"Isso não é poker, Red".

"Não? Pode ser também. Minha irmã e futuro cunhado sabem que essa
relação é uma farsa. Minha mãe é praticamente Sherlock com um par de seios e
no momento em que meu pai questionar isso? Eu estarei acabada. Então sim,
sim. Isso é pôquer. Este é o Dunn Family Poker e a única pessoa a ser cutucada

EMMA HART
sou eu”.

Lentamente, seus lábios se curvaram no mais largo e sexy sorriso que eu já


vi. "Eu estou tentando entender isso pelo seu ponto de vista, mas eu admito,
estou lutando como uma porra".

O que?

Eu olhei para ele e então, caiu a minha ficha.

Ele estava tecnicamente me cutucando também.

Oh, Deus.

"Eu não quero ter essa conversa" eu murmurei, pegando minha xícara de
café. "É muito cedo para isso".

"Não, era muito cedo para discutir como você poderia escorregar em terra
seca, no chuveiro".

Eu revirei meus olhos. "Tanto faz. Você fará coquetéis comigo ou apenas
almoçar|?”.

"Eu farei as duas coisas".

"Por quê? Para você poder adoçar a minha m~e?”.

"Não, porque eu sou seu namorado e eu deveria passar o fim de semana


todo com você". Ele não moveu um músculo, seus lábios nem sequer mexeram.

"Eu não sei como você acabou de dizer isso com uma cara séria".

Ele tossiu bufando. "Nem eu, mas é muito convincente, hein?".

EMMA HART
"Se eu não soubesse que você era mais cheio de merda do que uma fazenda
de porcos, com certeza".

Adam estendeu a mão, sorrindo, e pegou o último pedaço de bacon do meu


prato.

"Você sabe" eu disse, imitando cara séria anterior. "Esse é o caminho mais
rápido para dar um pé na sua bunda".

“Você n~o me largar|. Sou um jogador de hockey rico, bonito e famoso,


lembra?”.

Deslizei meu olhar para os três adolescentes sentados a duas mesas de nós.
Adam seguiu meus olhos, atirando um sorriso. Os garotos sorriram de volta
antes de sussurrarem um para o outro, e a garota corou antes de pegar o
telefone.

Suspirei. "Na verdade, acho que essa é a razão perfeita para lhe abandonar".

"Sim, bem, você realmente tem que namorar comigo primeiro".

Eu joguei um guardanapo limpo para ele. "Cale-se".

***

Rosie: Eu já tive o suficiente.

"Oh, não" eu disse, levantando meus óculos para ver a tela corretamente.

"O que?" Adam virou a cabeça para mim, usando o braço para bloquear o
sol.

EMMA HART
"Lembra-se de quando a minha mãe disse que precisava falar com Rosie,
sobre o plano de mesa?".

"Sim…".

"Bridezilla despertou".

Ele se inclinou sobre a mesa, puxando o meu telefone. “Como as palavras ‘eu
tive o suficiente’ a igualam a Bridezilla?”.

"Provavelmente não é muito difícil imaginar que temos temperamentos


completamente diferentes".

"O que? Você quer dizer que ela não é impetuosa, sarcástica e mal-
humorada como você?”.

"Você quer que eu lhe morda durante um boquete?".

“Depende. Qu~o duro você vai morder? Não me importo com um pouco de
dentes, mas definitivamente h| uma linha”.

Eu olhei para ele sob a borda dos meus óculos, enquanto meu telefone
tocava na minha mão.

Rosie: Eu quero dizer, papoila, eu a matarei.

"Oh, não" eu disse. "Ela ainda está me cobrindo apesar de tudo".

"cobrindo é uma palavra?".

EMMA HART
“Minha dócil, paciente e tolerante irm~ est| me cobrindo e contando sobre o
quanto ela quer matar a minha mãe. E você está preocupado se o cobrindo é
uma palavra?”.

"É uma preocupação real".

"Garoto do hockey, você é mais um que estará na minha lista de merda" eu o


avisei.

“Eu n~o estou na sua lista de merda? Você brincou como uma séria
sarc|stica nesta manh~, Red”.

“Essa é a minha personalidade geralmente deliciosa. Você ter| que fingir


que gosta dela desde que você é meu namorado e está determinado a adoçar
minha m~e”.

"Sem ofensa, Red, mas você não fará isso tão cedo".

“Claro que n~o. Meu relacionamento com minha m~e é baseado em


tolerância mútua e um pouco de insalubre amor de amendoim. Eu não posso
ser ao mesmo tempo louca e doce, Adam”.

"Eu não tenho idéia de como responder a isso".

“Você faz o que todos os bons namorados fazem. Você sorri e sinaliza que
entende, ent~o pega a minha bunda”.

Ele sorriu para mim, assentiu, depois estendeu a mão e agarrou minha
bunda. Ele bateu também.

Ele aprendeu rápido.

Eu assenti uma vez. "Melhor. Você est| aprendendo”.

EMMA HART
"Eu estou aprendendo?".

"Sim. Você está aprendendo. Eu gosto que meus namorados sejam um


pouco idiotas possessivos para que eu possa dizer a eles. É assim que recebo
meus chutes”.

"Eu não sei se você está fodendo comigo agora ou não".

“Ela fode com todo mundo. É assim que ela consegue seus chutes” minha
irmã estalou, caminhando até nós. "Por que você não está respondendo aos
meus textos?".

Meus olhos se arregalaram e imediatamente larguei meus óculos de sol.

"Por que você está escondendo os seus olhos?".

"O sol está batendo neles" eu menti.

"O sol está atrás de você".

“Est| refletindo em seu relógio. Quem é Você? A polícia fiscalizadora de


óculos de sol?”.

“Poppy! Isso é sério!" Ela caiu na areia na minha frente. "Ela lhe disse que
ela mudou meu plano de mesa?".

Eu tranquei meu telefone e coloquei no compartimento de material frágil


que compunha minha bolsa de praia preferida. Não era cara, mas o forro
impedia que a areia entrasse nele e como minha tela estava um pouco rachada...
Falava por si”.

"Ela me disse que estava procurando o planejador do casamento" eu admiti


cansada.

EMMA HART
"Você não a impediu?".

"Ei! Eu não sou um lutador de sumô. Eu disse a ela que você lidava com o
plano de mesa pessoalmente e não tinha nada a ver com o planejador, mas ela
n~o se importou”.

"Ótimo". Rosie passou a m~o pelos cabelos e baixou a testa. “Poppy, você
entende o quanto isso é uma bagunça? Ela está se intrometendo em coisas que
ela n~o tinha interesse em se intrometer!”.

Eu queria citar Harry Potter, mas decidi não fazer isso. Eu não achei que iria
cair bem.

"Eu entendo" eu respondi. “Mas realmente, o que posso fazer? Impedi-la de


encontrar o organizador de casamentos?”.

"Sim!".

"Eu estava tomando o meu café da manhã!".

"E a comida é mais importante do que o meu casamento?".

“Quando estou morrendo de fome e fui obrigada a esperar por esse cara
para correr e tomar banho? Sim. Desculpe, Ro. Nada é mais importante do que
comida”.

Adam pigarreou. "Em minha defesa, eu não fiz você esperar".

"Você... cala a boca". Eu apontei meu dedo em seu rosto. "Você está do meu
lado".

Minha irmã gemeu e sacudiu o cabelo quando se sentou. "Você deveria estar
do meu lado".

EMMA HART
“N~o, ele é meu falso namorado. Ele n~o pode estar de ambos os lados”.

"Poppy!".

"Rosie!".

"Você tem que fazer algo sobre a nossa mãe!".

Eu olhei para ela por um segundo. "Eu posso contratar um assassino".

Adam engasgou com a boca cheia da água, que acabara de tomar.

"Eu não a quero morta" disse Rosie. "Apenas... sedada".

"Você poderia deixá-la bêbada", sugeriu Adam.

Os olhos de Rosie se iluminaram.

"Não!" Eu me mexi e sentei na minha toalha. "Não. Eu não estou ficando


bêbada com ela. De jeito nenhum eu farei isso”.

Rosie segurou minhas m~os e se inclinou para frente. “Por favor, Pops. Por
favor. Eu preciso que ela saia por algumas horas. Ela est| me deixando louca”.

Olhei-a nos olhos e disse: "Você está me enlouquecendo".

"Com isso? Deixe a mamãe bêbada, então eu vou deixar de ser louca”..

“Eu testemunhei o seu doce dezesseis anos. Eu deveria saber que ficaria
louca no fim de semana do seu casamento.

Ela fez beicinho. "Você nunca sentirá falta do meu casamento".

"Eu não sei. Se este é o começo disso e vai continuar assim, eu terei uma
intoxicaç~o alimentar hoje { noite”.

EMMA HART
Rosie estendeu a mão e agarrou minha orelha do jeito que costumava
quando éramos crianças. Duro, apertado e meio sinuoso. “Você começa o
envenenamento da comida e eu terminarei para você! Eu vou enterrá-la viva!”.

“Ah! Ah! Ahhh! Larga a minha orelha, sua puta!”. Eu lutei com sua m~o na
minha orelha e a segurei. "Bem. Sem intoxicação alimentar. Eu estarei lá, a irmã
devotada. Eu cantarei seus louvores...”.

"Por favor, não cante de verdade".

Eu balancei a cabeça. "N~o. N~o quero quebrar as janelas”.

"Você não pode ser tão ruim" disse Adam.

"Ah" Rosie suspirou. "Falou como um verdadeiro namorado falso".

Ele tossiu, rindo. "Cuidado. Estamos nos esforçando muito para manter a
coisa falsa em segredo. Não entregue”.

A cabeça de Rosie balançou de um lado para o outro enquanto olhava ao


redor. “N~o h| ninguém por perto. Pare de ficar t~o em p}nico. Você vai desistir
do fantasma. Como a vez em que Poppy tentou convencer nossos pais, de que o
preservativo usado em seu quarto não significava que ela perdera a
virgindade”.

Adam me lançou um olhar divertido. Seus lábios puxaram para um lado e


uma de suas sobrancelhas escuras se curvou. "Essa é uma história que eu não
ouvi".

"Ok, primeiro..." eu disse, segurando um dedo. "Isso não é verdade. Minha


virgindade foi decepcionante. Estamos falando de noventa e poucos segundos
decepcionantes. Eu nem acho que senti isso. E o preservativo n~o era meu”. Eu

EMMA HART
terminei olhando para Rosie.

Ela revirou os olhos. “Eu era um selvagem. Eu não fiz isso na cama dela e ela
ainda era virgem, mas foi divertido vê-la sair dessa”.

A expressão de Adam não vacilou. Ele ainda sorriu para mim.

"Pare de me olhar assim" eu retruquei.

"Não".

"Por que não?".

"Estou apenas pensando em como foi azarado o cara que roubou sua
virgindade".

Eu olhei para ele.

Minha irmã pegou minha garrafa de água fria e tomou um gole, seus olhos
passando entre nós dois.

“Quero dizer, foda-se. Isso saiu errado”.

Eu peguei a garrafa de Rosie. "Você acha?".

O telefone de Rosie tocou. Ela pegou e silenciou, depois olhou para nós.

"Você não precisa responder?" Eu disse.

"Não. Não até ele se explicar. Este será seu momento decisivo como seu
namorado totalmente real”.

Bom Deus. Eu precisava sair daqui.

EMMA HART
Adam tossiu em sua mão e sentou-se. "Eu não me sinto confortável
esclarecendo isso na sua frente, Rosie".

"Por quê? Eu não sou uma virgem. Eu empurrei um humano para fora da
minha vagina, na frente de uma sala cheia de pessoas. Você não pode me
envergonhar”.

Ele esfregou a mão sobre a mandíbula, terminando com um movimento do


polegar sobre o lábio inferior. "Tudo bem". Seus olhos deslizaram para mim,
sua mão ainda segurando seu queixo, o polegar ainda posicionado
perigosamente perto de sua boca. "Ele perdeu porque nunca vai saber o quão
boa você é em chupar pau".

Meu queixo caiu aberto.

O mesmo aconteceu com a de Rosie.

"Eu..." Ela fez uma pausa, voltando para a areia. “Eu preciso me esconder da
mamãe. OK. Tchau.. Com as bochechas vermelhas, ela subiu e correu pela areia
quente e macia, até ficar fora do alcance da nossa audição.

Eu bati no braço de Adam. “Por que diabos você disse isso? Você n~o tem
idéia sobre minhas habilidades de chupar pau!”.

"Eu sei". Ele sorriu, os olhos dançando de rir. “Mas ela n~o sabe que eu n~o
sei. E se livrou dela, n~o foi?”.

"Sim, mas...mas..." eu gaguejei. "Essa não é a questão!".

"Isto é. Olhe por este caminho. Ela veio aqui para convencer você a distrair
sua m~e. Você n~o concordou. Eu tirei você da pris~o”.

"Eu..." Eu não tinha nada a dizer sobre isso.

EMMA HART
"Vê?". Ele estendeu as mãos e encolheu os ombros. "Funcionou. Você não
prometeu nada a ela, então você não é obrigada a nada além de manter sua mãe
distraída durante a sess~o de degustaç~o de coquetéis”.

"Você é um gênio".

"Eu fui capitão de um time de homens para a Stanley Cup, na temporada


passada" ele disse simplesmente. “E cresci com quatro irm~s e n~o morri”.

“Eu tenho mais respeito pela última. Eu cresci com uma e quase nos
matamos pelo menos uma dúzia de vezes”.

"No total? Isso é muito bom".

"Não. Uma vez eu quase acendi o fogo quando deixei o ferro enrolado
enquanto ela dormia”.

"Por que você faria isso?".

“Ela roubou o meu di|rio. Eu queimei seu urso favorito no processo”.

"Como vocês ainda são melhor amigas?"

Dei de ombros. "Hormônios".

"Justo". Ele fez uma pausa. “Mas eu ainda tenho sua bunda fora da pris~o de
ter sua m~e e irm~ no seu pé. Agora, você me deve”.

“Você n~o ter| muito tempo para lucrar com tudo o que eu devo a você.
Você est| em um cronômetro, lembra?”.

"Eu sei". Seus lábios se curvaram para o lado, e ele roubou a água da mesma
maneira que a minha irmã fez e tomou um gole, antes de tampá-la e colocar a

EMMA HART
garrafa de volta na areia. "Eu acho que você fará isso para mim".

Eu olhei para ele por um segundo, então me coloquei de joelhos na areia


quente entre as nossas toalhas. Meus dedos cavaram até encontrarem a areia
mais fria e úmida, e minha mão segurou a parte de trás de seu pescoço para que
eu pudesse beijá-lo.

Meus lábios encontraram os dele como se tivessem um radar. Foi fácil.


Muito fácil. Muito simples para minha boca encontrar a dele e beijá-lo. Como se
meus lábios fossem feitos para encontrar os dele.

Adam agarrou meu quadril, me puxando para mais perto, deslizando a


outra mão pelas minhas costas. Minha mão esquerda caiu em sua perna
esquerda, minhas unhas cravando em sua coxa bronzeada.

Eu provoquei minha língua contra seus lábios, implorando-lhe para me


deixar entrar em sua boca. Ele fez, respondendo o meu beijo profundo com o
mesmo vigor que eu o ataquei.

Faíscas dançaram pela minha pele e talvez fosse o sol quente batendo em
nós, ou talvez fosse o jeito que seus dedos se espalharam pelas minhas costas
nuas, mas nem por um segundo isso parecia errado.

Nem por um segundo eu me senti numa mentira.

Parecia real.

Muito real.

Eu arrastei meus dentes pelo seu lábio inferior e me afastei, movendo-me


para a minha toalha.

"Boa resposta" Adam murmurou, ajustando o short enquanto se deitava de

EMMA HART
novo.

"Eu sei" eu disse, certificando-me de que meus óculos estivessem no lugar.


"Se eu posso fazer isso na sua boca, imagine o que eu poderia fazer com o seu
pau".

Seu gemido áspero foi tudo que eu precisava.

E foi o jeito que ele puxou seu cós quando rolou de bruços.

Eu olhei para ele, mordendo o interior da minha bochecha.

Eu acho que ele acabou de aprender uma lição valiosa, sobre foder com uma
ruiva.

Spoiler: Você não fode com uma ruiva.

EMMA HART
Ruivas e Encapetadas

Eu sempre me perguntei como seria o meu Funko Pop. Aleatoriamente, eu


sei, mas imaginei se eles capturariam meus seios com precisão. Eu não era
exatamente uma Pamela Anderson, mas se alguma coisa precisava ser
imortalizada, eram os meus seios.

Só Deus sabia que ninguém queria que a minha atitude fosse infinita.

Nem eu queria isso.

No entanto, minha atitude era o que me faria passar por esse maldito
casamento. Meu avô havia chegado e segundo o último telefonema de meu pai,
ficou gritando com os funcionários do aeroporto para descobrirem onde estava
sua mala.

Eu apostaria 50 dólares que disseram que estava no carrossel de bagagens.

Na verdade, eu apostaria cem. Eu tinha certeza disso. Principalmente


porque eu sabia o que fazer. No último Natal, eu tinha sido encarregada de tirá-
lo do aeroporto e entregá-lo em segurança na casa dos meus pais.

Adivinha? Ele gritou com o pessoal do aeroporto e eu encontrei sua


bagagem exatamente onde deveria estar. No carrossel, contornando.

EMMA HART
Agora, eu suspirei e escovei meus cachos para um lado, por cima do meu
ombro, e olhei para o espelho. Trançar ou não trançar? Essa realmente foi a
questão. Com rabo de cavalo ou não? Esse foi a outra.

Eu correria o risco de ficarem arrepiados na parte mais quente do dia, ou


seria proativa e faria um coque antes que meu cabelo pudesse decidir por mim?

Eu soltei outro suspiro e virei minha cabeça para frente, então juntei meu
cabelo grosso. Endireitando minhas costas, eu ajeitei a minha franja e amarrei
meu cabelo frouxo. Outro laço de cabelo cercou o rabo de cavalo em um topete
que estava maravilhosamente confuso.

Aha.

Aposto que eu não faria isso de novo nem se eu tentasse.

"Pronta?" Adam saiu do quarto, brincando com o botão do short.

"Para o almoço com minha mãe?" Eu me virei e olhei para ele, sem
expressão. "Estou emocionada".

Ele riu e ajustou a manga curta de sua camisa branca. “É o que... uma hora?
Então ela voltará a grudar na sua irmã. Certamente você dará uma folga para
Rosie por sessenta minutos inteiros”.

"Ah, não. Eu fiz essa viagem de culpa a minha vida inteira. Eu não aceito isso
vir do meu namorado falso também. Eu balancei meu dedo para ele, antes de
voltar para o espelho para terminar a minha maquiagem. "E sim, eu posso dar
um tempo a ela, mas isso não significa que eu precise ficar feliz com isso".

"Vocês já se deram bem?".

"Sim. Quando estou em Orlando e ela está em Key West”.

EMMA HART
"Eu quero dizer quando vocês estão juntas".

“Juntas na mesma sala ou juntas conversando?”.

"Agora você está apenas sendo desajeitada, Red".

Passei um último traço de rímel sobre cada um dos meus olhos, depois
parei com o bastão na mão e encontrei seus olhos no reflexo do espelho. "Dado
como você acabou aqui, eu teria pensado que você sabia que estranho era o
meu modo padrão".

“Isso foi um estranho engraçado. Isso é atitude desajeitada”.

"Como você sabe que há uma diferença?".

Ele apontou para si mesmo. “Quatro irm~s. Eu cresci com a atitude in|bil.
Eu posso reconhecê-la com os olhos vendados e com as mãos algemadas atrás
das costas a partir de trezentos quilômetros de dist}ncia”.

"Uau. Alguém aqui é convencido”.

"Eu pensei que nós estabelecemos isso na noite que nos conhecemos".

Minhas bochechas coraram. Droga. Por que eu tive que corar como um
idiota? Ah, isso mesmo. Eu era uma ruiva e tão pálida que eu parecia uma
parente distante de Gasparzinho, o Fantasminha Camarada, o que significa que
você poderia ver-me corar a um quilômetro de distância.

"Você é adorável quando você cora" Adam sorriu.

"Graças a Deus" eu disse lentamente. “Esse foi o meu objetivo de vida, ser
ador|vel. Agora, posso colocar os dizeres em neon sobre minha cama”.

EMMA HART
"Eles serão pretos para combinar com sua alma?".

"Vermelho, na verdade".

"Para combinar com o seu cabelo?".

"Não. Vermelho para combinar com seu sangue, quando eu lhe matar
durante o seu sono”. Eu coloco o bast~o de volta no tubo e o guardo na minha
bolsa de maquiagem.

"Manterei isso em mente. E esconder todos os objetos pontiagudos”.

Eu me virei, encostando-me na pia. "Quem disse que eu preciso de um


objeto afiado?".

"Você está certa". Ele andou até mim, me prendendo contra o balcão com
seu corpo. As pontas dos dedos dele roçaram meus dedos, enquanto suas mãos
apertavam o balc~o e n~o me deixavam meios de escapar. “Os discos de hóquei
s~o mortais. Eu os vi bater nas pessoas mais vezes do que você imagina”.

"Eu sempre disse aos meus pais que os esportes são perigosos".

"É por isso que você não os acompanha?".

"Não. Eu não os acompanho porque eu literalmente não me importo com


eles”.

Ele piscou para mim por um segundo, antes de seus lábios se curvarem e
risadas explodirem dele. Sua testa descansou no meu ombro, e seu corpo
inteiro tremeu com sua diversão com minhas palavras.

"Eu fiz uma piada que eu não entendi?" Eu perguntei, me movendo como se
pudesse olhar para o seu rosto.

EMMA HART
"Não" ele riu, endireitando-se e olhando para mim. “Sua honestidade é t~o
refrescante. Toda vez que surge, me faz acreditar um pouco mais, que você
realmente n~o fazia ideia”.

"Você está dizendo que eu menti?".

"Não distorça as minhas palavras".

"Merda. Eu odeio quando as pessoas me pegam fazendo isso”. Eu parei. "Eu


não fazia ideia. Achei que a Stanley Cup fosse futebol até lhe conhecer. Eu não
sei como chamar o que você marca. Um objetivo? Uma tentativa? Um ponto?".

Adam coçou o queixo barbudo. "Uau. Você realmente é completamente


ignorante em esportes, n~o é?”.

"Você é um homem inteligente para colocar 'esportes' na frente de


'ignorantes'."

“Você é uma ruiva e est| se preparando para almoçar com sua m~e, com
quem você não se dá bem. Posso dizer honestamente que não tenho intenções
de lhe deixar com raiva. Eu também gostaria de sair deste almoço sobrando ao
menos um pedaço de mim, de preferência com a minha sanidade intacta”.

Inclinando minha cabeça para o lado, levantei minha mão para sua
bochecha. “Ah, Spiky. Por que isso foi t~o quente?”.

"Oh, querido" eu disse devagar. “Você acha que vai sair deste fim de semana
com alguma sanidade?. Isso é t~o fofo”.

"Você acabou de me chamar de querido?".

"Você preferiria que eu trocasse para garoto do hockey?".

EMMA HART
"Na verdade, n~o. Eu n~o o faria”.

"Tudo bem. Fica garoto do hockey”. Eu beijei a sua bochecha e com um


rápido empurrão de seu braço, fiz minha fuga. Eu deslizei meus pés em meus
chinelos com uma risadinha e peguei meu telefone e bolsa da cama.

Adam suspirou atrás de mim. "Você sabe o que você é?".

“Uma dor no rabo? Sarcasmo personificado? Rainha da insolência?”.

"Sim, sim e sim" ele respondeu. "Você também é o troll da Internet que todo
mundo acha que é um jogador de vinte e poucos anos, que vive no porão de sua
mãe".

"Esse pode ser o melhor elogio que alguém já me deu".

“N~o fique excitada. N~o foi um elogio”.

“Ent~o, você precisa de melhores insultos, porque até crianças de cinco


anos de idade no recreio sabem bater. Garoto do hóquei". Outro sorriso e eu
rodopiei na sala principal da suíte. "Vamos. Meu avô estará aqui depois do
almoço, então você realmente verá como minha família é louca”.

"Fica pior?".

"Oh, sim. Você n~o viu nada ainda”.

Adam abriu a porta e segurou-a para eu atravessar. "Você sabe, se não fosse
pelo sexo, eu poderia estar lamentando todo este fim de semana agora mesmo".

"Você sabe, se não fosse pelo sexo, eu definitivamente estaria lamentando


todo este fim de semana" eu respondi. "Vamos. Vamos. Satanás só pode durar
pouco tempo na superfície antes que ela fique muito fria e tenha que voltar ao

EMMA HART
submundo”.

"Como diabos você sobreviveu depois de sua adolescência?".

"Evitei minha mãe tanto quanto possível e fui para a faculdade no minuto
em que consegui".

“Escreva um guia para os adolescentes sobre a sobrevivência desses sete


anos horríveis. Você ganhar| milhões”.

Eu apertei o botão do elevador e olhei para ele. "Anotado. Mas usarei o seu
nome para faturar milhões”.

"Eu recebo royalties?".

"Eu lhe darei um boquete por cada mil dólares que eu lucrar".

"E se eu me casar?" Adam colocou a mão no lado da abertura do elevador


para que as portas não fechassem.

Encolhendo os ombros, entrei na caixa espelhada. “Ent~o nós teremos que


firmar um contrato sobre isso e sua futura esposa terá que concordar
totalmente. Sen~o, ent~o você ter| que pagar alguma taxa para um boquete”.

Ele se inclinou contra a lateral, enfiando as mãos nos bolsos. Seus lábios se
curvaram para o lado. "Você sabe qual é a taxa atual?".

Piscando rapidamente, eu fiz o meu melhor para parecer ofendida. "O que
você tentou dizer, senhor?".

"Nada. Foi apenas uma dúvida, n~o foi uma insinuaç~o”ele disse depressa.

Eu sorri abertamente. “Ok, primeiro, pare de entrar em p}nico. Precisar|

EMMA HART
mais do que isso par me ofender”.

"Eu não entrei em pânico".

"Mentiroso" eu disse, quando as portas se abriram. "Eu pude sentir seu


pânico daqui".

"O que você é? Um animal selvagem?”.

Eu olhei por cima do meu ombro. "Se você realmente quiser descobrir, você
precisará me comprar tequila".

Seus olhos brilharam com alguma coisa e ele colocou a mão nas minhas
costas. "Perderei um pouco de sanidade por isso" disse ele, guiando-me para o
saguão principal.

Todos olhos estavam sobre nós - sobre ele - no segundo em que entramos.
Eu não reconheci o garotinho que estava olhando para ele como se tivesse
acabado de ver Deus na vida real, mas eu sabia exatamente o que estava
prestes a acontecer.

O garotinho agarrou o vestido da mãe e puxou. Ela se abaixou, mexendo


nele e ele apontou na direção de Adam. Ele estava pulando na ponta dos pés e
eu juro, eu podia sentir sua excitação.

Ele parecia exatamente com o meu sobrinho na noite anterior.

Adam não havia notado. Ele ficou feliz em me guiar para a porta e eu abaixei
a cabeça. Algo puxou meu estômago - culpa, arrependimento, apenas a
sensação geral de estar errado.

Um olhar para o lado me mostrou o porque.

EMMA HART
Nós passamos direto por ele. Adam ainda tinha a visão focada para as
portas principais e o garotinho, tão animado, parou. Cada passo que Adam dava
mais perto da porta significava que os ombros do garotinho caíam um pouco
mais.

Se ele fosse o meu sobrinho e eu fosse a mulher ao lado dele, eu deixaria


que seu ídolo continuasse andando?

Não. Eu correria e tentaria fazer alguma coisa.

Eu vacilei no meu passo, atingindo minha mão no peito de Adam para detê-
lo.

"Você está bem?" ele perguntou, baixando a cabeça.

"Tem um garotinho ali" eu disse suavemente. “Ele sabe quem você é e quer
conhecê-lo”.

Ele lentamente virou a cabeça na direção do garotinho que tinha chamado a


minha atenção. Agora, ele estava timidamente se escondendo atrás da perna de
sua mãe, como se encontrar com o seu herói fosse demais para ele.

"Papoila..."

Eu não disse nada. Eu me soltei e me aproximei do rapazinho. Meus olhos


encontraram os de sua mãe e com um sorriso, me ajoelhei na frente dele. "Ei,
amigo. Você est| aqui para o casamento de Rosie?”.

Agarrando o vestido de sua mãe com mais força, ele assentiu.

"Quer saber um segredo?".

Outro aceno de cabeça.

EMMA HART
“Sou a irm~ de Rosie. E esse cara? Esse é o Adam West”.

“Da Storms?” ele sussurrou.

Eu me inclinei para ele. "Sim. Não conte a ninguém, ok? Vou trazê-lo aqui se
você prometer manter isso em segredo”.

Ele balançou a cabeça com tanto entusiasmo que pensei que sua cabeça
pudesse se soltar.

"Qual é o seu nome, amigo?".

"Adam" ele sussurrou.

Oh, meu coração.

"Ok, espere". Eu pressionei um dedo nos meus lábios e me levantei. Minhas


sandálias trovejaram contra o chão de azulejos quando voltei para Adam.

"O que você está fazendo?" O Adam adulto sussurrou.

Eu entrelacei os meus dedos aos dele. "Você é o herói dele" eu sussurrei de


volta.

"Vamos nos atrasar para o almoço com sua mãe" ele me lembrou.

“Eu n~o me importo. Ele precisa de você. Eu o arrastei pelo ch~o até onde o
pequeno Adam estava em pé, estupefato”.

Quer dizer, eu meio que entendi. Eu sentiria o mesmo se o Channing Tatum


nu aparecesse no meu quarto, sabe?

"Adam, este é Adam" eu disse, soltando a mão do Adam adulto. "Ele é um


grande fã seu".

EMMA HART
Adam adulto caiu de joelhos. “Ol|, Adam. Esse é um ótimo nome, você sabia
disso?".

O pequeno Adam assentiu. "Meu pai disse que ele me deu o nome do seu
pai".

Eh?

"Ele tem bom gosto" respondeu Adam. "Você está aqui para ver Rosie e
Mark se casarem?".

O pequeno assentiu novamente. "Eu amo o tio Mark ” disse ele.

Ah, esclarecimento maravilhoso.

"Sou a cunhada de Mark” a m~e do pequeno Adam disse, tocando o meu


braço. "Jerica".

“Poppy. Irm~ de Rosie ”eu respondi suavemente, tocando sua m~o.

"Obrigada" ela sussurrou. "Adam West é seu herói".

Adam riu de algo que o menino havia dito. O pequeno Adam jogou a cabeça
para trás, segurando o estômago, rindo como se cada um dos seus sonhos
tivesse se tornado realidade.

Eu engoli em seco. "Ele é incrível. Acho que ele passou mais tempo com
convidados do que comigo. Eu revirei meus olhos”.

Ela riu, tocando meu braço. "Eu diria que é um sinal de um bom homem,
mas isso provavelmente é discutível agora para você".

Olhei de novo para Adam, dando a seu filho mais cinco gargalhadas e não

EMMA HART
havia nada discutível sobre isso. "N~o, ele é. Ele é um bom homem”.

Jerica me cutucou com o cotovelo. “Você tem uma joia. N~o o deixe ir”.

Eu sorri, mas não falei nada. Ele era meu namorado falso, afinal. Mas eu
sabia disso - ele era um bom homem, e isso era tudo o que havia para ser dito.

"Adam, filho, precisamos ir" disse Jerica suavemente, aproximando-se dos


dois Adams. "Tenho certeza que veremos o Sr. Winters novamente neste fim de
semana".

"Sua mãe está certa" disse Adam. "Eu o vejo no casamento!".

O pequeno Adam assentiu, sorrindo largamente. "OK. Você promete?”.

Meu Adam assentiu. "Certo. Eu prometo".

***

"Isso foi fofo" eu disse, virando-me para a escada que levava à praia.

"Isso foi?" Adam estendeu a mão e segurou meu cotovelo, quando eu quase
tropecei em uma pequena fenda em um dos degraus.

"Obrigada". Eu sorri para ele. “Sim, foi fofo. Você o fez ganhar o dia. Como
isso poderia n~o ser fofo?”.

"É como quando eu lhe digo que você é fofa ou adorável, e você não gosta?".

"Não. Porque eu não sou bonitinha nem adorável, mas você interagindo com

EMMA HART
o pequeno Adam, na verdade foi fofo. Como uma montagem de gatinhos fofos
intercalados com patinhos fofos”.

"Os gatinhos não perseguiriam os patinhos e tentariam comê-los?".

Parei no final da escada e me virei para ele. "Você está tentando me


machucar?".

Rindo, ele envolveu um braço em volta dos meus ombros e me abraçou


contra ele. "Eu sinto muito. Os gatinhos e os patinhos brincariam com uma
bolinha de l~ e viveriam felizes para sempre”.

"Por que os patinhos brincariam com lã?".

"Por que você alinha patinhos e gatinhos?".

"Porque é a minha explicação, eu posso usar qualquer imagem de que eu


goste" eu respondi. “É como perguntar a autora de Harry Potter por que Ron
ficou chateado com Dean por namorar Ginny, mas não fez uma narrativa sobre
Harry fazer isso. Pessoalmente, acho que ela precisava ser mais consistente em
suas emoções, mas eu não a questionaria sobre isso. Por que você precisa
questionar minha comparaç~o por fofura?”.

Adam abriu a boca como se fosse responder, mas rapidamente a fechou e


balançou a cabeça.

Eu vi que ele entendeu o porque, uma vez eu fiz minha mãe revirar os olhos
com tanta força que ela se deu uma enxaqueca e teve que se deitar.

Eu era uma graça.

“Ok, ent~o o que eu fiz foi fofo. Ótimo. É assim que quero ser visto. O cara
que faz coisas fofas” Adam disse, com um suspiro.

EMMA HART
"Então, não faça coisas fofas" eu disse a ele, sorrindo. "É realmente tudo
culpa sua".

Ele revirou os olhos, me apertando gentilmente de novo. Obviamente, ele


caiu em si e decidiu desistir de discutir comigo. Para não mencionar que eu
podia ver o bar de praia de estilo tiki, minha mãe já estava sentada em uma
mesa com quatro cadeiras de estilo rattan.

O bar não era nada extravagante, mas definitivamente estava em algum


lugar que eu poderia imaginar ser o coração e a alma de uma noite quente na
praia. Era todo feito de madeira e o teto inclinado estava coberto de folhas de
palmeiras, dando uma sensação exótica.

Luzes grandes e coloridas estavam ligadas à borda, embora elas não


estivessem acesas agora, imaginei que elas pareceriam bonitas no escuro. O bar
se projetava o suficiente para alguém se sentar e comer, não que eu me
sentasse no bar.

Os assentos eram balanços.

Você poderia se imaginar sentado naquele bar depois de muitos coquetéis, e


tentar ficar parado? Não aconteceria. Inferno, provavelmente não aconteceria
nem para mim enquanto sóbria.

Adam viu para onde eu estava olhando. "Você está tentando descobrir
quanto tempo duraria em um desses balanços, não é?".

"Você pode ler minha mente?".

"Não. Eu pensei a mesma coisa" Seus lábios se contraíram. "Aposto


cinquenta dólares que após três margaritas você cairá em seu rabo".

EMMA HART
"Aposto cinquenta dólares que após um copo de água eu estarei na minha
bunda e com isso, empurrá-lo" eu murmurei. "Tudo bem. Aqui vamos nós.
Sobreviveremos a isso”.

"Você diz isso como se estivéssemos indo queimar no inferno".

"Nós estamos, eu levarei você comigo".

Outro aperto. Desta vez, reconfortante. "Vamos. Está no papo".

Eu estava feliz por ele estar tão confiante. Eu estava cagando em minhas
calças. Minha mãe tinha um olho como um falcão e sua mente era tão afiada
quanto a minha língua. Você poderia sedá-la e dizer-lhe uma mentira, e ela
acordaria sabendo que você estava mentindo.

Estar tão perto dela por pelo menos uma hora não seria uma coisa boa. Ela
passaria os próximos sessenta minutos nos examinando para ter certeza de que
nosso relacionamento era o que estávamos dizendo que era.

Desde que não era, isso seria problemático. Se ela soubesse que eu estava
fingindo, nunca pararia de falar sobre isso. Em aniversários, natal, batizados,
casamentos.

Inferno, ela colocaria isso na minha lápide.

Aqui jaz Poppy Dunn. Ela era uma mentirosa, gorda e fingindo ter um
namorado.

Eu olhei para a minha mãe. Ela pegou um grande copo de plástico e sorveu a
palha vermelha que estava dentro dele.

Então ela viu minha camiseta.

EMMA HART
"Eu quero estar onde as pessoas não estão" dizia minha blusa turquesa
brilhante e bonita.

Mamãe franziu a testa.

Adam olhou para a minha camisa. "Talvez você devesse ter usado um
vestido".

“E perder o olhar no rosto dela? Nunca".

Ele balançou sua cabeça. "E você acha que ela é a única que vai nos arrastar
para o inferno".

Eu apontei meu cotovelo para o lado dele.

Eu me lembrarei disso.

EMMA HART
Bebidas e Desastres

"Mam~e. Nós deixamos você esperando por muito tempo?” Eu perguntei,


sendo perfeitamente doce.

"Sim" disse ela, apertando seus óculos de sol e levantando-os, para que eu
pudesse obter o impacto total da ira que queimava em seus olhos. "Você está
atrasada".

"Isso é culpa minha, Sra. Dunn" Adam avançou. "Eu sinto muito. Um dos
primos de Mark nos viu no saguão e seu filho é fã. Parei para dizer ol|”.

Mam~e tocou a m~o no peito. “Oh! Isso foi lindo da sua parte. Por que vocês
dois n~o se sentam? Vou buscar o primeiro coquetel para nós testarmos”.

Respirei fundo e peguei minha cadeira, mas Adam bateu na minha mão. Ele
puxou a cadeira, as partes inferiores das pernas arranhando contra o pátio em
que estávamos.

Mamãe viu, levantando uma sobrancelha, mas ela não disse nada.

"Obrigada" eu disse baixinho, tomando o meu lugar.

Adam se posicionou entre nós. Uma escolha sábia. As mulheres da minha


família eram conhecidas por chutar umas às outras debaixo da mesa nas
ocasiões.

EMMA HART
Mamãe endireitou-se e acenou na direç~o do bar. “Rosie pediu três
coquetéis rosa claro para combinar com o tema do casamento, nós temos que
escolher um dos três. O primeiro que testaremos é um coquetel de ruibarbo e
gengibre”.

"Ruibarbo? Em um coquetel? Em um casamento?" Isso me escapou antes


que eu pudesse parar o meu cérebro. "Mesmo?"

Ela suspirou. "Eu sei. Eu levantei a mesma preocupação. O gin é um gosto


adquirido, n~o um que eu tenha certeza de possuir”.

"Eles colocam ruibarbo em um coquetel e o gin é com o que você está


preocupada?".

"Pode ser bom" Adam disse, em uma tentativa óbvia de neutralizar a


situaç~o. “As coisas mais estranhas fazem sentido {s vezes. Como abacaxi na
pizza”.

Mamãe sacudiu a cabeça. "Abacaxi na pizza nunca faz sentido".

Com uma careta, eu assenti.

“Por que você est| sorrindo assim? É porque você est| concordando
comigo?”.

Eu fingi olhar em volta para o bar. "Os coquetéis já estão prontos?".

Mam~e sorriu e olhou para Adam. “Abacaxi na pizza é a única coisa em que
concordamos. Isso e a falta de bom temperamento dela”.

"Mesmo? Você concorda com o seu temperamento?” Adam se virou para


mim.

EMMA HART
Dei de ombros. “Eu tenho um temperamento quente. N~o é minha culpa. É a
ruiva em mim. Meu temperamento ataca como um fósforo”.

"E queima como um incêndio em casa" mamãe continuou.

"Se os trajes de prisão não divergissem com a cor do meu cabelo, eu


provavelmente seria uma assassina".

“Eles s~o laranja. Eles se confundem com o seu cabelo ”Adam disse,
franzindo a testa.

Mam~e sacudiu a cabeça. “Ela usou laranja uma vez. Ela parecia uma tigela
humana de frutas”.

Isso infelizmente foi verdade.

Suspirei. "Esse foi um dia difícil".

Adam olhou para mim e inclinou a cabeça. "Então, essa é realmente a sua
cor natural de cabelo?".

"Você não sabia disso?" Mamãe perguntou.

"Nós nunca discutimos sobre o cabelo dela" ele disse honestamente.

"Sim". Eu pulei antes que pudesse ir mais fundo no que tínhamos e não
havíamos falado. "O fundo não é, mas o topo é", eu expliquei, referindo-me ao
efeito ombre que tinha, que levou meu cabelo de ruivo escuro a uma cor mais
clara e { outra ainda mais clara. “Mantém isso fresco. Eu gosto disso".

"Você nunca discutiu isso?" Mamãe continuou com seu interrogatório.

Ótimo. Agora ela tinha uma abelha no chapéu. Eu vi o brilho nos olhos dela.

EMMA HART
Ela era um cão farejador e ela pegou o cheiro de besteira absolutamente.

"Você discute sobre o seu cabelo com papai?" Eu atirei de volta.

Ela fez uma pausa. "Bem... não".

"Lá vai você, então".

Na hora certa, o garçom apareceu com uma bandeja de prata. Três


pequenos copos que se assemelhavam a taças de vinho estavam cheios de um
líquido cor-de-rosa claro, um punhado de cubos de gelo e uma estranha coisa
rosada, que eu temia ser ruibarbo de verdade.

Eu já estava cética e agora eu estava pronta para vetar essa bebida apenas
pelo seu visual.

“Coquetel de ruibarbo e gin de gengibre” disse o garçom, abaixando a


bandeja para a mesa. Um por um, ele pegou os copos e colocou-os em suportes
de tecido na frente de cada um de nós. "E seus menus". Menus dobrados e
laminados foram colocados à nossa frente.

"Obrigada" disse minha mãe. "Podemos ter um pouco de pão, por favor?".

“Absolutamente, senhora. Eu pegarei agora”.

"Obrigado." Ela abriu o cardápio, efetivamente dispensando-o e Adam olhou


para mim.

Durou apenas o mais breve dos segundos, antes de voltar sua atenção para
o copo.

Sua expressão só poderia ser descrita como uma coisa.

EMMA HART
Arrependimento.

"Você está bem?" Eu perguntei a ele.

"Sim. Só estou pensando em como eu não me manteria vivo, se algum dos


meus colegas de equipe me visse bebendo coquetéis cor-de-rosa”. Ele franziu a
testa. "Eu não acho que vou, nem eles me veem".

"Você está fazendo isso para o bem maior" eu lhe disse com voz baixa. "E
um encontro para o almoço pode impedir que garotas adolescentes aleatórias
gritem com você".

"Isso aconteceu uma vez" ele me lembrou, levantando um dedo. "E não foi
minha culpa".

"Garotas adolescentes gritaram com você?" Mamãe perguntou, pegando o


coquetel antes de largá-lo rapidamente. "Precisamos enviar uma nota pedindo
às pessoas para controlarem seus filhos".

Eu engasguei com a minha própria saliva. "O que é isso? Um maldito


zoológico? M~e, você n~o pode fazer isso!”.

"Bem, se você não tivesse trazido uma famosa estrela do esporte como o seu
par...".

E é por isso que minha mãe e eu não almoçamos juntas.

"Eu não fiz isso deliberadamente". Eu mudei no meu lugar. Ah, se ela
soubesse o quanto isso era verdade! “N~o é como se eu tivesse sabotado um
casamento ou algo assim. Inferno, eu nem sabia quem ele era quando nos
conhecemos”.

Está certo. Eu estava indo para a linha da verdade, tanto quanto eu podia.

EMMA HART
Quanto menos mentiras eu contasse, menos chance eu tinha de ser pega com
minhas calças em chamas.

E ninguém queria que suas calças estivessem em chamas. Se minhas calças


estivessem em chamas, minha vagina estaria em risco e o homem era uma coisa
útil para tê-la em volta e funcionando completamente.

Especialmente se a pessoa que sabe fazer algo com a minha vagina fosse
Adam Winters.

Felizmente para mim, naquele momento, o garçom salvou a minha bunda


de ruiva mais uma vez.

"Aqui está a cesta de pão que você pediu, Sra. Dunn". Ele colocou uma cesta
de vime cheia de fatias de pão no centro da mesa, junto com três pequenos
pratos, facas e um pequeno prato cheio de manteiga. "Vocês olharam os seus
cardápios ou provaram as suas bebidas?".

"Sim, eu sei o que eu gostaria de pedir" eu menti, abrindo meu cardápio


pela primeira vez. Deslizando com meus olhos e fingindo que sabia o que estava
procurando, passei o dedo pelo card|pio. “Comerei salm~o com batata-frita.
Obrigada". Eu dobrei e entreguei a ele.

Os olhos de Adam se arregalaram como se eu tivesse dito a ele que um disco


estava pousando em seu nariz. "Eu vou... eu vou querer o bife".

"Qual bife, senhor?" perguntou o garçom.

“Garupa. Raro" Ele fechou o card|pio e o entregou ao garçom.

Mam~e, no entanto, parecia ligeiramente divertida. “Comerei uma salada


Caesar com frango, obrigada. Pode se retirar”.

EMMA HART
Com isso, ele foi dispensado. Mesmo que ele abrisse a boca para perguntar
sobre outra coisa - provavelmente nossos coquetéis, eu não o culparia. Mamãe
era aterrorizante na maior parte do tempo. Horrível, na pior das hipóteses.

"Então..." disse minha mãe, pegando um guardanapo da mesa. Sem olhar


para nós, ela o dobrou e o colocou no colo. "Onde vocês se conheceram?".

"Em um bar" Adam respondeu honestamente. “Ela era a única mulher na


vizinhança que não olhava para mim como se eu fosse um vale refeição.
Acontece que ela n~o fazia ideia de quem eu era”. Ele olhou para mim, os l|bios
se contorcendo em um sorriso.

Ok, nossa. Nós realmente estávamos contando a verdade aqui.

Peguei minha bebida e olhei para mamãe. "É verdade. Ele poderia ter sido
aquele cara que joga no time espanhol e ainda assim n~o o teria reconhecido”.

"Qual cara?" Mamãe perguntou, franzindo a testa.

"Eu não sei" eu respondi. "Se eu soubesse, teria dito o nome dele".

"Ronaldo?" Adam pulou, salvando a minha bunda.

"Aquele cara. Ele não está em Portugal? Por que eu acho que ele jogou na
Espanha?”.

"Ele joga na Espanha". Ele estava visivelmente tentando não rir de mim
neste momento. "Ele é português, então ele joga em Portugal, mas seu time é o
Real Madrid".

Eu olhei para mamãe novamente e encolhi os ombros. "Ai está. Tudo o que
eu sei, é como ele fica com a camisa sensual”.

EMMA HART
Mamãe suspirou. "Você realmente não sabia quem ele era?" Ela fez sinal
para Adam. "Até eu sabia quem ele era quando o vi".

"Quando você já me viu assistir esportes?".

"Você estava muito interessada em beisebol quando adolescente".

"Sim. Eles usam calças apertadas. Toda adolescente se interessa em


beisebol e n~o é pelo esporte”. Revirei os olhos e tomei um gole da bebida.

Eu não sabia se era o gin, o ruibarbo ou o gengibre, mas essa bebida


precisava morrer em um maldito incêndio na casa.

"Eh! Ack! Ah não!" Eu gaguejei e coloquei a bebida sobre a mesa,


estremecendo quando um arrepio tomou conta de todo o meu corpo. "Ah não.
Faça isso ir embora”.

Adam começou a rir, enquanto mamãe simplesmente suspirou com a minha


teatralidade.

"Poppy, não pode ser tão ruim" disse ela, pegando seu copo e trazendo-o
para o rosto. Ela bebeu no copo, cheirando-o.

Bom Deus. Foi um coquetel, não um vinho vintage.

Mamãe tomou um gole. Instantaneamente, seu rosto se contorceu na


imagem de nojo absoluto, e quando ela colocou o copo na mesa, eu juro, ela
quase parecia ofendida por ter ousado colocá-lo em sua boca.

"Oh, meu Deus" ela engasgou.

Adam encolheu os ombros e olhou para o copo. "Eu gosto disso".

EMMA HART
"Você é voto vencido" eu disse rapidamente, quando mamãe acenou com a
mão para o garçom.

Ah, não.

Meus olhos se arregalaram e o pé de Adam me cutucou debaixo da mesa.


Nossos olhos se encontraram por um breve segundo e ele ergueu as
sobrancelhas.

Nenhum garçom veio.

Mamãe respirou fundo e pegou todos os três copos com extrema habilidade.

Tudo bem, não extrema, mas um movimento tão liso que eu deixaria cair
todos eles se eu tentasse.

"O que ela esta fazendo?" Adam sussurrou, inclinando-se para mim e
descansando o braço na minha cadeira, seus olhos na minha mãe levando as
bebidas para o bar.

Eu me virei, olhando para ela. "Bem, se eu a conheço, e eu sei que eu o


faço...".

"Eu espero que sim".

Eu atirei-lhe um rápido olhar. "Ela está prestes a rasgar um desses pobres


idiotas por se atrever a servi-lhe algo tão vil".

"Mas ... os coquetéis foram pedidos".

"Sim" eu disse, encontrando seus olhos. “Isso n~o significa que ela seja
razo|vel sobre isso. Você n~o aprendeu nada desde que chegou aqui?”.

EMMA HART
“Bem, entre o fato de você não saber quem eu era, o problema de sua irmã
com o plano de mesa e agora sua m~e com os coquetéis… acho que estou
chegando lá, na verdade. Eu estou vendo o razoável, como um traço feminino
de família.”

Eu pisquei para ele. "Se o seu rosto não fosse tão bonito, eu o socaria."

Ele sorriu, girando um pouco do meu cabelo em volta do seu dedo. "Não,
você não iria".

"Você tem certeza? Eu sou muito boa com a minha m~o direita”.

Uma de suas sobrancelhas se arqueou. "Eu sei".

“Isso n~o é...eu não fiz. Quero dizer..." Eu respirei fundo e olhei para ele.
"Pare de foder comigo".

"Eu poderia, mas eu sei que você vai foder comigo no segundo em que você
chegar, então...".

Mamãe voltou segundos depois e se sentou. "Eles não vão servir isso de
novo" observou ela. "margarita limonada rosa é a seguinte".

Bem, isso soou melhor do que a merda de gin que nos deram, isso era certo.

Mamãe recolocou o guardanapo de volta no colo antes de sorrir para nós


dois. “Ent~o, conte-me sobre o seu relacionamento. Estou surpresa de que você
nunca tenha me contado sobre ele, Poppy”.

Nós já prevíamos isso.

“Como Adam disse antes, ele estar aqui foi coisa de último minuto. Eu n~o
queria lhe dizer que eu estava vendo alguém. Nós estávamos guardando para

EMMA HART
nós mesmos”.

"Por causa da atenção da mídia e coisas assim" Adam interveio. "Eu sou
seguido ocasionalmente e estes últimos meses têm sido ruins com os tablóides
esportivos, enquanto eu estava em negociações para novos contratos".

Eu fiquei quieta. Por enquanto, tudo bem. Eu esperei.

"Eu esperava que eles me deixassem em paz depois que a equipe anunciou
que eu tinha assinado outro, mas eles me viram jantando com minha irmã
algumas semanas depois e teceram uma história sobre uma 'garota
misteriosa'". Ele bufou. “Depois disso, fui eu quem disse para manter a calma
para proteger Poppy”.

Ele foi bom.

Ele foi muito bom.

Mesmo que a história fosse um pouco arriscada, quero dizer, e se ele tivesse
sido visto com verdadeiras garotas misteriosas? E se meus pais soubessem
disso?

Naquele momento, nossa próxima rodada de coquetéis chegou, distraindo a


mamãe de responder. Ela estreitou os olhos e quando ela fez uma pergunta,
Adam me cutucou debaixo da mesa e piscou para mim.

Ele estava muito mais confiante do que eu me sentia. Mesmo agora.

EMMA HART
Luxúria e Mentiras

Poppy mordeu o lábio e olhou para baixo.

Ela estava preocupada. Entendi. Eu também estava preocupado. Eu era o


único sentado aqui, do lado oposto da mulher mais afiada que eu já conheci,
debruçada sobre os meus malditos dentes.

Eu nem sequer tinha um plano. Eu estava improvisando enquanto possível,


rezando para que soasse uma história plausível. Um dos meus companheiros de
equipe manteve seu relacionamento secreto por esse exato motivo, há alguns
anos.

Eu não me importava se ela achava que eu estava mentindo. Eu só queria


que ela acreditasse que Poppy estava sendo honesta.

Ela não estava, mas isso estava além do ponto. Nós ficamos sentados aqui
por dez minutos e eu entendi por que Poppy precisava de um encontro falso.

Por que eu tinha concordado em ser... O júri ainda estava fora. Foi um
impulso, algo para preencher um fim de semana livre.

Ou talvez tenha sido aqueles lindos olhos castanhos dela. Talvez até o

EMMA HART
sorriso adoravelmente tímido, de seus lábios se curvando sempre que nossos
olhos se encontravam.

Fosse o que fosse, eu concordara e não estava preparado para isso. Nenhum
de nós estava.

E tive a impressão de que ela ainda não me perdoou, por não ter dito quem
eu era.

"Margaritas limonadas rosas com açúcar" disse o cara, enquanto ele colocou
três copos na nossa frente.

"Este lugar é completamente privado, não é?" Eu verifiquei novamente com


o garçom.

Ele piscou, reconhecimento passando em seus olhos. Ele me deu um aceno


rápido. "Sim, senhor. Qualquer um que for pego invadindo é detido pela
segurança até a polícia chegar”.

"Boa. Obrigado".

Ele assentiu novamente. "Sua comida deve sair em breve".

"Obrigada", disse a mãe de Poppy, dispensando-o.

Ela era eficiente nisso. Eu precisava de algumas dicas para me livrar das
pessoas de vez em quando.

"Você está preocupado com a sua privacidade?" Ela perguntou, virando seu
olhar afiado em mim.

“Acabou de me ocorrer que h| muitas pessoas aqui que sabem quem eu


sou”, falei devagar. "E tudo o que é necess|rio é um post de mídia social, e

EMMA HART
poderíamos ter um problema".

"O que? Seus colegas de equipe verão fotos de você bebendo coquetéis cor-
de-rosa?” Poppy sorriu. "Oh, a vergonha".

Eu estaria mentindo se dissesse que o pensamento não passou pela minha


cabeça. "Isso seria a menor das minhas preocupações se eles trouxerem suas
câmeras de lente longa e sua bunda ficar estampada em toda a internet".

Ela fez uma pausa e encolheu os ombros. "Eu malho para ter esta bunda".

"Poppy!" Sua mãe pressionou a mão contra o peito. “Meu Deus!"

"É verdade! E a menos que seu nome seja Chris Hemsworth, minha bunda é
tudo o que terei de atributo.

Eu fiz uma anotação mental para mudar meu nome... Ou comprar uma
máscara de papelão do rosto dele, só para ver se ela cumpria essa promessa.

Sua mãe cortou-lhe um olhar sombrio, em seguida, virou-se para mim, uma
pitada de compaixão em seus olhos. "Eu posso pedir para a segurança para
manter um cuidado extra, se você quiser".

"Eu não quero fazer um grande negócio disso, mas eu odiaria que o
casamento de Rosie possa ser arruinado por causa de alguns bastardos
intrometidos".

Ela assentiu bruscamente. "Deixe-me ver o garçom, ver se eu posso ligar


para o gerente e pedir-lhe para descer" Ela pegou a margarita e tomou um gole.
"Isso é bom. Eu gosto disso". Ela tomou outro grande gole e se levantou,
deixando o copo quase um terço vazio na mesa.

Poppy olhou para o copo, olhou de volta para a mãe, recuou, depois olhou

EMMA HART
para mim. “Você disse isso de propósito, n~o foi? Para se livrar dela”.

Eu peguei o copo de margarita. "O que lhe faz dizer isso?".

"Porque ela saiu" disse ela com naturalidade, seu olhar tão calculista quanto
o da sua mãe.

Ela disse que sua mãe tinha os olhos de um falcão, mas ela também os tinha.
E o maior problema com Poppy Dunn era que ela não sentia falta de nada.

"Talvez tenha sido para nos dar uma pausa no interrogatório" eu admiti:
"Mas depois que eu disse o que eu fiz ..." Eu coloquei o copo para baixo sem
tocá-lo e passei a mão pelo meu rosto.

Poppy franziu a testa.

Estendendo a mão, empurrei alguns cabelos do rosto dela, deixando meus


dedos percorrerem sua pele macia. Ela encontrou meus olhos e a incerteza
brilhou em mim.

"É uma coisa real, Red". Suspirei, baixando a cabeça. “Eu gostaria que n~o
fosse, mas é. Há um monte de adolescentes aqui e se os adolescentes amam
qualquer coisa, é uma merda de mídia social” eu terminei em um murmúrio.

"Eu não pensei nisso".

"Por que você faria? Você n~o tinha motivo para isso.” Meus l|bios puxaram
para o lado. “Eu também n~o quero que nada aconteça com o casamento da sua
irmã. Ela parecia estressada o suficiente esta manhã sem que eu fosse um
problema para ela”.

Eu também não quero você envolvida em qualquer coisa que você não
precise estar.

EMMA HART
Os lábios de Poppy franziram, como se ela soubesse que havia algo que eu
não estava dizendo. Seu olhar correu de um lado para o outro no meu rosto. Ela
estava descobrindo se eu estava escondendo alguma coisa dela - como eu
estava - e eu sabia que ela descobriria.

Ela arrancou um canudo do suporte no meio da mesa e colocou em seu


copo. Inclinando-se para frente, certificou-se de que o cabelo estava fora do
caminho e levou o canudo entre os lábios.

Meus olhos caíram para sua boca.

Porra. Eu nunca quis tanto ser um canudo de plástico na minha vida.

Seus olhos deslizaram para mim quando ela soltou o canudo. "Você quer
uma foto para que você possa continuar olhando, mesmo quando eu não estiver
aqui?".

"Depende do que é a foto".

"Eu lhe dando o dedo" ela murmurou.

Eu ri, inclinando-me de volta na minha cadeira. "Provavelmente a foto mais


fácil de se pegar de você".

Provando-me bem, ela virou o copo e tomou outro grande gole. "A
propósito, eu sei que você parou de dizer algo um minuto atrás, e até o final do
fim de semana, eu vou tirar isso de você".

Peguei minha margarita e encolhi os ombros. "Pode tentar".

"Então você está admitindo isso?".

"Mentir não me faz bem agora, não é?".

EMMA HART
"Eu n~o me importo" disse ela. “Você me dir| ou eu vou aborrecer o inferno
para fora de você até que você faça.”

"Fazer o que?" sua mãe disse, quando se juntou a nós novamente na mesa.
"O que você está fazendo?".

"Admitindo que ele estava mais interessado em mim, do que eu estava nele
quando nos conhecemos" disse Poppy sem pestanejar. "É um ponto de
discórdia".

"Mesmo se fosse verdade, eu nunca admitiria" eu disse, pegando a dica


imediatamente. "Deus sabe o que você faria com essa informação".

"Contrate Banksy para colocá-lo na parede ao lado de sua casa" ela brincou.

"Você pode fazer isso? Isso é na minha propriedade, o que significa que eu
seria o dono. Isso é dinheiro na certa”.

Poppy abriu a boca, algo piscando através de seus olhos. Ela manteve essa
expressão por um momento antes de decidir não discutir comigo. Abrindo os
lábios, ela agarrou seu copo e se recostou na cadeira, me olhando com
aborrecimento.

Eu sorri para ela. Então, esfreguei o sal na beirada, levantei meu copo para
ela.

Sua mãe olhou entre nós dois, os olhos indo e voltando por alguns bons
segundos. Então, ela pegou seu próprio copo, olhou para mim, sorriu e levantou
o dela.

Bem, bem, bem.

Acabei de receber a aprovação da mãe dela, uma que eu não precisava.

EMMA HART
Mas, estranhamente, eu estava feliz em tê-lo.

***

"Isso foi uma tortura" disse Poppy, caindo na areia. "E você! Seu traidor".
Ela me empurrou no segundo em que minha bunda bateu na areia. "Você se
divertiu!".

Cheguei por trás da minha cabeça e puxei minha camisa com um puxão. "O
que?".

"Você se divertiu!" ela disse.

Olhando para o meu estômago.

“Você quer uma foto minha?” Eu puxei sua dica.

“Ugh! Você é insuport|vel!” Seguindo meu movimento, ela puxou a blusa e


jogou sobre mim para se juntar a minha camisa.

O top de seu biquíni era branco, exibindo uma estranha cor rosa-dourada
em sua pele e ela varreu o cabelo para o lado, expondo o lado do pescoço.

Ela se virou para olhar para mim. "Agora quem precisa de outra foto do
caralho?".

Eu levantei minhas mãos. "Só porque eu me dei bem com sua mãe...".

"Isso não é porque ela agora lhe adora!".

EMMA HART
"Adora-me, né?".

"Ela abraçou você mais do que ela me abraçou!".

"Isso é porque eu fui legal com ela" eu a lembrei. "Você era, bem, um cacto
humano".

Poppy revirou os olhos e deitou-se, puxando os óculos de sol do alto da


cabeça para cobrir os olhos. "E você é o pior namorado falso de todos os
tempos".

"Ei, você sabe que isso não é verdade". Eu bati meu pé contra o dela. "Se eu
fosse assim, eu não seria amigo de sua mãe".

"Esse é o ponto, idiota". Ela rolou para o lado, apoiando-se no cotovelo e


puxou os óculos para me olhar nos olhos. “Ela gosta de você. Agora, quando
este fim de semana estiver acabado, vou ter que colocar questões sobre você
até que eu possa inventar uma razão viável para por que diabos eu terminaria
com alguém como você”.

"Alguém como eu? Quer elaborar?”.

"Não". Deixou cair os óculos de volta no lugar e ela ficou de costas.

Eu rolei para o meu estômago. "Oh, vamos lá. Até eu sei que você não vai
atender as ligações dela e evitá-la quando esse fim de semana terminar. Você
vai evitá-la até que seja absolutamente necessário, então diga-lhe que não
queria dizer-lhe que terminamos”.

"Oh, sim? E que desculpa eu darei a ela, gênio?”

“N~o sei, Red. Faça-me parecer um idiota. Digamos que eu tenha traído você
ou algo assim”.

EMMA HART
Ela bufou. "Por favor. Olhe para o seu maldito abdômen. Você não pode trair
nem uma dieta. Você não tem abdômen assim por trair uma dieta”.

“Na verdade, eu sou ótimo nisso. H| uma raz~o pela qual estou na academia
antes mesmo de você acordar. É porque tenho um pequeno vício em açúcar.

“Oh, sim, quero dizer, até parece. Nunca lhe vi comendo açúcar”.

Rindo, descansei de volta nos cotovelos. "Você ri. Quando minha irmã mais
velha estava grávida, ela ansiava por cheesecakes da Cheesecake Factory. Um
dia, quando o marido dela estava fora trabalhando, fui buscar uma para levá-la
no dia seguinte. Eu tive que voltar no dia seguinte para pegar outra porque eu
comi tudo sozinho”.

"Você é tão cheio de merda", Poppy murmurou.

"Acredite ou não, Red, é a verdade".

"Certo. É a verdade". Ela fez aspas no ar.

Eu balancei a cabeça e virei meu rosto para o sol. Ela não ia acreditar em
mim e eu não iria lutar com ela por isso. Ela era teimosa e teimosa - eu aprendi
muito.

No entanto, de uma maneira estranha, isso a tornava atraente. Ela não tinha
medo de dizer o que pensava e não tinha medo de defender aquilo em que
acreditava.

E deixe-me dizer-lhe que fãs eram uma coisa. Elas não eram apenas para
astros do rock. Eles eram para todos com um pouco de dinheiro e estrela da
mídia , eu encontrava mais do que algumas delas que estavam interessados em
mim pelo que eu tinha, não quem eu era.

EMMA HART
Eu não menti quando disse isso a Poppy.

Quando ela entrou na minha vida naquele bar, ela foi uma lufada de ar
fresco. Eu estaria mentindo se dissesse que não foi atraente para mim. Tinha
sido. Era uma raridade e algo que eu gostava.

Não que eu esperasse encontrá-la no final da minha cama, olhando para


mim na manhã seguinte. E eu com certeza não esperava que ela explicasse que
precisava de um encontro para este casamento.

Mas ela o tinha feito, eu estava aqui e eu estava começando a ficar


desconfortável.

Não por causa de sua mãe severa. Não porque todos aqui sabiam quem eu
era enquanto ela não sabia. Não por causa do avô maluco que eu ainda tinha
que conhecer.

Mas porque eu sabia que uma coisa era muito verdadeira.

Poppy Dunn, com seus cabelos ruivos e olhos castanhos e sua boca
espertinha, era alguém por quem eu podia me apaixonar.

"Assim. O que você não estava contando-me?” ela perguntou.

"Não estava contando a você?".

“Mais cedo. Quando você falou sobre a mídia. Havia algo que você nunca me
disse.” Ela levantou um braço acima de sua cabeça, dobrando-o no cotovelo,
calma como a porra.

Deixando cair a cabeça para trás, eu disse: "Eu não tenho idéia do que você
está falando".

EMMA HART
“Claro, você n~o sabe. Eu vou acreditar nisso quando, oh, est| certo. Eu n~o
vou”.

"Você tem essa boca em você".

“N~o entre na discuss~o da minha boca novamente. J| tivemos essa


conversa uma vez e se você precisar de um lembrete, não merece saber o que
minha boca pode fazer”.

Eu não precisava de um lembrete. Eu poderia imaginar isso. Não que eu


estivesse em posição de imaginá-lo enquanto estava deitado na praia de short,
mas lá estava eu, imaginando.

Imaginando como seria tê-la ajoelhada entre as minhas pernas, a mão dela
envolvendo a base do meu pau enquanto ela brincava com o topo com a boca.

Eu ajustei meu short, me mexendo desconfortavelmente na areia. A cabeça


de Poppy virou a menor distância, então ela pegou o meu movimento. Se a
virada de sua cabeça não fosse suficiente, a curva de seus lábios cor-de-rosa
brilhantes lhe dava um jeito.

Ela seria uma merda no poker. Eu sabia muito disso.

"Olhe para mim assim de novo, Red, e eu beijarei o sorriso de seus lábios".

Ela bufou. "Você deseja".

"Não me teste".

"Você não me assusta".

"Eu não preciso lhe assustar, mas eu já sei que seu autocontrole está
acabando".

EMMA HART
Poppy se apoiou em um cotovelo e olhou para mim por cima de seus óculos.
Ela estava deitada em seu biquíni, os dedos apertados no braço de seus óculos
de sol - bem, era difícil levá-la a sério.

"E o que você sabe sobre o meu autocontrole, garoto do hockey?".

Eu rolei para o meu lado e mantive meu olhar no dela. "Eu sei que eu
passaria o dedo por dentro da sua coxa e você se contorceria".

“Claro que sim. Essa é uma |rea delicada”.

"Eu sei que poderia me inclinar e nem mesmo beijar seu pescoço e você
respiraria pesadamente, e que se eu beijasse você, suas unhas cravariam em
minha pele".

"Se você está tentando me excitar, não está funcionando". Ela recolocou os
óculos e caiu de novo. “Tudo o que você est| fazendo é me fazer querer tirar
uma soneca, honestamente. Aquele almoço foi estressante”.

“E é assim que você vai lidar com isso? Cochilando?”.

“N~o é assim que todo mundo lida com o estresse? Dormindo e fingindo que
n~o existe realmente?”.

Lentamente, eu balancei a cabeça. “N~o, Red. A maioria das pessoas, eu não


sei. Eu me exercito".

"Sim, bem, isso parece muito exercício para mim". Ela disparou. "Eu prefiro
cochilar, depois tomar uma taça de sorvete e lidar com isso amanhã".

"Isso seria mais benéfico se sua mãe não estivesse aqui hoje". Eu ri. "Vamos.
N~o foi t~o ruim quanto você est| se saindo e você sabe disso”.

EMMA HART
Ela fungou, rolando de bruços. "Eu não posso falar com você, quando você
está sendo tão irracional".

Rindo, estendi a mão sobre ela. Com um grande puxão, eu a puxei de costas
mais uma vez e escarrancheia-a, prendendo-a nesta posição. Eu não precisava
que ela removesse seus óculos para saber que ela estava olhando para mim
como se eu tivesse acabado de chutar seu filhote de cachorro.

"Eu sou irracional?" Eu perguntei, passando minhas mãos pelos seus braços.
Meus dedos brincaram com as palmas das mãos até que eu as coloquei entre as
dela. "Você é a única a fazer barulho por absolutamente nada".

"Absolutamente nada?” Nós mal escapamos através da pele dos nossos


dentes.

“Talvez em Poppyville. No mundo real, ela acreditou em tudo o que


dissemos e bebeu três dessas margaritas.” Eu arqueei uma sobrancelha. “Você
está apenas irritada porque ela gosta de mim. Você admitiu há alguns minutos
atr|s”.

"Bem. Estou chateada que ela goste de você. Mas não só porque eu tenho
que fingir terminar com você. Eu não estou acostumada com ela gostando dos
meus namorados. Real ou n~o”.

"Namorados? Você quer dizer que mais de uma pessoa suportou seu drama
de verdade?”.

"Se você não estivesse sentado em mim, eu te chutaria nas bolas" ela
ameaçou, mexendo-se embaixo de mim.

Meu pau se contraiu. "Eu pararia de se mover se fosse você".

EMMA HART
"Não". Ela se contorceu com mais força.

Com um puxão, eu a puxei comigo enquanto eu rolava de costas. Ela gritou,


e quando ela desceu em cima de mim, eu passei meus braços ao redor de suas
costas, nossas mãos ainda entrelaçadas.

"Eu não estou confortável!" Ela retrucou.

"Nem eu estava, enquanto você se contorcia debaixo do meu pau" eu


retruquei.

"Então, você vai deslocar meus ombros?".

"Não. Eu só vou mantê-la aqui, até que você entenda que eu lhe disse para
parar de se contorcer por uma raz~o”.

Eu juro que ela revirou os olhos.

"Eu sei porque você me disse para parar, garoto do hockey" ela disparou.
“Eu posso sentir isso pressionando meu estômago. Não é exatamente um pênis
que pisca e você vai sentir falta, é?”.

Eu mordi de volta uma risada. "Essa é a maneira mais estranha que alguém
já me disse que eu tenho um grande pau".

“Eu n~o disse que era grande. Eu disse que n~o era pequeno”. Ela fez uma
pausa. "Por tudo que você sabe, eu o estava chamando de medíocre".

Ela estava tão cheia de merda, mas droga, essa inteligência afiada me
mataria um dia.

“Tudo bem, Red. Por que você n~o coloca seu dinheiro onde est| sua boca e
nós vamos voltar para o nosso quarto para que eu possa lhe mostrar o quão

EMMA HART
medíocre é, quando sua boceta est| molhada e você me implora por mais?”.

Poppy se contorceu e senti suas pernas se apertarem juntas. "Na verdade,


você sabe o que, eu me lembro prometendo a Rosie que eu a ajudaria a fazer
algo hoje".

Ela forçou seu caminho para fora do meu aperto, e eu sorri, deixando
minhas mãos caírem para os lados.

"Você fez, huh?".

Ela assentiu. "Sim, uh, algo sobre o plano de mesa que mamãe estava
interferindo".

Sentei-me quando ela pegou a blusa e falei. "E você acabou de se lembrar".

“Uh-huh. Eu estou esquecida. Esqueço tudo. O que posso dizer?" Ela puxou a
camisa por cima da cabeça e se moveu.

Eu peguei seu pulso e a puxei de volta para mim. Ela soltou um som
estranho, e eu coloquei meus dedos em seu cabelo e em volta da parte de trás
de sua cabeça.

E a beijei.

Suas unhas instantaneamente cravaram na minha coxa quando ela se


inclinou para mim. Ela tinha gosto de tequila, morangos e sorvete e cheirava
como o mar. Foi uma combinação viciante.

Ou talvez fosse apenas ela quem era viciante.

Eu a soltei com um roçar de dentes sobre o lábio inferior. "Esqueça isso" eu


murmurei.

EMMA HART
Ela abriu a boca, depois parou, balançou a cabeça e ficou de pé. A areia se
moveu abaixo dela, quase fazendo sua viagem e eu tive que rir na minha mão,
então ela não se virou e me bateu.

Que, vamos encarar, provavelmente era algo que ela faria.

Eu a assisti ir, sacudindo o cabelo de fogo por cima do ombro. Ela olhou
para trás, corando quando percebeu que eu a peguei olhando, e desviou o olhar
bem a tempo de evitar tropeçar no último degrau.

Ajudando Rosie uma ova.

Tudo o que ela estava fazendo era ajudar-se a manter suas calças e meu pau
duro.

Eu rolei para a minha frente, deslocando meus quadris para que meu pau
duro e latejante não estivesse totalmente contra a areia, e enterrei meu rosto
em meus braços.

Este foi um longo fim de semana.

EMMA HART
Clitóris e Cacarejos

Eu esfreguei minha mão no meu rosto e coloquei meus óculos em cima da


minha cabeça com a outra.

Oh. Meu. Deus.

Adam Winters ia me matar.

Não seria minha mãe depois de tudo. Talvez não esteja escrito em minha
lápide que eu era uma mentirosa. Talvez lesse que um jogador de hockey em
brasa fez meu clitóris explodir de desejo, e foi assim que eu morri.

Quero dizer, desde que venha um orgasmo primeiro, não sou contra.

Agora, eu menti para escapar de seus modos sexuais de Deus e eu estava


ferrada. Depois de ver Rosie mais cedo, eu não queria estar na presença do
equivalente feminino a Godzilla. Ao contrário de mim, ela foi capaz de manter a
calma.

Infelizmente, assim como eu, quando ela deixava a raiva voltar, era um
desastre e todos precisavam evacuar a área imediata.

Eu enfiei o cabelo atrás da orelha e passei pelo saguão. Eu não sabia se


estava esperando que ela saísse de trás de uma parede ou algo assim, mas ela
não sabia. Encostada na mesa da portaria, tirei meu celular do bolso e mandei
uma mensagem para ela.

EMMA HART
Sua resposta foi um pouco rápida demais para o meu gosto.

Rosie: Salão de baile da noite passada. Feito almoço?

Eu: sim

Rosie: Venha aqui antes que eu mate alguém

Oh, meu bem.

Eu agarrei meu telefone firmemente no caso, você sabe, de eu precisar usá-


lo como uma arma ou algo assim. Você nunca soube com ela. Certa vez, quando
eu esqueci de desligar o ferro de passar e queimou um buraco em sua camisa
favorita, eu tive que usar um dispensador de fita para tirá-la do meu quarto.

Essa foi a quinta vez que eu queimei algo por não desligá-lo. Em
retrospectiva, não foi totalmente irracional para ela me bater com isso ou
proibir-me de usá-lo no futuro.

Ela poderia ter deixado esfriar antes de me bater, no entanto...

Saí do elevador e fui para o quarto do outro lado do corredor. Mark estava
de pé do lado de fora, telefone ao ouvido, a mão na testa.

"Aguente. Vou ligar de volta” - ele disse ao telefone. "Pop, onde está sua
mãe?".

"A julgar pelas margaritas no almoço e a risadinha com o garçom, eu diria


na cama" eu disse lentamente. "Por quê?".

EMMA HART
Ele suspirou pesadamente. “Era o seu pai. Aparentemente, seu avô teve um
Bloody Mary no avi~o.”

"Ah, não."

"Sim. Resumindo, ele começou a se despir no carro a caminho de casa, até


que seu pai concordou em levá-lo a um clube de strip-tease para um baile.”

"Não de novo" eu gemi. “Nós especificamente dissemos { companhia aérea


para não lhe dar álcool, quando reservamos o seu lugar. As pessoas escolhem
sem glúten, nós escolhemos sem |lcool”.

Fazendo uma careta, ele assentiu. “Ele teve uma dança e agora n~o vai sair.
Sua mãe não est| atendendo o telefone e seu pai est| em p}nico”.

Por que isso sempre foi deixado para mim? Eu era a mais nova. E por que eu
deixei minha mãe beber no almoço, sabendo que essa merda estava
acontecendo?

Eu estendi minha mão para o telefone dele.

Ele destravou e o entregou para mim.

Chamando a última ligação, disquei o número do meu pai.

"Mark. Você a encontrou?”

“Papai, sou eu. Papoila Coloque o vovô no telefone”. Suspirei.

“Pops? Onde est| sua m~e?”

"Muito sol no almoço" eu menti. "Ela está com dor de cabeça e está deitada".

"A degustação de coquetéis foi boa, então" ele respondeu com uma risada.

EMMA HART
“Sim, observe-a com eles amanhã. Vovô?".

"Dê-me um segundo". Houve um farfalhar, seguido por música abafada de


estilo boate. Eu não entendi o que aconteceu depois, mas depois de um minuto,
o silêncio cortou a linha e papai disse: "Aqui".

"Vovô?" Eu perguntei.

“Pops! Por que est| me ligando? Estou em apuros?" A voz rouca do vovô era
estranhamente divertida e me encheu de calor.

"Sim, você está!" Eu disse com firmeza. “Este é o casamento da sua neta e
você está brincando em clubes de strip-tease! O que dissemos sobre o Bloody
Mary no avião? Você não pode ser confiável, e é por isso! Rosie está devastada
por você não estar aqui e mamãe está prestes a dar a luz a uma vaca, então você
entre nesse carro e volte para casa agora mesmo!”.

Houve um momento de silêncio, então: "Sua mãe está sempre tendo uma
vaca".

"Vovô!".

“Tudo bem, tudo bem, fogo de artifício. Estamos saindo agora”.

“E você est| vindo direto para c|. Eu lhe vejo em breve”.

Eu ouvi um fraco ‘Idiota!’ logo antes de cortar a ligaç~o. Eu peguei a brecha


e ele não teve escolha a não ser se comportar e vir para cá.

"Feito", eu disse a Mark. "Aqui".

Ele pegou o telefone e piscou para mim. "Você é assustadoramente como a


sua mãe às vezes".

EMMA HART
Eu apontei para ele. "Diga isso de novo e eu cortarei as suas bolas com uma
faca de manteiga".

Ele colocou uma mão sobre sua virilha e me deu um polegar para cima com
a outra.

“Rosie est| no sal~o de baile?”.

Outra careta. Ele estava tão fora de seu elemento. "Sim. E alguém deixou sua
essência de biscate escapar”.

"Eu lhe disse para queimá-la". Suspirei.

“Algo para fazer com a comida. Aparentemente, eu n~o estava ajudando,


ent~o fui mandado embora”. Ele bufou. “Pensei em pegar Rory e ir até a praia. E
ficar longe, longe da minha querida futura esposa”.

Agora, fui eu quem bufou. “Eu acho que Adam ainda est| l| embaixo. Ele n~o
mostrou nenhum sinal de movimento quando eu saí. Você deveria ver se
consegue encontrá-lo”.

"Você quer que eu saia com o seu namorado falso?".

Eu levantei minhas m~os. “Olha, se Chrissy Teigen estivesse aqui como


namorada falsa de alguém, eu não me importaria com a coisa falsa. Eu estaria lá
perguntando a ela como escrever legendas do Instagram e a arte de navegar no
Twitter”.

"Eu acho que você só precisa de uma conta para fazer isso, Pop".

"Tanto faz. Ele é o herói de Rory e depois de segunda-feira, nunca mais o


verei. Aproveite ao m|ximo com ele”. Eu parei. "E você também, seu grande
garoto".

EMMA HART
Seus olhos brilhavam de rir. "Certo. Certo. Segunda-feira".

"O que isso significa?".

"Nada" Ele mergulhou e beijou minha bochecha. "Tente e certifique-se de


que Rosie n~o mate ninguém, ok?”.

"Fazendo isso há vinte e quatro anos" eu murmurei, me afastando dele para


o salão de baile.

Não foi nem de longe tão louco quanto foi ontem à noite. As peças centrais
ainda estavam no lugar, mas todos os balões haviam desaparecido. Uma mesa
de cabeceira tinha sido montada e eu estremeci com a ideia de estar lá em cima
na frente de todos.

Rosie estava ao lado do bar com um homem vestindo um terno afiado e


sapatos brilhantes.

Bem, eu digo que Rosie estava em pé. O homem estava em pé. Ela estava
andando de um lado para o outro e parecia pronta para virar o Hulk ou algo
assim.

"Ei, eu lhe encontrei” eu disse, interrompendo o seu ritmo louco. "Esta tudo
bem?".

Minha irmã parou, respirou fundo e fechou os olhos. Eles se abriram um


segundo depois de uma forte expiração e ela disse: "Acabou o frango".

Eu a olhei sem entender.

“Poppy! Por que você est| me encarando? N~o h| frango!”.

Aparentemente, o silêncio não foi a resposta certa.

EMMA HART
"Por que não há frango?" Eu perguntei.

"Porque acabou o estoque!" ela gritou.

Eu me virei para o senhor de terno. “Como você conseguiu ficar sem frango?
Eles não são exatamente uma espécie em extinç~o”.

Ele abriu a boca para responder, mas ela o acertou. “Houve algum problema
com o fornecedor! Eles atrasaram!”.

"Você não pode pedir a outro?" Eu perguntei, já sabendo a resposta.

"Aparentemente não!" Rosie passou as mãos pelos cabelos.

Eu girei e olhei para ela. "Você é o gerente?".

"Eu só estou dizendo o que eu sei!".

"Ok, Bridezilla" Eu andei em direção a ela, segurando suavemente no topo


de seus braços. “Mark est| levando Rory para a praia. Por que você n~o volta
para o seu quarto e se deita por meia hora? Mamãe bebeu um monte de
margaritas no almoço, então você terá algum tempo para relaxar sem que ela
lhe cause problemas”.

"Mas eu...".

"E ajudarei este bom homem a encontrar algumas galinhas para atirar e
depenar, ok?".

"Certo. Como se você pudesse pegar uma galinha. Você não consegue nem
mesmo tirar as suas sobrancelhas” ela murmurou.

"Rosie!" Eu estalei meus dedos na frente dela. “Figura de linguagem. V| para

EMMA HART
o seu quarto e deite-se, antes de ter uma enxaqueca”.

Ela pairou, parecendo argumentar, mas depois de um minuto desistiu. Seus


ombros se encolheram e ela baixou o queixo olhar para o chão, em derrota.
"Certo, tudo bem". Ela puxou uma lista grande do bar e me entregou. "Isso é
seu, por agora. Tem tudo o que você precisa. O organizador de casamentos está
por perto e precisa da confirmaç~o final sobre o plano da mesa”. Ela abriu o
documento e bateu com o punho na primeira p|gina. “Este é o meu plano. Isso
não muda. Você é teimosa, Pops. Você cave com seus calcanhares se ela mudar
alguma coisa”.

"Uh... eu acho que isso foi um elogio, com certeza".

"E você me ache frango!" Rosie disse, apontando o dedo na direção do


senhor de terno. Deu um último olhar para nós dois e saiu do salão de baile,
levando toda a tensão com ela.

O senhor de terno soltou um enorme suspiro de alívio.

“Sinto muito por ela. Ela est| um pouco tensa” eu disse brilhantemente. "Eu,
no entanto, sou muito mais agradável de lidar".

Seus olhos dispararam para a minha camisa. Seus lábios mal se contraíram,
mas a diversão definitivamente brilhou em seus olhos por um segundo. "Graças
a Deus por isso, porque esse não é o único problema".

Eu gemi. "Bata em mim".

***

EMMA HART
Fechei a porta do meu carro, apertando o botão da chave com um pouco de
vigor. “Frango fodido. Malditos morangos. Maldito casamento” eu murmurei
para mim mesma. "Eu não sou uma merda de cerimonialista para um local de
casamento que não pode servir frango e morangos".

Eu agarrei os recibos firmemente na minha mão. Eu nunca mais queria ver


outra mercearia novamente. Eu faria tudo online a partir de agora. Eu tinha ido
a todas as lojas em Key West para pegar o máximo de morangos que
conseguisse.

Eu juro, quando eu entrei na última loja, colocaram um segurança para


seguir a estranha ruiva comprando todos os morangos de lá.

E eu estava com todos.

Morangos, problema resolvido. E eles me deram a aspirina que eu precisava


para a minha maldita dor de cabeça a partir deste dia.

O lado bom era que eu sabia que meu avô estava trancado em segurança em
seu quarto, por enquanto, minha mãe estava acordando de seu cochilo induzido
por tequila, havia rumores de que Celia deu sedativo para minha irmã dizendo
que era paracetamol e ela estava dormindo pela última hora.

Eu queria que alguém me desse alguma coisa. Como uma dose de vodka.

Eu pedi ao senhor de terno, chamando-o pelo seu nome, e não pelo apelido
de Sr. Engomadinho. Mesmo que o apelido soasse muito melhor na minha
cabeça.

"Senhora Dunn...”. Descansando a m~o no meu cotovelo, ele me puxou de


lado. "Você conseguiu os morangos?".

EMMA HART
"Fiz uma limpa em todas as lojas próximas" eu disse a ele. "E assim que você
me reembolsar, você poderá tirá-los do meu carro". Eu mostrei os recibos para
ele.

Ele os desdobrou, os olhos voando para frente e para trás freneticamente,


enquanto somava cada total. "Trezentos dólares em morangos?".

"Você quer que minha irmã descubra sobre isso?".

Sua postura se endireitou. "Não, não, claro que não. Você aceita um
cheque?”.

"Você me disse dinheiro". Eu cruzei meus braços. Eu precisava desse


dinheiro para pagar o meu maldito aluguel. "Mas aceitarei uma transferência
bancária".

“Muito bem, muito bem. Dinheiro, eu posso fazer isso”. Ele acenou para o
escritório principal. Havia um pequeno cofre no canto e eu levantei minhas
sobrancelhas enquanto ele digitava um código.

Isso não parecia muito seguro para mim, mas o que eu sabia?

Eu só queria meu dinheiro de volta.

Esperei pacientemente que ele contasse trezentos dólares e prendesse em


um envelope marrom.

Por que diabos eu senti que estava negociando drogas?

"Obrigada" eu disse, pegando o envelope. “Você pode chamar alguém com


algumas caixas? Meu carro est| cheio”.

"Claro. Em dez minutos" Ele assentiu, sinalizando que eu deveria sair.

EMMA HART
Eu fiz exatamente isso e quase colidi direto em Adam.

“Ei, Red. Cuidado". Ele tocou meus braços e olhou para mim com um sorriso.
“Onde você esteve? Negociando drogas?”.

"Merda. Você me pegou". Eu revirei meus olhos. “N~o, eu tive que sair em
uma miss~o. Caminha para o meu carro comigo?”. Comecei a andar antes que
ele pudesse dizer não.

"Como em uma missão secreta?" ele perguntou, me alcançando.

"Eu adoraria, seria mais divertido usar uma capa e uma m|scara”. Suspirei.
“Lembra quando eu falei sobre ajudar Rosie mais cedo?”

Ele me olhou de lado. “Oh, isso foi verdade? Eu n~o sabia dizer”.

Eu o cutuquei com o cotovelo. “Bem...houve um problema real. O hotel ficou


sem frango”.

"Como é que um hotel fica sem frango?".

“Algo aconteceu com um fornecedor. De qualquer forma, mandei Rosie para


a cama porque ela estava tão perto de ter um ataque cardíaco”. Eu juntei meu
dedo e polegar juntos para mostrar a ele o quão perto estava. "E o cara me
disse que eles também ficaram sem morangos".

Adam passou a mão pelo queixo barbudo. "Eu acho que posso ver onde isso
está indo".

"Certo. Então, eu disse que ele tinha até eu voltar para encontrar um novo
fornecedor de frango e consegui-lo aqui amanhã de manhã e eu faria uma caça
ao morango.”.

EMMA HART
"Não brinca".

"Sim. Passei a última hora mais ou menos parecendo uma mulher louca e ...”
Abri o carro e abri o porta-malas. “Voila. Se você precisar de morangos em Key
West, você estar| sem sorte, porque eu comprei todos eles”.

“Quantos morangos você comprou?”.

"Trezentos dólares".

"Sério?".

Eu me virei para encará-lo. "Eu pareço que estou brincando?".

"Não. Só estou me perguntando por que diabos trezentos dólares em


morangos s~o necess|rios”.

Inclinando-me contra o lado do meu carro, eu disse: "Porque eu sou


mesquinha pra caralho e eles precisavam receber uma lição bem dada".

“Isso… estranhamente faz sentido para mim. Eu posso ver minhas irmãs
fazendo a mesma coisa para mim um dia”.

Eu sorri abertamente. “Ent~o, n~o cometa esse erro”.

"Anotado. Eles virão para pegá-los?”.

"Não, eles ficarão no meu carro até que estejam no ponto para serem
usados".

"Poppy!" Ele se aproximou de mim, segurando meu queixo. Seu polegar


acariciou a curva do meu lábio inferior quando ele baixou a cabeça, trazendo
sua boca mais perto da minha. "Cale a sua boca".

EMMA HART
"Ou o que?".

"Ou eu a farei calar".

"Pode tentar".

Puxando pela memória, desafiá-lo assim foi uma má ideia.

Agarrando meu quadril, ele me puxou diretamente contra ele, trazendo


seus lábios aos meus, porque Deus sabe quantas vezes hoje eu o quis assim. Eu
não me importei , beijá-lo era como flutuar. Tudo o mais se dissolveu quando
Adam segurou meu corpo contra o dele e nossos lábios se uniram.

Ele segurou a parte de trás do meu pescoço, seu outro braço apertando
minha parte inferior das costas. Minhas mãos em punhos em sua camisa pólo,
agarrando a sua gola quando eu me inclinei para ele.

Algo dentro de mim - meu coração, minha alma, qualquer coisa - suspirou. E
nenhuma parte de mim tinha qualquer negócio suspirando em qualquer coisa
antes do beijo.

Alguns beijos eram de conto de fadas. Coração batendo, pé se levantando,


beijos com suspiros.

Eu sempre imaginei que o meu seria em um primeiro encontro ou sob um


pôr do sol.

Mas não. Meu beijo de conto de fadas, meu beijo de bater o coração, com o
pé levantado, suspirando, estava acontecendo em um estacionamento ao lado
de um carro cheio de trezentos dólares de morangos, com um cara que estava
me beijando para calar minha boca espertinha demais

Eu não queria pensar em quão mais apropriado isso era para mim do que

EMMA HART
como algo romântico.

Uma garganta chiou atrás de nós e antes de eu sequer me virar, minhas


bochechas estavam queimando.

O jovem que obviamente limpou a garganta mudou de posiç~o. “O... Sr.


Smith nos enviou para pegar os morangos”.

Eu engoli, afastando-me de Adam. "Ali. Por favor, peguem-os antes que eles
fritem”.

Adam cobriu a boca com a mão, baixando a cabeça. Seus ombros


chacoalharam com sua risada leve e eu o cutuquei com o cotovelo.

Isso foi tudo culpa dele.

Esperamos em silêncio até que a equipe de carregadores colocasse todos os


morangos para dentro de caixas e carregasse para longe dali. Levou uns bons
quinze minutos e eu torcia para que eles tivessem uma geladeira decente para
mantê-los frescos.

Eles me agradeceram e saíram. Fechei o porta-malas e tranquei o carro, o


bip soando mais alto no silêncio do estacionamento.

"Isso foi estranho" anunciou Adam, sorrindo.

"História da minha vida" eu murmurei, colocando as minhas chaves no


bolso da minha bunda. "Mark encontrou você mais cedo?".

Ele assentiu. “Rory colou em mim por quarenta e cinco minutos antes de
Mark finalmente convencê-lo a tomar sorvete”.

"Ele escolheu você ao sorvete?" Eu levantei minhas sobrancelhas. "Uau. Ele

EMMA HART
deve realmente amá-lo”.

Mudando, ele respondeu: "Sim, às vezes tenho esse efeito sobre as


crianças".

"Ah, sabe o que é estranho?".

"Eu só... sim". Ele rolou o ombro, estendendo a mão para esfregar a nuca.
Um pequeno sorriso brincou em seus l|bios. “Eu n~o me vejo do jeito que Rory
faz. Eu só jogo hockey porque eu amo isso, Red. Eu não faço isso para ser algum
tipo de super-herói”.

"Só vem com o território, certo?" Eu me inclinei contra o carro.

"Às vezes. Ainda n~o acredito que sou um herói”.

"Diga isso ao meu pai".

"Exatamente o meu ponto".

Eu sorri para ele. Eu não podia fingir que consegui, porque não fiz. Eu nunca
entenderia como ele via o seu mundo porque era muito diferente do meu.
Claro, eu não me importava com quem ele era.

Eu não tinha motivos para me importar. Na verdade não. Pessoalmente não.

"Tudo bem. Chega disso". Ele bateu palmas e limpou os shorts. "Que horas é
o jantar hoje à noite?".

"Seis e Meia. Ent~o preciso estar l| pelo menos {s cinco e meia”.

Ele tirou o celular do bolso. "Tudo bem... Então, o que você está dizendo é
que temos tempo de ir até o nosso quarto e terminar o que começamos mais

EMMA HART
cedo".

"Não. Eu tenho que encontrar o organizador do casamento, já que minha


irm~ est| drogada e dormindo”.

Adam olhou para mim, com uma expressão vazia. "Se eu não a tivesse visto
tão ansiosa esta manhã, isso me preocuparia seriamente".

"Você não está preocupado?".

"Não".

"Boa. Agora, como você se sente sobre assassinos em série?” Eu perguntei,


olhando por cima do ombro enquanto me afastava.

“Document|rios ou ser amigos deles?”.

"Você conhece um assassino em série?" Oh, cara, eu soei muito animada.

Ele empatou comigo e franziu a testa. "Tenho certeza que um cara com
quem eu fui para a escola matou três ou quatro pessoas, quando ele estava na
faculdade".

Agarrei seu braço, parando nós dois no meio do estacionamento. "Meu


Deus. Conte-me tudo".

"Claro" ele murmurou, entrelaçando minha mão na ele. “A maioria das


garotas me quer pelo meu dinheiro, mas você está interessada porque conheço
um assassino em série”.

"Não é verdade. Eu estava originalmente interessada porque você era


gostoso. Agora, estou interessada porque você conhece um assassino em série”.

EMMA HART
Ele uniu os dedos aos meus e suspirou. "Tudo bem. Tire essa coisa de
planejador de casamentos fora do caminho, porque isso vai durar para sempre,
e depois contarei tudo o que você quiser”.

"Essa foi a coisa mais sexy que você já me disse".

EMMA HART
Sexo e Assassinos em Série

"Então, ele fingiu ser um cara da manutenção e os matou?".

Adam assentiu. "Eu acho que sim. É disso que me lembro de qualquer
maneira. Ele foi pego quando ele estava no campus e trabalhou na manutenção
de lá. Ele não percebeu que o colega de quarto da garota também estava e foi
pego. Tenho certeza que ela bateu na cabeça dele com uma l}mpada”.

Eu bufei, minha água fria subindo pelo meu nariz. "Sinto muito, não é
engraçado, mas é só por causa da lâmpada, é que eu mantenho uma lâmpada ao
lado da minha cama".

"No caso de alguém tentar matar você durante o seu sono?".

"Não, no caso de um estranho querer me atacar".

"Uma lâmpada não seria muito boa se eles quisessem atirar em você"
apontou Adam. "A menos que ela fosse à prova de balas e eles atingissem a
lâmpada".

"Bem, sim, mas..." Eu realmente não tenho uma resposta para isso. "Cale-
se".

Veja. Eu fiz.

EMMA HART
Ele riu, terminando sua água gelada.

“Eu n~o preciso de uma bab|, Miranda. Eu sou perfeitamente capaz de


encontrar o bar sozinha” ouvimos os tons |speros do meu avô do outro lado do
restaurante.

“É exatamente por isso que estou aqui, pai. Para impedi-lo de encontrá-lo!”.
Mamãe respondeu com o que parecia dentes cerrados.

"Oh, não", eu sussurrei.

Adam deu uma olhada. "Seu avô?".

Eu assenti.

"Muito tarde!" Ele gargalhou. Os sons de sua bengala contra o chão me fez
sentar em linha reta. "Pop-pop!".

Ah não.

Adam reprimiu uma risada.

Eu não reprimi o brilho.

"Vovô. Eu vejo que você chegou aqui de uma só vez”. Eu pulei do banquinho
e beijei sua bochecha velha e enrugada.

"Não, graças aos seus pais" ele murmurou, descansando sua bengala contra
o bar e se arrastando para o banquinho que eu tinha acabado de desocupar.

Adam saltou do dele e fez sinal para eu sentar-me. Eu acenei que não, mas
ele me empurrou para isso, então eu não tive escolha.

"Eu gosto dele" disse o vovô. "Ele tem boas maneiras".

EMMA HART
"Ao contrário de você" disse mamãe, finalmente alcançando o velho astuto.
"Roubar o lugar da sua neta!".

“Ela se levantou para mim. N~o é verdade Pop-pop?” Ele piscou para mim.

Dei de ombros quando me sentei no banquinho de Adam. "Certo. Nós


podemos acabar com isso”.

"Apresente-me ao seu amigo" exigiu o vovô. "Eu sou vovô". Ele estendeu a
mão manchada pela idade.

"Adam" Adam respondeu, sacudindo-o.

"E ele é o namorado dela" mamãe interveio.

Dê-me forças. Ou vodka.

Eles eram a mesma coisa, certo?

Os olhos do vovô se estreitaram e ele olhou fixamente para Adam.


"Conheço-te de algum lugar".

Aqui vamos nós novamente.

"Você apresenta o noticiário?" ele perguntou.

Adam sacudiu a cabeça. "Não, senhor. Eu jogo Hockey".

"Hockey?" Vovô olhou para ele de cima a baixo. "Eu não acredito em você".

Isso estava indo bem.

"Você tem certeza?" Ele continuou.

"Sim, senhor" respondeu Adam. “Eu jogo pelo Orlando Storms”.

EMMA HART
Vovô beliscou os óculos e olhou para Adam por cima deles. "Eles não
ganharam a Copa Jeremy este ano?".

"A Copa Stanley, senhor".

“Por que você continua me chamando de senhor? Eu n~o sou um cavaleiro”.

Socorro. Socorro. Existe uma rota de fuga?

Mamãe claramente sentiu o mesmo porque ela beliscou a ponte do nariz.

"Eu estava apenas sendo educado" disse Adam.

Vovô deu uma risada e apontou para ele. "Eu sei! Estou fodendo com você!”

"Oh, Jesus" mamãe murmurou.

"O que um velho precisa fazer para tomar uma bebida por aqui?". Vovô
inclinou-se para a direita no bar. "Olaaaaaa?".

Mam~e se adiantou e o puxou para longe. “Papai, n~o. Você n~o beber|
|lcool”.

"Eu só quero um café!".

"Então, vamos ao local do café" respondeu ela.

"N~o, n~o" disse ele. “Ol|, minha bela dama! Eu gostaria de uma Bloody
Mary, por favor!”.

"Ele vai tê-lo sem a Mary" mam~e disse rapidamente. "Virgem. Sem |lcool”.

Vovô revirou os olhos e olhou para Adam. “Você vê essa merda, garoto? Eu a
criei. Limpei a sua bunda quando era bebê”.

EMMA HART
"Papai!".

“N~o disse nada quando achei suti~s na lavanderia. N~o atirei em nenhum
namorado na escola. Eu era o pai modelo e aqui estou eu, na minha velhice, e
não posso nem pegar um Bloody Mary!”.

“Eu n~o aguentarei isso hoje. Eu tenho que lidar com as coisas de última
hora para o jantar hoje { noite. Poppy, você ter| que lidar com seu avô”. Mam~e
deu um tapinha no meu ombro e se virou.

Eu gaguejei. "Espere. O que? Coisa nenhuma, mãe!". Eu corri os poucos


passos até ela. "Nunca, mãe. Eu não farei isso. Eu lidei com dois colapsos de
Rosie, mantive você fora do caminho na hora do almoço, droguei Rosie, discuti
com um homem sobre a falta de frango e dirigi por toda a cidade para foder
morangos. Eu n~o serei bab| também!”.

Suspirando como se soubesse de tudo isso, ela acariciou minha mão e tirou
seu braço. "Querida, eu tenho coisas para fazer".

"Eu também! Se eu chegar atrasada para o jantar, Rosie me matar|!”.

“Eu simplesmente tenho que ficar l| na hora. N~o tenho tempo para me
certificar de que ele se controle”.

"Bem". Eu apontei meu dedo para ela. "Mas quando eu não estiver lá às
cinco e meia culparei você".

Ela não disse nada. Ela virou-se e, à moda da mãe, desapareceu do bar.

Claro que ela o fez. Eu deveria ter sabido que eu ficaria presa como babá em
algum momento neste fim de semana. Vovô – Que Deus tenha a alma dele - era
um homem infernal, mas ele também estava na idade em que acreditava poder

EMMA HART
escapar de qualquer coisa.

Infelizmente (para ele), ele ainda tinha algumas de suas faculdades mentais
afiadas. Talvez daqui a cinco anos, mas por agora... Não.

"Tudo bem?" Adam perguntou, olhando para mim com preocupação quando
eu me juntei a eles no bar.

"Bem". Eu dei a ele um sorriso apertado e me virei para a garota atrás do


bar. "Posso tomar uma vodka com suco de cranberry, por favor?".

"Certo" Ela se virou para fazer isso e eu me sentei no banquinho.

"Psiu, pop-pop" vovô sussurrou, levantando a mão. "Isso é igual ao Bloody


com a Mary".

Impressionante.

“E eu ainda n~o acredito que seu namorado jogue hockey. Ele é muito
magro para isso” ele continuou. "Eles n~o s~o grandes e velhos bastardos que
lhe atacam?".

Esfreguei dois dedos contra a minha têmpora. "Você está pensando em


futebol, vovô".

Ele estreitou os olhos e desviou o olhar. "N~o. Estou pensando em hockey”.

"Você está pensando em futebol" repeti.

Sem mencionar que não havia nada magro sobre Adam. Não os braços dele.
Não as pernas dele. Não a cintura dele. Não o pau dele. Nada.

Nem mesmo o dedo mindinho dele.

EMMA HART
Adam se inclinou para mim e passou um braço em volta da minha cintura. O
calor se espalhou através de mim, onde seu polegar deslizou sob a bainha da
minha camisa e desenhou pequenos círculos na minha pele.

"Você tem certeza?" Vovô perguntou, com um brilho nos olhos.

Tomei a vodka com cranberry da garçonete com um sorriso agradecido.


"Tenho certeza". Então eu envolvi meus lábios ao redor do canudo e virei a
bebida.

Se ficarei bêbada?

Você sabe, eu não me importaria. Eu não precisava ser correta dentro da


minha cabeça.

Eu precisava estar bêbada, no entanto. Eu sabia muito disso.

“Ent~o, filho. Você joga hockey. Você j| ganhou alguma coisa?” O vovô
perguntou a Adam.

Ele olhou para mim, escondendo um sorriso. "Sim, senhor. A Stanley Cup foi
para o meu time este ano”.

"O que é isso? A Copa do Mundo de hockey?”

Adam fez uma pausa por um segundo. "Eu acho que é uma maneira de olhar
para isso".

"Você ganhou uma medalha de ouro?".

"Ah, não. Talvez um dia".

"Então, não é a Copa do Mundo de hockey, é?".

EMMA HART
“Vovô, o hockey n~o tem uma Copa do Mundo. Isso é futebol”. Eu coloquei
meu copo para baixo.

"Bem" Adam disse lentamente. “Tecnicamente, h| uma Copa do Mundo de


Hockey, mas é da modalidade em campo. N~o é do hockey no gelo”.

Eu peguei meu copo de volta e belisquei o canudo, olhando para ele. "Há
mais de um tipo de hóquei?".

"Há mais de um tipo de futebol, dependendo para quem você pergunta" o


avô ofereceu.

"Sim. Há futebol americano onde você usa suas mãos, depois outro futebol,
onde eles usam os pés” eu murmurei, bebendo novamente.

Um deles não seria suficiente, né?

“Oh, chega. Eu sei o que s~o hockey e futebol” disse o vovô. “Eu também sei
quem é o seu namorado. Ele joga hockey no Orlando Storms”.

"Ele lhe disse isso!”.

"Disse? Eu não ouvi!" Ele mostrou a língua para mim. "Adam, filho, deixe-me
dizer-lhe sobre a época em que eu servi na Holanda com o Exército".

Jesus, não.

Não.

Não.

Ninguém precisava dessas histórias.

Vovô agarrou seu copo de Bloody Mary e se inclinou para ele. "Você está

EMMA HART
familiarizado com o Distrito da Luz Vermelha?".

Acenei para a garçonete e, ignorando o canudo, engoli o resto da minha


vodca. “Posso pegar outro? Por favor?".

"Eu pego" Adam disse cautelosamente.

“Bem, eu tenho uma história para você. Estava de volta, oh, n~o me lembro,
mas havia essa senhora. Quente como uma onda de calor na Flórida” disse o
vovô. “E ela veio até nós e disse: Fellas, eu tenho uma surpresa para você!. Nós
éramos jovens e pensamos que ela queria dizer uma maldita cerveja ou algo
assim, ent~o nós a seguimos e...”.

"Obrigado!" Eu exclamei para a garota que colocou a bebida na minha


frente.

Adam apertou meu quadril.

Eu bebi.

E vovô?

Ele continuou contando a história de como ele e seus amigos foram atraídos
para um bordel em Amsterdã.

Eu estava feita.

Assim. Feita.

***

EMMA HART
Saí do palco principal para os braços de Adam. Eu tinha me livrado de
qualquer tipo de discurso, mas fui forçada a cumprimentar cada maldito
convidado para este maldito jantar antes do casamento.

E eu tomei mais de duas vodkas durante o tempo da história do vovô esta


tarde.

Assim, eu estava boiando durante todo o jantar de ensaio.

"Este é o casamento mais longo em que eu já estive" eu disse em seu peito.

Ele riu, todo o seu corpo tremendo. "Você já esteve em um casamento?".

“Apenas como um convidado de recepç~o. Caso contr|rio, n~o”. Eu virei


meu rosto para o lado, descansando minha bochecha contra ele. "Você já?".

"Sim. E você está correta. Este é o casamento mais longo em que eu já


estive” ele respondeu. "Embora eu deva agradecer essa sensaç~o ao seu avô".

Eu gemi, envolvendo meus braços em volta da sua cintura. Eu faria de tudo


pela minha família, mas eu não ia negar que estar enrolada em volta dele não
era legal.

"Ele é irreal" eu disse. "Eu lhe disse. Ele é insano. Ele acha que todo mundo
quer saber sobre sua vida. Seja grato por não ter ouvido falar sobre as festas de
swing dele”.

"O que?".

"Oh, sim. Depois que minha avó morreu, ele ficou sozinho, então se juntou a
um clube de bingo. O bingo acabou sendo uma fachada para os swingers de
pessoas mais velhas”.

EMMA HART
"Isso é interessante".

“Aham. Continue me segurando. Impedir| que mais alguém fale comigo,


ok?”.

Ele apertou os braços em volta de mim, trazendo seus lábios para o topo da
minha cabeça. "Devidamente anotado. Sua m~e est| olhando para nós”.

“Claro que ela o faz. Ela est| imaginando nosso casamento agora” eu
zombei.

"Então, uma época para que Bloody Marys não estejam no cardápio do seu
avô".

"Exatamente isso. E minha mãe não escolherá coquetéis. E ninguém saberá


quem você é ou histórias embaraçosas sobre minha infância, das quais existem
muitas”.

"Fugiremos, então" disse Adam.

"Absolutamente. Se algum dia nos casarmos de maneira falsa, fugir é a única


maneira de fazê-lo”. Eu me afastei e inclinei a cabeça para encontrar seus olhos.
"De que outra forma poderemos convencer a todos de que realmente fizemos
isso?".

Ele riu, deixando encostar a testa na minha. “Bem, tem isso. Fugir soa bem.
Para onde nós iremos? Las Vegas? Tem Gretna, na Escócia”.

“Eu gosto da Escócia. Eles n~o usam calcinha sob os seus kilts”.

"Oooh" ele soltou um longo suspiro. "Eu não sei se eu poderia fazer isso,
Red".

EMMA HART
“Nós poderemos negociar. Como você se sentiria sem calças sob o kilt
quando nos casarmos?”.

"Você também irá fardada?".

“Só depois do casamento. Você n~o pode escolher, garoto de hockey. Não é
assim que isso funciona”.

Ele suspirou, seu corpo inteiro se movendo com a expiração. "Eu suponho
que possamos fazer esse trabalho".

“Eu gosto quando você concorda comigo. Isso faz com que beber vodka na
mesa fique muito mais razo|vel”.

Recostando-se, ele encontrou meus olhos. "Você estava bebendo lá em


cima?".

"Você ouviu o discurso da minha mãe?".

"Eu ouvi e n~o vi você bebendo”.

Eu o matei. "Vodka. Agua. E um limão. A lá Rihanna”.

"O que?".

"Deixa pra lá" Eu me enfiei de volta em seu corpo. “Eu precisava disso para
ficar sã. Eu preciso de outro. Você está finalmente entendendo a minha
família?”.

Adam acariciou minha parte inferior das costas com as pontas dos dedos.
"Lentamente. Sua tia Jean me perguntou se eu gostava de mulheres mais velhas
e, se eu mudasse de ideia, era para eu ligar para ela”.

EMMA HART
"Soa como ela".

“Ent~o, seu tio Peter me perguntou se os Storms venceriam essa temporada


e, aparentemente ‘espero que sim, senhor’ n~o foi a resposta que ele queria”.

“Ele é um apostador. Você deveria ter-lhe dado seu palpite de um time”.

“Meu palpite é Storms. Eu estou no time”.

"Isso é arrogante".

"Eu sei. Ele também n~o aceitou essa resposta”.

Eu ri, me movendo para o lado dele. Eu não liberei sua camisa, mantendo
meus dedos dentro dela o máximo que pude. Ele nunca afrouxou seu aperto em
mim, me segurando firmemente contra o seu lado.

Eu odiava o quão normal era estar contra ele. Odiava como era bom tê-lo ao
meu lado, me segurando, me colocando em seu corpo.

Não deveria sentir nada além desse bem.

"Quer se sentar?" ele perguntou no meu ouvido.

Eu balancei a cabeça, permitindo que ele me puxasse para a mesa vazia


mais próxima. Ele puxou a cadeira para mim. Eu sentei e no segundo em que ele
trouxe sua cadeira perto da minha, seu braço estava em volta de mim.

Eu me inclinei para ele. Ele não pareceu se importar de jeito nenhum. Seus
dedos desenhavam círculos preguiçosos no meu braço nu, enquanto a outra
mão estava sentada na mesa até que ele teve que se mover para um garçom
chegar para nos trazer uma bebida.

EMMA HART
Eu não disse uma palavra quando ele me pediu uma vodka e uma cerveja.
Eu bebi bastante água hoje que não fazia muita diferença e eu tinha ido a
reuniões de família o suficiente para saber que era uma necessidade.

Papai deslizou na cadeira ao meu lado. "Salve-me, papai" ele disse, sem
olhar para mim.

"Estou fodendo a Mulher Gato hoje, ou algo assim?" Eu perguntei a ele.

"Não, querida, mas meu frasco de whisky se esvaziou" respondeu ele.

Eu bati meus dedos contra a mesa. "Quão grande é isso?".

Ele me mostrou com os dedos o tamanho.

“Eu encherei isto se você trouxer um maior amanh~. Eu j| fiz o dever do


vovô uma vez”.

Papai fez uma careta. “Minha pobre garota. Tudo bem. Você me d| um
whisky e eu lhe mato amanh~ depois do seu discurso”.

"Feito". Eu segurei uma mão na mesa.

Ele bateu com a sua em nossa como forma de um acordo. "Eu voltarei em
cinco minutos". Ele se levantou tão bem quanto veio. Segundos depois, nosso
garçom voltou, e eu pedi a bebida preferida de meu pai antes dele ir embora.

"Eu sinto que é um hábito entre vocês dois" disse Adam, pegando sua
cerveja.

Lentamente, eu assenti. “Nós sobrevivemos a esses eventos sabendo que


estamos lá um para o outro. Eu compro whisky e ele fica lá no corredor para
quando eu não aguentar mais minha mãe. Ele ainda apontará uma espingarda

EMMA HART
em qualquer um que me machuque, porque eu sou sua garotinha, mas ele me
embriagará como a adulta que sou, porque nós dois conseguiremos aguentar
até o fim dos eventos nessa família”.

"Então, se você terminar comigo por eu trair você, ele atirará em mim?".

"Deus, não". Rosie se sentou dois lugares longe de mim. "Ele só puxou uma
espingarda uma vez e foi porque ele encontrou um teste de gravidez no meu
banheiro que pertencia à nossa prima".

História real.

"Como vai você?" Eu perguntei a ela.

Ela girou um copo de vinho entre os dedos. “Posso lhe contar uma coisa?
Estou t~o cansada dessa merda”.

Eu pisquei.

Adam me segurou um pouco mais apertado.

Rosie se inclinou. “Essas coisas extravagantes? Eu n~o queria, Pops. Eu e


Mark temos Rory. Somos uma família. Isto é apenas um pedaço de papel”.

Ela bebeu champanhe demais.

Eu soube disso imediatamente.

“Eu n~o quero um grande casamento. Eu quero me casar com ele. Mas n~o.
Nossas mães disseram para fazer um grande casamento, onde não há frango e
minha irmã tem que correr atrás de morangos e há tantas festas que até a
Fashion Week se sentiria inadequada”.

EMMA HART
Adam olhou para mim.

"Ro, por que você não vem ao banheiro comigo?" eu me levantei,


contornando-a. "Garoto do hockey, certifique-se de que o papai receba o seu... a
sua água, ok?".

"É o caralho de um whisky" Rosie murmurou.

"Ok, seu whisky" eu concordei.

"É fofo quando você o chama de garoto do hockey" minha irmã continuou.

"E nós estamos indo!" Passei o braço pelo dela e, depois de sinalizar a Mark
com um ok, levei-a para o banheiro mais próximo do sal~o de baile”.

Eu fechei a porta principal atrás de mim, abafando o barulho da música que


soava no salão de baile.

Rosie se encostou no balcão. Suas unhas rosa pálidas contrastavam com o


mármore preto. Sua outra mão varreu sua franja para o lado e ela olhou para
mim, medo e pânico brilhando em seus quentes olhos castanhos.

"Estou com medo" ela disse suavemente. “Tudo isso, Pop. E para quê? Para a
mãe mudar os planos que eu não queria? Frango desaparecer? Você perseguir
morangos em Key West?”.

Merda. Ela sabia disso.

"Sim, eu sei" disse ela, lendo minha mente. “Eu n~o posso nem ficar brava
porque você fez isso por mim. Este casamento é muito grande, é demais e não
posso fazer isso”.

"Você pode". Eu dei um passo { frente e agarrei as suas m~os. “Eu amo

EMMA HART
você, Ro e você pode fazer isso. Você já o fez. Quem dará a mínima se haverá
frango ou morangos? Você está aqui por Mark e ele está aqui por você. Você
está aqui para se casar e se alguém tem que comer carne em vez de frango ou
ter cenouras ou alguma merda dura, que encomende McDonalds”.

Ela riu, levando a mão à boca.

Eu a puxei para perto de mim. “Você se casar|, n~o se meter| em uma feira
estadual, mesmo que o vovô esteja tão perto de montar um estande e cobrar
dez centavos por uma história sobre seu tempo no Distrito da Luz Vermelha”.

Mais risos, desta vez no meu ombro.

Chorando também. Eu senti a umidade de uma lágrima enquanto pingava


no meu ombro.

"Você ainda pode fugir, você sabe" eu disse, abraçando-a e olhando para os
azulejos. “Você provavelmente ter| tempo para chegar a Vegas e voltar agora.
Dependendo dos voos e atrasos de merda”.

Ela riu.

A porta se abriu.

Eu a deixei cair como carvão quente e bati meu corpo contra a porta.
"Desculpe, este aqui está ocupado!".

"É o Mark!".

“Ainda est| ocupado! Eu lhe ligarei!" eu gritei. "V| embora!".

"Poppy, eu juro, eu vou...".

EMMA HART
"Não faça nada porque estou mantendo sua futura esposa como refém!".

Ele se mexeu. "Contarei a todos os seus futuros encontros sobre a vez em


que você, acidentalmente, publicou uma foto de seus peitos nas redes sociais".

“Provavelmente j| est| salvo na Internet. Continue".

Rosie riu em suas mãos.

"Você terminou?" eu perguntei a ele. "Eu estou sendo uma boa irmã aqui e
você está matando minha vibe".

"Isso é um brinquedo sexual?".

"Por que eu não encho a sua bunda para que você possa descobrir?".

Rosie desistiu de se esconder naquele momento. Ela desabou contra a


parede, rindo como se alguém invisível estivesse fazendo cócegas nela.

Ela estava com cócegas. Foi uma analogia real. Você tanto como balançou
uma pena em sua direção e ela se inclinou.

"Se eu não te amasse como uma minha irmã, eu lhe mataria em seu sono"
gritou Mark.

“É assim que você fala com a tia do seu filho? Lave a boca com sab~o!”.

Rosie interveio neste momento. “Querida, tudo bem. Eu só precisava de


uma folga de todas as pessoas loucas”.

"Então, mamãe, papai, vovô, tia Jean, tia Berry, tio Foster..." Eu parei.

"Todas essas pessoas".

EMMA HART
Mark grunhiu. "Se você não estiver aqui em cinco minutos, eu enviarei o seu
avô para o microfone mais próximo".

"Sem problemas!" Rosie me agarrou. "Faça-me humana" ela sussurrou,


implorando-me. "Por favor".

"Eu não sou milagreira, mas vamos ver o que temos aqui". Eu olhei em volta.
“Oh, ótimo. Uma torneira e toalhas de papel. Isso vai lhe transformar em Scarlet
Johansson”.

Rosie pegou a bolsa que havia largado e abriu o zíper. "A maquiagem está
aqui. Faça-me parecer humana e não contarei a ninguém que seu namorado é
uma grande e gorda farsa”.

"Eu lhe amo, mas você é uma vadia". Eu peguei o bastão de corretivo.

"Eh. Ninguém acreditaria em mim”.

"O que isso significa?" Eu virei o rosto para olhar para mim.

Seus olhos procuraram os meus. "Nada. Só que você está fazendo um ótimo
trabalho fingindo que est~o juntos”.

Eu olhei para ela, não falei e continuei com isso.

Afinal, era o fim de semana dela.

Ela poderia acreditar no que quisesse.

EMMA HART
Idéias ruins e sacadas

Eu gemi, caindo contra a porta do nosso quarto.

Adam riu, desfazendo os botões da camisa. "Pelo menos sobrou algum


pedaço de Rosie para ir à cama?".

"Oh, por favor. Ela n~o estava bêbada”. Eu me curvei e tirei meus sapatos,
jogando-os para o lado. "Ela estava fingindo estar bêbada para escapar do
inferno que é a nossa família".

Ele fez uma pausa. "Bem, ela fez um bom trabalho fingindo".

“Claro que ela fez. Ela passou o tempo suficiente como uma adolescente
fingindo que estava sóbria. Ela sabe exatamente como ficar bêbada”. Eu
empurrei a porta, certificando-me de que estava trancada.

"Tenho certeza de que era só ela".

"Eu gostaria de invocar meu direito de permanecer calada". Fui até a


geladeira e peguei uma garrafa de água. "Minha adolescência também tem o
direito de permanecer calada".

"Calada, você quer dizer esquecida e ignorada".

"Você não conhece a minha vida, garoto do hockey".

Ele riu, pegando uma garrafa de champanhe. “O sol ainda est| baixando.

EMMA HART
Quer se juntar a mim na menor sacada do mundo?”.

Sim.

Não.

Sim.

Não.

Você está fazendo um ótimo trabalho fingindo que estão juntos.

Eu odiei a minha irmã por plantar isso na minha cabeça.

"Certo. Por que não?". Eu puxei os grampos do lado da minha cabeça, um


por um, e os joguei na mesa de café.

Meus ombros estavam tensos. Eu sentia o horrível aperto dos meus


músculos enquanto pegava duas taças de champanhe do topo do frigobar. Esta
noite esteve perto do desastre - não que eu realmente acreditasse que minha
irmã fugiria - mas nós quase não ficamos bem o suficiente.

A semana do tubarão tinha sido nossa melhor desculpa e se a minha mãe


pedisse, Rosie alegaria que o período menstrual dela tinha começado e
precisaria de mim para conseguir suprimentos.

Sim.

Não foi a melhor, mas foi a única vez em que eu agradeci à Mãe Natureza
por períodos menstruais na minha vida.

Saí para a varanda com Adam. Uma brisa suave do mar pegou meu cabelo e
eu agradeci pelo frio suave que trouxe consigo. O salão de baile estava quente e

EMMA HART
o estresse da minha família me fez sentir ainda mais quente com todo o alarido
que eles fizeram sobre quase tudo.

Eu puxei o meu vestido e me sentei no chão ao lado de Adam. "Eles


poderiam ter nos dado cadeiras".

“Onde eles as colocariam? Dentro?". Ele riu, puxando a guia no champanhe


para remover o papel alumínio.

“Sério, no entanto, aquela suíte é enorme e mal podemos sentar nossas


bundas nesta varanda”.

"Não importa a nossa bunda, eu mal posso cruzar as pernas".

"Bem, aqui tem cerca de cinco metros de comprimento" eu disse, me


mudando para que houvesse espaço suficiente entre nós para colocar as taças
de champanhe.

Adam se mexeu, se preparando para estourar a rolha. "Pronta?".

"Sim. Apenas n~o a estoure sobre a ...”.

Pop.

"Varanda" eu terminei, observando como a cortiça navegava por cima da


varanda e a espuma saía da garrafa.

Adam se virou para mim, parecendo inocente. “Onde mais eu deveria


estourá-la? Sobre você?”.

"Não. Isso seria burro. E doloroso. Eu só estava pensando que se alguém


estivesse sob a varanda...".

EMMA HART
"Eu não ouvi ninguém gritar". Ele encolheu os ombros e pegou o primeiro
copo, inclinando-o para enchê-lo sem uma tonelada de bolhas. Ele passou para
mim quando ele terminou. "Podemos procurá-la amanhã".

"Há casamento amanhã".

"Às seis e meia da tarde" respondeu ele. "Acho que teremos tempo".

"Você viu minha mãe hoje?".

Adam ficou quieto. "Eu a vi e acho que é exatamente por isso que você
precisa estar longe dela".

Ele não estava exatamente errado, estava?

“Eu sei, mas tenho coisas para fazer. O organizador de casamentos cuidar|
da maior parte, mas há pequenas coisas que são de minha responsabilidade”.

"Como garantir que sua irmã não precise ser drogada novamente".

"Exatamente isso". Eu inclinei meu copo em sua direção. "Eu não sei quanto
tempo livre eu terei".

"Bem". Adam colocou a garrafa de champanhe ao lado e encostou a cabeça


na parede.

A sacada era fina e longa. Eu preferiria curta e larga para esticar minhas
pernas, mas eu não estava pagando por este quarto, então eu realmente não
poderia reclamar, poderia?

Inferno, eu mal poderia comprar um sanduíche nesse lugar.

"Bem?" Eu disse, insistindo para que ele continuasse de onde parou.

EMMA HART
"Quanto tempo demoraria para se preparar para um casamento?".

"Quanto tempo leva para aparentar-se com um pedaço de corda?".

“Ah. É assim?".

"Você já esteve com mulheres se preparando para um casamento?".

"Não" Adam demorou. “Curiosamente, Red, é desaprovado que um homem


esteja em uma sala com um monte de mulheres semi-nuas”.

Bebi meu champanhe e olhei de lado para ele. "Uau. Você precisa assistir
mais pornô”.

Ele engasgou com o champanhe, batendo com o punho contra o peito. Eu


contive uma risada enquanto os olhos dele se estreitavam e ele olhou para
mim.

"O que?" Eu perguntei. "É verdade. Nem sempre é desaprovado. Às vezes é


comemorado”.

“Sim, mas acho que isso é mais relegado aos estilos de vida daqueles que
gostam desse tipo de coisa. Ou seja, que paga por isso”.

"Você está julgando?".

"Você faz swing?".

"Só quando as pessoas swingam primeiro".

Desta vez, seu engasgo acabou em uma risada. “N~o swing de dança. Swing
de sexo”.

Eu pisquei para ele. “Antes de você, meu último encontro sexual foi com

EMMA HART
minha m~o direita, ent~o n~o, eu n~o sou adepta a um grupal”.

"Bom saber".

"Você precisa esclarecer isso?".

"Não, mas eu só gostaria de fazer você se sentir desconfortável por um


minuto”.

"Você é um homem doente".

Ele riu, virando a cabeça para encontrar meus olhos. "Por quê? Porque é
divertido ver você retirar sua m|scara de confiança de vez em quando?”.

"Que máscara?".

"Veja: você nem sabe que faz isso”.

Eu me mexi, virando para ele e colocando minhas pernas para o lado. "Fazer
o que?".

“Você é um desastre autoproclamado, mas tudo que eu vi neste fim de


semana é você puxando as cordas e segurando tudo junto. Você controlou sua
irm~ durante as suas aberrações. Você conseguiu tirar sua m~e do caminho...”.

Eu levantei um dedo e balancei-o de um lado para o outro. "Isso só


funcionou porque ela queria saber sobre o nosso relacionamento".

“E nós a convencemos. De alguma forma, você conseguiu n~o enlouquecer e


contar tudo a ela. Você encurralou seu avô para ele sair de um clube de strip...”.

"Como você sabe disso?".

“Eu falei com o Mark. Obviamente". Ele arqueou uma sobrancelha. "Pare de

EMMA HART
me interromper".

“Mas é mais divertido quando eu faço. Você faz muito menos sentido
quando é intercalado com a minha besteira”. Eu sorri enquanto bebia.

Adam balançou a cabeça, tomando também. "Estou apenas dizendo. Você é


mais líder do que se d| crédito por isso”.

"Exceto quando eu escorreguei no chão do banheiro".

"Exceto quando você escorregou no chão do banheiro" ele concordou,


atirando-me um olhar do lado de seu olho. Seus lábios se contraíram, puxando
para o lado em um sorriso que combinava com a faísca em seus olhos.

Eu olhei para baixo, quebrando a conexão do nosso olhar. Minhas


bochechas estavam queimando e borboletas estavam enlouquecendo na minha
barriga. Eu não podia nem culpar o tremor que correu pelos meus braços na
brisa - não era forte o suficiente para me pegar enquanto eu estava protegida
pela forte cerca de vidro.

Era ele.

Tudo ele.

E mais uma vez, as palavras de Rosie voltaram para me assombrar.

"Você está fazendo um bom trabalho fingindo que estão juntos".

Eu queria que estivesse fingindo. Porra, eu desejei não ter borboletas


quando ele olhou para mim ou arrepiou quando ele me tocou. Eu gostaria de
não ter tido aquele beijo de conto de fadas com ele no estacionamento.

Eu desejei que eu não estivesse sentada ao lado dele agora, desejando que

EMMA HART
pudéssemos fechar a brecha entre nós para que eu pudesse me dobrar para o
lado dele.

Mais do que tudo, eu gostaria de não estar nessa posição.

Por que eu não tinha acabado de sair quando acordei no quarto dele? Por
que minha bunda desajeitada pediu que ele fosse o meu par? Eu deveria tê-lo
conhecido melhor. Eu já não tinha visto cem filmes românticos sobre isso?

E se não, por que não? Alguém precisava fazer alguns.

Aviso: Arrume um encontro falso e isso poderá não ser tão falso assim.

Eu odiei pensar isso. Nós éramos de mundos diferentes. Não em termos de


dinheiro, status ou estatura, mas o esporte não era a minha coisa. Eu não era a
garota que poderia ficar de lado e fingir que me importava com o que diabos eu
estava assistindo.

Eu também duvidava muito que eu fosse o tipo de garota que poderia se


sentar e aprender as regras de qualquer tipo de esporte que não fosse beer
pong.

Isso era mesmo um esporte legítimo? Ou eu tinha acabado de desperdiçar


minha adolescência em um jogo irracional que não fez nada além de me tornar
uma mestre bebedora de cerveja na formatura do ensino médio?

Eh. De qualquer forma, eu estava bem com isso. Eu estava segurando minha
medalha de ouro e orgulhosa.

“Poppy? Você est| bem?" Adam estendeu a m~o e afastou o cabelo dos meus
olhos.

"Pensando" eu disse suavemente. "Sobre algo que Rosie disse

EMMA HART
anteriormente".

“Gostaria de compartilhar com a turma?”.

Sorrindo, eu dei uma cotovelada nele. "Ela sabe que isso não é real".

"Choque de horror" ele murmurou.

Outro cotovelo se adiantou antes que eu me envolvesse. Eu girei a taça de


champanhe pelo caule, meus dedos desenhando linhas na condensação do copo
enquanto o calor dos meus dedos batia na frieza do álcool.

“O que mais ela disse?”.

"O que você quer dizer?". Inclinei a cabeça para olhar para ele.

Ele deu de ombros, olhando para o oceano que mal era iluminado pelas
luzes que iluminavam os caminhos do resort. “Você esta diferente desde que
você fugiu para o banheiro. Eu sei que ela disse algo para você. E antes de
discutir, tenho quatro irmãs. Eu sei quando uma mulher está chateada. Eu
cresci com uma rotaç~o quase constante de períodos”.

Eu ri na minha mão, colocando meu copo vazio na varanda entre nós. Agora,
fiquei feliz pelo espaço. Eu desejei há alguns momentos que ele fosse fechado,
mas eu estava feliz por isso.

"Ela só ... Ela disse algo que me pegou, só isso" eu disse.

Adam pegou meu copo e a garrafa e encheu de novo, apenas deixando o


suficiente para ele. "O que ela disse?".

"É estupido".

EMMA HART
"Não é tão estúpido se você tem sua calcinha toda em uma reviravolta sobre
isso, Red".

Sim, bem, essa foi a opini~o dele. “Eu levo minha calcinha em uma
reviravolta sobre um monte de coisas estúpidas. Quando não tenho manteiga
suficiente para minha torrada. Quando há Cliffhangers nos programas de TV,
quando eu vou pegar o próximo episódio no dia seguinte. Quando o gato do
meu vizinho me arranha ...”.

"Ponto bem tomado" ele disse, tocando o dedo nos meus lábios para me
fazer calar. "Mas isso não cobre o que sua irmã disse".

Eu não estava saindo disso, estava? Não, porque eu tinha me metido no


primeiro lugar.

Suspirei. "Ela disse que estamos fazendo um bom trabalho fingindo


estarmos juntos".

Adam virou a cabeça para o lado, os olhos encontrando os meus


rapidamente. Ele olhou para mim por um segundo com uma expressão plana.
Meu estômago se amarrou em nós - e se ele concordasse? E se eu estivesse mais
nessa falsa relação do que ele?

Por que eu ainda me importo?

Então ele riu.

Explodiu em gargalhadas, na verdade. Seu corpo inteiro tremeu quando


suas risadas profundas provocaram formigamentos nos meus braços.

"Estou feliz que seja tão divertido para você" eu murmurei, colocando o
copo fora de alcance e me levantando.

EMMA HART
"Onde você vai?".

"Para a cama".

"Venha aqui". Ele estendeu a mão e pegou minha mão.

Parando, olhei para ele. O sol finalmente havia se apagado, mas o céu ainda
estava pintado com tons dourados, tons que dançavam através de suas feições
e faziam seus olhos parecerem dez vezes mais brilhantes que o normal.

Engoli. "O que?".

"Sente-se" ele puxou minha mão.

Eu não me mexi.

"Eu juro, Red, se você não se sentar, eu vou levantar e fazer você se sentar".

Eu tirei minha mão da dele e cruzei meus braços. Eu estava sendo


petulante? Sim. Mesquinha? Sim. Imatura? Provavelmente.

Pelo menos eu poderia admitir minhas falhas.

A única coisa que eu não poderia admitir, era que a ideia de ele não estar
em mim me incomodava mais do que eu pensava que seria.

Adam ficou em pé.

Ah, Merda.

Ele estava falando sério.

"N~o! N~o! Eu vou me sentar!”.

EMMA HART
Ele me agarrou, me pegando com um movimento varrido. Um pequeno grito
escapou de mim quando ele fez isso, um braço em volta das minhas costas e o
outro atrás dos meus joelhos.

Oh Deus, não havia espaço suficiente nesta varanda para isso.

"Coloque-me no chão!" Eu gritei.

"Não. Eu lhe avisei". Lentamente, ele se sentou, me levando para baixo com
ele. Eu não sabia com o que eu estava mais impressionada - o fato de ele ter me
varrido como se eu estivesse enlouquecendo a Cinderela ou que ele não tivesse
me deixado cair.

Ele me colocou entre as pernas e encostou-se na parede. Minhas costas


estavam contra o estômago dele e ele me puxou de volta, então estávamos
sentados juntos. Suas pernas estavam dobradas nos joelhos, me prendendo, e
as minhas foram puxadas para cima graças ao espaço mínimo.

Meu coração acelerou no meu peito quando ele inclinou a cabeça para que
sua respiração contornasse minha bochecha. Estava quente e cheirava a
whisky.

Seus dedos percorreram meus antebraços, levemente fazendo cócegas em


mim. Foi estranhamente reconfortante, um toque tão minúsculo que não queria
que ele parasse.

Foi confortável.

Muito confortável.

"Eu não estou fingindo que estou com você, Red" ele disse suavemente no
meu ouvido. Seus lábios roçaram meu lóbulo da orelha, seus dedos ainda

EMMA HART
subindo e descendo pelos meus braços.

Foi uma mistura perigosa de sensações.

“Estou com você. N~o pense que n~o estou. Fingir ser seu namorado é a
coisa mais f|cil que j| fiz.” Sua voz era baixa e quente e ... honesta.

Eu não sabia que a honestidade tinha um som, mas aqui estava eu, ouvindo.

"Você não precisa gostar, mas não posso evitar". Ele se moveu para o lado
ligeiramente, alcançando o lado do meu rosto. Ele me moveu até nossos olhos
se encontrarem. “Eu sei que isso é falso, tudo bem? Eu sei que provavelmente
nunca mais nos veremos depois da segunda-feira. Mas isso não significa que a
minha atraç~o por você agora n~o seja muito, muito real”.

Engoli.

"Quero dizer, você é louca, não é?" Seus lábios se contraíram, os olhos
dançando com alegria. “Você é um antagonismo completo da sua família, mas
você também é a engrenagem que parece mantê-los girando unidos. Os
morangos, a droga - enquanto um meio questionável de mostrar seu amor,
ainda funciona”.

Eu cobri minha boca, mordendo de volta uma risada, desviando o olhar.

Adam enfiou um dedo debaixo do meu queixo e o inclinou de volta. "Você


tem uma boca mais inteligente do que qualquer um que eu já conheci, e eu
estou fodido se eu sei porque é tão atraente para mim, mas lá vai você". Ele
arrastou o dedo ao longo da minha bochecha e empurrou o cabelo dos meus
olhos. “Isso é apenas algumas coisas que eu gosto em você, Poppy. Se você
estava preocupada achando que eu não esteja com você, então não fique. E se
você estava preocupada achando que eu esteja com você, então é uma grande

EMMA HART
merda”.

Eu ri, inclinando-me contra ele e descansando minha cabeça contra seu


peito. Ele estava rindo também, e por um momento, isso era tudo o que havia.

Eu e um cara que estava comigo, abraçados em uma varanda, rindo.

E uma parte de mim realmente queria que isso não tivesse que ser falso.
Mas uma coisa era se sentir confortável em um ambiente privado, em um
evento público era algo completamente diferente.

E foi por isso que realmente tivemos apenas quatro dias.

Adam enfiou a mão debaixo do meu queixo de novo e levantou-a. Desta vez,
não foram seus olhos que encontraram os meus. Foi nossos lábios, se unindo
em um beijo que eu senti da cabeça aos pés.

Eu queria que fosse para sempre.

"Vamos. Hora de dormir”. Soltando-me, ele fez sinal para eu me levantar


primeiro.

Eu fiz, usando sua coxa para alavancar. Ele resmungou e eu bufei. "Isso é o
que você ganha por me pegar em uma sacada feita para crianças e colocar o
medo de Deus em mim".

"Medo de Deus? Você n~o se refere ao medo da sua m~e?”.

“Eu lhe disse para n~o confundir Satan|s com Deus. Satan|s n~o gosta
disso”. Lancei-lhe um sorriso por cima do ombro quando o deixei para trancar
as portas.

Eu entrei no banheiro e peguei meus lenços de maquiagem. No momento

EMMA HART
em que Adam se juntou a mim lá dentro, eu estava livre de maquiagem e
lutando para dobrar o braço atrás de mim para desfazer meu zíper.

Ele se inclinou contra o batente da porta, os olhos contornando-me. "O que


você está fazendo?".

Eu parei de pular. "Uma performance para duendes".

Ele olhou ao redor. "Você não parece ter muita audiência".

"Ha. Ha Ha. Eu deixei cair meu braço antes de deslocar meu ombro. “Eu n~o
posso alcançar meu zip. Você pode ajudar-me?".

“Posso ajud|-la a se despir? Oh, que merda, que decis~o difícil!” ele
respondeu secamente, aproximando-se de mim. Delicadamente, ele me virou
para encarar o espelho mais uma vez e varreu meu cabelo para o lado.

Seus dedos roçaram a pequena área de pele nua no topo das minhas costas
quando ele agarrou o zíper. Devagar, com cuidado, ele puxou para baixo.
Calafrios seguiram o teste do zíper quando ele baixou e finalmente parou logo
acima da curva da minha bunda.

Adam levantou o olhar para encontrar o meu no reflexo do espelho. "Feito".

"Obrigada". Isso saiu um pouco mais áspero do que eu pretendia e eu


rapidamente corri para o quarto. Sua risada baixa me seguiu, então me
tranquei no closet.

Estava escuro como breu. Eu não conseguia ver minha mão na frente do
meu rosto, e por um segundo, isso foi uma coisa boa. Isso me permitiu recostar-
se contra a parede e recuperar o fôlego.

Meu coração estava batendo rápido. Eu poderia estar fugindo de um

EMMA HART
assassino e não poderia bater mais rápido. Minha boca estava seca e não
consegui colocar em uma caixa o que acabara de acontecer.

Tudo o que eu sabia era que era algo muito real e eu precisava pará-lo antes
que meu coração de cérebro tivesse idéias estúpidas sobre manter contato com
Adam depois que o casamento terminasse.

A porta se abriu e eu estremeci com a luz brilhante do quarto.

"Red? O que você está fazendo?".

Ele estava me perguntando isso hoje a noite.

Perdendo minha cabeça? Essa foi uma boa resposta.

"Eu estava procurando por um top" eu respondi mudo. "Para dormir".

Ele chegou perto da porta e acendeu a luz. "Isso será muito mais fácil com a
luz acesa".

Eu assenti.

Ele sorriu. “Eu tenho sobrinhas que podem mentir melhor que você. Elas
s~o três”.

"Foda-se" eu murmurei, abrindo a gaveta que segurava minhas roupas.


Peguei um top folgado que eu gostava de usar para dormir que dizia: "Se você
pode ler isso, foda-se" e sai do meu vestido. Removendo rapidamente meu sutiã,
eu puxei a camisa sobre a minha cabeça e voltei para o quarto, apagando a luz
do closet.

Adam já havia apagado a luz principal e acendeu a da mesa de cabeceira.


Quando eu subi no meu lado da cama, ele chegou por trás e desligou.

EMMA HART
Ele me puxou contra ele, então estávamos em conchinha. Sua respiração
agitou meu cabelo e seus dedos se espalharam pelo meu estômago sob a minha
camisa. Nossas pernas emaranhadas e era fodidamente horrível.

"Eu odeio ser tocada enquanto durmo" eu resmunguei.

"Eu sei. Mas tenho certeza que você pode administrar mais duas noites”. Ele
bocejou, contorcendo-se ainda mais.

"Você não leu minha camisa, não é?".

"N~o. Mas a julgar pelo seu humor, est| me dizendo para me foder”.

Eu bufei, porque ele estava certo. "Exatamente".

"Minha camisa diz que eu não dou a mínima para o que diz".

"Você não está vestindo uma camisa".

"Eu sei. Você n~o tem sorte? Você pode sentir esses abdominais o dia todo”.

Revirei os olhos enquanto ele sufocava sua própria risada atrás de mim.
"Uau. Alguém acha que é engraçado”.

"Alguém está de bom humor".

“Você est| me tocando. Quero dormir. Isso é como tortura”.

"Tudo bem. Bem". Ele me soltou, desconectando as nossas pernas, movendo


a mão do meu estômago e arrancando o braço debaixo do meu pescoço.

"Oh" eu murmurei, mudando assim para que nenhuma única parte de


nossos corpos estivessem se tocando.

EMMA HART
Isso foi melhor.

"Noite, Red".

"Noite". Eu me movi, tentando me sentir confortável.

Ao meu lado.

Nas minhas costas.

Um braço acima da minha cabeça.

Um pé fora das cobertas.

Uma perna para fora.

Ambos os pés para fora.

Do meu outro lado.

Droga.

"Pare de se contorcer" Adam murmurou, depois de alguns minutos.

"Eu não posso ficar confortável" Eu bufei e caí de costas, deixando meus
braços caírem como pesos mortos na cama.

Adam rolou de costas. "Você quer me abraçar?".

Sim.

"Não" eu respondi, rolando para o meu lado e contra o dele.

Ele riu, levantando um braço e envolvendo-o ao meu redor enquanto eu


aninhava minha cabeça contra seu peito e enganchei uma perna sobre a dele.

EMMA HART
"Sim. Parece que sim”.

"Eu não quero". Eu descansei um braço sobre o seu estômago tonificado.


"Só porque eu estou abraçando você não significa que eu queira".

"Tenho certeza que não" disse ele secamente. "Você estará dormindo em
minutos".

Eu bocejei. "Não, eu não vou".

Ele riu baixinho, os ombros tremendo, mas não disse mais nada para mim.

"Adam?".

"Sim?". Seus lábios se moveram contra o topo da minha cabeça.

"Eu estou meio que com você também" eu murmurei, olhos pesados com o
sono.

Suavemente, ele me apertou. "Eu sei. Eu sei".

EMMA HART
Mimosas e Mães

Nós acordamos da mesma maneira que adormecemos. Juntos, embora nós


dois estivéssemos do nosso lado. A bunda de Poppy estava aninhada contra o
meu pau e se não tivéssemos sido acordados pelo som de seu telefone tocando,
não haveria dúvida sobre como a manhã começaria.

Sexo matinal.

Porra da sua mãe.

Eu estava começando a ver seu ponto sobre ela ser Satanás. Meu pau
definitivamente estava e ele protestou o tempo todo em que eu estive no
chuveiro.

Recusei-me a masturbar enquanto ela estava no quarto ao lado. Parecia


estranho e não ... certo.

Eu entrei no quarto onde Poppy ainda estava resmungando sobre as sete


horas da manhã.

"Você não é realmente uma pessoa matinal, não é?". Eu perguntei,


esfregando meu cabelo com uma toalha.

Ela me lançou um olhar tão feroz que eu acho que minhas bolas recuaram

EMMA HART
de volta para o meu corpo. "Eu pareço uma fodida pessoa da manhã?".

"Você parece como o assassino, em um filme de terror".

Ela se virou, seu olhar nunca se abrandou. Sua camisa resumiu seu humor
perfeitamente. “O pássaro madrugador pode ter o verme. Porque os vermes são
grosseiros e as manh~s s~o estúpidas”.

Eu n~o podia morder a risada que borbulhava de mim. “Camisa


interessante”.

Novamente me encarou. "Você quer morrer?".

"Em outros setenta anos ou mais" eu respondi, jogando a toalha sobre a


cama

"Você pode colocar algumas roupas?".

“Você sabe de uma coisa, Red? Você est| t~o preocupada hoje, mais do que
eu fiquei quando eu tive ataques mais fortes de gripe estomacal”.

Ela ficou histérica. “É muito cedo para isso. Sete da manhã e minha mãe está
no maldito telefone enlouquecendo com guardanapos. Eu disse a ela para
perguntar a Rosie e ela disse que ela nem est| acordada ainda!”. Ela bateu seu
rímel para baixo no lado enquanto eu puxava minha cueca por cima da minha
bunda. “Ela n~o se casa até hoje { noite! N~o podemos todos ter uma pequena
mentira para compensar um casamento tarde da noite? Nãão, a mãe
Comandante-Chefe exige tudo de nós, como se eu desse a mínima sobre
guardanapos”.

Eu queria perguntar a ela se ela ia começar a menstruação, mas eu fiz isso


uma vez com a minha irmã e nunca mais quis fazer isso de novo. Eu ainda tinha

EMMA HART
a cicatriz no meu joelho dela jogando um livro em mim.

Era um livro de capa dura e o canto havia rasgado a pele.

Isso e eu fui um adolescente irritante que escolheu a sarna.

Todos nós tivemos nossas falhas. Eu era um pegador. Isso foi meu. Tudo
menos o nariz.

Então, eu fui para a rota segura: "Você quer ir e tomar café?".

"Eu quero?" ela perguntou, olhando para mim. "O que você acha?".

"Eu acho que eu preciso de café, se esta conversa durar muito mais", eu
disse honestamente, pegando uma camiseta e shorts da minha gaveta.

Ela cutucou a língua para mim e pegou sua escova de cabelo. Enfiando uma
faixa para cabelo no pulso, ela puxou o cabelo para um nó bagunçado em cima
de sua cabeça. Pedaços finos caíam sobre o pescoço pálido e as orelhas, e ela
puxou um grampo de sua bolsa de maquiagem para prender os pedaços do
pescoço.

Ela olhou e me viu observando-a. "O que? Algumas garotas podem fazer um
coque super bagunçado. Eu não sou um deles. Eu pareço estar fugindo da
polícia quando faço isso”.

"Eu acho que você está linda".

"Agora você está apenas tentando me agradar".

"Está funcionando?".

"Você é uma xícara de café?".

EMMA HART
"Não. Mas eu sou capaz de outro tipo de despertar, se você quiser irritar sua
m~e um pouco mais”. Eu sorri abertamente.

Ela lutou com um sorriso. “Normalmente, eu estaria feliz sobre isso. Hoje,
no entanto, vou tentar manter a paz”.

"Certo." Eu passei um pouco de cera pelo meu cabelo úmido. "Deixe-me


arrumar o meu cabelo e nós vamos tomar café para tentar essa coisa de
manutenção da paz".

"Você não acha que eu possa ser legal por um dia inteiro?".

"Eu sei que você não pode". Enxuguei minhas mãos em uma toalha e peguei
meu telefone e a chave do quarto. "Vamos, Red, vamos torná-la semi-humana
novamente".

***

Foi incrível, realmente.

Apenas vinte minutos atrás ela era raivosa. Mate-o-com-meus-olhos


zangados. Ninguém me toca, puto.

E agora? Agora ela estava sorrindo.

Era sua segunda xícara de café e ela tinha uma mimosa - a meu pedido -
então talvez fosse por isso.

"Pare de olhar para mim como se eu fosse uma esquisita sobre a qual nada
pode fazer sentido" Ela pegou um croissant e rasgou em dois.

EMMA HART
"Você é uma esquisita que eu não consigo entender" eu respondi, abraçando
minha xícara de café com as mãos. "Não é minha culpa se você acabou de ir de
cem para zero na escala de mau humor".

“Eu fui acordada quando estava tendo um sonho muito bom, muito
obrigada. Não é todo dia que Chris Hemsworth entra em meus sonhos e quer
fazer sexo comigo”.

"Agradável. Então você estava na cama comigo tendo sonhos sujos sobre
Thor”.

Ela fez uma pausa, bochechas cor de rosa. "Realmente".

"Agora, diga sem corar" eu sorri. "E eu acredito que não foi sobre Thor".

Ela abriu a boca, depois fechou a mandíbula com força.

“Eu n~o estava dormindo. Você disse meu nome”. Eu encolhi os ombros.

Agora, ela corou como o inferno.

Eu estava mentindo através dos meus dentes, mas garoto, isso foi divertido.

“Apenas admita, Red. Você estava sonhando em fazer sexo comigo. Tudo
bem. Eu n~o me importo. Estou lisonjeado, na verdade”.

"Eu tenho o direito de permanecer calada". Ela bebeu sua mimosa.

"Você tem. Mas suas bochechas lhe entregam”. Eu sorri abertamente.

"Eu lhe odeio" ela murmurou, voltando a pegar sua taça.

Eu ri. “Linhas finas e tudo isso. Você vai me amar mais tarde quando...”.

EMMA HART
"Quando o que?" A voz de sua mãe cortou o que eu ia dizer.

Que não seria aprovado pela mãe.

"Eu estiver lá para ajudá-la a praticar seu discurso para a recepção" eu disse
sem perder o ritmo. Levantei-me e beijei sua bochecha. “Bom dia, Miranda”.

Poppy revirou os olhos.

“Certamente n~o é. Poppy” ela disse, virando para ela enquanto colocava
croissant em sua boca. "Você deveria me encontrar imediatamente".

"Mam~e. Você me acordou. Eu precisava comer alguma coisa”. Poppy


acenou com o croissant.

"Você pode comer mais tarde".

“N~o, n~o posso. Você estar| sobre mim a manh~ toda para fazer isso e fazer
aquilo e fazer a piadinha para os convidados” ela respondeu. “Ent~o, comerei
agora. Os guardanapos ainda estar~o l| em meia hora”.

"Mmm". O olhar calculista de Miranda varreu a mesa. "Mimosa? Poppy”.

Desta vez, ela não escondeu sua irritação. "Mãe, se você quer que eu seja
uma boa pessoa hoje, tomarei uma mimosa".

"Você nunca é uma boa pessoa".

"Tudo bem, então se você quer que eu finja ser uma boa pessoa hoje,
tomarei uma mimosa". Poppy deu de ombros.

"Por que Adam não está comendo?".

"Eu não posso comer tão cedo" eu interrompi. Jesus, isso foi trabalho duro.

EMMA HART
“Eu costumo me levantar e me exercitar antes de comer. Só estou aqui para
garantir que o lacaio do diabo n~o mate ninguém”.

Poppy olhou para mim, sacudindo a cabeça.

Eu sorri abertamente.

Miranda olhou entre nós e piscou. "Eu não entendo vocês dois".

"Nem eu" respondi.

Poppy me chutou debaixo da mesa.

Eu pulei, e Miranda me olhou engraçado. "Câimbras" eu disse, fingindo estar


com dor e descendo. "Esticou errado".

Poppy pegou outro croissant e enfiou mais na boca para esconder sua
risada.

"Sua dor é engraçada para você?". Miranda perguntou a ela.

"Sim" ela respondeu com a boca cheia de comida.

Outro olhar entre nós e Miranda levantou as mãos. "Poppy, me encontre


quando estiver pronta para ser razoável e ajudar". E então ela foi embora.

"Bem, isso será em algum tempo no próximo século" eu resmunguei,


esfregando minha canela.

Poppy apontou o croissant para mim. "Você está me irritando".

"Certamente que não" eu disse lentamente.

“Você n~o quer que eu fique com raiva. Eu n~o sou legal quando estou com

EMMA HART
raiva”.

"Você está me dizendo que esta manhã você estava uma delícia?"

"Eu sou sempre uma delícia".

"Eu vou lhe comprar um dicionário, Red".

"Excelente. Eu posso bater em você com isso quando você me irritar”.

Eu não sei porque eu ri, mas eu fiz. Apenas escapou de mim e eu cobri meus
olhos com a mão. Eu sabia que ela estaria olhando para mim, mas não pude
evitar. Tudo o que eu podia imaginar era essa ruiva louca e furiosa me
perseguindo com um dicionário, tentando me machucar.

O telefone de Poppy apitou na mesa. Ela pegou, e pela primeira vez esta
manhã, realmente sorriu.

"O submundo chamou sua mãe de volta para o dever?". Eu perguntei.

Ela bufou. "Não. Minha melhor amiga está finalmente aqui. Ela deveria vir a
noite passada, mas teve que trabalhar até tarde. Ela dirigiu meio caminho na
noite passada e acordou cedo. Ela está checando agora. Seus dedos voaram
através da tela sensível ao toque enquanto ela respondia". Eu lhe disse para vir
aqui e nos encontrar".

"Ela é alguma coisa parecida com você?".

“Totalmente o oposto, na verdade. N~o sei como moramos juntos”.

"Vocês vivem juntas?".

Poppy olhou para cima com os olhos castanhos arregalados. "Eu não

EMMA HART
mencionei isso?".

"Nenhuma vez" eu disse.

"Porcaria. Ok, sim, eu moro com Avery. Desde que fomos para a faculdade. E
o que você deve saber é que é bom que ela esteja aqui, porque minha mãe
adora Aves. Literalmente deseja poder nos trocar e fazer com que ela seja sua
filha”.

"Por que isso é uma coisa boa?".

“Porque ela a distrai. Ela é como um amortecedor entre nós”. Ela deu de
ombros. "Isso tornará hoje muito mais suportável, com certeza".

"Algo tem que ser".

"O que aconteceu com o cara legal da noite passada?".

"Eu posso sair por aí dizendo a todos o quanto eu lhe amo, se você quiser".
Eu sorri abertamente.

Ela franziu o nariz. “Pare de me xingar. Eu nunca sairei disso viva se você
disser às pessoas que você está apaixonado por mim. Eu sou muito espinhosa
para me apaixonar”.

"Você sabe, eu às vezes confundo você com um cacto".

"Ha, ha, homem engraçado". Ela mostrou a língua para mim novamente e
tomou um gole de sua mimosa.

"Oiiiiiiii!".

Eu me virei para ver uma morena de aparência cansada correndo em

EMMA HART
direção a nossa mesa.

"Aves!" Poppy pulou e abraçou-a com força. "Eu pensei que você estava
registrando sua entrada no hotel".

"Eu já fiz. O porteiro está pegando minhas coisas porque, aparentemente, eu


pareço precisar de café”. Ela encolheu os ombros.

"Você o faz". Poppy sentou-se. “Avery, este é Adam. Adam, Avery”.

"Oi!" Avery puxou uma cadeira e sentou-se, sorrindo brilhantemente. "Ah,


sim. Você é o namorado”.

Eu olhei para Poppy.

"Ela está sendo uma idiota" ela disse. "Ela sabe o que está acontecendo".

Avery revirou os olhos. “Eu sou uma idiota. Ela est| sempre certa. O que
uma garota precisa para tomar um café por aqui?”.

Poppy apontou para mim. "As pessoas prestam atenção nele".

"Eu não chamarei os garçons assobiando" eu a lembrei.

"Eu fiz isso uma vez". Ela ergueu um dedo. "E se as pessoas agem como
cachorros, eu as trato como se fossem".

"Certo. Eu também preciso de um café, ent~o...” Peguei minha caneca vazia e


olhei em volta em busca do garçom.

Avery inclinou a cabeça para o lado enquanto eu fazia isso, estreitando os


olhos. Fingi como se não tivesse percebido quando chamei um garçom e fiz
sinal para duas xícaras.

EMMA HART
"Quanto tempo você ficará aqui?" Poppy perguntou a Avery.

"Eu tenho que sair cedo amanh~" ela respondeu. “O trabalho começa {s
duas. Amy se demitiu, ent~o estamos todos lutando para cobrir seus turnos”.

"Onde você trabalha?" Eu perguntei a ela.

Poppy levantou uma sobrancelha para mim.

"O que? Já que vocês moram junto, não acha que será estranho se eu não
souber nada sobre ela?”

"Merda. Eu me esqueci disso". Ela estalou a língua.

Avery bufou. "Seu plano mestre não foi tão inteligente depois de tudo, hein,
Pops?".

Poppy revirou os olhos, pegando seu café, mas eu peguei o pequeno sorriso
que ela me enviou.

O mesmo aconteceu com Avery.

"Eu trabalho em um bar perto do nosso apartamento" ela respondeu. “É


basicamente um restaurante durante o dia e um bar do jantar em diante.
Tivemos alguém que desistiu na semana passada, depois mais dois dias atrás,
por isso est| agitado”. Ela fez uma pausa. "Sinto muito, isso est| realmente me
incomodando, mas eu juro que lhe conheço de algum lugar".

Claro. Se Poppy não soubesse quem eu era, não havia razão para Avery
saber.

Poppy demorou a responder graças à chegada dos nossos cafés. Assim que
eu disse ao cara que estávamos satisfeitos para qualquer outra coisa agora,

EMMA HART
Avery soltou um pequeno suspiro.

"Você joga na Storms" disse ela em voz baixa.

"O que?" O queixo de Poppy caiu. "Você sabe quem ele é? Eu sou a única que
n~o sabia?”.

"Você não sabia quem ele era?" Avery perguntou, então se virou para mim.
"Ela não sabia quem você era?".

Eu sorri abertamente. "E essa é a minha sugestão para deixar vocês duas
alcançarem e ir para a academia". Limpei minha boca com um guardanapo e
deslizei meu café para Poppy. "Aqui" eu disse, levantando-me. Eu andei em
volta da mesa e agarrei as costas da cadeira dela. "Você precisará disso".

Eu me endireitei e vi o pai dela, Mark, Celia e Rory entrando pela porta.

Poppy pegou meu olhar e olhou por cima. "Ah, não".

Eu bati no ombro dela, então quando ela se virou, abaixei-me para beijá-la.
Eu segurei o rosto dela e a beijei com firmeza, voltando para uma última vez
antes de me afastar. Ela corou e Avery levantou as sobrancelhas, os lábios
puxando para cima.

"Bom dia" eu disse à sua família. "Você está bem, Mark?".

"Não tenho certeza" ele respondeu com uma risada.

"Adam!" Rory correu ao redor da mesa e correu para as minhas pernas.

"Ai" Eu fingi cambalear para tr|s alguns passos. “Você andou malhando?
Você est| mais forte do que ontem!”.

EMMA HART
Ele assentiu, recuando. Ele levantou a manga e flexionou seus pequenos
músculos para mim. "Eu fiz cinco flexões esta manhã!".

"Cinco? Nossa, bom trabalho!" Eu levantei uma mão para um toque e ele
obedeceu, batendo na minha mão com grande entusiasmo.

"Você está saindo?". O pai de Poppy perguntou.

"Sim. Avery acabou de chegar, então eu pensei em deixá-los para isso. Eu ia


malhar”.

Mark olhou para a comida na mesa e franziu o rosto. “Se importa se eu


pegar uma bebida e lhe encontrar l| em cima? Eu poderia treinar também”.

"Parece bom para mim. Sempre melhor com um amigo”. Eu dei-lhe um


tapinha no ombro. "Pops, eu lhe avisarei quando terminar, tudo bem?".

"Hã?" Ela olhou por cima do ombro para mim, as bochechas ainda rosa.

Eu lutei um sorriso. “Eu mandarei uma mensagem quando terminarmos


para ver onde você está. Tudo bem?".

“Oh. Sim. Tudo bem" .

Avery bufou e eu pisquei.

Ela estava perdendo a cabeça e foi muito divertido.

EMMA HART
Guardanapos e bobagens

Avery fechou a porta do quarto e olhou para mim. "Você dormiu com Adam
Winters e não sabia quem ele era?".

"Eu ... bem ... você o viu no bar e não me contou!".

Realmente?. Esse foi o meu argumento? Meu Deus, eu era manca.

“Eu n~o o vi claramente! Você me disse que ia para casa com ele e eu pulei
em um Uber”.

"Tanto para ter certeza de que eu estava segura".

Ela revirou os olhos. “Eu conversei com o amigo dele a noite toda. Eu sabia
que você estava segura. Mas pare de desviar! Como diabos você conseguiu isso
com sua família louca por hockey?”.

Eu disse a ela o que aconteceu na noite de sexta-feira. "Então, sim. Rosie


salvou minha bunda” terminei.

"Adam não achou que era uma boa ideia dizer a você, apenas para o caso?"

"Não. Ele achou engraçado"

EMMA HART
"Ele conheceu sua mãe, certo?"

"E ela o ama" eu murmurei, caindo em sua cama. “Todo esse fim de semana
é uma bagunça quente, Aves. Minha família está obcecada por ele agora
pessoalmente também, e em breve, terei que terminar com o meu namorado
falso, que é o único namorado de quem minha família sempre gostou”.

"Bem, você corre esse risco" ela disse sem ajuda. "Sem ser essa pessoa, eu
lhe disse que isso era uma má ideia".

"Eu sei. Foi uma má idéia. Isso é uma má ideia". Eu caí para trás e cobri
meus olhos quando pulei no colchão.

A cama afundou quando ela se deitou ao meu lado. “Ele parece legal, no
entanto. Muito convincente”.

Eu gemi rolando na minha frente e quase deitada em cima dela. "Ele é. Ele é
ador|vel e perfeito”.

"Oh-oh" disse Avery, mudando para se sentar. Ela se encostou na cabeceira


da cama e jogou os sapatos no ch~o. “Ador|vel e perfeito?”.

Outro gemido e eu enterrei meu rosto nas cobertas. "Sim. E eu odeio que eu
goste dele”.

"Gosta dele ou gostava dele?".

"Eu n~o sei, Avery”. Eu virei minha cabeça para o lado e descansei minha
bochecha em meus braços. “Eu n~o quero responder a pergunta. Claro, ele é
quente como o inferno e ele é um maldito mago no quarto, mas nós apenas ...
nos damos bem. É tão fácil, sabe? É como se nos conhecêssemos há anos em vez
de horas”.

EMMA HART
"Isso é ... eu quero dizer que é fofo, mas eu não acho que você vai
concordar".

"Não. Então, na noite passada, Ro me disse que estávamos fazendo um


ótimo trabalho fingindo estarmos juntos...”.

Avery soltou uma risada. “Fingindo, a minha bunda! Aquele beijo depois do
café da manh~ quase me excitou!”.

Eu tossi rindo. "Exatamente. Eu disse a ele que estava me incomodando e


ele me disse que estava comigo. Ugh, Aves”.

"Então, por que você está pirando?".

"Eu não estou enlouquecendo".

"Você está totalmente em pânico".

Eu balancei a cabeça. "Amanhã, tudo acabará, então não importa, porque...".

"Por que isso tem que acabar?". Ela cruzou as pernas e abraçou um
travesseiro. “Vocês est~o juntos. Vocês moram em Orlando. Por que n~o ser
honesto e ver se acontece alguma coisa?”.

"Porque somos pessoas diferentes e nossas vidas não são compatíveis".

“Você é como aquela heroína em romances, que faz as pessoas quererem


jogar seus Kindles. Você sabe, aqueles em que você se senta e grita e sai 'COMO
VOCÊ TAMBÉM SABE ISSO? VOCÊ NÃO TENTOU! '”.

Eu pisquei para ela. "No meio de um livro, hein?".

Ela soltou um longo suspiro. “Angústia central. Ok, mas ainda assim, como

EMMA HART
você sabe que suas vidas n~o s~o compatíveis?”.

"Porque ele é famoso e talentoso e rico e...".

"Você é talentosa".

“N~o conta. Eu pinto por divers~o. Eu me mexi para sentar e olhei para
longe. "Você é a única pessoa que sabe que eu ainda faço isso".

“Ent~o isso torna tudo menos importante? Pops, você está trabalhando
como garçonete com um colega de quarto em um apartamento um pouco
superfaturado. É assim que as pessoas mais ricas começam”.

Eu ri. "Isso em Hollywood e somente se você estiver disposta a vender sua


alma ao diabo".

"Então você está bem, porque você nasceu do diabo". Ela sorriu. "Eu acho
que você deveria tentar".

“Hum. Veremos. Por enquanto, vamos passar por hoje. Estou pronta para
este casamento acabar e ver minha irm~ se casar”.

"Tudo bem, tudo bem".

***

“Avery, eu lhe contei sobre aquela época em Amsterd~?” Vovô disse,


inclinando-se sobre a mesa com os olhos arregalados.

Avery hesitou. "Em que época era isso?".

EMMA HART
Ding ding, resposta errada.

“Aquele com a prostituta brit}nica com seios como Júpiter”.

"Eu pegarei mais cartões de lugar!" Eu subi e corri para o outro lado da sala.
Enquanto Avery pode não ter ouvido, eu ouvi na noite anterior, e eu realmente
não queria ouvir sobre isso novamente.

Ele escolheu seu tópico de conversa para esta reunião de família, e quando
minha mãe descobrir, ela teria o vapor saindo de suas orelhas.

Braços deslizaram ao redor das minhas costas e os lábios beijaram o lado


do meu queixo. "Ei".

"Ei" eu disse para Adam. “Você pode ir. Vovô est| ocupado demais dizendo a
Avery sobre Júpiter para prestar atenç~o”.

"Não ela de novo".

"Sim".

"Seu pai provavelmente está vindo, então eu continuarei com você por
agora" ele murmurou. "Fomos interrogados no ginásio por sua mãe".

Peguei uma pilha de cartões para as mesas e girei em seus braços,


inclinando-me para trás para encontrar seus olhos. "Aposto que foi divertido".

"Aparentemente Mark tem que ter certeza de que todos os ternos para os
padrinhos estão corretos e seu pai precisa estar aqui ajudando, e inferno, já que
eu estava lá também, eu tenho que ajudar".

"Ha!" Eu bati no nariz dele e passei as cartas para ele. "Eles têm que ir
nessas pequenas arquibancadas" Extraindo-me de seus braços, peguei a caixa

EMMA HART
em que o bonitinho estava parado.

"Isso é o que ela nos fez fazer?".

Eu assenti. “Nós só fizemos sessenta. Nem todas as cartas s~o cortadas com
perfeição, então temos que cortar algumas. O vovô deveria estar ajudando,
mas...” Eu olhei para ele.

"Ele está bebendo um Bloody Mary e contando histórias sobre Amsterdã".

“Hum. Esperamos que ele adormeça em breve. Pedimos a eles para colocar
uma dose extra nessa bebida”.

"Eu pensei que vocês estivessem mantendo-o longe do álcool".

"Tentamos. Ent~o fomos encarregadas dessa merda”. Eu levantei a caixa


com uma careta e voltei para a mesa.

"E deixe-me dizer-lhe". Vovô agarrava sua bebida com os olhos ligeiramente
vidrados". Ela poderia montar um touro como um cowboy, se você sabe o que
quero dizer".

Avery assentiu solenemente. "Eu faço. Aposto que ela era cara”.

“Valeu cada centavo!” ele gargalhou. "Adam, você já esteve em Amsterdã?".

"Sim, senhor" disse Adam, colocando as cartas para baixo. "Eu fui quando eu
tinha dezesseis anos".

Vovô se inclinou para frente. “Eu vou levar-lhe um dia! Nós teremos o
melhor tempo!”.

Sentei-me à mesa com um suspiro, usando uma cadeira de apoio para os

EMMA HART
pés. Adam pegou meu pé descalço e sentou-se, apoiando-o na coxa, em vez
disso, com uma piscadela para mim.

Eu revirei meus olhos.

Eu precisava de mais Tylenol.

"Vovô, você nunca fará a viagem" eu o lembrei. "Seu médico disse que não
pode ter mais de três horas de vôos".

"Ele também disse que não posso tomar Bloody Marys" ele gargalhou
novamente. "E olha o que eu tenho!".

“N~o grite t~o alto. Até onde mam~e sabe, é suco de tomate para conter seu
vício”. Coloquei um cartão no suporte e coloquei-o ao lado dos que foram
completados.

Ele foi dizer alguma coisa, mas foi interrompido pela batida da porta.

Nós todos nos viramos.

Rosie estava encostada na porta, usando calças de ioga e um top que tinha
uma fatia de pizza e as palavras "Triângulo Amoroso".

"Eu roubarei essa camisa" eu disse, inserindo outro cartão. "O seu está
atrasado" eu disse a Adam.

Ele suspirou. "Meus dedos são grandes demais para isso".

Avery bufou. "Chegou o tempo que um homem vai reclamar de ser grande
demais para alguma coisa".

Vovô fez sua assinatura, gargalhando e soluçando.

EMMA HART
"Estou feliz que você esteja se divertindo tanto" Rosie disse tensa.

"Na verdade, n~o. Estou entediada com o meu maldito mundo”. Eu olhei de
volta para ela. "Por que você parece que está fugindo da polícia?"

"Estou!" ela sussurrou. “A polícia do casamento! M~e e o planejador est~o


nas minhas costas! Eu queria ir para a academia porque, olaaaaa, eu me casarei
hoje e estou em pânico e quando estou em pânico, eu só quero desabafar, ela
está em cima de cupcakes, flores e quando os buquês chegarão e tenho certeza
sobre essa mesa e sobre o vovô sentar muito perto do bar”.

"Eu sentarei, pétala, sem problema". Mais gargalhadas. "Bebidas?".

Rosie olhou para o Bloody Mary e pegou. Ela deu um gole, depois
estremeceu, fazendo careta. "Jesus! Quanto de |lcool tem nisso?”.

"Mandando-o dormir" respondeu Avery. "Então, ele não entrará em


apuros".

“Surpreendentemente, isso faz sentido” respondeu Rosie.

"Continue sobre a polícia do casamento". Eu peguei minha garrafa de água e


a destampei. "Você está se escondendo?".

"Sim" Ela suspirou. "E você não roubará a minha camisa".

"Veremos" Eu sorri abertamente. “Este é provavelmente um dos primeiros


lugares em que ela aparecerá. Ela me perguntará se eu vi você”.

Um pequeno ronco veio do vovô, e todos nós olhamos a tempo de vê-lo


acordar. "Não deixe os canalhas fugirem, meninas".

"Você conseguiu, vovô" eu disse.

EMMA HART
O rosto de Adam estava enterrado na minha coxa e ele ria muito.

Vozes estavam do lado de fora da sala e os olhos de Rosie se arregalaram.


"Eles estão aqui!".

"Debaixo da mesa!" Avery assobiou, levantando o pano. Rosie correu para lá


e Avery largou a tempo quando a porta se abriu.

"Você pode passar mais suportes?" Eu disse a Avery.

"Certo". Ela deslizou a caixa para mais perto de mim.

"Aí está você, Poppy" disse a mãe, entrando na sala com o planejador preso
em seus calcanhares.

Eu fiz uma careta para ela. “Você nos colocou aqui com o vovô e me disse
para não ir até que todos os locais estivessem prontos. Onde mais eu estaria?”

"Eu não sei, é por isso que estou surpresa que você esteja aqui".

Salve-me Deus.

"Ele está dormindo?" O planejador perguntou.

"Sim" disse Avery. "Velhice. Chega até aos que pensam que têm vinte e um
anos”.

Se essa não foi a descrição mais precisa do vovô.

"Bloody Mary?".

"Tia Blythe estava aqui antes procurando por papai" eu improvisei. “Deixou
o copo dela. Você sabe que ela é ...” Eu a imitei bebendo e estalei a minha língua.

EMMA HART
Mam~e suspirou. “Essa família parece uma reuni~o de alcoólatras {s vezes”.

Verdade.

“Você viu sua irm~? H| coisas de última hora para ela lidar antes de se
preparar. Mamãe juntou as mãos na frente de seu estômago. "Alguém?".

Avery sacudiu a cabeça. “Eu n~o a vi. Desculpa".

"Adam?".

"Eu estive no ginásio até que você disse para vir aqui". Ele encolheu os
ombros.

"Poppy?".

“Quando eu a teria visto? Tomei café da manh~, subi com Avery para que ela
pudesse se trocar e então encontramos você. Eu terminei em outro lugar. Mas
se é sobre o maldito plano de assento, ela lhe matará se você mudar isso de
novo. E ela me mandou uma mensagem esta manhã que os buquês chegarão,
porcaria, quando foi?”.

Três toques na minha panturrilha me deram a resposta.

"Três" eu disse. "Com certeza. O porteiro está esperando a entrega em sua


mesa”.

Isso eu sabia da informação que ela me dera.

"Se eu a vir, direi a ela que você está procurando por ela, no entanto". Eu
sorri para mamãe e peguei outro cartão. "Podemos continuar com isso agora?".

Ela suspirou. "Eu suponho. Vamos ver o porteiro agora. Certifique-se de

EMMA HART
ligar, se vir Rosie”.

Cruzando meus dedos, eu disse: "Prometo".

Ela assentiu e saiu da sala com o planejador.

A porta se fechou e todos respiramos aliviados. Jesus, isso foi como um


maldito interrogatório. Não é de se admirar que Rosie tivesse fugindo deles.

Ela saiu de debaixo da mesa depois de um minuto. "É seguro?".

Eu assenti. "Saia".

"Você pode ter a minha camisa como agradecimento" ela riu.

"Eu a teria de qualquer maneira" eu respondi, sorrindo. "Está feito. Eu lhe


garanti algum tempo. Embora, no momento, provavelmente seja melhor ficar
aqui e nos ajudar”.

"Sim, eu sou inútil nisso" disse Adam, deixando cair a posição.

Revirei os olhos e peguei. "Você apenas senta lá e fica bonito" eu disse


afagando a cabeça dele.

"Eu ajudo. É melhor do que enlouquecer sozinha no quarto. Todas as


garotas est~o fazendo as unhas, mas eu j| fiz isso ontem, ent~o...” Rosie
suspirou. "Oh, estes são fofos".

"É pena que eles não tenham vindo pré-fabricados" eu disse.

Todos nós ficamos em silêncio. Os roncos intermitentes do vovô eram o


único som enquanto continuávamos a fazer os ajustes do lugar. A mão de Adam
subiu e desceu pela parte inferior da minha perna, seu polegar circulando meu

EMMA HART
tornozelo toda vez que voltava.

Rosie nos olhou de lado antes de dar uma olhada em Avery. Eu os ignorei.
Eu sabia que eles estavam tentando me irritar, mas seja o que fosse, eu não
cairia nessa.

"Ataque! A Armada est| chegando!” Vovô bufou, praguejando. "Atire nos


bastardos" ele murmurou, roncando uma última vez antes de cair no silêncio
novamente.

Todos nós compartilhamos um olhar antes de cair na gargalhada, todos nós


tentando ficar quietos para não acordá-lo.

Jesus.

Você sempre pode contar com o vovô.

EMMA HART
Pizza e Pizazz

"Quanto tempo nós temos?" Adam perguntou, unindo os dedos nos meus e
me arrastando pelo hotel.

Eu mal conseguia acompanhar - eu estava basicamente correndo atrás dele.

"Uh, trinta minutos" eu respondi. “Ent~o eu tenho que ir e me arrumar. N~o


h| argumentos”.

“Nada acontecerá. Eu lhe disse que lhe roubaria antes que você tivesse que
se preparar”.

"Eu não achei que isso significasse que você iria dormir no meu chuveiro!".

Ele riu, finalmente diminuindo a velocidade quando nos aproximamos do


restaurante. “Você precisava se apressar. Você tem cabeleireiros e maquiadores
l| em cima. Você n~o precisa fazer o seu por um encontro”.

Ele estava certo, mas ainda assim. "Eu quase caí".

"Diga-me algo que não me surpreenda". Ele sorriu, soltando minha mão. "Eu
liguei para você meia hora atrás" disse ele ao anfitrião. "Adam Winters".

O anfitri~o assentiu. "Est| pronto. Um minuto, Sr. Winters”.

"O que você está fazendo?" Eu agarrei sua mão e puxei. "Conte-me".

EMMA HART
Ele estava sorrindo quando ele balançou a cabeça. "Eu não vou lhe dizer. É
uma surpresa".

Suspirei. Isso não foi justo. O que ele planejou?

"Aqui está, senhor". O anfitrião voltou com uma caixa de pizza e um saco de
pano cheio de coisas.

"Obrigado". Ele assentiu, apertando a mão do cara antes de pegar a caixa.


"Vamos, Red".

Eu peguei o anfitrião discretamente colocar a mão no bolso. Ele tinha


acabado de fazer aquela coisa extravagante de dar um aperto de mão com
dinheiro? "Você só deu a ele dinheiro em seu aperto de mão?".

"Você percebeu".

"Eu noto tudo".

"Com certeza. Vamos. Esta ser| o encontro mais r|pido de todos”.

Seguindo-o para fora, ele deu uma guinada para os degraus da praia. "Este é
um encontro, é?" Eu perguntei.

"Pode apostar. E nós temos que comer pizza, conversar e fazer tudo em...”
Ele olhou para o relógio. "Vinte e cinco minutos".

Eu ri. "Você tem tudo isso planejado, não é?".

"Planejado. Você segurará a pizza?".

"Certo". Eu deslizei meus óculos de sol e peguei a caixa.

Nós caminhamos alguns pés na praia. Adam escolheu um local perto de uma

EMMA HART
palmeira, dando-nos alguma sombra do sol quente. Eu fiquei de volta quando
ele largou a sacola e puxou um enorme cobertor, colocando-o na areia à nossa
frente.

Ele moveu o braço em um movimento amplo, gesticulando para eu me


sentar com a pizza. Meus lábios se curvaram quando eu deslizei para fora dos
meus chinelos e pisei na toalha, certificando-me de colocar a caixa de pizza
para baixo com cuidado.

Ninguém queria sua pizza com um lado de areia.

Adam tirou uma garrafa de vinho do saco e dois copos de plástico. "Voila"
disse ele, colocando a bolsa para baixo e tirando os sapatos com um equilíbrio
especializado.

Se eu tentasse isso, deixaria cair o vinho. E eu não vou mentir, meu coração
teve uma batida extra enquanto eu o assistia fazer isso.

Vinho era importante.

Ele sentou-se cuidadosamente sobre o cobertor e me entregou os óculos. Eu


os peguei, observando-o com um pequeno sorriso quando ele puxou a rolha do
vinho e foi servir dois copos pequenos. Quando ele terminou, ele se virou e
cuidadosamente enfiou a garrafa na areia.

"Agora, podemos comer". Ele sorriu, tomando seu vinho.

"Este é talvez o encontro mais estranho em que eu já estive" eu admiti. "Mas


eu acho que gosto disso".

“Claro que você gosta, Red. Você tem pizza, vinho e um cara gostoso.
Poderia ser pior".

EMMA HART
Eu bufei e vinho subiu pelo meu nariz. Adam riu, e eu não pude nem mesmo
virar o copo para ele porque foda, meu nariz queimou.

“Eu sei que poderia. Eu estive em encontros piores. Eu n~o sou solteira por
acidente, você sabe”. Eu levantei uma sobrancelha e estendi a m~o para abrir a
caixa de pizza. O cheiro do queijo e do molho estava fazendo meu estômago
roncar e eu nem percebi que estava com fome.

Claro, era meio da tarde e eu não tinha comido desde o café da manhã bem
cedo, então não foi uma surpresa. Sem mencionar que eu estava correndo por
aí como uma galinha sem cabeça por todo o maldito dia.

Eu estava mais do que pronta para deitar em uma praia por vinte e cinco
minutos e não fazer nada.

"Eu tenho certeza que você não o faz" disse ele com uma risada leve. "Está
tudo pronto?".

Eu balancei a cabeça, mastigando. Eu engoli e disse: “Rosie est| fazendo o


cabelo dela agora. Suas outras damas de honra estão sendo um pouco chutadas
por mamãe, por deixá-la fora de vista esta tarde, que foi quando tomei minha
deixa para sair”.

"Por que sua mãe está chutando a bunda delas?".

"Honestamente? Eu acho que ela está uma conversa longe de perder a


cabeça e ter um colapso, então vamos deixá-la continuar com isso neste
momento”. Dei de ombros e arranquei uma mordida de pizza. "Eu fugi".

Ele riu e lambeu o molho do dedo. "Você acha que tudo dará certo esta
noite?".

EMMA HART
"Absolutamente, não". Eu balancei a cabeça.

"Por que não?".

“Porque é a minha família. Eu tenho total confiança na cerimônia, mas


depois disso? Não é uma chance. É um milagre que eles consigam organizar
sem algo dar errado”.

Adam se inclinou para o lado e olhou para a praia. “Isso? Na frente do bar?”

Eu assenti.

"Agrad|vel. Onde est~o as luzes?”.

“Lanternas. Elas est~o posicionadas por todo o corredor e ao redor do arco.


Elas est~o por toda a parte também, para a festa depois”.

"Está tudo lá fora?".

Outro aceno de minha cabeça. “Rosie teve sua escolha de dentro ou de fora
e como o casamento é tão tarde, não há necessidade de uma refeição. Haverá
discursos” revirei os olhos, “mas tudo ser| informal”.

"E você tem que fazer um discurso?" Seus olhos brilharam.

“Se você rir de mim, nunca mais farei sexo com você”.

Ele ergueu as m~os. “Eu prometo que n~o vou rir de você. Sabe o que você
est| dizendo?”

“Sim, ent~o vou esquecer quando me levantar para falar. Sem mencionar
que fui informada de que meu palco é uma cadeira. Isso estava cheirando a
problemas”.

EMMA HART
Adam me observou por um segundo. "Você não parece feliz com isso".

"Eu não estou. Eu não tenho mais permissão para trocar as lâmpadas. Avery
me baniu”.

"Por quê?"

"Da última vez que tentei, escorreguei da cadeira e quebrei a luminária


porque a levei comigo". Eu sorri inocentemente. "Não é minha culpa que não
tenha o meu peso".

"Luminárias não são feitas para manter o peso humano, Red".

“Eu sei disso agora, n~o sei? Você n~o precisa ser uma dor sobre isso”.

Ele riu e fechou a caixa de pizza. Nós passamos um pouco mais da metade
dele apesar de falar e agora, Adam empurrou a caixa para o lado do cobertor.

"Esta é a parte do encontro em que fazemos como adolescentes excitados?"


Eu perguntei, pegando seu olhar com o meu.

"Não, porque se isso acontecer, você não estará se preparando para nada,
exceto um orgasmo". Seus lábios se contraíram. "E então, eu estarei em apuros
com sua família".

“Isso poderia funcionar a nosso favor. Eles precisam de um motivo para não
gostar de você. Ser| mais f|cil quando eu lhes disser que terminamos”.

Agora era sua vez de revirar os olhos quando ele se deitou. “Nós
chegaremos a algo. Talvez nos separemos assim que a temporada começar,
porque estarei muito longe”.

"E as meninas se jogam em você e isso me faz sentir uma merda".

EMMA HART
"Viu? Nós temos isso.” Ele levantou a m~o para um toque com um sorriso.

Eu bati minha mão contra a dele e ele pegou meus dedos com os dele,
puxando-me para ele. Eu caí para frente, usando seu peito como minha
plataforma de pouso. Ele soltou um suspiro quando eu caí em cima dele, mas eu
só pude rir.

“Isso é o que acontece quando você me puxa. Eu n~o sou uma corda” eu
disse a ele, me movendo e olhando para ele. "Eu sou um peso morto".

"Ah, sim. Todos os novecentos quilos de você” ele disse secamente. "Como
uma pedra caindo em cima de mim".

"E você diz que eu tenho uma boca em mim, garoto do hockey".

"Você tem. Eu gosto muito disso”. Ele sorriu e passou o polegar sobre o meu
l|bio inferior. “Eu nunca afirmei que n~o era sarc|stico. Na verdade, acho que
você faz isso comigo. É infeccioso?”.

"Não. É uma linguagem para pessoas inteligentes. É como confundimos os


idiotas”.

"Você acabou de me chamar de inteligente?".

"Você tiraria um elogio de um sapo, não é?".

"Especialmente se eles me deram um com a boca costurada" Sua risada foi a


coisa infecciosa. Especialmente quando ele jogou a cabeça para trás e fechou os
olhos, todo o seu corpo tremendo com o poder disso.

Eu enterrei meu rosto em seu peito e ri. Eu não sabia porque. Nada foi
engraçado.

EMMA HART
Exceto toda essa situação, foi isso.

Adam passou a mão pelas minhas costas e varreu todo o meu cabelo para o
lado do meu pescoço. Seus dedos causaram arrepios na minha espinha
enquanto eles percorriam minha pele. Lentamente, levantei a cabeça e olhei
para ele.

Seus lábios cheios estavam curvados em um sorriso, seus olhos brilhavam


com a risada que permanecia em seu olhar e a barba por fazer em sua
mandíbula me tentava a tocá-lo.

Seus olhos captaram os meus.

Eu gentilmente esfreguei meu polegar sobre sua mandíbula, seguindo a


curva dela enquanto a barba crescia me arrepiando. Foi estranho... bom. Tipo,
foi a sensação mais estranha e eu não podia acreditar que era tão agradável
quanto era.

Anote "tocar a barba por fazer" lá no topo com acariciando gatinhos.

Eu abaixei meus olhos para sua boca. Seus lábios estavam lá, cheios e lisos
e...

Sobre os meus.

Eu o beijei suavemente, segurando o lado do rosto dele. Era tão natural e


gentil que meu coração acelerou e bateu contra minhas costelas em uma batida
feroz, que era tão contra tudo que aquele beijo era.

Lento. Estável Suave. Foi um beijo de verdade, que fez com que seus
sentimentos se sentissem despercebidos, mesmo que sua mente quisesse que
eles se sentassem e calassem a boca.

EMMA HART
E isso foi o que estava acontecendo comigo agora. Sentimentos. Eu tinha
sentimentos por Adam Winters e eles precisavam calar a boca e voltar para a
caixa onde eles pertenciam.

Esses pensamentos foram enviados voando da minha mente quando Adam


me rolou de costas, mergulhando a mão no meu cabelo e me beijando mais
profundamente. Sua língua provocou a minha e eu deslizei minha mão para a
parte de trás do seu pescoço.

Ele esticou o braço para fora, e a próxima coisa que eu sabia, eu estava
sendo respingado por um líquido muito frio.

Vinho.

"Meu Deus!" Eu o empurrei de cima de mim e peguei o copo vazio. "Adam!".

Ele bateu a mão sobre a boca. "Merda. Eu sinto Muito. Eu esqueci que estava
l|.”

Meu cabelo estava agora coberto de vinho. "Eu tenho que tomar banho de
novo!".

“Apenas pule no mar. Isso resolver|”.

“N~o posso ir ao casamento da minha irm~ com cheiro de |gua do mar e


vinho Sauvignon Blanc. Eu n~o sou uma tartaruga bêbada”.

Ele se inclinou para frente, os ombros tremendo.

Ah, não. Eu não ia ter isso.

Eu peguei o outro copo cheio e joguei sobre ele.

EMMA HART
Ele congelou.

Eu fiz também.

Mordi meu lábio inferior, segurando entre os meus dentes para esconder
um sorriso enquanto ele lentamente, tão fodidamente devagar, levantou a
cabeça.

"Você não acabou de jogar vinho em mim" disse ele, em voz baixa.

"Você fez isso comigo primeiro".

"Isso foi um acidente".

“Ent~o foi isso. Eu fui beber, ent~o, oops! Meu pulso sacudiu e foi em cima
de você”eu disse, fazendo o movimento com o copo na minha mão.

"Poppy..." Houve uma borda de um aviso sobre a maneira como ele disse o
meu nome.

Eu só tinha uma opção.

Corre.

Eu me levantei do cobertor e com um grito, bati na areia. Ele estava bem


atrás de mim e eu mal cheguei a três metros, antes dele me envolver com os
braços e me levantar.

"Não não não!" Eu ri, agarrando seus antebraços.

"Você não achou que poderia me superar, não é?" Ele girou e eu gritei.

"Sim!" Eu ainda estava rindo. "Valeu a tentativa".

EMMA HART
“Garota boba. Você n~o pode fugir de mim”. Agora ele estava rindo. "Você
fez isso de propósito".

"Bem! Se eu admitir, você me deixar| ir?” Meus dedos tocaram a areia.

"Sim".

“Foi deliberado. Eu joguei em você de propósito como vingança”.

"Certo". Seu aperto aumentou em mim e ele me levantou novamente, desta


vez girando-me várias vezes, girando e girando.

"Adaaaaaaam !"Eu gritei. "Nao!".

Certo. Eu estava gritando. Mas eu também estava rindo. Era ridículo,


girando aos vinte e quatro anos, mas também estranhamente divertido.

Não doía que eu estivesse girando por tantos quilos de músculos quentes
fumegantes.

Mais uma rodada e ele me colocou no chão. Meus pés tocando a areia nunca
me senti tão bem, e eu chorei quando ele me soltou. Eu mal prendi a respiração
quando ele entrou na minha frente, segurou meu rosto e plantou um enorme
beijo em meus lábios.

"Vá tomar banho antes que eu faça de novo" disse ele em voz baixa.

"Você não ousaria".

Ele deu um passo em minha direção.

Você sabe o que?

Eu não ia ficar para descobrir, porque eu tinha a sensação de que ele iria.

EMMA HART
O som de suas risadas me seguindo até a praia enquanto eu fugia
confirmava isso.

***

"Você está atrasada!" Minha mãe latiu no segundo em que entrei na suíte de
Rosie.

“Por cinco minutos. Eu tive que tomar banho. Eu apontei para a toalha ainda
na minha cabeça”.

"Sem desculpas".

"Mãe, demita-a". Rosie apareceu no banheiro. O cabelo dela estava acabado


e a maquiagem também. Sua maquiagem era impecável e natural, mostrando o
brilho de seus olhos e o punhado de sardas que estavam espalhadas pelo nariz.
Seu cabelo estava puxado para trás na frente, duas pequenas tranças francesas
correndo ao longo dos lados de sua cabeça. O resto caiu ao redor de seus
ombros em cachos soltos. Pequenas flores pontilhavam as tranças, e uma
grande cobria o lugar na parte de trás de sua cabeça, onde as tranças se
encontravam.

"O que?" ela disse, voltando sua atenção para mim.

"Nada. Você est| linda”. Eu estendi a m~o e apertei a m~o dela.

"Eu sei". Ela piscou e nós duas rimos. "Porque você esta atrasada?".

"Adam jogou vinho no meu cabelo".

EMMA HART
Ela encolheu os ombros. "Isso acontece quando você come em uma praia".

Eu revirei meus olhos. "Mate-me".

Ela sorriu. “Venha se sentar. Lori fazer| o seu cabelo.”

Eu me permiti ser guiada em direção a uma mesa de jantar que estava cheia
de todos os tipos de cabelo. Rosie me sentou em uma cadeira, acenou para uma
morena e foi isso.

Fiquei sentada por uma hora sendo preparada e preparada. Isso deveria ter
sido como as Kardashians se sentiam todas as manhãs. Como as pessoas lidam
com isso? Minha cabeça foi puxada para a esquerda e para a direita. Pincéis e
bastões e esponjas e tudo o que mais assaltou meu rosto. Eu estava prestes a
dizer a todos que eu tive o suficiente quando me deram a luz e disseram para
me levantar.

Eu olhei no espelho.

Bem maldita.

Eu estava bem.

Minha maquiagem era do mesmo estilo natural da minha irmã e um lado do


meu cabelo ruivo fora puxado para trás e preso com uma grande flor branca. O
contraste dele contra o meu cabelo foi impressionante, e droga, eu me senti
bonita.

As damas de honra ajudaram com nossos vestidos. Eles eram rosa pálido e
lisonjeiros em todos os nossos batidos corpos. As bainhas assimétricas,
combinando com saias de renda cheias, mas leves, escondiam uma multidão de
pecados e os pescoços macios com decote em v e as tiras finas significavam que

EMMA HART
todos os nossos garotos estavam apoiados, embora fôssemos todas sem sutiã.

Minha irmã havia encontrado sapatos de praia de casamento que não eram
sapatos, mas sim um material que amarrava em torno de nossos tornozelos e
descia pelo pé, então estávamos basicamente descalças.

Estávamos todos sentadas em vários lugares colocando nossos sapatos de


casamento especiais quando a porta do quarto de Rosie se abriu.

Eu parei enquanto as outras garotas engasgavam. Mamãe fungou e pegou os


lenços ao sair.

Ela estava bonita.

Seu vestido boho-chic abraçava o topo de sua figura, com flores de aplique
perfeitamente posicionadas sobre ele, antes de fluir em sua cintura em uma
saia de chiffon de seda solta que fazia parecer que o vestido foi feito para ela.

"Ro" eu disse suavemente. "Você está maravilhosa".

Ela balançou a saia de um lado para o outro. "Você acha?".

"Nós sabemos" disse a mãe, beijando suavemente sua bochecha. Ela checou
o relógio. "Certo? Está todo mundo pronto? E Celia...”.

"Sim" disse Celia, empurrando a porta aberta. "Rory está aqui".

Rory entrou no quarto, vestindo uma camisa branca com uma gravata
borboleta rosa p|lida e shorts cinza. “Mam~e! Você parece uma princesa!".

Rosie se abaixou e o beijou. "E você parece muito bonito".

Mam~e olhou para o relógio novamente. “Ok, meninas, vocês precisam

EMMA HART
descer as escadas. Os padrinhos estarão esperando por vocês. Celia, você pode
ir e se sentar, querida, obrigada. Rosie, seu pai estará aqui a qualquer
momento”.

Todos nós demos uma última olhada no espelho e todas fomos para a porta.

Rory segurou sua pequena mão na minha. "Pronta, tia Poppy?".

"Eu com certeza estou, amigo". Eu peguei a mão dele na minha. "Pronto
para ser o cara mais bonito andando pelo corredor?".

Ele assentiu. "Estou pronto".

Eu ri e, depois de dar um beijo na minha irmã por cima do ombro, peguei o


rapaz mais bonito para caminhar pelo corredor.

EMMA HART
Anéis e Realidade

Eu não conseguia parar de olhar para ela. Não quando ela apareceu no final
do corredor segurando a mão de Rory. Não quando ela passou por mim, me
lançando um sorriso tímido. Não quando ela estava na frente, alinhada com as
outras damas de honra, enquanto Rosie e Mark diziam "eu aceito".

E quando Mark ouviu para beijar sua noiva, eu ainda não conseguia desviar
o olhar, especialmente quando ela olhou para mim.

Ela parecia tão linda que era quase doloroso. Todos os olhos estavam em
Rosie, mas para mim, Poppy se destacou como um polegar dolorido. Seu cabelo
de fogo estava muito mais brilhante do que de todas as outras damas de honra.

Talvez fosse porque eu estava procurando por ela. Toda vez que eu tentava
desviar o olhar, meu olhar gravitava de volta para ela.

E acho que ela sabia disso. Ela continuou olhando para mim, mesmo quando
ela estava bancando a irmã perfeita e dama de honra.

Foi magnético. Eu não tinha controle sobre como nos entreolhamos. Eu não
vi ninguém além dela e foi terrivelmente assustador.

No papel, Poppy Dunn não era nada mais que uma linda estranha.

EMMA HART
Na realidade, Poppy Dunn era um devaneio ambulante com o fascínio do
diabo.

De qualquer forma, eu não era forte o suficiente para resistir a ela. Não
enquanto ela estava ao meu redor. Não enquanto sua boca me fechava e seus
olhos me cativaram e sua risada me deixou selvagem.

Eu tinha sentimentos por aquela ruiva louca e eles não passavam de


besteiras.

Ela deixou sua posição clara desde o primeiro dia e eu estava disposto a
concordar. Esta foi uma coisa de quatro dias. Uma aventura.

Uma aventura de quatro dias.

Nada mais, nada menos.

Eu não tinha nada contra isso. Nada, exceto os sentimentos que eu estava
rapidamente colecionando para a pequena flamejante, mas aqueles eram fáceis
de esconder. Quão fodidamente atraída por ela e o quanto eu a queria era outra
coisa, mas minhas emoções?

Eu construí uma carreira em esconder emoções. Eu não tinha os troféus e os


elogios ao meu nome mostrando ao adversário como me senti.

Poppy era, para todos os efeitos, a oposição.

Esconder o que eu sentia por ela era difícil. Eu estava atraído por ela além
da crença. Ela era gostosa pra caralho e atrevida como o inferno, e todo o resto
era tão carinhoso que eu não conseguia parar as coisas que sentia por ela.

Certo. Eu seria um mentiroso se dissesse que não queria apertar minha mão
sobre sua boca e calá-la de vez em quando. Eu seria um mentiroso se dissesse

EMMA HART
que não queria beijar seus lábios macios e calá-la dessa maneira.

Eu aplaudi quando Rosie e Mark fizeram o caminho de volta pelo corredor,


segurando as mãos com enormes sorrisos em seus rostos. Eu estava feliz por
eles. Era sempre bom ver duas pessoas que se amavam terem um final feliz, e
não havia dúvida em minha mente de que eles estavam com a pessoa com
quem deveriam estar.

Lentamente, todos os convidados começaram a sair de seus assentos e a


festa de casamento na frente começou a se dispersar. As pessoas se dividiam
em grupos, amigos cumprimentando amigos com abraços e familiares
cumprimentando a família com beijos e gritos de "É tão bom ver você!".

Eu deslizei para fora da fila de cadeiras quando eu estava livre para fazê-lo,
eu mal tive a chance de fazer qualquer coisa quando fui parado por dois garotos
pré-adolescentes. Um deles estava claramente nervoso, mudando de um lado
para o outro, mas o outro estava nitidamente mais confiante.

"Desculpe-me" disse o não-nervoso. "Mas, hum, você é Adam Winters?".

Eu poderia ter dito não. Isso teria sido a coisa mais fácil de fazer, mas
diabos, eu fui um desses garotos uma vez. Além disso, o casamento acabou e eu
n~o tinha nada para fazer durante as fotos, ent~o...”.

"Você me pegou". Eu sorri abertamente. "Quais são os seus nomes?".

"Eu sou Ross e este é o Ryan" disse o locutor. "Nós estávamos imaginando,
se, uh, não seria um problema, se..." ele parou, agora tão nervoso quanto o
outro garoto que agora era claramente seu irmão.

"Se você pudesse ter uma foto?" Eu terminei por ele.

EMMA HART
Eles assentiram timidamente.

"Claro! Uma regra, no entanto. Você não as coloca online até amanhã,
quando o casamento terminar, est| bem?”.

"Nós prometemos" disseram juntos.

"Tudo bem, ent~o. Quem tem a c}mera?”

Ross enfiou a mão no bolso e pegou o telefone. "Você se importa se fizermos


uma juntos e uma a sós?".

"Você entendeu, amigo". Eu me abaixei quando os meninos vieram para os


meus lados. Eles fizeram alguns registros e depois alternaram entre ter fotos
individuais comigo.

Eles estavam me agradecendo com entusiasmo quando uma ruiva familiar


surgiu por trás deles e bagunçou seus cabelos com as mãos.

"Que problemas vocês estão causando agora?" Poppy perguntou-lhes.


“Vocês n~o colocar~o isso na internet, né? Vocês conhecem as regras do
casamento. Nenhuma foto hoje”.

Os olhos dos dois meninos se arregalaram. "Nós não faremos nada, Poppy",
disseram em uníssono.

Eu ri. “Eles só queriam a foto deles. Eles conhecem as regras. Est| tudo
bem".

Ela sorriu e abraçou os dois. “Sua m~e est| procurando por vocês. V~o
rápido e não contarei a ela sobre a vez em que você fez cocô na piscina e culpou
o seu irm~o”.

EMMA HART
Eles correram como se suas bundas estivessem em chamas.

Eu levantei uma sobrancelha para ela.

"Meus primos". Ela sorriu. “Eles tinham seis anos e Ross acidentalmente fez
cocô na piscina. Ele culpou Ryan, que culpou Ruby e eu sou a única que sabe a
verdade”.

"Você vai chantageá-los com isso por toda a eternidade, não é?".

"Pode apostar". Seu sorriso se alargou. "Eu não tenho um irmãozinho, mas
se eu tivesse, eu seria a pior irmã mais velha de todas".

"Eu não posso imaginar o porquê".

Ela me bateu. “Mam~e quer você. Aparentemente, você deveria estar nas
fotos”.

Eu parei. "Por quê?".

Ela suspirou, jogando as mãos para fora em um encolher de ombros. "Algo


sobre ela pensar que estamos sério o suficiente para você estar em algumas
fotos da família".

Eu esfreguei a parte de trás do meu pescoço. "Você acha que nós colocamos
um pouco de exagero, então?".

"Você pensa?" ela disse categoricamente. "Tanto faz. Qualquer coisa, se


Mark e Rory exigirem os registros sobre o Adam Winters presente neste
casamento. Apenas... diga-lhes que faz apenas alguns meses e que você está
feliz em fazer algumas fotos, você não acha que deveria estar em muitas,
certo?”.

EMMA HART
Havia uma ponta de frustração em sua voz e eu queria lembrá-la que essa
era a ideia dela, mas tive a sensação de que ela simplesmente me dizia que eu
não tinha que concordar em ser seu acompanhante, mas eu tinha, então foram
ambas as nossas falhas.

E ela estaria certa.

Ela estava certa o suficiente sozinha sem mim literalmente convidando-a a


estar certa.

"Tudo bem. Nós podemos fazer isso. S~o apenas algumas fotos, certo?”.

"Sim. Apenas algumas, então Mark e Ro sairão e farão todos os seus filmes
de fantasia. Levar| dez minutos”. Ela pegou minha m~o e me puxou através das
pessoas. "Prometo".

***

Spoiler: não demorou dez minutos, ela mentiu.

"Isso não foi dez minutos" eu disse a ela quando ela se juntou a mim em
nossa mesa com bebidas do bar.

Poppy colocou um Coors Light na minha frente e se sentou com sua


margarita rosa. “Isso é o que eles me disseram! Eu estava passando
informações. Não é realmente minha culpa que o fotógrafo quis fazer cada pose
dez vezes”. Ela fez uma pausa. “Além disso, foi fofo quando você posou com
Rory. Tenho certeza que você fez toda a sua vida com isso”.

EMMA HART
Dei de ombros, brincando com a garrafa gelada. “Ele é um ótimo garoto. Isso
demorou tanto, porque ele falava comigo entre as cenas sobre o quanto ele ama
o hockey e quer ser como eu”.

O sorriso de Poppy era pequeno e seus olhos castanhos brilhavam. "Você


não tem ideia. Você sabe como as garotas adolescentes são com pessoas como
Harry Styles?

“N~o, Harry Styles em particular, mas sim, eu tenho quatro irm~s. Eu sei
como as garotas adolescentes s~o loucas”.

“Bem, isso. Você é o Justin Timberlake dele ou algo assim”. Ela acenou com a
m~o com desdém. “Acho que ele se gabará disso por anos. Na verdade, o
mesmo acontece com Mark”.

Eu ri, inclinando-me para trás na cadeira.

"Posso lhe perguntar uma coisa?".

"Além da pergunta que você acabou de fazer?".

Ela franziu os lábios.

Eu sorri abertamente. "Continue".

Poppy apoiou o queixo na m~o e inclinou a cabeça ligeiramente. “É estranho


saber que as pessoas olham para você como se você fosse algum tipo de Deus?”.

Rapaz, essa foi uma pergunta carregada.

"Na verdade, sim." Eu dei a ela um meio sorriso. “Parece estranho. Eu n~o
vou mentir. A única coisa que o torna tolerável é saber que fui uma vez como
Rory”.

EMMA HART
"Eu acho que isso faz sentido".

"Não tivemos essa conversa antes?".

"Eu n~o sei. Talvez". Ela deu de ombros. “Acho que sim, mas isso só me fez
pensar de novo. Vendo meus primos, depois Rory, depois todos os outros
depois das fotos quando estavam praticamente fazendo fila para fazer a sua
vez…”.

Eu ri e bebi minha cerveja. "Pode ser esmagador".

“E você sorri para todos eles. Eu nem consigo sorrir para mim mesma na
maioria dos dias”.

"Mas você não é uma pessoa do povo" eu a lembrei. "Você mal é uma pessoa
Poppy".

"É difícil argumentar com os fatos". Ela bufou. "Você é uma pessoa do
povo?".

"Deus, não, mas eu sou ótimo em fingir que sou".

Ela franziu o rosto. Ela parecia fofa. “Eu não acho que posso fingir ser. Eu
odeio tanto as pessoas”.

"Eu nunca poderia ter adivinhado".

“Você est| ficando muito sarc|stico. Acho que estou contaminando você”.

"Eu posso dizer com cem por cento de confiança, que você pode
contaminar-me com tudo o que você gosta".

Ela engasgou com sua margarita. Eu mordi de volta uma risada quando ela

EMMA HART
bateu no peito quando ela tossiu.

"Se você está rindo de mim" ela disse rispidamente "eu matarei você".

Eu segurei minhas mãos ao meu lado. "Não rindo!".

"Milímetros". Ela me deu um olhar feroz e tomou outro gole de sua bebida.
"Tentando não rir é mais como isso".

Não foi possível argumentar com a verdade.

Eu dei-lhe um sorriso brincalhão e acenei quando vi a mãe por cima do


ombro. "Sua mãe está vindo".

Ela gemeu, batendo a mão no rosto.

“Poppy? É hora dos discursos” disse Miranda, tocando seu ombro. "Você
está pronta?".

"Certo. Eu estarei l|” Poppy disse sem olhar para ela.

Eu torci meus l|bios para o lado enquanto Miranda saía. “Você n~o est|
pronta, est|?”.

Ela balançou a cabeça, seus cachos voando. "Nenhum pouco".

Estendendo a mão sobre a mesa, apertei a mão dela, em seguida, trouxe-a


aos meus lábios para beijar seus dedos. "Você ficará bem. Contanto que você
n~o caia da cadeira”.

Ela gemeu quando se levantou. "Ótimo. Agora eu sei que vou cair da cadeira.
Obrigada".

“De nada, Red. Seja bem-vinda".

EMMA HART
Pôr do Sol e Discursos

Meu estômago rolou quando Mark terminou seu discurso. Todos


começaram a aplaudir e eu peguei o olho de Adam no meio da multidão. Ele
piscou, me dando um pequeno e tranquilizador sorriso.

Não funcionou. Eu estava nervosa como o inferno. Eu odiava falar na frente


das pessoas. Eu evitei a todo custo. A última vez que eu fiz isso, eu tropecei em
meus próprios pés no caminho até o palco e quase mostrei a todos a minha
calcinha.

A única coisa que eu tinha para mim era que meu vestido era longo o
suficiente para cobrir minha bunda se eu caísse.

Isso e eu tinha álcool. Eu bebia o meu caminho através disso, se fosse


preciso.

Eu tenho que fazer. Eu sabia.

"Sua vez, querida" disse papai, estendendo a mão para mim.

Engolindo em seco, peguei a mão dele e subi na cadeira. Meu estômago


literalmente virou quando olhei para a centena de pessoas se virando na minha
direção.

EMMA HART
“Seus peitos parecem maiores. Ela comprou os peitos dela?” Minha tia-avó
Linda gritou. "Ela está gravida?".

Eu estalei a minha língua e peguei o microfone do meu pai. “N~o era como
eu planejei começar este discurso, mas, tia Linda, não, eu não fiz os meus
peitos. E,” eu levantei meu copo," Definitivamente n~o estou gr|vida".

"Por quê?" ela cantou. "Você não está fazendo sexo?".

Por isso não fiz discursos.

"Seguindo em frente" eu disse, ignorando-a. Eu peguei Adam rindo em sua


mão e atirei-lhe um olhar, antes de se concentrar na multid~o. “Primeiro, deixe-
me começar dizendo que toda a família Dunn deveria se parabenizar. Por quê?
Porque estamos todos juntos e ninguém ficou ferido...”

"Ainda!" Tia Blythe gritou.

"Ou bêbado".

"Ainda!" Ela gritou novamente, segurando um copo vazio de Bloody Mary.

"Ainda. Obrigada, tia Blythe”. Eu levantei meu copo em sua direç~o e ela
assentiu, colocando um polegar enrugado no ar por mim. "Como eu estava
dizendo. Ninguém est| ferido, bêbado ou brigando. Ainda” acrescentei antes
que ela pudesse fazer isso por mim. “Ent~o, estamos bem. E contanto que
alguém fique de olho no vovô e na tia Blythe perto do bar, nós ficaremos a noite
toda!”.

Protestos leves do vovô e da tia Blythe ressoavam nas gargalhadas de todos


os outros.

"De qualquer forma, para ser séria, porque aparentemente eu tenho que

EMMA HART
fazer isso, quando Rosie me pediu para ser sua dama de honra e ela percebeu
que significava que eu teria que chegar aqui e fazer isso, ela ditou três regras".
Eu peguei os olhos arregalados da minha irm~. “A primeira foi que eu n~o
poderia chegar aqui e falar sobre a vez em que ela, acidentalmente, jogou o
babyliss no gato, e é por isso que Sir Socks ficou com um buraquinho no rabo
para o resto da vida”.

Rosie cobriu o rosto.

“A segunda regra era que eu não tinha permissão para mencionar o tempo
que ela escapou, após o toque de recolher e rasgou suas calças na janela que foi,
para minha alegria, a razão pela qual ela foi pega. Ela tinha se vestido no escuro
e estava usando as calças da mamãe. Depois que ela tentou culpar o azar de um
texugo, ela teve que 'confessar'”.

"Eu vou lhe matar!" Rosie gritou, contorcendo-se contra o aperto de Mark.

Eu sorri abertamente. "Você sabia que era melhor não me obrigar a fazer
isso".

"Qual é a terceira?" Tio Dave gritou.

“A terceira regra era que eu estava absolutamente, cem por cento n~o
autorizada a dizer a você que sua obsessão por N-SYNC era tão extensa, que
quando ela tinha dezesseis anos, ela chegou em casa bêbada e dormiu com seu
papelão em tamanho natural de Justin Timberlake”.

Agora isso atraiu risadas de todos.

Todos, exceto minha irmã cujas bochechas eram o mais brilhante tom de
vermelho que eu já vi.

EMMA HART
"E também me disseram para não dizer que havia regras, mas eu acho que
eu realmente estraguei tudo" eu sorri para ela. “Desculpe, Ro. Mas esta é a
minha vingança pelo tempo em que você disse a Darren Fowler que a ferida no
meu l|bio era herpes”.

Rosie parou, franziu os lábios e encolheu os ombros. "Justo".

Eu ri. “Ok, mas, sério, estou aqui por um motivo e isso não é para transmitir
a todos os seus segredos. Eu tenho que guardar alguns para seus aniversários,
Natal e chantagem geral de irm~os, afinal de contas”.

Outra risada leve atravessou a multidão.

"Ent~o, Ro, Mark..." Eu me virei para eles. “Eu posso honestamente dizer
que nunca duvidei que esse dia chegaria. De todas as pessoas que eu já vi se
apaixonar, eu acho que nunca vi ninguém se amar tanto quanto vocês dois.
Então, por mais que eu mexa com vocês, eu sei que ninguém nesta praia é mais
feliz para vocês do que eu. Vocês são um verdadeiro conto de fadas e se eu for
amada com metade da paixão com a qual vocês se amam, eu me considerarei
muito sortuda. Parabéns, Sr. e Sra. Perkins. Que vocês estejam juntos para
sempre. E, senão, sei esconder um corpo. Olhando para você, Mark”.

Levantei meu copo para meu cunhado e minha irmã para brindar. Ambos
estavam sorrindo e Mark estava rindo pra mim.

Bem. Isso não foi muito mal.

Eu saí da cadeira ao som de pessoas brindando e aplaudindo.

Eu fiz isso. E eu ainda estava viva. E eu não vomitei.

Bônus.

EMMA HART
"Bem, isso não foi tão ruim" disse Adam, envolvendo um braço em volta de
mim e me puxando contra o seu lado. "Você não escorregou, caiu ou fez-se de
um completo bobo".

"Você poderia pelo menos fingir esconder sua surpresa" eu murmurei,


deslizando um braço em torno de suas costas.

"Eu poderia, mas então você me acusaria de mentir".

"Talvez, sim. Talvez eu finja que n~o percebi”. Dei de ombros e terminei
minha bebida.

"Eu acho que é uma mentira".

Eu rolei meus olhos porque era totalmente. Não havia como eu não ligar
para ele. Principalmente porque eu também estava surpresa por ter feito isso
sem estragar tudo.

Mamãe subiu na cadeira, com o microfone na mão, e acenou com a mão


para chamar a atenç~o de todos. “Oi, oi! Obrigada a todos. A praia foi limpa e a
pista de dança instalada. É hora da primeira dança, então se todos pudessem
voltar, seria perfeito. Obrigada".

Adam pegou meu copo e colocou na mesa mais próxima. "Vamos. Sua mãe
terá uma vaca se você não estiver l| na frente”.

Eu observei meu pai guiar minha mãe cuidadosamente pela pista de dança.
"Eu acho que a única coisa que minha mãe precisa é de um copo de água".

Ela escorregou e riu, agarrando a camisa do pai.

Adam bufou. "Isso também".

EMMA HART
***

Mordi o lábio e enterrei meu rosto no peito de Adam. Seus ombros


tremeram e o estrondo de sua risada no meu ouvido enviou arrepios na minha
espinha.

"Mesmo?" ele perguntou. "Você realmente escondeu uma cobra em sua


cama?".

"Não, uma pele de cobra" eu o corrigi. "E isso foi só porque ela colocou um
pé de coelho na minha cama".

"Por que você faria isso?".

Eu me afastei dele e encolhi os ombros. “Eu nem me lembro como isso


começou. Acho que foi com um desafio que deu errado, e acabamos tentando
superar uma a outra”.

"Quem ganhou?".

"Eu, obviamente." Revirei os olhos e descansei minha bochecha contra o


peito dele.

O sol estava quase completamente definido agora. O céu era uma mistura de
azul escuro e vermelho escuro, mas a praia e a área ao redor estavam
iluminadas por lanternas. A pista de dança em si estava acesa, mudando de cor
a cada segundo. Adam e eu há muito desistimos de tentar entrar, então agora
estávamos do lado de fora do grupo de dança, lentamente balançando na
música.

EMMA HART
"Quer se sentar em algum lugar?" ele me perguntou baixinho.

Eu assenti. Eu tinha sido capaz de ignorar o fato de que esta foi a nossa
última noite, graças à natureza agitada de chegar ao casamento, e então o
casamento em si, mas agora, dançando com ele... eu não podia.

E havia um pequeno buraco no meu estômago que não me deixava esquecer


agora também.

Adam deslizou os dedos entre os meus e me levou pela praia. Nós andamos
até que mal podíamos ouvir a música dos alto-falantes no bar e estávamos em
quase total escuridão. Foi incrivelmente pacífico e eu estava grata por isso. O
baixo zumbido do casamento no fundo servia de pouco mais que um ruído
branco quando se combinava com o suave bater das ondas contra a areia.

Nós caímos na areia e me inclinei para trás em meus braços. Adam afrouxou
a gravata até conseguir puxá-la por cima da cabeça e jogá-la para o lado.
Nenhum de nós disse uma palavra por um minuto e quando ele se inclinou para
trás em seus braços, também, seus dedos roçaram os meus.

"Então vocês brincaram uma com a outra o tempo todo?" ele perguntou.

Eu balancei a cabeça, olhando para o oceano que agora estava começando a


ser iluminado pela lua quase cheia. “Desde que me lembro. Elas n~o eram
brincadeiras cruéis...”.

"N~o sei. A coisa da pele de cobra é muito cruel”.

“Ela fez o pé de coelho primeiro. Quando você subir as apostas, não fique
aborrecido quando alguém fizer o mesmo”. Eu dei de ombros. "N~o foi minha
culpa que eu quebrei o ferro de frisar".

EMMA HART
"Eu sinto que todas as lutas que vocês tiveram quando adolescentes, eram
baseadas em ferros enrolados".

"Bastante. Suas irm~s n~o brigaram por coisas assim?”.

Ele inclinou a cabeça para o lado. "Eu não sei. Eu as ignorei a maior parte do
tempo. Elas geralmente discutiam sobre roupas ou meninos ou quem usava
toda a água quente no chuveiro. Levou dois anos para perceber que era eu,
porque enquanto eles estavam brigando sobre quem conseguiu usar o banheiro
principal primeiro, eu o estava usando”.

Eu ri. “Estive l|, fiz isso. A hora do banho n~o é brincadeira. Uma vez, eu
cheguei lá antes que Rosie fizesse quando ela tinha um encontro, então ela
desligou a água quente no meio do meu banho. Eu tive que sair com xampu
ainda no meu cabelo porque ela se recusou a ligá-lo”.

"Ah, n~o. Eu acho que sei onde isso est| indo”.

"Ela não contava com o fato de que, se ela tivesse acabado de me deixar
terminar no chuveiro, ela também teria água quente".

Adam sacudiu a cabeça. “Como vocês duas sobreviveram { sua


adolescência? Ah, sério?".

"Ela se mudou aos dezoito anos para ir para a faculdade". Eu bufei. "E eu
consegui o banheiro só para mim".

"Como você está tão perto agora?".

“Nós n~o moramos perto uma do outra. Funciona. Conversamos o tempo


todo e sempre levo Rory aos fins de semana para ir à Disney e à Universal, mas
na verdade n~o nos vemos o tempo todo”. Eu virei minha cabeça para olhar

EMMA HART
para ele. "Você está perto de suas irmãs?".

"Sim. Quero dizer, é o mesmo que você. Elas estão espalhadas por todo o
país, então nós temos tempo para ver um ao outro se eu estou na cidade para
um jogo. É sobre isso, exceto no Natal, quando toda a família volta para a casa
dos meus pais e eu acabo com os hóspedes”.

“Ai. Eu odiaria se minha irm~ tivesse que ficar comigo. Em parte porque n~o
tenho um quarto vago e em parte porque, bem, detestaria dividir meu
apartamento com ela”.

Ele riu. “Eu n~o me importo. Eu saio com as crianças e me divirto. Eu n~o
faço isso muitas vezes”.

"Porque você viaja tanto?".

Ele assentiu. "É difícil. Por que você acha que eu sou solteiro?”.

"Não sei. Eu assumi que você tinha um mau hábito. Como roer suas unhas
ou algo assim”.

Seus lábios se torceram para o lado.

"Mas a coisa de viajar faz mais sentido" eu concordei.

Foi também a explicação perfeita para acabar com isso, tanto na vida real
quanto no nosso relacionamento falso.

“Nem todo mundo pode lidar com isso. É difícil. Se estou em uma cidade
onde mora uma das minhas irmãs, posso não ir para casa por duas ou três
semanas”. Ele caiu de volta para os cotovelos e suspirou. “Minha equipe é
minha família. A maioria das mulheres não está preparada para lidar com o que
é, durante uns bons sete meses do ano, um relacionamento de longa distância.

EMMA HART
O estresse e a confiança... Nem todo mundo quer encontrar uma maneira de
lidar com isso”.

A maneira como ele disse quase soou como um aviso. Como se ele quisesse
que eu soubesse o quão difícil era e enquanto a ideia de que ele estava me
avisando fez meu coração pular, isso também fez meu estômago afundar.

Eu não era essa pessoa. Eu sabia. Eu era impaciente e poderia ser carente.
Eu não poderia nem ter um relacionamento de longa distância com a minha
cama, imagina com um ser humano com quem eu me importasse.

E confiança - ele disse isso como se tivesse experiência com isso. Como se
ele tivesse sido ferido ou alguém não tivesse confiado nele.

O triste foi que duvidava que Adam fosse uma pessoa de quebrar a
confiança.

Seriam mulheres ao seu redor.

Vamos encarar. Eu não confiava em mulheres. As mulheres eram cadelas. E,


desde que eu era mulher, concluí esse fato com uma autoridade muito boa.

"Você já se sentiu sozinho?" Eu perguntei a ele, sentando e virando para


encará-lo.

“Solit|rio solit|rio ou…”.

“Tipo, sentimentos. Relacionamento solit|rio”.

"Às vezes. Alguns dos outros caras são casados, ou quando suas namoradas
ou o que quer que que sejam voam para vê-los. Se tivermos um intervalo em
que possamos ir para casa, às vezes é uma droga saber que vou para uma casa
vazia”.

EMMA HART
"Você gostaria de poder mudar isso?".

"Certo. Eu gostaria que houvesse alguém que gostasse de mim por quem eu
sou, e pudesse lidar comigo estando longe tanto quanto eu possa”. Seus olhos
encontraram os meus. "Mas isso é mais difícil de encontrar do que você pensa".

Eu engoli em seco, olhando rapidamente para longe. "Eu aposto".

"Não é tão ruim. Eu costumo encontrar alguém de vez em quando, mas


nunca vai a lugar nenhum. Eu penso nelas como diamantes bruto. Claro, ainda
estou procurando o diamante neste ver~o, mas...”.

Eu bati na perna dele, rindo. “Você é um idiota. Ah, sério".

Deitou-se na areia e fez sinal para que eu me deitasse com ele. Eu fiz,
descansando minha cabeça em seu peito. Eu podia sentir a batida do seu
coração debaixo da minha bochecha e eu fechei meus olhos brevemente.

"Seria loucura..." ele disse suavemente "se eu dissesse que uma parte de
mim, gostaria que não concordássemos que isso fosse apenas por este fim de
semana?".

"Absolutamente" eu disse em uma voz que era mais forte do que a minha
própria convicção.

Não. Não era louco.

Uma parte de mim também queria isso também.

"Você pensa?".

"Sim. Tudo é perfeito aqui, não é? Quando há estrutura para os dias e coisas
para fazer. Honestamente, na vida real, eu provavelmente lhe aborreceria.

EMMA HART
Minha vida é terrivelmente desinteressante”.

"Você. Poppy Dunn. Chata? Eu n~o acredito em você”.

"Ah, sério. Eu frustraria a porcaria em você” eu insisti. “Eu sou horrível em


ir para a cama em uma hora decente, graças a um pequeno vício para
assassinar shows no Netflix. Eu tenho uma batalha de longa data com o gato
imbecil de Avery sempre que ele decide aparecer. Estou atrasada para quase
tudo, inclusive o trabalho e é por isso que estou programada para começar
quinze minutos antes do meu turno atual”.

Sua parte superior do corpo tremeu quando ele riu baixinho.

“Eu tenho uma ordem para pagar o aluguel para Avery no dia seguinte ao
meu pagamento ou eu esqueceria. Eu não tenho permissão para tocar no vácuo
porque eu o quebro o tempo todo. Eu nem acho que sei usar a lavadora
corretamente. Eu meio que aperto os botões e espero pelo melhor”.

Mais risadas

“Ent~o, realmente, eu sou um adulto terrível. É por isso que sou solteira. Eu
não sou a garota que todos querem levar para casa para sua mãe. Eu não sou
uma Suzy Homemaker ”.

Ele apertou o braço em volta da minha cintura, ainda rindo. "Veja, agora
isso levanta a questão de como eu posso estar tão atraído por alguém que é,
literalmente, meu oposto total".

"Com licença, Sr. Perfeito".

“Ei, eu tenho minhas falhas também. Elas simplesmente n~o me fazem


parecer t~o bonito quanto as suas”.

EMMA HART
“Minhas falhas n~o me deixam fofa”.

"Não, mas a maneira como você as relaciona como razões para não gostar
de você, deixa você fofa".

“Ugh. Tanto faz". Eu revirei meus olhos. "Quais s~o seus defeitos?".

"Tudo bem". Ele moveu a m~o e brincou com meu cabelo. “Eu tenho que
pagar alguém para lavar minha roupa, porque eu nunca posso fazer isso
corretamente. Não me lembro de aniversários de ninguém, nunca. Minha mãe
configurou um calendário do Google para mim, então recebo uma notificação
três dias antes de qualquer anivers|rio”.

Eu mordi o interior da minha bochecha. Isso foi fofo.

"Eu trabalho demais. Eu sou o primeiro no ginásio e o último a sair, mesmo


que seja um dia de folga. Eu me preocupo muito com os outros caras da minha
equipe. Eu não sei como desligar meu cérebro. Estou determinado a ser o
melhor, mesmo que um dia isso possa me custar”.

“Veja, a coisa do calendário? Que bonitinho. Eu pagaria a alguém para lavar


minha roupa se pudesse”. Eu inclinei minha cabeça para tr|s. “E trabalhar duro
não é exatamente uma coisa ruim. Talvez você precise desacelerar, mas você
fará isso quando estiver pronto. Você está determinado e isso não é realmente
uma falha”.

"Depende de como você olha para isso. Eu não diria que ter uma briga de
longa data com o gato de seu colega de quarto é uma falha, porque, vamos
encarar, gatos s~o babacas”.

"E Spike é o maior idiota de todos eles" eu concordei. "Acho que você está
certo. Eu não vejo você sendo determinado como uma falha. Eu realmente não

EMMA HART
sei. E você desacelerará um dia. Você terá que fazer".

"Milímetros. Talvez eu diminua a velocidade quando encontrar alguém para


que valha a pena desacelerar”. Ele beijou o topo da minha cabeça. "Você quer
dar um mergulho?".

"Agora?".

“N~o, semana que vem. Claro que agora”.

"Eu não tenho um terno comigo".

"Eu pareço que estou usando calções de banho sob estas calças?".

"Adam, eu nem estou usando sutiã". Eu me sentei e dei-lhe um olhar severo.


"Apenas calcinha".

"Red" ele suspirou, sentando-se. “Se você est| tentando me convencer de


que nadar de calcinha é uma m| ideia, você est| falhando miseravelmente.”

Jesus, Papoila. Viva um pouco. Vá nadar na sua calcinha com o cara gostoso.

EMMA HART
Algas marinhas

Eu revirei meus olhos. "Você acha que eles podem nos ver?".

Adam olhou para a festa. "Eu acho que eles nem sabem que
desaparecemos".

"Tia Blythe está, provavelmente, a meio caminho de martelar e dançar"eu


disse, notando muitas pessoas ao redor da pista de dança.

"Desculpe perder isso".

"N~o, na verdade, você n~o est|" eu assegurei a ele. “É assustador. Eu nunca


me recuperarei do momento em que ela mostrou a todos a sua calcinha”.

“Eu mudei de opini~o. Eu n~o sinto muito em tudo”. Rindo, ele desabotoou
os botões de sua camisa e encolheu os ombros.

Cuidadosamente, eu removi meus sapatos de praia enquanto ele chutava


seus brilhantes. Eu me afastei dele e torci meu braço para desfazer o zíper na
parte de trás do meu vestido.

Por que os vestidos eram feitos assim? Não só nos foram negados bolsos,
mas você teve que ser um contorcionista enlouquecido para tirar as malditas
coisas.

EMMA HART
Você não daria a um homem uma camisa com botões nas costas, sim?

Não, você não faria.

Igualdade, a minha bunda.

Adam riu, dando um passo atrás de mim. "Entendi".

"Obrigada". Eu puxei as tiras finas e imediatamente usei o meu braço para


cobrir meus seios.

Adam bufou, mas ele não disse nada quando pegou minha mão livre e nos
levou até a água. Não demorou muito para chegar lá e eu ofeguei quando a água
rolou sobre meus pés. Não estava frio, mas não estava nem perto de tão quente
quanto eu esperava.

"Não está frio" disse Adam, pisando na minha frente e arrastando-me para a
água.

"Devagar! Devagar! Meu Deus".

"Não esta frio". Ele me soltou e caminhou de volta para a água. "Está legal".

Tentando, dei alguns passos para frente.

"Pare de ser uma covarde ou eu vou jogá-la na água" ele me ameaçou.

"Você não faria isso!" Eu apontei para ele, apertando mais meus peitos.

Ele simplesmente olhou para mim como se dissesse que eu deveria tentar.
Dado anteriormente, quando ele me pegou e me virou, eu deveria ter sabido
melhor do que parar em águas profundas em protesto.

Uma onda ajudou a impulsioná-lo para a frente de mim, ele me pegou

EMMA HART
contra seu corpo antes que eu pudesse fazer qualquer coisa. Meu braço foi
esmagado entre nós, mas ele não parou para me deixar mover enquanto
andava para trás na água.

Ele baixou os lábios para os meus, me impedindo de protestar enquanto a


água espirrava mais e mais acima sobre minhas coxas e, graças a uma onda
aventureira, sobre minha bunda. Eu ofeguei em sua boca e senti seu sorriso
contra mim.

Logo antes dele me pegar pela cintura e me jogar na água.

Eu fui salva apenas pelo fato de a água não ser tão profunda assim. Eu ainda
caí afundando até o meu queixo, significando que metade do meu cabelo estava
agora encharcado. "Idiota!".

Ele riu.

No meio do caminho para ficar em pé, uma onda me atingiu e eu caí de


novo, desta vez ficando totalmente coberta pela água.

Oh. Meu. Deus.

Eu empurrei o cabelo do meu rosto e senti a flor. Ainda estava presa, graças
a Deus, mas eu não podia ver muito bem.

Cuidadosamente, consciente do meu rímel, limpei meus olhos e toquei meus


cílios. "Eu vou lhe matar!".

Ele riu mais e eu aproveitei a minha chance. Eu pulei sobre ele e o empurrei.
Ele perdeu o equilíbrio na areia, uma onda cheia de carma lhe deu a mesma
mão que eu acabara de receber.

Eu ri tanto que meu estômago doeu. Karma era uma cadela, mas cara, ela

EMMA HART
era linda. Era difícil ficar em pé graças ao rolar da água e minha incapacidade
de, bem, parar de rir e ficar em pé.

Adam limpou a água do rosto e apontou para mim. "Você...".

"Não! É justo! Você me empurrou primeiro!”.

“A |gua empurrou você. Eu lhe joguei”.

"Tanto faz. Eu não estou discutindo semântica em águas infestadas de


tubarões”.

Ele riu. "Tenho certeza de que os tubarões plantonistas ficariam felizes em


comer você".

Eu dei um tapa nele. “Eles s~o noturnos. Claro que eles est~o por aí”.

“E eles n~o s~o todos os interessados em comer uma ruiva corajosa com
uma bunda grande”.

"Você acha que eu tenho uma bunda grande?".

"Você superou os tubarões rapidamente". Ele deslizou as mãos em volta da


minha bunda, me puxando contra ele.

"Sim, bem, como você disse, eles não estão interessados em me comer". Eu
passei meus braços em volta do pescoço dele. Meus seios nus estavam
pressionados contra seu peito e meus mamilos endureceram enquanto
esfregavam contra o leve cabelo escuro em sua pele. “Além disso, sou pequena
e relativamente desconfortável. Se alguém tem fome, há muito mais carne em
você”.

Ele riu, baixando a cabeça. "Ótimo. Ent~o eu sou isca de tubar~o”.

EMMA HART
"Não. Você é jantar, apenas no caso. Essa é a coisa cavalheiresca a fazer.
Sacrificar-se para me salvar”.

“Poppy, você é a última pessoa na Terra que precisaria de alguém para


salvá-la. Você provavelmente acabaria se virando e salvando o seu salvador”.

"Eu acho que foi um elogio" eu murmurei.

"Isso foi". Ele riu, roçando os lábios na minha bochecha.

Nós dois paramos. Inclinei meu rosto, aproximando meus lábios nos dele.
Meu coração bateu no meu peito. Havia um nó na garganta, que engolir não
poderia matar, uma secura na minha boca que nunca acabava.

Eu queria que ele me beijasse.

Não.

Eu precisava que ele me beijasse.

Eu precisava de mais um momento para fingir que isso era real. Que era
uma coisa real que não terminaria amanhã.

Eu precisava de mais um momento para me permitir sentir as coisas que


sentia por ele. Para sentir como ele me deu borboletas e fez meu coração bater
mais rápido. Como ele me deu arrepios e me fez querer me envolver em torno
dele como um coala pegajoso.

Eu precisava senti-lo e sabia que essa era minha última chance.

Estávamos ficando sem tempo, e se esse era o único momento em que eu


tinha para admitir para mim mesma que tinha sentimentos muito reais pelo
meu namorado muito falso, então eu aceitaria.

EMMA HART
Com ambas as mãos.

Então, eu o beijei em vez disso. Levemente. Apenas uma simples sombras


dos meus lábios sobre os dele. Uma provocação, uma pequena pergunta.
Pedindo-lhe para me beijar de volta e me beijar mais forte.

Ele entendeu.

Seus lábios eram suaves, mas firmes quando ele tomou minha boca com a
dele. Meus dedos se enrolaram no cabelo na base de seu pescoço e ele enfiou os
dedos na minha bunda. Eu nunca me pressionei contra ninguém tão forte
quanto agora, e não hesitei em separar meus lábios quando ele aprofundou o
beijo.

Sua língua acariciou a minha. Cada vez que ele me beijou, desejo correu
pelas minhas veias. Beijei-o com mais força e segurei-o com mais força,
pressionando meus quadris contra ele. Seu pênis estava ficando cada vez mais
duro contra mim, eu estava prestes a dizer a ele que precisávamos voltar para o
nosso quarto quando algo tocou meu pé.

Eu gritei e pulei, usando meus braços ao redor do pescoço de Adam como


alavanca para envolver minhas pernas em torno de sua cintura. Ele cambaleou
alguns passos antes de agarrar minha bunda mais uma vez.

"Que diabos?" ele perguntou, olhando para mim.

"Algo tocou meu pé!".

"Então você gritou?".

“O que eu deveria fazer? Ficar aí e deixar-me comer?”

Seus lábios se contraíram quando seu pau duro pressionou entre as minhas

EMMA HART
pernas.

Isso não foi tão inteligente...

"Então você decidiu pular e me deixar ser comido?"

“Nós já cobrimos isso! Se há algo com fome aqui, vai comer você e não eu.
Eu sou bonita demais para ser comida por um tubar~o”.

Ele estalou a língua. "O que eu sou? Fígado picado?”

Eu toquei sua bochecha. "Oh, não, você é muito bonito, mas é cada homem
por si aqui fora".

“Você sabe que provavelmente foi uma alga que tocou em você, certo? E
tudo o que você conseguiu é deixar meu pau tão duro, que estou tentado a
puxar sua calcinha para o lado e lhe foder aqui mesmo na praia?”

Não. Não, eu não sabia disso.

A alga ou a merda na praia.

Seu pau ... eu imaginei.

"Hum" eu disse.

“Hum. Você me beijou assim, ent~o enrolou as suas pernas em volta da


minha cintura, onde eu sei que você pode sentir meu pau, e você diz ‘Hum’".

“Hum. Sim".

Ele riu e me beijou novamente. Eu o abracei com força enquanto nossos


lábios se moviam juntos e ele lentamente nos apoiou em água um pouco mais
profunda. Seus dentes roçaram meu lábio inferior, e seus dedos cavaram

EMMA HART
direito em minhas bochechas novamente. Meu clitóris pulsou quando seu pênis
saltou contra mim e...

"Porra!".

Nós estávamos debaixo d'água antes que eu soubesse o que estava


acontecendo e eu gaguejei quando encontrei meu pé e fiquei em pé. "Que
diabos?".

Adam surgiu na superfície, rindo e enxugou o rosto. “A areia afundou. Eu


caí".

"Sua Bunda. Isso é o que você ganha por ir mais fundo na |gua!”. Eu soltei
um grande suspiro. A água estava no peito para mim agora, eu não mentiria, eu
não estava feliz em ter meus mamilos no oceano.

Uma criatura, era tudo o que precisava e depois - bam. Sem mamilos.

Eu os cobri com meu braço novamente e Adam segurou minha mão.

"Não entre em pânico, mas algo apenas tocou o meu pé" ele murmurou.

"Algas marinhas?" Eu gritei.

"N~o. Foi uma cauda”.

Mordi minha bochecha para parar de gritar e o agarrei. Eu pulei de costas,


segurando-o com força.

"Est| certo. Espalhe a |gua” ele disse. “Isso assustar| qualquer coisa. Além
disso, Red, você est| me estrangulando”.

"Desculpa" Eu soltei meu aperto em seu pescoço. "Foi embora?".

EMMA HART
"Eu não sei. Fique parada".

"Eu pensei que você disse que os tubarões plantonistas não comiam
humanos!".

“Ok, merda. Para alguém que cresceu na Flórida, você n~o sabe muito sobre
a |gua, n~o é?”.

"Se você não pode dizer, não é um lugar que eu vou muito". Eu me contorci
de costas, tentando manter meus pés fora da água.

"Pare de espirrar" ele me disse, batendo na minha coxa com os dedos.


"Vamos devagar".

"Se eu morrer porque você queria nadar em nossas roupas íntimas, eu o


assombrarei para sempre e tornarei a sua vida um inferno".

"Devidamente anotado". Lentamente, ele começou a caminhada de volta


para a praia. Seus passos eram lentos e cuidadosos, era exatamente por isso
que minha mãe sempre me disse para ficar fora da água à noite. "Nada como
um potencial tubarão para matar um tesão".

"Se não, eu ficaria preocupado". Eu deslizei de costas para os meus pés e


imediatamente estremeci. "Ai".

"Você está bem?". Ele olhou para mim, com preocupação em seu rosto
iluminado pela lua.

"Meu pé dói". Eu coloco meu peso no meu pé direito.

"Aguente. Eu tenho meu celular no bolso da calça. Eu vou colocar minha


camisa para você se sentar para que eu possa olhar”.

EMMA HART
Ele se moveu antes que eu pudesse registrar que ele estava me deixando em
pé na beira da água.

Espere, não.

"Adam!" Eu pulei em meu pé direito na areia. "Não me deixe com o


tubarão".

"Jesus, Papoila". Ele riu, correndo para mim logo antes de eu cair. “N~o vai
subir tão alto. Vamos". Ele passou um braço em volta de mim e me guiou - ainda
pulando - para onde colocou sua camisa na praia.

Ele me ajudou a descer e pegou meu vestido, passando por cima da minha
cabeça para cobrir meus seios. Ele até fechou o zíper para mim enquanto eu
puxava meu cabelo e espremia a água dele.

"Deixe-me colocar minhas calças". Ele fez isso rapidamente, em seguida,


pegou o telefone. Usando a lanterna para obter alguma luz, ele gentilmente
colocou meu pé esquerdo na mão e o inclinou para ver. "Você está sangrando".

"Ótimo. Ent~o eu fui o motivo do tubar~o”.

"Absolutamente. Foi totalmente sua culpa que quase fomos comidos”. Ele
deu um meio sorriso. “Eu n~o consigo ver nada nele. Pica ou dói?”.

"Apenas dói”

"Tudo bem. Aqui". Ele descansou meu pé no dele e, usando a manga de sua
camisa, tocou no meu pé.

"O que você está fazendo?" Eu me afastei.

“Poppy, é só uma camisa. Preciso conter o sangramento antes de te levar

EMMA HART
para dentro e pegar um Band-Aid ou algo assim, ok? Está bem no arco do seu
pé.”

Suspirei. "Aposto que isso aconteceu quando eu caí".

Ele assentiu. “Provavelmente quando você caiu pela segunda vez. Você n~o
teria sentido porque estava com raiva de mim”.

"Então, é tudo culpa sua outra vez".

"Se isso faz você se sentir melhor". Ele olhou para mim, sorrindo, depois
checou meu pé. "OK. Se eu carregar você, provavelmente podemos chegar lá
antes de começar de novo.

Eu gemi. "Dirigir para casa amanhã vai ser tão ruim".

Ele me deu um aceno simpático e levantou-se. Adam desligou a lanterna e


enfiou o celular de volta no bolso, depois se inclinou para me pegar. Eu me
certifiquei de pegar sua camisa e nossos dois sapatos antes que ele me
levantasse. Ele me segurou contra seu corpo com um braço atrás dos meus
joelhos e o outro ao redor do topo das minhas costas.

"Não foi assim que eu planejei acabar essa noite" eu murmurei irritada
quando ele me levou até a praia.

Sua risada era leve, baixa e t~o deliciosa. “Você sabe o que, Red? N~o era
meu plano também, mas faz todo o sentido, n~o acha?”.

De um jeito estranho, ele estava certo.

Isso fazia sentido.

EMMA HART
Adeus são para otários

Eu me sinto doente.

Eu não queria dizer adeus.

Eu me mexi quando Adam abriu o porta-malas do carro. Eu tinha me re-


enfaixado esta manhã e tomado analgésicos para fazer o caminho para casa o
mais fácil possível, mas agora, sabendo que ele estava indo embora, a dor no
meu pé não se comparava com a dor que senti no meu coração.

E era uma dor estúpida. Não estupidamente doloroso, mas diretamente a


dor estúpida. Eu sabia que isso poderia acontecer. Estava escrito nas estrelas
desde o começo. Este não foi o primeiro encontro nem o precursor de algo mais
longo ou mais sério.

No entanto, eu me permiti cruzar a linha para me apaixonar por ele. Eu sei -


quatro dias. Soava estúpido, mas nós estávamos juntos quase constantemente.
Você coloca dois estranhos com uma atração juntos e eles são obrigados a
sentir as coisas.

Eu só esperava que não tivesse caído muito e que eu superaria isso em uma
semana. Isso era tudo que eu estava segurando enquanto Adam batia o porta
malas e se aproximava de mim.

EMMA HART
Ele estendeu a mão, seus dedos arrastando pela minha pele quando ele
empurrou o cabelo do meu rosto e colocou-o ao redor da minha orelha. "Eu me
diverti muito neste fim de semana".

"Eu também" eu disse suavemente. "Foi divertido. Você sabe. Além do meu
pé ser cortado e da tia Blythe se despir no café da manh~”.

Ela ainda estava bêbada.

"Isso iluminou a manh~", disse ele, com um sorriso. “Desculpe-me, tenho


que sair t~o cedo. Eu ficaria até mais tarde, se pudesse”.

Dei de ombros. "Está bem. Eu não ficarei aqui por muito mais tempo. Tenho
que trabalhar no turno do almoço amanh~ e n~o quero chegar t~o tarde”.

"Avery já saiu?".

"Sim. Ela tem que trabalhar hoje à noite, então ela saiu logo após o café da
manh~”.

Ele assentiu devagar. Ficamos parados por um momento, apenas olhando


um para o outro até que eu ri e afundei meu queixo.

"O que é tão engraçado?" Ele enganchou dois dedos abaixo do meu queixo,
então nossos olhos se encontraram.

"Isto é ridículo". Meu cabelo soltou, ent~o eu o empurrei de volta. “Quero


dizer, nos veremos novamente. Nós não moramos a um milhão de milhas de
dist}ncia”.

“Eu conheço o seu bar favorito. E onde você trabalha” ele adicionou.

"Exatamente. Isso é estupido.”

EMMA HART
"Venha aqui". Ele me puxou para o seu corpo, envolvendo seus braços em
volta de mim com força. Eu apertei meus olhos fechados com a dor no meu
coração, quando ele beijou o topo da minha cabeça.

Jesus, eu precisava me recompor. Nós nos sentíamos assim um pelo outro,


mas esclarecemos a noite passada. Eu não era a garota que poderia lidar com
ele estando longe tanto quanto ele estaria. Relacionamentos eram difíceis para
ele por causa do hockey, e tudo bem.

Adam se afastou e me beijou, uma mão ao redor da minha nuca. Senti até as
pontas dos pés - e quando ele se afastou, pressionei meu rosto no peito dele.

Eu não queria que ele visse o quão profundo aquele beijo havia me puxado.

Eu apertei-o com força e me afastei. "Obrigado por salvar minha bunda


neste fim de semana".

"Eu salvarei a sua bunda a qualquer momento, Red". Ele sorriu, depois me
beijou mais uma vez antes de me soltar.

Eu recuei, batendo no carro de Rosie ao lado dele. Meu pé doeu, então eu


coloquei peso nos dedos dos pés em vez do meu pé inteiro e observei quando
ele entrou em seu carro. Ele abaixou a janela e o estrondo do motor quando
ligou, me fez querer subir no teto para que ele não fosse a lugar nenhum.

Ele piscou, atirando em mim um dos seus sorrisos sensuais antes de recuar.

A última vez que o vi foi levantando a mão para fora da janela em uma onda.

Eu segurei o nó grosso na garganta.

Não deveria machucar tanto.

EMMA HART
Rosie veio ao meu lado e passou um braço ao meu redor. “Vamos, Saltitante.
Vamos nos sentar". Ela me guiou até as escadas e nos sentamos, olhando para o
estacionamento.

Bem, eu olhei para ele. Na estrada, para ser honesta.

Ela estava olhando para mim com o tipo de compreensão que só uma irmã
podia sentir - como se sentisse a mesma dor, sabendo que ele tinha ido embora.

"Diga-me se eu estiver errada, mas esse plano saiu pela culatra, né?".

Essa foi uma maneira de colocar isso.

Dei de ombros e olhei para os dedos dos pés pintados. “N~o importa, n~o é?
Foi por apenas um fim de semana. Eu sabia. Ele também”.

"Esse não é o ponto, Pops" ela disse gentilmente, apertando-me ao seu lado.
"Isso, realmente, significa que tem que acabar?".

Eu abri minha boca, mas nada saiu.

“Ele poderia estar aqui para ser seu namorado falso, mas você n~o precisa
ser um gênio para ver que vocês dois desenvolveram sentimentos muito reais
pelo final do fim de semana. Cristo, Avery deu uma olhada em você e precisou
de um banho quente”.

Eu mordi de volta uma risada e enterrei meu rosto em minhas m~os. “Deus,
Ro. Isso deveria ser fácil. Ele não deveria me fazer rir ou algo assim. Ele só
deveria estar... l|”.

"Bem, ele está apenas lá bombardeado desde o segundo em que você trouxe
um jogador de hockey para uma família louca por hockey".

EMMA HART
“Tudo bem, tudo bem, eu entendi. Da próxima vez, vou verificar se meu
encontro falso n~o é famoso de forma alguma”.

Ela balançou a cabeça lentamente. "Admita. Você gosta dele. Muito".

"Não".

"Por que não?".

"Porque" eu disse baixinho, olhando para ela. "Se eu disser em voz alta,
então não poderei mais negar, poderei?"

Ela sorriu, mas estava cheia de tristeza.

Em vez de discutir comigo, como eu achava que ela faria, ela me puxou para
ela e eu descansei minha cabeça em seu ombro.

Eu sabia duas coisas com certeza.

Eu precisava voltar para a minha vida real, mas havia um problema gritante
com isso.

Minha vida nunca mais seria a mesma depois de Adam Winters.

EMMA HART
Flores e foda-se isso

Ontem à noite eu tropecei pela porta - literalmente, graças ao meu pé - e me


dirigi para o freezer. Avery me mandou uma mensagem dizendo que ela
comprou sorvete e vinho e que era tudo meu.

Isso era amizade verdadeira.

Eu me permiti reclamar na Netflix e me perder em um documentário,


enquanto comia meu peso em sorvete e depois fui para a cama. Tudo bem,
então eu adormeci no sofá com a caixa vazia na minha mão e Avery me arrastou
para a cama, mas não me julgue.

Eu estava triste.

Agora, eu estava me sentindo humana novamente. Um banho quente, uma


corrida de meia-boca e uma mudança no trabalho me tiraram da magia do
casamento da minha irmã e entraram na minha vida real. Mesmo que o
trabalho tivesse me colocado para trás do bar, porque eu não tinha que fazer
comida quando mal conseguia andar, de acordo com meu gerente.

Eu não iria discutir com ele. Eu gostava de servir drinques para ficar ainda
mais bêbada. Se eu pudesse escrever um livro, teria algumas histórias reais
para contar.

EMMA HART
Diário de uma garçonete de coquetel. Eu prego isso. Com alguma
elaboração, claro. Eu não era nenhuma menina glamorosa servindo coquetéis
em restaurantes chiques, afinal.

Fechei a porta do apartamento atrás de mim e joguei minha bolsa no sofá.


"Aves, eu estou em casa!"

"Ei!" Ela colocou a cabeça para fora da porta do quarto. "Como você está se
sentindo hoje?"

"Humana. Pensei em trocar de roupa, pedir pizza e pintar.” Eu fiquei na


minha porta. "Você trabalhará?"

Bocejando, ela cobriu a boca e assentiu. “Até as onze. Estou t~o cansada”.

"Você tem tempo para comer antes de ir?"

Ela olhou por cima do ombro. "Se você pedir pizza agora, provavelmente".

“Est| bem. Eu farei isso no aplicativo. Eu corri de volta para a sala para
pegar meu telefone, então fui para o meu quarto para me trocar. Em segundos,
eu pedi a pizza e joguei meu celular na cama.

A batida na nossa porta veio quando eu estava semi nua, com a cabeça
presa no meu armário.

"Quer que eu pegue isso?" Avery gritou.

"Por favor! Estou seminua!”.

"Obrigada por isso!" Ela agradeceu.

Peguei algumas calças de yoga e uma camiseta com ‘Eu gosto de festejar e

EMMA HART
por festa quero dizer ler livros’. O clique da porta da frente veio { direita
quando eu puxei minha calça e peguei minha camisa.

“Pops? Tem algo aqui para você”.

Franzindo a testa, eu puxei a camisa para baixo sobre os meus seios e entrei
na sala principal. Na nossa pequena mesa de jantar que estava atualmente
coberta com minhas pinturas, havia um enorme buquê de papoulas. A cor
vermelho-sangue era uma explosão brilhante em nossa cozinha e eu parei de
morrer quando a realidade me atingiu.

Apenas uma pessoa que eu conheço teria coragem de me enviar minhas


flores homônimas.

Avery pegou no cart~o. “Ele é corajoso. O último garoto que tentou lhe dar
uma papoula rendeu um soco no nariz”.

"Eu tinha oito anos e ele era um idiota". Peguei o cartão dela, tocando a
borda de uma das pétalas. Eu não achava que queria ler isso, mas não tive
escolha, então abri o pequeno cartão.

Obrigado por me lembrar sobre como me divertir neste fim de semana, Red.

Não me mate por isso.

Eu sorri, fechando o cartão. As flores estavam até em um vaso vermelho que


combinava perfeitamente com as papoulas. Eu passei meu dedo por uma das
flores e desci pelo lado do vaso brilhante, meu estômago revirando quando
coloquei o cartão ao lado dele.

EMMA HART
Avery suspirou e balançou a cabeça. "Eu não entendo você".

"Não comece, Aves". Eu deslizei na minha cadeira e empurrei o cavalete de


mesa para o lado. "Eu não quero ouvir isso, ok?".

Ela bateu as mãos na mesa. "Você odeia papoulas".

“Eu n~o odeio papoulas. Eu acho que eles s~o f|ceis de usar, só um idiota
diria que é a minha flor favorita só por causa do meu nome”.

Com atitude, ela apontou para as flores.

"Eles não são" eu parei e suspirei. "Red. Seu apelido para mim. Começou a
manh~ depois de nós, você sabe”.

"Fodido".

"Dormimos juntos" eu disse secamente. “Eu perguntei por que ele me


chamava de Red e ele disse que era em parte por causa do meu cabelo e em
parte porque meu nome é Poppy e papoulas são vermelhas. Acho que isto é ele
se lembrando dessa conversa”.

"Essa é uma razão ridícula para um apelido".

"Eu sei. Por que você acha que ele me disse para não matá-lo?”.

Avery beliscou a ponte do nariz e riu. "Vocês dois, obviamente, têm


sentimentos um pelo outro".

Eu levantei meu dedo. "Eu lhe disse para não começar".

“Estou fazendo isso porque sou sua melhor amiga e me preocupo com você.
Você é tão teimosa que não pode ver que está se machucando, porque tem

EMMA HART
medo de dizer como se sente”.

“N~o, Aves, você est| errada. Eu sei que estou me machucando, mas não é
tão simples. Ele não está aqui a maior parte do tempo. Ele viaja a maior parte
da temporada. Ele admitiu que os relacionamentos são uma luta por causa
disso. Você preferiria superar essa pequena paixão agora, ou tentar um
relacionamento que eu já sei que não vai funcionar, só porque passamos um
final de semana juntos?”.

Ela foi dizer alguma coisa, depois parou.

"Se eu passar mais tempo com Adam, posso lhe dizer agora, com cem por
cento de certeza, me apaixonarei por ele".

"Oh", disse ela em voz baixa.

“E se eu me apaixonar por ele, isso ser| só para mim. N~o tenho medo de
dizer a ele como me sinto. Tenho medo de me apaixonar e ter meu coração
partido”.

"Assim como todos os outros, mas isso não significa que isso os impeça de
fazê-lo". Ela sorriu para mim com tristeza, e colocou o celular na bolsa. “Eu
trabalharei agora. Eu acho que você precisa ficar sozinha para pensar sobre
isso”.

Eu concordei com ela. Tanto quanto eu não queria. Eu não queria pensar
sobre isso. Minha mente estava arrumada e ele concordou. Ele não tinha
exatamente me dito que deveríamos ir mais longe.

Claro, ele disse que uma parte dele queria que nós nunca disséssemos que
era apenas o fim de semana, mas isso não era igual "Vamos nos ver na vida
real".

EMMA HART
Talvez eu estivesse batendo em um cavalo morto para me sentir melhor,
mas que seja. Eu tinha que fazer o que tinha que fazer, para me convencer de
que essa era a escolha certa.

Não, sabe de uma coisa? Eu não precisava me convencer porque eu já sabia


que era, e eu não precisava me justificar para ninguém mais.

Isso.

Puxei meu caderno de desenho na minha frente e tirei um lápis.

Não consegui ficar com Adam, mas consegui manter uma de suas papoulas.

EMMA HART
O tempo cura cortes, não corações

TRÊS SEMANAS DEPOIS

"Você vai, por favor, desligar isso?".

Avery olhou por cima do ombro para mim. "O que?" ela perguntou, os olhos
tremendo inocentemente.

Eu olhei para a tela. Adam Winters estava sentado na minha TV em toda a


sua glória, fazendo uma coletiva de imprensa para um acordo de patrocínio que
ele acabara de assinar.

Isso foi legal. Tudo bem. Foram três semanas. Eu estava tão acima disso.

"Você sabe exatamente o que" eu disse a ela, sentada à mesa. "Você tem que
vê-lo?"

"Eu gosto de hockey".

“Você n~o assistiu hóquei o tempo todo em que vivemos juntas e isso nem é
hockey. Você est| tentando fazer um ponto”. Peguei meu pincel e mergulhei na
tinta vermelha que tinha misturado naquele dia. Eu estava tentando terminar a
papoula por semanas e agora tudo que eu tinha era uma foto que eu tinha que
tirar.

EMMA HART
Avery suspirou e desligou a TV. “Eu n~o entendo. J| faz três semanas. Isso
não deve incomodá-la, e se isso acontecer, você precisa ligar para ele”.

"Eu acho que ele está indo muito bem, sem a ruiva aleatória com quem ele
passou um fim de semana" eu retruquei. Especialmente se os números que a
mídia estava jogando estiverem corretos.

“Poppy. Você começou a acompanhar as notícias sobre a Storms e na


verdade pesquisou no Google na semana passada”.

“Eu n~o estou seguindo nada. É aquela coisa esquisita que a internet faz
quando veicula anúncios sobre coisas que você nunca pesquisou no Google”.

"Ok, então e o Google andou pesquisando sobre ele?"

“Eu n~o tenho que justificar minhas pesquisas no Google para você. Eu não
lhe fiz explicar, quando você procurou por pornografia lésbica”.

Ela encolheu os ombros. "Totalmente direito, mas é quente".

“Sua pornografia é sua pornografia. Ele é meu pornô e eu tive um momento


de fraqueza”. Eu adicionei um pequeno detalhe a uma pétala. "Não significou
nada".

“Isso n~o significa nada? Eu acho que você sente falta dele, ou você n~o se
importaria tanto que ele estivesse na TV”.

"Eu não o conheço o suficiente para sentir sua falta".

"Você o conhece muito!".

"Estou tentando me concentrar aqui, Aves".

EMMA HART
Ela balançou a cabeça e colocou o volume de volta.

Tudo bem, então eu não superei isso. Isso me incomodou. Eu não queria ver
seu rosto se não pudesse beijá-lo e não queria ouvir sua voz a menos que
estivesse no meu ouvido.

Três semanas. Fazia três semanas e eu pensava nele todos os dias. Eu tinha
elaborado textos que nunca enviei e passei muitas vezes no botão de chamada,
mas nunca consegui fazê-lo. Quão covarde eu era?

"Você pode pelo menos desligá-lo, se você não o assistir?" Eu perguntei a


Avery.

"Não".

Isso foi tudo, eu acho.

Eu fiz o meu melhor para bloquear tudo o que estava vindo daquela direção
para me concentrar em adicionar os detalhes mais finos à minha papoula. As
sementes, o sombreamento, as pequenas coisas que preocupariam meu cérebro
e me impediriam de prestar atenção nele na TV.

Eu até cantarolei. Hum, hum, hum. Uma música que eu nem conhecia, mas
que foi criada para me fazer não ouvir.

"Oh, meu Deus, ligue para ele!" Avery gritou, jogando o controle remoto na
minha direção.

Eu me abaixei e ele bateu na geladeira atrás de mim, caindo para a porta. A


parte traseira saiu em contato, significando que as baterias foram espalhadas
pelo chão.

"Se isso ainda funcionar, você terá tanta sorte" eu disse a ela.

EMMA HART
"Poppy".

"Não".

"Poppy".

"Vá embora".

"Poppy!".

"Não!" Eu estava prestes a jogar algo de mim mesmo quando meu telefone
tocou. Eu empurrei a cadeira para trás e olhei para a tela. "É o meu pai" eu disse
a sua face expectante.

Ela ficou de mau humor e voltou a observar Adam.

"Ei pai", eu disse, respondendo. "Você está bem?".

"Sua mãe quer jantar este fim de semana", disse ele, sem sequer me
cumprimentar.

"Mal posso esperar".

"E ela quer Adam lá".

Eu congelei. "O que, por que ela quer que ele esteja lá?"

"Ela disse que não conseguiu falar com ele tanto quanto gostaria no
casamento e desde que nós estamos indo para uma reunião, se ele estiver na
cidade, ela gostaria de vê-lo".

Merda.

Porra.

EMMA HART
Bunda.

Foda.

Eu estava em apuros.

Novamente.

"Oh, certo, bem, hum". Eu me afastei das mãos agitadas de Avery. "Quando
é? Sábado?".

"Sim. Às seis. Ela j| reservou uma mesa”.

"Pelo menos eu n~o tenho um cozinheiro" eu disse. “Eu verei se ele est|
livre. Ele est| bem ocupado no momento”.

“Eu vi o novo contrato dele. Legal né?".

"Sim. Muito legal". Por favor pare de falar.

Como se soubesse o que eu estava pensando, papai tossiu. “Certo, eu


deveria desligar. Farei uma chamada em conferência. Só pensei em lhe avisar”.

“Obrigada, papai. Apreciei isso”.

"Amo você, Pops".

"Eu o amo. Vejo você no sábado. Tchau". Eu desliguei e coloquei meu


telefone na mesa, batendo a mão na minha boca.

Avery se levantou e foi até mim. "O que está errado?".

"Meus pais estão vindo para a cidade para o jantar no sábado".

"Ah, não".

EMMA HART
"E eles querem Adam lá".

"Ah, não".

"Ai, sim". Eu caí na minha cadeira e enterrei meu rosto em minhas mãos.

"Bem" ela disse, abrindo a geladeira. "Eu acho que você tem que ligar para
ele depois de tudo”.

Eu lancei um copo nela. "Eu preciso pensar". Levantei-me e fui para o meu
quarto, fechando a porta atrás de mim.

Então, eu caí de cara na cama e gritei no meu travesseiro.

Porra.

***

Enfiei a gorjeta não tão generosa e joguei o bilhete no lixo. Hoje eu estava
esgotada - o trabalho tinha sido bom, mas minha mente não estava totalmente
focada. Eu não conseguia parar de pensar naquele jantar idiota.

Eu odiava por mim. Ela era uma idiota.

“Ei, Papoila? Você tem uma nova tabela. Ele est| l| h| alguns minutos”.
Minha curvada colega de trabalho Yvonne deslizou para mim, esfregando seu
peito considerável nas minhas costas, para chegar ao registro.

Eu olhei para cima. “Oh, obrigada. Eu irei para l| agora”. Puxei meu bloco da
minha bolsa e cliquei na minha caneta quando me aproximei da mesa. “Ol|, sou

EMMA HART
Poppy e o atenderei esta noite. O que eu posso lhe pegar?”.

"Eu quero o cheeseburger com bacon".

Ah, não.

"Com uma limonada".

Oh, foda-se

"E uma conversa?" Adam Winters deixou cair o cardápio e olhou para mim
com um sorriso que fez meu coração saltar pelo telhado.

Meus lábios se separaram, mas nenhum som saiu. Eu estava completamente


congelada no lugar, exceto pelo meu coração. Santo inferno, essa coisa estava
batendo.

Eu? Eu estava morrendo.

"Bem, eu estava esperando um choque, mas não um horror total" brincou


ele.

Eu trouxe a minha mão para a minha boca e reprimi uma pequena risada.
"Eu sinto muito. Eu apenas.... Eu não esperava que você estivesse escondido por
tr|s daquele card|pio”.

"Surpresa". Ele sorriu. "Eu queria falar com você".

"Uh ... eu tenho que terminar meu turno". Eu me mexi desconfortavelmente.


“S~o quase trinta minutos. Você pode esperar?".

"Eu não pedi um hambúrguer para sentar e olhar para ele, Red".

Um arrepio percorreu minha espinha pelo apelido. "Oh, você realmente

EMMA HART
quer a comida?".

Ele coçou a mandíbula, sorrindo. "Sim. Se eu vim aqui, estou quebrando


minha dieta”.

Claro. Claro que ele queria comida. Eu fui uma idiota.

"OK. Certo. Que hambúrguer era?” Engoli.

"Cheeseburger com Bacon".

"E uma bebida, foi, uh ..."

"Limonada".

Eu rabisquei. "Isso é tudo?"

"Eu recebo essa conversa?"

Eu assenti.

“Ent~o é tudo”. Seu sorriso estava desequilibrado.

Eu abaixei minha cabeça para esconder a minha. "Eu volto com a limonada".

Levou tudo o que eu tinha em mim para não correr de volta para o balcão e
dar um soco na máquina da cozinha. Minha colega de trabalho ainda estava lá, e
ela olhou para mim com um sorriso torto.

"É Adam Winters?".

Eu assenti.

"Vocês se conhecem?".

EMMA HART
Eu limpei minha garganta. "Você poderia dizer isso".

"Você dormiu com ele".

"Isso não é nem aqui nem lá" respondi.

“Então, por que ele está aqui? Para negar seu amor eterno por você? Para
professar seu desejo de ter seus bebês?”

Eu tossi no meu próprio cuspe. Ah, sério. "Você andou fumando? Não, ele
n~o est| aqui para isso!”

Ela ergueu as sobrancelhas. "Garota, como você sabe?"

"Porque não é assim".

"Sim? É por isso que ele não consegue parar de olhar para você, como se
fosse sua sobremesa?”.

Olhei para ele e Yvonne estava certa. Ele estava olhando para mim, com um
sorriso nos lábios.

"Oh, Deus", eu gemi, minhas bochechas corando vermelho brilhante.

"Hum" ela disse, olhando para mim. "Isso é mais do que uma chamada para
sair, hein?".

“Eu recebo de Avery em casa. Você pare com isso. Eu bati nela com minha
caneta e saí da nossa estação. "Você não tem clientes para servir?".

Ela olhou para Adam, apreciativa. "Eu gostaria de servir o seu" disse ela,
com um torcer de seu enorme peito.

"Oh, doce Jesus" eu murmurei. “Bem, ele quer uma limonada. Você é livre

EMMA HART
para lidar com isso”.

Ela puxou sua camisa e ajustou seus peitos. "Eu peguei você, menina".

Eu saí, balançando a cabeça e sorrindo. Senhor, ela era outra coisa.

***

"Tudo o que Yvonne disse para você, ignore-o", eu disse, quando Adam
abriu a porta do restaurante para mim.

Ele deu um meio sorriso. "Ela é uma figura".

"Você literalmente não sabe a metade disso". Eu balancei a cabeça e puxei


minha bolsa para o meu ombro. "Onde você quer ir?".

“Eu imaginei que poderíamos ir ao parque. Eu duvido que você queira ir até
o meu apartamento e acho que Avery n~o est| no trabalho”.

"Ela está em casa". E ela teria um dia de glória se eu levasse você comigo ...

"Estacione".

Nós nos aproximamos um do outro. Meus dedos se contraíram e pareceu


estranho não alcançar a mão dele. Isso aconteceu tão naturalmente quando
estávamos em Key West. Nossas mãos simplesmente gravitaram em direção
uma da outra.

Adam enfiou as mãos nos bolsos do short. Ele sentiu o mesmo? Eu sabia que
me sentia estranha. Eu não poderia acreditar que ele estava realmente na

EMMA HART
minha frente - ou ao meu lado, o que fosse. Foi tudo igual.

E eu não estava acima dele. Nenhum pouco.

Droga.

Nós nos viramos para o parque e deixei que ele me levasse a um lugar
particular, onde ninguém nos veria. Eu estava grata por isso - eu não gostava do
meu rosto estampado em páginas de esportes ou qualquer outra coisa.

Sentei-me na grama e coloquei minha bolsa ao meu lado. Adam sentou-se à


minha frente, recostando-se nas mãos e esticando as pernas enquanto eu me
recostava no tronco de uma árvore.

"Como vai você?" Ele perguntou, olhando para mim com seus brilhantes
olhos azuis.

"Eu estou bem" eu disse, um tanto evasivo. "Você?"

"Eu estou bem. Treinamento. Trabalhando".

“Sim, Avery lhe viu na TV ontem. Algo sobre um acordo de patrocínio?”

Sua sobrancelha se arqueou. "Você não assistiu?".

"Eu não tenho interesse em esportes" lembrei-o. "Por que eu iria assistir?"

"Eu sou muito interessante".

"Depende de quem você pergunta, se está escuro ou não e se há tubarões


por perto".

Ele sufocou uma risada. "Como está seu pé?"

EMMA HART
“Curado. Eu vi um médico quando voltei por via das dúvidas. Apenas um
corte um pouco profundo de uma pedra, ent~o você estava certo”. Dei de
ombros. "Mas se solidificou, eu nunca mais entrarei no oceano no escuro".

"Eu estou bem aí com você sobre isso, Red".

Por que aquele apelido outrora odiado agora me dava arrepios? Porra
maldita seja.

"Ent~o. Por que você veio me encontrar no trabalho?”

Sua sobrancelha subiu novamente.

"Isso saiu um pouco brusco" Eu mordi o lado do meu lábio inferior. "Quero
dizer. Merda".

Adam riu, baixando a cabeça ligeiramente para trás. "Entendi. Eu deveria


ter ligado para você. Desculpa".

“Tudo bem. Eu precisava ligar para você de qualquer maneira”.

"Você precisava?"

“Nem pense nisso. Eu perguntei primeiro”. Eu apontei para ele.

Ele ergueu a mão com outra risada. "Está bem, está bem. Seu pai me ligou
hoje de manh~”.

Ah, não.

"Ah, não".

Adam olhou para mim com um sorriso irônico.

EMMA HART
"Espere, como meu pai tem o seu número?" Eu fiz uma careta. Que sentido
isso tem?

“Ele… meio que me pediu no casamento. Eu n~o vi como eu poderia dizer


n~o. Eu n~o achei que ele fosse me ligar de verdade”.

Eu esfreguei minhas têmporas. “Doce bebê Jesus sobre drogas. Aposto que
sei por que ele ligou”.

"Jantar. Sábado à noite".

"Sim. Ele me ligou ontem e me disse que mamãe quer ver você. Eu estava
criando um par de desculpas para ligar para você e perguntar, mas acho que
papai me bateu sobre isso”.

“Ele ligou e me convidou. Eu n~o queria apenas aparecer e hoje eu estava


sem treinamento, então pensei em vê-la pessoalmente”.

Eu empurrei o cabelo atrás da minha orelha. "Você poderia ter ligado".

"Eu poderia ter ligado" disse ele, inclinando a cabeça para o lado. "Mas, Red,
eu queria vê-la, não é?"

Corei levemente. "Eu não suponho que você queria". Eu parei e brinquei
com a bainha da minha camisa. “Olha, você não precisa. Eu disse a ele que você
estava ocupado, então provavelmente não poderia vir. Está bem".

"Você quer que eu vá?"

"Você está ocupado. Você tem um milhão de outras coisas que você precisa
fazer...”

"Isso não foi o que eu perguntei, Red". Ele se mexeu, então ele estava mais

EMMA HART
perto de mim e eu pude sentir sua perna quando esta se aproximou da minha.
"Eu perguntei se você quer que eu vá".

Eu respirei fundo e desviei o olhar por um minuto. "Você quer vir?"

Seus l|bios puxaram para um lado. “Bem, eu particularmente não quero


jantar com sua mãe, não. Eu sinto que haverá todos os tipos de perguntas que
eu n~o quero responder”.

Essa era a história da minha vida.

"Está tudo bem" eu disse. "Eu vou apenas..."

"Mas eu quero jantar com você" ele acrescentou suavemente, seus olhos
capturando os meus. “E se isso significa que seus pais também estar~o l|, ent~o
está tudo bem para mim. E fingir ser seu namorado por mais algumas horas
também n~o ser| t~o difícil”.

"Eu..." eu parei.

Isso não ajudou. Este foi um passo para trás. Eu estava tentando superá-lo -
e falhando, mas o que fosse - e isso não ia fazer isso.

Mas, caralho, eu senti falta dele.

E isso foi uma loucura. Eu sabia que era loucura. Como você pode sentir
falta de alguém depois de apenas alguns dias? Era para ser uma aventura, nada
mais e nada menos. No entanto, aqui estava eu, três semanas depois do dito
caso, com um caso grave de sentimentos.

“Se você n~o me quiser, diga a palavra e n~o vou. Eu ficarei ocupado. N~o é
um problema” disse Adam. "É por isso que eu perguntei a você".

EMMA HART
"Não, eu..." eu suspirei. "Você acha que é uma boa ideia?"

"Não. Absolutamente, não. Mas acho que devamos fazer isso de qualquer
maneira”.

"Ok" eu disse baixinho. "Apanhe-me às cinco e meia".

"Você entendeu".

EMMA HART
Uma série de más ideias

"Você perdeu a cabeça" disse Warren, balançando a cabeça. "Um fim de


semana foi ruim o suficiente".

"Ele não está errado" disse Kyle, diminuindo o peso que estava usando.

Eu olhei para os dois. "Eu gosto dela, tudo bem?"

"Nós sabemos. Você tem sido um desgraçado miserável desde que voltou do
casamento. Eu lhe disse para simplesmente ligar para ela”. Warren bufou.

“Eu n~o queria. Ela deixou perfeitamente claro que o que nós fazemos,
todas as viagens, toda essa merda n~o é para ela” eu disse.

"Então, por que diabos você jantará com a família dela no sábado?" Kyle
sentou-se no banco de pesos à minha frente e se inclinou, com os cotovelos
apoiados nos joelhos. "Só me diga o por quê?",

"Se você tivesse a chance de ver Keisha mais uma vez, você o faria?" Eu
disse, referindo-me a sua namorada. “Poppy deixou bem claro que ela n~o é o
tipo de mulher que pode lidar com o que fazemos. Isso é certo. Mas eu não disse
exatamente a ela que queria tentar”.

“Então, é isso que você vai fazer? Fingir ser seu maldito namorado e dizer a

EMMA HART
ela como realmente se sente?”

"Talvez. Eu não sei". Eu não tinha pensado tão longe. Eu só queria vê-la
novamente, porque foda-me, eu sentia a sua falta. Eu sentia falta da sua boca,
da sua risada e do seu jeito. Eu sentia falta de tudo sobre a ruiva que entrou na
minha vida como um tornado.

Warren estalou os l|bios. “Faz sentido, mas só se você for honesto com ela.
Você precisa se aproximar dessa garota, porque ela o está distraindo desde que
voltou”.

E não era essa a verdade? Poppy Dunn tinha consumido a minha mente. Eu
pensava nela todos os dias e isso não tinha feito nada além de me irritar, já que
eu não tive tido coragem de ligar para ela.

Seria mais fácil entrar em seu maldito restaurante e vê-la pessoalmente do


que pegar no telefone.

"Faz sentido. Jantaremos, depois pegarei uma bebida e contarei como me


sinto. Se ela me disser n~o, tudo bem. Ela pode sair sem estar sob press~o”. Eu
esfreguei a parte de trás do meu pescoço. "Se ela me disser sim, vamos
descobrir tudo".

"Ok, mas você nunca teve um relacionamento com ninguém desde que foi
convocado" Kyle apontou. “N~o é como Keisha e eu, que estamos juntos desde a
faculdade. Pelo que parece, Poppy nem gosta de hockey”.

"Ela não sabia quem eu era quando nos conhecemos" eu o lembrei. "Claro
que ela não gosta de hockey".

"Veja, essa é a minha coisa favorita sobre isso" disse Warren. "Todas as
garotas do mundo se jogam no Sr. Fodido Astro aqui, e ele escolhe a maldita

EMMA HART
garota do mundo que não tem idéia de quem ele seja".

"Ela é a mais genuína". Kyle deu de ombros e levantou-se para ajustar o


peso da máquina. "Ela viu o idiota amável de quem tanto gostamos, não o
superastro mega-rico".

"Ela não sabia e ela não se importa". Eu me inclinei para frente e esfreguei
minhas mãos pelo meu rosto.

“Como você lida com o fato de n~o saber como ter um relacionamento {
distância? Ela tem uma vida aqui, certo? Um trabalho? Um apartamento?". Kyle
voltou a se sentar. "É uma grande mudança".

"Eu posso fazer isso funcionar". Eu sabia. Eu sabia que poderíamos se


tentássemos. "Eu nunca encontrei ninguém com quem valesse a pena tentar,
até ela".

Meus dois amigos mais próximos da equipe compartilharam um olhar.

"Bem, foda-se" Warren disse, simplesmente.

"Você faz parecer que eu sou um riquinho mimado" eu resmunguei,

Kyle fez uma pausa. "Não. Mas você sempre colocou o hockey em primeiro
lugar. N~o que seja uma coisa ruim” acrescentou ele rapidamente. “Todos nós
fazemos isso, mas ninguém tão diligentemente quanto você, cara. Se você está
disposto a deixar isso de lado, mesmo que seja só um pouquinho, por uma
garota que você conhece há menos de uma semana no tempo total, ela tem que
ser a garota certa”.

A garota certa.

Essa foi uma maneira de descrever Poppy Dunn.

EMMA HART
E, estranhamente, provavelmente a mais precisa.

Porque ela era. Ela era a garota certa.

Eu só queria que essa "garota" fosse minha.

***

Issy: Você comprou flores para ela?

Eu: Não. É jantar com os pais dela.

Issy: Você deve sempre comprar flores para ela.

Eu: Eu pensei que esse costume havia mudado desde que eu saí de
casa.

Issy: Não mudou. É apenas algum conselho fraternal. Se um cara me


pedisse em namoro, seria melhor ele ter me trazido flores.

Eu: Se um cara lhe pedisse em namoro, seria melhor ele ter trazido um
segurança.

Issy: Você é um pau. Vá ou você se atrasará. E pegue flores.

Revirei os olhos para minha irmãzinha. Ela era a mais nova, mas foda-me,
ela era a mais teimosa.

EMMA HART
Flores não faria nada nessa situação. Apesar de sua insistência de que eu
precisava, gostaria de pensar que sabia mais ou menos sobre namoro do que
minha irmã de vinte anos.

E, se não, eu estaria com problemas.

Enfiei meu celular no bolso da minha calça jeans e peguei minhas chaves e
carteira. O pai de Poppy já havia insistido em pagar o jantar, mas não
significava que eu não tentaria mudar isso.

Eu tranquei a porta atrás de mim e me dirigi para o meu carro. Eu estava


nervoso pra caralho. Três semanas sem vê-la corretamente - eu não contei uma
conversa de vinte minutos há dois dias- e me senti como um garoto adolescente
a caminho do baile de formatura.

Eu só queria vê-la novamente. Se esta for a última vez que eu a verei, então
tudo bem. Eu aceito isso. Eu poderia aceitar isso. Não seria o fim do mundo -
pelo menos é o que eu estava dizendo a mim mesmo.

No final de tudo, Poppy era uma chama e ela queimaria seu próprio
caminho. Se ela realmente acreditasse que não poderíamos ficar juntos por
causa do que eu fiz, então eu poderia aceitar isso. Mas isso não significa que eu
não tentaria.

Quatro dias. Nós passamos quatro malditos dias juntos e a pequena dor na
bunda tinha penetrado em minha pele tão brilhantemente, que ela poderia
muito bem ter se tornado uma parte de mim.

Talvez não fosse saudável sentir o mesmo que eu fazia depois de tão pouco
tempo. Talvez não fosse normal que, três semanas depois, eu ainda estivesse
preso no pequeno incêndio. Talvez, essa coisa toda fosse estranha, mas eu
seguiria com isso.

EMMA HART
Naquela noite passada em Key West, na praia, antes dela cortar o pé e
atraísse a vida marinha local, senti isso.

Algo tomou conta de mim e eu sabia que a ideia de uma aventura estava
fodida. Não seria uma aventura. Seria algo a mais do que havíamos planejado e,
porra, eu estava acabado.

Eu a queria.

Eu a queria tanto e a queria agora. Talvez mais ainda. Eu deveria ter me


esquecido dela, mas não o fiz. Nem estava perto disso. Ela me consumiu como o
fogo que ela era.

Eu lutei com mais pensamentos sobre ela enquanto seguia pela cidade até o
seu apartamento. Eu sabia que Avery estaria lá e não sabia o que dizer a ela.
Nós não tínhamos passado muito tempo juntos no casamento, pelo menos não
o suficiente para saber se ela era a favor ou contra mim e Poppy.

Porra, foi isso que minha vida se tornou? Imaginando se sua melhor amiga
estava do nosso lado?

Jesus fodendo a Cristo. Eu precisava me segurar. Eu estava perdendo minha


maldita mente.

Depois de muitos minutos, entrei no estacionamento do lado de fora do


apartamento cinco minutos antes. Eu desliguei o motor e sorri quando as
palavras de Poppy passaram pela minha mente - ela estava sempre atrasada.

Ela estaria pronta agora? Provavelmente não, sabendo sua tendência de


irritar a mãe a cada passo.

Eu tranquei meu carro e fui para o prédio. Pressionando a campainha do

EMMA HART
lado de fora do prédio, esperei que alguém me deixasse entrar.

"Olá?" A voz de Avery ecoou através dele.

"Ei. É o Adam”.

"Oh!" Silêncio. "Está aberto!"

"Obrigado, Avery". Eu abri a porta e fiz o meu caminho até o apartamento.


Minha camisa estava muito apertada e meu estômago parecia que rolaria como
uma bola descendo uma colina.

Eu ainda não sabia o que estava fazendo, nem mesmo quando bati na porta
delas.

"Está aberto" chamou Avery.

Engolindo, eu abri a porta e entrei. "Ei" eu disse.

"Ei!" Avery pulou do sofá e me abraçou. "Como vai você?".

"Eu estou bem. Como você está?" Eu retornei o abraço.

“Estou bem, obrigada. Ela ainda n~o est| pronta. Fique { vontade. Ela vai
demorar pelo menos vinte minutos”.

"Eu ouvi isso!" Poppy gritou de algum lugar no apartamento.

Avery revirou os olhos. “Sério, Adam, sente-se. A garota está longe de estar
pronta. Ela é uma bagunça”.

“Eu também ouvi isso!” Uma porta se abriu. "Cale a sua boca suja!"

Eu ri na minha mão.

EMMA HART
Avery sorriu. "Ela é tão divertida de se irritar" ela sussurrou. "Vista-se, pelo
amor de Deus, ou eu ligarei para a sua mãe!" ela gritou.

"Eu lhe odeio!" Uma porta bateu e o sorriso de Avery só ficou mais largo.

"Então" disse ela em voz baixa, empoleirando-se na borda do sofá. "Você irá
dizer-lhe que gosta dela?".

“Eu adoraria uma bebida, obrigado, Avery. Você se importa se eu usar seu
banheiro? O treinamento est| indo bem. Obrigado por perguntar” eu disse
secamente.

Ela bufou. "Bom saber. A cozinha est| bem ali. Bem, você ir|?”.

"Não é tão simples e você sabe disso".

"Na realidade. Eu acho que vocês est~o complicando isso além da crença”
ela disse calmamente. “Mas essa é apenas minha opini~o e as opiniões s~o
idiotas. Todo mundo tem uma”.

"E algumas pessoas falam com as deles" acrescentei.

"Acertou em cheio". Ela piscou. Ela se levantou, foi para o corredor e bateu
em uma porta. “Poppy! Se apresse! Você vai se atrasar!”

"Se minha mãe espera que eu chegue na hora, ela é uma idiota maldita!" ela
gritou pela porta.

"Ela está um pouco tensa" sussurrou Avery.

Algo bateu em uma porta. “Você é uma péssima confidente e uma amigo
terrível. V| trabalhar, você é pobre!”

EMMA HART
Eu parei, tentando não rir.

"Bem! Irei!" Avery bateu na porta com um punho. “Mas seu namorado falso
está aqui parecendo uma barra de chocolate durante a semana do período
menstrual...”

O que?

“Ent~o você traga a sua bunda aqui, antes que eu o arraste para uma
esquina e comece a solicitar os seus serviços para as senhoras, para aumentar a
minha conta banc|ria!” Avery piscou para mim.

"Eu juro por Deus..." Poppy respondeu.

Avery pegou sua bolsa e parou na porta. Em uma voz extra alta, ela disse:
“Vocês se divirtam! Estou trabalhando até hoje { noite, mas Adam, eu a quero
em casa à meia-noite, ouviu?”

"Você tem isso”. Foi t~o difícil n~o rir.

"E se você ainda estiver aqui amanhã de manhã, eu esperarei ouvi-lo fazer
uma omelete média". Ela sorriu, abrindo a porta. “H| ovos, bacon e cogumelos
na geladeira. Eu não ficarei louca acordando com sua bunda linda me trazendo
o café da manh~ na cama”.

“Avery!".

"E agora eu estou saindo" disse ela com um sorriso.

Eu esfreguei minha mão no meu rosto, rindo.

Puta merda, Avery sabia como irritá-la.

EMMA HART
Eu sentei na cadeira e esperei Poppy sair. Ela estava tomando seu tempo
doce e um olhar para o meu relógio, me disse que iríamos nos atrasar.

Assim que me acomodei para assistir TV, uma porta se abriu do outro lado
do apartamento. Eu virei minha cabeça naquela direção e Poppy saiu.

O vestido preto que ela usava abraçava sua figura à perfeição, mesmo
quando ela murmurou para si mesma e achatou-a em seus quadris. Seu cabelo
estava pendurado em torno de seus ombros em seus cachos soltos e o batom
rosa quente que cobria seus lábios me fez querer beijá-la tão mal.

Ela parou, olhando para cima quando me pegou olhando para ela. "Você
quer uma foto?"

"Sim, na verdade". Eu sorri para ela. "Tem algum problema com isso?"

Ela corou, colocando o cabelo atr|s da orelha. “Vamos antes que eu tenha
minha bunda chutada. E, se estamos atrasados, a culpa é do tr}nsito”. Ela pegou
uma bolsa na mesa da cozinha que estava coberta de material de pintura e
enfiou o telefone nela. "Vamos".

"Espere". Desliguei a TV do controle remoto e me levantei, interceptando-a


antes que ela chegasse à porta. "Eu sou oficialmente seu namorado falso de
novo, o que significa que eu posso fazer isso".

Segurando a nuca dela, eu a beijei. Ela se derreteu em mim, suas mãos


instantaneamente indo para os lados da minha camisa, e isso me disse tudo que
eu precisava, tudo que eu queria saber.

Eu não era o único com sentimentos.

"Agora podemos ir" eu sussurrei contra seus lábios.

EMMA HART
Sua garganta deglutiu e ela assentiu. "Vamos".

EMMA HART
Perguntas e absolutamente nenhuma resposta

Adam trancou o carro no estacionamento do restaurante e imediatamente


me puxou para ele. Seu braço serpenteava facilmente ao redor da minha
cintura e eu me escondi em seu lado como se nunca tivesse saído.

Isso me incomodou, como era fácil. Quão fácil o beijo no apartamento tinha
sido. Quão certo era entrar em seu carro com ele segurando a porta. Quão
malditamente perfeito parecia estar aninhada ao seu lado, sem um cuidado no
mundo.

Exceto por meus pais estarem esperando, isso era perfeito.

Nós fomos levados direto para a nossa mesa. Em algum lugar entre a mesa
da anfitriã e a nossa mesa, Adam passou os dedos pelos meus e nos movemos
tão juntos.

Aquilo me assustou. Era tão natural e enquanto eu estava lentamente


aceitando meus sentimentos por ele, eu nunca acreditei que ele sentiu algo
sério para mim.

A facilidade com que ele aceitou ser meu namorado mais uma vez me bateu
forte.

Ele me disse em Key West que fingir ser meu namorado era a coisa mais

EMMA HART
fácil que ele já tinha feito.

Isso ainda era verdade?

Porque foda-me, fingir ser Poppy, a namorada de Adam, era tão


fodidamente fácil, que era assustador.

Mamãe e papai estavam sentados à mesa quando nos aproximamos. A


saudação foi fácil e simples - abraços, beijos, apertos de mão. Todos nós
tomamos nossos lugares e papai nos serviu uma taça de vinho, que Adam
rejeitou já que ele estava dirigindo.

As sobrancelhas da minha mãe dispararam e eu percebi que ela ficou


impressionada com isso. Ele não estava nem disposto a arriscar um copo
pequeno. Porque a ideia do meu pai de um copo de vinho, não era o que as
pessoas em um restaurante presumiam ser um copo. Havia uma razão pela qual
ele sempre servia o seu próprio vinho.

Um copo de vinho era só isso - um copo.

Se o vinho fosse metade do tamanho, os copos seriam menores.

"Então, Adam, nós ouvimos sobre o seu novo acordo de patrocínio" disse o
pai. “Estamos muito felizes por você. Conte-nos um pouco mais”.

Adam se mexeu um pouco desconfortavelmente. “É o patrocinador da


equipe. Concordamos em um acordo para uma nova linha de tênis e outros
equipamentos esportivos, projetados principalmente para ajudar as crianças a
entrar no hockey. O valor disso é principalmente um investimento - não preciso
do dinheiro, por isso concordamos com o acordo, pois noventa e cinco por
cento do valor acordado vai para o hockey júnior nos Estados Unidos e no
Canad|”.

EMMA HART
"Os números da mídia são precisos?" Mamãe perguntou.

"Mamãe!" Eu gaguejei. "Você não pode perguntar isso!"

"Ele não precisa responder" ela disse, como se eu fosse idiota. "É só uma
pergunta".

"Est| tudo bem". Adam apertou a minha coxa. “Sim, os números s~o
precisos. Minha equipe está tentando sair do acordo, mas está se mostrando
importante”.

"Bem, imagino que a mídia esteja mais preocupada com o motivo pelo qual
o jogador mais bem pago do hockey, precisa de um acordo de patrocínio de
trinta milhões de dólares" disse papai com naturalidade.

Jesus Cristo.

Mata-me.

"Você está certo" disse Adam. "Eles estão. Minha equipe está fazendo horas
extras, mas a maioria das pessoas não quer saber a verdade. Mesmo durante a
conferência de imprensa, eles não estavam preocupados com o propósito real”.

"Peça aos patrocinadores para dizer isso" eu disse, pegando meu vinho.
“Eles têm uma plataforma maior do que você. Peça-lhes que emitam uma
declaração para todos os meios de comunicação sobre os termos. Se eles não
emitirem a declaração, os patrocinadores removerão todos os anúncios de seus
canais. Não é difícil".

Lentamente, Adam se virou para mim. "Você é brilhante".

"Eu tenho algo chamado senso comum" retruquei. “A mídia gosta de


dinheiro. Pegue o dinheiro, boom”. Dei de ombros.

EMMA HART
"Eu vejo que estudar marketing lhe ensinou algo" disse a mãe, sorrindo
quase orgulhosamente.

"Senso comum" repeti, tomando outro gole.

Papai riu. "Ela está certa".

"Você estudou marketing?". Adam me perguntou.

"Posso anotar seu pedido?" A garçonete perguntou, interrompendo-nos.


Nós todos rapidamente ditamos nossas ordens, apesar de Adam e eu mal
termos tido a chance de olhar para o card|pio”.

"Era um assunto secundário" eu disse a Adam. "Não é meu direcionamento".

"Vocês nunca discutiram os pormenores disso?" Papai perguntou.

"Não surgiu o tema até então" eu disse com firmeza.

"Qual é o seu sonho de direção?" Adam perguntou.

Tomei outro gole e papai pegou a garrafa de vinho para me servir. Eu atirei-
lhe um olhar agradecido.

Mamãe fungou. "Arte".

“Agora, Miranda, n~o h| nada de errado com arte”. Papai colocou a garrafa
no chão. "Você sabe que ela é talentosa".

Adam inclinou a cabeça e olhou para mim. “O material de pintura. Na sua


mesa. Isso é seu".

Mata-me.

EMMA HART
Alguém tinha que fazer.

Eu aceitaria a morte por garfo neste momento.

"Você não sabia?". Mamãe agarrou seu copo e olhou para nós com interesse.

Ah, sério. Agora. Apunhala-me.

"É apenas um hobby" eu disse com firmeza. "Eu pinto por diversão agora".

"Lá vai você" disse o pai. "Problema resolvido".

"Você me mostrará um pouco do seu trabalho?" Adam perguntou. "Você


expôs em algum lugar?"

Sim. Sua papoula.

"Um pouco". Eu fui deliberadamente evasiva.

"Você ainda pinta?." As sobrancelhas da mamãe se elevaram.

"Eu preciso usar o banheiro". Afastei-me da mesa e segui o caminho do


banheiro.

Mais do que tudo, eu precisava respirar. Meus sentimentos por Adam


estavam enlouquecendo e toda a coisa da pintura - sim, a arte foi minha maior
paixão, mas agora era apenas uma paixão – e estava me deixando louca.

Eu não aguentava mais isso.

Eu me tranquei no cubículo do banheiro feminino, sentei-me em cima do


assento do vaso e respirei fundo. Eu tomei várias respirações, na verdade.

Por que diabos eu tinha concordado com isso? Por que eu fiz isso? Foda-me,

EMMA HART
eu era uma idiota. Um idiota real.

Eu levei alguns minutos para apenas sentar e respirar e pensar sobre o


inferno que aconteceria. Decidi que iria fazer algumas coisas: ficaria quieta e só
falaria quando chamada. E, se alguém perguntasse, eu estaria no meu maldito
período.

Abri a porta do cubículo e saí em frente ao espelho. Eu ainda estava sozinha,


então lavei minhas mãos e as enxuguei antes de sair com tudo.

Bem em cima do meu pai.

Ele segurou um dedo nos lábios e me puxou para mais longe no corredor e
perto da sala só de funcionários. "Eu sei" ele disse baixinho.

"Você sabe o que?" Eu perguntei, alisando meu vestido.

"Eu sei sobre você e Adam".

Eu levantei minhas sobrancelhas.

"Eu sei que você não tinha a mínima ideia de quem ele era, até que você o
apresentou a nós".

"Eu vou matar Rosie" eu assobiei.

Papai levantou as m~os. “Ouça-me, eu sei. Ela me disse. Mas também sei que
vocês gostam um do outro. Em cerca de trinta minutos, eu receberei uma
ligação de emergência do meu escritório e sua mãe e eu sairemos
imediatamente. Nós vamos pagar a conta, mas...”.

"Você é um intrometido!" Eu enfiei meu dedo em seu braço. "Papai! Que


diabos?"

EMMA HART
"Eu gosto dele" papai disse simplesmente. "Eu acho que ele é perfeito para
você e eu acho que você é uma teimosa dor na bunda que não admitirá que o
ama".

"Eu não o amo".

"Você está provando o meu ponto, Pops".

"Você é um intrometido" repeti. "E me irritou".

"Eh. Funcionou". Ele encolheu os ombros. “Eu tenho um frasco de uísque no


meu bolso. Quer um pouco?".

Eu estendi minha mão.

Sem falar, ele colocou o frasco na minha mão e eu tomei um grande gole. Eu
estava tão aborrecida, tão irritada, mas o que eu poderia fazer?

Matar a minha irmã. Embora, eu teria que considerar se esse crime valeria a
pena.

Provavelmente, não.

"O que você espera que eu faça agora?" Eu perguntei a ele.

“Espero que você tolere sua m~e, que est| sendo particularmente difícil
hoje, por trinta minutos. Sorrir. Aceno com a cabeça. Comer. Isso é tudo que
você tem que fazer”.

"Milímetros. Você me deve por isso, pai”.

"Por quê? Estou lhe fazendo um favor.”

“N~o, você est| se intrometendo. E me fazendo jantar com mam~e sem

EMMA HART
nenhum motivo real. Você me deve".

Ele suspirou. "Bem. O que eu devo a você?".

"Eu o deixarei saber quando eu descobrir isso" eu disse, andando de volta


pelo corredor.

O que havia de errado com minha família?

***

"Eu sinto muito" disse papai, em pé no final da mesa. “Miranda, querida, nós
temos que ir. Tenho uma ligação no trabalho, um dos meus clientes está tendo
uma emergência com a qual tenho de lidar”.

Eu resisti ao impulso de revirar os olhos. Eu ainda estava aborrecida e ainda


não estava de acordo com o plano do meu pai.

Eu pensei que a coisa toda era ridícula. Eu estava indo muito bem até que
ele enfiou o nariz, eu mandei uma mensagem para minha irmã com algumas
palavras bem escolhidas também.

Eles consistiam principalmente de "foda" e "você" e "suma", mas ainda


assim.

Eles eram palavras.

“Oh, meu Deus. Claro". Mam~e tocou a boca com o guardanapo. "Eu sinto
muito. Querido, você cuidou da conta?”

EMMA HART
“Tudo já foi tratado. Eu sinto Muito". Papai me beijou na bochecha, em
seguida, inclinou-se para apertar a m~o de Adam. “Espero que possamos jantar
novamente em breve".

Não no seu mundo, pai.

Mamãe beijou nossas bochechas e correu para o meu pai dizendo: "Eu vou
deixá-la em casa, Miranda, então irei ao escritório..."

Meu Deus. A merda estava toda planejada.

E sim, eu me referi a ele como uma merda. Ele era uma merda. Eu estava
louca.

Eu bebi o resto do meu vinho de uma só vez.

"Isso foi estranho" disse Adam, virando-se.

Eu olhei para ele com o canto do olho. "Na verdade, não".

"O que você quer dizer?".

Suspirei e abaixei o copo vazio. Como diabos eu deveria dizer isso? Não
havia como dizer que nem tudo era estranho.

Tipo, ei, meu pai sabe que somos falsos e queria nos preparar um encontro
para valer, porque ele sabe que eu estou basicamente no limite de me
apaixonar por você.

Não.

Jesus, não.

"Poppy".

EMMA HART
Eu olhei para o vinho. Está certo. Terminei.

Foda-se isso.

"Papai, uh ... Ele sabe" eu disse vagamente.

Adam me olhou pensativo.

"Ele sabe, que eu não sabia quem você era no casamento" eu disse baixinho,
olhando para baixo. “Ele falou com Rosie. Ela contou tudo a ele”.

"Traidora do caralho" ele murmurou.

Eu cobri minha boca com a mão e ri na palma da minha mão. Olha, não
havia como argumentar com a dura e fria verdade. E essa era a verdade. Minha
irmã era uma maldita traidora.

"Você sabe que os brit}nicos decapitam as pessoas por isso.” Acrescentou


Adam.

“Talvez duzentos anos atr|s. Provavelmente n~o tanto agora” eu disse. "Mas
sim. Ela disse a ele. Ele nos enganou hoje { noite”.

Adam esfregou o queixo. “Ent~o nos sentamos com o estresse de sua m~e
para que? Ele não poderia arranjar que todos nós nos encontrássemos e depois
não viéssemos? Se eu estivesse ajudando o meu filho, é o que eu faria”.

"Seu filho? Por que n~o sua filha?”.

"Porque qualquer encontro de minha filha seria recebido com o cano de


uma espingarda" respondeu ele.

"Bem, qualquer encontro do meu filho seria recebido da mesma maneira".

EMMA HART
Eu cruzei meus braços. “É assim que isso funciona. Você namora meu filho,
sente-se e me conte sobre você antes que o aceite”.

Adam inclinou a cabeça. "Seu pai já fez isso?"

"Meu pai parece que é do tipo que ameaça encontros com uma arma?"

"N~o. Eu pareço?”

"Só porque você tem músculos" respondi. "Meu cabelo me deixa


assustadora".

"Ah, sim. Olhe para aqueles cachos. Eles s~o aterrorizantes”.

"O temperamento" eu o lembrei. "Como um fósforo".

Ele estendeu a m~o e girou um cacho ao redor do dedo. “É por isso que você
fez cara de idiota a noite toda? Porque você sabia que isso era um esquema?”

"Mhmm". Eu encontrei seus olhos. "Eu não estou feliz".

"Existem caras piores com quem você poderia ter saído".

"Eu não estou dizendo que é ruim, eu estou...".

“Seu pai nos juntou por um motivo, Poppy. Não é porque seríamos uma boa
equipe de patinaç~o no gelo”.

Foi porque gostamos um do outro.

Essas palavras ficaram entre nós. Não dito. Nenhum de nós queria admitir
isso até o outro dizer, então ficamos presos em um ciclo de silêncio.

Adam suspirou, soltando meu cabelo. "Você quer que eu lhe leve para

EMMA HART
casa?".

Eu balancei a cabeça, pegando minha bolsa dos meus pés. "Por favor".

“Tudo bem, Red. Vamos".

***

Adam abriu minha porta. "Eu vou lhe acompanhar".

"Você não precisa".

"Eu sei. Mas sou um cavalheiro e é isso que os cavalheiros fazem”. Ele
segurou a porta para eu sair do carro. "Vamos".

Eu saí, segurando minha bolsa perto mim. Cheguei à porta diante dele e
digitei o código, deslizando e tentando fechar a porta antes que ele chegasse lá.

Eu falhei.

Adam colocou o pé entre a porta e a moldura. "Boa tentativa, Red".

"Foda-se". Eu me virei e fui para as escadas, mas ele me pegou lá também.


Em vez de me deixar andar, ele me pegou em um movimento, apesar dos meus
protestos, e me jogou por cima do ombro.

"Cale a boca" disse ele. "Você incomodará os seus vizinhos".

"Você está me machucando!"

EMMA HART
Ele me levou para o próximo lance de escadas. “Dificilmente. Estou lhe
dando uma m~ozinha”.

Ele e eu tínhamos ideias diferentes sobre o que era uma mão amiga. "Tente
me oferecer seu braço da próxima vez, Fred Flintstone".

"Sim, Wilma".

"Eu posso chutar suas bolas daqui".

"Você não fará isso".

"Como você sabe?".

"Porque você gosta de minhas bolas".

"Errado" eu disse. “Sou indiferente {s bolas em geral. Bolas de futebol,


basquete, bolas de hockey...”.

Ele tossiu. "Discos".

"O que?".

“Jogamos hockey com discos. N~o bolas”.

"O hockey é estranho" eu disse com naturalidade. "E você também. Agora
me abaixe”.

"Com prazer". Ele me deslizou pelo seu corpo. "Aqui está o seu
apartamento".

Revirei os olhos e afastei-o de mim. "Você está me perturbando. Esta foi a


noite mais frustrante de todas.”. Eu cavei na minha bolsa por minhas chaves e
retirei-as do canto inferior.

EMMA HART
Por que eles estavam sempre no canto inferior?

Enfiei-as na porta e as torci, abrindo-a. O apartamento estava


completamente em silêncio, já que Avery estava no trabalho e eu estava ansiosa
para me esconder no banheiro.

Era assim que pessoas normais e racionais lidavam com um desastre


emocional completa, não era?

Eu entrei e me virei, pegando o olhar de Adam. Havia algo de triste em sua


expressão, uma tristeza que brilhava em seu olhar.

Eu abaixei minha bolsa e abracei a porta. "Obrigada por ser amável com os
meus pais" eu disse suavemente. "Desculpe se não foi o que pensamos".

Ele encolheu um ombro, levantando-o antes de abaixá-lo. “Ei, nós nos


safamos por tanto tempo. É o que é, certo?”.

"Certo". Meu coração se apertou.

Coração estúpido.

"Agora, seu pai estará do seu lado quando você tiver que explicar por que
não estamos juntos" continuou Adam. "Porque é assim que isso acontece, não
é?"

Não.

"Sim. Quero dizer ... não estaríamos aqui se não fosse pelo meu pai, então...
sim”.

Deus, ele era tão lindo.

EMMA HART
É por isso que não fiz isso de novo. É por isso que não consegui vê-lo. Eu
disse adeus uma vez. Eu não queria ter que fazer isso uma segunda vez.

"Obrigada" eu disse novamente.

Adam segurou o lado do meu rosto. “N~o, Red. Obrigado".

Ele me beijou, seus lábios tocando os meus com um ar de despedida que


forçou um nó na minha garganta. Arrepios percorreram minha pele e eu sabia
que era isso.

Isso foi o adeus.

Este era o lugar onde nosso romance falso e louco terminava.

E eu não estava bem com isso.

Ele recuou, passando o polegar sobre meu lábio inferior uma última vez.
"Vejo você, Red".

"Até logo". Minha voz mal estava lá e eu fechei a porta para não ter que
olhar para ele.

Ela clicou e eu achatei as minhas costas contra ela, apertando meus olhos
fechados.

Deus, ele estava lá. Ele estava bem ali.

Quatro malditos dias. Quatro malditos dias me torceram como um cachecol


recém-tricotado.

Madeira.

A madeira era tudo o que nos separava.

EMMA HART
E se eu abrisse a porta? Ele ainda estaria lá? E se eu tirasse meus sapatos e o
perseguisse?

Hoje à noite, tecnicamente, ainda éramos falsos. Claro, meus sentimentos


eram reais, mas ele estava bem ali.

Eu poderia deixá-lo sair sem beijá-lo mais uma vez? Como eu quis dizer
isso? Se eu o beijasse com força suficiente, eu seria capaz de dizer a ele que eu
estava me apaixonando por ele?

Que eu estava me apaixonando por ele com base em quatro dias e essas
memórias em ciclos.

Isso era possível?

Eu me odiaria se tentasse?

Eu me odiaria se não me odiasse?

Porra, cara. Por que ele tinha que ser perfeito? Por que ele tem que ser
tudo? Por que ele não podia ser ruim na cama ou ter uma perna mais curta que
a outra?

Por que ele tinha que me deixar tão obcecado por ele?

E por que o pensamento de nunca mais vê-lo nunca me machucou tanto?

Eu tirei meus sapatos e os chutei pelo chão. Minhas mãos mergulharam no


meu cabelo quando eu apertei meus olhos fechados novamente.

Esta decisão mudaria tudo. Ou diria a ele como eu o queria,ou colocaria a


unha do caixão do que poderia ter sido.

EMMA HART
Eu mudei.

Respirei fundo.

Agarrei uma sacola.

E tirei o jogo mais idiota do mundo - o jogo de resposta rápida. A primeira


coisa que surgiu na minha cabeça seria a coisa certa a fazer.

Rosa ou roxo?

Rosa.

Tacos ou pizza?

Pizza.

Vinho ou vodka?

Vodka.

Disney ou Universal?

Disney.

Saltos ou apartamentos?

Apartamentos

Aberto ou fechado?

EMMA HART
Repetir, Repetir, Repetir

Eu puxei a porta aberta.

Adam estava encostado na parede oposta à porta, um braço envolvendo seu


estômago e a outra mão em seus cabelos.

Ele estava em pé ali.

Ele olhou para mim.

Eu abri minha boca, mas nada saiu. Eu não sabia o que dizer para ele. Eu
não sabia o que poderia dizer a ele.

Mas eu abri essa porta por uma razão, e espero que ele saiba que não foi por
causa de uma aranha na minha banheira ou algo assim.

Ele segurou meu olhar pelo que pareceu uma eternidade, a intensidade em
seus olhos gelando no melhor tipo de caminho.

Lentamente, eu levantei um ombro e o soltei de novo em um encolher de


ombros.

Ele não perdeu tempo fechando a distância entre nós. Ele agarrou os lados
do meu rosto e me beijou, nos cambaleando até o apartamento. Ele chutou a
porta com um estrondo atrás de nós e eu agarrei sua camisa.

EMMA HART
O beijo foi quente, pesado desde o início e foi intercalado com pausas para
se certificar de que estávamos indo para o meu quarto. Adam chutou a porta
para que fechasse também e nós desmoronamos juntos na cama.

Havia uma pressa nos nossos movimentos, um puro desespero enquanto


nos agarrávamos às roupas uns dos outros e as removíamos. Quando me sentei
para tirar o vestido, ele se afastou para tirar a camisa e tirar as calças.

Era quente e difícil, nenhum de nós estava disposto a dar nada menos do
que tudo de nós. Nós não perdemos tempo em ficar com a nossa roupa de baixo
e foi o controle de Adam sob pressão quando eu fui despida do meu sutiã e da
tanga.

Suas mãos exploraram meu corpo tão completamente quanto sua boca, de
desabotoar meu sutiã para puxar minha calcinha pelas minhas pernas, então eu
estava completamente nua. Ele estava totalmente no controle quando sua boca
fez o seu caminho do meu pescoço para os meus mamilos para o meu clitóris.

Ele estava todo no controle enquanto arrepios e ondas de calor


atravessavam minha pele simultaneamente. Como ele se mudou para remover
suas calças. Para sussurrar em meu ouvido que ele confiava em mim, eu
confiava nele, porque ele só me queria.

Nada mais.

Eu respondi simplesmente, alcançando entre nós e guiando seu pênis nu


dentro de mim. Era pura fome e desejo enquanto ele se movia dentro da minha
boceta molhada e eu envolvi minhas pernas ao redor de sua cintura, inclinando
meus quadris para que ele pudesse ir mais profundo.

Era cru e duro e eu queria tudo. Nós nos beijamos tão apaixonadamente
quanto nós fodemos e mesmo quando seus dedos cavaram em minha bunda e

EMMA HART
meus dentes rasparam seu lábio inferior, as sensações que dispararam através
de meu corpo eram insanas.

A dor, o prazer, a pura crueza de como eu cerrei em torno dele quando eu


saí de sua porra implacável.

Foi tudo.

Foi perfeito.

Era das coisas que os contos de fadas eram feitos, porque não era nada
romântico. Não tem que ser. Era real e descontrolado, foi o lançamento final de
todas as coisas que eu temia que nós dois tivéssemos nos mantido nas últimas
semanas.

E quando ele me beijou com força, língua lutando com a minha, seu pênis
pressionando-me forte, tive a sensação fugaz de que eu não tinha mais nada a
temer.

Porque isso foi o mais honesto que já tivemos um com o outro e nenhum de
nós disse nada.

Eu acho que as ações realmente falam mais alto que palavras.

Adam saiu de mim e rolou para o lado, segurando-me contra ele por um
segundo. Ele enterrou o rosto no meu cabelo e eu o deixei enrolar seu corpo ao
redor do meu.

Eu odiava ser abraçada. Dormir enquanto acariciava era semelhante a


tortura para mim, mas com ele - bem, foda-se. Era confortável.

Na maioria das vezes. Eu não era um interruptor de luz. Eu não podia ligar e
desligar essa merda.

EMMA HART
"Você tomou..." ele murmurou.

"Se eu não tomasse, isso não teria acontecido" eu disse de volta, tão
calmamente. “Eu n~o sabia quem você era quando eu lhe levei para minha
família louca por hockey. A última coisa que preciso é de uma miniatura em
eventos familiares para o resto da minha vida”.

Adam riu, enterrando o rosto no meu cabelo novamente. Sua respiração


dançou sobre o meu ombro, provocando arrepios na minha pele.

"Diga isso ao seu pai".

"Por favor, nunca mais mencione meu pai depois do sexo novamente".

"Isso significa que vamos transar de novo?".

"Não, a menos que você jure que não mencionará o meu pai" eu disse,
balançando as pernas para fora da cama e me levantando com um gemido.

"Você pode me trazer uma toalha?"

Eu olhei por cima do meu ombro para Adam. "Certo. Você é quem precisa de
uma toalha. Isso é um balde de porra que você tem dentro de você”.

"Eu tive isso" disse ele indiferente. "Agora você tem isso".

Peguei um urso de pelúcia da cômoda e joguei na cabeça dele. "Cale a boca".


Saí da sala ao som de sua risada.

Eu odiava que eu gostasse do som.

Maldito seja ele.

Eu me limpei no banheiro e corri de volta para o meu quarto. Adam estava

EMMA HART
deitado na cama de costas, uma perna fora das cobertas, um braço apoiado no
travesseiro sobre a cabeça.

Eu joguei uma toalha para ele. "Eu acho que você ficará aqui".

Ele moveu a toalha sob os lençóis para se limpar. "Você está protestando?"

Não.

"Não" eu disse, apagando a luz principal. "Eu só estava dizendo".

"Não é cedo para ir dormir?".

Eu bati na mesa de cabeceira do controle remoto e liguei minha TV.


Produziu imediatamente o Netflix. "Como você se sente sobre serial killers?".
Eu perguntei, rolando para me curvar para o lado dele.

"Você sabe" ele disse "muito bem".

***

Saí do quarto para ver Avery sentada na mesa de jantar e Adam no fogão.
Avery estava comendo, seu Kindle em uma mão e um garfo na outra.

Adam estava cozinhando, cantarolando a lista de músicas que estava


silenciosamente batendo no laptop de Avery na sala de estar.

"Isso é acolhedor" eu murmurei, indo para a geladeira.

Avery grunhiu, nariz em um livro.

EMMA HART
Adam me agarrou, me puxando para ele. "Bom dia, Red". Sua saudação foi
pontuada com um beijo nos meus lábios. "Como vai você?"

Eu levantei minhas sobrancelhas.

"Nós assistimos Friends, enquanto você dormia" acrescentou Avery.

“Eu acordei em um universo alternativo?”. Eu perguntei, olhando entre os


dois. "Vocês são amigos?"

Adam encolheu os ombros. "Certo. Ela é uma garota decente. Por que não
seríamos?”

“Ela é decente? O que é ela? Um par de jeans?"

"Oh!" Avery estalou os dedos. "Se eu fosse, eu seria o par que abraçou sua
bunda como um Ursinho Carinhoso".

Eu olhei para ela. "Eu preciso de novos amigos".

Ela riu quando me virei para a máquina de café. Eu havia entrado em um


universo alternativo? Por que diabos isso tudo parecia tão normal? Por que
Adam estava cozinhando omeletes para Avery, enquanto ela lia seu último
livro? Por que eu estava tão confusa?

Era esta a minha vida?

Por que eu não sabia o que estava acontecendo?

Eu sentei-me à mesa com minha caneca de café. Adam me presenteou com


uma omelete perfeitamente cozinhada, como em nossa primeira manhã juntos,
e eu olhei para ela.

EMMA HART
Eu estava tão confusa.

O que estava acontecendo aqui?

Por que ninguém me respondia?

Adam beijou minha bochecha. "Ai está. Eu tenho que ir treinar. Desculpe,
Avery pegou a dela primeiro, mas ela estava acordada”. Ele beijou o topo da
minha cabeça e caminhou para Avery antes de sacudir o cabelo dela. "Obrigado
pelo conselho, Aves".

Aves?

Conselhos

Eu tinha dormido através do fodido apocalipse?

Sentei-me perplexa, quando Adam recuou para o meu quarto. Avery me


ignorou enquanto ela comia e lia seus livros.

"Estou me esquecendo de algo?" Eu perguntei a ela.

Avery olhou para mim. "Eu não sei. Você está?"

"Eu estou perguntando a você, idiota".

"Você está chateada porque ele me fez o café da manhã antes de você?"

"O que? Não". Eu apunhalei meu garfo na omelete. “Eu acho que n~o. N~o".

"Não é nada demais, então". Ela pegou outra garfada de omelete em sua
boca quando Adam saiu do meu quarto.

Ele usava exatamente o que ele vestia na noite passada. A camisa, as calças,

EMMA HART
a barba por fazer…

Eu ainda estava meio dormindo. Eu estava no ponto de consciência onde


nada fazia sentido. Eu podia sentir o sono em meus olhos pelo amor do fodido
Deus.

Adam virou-se na mesa para mim. Sua mão segurou a parte de trás do meu
pescoço e ele me beijou. "Ei" ele murmurou. “Eu tenho um casamento para ir e
preciso de um encontro. Ligue-me".

Eu pisquei para ele quando ele saiu.

Avery observou a porta fechar e bufou a omelete sobre a mesa.

"hum" Eu empurrei o meu de lado.

Ela riu. "Você não entendeu, não é?".

Eu olhei para ela.

“Ele n~o tem uma porra de casamento. Ele está imitando você no seu jogo. É
divertido".

"Você sabe, como a minha melhor amiga, você tem muito prazer com a
minha dor".

Aves encolheu os ombros, colocando o prato na pia. "Só quando você é


burra sobre isso".

EMMA HART
Verdade e Encontro Verdadeiro

Eu olhei para o meu celular. Ele zumbiu três vezes com o nome de Adam. Eu
ignorei isso até agora, mas finalmente cedi.

Adam: Qual é o seu signo do zodíaco?

Adam: Quando é seu aniversário?

Adam: O que você classificaria de um a dez em boquetes?

Eu ri e joguei meu celular.

Porra do inferno. Nós alcançamos um novo ponto baixo. Eu não iria


responder a isso. Ele estava tentando me empurrar para fazê-lo. Eu não
desistiria

Não, não senhor. Não, madame. Não.

Avery olhou para mim. "Adam?".

"Não". Voltei a pintar. Eu estava tão perto de terminar a papoula. Não era

EMMA HART
nada mais que detalhes e sombras.

Eu queria sentar aqui no meu canto, ignorando seus textos, para que eu
pudesse adicionar a última das minhas sementes de papoula à imagem.

"Ooo-kay", disse Avery. "Vou trabalhar".

"Divirta-se" eu disse, focada na imagem.

As sementes eram tudo. O foco da papoula. O nucleo. Eu tinha que acertar.

Semente após semente eu pintei. Tudo que eu queria era a precisão.

Até meu telefone tocar.

O nome de Adam brilhou na tela.

Eu ignorei isso.

O texto foi imediato.

Adam: Eu sei que você está aí.

Eu não disse nada.

Adam: É assim, hein?

EMMA HART
Eu terminei minhas sementes de papoula.

Adam: Eu tenho que falar com você.

Eu cedi.

Eu: o quê?

Sua resposta foi instantânea.

Adam: Abra sua porta.

Eu enruguei meu rosto.

Eu: não.

Eu coloquei meu telefone para o lado e limpei meu pincel no meu braço. Eu
só queria fazer essa pintura. Era tão difícil? Era pedir demais?

EMMA HART
Houve uma batida na porta.

Avery se moveu.

"Sente-se!" Eu assobiei.

Ela congelou, arregalando os olhos quando ela olhou para mim. "Por quê?"

"Eu não... é Adam" eu terminei com um murmúrio.

"Então, por que eu não posso deixá-lo entrar?"

"Ele quer falar comigo"

“Horror de choque. Um cara quente e rico quer falar com você”.

Eu lancei o pincel para ela. "Não é tão simples assim".

"Eu acho que você é uma covarde" disse a ela, levantando-me.

"Eu lhe disse para não abrir a porta!"

"Estou pegando água!"

Meu telefone tocou novamente.

Adam: Eu sei que você está aí. Eu posso ouvir você dizendo a Avery
para não atender a porta.

Eu: Você pode estar adivinhando com base no fato de eu não gostar de
pessoas.

Adam: Mas você gosta de mim.

EMMA HART
Eu: Eu nunca disse isso.

"Oi, Adam!" Avery disse brilhantemente, abrindo a porta.

Eu suspirei. "Traidora!".

Adam sorriu. "Posso entrar?".

"N~o” eu disse.

"Certo!" Avery saltou para o lado. "Eu estava apenas saindo".

"Não, você não estava". Eu olhei para ela.

Adam entrou e colocou as mãos nos bolsos. "Indo para algum lugar legal?".

Ela pegou a bolsa e deu um tapinha. "Levando meu livro para pegar um
pedaço de bolo".

"Eles entregam a comida?"

"Você quer bolo?"

“Chocolate seria ótimo. Obrigado. Aqui, com prazer”. Ele puxou a carteira e
olhou para mim. "Você quer um pouco de bolo?"

Eu olhei entre os dois. "O que esta acontecendo aqui?"

“Pegarei bolo para ela” disse Avery, tirando a nota de vinte dólares da m~o
dele. "Você não esperava essa recepção, a propósito".

"Não esperava" Ele riu. "Aproveite o seu bolo!".

EMMA HART
Ah, sério.

O que estava acontecendo?

A porta se fechou atrás de Avery.

Eu estava tão confusa.

Eles me enganaram?

"Isso é algum esquema?" Eu perguntei, olhando para Adam por cima da


minha tela.

Ele teve a decência de parecer envergonhado quando levantou uma mão e


apertou o dedo e o polegar juntos. "Um pouco".

"Pouco? É ou n~o é. Eu n~o gosto disso de qualquer maneira”.

“Eu preciso falar com você e sei que você n~o vai me deixar fazer isso. Ent~o
eu tive que ser criativo”.

"Criativo? Parece uma violaç~o flagrante do meu direito de lhe ignorar”. Eu


chiei.

"Você tem me ignorado o dia todo, Red".

“Eu n~o tenho ignorado você. Eu estive ocupada. É meu dia de folga e quero
terminar a minha pintura”.

“Posso ver?”.

Suspirei. "Você só se esgueirará pelas minhas costas se eu disser não".

Ele riu. "Você me conhece tão bem".

EMMA HART
Assustadoramente sim, realmente.

Ele deu a volta nas minhas costas e segurou a parte de trás da cadeira.
"Uau".

Eu odiava mostrar às pessoas as minhas pinturas.

"Isso é um bom uau ou um mau?".

Adam se inclinou. "Você não consegue ver como isso é incrível?"

"Não. Eu não sou uma artista. Eu sou um desastre auto-depreciativo”.

Ele riu, abaixando a cabeça. "Isto é incrível. É ... um dos que eu lhe enviei?”

Eu engoli, mergulhando o pincel no preto. "Sim".

"Por que você o escolheu?".

"A arte tem que vir do coração". Eu engoli de novo. "Isso é o que estava no
meu coração naquele dia".

"Poppy...".

Larguei o pincel e me levantei, andando pela mesa. "Não. Eu não posso ter
essa conversa com você, Adam”.

“Ent~o. n~o fale. Eu n~o tenho problemas em fazer tudo isso se você
simplesmente me ouvir”.

"Eu não quero ouvir" eu disse baixinho, virando-me e encontrando seus


olhos. Eu me abracei com meus braços manchados de tinta. “E n~o é porque eu
não me importo. Eu me importo. Eu me preocupo com o que você quer dizer,
mas também me importo porque vai doer ouvir isso”.

EMMA HART
"Não precisa doer para ouvi-lo".

“Vai, no entanto. Nós dois sabemos...".

"Você se ouve?" Ele empurrou a cadeira e se aproximou de mim. Suas mãos


emolduraram meu rosto e ele me forçou a encontrar seus olhos. “Você ouve o
qu~o ridículo você soa? N~o, Red. Nós n~o sabemos de nada”.

"Eu sei que você poderia quebrar meu coração".

"E eu sei que você poderia quebrar o meu". Ele tocou sua testa na minha por
um segundo antes de seus olhos se fixarem nos meus novamente. “E eu n~o me
importo, Poppy. Quatro dias. Nós tivemos quatro dias juntos e três semanas
depois, eu ainda estou fora da minha mente pensando em você. Sabe a última
coisa que pensei três semanas depois? Comida".

Mordi meu lábio inferior para me impedir de sorrir.

"Realmente ótimos tacos na casa da minha mãe", ele continuou. "Ah, sério.
Dê-me todas as suas razões pelas quais não devemos tentar ficarmos juntos e
aposto que tenho uma resposta para cada uma delas”.

"Bem..." Eu pisei para trás fora de seu toque porque eu não conseguia me
concentrar com o meu coração batendo estupidamente rápido. "Você é rico e
famoso".

“Ok, essas s~o duas razões para ser minha namorada. Realmente ótimas, na
verdade”. Ele sorriu. "Você n~o est| começando isso muito bem".

Eu franzi meus lábios e movi de me abraçar para dobrar meus braços em


aborrecimento. "Você viaja o tempo todo".

“Só durante a temporada que é de outubro a abril. Pouco mais se fizermos

EMMA HART
as semifinais da Stanley Cup. O resto do tempo, eu estou bem aqui. E a viagem
não é tão constante. Posso voltar para casa ou voar para você ou podemos
conversar pelo aplicativo de vídeo da Apple”.

"Eu tenho um Samsung".

“Ok, ent~o nos veremos por Skype todos os dias. Próximo". Ele cruzou os
braços, parecendo muito convencido disso.

Eu já estava ficando sem energia. "Eu tenho um emprego. Eu não posso


simplesmente largar para voar e lhe ver”.

“Eu recebo a programaç~o dos jogos com antecedência. Podemos pegar nos
finais de semana e você pode solicitá-los”.

Merda.

"Rory esperará que você seja seu treinador pessoal e apareça em todas as
suas festas de aniversário".

“Eu amo o Rory. Eu posso lidar com isso”.

"Existe alguma coisa em que você não tenha pensado?"

Adam sacudiu a cabeça. “Nós j| passamos por todos os motivos pelos quais
devemos fingir que terminamos, lembra? E antes de você dizer isso, eu posso
lidar com a mídia. Apenas ameaçar processar por assédio e eles lhe deixam em
paz a maior parte do tempo”.

Eu franzi meus lábios.

"Ficou sem razões, Red?".

EMMA HART
"Não. Estou pensando". Pense, Papoila, pense. Droga.

Ah-ha

Eu tinha isso.

"Tia Blythe!" Eu apontei para ele. "Minha família!".

Ele beliscou a ponte do nariz e balançou a cabeça. "Uau. Você realmente não
quer ficar comigo, n~o é?”

Eu cobri meu rosto com as mãos e ri. "Nós não nos conhecemos tão bem
assim!"

"Besteira. Nós conversamos sempre. Nós conhecemos toneladas um do


outro. Eu até conheço todas as coisas que você n~o gosta em você”. Ele segurou
as mãos para os lados. "Vamos. Admita. Você não pode pensar em uma boa
raz~o pela qual n~o deveríamos tentar isso de verdade”.

Homens.

Eu odiava quando outras pessoas estavam certas. Isso realmente mexe com
a minha capacidade de argumentar com elas.

Ele segurou meu rosto novamente. “Ficamos bem juntos e você sabe disso,
Red. E não estou apenas dizendo isso, mas falando sério. Eu sou rico. Eu sou
famoso. Eu sou bom na cama. Eu sou um inferno de uma captura”.

Eu fechei meus olhos e ri. "Eu nem sei como responder a isso".

"Você concorda e diz que será a minha namorada".

"Isso parece muito coisa do ensino médio".

EMMA HART
Adam riu e passou os braços em volta dos meus ombros. “Jesus, você é
teimosa. É o cabelo ou apenas um traço delicioso que você possui?”

"Provavelmente uma mistura de ambos" eu disse em seu peito.


“Principalmente uma característica. Tenho certeza de que h| ruivas boas e n~o
teimosas por aí, mas só estou dizendo que ainda n~o conheci uma”. Eu virei
meu rosto para o lado. “Nós temos que decidir isso agora? N~o podemos apenas
ver como andar|?”

"Sim e não. Fui explicitamente avisada por Avery que, se eu deixar este
apartamento e não estivermos oficialmente juntos, ela irá matá-la enquanto
você dorme”. Ele fez uma pausa. "E me envolver, ent~o eu desço com ela porque
a laranja não é a cor dela".

"Laranja não é a cor dela" eu confirmei. "Eu acreditaria nela".

"Anotado".

Suspirei e passei meus braços ao redor de sua cintura. Pareceu certo. Como
se eu estivesse aqui com ele. Como eu teria sido feita para estar aqui. "Estou
com medo, Adam".

"Eu sei, Red". Ele beijou o topo da minha cabeça. “Estou com medo também.
Não tenho ideia de como fazer um relacionamento funcionar, mas sei que quero
que isso funcione com você. Eu acredito que nós possamos”.

"Você acha que estamos loucos?".

"Absolutamente". Ele riu no meu cabelo. "Mas você se lembra de quando


estávamos conversando na praia no domingo à noite?"

Eu assenti.

EMMA HART
"Eu disse a você que eu iria desacelerar se eu encontrasse a pessoa pelo
qual valesse a pena diminuir a velocidade".

Eu balancei a cabeça novamente.

"Eu já a encontrei" ele disse suavemente. "Ela é você".

Apertei-o com força e ele fez o mesmo comigo, antes de me levantar e me


beijar.

"Isso é um sim?" Ele perguntou contra meus lábios.

Eu o beijei novamente. E de novo. E de novo.

"Isso é um sim".

EMMA HART
Felizes para sempre

UM ANO DEPOIS

"Eu não gosto disso" eu resmunguei, quando Adam me puxou pelo corredor
com uma venda nos olhos. "Eu não posso ver onde estou indo".

"Isso é meio que o objetivo, Red".

“É assim que morar juntos ser|? Se for assim, eu quero um reembolso”.

“Você n~o pode. Avery j| foi morar com Warren e seu apartamento j| tem
inquilino”. Ele riu.

Sem o dom da visão, aquela risada era deliciosamente espinhosa.

Droga.

"Eu posso encontrar outro apartamento".

"Com um salário de um artista?".

Ele tinha um ponto. Eu estava mesmo muito falida. Principalmente porque


me recusei a tocar na herança que meus pais tinham finalmente liberado para
mim, quando fiz a escolha há um mês de deixar meu emprego para pintar em
tempo integral.

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Eu pensei que estivesse tomando o caminho moral mais alto. Adam usou-o
para me chantagear para morar com ele, porque uma vez que Avery se
mudasse, eu não poderia pagar o aluguel se não usasse o dinheiro.

Tudo bem, então não foi chantagem, mas foi um argumento muito bem
pensado sobre o qual eu não tinha nada para combater.

Isso era um hábito que ele tinha. Eu não gostei disso.

"Cale a boca" eu disse.

"Ok, pare".

Eu colidi direto nele.

"Eu disse pare, Poppy".

“Eu parei, Adam. Tecnicamente”.

Ele suspirou. "Você está tornando esse trabalho muito difícil".

"Você não sabia no que se meteu quando decidiu namorar comigo de


verdade, não é?"

"Eu gostaria de poder discutir esse ponto".

"Eu lhe avisei e você não ouviu".

"Ótimo. Farei uma regra da casa”.

"Ouça a Poppy".

“Ei, isso é um conselho valioso. A todo mundo que vier aqui faria bem em
prestar atenç~o a isso”.

EMMA HART
"Anotado. Você poderia parar de falar agora para que eu possa lhe
mostrar?”

"Mostrar-me o quê?"

"A coisa que eu estou escondendo de você" disse ele lentamente.

"É comida?"

"Por que seria comida?"

Dei de ombros. "É hora do almoço. Eu estou com fome. A comida seria
plausível”.

"Poppy".

"Sim?"

“Cale a boca”.

Eu o imitei fechando meus lábios.

Adam se moveu atrás de mim e desatou a venda. A luz do corredor foi um


choque para os meus olhos, eu tive que piscar várias vezes antes que eles se
ajustassem e eu não me sentir mais tonta.

Focando, olhei na minha frente. "Uh, essa é uma porta".

"Você está pegando fogo hoje" brincou Adam.

Eu dei uma olhada nele. "Por que você me vendou se a porta estava
fechada?"

Ele abriu a boca e parou.

EMMA HART
Eu levantei minhas sobrancelhas.

"Cale a boca e abra a porta" ele murmurou. "Droga".

Eu ri e estendi a mão para a porta. A maçaneta rangeu quando eu a


empurrei para baixo, uma bolha de energia nervosa fez cócegas no meu
estômago quando a porta se abriu.

A primeira coisa que notei foram as portas. Grandes e enormes portas


deslizantes formavam a parede no final da sala, inundando o espaço com luz
natural.

O seguinte foi o cavalete.

Então as mesas.

As tintas. O armazenamento. Os pincéis. Os lápis. As canetas.

E a papoula que eu pintei pendurada na parede.

"O que é isso?". Eu sussurrei.

"Este é o seu estúdio" disse Adam, vindo atrás de mim e envolvendo os


braços em volta da minha cintura. “Por mais charmoso que seja acordar e ver
você pintando de calcinha na mesa da cozinha, imaginei que você gostaria de
um espaço onde pudesse pintar sem calças e sem assustar nenhum convidado”.

"Uma vez, Adam, e eu não sabia que alguém chegaria".

Ele riu. "Mas ainda. As portas dão a você toda a luz natural que você precisa.
Todo esse material de pintura é seu, mas há uma tonelada de armazenamento
para você preencher com tudo. E todo o espaço nas paredes para exibir coisas.
Você pode literalmente vender suas pinturas online a partir daqui”.

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Ele até colocou um computador no canto.

"Oh, uau", eu sussurrei. "E há uma máquina de café!".

"Para os momentos em que você se esquecer de fazer café, antes de chegar


aqui".

"De novo, foi uma vez".

"Poppy, uma vez encontrando você em uma manhã sem café é uma vez
demais".

Eu dei uma cotovelada nele, mas era verdade.

Eu girei em seus braços e o abracei apertado. Adam beijou o lado do meu


pescoço enquanto eu sussurrava "Obrigada, obrigada" mais e mais em seu
ouvido.

Eu saí de seus braços e corri pela sala, absorvendo tudo. Correndo meus
dedos sobre as bancadas novas para eu cobrir com tinta. Escovando a pilha de
telas de tamanhos diferentes, olhando para todos os cadernos de esboços,
novos e antigos. Olhando para fora das enormes portas que davam para o pátio
dos fundos e dava para a área verde no imenso quintal.

Era perfeito. Era tudo que eu sempre quis em um estúdio e eu nem sabia
que queria um até eu entrar aqui.

Eu me virei para Adam e sorri.

Seus olhos brilharam. "Case-se comigo".

Eu congelei, piscando para ele. "O que?".

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"Case-se comigo". Ele caminhou em minha direção e segurou o meu rosto.
"Quis dizer isso".

Meus lábios se separaram.

Meu Deus.

“Eu acabei de lhe ver t~o feliz. Eu quero ver você aqui, nesta sala, feliz o
tempo todo”. N~o havia dúvida em seus olhos, apenas amor. “Eu quis dizer isso,
Poppy. Eu quero que você se case comigo”.

"Ok" eu sussurrei.

"OK?".

Eu assenti.

Ele me beijou com força. Eu sorri contra seus lábios.

"Eu pensei que você brigaria" disse ele.

“N~o. É como você me disse uma vez: você é rico, é famoso e é bom na cama.
Você é uma boa captura”.

Ele riu, me abraçando. “Essa pode ser a coisa mais aleatória que j| fiz. Bem,
isso e ir ao casamento da sua irm~ com você”.

"Observou como essas coisas me cercam?"

“Sim, bem, eu lhe disse. Vale a pena abrand|-la”. Ele segurou a parte de tr|s
do meu pescoço e me beijou novamente. "Amo você, Red".

"Amo você, garoto do hockey".

EMMA HART
E eu o amava.

Quem teria pensado que uma aventura de quatro dias duraria para sempre?

Eu não tinha, mas aqui estava eu.

Com meu felizes para sempre.

EMMA HART
Emma Hart foi considerada a autora best-seller para o New York Times e o
USA Today de mais de trinta romances, que foram traduzidos para vários
idiomas.

Ela é mãe, esposa, amante de vinho, deusa-de-rosa e valente salvadora de


ouriços selvagens.

Emma orgulha-se de sua aparência real e sarcástica, com contornos que


deixariam uma adolescente com TPM envaidecida.

Sim, com certeza. Ela é tão sarcástica.

EMMA HART

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