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A FORMAÇÃO DO POVO

BRASILEIRO

Prof. Fernando A Silva


OLHA SÓ QUEM JÁ ERA DONO
DAS TERRAS BRASILEIRA...

RESPOSTA:
OS ÍNDIOS.( OU NATIVOS)
O que a história conta?
Que o povo brasileiro foi formado a partir de mistura de grupos étnicos.

O Brasil é um país de grande miscigenação.

Onde tudo começou?


No século XVI com a chegado dos brancos.

Com a colonização inciou-se a mistura de sangue:

Branco com o Índio = Caboclo

Mais tarde vieram os escravos, negros trazidos da África:

Branco com o Negro = Mulato

Negro com o Índio = Cafuzo


 A população brasileira é bastante
miscigenada.

 São inúmeras as raças que


favoreceram a formação do povo
brasileiro.

 Os principais grupos foram os povos


indígenas, africanos, imigrantes
europeus e asiáticos.
Com o passar do tempo vieram outros imigrantes, vindos das mais variadas
regiões da Terra;
Italianos;
Alemães;
Espanhóis;
Japoneses;
Libaneses;
Chineses;
Etc.

Essa miscigenação pode ser observada no rosto, no corpo, nos hábitos, nas
crenças e nos valores de cada brasileiro.

Não somos um povo idêntico, com características semelhantes,


somos resultado da miscigenação = população mestiça
 Povos indígenas: antes do descobrimento do Brasil, o território
já era habitado por povos nativos, neste caso, os índios.

 Existem diversos grupos indígenas no país, dentre os principais


estão: Karajá, Bororó, Kaigang e Yanomami. No passado, a
população desses índios era de quase 2 milhões de índios.
 Dentre os principais grupos
humanos europeus, destacam-se:
portugueses, espanhóis, italianos
e alemães. Em relação aos povos
asiáticos, podemos destacar
japoneses, sírios e libaneses
Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, temos os Europeus.
O primeiro povo europeu a chegar no Brasil foram os Portugueses.

A mais evidente herança portuguesa para a cultura


brasileira é a língua portuguesa
Darcy Ribeiro mostra que a mistura de raças foi sustentada
por 4 pilares:
As matrizes que compuseram o nosso povo;
As proporções que essa mistura tomou em nosso país;
As condições ambientais em que ela ocorreu;
Os objetivos de vida e produção assumidos por cada uma dessas matrizes.

A esses pilares foram somados 3 forças:


A ecologia;
A economia;
A imigração.

Surge no Brasil uma estrutura social totalmente inédita, marcada pelo


genocídio e etinocídio, ideologia sustentada pela igreja, para suprimir
qualquer identidade discrepante da do conquistador.
Conflitos iniciais:
O primeiro foi entre os colonizadores e os índios = choque de mentalidade.

O segundo entre colonos e jesuítas = conflito de interesses e caráter


mercantil da Coroa.

Esse conflito culminou com a expulsão dos jesuítas do Brasil pelo Coroa
que ficou do lado dos colonos.

O estilo de colonização dos Ibéricos foi chamado de barroco:


Baseado o lucro; na riqueza; na opressão; na mistura com o povo local; na
supressão das etnias locais e da implantação na colônia de seu modo de
vida. Tudo sustentado pela igreja.
O que essa forma de colonização fomentou?
A estrutura econômica e social do nosso povo em 3 planos:

Assossiativo: pela escravatura, pela estrutura sócio-política;

Adaptativo: pela tecnologia que se implantava, pelo engenho, pela


introdução de pastagem de gado;

Ideológico: pela igreja, pela língua nova trazida para o Brasil.

Constituímos uma sociedade Bipartida em Rural e Urbana.

Devemos lembrar que a ocupação do Brasil só foi possível através


do cunhadismo.
Neobrasileiros : Esses novos brasileiros sofreram forte rejeição.

Negro escravo: Foram passivos, inicialmente, na formação cultural do


nosso povo. Eram hostis entre si, pois vieram de tribos diferentes e não
falavam a mesma.
Devido a isso foram grandes disseminadores da língua portuguesa que
aprendiam com o capataz.
Vivem nos engenho de açúcar, de algodão e nas áreas de mineração.
Tiveram papel importante na inserção dos recém chegados no modo de
vida vigente, transformando a cultura desses e unificando-os.

Os mulatos que nasciam desses eram 3:


Banda-forra = negro com branco;
Salta-atrás = negro com índio;
Terceirão = negro com banda-forra.
 A partir dos séculos XVI e XIX.
 Nesse período, desembarcaram no Brasil
milhões de negros africanos.
 Os africanos trabalharam especialmente
no cultivo da cana-de-açúcar e do café.
 Mas esses trabalhadores não eram
remunerados e viviam em condições de
vida desumanas.

 Não se esqueçam que essa migração foi


forçada.Eram homens e mulheres que
viviam com suas famílias em suas regiões
na ÁFRICA.
OLÁ GALERA! OBSERVEM OS BANTOS
Estendem-se desde os Camarões até à África
do Sul e ao oceano Índico

Originários do noroeste do continente africano,


onde atualmente são os países da Nigéria, Mali, Mauritânia
e Camarões.
Os povos bantos eram agricultores, conheciam a metalúrgica
e viviam em aldeias comandadas por um chefe, o manicongo
Devido ao tráfico negreiro, esses povos
foram obrigados a cruzarem o Atlântico
e desembarcarem no Brasil para exercer
um trabalho compulsório em um dos períodos
mais catastróficos de nossa historia: a escravidão.
Mistura de raças:
Foi mais intensa na época da mineração aurífera.
A mineração criou uma rede de intercâmbio comercial, proporcionando
riqueza para algumas cidades.
Surgiu nesta época a arte de Aleijadinho, Gonzaga e Cláudio Manuel da
Costa.
Com o esgotamento das jazidas auríferas houve a diáspora por todo o
país.

Iniciou uma série de outras atividades;


Pecuária no sertão;
Algodão no Maranhão;
E café, que reintroduziu o Brasil no mercado externo.
Empresa Brasileira:
Sustentada por quatro pilares:
Escravista = garantia o empreendimento colonial;
Jesuítica = garantia o amansamento dos índios e, consequentemente, suas
reduções;
Banqueiros, portuários, intermediários comerciais e produtos de gêneros
de subsistência = sustentava os outros e incorporavam os mestiços.
Urbanização:
Ocorreu devido ao exôdo do campo, pois o latifúndio rural não oferecia condições
de emprego a todos.
Assim;
Uma grande massa marginalizados formavam favelas nas cidades.

Esse ainda é o nosso maior problema – assentar e incluir essa massa


de marginalizados no sistema.
Disso nasce os estratos de nossa sociedade:
Classe dominante – Ditam as regras e comandam o sistema econômico e
político;

Profissionais liberais – estrato mais ativo, sendo ora atenuadores ora


agravadores de conflitos;

Subalternos – mais combativos, procuram conquistar mais do que têm e


não uma reestruturação social;

Oprimidos – vivem na esperança de entrar no sistema produtivo;

Isso caracteriza o Brasil como uma benfeitoria.


Industrialização:
Tem como embrião a Companhia Siderúrgica Nacional – Gestão de Getúlio
Vargas e das jazidas de ferro de MG.

Kubitchek com a intenção de fazer uma revolução industrial semelhante a


da França concedeu subsídios e incentivos às indústrias que se instalarem
no Brasil

= Favoreceu São Paulo e colocou o centro das decisões na mãos das


grandes corporação e empresariado externo.
Integração Social:
Vimos a integração e a inclusão de diferentes imigrantes que vieram ao
Brasil. Entretanto, isso depende da permeabilidade das barreiras
sócioraciais vigente.

O negro, depois da abolição não tinham mais terra, assim marginalizaram-


se nas cidades, constituindo favelas.

Sua integração na sociedade se deu mais culturalmente, pois,


economicamente, continuava servindo como mão de obra barata.

Vale lembrar que são motivados politicamente pela questão social, e não
racial.
Os brasis:
O Brasil Crioulo: Nasceu nos engenhos nordestinos, sistema baseado no
latinfúndio, na monocultura e no trabalho escravo. Representado pelos
negros e mulatos.

O Brasil Caboclo: Nasceu da mistura de índios com outros mestiços na


região norte do país

O Brasil Sertanejo: Surgiu como dependente da açucareira, pela pastagem


do gado, introduzida no Brasil pelos portugueses e trazidos de Cabo
Verde, que abrigava um certo contingente de mão de obra, o vaqueiro.
A população excedente se dedicava a atividade extrativista.
O sertanejo do interior se dedicava ao garimpo.
O Brasil Caipira: São os homens que dirigiam as Bandeiras e adentravam
ao interior do Brasil e a população paulista (mamelucos).
Cada um possuía uma indiada cativa para o cultivo de mandioca, feijão,
milho, tubérculos, etc.

O Brasil Sulista: Decorrente da expansão paulista que atingiu a região sul


e somou-se a outras influencias para gerar os sulinos.
Principal características é a heterogeneidade cultural:
Lavradores matutos de origem açoriana;
Os gaúchos da zona de campos da fronteira, descentes dos luso-espanhóis
com índios;
Os gringos descendentes de imigrantes (italianos, alemães, poloneses,
japoneses e libaneses, principalmente, entre outros).
Darcy Ribeiro:
“...Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles negros e índios
supliciados. Todos nós brasileiros somo, por igual, a mão possessa que os
suplicou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram
para fazer de nós sentida e sofrida que somos e a gente insensível e
brutal que também somos. Como descendentes de escravos e de senhores
de escravos seremos sempre servos da maldade destilada e instilada em
nós, tanto pelo sentimento da dor intencionalmente produzida para doer
mais, quanto pelo exercício da brutalidade sobre homens, sobre mulheres,
sobre crianças convertidas em pasto de nossa fúria.”

“A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre


conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na
brutalidade racista e classista.” (1995, p.120)
Darcy Ribeiro, em sua Obra O Povo Brasileiro, estabelece 5 brasis
distintos:
O Brasil sertanejo;
O Brasil crioulo;
O Brasil caboclo;
O Brasil caipira;
O Brasil sulino
 Tendo em vista essa diversidade de raças, culturas e
etnias, o resultado só poderia ser uma miscigenação

 Por esse motivo, encontramos inúmeras manifestações


culturais, costumes, pratos típicos, entre outros
aspectos.
Território significa os limites que
delimitam ou separam um território do
outro formando várias fronteiras em
todo mundo, essas delimitam o mundo
em mais de 190 países, os territórios
são concebidos através de acordos ou
conflitos, esses são estabelecidos de
acordo com os interesses
socioeconômicos e culturais.
 Os seres humanos constroem a
geografia, desenvolvem formas
de relacionamento entre si e
também com os outros grupos
de pessoas do
mundo.Constróem uma
identidade coletiva que as faz
uma nação.

 Em geral, uma nação ocupa um


espaço demarcado, um território.
Esse espaço é chamado país.
Estado, se define como divisão
interna do país, ou seja, os
estados que compõe a
federação (ex. Goiás, Rio de
Janeiro), no entanto alguns
países usam outras expressões
como cantões, repúblicas,
províncias etc., para designar
as divisões internas dos
países.

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