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Isabela Pissinatti
UBERABA
2017
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Isabela Pissinatti
UBERABA
2017
Isabela Pissinatti
BANCA EXAMINADORA
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Mas quero agradecer a uma pessoa que me motiva a ser uma pessoa melhor
todos os dias: meu irmão, Gabriel. Você é e sempre será a razão da minha
vida, e eu não consigo, e nem me arrisco, em expressar em palavras o amor
que sinto por você.
Sumário
Resumo.................................................................................................................7
Abstract.................................................................................................................8
Introdução.............................................................................................................9
Considerações finais..........................................................................................48
Referências.........................................................................................................50
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Resumo
Apesar de a discussão sobre gênero ser uma discussão contemporânea,
precisamos repensar o papel da mulher em outras épocas e sociedades,
principalmente porque essas mulheres aparecem na historiografia para nós
através de uma visão masculina, que as utilizavam e ainda utilizam como
instrumento retórico, sem se preocupar com a individualidade dessas mulheres.
Para tanto, a visão de Suetônio em sua obra “A Vida dos Doze Césares” sobre
Agripina Menor, foi utilizada para desconstruir a forma como as mulheres eram
retratadas e os estereótipos utilizados nessa caraterização. A historiografia
ainda retrata as mulheres de forma machista e baseado em comportamentos
que se esperam da figura feminina. Graças a diversas discussões e reflexões
filosóficas, essa visão está se desconstruindo e já podemos perceber essas
mulheres contando a sua própria história, mas ainda não alcançamos a
igualdade de gêneros.
Abstract
Although the discussion of gender is a contemporary discussion, we need to
rethink women’s role in other times and societies, specially because these
women appear in historiography for us through a male view, that used to use
them and still use as a rhetorical instrument without worry with the individuality
of these women. For this, the vision of Suetonius in his work "The Twelve
Caesars" about Agrippina the Younger, was used to deconstruct the way
women were portrayed and the stereotypes used in this characterization.
Historiography still portrays women in a sexist way and based on behaviors
expected of the female figure. Thanks to many discussions and philosophical
reflections, this vision is deconstructing itself and we can already see these
women telling their own story, but we have not yet reached gender equality.
Introdução
Durante o curso de História me identifiquei muito com a História Antiga, e
desde então, diversas indagações surgiram, assim como a necessidade de se
produzir uma pesquisa voltada para esta área. Percebi então, que a História
Romana (período escolhido no trabalho), não estava tão distante do meu
contexto e poderia me ajudar a compreender questões cotidianas do meu
tempo. E dentre essas questões atuais, uma que me chama muito a atenção e
com a qual me identifico é a discussão sobre gênero, neste caso, focando o
papel da mulher na historiografia, em nossa sociedade e na Roma Antiga.
Agripina Menor é sempre lembrada por ser mãe do imperador Nero e umas das
esposas do Imperador Cláudio, assim como muitas mulheres são reconhecidas
através de suas relações com homens considerados importantes pela História.
Mas Agripina foi muito criticada e atacada por exercer funções que não eram
comuns de mulheres. Ela encarou os papéis pré-determinados pela sociedade
de que as mulheres não poderiam se envolver com a política formal ou utilizar
sua sexualidade como jogo político, e foi em busca de seus objetivos, tanto que
conseguiu colocar seu filho, Nero, no poder.
Todos as fontes que temos sobre ela, que a denunciam como uma mulher
adúltera e ambiciosa, foram produzidas por homens, sendo que a maioria não
era nem mesmo contemporânea à sua época. Essas denúncias e difamações
nos mostram o quanto a mulher era desvalorizada por seu gênero. E o que me
surpreende, infelizmente, são as semelhanças entre como as mulheres eram
tratadas na Roma Antiga, e como somos vistas pela sociedade hoje. Apesar
das diferenças temporais e culturais, ainda podemos ver que o caminho para a
igualdade de gêneros é longo, mas já conquistamos muito.
Para tanto, o trabalho foi dividido em três capítulos, onde o primeiro trata de
uma discussão sobre gênero e uma reflexão sobre as desigualdades entre os
sexos. No segundo, faremos uma análise da construção da figura feminina a
partir do imaginário masculino através de como Suetônio retrata Agripina
Menor em sua obra “A Vida dos Doze Césares”, e quais são os estereótipos
utilizados para caracterizá-la. Já o terceiro, e último, traz uma reflexão sobre os
dois primeiros, fazendo uma análise de como a construção de gênero pode ser
utilizado como relação de poder e como isso afeta os sexos.
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O objetivo deste trabalho é tratar com maior ênfase o papel e os desafios das
mulheres na construção historiográfica, porém isso não quer dizer que a
discussão de gênero é algo exclusiva do feminismo. O problema aqui é que
não se trata de uma perspectiva naturalizada, gênero é construção histórico-
cultural-social, uma forma de classificação que, segundo Joan Scott, sugere
uma relação entre categorias que torna possíveis distinções ou agrupamentos
separados.
Ao longo do tempo esse termo tem significado muito mais do que isso. Com a
proliferação dos estudos sobre sexo e sexualidade, "gênero" 1 tornou-se uma
palavra particularmente útil, pois oferece um meio de distinguir a prática sexual
dos papéis sexuais atribuídos às mulheres e aos homens.
fala das mulheres em situações de trabalho com muito mais frequência do que
o contrário.
Desde os gregos na Antiguidade até o início do século XX, o sexo feminino era
representado como uma fraqueza da natureza. E na historiografia não era
diferente, as mulheres também eram tratadas em termos de desigualdade,
inferioridades jurídicas e políticas e de emancipação.
A mulher é vista como um ser puro capaz de gerar a vida, mas se ela trabalha
e precisa tirar licença maternidade isso se torna um motivo para a diferença de
salário entre homens e mulheres. E a mulher romana também sofria diversas
injustiças e tinha seu papel determinado pela sociedade, que era basicamente
de manutenção da família.
A mulher normalmente era alieni iuris, que são os sujeitos subordinados aos
sui iuris, aqueles que são sujeitos de direito. Nesse contexto, o papel
designado à mulher é de inferioridade em relação ao homem. Pinho relata em
seu texto que a mulher romana não podia ser tutora de impúberes, adotar filhos
ou testemunhar um testamento. Além disso, elas estavam sempre sob tutela.
Elas "eram consideradas incapazes para a prática dos atos da vida civil;
necessitavam, sempre, de um tutor que lhes representasse os direitos na
23
2
Rolim, Luiz Antonio. Op. cit., p. 139.
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3
Agripina foi alvo de vários estereótipos e descrita como uma mulher adúltera e ambiciosa nas fontes de sua época
e mesmo depois, já que Suetônio, por exemplo, escreveu sobre ela em seu livro “A Vida dos Doze Césares” 62 anos
após sua morte.
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Os relatos que temos sobre Agripina Menor foram escritos por homens em uma
época em que as mulheres tinham poucos direitos e a desigualdade de gênero
era gritante. Um desses homens foi Suetônio.
Em sua obra, o papel das mulheres varia de acordo com a posição social e a
posição na família. Elas também eram usadas como forma de avaliação de um
imperador, já que um imperador avaliado de forma negativa pode ter sido
influenciado por uma mulher considerada má. Como no caso de Agripina, que
aparece na obra de Suetônio, assim como nas obras de Tácito. Ambos
possuem uma visão negativa sobre ela, mas Tácito a descreve como uma
mulher extremamente ambiciosa que fazia de tudo para obter poder. Enquanto
Suetônio tem uma visão um pouco menos agressiva e foca em sua relação
com Cláudio e Nero. Ou seja, a “mulher” pode aparecer enquanto instrumento
retórico, já que a figura da mulher aparece como uma figura narrativa nas obras
de Tácito e Suetônio. Eles não se preocupam em retratar as mulheres
enquanto indivíduos, e sim utilizá-las como uma fonte para retratar os homens
aos quais estas estavam ligadas.
Após retornar do exílio depois de ser condenada por adultério, Agripina pôde
casar-se novamente, além de receber uma herança de seu falecido marido (o
primeiro, Domício) e recuperar o filho que estava sob os cuidados de uma tia. A
primeira possibilidade de um novo matrimônio para Agripina é mostrada por
Suetônio. O homem em questão era Galba, o futuro imperador.
Aqui, Agripina é apresentada por Suetônio como uma mulher que tentou
conquistar um homem casado. Em sua primeira aparição no livro de Suetônio,
Agripina já é retratada como uma potencial adúltera, que utilizava da sedução
como artimanha política.
Outra acusação contra Agripina são suas desavenças com outras mulheres da
corte. Essas desavenças entre mulheres são sempre usadas como forma de
apontar as futilidades femininas e a falta de capacidade de lidar com os
problemas de forma racional (como se os homens não tivessem rivalidades
entre si). Uma de suas desavenças se deu com a esposa de seu tio (o
imperador Cláudio), Messalina. Nero, filho de Agripina era considerado um rival
de Britânico, filho de Messalina, e Suetônio deixa isso claro:
Cláudio era visto como um imperador que se deixava influenciar pelos libertos
e por suas esposas, e Suetônio destaca essa influência em seu texto: “Porém
esses e outros atos, e de fato quase toda a condução de seu principado era
ditada não muito por seu próprio julgamento, mas por suas esposas e libertos,
tendo em vista que ele quase sempre agia em concordância com os desejos e
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interesses destes.” (Suet. Claud. 25, 5) Por isso, tanto Suetônio quanto Tácito
retratam Cláudio como um imperador fraco, já que segundo eles, Cláudio não
conseguia controlar seus inferiores. Um bom imperador e pater famílias era
aquele que se impunha e era ativo em todos os âmbitos.
Porém, Suetônio nos traz isso de outra forma, como se Cláudio tivesse sido
seduzido pela sobrinha, que se aproveitou de seu parentesco para se
aproximar do tio e se tornar sua escolhida. E destaca que a união não foi bem
aceita, por ser considerada incestuosa5
Tácito também aponta que Cláudio privilegiou Nero e deixou de lado seu
próprio filho, Britânico, devido à influência de Agripina. Ela também conseguiu o
4
Executada por traição, adultério, libertinagem e acusação de conspiração.
5
Os romanos consideravam o incesto algo indecente
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perdão de Sêneca, que estava no exílio, para que este fosse tutor de seu filho.
Além disso, ela convenceu Cláudio a adotar Nero. Agripina tinha consciência
do funcionamento das manobras políticas do império. (AZEVEDO, 2012) Ela
sabia como funcionava o jogo político e fez tudo para conseguir chegar ao
poder, assim como muitos imperadores fizeram. Agripina era praticamente uma
pater famílias, e buscou seus objetivos através de artimanhas que foram
realizadas por muitos homens também, que inclusive foram elogiados por suas
condutas. Acontece que, por ser mulher e ter assumido papéis que eram
considerados masculinos, Agripina foi difamada e apontada como um ser
disposto a tudo para conseguir o que queria, ambiciosa e maléfica. Portanto,
ela não foi condenada por suas ações, e sim por ser mulher e ter ousado
interferir em um meio considerado masculino.
Quando uma mulher da elite tinha acesso ao poder era considerada ameaça à
ordem, além disso, elas foram caracterizadas como uma forte influência ao
comportamento dos homens, sendo responsabilizadas muitas vezes pelos atos
destes.
oficial muitas vezes omite essas mulheres, e mesmo quando aparecem são
retratadas de forma negativa.
Uma dessas mulheres foi Agripina Maior, que além de ter tido acesso ao
campo político, encontrou apoios importantes.
Agripina Menor era filha de Agripina Maior e irmã de Calígula, e até chegou a
escrever um livro de suas memórias, que chegou a ser lido por Suetônio e
Tácito, mas que se perdeu e não temos como ter acesso. Ela se dedicou à
política e conseguiu realizar muitos de seus interesses, inclusive colocar seu
filho (Nero) no poder. Porém, em 59 d.C., Agripina Menor se tornou vítima dos
interesses políticos da corte.
Na historiografia antiga, as mulheres que tiveram uma vida política ativa são
normalmente tidas como figuras antipáticas, com exceção daquelas que
ficaram ao lado de seus maridos de forma submissa. Gaio, por exemplo,
chamava sua avó, Lívia de “Ulisses de saia”, já que ela ocupou papéis que
eram considerados masculinos.
Essa lei foi promulgada por Augusto, em 18 a.C. e definia o adultério como
uma relação sexual entre uma mulher casada e um homem que não era seu
marido. Ambos eram incriminados, a esposa adúltera e o homem que cometia
a ofensa contra o marido dela. “Se condenados, a lei previa que fossem
relegados para ilhas diferentes, parte de seus bens era confiscada – ao
homem, metade de sua propriedade; à mulher, metade de seu dote e um terço
de seu patrimônio”, explica a pesquisadora durante a tese.
Na Roma Antiga existiam dois modos de lidar com uma mulher adúltera: pela
morte, prevista pela lei com certas condições, como o fato de somente o pai
poder matar a filha, ou pela transformação da mulher adúltera em prostituta. A
mulher condenada como adúltera não podia casar novamente com um homem
livre e mudava de estatuto jurídico. “Ela passava para a categoria jurídica dos
infames, que era a categoria jurídica das prostitutas”, aponta Azevedo (2017).
Encontrar textos escritos por mulheres da época não é uma tarefa fácil,
portanto temos que nos basear nos escritos dos homens para entender um
pouco dessa questão.
Ao estudar sobre Agripina, que foi considerada uma mulher adúltera e imoral,
Sarah Azevedo compreendeu que esta havia se tornado um alvo dos
legisladores na tentativa de controlar a influência feminina na política local, já
que ela rompeu barreiras ao interferir neste espaço e também no âmbito
sexual.
Uma outra pesquisa, citada na tese, realizada pela Fundação Perseu Abramo
(FPA), nos anos de 2001 e 2010, revelou que 31% (2001) e 35% (2010) dentre
as mulheres que declararam já ter tido relações fora do casamento/namoro
afirmaram que o motivo principal foi “por vingança/ porque o marido/namorado
tinha amantes/para provocar ciúmes/ porque brigaram”. Ela revelou também
que 40% dos homens que já bateram em mulheres afirmaram que o fizeram
com objetivo de “controlar a fidelidade”.
Relembrando o conceito de gênero por Scott, percebemos que este está ligado
a questões relacionadas às mulheres, porém expressão “gênero” também nos
remete que qualquer dado sobre as mulheres nos leva a buscar informações
sobre os homens, portanto, um implica o estudo do outro em uma perspectiva
relacional. Esse estudo tornou-se em nossos dias atuais uma relevante
perspectiva teórica no interior da pesquisa histórica. Essa categoria de análise
da história é conceituada por Cemin (2003), como a construção cultural e
simbólica das relações entre homens e mulheres, indicando que existem
atribuições naturais para homens e mulheres que sejam fundadas
biologicamente, porém, ao contrário dos autores antigos, que utilizam as
diferenças biológicas para justificar as inferioridades da mulher perante o
homem, a categoria de gênero veio para mostrar que trata-se de uma
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construção com base histórica, cultural e social, e que são diferenças culturais
que infelizmente privilegiam os homens e oprimem as mulheres.
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A relação sexual entre dois homens era considerada uma prática erótica compatível com o casamento com o sexo
oposto, não excludente, pois, da relação com as mulheres.
7
Impudicitia in ingenuo crimen est, in servo necessitas, in liberto officium. SÊNECA, Des Controverses, IV, 10.
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O termo “gênero”, através de uma noção relacional, não permite que se possa
compreender os sexos de maneira separada. “Segundo esta visão, as
mulheres e os homens eram definidos em termos recíprocos e não se poderia
compreender qualquer um dos sexos por meio de um estudo inteiramente
separado.” (SCOTT, 1995, p.72) Assim, Natalie Davis afirmava, em 1975:
Entretanto, devemos tomar cuidado, como aponta Joan Scott (1995), pois essa
visão remete a reciprocidade na interpretação dos gêneros, mas o termo
“gênero” também é utilizado como uma forma primária de dar significado às
relações de poder. Como haver uma reciprocidade justa nas interpretações de
gênero se há uma enorme desigualdade de gênero instaurada? Essa utilização
pode enfatizar o fato de que o mundo das mulheres faz parte do mundo dos
homens, que ele é criado nesse e por esse mundo masculino, como se
dependêssemos da visão dos homens para existirmos na História.
O fato de uma mulher utilizar sua sexualidade no jogo político ser considerado
algo repugnante, é reflexo de uma ideia da construção de gênero, que utiliza a
noção de que as motivações sexuais humanas são “instintivas” ou “naturais”,
para justificar comportamentos femininos e masculinos. Como se o homem
tivesse a necessidade de ter relações sexuais com diversas mulheres porque
faz parte de sua natureza, e como se a mulher fosse instintivamente submissa.
Até porque, não haveria como comprovar a legitimidade das sucessões e
descendências sem a garantia da fidelidade da mulher. Portanto, a sexualidade
do homem é considerada uma virtude, enquanto a da mulher, uma maldição.
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Cabe lembrar que o incesto, para os romanos, é tido como um ato imoral, que atenta contra a harmonia das
relações humanas e divinas
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Considerações finais
Para finalizar, discutir sobre gênero e sexualidade é importante para refletirmos
sobre nossos próprios conceitos e concepções e de como podemos encontrar
na Antiguidade um repertório que nos ajudam a repensar as questões do
mundo contemporâneo.
Meu interesse em discutir sobre essa questão veio de algumas decepções com
relação à retratação de personagens históricas e também pelas desigualdades
de gênero que percebemos todos os dias. Ao tentar buscar um novo olhar
sobre as mulheres do passado percebemos que elas sempre fizeram parte da
História, mesmo quando foram colocadas de lado pela historiografia. Fomos,
por muito tempo, retratadas por homens, mas hoje mostramos que somos (e
sempre fomos) capazes de contar nossa própria história.
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Referências
AZEVEDO, Sarah Fernandes Lino. A Domus Caesarum e as mulheres da
Dinastia Júlio-Cláudia. In: História, Retórica e Muheres no Império Romano: um
estudo sobre as personagens femininas e a construção da imagem de Nero na
narrativa de Tácito. Ouro Preto: EDUFOP/PPGHIS, 2012.
FISCHLER, Susan. Social Stereotypes and Historical Analysis: The Case of the
Imperial Womem at Rome. In: ARCHER, Léonie; FISCHLER, Susan and WYKE,
Maria (ed.) Womem in anciente societies: an illusion of the night. New York:
Routledge, 1994.
SCOTT, Joan Wallach. História das Mulheres. In: CARDOSO, Ciro Flamarion,
VAINFAS, Ronaldo. Peter (Org.). Domínios da história: ensaios de teoria e meto-
dologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
____________. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação &
Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2,jul./dez. 1995.
SÉNECA. Des Controverses. IV. 10. Paris: Librairie Garnier Frères, 1932.
SUETÔNIO Tranqüilo, Caio. As Vidas dos Doze Césares. São Paulo: Atena, 4ª
edição, s/d.
THOMAS, Y. A divisão dos sexos no direito romano. In: DUBY, G., PERROT,
M. (Orgs.). História das Mulheres no Ocidente. v. 1: A Antiguidade. Porto:
Afrontamento, 1993, p. 127-199.